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Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

Diretor-GeralDaniel Gonçalves Manaia Moreira

Diretor EditorialJoseph Razouk Junior

Gerente EditorialJúlio Röcker Neto

Gerente de Produção EditorialCláudio Espósito Godoy

Coordenação EditorialSilvia Eliana Dumont

Coordenação de ArteElvira Fogaça Cilka

Coordenação de IconografiaJanine Perucci

AutoriaMaíra Weber

EdiçãoAnparo – Consultoria Pedagógica Ltda.

RevisãoAnparo – Consultoria Pedagógica Ltda.

Edição de ArteBianca Propst

Marcelo de Oliveira

Projeto GráficoFlávia Vianna

Imagens: ShutterStock/Penguin_house; Shutterstock/Faenkova Elena

EditoraçãoYAN Comunicação

IlustraçõesAlexandre Matos, Babi Wrobel,

Cacá França, Danillo Souza, Flaper, Paulinho Ramos, Roberto Zoellner

Pesquisa IconográficaMayara Nobuei Segantini Yoneyama

Engenharia de ProdutoSolange Szabelski Druszcz

©Positivo Soluções Didáticas Ltda., 2020

ProduçãoPositivo Soluções Didáticas Ltda.

Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário80440-120 – Curitiba – PR

Tel.: (0xx41) 3312-3500Site: www.editorapositivo.com.br/maiscores

Impressão e acabamentoGráfica e Editora Posigraf Ltda.

Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC81310-000 – Curitiba – PR

Tel.: (0xx41) 3212-5451E-mail: [email protected]

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W373 Weber, Maíra. Mais cores : solução educacional : 4.º ano : arte / Maíra Weber ; ilustrações Alexandre Matos... [ et al. ] . – Curitiba : Positivo Soluções Didáticas, 2020. : il.

ISBN 978-65-5051-422-8 (Livro do aluno) ISBN 978-65-5051-421-1 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Arte. 3. Ensino fundamental. I. Matos, Alexandre. II. Título.

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1. Arte: expressão e criação 5Cada artista tem seu estilo .............................................................. 6

2. A expressão nas cores 14As cores nas obras de Vincent van Gogh .................................... 15Cores primárias .................................................................................... 16

3. Luz e sombra: elementos essenciais das artes visuais 22

Luz e sombra ........................................................................................ 23

4. Diferentes formas entre uma e outra linha 32

Criação e abstração ............................................................................ 33Arte abstrata ......................................................................................... 36

5. Arte indígena 39 Pinturas no rosto e no corpo: linhas transformadas em arte ........................................................ 40Pintura corporal indígena ................................................................ 41Instrumentos musicais indígenas ................................................. 43

6. Arte afro-brasileira 49Cores e ritmos ...................................................................................... 50Instrumentos de origem africana ................................................. 52

7. Brincando de cantigas de roda 59Brincadeiras cantadas ....................................................................... 60

8. Fazendo teatro 68A arte do teatro .................................................................................... 69

SUMÁRIO

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1. Arte: expressão e criação

QUAL É A IDEIA?

» Você já reparou se existe arte na sala de aula e na escola onde estuda?

» Você sabia que cada artista se expressa de uma forma especial?

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Sabia que muitas vezes é possível identificar de quem é uma obra apenas observando como ela foi feita? Pelas escolhas e pelo jeito de organizar linhas, formas, figuras, cores e outros elementos, o artista produz sua obra e expressa ideias, sentimentos, memórias e conhecimentos, revelando, com isso, seu estilo.

Conheça um pouco do estilo dos pintores Renoir, Picasso e Gustavo Rosa.

PARA APRENDER

Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) foi um pintor francês impressio-nista. Ficou conhecido por pintar usando cores luminosas e pinceladas leves e soltas.

RENOIR, Pierre-Auguste. O baile no Moulin de la Galette. 1876. 1 óleo sobre tela, color., 1,31 m × 1,75 m. Museu d’Orsay, Paris, França.

RENOIR, Pierre-Auguste. A bailarina. 1874. 1 óleo sobre tela, color., 142,5 cm × 94,5 cm. Galeria Nacional, Washington, D. C.

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Cada artista tem seu estilo

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Ensino Fundamental 4o. Ano

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PICASSO, Pablo. Retrato de Dora Maar.

1937. 1 óleo sobre tela, color., 92 cm × 65 cm.

Museu Picasso, Paris.

PICASSO, Pablo. Guernica. 1937. 1 óleo sobre tela, color., 349 cm × 776 cm. Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, Madri.

Pablo Picasso (1881-1973) foi um pintor espanhol conhecido como um dos criadores do Cubismo, estilo de pintura que retratava diferentes ângulos de pessoas, objetos e paisagens ao mesmo tempo.

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Cada artista tem um jeito diferente de criar, de fazer arte. Alguns imitam a realidade, outros fogem dela. Há aqueles que gostam de expressar o que so-nham, o que imaginam ou o que aconteceu em algum lugar. Cada um escolhe um tema: dia, noite, pessoas, linhas, flores, frutas ou cenas. Cada artista tem seu jeito de usar o lápis, a tinta e as emoções.

ROSA, Gustavo. I love Bill Gates. 1999. 1 óleo sobre tela, color., 120 cm × 110 cm. Detalhe.

Gustavo Rosa (1946-2013) foi um artista brasileiro que se expressava de uma maneira diferente e engraçada. Esse artista gráfico paulistano, grava-dor e desenhista, foi considerado um dos artistas contemporâneos de maior destaque nas artes visuais brasileiras. Com sua pintura divertida e um estilo próprio, criava figuras inusitadas e interessantes capazes de proporcionar uma reflexão sobre a vida, os sentimentos e os costumes.

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ROSA, Gustavo. Banhista. 1997. 1 óleo sobre tela, color., 120 cm × 110 cm. Detalhe.

ROSA, Gustavo. Banhista. 1998.

1 óleo sobre tela, color., 110 cm × 120 cm.

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1 Troque ideias com os colegas e o professor sobre a obra de Renoir e a de Picasso.

2 Observe novamente as obras de Gustavo Rosa e retrate uma cena com uma pessoa. Depois, dê um título para sua produção.

ATIVIDADES

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3 Pense em uma cena comum do dia a dia. Recrie a cena, retratando as pessoas, os objetos e os lugares de um jeito divertido, assim como fazia Gustavo Rosa.

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1 Analise as obras a seguir, prestando atenção no estilo de cada artista, e ligue cada uma à legenda correspondente.

RENOIR, Pierre-Auguste. Mulher sentada à beira-mar. 1883. 1 óleo sobre tela, color., 92,1 × 72,4 cm. Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque.

MANET, Édouard. Música nas tulherias. 1862. 1 óleo sobre tela, color., 76,2 cm × 118,1 cm. Galeria Nacional, Londres.

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VAN GOGH, Vincent. A noite estrelada. 1889. 1 óleo sobre tela, color., 92 cm × 73 cm. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque.

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GAUGUIN, Paul. Parau api. 1892. 1 óleo sobre tela, color., 67 cm × 92 cm. Galeria Neue Meister, Dresden.

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RENOIR, Pierre-Auguste. Autorretrato. 1910. 1 óleo sobre tela, color., 42 cm × 33 cm. Coleção particular.

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VAN GOGH, Vincent. Autorretrato. 1890. 1 óleo sobre tela, color., 65 cm × 54 cm. Museu de Orsay, Paris.

MANET, Édouard. Autorretrato com paleta. 1879. 1 óleo sobre tela, color., 83 cm × 67 cm. Coleção particular.

GAUGUIN, Paul. Autorretrato com chapéu. [ca. 1893]. 1 óleo sobre tela, color., 46 cm × 38 cm. Museu de Orsay, Paris.

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2 Analise os autorretratos e ligue cada um deles à legenda correspondente.

2. A expressão nas cores

QUAL É A IDEIA?

» Você já percebeu que, tanto na arte quanto no cotidiano, muitas vezes usamos cores para expressar como nos sentimos?

» Você já notou que as cores transmitem sensações? Observe novamente as obras que você já apreciou nas páginas anteriores e as de Van Gogh, apresentadas a seguir, e repare nisso.

VAN GOGH, Vincent. Girassóis. 1888. 1 óleo sobre tela, color., 92 cm × 73 cm. Galeria Nacional, Londres.

VAN GOGH, Vincent. Café Terrace, Place du Forum, Arles. 1888. 1 óleo sobre tela, color., 81 cm × 65,5 cm. Museu Kröller-Müller, Otterlo.

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Vincent van Gogh (1853-1890) nasceu na Holanda. Começou a pintar aos 27 anos. Em seus trabalhos, aplicava camadas grossas de tinta, com pinceladas aparentes, e procurava utilizar cores puras, próximas das cores primárias, com destaque para o amarelo.

Reflita sobre as sensações e sentimentos que as obras de Vincent van Gogh que você conheceu na página anterior despertam, como alegria, tristeza, sen-sação de calor, de frio e outras que você identificar.

As cores nas obras de Vincent van Gogh

ATIVIDADES

Em muitas obras de Van Gogh há predominância da cor amarela. Você tem uma cor preferida? Crie uma pintura em que ela apareça.

PARA APRENDER

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Cores primárias

PARA APRENDER

Percebemos as cores porque existe luz. A luz solar é branca e nela estão presentes todas as cores. Observe que, quando a luz solar atinge um prisma de cristal, a luz branca do Sol é dividida em luzes coloridas, como as do arco-íris.

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As cores primárias são co-res puras que não podem ser obtidas por meio da mistura de outras cores. No que diz respeito às tintas transparentes, corres-pondem ao ciano, ao amarelo e ao magenta. É por meio da mistu-ra entre elas que todas as outras cores são obtidas.

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No caso das cores na forma de luz, por sua vez, as cores primárias são o verde, o vermelho e o azul.

No que diz respeito às cores opacas, as cores primárias são o vermelho, o azul e o amarelo.

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1 Procure as cores primárias (de tinta e de luz) em sua casa ou na sala de aula e desenhe o ambiente em que você as encontrou.

ATIVIDADES

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2 Registre, com palavras, as sensações e emoções que as cores a seguir trans-mitem a você. Depois, converse com o professor e os colegas para descobrir quais sensações foram registradas.

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3 Escolha cores que expressem seu modo de ser e agir e pinte o fundo do re-tângulo. Depois, recorte imagens de materiais impressos que representem o que você mais gosta de fazer: cantar, dançar, brincar, desenhar... Misture essas imagens, criando uma colagem.

3. Luz e sombra: elementos essenciais das artes visuais

QUAL É A IDEIA?

Observe a imagem com atenção e responda às questões propostas.

» Que idade você imagina que tem a menina?

» Ela aparenta estar alegre ou assustada? Por quê?

» Você sabia que, na pintura, luz e sombra são elementos importantes para deixar a obra mais parecida com a realidade?

WATTS, George Frederic. Chapeuzinho Vermelho.

1890. 1 óleo sobre tela, color., 88,9 cm × 67,3 cm.

Museu e Galeria de Arte de Birmingham,

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Luz e sombra

PARA APRENDER

Você sabia que sem luz não há sombra? Sombra é o espaço ou a re-gião que se forma pela falta de luz. É produzida quando um corpo opaco impede a luz de passar.

Você já reparou que a sombra se modifica ao longo do dia? Por que você acha que isso acontece?

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1 Vamos brincar de produzir sombras criando animais com nossas mãos?

ATIVIDADES

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Danillo Souza. 2019. Digital.

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2 Agora, pesquise imagens (obras ou fotografias) que apresentem sombras e cole-as aqui.

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3 Coloque diferentes objetos à luz do Sol em diferentes momentos do dia e perceba as sombras que se formam. Se não houver Sol, utilize uma luz artificial (como da sala de aula) para produzir sombras a partir de diferentes pontos; por exemplo, de cima para baixo, na diagonal ou de baixo para cima.

» Você notou alguma diferença entre as sombras formadas? Relate o que observou.

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4 Registre no espaço a seguir as sombras que se formaram na experiência anterior.

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Em desenhos, a sombra pode ser criada de diversas formas e com diferentes tonalidades. Alguns dos materiais usados para produzir as sombras são:

PARA APRENDER

» lápis HB;

» carvão;

» giz de cera;

» lápis 2B;

» nanquim.

Sombra desenhada

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1 Leia a curiosidade e, depois, explore diferentes tons de lápis grafite no espaço a seguir, desenhando uma paisagem com traços e risquinhos.

Lápis grafite

Em 1761, um homem chamado Faber, que vivia na Alemanha, criou uma pequena oficina para fabricar lápis grafite. Assim começou a história do lápis como conhecemos hoje. Esse tipo de lápis pode ser usado em quase todas as superfícies e em quase todos os tipos de papel – liso, texturizado, rugoso, colorido, etc.

ATIVIDADES

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2 Agora, crie um desenho com um lápis macio, pastel ou carvão. Depois, esfu-mace com o dedo as linhas do desenho para criar efeitos de sombra.

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3 Recorte e cole, no espaço a seguir, uma imagem de sua preferência. Depois, faça interferências nela, criando sombras.

4. Diferentes formas entre uma e outra linha

QUAL É A IDEIA?

Observe a imagem com atenção e responda às questões a seguir.

» Você sabe o que é uma pintura abstrata?

» Você acha que as obras abstratas causam uma emoção em quem as observa?

» Você reparou que o pintor, chamado Piet Mondrian, utiliza elementos geomé-tricos em suas obras?

MONDRIAN, Piet. Composição com grande plano vermelho, amarelo, preto, cinza e azul. 1921. 1 óleo sobre tela, color., 59,5 cm × 59,5 cm.

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Criação e abstração

PARA APRENDER

Observe as obras a seguir e identifique em qual delas podemos ver clara-mente a figura de uma árvore.

MONDRIAN, Piet. Macieira em flor. 1912. 1 óleo sobre tela, color., 78 cm × 107,5 cm.

MONDRIAN, Piet. A árvore vermelha. [1908-1910]. 1 óleo

sobre tela, color., 70 cm × 99 cm.

Museu Municipal de Haia, Holanda. ©W

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Para criar A árvore vermelha, Piet Mondrian usou linhas. Observe seu processo de criação.

1 Faça o esboço de uma árvore no primeiro espaço. Depois, ao lado, repita o desenho completando-o com novas linhas.

ATIVIDADES

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2 Agora, crie uma obra abstrata. Use linhas, formas e cores de sua preferência. Depois, dê um título para sua produção.

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Piet Mondrian (1872-1944) nasceu na Holanda. Tornou-se um dos pintores mais representativos da arte abstrata. Ele compunha partindo de elementos simples, eliminando as linhas diagonais e curvas e utilizando somente as horizontais e verticais. Ao usar linhas retas e cores primárias, claras e brilhantes, buscava o equilíbrio perfeito.

Arte abstrata

MONDRIAN, Piet. Broadway Boogie-Woogie. [1942-1943]. 1 óleo sobre tela, color., 127 cm × 127 cm. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque.

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Para cada figura que usava em suas obras (como retângulos ou quadrados), Mondrian criava uma simbologia. Assim, um quadrado amarelo poderia repre-sentar o Sol, por exemplo, e uma linha azul, o céu.

PARA APRENDER

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1 Pinte uma paisagem contendo um sol, árvores, uma casa e outros elementos que desejar.

ATIVIDADES

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2 Agora, separe tiras de papel ou fitas adesivas coloridas e explore a expressividade das cores, como Mondrian fazia nas pinturas abstratas. Faça uma composição, redesenhando a paisagem que criou anteriormente, só com linhas e cores.

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5. Arte indígena

QUAL É A IDEIA?


» Você já percebeu que os povos indígenas do Brasil fazem pinturas no rosto e no corpo?

» Com que tipo de tintas você imagina que eles se pintam?

©Shutterstock/Filipe Frazao ©Pulsar Imagens/Luciola Zvarick

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Você sabia que os povos indígenas usam linhas para fazer os desenhos em seu corpo? A maioria das pinturas que esses povos fazem é geométrica.

Pinturas no rosto e no corpo: linhas transformadas em arte

PARA APRENDER

Relembre:

Linhas são pontos em sequência e podem ser retas, onduladas e quebradas.

1 Produza uma pintura indígena inspirada nas imagens dos rostos da página 39.

ATIVIDADES

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A pintura corporal indígena tem diferentes finalidades de acor-do com a etnia que a desenvolveu. Além de festas, as pinturas também podem representar situações sociais e até fisiológicas, como maternidade recente.

PARA APRENDER

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Pintura corporal indígena

Observe os diferentes traçados da pintura corporal indígena.

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» Imagine que a silhueta a seguir é de um menino indígena. Usando a cria-tividade, faça uma pintura corporal utilizando grafismos.

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ATIVIDADES

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Você conhece algum instrumento musical utilizado pelos indígenas?

Observe, a seguir, alguns deles.

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PARA APRENDER

Instrumentos musicais indígenas

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©Shutterstock/Alexander Bark

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Você já viu o instrumento musical indígena chamado maracá?

» Faça uma pesquisa para descobrir como é o som do maracá.

O maracá é um instrumento de percussão geralmente construído com o fruto da cabaceira, com pedras e

sementes em seu interior, e enfeitado geralmente com

penas. Tem um cabo para que possa ser sacudido por quem o

manuseia. É usado para marcar o ritmo nas cerimônias indígenas

das mais variadas etnias.

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1 Com os colegas e o professor, siga as orientações e construa um maracá.

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» cabaças pequenas, potes plásticos ou garrafas de PET

» sementes pequenas, arroz ou alpiste

» cola colorida

» pedaços de pau cilíndricos ou tubo plástico com cerca de 25 cm

» fita-crepe

» tesoura sem ponta

Como fazer

1. Preencham o recipiente (cabaça ou garrafa plástica) com as sementes. 2. Grudem o cabo (pedaço de pau ou tubo) com fita-crepe, prendendo-o

ao recipiente com as sementes. 3. Enfeitem o instrumento com grafismos usando cola branca.

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2 Desenhe como ficou o maracá que você construiu.

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3 Leia a lenda indígena e acompanhe a narração utilizando o maracá que você e seus colegas fizeram. Aumente ou diminua o ritmo conforme as emoções suscitadas pela história.

A dança do arco-írisHá muito e muito tempo, vivia sobre uma planície de nuvens

uma tribo muito feliz. Como não havia solo para plantar, só um emaranhado de fios branquinhos e fofos como algodão-doce, as pessoas se alimentavam da carne de aves abatidas com flechas, que faziam amarrando em feixe uma porção dos fios que formavam o chão. De vez em quando, o chão dava umas sacudidelas, a planície inteira corcoveava e diminuía de tamanho, como se alguém aboca-nhasse parte dela.

Certa vez, tentando alvejar uma ave, um caçador errou a pontaria e a flecha se cravou no chão. Ao arrancá-la, ele viu que se abrira uma fenda, através da qual pôde ver que lá embaixo havia outro mundo.

Espantado, o caçador tampou o buraco e foi embora. Não contou sua descoberta a ninguém.

Na manhã seguinte, voltou ao local da passagem, trançou uma longa corda com os fios do chão e desceu até o outro mundo. Foi parar no meio de uma aldeia onde uma linda índia lhe deu as boas--vindas, tão surpresa em vê-lo descer do céu quanto ele de encontrar criatura tão bela e amável. Conversaram longo tempo e o caçador soube que a região onde ele vivia era conhecida por ela e seu povo como "o mundo das nuvens", formado pelas águas que evaporavam dos rios, lagos e oceanos da terra. As águas caíam de volta como uma cortina líquida, que eles chamavam de chuva. "Vai ver, é por isso que o chão lá de cima treme e encolhe", ele pensou. Ao fim da tarde, o caçador despediu-se da moça, agarrou-se à corda e subiu de volta para casa. Dali em diante, todos os dias ele escapava para encontrar-se com a jovem. Ela descreveu para ele os animais ferozes que havia lá embaixo. Ele disse a ela que lá no alto as coisas materiais não tinham valor nenhum.

Um dia, a jovem deu ao caçador um cristal que havia achado perto de uma cachoeira. E pediu para visitar o mundo dele. O ra-paz a ajudou a subir pela corda. Mal tinham chegado lá nas alturas, descobriram que haviam sido seguidos pelos parentes dela, curiosos para ver como se vivia tão perto do céu.

Mais Cores Arte


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Foram todos recebidos com uma grande festa, que selou a ami-zade entre as duas nações. A partir de então, começou um grande sobe e desce entre céu e terra. A corda não resistiu a tanto trânsito e se partiu. Uma larga escada foi então construída e o movimento se tornou ainda mais intenso. O povo lá de baixo, indo a toda a hora divertir-se nas nuvens, deixou de lavrar a terra e de cuidar do gado. Os habitantes lá de cima pararam de caçar pássaros e come-çaram a se apegar às coisas que as pessoas de baixo lhes levavam de presente ou que eles mesmos desciam para buscar.

Vendo a desarmonia instalar-se entre sua gente, o caçador destruiu a escada e fechou a passagem entre os dois mundos. Aos poucos, as coisas foram voltando ao normal, tanto na terra como nas nuvens. Mas a jovem índia, que ficara lá em cima com seu amado, tinha saudade de sua família e de seu mundo. Sem poder vê-los, começou a ficar cada vez mais triste. Aborrecido, o caçador fazia tudo para alegrá-la. Só não concordava em reabrir a comunicação entre os dois mundos: o sobe e desce recomeçaria e a sobrevivência de todos estaria ameaçada.

Certa tarde, o caçador brincava com o cristal que ganhara da mulher. As nuvens começaram a sacudir sob seus pés, sinal de que lá embaixo estava chovendo. De repente, um raio de sol passou pelo cristal e se abriu num maravilhoso arco-íris que ligava o céu e a terra. Trocando o cristal de uma mão para outra, o rapaz viu que o arco-íris mudava de lugar.

– Iuupii! – gritou ele. – Descobri a solução para meus problemas!

Daquele dia em diante, quando aparecia o sol depois da chuva, sua jovem mulher escorregava pelo arco-íris abaixo e ia matar a saudade de sua gente. Se alguém lá de baixo se metia a querer visitar o mundo das nuvens, o caçador mudava a posição do cristal e o arco-íris saltava para outro lado. Até hoje, ele só permite a subida de sua amada. Que sempre volta, feliz, para seus braços.

CARRASCOZA, João Anzanello. A dança do arco-íris. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/3177/a-danca-do-arco-iris>. Acesso em: 14 maio 2019.© by João Anzanello Carrascoza

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» Como você imaginou o maravilhoso arco-íris que se formou? Registre-o por meio de colagem.

Mais Cores Arte

6. Arte afro-brasileira

QUAL É A IDEIA?


PRAZERES, Heitor dos. Dança. 1965. 1 óleo sobre tela, color., 50,2 cm × 61,3 cm. Museu de Arte Moderna, São Paulo.

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» Você já parou para pensar em como a arte brasileira foi influenciada pelos povos africanos que vieram para o Brasil?

» Você se lembra de algum ritmo musical ou dança afro-brasileira que já tenha estudado?

» Você conhece alguma pintura inspirada na arte afro-brasileira?

5050 1 Crie uma pintura sobre a arte afro-brasileira utilizando cores vivas.

PARA APRENDER

Heitor dos Prazeres costumava representar as cenas de um povo alegre e musical. Gostava de pintar rodas de samba, cirandas e serenatas. Suas figuras são simples, representando a mistura de raças e culturas do povo brasileiro.

Ele desenhava as figuras com o rosto de perfil, às vezes com a boca aberta sugerindo o canto [...]

ROSA, Nereide Santa. A arte de olhar festas. São Paulo: Scipione, 2003. p. 32. (A arte de olhar).

Heitor dos Prazeres usava cores vivas para representar a alegria e a diversão das rodas de samba.

ATIVIDADES

Cores e ritmos

Mais Cores Arte

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2 Nos anos anteriores, você estudou ritmos afro-brasilei-ros como a congada, a capoeira, o maracatu e o samba. Pesquise novos ritmos com os colegas e identifique os instrumentos usados. Aproveite para dançar e se divertir.

Depois de dançar e fazer gestos, registre o nome do ritmo pesquisado e os instrumentos musicais usados em sua produção. ©

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Instrumentos de origem africana

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PARA APRENDER

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Você conhece instrumentos musicais de origem afro-brasileira? Veja alguns deles.

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1 Faça uma pesquisa sobre o som de cada um dos instrumentos da página an-terior e ouça-os com os colegas.

2 Agora, escolha o instrumento cujo som mais lhe agradou. Registre de forma criativa como você percebeu o som escolhido. Se considerar o som suave, pode utilizar linhas contínuas; se o som é forte, pode desenhar marcas bem definidas.

ATIVIDADES

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» Crie a letra de uma música que possa ser ritmada pelos sons constantes de um pandeiro.

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Leia o conto africano a seguir e crie uma sequência musical desenvolven-do uma sonoplastia (os efeitos sonoros) para a história. Para tanto, você pode utilizar a voz, o corpo e os instrumentos musicais que sua escola disponibilizar.

A encantadora canção do pássaro mágico*Este conto do Leste da África sobre a inocência e o poder que as crianças possuem foi registrado no início do século XX em Benaland, Tanganyika (hoje Tanzânia), pelo pastor Julius Oelke da Igreja da Missão de Berlim.

Certo dia, um estranho pássaro chegou a um pequeno vilarejo que se aninhava entre as baixas colinas. Daquele momento em diante, nada mais estava seguro. Tudo que os habitantes do vilarejo plantavam nos campos desaparecia da noite para o dia. A cada manhã, havia menos e menos carneiros e menos bodes e galinhas. Mesmo durante o dia, en-quanto as pessoas trabalhavam nas terras, o pássaro gigantesco vinha e arrombava depósitos e celeiros e roubava deles o seu estoque de comida para o inverno.

Os moradores do vilarejo ficaram arrasados. Havia miséria naquela região – por todos os lados, ouvia-se o som de lamentações e do ranger de dentes. Ninguém – nem mesmo o herói mais valente do vilarejo – conseguia pegar o pássaro. A ave era muito rápida para eles. E raramente a viam: apenas ouviam as suas grandes asas batendo quando pousava no topo da densa copa de uma antiga árvore.

O chefe do vilarejo arrancava os seus cabelos de frustração. Um dia, depois de o pássaro ter saqueado o seu próprio rebanho e seu estoque de mantimentos para o inverno, ele ordenou que todos os homens mais velhos

Os instrumentos musicais podem ser usados como recursos na contação de

histórias. Isto é, podem servir para imitar efeitos sonoros narrados (sonoplastia).

UM POUCO MAIS

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afiassem seus machados e facões e atacassem o pássaro. — Derrubem a árvore – esta é a solução — ele disse.

Com os machados e os facões de lâminas brilhantes, os homens foram até a árvore. Os primeiros golpes atingiram a madeira com força e cortaram o tronco da árvore profundamente. A árvore estremeceu, e das folhas grossas e emaranhadas de sua copa um pássaro estranho e miste-rioso emergiu. Uma canção doce como o mel saiu de sua garganta. Ela atingiu os corações dos homens e falou sobre coisas fabulosas e distantes que nunca retornariam. O som era tão encantador que os machados e os facões, um a um, começaram a cair das mãos dos homens. Eles caíram de joelhos e olharam fixamente para cima admirando o pássaro que cantava para eles com todo o seu radiante esplendor colorido.

As mãos dos homens ficaram fracas. Seus corações amoleceram. Não, eles pensaram, um pássaro tão lindo assim não poderia ser o causador de tanto estrago e destruição! E quando o sol se pôs vermelho no oeste, eles voltaram para o chefe do vilarejo arrastando-se como sonâmbulos e disseram-lhe que não poderiam fazer nada, absolutamente nada que pudesse machucar o pássaro.

O chefe enfureceu. — Então os homens mais jovens do nosso vilarejo terão que me ajudar — disse. — Deixem que os mais jovens destruam o poder do pássaro.

Na manhã seguinte, os jovens pegaram seus machados e facões reluzentes e foram até a árvore. Os primeiros golpes novamente atin-giram a madeira com força e cortaram o tronco da árvore profunda-mente. E, tal como antes, a copa da árvore se abriu e o estranho pássaro apareceu enfeitado com suas penas de tons múltiplos. Mais uma vez, a mais linda melodia ecoou entre as montanhas. Os jovens do vilarejo ouviram, encantados, a canção que falava de amor e de coragem e dos atos heróicos que os aguardavam. Este pássaro não podia ser mau, eles pensaram. Não podia ser perverso. Os braços dos jovens ficaram fracos, os machados e os facões caíram de suas mãos e eles se ajoelharam da mesma forma como os homens mais velhos haviam feito antes deles, ouvindo em transe a canção do pássaro.

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MADIBA magic: Nelson Mandela's favourite stories for children. South Africa: Tafelberg Publishers, 2002. *Conto traduzido por Patrícia Helena Rubens Pallu.

Quando caiu a noite, eles cambalearam, desorientados, de volta ao chefe. Em seus ouvidos ainda soava a encantadora canção do pássaro misterioso. — Não é possível — disse o líder do grupo. — Ninguém consegue enfrentar o poder mágico deste pássaro.

O chefe do vilarejo estava furioso. — Só restam as crianças — ele falou. — As crianças ouvem verdadeiramente e seus olhos veem com clareza. Eu as guiarei contra o pássaro.

Na manhã seguinte, o chefe e as crianças da tribo foram até a árvore em que o estranho pássaro descansava. Assim que as crianças fizeram a árvore sentir o golpe do machado, a frondosa copa se abriu e a ave apareceu como antes – com sua beleza ofuscante. Mas as crianças não olharam para cima. Seus olhos ficaram fixos nos machados e nos facões em suas mãos. E eles continuaram a cortar, e cortar, e cortar no ritmo de sua própria música.

O pássaro começou a cantar. O chefe da tribo podia ouvir que a sua música era incomparavelmente bonita, e sentia a fraqueza em suas mãos. Mas os ouvidos das crianças escutavam apenas os sons regulares e monótonos dos seus machados e facões. E não importava quão en-cantadora fosse a canção do pássaro, as crianças continuavam a cortar, cortar e cortar.

O tronco rangeu e partiu-se ao meio. A árvore veio ao chão e com ela veio junto o estranho e misterioso pássaro. O chefe o encontrou caído, morto e esmagado pelo peso dos galhos.

As pessoas chegavam de todos os cantos. Os velhos homens endu-recidos e os fortes jovens não acreditavam que as crianças e seus braços fininhos haviam conseguido derrubar a árvore!

Naquela noite, o chefe da tribo anunciou uma grande festa para recompensar as crianças pelo seu sucesso. — Vocês são as únicas que realmente ouvem e cujos olhos enxergam com clareza — disse ele. — Vocês são os olhos e os ouvidos da nossa tribo.

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» Agora, registre aqui como você imaginou a parte da história que mais lhe surpreendeu.

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7. Brincando de cantigas de roda

QUAL É A IDEIA?

»Você gosta de cantar?

»Você gosta de dançar?

»Você sabia que existem cantigas de roda que unem o canto, a dança e a brincadeira?

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1 Leia a letra da cantiga Ciranda, cirandinha.

ATIVIDADES

Ciranda, cirandinhaCiranda, cirandinha

Vamos todos cirandar Vamos dar a meia volta Volta e meia vamos dar

O anel que tu me deste Era vidro e se quebrou

O amor que tu me tinhas Era pouco e se acabou

Por isso, dona (nome do aluno) Faz favor de entrar na roda Diga um verso bem bonito

Diga adeus e vá embora

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Cultura popular

Brincadeiras cantadas

PARA APRENDER

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a) Em um local espaçoso, formem um círculo e deem as mãos. Juntos, cantem e brinquem de dançar fazendo o círculo girar. Quando for dito o nome de um dos alunos, ele deve entrar no centro da roda e dizer um verso. Depois que fizer isso, a brincadeira continua.

A brincadeira de roda é muito conhecida no Brasil. As cantigas fazem parte do universo popular de cada região e são cantadas enquanto as pessoas giram em uma roda.

Essas cantigas de roda, também conhecidas como cirandas, não têm um autor conhecido, tendo sido passadas de geração em geração.

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b) Registre os versos recitados durante a brincadeira com a cantiga Ciranda, cirandinha.

c) Registre você e seus colegas nessa brincadeira cantada.

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2 Conheça mais uma brincadeira que envolve música e movimento. Para isso, leia a letra da cantiga Escravos de Jó dando ênfase às silabas destacadas.

Escravos de Jó

Escravos de Jó

Jogavam caxangá

Tira, bota, deixa ficar

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá

Cultura popular

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» Sentem-se em círculo e fiquem lado a lado. Cada um deve passar um objeto para o colega que está ao lado (pode ser um copo de plástico, por exemplo), marcando o ritmo ao destacar oralmente as palavras e partes de palavras que estão em destaque na letra da cantiga.

Ao cantarem o trecho “zigue-zigue-zá”, o ritmo deve ser duas vezes mais rápido. No primeiro “zigue”, cada um deve segurar o copo sem soltá-lo, fa-zendo de conta que vai deixá-lo na frente do colega à direita; no segundo “zigue”, fazer o mesmo com o colega à esquerda; por fim, no “zá”, deixar o copo na frente do colega da direita.

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3 Faça uma pesquisa com seus familiares sobre uma brincadeira cantada que costumavam brincar na infância. Registre a letra da cantiga e as regras da brincadeira. Depois, compartilhe-a com os colegas.

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4 Para realizar a próxima brincadeira, leia a parlenda.

a) Escolham um objeto para representar o ovo da galinha mencionado na parlenda. Uma criança deve ficar em pé segurando o objeto. Os demais devem ficar agachados, em círculo. O colega que está em pé começa a correr em volta do círculo enquanto todos recitam a parlenda.Ele deixa o “ovo” atrás de um colega e corre com o objetivo de completar o círculo. O aluno que ganhou o “ovo” deve correr atrás do que estava em pé, tentando pegá-lo antes que ele complete o círculo e se sente em seu lugar. Se o aluno que deixou o “ovo” conseguir sentar na roda, ele ganha e a brincadeira continua, agora com outro aluno de posse do “ovo”.

A galinha do vizinhoA galinha do vizinho Bota ovo amarelinho

Bota um, Bota dois, Bota três,

Bota quatro, Bota cinco, Bota seis, Bota sete, Bota oito, Bota nove, E bota dez!

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Cultura popular

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b) Represente as regras da brincadeira por meio de desenhos.

Ensino Fundamental 4o. Anoo

Danillo Souza. 2019. Digital.

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5 Para realizar a próxima brincadeira, leia a cantiga O sapo.

O sapoO sapo não lava o pé.

Não lava porque não quer. Ele mora lá na lagoa,

E não lava o pé Porque não quer Mas que chulé!

Cultura popular

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» Divirta-se cantando a cantiga do sapo de diferentes maneiras, tro-cando a vogal E – em destaque nas palavras – por A; por I; por O e, por último, por U.

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6 Escolha um animal e crie uma cantiga sobre ele. Depois, brinque com os co-legas de cantá-la, trocando as vogais de todas as palavras.

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8. Fazendo teatro

QUAL É A IDEIA?

» O que você acha mais interessante no teatro?

» Você já parou para pensar que o teatro envolve artes visuais (criação de figurinos e cenário), música (sonoplastia) e dança (movimentação e gestual dos atores)?

©Shutterstock/SpeedKingz

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PARA APRENDER

A arte do teatro

1 Com o professor e os colegas, escolham um texto para encenar.

ATIVIDADES

2 Leiam o texto escolhido diversas vezes. Montem uma cena teatral contando, por meio de ações e falas, o trecho apresentado. A seguir, há algumas sugestões de como realizar essa montagem. O primeiro passo, contudo, é decidir, em grupo, quem desempenhará cada função necessária para a realização da peça.

Dramaturgo:

Diretor:

Atores:

Cenógrafo:

Figurinista:

Sonoplasta:

Iluminador:

Maquiador:

Por meio das aulas de teatro, é possível soltar as emoções ao expressar senti-mentos e criar personagens que são diferentes da maneira como geralmente somos.

O teatro é a arte que promove o trabalho em equipe, pois, na criação de uma cena ou de uma peça teatral, todos são igualmente importantes: o drama-turgo (escritor do texto), o cenógrafo, o iluminador, o figurinista, o maquiador, os atores e o diretor. No trabalho com o teatro, também aprendemos que o en-saio é essencial. Para que seja possível apresentar um trabalho com qualidade, é necessário ensaiar muitas vezes, o que requer esforço e concentração.

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3 A seguir, escreva o roteiro da cena, com os diálogos. Depois, faça um desenho representando o que vocês imaginaram para o cenário dessa cena.

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4 Acompanhe a leitura do texto a seguir.

Marcelo, martelo, marmelo[...]

Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas:

– Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?

– Ora, Marcelo foi o nome que eu e seu pai escolhemos.

– E por que é que não escolheram martelo?

– Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! É nome de ferramenta...

– Por que é que não escolheram marmelo?

– Porque marmelo é nome de fruta, menino!

– E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo?

No dia seguinte, lá vinha ele outra vez:

– Papai, por que é que mesa chama mesa?

– Ah, Marcelo, vem do latim.

– Puxa, papai, do latim? E latim é língua de cachorro?

– Não, Marcelo, latim é uma língua muito antiga.

– E por que é que esse tal de latim não botou na mesa nome de ca-deira, na cadeira nome de parede, e na parede nome de bacalhau?

– Ai, meu Deus, este menino me deixa louco!

Daí a alguns dias, Marcelo estava jogando futebol com o pai:

– Sabe, papai, eu acho que o tal de latim botou nome errado nas coisas. Por exemplo, por que é que bola chama bola?

– Não sei, Marcelo, acho que bola lembra uma coisa redonda, não lembra?

–Lembra, sim, mas... e bolo?

– Bolo também é redondo, não é?

– Ah, essa não! Mamãe vive fazendo bolo quadrado...

O pai de Marcelo ficou atrapalhado.

E Marcelo continuou pensando:

“Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda. Mas bolo nem sempre é redondo. E por que será que a bola não é a mulher do bolo? E bule? E belo? E bala?

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ROCHA, Ruth. Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias. Rio de Janeiro: Salamandra, 1976.

5 Crie novos nomes para os objetos a seguir.

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Eu acho que as coisas deviam ter o nome mais apropriado. Cadeira, por exemplo. Devia chamar sentador, não cadeira, que não quer dizer nada. E travesseiro? Devia chamar cabeceiro, lógico! Também, agora, eu só vou falar assim”.

Logo de manhã, Marcelo começou a falar sua nova língua:

– Mamãe, quer me passar o mexedor?

– Mexedor? Que é isso?

– Mexedorzinho, de mexer café.

[...] Danillo Souza. 2019. Digital.

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6 Converse com o professor e os colegas sobre o que cada um compreendeu da história. Depois, faça uma encenação com a turma. Vocês podem encenar apenas o trecho lido ou uma peça baseada no texto inteiro.

a) Você e sua turma podem imaginar que, na peça, há pelo menos três per-sonagens: Marcelo, o pai e a mãe.

b) Além da cena apresentada no trecho, criem uma cena de início – para ser apresentada antes da cena que você acabou de ler – e outra para o final, diferente do final do livro.

c) Dividam os personagens e as demais funções – maquiador, cenógrafo, figurinista – e registrem cada um deles no espaço abaixo.

d) Na próxima página, escrevam coletivamente as três cenas.

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e) Montem a peça, convidando outras turmas para assistir a ela.

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7 Acompanhe a leitura do texto a seguir.

O PATINHO feio. Disponível em: <http://www.editorarideel.com.br/wp-content/uploads/2015/07/MIOLO_O_Patinho_Feio.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2019.

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O patinho feioA mamãe pata havia feito um ninho no meio da folhagem, perto do velho castelo.Finalmente, após longa espera, os ovos se abriram, um após o outro, e surgiram patinhos

amarelos. Porém, de um dos ovos, em vez de um patinho amarelinho, saiu uma ave cinzenta e desajeitada. Nem parecia um patinho.

Para ter certeza de que ele era um patinho, a pata o levou ao rio com os outros. Quando o viu nadar com naturalidade, suspirou aliviada. Era só um patinho muito feio.

Depois, levou os filhotes para o pátio do castelo. Todos parabenizaram a pata: a sua ninhada era realmente bonita... Exceto um: o patinho das penas cinzentas.

Um dia, desesperado, o patinho feio fugiu, queria estar longe de todos que o perseguiam. Naquele ano, o inverno chegou cedo e foi muito rígido. O patinho feio precisava nadar sem

parar para não deixar a água congelar-se em volta dele.Nos meses seguintes, o patinho viveu num lago, procurando abrigo do gelo, mas, finalmente,

a primavera chegou.Um dia, o patinho sentiu um inexplicável desejo de voar. Abriu as asas, que agora eram

grandes, e pairou no ar.Voou longamente, até que avistou um imenso jardim, no qual havia um lago com três aves

brancas. Com um leve toque de asas, pousou no lago. Ao pousar, viu a própria imagem refletida na

água. Percebeu que não era mais a cinzenta criatura. Agora, tinha penas brancas, grandes asas e um pescoço longo e sinuoso. Ele era um cisne!

– Bem-vindo entre nós! – disseram-lhe três cisnes.Aquele que, num tempo distante, havia sido o patinho feio, humilhado, desprezado e

atormentado, sentia-se agora tão feliz que se perguntava se não era um sonho! Mas não! Não estava sonhando. Era verdade! Nadava em companhia de outros cisnes e com o coração cheio de felicidade.

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a) Depois de ler o texto, reúnam-se em equipes e façam uma contação da história. Para tanto:

» cada um dos integrantes da equipe deve ficar responsável por contar uma parte da história;

» cada aluno deve tentar memorizar o trecho escolhido;

» ensaie a parte que você vai contar;

» apresentem a contação da história para outras turmas.

b) Se fosse montar uma peça ou uma cena da história O patinho feio, quais personagens fariam parte dela? Escreva.

c) Desenhe como poderia ser o figurino dos personagens dessa história.

d) Converse com os colegas e o professor sobre a diferença entre ler o texto, contar a história e encená-la.

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8 Converse com o professor e os colegas sobre as peças que encenaram durante o ano. Depois, escolham uma delas para apresentar aos familiares.

9 Registre o título e o roteiro da peça. Depois, ilustre como foi a apresentação.

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10 Combine com o professor e os colegas uma data para assistirem aos tre-chos gravados e apreciarem as fotos da apresentação da peça, para avaliar a performance da turma. Depois, escrevam um texto coletivo sobre como foi examinar os trechos em fotos, áudios e vídeos. Registre aqui suas impressões.

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