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S E T E F ASeminário Teológico Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar

Ficha técnica

CORPO ADMINISTRATIVOPresidente - Pr. Valdemar de Jesus Silva

Vice Presidente - Pr. Sebastião Araújo da SilvaDiretor administrativo - Pr. Valter José Gimenes da Silva

Conselho fiscal:Pr. Francisco da Silva ValentimPr. Marivalter HermógenesPr. Elias Quirino Souza dos Santos

Revisão Teológica:Pr. Moisés Madeira da SilvaPr. Raimundo de Souza MendesPr. Marivalter HermogenesPr. Ademar Ferreira JuniorPr. Josafá Feitosa da Silva

Suplentes:Pr. Hélio LopesPr. Pedro Madureira

Capa: Pr. Valter José Gimenes da Silva

Matéria: Cedida pelo Seminário Teológico Paulo Leivas Macalão, com a devida autorização de seu Presidente Bispo Manuel Ferreira.

Revisão Textual: Drª Maria Vilma Coqueiro da Silva

Diagramação: Pr. Valter José G. da Silva

Todos os direitos de publicação reservados ao SETEFA

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Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Ministério de MadureiraEstrada da Usina, 1219 – B. Aviário / Rio Branco - AC. Cep. 69905-170

Fone (68) 3223 6055 – 8119-2202

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ApresentaçãoDeus tem feito despontar nos últimos tempos, obreiros voluntários, que se

levantam no poder do Espírito Santo e realizam trabalhos excelentes!Precisamos acompanhá-los bem de perto, e fomentar ainda mais o fogo dessas “faíscas”, trazendo para dentro do braseiro do Ministério, e apoiá-los como homens de Deus.

O Pastor Valter José, juntamente com a equipe de Revisão Teológica e outros companheiros, têm sido algumas dessas “faíscas”, pois os mesmos, têm feito muitos esforços pessoais para levantar a bandeira do ensino em nosso Estado, na confecção de dezoito matérias, para nosso próprio seminário: (SETEFA) Seminário Teológico Pr. Dr. Eliseu Feitosa de Alencar, seminário este, que é órgão vinculado à Igreja Assembléia de Deus do Ministério de Madureira no Estado do Acre. Dessa forma, sei que estas matérias servirão para o bem de todos obreiros e obreiras que querem ampliar seus conhecimentos bíblicos.

Que Deus ilumine a todos quantos se aprofundam nas riquezas que a Palavra de Deus nos oferece.

Pastor Valdemar de Jesus SilvaMembro do Conselho Deliberativo - Betel

Presidente da CONEMAD-ACPresidente do SETEFA

Presidente da IEAD

1 – Geografia Bíblica

1. 1 - Uma Visão Panorâmica do assuntoGeografia bíblica é a parte da geografia geral que tem por objetivo o

conhecimento das diferentes áreas da superfície da terra relacionadas com a Bíblia.

1. 2 - Importância: Sua importância está no auxilio que ela nos oferece na apreciação, compreensão e interpretação dos fatos bíblicos, pois trata-se do cenário terreno e humano da revelação Divina. Localizando, fixando e documentando os relatos sagrados, á geografia bíblica dá a esses relatos mais consistência e autenticidade, bem como uma perspectiva mais viva.

1. 3 - Fontes: A fonte principal do estudo da geografia bíblica está na própria Bíblia, uma vez que é ela que nos fornece nomes de lugares, de povos, de circunstâncias e de acontecimentos relacionados às civilizações e aos povos bíblicos.

As outras fontes são a história geral, que a dividimos em sagrada e profana, e a arqueologia.

Para um estudo proveitoso da geografia bíblica são indispensáveis, além das fontes mencionadas, os mapas das respectivas áreas em estudo.

1. 4 - O mundo antigoO mundo antigo, ou bíblico, compreende todos povos antigos que habitavam a

área banhada pelos mares Mediterrâneo (Grande Mar), Negro (Auxino), Cáspio

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(também chamado de mar Setentrional), Golfo Pérsico (ou mar Meridional) e Vermelho (denominado pelos romanos de mar Eritreu).

O relato bíblico de ambos os Testamentos abrange uma área que, no sentido Oeste-Leste, vai desde a Espanha, o ponto mais ocidental do programa de atividades missionárias do Apóstolo Paulo, até a Pérsia, país mais oriental com que esteve relacionado o povo de Israel.

No sentido Norte-Sul, essa área vai desde o ponto, província mais setentrional da Ásia Menor, que ficava ao Sul do mar Negro – cujo povo esteve representado em Jerusalém no dia de Pentecostes (At. 2. 9) – até o extremo sul da Arábia onde, provavelmente, ficava a lendária terra de Ofir, tantas vezes mencionadas na Bíblia.

Portanto, podemos afirmar que as expressões “o mundo antigo” e o “mundo bíblico” são praticamente sinônimas.

2 – MontanhasAo estudarmos a geografia da Palestina em seus detalhes, trataremos neste

tópico das montanhas extrapalestinicas do mundo antigo relacionadas com a história bíblica. Desta, as cinco mais importantes são:

2. 1 - Arará - Fica no sudeste da Armênia. Conhecida pelo encalhe da arca de Noé, esta montanha tem cerca de 5.000 metros de altitude. Devemos notar, entretanto, que o texto bíblico em Gn. 8. 4, diz que a arca parou sobre os “montes de Arará”. Portanto, ignora-se o local exato do pouso da arca, embora a tradição aponte a montanha mais alta da região como tal, e cujo nome é Arará.

2. 2 - Sinai ou Horebe - Localizado no extremo sudoeste da Ásia, na península do Sinai, tem forma triangular e é banhada por dois braços do mar Vermelho – chamados de Golfo de Suez e Golfo de Ácaba – ficando este do lado oriental da península e aquele do lado ocidental.

No monte Sinai Moises recebeu a Lei com o qual firmou a aliança entre Deus e o povo de Israel, originando-se, assim, a nacionalidade hebraica com seus aspectos religioso e civil.

2. 3 -Líbanos - A cordilheira dos montes Líbanos, que corre paralelamente à costa oriental do Mediterrâneo, fica na parte ocidental da Síria, ao norte da Palestina, e se apresenta em duas divisões: a) Líbano e b) Ante-Líbano. Esta divisão não é conhecida na Bíblia Sagrada, mas vem do tempo da dominação grega, e persiste até hoje.

2. 4 - Hermom - Este monte fica no extremo sul da cadeia dos montes Ante-Líbano, no limite sul da Síria e extremo norte da Palestina, também conhecido como monte Sírion e monte Senir.

Devido à sua altitude, que atinge mais de 3.000m, e à sua escassa vegetação (exceto nas encostas inferiores onde a vegetação é extremamente rica), bem como à sua cobertura permanente de neve e gelo, este monte se reveste de uma imponência

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majestosa, podendo ser avistada por quase toda a Palestina, Síria, Arábia, Fenícia e Mediterrâneo.

Quanto à verdadeira altitude do Hermom, é bom salientar que dados oferecidos por vários estudiosos, divergem consideravelmente, variando entre 3.050m e 3.365m.

Durante o inverno, o enorme véu de neve desce monte abaixo até cerca de 1.500m. À medida que avança o verão a neve vai derretendo, formando fios de água e riachos que descem pelas encostas e rega as partes inferiores do monte e os vales.

Acredita-se que a transfiguração de Jesus teve lugar em algum ponto da encosta sul deste monte, embora a tradição aponte o Tabor, na Galiléia.

2. 5 - Seir - Na realidade, Seir não é um monte isolado, mas uma cadeia de montanhas que se estende na direção norte-sul na região de Edom, na Arábia Ocidental. Esta região montanhosa, que durante a dominação romana foi denominada de Arábia Pétrea, localiza-se entre o sul do mar Morto e o extremo norte do Golfo da Acaba. A altitude varia entre 300 e 2.000m.

Atividades de Apoio Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, fazendo corresponder o

monte com suas características.(1) Arará ( ) Local onde Moisés recebeu a Lei(2) Sinai ou ( ) Cobertura permanente Horebe de neve e gelo(3) Líbanos ( ) Encontra-se na Arábia Ocidental(4) Hermom ( ) Pousou a arca de Noé(5) Seir ( ) Paralelo à costa oriental do Mediterrâneo

3 – RiosNesta vasta área do Mundo Antigo podemos considerar quatro rios

importantes: Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão.

3. 1 - Nilo - Com cerca de 6.500 quilômetros de comprimento, o rio Nilo é o primeiro do continente africano e o segundo do mundo, tendo suas nascentes na região dos grandes lagos da áfrica Equatorial, por onde se estende os seus braços chamados Nilo Branco e Nilo Azul, e seus afluentes. O Nilo corre na direção sul-norte através do Egito, desaguando no Mediterrâneo em um vasto estuário de 250 quilômetros de largura, formado pelos três braços (que antigamente eram sete), denominado Delta.

3. 2 - Tigre ou Hidéquel - (grego e hebraico respectivamente). Este é o rio que nascendo nas montanhas da Armênia, corre na direção sudeste, banhando o lado oriental da Mesopotâmia até juntar-se com o rio Eufrates, cerca de 160 quilômetros do Golfo Pérsico. 3. 3 - Eufrates - Também conhecido como o grande rio. Suas nascentes acham-se no maciço das montanhas da Armênia. De início, o rio corre para o ocidente, chegando a uma distância de apenas 93 quilômetros do Mediterrâneo. Depois toma a direção

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sudeste, atravessando a célebre cidade de Babilônia cerca de 140 quilômetros do seu estuário. 3. 4 - Jordão - Jordão este é o rio da terra santa muitas vezes referido nas Escrituras Sagradas. É formado por varias nascentes nas encostas: noroeste e oeste do monte Hermom, sendo as quatro principais a Breighit, a de Hasbani, Leda e Bahias – e corre na direção norte-sul. No seu percurso total de cerca de 340 quilômetros pelo leito sinuoso, atravessa dois lagos – o de Merom (atualmente chamado Helé) e o da Galiléia, desaguando no mar Morto.

A peculiaridade do Jordão é que este é o único rio do mundo cujo leito é inferior ao nível do mar. A depressão começa desde três quilômetros ao sul das águas de Merom e continua cada vez mais acentuada até chegar a 426m no mar Morto, cuja profundidade chega a 400m. Portanto, trata-se de uma depressão de 826m, sendo a mais profunda do globo terrestre.

Pesquisas cientificas revelam que as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas por erupções vulcânicas, formando uma grande cratera no seu lugar, que foi ocupada pelo mar Morto. A Palavra de Deus diz que as referidas cidades foram consumidas por fogo descido do céu. Assim sendo, não há duvidas de que os efeitos do fogo Divino sobre aquelas cidades foram idênticos ao de um poderoso vulcão.

A conclusão dos pesquisadores baseou-se nos vestígios com características vulcânicas existentes no local. Entretanto, convém salientar que uma das características elementares é sair dos topos das montanhas ou, quando não é o caso, ele mesmo forma no local uma montanha ou ilha (quando no mar) com o material (magma) extraído do interior da terra.

De qualquer modo, o surgimento de um vulcão sempre formará uma elevação geográfica, devido a grande quantidade de material expelido. A cratera formada é proporcionalmente pequena e localiza-se no centro da montanha por ele criada. No caso em apreço, ao contrário de uma montanha, formou-se uma enorme cratera no local das duas cidades. Isso prova que o fogo que subverteu as cidades não veio debaixo e, sim, de cima, confirmando a versão bíblica.

4 – DesertosA idéia de deserto entre os judeus abrangia três aspectos distintos, a saber:

Yeshimon – deserto absoluto, onde não há possibilidades de sobrevivência animal ou vegetal.

Heraboth – lugar devastado e desértico em conseqüência de destruição. É o caso de cidades destruídas pela guerra.

Midbar ou Arabah – deserto com grandes possibilidades de vida animal e vegetal que, na época das chuvas anuais, transforma-se em campo viçoso, procurado pelos pastores para pastagens de seus rebanhos. Os Israelitas peregrinaram por quarenta anos em desertos deste tipo.

4. 1 - Shur - (Êx. 15. 2), que alguns identificam como o deserto de Etam (Êx. 13. 20), estende-se pelo noroeste da península do Sinai, ao largo da fronteira nordeste do Egito e costa oriental do mar Vermelho (Golfo de Suez), à altura do seu terço superior.

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4. 2 - Sin - que é o prolongamento do anterior na direção sul da costa oriental do mesmo mar, abrangendo o terço médio da mesma.4. 3 - Sinai - que abrange toda a parte sul da península, incluindo o monte Sinai, bem como a parte da mesma até o fundo do Golfo de Ácaba.4. 4 - Parã - que cobre todo o centro da península, deslocando-se um pouco para o nordeste da mesma.4. 5 - Cades, ou Cades Barnéia, pequena área ao norte do Parã, a leste de Shur e de Cades. Estes dois últimos desertos constituem o limite sul da Palestina, também conhecido pelo nome de Negueve. 4. 6 - Berseba - Esse é o pequeno deserto em torno da cidade de Berseba, o marco meridional da Terra Santa. A expressão “De Dan a Berseba” era a maneira de definir a extensão norte-sul do território palestínico.

5 – Cidades

5. 1 - Visão Panorâmica.Entende-se por cidades bíblicas aquelas que de alguma forma são relacionadas

com a história bíblica, ainda que não mencionadas especificamente.Quanto ao planejamento das cidades antigas, o elemento fundamental era o

muro protetor que abrigava a cidade dos ataques inimigos. A altura variava de acordo com a importância e o tamanho da cidade; igualmente, a sua largura.

A parte principal no interior da cidade era o palácio real, localizado geralmente bem no centro, de forma retangular, em estilo de fortaleza muito resistente. Sobre os muros do palácio e da cidade havia torres com vigias permanentes. As portas eram poucas em cidades menores e numerosas em cidades maiores. Junto delas, em praças ou lagos, faziam-se feiras livres e outras transações comerciais, bem como as assembléias dos cidadãos e os julgamentos. Em algumas cidades a praça central, junto do palácio real, é que servia para todos esses fins

As ruas das cidades antigas eram estreitas e geralmente escuras, devido às pontes que ligavam as casas de ambos os lados, e eram também muito úmidas e sujas por causa do lixo das casas que nelas eram despejados. A não ser em cidades grandes, as ruas não obedeciam a qualquer planejamento.

O material empregado na construção das grandes cidades dependia do predominante na região. Na Babilônia, por exemplo, predominava o barro, ou seja tijolos de barro secados ao sol ou queimados. Já no Egito era a pedra o material principal, na Palestina os dois elementos eram comuns nas construções das cidades, embora as pedras eram mais usadas.

Cidades principais do grupo extrapalestínico

5. 2 - Ur – Situada ao sul da Babilônia ou Caldéia, hoje chamada de Mugheir. Cidade natural do patriarca Abraão, centro industrial, agrícola e comercial de grande importância; porto marítimo, segundo as descobertas arqueológicas antediluvianas (o Golfo Pérsico antigamente se estendia até Ur).

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5. 3 - Nínive – Segundo as Escrituras, foi uma das mais antigas cidades da Assíria (Gn. 10.11). Tornou-se a capital do mundo no período áureo do império assírio. Ficava à margem oriental do Tigre. Foi tomada pelos Babilônicos em 612 a.C., terminando assim sua glória.

5. 4 - Damasco – Segundo os historiadores, é a cidade viva mais antiga da terra. Localiza-se ao sul da Síria, no planalto oriental do Ante-Libano. Através dos séculos tem sido a capital da Síria.

5. 5 - Mênfis – Os hebreus a conheciam pelo nome de Nofe (Is. 19. 13). A cidade mais importante do Egito Setentrional que, segundo Heródoto, teria sido edificada por Menes, primeiro rei do Egito mencionado na história; localizada na margem ocidental do Nilo, cerca de 20 quilômetros ao sul do Cairo, atual capital do Egito. 5. 6 - Babilônia – É a antiga e bela capital do império babilônico, notável pelos seus maravilhosos palácios, jardins suspensos, muralhas quase intransponíveis, etc. Segundo Heródoto, historiador grego – as muralhas que cercavam a “cidade maravilhosa” do mundo antigo eram duplas e tinham cerca de 28 metros de larguras e até 112m de altura e 96 quilômetros de extensão, construídas com tijolos de argamassa e betume, com 250 torres de vigia e 100 portões de cobre.

As suas origens pré-históricas remontam aos dias de Nimrode (Gn. 10. 10). Foi na cidade de Babilônia que Alexandre, o Grande, terminou seus dias de vida em 323 a.C..

5. 7 - Arã – Pouco se sabe desta cidade. Porém sabemos que ficava na região chamada Padã-arã, no planalto setentrional da Mesopotâmia, onde permaneceram por algum tempo Terá e seus filhos depois de deixarem Ur.

5. 8 - Tiro – Cidade antiga e muito importante na Fenícia. Conforme relatos de escritores e historiadores antigos, sua fundação remonta a 2.750 anos a.C.. O nome moderno desta cidade é Sur.

5. 9 - Sidom – Outra cidade muito importante e antiga na Fenícia, localizada há 30 quilômetros ao norte de Tiro, e freqüentemente referida na Bíblia. Foi arrasada, muitas vezes, pelos conquistadores, e reconstruída. Atualmente seu nome é Said.

5. 10 - Atenas – Este é o nome da capital Ática, um dos estados da Grécia, fundada em 1.156 a.C., e em 1834 tornou-se a capital de todo o reino da Grécia. Há 9 quilômetros do mar Pireu, e seu porto comercial mais próximo é Falero.

5. 11 - Éfeso – Cidade mais importante da costa ocidental da Ásia Menor, cuja origem remonta ao século XI a.C.. Localiza-se na margem direita do rio Caister, na província de Lídia. Paulo reconheceu a importância estratégica de Éfeso e ficou ali dois anos e três meses (At. 19. 8-10), entre os anos 54 e 57 d.C., realizando seu maior trabalho missionário.

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5. 12 - Roma – Uma das mais antigas cidades da península itálica, edificada sobre sete colinas, na margem esquerda do rio Tigre. A data de fundação aceita, é 753 a.C..

Roma ficou famosa por ter sido a capital política e cultural do mundo durante vários séculos. Ao tempo do apóstolo Paulo a “cidade Eterna” - como é chamada – já possuía cerca de um milhão de habitantes. O apóstolo esteve preso em Roma durante dois anos, e dali escreveu quatro cartas: Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses e a Filemom.

6 – Palestina

6. 1 - Geografia Física da PalestinaA região que nós conhecemos pelo termo “Palestina” tem recebido, através dos

tempos, nomes diferentes, bem como tem sofrido alterações quanto à sua extensão. Canaã ou Terra de Canaã – é o nome mais antigo, por se tratar da terra

habitada pelo neto de Noé, Canaã e sua descendência. Terra dos Amorreus – é outro nome antigo. Terra dos Hebreus – nome que muitos atribuem a Héber, patriarca de quem

descende Abraão. Terra de Israel – ou terra dos Israelitas. Terra de Judá – ou Judéia. Terra da Promessa – ou Terra Prometida. Palestina – Este nome deriva-se do termo Filístia, ou seja, a terra habitada

pelos filisteus. Na Bíblia, este nome é dado a uma faixa de terra ao sudoeste de Canaã, ao longo do Mediterrâneo até o Egito. Posteriormente, figuras como Plínio e Josefo passaram a chamar por este nome toda a região de Canaã. E desde os tempos do domínio romano até os dias que precederam a fundação do moderno Estado de Israel, Palestina era o nome mais usado .

Terra Santa – É a designação dada pelo profeta Zacarias (2. 12) e pelos cristãos desde a idade média, por ter sido palco das maravilhas Divinas, particularmente do nascimento, ministério e sacrifício redentor do Filho de Deus em favor dos homens.

6. 2 - LocalizaçãoLocalizada no continente asiático, a 30° de latitude norte, banhada pelo mar

Mediterrâneo (extremo leste) em toda extensão de seu limite ocidental, mais ou menos eqüidistantes dos pontos principais do Mundo Antigo, a Palestina constituiu-se num centro de gravidade para o mundo e as civilizações da antiguidade.

Do ponto de vista comercial ficava na rota do tráfego entre o oriente e o ocidente, bem como entre o norte e o sul. Do ponto de vista político, era passagem inevitável dos exércitos conquistadores das grandes potencias ao seu redor, razão pela qual estas se interessavam por suas conquistas e fortificação. Daí as devastações sofridas pela Palestina em repetidas ocasiões durante a sua história.

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6. 3 - LimitesA Palestina limita-se ao norte, com a Síria e Fenícias; ao leste, com parte da

Síria e parte da Arábia (deserto Arábico); ao sul, com Arábia, e ao oeste com o mar Mediterrâneo.

6. 4 - Superfície O território de Israel variou consideravelmente com o decorrer dos tempos; era

extensa nos dias dos reis Davi e Salomão, que por conquista anexaram vários territórios vizinhos, e era reduzido quando invadido por reinos vizinhos. Em média, a superfície de Israel era de cerca de 30.000 quilômetros quadrados.

Comparando com os estados brasileiros, esse território seria pouco maior que o estado de Sergipe.

6. 5 - Topografia De uma forma geral os topógrafos modernos costumam dividir a Palestina em

quatro secções longitudinais: Planície da costa do mar Mediterrâneo; Região montanhosa central; Vale do Jordão; Planalto oriental, ou zona montanhosa de Galaad, a Transjordânia.

Para um estudo mais detalhado da topografia da Palestina, recomendamos o esquema abaixo:

6. 6 - Planícies

Planície do Aco – região do extremo noroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e que estende até o monte Carmelo.

Planície do Saron – região compreendida entre o monte Carmelo e a cidade de Jope, alargando-se na direção das montanhas da região central à medida que avança para o sul. Esta região é conhecida pelos famosos lírios e outras variedades de flores.

Planície da Filístia (ou marítima) – é a faixa de terra habitada pelos filisteus, entre Jope e Gaza.

Planície de Sefelá – região situada entre a planície da Filístia e as montanhas de Judá ao oriente.

Planície de Jesreel ou Esdraelon – também chamada de Armagedon. Embora possa também ser classificada como vale, pela sua extensão e aspecto.Confluência de três vales, dos quais o central – Jesreel – é o mais importante.

A planície que traz este nome é considerada a maior da Palestina e a mais formosa. Devido à sua posição estratégica, via de comunicação natural entre Damasco e o Mediterrâneo, a planície foi palco de inúmeras batalhas desde os dias de Gideão, na época dos juizes. O rio Quison (Kishon) atravessa a planície

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longitudinalmente, desde o leste ao oeste, desembocando no Mediterrâneo ao norte do monte Carmelo.

O nome profético desta planície é Armagedon (Ap. 16. 16) que significa “Montanha de Margedom ou Megedo”.

6. 7 - ValesA Palestina é terra de muitos vales; mas aqui vamos enumerar e localizar os

principais:

Vale do Jordão – este é o maior vale da Palestina; começando ao sopé do monte Hermon, no extremo norte, porta ou país longitudinalmente até o mar morto, no extremo sul. No seu ponto inicial é muito estreito, cerca de 100 metros, alargando-se para 3 quilômetros logo abaixo do mar da Galiléia, chegando a quinze quilômetros da região de Jericó e tornando a estreitar-se pouco antes de chegar ao morto, seu ponto final. Por este vale corre o célebre rio Jordão. É o vale que chega à maior profundidade de toda a face da terra 426m abaixo do nível do mar Mediterrâneo, numa distancia de 215 quilômetros em linha reta desde o Hermon até o mar Morto.

Vale de Jesreel – não se deve confundir este vale com a planície do mesmo nome; confusão que ocorre freqüentemente, e por isso alguns autores chamam a planície também pelo nome de “Vale de Esdraelon”.

Vale de Acor – Este fica entre as terras de Judá e Benjamim, ao sul de Jericó, onde ocorreu o apedrejamento e queima de Aca e toda sua família.

Vale de Aijalon – situa-se na região de Safelá, a 24 quilômetros de Jerusalém, onde se deu a batalha de Josué com os amorreus quando o sol parou sobre Gabaon e a lua sobre o vale de Aijalon.

Vale do Escol – a oeste de Hebrom, é famoso pela sua fertilidade, especialmente a dos vinhedos. Segundo Nm. 13. 22-27, foi deste vale que os espias levaram a Moisés um cacho de uvas tão pesado que foram necessários dois homens para transportá-lo.

Vale de Hebrom ou Manre – fica cerca de trinta quilômetros a sudoeste de Jerusalém, no qual se levanta a conhecida cidade de Hebrom, em cujas cercanias fixou-se por longo tempo a família de Abraão.

Vale da Sidim – Conforme Gêneses 14. 3 -10, tudo faz crer que este é o vale onde se encontra hoje o mar Morto, especialmente a parte sul do mesmo, provável região de Sodoma e Gomorra.

Vale de Siquém – Situado no centro de Canaã, entre os montes Gerizim ao sul e o monte Ebal ao norte, tem cerca de 12 quilômetros de comprimento, estendendo-se em direção a cidade de Siquém, chamada Nablus atualmente. Neste vale se encontra o famoso poço de Jacó, à beira do qual Jesus falou à samaritana.

Vale de Basã – Este vale não se encontra citado na Bíblia, mas suas referências encontram-se registrada em outras literaturas. Provavelmente trata-se do vale por onde corre o rio Yarmuque, no noroeste da Palestina.

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Atividades de Apoio Faça uma pesquisa sobre o vale de Aijalon, descreva um pouco mais, sobre a

grande batalha que ocorreu nesse vale. 7 - Planaltos

Dois são os planaltos centrais da Palestina: O Planalto Central, que é como a continuação dos montes Líbanos e corre pelo centro do país na direção norte-sul; e o Planalto oriental que pode ser considerado como continuação do Ante-Libano, correndo na mesma direção do anterior. A altitude de ambos varia entre 650 e 1.300m.

7. 1 - Montes Palestínicos O estudo dos montes obedecerá à subdivisão dos planaltos já estudados. Assim teremos os montes de Naftali, os de Efraim e os de Judá no Planalto Central; depois, os monte de Basã, os de Gileade e os de Moabe no Planalto Oriental.

7. 2 - Os Montes de Naftali

Monte Hatin – fazendo parte do pequeno conjunto chamado Cornos de Hatin, localiza-se à pequena distância a oeste do mar da Galiléia.

Monte Tabor – com 615m de altitude, localiza-se também na Galiléia, na parte nordeste da Planície de Jesreel ou Esdraelo.

Monte Gilboa – Este fica a sudoeste da planície de Jesreel e tem forma alongada, medindo 13 quilômetros de comprimento e 5 a 8 de largura por 543m de altitude. Seus flancos são íngremes e escarpados. Notabiliza-se pela morte do rei Saul e seu filho Jônatas na batalha contra os filisteus.

Monte Carmelo – Seu nome significa “campo fértil, jardim” – isto provavelmente devido à proverbial fertilidade que nos tempos idos cobria vastas áreas de sua cobertura. Na realidade o Carmelo é uma pequena cordilheira com cerca de 30 quilômetros de comprimento por 5 a 13 de largura, que pende do Mediterrâneo para o sudeste da Palestina. Nota-se que este monte ou serra forma uma barreira entre as planícies Esdraelon e Saron, apresentando varias cavernas que pela sua conformação interna parecem ter sido habitadas. Uma delas é assinalada como a “gruta de Elias”, que hoje é um santuário mulçumano.

7. 3 - Montes de EfraimOs mais importantes destes montes são Ebal e Gerizim, também conhecido

como “monte da Benção”, porque Josué, conforme determinação de Moisés (Dt. 11. 29 / 27. 1-13), reuniu seis tribos num monte e seis no outro – ficando a arca, os sacerdotes, os levitas e os anciãos no vale. De um dos montes – o Gerizim – foram lidas as bênçãos para os que guardam a Lei do Senhor, respondendo o povo das seis tribos reunidas no Ebal com um “amem”; e deste monte – o Ebal, fosse pronunciadas

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as maldições que viriam para os infiéis, respondendo, por sua vez com um “amem” as tribos reunidas no Gerizim (Js. 8. 30 - 34).

Dizem os que tem visitado o vale de Siquém que os dois montes de fato formam uma espécie de anfiteatro, e que os efeitos acústicos permitem distinguir num dos montes e no vale o que se fala no outro monte.

Monte Ebal – Situado ao norte de Nablus, antiga Siquém, tem uma altitude de mais de 300 metros acima do vale e 1.015 acima do nível do mar, e é áspero e escarpado.

Monte Gerizim – Fica ao sul do vale de Siquém. Possui uma história peculiar, é que, depois do cativeiro babilônico dos judeus, os samaritanos, sobre o comando de Sambalá, construíram um templo rival ao de Jerusalém, constituindo a Manassés sumo sacerdote do mesmo. Este era o genro de Sambalá, o governador, e fora expulso do sacerdócio judaico de Jerusalém por ter despojado uma mulher estrangeira (Ne. 13. 28). Embora mais tarde, em 129 a.C., o templo fosse destruído por João Hircano, nos dias de Jesus, ainda os samaritanos continuavam a celebrar cultos do alto do monte Gerizim (João 4), como se deduz da conversa entre Jesus e a mulher samaritana, junto ao poço de Jacó, que ficava à beira da estrada que passava pelo vale de Siquém.

7. 4 - Os Montes de Judá

Monte Sião – É um monte com cerca de 800m de altitude, e o mais alto dos montes da cidade de Jerusalém. Tendo Davi levado para Sião a arca, este monte passou a ser considerado monte sagrado.

Monte Moriá – Fica ao leste de Sião, separado deste pelo vale Tiropeon. É de forma alongada e pende na direção norte-sul. Tem a altitude entre, 798 e 900m. Salomão construiu neste lugar o famoso templo de Jerusalém (2Cr. 3. 1).

Monte das Oliveiras – Este monte faz parte de uma pequena cordilheira, com cerca de 3 quilômetros de comprimento. Tem 820m de altitude acima do nível do mar. Na sua base ocidental fica o jardim de Getsêmane, e nos francos há abundancia de Oliveiras. Para este monte, Jesus por varias vezes se dirigia.

Monte da Tentação – Ou da quarentena, que a tradição assinala como o local onde Jesus foi tentado, logo após seu batismo, fica cerca de 20 quilômetros a sudoeste de Jerusalém, com apenas 98m acima do nível do mar.

8 - Hidrografia

8. 1 - Mar Mediterrâneo – Também conhecido na Bíblia como “o mar Grande” e “mar ocidental”. Este mar banha toda a costa ocidental da Palestina. Nas encostas palestinicas é de pouca profundidade, não permitindo assim a aproximação de grandes navios, razão pela qual o Mediterrâneo não funcionava para Israel como caminho marítimo, antes o isolava do mundo. 8. 2 - Mar Morto - Conhecido, também como “mar Salgado” , “mar Oriental” , “mar de Ló”, “mar do Arabá” e “mar da Planície” (Dt. 3. 17 / 2 Rs. 14. 25). Fica na foz do rio Jordão, entre os montes de Judá e os montes de Moabe, na mais profunda

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depressão do globo. Um dos mais visitados na atualidade por turistas do mundo todo. Não há vida neste mar, tendo em vista o grande teor de sal nas suas águas. 8. 3 - Mar da Galiléia - Também conhecido pelos nomes de Quinerete (Nm. 31.11), mar Tiberíades (Jo 21. 1) e lago de Genezaré (Lc. 5. 1). Na verdade trata-se de um lago de água doce, formado pelo rio Jordão, mas devido as suas dimensões avantajadas e temporais violentos que freqüentemente o agitam, as populações o chamam de mar.

9 - Lagos

Um único lago é encontrado no território palestínico – o lago de Merom, também conhecido como águas de Merom (Js. 11. 5 - 7), e modernamente como de Hulé (nome árabe).

10 - Rios Os rios palestínicos são distribuídos em duas Bacias hidrográficas: a Bacia do

Mediterrâneo e Bacia do Jordão. Belus – Segundo se crê, trata-se de Sior Libnate referido em Josué 19. 26. Quison (ou Kishon) – Este é o maior rio da Bacia do Mediterrâneo e o

segundo da Palestina. Foi junto deste rio que Elias matou os profetas de Baal depois do célebre desafio no monte Carmelo (1Rs 18. 40).

Cana – “wadi” ou torrente dos meses de chuvas, que nasce perto de Siquém e, atravessando a planície de Saron, deságua no Mediterrâneo.

Gáas – É outro ribeiro, “wadi”, que atravessa a região de Saron na direção leste-oeste e deságua no Mediterrâneo perto de Jope.

Sorec – Nascendo nas montanhas de Judá, este “wadi”, despeja suas águas no Mediterrâneo entre Jope e Ascalon, ao norte da Filístia.

Besor – Este é o mais volumoso de todos os “wadi” que também desemboca no Mediterrâneo.

10. 1 - Bacia do Jordão

Jordão – Este é o principal rio da Palestina e corre na direção norte-sul, assim dividindo o país em duas partes distintas – Canaã propriamente dita e a Transjordânia. Seu nome significa “declive” ou “o que desce”. O Jordão origina-se da confluência de quatro pequenos rios.

Querite – Na realidade não se trata de um rio perene, e sim de uma chuva “wadi”, torrentes das épocas de chuvas, que desce dos montes de Efraim e desemboca no Jordão.

Cedrom – Também este não é um rio perene, no entanto em épocas de chuvas, suas torrentes são impetuosas.

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Larmuque – Este é o principal afluente oriental do Jordão, embora não esteja mencionado na Bíblia.

Jaboque – É conhecido, por fazer parte da história de Jacó, quando lutou com o anjo do Senhor, na ocasião em que Jacó teve seu nome mudado para Israel.

Aron – Nasce nas montanhas de Moabe, a leste do mar Morto, despejando neste as suas águas.

11 - Clima Palestínicos

A Palestina, embora pequena em extensão, apresenta um clima muito variado. Isso se deve a cinco fatores fundamentais:

Posição geográfica – Encontrando-se o país entre 3° e 33° de latitude Norte, o clima é subtropical ou temperatura branda. Porém esta condição básica em parte é modificada por outros fatores.

Topografia acidentada – Os altos montes e os vales profundos, especialmente o vale do Jordão, causam profundas modificações no clima com as suas correntes aéreas frias e quentes.

A proximidade do Mediterrâneo – Este é o fornecedor de nuvens para a Palestina que os montes altos como o Hermom condensam, a ponto de precipitá-las em forma de chuva.

A proximidade dos desertos – Ao leste e ao sul as correntes quentes dos desertos contribuem com a sua parcela na variedade do clima na Palestina.

Os ventos – As correntes úmidas do mar, as frias das montanhas do norte e as quentes dos desertos, completam a formação do clima. Há uma corrente aérea seca e quente que vem do deserto da Arábia, chamada “Sirô”, que é tão quente e que quando prevalece, queima toda a plantação. Em Lucas 12. 54 - 55 Jesus referiu-se á orientação popular pelos ventos. Geadas e neve sobre as montanhas da Palestina são comuns no inverno.

12 - Geografia econômica da Palestina

Devido à variedade do clima e do solo, a Palestina oferece também abundante variedade de produtos nos três reinos da natureza: vegetal, animal e mineral. As referencias bíblicas aos diferentes produtos e à fartura dos mesmos nos tempos antigos convence-nos dos santos propósitos de Deus em dar aquela terra em herança perpétua a seu povo. Entretanto, sendo Israel um povo teocrático, a produção da terra estaria intimamente ligada à religião, isto é, tanto a abundância como a escassez seriam proporcionais ao estado espiritual do povo (Dt. 28).

12. 1 - Reino Vegetal, No reino vegetal os produtos mais comuns eram o trigo, a azeitona, e a uva. Estes eram os elementos básicos da alimentação dos hebreus e formavam o trimônio tão repetido na Bíblia – “pão, azeite, e vinho”. Também eram comuns cevada, lentilhas, feijão, pepino, alho, figo, melão, tâmara e romã. Das plantas silvestres podemos citar: lírio do campo e rosa de Saron.

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12. 2 - Reino Animal – Os animais palestínicos mais importantes no uso doméstico, no trabalho ou para alimento, eram: o cão, o cavalo, o camelo, o cabrito, a ovelha, a vaca, a corsa, a lebre, o lobo, a raposa, e ainda as aves e os peixes (cerca de 43 espécies).

Referência especial merece o gafanhoto que até hoje é consumido como alimento, especialmente pela classe pobre, e do qual João Batista se alimentou. Arrancando-lhe as asas e pés, puxa-se a cabeça, comprimindo ao mesmo tempo o corpo, assim retirando-lhe os intestinos. Depois o corpo do gafanhoto é secado ao sol, tostado no fogo ou frito no azeite, e está pronto para o consumo.

12. 3 - Reino Mineral, Entre os metais, os mais abundantes parece ser: a prata, o cobre, o estanho, o chumbo, o betume e o ouro.

13 - Geografia Humana da Palestina

13. 1 - Os habitantes primitivos da PalestinaBem nos primórdios da história étnica da Palestina, antes da chegada de

Abraão à terra então chamada Canaã, a região era ocupada por diversas tribos conhecidas pelo nome de Cananeus (Gn. 12. 6 / 24. 3-37). Há quem opine que essas tribos eram dez a princípio, reduzindo-se a sete ao tempo da conquista (Gn. 15. 18 / Dt. 7. 1).13. 2 - Cananeus – Ainda que esta designação seja aplicada, na linguagem bíblica, a todos os povos da Palestina primitiva, no sentido mais restrito se limitava aos descendentes de Canaã que habitavam na costa do Mediterrâneo. 13. 3 - Amorreus – É outro povo descendente de Canaã, filho de Cão, embora alguns historiadores, baseados em Números 14. 45 e Deuteronômio 1. 44, o classifiquem como cananeus.

Foi o povo que ofereceu a mais tenaz oposição ao avanço dos Israelitas, haja vista a batalha difícil em Gibeom, quando Josué pediu a Deus que o sol e a lua se detivessem (Js. 10. 4-5). 13. 4 - Heteus – Também este povo era camita, pois descendia de Hete, filho de Canaã e neto de Cão (Gn. 10. 15). Hoje são conhecidos como hiteus e hititas, nos registros históricos e arqueológicos. 13. 5 - Heveus – Segundo Gêneses 10. 15-17, este povo também era camita, pois descendia da família de Canaã, filho mais novo de Cão. Pouco se sabe de sua história. Parece que não era muito numeroso. Nos dias de Jacó uma colônia deles encontrava-se em Siquém, onde um heveu ultrajou Diná, filha de Jacó (Gn. 34). Outra comunidade de heveu achava-se em Gibeão, que escapou de ser exterminado por Josué, pois usou de astúcia para fazer um tratado de paz, que de fato foi consumado. 13. 6 - Jebuseus – Jebus ou Jerusalém era o único lugar onde habitava este pequeno povo, pois não é mencionado em outra área qualquer ocupada por eles. Porém, ainda que pequeno, era um povo valente.

Encastelado na cidade de Ofel, (Sião) resistiu os ataques de Josué e seus exércitos (Js. 10. 23-24). Só muito mais tarde, nos dias do rei Davi, é que foram

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expulsos de sua fortificação. Quando Jerusalém foi proclamada capital do reino de Israel (2Sm 5. 6 - 9).

Entretanto, os Jebuseus não foram completamente exterminados e continuaram a habitar entre os hebreus. A área em que Salomão mais tarde edificou o famoso templo, foi comprada por Davi de um jebuseu de nome Araúna (2Sm. 24. 18-26).13. 7 - Periseus – Este era um dos povos que habitavam na terra de Canaã e que parece não ter origem camita, primeiramente por não constar o seu nome na lista dos filhos de Cão, também não tinha o costume de murar as suas cidades, uma vez que sua ocupação era a agricultura, como provam escavações arqueológicas, levando, portanto, um tipo de vida diferente.13. 8 - Refains – Também conhecidos anaquins e emins (Js. 11. 21 / Dt. 2. 10 –11). Também estes não parecem possuir parentesco com os cananeus. Habitavam algumas regiões de ambos os lados do Jordão e de Hebrom, pertencente a uma raça aborígene de gigantes (Dt. 2. 10). Ao leste do mar da Galiléia, na região de Basã, os israelitas, sob o comando de Moisés, derrotaram o Ogue, o rei de Basã, que era um remanescente dos gigantes, cuja cama de ferro media nove côvados de comprimento e quatro de largura (Dt. 3. 11), ou seja, aproximadamente 4m por 1, 80m. 13. 9 - Girgaseus – Segundo Gêneses 10. 16, eram camitas. São várias vezes mencionados na Bíblia, mas não se sabe em que parte da Palestina habitavam. Alguns admitem que tenham ocupado alguma área na margem ocidental do Jordão, ou a oeste de Jericó.

14 - Os habitantes vizinhos da Palestina ao tempo de sua conquista pelos hebreus 14. 1 - Amalequitas – Freqüentemente citados na Bíblia; sempre hostis ao povo de Deus; de origem incerta.14. 2 - Edomitas ou Idumeus – Estes são semitas, pois são parentes dos hebreus, descendentes de Esaú, irmão de Jacó. 14. 3 - Moabitas – Segundo Gêneses 19. 37, os moabitas eram descendentes de Moabe, filho de Ló, que era sobrinho de Abraão.14. 4 - Midianitas – Eram semitas, pois descendia de Midiã, filho de Abraão com Cetura (Quetura), segundo Gêneses 25. 1-6.14. 5 - Amonitas – Igualmente semitas, descendentes de Ló (Gn. 19. 38), viviam nômades na região da Transjordânia, ao norte do rio Arnon, entre o Jordão e o deserto arábico. 14. 6 - Sírios – A nordeste e norte da Palestina ficavam os domínios da Síria, cuja relação com o povo de Deus foram hora amigável, hora hostil. Sabemos que os sírios (ou arameus), os quais ao tempo do reino unido de Israel eram organizados em pequenos reinos independentes, sempre conhecidos pelo nome de sua cidade principal, eram de estirpe semita. 14. 7 - Fenícios – Este grande povo habitava a estreita faixa de terra ao norte da Palestina, entre os montes Líbanos e o mar Mediterrâneo, desenvolvendo, pela navegação e comercio, uma vasta riqueza (Ez. 27). Este povo era camita (Gn 19. 16-19), embora sua língua pertencesse ao grupo semita.

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14. 8 - Filisteus – Este povo, cuja origem é desconhecia (embora pela referencia de Juizes 14. 3, em que os Filisteus são chamados “incircuncisos”, possa concluir-se que, não sendo semitas, deveriam ser camitas) ocupava uma área de terra no extremo sul da costa Palestinica e era extremamente belicoso, razão pelo que Deus não permitiu que o seu povo por ocasião do êxodo seguisse o caminho mais curto para Canaã, que passava pelas terras dos Filisteus (Ex. 13. 17). As cinco cidades fortificadas dos filisteus representavam os cinco estados independentes, mais confederados, e cujos nomes eram Asquelom, Gaza, Gate, Azdote e Ecrón.

15 - Cidades Palestínicas

Geralmente as cidades da Palestina antiga, eram construídas sobre elevações ou mesmo montes, cercadas de muros de defesa, de altura e largura variadas, com portas pesadas providas de trancas seguras, com torres de vigias sobre os muros e ainda uma vala circulando a cidade por fora dos muros (Dt 3. 5 / 1Rs. 11. 24).

15. 1 - Jericó – Segundo alguns pesquisadores, de Jericó, senão é a cidade mais antiga do mundo, certamente é a mais antiga de Canaã. Como prova disto são apresentados os vestígios de vida humana da idade da pedra encontrada nas camadas mais profundas das suas ruínas. Fica localizada na parte inferior do vale do Jordão, a oito quilômetros deste na direção oeste, a doze quilômetros do Mar Morto e vinte e quatro quilômetros de Jerusalém na direção leste; e, ainda, a duzentos setenta e dois metros abaixo do nível do mediterrâneo, junto à fonte de Elizeu ou Ain es-Sultan.

15. 2 - Hebrom – Situada ao sul das montanhas de Judá, a oeste do mar Morto, a 32 quilômetros de Jerusalém, figura também entre “as cidades mais antigas do mundo”. Seu nome primitivo foi Kiriath-Arba (Js. 21. 11).

Abraão, ao chegar a terra de Canaã permaneceu por algum tempo em Hebrom (Gn. 13. 18). Foi lá que ele adquiriu a cova de Macpela dos heteus para sepultar sua mulher Sara, lugar este que se tornou verdadeiro cemitério dos patriarcas, pois mais tarde ali foram sepultados também o próprio Abraão, seu filho Isaac e sua mulher Rebeca, bem como Jacó e sua mulher Léia (Gn 23. 9-17 / 25. 9-10 / 49. 29 / 50. 13).

Séculos depois Davi foi ungido Rei em Hebrom e ali reinou durante sete anos e seis meses sobre todo o Israel (2Sm. 2.11), e em seguida Jerusalém passou a ser a capital do reino. Hebrom não é mencionada no novo testamento. Existe até hoje, com o nome de El-Khalil, habitada em sua grande maioria por maometanos que construíram sobre a antiga cova de Macpela uma mesquita, onde é vedada a entrada aos cristãos.

15. 3 - Belém – Também é uma das mais antigas cidades da Palestina. Situada a 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, na estrada que vai para Hebrom, numa colina de 700m de altitude nas montanhas de Judá, numa região sobre modo fértil. Seu nome

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bíblico é Bethlehem – Efrata (que significa “casa de pão”) ou também de Judá, para distinguir de outra cidade do mesmo nome existente na planície de Esdraelon.

Foi ali que se realizou o casamento de Boaz com a Moabita Rute, uma estrangeira que se tornou bisavó do rei Davi e, portanto ascendente de Jesus (Rute 4. 21-22). Também ali nasceu Davi, o notável rei de Israel e Jesus, o filho de Deus e Salvador do mundo.

15. 4 - Jope – (Jafa ou Yafa). É outra cidade antiga da Palestina e, segundo alguns escritores romanos, é ate antediluviana.

Jope sofreu muitos ataques e arrasamentos dos exércitos inimigos através dos tempos, isto é, egípcios, assírios, gregos, romanos, turcos, e franceses. Porém sempre voltou a prosperar, e hoje, junto da velha Jope, do lado norte, ergue-se a moderna Tel-Aviv, o grande centro dos Sionitas judeus.

15. 5 - Siquém – Está é mais uma das cidades antigas da Palestina, pois sua história remonta a mais de 2000 a.C., quando das peregrinações de Abraão. Fica situada entre os montes Ebal e Gerizim, na região de Samaria, bem no centro geográfico da Palestina, no fértil vale de Siquém.

Abraão vindo de Arã, acampou em Siquém e ali erigiu o seu primeiro altar na terra de Canaã após aparição do Senhor, que lhe declarou: “À tua semente darei a esta terra” (Gn. 12. 6 – 7). Mais tarde Jacó, ao voltar da Mesopotâmia, fixou-se ali e levantou u altar ao Senhor (Gn. 33 18- 20). Nas cercanias de Siquem, Jacó cavou um poço que se tornou conhecido pelo encontro que se deu junto do mesmo entre Jesus e a mulher samaritana. Também ali foram enterrado os ossos de José, trazidos do Egito (Js. 24. 32). A cidade foi destruída varias vezes. Modernamente é chamada Neblus.

15. 6 - Samaria – Fundada em 921 a.C., por Onri, rei de Israel e pai de Acabe, esta cidade foi uma das mais importantes e influentes na vida de Israel. Situada a 8 quilômetros a noroeste de Siquém, num monte de cerca de 100m de altitude, rodeada por muralhas quase impenetrantes, foi capital do reino do norte durante anos. Caiu sob o poder da Asíria em 722 a.C., depois de um prolongado cerco que começou no tempo de Salmanasar V, e terminou no Sargão II.

Hoje no local há uma pequena povoação por nome Sebustieh, rodeada de ruínas que estão sendo exploradas e estudadas por várias entidades arqueológicas. Notáveis são os restos da chamada “Colunata de Herodes”, de dois quilômetros de extensão, que apesar dois mil anos decorridos lá estão como testemunhas da antiga glória de Samaria.

15. 7 - Nazaré – A 22 quilômetros do extremo sul do mar da Galiléia, fica a cidade de Nazaré onde transcorreu a infância e a juventude de Jesus, razão pela qual ele era conhecido como Jesus de Nazaré. Hoje é a cidade da Palestina de maior proporção de cristãos entre seus habitantes.

15. 8 - Cesaréia – Fica a 75 quilômetros a noroeste de Jerusalém, entre Jope e o monte Carmelo, no litoral do Mediterrâneo. Foi construída por Herodes, o Grande, no

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local da antiga cidadela dos filisteus chamada de Torre de Strato, e cognominada Cesaréia em homenagem a César Augusto, Imperador Romano.

Nos tempos do Novo Testamento foi a cidade mais célebre da Palestina, por tratar-se de sua capital política. Lá estava a sede da administração civil e militar da província romana. Os grandes edifícios, o templo, o anfiteatro, o hipódromo, as ruas pavimentadas, instalações de água e esgoto, etc, fizeram a glória da cidade, embora por pouco tempo.

Nasceu ali o célebre Eusébio “primeiro historiador da Igreja Cristã e o primeiro geógrafo da Palestina”.

15. 9 - Cesaréia de Filipo – O tetrarca deu este nome à antiga vila finícia de Baal-Gade em honra a Tibério Cesar, seu protetor. E para distingui-la de Cesaréia do Mediterrâneo acrescentou-lhe seu próprio nome. Ampliando e embelezando a cidade que se encontra ao sopé do monte Hermom, Felipe fê-la uma espécie de estância de veraneio para a aristocracia da época.

15. 10 - Tiberíades – Fica na margem ocidental do mar da Galiléia (ao lago de Tiberíades) a 8 quilômetros da extremidade sul do referido mar. A cidade não é mencionada no Antigo Testamento, e uma só vez seu nome aparece no Novo Testamento (João 6. 23). Depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., veio o centro do judaísmo na Palestina. Para lá foi transferido o Sinédrio e construídas muitas sinagogas, fundado-se a célebre academia rabínica que preparou o Mischná, o Talmude Palestínico (também chamado de Talmude de Jerusalém), que é uma coleção de tradições e interpretações do Antigo Testamento.

15. 11 - Capernaum - Não há certeza absoluta do local exato de Capernaum. Sabemos, porém, que era a cidade da costa noroeste do mar da Galiléia, a principal entre outras tantas da região, posto militar romano (Mt. 4.13) e centro de recolhimento de impostos do império (Mt. 9. 9- 13).

Mas o fato mais importante para os estudiosos da Bíblia é que Capernaum era uma cidade residencial de Jesus, bem como do seu discípulo Pedro. (Mt. 9. 1 / 8. 14-1). Foi nesta cidade que o Mestre realizou o maior numero de milagres e pronunciou os mais profundos ensinamentos.

15. 12 - Jerusalém – (que significa lugar de paz ou habitação segura). Entre as cidades mais célebres do mundo encontramos Jerusalém. E nos que diz respeito à história bíblica ela ocupa o primeiro lugar. Essa posição privilegiada de Jerusalém não está em sua extensão, nem em sua riqueza ou expressão cultural e artística, e sim, em sua profunda e ampla relação com a Revelação, ou seja, no sentido religioso. Ela foi, de um modo especial, o cenário das manifestações patentes e evidentes do poder, da justiça, da sabedoria, da bondade, da misericórdia, enfim, da grandeza de Deus. Por isso as ilusões profética e apostólica a apresentam como o próprio símbolo do céu. (Is. 52. 1-4 / Ap. 21).

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16 - Localização e Topografia

Jerusalém fica situada na parte sul da cordilheira central da Palestina, ou seja, nas montanhas de Judá, na mesma latitude do extremo norte do mar Morto, a 21 quilômetros do mesmo e 51 quilômetros a leste do Mediterrâneo. Está edificada sobre um promontório a 800m de altitude, subdividido em uma série de montes e elevações. A leste fica o vale de Josafá ou Cedrom que separa a cidade do monte das oliveiras. A oeste fica o vale de Hinom (Gehena, grego) que em certa época da história foi o “vale da matança”, assim chamado por causa dos sacrifícios das crianças em holocausto ao ídolo Moloque (2Rs 23. 10 / Jr. 7. 31-34) e do fogo que ardia constantemente consumindo o lixo da cidade, os detritos dos holocaustos pagãos, etc. Daí, por analogia, a palavra Gehena, que significa “vale de Hinom” – veio a designar o lugar de castigo dos condenados, o inferno (Mt. 13. 42 / Mc. 9. 43-48).

16. 1 - Durante sua longa história a cidade de Jerusalém é conhecida por vários nomes :

Urusalim – Encontrado nas cartas de Tel-el- Amarna escrita por volta de 1400 a.C., provavelmente o nome mais antigo;

Salém – É o nome mais antigo que aparece na Bíblia, já em uso nos dias de Abraão (Gn. 14. 18). Provavelmente trata-se de uma abreviação da palavra Jerusalém, a cidade devota de Shalem, antiga divindade semítica da paz e prosperidade;

Jebus – Assim era conhecida a cidade dos Jebuseus na época dos Juizes (Jz. 19. 10-11);

Jerusalém - É o nome mais comum e que permanece até o presente; Sião – Este era o nome de um dos montes da cidade; Cidade de Davi ou Cidade do Grande Rei – Estes nomes relacionam-se com

o ato heróico de Davi na tomada da fortaleza, quando então a cidade foi conquistada e feita a capital do reino de Israel (1Rs. 8.1 / 2Rs. 14. 20 / Sl. 48. 2);

Cidade de Deus ou Cidade Santa – Assim chamada por está ali o templo nacional, o local do culto centralizado (Sl. 46. 4 / Ne 11. 1);

Cidade de Judá – Ou seja, a capital do reino de Judá, a cidade principal do reino (2Cr. 25. 28);

Aelia Capitolina – Foi o nome dado pelo imperador romano Adriano que reedificou no segundo Século d.C.. Aelia em sua honra a Adriano, cujo primeiro nome era Aelius e Capitolina - por ter sido dedicada a Júpiter Capitolina, divindade suprema dos romanos;

El-Kuds – É o nome que os árabes deram a Jerusalém. O seu significado é “a santa”.

17 - Costumes Orientais – especialmente os Palestínicos.

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Os habitantes do oriente próximo, ou das terras bíblica, sempre tiveram, como ainda têm, o seu estilo peculiar de vida, de expressão e de pensamento. Isso se deve às suas particularidades geográficas, étnicas e religiosas.

17. 1 - Casamento – Os hebreus consideravam o casamento de origem divina e de importância básica para vida individual, social e nacional (Gn. 2. 18 / 1. 28). Segundo o ideal divino, o casamento havia de ser monogâmico (Mt. 19. 1-8); a poligamia era tolerada no Antigo Testamento, porém no Novo Testamento inteiramente repudiada.

A concubinagem era tolerada nos casos de esterilidade da mulher legitima, mas freqüentemente também fora desta condição, especialmente entre os ricos, nobres e reis (Gn. 16. 22 / 30. 3 – 4, 9 / 1Sm. 1. 2 / 5. 13). A posição da concubina sempre era de uma esposa secundária, pois geralmente era uma serva (escrava) ou prisioneira de guerra, e poderia ser despedida em qualquer tempo e sem qualquer direito de amparo (Dt. 21. 10 - 14).

Entretanto, a Bíblia não esconde os males da poligamia e da concubinagem. O casamento misto era proibido em defesa da família, da tribo e da pureza da raça (Dt. 7. 1 - 4). Havia também o casamento por levirato, quando por morte do marido que não deixava filhos, o irmão deste deveria casar-se com a cunhada viúva para suscitar a descendência ao seu irmão falecido (Dt. 25. 5).

17. 2 - Contrato de casamento – Este, geralmente, era feito por terceiros – pai do noivo, seu irmão mais velho, tio ou algum amigo muito chegado e só excepcionalmente pela mãe (Gn. 21. 21 / 24. 38 / 34. 8). Em alguns casos o próprio filho fazia sua escolha, ficando, porém, com terceiros as negociações (Gn 34. 4). Estas consistiam nas consultas quanto ao destino dos bens por força de enlace – que não poderiam enfraquecer a tribo e nem expor a moça ao desamparo (Nm36); e nos acertos quanto ao dote que o noivo havia de pagar ao pai da moça (uma espécie de dádiva que compensava a perda da filha). Este geralmente oscilava entre 30 e 50 siclos e selava o contrato matrimonial, mas que podia ser efetuado também em forma de trabalho, como no caso de Jacó (Gn. 29. 15-20 / 34. 12 / Ex 22. 17 / 1Sm 18. 25 / Gn 24. 25-53). O dote da concubina era o preço da compra (no caso de serva ou escrava). Os casamentos consangüíneos entre os hebreus eram proibidos (Lv 18. 1-18). Embora fossem comuns entre os caldeus (Gn 20. 12), os egípcios, os persas e outras nações orientais.

17. 3 - Noivado - Este era o “primeiro ato” do casamento, porém tão importante que somente a morte ou infidelidade podiam dissolvê-lo. Desde o momento em que o noivo entregava à noiva, ou ao representante dela, na presença de testemunhas uma moeda com a inscrição “Seja consagrada (casada) a mim”, uma espécie de juramento – o jovem casal era (Rt. 4. 9-11 / Ez. 6. 8) considerado casado, porém a vida conjugal se efetuasse só depois das núpcias (Mt. 1. 18) que poderia ocorrer um mês depois para as viúvas e um ano depois para as virgens, (no caso de Jacó durou sete anos). Durante o noivado o homem era isento do serviço militar. Depois do exílio babilônico adotou-se o costume de se lavrar um compromisso escrito.

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17. 4 - Núpcias – A festa de núpcias durava, geralmente sete dias e podia se estender até a catorze dias. O noivo sendo rico distribuía roupas núpcias aos convidados (Mt. 22. 11). Saindo de casa, ia à casa dos pais da noiva, acompanhado de amigos e vestido de sua melhor roupa, com grinalda na cabeça (Ct. 3.11 / Is. 6. 10), ao som de musicas e cânticos. Quando as núpcias eram realizadas à noite, as pessoas que o acompanhava muniam-se com tochas nas mãos (lâmpadas). Recebendo a esposa na casa dos pais desta, com o rosto coberto com um véu, e antes de partir com o esposo recebia as bênçãos do pai. O esposo então, acompanhado de um grande cortejo, a levava para a casa de seus pais ou sua própria casa, onde se servia o banquete e por fim eram levados a câmara nupcial (Mt. 2.1 / 25. 1-13). Nos dias subseqüentes, as festas continuavam, embora mais resumida. A lua de mel durava um ano.

17. 5 - Divórcio – O divórcio entre os hebreus era permitido somente em casos de extrema gravidade. Tanto no Antigo como no Novo Testamento a Bíblia repudia esta pratica. Jesus também repudiou o divórcio, exceto no caso de adultério (Mt. 3-9).

O divórcio tinha de ser efetivado por um documento escrito, chamado “carta de divórcio”, entregue à mulher pelo marido (Dt. 24. 3 / Mt. 19. 7), para lhe dar o direito a um novo casamento. Se, porem, viesse a divorciar-se do seu segundo marido, ou mesmo se este viesse a morrer, já não poderia reconciliar-se com o primeiro, uma vez que se encontrava contaminada pela coabitação com outro homem (Dt. 24. 4).

17. 6 - Filhos – Estes eram considerados dádivas divinas (Sl. 127. 3-5), especialmente os do sexo masculino. Por isso a esterilidade era julgada como falta de favor de Deus. A herança era dividida entre os filhos do sexo masculino. As filhas só recebiam a herança na falta dos filhos herdeiros.

As filhas solteiras eram sustentadas pelos irmãos até que se casassem. Seu casamento só podia acontecer com alguém da mesma tribo. A primogenitura era honrada e respeitada entre o povo Oriental. O primogênito recebia porção dobrada dos bens paternos; com a morte dos pais, assumia a direção da família e as funções sacerdotais da mesma (época anterior à doação da lei mosaica).

Quanto à educação, os pais eram responsáveis em ensinar os filhos os meios de sobrevivência, geralmente o filho seguia a profissão do pai.

18 - Sobre a vida social Hebraica

18. 1 - O lugar da Mulher na sociedade – De um modo geral os orientais dos tempos antigos relegavam a mulher a uma condição bem inferior a do homem. Porém os hebreus asseguravam à mulher o gozo de vários direitos não encontrados nos costumes de outras nações. Entre os hebreus ela merecia lugar de honra e distinção (Pv. 31. 12 / 10-31). A mãe era digna das mesmas honras que se deviam ao pai (Ex. 20. 12 / Pv. 1. 8). Perante as autoridades a mulher tinha o direito de requerer justiça. (Nm. 27.1-1 / 1Rs. 3. 16-18). Quanto às ocupações quase que não existia distinção de sexo. Assim, mulher jovem pastoreava nos rebanhos (Gn. 29.6; Ex 2.16); trabalhava nos campos (Rt 2. 3) e carregava a água das fontes para o abastecimento de casa. Entretanto, as principais

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obrigações das mulheres eram os trabalhos domésticos, que eram bem mais complicados e difíceis do que aqueles que as mulheres têm hoje. Elas moíam o grão (Mt. 24. 41), preparavam as refeições (1Sm. 2.19). Na história do povo hebreu há também uma juíza (Jz. 4. 4) e pelo menos três profetizas (Êx. 15. 20 / 2Rs. 22.14).

18. 2 - Saudações – Estas sempre foram prolongadas no oriente. Jesus, por exemplo, mandou aos seus discípulos que a ninguém saudassem pelo caminho justamente para poupar tempo (Lc. 10.4). A posição mais comum era a inclinação do corpo para frente e com a mão direita posta no lado esquerdo do peito (Gn. 18. 2 / 42. 6). As expressões mais comuns eram: “Paz”, “Paz seja convosco”, “Paz seja nesta casa” (1Sm. 25.6 / Lc. 24. 36 / 1Cr. 12. 18).

18. 3 - Enterros – Constatada a morte, o corpo do falecido era lavado e enrolado com faixas ou lençóis impregnados de perfumes. Raramente eram usados esquifes ou caixões abertos. O enterro era feito no mesmo dia da morte, por exigência do clima quente que favorecia a decomposição rápida e também por força da lei que tornava imundo quem tocasse o defunto (Nm. 19. 11-16). O acompanhamento do cortejo fúnebre era na seguinte ordem: as mulheres, as carpideiras (as lamentadoras profissionais, que recebiam dinheiro para chorar), o defunto, os parentes e amigos mais próximos, e o povo. Os túmulos dos pobres eram simples covas no chão cobertas por terra e marcadas por pedras, ao passo que os sepulcros dos mais ricos eram cavados na rocha, com uma pedra arredondada, que servia como porta para fechá-los.

19 - Dinheiro

19. 1 - Dinheiro

Siclo ou Shekel ............= 16 gÓbulo ou gera ..............= 0,8 g Beca .............................= 8 gArratel ………………..= 300 gMina ou mané ..............= 800 gTalento .........................= aprox. 50 Kg

19. 2 - Moedas cunhadas

Siclo ou Shekel ............................. = 16 gDracma (grega e Denário “romano”) = 4 gEstáter (romana) ................................ = siclo (judaica)

20 - PesosSão os acima referidos, ou seja, o óbulo ou gera, ciclo ou shekel, a beca, o

arrátel, a mina ou mané e o talento.

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21 - Medidas

21. 1 - De comprimento

Côvado ou cúbito ..................- 44 a 55 cmDedo ou dígito .......................- 2 cmMão ........................................- 8 cmPalmo .....................................- 23 cmVara ou cana de medir-------- - 6 côvados (3m)Braça ......................................- 2, 20 mEstádio ...................................- 185mMilha ...................................... - 1.500mCaminho de um sábado ...........- aprox. 1.000m

21. 2 - De Superfície

Geira ................................- em torno de 2.500m2

21. 3 - De Capacidade

Para secos

Efa ...................................- 36 litrosAlqueire, Seá ou três Medidas...- 12 litros Ômer ou Gômer .......................- 3,6 litros Cabo ou Medida .....................- 1,5 litros Coro ou Hômer ......................- 360 litros

Para Líquidos

Bato .........................................- 36 litrosHin ..........................................- 6,6 litrosLogue ......................................- 1/2 litrosAlmude ou Metrata ..................- 36 litros

22 - Calendário Judaico

22. 1 - Dia – Pôr do sol ao pôr do sol do dia seguinte ou simplesmente o período da luz nas 24 horas. No Novo testamento o dia era subdividido em períodos de três em três horas, assim:

Terceira hora – 9 horasSexta hora –12 horas Nona hora – 15 horasDécima-segunda hora – 18 horas

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22. 2 - A noite era dividida em vigílias, sendo que:Primeira vigília – das 18 às 21 horasSegunda vigília – das 21 à meia noiteTerceira vigília – da meia noite às 3 horasQuarta vigília – das 3 às 6 horas

Semana – sete dias

Meses – 29 e 30 dias, alternadamente. Não coincide com os nossos meses, segue-se pela ordem: Abib ou Nisã – Zife ou Lar – Sivã – Tamuz – Ab – Elul – Etamim ou Tishri – Bul – Kislev – Tebet – Shebat e Adar.

Anos – Ano religioso, que começava com a páscoa no mês de Abib (março/abril). Ano civil, que se iniciava na festa das trombetas, no dia 2 de Tishri (setembro/outubro).

Atividades de ApoioNumere a segunda coluna de acordo com a primeira, fazendo corresponder às

características das medidas de comprimento.

(1) - 8 cm ( ) - Estádio(2) - 185m ( ) - Caminho de um sábado(3) - 23 cm ( ) - Mão (4) -1.500m ( ) - Palmo(5) - aprox. 1.000m ( ) - Milha

23 - Resumo Histórico da Palestina

Depois do ano 70 da nossa era, destruído o templo e arrasada a cidade de Jerusalém, devastadas as cidades e povoações de toda a área da Judéia reduzidas a escravos fugitivos, a Palestina deixou de ter qualquer importância política.

Só depois do ano 323 d.C., quando o imperador Constantino abraçou o cristianismo e cessaram as perseguições aos judeus e cristão, é que a Palestina gozou de alguma importância. Com a decadência do império romano (476 d.C.), entretanto, a Palestina foi relegada ao um longo esquecimento até quase o fim da primeira Guerra Mundial, quando os aliados invadiram e libertaram a Palestina do Império Otomano abrindo em seguida com a famosa Proclamação de Balfour (1.917), as portas para grande imigração judaica.

Desde a queda do império romano ocidental (AD) até os dias atuais a Palestina esteve sob as mais variadas influências políticas, cujo quadro cronológico apresentamos abaixo:De 634 a 750 – É governada pelos Califas (soberanos mulçumanos) do reino de Damasco, conquistado pelos árabes.De 750 a 960 – Torna-se parte do governo Sírio dos domínios árabes De 960 a 1.095 – A Palestina é dominada pelo Califado Egípcio.De 1095 a 1.187 – Período das cruzadas para libertar a terra santa das mãos dos mulçumanos.

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De 1.187 a 1.250 – A Palestina tornou-se parte do império mulçumano sob a chefia Saladino.De 1.250 a 1517 – Governam a Palestina os mamelucos egípcios (forças militares egípcias formadas pelos escravos).De 1.517 a 1.914 – A Palestina faz parte do império Otomano, estabelecido pelo sutão Selim I.De 1.914 a 1.918 – Ápós a invasão da Palestina pelos aliados, a Inglaterra, atendendo às aspirações do movimento sionista em todo o mundo (sociedade de amigos de Sião, organização judaica que desde 1.869 começou a promover a colonização da Palestina pelos judeus), emite uma declaração oficial em 2 de novembro de 1.917, pelo Secretario do Exterior Lord Balfour, apoiando “a criação na Palestina, de um lar para o povo Judeu, e que empenhará o maximo esforço para conquista desse objetivo”. Esta declaração passou a ser conhecida como a Declaração de Balfour. Já em 1.918 incrementou-se consideravelmente a imigração dos judeus para Palestina. De 1.918 a 1.948 – Por declarações da liga das Nações, a Inglaterra assume, em 1.922 o Mandato da Palestina, cujo conteúdo responsabiliza a “potencia mandatária por colocar o país em condições políticas, administrativas e econômicas que garante a instalação do lar nacional judeu e o desenvolvimento de instituições autônomas”. No mesmo mandato foram delimitadas as fronteiras do país, excluindo a Transjordânia da Palestina. O mandato terminou em 15 de maio de 1.948 com a retirada da administração britânica, que o cumpriu procurando restaurar o país com a colaboração da Agência Judaica, que foi a própria organização Sionista. De 1.948 a 1.949 – A 29 de novembro de 1.947, a Assembléia das Nações Unidas (ONU), sobre a presidência do eminente brasileiro Oswaldo Aranha, votou a resolução que recomendava o estabelecimento na Palestina, de um Estado Judeu e de um Estado Árabe. Os árabes palestinos não conformados com a partilha, logo deram inicio ao uma série de hostilidade contra os Judeus, que resistiram heroicamente, liquidando em poucos meses as provocações. E a 14 de maio de 1.948 foi Proclamado o Estado de Israel como a estrutura de República Democrática, o primeiro Governo autônomo judaico em mais de dois mil anos.

No dia seguinte, exatamente quando terminava o mandato Inglês na Palestina, os estados da Liga Árabe – Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Egito e Arábia Saudita – invadiram o território do estado de Israel com o propósito de liquidá-lo. Estava deflagrada a guerra israelense de independência, que só terminou em 1.949 com assinatura de Armistícios, em separado com o Egito, Jordânia, Líbano e Síria, depois de varridas as forças atacantes nas três frentes, resultando na ampliação da área do Estado além das fronteiras propostas pelas Nações Unidas na chamada Resolução da Partilha. De 1.949 a 1.967 – Já em 1.955 voltaram a registrar-lhe incursões de bandos armados Egípcios no território israelense, saqueando os bens e matando centenas de judeus, provocações que resultou na invasão da Península do Sinai por Israel em outubro de 1.956, terminando por vencer o inimigo e destruir suas bases de penetração.

Já as Nações Unidas constrangeram as forças israelenses a se retirarem às suas fronteiras anteriores, sob promessa de levantar o Bloqueio Egípcio à entrada no Golfo de Ácaba, que impedia a navegação com o porto de Eilat no extremo sul do país, e guarnecer, com força internacional neutra, a fronteira com o Egito para fazer cessar as incursões provocadoras. Terminou assim a chamada a guerra do Sinai.

De fato as promessas foram cumpridas, mas dez anos depois, a pedido do Egito (aliado a Síria, provocadora da tensão), as forças internacionais foram retiradas da fronteira Israelense, e em 5 de julho de 1.967 Israel foi invalido pelos quatro Países Árabes

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simultaneamente – Síria, Jordânia, Egito e Argélia, arrastando com sigo mais de 8 Estados Árabes. Israel enfrentou os inimigos em três frentes – da Síria, Jordânia e Egito; destruiu o poder beligerante dos mesmos em cerca de 100 horas e ocupou toda a área ao ocidente do Jordão e quase toda península do Sinai, devido a um apelo das Nações Unidas.

No sentido de cessar fogo, a luta terminou com grandes vantagens para Israel que, sozinho, derrotou uma aliança de doze Nações. Por proposta da União Soviética, a ONU apelou para que as forças Israelenses voltassem às posições anteriores ao inicio dos conflitos, mas Israel respondeu que só aceitaria quaisquer condições de paz definitiva, direta e separadamente com seus vizinhos.

O Estado de Israel, atualmente conta com uma superfície de 21. 946 Km2, sendo sua população de 4.097.100 habitantes, segundo estatística de 1.983. A capital oficial é Jerusalém, mas as embaixadas de quase todo os países que mantêm relações diplomáticas com aquele Estado têm suas sedes na cidade de Tel-Aviv.

A língua oficial dos Israelenses é o hebraico. Com tudo, cerca de 15% da população fala a língua Árabe, e o inglês, ao passo que idioma inglês é muito usado no mundo dos negócios. A religião predominante é o judaísmo; a minoria árabe é basicamente mulçumana, sendo que os cristãos árabes pertencem às Igrejas Católicas Romana e Ortodoxas (não subordinadas ao Papa).

Coordenação Geral

Pr. Valter José G. da Silva

Bacharel em Teologia Pela Faculdade FAIFA.Bacharel em Teologia Pelo Seminário Maior de Ensino Teológico do Pantanal (IBA).

Autor dos Livros: Teologia da Liderança Cristã – Teologia do Jejum e da Oração – Discipulado – Homilética, (SETEFA) – Manual de Mensagens – O que são Mensagens Subliminares – Filho de Pastor.

Questionário de Geografia Bíblica Nome___________________________________Data / /Professor________________________________

Coloque ( V ), se a frase for Verdadeira e ( F ), se a frase for falsa.

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1- ( ) Geografia bíblica é a parte da geografia geral que tem por objetivo o conhecimento das diferentes áreas da superfície da terra relacionadas com a Bíblia.

2 - ( ) Segundo o ideal divino, o casamento havia de ser monogâmico (Mt. 19. 1-8).

3 - ( ) Hermom - Foi neste monte Moises recebeu a Lei com o qual firmou a aliança entre Deus e o povo de Israel, originando-se, assim a nacionalidade hebraica com seus aspectos religioso e civil.

4 - ( ) Na vasta área do Mundo Antigo podemos considerar quatro rios importantes: Nilo, Tigre, Eufrates e Amazonas.

5 - ( ) Damasco - Segundo os historiadores, é a cidade viva mais antiga da terra. Localiza-se ao sul da Síria.

6 - ( ) Roma - Este é o nome da capital Ática, um dos estados da Grécia, fundada em 1.156 a.C., e em 1834 tornou-se a capital de todo o reino da Grécia.

7 - ( ) Vale de Acor – Este fica entre as terras de Judá e Benjamim, ao sul de Jericó, onde ocorreu o apedrejamento e queima de Acã e toda sua família.

8 - ( ) Monte Sião – É um monte com cerca de 800m de altitude, e o mais alto dos montes da cidade de Jerusalém.

9 - ( ) Um Talento representa aproximadamente 42 Kg.

10 - ( ) De 1.187 a 1.250 – A Palestina tornou-se parte do império mulçumano sob a chefia Saladino.

Marque x na alternativa Certa.

11 - Conhecido pelo encalhe da arca de Noé, este monte tem cerca de 5.000 metros de altitude. Estamos falando do Monte: 1- ( ) Falamos do Monte Tigre 2- ( ) Falamos do auto Monte Hermom 3- ( ) Falamos do Monte Arará4- ( ) Todas alternativas estão certas

12 - Segundo os historiadores, é a cidade viva mais antiga da terra. Localiza-se ao sul da Síria. Estamos falando de:1- ( ) Damasco 3- ( ) Jope2- ( ) Jerusalém 4- ( ) Nenhuma alternativa

13 - Segundo o calendário Judaico, à Nona hora, corresponde a:

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1- ( ) 9 horas 3- ( ) 15 horas2- ( ) 12 horas 4- ( ) Nenhuma alternativa

14 - Segundo o calendário Judaico, à Quarta Vigília, correspondia: 1- ( ) da meia noite às 3 horas 3- ( ) das 3 às 6 horas 2- ( ) das 21 à meia noite 4- ( ) das 18 às 21 horas

15 - Foi à cidade onde transcorreu a infância e a juventude de Jesus1- ( ) Jerusalém 3- ( ) Galiléia2- ( ) Belém 4- ( ) Nazaré

16 - Neste vale se encontra o famoso poço de Jacó, à beira do qual Jesus falou a samaritana:1- ( ) Vale de Siquém 3- ( ) Vale de Aijalon, o vale da benção2- ( ) Vale da Sidim 4- ( ) Todas as alternativas estão corretas

17 - Foi o povo que ofereceu a mais tenaz oposição ao avanço dos Israelitas, haja vista a batalha difícil em Gibeom, quando Josué pediu a Deus que o sol e a lua se detivessem (Js. 10. 4-5). 1- ( ) Amorreus 3- ( ) Periseus2- ( ) Heveus 4- ( ) Todas as alternativas estão corretas

18 - Cidade natural do patriarca Abraão.1- ( ) Ur 3- ( ) Atenas2- ( ) Uz 4- ( ) Damasco 19 - Salomão construiu neste lugar o famoso templo de Jerusalém (2Cr. 3. 1).1- ( ) Monte das Oliveiras 2- ( ) Monte Moriá Monte da Tentação3- ( ) Monte da Tentação4- ( ) Todas as alternativas estão corretas

20 - Qual o tema desta matéria. 1- ( ) Arqueologia Bíblica 3- ( ) Introdução Bíblica2- ( ) Bibliologia 4- ( ) Nenhuma alternativa Boa Sorte!!!

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