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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E MINERALÓGICA DE REJEITO DE ARDÓSIA ATRAVÉS DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X PARA APLICAÇÃO EM PROCESSAMENTO CERÂMICO L. B. Palhares 1 ; P.R.P.Paiva 1 ; C.G. dos Santos 2 1 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais 2 Universidade Federal de Ouro Preto 1 Departamento de Engenharia de Materiais Av. Amazonas, 5253 Nova Suiça Belo Horizonte MG Brasil CEP: 30421-169 [email protected] RESUMO As características da ardósia dependem da sua formação geológica e da localidade onde é extraída, o que evidencia a necessidade de sua caracterização visando o conhecimento das suas propriedades químicas e físicas, a fim de utilizar todo o seu real potencial tecnológico em processamento cerâmico. No presente trabalho a rocha ardósia foi analisada por difração de raios X (DRX) para identificação e quantificação das fases presentes associada ao Método Rietveld. Além disso, a quantificação foi feita através da área sobre os picos utilizando o programa Origin, função peak fitting module, versão 9.1. Os dados obtidos mostram que o rejeito de ardósia é constituído pelas fases: muscovita, quartzo, clinocloro, calcita, ortoclásio e albita, nas proporções aproximadas de 28%, 28,6%, 18,7%, 1,5%, 6,7% e 16,5% respectivamente para o Método de Rietveld; e, 46,2%, 20,4%, 14,8%, 17,1% e 1,5% pela técnica da área sobre os picos. A análise térmica mostrou as principais transições sofridas pelas fases à 500 o C para o quartzo e 900 o C para a muscovita e clinocloro. Palavras-chaves: difração de raios X, caracterização, ardósia.

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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E MINERALÓGICA DE REJEITO DE

ARDÓSIA ATRAVÉS DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X PARA APLICAÇÃO EM

PROCESSAMENTO CERÂMICO

L. B. Palhares1; P.R.P.Paiva1; C.G. dos Santos2

1Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

2Universidade Federal de Ouro Preto

1Departamento de Engenharia de Materiais

Av. Amazonas, 5253 – Nova Suiça

Belo Horizonte – MG – Brasil

CEP: 30421-169

[email protected]

RESUMO

As características da ardósia dependem da sua formação geológica e da

localidade onde é extraída, o que evidencia a necessidade de sua caracterização

visando o conhecimento das suas propriedades químicas e físicas, a fim de utilizar

todo o seu real potencial tecnológico em processamento cerâmico. No presente

trabalho a rocha ardósia foi analisada por difração de raios X (DRX) para

identificação e quantificação das fases presentes associada ao Método Rietveld.

Além disso, a quantificação foi feita através da área sobre os picos utilizando o

programa Origin, função peak fitting module, versão 9.1. Os dados obtidos mostram

que o rejeito de ardósia é constituído pelas fases: muscovita, quartzo, clinocloro,

calcita, ortoclásio e albita, nas proporções aproximadas de 28%, 28,6%, 18,7%,

1,5%, 6,7% e 16,5% respectivamente para o Método de Rietveld; e, 46,2%, 20,4%,

14,8%, 17,1% e 1,5% pela técnica da área sobre os picos. A análise térmica mostrou

as principais transições sofridas pelas fases à 500oC para o quartzo e 900oC para a

muscovita e clinocloro.

Palavras-chaves: difração de raios X, caracterização, ardósia.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos as atividades de mineração vem aumentando visando

encontrar novas fontes de matérias primas para suprir suas demandas por novos e

melhores produtos. Contudo essas empresas, muitas vezes, não destinam

corretamente seus resíduos fazendo com que suas atividades se tornem cada vez

mais danosas ao ecossistema local.

O rejeito gerado pela extração da ardósia assim como seu beneficiamento

podem trazer diversos impactos ao meio ambiente(1,2,3). As indústrias que beneficiam

estas rochas têm como principal atividade a serragem e o polimento para produção

de rochas ornamentais, que são geralmente utilizadas na indústria da construção

civil.

O sistema de extração de blocos de rochas para produção de chapas gera uma

quantidade significativa de resíduos na forma de lama composto basicamente de

água, lubrificantes e rocha moída. Esse rejeito sem aproveitamento acumula-se nos

pátios, reservatórios e córregos, comprometendo o meio ambiente (Figura 1 e 2). A

utilização dos rejeitos em processamento cerâmico pode diminuir a quantidade de

rejeitos dispostas inadequadamente e gerar novas fontes de renda em emprego nas

regiões de extração.

As características intrínsecas dos materiais cerâmicos impedem que processos

de conformação tradicionais adotados sejam utilizados nos seus processos de

fabricação. Sendo assim, as técnicas empregadas em sua produção, geralmente

utilizam material particulado, inserido ou não em um meio líquido para consolidação

do corpo cerâmico.

As propriedades físicas e químicas das matérias primas serão responsáveis

pelas propriedades finais dos corpos cerâmicos obtidos sendo importante sua

caracterização. A relação entre a composição química e mineralógica e o

comportamento de materiais cerâmicos tem sido estudadas por diferentes

autores(4,5,6,7,8,9).

A difração de raios X é uma técnica utilizada no estudo de minerais, não

destrutiva e relativamente rápida onde um feixe de raios X incide sobre a amostra

em um ângulo , e se a Lei de Bragg for satisfeita, ocorre à difração. O resultado é

um gráfico com os ângulos de difração ou distância interplanar versus a intensidade

de linhas difratadas nos planos cristalinos. Essa intensidade fornece uma estimativa

da concentração dos minerais presentes na amostra.

Figura 1: Área de extração mineraria com presença de pilhas de rejeito e Detalhe de

um efluente líquido contendo pó de ardósia(2,10) .

Para amostras de minerais complexos, como a ardósia, podem ocorrer

sobreposição de picos que exigirão maiores cuidados na identificação dos mesmos,

além do conhecimento da geologia e análise química da amostra. As sobreposições

podem acontecer principalmente quando os minerais apresentam estequiometria

semelhante mas estruturas diferentes.

No presente trabalho foram utilizadas duas técnicas para identificação

quantitativa das fases, o Método de Rietveld(11) e o programa Origin – peak fitting

module. O primeiro, faz o ajuste do perfil observado com um padrão calculado e

utiliza a técnica dos mínimos quadrados para o ajuste através de programas

computacionais. O segundo, baseia-se na área sobre os picos e calcula a mesma

através do método de Gauss. A grande dificuldade do Método de Rietveld é a

escolha de modelos cristalográficos adequados, que sejam representações da

estrutura cristalina dos minerais presentes na amostra. Já no calculo através da

área, além da identificação dos picos, enfrenta-se o problema da sobreposição dos

mesmos. As duas análises foram comparadas e discutidas e também são

apresentadas as análises química via EDS e análise térmogravimetrica do pó de

ardósia.

MATERIAIS E MÉTODOS

O pó de ardósia utilizado foi fornecido pela empresa Micapel Slate, proveniente

das etapas de extração e beneficiamento da rocha ardósia nas minas localizadas em

Pompeu, Minas Gerais, Brasil.

Um sistema Shimadzu Modelo TA-50 WSI, foi utilizado para obtenção da

análise térmica do pó de ardósia. A análise foi realizada com temperaturas variando

de 30 até 1000oC à uma taxa de aquecimento de 10oC/min em atmosfera ao ar com

taxa de fluxo de 100 mL/min. A amostra foi colocada em um cadinho de platina e a

massa mantida constante.

A caracterização via EDS foi obtida através do sistema acolplado ao

Microscopio Eletrônico de Varredura (LEO/Zeisss 1530 – SEM, LEO

Elektronmikroskope GmbH, Germany). Uma suspensão com o pó de ardósia em

água foi preparada, poucas gotas foram adicionadas ao porta amostra que em

seguida foi secado em estufa à aproximadamente 60oC e recoberto com platina.

A análise quantitativa via Origin foi obtida através das áreas individuais dos

picos utilizando o “peak fitting module” que aplica a função de Gauss e calcula a

área sobre os picos. O programa gera automaticamente a porcentagem relacionada

a cada pico, bastando então, apenas somar cada fase separadamente para se obter

o resultado final.

As análises de DRX, pelo método do pó, para identificar as fases refinadas,

foram realizadas no equipamento Shimadzu 7000 nas seguintes condições de

operação: Radiação Cu Kα (35 KV/ 40 mA), velocidade do goniômetro 0,02° em 2θ

por passo, com tempo de contagem de 5 segundos por passo e coletados de 5° a

80° em 2θ. As interpretações dos espectros foram efetuadas por comparação com

padrões contidos no banco de dados PDF 02(12). Para o refinamento foi utilizado o

programa GSAS(13) com a interface EXPGUI(14) utilizando a função de perfil pseudo-

Voigt de Thompson-Cox-Hastings, sendo a radiação de fundo ajustada pelo

polinômio de Chebyschev. Foram refinados o fator de escala, célula unitária,

radiação de fundo, assimetria do perfil, parâmetros da largura total a meia altura, a

partir dos parâmetros de alargamento instrumental obtidos com um padrão, posição

atômica, deslocamentos atômicos isotrópicos e fatores de ocupação dos cátions.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Figura 2 mostra um difratograma típico com os principais minerais

constituintes da ardósia: (Q) quartzo - SiO2, (M) muscovita -

K2O.2MgO.Al2O3.8SiO24H2O, (C) Clinocloro - 5MgO.Al2O3.SiO24H2O, (Ca) calcita

- CaO.MgO.CO2, (A) albita - Na2O.Al2O3.6SiO2, (O) ortoclasio - K2O.Al2O3.6SiO2).

Palhares, et al, 2004, tem analisado amostras de ardósia proveniente de rejeitos e

mostrado a presença de constituintes semelhantes. Cambronero, et. al. (2007) em

seus estudos identificou a presença dos minerais chamosita, quartzo, moscovita e

feldspatos semelhantes aos encontrados nesse trabalho.

Figura 2: Difratograma mostrando o resultado do refinamento para a amostra de

ardósia.

A moscovita identificada é um hidróxido silicato potássico alumínico

pertencente a classe das micas; o clinocloro é um hidróxido silicato de magnésio,

ferro e alumínio, pertencente ao grupo das cloritas, responsável pela cor verde de

xistos e ardósias; e a albita e o ortoclásio que são silicatos pertencentes a série dos

feldspatos plagioclásios. Os feldspatos atuam na etapa de queima como fundentes

aumentando a resistência das peças em processamento cerâmico. A calcita

encontrada é uma calcita magnesiana.

Os minerais constituintes da ardósia variam com a sua procedência, mas, de

forma geral, são filossilicatos, quartzo e outros minerais presentes em menores

quantidades (calcita, caolinita)

Os resultados obtidos via EDS (energia dispersiva) estão mostrados na

Tabela I. A amostra apresenta grandes quantidades de sílica e alumina devido a

presença de alumino-silicatos hidratados na ardósia. Valores similares foram

encontrados por Cambronero, et. al. (2007) em seus trabalhos visando obter ardósia

porosas. Pimenta (2010) mostrou a atividade pozolânica de ardósia em sua patente

e de acordo com o autor, a soma dos constituintes SiO2, Al2O3, Fe2O3 geralmente

está acima de 70% para a ardósia, como os valores encontrados nesse trabalho.

Tabela I: Porcentagens de Oxidos obtidas por análise química via EDS

Oxido

% Media EDS

% massa ( 1)

SiO2 59,8

Al2O3 17,9

Fe2O3 10,3

MgO 4,3

K2O 3,3

Na2O 1,6

CaO 1,6

TiO2 1,2

Total 100,00

Os resultados (Figura 3) demonstram que, em geral, houve boa concordância

entre os difratogramas teórico e experimental. Para que o refinamento seja

considerado perfeito, a linha que representa o difratograma calculado deve se

sobrepor à linha que representa o difratograma observado e a linha de diferença

deve equivaler o mais próximo possível a uma reta.

A qualidade do refinamento pelo método de Rietveld é verificada através dos

parâmetros estatísticos numéricos(15). Os parâmetros estatísticos mais

frequentemente utilizados para o programa GSAS são o Rp (fator de perfil), o Rwp

(fator de perfil ponderado) e o 2 (Goodnessof Fit = GOF = S). O valor do parâmetro

2 deve ser equivalente a 1,0%, mas na prática valores inferiores a 5,0% remetem a

um refinamento otimizado(16). Pode-se observar na Tabela II que os parâmetros de

ajuste Rp e Rwp para as amostras analisadas estão um pouco elevados, isto se deve

ao fato das amostras analisadas estarem na gama encontrada dos sistemas que

contem mutiminerais naturais, como foi demonstrado por Hill et al. (1993) e Weidler,

et al. (1998).

Tabela II: Valores dos parâmetros de ajustes obtidos no refinamento.

Parâmetros Amostra

2 5,0

RWP 7,3

RP 5,3

Figura 3: Refinamento pelo método de Rietveld

Na Figura 4 encontra-se a análise térmica obtida para o pó de ardósia

mostrando as transições estruturais sofridas pelos constituintes presentes e a perda

de massa ao longo do processo. Três principais picos devem ser destacados: um à

250oC e 350oC, mostrando a perda de água livre adsorvida e a água quimicamente

ligada, respectivamente. A aproximadamente 480oC a dehidroxilação do clinocloro e

muscovita e/ou a transformação alotrópica do quartzo e à 740oC a destruição dos

retículos cristalinos dos minerais muscovita e clinocloro. Para temperaturas

superiores a 1000oC há nas análises um pico exotérmico devido a presença de fase

líquida. Cambronero (2007) em seu trabalho, identifica picos semelhantes

ressaltando que acima dessas temperaturas pode-se encontrar quartzo, mullita e

espinélios de ferro além de fase vítrea devido a evolução do sistema FeO-SiO2-

Al2O3. Pode-se também identificar a presença de hieratita ou hercinita devido às

alterações sofridas pela muscovita.

Figura 4: Análise Térmica do pó de ardósia (DTA: RU= 4 V; TGA: RU= 0,4%)

A tabela III mostra a análise mineralógica obtida para o pó de ardósia pelas

duas técnicas propostas. Chiodi (2003) analisou diferentes tipos de ardósia e

encontrou valores semelhantes aos encontrados nesse trabalho, sendo que para

ardósias verdes os valores de foram, 30-32% de quartzo, 34-36% de mica, 18-20%

de clorita, 14-15% de feldspato e 0,5-1% de carbonatos.

Tabela III: Análise Mineralógica do Pó de Ardósia

Mineral

Origin (peak fitting

module) Método de Rietveld

% mass ( 5) % mass ( 0,1)

QUARTZO 46,2 28,6

MUSCOVITA 20,4 28,0

CLINOCLORO 14,8 18,7

CALCITA 1,5 1,5

ORTOCLASIO 3,8 6,7

ALBITA 13,3 16,5

Total 100 100

Comparando as análises química e mineralógica, observa-se, em caráter geral,

que a sílica (SiO2) é o mineral dominante e está contida no quartzo, em filossilicatos

(micas e cloritas) e em plagioclásios (feldspatos). A alumina (Al2O3) está contida

principalmente nos filossilicatos e, em menor proporção, nos feldspatos, da mesma

forma que os óxidos de sódio e potássio. Parte do potássio está presente como

moscovita e os óxidos de magnésio compõem o clinocloro, mostrando a coerência

dos resultados obtidos.

A análise mineralógica via “peak fitting module” é uma análise onde pode

ocorrer uma superestimação da composição dos minerais mais cristalinos, no

presente caso, o quartzo, além da sobreposição de picos dos minerais presentes na

ardósia.

CONCLUSÕES

Os métodos aplicados para identificação e quantificação das fases são simples

e facilmente analisáveis, porém deve-se ater à alguns pontos relacionados a

identificação da fases no Método de Rietveld e a sobreposição de picos no cálculo

da área pela técnica computacional. O método Rietveld pode ser uma metodologia

muito promissora para ser utilizada quando o objetivo é o de relacionar a

identificação das fases com a composição mineralógica. A grande vantagem do

método Rietveld é que ele baseia-se nas propriedades cristalográficas para

quantificar os minerais presentes em uma amostra sem a necessidade da obtenção

de curvas que requerem padrões de calibração.

As análises mostraram valores calculados semelhantes aos encontrados na

literatura e os principais constituintes determinados no pó de ardósia foram: quartzo,

muscovita, clinocloro, albita, orthoclasio e calcita magnesiana.

A análise térmica mostrou as principais transformações estruturais sofridas

pela rocha quando aquecida evidenciando as transformações do quartzo, muscovita

e clinocloro.

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