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MEET@MEOARENA: O PONTO DE ENCONTRO DO SECTOR MEETING DESIGN MILHÕES DE FESTA EVENTOS | CONGRESSOS | FEIRAS | INCENTIVOS | DESTINOS ANO VI | NÚMERO 18 | TRIMESTRAL | JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO DE 2016 | 5,00 € COOL SPONSORS

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MEET@MEOARENA: O PONTO DE ENCONTRO DO SECTOR

‑MEETING DESIGN

‑MILHÕES DE FESTA

E V E N TO S | C O N G R E S S O S | F E IR A S | IN C E N T I V O S | D E S T IN O SA N O V I | N Ú M E R O 18 | T R I M E S T R A L | J A N E I R O , F E V E R E I R O E M A R Ç O D E 2 0 16 | 5 , 0 0 €

C O O L S P O N S O R S

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FICHA TÉCNICA EDITORIAL

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA RUI OCHÔA

MEET@MEOARENA

É uma parceria que nos deixa entusiasmados, e que surgiu com o desafio do MEO Arena de fazermos em conjunto um evento anual que reunisse o sector, inovasse nos conteúdos, fosse cenicamente interessante e deixasse uma marca, ou seja, que fosse relevante para o sector e abordasse questões que realmente importam.Surgiu assim o MEET@MEOARENA, cuja primeira edição teve lugar a 4 de Fevereiro, com a abertura a ser assegurada por Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo. O nosso keynote speaker, Colja Dams, CEO da agência alemã Vok Dams, veio falar de live campaigns, seguindo‑se um animado debate sobre como captar mais eventos para Portugal. Neste painel estiveram representados no palco venues, organizadores de eventos corporativos e associativos, hoteleiros, e ainda o aicep, mas as intervenções vieram também da plateia, tornando a discussão bem mais ampla.A nossa missão, de todos os envolvidos, organizadores, oradores, membros do Conselho Consultivo da Event Point, fornecedores, parceiros, é manter este espírito vivo, garantindo que daqui resultam acções concretas que de algum modo contribuam para melhorar o sector em Portugal. Obrigado a todos os que estiveram connosco neste início de viagem. Esperamos contar convosco ao longo do caminho, e mobilizar outros para se juntarem a nós.

PROPRIETÁRIO

Estação Livre | ComunicaçãoTel: 223 395 624

[email protected]

SEDE DA REDACÇÃORua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto | Portugal

DIRECTORRui Ochôa

[[email protected]]

EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO

Cláudia Coutinho de Sousa[[email protected]]

REDACÇÃOCláudia Coutinho de Sousa

Maria João Leite[[email protected]]

Sara Marques[[email protected]]

Raquel Madureira

DIRECTOR COMERCIALFilipe Silva

[[email protected]]

ASSISTENTE COMERCIALMarta Telles

[[email protected]]

ASSISTENTE DE DIRECÇÃORita Costa

TRADUÇÕESDiana Reis Marques

COLABORAM NESTA EDIÇÃOLourenço Cardoso Menezes

Miguel MacedoRenata Amaral

Tiago Fernandes

DESIGNNorma Design

[[email protected]]

FOTOGRAFIA DA CAPAMEO Arena

FOTOGRAFIAMinifoto

IMPRESSÃONorprint ‑ a casa do livro

Zona Industrial Alto da CruzRua das Artes Gráficas, nº 209

4780‑739 Santo Tirso

Nº REGISTO ERC126066

DEPÓSITO LEGAL330066/11

TIRAGEM3.500 exemplares

PERIODICIDADETrimestral

É estritamente proibida a reprodução parcial ouintegral de textos ou ilustrações da Event Point.As informações contidas nos anúncios são daexclusiva responsabilidade dos anunciantes.

Consequentemente, não podemos serresponsabilizados por qualquer informação

incorrecta que se possa verificar.

6 Espaço APECATE8 Empresas: N‑Imagens10 Espaço APOREP12 FESTIVAIS: MILHÕES DE FESTA16 Espaço IPAM18 SWEATWORKING, por Lourenço Cardoso Menezes20 Congresso da APECATE22 IBTM Arabia24 ASEAN Tourism Forum26 Perfil: Vasco Vicente28 Dossiê de marcas: Jofebar30 MEET@MEOARENA34 ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS DESPORTIVOS INTERNACIONAIS, por Miguel Macedo36 DO DIVÃ ATÉ AQUI, por Renata Amaral38 A segurança dos dados40 DOSSIÊ TEMÁTICO: MEETING DESIGN43 Case‑study: Connections Meetings46 O fenómeno do gin48 É PRECISO ALTERAR O PARADIGMA DA TECNOLOGIA NOS EVENTOS, por Tiago Fernandes50 Consultório de protocolo52 Livros54 Destino internacional: Filipinas60 Directório

ÍNDICE

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ANTÓNIO MARQUES VIDALEleito na Assembleia‑Geral da associação, realizada a 29 de Janeiro, em Ílhavo,

António Marques Vidal é o novo presidente da APECATE. À margem do 4º

congresso da associação, o sucessor de Ana Barbosa partilhou os desafios e a

sua visão para o futuro da APECATE.

ESPAÇO APECATE

Olhando para o novo período de três anos que se inicia, quais são os principais desafios que identifica para a APECATE?O primeiro é a continuação do trabalho que vem sendo desenvolvido. Uma das áreas em que vamos olhar de uma nova maneira, porque achamos que é um pilar base, é a questão da formação. É importante ter uma boa formação e que esta seja em função do perfil de que os empresários sentem necessidade. Há também pouca investigação feita neste sector, ou pelo menos que esteja feita no sentido de criar dados utilizáveis pelos empresários. Outro desafio é o da promoção. Temos o produto, a ideia, mas não a sabemos promover, não a sabemos organizar de modo a que ela seja apoiada.

Uma novidade recente é a união das secções de eventos e de congressos...Nos últimos anos houve uma certa indefinição conceptual sobre o que é a área dos congressos e dos eventos. Agora que elas encontraram algo que as torna unidas, vamos partir para o reforço do sector. Um dos caminhos que já está apontado há muitos anos é a criação de um registo. Temos de conhecer quem são estas empresas, o que fazem, onde é que estão, para perceber os problemas e saber onde podemos intervir. Esse passo vai ser claramente dado e já fizemos essa mesma sinalização à Secretária de Estado do Turismo. A APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo) está connosco nesta matéria, já que muitos associados da APAVT organizam congressos e eventos e partilham desse mesmo sentimento. Acho que é um ponto de partida. Com isso queremos que esta secção volte a ter muito dinamismo.Outra área em que vamos prosseguir o trabalho é na questão do ordenamento. Temos que discutir uns com os outros e criar um verdadeiro ordenamento que permita às empresas trabalharem, mas de forma organizada, que favoreça o sistema e não que

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traga problemas. Temos exemplos concretos, como as recentes questões levantadas com o excesso ou não de tuk tuks. Há uma certa intoxicação da opinião pública, que percebemos porquê, mas que nos compete começar a desmontar. Como é óbvio, o problema não está em haver tuk tuks a mais, aliás pelos nossos dados não há a mais, o que há é tuk tuks a pressionar a mesma zona, ao mesmo tempo. A poluição, como é óbvio, é algo que temos de combater, e o nosso objectivo é pôr todos os tuk tuks eléctricos.Estamos ainda a criar formação ao abrigo do Programa 2020.

Neste contexto onde é que entra o Selo de Qualidade?A APECATE é uma associação e como tal quer receber todos os empresários, os que já têm uma prática de qualidade, e aqueles que não a têm, mas querem ter. Como é que se reconhece alguém? É aquele que consegue ir além do standard, aquele que efectivamente consegue dar garantias. Foi com esse intuito que criámos o Selo de Qualidade. Já temos candidaturas abertas e há dez empresas que estão em processo de certificação de qualidade. Temos mais dez empresas que manifestaram interesse. Imagine que Portugal tem 80% das suas empresas com padrões de qualidade elevados, garanto que isso é algo diferenciador em relação ao resto do mundo. A aposta na qualidade vai dar valor ao produto.

Voltando à formação, já há um calendário? Vai privilegiar os dois blocos, congressos e eventos e animação turística?Claramente que sim. A área da animação turística está mais avançada. Em contrapartida, na área dos eventos há muita oferta formativa, mas que não dá resposta àquilo que os empresários querem. Temos que fazer o processo que fizemos com a animação turística: juntá‑los, definir um perfil, saber o que é que é essencial, o que é que tem que ser agregado, e depois negociar com as entidades de formação. Isto vai permitir o acelerar de todas essas questões porque é uma área com elevado potencial.

Anunciou que o próximo congresso será no Alentejo. Esta opção de sair de Lisboa e de criar alguma itinerância pelo país está assumida?Sim! As coisas têm sempre um percurso, uma história. A APECATE realizou o primeiro congresso no Estoril, depois esteve dois anos sem fazer congresso, e os restantes fê‑los em Lisboa. Lisboa é central, grande parte dos associados têm fácil acesso à capital, ou são mesmo de Lisboa, e por isso de certa forma tínhamos um público garantido. Face ao desafio do Turismo do Centro e da Vista Alegre decidimos que estava na

altura de sair de Lisboa e correu muito bem. Vamos começar a correr o país, algo que já fizemos no passado com as nossas assembleias‑gerais. Este congresso alargou a sua base e faz sentido continuar a alargá‑la.

Qual é o balanço que faz deste congresso? O que é que sai daqui de mais importante?O tema principal, “Captar Negócio – Estratégias e Problemas”, foi um tema muito forte, e as comunicações foram excelentes. Destaque para as condições do espaço que permitiram que os participantes se sentissem muito bem. A única questão que vejo numa avaliação ainda muito a quente é que estamos a ter um programa demasiado condensado. Se calhar temos de repensar o ritmo, talvez passar a três dias. Também é preciso espaço para as pessoas descansarem, para conversarem umas com as outras, o congresso também é isso.

WWW.APECATE.PT

QUEM É ANTÓNIO MARQUES VIDAL?

É director da MarGens, empresa de animação turística fundada em 1990. Foi presidente da Assembleia‑Geral da PACTA (Associação Portuguesa de Empresas de Animação Cultural e de Turismo de Natureza e Aventura) e era vogal da anterior direcção da APECATE, sendo o representante no Departamento dos Operadores Marítimos Turísticos. Participou no grupo de trabalho internacional ISO/TC 228/WG 6 e Committee, e tem representado a APECATE nos grupos de trabalho para diversas alterações legislativas, nomeadamente o Dec. Lei 108/2009; 95/2013 (AT) e 149/2014 (novo REAMT).Licenciado em Educação Física pelo ISEF de Lisboa, mestre em Educação Física, assistente convidado do Curso de Educação Física e Desporto da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona desde 1998, professor das Escolas de Hotelaria e Turismo no CET de Técnicos de Turismo de Ar Livre, tem desenvolvido um trabalho como formador e consultor na área comportamental em várias empresas. Participou e publicou vários artigos na área das actividades de aventura e da segurança, nomeadamente no jornal Expresso, na revista Evasões e aqui, na Event Point.

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N‑IMAGENS“CONSOLIDAR O NEGÓCIO NO MERCADO INTERNACIONAL”Perto de completar 25 anos de actividade, a N‑Imagens estreou o ano passado o primeiro evento de “marca própria” para crianças, a Viagem ao Espaço. Esta acção integralmente concebida, desenvolvida, produzida e implementada pela N‑Imagens estreou em Março e já “formou” quase 9500 “astronautas” em três centros comerciais, no Grande Porto, Grande Lisboa e Funchal.

Teresa Carmo, responsável pela empresa, garante que os próximos desafios passam por “ganhar experiência e consolidar o negócio no mercado internacional” com a Viagem ao Espaço e outros projectos que estão a desenvolver. “O nosso foguetão de seis metros prepara‑se para levantar voos para terras distantes!”Esta experiência com eventos de animação, em centros comerciais, é também útil quando estão em causa eventos corporativos, garante Teresa Carmo. “Os visitantes dos shoppings são, foram ou poderão vir a ser nossos clientes nos eventos corporativos. Logo, conhecer as pessoas, as suas reações e emoções nos tempos de lazer ajuda a perceber os gostos e expectativas dos diversos públicos com que lidamos nas empresas”.

Reconhecendo que a pressão dos orçamentos é hoje bastante grande, Teresa Carmo continua a acreditar na criatividade, embora “não seja tudo”. “Os clientes querem originalidade, personalização e diferenciação”.

PARA MAIS INFORMAÇÕES

217 156 495N‑IMAGENS@N‑IMAGENS.PTWWW.N‑IMAGENS.PT

EMPRESAS

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TUDO FAZ PARTE DO EVENTOO projecto para a organização de um evento é normalmente desenvolvido tendo por objectivo concretizar o propósito do mesmo, devendo o seu design ser criado especificamente para o público‑alvo. Poderemos considerar que o meeting design é composto por diversas vertentes, começando pelo próprio conceito, intervenientes, componente artística, serviços técnicos e especializados, tecnologias e outras ferramentas.

cartão impresso e enviado via postal ou um e‑mail, temos em atenção uma série de pormenores protocolares que são fundamentais para o sucesso do nosso evento.Um exemplo de utilização de protocolo é a escolha dos alimentos e bebidas e a forma como vão ser servidos numa determinada ocasião, pois também têm de ser criteriosamente pensados. Na nossa cultura, e principalmente num país como Portugal, a experiência gastronómica é de grande importância para o sucesso de um evento, fazendo parte das memórias sensoriais que prevalecem depois deste ter acabado. Para o sucesso das nossas realizações são importantes os públicos a que se destinam e as finalidades das mesmas, mas dificilmente será positiva a avaliação final de toda uma organização quando um jantar de encerramento é realizado a uma hora tardia, depois de vários dias de conferências mais ou menos “mornas” , com um menu pouco apelativo e, em alguns casos, impossível de ser apreciado por questões religiosas ou restrições alimentares.

Os conhecimentos das regras

de protocolo são hoje em dia

fundamentais para a projecção

adequada dos eventos, fazendo parte

integrante do meeting design.

Isabel Névoa Tavares

Direcção da APorEP – Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo

Dentro dos serviços especializados, das tecnologias e das ferramentas, podemos encontrar o protocolo. Esta técnica de gestão dos diferentes públicos que assistem ou fazem parte de um determinado evento, independentemente da sua natureza, é agora vista como algo que traz soluções e não problemas, sendo utilizado em diversas vertentes, além da ordenação básica das pessoas nos diferentes actos oficiais ou similares, segundo a Lei do Protocolo de Estado.Costumamos dizer que só existe uma primeira fila ou uma mesa principal. Assim, atribuir os lugares (assentamento) aos nossos convidados é uma questão de gestão das expectativas, do organizador e do convidado.Quando falamos na utilização do protocolo como uma ferramenta de eventos muitos não lhe dão crédito, considerando‑o desnecessário e até obsoleto. No entanto ele é constantemente utilizado na organização de eventos, mesmo que não seja visível.

O sector dos eventos empresariais ou

institucionais tem vindo cada vez mais

a valorizar esta ferramenta de grande

importância para as relações públicas

e imagem das empresas e instituições.

Quando enviamos um simples convite para uma conferência, um concerto, uma inauguração ou um lançamento de um produto (entre muitos outros casos), seja através do tradicional

ESPAÇO APOREP | WWW.APOREP.COM

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MILHÕES DE FESTA: O FESTIVAL QUE NÃO SE FECHA NO RECINTOEm 2016 o Milhões de Festa (MdF) cumpre a 8ª edição mantendo o espírito de sempre: dar a descobrir novos artistas e novas sonoridades. O anfiteatro natural do Parque Fluvial de Barcelos, a dois passos do centro da cidade, é o cenário sui generis onde música, excentricidade e uma piscina se encontram., dando a descobrir uma cidade que se alimenta do festival e um festival que se alimenta da cidade. É esta simbiose que faz do Milhões de Festa um evento diferente. Tentamos descobrir porquê com a ajuda de Joaquim Durães, director da Lovers & Lollypops, empresa organizadora do festival.

O que é que diferencia o Milhões de Festa de outros festivais?O Milhões de Festa é o espelho que melhor transparece o trabalho da Lovers & Lollypops. Como tal, reflecte a política de edições, concertos e eventos que desenvolvemos ao longo do ano e acaba por se assumir, sempre, como uma proposta a longo‑prazo, em que as apostas aqui feitas influenciam de forma indelével o que se faz ao longo do ano. É um festival independente, de autor, e o que o torna único é mesmo essa visão

própria da Lovers & Lollypops, das pessoas que todos os dias investem nela e de todas as bandas e artistas que contribuem para que, ano após ano e num ambiente descontraído, se promova a exploração de um mundo musical rico, variado e sem limitações genéricas, desenvolvido num processo de comunicação contínuo entre a comunidade artística envolvida, os programadores e a audiência, promovendo, através deste modelo, uma estrutura flexível, agregadora e unificadora.

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Quais os principais desafios em organizar este evento?A reinvenção poderá ser encarada como o maior desafio. A busca do risco e a necessidade de o correr, procurar novas soluções, novas sonoridades, novas colaborações. Esta metamorfose deixa‑nos constantemente em bicos de pés, super atentos e despertos; é a força motriz por trás de tudo o que fazemos e encontra eco no Milhões de Festa, nosso laboratório criativo por excelência que nos permite experimentar ano após ano, na procura de respostas às questões que o mundo nos coloca e que assenta no prenúncio basilar da exploração sonora, artística e geográfica sem limites. Depois, seria impossível não referir o desafio de envolver Barcelos nestas propostas e ocupar a cidade de forma activa com pequenos focos que descentralizem o evento do recinto — sendo um evento que todos os anos esbarra numa alarvidade de preconceitos, a relação com uma pequena cidade podia ser sempre mais complexa. Felizmente, Barcelos continua a surpreender‑nos e a aceitar este entendimento globalizado de cultura que defendemos e promovemos.

Sentem dificuldades extra pelo facto de o festival se realizar fora de Lisboa ou do Porto?Olhamos sempre para a questão geográfica como uma vantagem, como parte da missão, menos como uma dificuldade. Tem, como mencionei antes, os seus desafios, mas acaba por servir‑nos de motivação extra. Sentimos que um festival deste tipo, feito à margem, devia ter essa componente de descoberta de uma cidade. Essa curiosidade local e relação íntima com Barcelos é quase tão importante como a programação vasta que propomos. "É o mundo em Barcelos e Barcelos no mundo.” como o Mário Lopes ‑ jornalista do Público ‑ descreveu e tão bem.

A captação de patrocínios é um dos principais desafios do projecto?Não diria que será um dos principais desafios, mas não somos indiferentes ao facto de os patrocínios poderem ser, e serem, um auxílio importante na definição do projecto e na viabilidade do mesmo. Resumir uma ideia pecará, sempre, pela redução injusta da mesma, mas no contexto do Milhões é essencial saber equilibrar um bom branding com o ambiente descontraído e sem excessiva

FESTIVAIS

CONCERTO DOS DEERHOOF NO MILHÕES DE FESTA

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poluição visual que promovemos no festival, e essa gestão de vontades e pender da balança para uma melhor experiência do consumidor acaba por ser o foco das nossas captações e das relações que estabelecemos. Até agora, positivamente.

Que tipo de trabalho fazem em conjunto com as marcas?Acima de tudo, há um trabalho de sensibilização e de inserção da marca dentro do espírito do Milhões de Festa e nesse aspecto temos sido bastante cautelosos nas marcas que temos no festival. A relação com a Red Bull tem sido, nesse aspecto, um óptimo exemplo de uma marca que, pela longa associação ao Milhões, traz, ano após ano, valências e adiciona valor ao que propomos, seja através do apoio a artistas locais (Red Bull City Gang que apresentou bandas barcelenses, em locais icónicos da cidade, a quem nos visita), seja através da memória colectiva da música em Barcelos (o documentário “A Scene Called Barcelos”) ou através da melhoria de condições de um dos palcos, como é o caso da piscina Red Bull Music Academy. Ao promovermos essa melhoria e ao trazermos um input exterior, estamos também a questionar onde queremos levar o festival e o que queremos afirmar com ele.

Têm alguma preocupação com matérias de sustentabilidade no evento?Naturalmente, temos uma preocupação em ter um projecto viável e com vitalidade para continuar, principalmente dada a relação que o evento tem com o trabalho desenvolvido na Lovers & Lollypops anualmente. É um laboratório que mantém as demais das nossas actividades frescas e actuais. Nesse sentido, a própria definição de um lugar próprio, a nível de programação, contribui para que o projecto se mantenha saudável e possa perpetuar‑se — havendo cada vez mais festivais em Portugal, é essencial que o nosso não seja possível de substituir com mais nenhum. E, felizmente, não é. Da mesma maneira, não tentamos que o festival cresça para algo que não tem de ser. Esta dimensão permite‑nos fazer crescer o nome e acrescentar outro valor ao evento, o dos que não puderam ir, mas continuam a fazer eco das aventuras nas margens do Cávado.

De que forma o destino em que se realiza o festival influencia o produto final?Sem dúvida. Como disse anteriormente, o Milhões ocupa activa e positivamente a cidade de Barcelos. Poucos festivais se poderão orgulhar de apresentar bandas e artistas locais como aqueles que se apresentam, com a mesma qualidade dos que nos visitam. Bandas como Black Bombaim, Glockenwise, La La Resonance, Dear Telephone, Killimanjaro, entre outros, são especiais cá como em qualquer parte do mundo. Nos últimos dois anos temos apresentado ainda o Ensemble Insano, que junta diversas gerações de músicos da cidade de Barcelos numa performance única, e num espaço dedicado.

E de que forma o Festival permite a projecção da imagem do destino?O Milhões de Festa alimenta‑se da cidade de Barcelos, mas este é um acto recíproco, com o festival a oferecer projecção e promoção nacional e internacional à cidade. Não temos dúvidas de que se não fosse o MdF, Barcelos seria uma cidade desconhecida para a maior parte das pessoas que nos visitam e que a descentralização é uma vontade, mas também uma força que nos incute a levar o nome de Barcelos o mais longe possível.

Têm número sobre o impacto económico do Festival em Barcelos?Não disponho de números concretos, mas nos dias do festival esgotamos a capacidade hoteleira, enchemos os cafés e restaurantes e promovemos essa relação íntima do Milhões de Festa com a cidade de Barcelos. Dessa forma, o festival não se fecha no recinto, abre‑se e promove a relação de quem nos visita com a cidade. É muito importante para nós que o Milhões traga mais‑valias para a cidade, sabemos que são quatro dias intensos que exigem muito de quem vive na cidade, a programação começa ao meio‑dia e estende‑se até às 06h da manhã e isso só é possível se retribuirmos com a valorização e promoção da cidade, mas também com o retorno económico para os seus comerciantes.

Que peso tem o público internacional no evento? Que tipo de promoção é feita para atrair esse público?Temos tido um acréscimo de público internacional e, depois de um ano zero, que foi 2014, conseguimos atrair já uma percentagem interessante de público europeu, principalmente do Reino Unido e de Espanha. A promoção é baseada na relação com estruturas irmãs em diversos países, como a Giradiscos e a Work On Sunday em Espanha, a Baba Yaga’s Hut em Inglaterra ou Subbacultcha na Holanda. Essas estruturas são a nossa ponte para darmos a conhecer o festival, a programação que apresenta e as ideias que procura. Trabalhamos com quem gostamos e admiramos, com editoras e promotoras onde encontramos eco de propósito e idealismo e este boca em boca básico, mas com muita força, é a nossa maior promoção.

Como imagina o festival depois de 2017?Imagino‑o como o acto de exploração ainda maior do que tem sido, uma celebração com e para a cidade e um marco para todas as mentes curiosas sem receio de se deixarem surpreender por novos artistas e novas sonoridades. Vivemos numa altura de voracidade, de consumo rápido e pouco criterioso e o Milhões serve como oportunidade de se perceber para onde caminhamos, um ponto de situação da música que é feita, nichos que a consomem e da sociedade que os envolve.

FESTIVAIS

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JAIME MCAULEY DESAFIA EMPRESAS PORTUGUESAS A OLHAREM PARA OS STATESDos buyers que participam na ibtm america, 80% são norte‑americanos e uma larga maioria deles gere eventos internacionais, que rodam um pouco por todo o mundo. Daí que a directora da feira, Jaime McAuley, em entrevista à Event Point, desafie as empresas portuguesas, venues, convention bureaux, etc., “a olharem com interesse” para o outro lado do Atlântico.

RADAR

O evento acontece de 15 a 17 de Junho no Gaylord Opryland Resort & Convention Center em Nashville, Tennessee, e segue um modelo de meeting pod que a Reed aplica em feiras irmãs desta como a ibtm arabia.Este formato é bem diferente do desenvolvido em Barcelona, na ibtm world, destacando‑se por ser mais pequeno, assente num rácio de 1:1 entre buyers e expositores. “Queremos que esta feira se mantenha debaixo de um único tecto, um hotel ou resort que possa alojar os participantes, dar‑lhes espaço para se reunirem e fazerem network. E por isso não pode crescer muito”, explica Jaime McAuley. O conceito, garante, “implica custos muito menores de participação”, porque as reuniões são tidas em espaços bastante simples, ainda que práticos, com mesa, cadeiras e privacidade, mas nada mais do que isso. Não obriga a construir stands, despachar grandes quantidade de material, nem a enviar muita gente.Um outro elemento que McAuley deixa bem vincado é o facto de as reuniões, para serem confirmadas, e acontecerem, terem que ser validades pelas duas partes, expositor e buyer. “Só assim

podemos garantir um match perfeito”.Este formato foi experimentado pela primeira vez na ibtm america em 2015, e os resultados dos inquéritos feitos aos participantes, quer do sector corporativo quer do associativo, indicaram que o modelo era para manter, e que as pessoas, por estarem habituadas a percorrer o país com os seus eventos, queriam conhecer outros destinos. Daí a decisão de manter a itinerância. “Quisemos escolher um hot spot, e a opção acabou por ser Nashville, capital norte‑americana da música country”, refere a directora do evento.Assim, na quarta‑feira haverá um Discovery Day, pensado para facilitar o networking, a partilha de experiências, com tempo para irem todos, buyers e expositores, explorar a cidade e a ligação desta à música. Os dois dias seguintes estão focados nas reuniões e ainda em alguns educacionais. “A vantagem de estarmos todos num único espaço é mesmo essa, partilharmos as salas de reunião, os almoços e jantares, até o elevador!”, conclui Jaime McAuley.E se estiver curioso sobre qual o próximo destino da ibtm america, em 2017, podemos adiantar que será Fort Lauderdale, em Hollywood, Florida. Pode ir planeando desde já a sua viagem.

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ESPAÇO IPAM

MEETING DESIGN/ESPAÇOS DE INOVAÇÃO

“UM AGENTE NÃO SE MOVE APENAS QUANDO EXISTE UMA FINALIDADE”Nas empresas, a presença e a qualidade dos espaços destinados à criação de ideias apresentam‑se como essenciais para o desenvolvimento de processos de inovação. Em síntese, o que resulta da minha experiência como académico, profissional do design e da minha actividade como orador numa multiplicidade de workshops de inovação, permite‑me enunciar um conjunto de condições e pressupostos que considero importantes para garantir a materialização das ideias e a execução de dinâmicas criativas. São eles:

4Dinâmicas operativas dos agentes associadas a movimentos centrípetos e centrífugos, em que os participantes e a informação se movem no sentido do

centro ou da periferia. O movimento centrípeto privilegia acções de observação e intervenção no sentido de garantir que a informação se desloca da periferia para o centro. O movimento centrífugo privilegia acções de observação e intervenção no sentido de garantir que a informação se desloca do centro para a periferia.

5Dinâmicas de adição e subtração de informação associadas ao processo, em que a adição ou subtracção de informação ao longo das fases vai no sentido de

garantir a exclusão gradual de informação não pertinente de uma forma progressiva, traduzida no objectivo de alcançar uma materialização das ideias. Estas dinâmicas garantem um processo que evolui para acções com maior rigor e síntese, e aproximam os efeitos das causas, factor fundamental para a motivação dos participantes.

6Dinâmicas de espaço associadas ao equipamento, em que o equipamento, através de movimentos de recombinação, possibilita modificações qualitativas

e quantitativas através do reagrupamento de combinações homólogas ou díspares; através de movimentos de mutação, permite alcançar modificações e transformações súbitas do espaço, criando variabilidade.

1Dinâmicas criativas associadas a espaços de concepção, espaços de desenvolvimento, e espaços de implementação, em que o espaço de concepção é

entendido como um espaço de criação e desenvolvimento de ideias sem compromisso de criação de um produto, o espaço de desenvolvimento é entendido como o espaço em que a ideia é transformada num produto tangível, em condição de se materializado, e o espaço de implementação é entendido como o espaço em que são definidas e criadas as acções que permitirão visualizar a introdução do produto no mercado.

2Dinâmicas de percurso de informação associadas a momentos de abstração versus materialização e learning versus doing, em que o percurso e conteúdo

das acções adopta progressivamente a evolução do conhecimento orientado, nas fases iniciais, para a dimensão da abstracção/learning, e, nas fases finais, para a dimensão da materialização/doing.

3Dinâmicas de conteúdo associadas à arquitectura de informação, objectivos e actuações, em que por informações entendem‑se dados e factos que num primeiro

momento não têm uma relação com um tema, por objectivos entende‑se a informação que é considerada relevante de uma forma explícita para o desenvolvimento do(s) tema(s) da acção, e por actuações entendem‑se as actividades e acções que se conseguem deduzir a partir dos objetivos definidos.

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WWW.IPAM.PT

Em síntese e tendo como referência a teoria sobre Inovação de Steven Johnson, posso extrapolar e afirmar que os espaços de criação onde os processos de inovação ocorrem, devem:

• Caraterizar‑se como os espaços activos onde as ideias resultam de uma colaboração globalizada e dependente das relações que se estabelecem entre os indivíduos.

• Permitir a criação de alicerces e conexões que possibilitem a formação de redes fluídas entre as pessoas para que possam discutir, trocar conhecimentos e cooperar em conjunto, porque as boas ideias nascem da conexão entre as pessoas certas, nos ambientes certos e nos momentos exactos.

• Considerar as minúsculas informações adjacentes que vão sendo absorvidas e arquivadas pelo nosso cérebro, até se descobrir a sua importância e transformarem‑se em inovações, as quais foram desenvolvidas num espaço de tempo mais alargado.

• Garantir as combinações acidentais de elementos que demonstram um potencial para se combinarem e transformarem em novas ideias.

• Explorar os erros, entendidos como acertos adquiridos de maneira indirecta, oferecendo novas tentativas e proporcionando novos caminhos de conhecimento.

• Estimular a utilização de conhecimentos de outras áreas que não as de origem, exercendo uma função diferente daquela para a qual foi concebido.

• Gerar novas plataformas, sobre as quais se estruturam novas ideias segundo novas perspectivas, ou desenvolver inovações emergentes sobre plataformas já existentes.

Em conclusão, e numa perspectiva do Meeting Design, considero essencial que as empresas incluam espaços de inovação nas suas estratégias de desenvolvimento, as quais são caraterizadas, entre outros, por dinâmicas criativas associadas a espaços e equipamentos, dinâmicas de percurso de informação associadas a momentos de Abstração versus Materialização, e dinâmicas de conteúdo associadas à arquitectura de Informação, Objectivos e Actuações.

Só há Inovação se as empresas

criarem condições logísticas

para a reflexão e para a acção,

independentemente de se moverem ou

não para uma finalidade visível. António da Cruz Rodrigues

PhD em Design (IADE ‑ Creative University), Master em Design Industrial (Scuola Politecnica

di Design, Milão), Licenciado em Design Industrial (IADE). É coordenador do Agrupamento das

Artes, da Área Científica de Design, do Mestrado em Design Management e do Mestrado em

Design de Produção. Professor visitante na Scuola Politecnica di Design de Milão, Università

IUAV di Venezia; Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade Nordeste, Pontifícia

Universidade Católica do Rio de Janeiro (Brasil); Chiba University (Japão).

Fundador, CEO e director criativo da Modus Design.

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SWEATWORKING: EMPRESAS QUE TREINAM E SUAM JUNTAS SÃO SINÓNIMO DE SUCESSO

Ora ai está a última tendência emergente. Nascida nos Estados Unidos,

rapidamente entrou na Europa pelo Reino Unido e chega agora a Portugal: a moda

do Sweatworking. Fazer exercício, suar a camisola juntamente com clientes, ou

companheiros da empresa. É por assim dizer uma nova forma de networking, de

conectar pessoas, fomentar relações e tirar disso partido também para o negócio.

Numa rápida pesquisa pela #sweatworking encontramos um sem número de artigos sobre esta tendência que se vem generalizando. Não se trata de nada premeditado, mas algo que surge como consequência de quem tem o gosto pelo desporto, e vive com uma agenda típica deste século.

Debrucemo‑nos neste fenómeno, que para muitos de nós é uma prática corrente, mas com a generalização das corridas, dos ginásios, dos treinos funcionais e desportos de aventura, ganha agora uma base de recrutamento, eu diria que universal. É importante termos noção de que este é um fenómeno global

LOURENÇO CARDOSO MENEZES | DIRETOR DA SPORTS BY TLC E RESPONSÁVEL PELA B2RUN

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e que neste capítulo Portugal está perfeitamente actualizado. O Mundo reconhece hoje a importância do desporto, igualmente as empresas e os seus decisores têm a consciência dos benefícios do exercício físico regular com todas as vantagem na vida, na saúde, bem‑estar e no rendimento profissional. Equipas treinadas e habituadas a suar juntas, são sinónimo de empresas de sucesso.O desporto encerra tantas vantagens e tem o poder de conectar pessoas, de ser um icebreaker e um uniformizador social. No desporto as classes diluem‑se, as hierarquias misturam‑se, as raças e as religiões vestem a mesma camisola.Sebastian Coe, chairman dos Jogos Olímpicos de Londres, deixa‑nos o testemunho: “As a former athlete and now an administrator, I am absolutely convinced about the positive role of sport and its unique ability to touch many different aspects of our lives and our communities”.Em ambiente desportivo libertamo‑nos das capas e da maquilhagem que com alguma naturalidade a sociedade nos vai impondo, voltamos ao nosso estado primitivo, somos nós próprios tal como quando tínhamos oito ou dez anos e escolhíamos a equipa para jogar à bola, voltamos a ser o Manel, o Canhoto ou o Gordo que vai à baliza. E, por mais paradoxo que possa parecer, o limpar desta cosmética favorece o negócio. Nada mais verdade do que “people buy people” e quando se estabelece uma relação de confiança e transparência tudo se torna mais fácil. É assim na vida e é assim no mundo dos negócios.Vivemos um tempo onde cada vez menos se questiona a mistura entre a vida pessoal e profissional. Faz sentido que assim seja, pois se buscamos um trabalho que verdadeiramente nos apaixona, acaba por ser natural não separar as águas. Temos uma vida cada vez mais acelerada, vivida em multitasks. Não é melhor, nem pior, é a característica dos nossos dias, de nada vale queixarmo‑nos, apenas adaptarmo‑nos. Temos reuniões pelo Skype a aproveitar a hora de almoço, importantes negócios fazem‑se a 140 km/h numa auto‑estrada, e os WhatsApp vieram preencher aquele tempo que chamávamos de “morto ou parado”. É formidável viver este tempo e estar ligado ao mundo com esta intensidade.Um outro aspecto maravilhoso neste conceito de Sweatworking é o momento de fazer desporto e meter o coração a bater em ambiente de contacto profissional, isso permite um nível de concentração e liberdade que dá asas à imaginação, diferente da formalidade face to face das salas de reunião. Vários estudos apontam para os benefícios e para a melhoria da performance cerebral com a prática de actividades cardio‑respiratórias. Um

Meeting Run é ideal para sessões de brainstorming ou criação. Mas muita gente questiona se é possível correr e falar. Não só é possível, como é desejável. Quem pensa e fala até se esquece de que está a correr!Não nos espantemos que em breve o Microsoft Outlook ou o Google Calendar passem a ter botão “Meeting Run” na sua agenda!Por tudo isto o Sweatworking é uma expressão do momento, pelo aproveitamento do bem escasso que é o tempo. Igualmente no domínio humano, pela relevância que as pessoas ganham nas empresas e como são decisivas as questões de relacionamento para o desenvolvimento das organizações e dos negócios.Esta é a visão partilhada da agência sports by tlc onde apostamos a fundo na força do desporto para activar marcas junto aos seus consumidores e propomos soluções para desenvolver pessoas e relações dentro das organizações.A sports by tlc está a desenvolver um grande evento: a B2RUN ‑ A Corrida das Empresas, que chega em Setembro ao MEO Arena em Lisboa. Vem materializar muito do que aqui escrevo, um modelo Corporate Run que verdadeiramente ainda não existia em Portugal que vai desafiar todas as empresas do mercado nacional para trazerem as suas equipas, vestirem a camisola e conhecerem o poder do Sweatworking.

O grande segredo é arrancar.

Bons treinos, melhores negócios e

convidem‑me para umas Meeting Run.

LOURENÇO CARDOSO MENEZESNascido em Lisboa em 1970. Cresceu na Linha junto à praia com o desporto sempre

presente. Em 1992 inicia a carreira profissional na Visual Sports. Em 2002 abre a empresa

Triologia, com a importação de marcas do grupo Neilpryde. Em 2007 assume a direcção

das megastores Sport Center do grupo Seaside. Em 2014 entra na events by tlc para liderar

uma nova área: sports by tlc. A presença do grupo em Portugal, Espanha e Brasil permite‑lhe

capitalizar experiências, agora em eventos de dimensão global: Champions League, FIFA

World Cup, Volvo Ocean Race, e também na organização de eventos próprios como: a

IMEXrun em Frankfurt e Las Vegas, e a B2RUN.

Desportista activo nas modalidades futebol, maratona, triatlo, windsurf e kite. Benfiquista

fervoroso, treinador de futebol amador e de kite nos tempos livres. Um apaixonado pela vida,

pelo desporto, família, amigos. Pelo país e pelo trabalho.

OPINIÃO

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4º CONGRESSO MARCA NOVA ERA NA APECATEPouco depois de António Marques Vidal ter assumido a presidência da Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, sucedendo a Ana Barbosa, era tempo de arrancarem os trabalhos do 4º Congresso da APECATE, de 29 a 30 de Janeiro no Hotel Montebelo Vista Alegre, em Ílhavo.

Começou assim um mandato de três anos, e uma nova era dentro da Associação, com os seguintes órgãos sociais:

DIRECÇÃOPresidente:

António Marques Vidal | MarGensVice‑Presidentes:

Ana Fernandes | RlzJosé Saleiro | Vertente NaturalVogais:

Catarina Valença Gonçalves | Spira Paulo Lopes | Portugal Green Walks

ASSEMBLEIA‑GERALPresidente:

Ana Barbosa | TurAventurVice presidente:

Paula Cordeiro | Ad MédicSecretário:

Aquino Gamboa | Promóbidos

CONSELHO FISCALPresidente:

Luísa Ahrens Teixeira | MundiConveniusVogais:

Concepción de Roncon | CI – Congressos e IncentivosNuno Morte | Rustitur

“NÃO PODEMOS DESCANSAR OU ESTAREMOS ULTRAPASSADOS”

Logo na sessão de abertura do Congresso, Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, vincava a ideia de que “há muito trabalho por fazer na promoção, para dar a conhecer a nossa oferta, os nossos produtos lá fora”. Destacou por isso a necessidade de uma plataforma digital que reúna

informação para a meetings industry sobre Portugal, os venues e os fornecedores, recordou a vontade de imprimir “novo gás ao fundo de captação de congressos”, e a criação de “uma equipa que trabalhe a captação de mais eventos para Portugal em articulação com os convention bureaux”. Garantindo que “não podemos descansar ou estaremos ultrapassados”, concluiu que “o turismo tem poder, e é esse poder que vamos exercer”.

CAPTAR NEGÓCIO, ESTRATÉGIAS E PROBLEMAS

O primeiro painel procurou deixar pistas sobre como captar mais negócio para Portugal. Alexandre Relvas, CEO da Logoplaste, condensando o conhecimento acumulado por uma empresa que iniciou o processo de internacionalização em 1992, referiu a necessidade de ter informação de qualidade sobre os vários mercados, a aposta na oferta de soluções como elemento diferenciador, e o imperativo de respeitar as culturas locais, contratando localmente. David Casalod, CEO da Status Plus, referiu os factores que condicionam e determinam a decisão de ir para um determinado destino com um evento, em particular os associativos, rematando com um “Se querem trazer eventos associativos para Portugal, vão atrás dos delegados portugueses nessas associações”.Luísa Ahrens Teixeira, directora geral da MundiConvenius, reconhece que “não podemos ir a tudo”. Importa por isso pesquisar e identificar oportunidades, avaliar as capacidades de cada empresa para determinados projectos, fazer parcerias, investir em recursos humanos qualificados, arriscar e, claro, “planear, planear, planear”.O então presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, dizia estar convencido de que o “sector dos eventos tem sido um dos grandes responsáveis pelos resultados do turismo em Portugal”. Traçou depois o perfil da Animação Turística, um mercado que cresceu 10x desde 2008, com nichos como o touring cultural onde há francas oportunidades de continuar a crescer. E lembrou um círculo virtuoso formado por capacitação, investimento, inovação e internacionalização.

EM DESTAQUE

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EM DESTAQUE

VANTAGENS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA CAPTAÇÃO DE NEGÓCIOS

No segundo dia, um dos debates mais animados foi o das novas tecnologias ao serviço das empresas deste sector. Leonor de l’Hermite, responsável pela área de turismo na Google, recordou que apenas 3% das pessoas que preparam uma viagem ou viajam efectivamente não usam a internet. A isto junta‑se o facto de as experiências serem mais valorizadas do que os objectos, a crescente importância do mobile, e o conjunto de ferramentas digitais que existem, estão disponíveis, para se ser encontrado pelos nossos potenciais clientes, para trabalhar mais eficientemente, e para se expandir para novos mercados.“Mesmo as PME podem ser micro‑multinacionais”, afirmou Leonor de l'Hermite, destacando a força dos vídeos como suporte de comunicação – o YouTube é o segundo motor de pesquisa no mundo ‑, e soluções baseadas na Cloud que, também elas, têm mudado a forma como trabalhamos, interagimos, partilhamos e acedemos a informações.E se quer uma dica sobre ferramentas Google que lhe podem ser úteis, quer para renovar, quer para expandir o seu negócio, experimente o Google Trends e o Global Market Finder.Pedro Janela, CEO do Wy Group, começou por revelar o fraco desempenho de Portugal quando fez na net uma pesquisa por “business events” ou mesmo “business events Portugal”. “O país nunca aparece!” Ora é justamente este resultado que o sector precisa de inverter, e para isso impõe‑se um esforço conjunto, assegura Pedro Janela, defendendo que o ciclo de visibilidade passa por estas etapas: awareness, engagement e performance. Para o responsável do Wy Group a solução está ainda na

produção de conteúdos de qualidade ‑ “Se os conteúdos forem bons as pessoas partilham” ‑, como forma de em última instância gerar leads para novos negócios. Qual é a história da sua marca?

FISCALIDADE

Sendo o último painel do 4º Congresso da APECATE, pode dizer‑se que demonstrou uma assinalável vitalidade. Maria Emília Pimenta, da Autoridade Tributária e Aduaneira, procurou explicar as regras, nacionais e europeias, que enquadram legalmente o IVA nas transacções nacionais e internacionais B2B e B2C nas áreas da organização de congressos, eventos e animação turística. O tempo disponível revelou‑se curto para tantas dúvidas, e ficou por isso prometida uma nova acção de esclarecimento nesta área para todos os associados.Ao longo dos dois dias de trabalhos houve outros oradores, como Christopher Doyle, director executivo da Adventure Travel Trade Association na Europa, que falou sobre a imagem de Portugal enquanto destino de turismo de aventura, e outros temas a debate, como a relação entre ordenamento dos territórios e o desenvolvimento turístico ou o estado das coisas no que diz respeito aos fundos do Portugal 2020.O 4º Congresso da APECATE teve cerca de 200 participantes, o patrocínio do Grupo Montebelo, Turismo do Centro, Câmara Municipal de Ílhavo, Audiomeios e Liberty Seguros, e a Event Point como media partner.

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IBTM ARABIA REVELA UM DESTINO EM RÁPIDA MUDANÇAO sector da meetings industry reuniu‑se de 9 a 11 de Fevereiro em Abu Dhabi para comemorar o 10º aniversário da ibtm arabia (ex‑GIBTM). E com isso revelar os Emirados Árabes Unidos (EAU), uma das regiões que no mundo mais rapidamente crescem em termos de infra‑estruturas para reuniões e incentivos, comércio e turismo.

O evento, que pertence ao portefólio da Reed, assume‑se como de pequena dimensão, procurando facilitar e promover o contacto e a relação entre fornecedores e compradores, em actividades de networking mas também em reuniões frente‑a‑frente. Uma das novidades da ibtm arabia foi justamente o facto de 100% dos buyers serem novos – e não podem ser convidados outra vez nos próximos dois anos. Destes, 60% eram internacionais e os restantes locais. Seguindo o interesse manifestado pelos fornecedores inscritos, a organização decidiu reforçar a presença de compradores corporate, “duplicando esse número face a edições anteriores”, como explicou o director da ibtm arabia, Shinu Pillai. Quanto às reuniões, estas só são confirmadas quando ambas as partes,

fornecedor e comprador, estão de acordo.Ao longo de três dias, 250 pessoas de 40 países estiveram no Hotel Jumeirah nas Etihad Towers, um dos ícones arquitectónicos da zona mais moderna e elegante de Abu Dhabi, dando origem a cerca de 3.000 reuniões individuais. O programa incluiu ainda um fórum de abertura com a oradora motivacional Carol Talbot, encontros para a imprensa com os organizadores da feira e com os responsáveis do Convention Bureau local, visitas de descoberta do destino, passando pelo autódromo internacional onde se realiza o Grande Prémio de Fórmula 1, o parque temático Ferrari World ou a mesquita do Sheikh Zayed, e diversas refeições em conjunto, culminando numa White Party em jeito de despedida.

EM DESTAQUE

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EM BUSCA DE PROTAGONISMORivalizando com o vizinho Dubai, Abu Dhabi, que é a capital dos EAU, aposta em reforçar os argumentos de que dispõe para captar mais eventos. Um novo aeroporto deverá estar concluído no final de 2017, suportando a operação da companhia de aviação Etihad, está em construção um museu com a chancela do Louvre e a seguir virá um Guggenheim, as grandes cadeias hoteleiras continuam a instalar‑se, abrindo unidades claramente vocacionadas para o lazer, mas também para os eventos, há instituições internacionais altamente qualificadas, no ensino, na investigação médica, que optam por ter ali uma presença. A isto soma‑se uma cidade organizada, segura, tranquila, moderna – boa parte das construções que se vêem hoje não existiam sequer há 10 anos ‑, onde se sente a presença do dinheiro e a vontade de fazer coisas com ele. E onde de facto as coisas acontecem, quase de um dia para o outro.Em entrevista, o director do Convention Bureau de Abu Dhabi, Mubarak H. Al Shamisi, descreveu a criação de uma unidade de business events que junta os sectores público e privado para discutirem regularmente o sector e encontrar formas de captar mais negócio.

Um novo website foi lançado, reunindo a oferta de venues, DMC, PCO. Existe um comité governamental que identificou 12 sectores estratégicos, nomeadamente o petroquímico e o farmacêutico, e tem como missão apresentar ideias que atraiam para a região empresas e iniciativas dessas áreas. Está em curso também um novo programa de embaixadores, académicos e outros, mais uma vez com a intenção de captar eventos para Abu Dhabi.“Reconhecemos o impacto estratégico, e não apenas económico, dos eventos. Procuramos por isso criar boas facilidades para o segmento MICE, mas sobretudo apostamos numa relação muito pessoal, individual, com cada cliente”, concluiu Al Shamisi.

A ibtm arabia 2017 realiza‑se de 7 a

9 de Fevereiro, e vai ter a Event Point

como media partner.

EM DESTAQUE

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EM DESTAQUE

ASEAN TOURISM FORUM: PROMOÇÃO CONJUNTA PARA ATRAIR TURISTAS DE TODOS OS SEGMENTOSDa reunião dos ministros do turismo dos países membros da ASEAN (Association of Southeast Asian Nations) saiu o compromisso de desenvolver o sector em conjunto. No plano estratégico de desenvolvimento do turismo (2016‑2025), assinado pelos ministros do Brunei Darussalam, Cambodja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia, Vietname e Filipinas, os membros decidiram investir e colaborar no marketing e promoção, no nivelamento da qualidade da oferta, bem como no desenvolvimento de produtos turísticos. Além disso, ficou decidido promover a região ASEAN como um único destino turístico. Dado que a maioria dos turistas conhece a região por sudeste asiático, serão promovidos os dois termos em conjunto. Os mercados‑alvo são o interno, Ásia e Pacífico, Médio Oriente e Europa. Em relação ao sector da meetings industry serão as Filipinas o país responsável por liderar os esforços de promoção deste segmento.

Esta região recebeu em 2015 cerca de 98 milhões de turistas internacionais, um aumento de 7.3% face ao ano anterior, o que por si só mostra uma grande vitalidade. Vitalidade que foi também destacada pelo Presidente da República das Filipinas, que vai abandonar o cargo em breve, e que diz que vai aproveitar para visitar, com calma, as Filipinas e

os países ASEAN. “Vou ser livre para ser turista”, brincou Benigno S. Aquino, que abriu of icialmente o ASEAN Tourism Forum (ATF). Numa nota mais séria, o presidente lembrou que é mais ef icaz uma promoção conjunta para captar visitantes internacionais, e que devem existir pacotes que cubram mais do que um país.

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EM DESTAQUE

TRAVEX CONTEMPLOU TODA A REGIÃO

Durante a ATF realizou‑se a feira Travex, uma oportunidade para as regiões e fornecedores mostrarem a oferta aos visitantes e hosted buyers. As Filipinas, país anfitrião, teve, naturalmente, a presença mais destacada.

CINCO PERGUNTAS A JOÃO TAVARES GONÇALVES, DA TAPETEVOADOR INCENTIVES

João Tavares Gonçalves, da tapetevoador, foi o único hosted buyer português na ATF. A tapetevoador foi fundada em 2007 e é uma agência que se dedica essencialmente ao mercado corporate e às viagens à medida.

Que balanço faz da última edição da ATF?É francamente positivo, pois todas as regiões das Filipinas estavam bem representadas, a nível institucional e privado. Além destas, estavam também razoavelmente bem representados os restantes países daquela região. A qualidade do evento foi muito boa a todos os níveis. Fiquei a conhecer melhor as Filipinas, bem como os fornecedores de serviços que mais me interessavam e tive a oportunidade de reunir com alguns dos meus actuais fornecedores.

Como avaliaria a qualidade das reuniões que teve?Como em todos os eventos deste género, há boas e más (devido ao elevado número de reuniões exigido aos hosted buyers), mas as que me interessavam realmente foram bastante produtivas, pois permitiram esclarecer algumas dúvidas e conhecer melhor o produto deles, tal como os seus representantes.

Que destinos lhe despertaram maior interesse?As Filipinas, de um modo geral, e a combinação de dois ou três destinos diferentes no mesmo país. Trata‑se de um produto que não vendíamos, antes da feira, mas que já começamos a vender. Além das Filipinas, havia um conjunto de destinos que já vendíamos, mas em que agora poderemos diversificar um pouco mais a nossa oferta, uma vez que são países muito grandes, como é o caso da Indonésia, Birmânia, Malásia.

O que é que valoriza mais em eventos como este?A possibilidade de conhecer pessoalmente os meus fornecedores e os seus produtos, bem como o networking com os outros hosted buyers.

Que impressão lhe causou o destino Manila?Não me parece que seja um destino apelativo para a área de negócios a que nos dedicamos mais (Incentivos e Viagens à Medida). Poderá, eventualmente, ser explorada apenas se os voos “obrigarem” a pernoitar lá.

Cláudia Coutinho de Sousa*

Em Manila a convite do ASEAN Tourism Forum

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VASCO VICENTEFoi o projecto da Máquina da Imaginação para a S7 Airlines, distinguido com um dos prémios dos European Best Event Awards, que despertou o interesse em conhecer Vasco Vicente, director de arte da agência holandesa Wieden + Kennedy.

PERFIL

saber como usá‑los”, em função de cada briefing.As marcas globais conhecem o mercado e entendem que os consumidores são cada vez mais inteligentes, apesar de constantemente distraídos por lixo visual. “Hoje as marcas são humanas, determinadas por um tom de voz e fortes valores sociais”. Não se pode por isso fazer apenas uma campanha na imprensa, ou nas redes sociais, “temos obrigação de pensar a 360º”, defende Vasco Vicente. Na Wieden + Kennedy, por exemplo, cada criativo é responsável por todas as extensões que uma ideia possa ter, do spot ao online, das redes sociais à activação, não existem diferentes equipas ou departamentos para eventos ou activações.

CRIATIVIDADE VS. ORÇAMENTO

Vasco Vicente garante que existe uma pressão maior e maiores estrangulamentos, de política e de hierarquias, quando se está perante um cliente global. “Quanto maior a estrutura, mais difícil se torna vender uma ideia credível e inovadora”. Mas, de uma maneira geral, “os clientes valorizam muito mais o processo

Depois de se licenciar em Design Gráfico e de fazer um mestrado em Cultura Visual, ambos em Lisboa, Vasco Vicente ainda trabalhou algum tempo em agências e como freelance, encarregando‑se de projectos de identidade, cartazes para eventos ou ilustração editorial. A verdade é que estava saturado do mercado português, “sem qualquer tipo de motivação, desempregado na altura”, e nem os 20 emails que enviava por dia obtinham resposta. Decidiu por isso participar nos “The Kennedys”, um programa criativo e incubador da Wieden + Kennedy em Amesterdão. Assim que foi aceite, preparou as malas e arrancou para a Holanda no dia 1 de Junho de 2011, sem pensar duas vezes. “Foi definitivamente uma escolha inevitável, necessária. Saí da minha zona de conforto com o objectivo de evoluir a nível profissional”, ao lado “dos melhores que existem no mercado na área da publicidade”.

TRABALHAR NA HOLANDA

Amesterdão é um ponto estratégico no mapa de empresas globais como a Nike, e outras, onde se respira “um ambiente multicultural”, sobretudo nas agências internacionais”. No entanto, o mercado local tem “um sistema criativo dominado por agências holandesas”, explica Vasco Vicente.“As diferenças começam nas agências, em construir a cultura de uma agência e em questionar tudo. Começar por quebrar as regras, e aprender com os erros, esses sim, são elementos‑chave para o sucesso de qualquer agência, sabendo que na relação com o cliente é preciso arriscar”.A maneira como cada trabalho é apresentado, e as ideias na sua pureza integral são elementos básicos no processo criativo. “Em Portugal falta‑nos garra e fé no nosso talento, falta‑nos o respeito e as referências do que se faz lá fora. As nossas marcas têm de crescer e perceber que a indústria mudou há bastante tempo, e que a televisão não chega”. Da mesma forma, as agências são responsáveis pela mudança de canais e da maneira como as marcas interagem com o consumidor, acredita o director criativo da Wieden + Kennedy. “Hoje em dia temos tantos canais e medias de comunicação que é fundamental

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PERFIL

criativo do que qualquer outra coisa, e pagam a preço de ouro para terem opções”. A Wieden + Kennedy, afirma, “é uma das agências que se podem dar ao luxo de dizer não aos clientes”.

O PROJECTO MAIS INTERESSANTE

“Foi sem dúvida o Chasing Horizons para a Citizen [marca de relógios]. Nunca pensei que ia sentir tanta falta das aulas de geografia, mas nada que estudo e pesquisa não tivessem resolvido”. O departamento de produção da Wieden + Kennedy colaborou com a produtora Smuggler de Londres e com um perito aviador, ex‑piloto da Nato, Jonathan Nicol. Em termos específicos de aviação, a equipa teve de se manter numa latitude constante de 80 graus, onde a Terra roda mais lentamente, a uma velocidade de 289.95 km/h. “Neste caso, voámos no sentido oposto ao da direção da rotação da Terra, logo conseguimo‑nos manter exactamente no mesmo tempo e assistir ao pôr‑do‑sol em cada fuso horário na mesma localização”.Apenas tinham uma hipótese para completar esta missão, e se falhassem tudo poderia ir por água abaixo. “Descolar da Islândia e perseguir o horizonte não foi uma tarefa nada fácil”. Tiveram de enfrentar vários desafios a cada etapa para garantir o sucesso da missão: manter o avião estável no mesmo espaço‑tempo continuum; lidar com motores congelados; fazer dois abastecimentos urgentes durante a viagem. “Inicialmente parecia um exercício matemático impossível de concretizar, mas acabámos por resolver a equação. Por outro lado, precisávamos de alguém com a coragem e a garra para concretizar este filme. Acabamos por escolher o realizador Tristan Paterson, e foi a escolha perfeita para este projecto”.

A MÁQUINA DA IMAGINAÇÃO

O objectivo da campanha para a S7 Airlines era incentivar os viajantes russos a sonhar alto e recordar‑lhes que há todo um mundo lá fora. No centro da acção esteve a entrevista a 20 crianças, a quem se pediu, "Se pudesses voar para qualquer lugar imaginário, onde e como seria?" As respostas incluíram lugares e criaturas mágicas como sereias e dragões, e uma menina queria ver mamutes pré‑históricos. Apesar de todos eles reconhecerem que aqueles lugares não existiam, uma equipa viajou pelo mundo em busca de lugares que se aproximassem o mais possível daqueles descritos pelos

miúdos. O resultado foi “uma montagem visualmente atraente e imaginativa de locais exóticos” que terminava com o slogan, "Voe para qualquer lugar que você pode imaginar".Este momento foi depois perfeito para criar a Imagination Machine, “onde usámos a tecnologia EEG [electroencefalograma]”. Em Moscovo, criaram a experiência em que o participante se sentava em frente do globo terrestre e escolhia o seu destino, e depois lhe pediam que se concentrasse nesse percurso. As informações das ondas cerebrais eram enviadas a partir dos auscultadores para o algoritmo que traçava na máquina o voo imaginado.A cada participante foram dados 45 segundos para se concentrar na aterragem do avião no destino eleito. Se conseguisse, ganhava uma viagem a esse destino de sonho, juntamente com 5.000 milhas S7 Airlines. Cerca de 200 pessoas participaram durante todo o dia, e 50 ganharam o prémio principal.Na Wieden + Kennedy começaram seis meses antes do evento a trabalhar em diferentes softwares e a ensaiar algumas mecânicas visuais do jogo. Vasco Vicente teve que fazer o UXD [User Experience Design] para a instalação, o 3D mapping, o design do interface nos diferentes formatos e a produção da instalação no próprio dia.Como facilmente se percebe, esta activação obrigou a trabalhar com pessoas de outras áreas de conhecimento. “Se tivermos a possibilidade de trabalhar com os melhor directores de fotografia, realizadores de Hollywood, artistas, escritores ou mesmo criativos tecnológicos, é uma chance única de aprendizagem e conhecimento. Trabalhar com os melhores é elemento‑chave para a progressão profissional em cada carreira. Como criativos devemos procurar desafios em que não estamos confortáveis”, garante Vasco Vicente.

O PAPEL DA TECNOLOGIA NOS EVENTOS DE HOJE

“Por vezes, o excesso de touch screens em eventos é completamente desnecessário. Não é por usarmos apps ou ecrãs digitais que o storytelling vai ser mais rico ou uma experiência inesquecível. Há que usar a tecnologia a nosso favor. Estamos na melhor altura para inovar em todas as áreas e perceber que existem novos caminhos de storytelling, como a AI [inteligência artificial] e a VR [realidade virtual]. É uma altura excitante para se viver e deixar marcas na cultura visual”, conclui Vasco Vicente.

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JOFEBAR: É FUNDAMENTAL PERCEBER O PÚBLICO”Na Jofebar os eventos são encarados como parte importante da estratégia de marketing e os esforços vão no sentido de tornar a presença da empresa cada vez mais dinâmica.

DOSSIÊ DE MARCAS

A Jofebar é uma empresa portuguesa que opera na área das fachadas, estruturas e caixilharias tendo trabalhado em projectos como a Casa da Música, no Porto, o Pavilhão de Espanha, em Saragoça, ou o Terminal de Cruzeiros da APDL, em Leixões. Hoje em dia, a actividade estende‑se a vários países: Angola, Austrália, Coreia do Sul, Brasil, Japão e muitos outros. Enquanto organizadores e patrocinadores, a Jofebar tem estado envolvida em diversos eventos. Ana Fernandes,

responsável de marketing da Jofebar, destaca alguns: Paredes Pedrosa (2013), Mesa Talks (2011), AICO – Architectural International Congress (2010) e Swissport (2009). Como patrocinadores, a responsável salienta a Trienal de Arquitectura de Lisboa, as conferências Distância Crítica, a Open House Porto e Lisboa, o Fórum do Futuro e o Porto Academy. Estes são apenas alguns exemplos deste compromisso em ter uma presença “cada vez mais dinâmica

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DOSSIÊ DE MARCAS

em eventos ligados à arquitectura de renome nacional e internacional, representando assim, o departamento de marketing e comunicação, um importante núcleo na organização.” Através de parcerias nacionais e internacionais, estabelecidas ao longo dos anos, a Jofebar tem procurado “novas estratégias de comunicação”. Estratégias essas postas em prática pelo Departamento de Marketing e Comunicação “que trabalha em exclusivo a dinamização da empresa e

marcas que representamos, nomeadamente a PanoramAH!, um caso de sucesso a nível internacional”. O orçamento de marketing, e por causa do processo de internacionalização da empresa, representa mais de 5% do volume de negócio da Jofebar. A marca tem excelente impressão do sector dos eventos, como sublinha Ana Fernandes. “Temos tido excelentes parceiros nos eventos em que estivemos ou estamos envolvidos. Relativamente aos fornecedores, temos o privilégio de ter connosco elementos fidelizados, que acreditam em nós e abraçam cada desafio com um optimismo de execução inspirador. Com eles acreditamos que tudo é possível!”

TRÊS PERGUNTAS A ANA FERNANDES

Que valores da marca procuram comunicar com os vossos eventos?Não vendemos um produto, mas sim soluções inovadoras. Deste modo o rigor, a qualidade, a inovação e a orientação para o mercado são sem dúvida os valores que transmitimos em cada evento.

Como fazem a vossa escolha de fornecedores? Evento a evento? Por concurso? Têm fornecedores preferenciais?Tentamos sempre estruturar cada acção com uma estratégia de comunicação adequada, embora seja nossa premissa manter uma imagem coerente em todos os momentos. Assim, temos uma rede de fornecedores com quem trabalhamos regularmente, embora recorramos muitas vezes a parcerias externas.

Adaptam a vossa estratégia de participação num evento ou feira ao país onde ela se realiza?Sim. É fundamental perceber o público a que se destina qualquer acção. Estando nós presentes em mais de 30 países não podemos agir de outro modo. Neste momento, a proporção do negócio da Jofebar é de 20% no mercado nacional e 80% no internacional. Perceber as mais variadas regras e dinâmicas de comunicação é uma ferramenta essencial para a continuidade de sucesso da empresa.

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EM DESTAQUE

MEET@MEOARENA: O PONTO DE ENCONTRO DO SECTORMeo Arena e Event Point juntaram‑se e criaram o Meet@MeoArena, um evento

anual que pretende cumprir três funções: partilhar conhecimento, debater

despretensiosamente o sector e promover o encontro entre os vários operadores.

Tudo num formato que se pretendeu diferente do habitual. De destacar o apoio

de vários parceiros, entre eles a Europalco e a Food Network.

© MEO ARENA

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EM DESTAQUE

Cerca de 150 pessoas estiveram presentes, no passado dia 4 de Fevereiro, na primeira edição do Meet@MeoArena, um evento em que se fala de eventos, e que teve a capacidade de juntar um largo número de operadores deste sector. A Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, foi a responsável pela abertura dos trabalhos. A governante fez um discurso optimista sobre as capacidades de Portugal no sector da meetings industry, enaltecendo as potencialidades do destino e a necessidade de efectivar esse potencial. Reportando‑se ao tema do último painel do evento: “Portugal está na moda! Como captar mais eventos internacionais”, a governante avisou, “Portugal está na moda, mas as modas passam, e por isso temos de criar condições para continuar”. E deu algumas pistas sobre o que está a ser feito neste sentido. Por um lado, a revisão do Fundo de Captação de Congressos, de modo a que possa competir internacionalmente com outros destinos que também têm estes mecanismos. O objectivo é alargá‑lo ainda aos eventos corporativos. Por outro, Ana Mendes Godinho sublinha que “precisamos de ter alguém

que ande pelo mundo a vender Portugal”. Vai ser criada uma equipa especializada que sirva de “ponta‑de‑lança” deste sector, que marque presença internacionalmente, e mostre as vantagens competitivas do país. Tudo em articulação com os convention bureaux. A Secretária de Estado sublinhou ainda a necessidade de haver uma plataforma de divulgação de espaços e serviços para congressos e eventos e um calendário de eventos. Por fim, Ana Mendes Godinho deixou um desafio à sala: que se trabalhe em rede, aproveitando ao máximo todos os recursos culturais de que dispomos.

LIVE CAMPAIGNS VIERAM PARA FICAR

O keynote speaker da primeira edição do Meet@MeoArena foi o CEO da Vok Dams, Colja Dams. Quem está no sector dos eventos seguramente já ouviu falar desta agência alemã, que trabalha com algumas das maiores marcas do mundo, como a Audi, Bayer, BMW, Deutsche Bank, Deutsche Telekom, Geberit,

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SECRETÁRIA DE ESTADO DO TURISMO, ANA MENDES GODINHO, NA ABERTURA DO MEET@MEOARENA

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EM DESTAQUE

Lamborghini, Lufthansa, Mercedes‑Benz, Nespresso, Porsche, Puma, Renault, Samsung, SAP, SEAT, Siemens, Skoda, Swisscom ou Volkswagen. A Portugal, país onde recorrentemente organiza eventos, sobretudo do sector automóvel, Colja Dams trouxe o tema das Live Campaigns e as tendências para os próximos anos. Primeiro uma revelação: a Vok Dams tem internamente um conjunto de pessoas que se dedicam a identificar tendências e isso é essencial para as propostas que depois são apresentadas aos clientes. Uma das realidades mais actuais é a questão dos eventos híbridos. 74% dos pedidos dos clientes que a Vok Dams recebe têm uma componente híbrida. O que significa que ao evento (live‑experience) se junta o MoSoLo (aplicações mobile, social media, e serviços baseados na localização).

CINCO TENDÊNCIASA equipa de prospecção da Vok Dams reuniu algumas tendências, que o líder partilhou com as mais de 150 pessoas presentes no Meet@MeoArena. São elas:

#1 ‑ Egolution“Me, myseld and I”! Tudo gira à volta do eu. A auto‑realização é cada vez mais importante.

#2 ‑ PartilhasTem que ser possível partilhar tudo. Os vídeos e as imagens têm mais potencial de partilha, sobretudo os primeiros que vão ter um destaque cada vez maior.

#3 ‑ Word‑of‑Mouth 2000A mais eficaz ferramenta de marketing é o boca‑a‑boca e é assim desde sempre. O poder das recomendações é mais forte do que nunca.

#4 ‑ Co‑criaçãoTalvez o aspecto mais focado por Colja Dams. As pessoas juntam‑se para criar algo de grande, para pensar, para encontrar soluções. E porquê? Porque é possível e tem mais valor.

#5 ‑ A importância das históriasAs pessoas adoram histórias, aprendem com elas. O marketing de conteúdo entrou na agenda e é cada vez mais relevante. As boas histórias têm mais hipótese de ser partilhadas.Mas há mais ideias a reter. A comunicação hoje em dia tem que ser Autêntica, Emocional, Relevante, e com Valor. E todas estas tendências mostram que os eventos não são mais um canal de comunicação. Pelo contrário, estão no centro da comunicação porque eles conseguem produzir conteúdo para todos os outros canais: tv, rp, comunicação impressa, etc. Os eventos são hoje o epicentro daquilo a que a Vok Dams chama “Live Campaign”.

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PEDRO ROCHA DOS SANTOS, JOAQUIM PIRES, COLJA DAMS, ANA FERNANDES, DIOGO ASSIS E RUI OCHÔA

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EM DESTAQUE

“PORTUGAL NÃO SE PODE SUBESTIMAR”

“Portugal não se pode subestimar”, disse e repetiu várias vezes Colja Dams. “É um dos principais países na Europa em termos de eventos. Quase todas as empresas automóveis fazem eventos cá”, registou o orador, tendo sublinhado ainda que os profissionais dos eventos em Portugal “são muito dedicados”. “Isso é único na Europa e tem que ser comunicado”, incentiva Dams, quando interpelado pelos elementos do painel “Tease the Speaker”. Alguns elementos do Conselho Consultivo da Event Point, nomeadamente Diogo Assis, da events by tlc, Ana Fernandes, da Bridge2Emotion, Joaquim Pires, do Turismo de Portugal, e Pedro Rocha dos Santos, da Wisemix, foram desafiados a colocar as perguntas mais difíceis a Colja Dams. O resultado foi uma conversa animada em que se falou, além das potencialidades do nosso país, de sustentabilidade, da importância dos festivais para o turismo, do papel dos destinos, da cobrança de propostas, entre outros assuntos.

PORTUGAL ESTÁ NA MODA? COMO CAPTAR MAIS EVENTOS INTERNACIONAIS?

A Web Summit, evento de tecnologia ganho para os próximos três anos, foi o exemplo mais citado no último painel do dia, em que se discutiu “Portugal está na moda? Como captar mais eventos internacionais?”. O debate contou com as presenças de Bernardo Trindade, ex‑Secretário de Estado do Turismo e administrador do Porto Bay; José Vital Morgado, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (aicep),

João Paulo Oliveira, da Leading, Jorge Vinha da Silva, do Meo Arena, e Pedro Rodrigues, da Desafio Global Ativism.Como a Expo98 foi um marco no sector, também a Web Summit o poderá ser, no sentido de que é um exemplo de colaboração entre diversas entidades, privadas e públicas. José Vital Morgado lembrou nomeadamente o papel do embaixador português em Dublin, a casa‑mãe da Web Summit, na captação do evento. João Paulo Oliveira enalteceu o papel da aicep nesta candidatura em particular, mas recordou que há uma miríade de outros eventos para captar. “Às vezes temos oportunidades e não conseguimos dar o passo seguinte”, referiu. Bernardo Trindade, do Porto Bay, considera que a Web Summit vai colocar o país no topo da lista dos delegados, para futuras viagens. E tratam‑se de milhares dos maiores protagonistas do sector da tecnologia. Isto além do retorno directo que o evento vai ter. Já Pedro Rodrigues avisou, “Conseguimos 50% da vitória, falta a execução”. E na execução, se é verdade que temos excelentes fornecedores, como referiu o organizador de eventos, o problema está na falta de apoio institucional. “Há que olhar para os eventos de forma estratégica”, apela. Jorge Vinha da Silva concorda com esta visão, e enalteceu a importância de captar eventos internacionais, como a Web Summit, e o impacto que têm para o turismo e para a activação do destino. À luz destas conclusões, o representante da aicep lançou o desafio de promover encontros com o sector, de modo a delinear estratégias futuras. E o Meet@MeoArena fará a sua parte.

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JOÃO PAULO OLIVEIRA, JOSÉ VITAL MORGADO, JORGE VINHA DA SILVA, BERNARDO TRINDADE, PEDRO RODRIGUES E RUI OCHÔA

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ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS DESPORTIVOS INTERNACIONAISQUAL É A ESTRATÉGIA QUE EXISTE A NÍVEL NACIONAL?

Qual é a estratégia que existe? Quando se fala em eventos desportivos com significativo impacto internacional e retorno financeiro, e demonstrativos da capacidade de Portugal em organizar grandes eventos desportivos e internacionais, o Euro 2004 surge nos anos mais recentes como referência incontornável e como base para muito do que foi acontecendo.

MIGUEL MACEDO | ESPECIALISTA DE PROTOCOLO E COMUNICAÇÃO EM EVENTOS DESPORTIVOS

A escala dessa competição deixou, por um lado, um extraordinário rasto de estrutura organizativa e exemplos de um povo com uma enorme capacidade de acolhimento e, por outro, colocou a fasquia a um nível tão alto que obviamente se podia desde logo perguntar o que poderíamos organizar a seguir? A seguir, vieram, fruto das capacidades demonstradas, inúmeros eventos desportivos de muitas áreas distintas, realizados por todo o território nacional, alicerçados numa imagem que se

construiu com a Expo 98 e se consolidou com o Euro 2004. Portugal sabia e sabe organizar, e muito bem.De certa forma, apresentamo‑nos a partir daí ao mundo como um local excelente para se organizarem grandes eventos, nomeadamente desportivos, com um clima fantástico e infraestruturas muito relevantes e novas.Mas no entanto as barreiras eram muito reais. Barreiras económicas, resultantes da impossibilidade óbvia de

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realizar investimentos idênticos aos que tinham sido feitos e, mais importante do que isso, porque mais de 10 anos após 2004 continua a não existir uma estratégia nacional de captação de eventos desportivos com impacto internacional, adequados à capacidade económica de Portugal. A esta estratégia nacional têm‑se contraposto estratégias regionais, com reflexo na organização de eventos desportivos internacionais de menor escala e com resultados interessantes. Mas será que a par dessa fantástica iniciativa e estratégias locais ‑ que incentivam e dão apoio a eventos internacionais de menor dimensão em todo o território nacional ‑, Portugal não deveria definir uma estratégia a cada década, de procura e selecção de eventos desportivos internacionais, eventos que poderia organizar e cujo retorno financeiro e mediático representassem uma mais‑valia única para o país?Como já foi referido, depois do Euro 2004 seria difícil encontrar eventos que se pudessem realizar em Portugal com um teórico impacto idêntico, mas cujos custos semelhantes ou superiores seriam impraticáveis. Assim, a existência clara de uma estratégia nacional, que fosse redistribuindo os eventos por diferentes zonas geográficas de um país com extraordinárias condições de mar, de montanha, de infraestruturas rodoviárias, de aeroportos, e de um clima fantástico, seria uma boa solução. Por outro lado, nos últimos anos foi crescendo também o número de interessante espaços multiusos indoor onde é possível organizar eventos desportivos.

Esta estratégia nacional teria então

de passar por uma articulação entre

a relevância desportiva do evento, a

capacidade turística de atracção de

espectadores no local do evento, a

capacidade mediática internacional e,

claro, o retorno económico que todo o

evento poderia trazer.

A par dos eventos repletos de sucesso e recentemente organizados em Portugal, como a Final da Champions League em Lisboa em 2014, as etapas da Volvo Ocean Race2013 e 2015, o Campeonato do Mundo de Futebol de Praia em Espinho em 2016 e o recuperado Raly de Portugal, temos o fim do Red Bull Air Race, as candidaturas falhadas da Ryder Cup e também a inexistência de um grande prémio de Fórmula 1 como outros exemplos de que algo não corre por certo nas linhas em que deveria correr.Devemos tentar compreender em que posicionamento de tipologia de eventos desportivos nos podemos e queremos situar. Se nos eventos ligados ao mar, e lembremo‑nos de como de repente a Nazaré se tornou num local mundialmente conhecido no que diz respeito ao surf, tal como os Açores. Se nos eventos indoor, com alguns multiusos que vão albergando diversos eventos desportivos quer na área do futsal, quer na área do basquetebol, sempre com a memória do fantástico Master de Ténis realizado no agora denominado Meo Arena, em 2000. Se nos eventos outdoor, num país com um clima fantástico, muito procurado no Inverno europeu para estágios, treinos, e minitorneios de diferentes áreas desportivas. Em Portugal não faltam excelentes profissionais com capacidade organizativa e com vontade de abraçar novos desafios, em particular nos eventos desportivos. É verdade que muito já foi feito e o sucesso foi sempre enorme. É notório que Portugal entrou num comboio de organização de eventos desportivos internacionais, mas ao mesmo tempo não percebeu qual seria nem a carruagem nem o lugar indicado no bilhete. É importante perceber o que queremos fazer, o que realmente podemos fazer e então fazer bem, porque disso somos um povo inegavelmente capaz.

MIGUEL MACEDOTécnico Superior de Relações Internacionais na Câmara Municipal de Matosinhos, é formador

de protocolo e de gestão e organização de eventos e foi responsável de protocolo e de

imprensa da Runporto entre 2010 e 2015. É autor do blogue Protocolar desde 2007 e foi

responsável pelo protocolo de várias cerimónias de âmbito desportivo.

OPINIÃO

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DO DIVÃ ATÉ AQUIPois é certa a existência de agências que do alto dos seus prémios e reconhecimento, se fazem valer, e bem, das virtudes e competências, definindo as regras do jogo, que é como quem diz as condições de acolhimento de um cliente e do seu briefing.

Ainda bem, pois eu também gostava de ser assim, fosse eu uma agência. Nesta casa que faço minha qb, somos poucos e aceitamos os desafios que nos trazem os eventuais, potenciais e também leais clientes. E somos gratos. Há mais de 20 anos.Na verdade, suamos as estopinhas para desenvolver projectos pertinentes, às vezes ousados, quiçá criativos, outros mais ou menos previsíveis, ao sabor da demanda e das suas expectativas, mas, diga‑se, procurando sempre a consistência e o detalhe que fazem de um evento ou de uma activação um momento que funciona para a Marca e para os seus públicos.

Não nos saímos mal, mas este não é o ponto.Dito isto, importa perceber como tudo começa, sejam os clientes habituais ou assim assim.Era uma vez o concurso, feito pitch, cujas regras implícitas se conhecem, sentem e pressentem. Deste resulta o perder de uns e o ganhar de uma agência, e até aqui tudo bem, sobretudo quando a sorte nos toca. Pois nem só o talento, o preço e o engenho contam. Sabemos das afinidades, das expectativas, dos gostos, da confiança e de um rol de outros tantos intangíveis que participam no processo de decisão, pendendo para um ou outro lado. E até aqui tudo bem.

RENATA AMARAL | DIRECTORA CRIATIVA DA PRESTÍGIO FOR BRANDS

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Mas então ele há outras opções? Vejamos. De antemão temos por certo que a agência ganha ou perde. Preto ou branco.Mas será igualmente possível que nenhuma das agências, agentes‑protagonistas de um investimento não despiciente de recursos, estudo, talento e tempo, na composição de uma proposta mais ou menos complexa, seja recompensada? Ou seja, que nenhuma das agências convidadas ganhe coisa alguma? Que cenários enquadram esta possibilidade? Uma condição excepcional? De acordo. A vida das empresas e das Marcas envolve variáveis demasiadas e algo pode mudar no entretanto. Até aqui tudo bem. Mas então e quando a excepção faz regra, quando esta outra possibilidade de desfecho, não declarada à partida no regulamento sensível das regras implícitas, se torna afinal razoável, legítima e até expectável?

ILUSTRANDO:

i. Afinal vamos avançar, mas apenas com uma conferência de imprensa e não precisamos de vocês.

ii. Afinal vamos fazer com os nossos recursos. Desculpe Renata, eu aqui não mando nada. Sabe como é, mas eu adoro o vosso trabalho e correu lindamente da última vez.

iii. Tomámos uma decisão radical e vamos fazer in house. Sabemos muito bem o que queremos, e talvez por isso nenhuma das agências conseguiu lá chegar.

Remetendo obviamente para quadros ficcionados, estes exemplos não estão longe da realidade, donde poderemos concluir que, em algumas situações, o cliente se apresenta como um dos players a concurso.Será assim?O cliente integra o painel das agências a concurso, concorrendo? Neste jogo, o do concurso feito pitch, devemos considerar a possibilidade outra do jogo mudar no final do jogo? Verdade que o jogo pode ser cancelado depois da partida ter lugar? Verdade que afinal a equipa da casa pode ser campeã, ainda que não se apresentasse a jogo?Assumamos então: há que acoplar esta outra premissa – a do cliente concorrente que revela a sua participação apenas no final do jogo ‑ ao regulamento sensível das regras implícitas dos concursos.Estaremos talvez perante sensibilidades éticas distintas, as que ocorrem do lado de cá e de lá do briefing.

Será uma questão de poder? Fazemos o que podemos ou podemos, e por isso fazemos? O poder esvazia da responsabilidade de avaliar a circunstância e as condições em que se convidam as agências a pensar e a conceber uma resposta a um briefing? Sabemos que este investimento é assegurado pelas agências, custando nada ou muito pouco ao cliente, este exercício de resposta e escolha múltiplas. Tendo em conta o trabalho implicado e o quadro descrito, será então ingenuidade minha apelar ao sentido de responsabilidade do cliente para que antecipadamente avalie das suas necessidades e opções e para que decida depois que agências envolver no jogo do concurso? Será demasiado que as agências pretendam conhecer de forma efectiva as premissas e condições que suportam o desafio lançado pelos clientes, ao invés de as tomar por certas no espaço‑tempo da cumplicidade aparente entre as partes implicadas?Sim, claro. Aplica‑se a lei da oferta e da procura, e para cada briefing ou cliente sobram agências que os desejam, e sendo assim os clientes fazem/actuam/procedem, nem sempre com responsabilidade, porque podem e assim dispõem.Voltando ao princípio, e perdendo a inocência, o desafio que cabe às agências, no processo evolutivo que será o de cada qual, é o de atingir uma posição no pódio que lhes permita definir as suas próprias regras e condições, blindando‑se à falta de ética de alguns dos costumes contemporâneos.Às vezes perder agora é ganhar a seguir e “dizer não” é, como sabemos, uma ferramenta valiosa para quem a utiliza, tanto quanto para os seus destinatários.

Tenho dito.

RENATA AMARALEstudou arquitectura (FAL), comunicação organizacional (ESCS) e gestão (ISG).

O “tempo longo” da arquitectura fez com que procurasse diferentes caminhos profissionais,

ainda que tenha desempenhado funções de redactora e editora da revista Arqa – Arquitectura

e Arte. Mas foi na área da formação que se encontrou, e durante 11 anos assumiu diferentes

papéis naquela que é uma das mais relevantes escolas nacionais nas áreas do cinema e

televisão, fotografia, design e new media, som e música, a ETIC. Findo esse ciclo, as agências

– POP Communication Group e PRESTÍGIO for Brands – tomaram lugar.

No presente, concilia a direcção criativa da PRESTÍGIO com a consultoria de negócios,

estabelecendo pontes entre know‑how português e o governo nigeriano.

OPINIÃO

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A SEGURANÇA DOS DADOSSe há coisa com que uma empresa de eventos, conferências ou congressos

lida é com dados. A maior parte das vezes são confidenciais e é

responsabilidade do organizador protegê‑los. Lembre‑se, sempre, de que os

azares não acontecem só aos outros.

FOCO

Em 2015, o The Business Spectator, citado pela International Meetings Review, reportou que a Linux Austrália tinha sofrido um ataque aos servidores, o que abria a porta a que hackers pudessem aceder a milhares de dados, incluindo nomes, moradas e números de telefone. A Linux organiza diversas conferências, e de acordo com o MeetPie, um hacker acedeu aos detalhes dos delegados que estiveram presentes em recentes conferências e eventos da Linux Austrália. Isto é provavelmente um dos piores

pesadelos para quem organiza um evento. Uma fonte oficial da plataforma de gestão de eventos Cvent disse ao mesmo site que há um conjunto de cuidados a ter para melhorar a segurança. “Há uma série de tácticas que os organizadores podem usar para melhorar a segurança dos dados, a começar com a selecção do fornecedor de tecnologia”. A mesma fonte prossegue, “Deve ainda perguntar sobre os processos que rodeiam os dados. Por

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exemplo, a empresa que trata da credenciação faz cópia da informação e guarda‑a como backup, e se sim, de que forma a protegem do roubo? O potencial de risco vai mais longe do que o evento em si. Felizmente tudo pode ser gerido se tomarmos as decisões certas no processo de planeamento”. Porque tal como disse Michael Robinson, perito em Cyber Forensics, citado pela MeetingsNet, “Se estou à procura de roubar nomes, números de cartão de crédito, etc. a milhares de pessoas, em que sítio melhor do que numa conferência?”. E porquê? Porque as reuniões juntam um grupo grande de pessoas com os mesmos interesses, e porque podem contar com convidados high‑profile. Pode ainda haver quem queira prejudicar a reputação de uma organização. “Os vossos delegados são alvos”, avisou o especialista num evento da PCMA (Professional Convention Management Association), na Flórida. Todo o cuidado é pouco, e por isso seleccionámos a partir da MeetingsNet algumas dicas sobre segurança para si, que não é especialista em informática:

REGISTO ONLINEDeve ser feito com uma conexão segura SSL (o url começa por https);Dados devem ser guardados numa base de dados encriptada, com firewall ;Nunca envie essa base de dados via email;Ao seleccionar fornecedores, por exemplo para credenciação no local, pergunte sobre as práticas em relação à segurança dos dados.

REDE DE WI‑FINos locais da conferência peça um acesso wi‑fi protegido;Mude a password todos os dias.

APP DO EVENTOPergunte à empresa fornecedora se a base de dados é encriptada.

PÓS‑EVENTOAssegure‑se de que os fornecedores devolvem os dados rapidamente;Quando não precisar dos dados, elimine‑os.

FOCO

ARMAZENAR INFORMAÇÃO NA CLOUDPodemos dizer que a cloud foi uma grande vantagem para os organizadores de eventos que viram a sua vida muito facilitada quando puderam armazenar a informação na nuvem e a puderam ter acessível em qualquer sítio ou a qualquer altura.Hoje uma boa parte dos softwares de gestão de eventos são web‑based e implicam o armazenamento de dados em clouds. As clouds privadas são provavelmente as ideais se existe muita informação sigilosa, embora os custos sejam mais altos. Pode ainda haver o sistema de nuvem híbrida, colocando informação confidencial numa nuvem privada, e a informação menos melindrosa numa nuvem pública.E claro pode usar clouds públicas, gratuitas ou não, como a dropbox ou o google drive, por exemplo. As questões sobre a segurança destes serviços são legítimas, por isso, o melhor mesmo é seleccionar a informação que lá coloca.

O CLOUD COMPUTING EM PORTUGALA IDC fez um estudo onde analisa a maturidade das organizações nacionais no que toca à adopção de serviços de cloud computing e as perspectivas de evolução nos próximos anos. Gabriel Coimbra, responsável da IDC no nosso país, partilha com a Event Point o panorama actual. O estudo revela por exemplo que a maioria das organizações nacionais tem vindo a optar pela implementação de modelos híbridos de cloud computing: mais de 41% das organizações nacionais já procederam à contratação de serviços públicos de cloud computing; cerca de 51% das organizações nacionais já implementaram serviços privados de cloud computing; e cerca de 44% das organizações já contrataram serviços privados de cloud computing em regime de hosting.

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MEETING DESIGNOLHAR OS EVENTOS DE FORMA ESTRATÉGICAQuando o Kenes Group, um dos organizadores de congressos e Association Management

Companies mais importantes do mundo, contrata pela primeira vez uma meeting

architecht ou meeting designer, Rosa Garriga Mora, é sinal de que o tema do meeting

design e a importância de organizar eventos mais eficazes entrou na ordem do dia.

É um momento “histórico” para esta abordagem estratégica aos eventos, disse Maarten Vanneste, autor do livro “Meeting Architecture – a Manifesto”, e que foi de alguma forma o precursor destas matérias. Rosa Garriga Mora seguiu‑lhe as pegadas e hoje faz parte dos quadros do Kenes Group, naquele que é um claro endorsement de um grande grupo do sector a um tema que muitos associavam a um conjunto pequeno de pensadores. Elling Hamso, director do Events ROI Institute, onde Garriga também trabalhou, diz que este “é o sinal de uma nova era”. Uma nova era que também é corporizada por Mike van der Vijver e Eric de Groot, autores do livro “Into the Heart of Meetings” onde explicam o conceito de meeting design, com exemplos claros e estratégias para o por em prática. E, na verdade, nos últimos tempos temos assistido a vários eventos em que a disciplina é colocada em prática. Aconteceu assim na última conferência EMEC do MPI (Meetings Professionals International), realizada em Copenhaga, no Connections Meetings, que decorreu em Portugal, e será experimentada na próxima reunião do Capítulo Ibérico da ICCA. Hoje em dia muitos eventos fazem‑se quase por inércia, por hábito. Os formatos são os mesmos de sempre, em que se muda apenas um ou outro aspecto. O foco está na logística, o que faz com que muitos eventos, apesar de bem organizados, não sejam eficazes. “Nestes tempos austeros, as empresas

são obrigadas a gastar tempo e dinheiro de forma sensata. Com programas bem desenhados, há grandes poupanças de dinheiro e ganhos de produtividade”, lembra Mike van der Vijver, num texto compilado pela Connections Meetings. O meeting design pretende justamente influenciar o comportamento dos delegados de forma a que o evento tenha impacto e cumpra os objectivos do promotor. E é possível trabalhar em vários aspectos do evento: o espaço, a disposição do mobiliário, a distribuição das pessoas, a facilitação do networking, a escolha dos oradores, a interacção com o público, o catering, a forma como os delegados chegam ao evento, etc. Tudo tem um propósito, nada é deixado ao acaso. Van der Vijver exemplifica: “sentar os delegados em anfiteatro em salas escuras não funciona quando se quer interactividade”.

DESAFIOS VAGOSUm dos grandes desafios acontece porque grande parte dos promotores formula objectivos vagos, o que dificulta a tarefa do organizador. É por isso que o estabelecimento de objectivos detalhados é chave no meeting design, uma espécie de regra de ouro. E esses objectivos têm de ser mensuráveis para, no pós‑evento, se poder aferir se foram cumpridos ou não.

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MANTER O DELEGADO ENVOLVIDO O défice de atenção não é somente característica dos Millennials (pessoas nascidas a partir de 1980), acredita van der Vijver. Hoje é muito fácil distrairmo‑nos dos oradores e das apresentações, porque temos muitas preocupações, porque estamos a pensar em milhares de coisas ao mesmo tempo, porque o telemóvel é uma espécie de escritório ambulante. “Mas podemos culpá‑los se o conteúdo é aborrecido ou irrelevante?”, pergunta. “É por isso que a preparação é tão importante. Se houver uma falha em atingir a nota certa com os participantes pode desmotivar o staff e desperdiçar dinheiro da empresa. O formato, a experiência e o tom suportam o conteúdo e o objectivo geral das reuniões”.

A IMPORTÂNCIA DOS ORADORESE por falar em oradores, a escolha destes é de grande importância já que eles são produtores de conteúdo por excelência. É possível fazer a gestão de oradores, quer no conteúdo, quer na forma. “Muitas vezes as pessoas trazem o conteúdo certo, mas não sabem comunicá‑lo de forma envolvente e atractiva”, admite Mike van der Vijver, em entrevista à Event Point. O meeting designer pode intervir e ajudar o orador a fazer algo atractivo para a audiência e possível para ele. “Claro que não podemos esperar que alguém que é sofrível a falar em público de repente se torne tão bom como o Bill Gates. Mas o que pode fazer é proporcionar uma situação em que ele não tenha que fazer um monólogo de 30 minutos em frente a uma audiência. Uma intervenção de design ajuda a que aquela pessoa passe o conteúdo na forma certa”, refere. Mas o conteúdo ou conhecimento providenciado só pelo orador é coisa do passado, hoje o conhecimento está em todo o lado, em todos os participantes. Neste contexto planear a interacção entre todos é de grande importância.

PERFIL DO PARTICIPANTESVoltando um pouco atrás, outro dos aspectos vitais no desenho de um evento, além dos objectivos, tem a ver com o conhecimento dos participantes. “Se estes passos não são dados a reunião está destinada a falhar”, alerta o especialista, sugerindo que se faça uma análise ao perfil de forma a garantir que vai dar ao participante aquilo de que ele precisa, e de forma envolvente. “Há determinadas características das reuniões que devem ser tidas em conta. A presença física, por exemplo, é muito importante. As pessoas estão juntas no mesmo espaço. A forma como se sentem é muito importante. Por definição, uma reunião é fora daquilo que é a nossa realidade. Uma reunião é quase uma suspensão no tempo onde as ideias são discutidas e desenvolvidas com muito mais liberdade do que no “mundo real”. Depois o que resulta das reuniões deve ser implementado no mundo real”.

STORYTELLINGSem conteúdo, não há evento. “A distribuição do conteúdo é decisiva. Conte histórias verdadeiras e autênticas. Torne o conteúdo aderente ao relacioná‑lo com instintos humanos como o amor, a luxúria, o medo, o prazer. Faça conexões com as vidas das pessoas; os delegados reagem melhor a conteúdo com que tenham algo a ver”. Segundo o autor, esta é a forma mais eficaz de gerar interação, e depois as pessoas vão sair do evento com histórias, opiniões e experiências para partilhar.

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SEIS PERGUNTAS A MIKE VAN DER VIJVERFalamos com o autor a bordo de um comboio da CP que fazia a viagem entre Lisboa e Algarve. Em pleno comboio abordou alguns aspectos do meetings design aos delegados da primeira edição do Connections Meetings (ver caso de estudo).

Quais são os pontos‑chave do meetings design?Desenhar um evento é desenhar o programa, havendo depois as questões de produção para se ter a certeza de que o programa funciona. Ao desenhar o programa é preciso, primeiro do que tudo, identificar os objectivos. E para isso tem que haver um “meeting owner” que se compromete com objectivos claros. Depois é necessário saber quais são as expectativas dos participantes, as preocupações, o que lhes interessa; finalmente, temos de nos lembrar que as reuniões são sempre sobre alguma coisa, um conteúdo. Tudo o que no programa não estiver relacionado com o conteúdo original não vai ter nenhum impacto, não vai contribuir em nada.

Acha que os organizadores estão sensibilizados para a importância destas matérias?O alerta neste momento é pateticamente baixo, especialmente se pensarmos na quantidade de dinheiro que circula nesta indústria e o número de recursos envolvidos. Mesmo as reuniões mais pequenas são muito más, toda a gente as odeia e há muitos recursos desperdiçados. E o mesmo se passa com reuniões maiores, conferências, congressos. Os promotores acham que o conteúdo está nas mãos dos oradores e que não o podem influenciar, nem tão pouco o networking. Enquanto isso ninguém se esforça por fazer bons programas e produzir resultados.

Que tipo de soft skills deve ter um meeting designer?Temos de ser fortes, duros, muito insistentes, temos de ter tenacidade, porque há muitas resistências a superar. Deve ter bastante senso‑comum, mas conseguir ver mais além. Ok, tem feito o seu evento assim nos últimos 75 anos, mas isso significa que é bom?

Essas resistências a superar aumentaram com a crise?Não necessariamente, depende das organizações. A crise, como sabemos, também pode ser uma oportunidade, e muitas organizações usam‑na de facto como uma oportunidade para melhorar aquilo que faziam até então.

É possível satisfazer todos os delegados num evento?Esse não é o meu objectivo, é o meu objectivo secundário. Há pessoas que podem ir embora sem estarem satisfeitas, mas acho que isso não é mau, porque a satisfação não é um critério relevante para julgar o sucesso de uma meeting. Um bom critério é: atingi os meus objectivos? E os objectivos têm que estar relacionados com a estratégia e a missão da organização. O que acontece nas reuniões é na verdade o oposto. Procura‑se manter toda a gente satisfeita, e como resultado fazemos algo sem nenhum sentido.

Um meeting designer tem então de estar presente desde o início, quando se tomam as decisões, até ao fim?Sim! Imagine que vai desenhar a sua página na internet, quando é que chama o webdesigner? Quando a página está quase pronta? Quando já fez 75 por cento do trabalho? Não faz sentido. Em comunicação, se quer que corra bem, tem que ter os profissionais a bordo durante todo o processo.

Cláudia Coutinho de Sousa

DOSSIÊ TEMÁTICO

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CONNECTIONS PARA O FUTUROHá dezenas de eventos que juntam clientes e fornecedores do sector da meetings industry em pequenas reuniões, às quais se acrescenta um jantar de networking e pouco mais. A Connections Meetings tem um conceito diferente. Reuniões mais compridas, de 40 minutos, realizadas num ambiente emocional e experiencial. O primeiro teste a este conceito decorreu em Portugal, no início de Dezembro, e a Event Point esteve presente.

Uma reunião no elevador da Glória, num comboio da CP ou em pleno passeio de bicicleta na Quinta do Lago. Esta é uma pequena amostra daquilo que aconteceu de 9 a 12 de Dezembro na Connections Meetings, em Lisboa e no Algarve. Um grupo de cerca de 40 buyers e suppliers respondeu ao desafio de Micaela Giacobbe e da sua equipa do Travel Weekly Group para arrancar com aquilo que a organização chama de “nova geração de eventos”. “A minha missão é salvar toda a gente dos eventos aborrecidos”, começou por dizer Giacobbe no briefing que deu o tiro de partida nos trabalhos, e que decorreu no Double Tree by Hilton Fontana Park, em Lisboa. “As relações são tudo e hoje são mais importantes do que nunca. Este evento quer ajudar a construí‑las de forma a que não se esgotem passado duas semanas”, sublinhou a responsável. Se os participantes não estiverem relaxados, não é tão fácil fazer negócios, acredita a equipa da Connections e por isso o programa foi pensado para que as reuniões decorressem num ambiente descontraído, ao mesmo tempo que se experimentava o destino. Pelo meio, entre reuniões, houve muito conteúdo, da responsabilidade de Mike van der Vijver, um dos autores do livro “Into the Heart of Meetings”.A primeira reunião (one‑to‑one) decorreu a bordo de um tuk tuk,

à qual se seguiram várias outras, quase todas fora de portas, e organizadas pela Portugal No Limits. Depois de almoço, o destino foi a Estação do Oriente, onde uma carruagem exclusiva do Intercidades nos levou em direcção a Loulé, mais propriamente ao Conrad Algarve. A bordo, além de reuniões, Mike van der Vijver deu várias palestras sobre como melhorar os eventos, abordando temas como a qualidade dos oradores, o cenário, o ROI e outros.Chegados ao Algarve, o jantar foi na fantástica suite presidencial do hotel. Além do espaço surpreendente, a comida foi amplamente elogiada e a animação a nota dominante. Nada que deixasse marcas para o dia seguinte, já que a energia foi uma constante para as várias reuniões programadas. Havia diversas actividades planeadas e os delegados só tinham de escolher entre, por exemplo, dar um passeio de bicicleta, fazer observação de árvores, pintar azulejos, aprender a fazer doces típicos ou grafitar. Juntos, todos os delegados ajudaram a preparar a sobremesa do almoço desse dia. Tudo, dois a dois, durante 40 minutos, intervalados por sessões com o orador convidado. O jantar deste último dia de evento foi no Bovino, na Quinta do Lago.E O próximo encontro já está marcado para Málaga, na Primavera.

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SETE PERGUNTAS A MICAELA GIACOBBEEstá contente com a forma como decorreu o evento?Estou encantada. O feedback que estou a receber é muito positivo. Cada vez que faço um destes eventos fico maravilhada pela adesão dos delegados.

E com o destino? Ficou contente com o apoio dado pelas entidades portuguesas?O convention bureau de Lisboa foi anfitrião de um magnífico almoço, e estou muito agradecida por o terem feito. Devo dizer que, do ponto de vista português, de onde recebi mais apoio foi do sector privado. Foram espectaculares.

Viaja muito, faz eventos por todo o mundo, o que sobressai em Portugal enquanto destino? Porque é que gosta de fazer eventos em Portugal?Sobressai a autenticidade das pessoas. Não é que os outros destinos não a tenham, mas aqui há uma comunidade muito próxima, e a divisão entre o que é negócio e lazer quase não existe. É muito sobre o estabelecer de relações, aqui sinto isso.

O Mike van der Vijver falou muito da necessidade de estabelecer objectivos. Quais foram os seus para este evento?Tinha um ou dois que tinham mesmo de ser cumpridos. Agradar à audiência do ponto de vista do conteúdo, dar‑lhes ferramentas para levarem de volta para o escritório e para colocarem em prática o conhecimento que aqui obtiveram. O segundo objectivo era o de que as relações se estabelecessem e que crescessem. E isto passou por pedir às pessoas que tentassem estabelecer relações de outra maneira, de abandonarem o chapéu corporate e os ipads e os computadores, e comunicassem com a outra pessoa, estabelecendo algo com valor, com sentido. Esses eram os meus principais objectivos, mas tudo o que demos às pessoas, desde os quartos à comida, tudo foi construído, organizado, e de forma meticulosa.

Qual foi o principal desafio ao criar este programa?Cada vez que vou a um destino tenho de começar de novo, de criar a relação do zero. É necessário criar uma parceria. Não é fácil, pois estamos sedeados em Londres e eles, muitas vezes, no outro lado do mundo, e pelo meio temos apenas um par de visitas ao local.

Qual foi a importância de contar com o Mike van der Vijver ?Foi vital. Como o tema foi o meeting design não podíamos ter escolhido qualquer outra pessoa.

O próximo evento vai ser em Málaga. O que é que aprendeu aqui que pode melhorar em Málaga?Há muitas coisas na minha cabeça. Agora tenho de fazer o download do que está na cabeça das outras pessoas. Faço isto para servir a indústria e não o que vai na minha cabeça. O que podemos esperar de Málaga? Não sei ainda. Temos de ser pacientes até ter o feedback de toda a gente. O que posso prometer é que vai ser um evento diferente, mas sem perder a essência. Sou uma evangelista das relações, as relações são tudo.

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CASE‑STUDY

O PONTO DE VISTA DO FORNECEDOR

JUAN CARLOS BENEYTOResponsável de Corporate e Incentivos do Madrid Convention Bureau

A plataforma para negócios que nos proporcionaram é óptima. É uma solução moderna, que transforma a maneira como tradicionalmente as reuniões são organizadas. É uma boa plataforma para conhecer pessoas, e conhecê‑las de diferentes formas, já que temos a possibilidade e o tempo para realmente conversar.Enquanto convention bureau tinha vários objectivos quando vim: contactar com novas ideias e novas formas de fazer reuniões para depois aplicarmos aos nossos eventos. E, claro, encontrar pessoas com quem podemos fazer negócios num futuro próximo.

Cláudia Coutinho de Sousa

JOSE RODADODirector de vendas internacional do PortAventura Business & Events

A primeira coisa que levo do Connections Meetings é o conceito. O objectivo de todos, fornecedores e compradores, é o mesmo: levar bons contactos e podermos trabalhar juntos. Da minha experiência no sector MICE posso dizer que assisti a muitos eventos, e que foram sempre muito parecidos entre eles, mas este de facto foi único.Estivemos mesmo inseridos na cultural local, sobretudo em Lisboa, e mesmo no Algarve, com os passeios de bicicleta ou o “walking on water” [passeio na Ria Formosa]. Tudo isto foi muito interactivo, e mesclou‑nos com a zona. Isso é muito importante para um buyer, porque é também para isso que vem, para conhecer o destino. E para o fornecedor também é bom para conhecer a competição.

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O FENÓMENO DO GINQuem diria que a estética de copo teria a capacidade de fazer regressar aquela

que era uma das bebidas mais consumidas dos anos 70: o gin.

FOCO

Há uns anos encarava‑se o gin como uma bebida de “velhos”, “careta”, como conta Alberto Pires, organizador do Lisbon Bar Show e director da Mojito Bar Catering, mas hoje o gin é um fenómeno que não conhece idades. “É o retomar de uma bebida que nos anos 70 esteve na moda e enraizada na minha geração. Hoje toda a gente quer provar gin”, explica Hélio Loureiro, conhecido chef e criador do Mui Gin.A mudança de copo teve uma importância “determinante”, sublinha Alberto Pires, “dá uma sensação de poder”. Hélio Loureiro também acredita que a “elegância” do copo contribuiu para o regresso do gin, bem como a forma como hoje é apresentado. “Todas as coisas boas da vida

precisam de alguma mise‑en‑cene. O vinho deixou de ser um produto corrente para ser premium quando abrir uma garrafa começou a ter um ritual, com a colocação dos copos, a decantação. Hoje com o gin a colocação das pedras de gelo, os botânicos, fazem com que deixe de ser uma bebida para ser a bebida”. Alberto Pires também acredita que a teatralização é um factor determinante, “ já ninguém leva a sério se não tivermos a colher de gin na mão. Depois do copo, a teatralização dos gestos, dos movimentos. O público adora. Se tiverem tempo até ouvem a explicação”. Mas será apenas uma moda, que passará depois deste boom inicial? “Veio para ficar. As pessoas hoje chegam a um bar

© CYCLONEBILL

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FOCO

MUI GINO Mui Gin é da autoria do Chef Hélio Loureiro. Quando o desafiaram a fazer um gin, hesitou com receio de ser acusado de o fazer porque o gin estava na moda. “Sempre bebi gin, e como não havia muitas marcas cá, procurava‑as no Reino Unido. Há uns anos escrevi um artigo, que está pendurado na parede de um bar do Porto, o Bonaparte, que atesta o meu gosto desde sempre pela bebida”. Afastada a hesitação inicial lançou‑se ao trabalho recuperando uma receita de 1873. A partir dessa base começou a colocar os botânicos mais interessantes na lógica de homenagear a portugalidade e os seus aromas e as viagens da epopeia marítima. O resultado... há que provar.

e querem saber a marca do gin, querem escolher. Isto não vai desaparecer”, acredita o Chef Hélio Loureiro. O director do Lisbon Bar Show aponta 2014 como o ano do pico do gin, e acredita que “está para ficar”. “Com este impacto e força nenhuma bebida o vai substituir”, acredita. Os eventos não ficaram imunes ao gin, claro está! “Há cada vez mais bares de gin em eventos corporate e somos solicitados com regularidade. Fazemos masterclasses de gin para colaboradores de empresas em que se misturam as componentes de animação e diversão.” E há eventos sobre gin, um pouco por todo o país, sendo o Lisbon Bar Show, embora mais abrangente, um dos expoentes máximos.

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É PRECISO ALTERAR O PARADIGMA DA TECNOLOGIA NOS EVENTOSA indústria relacionada com a organização de eventos sempre foi muito permeável a novas tecnologias. Desde o aparecimento da própria World Wide Web passando pelos primeiros smartphones, esta área soube sempre acompanhar de uma forma bastante próxima as novidades mais significativas da indústria. Basta ver que, de uma forma muito natural, acabaram por aparecer eventos dedicados única e exclusivamente à mostra de novas tecnologias, como a CES ou até mesmo a própria E3.

Algumas tecnologias atingiram a indústria de uma forma muito perceptível e quase imediata, tais como cenários virtuais interactivos, as redes sociais, tweet‑walls – como é o caso do Kiwiscreen – ou até as aplicações para smartphone personalizadas para cada evento. Mais recentemente, os sistemas de drones e os óculos de realidade virtual e aumentada – como o Samsung VR e o Oculus Rift – têm vindo lentamente a ganhar um lugar de destaque. Devido ao facto de serem tecnologias emergentes e em franco desenvolvimento, devo confessar que não tenho ainda bem claro qual será o papel destas tecnologias no panorama global da indústria de organização de eventos. No entanto, acredito que tenham o potencial para trazer algo de novo, logo que se tornem em produtos que eliminem alguns pequenos problemas que

subsistem actualmente.Ao estar profissionalmente ligado a esta área, sinto porém que, em qualquer um destes casos, a tecnologia acaba por ser algo interessante, mas ainda opaco para o utilizador. Em muitas situações, as soluções tecnológicas implementadas acabam por parecer soltas na falta de um contexto mais alargado que nos permita ter uma noção mais ubíqua e transparente de que todo o evento tem uma componente inovadora, única e coerente. No fundo, apesar de as soluções tecnológicas estarem instaladas e aplicadas num determinado local ou evento, encontram‑se habitualmente dispersas e fechadas apenas em si mesmas, não contribuíndo para um espírito único e unificado que dê uma alma própria e harmoniosa ao evento. Em muitos casos, e por razões facilmente compreensíveis, é

TIAGO FERNANDES | CEO DA MULTIVERSO

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OPINIÃO

natural que isto aconteça, mas nem sempre será o que se tem em mente ao organizar um evento. E isto não é um problema da tecnologia, nem da organização, nem do evento em si. Estou por isso convicto de que se trata de um problema conceptual – e de certa forma concorrencial – com a tecnologia em si.É problemático e até confuso para um utilizador ter que instalar uma app só para um evento em particular. Quantos participantes estão dispostos a instalar a app logo à partida? Quantos destes participantes chegam à conclusão de que vão ter que apagar fotografias ou outras aplicações antes de poderem instalar uma app que só vão utilizar durante um curtíssimo espaço de tempo? Quantos destes já instalaram outras apps de outros eventos, só para perceber que não traziam nada de novo que já não lhes fosse dado em flyers ou no programa da conferência? Quantas destas pessoas não vão explorar a fundo todas as potencialidades da aplicação, seja por falta de tempo, experiência ou até de paciência? Quantos destes utilizadores se vão sentir mais envolvidos no evento apenas por terem uma aplicação instalada? Quantos destes vão sentir que efectivamente a aplicação lhes traz algo de novo que não poderiam ter obtido de outra forma? E no fim de contas, terá isso valido a pena o investimento?Adicionemos a isso o facto de podermos ter várias aplicações distintas. Uma do evento, outra do fórum interactivo de perguntas e respostas, as várias redes sociais, os news feeds dos eventos. Juntemos a isso ainda um leitor de QR Codes para conseguirmos aceder a conteúdos exclusivos dentro do evento. Ou um gestor de bilhetes virtuais ou até uma aplicação que potencia a gamificação em eventos e que nos fornece objectivos para cumprir num certo período de tempo. Ou talvez até a aplicação que nos lista os vários eventos a ocorrer ao mesmo tempo e nos fornece notícias de cada um. Dependendo do tipo de evento em que estivermos, talvez exista uma app por patrocinador ou até por stand.Tudo isto faz com que um participante, mesmo que seja utilizador frequente deste tipo de tecnologias, se sinta perdido e inserido num ambiente confuso e disconexo. Estamos a contribuir para o inserir no evento ou estaremos a juntar ruído à comunicação, alienando completamente a pessoa pelo caminho?Por tudo isto, porque não sermos os autores de uma alteração significante deste paradigma? Porque não fazer com que as várias tecnologias possas trabalhar em conjunto, de forma a criar uma experiência verdadeiramente envolvente e única em cada evento, talhada especificamente caso a caso. A personalização tanto do hardware como do software não é novidade, assim como também não o é a criação de hubs inteligentes cuja responsabilidade seja a interligação e intercomunicação de

várias plataformas para criar ambientes verdadeiramente coesos juntando várias tecnologias, inclusive de diferentes fabricantes ou fornecedores. É possível dizer que existem inúmeros pontos negativos, começando desde já pelo custo de tais soluções ou pela dificuldade que tais desafios acarretam. Mas é igualmente possível afirmar com toda a certeza que não só uma experiência deste género nunca foi feita num evento, como compensaria certamente o custo da integração e do planeamento necessário. Adicionalmente, o mesmo poderia ser aplicado a outros eventos, sempre com resultados finais diferentes, criando uma alma única para cada ocasião que se poderia renovar à medida que a tecnologia fosse evoluindo e que outros players fossem ganhando o seu espaço no mercado.Imagine um evento em que o visitante pode fazer o check‑in online directamente no local. Quando o faz – sem ser necessária uma aplicação especial – recebe um event bag personalizado automaticamente para si. Se optar por fazer check‑in através de uma rede social, o programa do evento pode ser ainda mais personalizado com base no seu perfil. Outros participantes podem ser notificados de que o utilizador tem um currículo interessante numa determinada área e iniciar uma conversa entre si (tendo sempre em conta os requisitos de privacidade). Usando sensores de proximidade, o participante pode obter automaticamente mais informações sobre os stands ou, cruzando localização indoor com a informação dos horários, pode até ser possível aceder directamente à informação sobre os oradores num certo local e a uma dada hora. Seria possível participar no evento, colocando questões através do smartphone, de forma descomplicada. Ou abrir novas experiências de utilização com realidade virtual e aumentada apenas através de tecnologias ubíquas e tão transparentes que se tornam numa parte integrada do evento. É nesse ponto que a tecnologia se torna tão avançada que nos parece magia. Esta é a minha visão para tecnologias nos eventos.Mas a melhor parte de tudo isto é que toda esta tecnologia já está disponível e aguarda apenas que a apliquemos de uma forma integrada, coerente e única. E felizmente temos a sorte de estar mesmo no meio desta revolução à espera de acontecer.

TIAGO FERNANDESÉ mestre em Engenharia Informática e Computação pela Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto, tendo frequentado o programa doutoral em Engenharia Informática.

Foi responsável pelo desenvolvimento tecnológico do projecto Taggeo

(www.taggeo.org). Actualmente, é CEO da Multiverso, empresa que detém o Kiwiscreen.

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CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLOAs nossas especialistas de protocolo, Susana de Salazar Casanova e Cristina Fernandes, foram confrontadas nesta edição do Consultório com perguntas bastante técnicas e com muita pertinência. Se quiser participar em próximas edições desta rubrica pode enviar‑nos as suas perguntas para [email protected].

SUSANA DE SALAZAR CASANOVA E CRISTINA FERNANDES

Quando numa mesa de uma conferência o número de oradores é ímpar, onde se senta o moderador? CM, Lisboa Na maioria dos eventos em que existem painéis para debate de temas específicos, o moderador senta‑se na cadeira que se situa ao centro da mesa, distribuindo os diversos intervenientes à sua direita e esquerda, de acordo com as precedências em função do tipo de evento e de quem está presente. Adicionalmente, existe uma outra opção possível e que funciona bem, em particular quando há sofás ao invés de uma mesa propriamente dita. O moderador senta‑se numa ponta e distribui os participantes em linha, a partir da sua direita.

Se num jantar tiver um convidado que sei que é canhoto, devo colocar os talheres ao contrário como cortesia? GO, LisboaEstá convencionado internacionalmente que o modelo de montagem de lugar não se adapta a convidados que sejam canhotos. Esta particularidade advém do facto do comportamento esperado à mesa, por parte de um comensal canhoto, ser o mesmo de um destro (o que se justifica pela percentagem mundial de destros ser de cerca de 70% a 80% (Holder, M. K. (1997)) face a canhotos).Refira‑se, complementarmente, que existem algumas nuances a ter em atenção em diferentes regiões do globo – mas que não vão ao encontro da questão colocada e que são: o american e o continental style (ou european style). O leitor poderá consultar este vídeo para mais detalhes:https://www.youtube.com/watch?v=fypq2qhRZnI.

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CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

Numa mesa de reunião de uma empresa, há alguma ordem ao colocar as pessoas? Por exemplo onde fica o CEO e CFO? DS, OeirasSim, existem várias opções de seating para uma mesa de reunião. O leitor não menciona qual é o tipo de mesa, pelo que se assume que esta é retangular, apenas por ser a mais utilizada. Para este tipo de mesa há que ter em atenção:

a. Localização da porta e janelas: o anfitrião (CEO por exemplo) situar‑se‑á com visibilidade para a porta de entrada, oferecendo ao seu convidado (externo) a vista da janela;

b. Presidência: é comum utilizar‑se uma presidência de cabeceira única (CEO senta‑se no topo da mesa) ou uma presidência à francesa (CEO e visitante sentam‑se frente a frente, ao centro da mesa).

c. Distribuição: dependendo das particularidades do encontro, do tipo de participantes (apenas interno, ou misto, ou seja, com participantes internos e convidados externos) com uma presidência de cabeceira única: o CEO senta‑se no topo podendo distribuir os intervenientes, a partir da sua direita de acordo com as precedências empresariais. Poderá distribuir intercaladamente, ou seja, direita/esquerda ou ter dois grupos: à direita quem visita e à esquerda quem participa da sua empresa. Já com uma presidência à francesa, o CEO senta‑se de um lado da mesa, ao centro, distribuindo quem participa da sua empresa, à direita e à esquerda. O lugar à sua frente deverá ser ocupado pelo visitante que tenha um estatuto equiparado ao seu; à sua direita e esquerda sentam‑se os demais participantes.

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SUSANA DE SALAZAR CASANOVA E HENRIQUE PIETRA TORRES

PROTOCOLO EMPRESARIALO livro assume‑se como um “guia para profissionais e estudantes” e de facto trata‑se de uma publicação extremamente prática. Questões como precedências, colocação de bandeiras, elaboração de convites, seating, ou o que vestir, entre muitas outras, são abordadas com profundidade no livro. Há várias páginas dedicadas à multiculturalidade, um assunto que ganha importância numa época em que tanto se fala da internacionalização das empresas. E esta matéria desdobra‑se em vários itens, desde os cumprimentos, ao tratamento, às diferenças culturais ou às refeições. Destaque ainda para um capítulo dedicado à “tech‑etiquette”, onde, entre outros assuntos, os autores esmiúçam as boas e más práticas do uso das redes sociais. Nota ainda para alguns conselhos valiosos sobre como falar em público, uma skill cada vez mais importante nos dias que correm. Especialmente a pensar nos estudantes, o livro contempla informações práticas sobre entrevistas de emprego, elaboração do curriculum, cartas de apresentação e de recomendação ou o networking.

SOBRE OS AUTORES

Susana de Salazar Casanova faz parte da família Event Point há largos anos, já que é uma das autoras da rubrica Consultório de Protocolo. Além deste trabalho editorial, é formadora e consultora na área do protocolo e imagem, secretariado e da comunicação intercultural. É ainda professora na Universidade Europeia.

Henrique Pietra Torres é consultor e docente universitário. Desempenhou vários cargos no Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo sido director do Gabinete de Relações Públicas e Internacionais da Assembleia da República e responsável pelo protocolo.

LIVROS

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FILIPINASUM DESTINO EM CRESCIMENTOO pretexto para conhecer Manila foi dado pelo ASEAN Tourism Forum, um encontro que os países do sudeste asiático promovem todos os anos para acertar agulhas quanto às estratégias de turismo. As Filipinas não são um destino evidente para muitos portugueses, nem para lazer, nem para incentivos, mas isso está a mudar.

Sete mil ilhas para descobrir! Uma delas é Palawan, um dos principais destinos das Filipinas e muito responsável pela curiosidade que o país hoje desperta em termos de turismo. Em 2014 e 2015, a conceituada publicação Condé Nast Traveler considerou Palawan a melhor ilha do mundo e em 2013 já tinha alcançado esse título, atribuído dessa feita pela Travel + Leisure Magazine. Se fizer uma pesquisa de imagens no Google por Palawan vai perceber o porquê desta eleição. A ilha tem 650 km, mas a maioria dos visitantes ruma a El Nido e Coron, por causa do snorkeling e do mergulho. As águas cristalinas, o alojamento diversificado (cinco estrelas e o mais económico), o bom tempo, o rol de actividades disponíveis, fazem deste um destino a ter em conta para lazer, mas também para incentivos.

Outro destino concorrido é Cebu, que foi a primeira capital das Filipinas e é uma das zonas mais desenvolvidas do país, cultural e economicamente. Esta cidade possui um centro de congressos, o Cebu International Convention Center e no ranking da ICCA figura em 198º lugar do mundo, em 2014, com 12 eventos internacionais. No ranking regional Ásia‑Pacífico e Médio Oriente alcança a 43ª posição. A cidade de Cebu tem uma vida cultural agitada, um património rico e, bem perto, maravilhosas praias de areia fina e mar transparente. Mas é a capital, Manila, a principal cidade para eventos e congressos. Em 2014 ocupava a 108ª posição em termos mundiais e 23º lugar em termos regionais. Em termos de espaços para eventos, a cidade disponibiliza várias opções: o

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DESTINO INTERNACIONAL

Araneta Coliseum, o Centro Cultural das Filipinas, o Philippine International Convention Center, World Trade Center ou SMX Convention Center (onde se realizaram a maior parte das actividades do congresso a que assistimos). Hotéis e outros espaços multifacetados complementam a oferta local. O turismo, onde se inclui o de negócios, é uma prioridade para o país. Arturo Boncato Jr., do Turismo das Filipinas, destaca o crescimento do número de turistas em 2015 e de retorno económico deste sector. No ano passado chegaram a este país 5,36 milhões de visitantes internacionais. Os mercados de proveniência principais são: Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão. Na Europa o primeiro país emissor para as Filipinas é a Alemanha. De 2008 a 2015 o crescimento médio foi de 8%. Hoje,

um em dez empregos no país estão afectos ao sector turístico. As Filipinas ainda não são um destino evidente em Portugal, talvez por não serem tão em conta como os vizinhos do sudeste asiático, mas isso pode e está a mudar, com a inclusão da oferta nos portfólios das agências de viagem e incentivos. A segurança é uma questão importante, e está presente em todos os hotéis, nos centros de congressos, nos shoppings, onde nos revistam sempre que entramos. Os responsáveis do turismo, afirmou Arturo Boncato Jr., estão a trabalhar com o governo para melhorar a segurança. Em 2016 estão preparados novos investimentos em questões de acessibilidades. Mas também em termos de promoção, incluindo um programa de branding que vai dar sequência ao mote “It's more fun in the Phillipines”.

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TURISMO DE COMPRASOs Filipinos adoram centros comerciais. Aliás, o domingo é o dia de reunir a família e ir ao shopping. Há vários por onde escolher em Manila, incluindo o maior da Ásia, e Makati, onde parece que há um em cada esquina. Em todos estão presentes as grandes marcas internacionais. Para quem gosta de fazer compras, a capital das Filipinas é uma boa opção.

DESTINO INTERNACIONAL

INTRAMUROSÉ o principal ex‑libris da cidade de Manila. E para tornar tudo mais divertido pode apanhar um jeepney, uma espécie de jipes/autocarros e experimentar como se locomovem os locais. Há milhares de jeepneys a circular em Manila, cada um mais colorido do que o outro. O preço é absolutamente irrisório e a simpatia dos Filipinos vai com toda a certeza deixá‑lo desarmado. Além disso é uma bela maneira de ir percorrendo a cidade que, como as suas equivalentes asiáticas, é caótica (provavelmente até mais). O que impressiona é a paleta de cores. Entre o preto e branco há uma miríade de cores e em Manila vemos (quase) todas.Chegamos a Intramuros, e confirmámos que o nome não engana. Trata‑se de uma zona muralhada, erguida pelos colonos espanhóis, e que foi o centro dos interesses de nuestros hermanos na Ásia. As muralhas têm 4,5 quilómetros cercando uma área de 64 hectares com residências, palácios, escolas e edifícios governamentais. Não se pode negar, aqui há muita pobreza, muita gente a viver na rua, muitas casas a cair de velhas, por vezes um autêntico murro no estômago.

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DESTINO INTERNACIONAL

Mas recuemos uns séculos, até à época de Fernão de Magalhães. Sim, foi um português quem descobriu as ilhas das Filipinas, às ordens da Coroa espanhola. Os primeiros povoadores vieram na expedição de Miguel López de Legazpi, em 1565. E os espanhóis por lá ficaram durante três séculos. Intramuros está pejado de marcas desta passagem e tivemos a oportunidade de conhecer um exemplar de casa colonial, hoje um pequeno museu, testemunho da época. Nos adros das igrejas localizadas em Intramuros, a primeira impressão é a de que estamos na Península Ibérica. O calor húmido sufocante e a fisionomia dos crentes tratam de nos chamar à realidade. E já que falamos de igrejas, dizer que a Catedral de Manila e a Igreja de San Agustin são Património Mundial da UNESCO e vale a pena conferir o porquê. Continuamos até à Casa Manila, um exemplar de casa colonial espanhola transformada em museu. Aqui é possível ter um vislumbre do estilo de vida espanhol em 1800. Em frente ao edifício há sempre várias charretes (calesas), cujos donos se vestem como nesta época.

O Forte de Santiago, ainda em Intramuros, além de ter cumprido uma função militar, está ligado à figura de José Rizal, o herói nacional das Filipinas. Quem é José Rizal? Foi um escritor que defendeu vigorosamente reformas, e uma eventual independência de Espanha. Preso no Forte de Santiago, viria a ser executado a 30 de Dezembro de 1896 por um esquadrão de fuzilamento do Exército espanhol. Para relembrar a figura foi construído um parque, um dos maiores da Ásia, o Parque Rizal que, além de ser o pulmão da cidade, alberga o túmulo do escritor.José Rizal foi assim o símbolo da Guerra da Independência das Filipinas. A auto‑determinação deste país começou a desenhar‑se com a guerra hispano‑americana. Os ataques americanos às posições espanholas na Ásia, que culminaram com a derrota espanhola na Batalha da Baía de Manila, foram a ocasião encontrada por Emilio Aguinaldo (que mais tarde seria o primeiro presidente da República) para a 12 de Junho de 1898 proclamar a soberania. Mas nem Espanha, nem os Estados Unidos a aceitaram. O Tratado de Paris (1898), que pôs fim ao conflito, determinou que o controle das Filipinas seria americano.

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MANILA HOTELAs Filipinas começaram, então, uma nova vida, com um novo colonizador, sem adormecer a vontade de libertação. Um dos maiores símbolos da presença americana é o Manila Hotel, que começou precisamente a ser planeado em 1898. Foi inaugurado em 1912, no dia da Independência dos Estados Unidos (4 de Julho). O evento foi um acontecimento social único na época. Como curiosidade, dizer que ao jantar foi servida carne assada americana, lagosta filipina e champanhe francês. Em 1935 chega às Filipinas o General Douglas MacArthur (figura importantíssima na Segunda Guerra Mundial) para organizar o exército local. Fica instalado, juntamente com a mulher e o filho, no Manila Hotel. Foi‑lhe dado o título honorário de “Director‑Geral”, mas ele levou‑o muito a sério, participando das reuniões e basicamente assumindo a gestão da unidade. Ainda hoje existe a suite MacArthur, mas infelizmente não conseguimos visitá‑la.

COLONIZADOR NÚMERO TRÊS: O JAPÃOA invasão das Filipinas por parte dos japoneses começou umas horas depois do ataque a Pearl Harbor e custou a Intramuros grande destruição. Durante três anos, os nipónicos ocuparam, de forma violenta, as Filipinas. Foi um velho conhecido de Manila, o General MacArthur, quem libertou as ilhas, em 1944. Dois anos mais tarde as Filipinas tornaram‑se, finalmente, independentes.

Cláudia Coutinho de Sousa*

Viajou a convite do ASEAN Tourism Forum

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VERTENTE NATURAL SESIMBRA | 210 848 919 | [email protected] | WWW.VERTENTENATURAL.COM

ARTISTAS E ESPECTÁCULOS

BY THE MUSIC PRODUÇÕES PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | [email protected] | WWW.BYTHEMUSIC.PT

EVERYTHING IS NEW LISBOA | 213 933 770 | [email protected] | WWW.EVERYTHINGISNEW.PT

MÚSICA NO CORAÇÃO LISBOA | 210 105 700 | [email protected] | WWW.MUSICANOCORACAO.PT

PEV ENTERTAINMENTPORTO | 229 389 978 | [email protected] | WWW.PEVENTERTAINMENT.PT

PIC‑NIC PRODUÇÕES PORTO | 222 082 624 | [email protected] | WWW.PICNICPRODUCOES.COM

RITMOSPAREDES DE COURA | 939 658 830 | [email protected] | WWW.RITMOS.BIZ

RITMOS & BLUES PAÇO D’ARCOS | 214 694 050 | [email protected] | WWW.RITMOSEBLUES.PT

UAU LISBOA | 213 303 500 | [email protected] | WWW.UAU.PT

ANIMAÇÃO

ARTIST KEY ‑ TALENT IGNITION FOR YOUR EVENT! LISBOA | 218 288 946 | 935 162 618 | CC@ARTIST‑KEY.COM | WWW.ARTIST‑KEY.COM "EMPRESA IBÉRICA DE DESTINATION ENTERTAINMENT PARA EVENTOS CORPORATE E PRIVADOS. “DISPOMOS DE CERCA DE 1.500 ARTISTAS ENTRE ESPANHA E PORTUGAL, COM OS QUAIS TEMOS CONTRATADOS MODELOS DE AGENCIAMENTO QUE NOS PERMITEM OFERECER VALORES ÚNICOS NO MERCADO”. OS PERFIS DOS AGENCIADOS NAS MAIS DIVERSAS ÁREAS PODEM SER CONSULTADOS EM WWW.ARTIST‑KEY.COM."

BY THE MUSIC PRODUÇÕES PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | [email protected] | WWW.BYTHEMUSIC.PT "UMA PRODUTORA QUE CONTA COM 15 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE NOVOS CONCEITOS PARA ESPECTÁCULOS E EVENTOS, REPRESENTANDO IGUALMENTE ARTISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS. SOMOS UMA EQUIPA CONSTITUÍDA POR CRIADORES, ARTISTAS E GESTORES DE PRIMEIRA. IDEALIZAMOS E REALIZAMOS CONCEITOS DIFERENTES, INOVADORES E ÚNICOS. SOMOS ESPECIALIZADOS NA ÁREA MUSICAL E ARTÍSTICA NO SEU TODO. ELABORAMOS GRANDES E PEQUENOS EVENTOS. DESDE FESTIVAIS E CONCERTOS A ANIMAÇÕES PARA EVENTOS DE TODA A ESPÉCIE. REPRESENTAMOS O QUE DE MELHOR EXISTE NO MERCADO."

RITUAIS CORROIOS | 211 361 213 | 919 412 954 | [email protected] | WWW.RITUAIS.PT "SE DESEJA EVENTOS MEMORÁVEIS. SE DESEJA CONTAR COM A CONFIANÇA DE UMA EQUIPA DEDICADA DE PROFISSIONAIS COM MUITA EXPERIÊNCIA. SE DESEJA UMA GAMA DE OFERTA DE ANIMAÇÃO, SOM, LUZ E PERFORMANCES. SE DESEJA A GARANTIA DE QUE O FOCO ESTÁ NOS RESULTADOS DA ACÇÃO E NA CONQUISTA DA SATISFAÇÃO DO SEU PÚBLICO, ENTÃO O SEU EVENTO É COM A RITUAIS."

ADEREÇO PRODUÇÕES PORTO | 225 322 720 | [email protected] | WWW.ADERECO.COM

ANIMAGEST ALMADA | 212 549 880 | [email protected] | WWW.ANIMAGEST.COM.PT

CONCEPT 4 TALENTS LISBOA | 213 940 242 | [email protected] | WWW.CONCEPT4TALENTS.COM

DJ SOFIA GIÃO LISBOA | 912 272 926 | [email protected] | WWW.DJSOFIAGIAO.COM

GRUPO SPIRIT V.N. FAMALICÃO | 252 932 088 | INFO@GRUPO‑SPIRIT.COM | WWW.GRUPO‑SPIRIT.COM

MOVE IT COVA DA PIEDADE | 212 581 980 | [email protected] | WWW.MOVEIT.PT

RITMOS URBANOS LISBOA | 210 168 452 | [email protected] | WWW.RITMOSURBANOS.COM

WEE ‑ WORLD ENTERTAINMENT EVENTSFAMALICÃO | 252 107 905 | HI@WEE‑EVENTS.COM | WWW.WEE‑EVENTS.COM

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WWW.EVENTPOINT.PT

DIRECTÓRIO

AUDIOVISUAIS

AUDIORENT SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS MAIA | 229 740 099 | 917 594 968 | [email protected] | WWW.AUDIORENT.PT “A AUDIORENT É UMA EMPRESA DE ÂMBITO NACIONAL, COM MARCA REGISTADA, ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E NO ALUGUER DE MEIOS AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS – CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS, REUNIÕES, EXPOSIÇÕES, FEIRAS, ESPETÁCULOS, CONCERTOS... PROVIDENCIAMOS OS RECURSOS TÉCNICOS E HUMANOS EXIGIDOS, SENDO QUE, PARA AJUDARMOS A CONSTRUIR E A CRIAR VALOR A UM EVENTO, ANALISAMOS O PROJECTO COMO UM TODO, APRESENTAMOS SOLUÇÕES, EXECUTAMOS O SOLICITADO, E POR FIM, AVALIAMOS O RESULTADO”.

FX ROADLIGHTSLOURES | 214 780 843 | GERAL@FX‑RL.COM.PT | WWW.FX‑RL.COM.PT"A LUZ DOS SEUS EVENTOS"

MAINVISION ‑ SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS LISBOA | 211 583 053 | 939 117 564 | [email protected] | WWW.MAINVISION.PT "EMPRESA DE PRODUÇÃO TÉCNICA DE EVENTOS, ESPECIALIZADA NO ALUGUER DE SOLUÇÕES AUDIOVISUAIS PARA EVENTOS CORPORATIVOS."

PIXEL LIGHTPRIOR VELHO | 211 975 373 | [email protected] | WWW.PIXELLIGHT.PTSOMOS UMA EMPRESA QUE TEM COMO MISSÃO E OBJE TIVO APOIAR OS TÉCNICOS E CRIATIVOS DA ÁRE A DO AUDIOVISUAL E PRODUÇÃO DE TODO O TIPO DE E VENTOS TAIS COMO PROGR AMAS DE TELE VISÃO, CONGRESSOS, E XPOSIÇÕES, REUNIÕES, GAL AS, CONCERTOS, E TC.TEMOS COMO PRINCIPAL ESTR ATÉGIA DE CRESCIMENTO A AQUISIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS MAIS CRIATIVOS E DE REFERÊNCIA , QUE EM CONJUNTO COM OS NOSSOS MEIOS HUMANOS, FEZ DA PIXEL LIGHT UM E XEMPLO NO PANOR AMA NACIONAL.TODOS OS CLIENTES E PARCEIROS QUE NOS CONTACTAM TÊM SEMPRE O MELHOR ACONSELHAMENTO, DE FORMA A QUE POSSAM USUFRUIR DA MAIS AVANÇADA TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE PAR A O SUCESSO DE TODOS.

TOPEVENTOS | SOUND LIGHTS AND MUCH MORE PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | [email protected] | WWW.TOPEVENTOS.PT "UMA EMPRESA DE EQUIPAMENTOS TÉCNICOS ( SOM , ILUMINAÇÃO E OUTROS APONTAMENTOS TÉCNICOS ) , ORGANIZ AÇÃO E PRODUÇÃO DE E VENTOS, COM UMA EQUIPA ORGANIZ ADA, ESTÁVEL , CONFIANTE E MUITO EFICA Z."

ADLC AUDIOVISUAIS CARNAXIDE | 218 621 440 | COMERCIAL@ADLC‑AV.COM | WWW.ADLC‑AV.COM

AUDINOVA LEÇA DA PALMEIRA | 229 961 930 | [email protected] | WWW.AUDINOVA.PT

AUDIOMEIOS VENDA DO PINHEIRO | 219 663 843 | [email protected] | WWW.AUDIOMEIOS.PT

AVK LISBOA | 219 413 530 | [email protected] | WWW.AVK.PT

DIGITAL FRAME VILA NOVA DE GAIA | 227 870 175 | [email protected] | WWW.DIGITALFRAME.PT

ELECTROAUDIO S.DOMINGOS DE RANA | 214 531 223 | [email protected] | WWW.ELECTROAUDIO.NET

EUROLOGISTIX VILAMOURA | 289 419 199 | [email protected] | WWW.EUROLOGISTIX.PT

FLYMEDIA MATOSINHOS | 229 545 689 | [email protected] | WWW.FLYMEDIA.PT

RXF SINTRA | 210 189 366 | [email protected] | WWW.RXF.PT

SERVICE PACK LEÇA DA PALMEIRA | 229 942 944 | [email protected] | WWW.SERVICEPACK.PT

SMART CHOICE LISBOA | 218 681 035 | [email protected] | WWW.SMARTCHOICE.PT

XVENA ‑ EVENTOS E AUDIOVISUAIS LISBOA | 918 394 434 | [email protected] | WWW.XVENA.PT

CATERING

IMPPACTO ‑ CATERING E EVENTOS ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 | [email protected] | WWW.IMPPACTO.COM "SOLUÇÕES GASTRONÓMICAS E DECORATIVAS CONTEMPORÂNEAS."

B HOLDING ABÓBODA | 214 658 420 | [email protected] | WWW.BHOLDING.COM.PT

CASA DO MARQUÊS LISBOA | 217 512 393 | [email protected] | WWW.CASADOMARQUES.PT

MOJITO BAR CATERING PAÇO DE ARCOS | 919 186 029 | [email protected] | WWW.MOJITOBARCATERING.COM

PALACE CATERING PORTO | 707 502 220 | [email protected] | WWW.PALACECATERING.PT

TRÊS SÉCULOS VILA NOVA DE GAIA | 223 742 800 | [email protected] | WWW.TRESSECULOS.PT

Page 62: Event Point 18

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WWW.EVENTPOINT.PT

DIRECTÓRIO

TURANGRA ANGRA DO HEROÍSMO | 295 401 515 | [email protected] | WWW.TURANGRA.COM

VEGA LISBOA | 213 976 053 | [email protected] | WWW.VEGA.PT

ESPAÇOS MULTIUSOS

AVEIRO

EUROPARQUE SANTA MARIA DA FEIRA | 256 370 200 | [email protected] | WWW.EUROPARQUE.PT

BRAGA

MULTIUSOS DE GUIMARÃES GUIMARÃES | 253 520 300 | [email protected] | WWW.TEMPOLIVRE.PT

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA BRAGA | 253 208 230 | [email protected] | WWW.PEB.PT

COIMBRA

CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ FIGUEIRA DA FOZ | 233 407 200 | [email protected] | WWW.CAE.PT

MOSTEIRO DE SANTA CLARA COIMBRA | 239 801 160 | [email protected]

FARO

AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE PORTIMÃO | 282 405 600 | [email protected] | WWW.AUTODROMODOALGARVE.COM

CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE PORTIMÃO | 282 410 440 | [email protected] | WWW.EXPOARADE.PT

PORTIMÃO ARENA PORTIMÃO | 282 410 440 | [email protected] | WWW.PORTIMAOARENA.COM

LEIRIA

CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DAS RAINHA CALDAS DA RAINHA | 262 889 650 | [email protected] | WWW.CCC.EU.COM

EXPOSALÃO BATALHA BATALHA | 244 769 480 | [email protected] | WWW.EXPOSALAO.PT

LISBOA

MEO ARENA LISBOA | 218 918 409 | [email protected] | WWW.MEOARENA.PT "UM BENCHMARK NACIONAL EM ARENAS MULTIUSOS E ESPAÇOS PARA GRANDES EVENTOS, ESTE VENUE RECEBE UMA MÉDIA DE 80 EVENTOS POR ANO, DE DIFERENTES TIPOS, E PARA MAIS DE 400 MIL PESSOAS. DESDE CONCERTOS, ESPECTÁCULOS DE FAMÍLIA E EVENTOS DESPORTIVOS, ATÉ LANÇAMENTO DE PRODUTOS, REUNIÕES DE EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, GRANDES CONVENÇÕES, FEIRAS E GALAS."

CAMPO PEQUENO LISBOA | 217 998 450 | [email protected] | WWW.CAMPOPEQUENO.COM

CASINO ESTORIL ESTORIL | 214 667 700 | [email protected] | WWW.CASINO‑ESTORIL.PT

CONTEÚDOS

WE ARE INTERACTIVE LISBOA | 211 930 317 | [email protected] | WWW.WEARE.PT "CRIAÇÃO MULTIMÉDIA PARA EVENTOS. DESDE VÍDEOS DE APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL A SHOWS MULTIMÉDIA COM VIDEO‑MAPPING 3D E VÍDEOS INTERACTIVOS COM PERFORMERS E APRESENTADORES, ACOMPANHAMOS E DESENVOLVEMOS TODA A PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS GRÁFICOS E DE ESPECTÁCULO PARA TORNAR EVENTOS EM EXPERIÊNCIAS MEMORÁVEIS."

OCUBOLISBOA | 219 250 818 | [email protected] | WWW.OCUBO.COM

DECORAÇÃO

ANA MARIA GONÇALVES MOSTEIRÓ | 229 287 980 | [email protected] | WWW. ANAMARIAGONCALVES.PT

ALL2RENT LEÇA DA PALMEIRA | 229 958 058 | [email protected] | WWW. ALL2RENT.PT

DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES

XPTO EVENTS AND DMC LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | [email protected] | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJETIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

ABREU LINDA‑A‑VELHA | 214 156 115 | [email protected] | WWW.DMCPORTUGAL.ABREU.PT

AIM GROUP INTERNATIONAL PORTUGAL LISBOA | 213 245 041 | [email protected] | WWW.AIMGROUPINTERNATIONAL.COM

CITUR TRAVEL LINDA‑A‑VELHA | 217 712 610 | [email protected] | WWW.CITUR.PT

ESCAPE2OPORTO PORTO | 229 743 040 | 962 606 957 | 962 902 628 | [email protected] | WWW.ESCAPE2OPORTO.COM

EVENTS BY TLC LISBOA | 213 213 060 | [email protected] | WWW.EVENTSBYTLC.COM

FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | [email protected] | WWW.FORUMDIDEIAS.COM

IMAGINE MORE LISBOA | 213 628 393 | [email protected] | WWW.IMAGINEMORE.PT

ROSATOURS FARO | 289 824 017| [email protected] | WWW.ROSATOURS‑ONLINE.COM

THE HOUSE OF EVENTS PORTO | 228 348 940 | [email protected] | WWW.THE.PT

TOP ATLÂNTICO DMC LISBOA | 218 925 800 | [email protected] | WWW.TOPATLANTICO.PT

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WWW.EVENTPOINT.PT

DIRECTÓRIO

CENTRO CULTURAL DE BELÉM LISBOA | 213 612 697 | [email protected] | WWW.CCB.PT

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA LISBOA | 213 601 400 | [email protected] | WWW.LISBOACC.PT

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL ESTORIL | 214 647 575 | [email protected] | WWW.ESTORILCONGRESSCENTER.COM

COLISEU DE LISBOA LISBOA | 213 240 580 | [email protected] | WWW.COLISEULISBOA.COM

CONVENTO DO BEATO LISBOA | 210 109 923 | [email protected] | WWW.CONVENTODOBEATO.COM

ESTÁDIO DA LUZ ‑ BENFICA EVENTOS LISBOA | 217 219 565 | [email protected] | WWW.SLBENFICA.PT

FIL ‑ FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA LISBOA | 218 921 500 | [email protected] | WWW.FIL.PT

PÁTIO DA GALÉ LISBOA | [email protected]

PORTO

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA PORTO | 223 403 000 | [email protected] | WWW.CCALFANDEGAPORTO.COM“MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA”.

DOURO MARINA VILA NOVA DE GAIA | 220 907 300 | 918 501 474 | [email protected] | WWW DOUROMARINA.COM "EVENTOS COM CHARME."

ESTÁDIO DO DRAGÃO PORTO | 225 083 027 | [email protected] | WWW.FCPORTO.PT ONDE A MAGIA ACONTECE.

CAVES CALÉM ‑ SOGEVINUS FINE WINES V. N. DE GAIA | 223 746 660 | [email protected] | WWW.CALEM.PT

EXPONOR MATOSINHOS | 229 981 400 | [email protected] | WWW.EXPONOR.PT

FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTER PORTO | 226 156 500 | [email protected] | WWW.SERRALVES.COM

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA PORTO | 223 401 900 | [email protected] | WWW.TNSJ.PT

WORLD OF DISCOVERIESPORTO | 220 439 770 | [email protected] | WWW.WORLDOFDISCOVERIES.COM

SANTARÉM

CNEMA SANTARÉM | 243 300 300 | [email protected] | WWW.CNEMA.PT

AÇORES

AÇOR ARENA VILA FRANCA DO CAMPO | 296 539 390 | [email protected] | ACORARENA2.WIX.COM/ACORARENA

MADEIRA

CENTRO DE CONGRESSOS DA MADEIRAFUNCHAL | 291 209 180 | [email protected] | WWW.PESTANA.COM

CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE PORTO SANTO PORTO SANTO | 291 980 600 | [email protected]

ESTRUTURAS E ALUGUER DE MATERIAL

ALUGOCLIMA (AR‑CONDICIONADO) ALDEIA DE PAIO PIRES | 212 549 550 | [email protected] | WWW.ALUGOCLIMA.COM "A TEMPERATURA CERTA PARA O SEU EVENTO."

MULTIARCO (AR‑CONDICIONADO) LISBOA | 218 483 740 | [email protected] | WWW.MULTIARCO.PT "ENQUANTO LÍDER NO MERCADO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO E DE SOLUÇÕES PARA AQUECIMENTO, CRIÁMOS ESPECIFICAMENTE O SERVIÇO DE ALUGUER DE EQUIPAMENTOS, PARA RESPONDER ÀS NECESSIDADES DE CLIMATIZAÇÃO TEMPORÁRIAS, RESULTANTES DA ORGANIZAÇÃO DE FESTAS, ESPECTÁCULOS, CONGRESSOS, EVENTOS DESPORTIVOS, EXPOSIÇÕES, ENTRE OUTRAS. SEJA UMA TENDA, UM EDIFÍCIO HISTÓRICO, UM ARMAZÉM, UM CONTENTOR MONOBLOCO OU OUTRO ESPAÇO SEM CLIMATIZAÇÃO."

ALL2RENT LEÇA DA PALMEIRA | 229 958 058 | [email protected] | WWW. ALL2RENT.PT

ALUG’AQUI (LOUÇAS E TALHERES) SINTRA | 219 108 003 | 219 241 860 | 961 327 951 | [email protected] | WWW.AAQUI.COM

ANIMAGEST (ESTRUTURAS, MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO) ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | [email protected] | WWW.ANIMAGEST.COM.PT

CBS (STANDS)LOUSADA | 255 810 230 | [email protected] | WWW.CBS.PT

FUTURDATA PORTO E LISBOA | 229 427 715 | 210 415 965 | [email protected] | WWW.FUTURDATA.PT

EUROPALCO (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS) MEM MARTINS | 219 605 520 | [email protected] | WWW.EUROPALCO.COM

EVIDÊNCIA DISPLAY (STANDS) LISBOA | 214 603 620 | [email protected] | WWW.EVIDENCIADISPLAY.COM

MODELSTAND (STANDS) BRAGA | 253 300 320 | [email protected] | WWW.MODELSTAND.PT

MULTILEM ‑ BRAND NEW SPACES AZAMBUJA | 263 400 010 | INFO@MULTILEM,PT | WWW.MULTILEM.PT

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WWW.EVENTPOINT.PT

DIRECTÓRIO

ÉVORA

VILA GALÉ ÉVORAÉVORA | 266 758 100 | [email protected] | WWW.VILAGALE.COM

FARO

CROWNE PLAZA HOTEL VILAMOURA | 289 381 600 | [email protected] | WWW.CROWNEPLAZAVILAMOURA.COM

EPIC SANA ALGARVE HOTELALBUFEIRA | 289 104 300 | [email protected] | WWW.ALGARVE.EPIC.SANAHOTELS.COM

GRANDE REAL SANTA EULÁLIA ALBUFEIRA | 289 598 000 | [email protected] | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

SALGADOS PALACEALBUFEIRA | 289 244 200 | [email protected] | WWW.NAUHOTELS.COM

SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT ALBUFEIRA | 289 500 100 | [email protected] | WWW.SHERATONALGARVE.COM

TIVOLI MARINA DE VILAMOURA VILAMOURA | 289 303 303 | [email protected] | WWW.TIVOLIHOTELS.COM

LEIRIA

MARRIOT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT ÓBIDOS | 262 905 100 | INFO.PDR@MARRIOTT‑PDR.COM.PT | WWW.PRAIA‑DEL‑REY.COM

LISBOA

ALTIS GRAND HOTEL LISBOA | 213 106 000 | [email protected] | WWW.ALTISHOTELS.COM

CORINTHIA LISBOA HOTEL LISBOA | 217 236 363 | [email protected] | WWW.CORINTHIAHOTELS.COM

EPIC SANA LISBOA HOTELLISBOA | 211 597 300 | [email protected] | WWW.LISBOA.EPIC.SANAHOTELS.COM

HOTEL CASCAIS MIRAGEM CASCAIS | 210 060 600 | [email protected] | WWW.CASCAISMIRAGE.COM

HOTEL REAL VILLA ITÁLIA CASCAIS | 210 966 000 | [email protected] | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

INTERCONTINENTAL LISBOA LISBOA | 213 818 700 | [email protected] | WWW.IHG.COM

MYRIAD BY SANA HOTELSLISBOA | 211 107 600 | [email protected] | WWW.MYRIAD.PT

OLISSIPPO ORIENTELISBOA | 218 929 100 | [email protected] | WWW.OLISSIPPOHOTELS.COM

PALÁCIO ESTORIL ESTORIL | 214 648 000 | FRONT‑[email protected] | WWW.PALACIOESTORILHOTEL.COM

PESTANA PALACE LISBOA | 21 361 56 00 | [email protected] | WWW.PESTANA.COM

PORTO BAY LIBERDADELISBOA | 210 015 700 | [email protected] | WWW.PORTOBAY.COM

RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOA LISBOA | 213 811 400 | [email protected] | WWW.FOURSEASONS.COM/LISBON

TRYP LISBOA AEROPORTOLISBOA | 218 425 000 | [email protected] | WWW.TRYPLISBOAAEROPORTO.COM

OPÇÃO GLOBAL (STANDS E OUTRAS ESTRUTURAS)AMADORA | 917 165 155 | [email protected] | WWW.OPCAOGLOBAL.PT

PEBÊ BRAND ENERGIZE (STANDS) TERRUGEM | 219 188 720 | [email protected] | WWW.PEBE.PT

PUBLIACÇÃO (ROAD‑SHOW) ALMARGEM DO BISPO | 210 106 295 | [email protected] | WWW.PUBLIACCAO.COM

SIRAM (PALCOS E OUTRAS ESTRUTURAS) FUNCHAL | 291 230 350 | [email protected] | WWW.SIRAM.COM

SPORMEX (STANDS) BRAGA | 253 673 689 | [email protected] | WWW.SPORMEX.PT

FORMAÇÃO

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL ESTORIL | 210 040 700 | [email protected] | WWW.ESHTE.PT

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR PENICHE | 262 783 607 | [email protected] | WWW.ESTM.IPLEIRIA.PT

RESTART LISBOA | 213 609 450 | [email protected] | WWW.RESTART.PT

FOTOGRAFIA E VÍDEO

MINIFOTO LISBOA | 217 567 330 | [email protected] | WWW.MINIFOTO‑ESTUDIO.COM "REGISTAMOS O SEU SUCESSO!"

DUBVIDEOLISBOA | 213 426 049 | [email protected] | WWW.DUBVIDEO.NET

FAVO STUDIOPORTO | 222 080 675 | [email protected] | WWW.FAVOSTUDIO.COM

HELLO MOVEMENTLISBOA | 969 978 984 | [email protected]

SHORTFUSEOEIRAS | 219 283 614 | [email protected] | WWW.SHORTFUSE.PT

HOTÉIS

AVEIRO

PALACE HOTEL BUSSACO LUSO | 231 937 970 | [email protected] | WWW.ALMEIDAHOTELS.COM

BRAGA

MELIÃ BRAGA BRAGA | 253 144 000 | [email protected] | WWW.MELIABRAGA.COM

COIMBRA

HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS COIMBRA | 239 802 380 | [email protected] | WWW.QUINTADASLAGRIMAS.PT

HOTEL VILA GALÉ COIMBRA COIMBRA | 239 240 000 | [email protected] | WWW.VILAGALE.PT

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WWW.EVENTPOINT.PT

DIRECTÓRIO

VIP EXECUTIVE ART’S LISBOA | 210 020 400 | [email protected] | WWW.VIPHOTELS.COM

PORTO

CROWNE PLAZA PORTOPORTO | 226 072 500 | [email protected] | WWW.IHG.COM

INTERCONTINENTAL PALÁCIO DAS CARDOSASPORTO | 220 035 600 | [email protected] | WWW.IHG.COM

NH COLLECTION PORTO BATALHAPORTO | 227 660 600 | NHCOLLECTIONPORTOBATALHA@NH‑HOTELS.COM | WWW.NH‑HOTELES.PT

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA PORTO | 226 086 600 | [email protected] | WWW.PORTOPALACIOHOTEL.PT

POUSADA DO FREIXO PORTO | 225 311 000 | [email protected] | WWW.POUSADAS.PT

SHERATON PORTO HOTEL & SPA PORTO | 220 404 000 | [email protected] | WWW.SHERATONPORTO.COM

THE YEATMAN VILA NOVA DE GAIA | 220 133 100 | [email protected] | WWW.THEYEATMAN.COM

VIANA DO CASTELO

AXIS VIANA ‑ BUSINESS & SPA HOTELVIANA DO CASTELO | 258 802 000 | [email protected] | WWW.AXISHOTEIS.COM

FLÔR DE SAL VIANA DO CASTELO | 258 800 100 | [email protected] | WWW.HOTELFLORDESAL.COM

VILA REAL

HOTEL CASINO CHAVESCHAVES | 276 309 600 | [email protected] | WWW.HOTELCASINOCHAVES.SOLVERDE.PT

THE VINTAGE HOUSE DOUROPINHÃO | 254 730 230 | [email protected] | WWW.NAUHOTELS.COM

VIDAGO PALACE HOTEL VIDAGO | 276 990 900 | [email protected] | WWW.VIDAGOPALACEHOTEL.COM

VISEU

MONTEBELO VISEU HOTEL & SPAVISEU | 232 420 000 | [email protected] | WWW.MONTEBELOVISEU.PT

SIX SENSES DOURO VALLEYLAMEGO | 254 660 600 | RESERVATIONS‑[email protected] | WWW.SIXSENSES.COM

AÇORES

HOTEL MARINA ATLÂNTICO PONTA DELGADA | 296 307 900 | [email protected] | WWW.BENSAUDE.PT

TERCEIRA MAR HOTEL TERCEIRA | 295 402 280 | [email protected] WWW.BENSAUDE.PT

MADEIRA

BELMOND REID'S PALACEFUNCHAL | 291 71 71 71 | [email protected] | WWW.BELMOND.COM

THE CLIFF BAYFUNCHAL | 291 707 700 | [email protected] | WWW.PORTOBAY.COM

THE VINE HOTEL FUNCHAL | 291 009 000 | [email protected] | WWW.HOTELTHEVINE.COM

ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS

FACTOR CHAVE ALGÉS | 214 307 740 | [email protected] | WWW.FACTORCHAVE.COM "TRABALHAMOS EXCLUSIVAMENTE NO CAMPO DOS EVENTOS LIGADOS À SAÚDE. TRAZEMOS UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 14 ANOS NO PLANEAMENTO DE EVENTOS DE DIFERENTES TIPOLOGIAS E DIMENSÕES, COM ASSOCIAÇÕES MÉDICAS, GRUPOS DE INVESTIGAÇÃO, EMPRESAS FARMACÊUTICAS E DE EQUIPAMENTOS. O MARKETING É O ELEMENTO CENTRAL DO NOSSO TRABALHO, QUE REFLECTE SEMPRE PAIXÃO, ESTRATÉGIA, KNOW‑HOW, COMPETÊNCIA, IDEIAS ORIGINAIS E TALENTO."

FORUM D’IDEIAS ‑ PCO & DMC VILA NOGUEIRA DE AZEITÃO | 212 189 393 | [email protected] | WWW.FORUMDIDEIAS.COM

LEADING ‑ CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENT LINDA‑A‑VELHA | 217 712 634 | [email protected] | WWW.LEADING.PT

MUNDICONVENIUS LISBOA | 213 155 135 | [email protected] | WWW.MUNDICONVENIUS.PT

SKYROS PORTO | 226 165 450 | SKYROS@SKYROS‑CONGRESSOS.COM | WWW.SKYROS‑CONGRESSOS.COM

THE HOUSE OF EVENTS PORTO | 228 348 940 | [email protected] | WWW.THE.PT

ORGANIZADORES DE EVENTOS

ANIMAGEST ALMADA | 212 549 880 | 932 549 880 | [email protected] | WWW.ANIMAGEST.COM.PT "A ANIMAGEST É UMA EMPRESA DE CONSULTORIA E GESTÃO DE ANIMAÇÃO COM 23 ANOS DE EXPERIÊNCIA COM UM SERVIÇO QUE TEM COMO OBJECTIVO PRINCIPAL SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS SEUS CLIENTES, ATRAVÉS DA IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS, CONCRETIZADAS COM PRODUTOS ORIGINAIS, CRIATIVOS, DE QUALIDADE E EFICAZES, QUE POSSAM PROMOVER A AFETIVIDADE, A VISIBILIDADE E A NOTORIEDADE DESEJADAS."

DESAFIO GLOBAL ATIVISM LINDA‑A‑VELHA | 214 149 550 | [email protected] | WWW.DESAFIOGLOBAL.ATIVISM.PT "A DESAFIO GLOBAL É A EMPRESA DE EVENTOS CORPORATIVOS DO UNIVERSO ATIVISM, NASCIDA EM 2001. AO LONGO DOS ÚLTIMOS ANOS GANHOU MAIS DE 80 PRÉMIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA O DE MELHOR EMPRESA EUROPEIA DE EVENTOS NOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS. COM UMA ESTRUTURA QUALIFICADA DE 30 COLABORADORES, COMBINA CRIATIVIDADE, COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE SUCESSO."

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DIRECTÓRIO

SEGURANÇA

2045 MALVEIRA | 219 663 070 | [email protected] | WWW.2045.PT

PROSEGURLISBOA | 218 362 200 | [email protected] | WWW.PROSEGUR.PT

TECNOLOGIAS PARA EVENTOS

KIWISCREEN PORTO | 968 678 751 | [email protected] | WWW.KIWISCREEN.COM "É UMA PLATAFORMA TECNOLÓGICA QUE PERMITE TORNAR UM EVENTO NUM MOMENTO ÚNICO. JUNTANDO UMA SOLUÇÃO INOVADORA COM REDES SOCIAIS, PERMITE AOS PARTICIPANTES DO EVENTO INTERAGIR COM O MESMO DE UMA FORMA COMPLETAMENTE DIFERENTE."

EVENT SERVICES VILA NOVA DE GAIA | 220 932 947 | [email protected] | WWW.EVENTSERVICES.PT

FUTURDATAVILA DO CONDE | 229 427 715 | [email protected] | WWW.FUTURDATA.PT

MOBILITYNOWLISBOA | 210 199 900 | [email protected] | WWW.MOBILITY.PT

TRANSPORTES

DOURO AZUL PORTO | 223 402 500 | [email protected] | WWW.DOUROAZUL.PT

GRUPO BARRAQUEIRO LISBOA | 217 511 900 | [email protected] | WWW.BARRAQUEIRO.COM

VIPDRIVE LISBOA | 214 054 100 | 965 644 055 | [email protected] | WWW.VIPDRIVE.PT

OUTROS SERVIÇOS

TAPADA CREW CARNAXIDE | 917 296 014 | [email protected] | WWW.TAPADACREW.COM "UMA EMPRESA DE RECURSOS HUMANOS QUE OPERA NO MERCADO DESDE 1986 E QUE TEM COMO PRINCIPAL ACTIVIDADE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DE MONTAGEM E ASSISTÊNCIA DE TODO O TIPO DE ESPECTÁCULOS, DESDE O MAIS PEQUENO AO MAIOR EVENTO."

ASSER.BIZ GESTÃO DE INFORMAÇÃO MATOSINHOS | 938 297 575 | [email protected] | WWW.ASSERBIZ.COM

BULL INSURANCE LISBOA | 218 522 183 | ASALVO@BULL‑INSURANCE.COM | WWW.BULL‑INSURANCE.COM "UMA NOVA GERAÇÃO DE SEGUROS, PARA NOVAS OPORTUNIDADES."

N‑IMAGENS EVENTOSLISBOA | 217 156 495 | N‑IMAGENS@N‑IMAGENS.PT | WWW.N‑IMAGENS.PT“TEMOS UMA IMAGEM A DEFENDER: A DA SUA EMPRESA!”

XPTO EVENTS AND DMC LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | [email protected] | WWW.XPTOEVENTS.COM "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADORAS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJETIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

AA.COM LISBOA | 211 929 707 | GERAL@AA‑COM.PT | WWW.AA‑COM.PT

ACTING OUT LISBOA | 214 544 355 | [email protected] | WWW.ACTINGOUT.PT

BEST EVENTS BRAGA | 253 204 053 | [email protected] | WWW.BESTEVENTS.PT

BRIDGE – EVENTS AND ENTERTAINMENTPORTO | 226 167 050 | [email protected] | WWW.BRIDGE2EMOTIONS.COM

FADUS CASCAIS | 963 065 525 | 214 863 035 | [email protected] | WWW.FADUSPECIALEVENTS.COM

JOGO DE SOMBRAS AVEIRO | 234 424 519 | [email protected] | WWW.JOGODESOMBRAS.COM

KRIAEVENTOS LISBOA | 217 955 424 | [email protected] | WWW.KRIAEVENTOS.PT

LINEUP LISBOA | 211 583 021 | 937 442 524 | [email protected] | WWW.LINEUP.PT

PMP PRODUÇÕES LISBOA | 218 619 375 | [email protected] | WWW.PMPEVENTOS.COM

PRESTÍGIO LISBOA | 213 839 600 | [email protected] | WWW.PRESTIGIO.PT

SFORI LISBOA | 217 604 839 | [email protected] | WWW.SFORI.COM

THE DREAMERY LISBOA | [email protected] | WWW.THEDREAMERY.PT

TOPEVENTOS | SOUND LIGHTS AND MUCH MORE PAREDE | 214 574 466 | 968 772 735 | [email protected] | WWW.TOPEVENTOS.PT

UPPARTNER ‑COMUNICAÇÃO DE MARKETING LISBOA | 210 410 100 | [email protected] | WWW.UPPARTNER.PT

SAÚDE

CRUZ VERMELHA PORTUGUESA LISBOA | 213 913 932 | [email protected] | WWW.CRUZVERMELHA.PT

FEMÉDICA BELAS | 211 975 723 | 919 704 779 | [email protected] | WWW.FEMEDICA.PT

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