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Ensino Fundamental volumes e 1 2 Curitiba – 2019 Língua Portuguesa . ano

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Ensino Fundamental

volumes

e1 2

Curitiba – 2019

Língua Portuguesa

9º. ano

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P116 Pacheco, Enilda.Conquista : Solução Educacional : livro de atividades : língua portuguesa, 9º. ano / Enilda

Pacheco, Juliana Camila Milani. – Curitiba : Positivo, 2019.v. 1-2 : il. ISBN 978-85-54109-87-5 (Livro do aluno)ISBN 978-85-54109-86-8 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental – Currículos. I. Milani, Juliana Camila. II. Título.

CDD 370

©Positivo Soluções Didáticas Ltda. 2019

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

Todos os direitos reservados à Positivo Soluções Didáticas Ltda.

Diretor-GeralEmerson Walter dos Santos

Diretor EditorialJoseph Razouk Junior

Gerente EditorialJúlio Röcker Neto

Gerente de Produção EditorialCláudio Espósito Godoy

Coordenação EditorialCélia Cunico e Jeferson Freitas

Coordenação de ArteElvira Fogaça Cilka

Coordenação de IconografiaJanine Perucci

AutoriaEnilda Pacheco e Juliana Camila Milani

EdiçãoAnna Baratieri (Coord.), Tiago Guilherme Pinheiro,

Fabio Rocha, Flávia Garcia Penna e HUM Publicações

RevisãoYohan Barczyszyn

Edição de ArteBettina Toedter Pospissil

Projeto GráficoDaniel Cabral

EditoraçãoVicente Design

Pesquisa IconográficaFernanda Pehls e Graziela Zilli Braga

Engenharia de ProdutoSolange Szabelski Druszcz

Produção Positivo Soluções Didáticas Ltda.

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Impressão e acabamentoGráfica e Editora Posigraf Ltda.

Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC81310-000 – Curitiba – PR

Tel.: (0xx41) 3212-5451E-mail: [email protected]

2020

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Biografia romanceada: literatura 04Memórias literárias: recordar é viver 14Notícia: a polêmica das biografias não autorizadas 22Sinopse e resenha: gêneros que ajudam a escolher 33Poema: reflexo da alma e do pensamento 43Regulamento: organizando os espaços sociais 55

Cordel: um poema narrativo 61Letra de canção: ritmo e rima 71

Sumário

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1 Biografia romanceada: literatura

Biografia romanceadaLeia o texto a seguir para conhecer uma parte da vida de um intrigante autor: Edgar Allan Poe.

No verão de 1831, ao ver o anúncio de um concurso de contos promovido por um jor-nal da Filadélfia, que pagaria cem dólares pelo conto vencedor, apressou-se em se inscrever, mas o prêmio foi dado a uma certa Delia Bacon. Edgar, que tanto necessitava do dinheiro, decepcionou-se:

– Eu tinha certeza de que ganharia com esse conto, Muddy. Ele é muito bom e bem ao gosto dos leitores. Não que eu vá fazer literatura para agradar aos outros, mas, se quisermos sair desse atoleiro, só poesia não nos ajudará.

– Será que o gosto do público é esse, Eddie? Veja a ganhadora, Miss Bacon. Pelo título do conto, já se vê que ela escreve sobre o amor.

– Ah, sim, "Mártir do amor". Que horror! Leitura melosa. O que esperar de uma mulher que é preceptora de mocinhas ricas? Já o meu conto fala do horror e da fatalidade, coisas que acontecem em todos os tempos, em qualquer data ou lugar. Esse julgamento não reflete o gosto do público, Muddy, mas sim o do júri, que não entende nada de literatura.

De fato, o conto de Poe era tão bom que o editor do jornal Philadelphia Saturday Courier publicou-o em 14 de janeiro de 1832. Era seu primeiro trabalho em prosa a ser impresso. Não só o conto concorrente como outros quatro que Edgar enviara ao jornal foram divulgados, recebendo resenha altamente elogiosa por parte de um jornal de Baltimore. Mas o editor não pagou nada ao autor a título de direitos autorais, e com isso a situação de penúria não se modificou. [...]

Em outubro de 1833, Edgar concorreu a outro prêmio literário, promovido pelo jornal local, o Baltimore Saturday Visiter.

Um dia, chegou a carta com o resultado.– Muddy, ganhei! Veja só o relatório dos jurados. – Edgar corria pela casa, sacudindo a

carta como se fosse um troféu. – Cinquenta dólares, Muddy, cinquenta dólares!A tia veio ver que estardalhaço era aquele.– Que foi, Eddie? Ah, o prêmio! Deixa ver.A carta vinha com a conclusão dos jurados, uma comissão de cidadãos ilustres. Finalmen-

te ganhava o primeiro reconhecimento, com o conto "Manuscrito encontrado numa garrafa".

Livro de atividades4

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ROZSAS, Jeanette. Edgar Allan Poe, o mago do terror. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

– Ouça só o que disseram dos contos que mandei: "Não podemos deixar de dizer que o autor deve à sua própria reputação, bem como à gratificação da comunidade, publicar o volume inteiro". E mais ainda, Muddy: "Esses contos distinguem-se eminentemente por uma imaginação estranha, vigorosa e poética, um estilo rico, uma invenção fértil e curioso saber".

Edgar estava radiante. Tinha certeza de que agora sua carreira deslancharia. No entanto, uma notícia que vazou poucos dias mais tarde tirou a alegria da vitória. Soube que, além dos contos, seu poe-ma "O Coliseu", enviado para disputar na categoria poesia, também fora escolhido pela comissão julgadora. Achando que a concessão de dois prêmios ao mesmo autor pareceria suspeito, a banca deci-diu outorgar a láurea a outro concorrente.

Edgar ficou fora de si. Além de sentir-se injustiçado, só Deus sabia quanto cinquenta dólares a mais viriam a calhar. Chegou a procurar o ganhador, um poeta chamado John Hill Hewitt. Preten-dia dizer-lhe o que pensava dele, um trapaceiro, um poeta medío-cre. Mas foi impedido graças à intervenção de um dos jurados, John Pendleton Kennedy, homem de projeção, ocupante de cargos im-portantes e também escritor. Kennedy, impressionado com o talen-to de Poe, aconselhou-o a não levar o caso adiante.

– De nada adiantará, meu jovem. O prêmio já foi dado, e você nada ganharia em causar um reboliço.

– Sr. Kennedy, desculpe-me por discordar. Acho que esses mise-ráveis precisam aprender onde está o verdadeiro talento e tratá-lo com o merecido respeito.

– Concordo, concordo. Entretanto aceite um conselho meu, que sou mais velho e mais vivido. Seu talento aparecerá por méri-to próprio. Não se desgaste. Você conhece bem o meio literário: é um vespeiro. Qualquer problema e você só terá a perder. Em vez disso, permita-me ajudá-lo.

Assim nasceu a amizade entre os dois. Kennedy, fiel à palavra, pro-curou ajudar o novo amigo. Apresentou-o a seu editor na Filadélfia.

1 Após a leitura desse texto, identifique

a) a personalidade biografada:

b) as atividades que essa personalidade exercia:

c) quem escreveu a biografia romanceada:

2 No texto, há dois comentários sobre a figura do jurado em uma competição. Eles apresentam a mesma ideia sobre essa figura? Justifique sua resposta.

Edgar Allan Poe foi poeta, escritor, crítico literário e editor. Nasceu em Boston, nos Estados Unidos, no dia 19 de janeiro de 1809. Quan-do tinha um ano, seu pai deixou a casa e, meses de-pois, sua mãe faleceu. Am-bos eram atores itinerantes. Com dois anos, foi adotado por um rico comerciante escocês. Em 1823, escreveu seus primeiros poemas. Em 1829, foi viver com uma tia e uma prima. Em 1830, ingres-sou na Academia Militar de West Point, de onde foi ex-pulso oito meses depois, por indisciplina. Em 1833, rece-beu um prêmio do Saturday Visiter pelo conto Manus-crito encontrado numa gar-rafa. Morreu em Baltimore, nos Estados Unidos, no dia 7 de outubro de 1849. Poe é o autor do famoso poema O corvo. Escreveu contos sobre mistério, inaugurando um novo gênero e estilo na literatura.

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3 A respeito do prêmio literário que Poe ganhou, responda às questões.

a) Quem promoveu o concurso?

b) Quando?

c) Qual foi o prêmio?

d) Qual é o título da obra premiada?

e) A qual gênero literário essa obra pertence?

f) Por qual meio de comunicação Poe foi informado do prêmio?

g) Qual foi a primeira pessoa a quem Poe contou a notícia?

h) Qual foi a reação de Poe ao saber do prêmio?

i) O que se dizia no relatório dos jurados sobre a obra de Poe?

4 Que situação fez Poe perder a alegria de ser premiado por seu conto Manuscrito encontrado numa garrafa?

a) Poe tinha certeza de que sua carreira deslancharia, mas isso não aconteceu.

b) O vazamento da notícia sobre seu novo trabalho – um poema.

c) Poe soube que seu poema Coliseu foi premiado, mas não queria divulgar textos desse gênero.

d) Poe seria premiado em duas categorias, com o conto Manuscrito encontrado numa garrafa e o poema Coliseu. Porém, os jurados optaram por não premiar um mesmo autor em duas catego-rias e deram o prêmio a outra pessoa.

e) Porque John Hill Hewitt, ganhador de um dos prêmios, era trapaceiro e um poeta medíocre.

5 No início deste capítulo, você leu dois textos biográficos sobre Edgar Allan Poe.

a) Nesses textos, há algumas informações iguais? Se sim, cite exemplos.

b) Há informações diferentes nessas biografias? Se sim, cite exemplos.

Livro de atividades6

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c) A forma como as informações são apresentadas é igual ou diferente? Justifique sua resposta.

6 Em que ano Jeanette Rozsas publicou a biografia romanceada de Poe? Para produzir seu texto, ela teve contato com o autor?

7 Qual é a importância de se produzir uma biografia romanceada?

8 Em sua opinião, quais são as vantagens e os riscos de se escrever um texto desse gênero? Justifique sua resposta com argumentos plausíveis e exemplos.

9 Analise os termos destacados e apresente sinônimos para eles. Tome cuidado para não alterar o sentido proposto no texto.

a) Edgar ficou fora de si. Além de sentir-se injustiçado, só Deus sabia quanto cinquenta

dólares a mais viriam a calhar. Chegou a procurar o ganhador, um poeta chamado John Hill Hewitt. Pretendia dizer-lhe o que pensava dele, um trapaceiro, um poeta medíocre.

– Concordo, concordo. Entretanto aceite um conselho meu, que sou mais velho e mais vivido. Seu talento aparecerá por mérito próprio. Não se desgaste. Você conhece bem o meio literário: é um vespeiro. Qualquer problema e você só terá a perder. Em vez disso, permita-me ajudá-lo.

b)

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Ortografia: senão e se não 1 Escreva expressões equivalentes a

senão:

se não:

2 Os trechos a seguir foram extraídos da biografia romanceada sobre Edgar Allan Poe. Complete-os com senão ou se não e, em seguida, reescreva-os usando expressões equivalentes.

– Dessa vez será diferente, Sr. Willis. Por favor, atenda ao apelo de uma mãe desesperada. confiasse na imensa capacidade de Edgar, não estaria aqui lhe implorando

um cargo que certamente reverterá em benefício de seu jornal.

ROZSAS, Jeanette. Edgar Allan Poe, o mago do terror. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

– Concordo, porém esses são exceções. O bom poema não deve ultrapassar uma certa medi-da, o leitor terá de interromper a leitura, e isso corta a emoção, o efeito que o poeta quis transmitir.

ROZSAS, Jeanette. Edgar Allan Poe, o mago do terror. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

Naquela noite, Eddie não conseguia dormir. Cada vez que fechava os olhos, era atormentado por cenas que o deixavam apavorado. Lá pelas tantas, perguntou ao primo James:

– Jimmy, você já entrou num cemitério?

O primo, que começava a pegar no sono, murmurou alguma coisa e virou para o outro lado. Edgar insistiu:

– Você já entrou ou não?

Dessa vez, James acordou. Conhecia bem o garoto para saber que, respondesse logo, não teria sossego.

ROZSAS, Jeanette. Edgar Allan Poe, o mago do terror. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

Livro de atividades8

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Períodos compostos 1 Classifique os trechos sublinhados em frase nominal (FN) ou frase verbal (FV).

Um dia, chegou a carta com o resultado. ( )

– Muddy, ganhei! Veja só o relatório dos jurados. ( ) – Edgar corria pela casa ( ), sacu-dindo a carta como se fosse um troféu. – Cinquenta dólares, Muddy, cinquenta dólares! ( )

A tia veio ver que estardalhaço era aquele. ( )

– Que foi, Eddie? Ah, o prêmio! ( ) Deixa ver.

Não só o conto concorrente como outros quatro que Edgar enviara ao jornal foram divulga-dos, recebendo resenha altamente elogiosa por parte de um jornal de Baltimore. Mas o editor não pagou nada ao autor a título de direitos autorais, e com isso a situação de penúria não se modificou.

Edgar concorreu a outro prêmio literário que foi promovido pelo jornal local.

2 Releia este trecho do texto:

a) No trecho em questão, qual termo é retomado pela palavra "que", em destaque?

b) Destaque os verbos e as locuções verbais presentes no trecho e indique quantas orações o compõem.

3 Analise a frase a seguir e responda às questões:

a) Quantas orações a compõem?

b) Quais são essas orações?

c) Cada uma dessas orações tem sentido completo ou uma depende da outra para fazer sentido?

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Período composto por coordenação

O período composto por coordenação é formado por duas ou mais orações coor-denadas, ou seja, orações que apresentam sentido completo, sem haver depen-dência sintática entre elas.

As orações coordenadas po-dem ser classificadas em:

• assindéticas – não há pre-sença de conjunção;

• sindéticas – há presença de conjunção.

4 Leia a frase a seguir.

Poe participou do concurso, mas o prêmio foi dado a outra pessoa.

a) Sublinhe os verbos e/ou locuções verbais.

b) Essa frase forma um período composto. Identifique as orações que o compõem.

c) Essas orações são coordenadas? Justifique sua resposta.

d) Classifique as orações do item b em coordenadas assindéticas ou sindéticas.

5 Relacione as orações coordenadas sindéticas ao sentido que a conjun-ção expressa.

a) Moro no campo desde criança, mas ainda não me acostumei.

b) Vai chover ou vai sair sol?

c) Viajei pelo mundo e conheci lugares diferentes.

d) Mudarei de cidade, portanto não estudarei mais nesta escola.

e) Faça este teste, porque é exigido pela empresa empregadora.

( ) Conclusão

( ) Contraste, oposição

( ) Explicação

( ) Alternância

( ) Adição

As orações coordenadas sin-déticas são classificadas de acordo com o tipo de conjun-ção com que são iniciadas.

Livro de atividades10

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6 Reúna as orações de cada item em um período, empregando uma conjunção que explicite o sentido indicado entre parênteses. Em seguida, classifique a coordenada sindética.

a) Essa escola é muito boa. Muitas crianças não conseguem vaga. (oposição)

b) Estuda Língua Portuguesa. Estuda Matemática. (alternância)

c) O paciente portador de dengue deve descansar. Ingerir bastante líquido. (adição)

d) A atividade não será longa. As crianças também poderão participar. (conclusão)

e) Prestem atenção. Esse conteúdo será cobrado na prova. (explicação)

7 Observe a relação semântica existente entre as orações de cada item. Depois, reescreva-as forman-do um único período composto. Utilize uma conjunção coordenativa adequada ao sentido.

a) Tome sempre bastante água. É importante hidratar o organismo.

b) Não se atrase. O jantar já está pronto.

c) Acesse a internet. Leia as notícias.

d) Você não sabe o que aconteceu. Não dê palpite.

e) São muito amigos. Estão sempre discutindo.

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Período composto por subordinação

Quando uma oração de-pende de outra para fazer sentido, ela é chamada de subordinada. O papel des-sa oração é complemen-tar o sentido da oração principal, exercendo uma função sintática. Portanto, oração subordinada é aque-la que funciona como um termo sintático da oração principal.

8 Leia um bilhete escrito por Joseph Walker – o proprietário da taverna que Edgar Allan Poe frequentava – para James Snodgrass.

a) No trecho "diz que é conhecido do senhor", qual é a oração subor-dinada?

b) Reescreva o bilhete eliminando a palavra "que". Faça as adaptações necessárias para que o sentido do texto seja mantido.

9 Uma mesma ideia pode ser expressa por meio de diferentes estruturas sintáticas.

Minha esperança era que eles encontrassem o garoto perdido o mais breve possível.

Minha esperança era eles encontrarem o garoto perdido o mais breve possível.

Minha esperança era o encontro do garoto perdido o mais breve possível.

Reescreva as orações segundo o modelo.

a) É preciso que todos respeitem as leis.

b) Acho importante que você esteja presente na reunião.

ROZSAS, Jeanette. Edgar Allan Poe, o mago do terror. São Paulo: Melhoramentos, 2012.

"Prezado dr. Snodgrass,

Um cavalheiro, não muito velho, no colégio eleitoral do quarto bairro de Ryan, que atende pelo nome de Edgar Allan Poe, parece estar em grandes apuros e diz que é conhecido do senhor. Eu lhe garanto que ele está precisando de auxílio imediato.

Atenciosamente, Joseph Walker".

Livro de atividades12

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c) O anfitrião esperava que os convidados chegassem.

d) Esperamos que fechassem as portas.

10 Assinale os períodos que apresentam orações subordinadas.

a) Alguns produtos em aerossol são venenos químicos que, literalmente, exterminam os mosqui-tos que estão em determinado ambiente.

b) Se crianças menores participarem da oficina de modelagem, será preciso muita atenção dos adultos para evitar que coloquem a massinha na boca.

c) Você lê jornais e assiste ao noticiário da TV; por isso, deve estar bem informado.

d) Embora estivesse chovendo, tomaram banho de mar.

e) Estudei com afinco, mas não obtive aprovação no concurso.

11 Nos períodos compostos a seguir, separe, por meio de barra, a oração principal da subordinada e sublinhe a oração subordinada.

a) Especialistas dizem que a deficiência de vitamina D é causada pelo excesso de proteção contra os raios solares.

b) As dietas vegetarianas são compatíveis com a prática esportiva, desde que sejam bem planejadas.

c) Dos ferozes aos mais fofinhos, os bichos estão no pescoço, nas orelhas, nos dedos e nos pés das mulheres que amam acessórios.

d) Um universo de magia e encantamento envolve o leitor em oito contos que falam sobre a des-coberta da paixão.

e) Enquanto a mãe e o irmão trabalham, Leonardo conhece pessoas de conduta perigosa.

12 Analise as orações sublinhadas e indique, por meio da numeração a seguir, a função de cada uma na construção do período.

I. Corresponde a um termo (sujeito ou complemento) da oração principal.

II. Caracteriza, explica ou delimita um termo da oração principal.

III. Indica uma circunstância (tempo, finalidade...) em relação à oração principal.

( ) Sempre digo que sou uma pessoa de sorte.

( ) Muitas pessoas admiravam minha beleza quando eu era jovem.

( ) Minha mãe sempre me dizia que não deixasse meu irmão sozinho por um minuto sequer.

( ) Abri as cortinas, que viviam fechadas, e fugi do quarto.

( ) Maria relata lembranças de sua distante juventude, em que era perita em capoeira.

( ) Esses grandes bichos que estão em extinção precisam ser preservados.

( ) Baixou o vidro para que entrasse um pouco de ar.

( ) Médico americano afirma que a pesquisa com animais atrasa o avanço do desenvolvimento de remédios.

( ) Os moradores comemoravam quando o síndico chegou.

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2 Memórias literárias: recordar é viver

Memórias literáriasUma das maneiras de conhecer o passado é por meio das narrativas memorialísticas,

isto é, textos que contam as memórias pessoais do autor. Leia o texto a seguir e conheça um pouco mais sobre esse estilo de escrita, muito admirado pelo escritor Rostand Paraíso.

Meus tempos de criança

Pulávamos os muros e ganhávamos os quintais das casas vizinhas, enormes e cheias de fruteiras e de toda a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas, patos, marrecos e outros mais. Chupando mangas, gostosas mangas, mangas-espada, mangas-rosa e manguitos, esses quase sempre os mais saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo de quintal que exigiam grande malabarismo de nossa parte, com as frondosas árvores para driblar e grandes irregularidades no terreno para contornar.

Usávamos "bolas de meias", preparadas por nós mesmos com papel de jornal compactado e colocado dentro de uma meia de mulher, mas já começávamos a usar bolas de borrachas e as "bolas de pito", que eram bolas de couro, com pito para fora e que tínhamos o cuidado de envergar para dentro, para evitar arranhaduras.

Gostosas, memoráveis tardes que se prolongavam até a noitinha, parando-se apenas quando não havia mais sol e quando não podíamos mais ignorar os gritos que vinham de nossa casa, para tomar banho, mudar de roupa e ir jantar.

As mesmas misteriosas ordens faziam-nos começar a desengavetar nossos times de botão para a temporada que iria se iniciar. Os botões eram polidos e engraxados.

Descobríamos, nos botões das capas e dos jaquetões e, também, nas tampas de remédios, promissores craques. Nossos pais começavam a estranhar, sem encontrar qualquer explica-ção para o fato, o desaparecimento das tampas dos xaropes e dos botões das roupas. Esses craques em potencial, novos valores que surgiam, eram devidamente preparados e passá-vamos dias a lixá-los e, para lhes dar mais peso e maior aderência à mesa, a enchê-los com parafina derretida. Trabalho que levava às vezes algumas semanas, os novos craques sendo testados exaustivamente até que nos déssemos por satisfeitos e os considerássemos prontos e aprovados para as grandes competições pela frente.

Os botões de chifre, preparados pelos presos da Casa de Detenção, onde íamos comprá--los, começavam, pela sua robustez e pela potência de seus chutes, a ganhar nossa preferên-cia. Não gostávamos, porém, daqueles botões que vinham do Sul, de plástico, todos iguais, diferençando-se uns dos outros apenas pelas "camisas" que traziam coladas sobre si, com

Livro de atividades14

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Rostand Carneiro Leão Paraíso nasceu em Recife, Pernambu-co, em 26 de fevereiro de 1930. É um médico cardiologista, me-morialista e cronista brasileiro. Grande conhecedor da capital pernambucana, ocupa a cadei-ra 14 da Academia Pernambu-cana de Letras.

Suas experiências são con-tadas em 14 livros, a maioria deles a respeito da cidade do Recife: a boemia dos cafés, his-tórias de intelectuais, a colônia inglesa no Recife e a Segunda Guerra Mundial são alguns dos temas abordados nas obras do escritor. Ele afirma que hoje não há mais aquela boemia tão presente como havia nas déca-das de 40 e 50 e que, em nome do progresso, muitas constru-ções importantes do Recife foram demolidas.

Apaixonado por histórias em quadrinhos desde pequeno, Rostand Paraíso é um grande colecionador de gibis das déca-das de 1920 a 1970.

PARAÍSO, Rostand. Meus tempos de criança. In: Antes que o tempo apague… 2. ed. Recife: Editora Comunicarte, 1996.

as cores dos clubes cariocas. Preferíamos, nós mesmos, pregar as cores do nosso time preferido, no meu caso o Santa Cruz.

Cada botão ganhava seu nome, Perácio, Leônidas, Patesko, Pitota, Sidinho, Siduca… botões que já não te-nho mais, desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo. Meu ponta-esquerda, Tarzan, que tantas ale-grias me deu, com suas arrancadas para o campo adver-sário e com seus mirabolantes gols, que fim terá levado?

Preferíamos usar as bolas de farinha, arredondadas cuidadosamente na palma da mão e que permitiam um bom controle, correndo menos que as de miolo de pão e não tanto quanto as de borracha.

Dentro daquelas regras que adotávamos e que per-mitiam que continuássemos a jogar enquanto não per-dêssemos o controle da bola, éramos obrigados, quando nos sentíamos em condições de tentar o chute a gol, a avisar o adversário: "Defenda-se!" ou "Prepare-se!", dan-do tempo a que ele posicionasse melhor o seu goleiro e puxasse, para junto dele, os beques, geralmente bem altos, com a finalidade de dificultar o chute rasteiro.

As partidas eram irradiadas por um de nós, ao estilo de José Renato, o famoso locutor esportivo da PRA-8, e os gols, quando convertidos, eram gritados histerica-mente, incomodando toda a vizinhança.

1 O autor inicia o texto descrevendo as ações de quando era criança. Que ações eram essas?

2 O que eles encontravam ao realizar essas peripécias?

3 A descrição de um jogo prolonga-se por quase todo o texto. Que jogo é esse? Você já o conhecia?

4 Resuma, nas linhas abaixo, as principais informações a respeito do jogo de futebol de botão.

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5 Dos jogos que você já participou, qual lhe traz as lembranças mais agradáveis? Descreva-o fazendo um relato de suas memórias.

6 Muitas palavras utilizadas no texto de Rostand Paraíso remetem o leitor à época em que ocorre a história. Então, para melhor entendê-lo, faça um glossário com os termos que você desconhece.

7 Qual é a forma verbal mais utilizada nesse texto?

8 Pode-se dizer que essa forma verbal é uma característica da memória literária? Justifique sua resposta.

9 Releia o primeiro parágrafo do texto e assinale a alternativa correta quanto ao foco narrativo.

Pulávamos os muros e ganhávamos os quintais das casas vizinhas, enormes e cheias de

fruteiras e de toda a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas, patos, marrecos e outros

mais. Chupando mangas, gostosas mangas, mangas-espada, mangas-rosa e manguitos, esses

quase sempre os mais saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo

de quintal que exigiam grande malabarismo de nossa parte, com as frondosas árvores para

driblar e grandes irregularidades no terreno para contornar.

a) Foco narrativo em 1ª. pessoa – o narrador não apresenta uma participação ativa nos fatos relata-dos. Devido a isso, é possível afirmar que a narrativa assume uma linguagem mais objetiva.

b) Foco narrativo em 1ª. pessoa – o narrador se torna também um personagem, ou seja, assume a condição de narrador protagonista ou narrador coadjuvante. Devido a isso, muitas vezes se observa o envolvimento emocional no desenrolar dos fatos.

c) Foco narrativo em 3ª. pessoa – o narrador não apresenta uma participação ativa nos fatos relata-dos. Devido a isso, é possível afirmar que a narrativa assume uma linguagem mais objetiva.

d) Foco narrativo em 3ª. pessoa – o narrador se torna também um personagem, ou seja, assume a condição de narrador protagonista ou narrador coadjuvante. Devido a isso, muitas vezes se observa o envolvimento emocional no desenrolar dos fatos.

Livro de atividades16

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10 Reescreva esse primeiro parágrafo do texto mudando o foco narrativo. Escolha o que achar mais conveniente. Na sequência, comente o efeito de sentido obtido com a mudança.

Orações subordinadas substantivas subjetivas e predicativas

As orações que são termos da oração principal e desempenham funções sintáticas pró-prias do substantivo se chamam orações subordinadas substantivas. Dependendo da função que exercem, essas orações classificam-se como:

subordinada substantiva subjetiva, se for sujeito da oração principal;

subordinada substantiva predicativa, se for predicativo do sujeito da oração principal.

1 Transforme os períodos simples em períodos compostos, empregan-do conjunções integrantes e fazendo as alterações necessárias.

a) É importante o cuidado com a saúde.

b) Convém o não atraso para a entrevista.

c) É bom o comparecimento de todos à reunião.

d) Foi anunciado Pedro como o vencedor do concurso.

e) A dúvida era a necessidade da ajuda dos amigos.

A oração subordinada subs-tantiva exerce, em relação à oração principal, a função sintática de: sujeito, obje-to direto, objeto indireto, complemento nominal, pre-dicativo ou aposto.

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2 Analise o trecho a seguir e responda às perguntas propostas.

Dentro daquelas regras que adotávamos e que permitiam que continuássemos a jogar enquanto não perdêssemos o con-trole da bola, éramos obrigados, quando nos sentíamos em con-dições de tentar o chute a gol, a avisar o adversário: "Defenda-se!" ou "Prepare-se!", dando tempo a que ele posicionasse melhor o seu goleiro e puxasse, para junto dele, os beques, geralmente bem altos, com a finalidade de dificultar o chute rasteiro.

As orações subordinadas substantivas são geralmen-te introduzidas pelas con-junções subordinativas in-tegrantes que e se. Quando o verbo da oração principal indica possibilidade, dúvida ou incerteza, emprega-se a conjunção subordinativa in-tegrante se; quando indica certeza, emprega-se a con-junção subordinativa inte-grante que.

a) Qual das orações com a palavra "que" em destaque pode ser clas-sificada como oração subordinada substantiva?

I. Diga que você me ama.

II. Diga se você me ama.

4 Assinale a alternativa em que a palavra que em destaque inicia uma oração subordinada substantiva.

a) Certa vez, uma mulher disse que os jovens não sabem a força que têm.

b) Vocês, jovens, não sabem a força que têm.

c) É a presença da vida, que no jovem parece ter atingido seu auge.

d) Ele faz tanta coisa melhor do que eu!

e) Desde que mamãe viajou, não tive mais notícias dela.

5 Assinale os períodos em que a palavra que funciona como conjunção integrante.

a) Já reparou que as pessoas sempre tentam fazer duas coisas ao mesmo tempo?

b) Os meninos pediram que eu desenhasse em suas mãos.

c) Procuro o livro que tem capa verde.

d) Logo que cheguei de férias, fui jantar com o meu amigo.

e) Aposto que vai chover no feriado.

f) Estou convencida de que você tem razão.

g) Os alimentos que você desperdiça fazem falta na mesa de muita gente.

h) Irei à praia, ainda que esteja chovendo.

b) Como se classifica essa conjunção?

3 Leia os períodos a seguir e explique a diferença de sentido entre eles.

Livro de atividades18

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i) Notei que ele chegou sozinho à festa.

j) Os alunos que vão participar do concurso já saíram.

6 Assinale a(s) alternativa(s) em que a oração destacada pode ser classificada como subordinada substantiva predicativa.

a) Ela tinha receio de que o sol fosse muito forte.

b) Faço-lhe um pedido especial: que você leve mais a sério seu trabalho.

c) Lembrou-se de um detalhe: que esquecera os documentos.

d) Os torcedores tinham certeza de que o time venceria.

e) O importante é que a solidariedade sobreviva.

f) Meu sonho é que ilumines o mundo.

7 Observe o termo em destaque na oração a seguir.

Quero a ajuda de todos.

Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta uma oração com a mesma função sintática de "a ajuda de todos".

a) O rapaz lembrou-se de que já havia passado por aquele lugar.

b) Temos certeza de que há vida fora da Terra.

c) Seu sonho era que o teatro estivesse lotado no dia da estreia do espetáculo.

d) É importante que sua imagem seja recuperada.

e) O médico afirmou que sua doença não era grave.

8 Transforme os termos destacados em orações subordinadas substantivas.

a) Helena esperava a sua compreensão.

b) É fundamental o uso consciente da água.

c) O síndico exigia obediência de todos ao horário.

d) O povo não aceitou o aumento dos impostos.

e) O delegado insistia na punição aos desordeiros.

f) Minha esperança era a chegada dos suprimentos.

g) Ninguém estava convencido da superioridade deste time sobre o rival.

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Ortografia: onde e aonde 1 Leia outros trechos da biografia romanceada de Edgar Allan Poe e complete as lacunas com as pa-

lavras onde ou aonde, conforme for adequado.

– Sr. Kennedy, desculpe-me por discordar. Acho que esses miseráveis precisam apren-der está o verdadeiro talento e tratá-lo com o merecido respeito.

Essas conversas, porém, não eram suficientes para convencer Edgar. Ele não via nada erra-do em Richmond, moravam, não queria se mudar para lugar nenhum. Começou a sentir um ardor nos olhos, e logo grossas lágrimas escorriam pelo seu rosto e molhavam a gola da camisa engomada.

O destino da família era a terra natal de John Allan, Irvine, uma pequena cidade portuária na Escócia, ele pretendia se estabelecer. Lá vivia boa parte de seus parentes, espe-cialmente os Galts e os Fowlds, muitos primos e sobrinhos, que, segundo ele, fariam boa com-panhia a Eddie.

Depois que Eddie saía, as duas mulheres se lamentavam. – Mamãe, não sei Eddie vai parar com tantas festas e jantares. – Ele precisa ir, minha filha. Sei de sua preocupação; pen-sa que não me preocupo também?

Mais uma vez um choroso Edgar partia. O internato, Manor House, ficava num subúrbio de Londres, Stoke Newington, a cidade ainda não chegara; por isso era considerado campo.

2 A combinação da preposição a com onde gera a palavra aonde.

Aonde você iria após a aula?

Considerando a frase acima, assinale a alternativa que corresponde a essa combinação.

a) por onde

b) de onde

c) para onde

d) até onde

3 Explique com suas palavras a diferença entre onde e aonde.

Livro de atividades20

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4 Reescreva as frases a seguir unindo-as com o advérbio correto.

a) Muitas pessoas vivem no mundo da fantasia. No mundo da fantasia, todos os sonhos se realizam.

b) Ele subiu cautelosamente a montanha. Outros alpinistas estavam na montanha.

c) O policial estava exatamente naquele corredor. Por aquele corredor, o assaltante passou.

d) A diretora dirigiu-se ao auditório. Todos os alunos também iriam ao auditório.

5 Assinale a sequência que completa corretamente as sentenças.

Os turistas foram ao balneário em Bonito, Mato Grosso do Sul, pu-deram observar e alimentar os peixes em seu ambiente natural.

você vai depois da aula?

Em algumas metrópoles brasileiras, o trânsito é congestiona-do, um simples trajeto pode demorar horas.

Ele conquistou um lugar nas Olimpíadas de Língua Portuguesa ne-nhum aluno havia chegado.

a) aonde, aonde, onde e aonde.

b) onde, aonde, onde e aonde.

c) aonde, onde, aonde e onde.

d) onde, onde, onde e aonde.

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3 Notícia: a polêmica das biografias não autorizadas

Nos capítulos anteriores, você tomou contato com a biografia e a memória literária. Agora, leia uma notícia sobre a polêmica causada por um livro relacionado a esses gêneros textuais. Fique atento às diferenças de estilo entre este texto e os anteriores.

Biografia de Guimarães Rosa pode ser comercializadaFilha do literato tentava impedir a venda do livro por conter citações de sua obra "Relembramentos: João Guimarães Rosa, meu pai"

Publicado por Danielli Xavier Freitas

A 2ª. câmara Cível do TJ/RJ confirmou a decisão de 1º. grau e man-teve a liberação da venda do livro "Sinfonia Minas Gerais", do escritor Alaor Barbosa, sobre o contato pessoal que teve com o literato e o qual reunia citações da obra "Relembramentos: João Guimarães Rosa, meu pai", de Vilma Guimarães Rosa, filha do re-nomado escritor.

Orientado pelo voto da relatora, desembargadora Elisabete Filizzola, o colegiado assentou que "não constitui ofensa aos direitos autorais a citação em livros de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida jus-tificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra".

Ainda de acordo com os desembargadores, como reconheceu a própria autora em seu livro, "as Obras de João Guimarães Rosa não pertencem somente a nós, suas herdeiras, porém a toda a humanidade", não se justificando "a censura prévia e, pior ain-da, vazia de fundamento, como no caso".

Na ação, a filha do escritor alega que, além de comercializar obra com "inúmeras e desautorizadas citações" de seu livro, o exem-plar constituiria biografia não autorizada, "vedada pela lei", com opiniões políticas, pessoais e sociais inverídicas ao renomado escritor, "abalando-lhe a imagem" – razão pela qual faria jus à reparação por danos morais.

Em 1º. grau, a tutela foi antecipada para determinar a retirada da obra literária do mercado. A sentença julgou improcedente o pedido, considerando, essencialmente, que "a reprodução de pequeno trecho é livre, inde-pendentemente da finalidade da obra nova", conforme atestado pelo laudo pericial, que negou a existência de violação de direitos autorais.

©Fo

lhap

ress

Livro de atividades22

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FREITAS, Danielli X. Biografia de Guimarães Rosa pode ser comercializada. Disponível em: <https://daniellixavierfreitas.jusbrasil.com.br/noticias/145200123/biografia-de-guimaraes-rosa-pode-ser-comercializada?ref=topic_feed>. Acesso em: 7 jul. 2019.

Liberdade de expressão x Proteção à intimidade

Em grau recursal, a relatora ponderou que são diversos os trechos citados, mas não se pode dizer que eles abandonaram seu nato caráter secundário para assumir o protagonismo da obra, a ponto, inclusive, de "pôr em risco" a rentabilidade da obra da autora.

Por seu nítido cunho acessório – e, portanto, lícito –, a desembargadora afirmou, amparada pelo laudo pe-ricial, que "a obra de Alaor Barbosa, Sinfonia Minas Gerais, se sustenta e é útil ao conhecimento da vida do biografado e também como obra literária mesmo sem as referências à obra de Vilma Guimarães Rosa".

Sobre o conteúdo com referências e impressões pessoais do biografado, a relatora salientou:

"O candente debate nacional acerca das biografias não autorizadas, que, na atual conjuntura, se projeta assim sobre o plano legiferante como sobre o âmbito normas, não abrange, propriamente, o peculiar caso dos autos, em que, além de a obra chegar a ser criticada pelo excessivo cunho laudatório à pessoa de João Guimarães Rosa, sequer desce a aspectos delica-dos, polêmicos, com ênfase na vida pessoal e íntima do biografado, o que, a rigor, constitui a maior dificuldade em matéria de ponderação entre as liber-dades de expressão e de pensamento e a proteção à imagem e intimidade do biografado."

1 Qual é o principal fato relatado nessa notícia?

2 Qual é o título e a linha-fina dessa notícia? Por intermédio deles, é possível saber a que fato ela se refere?

3 Com base na notícia a respeito da biografia não autorizada de Guimarães Rosa, responda às pergun-tas tanto do lide quanto do corpo do texto.

a) Lide

Quem?

Onde?

candente: que brilha em chamas; acalorado.

legiferante: que se refere à legislação, às leis.

laudatório: em louvor, que louva.

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O quê?

b) Corpo do texto

Como?

Por quê?

4 Antes da leitura da notícia, é possível ao leitor identificar o fato que a gerou? Justifique sua resposta.

5 Você percebeu que as letras usadas na escrita do título da notícia são maiores e mais grossas do que as usadas no restante do texto? Em sua opinião, por que há essa diferença?

Livro de atividades24

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6 O fato gerador dessa notícia pode ter originado outras reportagens, publicadas por outros veículos de informação? Justifique sua resposta.

7 A divulgação dessa notícia tem interesse em alcançar que público-alvo?

8 Nas suas leituras e no seu contato anterior com noticiários (jornais, TV, rádio ou internet), você deve ter percebido algumas características comuns nas notícias. Com base em seu conhecimento e a res-peito dessas características, marque a alternativa correta em cada um dos itens a seguir.

a) Em uma notícia, os fatos relatados

( ) são reais.

( ) são fictícios.

b) O redator da notícia

( ) expressa sua opinião sobre os fatos.

( ) deve ser imparcial ao contar os fatos e não expressar sua opinião.

c) Os textos das notícias devem ser

( ) curtos e relatar os fatos de forma objetiva.

( ) extensos, para poderem explorar muitos detalhes sobre o fato.

d) A linguagem utilizada na escrita de uma notícia é

( ) informal, como em uma conversa entre amigos, podendo ser utilizadas muitas gírias.

( ) formal, sem recorrer a gírias, pois o perfil dos leitores é variado.

e) Os fatos relatados nas notícias

( ) são pessoais, tendo importância somente para as pessoas envolvidas no ocorrido.

( ) devem ter importância para a coletividade, seja de uma cidade, de um bairro ou de um setor da sociedade.

f) As notícias relatam

( ) acontecimentos atuais.

( ) fatos ocorridos há muito tempo.

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9 Você é a favor ou contra a proibição da biografia de uma pessoa sem sua prévia autorização? Organi-ze, no quadro abaixo, os argumentos mencionados no texto e outros que revelem seu ponto de vista.

10 Com base no texto lido e no que você aprendeu sobre o gênero notícia, preencha o quadro a seguir.

Sim Não

O texto apresenta a opinião de quem o escreveu?

A notícia informa um fato com detalhes, visando à precisão da informação?

O fato apresentado é atual?

O título é objetivo?

Ao ler o título, é possível saber o assunto da notícia?

A forma verbal do título está no tempo passado?

A imagem representa uma informação contida no texto?

Para a escrita da notícia, há uma sequência em que as informações são apresentadas. Por exemplo, no primeiro parágrafo são apresentadas as informações mais relevantes sobre o tema e, em seguida, as explicações mais detalhadas. Essa técnica se chama pirâmide inverti-da. O desenho abaixo ilustra essa estrutura:

TÍTULO E SUBTÍTULO

LIDE

CORPO DO

TEXTO

Livro de atividades26

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11 Agora, descreva a função de cada uma das partes da pirâmide invertida.

a) Título e subtítulo

b) Lide

c) Corpo do texto

12 Por que as notícias apresentam essa estrutura em sua elaboração? Justifique sua resposta.

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Processo de formação de palavras: siglas e abreviaturas

Guimarães Rosa, escritor brasileiro cuja biografia foi discutida anteriormente na notícia, foi um hábil inventor de palavras. E também hoje, no dia a dia, novas formas de escrever algumas palavras têm sido criadas para facilitar a divulgação do que se pretende comunicar. Uma das maneiras de se fazer isso é por meio de siglas e abreviaturas.

Na internet, muitas são as siglas utilizadas. Observe algumas no texto a seguir.

Gírias nas redes sociais: tbt, pdp, up... o que significam e como usar?"Tbt", "crush", "up", "pdp" são algumas das gírias e hashtags populares nas nossas timelines. Mas, afinal, o que significam e como usá-las no marketing digital de uma empresa? As redes sociais têm vocabulário próprio e estar antenado é fundamental para manter a eficiência da comunicação e engajar nosso público, principalmente se nos direcionamos aos mais jovens.

Mas é preciso ter cuidados também. O meio digital é, naturalmente, mais informal e aberto a inovações, tanto no visual quanto na linguagem, mas não se deve perder de foco o posicionamento da marca. A comuni-cação on-line e off-line devem ser coerentes e adequadas à imagem que a empresa quer transmitir.

Gírias e hashtags: o que significam e como usar cada uma?#TBT – A hashtag vem do inglês e significa "Throwback Thursday", algo como "quinta-feira de retrocesso". É usada para postar imagens ou vídeos antigos.

Como usar: É excelente para resgatar a história da empresa, momentos marcantes, fatos importantes que aconteceram antes do boom das redes sociais. Pode ser usada em diferentes redes, principalmente Insta-gram e Facebook, e por todos os perfis de marcas, mesmo aquelas com comportamento mais formal. Mas só às quintas-feiras, ok?

UP – Já reparou que os posts do Facebook voltam a aparecer no topo da timeline sempre que recebem um comentário? Então, o "up" serve justamente para trazer de volta aquele post que já tinha se perdido na rede.

Como usar: Funciona principalmente nos grupos do Facebook, para resgatar um tópico que ainda mereça atenção. Na publicação da própria timeline, só em casos especiais, como uma informação antiga que voltou a ser muito relevante, por exemplo. A dica é usar com parcimônia e bom senso.

PDP – Pode pá. É usado pelos adolescentes para confirmação: "partiu", "claro", "tudo certo".

Como usar: Apenas se seu público for adolescente e o posicionamento da empresa for bastante informal, aí, #pdp.

BLANCQUAERT, Maite. Gírias nas redes sociais: tbt, pdp, up... o que significam e como usar? Disponível em: <https://www.agenciaeplan.com.br/single-post/2017/02/02/G%C3%ADrias-nas-redes-sociais-tbt-pdp-up-o-que-significam-e-como-usar>. Acesso em: 7 jul. 2019.

Livro de atividades28

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1 Além das siglas serem utilizadas nas comunicações em redes sociais, elas também identificam ins-tituições, organizações, impostos, etc. Decifre as siglas a seguir e, caso seja necessário, pesquise as que desconhecer.

CEP –

Detran –

Embratel –

Fifa –

Funai –

Fuvest –

IBGE –

Ibope –

IGPM –

IOF –

INSS –

IPI –

IR –

ISV –

ONU –

PIS –

Pasep –

Senac –

Senai –

SPC –

Unesco –

2 Escreva uma definição para siglas.

3 As abreviaturas também fazem parte do dia a dia e têm a função de agilizar a escrita na comunicação. Faça a contração das palavras a seguir e descreva as particularidades da formação delas.

a) Construção –

Pessoa –

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b) Século –

Número –

Página –

c) Bacharel –

Coronel –

Companhia –

Limitada –

4 Qual a diferença entre abreviatura e abreviação? Exemplifique.

Orações subordinadas substantivas objetivas

A oração subordinada é substantiva objetiva direta se exercer a função de ob-jeto direto do verbo da ora-ção principal.

1 Considere o período e observe o verbo destacado.

Os jornais informaram à população que o leite estava adulterado.

a) Qual é a transitividade do verbo informar?

b) Qual é o objeto indireto do verbo informar?

c) Qual é o objeto direto do verbo informar?

d) Classifique a oração subordinada presente no período.

A oração subordinada é substantiva objetiva indi-reta se exercer a função de objeto indireto do verbo da oração principal.

Livro de atividades30

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I. Desconfio de que não estou sozinho.

II. Tenho desconfiança de que não estou sozinho.

2 Assinale as alternativas em que há orações subordinadas substantivas objetivas indiretas.

a) Muitas pessoas ingerem medicamentos na esperança de que obterão a cura de suas doenças.

b) Duvido de que vocês consigam o autógrafo do piloto.

c) Os alunos tinham convicção de que obteriam bons resultados nas olimpíadas da escola.

d) Ninguém se esqueceu de que o relatório precisaria de revisões.

e) O médico tentou convencer a comunidade de que os animais não podem ser usados em experiências.

f) Conscientize as pessoas de que precisam combater a dengue.

g) Ele estava certo de que o emprego seria seu.

3 Classifique as orações subordinadas substantivas conforme a numeração a seguir.

I. Oração subordinada substantiva subjetiva

II. Oração subordinada substantiva objetiva direta

III. Oração subordinada substantiva objetiva indireta

a) ( ) Ele lembrou-se de que sofrera muitas injustiças.

b) ( ) É estranho que exijam tantos documentos.

c) ( ) Os garotos combinaram que sairiam escondidos.

d) ( ) A mulher precisava de que confiassem nela.

e) ( ) Eles desejavam que os seus sonhos fossem realizados.

f) ( ) Marta insistia em que não era culpada.

A oração subordinada é substantiva completiva no-minal se for complemento nominal de um termo da oração principal.

Obs.: As orações subordi-nadas substantivas obje-tiva indireta e completiva nominal são precedidas de preposição. No entanto, há casos em que essa preposi-ção pode estar implícita.

4 Classifique as orações a seguir, justificando sua resposta com argumentos coerentes.

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5 Na frase "Ele se convenceu de que não estava na hora de agir", há uma oração subordinada substantiva

a) objetiva indireta.

b) objetiva direta.

c) subjetiva.

d) apositiva.

e) predicativa.

6 A oração destacada no período a seguir é subordinada substantiva. Marque a alternativa que apre-senta sua classificação correta.

Não acho possível que um ídolo morra para seu fã.

a) Apositiva

b) Completiva nominal

c) Predicativa

d) Subjetiva

e) Objetiva direta

7 Indique a função sintática dos termos destacados nas orações a seguir. Depois, transforme-os em orações, sem alterar o sentido da frase e empregando a conjunção integrante que.

a) O chefe tinha medo da superioridade do estagiário.

b) Só espero uma coisa: minha aprovação no concurso.

c) Seu receio era a chegada repentina do chefe.

d) Minha esperança é a conscientização das pessoas sobre a preservação do planeta.

8 Classifique as orações subordinadas substantivas destacadas nas orações a seguir, de acordo com a seguinte numeração:

I. Subordinada substantiva predicativa

II. Subordinada substantiva completiva nominal

III. Subordinada substantiva apositiva

a) ( ) Ela tinha receio de que o sol fosse muito forte.

b) ( ) Faço-lhe um pedido especial: que você leve mais a sério seu trabalho.

c) ( ) Lembrou-se de um detalhe: que esquecera os documentos.

d) ( ) Os torcedores tinham certeza de que o time venceria.

e) ( ) O importante é que a solidariedade sobreviva.

f) ( ) Meu sonho é que você seja feliz.

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4 Sinopse e resenha: gêneros que ajudam a escolher

Texto 1

Jogador Nº. 1

Ernest Cline

O ano é 2044 e a Terra não é mais a mesma. Fome, guer-ras e desemprego empurraram a humanidade para um estado de apatia nunca antes visto. Wade Watts é mais um dos que escapa da desanimadora realidade passando horas e horas conectado ao OASIS – uma utopia virtual global que permite aos usuários ser o que quiserem; um lugar onde se pode viver e se apaixonar em qualquer um dos mundos inspirados nos filmes, videogames e cultura pop dos anos 1980. Mas a possi-bilidade de existir em outra realidade não é o único atrativo do OASIS; o falecido James Halliday, bilionário e criador do jogo, escondeu em algum lugar desse imenso playground uma série de Easter

Eggs, e premiará com sua enorme fortuna – e poder – aquele que con-seguir desvendá-los. E Wade acabou de encontrar o primeiro deles.

JOGADOR nº. 1. Disponível em: <http://leya.com.br/jogador-n-1/>. Acesso em: 7 abr. 2019.

1 Conforme a sinopse acima, qual é o tema do livro Jogador nº. 1?

2 O que é OASIS? Cite o trecho da sinopse que explica esse termo.

utopia: lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.

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3 Relacione os nomes que aparecem no texto com sua descrição.

( a ) Ernest Cline

( b ) Wade Watts

( c ) James Halliday

Texto 2

Crítica | Jogador Nº. 1

Jogador Nº. 1 pode ser encarado como um filme de viagem no tempo, isso porque são indissociáveis os trabalhos que Steven Spielberg dedicou à juventude dos anos 80 com o longa baseado no livro de mesmo nome, do autor Ernest Cline, que inclusive faz menções ao diretor em sua obra. Responsável pela direção do clássico E.T. – O Extraterrestre (1982) e envolvido na produção e no roteiro da aventura Os Goonies (1985), o realizador evitou a autorreferência ao explorar os vários outros signos de cultura pop fornecidos pela publi-cação, tratando-a como a experiência visual que ela demonstra ser. Há um ditado popular que diz que o bom filho a casa torna, sendo assim, Spielberg volta a um lugar habitual, mais arraigado do que nunca ao que desenvolveu há três décadas.

( ) Fica horas conectado ao OASIS.

( ) Autor do livro.

( ) Encontrou o primeiro Easter Egg.( ) Bilionário e criador do jogo.

( ) Premiará com sua enorme fortuna – e poder – aquele que conseguir desvendar os Easter Eggs.

4 OASIS é uma sigla para Ontologically Anthropocentric Sensory Immersive Simulation, cuja tradução seria "Simulação Imersiva Sensorial Ontologicamente Antropocêntrica". Elabore um glossário para as palavras que você não conhece dessa sigla.

5 A sigla forma a palavra oásis. Há alguma relação entre o sentido gerado pelos termos que formam a sigla e essa palavra?

6 Qual é a função de uma sinopse?

7 Na hora de escolher o que ler, assistir, etc., caso haja dúvida sobre o conteúdo a ser consumido, há um gênero que tem como função auxiliar nesse tipo de situação. Tal gênero também tem como característica informar sobre lançamentos de livros, filmes, peças de teatro, etc. Esse gênero é a(o)a) injuntivo. b) resenha. c) resumo. d) sinopse. e) poético.

Justifique sua resposta.

Livro de atividades34

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A morte de James Halliday (Mark Rylance), designer trilionário responsável pela criação do game, desencadeia uma busca infindável por easter eggs que ele espalha no sistema virtual, que levam a três chaves que darão acesso aos seus ganhos incalculáveis. Contudo, para desvendá-los, Watts contará com a ajuda de seu amigo Aech (Lena Waithe) e de Art3mis (Olivia Cooke), garota destemida que conhece em suas incursões pelo jogo, nascendo assim uma paixão cibernética.

Mesmo com doses cavalares de maniqueísmo, o roteiro de Zak Penn e de Cline sabe uti-lizar isso a seu favor, ao expor justificativas plausíveis para a aceitação da imutável imagem tanto do bem quanto do mal. A cena em que Nolan Sorrento (Ben Mendelsohn), chefe da em-presa multinacional IOI (Innovative Online Industries, que planeja tomar para si o OASIS), dá início à caçada por Parzival (nome de Watts no jogo) evidencia o seu constante apego a meios escusos, responsáveis por suas decisões desumanas e covardes, quase sempre executadas por terceiros, exibindo a mutilação afetiva e moral alusiva à sua inescrupulosa figura. Cada ação do personagem vai de encontro à gama de operações maléficas pensada pelos roteiristas, le-vando o espectador a não se importar com essa demarcação ferrenha, por mais explícita que seja, competência da envolvente profusão de componentes da história.

Num filme em que os limites da realidade esbarram na própria imaginação, o acréscimo de músicas dos anos 80 se integra com tanta naturalidade à narrativa, que [elas] parecem ori-ginais, feitas sob encomenda para o longa. Nunca inserções de canções de Van Halen, George Michael e Blondie caíram como uma luva dessa forma em uma produção, que aqui encontra o seu ápice em Everybody Wants To Rule The World, do duo britânico de rock e new wave Tears For Fears, cujo título já confirma a gana pelo poder diante da disputa pela fortuna de Halliday.

Jogador Nº. 1 também referencia o cinema, onde quem ocupa o maior dos lugares é o di-retor Stanley Kubrick, ao ter alguns dos cenários do Hotel Overlook, de O Iluminado (1980), expostos durante a captura de uma das chaves. Entretanto, alusões a Clube dos Cinco (1985) e Curtindo a Vida Adoidado (1986), de John Hughes, complementam diálogos, bem como uma rápida menção a Robert Zemeckis (da trilogia De Volta Para o Futuro, 1985, 1989 e 1990), tendo o seu sobrenome vinculado a um cubo, que tem como função uma volta no tempo de alguns segundos, artefato que auxilia Watts num calamitoso momento de sua jornada.

Engenhoso ao conseguir manter o interesse contínuo do espectador a partir do desen-rolar de seus enigmas, exprimidos em meio a suntuosos efeitos visuais, Jogador Nº. 1 desa-celera somente nos momentos em que o seu quebra-cabeça está prestes a ser finalizado, atribuindo candura à figura tão peculiar de James Halliday, que tem a sua inadequação re-velada perante o mundo real. O fato de não se sentir à vontade o levou a criar OASIS, declaração que alinhava todas as pontas do enredo e faz com que o pú-blico compreenda o aspecto outsider de um homem tão bem-sucedido. A trama ainda exibe a potência de sua articula-ção ao realizar uma crítica sutil aos ob-cecados por games, que passam tempo demais desconectados da realidade, perdendo o traquejo social, tão impres-cindível em sociedade. ©

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Familiarizado a esse tipo de narrativa, Spielberg faz da nostalgia a sua aliada em Jogador Nº. 1. Nessa tessitura de descoberta, não apenas dos easter eggs, mas da essência que enobre-ce o filme e toca os distintos estágios de composição em seu estado mais puro, ocorre a cer-tificação de que o diretor sempre encontrará nessa estrutura visual o seu santuário perpétuo, posto que, com ou sem a saudade de antanho, o longa reverbera nas mais diversas esferas.

CRÍTICA | Jogador nº. 1. Disponível em: <https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criticas/2018/03/critica-jogador-no-1>. Acesso em: 8 jul. 2019.

8 Os textos 1 e 2 apresentam o mesmo conteúdo? Explique sua resposta.

9 Faça um resumo descrevendo o gênero resenha crítica.

10 Com base na resenha crítica sobre o filme Jogador nº. 1, responda às questões a seguir.

a) Qual é o assunto da obra resenhada?

b) Segundo o crítico, o filme tem algum diferencial? Explique sua resposta.

c) Qual é a intenção do autor da resenha?

d) O leitor precisa de conhecimentos específicos para entender o que o autor quer comunicar? Por quê?

e) Em sua opinião, o texto é interessante? Justifique sua resposta.

f) Há imagens para acompanhar o texto? Em caso afirmativo, comente se a escolha foi adequada.

Livro de atividades36

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Orações subordinadas substantivas reduzidas 1 Compare os dois períodos.

I. Nossa esperança é que encontremos o colar roubado.

II. Nossa esperança é encontrar o colar roubado.

a) Quanto ao sentido, há diferença entre os períodos I e II? Explique sua resposta.

b) Há diferença entre esses períodos no que se refere ao uso de conjunções? Explique sua resposta.

c) A respeito dos tempos verbais das orações subordinadas, há dife-rença entre os períodos? Explique sua resposta.

2 Classifique as orações subordinadas a seguir como desenvolvidas ou reduzidas.

a) A moça fingia que odiava o rapaz.

b) Não é preciso nos lembrarmos dos fatos negativos.

c) É melhor que você não leia esse livro.

d) Só lhe peço uma coisa: não se atrasar para o ensaio.

e) Todos esperavam o cometa aparecer.

3 Identifique a função sintática das orações subordinadas substantivas reduzidas de infinitivo em destaque.

I. Sujeito

II. Objeto direto

III. Objeto indireto

IV. Complemento nominal

V. Aposto

( ) Tornara-se possível construir um novo prédio para a biblioteca.

( ) Habituamo-nos a encontrá-la na rua com a sacola de compras.

( ) Eu não imaginava ser classificado para a final do concurso.

( ) Muitas pessoas se envolvem na mesma luta: preservar o planeta.

( ) É muito importante para o pai aproveitar a infância de seus filhos.

( ) Aquele time tinha consciência de ser inexperiente para a competição.

( ) O guia afirmou conhecer bem o caminho.

( ) Desejamos isto: tratar todos com dignidade.

( ) Envergonho-me de ter agido tão intempestivamente.

As orações subordinadas substantivas apresentam o verbo conjugado e, normal-mente, são introduzidas pe-las conjunções integrantes que e se. Quando elas são compostas dessa forma, são chamadas de desenvol-vidas. Por sua vez, quando não apresentam conjunção e o verbo está em uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio), são denominadas reduzidas.

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Produção de texto 1 – Biografia

PreparaçãoAlém da biografia romanceada de Edgar Allan Poe, você leu uma biografia tradicional a

respeito desse polêmico escritor, que teve uma vida cheia de incidentes. Agora, sua tarefa é produzir a biografia de uma personalidade que considere interessante.

Escolha uma personalidade (músico, escritor, poe-ta, etc.) e realize uma pesquisa sobre ela em fontes confiáveis.

Selecione as informações que devem constar na biografia. Utilize apenas aquelas que podem ser comprovadas.

Escreva o texto em prosa e em 3ª. pessoa, organi-zando-o em parágrafos.

Elabore um título atraente.

Revise seu texto.

Produção

AvaliaçãoSim Em parte Não

Você escolheu uma personalidade?

Fez uma pesquisa sobre a vida dela?

Selecionou uma parte da história a ser relatada?

Inseriu um título chamativo?

O corpo do texto está estruturado em parágrafos?

O texto foi escrito em prosa e em 3ª. pessoa?

O texto foi revisado?

Livro de atividades38

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Produção de texto 2 – Biografia romanceada

PreparaçãoO foco de estudo do capítulo 1 foi a biografia romanceada. Uma de suas características

é unir, por meio da elaboração narrativa do gênero romance, documentos e informações que ficaram desconexos no levantamento dos historiadores.

Nesta proposta, você deverá elaborar a biografia romanceada de uma personalidade – pode ser a mesma da produção anterior, se desejar. Caso prefira escolher outra pessoa, pesquise a vida dela em fontes confiáveis, utilizando apenas informações que possam ser comprovadas.

Selecione as informações que devem constar na biografia romanceada.

Escreva o texto em prosa e em 3ª. pessoa, organizando-o em parágrafos.

Se possível, insira declarações do biografado.

Elabore um título atraente.

Revise seu texto.

Produção

AvaliaçãoSim Em parte Não

Você escolheu uma personalidade?

Fez uma pesquisa sobre a vida dela?

Selecionou uma parte da história a ser relatada?

Inseriu um título chamativo?

O corpo do texto está estruturado em parágrafos?

O texto foi escrito em prosa e em 3ª. pessoa?

Caso haja discursos diretos, eles foram devidamente sinalizados?

O texto foi revisado?

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Produção de texto 3 – Memória literária

PreparaçãoVocê leu uma memória literária escrita por Rostand Paraíso. Esse autor, que ocupa uma ca-

deira da Academia Pernambucana de Letras, narra memórias de sua infância. A escolha de pa-lavras utilizadas no texto remete à época em que ele era criança, o que dá mais vivacidade ao relato. Agora, você será a personalidade cujas memórias serão retratadas.

Escolha o episódio de sua vida que será contado, definindo o começo e o final do recorte.

Mantenha-se fiel aos acontecimentos. Não é preciso inventar situações mirabolan-tes para que sua história seja interessante.

Situe a narrativa em relação ao tempo e ao espaço (quando e onde aconteceu).

Mencione alguns detalhes importantes, pois o contexto pode ajudar na com-preensão dos fatos.

Apresente os personagens da narrativa.

Faça um rascunho do texto, verificando se as ideias foram apresentadas em uma sequência lógica e se não foram excluídas informações essenciais ao entendimen-to da narrativa.

Escreva o texto em prosa, em 1ª. pessoa e no pretérito. Organize-o em parágrafos não muito longos.

Elabore um título atraente.

Redija a versão final do texto e revise-o, pensando no público-alvo.

Produção

AvaliaçãoSim Em parte Não

Você definiu o episódio de sua vida a ser contado?

Inseriu um título chamativo?

Manteve-se fiel aos acontecimentos?

Apresentou os personagens da narrativa?

O corpo do texto está estruturado em parágrafos breves?

O texto foi escrito em prosa, em 1ª. pessoa e no pretérito?

O texto foi revisado?

Livro de atividades40

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Produção de texto 4 – Sinopse

PreparaçãoVocê leu uma sinopse e uma resenha crítica do filme Jogador nº. 1, baseado no livro do

escritor Ernest Cline e dirigido por Steven Spielberg, e pôde entender a diferença entre as fun-cionalidades desses gêneros. Seu trabalho, agora, é elaborar uma sinopse de uma produção artística.

A sinopse é um recurso importante para estimular o interesse do público por determinada obra, na medida em que contém as informações-chave da história.

Escolha uma produção artística.

Aprecie a obra de forma atenta, anotando os deta-lhes importantes.

Selecione as informações que devem constar na sinopse, referentes aos personagens e ao desdo-bramento do enredo, por exemplo.

Identifique a obra e o autor.

Elabore uma apresentação sobre a obra escolhida, descrevendo sua estrutura e seu conteúdo.

Redija a versão final do texto e revise-o.

Produção

AvaliaçãoSim Em parte Não

Você identificou a obra e o autor?

Apresentou os personagens e o enredo?

Mencionou detalhes da obra?

Ao produzir a sinopse, buscou despertar o interesse do público pela obra?

O texto foi revisado?

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Produção de texto 5 – Resenha crítica

PreparaçãoProduza uma resenha crítica sobre a mesma obra apresentada na sinopse. Um dos objeti-

vos desse gênero textual é sintetizar informações sobre uma obra, portanto a linguagem usa-da deve ser objetiva e clara. Além da descrição da obra, esse tipo de resenha deve conter uma avaliação da produção artística abordada, isto é, a crítica propriamente dita.

Escolha uma produção artística.

Aprecie a obra de forma atenta, anotando suas qualidades, seus defeitos e detalhes importantes.

Selecione as informações que devem constar na resenha, como críticas, sugestões e opiniões em geral.

Identifique a obra e o autor.

Elabore uma apresentação sobre a obra escolhida, descrevendo sua estrutura e seu conteúdo.

Analise a obra de forma crítica e escreva um pará-grafo recomendando-a ao público.

Insira uma imagem que dialogue com sua resenha.

Redija a versão final do texto e revise-o.

Assine a resenha, identificando-se.

Produção

AvaliaçãoSim Em parte Não

Você apresentou comentários pertinentes relativos à sua análise?

Mencionou detalhes da obra?

Inseriu uma imagem que representa a obra analisada?

O texto foi revisado?

Livro de atividades42

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PoemaVocê vem estudando o gênero textual poema desde o 1º. ano. Então, já deve conhecer vários

de seus elementos constitutivos.

Na sequência, você vai analisar alguns poemas, em sua forma e seu conteúdo.

Cassiano Ricardo Leite dedicou-se à literatura e ao jornalismo. Criou revis-tas literárias e movimen-tos políticos. Faleceu em 1974, aos 79 anos.

5 Poema: reflexo da alma e do pensamento

Poética

1

Que é a Poesia?

uma ilha

cercada

de palavras

por todos

os lados

2

Que é o Poeta?

um homem

que trabalha

com o suor do seu rosto.

Um homem

que tem fome

como qualquer outro homem.

RICARDO, Cassiano. Poética. In: MOREIRA, Luiza F. (Org.). Coleção melhores poemas. São Paulo: Global, 2003.

1 O texto de Cassiano Ricardo pode ser identificado, quanto à forma, como um poema? Por quê?

2 Qual é o tema desse texto?

3 Nesse texto, Cassiano Ricardo

( ) aborda o fazer poético.

( ) define o que é uma ilha.

( ) discorre sobre o ofício do poeta.

( ) define o poeta como um ser especial.

4 Cassiano Ricardo expõe a Poesia e o Poeta como elementos do fazer poético. No texto em questão, como ele caracteriza esses elementos?

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5 Como o poeta é caracterizado?

6 Por que as palavras "Poesia" e "Poeta" estão escritas com inicial maiúscula?

7 Pesquise, no dicionário, definições das palavras poesia e poeta. Re-gistre aquelas que se aproximem das definições presentes no boxe ao lado.

8 Com base no que você encontrou no dicionário, elabore conceitua-ções de poesia, poeta e poema.

Leia um poema de Elias José e conheça outra maneira de se referir ao fazer poético.

JOSÉ, Elias. Tem tudo a ver. In: JOSÉ, Elias et al. Palavras de encantamento. São Paulo: Moderna, 2001. (Literatura em minha casa).

Tem tudo a ver

A poesia

tem tudo a ver

com tua dor e alegrias,

com as cores, as formas, os cheiros,

os sabores e a música

do mundo.

A poesia

tem tudo a ver

com o sorriso da criança,

o diálogo dos namorados,

as lágrimas diante da morte,

os olhos pedindo pão.

A poesia

tem tudo a ver

com a plumagem, o voo e o canto,

a veloz acrobacia dos peixes,

as cores todas do arco-íris,

o ritmo dos rios e cachoeiras,

o brilho da lua, do sol e das estrelas,

a explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia

− é só abrir os olhos e ver −

tem tudo a ver

com tudo.

Poema é o "objeto"

poético, o texto no qual

a poesia se realiza. É uma

forma como o soneto,

que tem dois quartetos e

dois tercetos, ou quatorze

versos juntos, como

é conhecido o soneto

inglês.

Poesia é uma

manifestação cultural,

criativa, expressiva do

homem; é uma forma de

conhecimento intuitivo,

nunca podendo ser

confundido o termo

poesia com outro

correlato: o poema.

BRASIL, Assis.

Vocabulário técnico de

literatura. São Paulo:

Tecnoprint, 1979.

Livro de atividades44

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9 O que significa a expressão "tem tudo a ver"?

10 Na primeira estrofe, alguns termos estão associados aos cinco sentidos. Que palavra foi usada para fazer referência

a) ao olfato?

b) à visão?

c) ao tato?

d) ao paladar?

e) à audição?

11 Na primeira estrofe, o eu lírico, essa voz que fala no poema, afirma: "A poesia/tem tudo a ver/com tua dor e alegrias". A quem o pronome em destaque se refere?

12 Releia o trecho a seguir.

A poesia

tem tudo a ver

com a plumagem, o voo e o canto

a) Embora não esteja explícito no poema, podemos identificar que os elementos destacados se referem a um animal. A qual?

b) Por que o autor compara a poesia a esse animal?

13 Relacione cada estrofe à ideia geral nela contida.

( A ) 1ª. estrofe

( B ) 2ª. estrofe

( C ) 3ª. estrofe

( D ) 4ª. estrofe

( E ) 5ª. estrofe

( ) Sentimentos e percepções.

( ) Tudo é poesia.

( ) Movimento e liberdade.

( ) Natureza.

( ) Emoções.

14 No poema, apresentam-se sentimentos, ações, objetos, qualidades e estados que têm tudo a ver com a poesia. O que mais, em sua opinião, tem tudo a ver com a poesia?

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Leia, agora, um texto de Roseana Murray sobre esse mesmo tema.

O poeta

O poeta vai tirando da vida

os seus poemas

como pássaros desobedientes

e amestrados.

A palavra é seu castelo,

sua árvore encantada,

abracadabra construindo o universo.

MURRAY, Roseana. A bailarina e outros poemas. São Paulo: Moderna, 2001. (Literatura em minha casa).

15 De acordo com o texto, o que serve de inspiração ao poeta? Em que verso isso fica evidente?

16 Com o que o poeta constrói seu mundo?

17 A que o poema é comparado?

18 De que modo o poeta constrói o universo?

19 Leia com atenção o poema a seguir.

Os poemas

Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam voo

como de um alçapão.

Eles não têm pouso

nem porto;

alimentam-se um instante em cada

par de mãos e partem.

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

no maravilhado espanto de saberes

que o alimento deles já estava em ti...

QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.

Mário Quintana foi um dos mais importantes poetas da literatura brasileira. Morreu aos 89 anos e deixou uma vasta produção literária, que inclui poemas, traduções e matérias jornalísticas.

Livro de atividades46

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a) Esses versos sugerem que um possível efeito dos poemas no leitor é

( ) alimentá-lo com novas perspectivas e opções.

( ) revelar a ele sensações e pensamentos.

( ) deixá-lo maravilhado com a beleza e o encantamento dos textos.

b) A quem o eu lírico se dirige ao falar sobre o poema? Como é possível identificar isso?

20 Leia este outro texto de Quintana:

Mas o que quer dizer este poema? – perguntou-me alarmada a boa senhora.

E o que quer dizer uma nuvem? – respondi triunfante.

Uma nuvem – disse ela – umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...

QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.

Alguns tipos de intertextualidade:

a) Citação: retomada explícita de um fragmento de texto no corpo de outro texto.

b) Paráfrase: recuperação de um texto por outro, retomando seu processo de construção em seus efeitos de

sentido.

c) Paródia: forma de apropriação que, em vez de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente.

d) Pastiche: imitação de outro

texto ou de um tipo textual. Esse termo, geralmente, é usado em sentido pejorativo.

a) A mulher mencionada no texto quer uma definição conotativa ou denotativa do "poema"? Explique sua resposta.

b) Qual é a intenção do eu lírico ao responder à mulher com outra pergunta?

Intertextualidade: paráfrase e paródiaUm mecanismo bem interessante que serve à construção

poética é a intertextualidade. Esse recurso é utilizado não ape-nas na literatura, mas em muitas outras artes e em diferentes áreas do conhecimento. Isso porque existem diversos tipos de intertextualidade, como você pode observar no quadro ao lado.

Leia, a seguir, textos que estabelecem entre si relações intertextuais.

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Texto 1

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 169.

21 Que elementos característicos do gênero poema estão presentes nesse texto? E quais estão ausentes?

22 O tema desse texto é

( ) a quadrilha, uma dança folclórica popular.

( ) o descompasso do amor.

( ) os desejos e o destino dos personagens.

( ) a história de vida dos personagens.

23 Como podemos entender o amor para os personagens do poema?

24 Que relação os personagens e seus amores estabelecem com o título Quadrilha?

Texto 2

Quadrilha da sujeira

João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili.

Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tam-pinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história.

AZEVEDO, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007.

Livro de atividades48

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25 De que forma ocorre a intertextualidade entre esse texto e o poema de Drummond, isto é, quais são os elementos recuperados por Ricardo Azevedo em Quadrilha da sujeira?

26 Nesse poema, Ricardo Azevedo troca a temática amorosa por qual problema social?

27 Que tipo de intertextualidade se estabelece entre os textos 1 e 2? Explique sua resposta.

Texto 3

Flor da idade

[...]

Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo

Que amava Juca que amava Dora que amava Carlos que amava Dora

Que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava

Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava

a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha

BUARQUE, Chico; PONTES, Paulo. Gota d’água: uma tragédia brasileira. São Paulo: Civilização Brasileira, 1992. p. 162.

28 Esse trecho faz parte da canção Flor da idade, composta por Chico Buarque para a peça Gota d’água, em 1973. Que elementos o compositor recupera do poema de Drummond?

29 Cite algumas diferenças entre o texto de Chico Buarque e o poema de Drummond.

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Poema concreto e poema visualLeia os textos a seguir para verificar o que você realmente aprendeu sobre os poemas

concreto e visual.

Texto 1

Gil Jorge é poeta, editor e pro-motor de eventos culturais. Além do livro Mínimas, publi-cado pela editora Chiado, em 2017, Gil divulga seus poemas em sua página na internet, em redes sociais e em várias revistas literárias (impressas e digitais).

JORGE, Gil. Cardume. Disponível em: <http://rapsodiabrasileira.com.br/?p=62>. Acesso em: 3 jul. 2019.

30 O poema de Gil Jorge pode ser considerado concreto porque

( ) dá ao texto uma dimensão gráfica.

( ) exige uma leitura linear, característica do discurso verbal.

( ) instaura a percepção instantânea do texto, própria da comunicação visual.

31 Que elementos gráficos atuam na construção de sentido do poema?

32 Identifique, nesse poema, os elementos que instauram uma ilusão de movimento.

33 É uma característica do poema concreto

( ) romper com a forma canônica de estruturação do poema em verso e estrofe.

( ) trabalhar sempre com linhas horizontais.

( ) tornar-se um objeto gráfico.

34 Explique a relação do texto com o título que lhe foi atribuído.

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Livro de atividades50

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Texto 2

35 Note que esse poema não tem palavras. Como a poeticidade é construída nele?

36 Geralmente, em poemas visuais e em poemas concretos, o título exerce um papel bastante impor-tante, porque

( ) pode funcionar como um elemento de ancoragem, ou seja, como condutor do sentido do visual.

( ) é o único elemento verbal.

( ) permite a ampliação do universo de sentido por meio de jogos de linguagem, como trocadilhos e neologismos.

37 Nesse poema visual, qual é a importância do título para a construção de sentido?

BRITO, Alexandre. Borboletra. Disponível em: <http://www.poemavisual.com.br/html/show_poeta.php?id=188>. Acesso em: 3 jul. 2019.

Desafio!!!Amplie seu repertório!

Pesquise, em livros de poesia ou na internet, outros poemas concretos ou visuais. Agrupe-os de acordo com características comuns, organizando uma coletânea. Crie, individual ou coletivamente, um álbum de poemas, anotando a referência completa de cada um deles.

38 Com a leitura dos textos 1 e 2, que diferenças de construção você percebe entre um poema concreto e um poema visual?

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Figuras de linguagem: figuras de somPara aprimorar seus conhecimentos sobre figuras de linguagem, observe atentamente

o esquema.

1 Leia uma tira de Fernando Gonsales.

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#25/4/2014>. Acesso em: 3 jul. 2019.

a) Que efeito de sentido a expressão "banho de língua com hidromassagem" provoca?

b) Que elementos são responsáveis pelo efeito de humor da tira?

c) Que figura de linguagem é empregada para simular o som produzido pela língua do gato (hi-dromassagem)?

Figuras de som

Figuras de palavras

Figuras de pensamento

Figu

ras

de li

ngua

gem

antítese

metáfora

hipérbole

aliteração

assonância

paronomásia

onomatopeia

©Fe

rnan

do

Go

nsal

es

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2 Leia um trecho do poema José, de Carlos Drummond de Andrade.

Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse a valsa vienense,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse...

Mas você não morre,

você é duro, José!

ANDRADE, Carlos Drummond de. José. In: ______. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 106-107.

a) Que figura de som pode ser observada nessa estrofe?

A tentação e o anagrama

Quem vê um fruto

Pensa logo em furto.

QUINTANA, Mário. A tentação e o anagrama. In: ______. Nova antologia poética. São Paulo: Globo, 2007.

Por que podemos afirmar que foram usadas três figuras de som nos termos sublinhados? Quais são elas?

4 Leia um trecho do poema Bolhas, de Cecília Meireles.

Olha a bolha d’água no galho!

Olha o orvalho!

Olha a bolha de vinho na rolha!

Olha a bolha!

Olha a bolha na mão que trabalha!

[...]

MEIRELES, Cecília. Bolhas. In: ______. Ou isto ou aquilo. São Paulo: Nova Fronteira, 1990. p. 19.

Qual é a figura de som presente nesses versos? Explique sua resposta.

( ) Aliteração. ( ) Paronomásia. ( ) Onomatopeia.

b) Qual elemento atua na construção dessa figura de som?

3 Leia o texto a seguir e responda à questão.

53

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Sentidos denotativo e conotativo 1 As frases a seguir apresentam sentido conotativo. Substitua as expressões destacadas explicitando

o sentido pretendido.

a) Luísa tem o coração de ouro.

b) Meus vizinhos vivem em pé de guerra.

c) Fernando fala pelos cotovelos.

d) Mais uma vez, tudo acabou em pizza.

2 Leia a tira a seguir.

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/bau.shtml>. Acesso em: 3 jul. 2019.

a) Que palavra gera duplo sentido na tira?

b) Explique o sentido denotativo da palavra.

c) Como o efeito de humor é construído na tira?

3 Explique como o efeito de humor é construído nesta tira, apontando os sentidos denotativo e cono-tativo dos recursos visuais e verbais:

THAVES, Bob. O Estado de S. Paulo, 13 maio 2008.

©Fe

rnan

do

Go

nsal

es

©Frank & Ernest, Bob Thaves 2008 Thaves/Dist. by Andrews McMeel Syndication

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6 Regulamento: organizando os espaços sociais

RegulamentoComo você já estudou, o gênero textual regulamento faz parte da esfera jurídica e tem

estrutura composicional e função específicas.

Leia o regulamento a seguir e observe os elementos que lhe são característicos.

PRECISAMOS DA IMAGEM MAIOR COMO NO PRIMEIRO PDF

DISPONIBILIZADO

CRIAPOESIA

ENCONTRO JUVENIL DO ATLÂNTICO

POESIA | POESIA VISUAL

5.ª EDIÇÃO

2018.2019

REGULAMENTO

ARTIGO 1º.

ENTIDADE PROMOTORA

A CRIAMAR – Associação de Solidariedade Social para o Desenvolvimento

e Apoio a Crianças e Jovens, reconhecida oficialmente como Instituição de Utilida-

de Pública, é uma proposta de intervenção de cariz humanista, nascida em 2007.

A Associação está vocacionada essencialmente para crianças e jovens

em risco da Região Autónoma da Madeira, abrangendo, desde a sua criação,

um universo de centenas de adolescentes. Ambicionando diversificar o seu leque

de atuação, as Oficinas de trabalho passam pelas Artes Plásticas, Desporto, Ex-

pressão Dramática e Literatura. A sua ação estende-se, também, às escolas da

Região, nomeadamente nos domínios das Artes Plásticas e da Literatura, como

complemento dos programas curriculares.

Atlântico, um concurso de Poesia e Poesia Visual que vai na sua 5.ª edição (2018/

2019) e que pretende ser uma forma de dar voz aos nossos jovens poetas-artistas.

ARTIGO 2º.

OBJETIVOS

-

diais: promover o gosto pela poesia visual e pela leitura de poesia; incentivar a

produção escrita em Português e Castelhano; relacionar a expressão escrita com

a expressão visual; desenvolver a criatividade a partir das ideias de um texto;

fomentar a criação poética; estimular a pesquisa de autores/obras nacionais; criar

um espaço comum de expressão criativa e poética, entre os arquipélagos da Ma-

deira, dos Açores, de Cabo Verde e das Canárias; proporcionar momentos de

convivialidade entre os jovens através de um intercâmbio entre as ilhas.

ARTIGO 3º.

CONCORRENTES

São admitidas candidaturas de concorrentes que sejam pessoas singulares

(não sendo permitidos trabalhos de grupo ou turma), de qualquer nacionalidade, fluen-

tes em língua portuguesa ou castelhana, com idade não superior a 23 anos (feitos

até ao dia 09.01.2019), que frequentem o 3º. ciclo ou o ensino secundário (do 7º. ao

12º. ano) nos arquipélagos da Madeira, dos Açores, de Cabo Verde ou das Canárias.

ARTIGO 4º.

APRESENTAÇÃO DAS OBRAS A CONCURSO

1. A inscrição no CriaPOESIA é obrigatória e deverá ser realizada até ao

dia 09.01.2019, exclusivamente a partir do formulário on-line disponibilizado para

o efeito. As obras devem ser rececionadas até essa data, através desse mesmo

formulário (como anexo, em campo próprio).

2. Os trabalhos de Poesia e Poesia Visual deverão ser inéditos e apresen-

tados em Português e/ou Castelhano1. Devem ainda obedecer às características

das categorias em questão e às Normas deste Regulamento, sob pena de serem

excluídos do concurso, caso não estejam em conformidade. Na seriação das obras,

ter-se-á em conta a originalidade, a criatividade e a técnica. Como motivo, poderá

ser utilizado até um verso de outro autor, que deverá ser devidamente identificado

em campo próprio, aquando do envio do trabalho, através do formulário de inscrição.

3. As obras de Poesia são enviadas unicamente através do formulário de

inscrição referido no ponto 1, devem ter correção ortográfica e não poderão ser

acompanhadas por ilustrações. Deverão ser apresentadas em ficheiro de formato

Word, numa única página A4, com o tipo de letra Calibri, tamanho 12, espa-

çamento 1,5 e todas as margens devem ser de 2,5 centímetros. Se o texto for

extenso, poderá ser apresentado em colunas.

4. Os trabalhos referentes à categoria de Poesia Visual deverão ser concebi-

dos em formato bidimensional e apenas num dos lados de um suporte A3. A com-

posição visual/gráfica resultante deverá ser original, podendo ser realizada de forma

digital e/ou com recurso a outras expressões artísticas, como a pintura, a fotografia, o

desenho e a colagem. No verso, deve ser indicada a orientação do trabalho, através

de uma seta, apontando para o TOPO da obra, bem como o seu título, caso tenha.

5. Os trabalhos da categoria de Poesia Visual, devido à sua especificidade

de formato/conteúdo, poderão ser entregues em mão, na sede da CRIAMAR, ou por

correio, para: Rua da Mouraria, nº. 9, 3º. B, 9000-047, Funchal (a data de carimbo

1 Apenas os alunos residentes nas Canárias poderão apresentar obras em Castelhano. Todos os outros terão de apresentar em Português.

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CRIAMAR – Associação de Solidariedade Social para o Desenvolvimento e Apoio a Crianças e Jovens. CriaPOESIA – Encontro Juvenil do Atlântico. Regulamento. Disponível em: <https://criamar.pt/wp-content/uploads/CriaPOESIA_2019_Regulamento.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2019.

1 A respeito da organização das informações nesse texto, assinale a afirmativa correta.

( ) Sua estrutura equivale à do texto poético, já que se trata de poesia.

( ) É dividido em partes, identificadas como artigos.

( ) Apresenta subdivisões de artigos em parágrafos e incisos.

( ) Cada artigo contém subtópicos, numerados com algarismos romanos.

Lembre-se! Embora possam, por vezes, ser consideradas sinônimas, as palavras regulamento e regimento, na esfera jurídica,

referem-se a gêneros diferentes, com funções distintas.

O regimento tem um caráter mais geral, uma vez que envolve um grande número de pessoas, e o regulamento diz respeito à regulação (conjunto de regras, normas e preceitos) de atividades diversas, de quaisquer campos: esportivo,

escolar, de trânsito, de condomínio, etc.

3. Quando o mérito artístico justificar, poderão ser atribuídas pelo Júri Men-

ções Honrosas.

4. Todos os concorrentes receberão um diploma de participação, bem como

as escolas a que pertencem.

ARTIGO 7º.

ENTREGA DE PRÉMIOS

1. A cerimónia de entrega dos prémios está prevista para o dia 11 de maio

de 2019, no Funchal, coincidindo com a inauguração da exposição das obras con-

correntes e o lançamento de um livro com os trabalhos premiados e os represen-

tantes de cada escola participante.

2. A referida cerimónia é pública, estando convidados os alunos e professo-

res participantes, bem como familiares, amigos e restante comunidade.

3. A CRIAMAR será responsável pela montagem e apresentação pública

dos trabalhos.

ARTIGO 8º.

DISPOSIÇÕES FINAIS

1. A CRIAMAR reserva a si o direito de propriedade sobre os trabalhos

premiados durante um período de 3 anos, a contar de janeiro de 2019.

2. A entrega dos originais pelos concorrentes representa, em si mesma,

uma declaração do conhecimento e da aceitação do presente regulamento.

3. Os trabalhos entregues em candidatura ficam na posse da CRIAMAR e

poderão ser utilizados para fins estritamente educativos.

4. Os autores autorizam a divulgação e utilização das obras literárias para

futuras publicações.

5. A CRIAMAR reserva-se o direito de anular o concurso em caso de os

trabalhos enviados não terem qualidade literária e visual para ser distinguidos.

6. Só podem ser submetidos a concurso trabalhos inéditos, pelo que qual-

quer indício de plágio será punido com a anulação da participação no concurso.

Funchal, setembro de 2018

dos CTT não poderá ultrapassar o prazo limite supramencionado). É obrigatório o

envio do trabalho em formato digital (digitalização, fotografia, etc.), com o tamanho

de 1754x2480 píxeis (aproximadamente), para exposição digital/livro, através do

formulário de inscrição.

5.1. No caso de entrega em mão ou envio por CTT, devem ser remetidos

estes elementos (numa folha à parte, de modo a que a obra em si não tenha

qualquer identificação do seu autor):

a) a obra, nos termos e com o formato previsto neste artigo;

b) número de identificação fiscal (NIF = N.º de Contribuinte);

c) indicação da escola a que pertence o autor e ano de escolaridade.

6. O tema dos trabalhos apresentados a concurso é livre.

7. Cada concorrente poderá apresentar apenas um trabalho de CADA ca-

tegoria, não havendo limite de participações por escola.

8. Se o trabalho tiver sido orientado por um docente, o seu nome e contacto

devem ser referidos no formulário de inscrição, no respetivo campo.

9. Os elementos que compõem a candidatura deverão ser remetidos numa

só comunicação eletrónica, sem prejuízo da possibilidade da comissão de seleção

das candidaturas poder solicitar e decidir a retificação ou complemento de algum

dos elementos recebidos.

ARTIGO 5º.

APRECIAÇÃO DAS OBRAS CONCORRENTES

1. Depois de rececionados os trabalhos, o Júri, constituído por individuali-

dades ligadas às áreas da Literatura e das Artes Visuais, convidadas pela CRIA-

MAR, irá analisar os trabalhos a concurso e definir os vencedores.

2. O Júri decide por maioria dos votos dos seus membros, livremente, de

acordo com o seu exclusivo critério, em todos e quaisquer aspetos, sendo a sua

decisão final, definitiva e irrecorrível, cabendo-lhe a resolução de casos omissos.

ARTIGO 6º.

PRÉMIOS

1. Serão atribuídos prémios aos dois melhores trabalhos de cada categoria

e ciclo de ensino, num total de oito.

2. Os prémios serão maletas criativas, que incluem livros e materiais das

áreas a concurso.

Livro de atividades56

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2 A que público esse regulamento se destina?

3 Que atividade esse texto regulamenta?

4 Qual é a finalidade da atividade regulamentada no texto?

5 Quais regiões são mencionadas no regulamento? Em que parte do texto consta essa informação?

6 Qual é a função do artigo 3.º desse regulamento?

7 Por que são aceitas no concurso produções escritas em português e em castelhano?

8 A língua portuguesa em que o regulamento foi escrito apresenta algumas peculiaridades. Explique essa afirmação.

9 Elencamos algumas peculiaridades linguísticas do português de Portugal presentes no texto. São palavras, expressões e construções sintáticas pouco usuais no Brasil. Identifique o sentido delas e seus correspondentes no português brasileiro.

Português de Portugal Português do Brasil

"cariz"

"convivialidade"

"rececionadas"

"seriação"

"aquando"

"entrega em mão"

"contacto"

"respetivo"

"eletrónica", "cerimónia", "prémios"

"apresentados a concurso"

"aspetos"

Desafio!!!Amplie seu repertório!

Você sabe onde ficam as regiões mencionadas no regulamento? Pesquise, na internet, informações sobre seus habitantes, seus costumes, suas características, etc., além de fotos desses lugares. Você vai se surpreender!

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10 De modo resumido, indique o conteúdo de cada artigo que constitui o regulamento.

Artigo Conteúdo

1.º

2.º

3.º

4.º

5.º

6.º

7.º

8.º

11 Em um texto normativo, a linguagem predominante é aquela que instrui ações de

( ) obrigatoriedade.

( ) necessidade.

( ) desejo.

( ) possibilidade.

12 Assinale as formas e as locuções verbais que expressam tais ações.

( ) "pretende ser"

( ) "podem ser"

( ) "são enviadas"

( ) "tem como objetivos"

( ) "devem ser"

( ) "receberão"

( ) "devem ter"

( ) "São admitidas"

( ) "não poderão ser"

( ) "Devem ainda obedecer"

13 Além das formas e das locuções verbais, há outros recursos linguísticos que produzem o efeito de sentido de obrigação. São eles:

( ) os advérbios exclusivamente, devidamente e unicamente.

( ) a expressão é possível.( ) a expressão é obrigatório.

( ) a expressão sob pena de.

( ) a expressão é aconselhável.( ) o advérbio provavelmente.

Livro de atividades58

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Cada concorrente poderá apresentar apenas um trabalho de CADA categoria [...]

Que efeito de sentido a palavra "apenas" instaura nessa frase?

16 Na medida em que o texto é um regulamento, pode-se dizer que ele é constituído de

( ) regras. ( ) leis. ( ) normas.

Pronome relativoObserve o esquema a seguir para relembrar os pronomes relativos.

Lembre-se!Os pronomes relativos são aqueles que substituem os nomes (substantivos) mencionados em uma oração anterior. Como retomam um termo, estabelecem uma ligação entre as orações.

PRONOMES RELATIVOS

Variáveis

InvariáveisMasculino Feminino

Singular Plural Singular Plural

o qual os quais a qual as quais que

cujo cujos cuja cujas quem

quanto quantos quanta quantas onde

1 Reescreva as orações unindo-as por meio de um pronome relativo.

a) Eu vi um homem. O homem era alto.

As orações que constituem esse período comunicam, respectivamente,

( ) uma possibilidade e uma condição.

( ) uma condição e uma possibilidade.

( ) uma causa e uma consequência.

( ) uma condição e uma consequência.

15 Releia a informação abaixo, presente no item 7 do artigo 4.º.

Se o texto for extenso, poderá ser apresentado em colunas.

14 Releia a informação a seguir, que consta no item 3 do artigo 4.º.

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b) Todos leram o livro. Lúcia sugeriu o livro.

c) Laura está escutando uma música. A música é muito bonita.

d) O garoto espera o ônibus. O ônibus está atrasado.

e) A garota é muito gentil. Pedi à garota ajuda para fazer a tarefa.

f) Ela estudou para a prova. A prova parece bastante difícil.

g) Ele vem de uma escola. A escola fica em um bairro distante.

2 Preencha as lacunas com os pronomes relativos adequados, fazendo as alterações necessárias.

a) A garota vi na biblioteca está estudando inglês comigo.

b) A cidade moro faz parte da região metropolitana.

c) Este é o garoto pai vive nos Estados Unidos.

d) Estes são os alunos deixaram de fazer a tarefa de casa.

e) Não conheço o colégio Maria estudou.

f) Marcelo ama aqueles cachorros, donas são suas vizinhas.

g) O médico confio é este.

o qual cujo quem

quanto onde que

Livro de atividades60

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7 Cordel: um poema narrativo

Cordel O texto que você vai ler agora é um cordel, no qual se narra a história de dois amantes e

um pavão misterioso.

Eu vou contar uma história de um Pavão Misteriosoque levantou voo na Gréciacom um rapaz corajosoraptando uma condessafilha dum conde orgulhoso

Residia na Turquiaum viúvo capitalistapai de dois filhos solteiroso mais velho João Batistaentão o filho mais novochamava-se Evangelista

O velho turco era donoduma fábrica de tecidoscom largas propriedadesdinheiro e bens possuídosdeu de herança a seus filhosporque eram bem unidos

Depois que o velho morreufizeram combinaçãoporque João Batistaconcordou com seu irmãoe foram negociarna mais perfeita união

Um dia João Batistapensou pela vaidadee disse a Evangelista:meu mano eu tenho vontadede visitar o estrangeirose não te deixar saudade

– Olha que nossa riquezase acha muito aumentada

e dessa nossa fortunaainda não gozei nadaportanto convém qu'eu passeum ano em terra afastada

Respondeu Evangelista:– Vai que aqui ficareiregendo o nosso negóciocomo sempre trabalheigaranto que nossos benscom cuidado zelarei

– Quero te fazer um pedido:procura no estrangeiroum objeto bonitosó para rapaz solteirotraz para mim de presenteembora custe dinheiro

[...]

João Batista entrou na Gréciadivertiu-se em passearcomprou passagem de bordoquando ia embarcarouviu um grego dizer:acho bom se demorar

João Batista perguntou:amigo, diga a verdadepor qual motivo o senhormanda eu ficar na cidade?disse o grego: vai haveruma grande novidade

– Mora aqui nesta cidadeum conde muito valente

mais soberbo do que Neropai duma filha somenteé a moça mais bonitaque há no tempo presente

– É a moça que eu falofilha do tal potentadoo pai tem ela escondidaem um quarto de sobradochama-se Creusa e criou-sesem nunca ter passeado

– De ano em ano essa moçabota a cabeça de forapara o povo adorá-lano espaço duma horapara ser vista outra veztem um ano de demora

– O conde não consentiu outro homem educá-lasó ele como pai delateve o poder de ensiná-laserá morto o criadoque dela ouvir a fala

– Os estrangeiros têm vindotomar o conhecimentoamanhã ela apareceao grande ajuntamentoé proibido pedir-sea mão dela a casamento

Então disse João Batista:agora vou demorar para ver essa princesaestrela deste lugar

Romance do pavão misterioso

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quando eu chegar na Turquiatenho muito que contar

Logo no segundo dia Creusa saiu à janela os fotógrafos se vexaram tirando o retrato dela quando inteirou uma hora desapareceu a donzela

João Batista viu depois um retratista vendendo alguns retratos de Creusavexou-se e foi dizendo: quanto quer pelo retrato?porque comprá-lo pretendo

O fotógrafo respondeu: lhe custa um conto de réis;João Batista ainda disse: eu comprava até por dez se o dinheiro fosse pouco empenharia os anéis

João Batista voltou da Grécia para a Turquia quando chegou em Meca cidade em que residia o seu mano Evangelista banqueteou o seu dia

Então disse Evangelista: meu mano, vai me contando se viste cousa bonita onde andaste passeando que me trouxe de presente vai logo me entregando

Respondeu João Batista: para ti trouxe um retrato duma condessa da Grécia moça que tem fino trato custou-me um conto de réis inda achei muito barato

Respondeu Evangelista depois duma gargalhada: neste caso, meu irmãopara mim não trouxe nada pois retrato de mulher é coisa bastante usada

– Sei que tem muitos retratos mas como o que trouxe não vais agora examiná-lo

entrego na tua mão quando vires a beleza mudarás de opinião

João Batista retirou o retrato duma mala entregou ao rapaz que estava em pé na sala mas quando viu o retrato quis falar, tremeu a fala

Evangelista voltou com o retrato na mão tremendo quase assustado perguntou a seu irmão se a moça do retrato tinha aquela perfeição

Respondeu João Batista:Creusa é muito mais formosa do que o retrato dela em beleza é preciosa tem o corpo desenhado por uma mão milagrosa

João Batista perguntou fazendo um ar de riso: que é isso, meu irmão? queres perder o juízo? já vi que este retrato vai te causar prejuízo

Respondeu Evangelista: pois meu irmão, eu te digo vou sair do meu país não posso ficar contigo pois a moça do retrato deixou-me a vida em perigo

João Batista falou sério: precipício não convém de que te serve ir embora por este mundo além em procura de uma moça que não casa com ninguém?

– Teu conselho não me serve estou impressionado rapaz sem moça bonita é um desaventurado se eu não casar com Creusa findo meus dias enforcado

– Vamos partir a riqueza que tenho a necessidade

dar balanço no dinheiro porque eu quero a metade e o que não posso levar dou-te de boa vontade

[...]

Logo que chegou na Grécia hospedou-se Evangelista em um hotel dos mais pobres negando assim sua pista só para ninguém saber que era um capitalista

Ali passou oito meses sem se dar a conhecer sempre andava disfarçado só para ninguém saber até que chegou o dia da donzela aparecer

[...]Às duas horas da tarde Creusa saiu à janela mostrando a sua beleza entre o conde e a mãe dela todos tiraram o chapéu em continência à donzela

Quando Evangelista viu o brilho da boniteza disse: vejo que meu mano quis me falar com franqueza pois esta gentil donzela é rainha de beleza

Evangelista voltou onde estava hospedado como não falou com a moça estava contrariado foi inventar uma ideia que lhe desse resultado

No outro dia saiu passeando Evangelista encontrou-se na cidade com um rapaz jornalista perguntou se não havia na praça um artista

Respondeu o jornalista: tem o doutor Edmundo na rua dos operários é engenheiro profundo para inventar maquinismo é ele o maior do mundo

Livro de atividades62

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Evangelista entrou na casa do engenheiro falando em língua grega negando ser estrangeiro lhe propondo um bom negócio oferecendo dinheiro

[...]

Respondeu-lhe Edmundo: na arte não tenho medo mas vejo que o amigo quer um negócio em segredo como precisa de mim me conte lá esse enredo

– Eu amo a filha do conde a mais formosa mulher se o doutor inventar um aparelho qualquer que eu possa falar com ela, pago o que o senhor quiser

[...]

O grande artista Edmundo desenhou uma invenção fazendo um aeroplano de pequena dimensão fabricado de alumínio com importante armação

Movido a motor elétrico depósito de gasolina com locomoção macia que não fazia buzina a obra mais importante que fez em sua oficina

Tinha cauda como leque as asas como pavão pescoço, cabeça e bico alavanca, chave e botão voava igual ao vento para qualquer direção

Quando Edmundo findou disse pra Evangelista: sua obra está perfeita ficou com bonita vista o senhor tem que saber que Edmundo é artista

– Eu fiz um aeroplanoda forma de um pavãoque arma e se desarma

comprimindo num botãoe carrega dez arrobas3 léguas acima do chão

[...]

Então disse o jovem turco:muito obrigado fiqueido pavão e dos presentespara a luta me armeiamanhã à meia-noitecom Creusa conversarei

À meia-noite o pavãodo muro se levantoucom as lâmpadas apagadascomo uma flecha vooubem no palácio do condena cumeeira aterrou

Evangelista em silêncio cinco telhas arredou um buraco de dois palmos caibros e ripas serrou e pendurou uma corda por ela se escorregou

Chegou no quarto de Creusa onde dormia a donzela debaixo dum cortinado feito de seda amarela e ele para acordá-la pôs a mão na testa dela

A moça estremeceu acordou no mesmo instante e viu um rapaz estranho de rosto muito elegante que sorria para ela com um olhar fascinante

Então Creusa deu um grito: papai, um desconhecido!entrou aqui no meu quarto sujeito muito atrevido venha depressa, papai pode ser algum bandido!

O rapaz lhe disse: moça entre nós não há perigo estou pronto a defendê-la como um verdadeiro amigo venho é saber se a senhora quer se casar comigo

O jovem puxou o lenço no nariz dela tocou

deu uma vertigem na moçade repente desmaioue ele subiu na cordachegando em cima tirou

[...]

O conde acordou aflitoquando ouviu a zuadaentrou no quarto da filhadesembainhou a espadamas encontrou-a sem sentidosdez minutos desmaiada

Procurou por todo cantocom a espada na mãoberrando e soltando pragascolérico como um leãodizendo: onde encontrá-loeu mato esse ladrão!

Creusa lhe disse: papaipois eu vi nesse momentoum jovem rico e eleganteme falando a casamentonão vi quando ele encantou-seporque deu-me o passamento

Disse o conde: nesse caso tu já estais a sonhar moça de dezoito anos já pensando em se casar se te aparecer casamento eu saberei desmanchar

Evangelista chegou às duas da madrugada assentou o seu pavão sem que fizesse zuada desceu pela mesma trilha na corda dependurada

Creusa estava deitada dormindo o sono inocente seus cabelos como um véu que enfeita puramente como um anjo terreal que tem lábios sorridentes

O rapaz muito sutil foi pegando na mão dela então a moça acordou-se ele garantiu a ela que não era malfazejo; – Não tenha medo, donzela

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A moça interrogou-o dizendo: quem é o senhor?disse ele: sou estrangeirote consagrei grande amor se não fores minha esposa a vida não tem valor

Creusa achou impossívelo moço entrar no sobradoentão perguntou a elede que jeito tinha entradoe disse: vai me dizendose és vivo ou encantado

– Como eu te tenho amorme arrisco fora da horaó moça não negue o sima quem tanto te adora;Creusa aí gritou: papaivenha ver o homem agora!

Ele aí passou o lençoela caiu sem sentidoele subiu pela cordapor onde tinha descidoao chegar em cima disse: o conde será vencido

[...]

Até que a moça tornoudisse o conde: é um caso sériosou fidalgo muito ricoatentado em meu critériomas nós vamos descobriro autor deste mistério

– Minha filha, eu já penseium plano muito sagazpassa essa banha amarelana cabeça desse audazsó assim descobriremosesse anjo ou satanás

[...]

Depois de sessenta dias alta noite em nevoeiro Evangelista chegou em seu pavão tão maneiro desceu pela mesma trilha a seu modo traiçoeiro

Já era a terceira vez que Evangelista entrava no quarto em que a condessa à noite se agasalha pela força do amor o rapaz se arriscava

Com um pouco a moça acordou-se foi logo dizendo assim: tu tens dito que me amas com um bem-querer sem fim se me amas com respeito te sentas perto de mim

Evangelista sentou-se pôs-se a conversar com ela trocando risos esperava a resposta da donzela ela pôs-lhe a mão na cabeça espalhou a banha amarela

A condessa levantou-se com vontade de gritar o rapaz tocou-lhe o lenço sentiu ela desmaiar deixou-a numa síncope tratou de se retirar

[...]

Creusa lhe disse: papaieu cumpri o seu mandado o rapaz apareceu-me mas achei-o delicado passei-lhe a banha amarela e ele saiu marcado

O conde disse aos soldados que a cidade patrulhassem tomassem os chapéus dos homens que nas ruas encontrassem um de cabelo amarelo ou rico ou pobre pegassem

Evangelista vestiu-se em roupa de alugado encontrou com a patrulha o seu chapéu foi tirado viram o cabelo amarelo disseram: esteja intimado

[...]

Respondeu Evangelista: também me façam um favor enquanto eu vou vestir minha roupa superior na classe de gente rica ninguém pisa em meu valor

Disseram: pode mudar sua roupa de nobreza a moça bem que dizia que o rapaz tinha riqueza vamos ganhar umas luvas e o conde uma surpresa

[...]

Quando o soldado subiugritou: perdemos a ação fugiu o moço voando de longe vejo o pavão zombou da nossa patrulha;aquele moço é o cão!

Voltaram e disseram ao conde que o rapaz tinham encontrado mas do olho duma palmeira o rapaz tinha voadodisse o conde: é o diaboque com Creusa tem falado

Creusa sabendo da história chorava de arrependida por ter marcado o rapaz com banha desconhecida disse: nunca mais terei sossego na minha vida!

[...]

O rapaz que me tem amorsó queria vê-lo agorapara cair em seus braçoscomo a infeliz que choraembora que eu depoismorresse na mesma hora!

– Eu sei bem que para elenão mereço confiançaenquanto ele vinha aquieu ainda tinha esperançade sair desta cadeiaque dá sentença a criança!

Livro de atividades64

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Às quatro da madrugadaEvangelista desceuCreusa estava acordadanunca mais adormeceua moça estava chorandoo rapaz apareceu

O jovem cumprimentou-adeu-lhe um aperto de mãoa condessa ajoelhou-separa lhe pedir perdãodisse: papai me mandoueu fazer-te a traição

O rapaz disse: meninaa mim não fizeste maltoda moça é inocentetem seu papel virginalcerimônia de donzelaé coisa mui natural

– Todo meu sonho douradoé te fazer minha senhorase queres casar comigote arrumas e vamos emborasenão o dia amanhecee se perde a nossa hora

– Se o senhor é homem sérioe comigo quer casar pois tome conta de mimaqui não quero ficarse eu falar em casamentopapai manda me matar

– Embora que teu pai mandetropa e navios nos maresminha viagem é aéreameu cavalo anda nos aresnós vamos fugir daquicasar em outros lugares

Creusa estava empacotandoo vestido mais eleganteo conde entrou no quartoe dando um berro vibrantedizendo: filha malditavais morrer com teu amante!

O conde rangendo os dentesavançou com passo extensodeu um pontapé na filhadizendo: sou eu quem venço!logo no nariz do condeo rapaz passou o lenço

Ouviu-se o baque do condeporque rolou desmaiadoa última cena do lençodeixou-o magnetizadodisse o moço: tem 10 minutospra sairmos do sobrado

Creusa disse: estou prontajá podemos ir emborasubiram por uma cordaaté que saíram forase aproximava a alvoradapela cortina da aurora

Com pouco o conde acordouviu a corda penduradana coberta do sobradodistinguiu-se uma zuadae as lâmpadas do aparelhomostrando luz variada

A gaita do pavãotocando com rouca vozo monstro de olhos de fogoprojetando os seus faróiso conde mandando pragasdisse Creusa: é contra nós

[...]

O conde olha para a cordaviu o buraco no telhadocomo tinha sido vencidopelo rapaz atiladoadoeceu só de raivamorreu por não ser vingado

Logo que Evangelistafoi chegando na Turquiacom a condessa da Gréciafidalga da monarquia

em casa de João Batistacasaram no mesmo dia [...]

Enquanto Evangelistagozava imensa alegriachegava um telegramada Grécia para a Turquiachamando a condessa Creusapelo motivo que havia

Dizia o telegrama:"Creusa, vem com teu maridoreceber a tua herançao conde já é falecidotua mãe deseja vero genro desconhecido"

[...]

Os noivos tomaram assentono pavão de alumínioe o monstro levantou-sefoi ficando pequeninocontinuou o seu voono rumo do seu destino

Na cidade de Atenas estava a população esperando pela volta do aeroplano ou pavão ou o cavalo do espaço que imita o avião

[...]

E também a mãe de Creusajá esperava vexadaa filha mais tarde entroumuito bem acompanhadade braço com o seu noivodisse: mamãe, estou casada

Disse a velha: minha filhasaíste do cativeirofizeste bem em fugire casar no estrangeirotomem conta da herançameu genro é meu herdeiro

FERREIRA, João M. Romance do pavão misterioso. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jn000008.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2019.

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1 Esse texto é literatura de cordel. Isso significa dizer que ele é

( ) um poema.

( ) um poema narrativo.

( ) um conto.

( ) uma história.

2 Esse cordel recupera alguns elementos históricos ao fazer referência

( ) a elementos da cultura europeia (Grécia, Nero, etc.).

( ) à invenção do avião, simbolizado pelo "pavão misterioso".

( ) a pessoas da nobreza, como o conde e sua filha condessa.

( ) à Idade Média, a castelos e a princesas que precisam ser salvas por um príncipe encantado.

( ) à Idade Média, pois o tratamento "donzela", dado por Evangelista à moça, corresponde ao títu-lo reservado às filhas de reis e de fidalgos antes de se casarem.

3 Identifique os elementos da narrativa presentes nesse poema.

Narrador

Personagens

Espaço

Tempo

Enredo

Lembre-se!Protagonista é o personagem principal, em torno do qual a trama é construída.

Antagonista é o personagem que se opõe às ações do protagonista.Adjuvante é o personagem que ajuda o(s) protagonista(s) a alcançar seus objetivos.

4 Que elementos da narrativa pertencem ao plano do real? E ao plano do fantástico, do maravilhoso?

5 Esse poema estabelece uma relação intertextual com uma canção da MPB. Realize uma pesquisa para descobrir qual é essa canção e indique os elementos semelhantes entre eles.

Dica

Busque, em sites de

compartilhamento de áudio

ou vídeo, a canção Pavão

misterioso, de Ednardo.

Ouça-a e compare-a com o

cordel.

Livro de atividades66

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6 Quais características do texto lhe permitem ser identificado como um poema?

7 Como é o esquema de rimas nesse poema?

8 Além dessa rima, que recursos criam o ritmo e a musicalidade na estrofe?

Orações subordinadas adjetivas 1 Una cada par de frases em um único período, substituindo o termo

que se repete na segunda oração por um pronome relativo adequa-do, a fim de formar orações subordinadas adjetivas.

a) Eu vi as flores no jardim. Você plantou as flores no jardim.

b) Durante o passeio de barco, caiu um temporal. O temporal nos assustou muito.

c) Eu admiro aquelas pessoas. Aquelas pessoas são éticas.

d) Ele pediu ajuda a alguns amigos. Nesses amigos ele confia muito.

e) A empresa contratou um novo funcionário. O novo funcionário vai trabalhar na contabilidade.

2 Transforme os adjetivos destacados em orações subordinadas adjetivas.

a) Ele é um aluno ágil.

b) A professora é uma pessoa equilibrada.

c) Considero Rafael uma pessoa amiga.

d) Admiro o aluno estudioso.

Dica

Leia algumas estrofes em voz

alta e perceba a harmonia

gerada pela repetição de sons

vocálicos (assonância).

Atenção!!! Observe se há a necessidade

de introduzir preposição antes do pronome relativo.

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Oração subordinada adjetiva explicativa ou restritiva

As orações subordinadas adjetivas

explicativas acrescentam ao

antecedente uma explicação ou

um comentário, apresentado pelo

locutor como pressuposto ou aparte.

Ou seja, uma informação que o

locutor considera do conhecimento

do interlocutor ou que está implícita

no antecedente é relembrada.

As orações

subordinadas adjetivas

restritivas delimitam

o significado do

antecedente, ao qual

se ligam sem pausa

ou qualquer sinal de

pontuação.

3 Assinale R para as orações subordinadas adjetivas restritivas e E para as explicativas.

( ) O garoto, que esqueceu as chaves do armário, estava bastante nervoso.

( ) A baleia que foi avistada no mar estava prenhe.

( ) Luís, que é muito rico, não precisa acordar cedo.

( ) Existem conceitos cuja abrangência é relativa.

( ) Joaquim, que é nosso pai, está bastante preocupado com essa situação.

( ) Tornei-me amiga do estudante que ficou em primeiro lugar no vestibular.

( ) João, que foi transferido, está bastante nervoso com a mudança.

4 Assinale a opção que apresenta uma oração subordinada adjetiva restritiva.

( ) Esse garoto, que vinha sozinho, parou defronte à biblioteca.

( ) O garoto que parou defronte à biblioteca vinha sozinho.

( ) O garoto parou defronte à biblioteca sozinho.

5 Assinale a alternativa em que não há oração subordinada adjetiva.

( ) Essa é uma obra que emociona a todos os leitores.

( ) Soube que você está lendo essa obra.

( ) A obra que li nas férias era empolgante.

( ) As garotas que desfilaram eram lindas.

( ) O autor cuja obra eu aprecio estará no Brasil.

6 Assinale a alternativa em que há oração subordinada adjetiva.

( ) A escola na qual nós estudamos é particular. ( ) Marcos precisa que eu o ajude.( ) É bom que você saiba a resposta.( ) Ele acha que seus esforços precisam ser recompensados.( ) Toda criança esperta não para quieta.

7 Assinale as frases que estão de acordo com a norma-padrão.( ) Ele é um cara que a gente pode confiar.( ) Ele é um cara em quem a gente pode confiar.( ) Foi passear em uma cidade que não existe museu. ( ) Foi passear em uma cidade onde não existe museu. ( ) Quem é o amigo cuja esposa você não conhece?

( ) Quem é o amigo que a esposa você não conhece?

Livro de atividades68

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8 Nas orações a seguir, o adjetivo ou a locução adjetiva em destaque restringe o sentido do substan-tivo a que se refere. Reescreva cada período empregando um pronome relativo, de modo que o adjetivo seja transformado em uma oração subordinada adjetiva restritiva.

a) Maria gosta de filmes aterrorizantes.

b) A professora contava histórias de arrepiar até os mais corajosos.

c) As pessoas solitárias não gostam de ir a festas.

d) João faz comentários irritantes.

e) Meu vizinho conta piadas divertidas.

Pontuação das orações subordinadas adjetivas 9 Leia o fragmento a seguir.

O jogador, que parecia recuperado, precisou fazer mais uma cirurgia.

Com relação ao uso da vírgula, é incorreto afirmar que

( ) isola uma oração subordinada adjetiva.

( ) poderia ser suprimida sem causar mudança de sentido.

( ) indica uma pausa que determina o sentido do trecho.

10 Explique a diferença de sentido nos pares de orações a seguir.

I. A documentação, que vem de Brasília, chega amanhã.

II. A documentação que vem de Brasília chega amanhã.

I. Os servidores públicos, que estão em greve, não indicaram quando voltam ao trabalho.

II. Os servidores públicos que estão em greve não indicaram quando voltam ao trabalho.

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I. Os funcionários que são extrovertidos darão uma entrevista ao repórter.

II. Os funcionários, que são extrovertidos, darão uma entrevista ao repórter.

11 Considerando a questão anterior, qual é a importância da pontuação nas orações subordinadas adjetivas?

Orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e reduzidas 12 Transforme as orações subordinadas desenvolvidas em reduzidas e classifique-as.

a) O filho manteve o acordo que fez com o pai.

b) Percebeu, no último momento, o carro que se aproximava rapidamente.

c) Arrumei a biblioteca que meu marido bagunçou.

d) Ele sempre era o primeiro que chegava ao trabalho.

13 Relacione as orações subordinadas adjetivas reduzidas às suas respectivas classificações.( P ) Oração subordinada adjetiva reduzida de particípio( I ) Oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo( G ) Oração subordinada adjetiva reduzida de gerúndio( ) O evento patrocinado pelo governo foi muito importante.( ) Os antigos cordelistas contavam histórias de arrepiar.( ) Elaborei uns passos combinando com este ritmo.( ) No Brasil, há artistas esperando pacientemente pelo sucesso.( ) Você já assistiu aos vídeos lançados neste mês?( ) As palavras cantadas emocionaram o público.( ) Gosto de ouvir os pássaros cantando pela manhã.

( ) Bóris é o gato treinado por mim.

Livro de atividades70

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8 Letra de canção: ritmo e rima

Letra de cançãoLeia, agora, a letra de uma canção da banda Legião Urbana que também conta uma história.

Legião Urbana é uma banda brasileira que fez muito sucesso nas décadas de 1980 e 1990. A primeira formação da banda tinha a participação de Renato Russo, Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos e Renato Rocha.

A canção Faroeste caboclo, composta em 1979, aborda um tema folk abrasileirado e é uma das canções mais longas da MPB, com mais de nove minutos.

Em 2013, a canção ganhou uma versão cinematográfica, dirigida por René Sampaio e com roteiro de Victor Atherino e Marcos Bernstein.

RUSSO, Renato. Faroeste caboclo. In: LEGIÃO URBANA. Que país é este? Rio de Janeiro: EMI, 1978/1987. 1 CD, digital, estéreo. Faixa 7.

Faroeste caboclo

Não tinha medo o tal João de Santo CristoEra o que todos diziam quando ele se perdeu.Deixou pra trás todo o marasmo da fazendaSó pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu.Quando criança só pensava em ser bandidoAinda mais quando com um tiro de soldado o pai morreuEra o terror da cercania onde moravaE na escola até o professor com ele aprendeu.

Ia pra igreja só pra roubar o dinheiroQue as velhinhas colocavam na caixinha do altar.Sentia mesmo que era mesmo diferenteSentia que aquilo ali não era o seu lugar[...]

Não entendia como a vida funcionavaDiscriminação por causa da sua classe ou sua cor.Ficou cansado de tentar achar respostaE comprou uma passagem, foi direto a Salvador.E lá chegando foi tomar um cafezinhoE encontrou um boiadeiro com quem foi falarE o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagemMas João foi lhe salvar.

Dizia ele: – Estou indo pra Brasília,Neste país lugar melhor não há.Tô precisando visitar a minha filhaEu fico aqui e você vai no meu lugar.[...]

1 Qual é o assunto principal desse trecho de Faroeste caboclo?

( ) O encanto da cidade de Salvador, visitada por João de Santo Cristo.

( ) A amizade de um jovem problemático com um boiadeiro.

( ) A vida de um sujeito interiorano, marcada pela violência e pela vontade de abandonar sua terra natal.

( ) A construção da cidade de Brasília por migrantes do nordeste.

( ) A redenção de João de Santo Cristo ao salvar uma pessoa em perigo.

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2 Considerando ainda esse trecho, explique a escolha das palavras que constituem o título da canção.

3 Identifique, na letra dessa canção, os elementos da narrativa e anote-os no quadro abaixo.

Narrador

Protagonista

Espaço

Tempo

Enredo

4 Uma das características da maioria das canções é a presença de refrão. Explique o que é refrão e o que se pode observar em Faroeste caboclo a esse respeito.

5 Complete as lacunas utilizando as palavras abaixo.

A canção, além de contar uma história, ou seja, de ser uma , é uma estrutura poética composta de agrupados em

. Além disso, a canção é geralmente acompanhada por música instrumental, combinando e .

6 Que elementos evidenciam a crítica social presente nessa canção?

7 O que leva João de Santo Cristo a querer abandonar o lugar onde nasceu?

letra – estrofe – narrativa – versos – melodia

Livro de atividades72

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8 O que aconteceu com João de Santo Cristo em Brasília? Conte como você imagina o des-tino do personagem na capital brasileira. Descreva: quem ele conheceu, que atividades exerceu, quais dificuldades enfrentou e como terminou sua vida.

9 Agora, ouça a música completa Faroeste caboclo, de Legião Urbana, e compare-a com o que você escreveu no exercício anterior. A história superou suas expectativas? Quais foram as impressões que a narrativa sobre João de Santo Cristo deixou em você?

Figuras de linguagem: figuras de palavras e de pensamento 1 Com base na explicação dada anteriormente, complete os balões apontando as características dis-

tintas e comuns entre os termos que compõem as seguintes metáforas:

a) O aluno é fera em Matemática.

Aluno Fera

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2 Relacione as figuras de linguagem às suas definições.

( A ) Aliteração

( B ) Assonância

( C ) Paronomásia

( D ) Onomatopeia

( E ) Metáfora

( F ) Hipérbole

( G ) Antítese

( ) Repetição sistemática de determinado som vocálico.( ) Emprego ( ) Uso de uma palavra ou expressão em lugar de outra; comparação implícita.( ) Repetição ( ) Expressão de uma ideia com exagero.( ) Aproximação de palavras com sentidos opostos.( ) Reprodução de sons ou ruídos, como grito, barulho de máquinas e canto de animais.

b) Seus olhos são dois diamantes.

c) O seu bolo de coco é uma nuvem.

Olhos Diamantes

Bolo de coco Nuvem

Livro de atividades74

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Leia o Soneto V, de Luís de Camões, e responda às perguntas abaixo.

O poema acima é um soneto italiano, composto por duas estrofes de quatro versos (isto é, dois quartetos) seguidas por duas estrofes de três versos (dois tercetos), totali-zando 14 versos. Essa forma poética tradicionalmente explicita, no último verso, o tema principal da composição. Esse verso é conhecido como fecho de ouro ou chave de ouro.

4 Cite o verso que melhor explicita esse tema, isto é, sua chave de ouro.

5 Retire do poema exemplos das seguintes figuras de linguagem:

a) Figuras de som

Aliteração:

Assonância:

b) Figura de palavra

Metáfora:

Luís Vaz de Camões nasceu por volta de 1525 e morreu em 1580. É considerado o maior poeta português, junto com Fernando Pessoa. Escreveu o épico Os lusíadas, sua obra-prima, que narra a descoberta da rota marítima para a Índia por Vasco da Gama em 1498, celebrando a história e as glórias do Império Português.

3 Qual é o tema principal do poema de Camões?

Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor.

CAMÕES, Luís Vaz de. Sonetos. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf>. Acesso em: 17 set. 2019.

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Produção de texto 1 – Poema: decalque Quadrilha

Preparação Agora é sua vez de produzir uma releitura do poema Quadrilha, de Drummond. A pesqui-

sa sugerida no boxe Desafio!!! pode lhe fornecer um repertório de temas que se encaixam na mesma estrutura do poema. Essa técnica de produção intertextual chama-se decalque.

Defina a relação que será estabelecida entre os perso-nagens. No poema de Drummond, a relação é de amor, mas você pode mudar isso.

Você pode acrescentar personagens e modificar as ações.

Escreva uma versão inicial de seu poema.

Elabore a versão final do texto.

Produção

Mostre sua autoria!!!

Publique sua releitura em

plataformas digitais (blog da

turma, site da escola, etc.) ou

exponha-a em um mural da

escola.

Dica

Para ampliar seu repertório,

você pode pesquisar textos de

André Abujamra ou Anderson

Novello, por exemplo.

Não

economize

criatividade!

AvaliaçãoSim Em parte Não

A estrutura do texto-base foi mantida?

O texto foi escrito em versos?

A relação entre os personagens foi modificada?

Foram acrescentados personagens?

A relação intertextual é evidente?

Livro de atividades76

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Produção de texto 2 – Metapoema

Preparação No início do capítulo, você leu poemas que tratam do próprio fazer poético.

Agora é sua vez de escrever um metapoema. Para isso, aproveite a pesquisa sugerida e leia outros metapoemas. Lembre-se de usar metáforas, tal como você viu nos poemas analisados.

Pela possibilidade de brincar com o sentido das palavras, alguns escritores, como Mário Quintana, criam "definições poéticas" de modo criativo e bem-humorado.

reticências

As reticências são os

três primeiros passos

do pensamento que

continua por conta

própria o seu caminho...

da modéstia

A modéstia é a

vaidade escondida

atrás da porta.

da recordação

A recordação é uma

cadeira de balanço

embalando sozinha.

QUINTANA, Mário. Sapo amarelo. São Paulo: Global, 2006. p. 36 e 39.

Faça um brainstorming para buscar ideias relacio-nadas a poema, poesia, poeta, fazer poético, etc.

Construa seu texto em versos e estrofes.

Crie definições poéticas.

Use as figuras de linguagem aprendidas neste volume.

Escreva uma versão inicial de seu poema.

Elabore a versão final do texto.

Produção

Não

economize

criatividade!

Mostre sua autoria!!!

Publique seu metapoema em

plataformas digitais (blog da

turma, site da escola, etc.) ou

exponha-o em um mural da

escola.

AvaliaçãoSim Em parte Não

Foi construído um metapoema?

O texto foi escrito em versos e estrofes?

Foram criadas definições poéticas?

Foram empregadas figuras de linguagem?

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Produção de texto 3 – Regulamento: concurso de poema

Preparação Converse com seus colegas sobre a possibilidade de se pro-

mover um concurso de poemas na escola. Considerando as ca-racterísticas desse gênero, a ideia é que vocês elaborem um re-gulamento, real ou fictício, para esse concurso. Para a definição das regras, pesquisem na internet diferentes regulamentos de concursos literários.

Tomem nota das informações que vocês encontrarem nos regulamentos lidos.

Observem o modo como eles estão estruturados, sobretudo no que diz respeito às partes que os constituem.

Nos moldes dos regulamentos lidos, façam um rascunho dessas partes, atentando especialmente para a clareza e a objetividade das regras.

Com base no que vocês estudaram sobre o gênero regulamento, destaquem, por meio do uso de formas verbais, o que pode e o que deve ser apresentado no concurso.

Elaborem um rascunho do regulamento. Cada integrante do grupo pode ficar responsável por criar uma parte, mas cuidem para que o texto todo tenha a mesma linguagem.

Escrevam a versão final do texto.

Produção

Importante! Para a realização de um

concurso literário, é necessária a autorização da direção da escola, visto que isso

exige todo um processo de organização para o recebimento

dos originais, a formação de uma comissão julgadora e a

definição de uma premiação.

Caso a realização do concurso não seja possível, elaborem um

regulamento fictício.

AvaliaçãoSim Em parte Não

Vocês pesquisaram e leram outros regulamentos?

Identificaram as partes principais dos regulamentos lidos?

As regras foram apresentadas com clareza?

Foram usadas formas verbais de possibilidade e de obrigatoriedade?

Há uma linguagem uniforme em todo o texto?

Mostre sua autoria!!!

Compartilhem o regulamento

com outros grupos e definam

um único texto a ser usado

no concurso.

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Elabore um texto em versos e estrofes, com rit-mo e rima. Você pode seguir o mesmo padrão de rimas do cordel estudado anteriormente.

Use uma linguagem que se aproxime da mo-dalidade falada.

Escreva uma versão inicial de seu poema.

Elabore a versão final do texto.

Produção

Não

economize

criatividade!

Mostre sua autoria!!!

Publique seu poema de

cordel no jornal, no site ou no

blog da escola.

AvaliaçãoSim Em parte Não

O texto apresenta formato de poema, com versos agrupados em estrofes?

O esquema de rimas foi mantido?

O poema apresenta musicalidade?

Foi usada uma linguagem popular?

A sequência narrativa foi mantida?

Os elementos da narrativa foram preservados?

Produção de texto 4 – Cordel

Preparação Sua tarefa, agora, é escrever um poema de cordel. Para isso, siga as instruções abaixo.

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Produção de texto 5 – Letra de canção: decalque

Preparação A proposta aqui é que você faça uma releitura da canção Faroeste caboclo, criando ou-

tros personagens e outra situação, mas mantendo a ideia de narrar a vida e os conflitos do protagonista escolhido.

Na canção original, conta-se a história de um sujeito violento e so-frido que saiu do interior da Bahia e foi tentar a vida em Brasília. No entanto, em sua narrativa, você deve apresentar a história de um indi-víduo diferente, contando desde suas experiências mais banais até as mais complexas. Para isso, empregue a técnica do decalque.

Não

economize

criatividade!

Faça um roteiro para esboçar sua versão da canção.

Defina um tipo de narração (1ª. ou 3ª. pessoa).

Use registros de linguagem adequados à situação narrada.

Conduza os personagens a uma situação de conflito.

Escreva uma versão inicial de seu texto.

Elabore a versão final do texto e um título criativo.

Produção

Mostre sua autoria!!!

Compartilhe sua releitura

com os colegas e realizem

uma discussão sobre as

histórias criadas, visando ao

enriquecimento dos textos.

AvaliaçãoSim Em parte Não

Foi narrada a vida de um personagem?

O conflito apresentado é coerente?

Os personagens foram bem caracterizados?

Foram usados registros de linguagem adequados à situação?

O título atribuído ao texto é criativo?

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