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Caderno de trabalho

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Caderno de trabalho

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Apresentação

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Tabelade conTeúdos

• apresentação

• argumento

• cartaz

• Mensagem do Prior geral

• banners: Páginas eletrônicas,Redes sociais e appsde Mensagem

• Roteiro litúrgico

• Ficha: Projeto“saúde para todos”

• Ficha: Projeto“centros esperança”

• Ficha: Projeto“desenvolvimento do povooriginário ngöbe buglé”

• Ficha para catequesede 1ª comunhão e ensinofundamental / 1º segmento

• Ficha para catequesede crisma e ensinofundamental / 2º segmento

• Ficha para JaR e ensino médio

dadosFUndaMenTaIs

• data:13/11/2016(como orientação ou recomendação)

• lema:“a solidariedade te revitaliza”

• lugar:Todos os ministériose comunidades daFamília agostiniana Recoleta

O presente Caderno de trabalho para a JornadaCoração Solidário da Família Agostiniana Reco-leta, em sua edição de 2016, contém o materialde apoio à realização do evento, facilmente adap-tável a todo âmbito pastoral.

Sendo uma Jornada promulgada pelo Prior geralda Ordem, a que se associam outros membros daFamília (monjas contemplativas, MAR, ARS, JAR,fraternidades seculares), é conveniente que serealize em todos os ministérios e comunidades.

A Jornada Coração Solidário 2015 conseguiu al-cançar os objetivos de sensibilização e levar acabo os dois projetos então propostos. Colabora-ram comunidades de sete países diferentes daOrdem, monjas contemplativas, MAR e fraterni-dades seculares. Remeteu-se aos projetos aquantia de €50.000, que possibilitou, durante oano de 2016, a habilitação de um serviço médicoginecológico na Clínica Santo Ezequiel Morenode Handumanan (Bacolod, Filipinas) e a realiza-ção das oficinas sobre Direitos Humanos no bair-ro caraquenho do Polvorim (Venezuela).

A iminência do Capítulo Geral animou-nos a ado-tar, no presente ano, uma campanha que coinci-disse com os esforços de revitalização e dereestruturação, motivo central do Capítulo e dasatividades formativas, espirituais e comunitáriasdos últimos anos.

A data proposta há de tomar-se como uma orien-tação. É quase impossível encontrar uma dataque se ajuste às necessidades de todos. Cada mi-nistério poderá optar, então, por outra mais ade-quada.

De parte de Haren Alde, ficamos à vossa disposi-ção para apoiar no que for possível cada celebra-ção concreta da Jornada. Podeis dirigir-vos a nóspara esclarecer questões, solicitar apoio e brin-dar-nos informação posterior acerca do impactoque teve a Jornada:

[email protected]

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Introdução

A Jornada Coração Solidário 2016 da Famí-lia Agostiniana Recoleta tem como lema “Asolidariedade te revitaliza”.

O marco geral da campanha situa-se no pró-prio Projeto de vida e missão da Ordem e,no contexto imediato do seu próximo Capí-tulo Geral, em que a revitalização e a reestru-turação caminharão de mãos dadas com oobjetivo de uma entrega vocacional mais pro-funda e de uma vivência mais autêntica do ca-risma agostiniano recoleto.

Desse modo, apresentamos à sociedade ovalor da solidariedade como um excelente ca-minho para revitalizar-se em vários níveis:

A) Nível humano: a solidariedade é o ca-minho para tornar-se uma pessoa mais ínte-gra, autêntica, realizada e feliz.

B) Nível cristão: a solidariedade é um caminhoprático para viver o mandamento do amorcomo núcleo central da mensagem cristã.

C) Nível agostiniano recoleto – Leigos: a soli-dariedade entronca-se com toda a tradição ca-rismática agostiniana e recoleta, apoia efortalece a vivência desse carisma em adultos(Fraternidade Secular) e jovens (JAR). Alémdisso, em todos os grupos leigos que nos sãoafins: voluntários, alunos dos colégios, paro-quianos, a solidariedade ajuda a que se unamainda mais com a Família Agostiniana Recoleta.

D) Nível agostiniano recoleto – Consagra-dos(as): a solidariedade é parte essencial damensagem profética da vida religiosa e temprofunda relação com os votos: castidade(amor universal e formação de uma famíliareligiosa), pobreza (caminhar junto aos po-bres como pessoas que decidiram ser po-bres), obediência (nossos projetos solidáriosajustam-se à vontade de Cristo, para que nosamemos uns aos outros, e levam-se a cabo

num contexto institucional que nos protegedos egoísmos, dos individualismos e dos pro-tagonismos).

Nível humano

A construção de uma sociedade justa passanecessariamente pela aplicação contínua dasolidariedade. Trata-se de uma característicada sociabilidade que inclina a pessoa a sen-tir-se unida a seus semelhantes e à coopera-ção com eles.

Temos de evitar algo que acontece em muitascampanhas: manifestar a solidariedade comoalgo impulsivo em casos de emergências, ca-tástrofes ou situações-limite. A construçãoda sociedade não depende unicamente demomentos concretos que, por sua dureza oudificuldade, “nos obrigam” a praticar uma so-lidariedade, necessária sem dúvida, mas quese deixa, às vezes, acompanhar por certopano de fundo egoísta (algo assim como “hojesou solidário ante essa emergência, porque, umdia, posso vir a ter algum problema”; ou “possopermitir-me ser solidário porque tenho mais ouestou em melhores condições do que outros maisdesafortunados”).

A solidariedade, pelo contrário, permeia aconstrução ordinária da sociedade. É indis-pensável nas relações familiares e de vizi-nhança; nas relações laborais, ligadas àjustiça e à cooperação e às equipes de tra-balho; é também ineludível na aprendiza-gem, na formação humana e na educação,porque, como todo valor, requer um exemplotestemunhal e a prática contínua para apri-morar sua aplicação; é indispensável na via-bilidade e no transporte, privado e público.

Não somos solidários porque “conhecemos”quem recebe a nossa solidariedade nem por-que somos seus “amigos”, mas porque somoscapazes de sentir empatia pelo desconhe-cido e de pensar no bem comum, superando

Argumento

A Solidariedade te revitaliza3

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atitudes egoístas ou egocêntricas. A socie-dade não se constrói unicamente com nossogrupo mais imediato, mas com todos os quedela fazemos parte.

A solidariedade também traz satisfação, fe-licidade e alegria. É uma forma de ser oti-mista, lutador e de crer no melhoramento dobem-estar. Uma forma de sermos agradeci-dos à vida. Atrai até mesmo pela felicidadereal que se vive ao praticá-la. Quimicamente,a solidariedade aumenta a serotonina, gerabom humor e bem-estar.

Algumas frases de tradição não cristã expli-cam a solidariedade em perspectiva mera-mente humana:

• Um a um, somos todos mortais. Unidos,somos eternos. Apuleio.

• Não há bem que nos delicie se nós nãocompartilhamos. Sêneca.

• A solidariedade é a ternura dos povos. Gio-

conda Belli.

• As grandes oportunidades de ajudar outraspessoas raramente surgem, mas as peque-nas rodeiam-nos todos os dias. Sally Koch.

• Homens são ricos apenas à medida quedão. Aquele que proporciona excelente ser-viço recebe grandes recompensas. Elbert

Hubbard.

Uma formação integral da pessoa inclui oacercar-se de realidades tais como a dor, asolidão, a pobreza, a injustiça ou a enfermi-dade, e não só de forma teórica, mas prática:só se pode praticar a empatia de forma com-pleta quando há uma aproximação real, física,dessas realidades.

Ao mesmo tempo, é necessário formar parauma tolerância à frustração e à dor, num en-frentamento real a todas as situações difíceisque não devem, por si mesmas, levar ao fra-casso, à angústia, ao desespero ou ao pessi-mismo, mas sim servir para o crescimentopessoal e para o aprimoramento da capaci-dade de resolver dificuldades e problemas.

Nível cristão

A noite da Quinta-feira Santa tem um signi-ficado muito especial para o cristão. Nela,Jesus deixa claro, por meio de atitudes e degestos, em forma de testemunho vital, quaishão de ser a atitude e o gesto do cristão.

Por um lado, com a instituição da Eucaristiae do mandamento do amor; por outro, como lava-pés, encarnação máxima da humildadee do serviço do cristão aos demais.

A solidariedade tem, na tradição cristã, ou-tros nomes, de raízes muito mais profundas,procedentes do acervo cultural bíblico emsua maior parte; mas que, como sabemos,com o tempo, o uso e a acomodação cultural,foram variando de significado e, hoje, podemnão ser entendidos pelas pessoas, à primeiravista, naquela mesma perspectiva bíblica quelhes deu origem.

Para uma pessoa formada, como um sacer-dote, um religioso, uma religiosa, um cate-quista ou um professor, não deveria ser difíciltraduzir esses elementos bíblicos do amorao próximo, da entrega generosa, da salva-ção do mundo, do Reinado de Deus… Todasessas expressões podem acomodar-se facil-mente, hoje em dia, ao termo “solidariedade”.

Se um cristão não pode desligar-se desseselementos evangélicos sem perder sua iden-tidade e sua fé, é possível traduzir isso da se-guinte forma: não se pode ser cristão semser solidário. E por mais que uma sentençaassim soe por demais categórica, o Evangelhonos diz que é veraz, real.

Neste aspecto, temos de convidar não só a“cumprir um mandamento” ou a promoveruma “solidariedade obrigatória à luz de umaobediência cega”. O reverso da moeda da so-lidariedade imposta seria uma atitude não as-sumida, automática ou, até mesmo, triste.Todos nós conhecemos “solidários tristes”.

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A solidariedade pode ser apresentada comouma parte da vocação cristã, que se vivesempre com alegria e que ajuda a interiorizarmais e melhor a forma de ser de Jesus na vidado cristão, que deseja ser “conformado comJesus e como Ele” e testemunhar Seu rostona atualidade e no presente.

A solidariedade é uma forma prática de viver,de experimentar, de promover e de dar a co-nhecer em nossa sociedade o mais genuínoespírito das Bem-aventuranças.

Nível agostiniano recoleto

Não em vão se repete que a Jornada CoraçãoSolidário é uma iniciativa do Prior geral paratoda a Família Agostiniana Recoleta, enco-mendada em sua parte prática à ONGD daFamília Agostiniana Recoleta, cujo objetivopróprio vai além da busca de recursos parafins missionários.

E mais, se os fiéis virem nessa campanha tãosomente uma oportunidade de doar recursosou um “pedido expresso de dinheiro” porparte da Família Agostiniana Recoleta, dize-mos, sem qualquer pudor, que a iniciativa nãoterá conseguido seu objetivo principal.

A Jornada Coração Solidário deve ser en-quadrada e vista no conjunto das ações caris-máticas ordinárias de qualquer ministérioagostiniano recoleto. Por isso, trata-se funda-mentalmente de uma campanha de identi-dade agostiniana recoleta.

Faz parte da promoção do conhecimento e davivência do carisma agostiniano recoletoque todo ministério deve ter e, especial-mente, de determinados aspectos concretosnos grupos mais afins ao carisma, a saber,fraternidades seculares e jovens JAR, funda-

mentalmente; e naqueles outros grupos quetêm manifestado uma afinidade com a Famí-lia Agostiniana Recoleta e com suas obras, ouque recebem diretamente seus serviços pa-roquiais, educativos etc.

Faz parte, também, no caso concreto da Jor-nada Coração Solidário 2016, da promoçãodos valores da revitalização e da reestrutu-ração que toda a Família Agostiniana Reco-leta leva a cabo, em muitos âmbitos, desde asua esfera de governo, passando pelas estru-turas que dita Família se deu, até chegar àprópria vivência vocacional de cada membroda Família Agostiniana Recoleta, que develevar a um testemunho efetivo da validade doseu carisma ante a sociedade.

Existem pelo menos dois caminhos de sefazer desta campanha uma parte da promo-ção do carisma agostiniano recoleto:

Primeiro, porque a solidariedade e o amorsão parte ineludível do que Agostinho de Hi-pona queria para os seus; e a vivência real daausteridade e da pobreza são característicaspróprias da Recoleção.

Segundo, porque, através da campanha,damos a conhecer o trabalho e a opção pelospobres da Família Agostiniana Recoleta emtantos lugares do mundo. Somos muito maisque um ministério ou um colégio concreto.

Portanto, para ser agostiniano recoleto (reli-gioso, religiosa, monja, leigo, jovem) não hádúvida de que se tem de praticar a solidarie-dade. Ela deve fazer parte do acervo carismá-tico, no mesmo nível e importância dainterioridade, da sabedoria ou da comuni-dade. Agostinho quis assim, e a primeira Re-coleção assim o sentiu, assim tem vivido essaFamília nos seus mais de quatro séculos deexistência.

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O cartaz que apresentamos para estaJornada Coração Solidário 2016pretende ressaltar a importância dolema adotado, “A solidariedade terevitaliza”. Não se centra em rostosnem em projetos, tampouco querchocar com imagens cruas de po-breza ou miséria.

A proposta é chamar atenção, colo-cando num contexto nada habitual(entradas e adros de igrejas, salas deaula, comunidades religiosas) ele-mentos que vêm da publicidade decosméticos ou de alimentos saudá-veis: a água mineral ou o creme “revi-talizador”. Imagens que, cremos,poderão suscitar estranhamento pre-cisamente por aparecer num “con-texto não imaginado”.

Uma vez obtida a atenção da pessoa,recalcamos as mensagens principais:a solidariedade rejuvenesce, revita-liza, une a pessoa à natureza, é algoalegre e jovial. Destacamos, na frase,o pronome “te”: a persona solidáriarecebe, pelo simples fato de praticara solidariedade, grandes bens.

Os logotipos da Ordem dos AgostinianosRecoletos e da ONGD Haren Alde propõemum caminho para praticar a solidariedade:unindo-se a uma Família que, em seu própriocarisma, espiritualidade e ação, proclama asolidariedade como algo próprio.

As cores de fundo, azul e verde, recordam anatureza e a “vida saudável”, mas estão emtons pastel, pois a solidariedade pratica-sesem estridências, sem agredir a vista, comsuavidade. Constitui ainda uma chamada àfrase evangélica: que a tua mão esquerda nãosaiba o que faz a direita ao praticares a soli-dariedade.

Para os leitores mais curiosos, o lema de“usar sem moderação”, estampado na caixado cosmético, indica que não há limites paraa prática da solidariedade; pelo contrário, seuuso não deve ser moderado, mas radical.

Beber da água da solidariedade ou aplicar so-lidariedade à pele da vida faz com que estaseja menos rugosa. Com a prática da solida-riedade, eliminam-se as causas que envelhe-cem e roubam a saúde espiritual das pessoas(egoísmo, mau humor, queixa constante emmeio à inatividade). Assim como precisamoshidratar o corpo e a pele, a solidariedade hi-drata o coração de todos.

Cartaz6

O cartaz foi desenhado em formato A1, diretamente proporcional aos formatos A2, A3, A4 ou A5.

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Queridos irmãos e irmãs:

Neste Ano Jubilar da Misericórdia, venhomais uma vez até vós para convocar-vos pre-cisamente a um ato de misericórdia, a umaoportunidade de entrar plenamente nesseambiente espiritual e no compromisso cristãode sermos misericordiosos como o Pai.

A Providência quis, além disso, que o Ano Ju-

bilar coincidisse com um Ano Capitular para

a Ordem, no transcurso do qual esta discerneas sendas da revitalização e da reestrutura-ção que Deus quer para ela. Ambas as reali-dades, Ano Jubilar e Ano Capitular,complementam-se, porque pro-cede da misericórdia do Senhoro carisma que recebemoscomo um dom para viver oEvangelho com alegria e ge-nerosidade, a partir denossa própria vocação

cristã e agostiniana reco-

leta.

No próximo dia 13 de no-

vembro, domingo, coincidindocom a Festividade de Todos os

nossos Santos, aqueles que soube-ram praticar a misericórdia de modo exem-plar, convoco-vos a que juntos celebremos anossa Jornada Coração Solidário 2016.

O lema escolhido para este ano é significa-tivo: “A Solidariedade te revitaliza”. Nele, asolidariedade, um dos nomes da misericór-

dia, é-nos oferecida como meio de revitali-zar-nos pessoalmente e de reestruturarnossa sociedade, tornando-a mais conformeà dignidade que o Pai deseja para Seus filhos.

A Solidariedade nos revitaliza, faz-nos me-lhores, recorda-nos o irmão, liberta-nos doegoísmo, enche-nos de alegria, une-nos a ou-tras pessoas de boa vontade, cria família, re-

força nossa identidade carismática. Temainda consequências diretas: transforma a

sociedade, reestrutura as comunidades hu-manas e suas relações, tornando-as mais fra-ternas, promove a paz e a dignidade de todos.

Como na primeira edição, que convoquei parao ano de 2015, as comunidades, ministérios,fraternidades seculares e grupos JAR pode-rão receber e baixar, através da internet, di-versos materiais para essa celebração:cartazes, um roteiro litúrgico, uma oficina es-colar, informação específica sobre os proje-tos, imagens para compartilhar nas redes

sociais e de mensagens instantâneas.Faça-se largo uso de tudo isso em

nossas paróquias e ministérios,levando todos os fiéis a parti-

cipar dessa graça de Deusque é a solidariedade.

No dia 13 de novembro,principalmente, oraremos

juntos, juntos aprendere-

mos a ser solidários e cola-boraremos todos com três

projetos concretos da nossa Fa-mília no mundo:

— um consultório odontológico na Vene-

zuela,

— um centro de formação para jovens e ado-lescentes no Brasil,

— a ajuda ao povo Ngöbe-Buglé do Panamá.

Sendo solidários, enfim, construiremos co-

munidade, fortaleceremos nosso carisma eajudaremos a transformar o mundo segundoo Evangelho.

Roma, 10 de setembro de 2016,Festa de São Nicolau de Tolentino.

Fr. Miguel MiróPrior geral

Mensagem do Prior geral

a toda a Família Agostiniana Recoleta

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Confeccionamos, a partir do cartaz, três de-senhos que podem facilitar a difusão da Jor-nada Coração Solidário através das redessociais (Facebook, Twitter, Instagram etc.),dos aplicativos de mensagem (Whatsapp,Telegram, Messenger) e das páginas eletrô-nicas.

Para facilitar sua inserção, de acordo com osdiversos desenhos, há três possibilidades:

• Banner horizontal para página eletrô-nica.

• Banner vertical para página eletrônica.

• Cartaz em tamanho pequeno paraaplicativos de mensagem.

Banners:

Páginas eletrônicas, Redes Sociais e Aplicativos de men-

8

Cartaz completo para aplicativos

de mensagem

Banner horizontal para páginas eletrônicas

Banner vertical para páginas eletrônicas

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Ambientação

A Família Agostiniana Recoleta celebra hojesua Jornada Coração Solidário, cujo lema,neste ano, é “A Solidariedade te revitaliza”.Unamo-nos em oração, durante a celebraçãodesta Santa Missa, para que a nossa FamíliaAgostiniana Recoleta, em especial, que se fazpresente em todo o mundo, e todos nós, cris-tãos, sejamos testemunhas do amor de Deuspela humanidade através da solidariedade.

Se, como cristãos, temos de ser reconhecidospor alguma coisa, é precisamente pelo amor.Nossa solidariedade é uma forma de dizer atoda a sociedade que Deus ama a cada pes-soa, e que nós, cristãos, somos chamados aviver vocacionalmente esse amor de Deusatravés de nossas ações concretas.

A solidariedade rejuvenesceos corações, dá-nos alegria,constrói-nos como pessoas,reforça nossa vida de fé,une-nos em fraternidade. Asolidariedade é uma conti-nuação da nossa celebraçãoeucarística na vida cotidiana,depois que, tendo recebido abênção final, tivermos saídoda igreja.

Celebremos este banquetede amor e alarguemos osnossos corações, escutandoa Palavra e comendo juntosdo Pão do Senhor, alimentode amor.

Introduçãoà Liturgia da Palavra

A Palavra de Deus descreve continuamente oamor de Deus por Seu povo e nos chama aamar os irmãos sem medida, como modo privi-legiado de, como cristãos, fazermos da Palavraque agora nos dispomos a escutar, vida real.

Nestas últimas semanas antes do início doAdvento, a Palavra de Deus propõe-nos viverde uma maneira íntegra a nossa fé e prepararo verdadeiro Reinado de Deus.

A solidariedade é a maneira efetiva de expli-car à nossa sociedade como é esse Reinadode Deus: justiça, dignidade da pessoa, bon-dade e serviço ao próximo são consequênciasde termos feito de Deus o verdadeiro centrode nossas vidas.

Roteiro Litúrgico9

NOTA: A presente proposta de roteiro centra-se na celebração dominical do próximo dia 13 de novembro

de 2016, XXXIII Domingo do Tempo Comum. Nalguns países, como a Espanha, celebra-se o Dia da Igreja

Diocesana. Para a Família OAR, é também a Festa de Todos os Santos da Ordem, ainda que a celebração

dominical prevaleça liturgicamente. Por isso, evitamos referências às leituras do dia, para que o roteiro

se possa acomodar a outra data. Cada ministério velará para adaptá-lo conforme a circunstância do mo-

mento concreto da celebração.

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Oração dos fiéis

• Pelo Papa Francisco, pelos bispos, pelosconsagrados, pelos missionários, pelosvoluntários e por todos nós: para quesejamos sempre e em cada situação tes-temunhas do amor solidário de Deuspela humanidade. Roguemos ao Senhor.

• Pelos missionários e pelas missionáriasda Família Agostiniana Recoleta: paraque, com nosso apoio, testemunhemsempre a solidariedade cristã através deuma vida de fé sólida e de uma entregasem reservas a serviço dos mais neces-sitados. Roguemos ao Senhor.

• Pelos que sofrem a desigualdade, a in-justiça, a violência ou a pobreza: paraque encontrem na Igreja um apoiofirme, constante e solidário em suas ne-cessidades. Roguemos ao Senhor.

• Pelas crianças e pelos adolescentes quefrequentam a catequese de nossas pa-róquias e as salas de aula de nossos co-légios: para que desde a infânciaaprendam que a prática da solidarie-dade é capaz de fazê-los felizes e ínte-gros, acercando-os da misericórdia deDeus. Roguemos ao Senhor.

• Para que, nesta Jornada Coração Solidá-rio, entendamos que não podemos sercristãos sem ser solidários, e que nin-guém pode ser feliz esquecendo-se doirmão. Roguemos ao Senhor.

• Pelas famílias cristãs: para que sejamsempre escolas de solidariedade e issoredunde para elas em alegria, felicidadee fortaleza ante as dificuldades da vida.Roguemos ao Senhor.

Introduçãoao Ofertório

A Eucaristia é a celebração litúrgica em querecordamos e atualizamos o amor de Deuspela humanidade e o amor de Cristo, o Se-nhor, que Se entrega por todos. Junto com opão e o vinho, apresentamos a nossa oraçãoe os nossos bens, para apoiar a ação solidáriada Igreja e da Família Agostiniana Recoleta.Serão oferendas agradáveis a Deus, que Elemultiplicará e nos devolverá em forma de paz,alegria do coração e reconhecimento de quesó com a bondade é que poderemos vencer oegoísmo e a tristeza.

Ação de graças

Pai, nesta Eucaristia, celebramos o banquetede amor, escutamos a vossa Palavra e alimen-tamo-nos do vosso Corpo e do vosso Sanguepara assim fortalecer o nosso espírito. Nósvos agradecemos por vossa entrega generosae por vossa bondade, que agora tentaremosimitar e perpetuar em nossa vida cotidiana.Nós vos damos graças também pelo teste-munho dos que, em nossa Família, lutam porum mundo mais próximo ao que desejais paranós. E obrigado por nos permitirdes estar emunião com outros muitos, em todo o mundo,a construir esse mundo melhor.

Antes da Bênção

Dispomo-nos agora a receber a bênção finaldo Senhor, como perfeita conclusão da nossacelebração dominical aqui na igreja. A Missa,porém, continuará depois que tivermos saídopelas portas e retomado as atividades coti-dianas da nossa vida.

Que esta bênção de Deus nos ajude a que se-jamos solidários na família, no trabalho, nolazer e no convívio com os nossos.

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Page 11: Caderno de trabalho - intranet.harenalde.orgintranet.harenalde.org/docs/88.pdf · ano de 2016, a habilitação de um serviço médico ginecológico na Clínica Santo Ezequiel Moreno

O objetivo deste projeto é a reabilitação e oequipamento do Consultório Médico-Odon-tológico “São Judas Tadeu”, situado no bair-ro da Porta de Caracas (90.126 habitantes),na capital venezuelana.

Trata-se de uma das áreas mais desfavoreci-das de Caracas, em que os Agostinianos Re-coletos se fazem presentes com umaparóquia, um colégio e um centro social. Mui-tos habitantes dos bairros caraquenhos deCatuche, Novo Catuche, Polvorim, Mecedo-res e Lídice acodem ao consultório médico“São Judas Tadeu”, que também faz parte darede de ação social e pastoral dos Recoletos.

O pessoal do consultório é formado por umapediatra, uma analista clínica, um assistentede laboratório, uma secretária e uma auxiliarde serviços gerais. São atendidos todos osque chegam, dentro das possibilidades exis-tentes.

A precária situação em que vive o país temobrigado, entretanto, a procurar novas for-mas de atenção com a criatividade. As con-sultas médicas são oferecidas a preçospopulares e os medicamentos, vendidos apreço de custo. A atenção é gratuita noscasos das famílias integradas no Programade Apadrinhamentos “Toma e Lê” da ONGDHaren Alde.

Durante o ano de 2015, o consultório médicoatendeu 4.030 pacientes, ao que se devemsomar as 1.385 análises de laboratório clí-nico.

Junto com o quadro médico, está sendo ela-borado um cronograma de atividades queinclui os setores mais afastados e desfavore-cidos da área urbana. Entre outras questões,tem-se em vista a realização de jornadas der-matológicas e uma aproximação maior dosapadrinhados ao consultório.

O projeto que se apresenta nesta JornadaCoração Solidário 2016 pretende dotar deequipamentos de diagnóstico médico asáreas de ginecologia, pediatria, odontologia,dermatologia e laboratório. Isso permitirá daruma resposta melhor e mais rápida aos pro-blemas de saúde pública.

Ficha de Projeto

Saúde para todos • Caracas (Venezuela)

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Page 12: Caderno de trabalho - intranet.harenalde.orgintranet.harenalde.org/docs/88.pdf · ano de 2016, a habilitação de um serviço médico ginecológico na Clínica Santo Ezequiel Moreno

Este projeto de apoio ao desenvolvimento eà segurança alimentar do povo originárioNgöbe Buglé em Canquintu (Região ÑöKribo, Panamá) tem duas vertentes de ação:

• Assegurar a alimentação na Creche Mi-rônomo Krônomo e o programa contraa desnutrição infantil do Centro NutreLar.

• Dotar as artesãs indígenas de materiaise de formação para seu desenvolvi-mento profissional pessoal e coletivo.

Os Agostinianos Recoletos trabalham como povo originário Ngöbe Buglé desde 1967.Durante esses quase 50 anos, têm velado, apartir de seu trabalho pastoral e evangeliza-dor, pela defesa dos direitos dos povos origi-nários, pela conservação e fixação de sualíngua e cultura, bem como pelo desenvolvi-mento e bem-estar social das pessoas.

O isolamento da região, a falta de empregosremunerados e a alimentação deficiente oca-sionam um alto índice de desnutrição infantil.O Centro Nutre Lar atende os casos maisgraves até que superem as fases de mais altorisco. Conta com uma população constantena faixa de 25 a 35 menores de idade.

A Creche Mirônomo Krônomo conta com300 crianças de 1 a 5 anos de idade que, desegunda a sexta-feira, recebem preparaçãopara seu ingresso na educação formal, alémdo café da manhã e do almoço.

Este projeto dotará ambos os centros de leite,cereais, legumes, verduras e alimentos ricosem proteínas, bem como dos recursos neces-sários para o transporte desses gêneros ali-mentícios por via fluvial até Canquintu.

Na sua segunda parte, o projeto apoiará, deforma especial, as mulheres que se veem so-zinhas ante a responsabilidade do cuidado dolar e das crianças, em muitos casos sem con-tar com uma entrada constante de recursosfinanceiros.

Essas mulheres poderão receber uma rendaadicional e melhorar o bem-estar de sua fa-mília com a confecção de artesanato e deuniformes escolares. Além disso, contarãocom instrução sobre gestão e administraçãode projetos de geração de renda. Para isso, oprojeto espera proporcionar-lhes material decostura, etiquetagem e embalagem.

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Ficha de Projeto

Desenvolvimento e segurança alimentar

do povo Ngöbe Bugle • Canquintu (Panamá)

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Os Agostinianos Recoletos fundaram, nosmunicípios amazonenses de Lábrea, Tapauáe Pauini, três estruturas denominadas “Cen-tros Esperança” que atendem cerca de 700menores de idade.

Os Centros nasceram para lutar contra trêsameaças que pairavam sobre esses menores:a evasão escolar, a desnutrição e a perigosaproximidade dos grupos de delinquência ju-venil, nascidos do tráfico de drogas e da ex-ploração sexual e laboral de menores.

Os Centros baseiam seu trabalho em quatropilares: assegurar a escolaridade e a alimen-tação; aumentar oportunidades através doensino semiprofissionalizante ministradoem oficinas; além da organização do lazer eda prática desportiva com vistas a uma vidasaudável e um crescimento integral.

Por meio de visitas domiciliares escolhe-seo alunato, que fica obrigado a assistir à es-cola formal; oferecem-se oficinas variadastais como reforço escolar, informática, mú-sica, carpintaria, solda, bordado, corte e cos-tura, tecelagem de redes, culinária, de acordocom as possibilidades de cada centro e oacesso a tutores que as administrem; ofertade atividades lúdicas, teatro, dança, despor-tos e passeios; e alimentação reforçada.

Trabalha-se em dois turnos. O aluno que vaià escola formal no período da manhã, está noCentro de tarde, e vice-versa.

Com o passar dos anos, os três Centros con-verteram-se numa referência educativa esocial na região. As atividades são completa-mente gratuitas, razão pela qual o projetosubsiste fundamentalmente por dois meios:recursos públicos locais recebidos atravésde programas sociais municipais ou esta-duais; e a solidariedade dos ministérios dosAgostinianos Recoletos na Espanha, espe-cialmente dos colégios.

A grave crise socioeconômica vivida peloBrasil, as necessárias obras de manutenção eos muitos insumos requeridos, tanto pelasoficinas como pelo preparo das refeições,fazem que toda ajuda seja de capital impor-tância para que se mantenha a qualidadedesse serviço social e se cumpra com seusobjetivos.

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Ficha de Projeto

Centros Esperança • Amazonas (Brasil)

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Marina é uma menina morena. Compra-ram livros novos para ela ir ao colégio.

O avô dela acompanhou-a para comprar umacaneta vermelha que ainda lhe faltava.

Todos os dias, o avô de Marina a leva ao colé-gio e a espera na hora da saída. Fica nervosose ela demora, mas seus olhos se alegramquando Marina lhe dá um abraço grande aovê-lo.

Enquanto caminham para casa, o avô lhe fazperguntas, conta-lhe histórias de outros tem-pos, ensina-lhe palavras novas... Assim, o tra-jeto até a casa passa bem rápido.

Marina é muito pequena e não percebe queseu avô precisa madrugar para que ela nãochegue tarde à aula, e tem que deixar os ami-gos dele no jogo de cartas quando vai buscá-la. No inverno, às vezes, ele sente frio..., masfaz tudo com alegria para que Marina conti-nue aprendendo a ser gente grande.

Um dia...

Um dia, o avô não pôde levá-la ao colégio,tinha ficado doente e os médicos não deixa-vam que ele saísse de casa.

A mãe de outra menina da sala foi buscar Ma-rina, já que eram vizinhas, mas ia sempre compressa e mal falava pelo caminho.

Marina lembrava-se do seu avô. Recordava aexpressão alegre do rosto dele quando a viasair, suas perguntas, suas histórias, sua mãoquente…

Marina, naqueles dias, percebeu tudo o queseu avô fazia por ela. Decidiu, então, visitá-lo,sentar-se por uns momentos ao pé da sua pol-trona, até os médicos deixarem que ele saíssede casa outra vez.

Quando o avô ficou curado, voltaram os abra-ços, as histórias pelo caminho de volta paracasa e, de novo, o caminho pareceu maiscurto.

Ficha Escolar e de Catequese

A. Ensino fundamental I - 1ª Comunhão

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1. Existe alguém solidário com você?

— Quem é que leva e busca você, todo dia, quando vai para ocolégio?

— Como podemos valorizar todos os que cuidam de nós? Vocêacha que podemos fazer-lhes um desenho como agradeci-mento?

— Vamos enumerar e dizer os nomes das pessoas que todos osdias se preocupam conosco e cuidam de nós.

— Você acha que cuidar de você, gostar de você, buscar e acom-panhar você, contar-lhe coisas ou perguntar-lhe como vai,são coisas que têm a ver com a solidariedade?

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2. Proposta de atividades

Emoticons. Vamos desenhar empapéis aqueles emoticons que nos

são mais familiares: carinhas de felici-dade, de alegria, de tristeza, de medo, deraiva…

No quadro de giz ou no mural, pomos cadaum dos emoticons e inventamos a “histó-ria do bonequinho”. Por que você acha queele está feliz, contente, ou triste e com medo?Podemos saber como as pessoas se sentempela expressão do rosto, pelos gestos e pala-vras delas?

Ensinamento: o primeiro passo para serSOLIDÁRIO é saber, entender e compre-ender como é que a outra pessoa sesente. A pessoa SOLIDÁRIA sempreestá atenta ao que se passa a seu redorpara intervir e ajudar o outro.

Teatro. Nas seguintes páginas, su-gerimos a possibilidade de se fazer

uma oficina de teatro com a obra As ma-rionetes solidárias.

Através das histórias dessas marionetessimpáticas, representamos diferentesações que levarão os alunos a constatar anecessidade de, na vida, oferecer ajuda,receber ajuda e partilhar o tempo, as ca-pacidades pessoais e os bens materiais,como único meio possível de viver aque-les valores que nos fazem mais felizes, asaber: a empatia, a tolerância, a alegria e,especialmente, o amor, como fonte e ori-gem de todo comportamento autentica-mente humano.

O teatro de marionetes e as históriasaproximam o aluno do primeiro seg-mento do Ensino fundamental e quemse prepara para a Primeira Comunhãode uma aprendizagem de vida, paralela-mente à fantasia e à magia que caracte-rizam essa etapa. Os alunos/catecúmenos conhecerão outra reali-dade, da qual muito têm a aprenderatravés das personagens fictícias. Umaprimeira atividade pode consistir na“confecção” de um pequeno teatro como mobiliário da sala de aula e na elabo-ração das marionetes.

A peça tem três atos e quatro persona-gens: Narrador, Ana, Umed e Adowa.

Colagem. Vamos pensar juntos emque situações da vida pode ser ne-

cessário que uns aos outros nos ajude-mos.

Vamos procurar revistas, jornais, carta-zes, fotos de internet, em que apareçampessoas que precisam de algum tipo deajuda. Podemos viver sozinhos, sem ajudados demais? Você já imaginou como seria umdia na vida em que não tivesse ajuda de nin-guém?

Ensinamento: Nós, seres humanos, pre-cisamos uns dos outros para vencer umgrande número de contrariedades, dedificuldades, e até mesmo para a vidacomum de cada dia. Ninguém pode viversem receber e sem oferecer ajuda.

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NARRADOR:

Todo aconteceu durante um verão na Etiópia,numa cidade chamada Gambela. Os pais deAna foram visitar aquele lugar mágico. A mãede Ana era médica e o pai construía casas.Gostavam muito de colaborar porque diziamque faziam as pessoas sorrirem. No país emque moravam, eles se dedicavam aos mesmostrabalhos, mas parecia bem diferente. Porque seria tão diferente curar as pessoas econstruir casas na África?

Depois de muitas horas de viagem, enfim che-garam. Estava noutro continente, chamadoÁfrica, mas Ana estava muito contente por-que haveria ali muitas crianças com quem po-deria brincar e aprender. Teriam tantas coisascomo ela? Quem seria mais feliz: Ana ouaquelas crianças?

Dirigiram-se até o povoado em que iriam ficare havia ali muitas crianças como Ana. En-quanto seus pais colaboravam com as pes-soas do lugar e com a ONG, o que Anapoderia fazer? Ana também queria ajudar osdemais.

De repente, aconteceu algo muito especial.

Ato IANA: Oi! Eu me chamo Ana. Vim de longecom meus pais para visitar vocês.

UMED: Eu sou o irmão mais velho e mechamo Umed.

ADOWA: E eu sou a irmã mais nova. Meunome é Adowa.

ANA: Que alegria! Pensava que vocês nãoqueriam ser meus amigos.

ADOWA: Que roupa tão bonita você tem!Nós só temos um vestido e, a cada noite, pre-cisamos lavá-lo no rio para podermos usá-lode novo na manhã seguinte.

ANA : Não têm máquina de lavar?

UMED: Não, isso não é importante. Com odinheiro que temos, compramos remédios ecomida.

ANA: Então... Nunca reclamam da comidapara a mãe de vocês?

ADOWA: Não, porque sempre está boa e nãopodemos desperdiçar.

ANA: Estou aprendendo muito com vocês,porque eu, às vezes, reclamo da comida comminha mãe. Isso me faz lembrar uma palavramuito bonita: solidariedade! Aprendendojuntos somos solidários, sabiam? Vamos re-petir!

ADOWA, ANA e UMED: Solidariedade! So-lidariedade!

ANA: Vamos fazer aviõezinhos de papel comessa mensagem, para que todos vejam. Pode-remos ajudar-nos uns aos outros!

[Todos, na sala, fazem aviõezinhos de papelescrevendo neles a palavra “Solidariedade”

e brincam de jogá-los].

3. As marionetes solidárias

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Ato IINARRADOR

Na manhã seguinte, Ana acordou quandoseus pais já saíam para seus trabalhos e disse-lhes que hoje, de novo, queria ser solidária.Seus pais lhe disseram que sempre que fi-zesse as cosas com o amor do coração, seriasolidária. Ana, entusiasmada, foi procurar osamigos.

ANA: Bom dia!

UMED: Oi, Ana.

ANA: O que aconteceu?

UMED: Estou triste, porque Adowa está do-ente.

ANA: O que ela tem?

UMED: Tem muita febre, uma febre que nãopassa.

ANA: Tenho a solução! Minha mãe é médica,vamos procurá-la. Estou certa de que na ma-leta mágica que ela carrega tem alguma coisapara curar a sua irmã.

UMED: Mas não temos dinheiro para pagar…

ANA: Meus pais dizem que ficam felizesquando ajudam os outros e os fazem sorrir.Além disso, sempre dizem que o dinheiro nãodá felicidade, não é o mais importante.

UMED: Vamos procurar a sua mãe, então!

ANA: Carregamos você, Adowa!

ADOWA: Tudo bem! Obrigada por cuidar demim!

ANA: Minha mãe vai encontrar uma solução.Isso também é solidariedade!

Ato IIINARRADOR

Todos os dias daquele verão foram cheios deamizade e de amor. Ana perguntou ao pai oque é que ele fazia em cada lugar. Um grupode crianças, entre elas Ana, Umed e Adowa,foi com o pai de Ana até uma região em queestavam construindo pequenas casas para fa-mílias que não tinham onde morar.

ANA: O que é preciso para construir? Espere,eu lembro! São necessários tijolos, que sefazem com uma mistura de água, terra epalha.

ADOWA: Gostamos muito de casas de tijolo,porque nos sentimos muito bem lá dentro,são fresquinhas.

ANA: É verdade, nunca tinha parado parapensar: como é importante ter uma casa!

UMED: Deus cuida de nós e nos dá uma famí-lia e amigos que gostam da gente.

ANA: Toda noite, rezamos a Deus para agra-decer por todo o que temos.

ADOWA e UMED: Nós também! E pedimosque possamos ter um colégio para aprendera cada dia.

ANA: Eu também vou pedir por vocês emminhas orações, e pedir que consigam entrarnum colégio. Isso é solidariedade: pensar nosoutros! Veem? Vivemos longe uns dos outros,nossa pele tem uma cor diferente, mas somosiguais!

NARRADOR

Ana nunca esqueceu aquele verão em Gam-bela. Aprendeu muito com Adowa e comUmed. Não tinham tanta roupa como ela,nem uma casa com tantos brinquedos, maseram muito felizes e transmitiam essa felici-dade com seu sorriso, além de gostaremmuito da família que tinham.

As três crianças conheceram e praticaram overdadeiro significado da palavra SOLIDA-RIEDADE.

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Nesta seção, teremos um pequeno coló-quio sobre a solidariedade para situar-

nos no seu contexto. Lemos a seguintehistorieta:

Não faz muito tempo que, num pequeno povo-ado, ocorreu uma história que comoveu muitagente. Um asilo de idosos, em que moravamumas duzentas pessoas sem recursos e sem fa-mília, estava a ponto de fechar por falta de re-cursos.

Os moradores do povoado decidiram ajudar osidosos e se organizaram para trabalhar de graçano asilo. Mas isso não era suficiente. A empresaque o administrava rescindiu o contrato e foiembora, deixando os moradores encarregadosde tudo.

Um dia, apareceu por ali um homem engrava-tado e bem penteado que se ofereceu para com-prar o asilo por uma grande quantia emdinheiro, pois pensava em construir casas nolugar.

Quando os habitantes do povoado ficaram sa-bendo, convocaram uma reunião. Era necessá-rio que eles comprassem a residência paraconservar a moradia daqueles duzentos idosos.Não tinham, contudo, o dinheiro suficiente.Nem vendendo todas as suas propriedades po-deriam cobrir a oferta daquele forasteiro.

Umas crianças gritaram suas ideias:

— Organizemos uma festa beneficente!

— Isso, e uma feirinha solidária!

— Avisemos os meios de comunicação!

As ideias pareceram boas e todos puserammãos à obra.

Recolheram todos os objetos antigos que pude-ram encontrar e prepararam doces caseiros, ver-dadeiras receitas ancestrais, cujo segredo épassado de pais para filhos.

Alguns idosos do asilo ensinaram aos jovens osantigos ofícios que eles desempenharam, comoo de trabalhar o couro para a confecção de cin-tos e bolsas, ou o vime para fazer cestos e cha-péus.

As crianças se organizaram para preparar umbonito espetáculo de cantigas populares que osidosos do asilo tinham ensinado, preparando-se para interpretar também antigas históriasque eles lhes contaram.

Quando a notícia chegou aos jornais, causouum grande impacto. Outros meios locais e na-cionais se deslocaram até o povoado para dar anotícia, o que atraiu gente do país inteiro.

O tempo se esgotava, porém, e a arrecadaçãonão era ainda suficiente. Foi então que aconte-ceu algo surpreendente: graças a toda essa co-bertura, um jogador de futebol muito famosoreconheceu a própria avó entre os idosos doasilo, uma idosa com Mal de Alzheimer, comquem tinha perdido o contato havia anos.

O jogador chamou alguns dos seus colegas eforam para o povoado, onde venderam camise-tas e bolas autografadas. Tiraram ainda muitasfotografias com os fãs, em troca de uma doa-ção. Jogadores de times adversários quiseramcolaborar também.

Em apenas dois dias, os moradores do povoadoarrecadaram o dobro do que tinha sido ofere-cido pelo desconhecido para comprar a residên-cia. Foi assim que o lar daqueles idososcontinuou de pé, graças à cooperação e ao tra-balho desinteressado de todo um povoado.

Ficha Escolar e de Catequese

B. Ensino fundamental II - Crisma

1. O que é solidariedade?

Depois da leitura, comentamos a historietacom perguntas que enfatizem os seguintespontos:

— O trabalho em equipe de todo o povoadopara salvar o asilo.

— As propostas que foram feitas para a arre-cadação de recursos.

— A colaboração entre os diversos gruposetários e sociais.

— A solidariedade consegue coisas que, numprimeiro momento, parecem impossíveis.

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Asolidariedade, como tal, quando se pra-tica, dá um giro em nossas vidas. Quando

se pratica a solidariedade, quebra-se o es-quema do monótono e do cotidiano, observa-mos que, então, as coisas mudam sim…

Por que continuar a fazer sempre as mesmascoisas? A solidariedade nos revitaliza, rege-nera-nos, faz-nos trocar o chip do cotidiano.Fazemos a seguinte reflexão com os alunospor meio de fotografias como estas ou pare-cidas.

2. A solidariedade te revitaliza

Arosa doente. Por mais que te-nhamos cuidado dela -às vezes-, que

a tenhamos regado -quando nos lembrá-vamos de fazê-lo-, adubado -talvez umavez por mês-, a planta adoeceu.

Podemos dizer que somos solidários, quetrabalhamos para ajudar os demais, masse o fizermos um dia e esquecermos nooutro, ou se o formos apenas “de boca” enão na prática, nossa vida não receberá aseiva nova da solidariedade.

—O que aconteceria se podássemos anossa roseira e dela cuidássemos commais frequência?

—O que aconteceria se transformásse-mos numa prática constante o que fa-zemos “às vezes”?

—Ao longo do ano, com certeza, você jáparticipou de alguma atividade soli-dária, organizando-a ou participandodela: feirinhas, jantares e lanches so-lidários, campanha do quilo ou debrinquedos, ou outras. Como você sesentiu ao participar dessas iniciati-vas? Os seus colegas sorriam ou esta-vam tristes?

—Vamos desenhar plantas completas(raiz, caule, folhas e flores) nummural. Na raiz, colocaremos a palavra“solidariedade” e, dentro de cada flor,o nosso nome e uma ação solidáriacom que queremos comprometer-nos.

Arosa bem cuidada. Comtodos os cuidados e depois que nos

comprometemos a continuar a praticá-losbem, a roseira se revitaliza. Fica sadia, temmais flores e mais viço. Do mesmo modo,a solidariedade é um estilo de vida capazde renovar-nos por dentro e faz aparecerfrutos. Como pessoas, sentimo-nos me-lhor, somos capazes de fazer mais coisas,e de fazê-las, além disso, com entusiasmo.

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OBJETIVOS

o Mostrar respeito para com a outra pessoa.

o Experimentar la ausência de empatia paraconsigo próprio por parte de outros.

o Promover a empatia, colocar-se no lugardo outro, primeiro passo da atitude solidá-ria.

MATERIAL NECESSÁRIO

— Fita isolante

— Mesas e cadeiras da sala

— Faixas de pano com que vendar os olhos

— Fones de ouvido

— MP3 com gravação do Ruído Rosa(acessível pelo Google e pelo YouTube)

— Vídeo

SÍMBOLO

Sapatos. Representam a presença de Deusentre nós, por refletirem como Deus é capazde pôr-Se no lugar do outro. Um monitor decada grupo ficará encarregado de trazernesse dia um par de sapatos.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, que eu me conheçae que vos conheça.Que não deseje outra coisa fora de Vós.Que me odeie e vos ame.E que faça tudo sempre por Vós.Que me humilhe e que vos exalte.Que não pense em nada mais

do que em Vós.Que me mortifique, para viver em Vós.E que aceite tudo como vindo de Vós.Que renuncie ao que é meu

e siga só a Vós.Que sempre escolha seguir-vos.Que fuja de mim e me refugie em Vós.E que mereça ser protegido por Vós.Que me tema e tema ofender-vos.Que seja contado entre os escolhidos

por Vós.Que desconfie de mim

e ponha toda a minha confiança em Vós.E que obedeça a outros por amor a Vós.Que a nada dê importância, mas tão so-mente a Vós.Que queira ser pobre por amor a Vós.Olhai-me, para que só a Vós eu ame.Chamai-me, para que só a Vós eu busque.E concedei-me a graça de, para sempre,

deleitar-me na vossa presença. Amém.

Santo Agostinho

PRIMEIRA DINÂMICA

Depois da oração, sentamo-nos em círculo.Comentamos brevemente como foi a semanapara todos. Em seguida, pedimos que todostroquem alguma peça de roupa com queestão vestidos.

Com a fita isolante, traça-se um percurso nasala, não muito longo nem muito complicado,mas que tenha algum obstáculo (uma mesaou cadeira). Dividimo-nos em duplas. Emcada dupla, um dos componentes terá osolhos vendados enquanto o outro colocará

Ficha Escolar e de Catequese

C. Ensino médio - JAR

1. A empatia

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fones de ouvido e escutará a gravação doRuído Rosa (procure-se no Google/YouTube).

O “surdo” se colocará no meio do círculo e o“cego” no início do percurso. Assim, o “surdo”da dupla terá que guiar o “cego” ao longo dopercurso. O restante do grupo pode rir e ten-tar provocar a dupla que, nalguns casos, po-derá sentir timidez e ridículo. Cronome-tramos o tempo que cada dupla leva e, semqualquer tipo de reflexão, quando julgarmosconveniente, passamos à segunda dinâmica.

SEGUNDA DINÂMICA

Trata-se de adivinhar nomes de objetos ou deanimais através de desenhos feitos num qua-dro de giz. Escrevem-se os nomes de diversosconceitos, coisas ou animais em vários papéis;um dos membros da equipe lê o papel e, pormeio dos desenhos que fizer, os outros mem-bros têm de adivinhar a que se refere. Haverátrês turnos para cada equipe.

A equipe sorteia um dos seis papéis viradospara baixo e o entrega ao membro que vai aoquadro. Este terá quatro minutos para dese-nhar, a fim de que os demais adivinhem.Deve-se evitar que todos falem ao mesmotempo. Por isso, caso queiram falar, precisa-rão levantar a mão. Quando um companheirode equipe adivinhar ou quando acabar otempo, a vez passará a outra equipe. Casoadivinhem, a equipe marcará um ponto.

Na primeira vez, os desenhistas se limitarãoa desenhar, normalmente, mas não poderãofalar, apenas gesticular. Nesta primeira vez,recordamos as pessoas mudas.

Na segunda vez, será obrigatório escrevercom a mão não habitual, ou seja, um destrodeverá desenhar com a mão esquerda e vice-versa. Nesta segunda vez, nós nos identifica-remos com as pessoas portadoras de algumtipo de necessidade física especial.

Na terceira vez, deverão desenhar com aboca. Nela, nós nos identificaremos com aspessoas portadoras de necessidades mentaisespeciais.

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CONCLUSÕES

Quando tivermos terminado, conversaremossobre os sentimentos e as sensações queambas as dinâmicas produziram em nós.Entre outras coisas, deveremos falar das pes-soas com capacidades diferentes, da impor-tância de ajudar-nos uns aos outros, deentender e de respeitar quem é diferente, decomo cada pessoa vê o mundo diferente e en-frenta os problemas de cada dia de umaforma também diferente.

Além disso, perguntaremos que sentimentostinham os participantes ao tentarem fazer ascoisas, quando estas não saíam conforme opretendido: alguns terão sentido vergonha,outros graça, outros terão constatado a ima-turidade de alguns, que debocham dos com-panheiros…

Terminaremos com o vídeo do YouTube inti-tulado “A História que fez o mundo inteirochorar”, no canal do jornalista nicaraguenseMoisés Absalón Pastora. URL:

http://www.youtube.com/watch?v=iRQBfWmM4fs

ENSINAMENTO FINAL

A empatia é uma habilidade especial que nospermite conectar-nos com outras pessoas eentender seus sentimentos, sem necessidadede que nos contem o que lhes ocorre.

Para desenvolvê-la, devemos ser capazes decolocar-nos no lugar da outra pessoa, reco-nhecendo a presença dela ao nosso lado e es-cutando até mesmo o que ela não nos diz.

A empatia permite-nos responder adequada-mente às necessidades que cada pessoa tem,fazendo que ela se sinta muito bem ao parti-lhar seus sentimentos, ideias, gostos etc.

Sem empatia, é impossível não apenas ser so-lidário, mas também praticar a solidariedadede uma forma justa, que faça o outro crescer.

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OBJETIVOS

o Cada um tem a sua verdade e merece serescutado e defendido.

o Demonstrar que todas as pessoas mere-cem um juízo justo.

o Entender que a solidariedade é impossívelse não implicar um sentido de justiça.

MATERIAL NECESSÁRIO

- Papel

- Caneta

- Historieta

SÍMBOLO

Chicote de cordas. No capítulo 2 do Evan-gelho de São João, fala-se de uma situaçãoque Jesus julga muito injusta: os comercian-tes ocupavam o templo, lugar sagrado, parautilizá-lo como mercado. Jesus arma-se decoragem e faz um chicote de cordas, derrubaas mesas e as moedas dos cambistas, libertaos animais que estavam à venda. Ninguém écapaz de dizer coisa alguma, porque quandoalguém luta com a coragem suficiente e comforça por uma causa justa, ninguém podecombatê-lo.

ORAÇÃO INICIAL

Música “O menino soldado” de Ska-P, no canalTheSansculottes. URL:

http://www.youtube.com/watch?v=xjZE3zRLrsk

— Você acha injusta a situação em que meni-nos da sua idade estejam morrendo numaguerra?

— Se isso tanto nos chama a atenção, por quecontinuamos indiferentes a estas e a outrasmuitas injustiças?

Rezemos juntos o Pai-nosso da rua:

Pai nosso, que estais na terradesvelado por nossos desvelos,o vosso nome, hoje, tem sabor de justiça,o vosso Reino, sabor de esperança e de glória.

Pai nosso, que estais na rua,em meio ao trânsito, ao barulho e aos nervos;que se cumpra, Senhor, a vossa Palavraassim na terra, como no céu.

Pai nosso, Pai nosso, não sois um Deusque fique alegremente em seu céu,mas alentais os que lutampara que chegue o vosso Reino.

Pai nosso, que suais diariamentena pele de quem arranca o próprio sustento;que a nenhum de nós falte o trabalho,porque o pão é mais pãoquando houve esforço.

Pai nosso, que jamais guardaiscontra ninguém vingança nem desprezo;que vos esqueceis de ofensas e de agravose pedis que todos nós perdoemos também.

DINÂMICA “DE BOA LEI”

Nesta reunião, faremos um júri simulado compúblico. Serão distribuídos os seguintes pa-péis para interpretar: público, acusados epromotores.

Apresentamos, então, as situações:

Situação 1: um jovem estudante que vivia dealuguel ficou desempregado e agora pede aseus pais que lhe deem dinheiro para pagar oaluguel. Seus pais negam-se a dar-lhe di-nheiro e dizem que volte para casa, mas ojovem não quer porque afirma que não pode-ria continuar a levar a mesma vida que tinhaquando morava sozinho.

Ficha Escolar e de Catequese

C. Ensino médio - JAR

2. A Justiça

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Perguntas para o filho:

— Supomos que, para não querer voltar paraa casa de seus pais, você leva já bastantetempo morando sozinho: quanto?

— Que tipo de atividade você realizava queagora não poderia continuar a desempe-nhar se morasse com seus pais?

— Considera justo que seus pais tenham depagar tudo para você do bolso deles?

Perguntas para os pais:

— Seu filho esteve ganhando a vida por contadele e ficar sem trabalho não foi fruto dedecisão própria. Não poderia receber ne-nhum tipo de ajuda da parte de vocês?

— Já pensaram que, morando sozinho, elepode conseguir maior concentração paraestudar?

Poderíamos chegar a um acordo?

Situação 2: Uma jovem maior de idade chegaa casa na hora que bem entende. Seu pai lhediz que, enquanto morar debaixo do tetodele, terá que acatar suas normas, mas ajovem nega-se.

Perguntas para a filha:

— Não acha que seus pais podem preocupar-se por você chegar tão tarde, porque pode-ria acontecer-lhe alguma coisa?

— Eles madrugam e não dormem tranquilosaté você chegar, você se colocou no lugardeles alguma vez?

— O que importa chegar uma ou duas horasantes? Faz tanta diferença assim?

Perguntas para os pais:

— A filha de vocês já é maior de idade, é res-ponsável pelos próprios atos, não achamque já pode ter total liberdade?

— O que achariam se fosse dormir em casa dealguma amiga nos dias em que sair denoite?

Poderíamos chegar a um acordo?

Realizamos esta dinâmica para en-tender que todo o mundo tem di-reito a defender seus ideais sempre que tiverargumentos, e que merece um juízo justo.Você reconhece algumas situações injustasque vive no dia a dia, em casa, no colégio ouna rua? Poderia comprometer-se de algummodo em melhorá-las?

Falamos a respeito das duas perguntas ante-riores e concluímos com uma historieta ou fá-bula sobre a justiça. Cada um deverá dar suaopinião sobre a história e, como grupo, tira-remos uma conclusão.

Antes de ler a fábula, nós lhe daremos umtoque gráfico. Desenharemos em folhas dife-rentes uma raposa, uma cegonha, um pratoraso e um copo fundo.

FÁBULA: “A CEGONHA E A RAPOSA”

Era uma vez uma raposa, que fez amizadecom uma cegonha. Um belo dia, decidiu con-vidá-la para almoçar. A convidada chegoupontualmente, na hora marcada.

(Põem-se no chão os desenhosda raposa e da cegonha)

“Bem-vinda, queira passar, dona cegonha!”,disse a raposa. “Preparei um gostoso caldo derã com salsinha! Sente-se aqui, por favor!”

O caldo exalava um aroma delicioso, mastinha sido servido num prato pouco fundo.

(Põe-se no chão a imagem do prato raso)

“Obrigada, obrigada!”, respondeu bem con-tente a cegonha. Logo percebeu, porém, abrincadeira de mau gosto que a raposa lhe fi-zera, pois, por mais que se esforçasse, porcausa da forma do prato, não conseguiacomer nada com seu longo bico.

“Não está de seu agrado? Preparei-o espe-cialmente para a senhora”, sorria a raposacom um ar malicioso, enquanto lambia comfruição seu próprio prato.

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“Sinto muito, mas, de repente, sofro de umaforte dor de cabeça que me tirou o apetite!”,respondeu a ofendida cegonha.

A raposa apressou-se em responder: “Umcaldo tão bom assim… Paciência, fica para apróxima!”

“Perfeito! Por que a senhora não vemamanhã almoçar em minha casa? Dessemodo, poderei corresponder ao seu amávelconvite!”, propôs a cegonha.

A raposa chegou à casa da cegonha; já comágua na boca. Viu que a outra lhe prepararauma saborosa sopa de peixe, mas a servira emdois copos longos e profundos.

(Colocar no chão a imagem do copo)

Enquanto a ave, graças a seu comprido bico,alcançava o fundo do copo, a raposa tinha querenunciar a tomar a sopa.

A raposa voltou para casa morta de fome econvenceu-se de ter merecido aquela lição aoescutar dentro de si uma voz que dizia:“Quem apronta, tem de pagar…” Essa foi aforma com que a cegonha fez justiça, poispagou à raposa na mesma moeda.

ENSINAMENTO FINAL

Como conclusão, com esse texto eas consequentes perguntas, gostaríamos depassar de um exemplo tão simples como o dafábula à vida real, para que vocês se identifi-cassem com ambas as personagens, e soubes-sem reconhecer as próprias injustiças, e oquão justos ou injustos chegamos a ser emmais de uma ocasião na vida. Podemos atépretender fazer solidariedade e “convidar”,mas sem ter como motivo principal a justiça;nesse caso, a solidariedade torna-se brinca-deira de mau gosto, com a qual ninguém fi-cará satisfeito.

Perguntas para responder em grupo:

— Você alguma vez fez justiça pagando namesma moeda, como a cegonha? A quem?Como? Por que motivo?

— Qual a maior injustiça que você já come-teu?

— Você se considera justo(a)?

— As injustiças são muito frequentes na suavida?

— Por que você acha que SOLIDARIEDADE eJUSTIÇA devem ir sempre unidas? Podehaver solidariedade SEM justiça?

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O SINO DA JUSTIÇA. Numa aldeia remota da Itá-lia, o rei João ordenara que se instalasse um sinono centro do jardim principal. Qualquer pessoaque tivesse sofrido alguma ação injusta, o a quemse tivesse negado um direito que lhe correspon-dia, podia puxar a sua corda.Quando o rei escutava o sino, chamava de ime-diato os seus conselheiros para que resolvessem oque se devia fazer. O toque do sino era frequente.Faziam-no soar as pessoas que não recebiam pa-gamento por seu trabalho, ou os clientes de algumvendedor de fruta que elevava demais os preçosdas laranjas ou das maçãs.O sino estava numa pequena torre. Com o passardo tempo, os ramos de uma trepadeira que cresciano jardim foram subindo aos poucos, enroscando-se na sua corda.Havia no povoado um comerciante que possuíaum cavalo de carga. Este fora um animal belo eforte que muito o ajudou em seus negócios. De-pois de anos de trabalho, entretanto, o animal es-tava velho e cansado. Quando deixou de ser útil aseu dono, o comerciante simplesmente se desen-

tendeu dele. Soltou-lhe as rédeas e o abandonouà própria sorte.Triste, o cavalo vagava pelo lugarejo em busca derefúgio e de comida. Uma tarde, veio até o jardimem que se encontrava o sino. Aproximou-se datrepadeira e começou a mordiscar suas folhas,pois não se aguentava mais de fome. Quandomordeu um dos ramos, puxou a corda sem querere o sino tocou.O rei pensou que o cavalo estava pedindo ajuda econvocou os juízes. Estes averiguaram que,quando tinha força e vigor, o animal tinha servidoa seu dono. Por isso, resolveram que ele deveriacuidar do cavalo também agora, quando nãopodia mais trabalhar, e foi-lhe ordenado queassim o fizesse.O cavalo passou o resto de seus dias num confor-tável estábulo. Quando estava com fome, saía aopátio, tomava sol, comia toda a palha que qui-sesse e bebia a água fresca do tanque. Às vezes, ocomerciante ia cumprimentá-lo. Juntos, recorda-vam suas aventuras de outros tempos.