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Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Engenharia Informática As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior Um caso de estudo num Departamento de Informática Pedro José Monteiro Morgado, nº 990334 PORTO 2004

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Instituto Superior de Engenharia do Porto

Departamento de Engenharia Informática

As Tecnologias de Informação e

Comunicação no Ensino Superior Um caso de estudo num

Departamento de Informática

Pedro José Monteiro Morgado,

nº 990334

PORTO 2004

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2222

AAggrraaddeecciimmeennttooss

Ao meu orientador, Dr. Constantino Martins, que ao longo do tempo de

desenvolvimento deste projecto me encaminhou até aos objectivos pretendidos, fica

o meu agradecimento pelos comentários, correcções e sugestões indicadas.

Aos docentes envolvidos neste estudo e às pessoas entrevistadas, aqui fica o meu

agradecimento a todos pela colaboração com o trabalho desenvolvido.

Ao Prof. Doutor Carlos Vaz Carvalho por algumas sugestões e indicações que me

mencionou.

Um agradecimento especial a todos os que estiveram ao meu lado e me souberam

compreender e apoiar. Eles sabem sempre quem são...

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3333

ÍÍnnddiiccee ddee MMaattéérriiaass

ÍNDICE DE MATÉRIAS.........................................................................................................3

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................5

LISTA DE TABELAS ..............................................................................................................6

LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................................................7

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................8

1.1 ENQUADRAMENTO.............................................................................................................8

1.2 MOTIVAÇÃO ......................................................................................................................8

1.2.1 PESSOAL ..........................................................................................................................9

1.2.2 INSTITUCIONAL................................................................................................................9

1.2.3 OBJECTIVOS.....................................................................................................................9

1.3 ORGANIZAÇÃO DO PROJECTO ........................................................................................10

2 AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ................................11

2.1 0 QUE SÃO E COMO SURGIRAM ........................................................................................11

2.1.1 O CONCEITO...................................................................................................................11

2.1.2 A INFORMÁTICA ............................................................................................................13

2.1.3 O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE......14

2.2 A APRENDIZAGEM...........................................................................................................16

2.2.1 CONCEITO......................................................................................................................16

2.3 O ENSINO.........................................................................................................................17

2.3.1 OBJECTIVOS E FINS ........................................................................................................17

2.3.2 A ESCOLA ENQUANTO ORGANIZAÇÃO SOCIAL................................................................19

2.3.3 PERSPECTIVAS FUTURAS DO ENSINO .............................................................................22

2.4 ALGUNS EXEMPLOS DE TIC NO ENSINO.........................................................................24

2.4.1 ENSINO ASSISTIDO POR COMPUTADOR ...........................................................................24

2.4.2 TUTORES INTELIGENTES ................................................................................................26

2.4.3 ENSINO À DISTÂNCIA (E-LEARNING) ..............................................................................30

2.5 O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR .......................................................31

2.6 A INTEGRAÇÃO DAS TIC NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM ..........................37

2.6.1 O CONTEXTO .................................................................................................................37

2.6.2 PROBLEMAS ASSOCIADOS À TECNOLOGIA......................................................................40

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4444

3 METODOLOGIA.............................................................................................................44

3.1 OBJECTIVO ......................................................................................................................44

3.2 UNIDADE DE ANÁLISE ......................................................................................................44

3.3 IDENTIFICAÇÃO DOS REQUISITOS ...................................................................................44

3.4 FERRAMENTAS DE RECOLHA DE DADOS .........................................................................45

3.5 FERRAMENTAS UTILIZADAS ............................................................................................47

4 ANÁLISE E RESULTADOS...........................................................................................48

4.1 CONTEXTO INSTITUCIONAL ............................................................................................48

4.2 RECURSOS INFORMÁTICOS .............................................................................................49

4.3 PORTAL DO ISEP.............................................................................................................50

4.4 INQUÉRITOS AOS DOCENTES ...........................................................................................53

4.4.1 UTILIZAÇÃO POR PARTE DOS DOCENTES DAS TIC A NÍVEL PESSOAL ..............................54

4.4.2 A FINALIDADE DA UTILIZAÇÃO DAS TIC........................................................................55

4.4.3 UTILIZAÇÃO DAS TIC NO ENSINO ..................................................................................55

4.4.4 CARACTERÍSTICAS DA UTILIZAÇÃO DAS TIC NO ENSINO ...............................................56

4.4.5 O PORQUÊ DA NÃO UTILIZAÇÃO DAS TIC.......................................................................57

4.4.6 AVALIAR A UTILIZAÇÃO DAS TIC NO ENSINO, NO DEI ..................................................57

4.4.7 FORMAÇÃO EM TIC .......................................................................................................59

4.4.8 VANTAGENS DO USO DAS TIC NO ENSINO......................................................................60

4.4.9 RESUMO.........................................................................................................................61

4.5 ENTREVISTAS...................................................................................................................62

4.5.1 APRECIAÇÃO GLOBAL DA UTILIZAÇÃO DAS TIC NO DEI ...............................................63

4.5.2 POLÍTICA DE APLICAÇÃO DAS TIC NO DEI ....................................................................67

4.5.3 RESUMO.........................................................................................................................73

5 CONCLUSÃO...................................................................................................................75

5.1.1 DESENVOLVIMENTOS FUTUROS......................................................................................78

5.1.2 CONSIDERAÇÕES PESSOAIS ............................................................................................78

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................80

ANEXOS..................................................................................................................................84

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5555

LLiissttaa ddee FFiigguurraass

Figura 1 – Esquema genérico do Processo de Aprendizagem [Pinto, 1992].............17

Figura 2 – Ciclo de vida de adopção de uma tecnologia [CVC, 2001]......................41

Figura 3 – Utilização das TIC a nível pessoal.........................................................54

Figura 4 – Finalidade da utilização das TIC...........................................................55

Figura 5 – O porquê da não utilização das TIC......................................................57

Figura 6 – Apreciação global da utilização das TIC no DEI....................................58

Figura 7 – Formação em TIC...............................................................................59

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6666

LLiissttaa ddee TTaabbeellaass

Tabela 1 – Utilização das TIC no ensino...............................................................55

Tabela 2 – Vantagens do uso das TIC no ensino...................................................60

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7777

LLiissttaa ddee AAbbrreevviiaattuurraass

IES – Instituições do Ensino Superior

ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto

GUL – Grupo de Utilizadores do LINUX

MMX - significa multimedia extensions

Plataforma .NET - conjunto de software de infra-estrutura (ex., Windows XP),

servidor (ex., SQL Server) e de desenvolvimento (ex., Visual Studio) para a

tecnologia .NET da Microsoft.

TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

8888

11 IInnttrroodduuççããoo

Neste capítulo é dado ênfase ao enquadramento deste projecto, quais os seus

objectivos e onde se encontra inserido. Do mesmo modo, também é realçado a

motivação pessoal e institucional. Por fim, é descrito o modo como está organizado o

relatório.

1.1 Enquadramento

A sociedade está em constante evolução. As Tecnologias de Informação e

Comuncação tem vindo a ter um papel muito relevante nessa evolução da sociedade.

Deste fenómeno advém a necessidade das Instituições de Ensino Superior se

adaptarem, por forma a acompanhar as constantes mudanças que surgem no dia-a-

dia [Sousa, 2003].

Neste sentido, as Instituições de Ensino Superior (IES) deveriam aumentar a sua

interacção com a Sociedade, dinamizar e tornar mais flexível a sua formação de tal

modo que fosse mais adequada à aprendizagem, não dando somente relevo à

formação profissional mas também preocuparem-se em formar cidadãos. [CVC,

2001].

Devido a este fenómeno, surge a necessidade de analisar o estado actual do uso das

Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas Instituições de Ensino Superior

(IES), Só depois de feita a análise as IES poderão encaminhar-se para novos

projectos de aplicação das TIC nas suas actividades do dia-a-dia, tanto no ensino

como nos diversos processos de gestão, investigação e desenvolvimento.

1.2 Motivação

A motivação para elaborar este projecto advém do meu interesse pessoal pelas TIC

mas que vai também de encontro às necessidades da Instituição de Ensino Superior

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

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à qual pertenço enquanto aluno: o Departamento de Engenharia Informática do

Instuituto Superior de Engenharia do Porto.

1.2.1 Pessoal

Ao longo do tempo que passei como aluno foi surgindo um gosto pelos métodos de

ensino, pelos modos de transmitir conhecimento. Certamente este gosto advém de

uma certa vontade em um dia optar pela carreira de docente por sentir que é um

modo de contribuir para uma sociedade mais desenvolvida.

Para tal, pretendi apostar no desenvolvimento deste estudo pois sinto que irá ajudar-

me a compreender melhor a importância que as TIC tem numa possível actividade

ligada ao ensino. Com a análise da integração das TIC no nosso departamento

poderei constatar de perto e compreender melhor as vantagens, desvantagens e as

limitações de tal integração.

1.2.2 Institucional

Este projecto está enquadrado no último ano do curso de Engenharia Informática. É

fundamental a necessidade de efectuar um levantamento do estado de arte da

utilização das TIC nos processos de ensino/aprendizagem no Departamento de

Engenharia Informática do Instituo Superior de Engenharia do Porto. Aferir os meios

e recursos existentes é essencial para uma Instituição de Ensino Superior pautada

pela qualidade e pela exigência. Tendo em conta que a evolução na área informática

é muito rápida, o que obriga constantemente a reorganizar os programas das

disciplinas, rever planos de estudo e metodologias seguidas e introduzir projectos

cada vez mais inovadores na área das Tecnologias de Informação e Comunicação

[CVC, 2001].

1.2.3 Objectivos

Com este estudo, pretende-se analisar a implementação e a utilização das TIC num

departamento de uma IES. Os objectivos principais são:

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

10101010

• levantamento e análise das TIC aplicadas no ensino e nos processos do dia-a-

dia do departamento,

• que recursos informáticos o departamento disponibiliza aos professores e

• apontar eventuais rumos a seguir futuramente na área das TIC.

1.3 Organização do Projecto

O relatório está organizado em 5 capítulos e 4 anexos:

• No capítulo 1, temos a introdução, o enquadramento, a motivação e os

objectivos que guiam este estudo e este relatório;

• O capítulo 2, debruça-se sobre o conceito das TIC, o processo de Ensino e

Aprendizagem, o papel das Instituições de Ensino Superior e por fim, termina

com a abordagem à integração das TIC no processo de Ensino/Aprendizagem.

• No capítulo 3, é descrita a metodologia adoptada seguia neste estudo sobre a

utilização das TIC nos processos de ensino e aprendizagem do DEI;

• No capítulo 4, faz-se uma apresentação dos resultados obtidos bem como

uma análise e discussão dos mesmos;

• Por fim, o capítulo 5 está reservado para as conclusões finais, para as

limitações encontradas e para os desenvolvimentos futuros;

• Para complementar os capítulos, existem 4 anexos:

� os inquéritos,

� os guiões de entrevistas usados para a recolha de dados,

� uma listagem relativa aos computadores utilizados nas salas e

� uma listagem sobre os CD’s que a empresa Microsoft

disponibilizou ao nosso departamento.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

11111111

22 AAss TTeeccnnoollooggiiaass ddee IInnffoorrmmaaççããoo ee

CCoommuunniiccaaççããoo

Neste segundo capítulo é feita a definição e é apresentado a “origem” e o conceito

das TIC. De seguida descreve-se sucintamente a área da informática, e o impacto

que as TIC têm na sociedade. Este capítulo desenvolve-se também o conceito de

aprendizagem e ensino, a integração das TIC no processo de ensino/aprendizagem,

bem como a importância do papel das Instituições do Ensino Superior.

2.1 0 que são e como surgiram

Ao longo dos últimos anos vem sendo sustentada a ideia generalizada que a

Informação e Comunicação são um dos principais recursos que uma organização ou

instituição tem para fazer frente as exigências continuas do mercado e, em última

análise, ao seu próprio sucesso e a uma imagem de qualidade [Sousa, 2003].

As exigências dos consumidores tem vindo a aumentar devido à grande evolução nos

mercados, à grande pressão da concorrência, o que dá origem à necessidade de se

desenvolverem novos processos de maximizar este “poder da informação” de uma

forma constante, para se obterrem serviços de uma maior qualidade, produtividade,

rapidez e rentabilidade numa empresa ou numa instituição, sendo neste contexto

que surgem as chamadas TIC [Sousa, 2003], [Oliveira, 2003].

2.1.1 O conceito

A sigla TIC está ligada à lingua latina e significa Tecnologias da Informação e

Comunicação. No entanto, convém fazer uma pequena nota, dizendo primeiro que

nos anos oitenta a sigla mais vulgar que se encontrava na literatura e na informação

em geral era NTI, que significava, na altura, Novas Tecnologias da Informação.

Nessa altura existia ainda a clara distinção entre uma área de informação grupal, que

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

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passava pelos jornais, rádio e televisão, os chamados mass media, que ocupavam

uma área delimitada da informação e comunicação, e outra área, chamada de

“Novas Tecnologias” profundamente virada para as questões informáticas,

basicamente para o tratamento da informação proveniente dos dados. Com a

chegada da Tecnologia MMX1, baseada na convergência tecnológica estabelece-se

uma ligação entre estas duas áreas, nascendo a designação TIC que envolve os

conceitos do tratamento da informação digital, qualquer que seja o aspecto (texto,

som, imagem, vídeo...) que ela assuma e a componente de comunicação que as

redes informáticas proporcionam no dia-a-dia [Pinto, 2002]. A designação TIC em

geral está, sobretudo, associada ao tratamento genérico da informação pela via

informática e da sua criação, procura e distribuição em termos de rede.

Este conceito de TIC, podemos afirmar que surge enquanto conjunto de

conhecimentos, reflectidos quer em equipamentos e programas, quer na sua criação

e utilização a nível pessoal, empresarial ou institucional. Das várias ferramentas,

métodos e técnicas que coexistem na empresa ou instituições no domínio das TIC, o

computador destaca-se na medida em que é o elemento em relação ao qual existe

uma maior interacção com a componente humana das organizações ou instituições

[Sousa, 2003].

Uma das características fundamentais das TIC, que reflecte bem a sua importância

actual, consiste no facto de um único meio electrónico de comunicação suportar todo

o tipo de informação possível de digitalizar, o que inclui desde os “tradicionais”

documentos de texto, a análises matemáticas e financeiras, passando por imagens,

áudio e vídeo [Sousa, 2003].

Deste modo, as TIC surgem como elemento de concepção e suporte da comunicação

empresarial/institucional, em actividades que vão desde o simples arquivo de dados

e a utilização de programas de Office Automation2, até ao correio electrónico e as

possibilidades de trabalho/ensino à distância. 1 MMX significa multimedia extensions 2 Automatização do Escritório - ferramentas de processador de texto, folha de cálculo, apresentações,

desenho gráfico, entre outras.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

13131313

Embora seja um conceito mais vasto, é ainda comum criar uma identificação entre os

termos Tecnologias de Informação e Comunicação e a Informática [Oliveira, 2003].

De modo a clarificar e definir mais claramente estes dois conceitos, de seguida

abordarei o conceito de Informática.

2.1.2 A Informática

Uma das principais questões que se levantam acerca da informática é exactamente

como enquadra-la no contexto de outras áreas e ciências [Oliveira, 2003].

Alguns autores e técnicos preferem considerar que a informática é uma técnica, um

conjunto de procedimentos e acções que, com o auxílio de vários instrumentos (do

qual o computador será o mais utilizado), tem como objectivo auxiliar o Homem no

desempenho de inúmeras tarefas. Por outro lado, é também bastante comum

surgirem muitas opiniões favoráveis à informática, ser encarada como uma

verdadeira ciência, tendo em conta que possui um objecto e métodos específicos

para o atingir [Sousa, 2003].

Desta forma, a informática será encarada como a ciência do tratamento lógico de

conjuntos de dados, que utiliza um conjunto de técnicas e equipamentos que

possibilitam a sua transformação em informações (processamento) e consequente

armazenamento e transmissão [Sousa, 2003]. Ao analisarmos esta definição,

encontramos alguns conceitos [Sousa, 2003] fundamentais sobre informática que

deverão ser esclarecidos:

• dados - em informática são considerados dados os conjuntos de “informação

em bruto” que, através de determinados processos, se transformam em

informação. Por exemplo, o conjunto dos vencimentos ilíquidos dos

empregados de uma empresa ao serem introduzidos por um utilizador.

• processamento - o conjunto de operações lógicas e aritméticas que são

aplicadas, de forma automática, sobre os conjuntos de dados, com o auxílio

de equipamentos informáticos. O processamento dos dados é também

normalmente designado por tratamento de dados.

• Informações - o conjunto de resultados que são obtidos após um

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

14141414

processamento. Por exemplo, a média dos vencimentos numa empresa OU os

juros dos depósitos numa conta bancária.

Para o tratamento dos dados e consequente utilização das informações existem a

nível das TIC inúmeros componentes e equipamentos, dos quais o mais comum e

conhecido é o Computador.

2.1.3 O Impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação

na Sociedade

Actualmente, as tecnologias de informação estão presentes em praticamente todas

as actividades do nosso dia-a-dia. Num contexto pessoal ou profissional, de uma

forma directa ou indirecta, poderemos encontrar a utilização dos meios informáticos

nas mais variadas actividades e situações [Pinto, 2002].

Torna-se então evidente que na sociedade actual as TIC têm um papel fundamental,

sendo cada vez mais difícil encontrar uma empresa ou instituição onde estas não

contribuam fortemente para a produtividade, qualidade e organização.

Por outro lado, na maioria dos cursos superiores e até secundários existem já

disciplinas na área das TIC, relacionadas com o contexto do curso e com as

vantagens da aplicação de meios informáticos [Freitas, 1998].

No entanto, será que a utilização da informática no nosso dia-a-dia não influencia de

forma determinante a própria sociedade? Será esta também responsável pelo

caminho seguido pelo próprio desenvolvimento tecnológico?

Várias são as incidências sociais da informatização de uma empresa, instituição ou

mesmo de um posto de trabalho, que até ao momento se organizavam tendo por

base processos tradicionais. Destas incidências poderemos então seleccionar um

conjunto de temas-chave a analisar sumariamente:

As TIC conduzem à redução do número de trabalhadores de uma

empresa/instituição?

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

15151515

Não necessariamente. A informatização obriga sim a uma reorganização de uma

empresa/instituição, à implementação de planos de formação adequados aos

equipamentos e programas utilizados, contribuindo para melhorar a produtividade e

a qualidade das actividades desempenhadas [Oliveira, 2003].

O computador (e outros equipamentos informáticos) poderá substituir o Homem em

tarefas de grande precisão e extremamente repetitivas (por ex. linha de montagem)

e em actividades potencialmente perigosas para o trabalhador (por ex. na

manipulação de químicos altamente tóxicos).

Importante é compreender que o sucesso empresarial ou institucional não está em

possuir as tecnologias sob a forma de equipamentos, mas sim na utilização que delas

é feita na organização, o que exige uma clara aposta na flexibilização, na autonomia,

na qualificação e na formação dos utilizadores.

As T.I.C. contribuem para a perda da privacidade?

A utilização de meios informáticos no tratamento de informações pessoais pode, se

realizado por pessoal não autorizado, permitir acesso ilegítimo a dados privados dos

indivíduos. O cruzamento de informações na elaboração de bases de dados com

objectivos comerciais, muitas das quais desenvolvidas sem controlo legal desejável,

tornou-se uma actividade comum nos nossos dias, embora já exista, há vários anos,

legislação que visa a protecção dos dados pessoais informatizados [Sousa, 2003].

As T.I.C. conduzem à instrumentalização da sociedade?

Desde sempre a Sociedade gerou e assimilou o desenvolvimento de técnicos e

tecnologias, nos vários momentos históricos.

As TIC e, mais concretamente, o Computador, necessita, como qualquer outro

equipamento, de um período de aprendizagem e adaptação por parte de quem o vai

utilizar, face às suas próprias necessidades específicas [Freitas, 1998].

A utilização dos computadores limita a capacidade de raciocínio do indivíduo?

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

16161616

É um dos grandes mitos da informatização. A utilização dos computadores permite

que o Homem limite ou até abandone as tarefas mais repetitivas e se possa dedicar

a actividades mais criativas. Nos últimos anos assistiu-se ao desenvolvimento

explosivo do Office Automation nas PME portuguesas, sendo que o poder de análise

e de tratamento dos dados que as Tecnologias de Informação põem ao dispor do

indivíduo permite uma abordagem mais vasta e flexível das situações [Sousa, 2003].

Dos já usuais processadores de texto e folhas de cálculo, a programas educativos e à

própria Internet, as TIC trazem não a limitação da capacidade de raciocínio, mas

sim a possibilidade de novos conhecimentos e de desenvolvimento pessoal.

2.2 A Aprendizagem

Ao chegar a este momento, tenta-se explicar o conceito e processo de aprendizagem

inerente ao Ser Humano.

2.2.1 Conceito

A aprendizagem está inevitavelmente ligada a toda a História do Homem. Desde

sempre se ensinou e aprendeu, e por isso o Homem se interroga sobre a natureza

deste processo. Todos nós – ainda que cada um à sua maneira – somos capazes de

“aprender”. Somos capazes de encontrar respostas para situações ou problemas,

quer mobilizando a nossa experiência passada, em situações relativamente idênticas,

quer projectando no futuro uma “ideia” ou solução que temos no presente [Cardim,

1990].

A aprendizagem é um processo responsável pela transformação de um estado inicial

– situação presente em termos de competências, saberes – num estado final –

aquisição de novas competências ou saberes – através da experiência consumada

em vários tipos de actividade ou procedimentos realizados ao longo de todo o

processo [Pinto, 1992].

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

17171717

Figura 1 – Esquema genérico do Processo de Aprendizagem [Pinto, 1992]

A experiência, o erro, a reflexão sobre o processo são elementos importantes de

todo o percurso. Podem ser criadas condições que a favoreçam ou a facilitem, ou

pelo contrário, dificultem ou inibam o processo que é a aprendizagem.

A tarefa central de um formador/professor é criar condições para que o processo de

aprendizagem dê os resultados esperados, o que implica que conheça os

mecanismos e processos dessa função psicológica chamada aprendizagem.

2.3 O Ensino

De seguida, é também importante falar-se do Ensino, tendo em conta que é um

conceito que está fortemente ligado à aprendizagem. Relativamente ao conceito de

ensino vai-se abordar os seus objectivos e finalidades, as Instituições de Ensino

Superior enquanto organizações sociais e das perspectivas futuras do Ensino.

2.3.1 Objectivos e fins

Educar (e-ducare) é modificar num sentido determinado, é conduzir de

um estado para o outro. O postulado implicado na educação é a

educabilidade, isto é, aquela virtualidade do homem para perseverar no

seu ser, para adquirir experiência, para realizar a perfeição de que é

capaz [Planchard, 1962].

A educação, representada nomeadamente pela escola, dirige-se à mudança do

comportamento de maneira consciente e intencional; visa obter modificações

Processo de aprendizagem

Estado inicial

(competências;

saberes actuais)

Experiência

(leituras;

observações, fazer

descobertas)

Estado final

(novas competências

ou saberes)

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

18181818

comportamentais, de acordo com ideais, atitudes, habilidades e conhecimentos,

reconhecidos como os melhores pelo meio social [Sousa, 2003].

A pedagogia é a ciência e arte da educação [Freitas, 1998]. A acção pedagógica é

definida como um conjunto de intenções de agir e de práticas, com vista a modificar

os pensamentos e os comportamentos dos indivíduos. Diversifica-se em métodos,

estratégias, técnicas e tecnologias, devendo basear-se na realidade e nas suas leis,

sem dispensar um concepção geral do homem e da vida.

Do carácter humano e espiritual da pessoa dimana a necessidade de um filosofia da

educação, para definir princípios e conceitos dos quais se deduz a prática. É

importante fixar os princípios e definir o conceito de educação ideal.

Todo o sistema pedagógico não é senão uma aproximação relativa às circunstâncias

de tempo e de lugar da educação ideal. A marcha da humanidade não modifica a

essência do Homem, transforma o mundo em que ele vive.

Conhecer os aspectos facilitadores ou inibidores das aprendizagens em jogo, bem

como os processos cognitivos envolvidos, é uma tarefa de qualquer teoria de ensino

em virtude de existirem diferentes tipos de aprendizagem que fazem intervir

diferentes capacidades, exigindo diversas respostas educativas.

O que é verdadeiramente urgente e importante é que haja preocupação com cada

tipo de aprendizagem, tornando o ensino inteligível e ajudando quer o formador quer

os formandos a optimizar o seu trabalho.

Para o formador, ajudando-o a optar por desenvolver nos alunos determinados tipos

de aprendizagem que facilitem estas mesmas tarefas [Freitas, 1998].

Para o formando, ajudando-o a tornar mais claros os processos de funcionamento

cognitivos, as estratégias e soluções nas tarefas de aprendizagem [Freitas, 1998].

O ensino é então a acção do professor em relação à direcção da aprendizagem. É

compreendido como forma de levar o educando a reagir a certos estímulos, a fim de

serem alcançados determinados objectivos mediatos (são os próprios fins da

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

19191919

educação) e imediatos (objectivos informativos, formativos e de automatização)

[Sousa, 2003].

A educação é, no seu conjunto, um facto social; acompanha necessariamente a

marcha da humanidade, adapta-se às condições e às exigências mutáveis das

gerações que se sucedem na história [Oliveira, 2003].

As sociedades reflectem o seu avanço na qualidade de educação que promovem. A

educação dos indivíduos deve chegar tão longe quanto as suas aptidões e

permitirem; o seu principal papel, hoje, será o de preparar os educandos para uma

vida activa plena, em permanente inserção social, num contínuo de permutas e

escolhas.

Na sociedade contemporânea, entende-se que ao Estado cumpre o bem-estar do

indivíduo, colocando-se a educação ao serviço desse objectivo, procurando-se

garantir oportunidades de educação para todos [Sousa, 2003].

2.3.2 A escola enquanto organização social

A escola é a organização social específica da educação formal. Nela há que

considerar três níveis organizacionais: o nível institucional, o nível administrativo-

organizacional e o nível técnico [Formosinho, 1994].

O primeiro, o nível institucional, corresponde ao nível da formulação das políticas e

das grandes finalidades, da concepção das linhas orientadoras e da definição de

padrões de comportamentos e valores.

O segundo, o nível administrativo-organizacional, corresponde ao nível da

coordenação, gestão e controlo das actividades organizacionais, tendo em conta os

padrões definidos ao nível institucional.

O terceiro, o nível técnico, corresponde à execução das tarefas e à operacionalização

das actividades, a partir das estruturas pedagógicas da escola, dos modelos de

estrutura curricular, do processo de ensino, do progresso dos alunos, do tempo e do

espaço escolar.

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Considerando o nível institucional, podem ser referenciados três sistemas de política

educativa em questão de liberdade de ensino [Formosinho, 1994]:

• Monopólio estatal – escola única, pública, criada e administrada pelo Estado,

com base na sua ideologia oficial;

• Liberalismo total – reconhecimento de todas as iniciativas particulares,

autonomia total para a criação das escolas, tendo o Estado uma função

reguladora, controladora e de apoio;

• Sistema misto – dupla rede: ensino estatal e escolas privadas.

O sistema misto adoptado pelo nosso país está consubstanciado na escola presente.

A concepção política da sociedade portuguesa que assenta no modelo de democracia

participativa com relevo para o papel de intervenção da sociedade civil, tem tradução

ao nível educativo, em um sistema de ensino descentralizado, com escolas

entendidas como comunidades educativas, com um grau de autonomia suficiente

para definir e implementar o seu próprio Projecto Educativo [Costa, 1991].

A actual lei de bases do sistema educativo, Lei nº 46/86 de 14 de Outubro, em

termos genéricos, prevê a promoção da elevação educativa de toda a população

portuguesa, num permanente alargar e aprofundar da educação fundamental. A

subida do nível educativo de toda a população, ou seja, a democratização do acesso

e sucesso na educação, focalizada cada vez menos no saber disciplinarmente

organizado, mas antes na capacidade de projectos de resolução solidária dos

complexos problemas da vida moderna, tornou-se condição essencial do

desenvolvimento económico, social e cultural do País [Campos, 1986].

Por outro lado, a formação dos recursos humanos diferencialmente qualificados a

nível intermédio e superior e também de especialistas e investigadores, é uma

dimensão importante dessa democratização da educação. Dificilmente sucederá o

desenvolvimento social e económico, sem o desenvolvimento científico e tecnológico.

Serão os especialistas que promoverão os vários sectores de actividade económica,

social, cultural e política através do desempenho de funções de concepção,

planificação, organização e gestão, ou outras tarefas altamente especializadas,

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realizadas num contexto de elevada participação democrática da generalidade da

população.

Considerando o nível administrativo-organizacional, várias perspectivas

organizacionais e administrativas se afirmam [Costa, 1991]:

• Os modelos humanistas de organização que apelam para a importância do

relacionamento humano, da motivação, da participação, da personalização,

desembocando, ao nível da organização escolar, no conceito de comunidade

educativa;

• Modelos sistémicos de organização que confluem para uma organização

escolar como sistema aberto em interacção com a comunidade, estruturando-

se de acordo com objectivos comuns;

• O modelo de administração por objectivos, preocupado com a realização

daqueles objectivos que se traduzem em eficácia organizacional, desenvolvida

no âmbito da organização escolar através da direcção participada por

objectivos, utilizando processos de planificação participada, co-

responsabilidade e auto-avaliação conjunta.

De acordo com Dias de Carvalho (1998), citado por [Costa, 1991], estas

perspectivas, são hoje desenvolvidas na escola portuguesa através da concepção de

projecto.

”O termo ´projecto´, expandido principalmente pela planificação educativa, torna-se

pleno de prestígio na medida em que se implanta a partir dos desejos de eficácia

próprios de uma mentalidade tecnocrática que faz o estudo, sobretudo, das questões

respeitantes às estruturas organizacionais e administrativas.”

A questão do projecto tornou-se pedra angular no desenvolvimento organizacional,

nãos só das instituições escolares, como do mundo empresarial contemporâneo. A

“ciência do projecto” está em desenvolvimento não pode continuar a limitar-se aos

engenheiros como únicos projectistas profissionais, mas tem de estender-se a todo o

ensino, isto é, tanto às escolas de engenharia como de arquitectura, de medicina, de

direito, de educação, etc.

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De forma muito sucinta, quanto ao ensino superior e considerando a sua estrutura

organizacional básica, será de referir que está definida na lei de bases a integração

de dois tipos diversos de escolas: as universitárias e as politécnicas, as quais

organizam cursos e atribuem graus até à licenciatura, que podem ir até mestrado e

doutoramento, no caso das universitárias.

Estão determinadas as regras flexíveis do agrupamento e possível integração destes

dois tipos de escolas; delimitadas na natureza da sua autonomia, a compatibilizar

com o desenvolvimento da Região e do País; estabelecidos os princípios gerais que

devem reger o acesso às mesmas, instituindo-se as exigências de provas de

capacidade, para a respectiva frequência, de âmbito nacional e específicas para cada

curso ou grupo de cursos afins.

Considerando o nível técnico, isto é, o âmbito pedagógico, afirma-se, hoje, como

significativamente importante a chamada “pedagogia do projecto”. Trata-se de uma

metodologia fundamental do processo educativo, desenvolvida através do “trabalho

de projecto” que implica, em oposição à pedagogia tradicional, uma dinâmica de

autonomia, de participação, de descentralização, de abertura à comunidade, de

trabalho em equipa, de abertura à multiculturalidade e à diversidade [Costa, 1991].

Mas, as variáveis de influência decisiva na configuração do sistema pedagógico são a

gestão do currículo e dos tempos de ensino-aprendizagem, a avaliação dos alunos, a

formação dos professores, a gestão de recursos técnicos e equipamentos [Ministério

da Educação, 1992].

2.3.3 Perspectivas Futuras do Ensino

A “qualidade” é, sem duvida, uma preocupação séria e permanente ao nível máximo

de gestão e de todos os “actores” da Universidade [CNAVES, Cecília Leão].

À medida que as relações entre as comunidades se tornam transfronteiriças, crescem

de intensidade os desafios, fazendo com que todos os sistemas tenham de enfrentar

o dilema de assumir a modernização, através de uma cultura de auto-avaliação

capaz de permitir a função de regulação permanente.

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Estas são exigências que decorrem da mudança acelerada que se vem verificando

nas estruturas internacionais que nos obriga a colocar um ponto final nos modelos

de vida habitual em que algumas sociedades civis europeias teimam em se

conservar.

Não se trata pois de uma circunstância específica dos sistemas de ensino, mas é

naturalmente uma condição actual do sistema social geral, em todos os seus

sectores. É uma mudança que se dirige a todo o espaço cultural, científico,

económico e político. A única resposta plausível é a conjugação da competência

específica de cada um com a evolução tecnológica.

O primeiro dos desafios que a Comunidade Portuguesa enfrenta é o da Educação

[CNAVES, Adriano Moreira].

Promover a educação e a formação é o esforço mais nobre que podemos realizar

[CNAVES, Jorge Sampaio].

Só seremos capazes de enfrentar devidamente os tempos actuais, de mudanças

rápidas e imprevisíveis, se sustentarmos num património comum de cultura e de

valores e esforço de pensar o futuro... São missões históricas – formar pessoas e

produzir conhecimento [CNAVES, Jorge Sampaio].

Há mudanças a operar no sistema de ensino-aprendizagem; uma dessas mudanças

decorre da necessidade de colocar os estudantes no centro do trabalho universitário.

É a compreensão do modo como estudam e como aprendem (e já não estudam nem

aprendem como há dez anos atrás!) que nos permitirá imaginar outros modelos de

formação.

A volatilidade do conhecimento e a sua difusão a nível nacional torna imprescindível

a existência de estruturas e programas flexíveis que facilitem os processos de

conhecimento dos estudantes.

Alguém acredita que o ensino sebenteiro pode concorrer com as lições de Oxford ou

de Harvard disponibilizadas via Internet? O recurso sistemático às noas tecnologias

de informação e comunicação transformará, radicalmente, o ensino superior, desde a

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orgânica dos cursos às estratégias de transmissão e aquisição do conhecimento,

passando pelo quotidiano dos professores e pela própria constituição física das

instalações e dos edifícios [CNAVES, Jorge Sampaio].

Os saberes a produzir hão-de resultar da articulação de um ensino experiemental,

laboratorial, com a aquisição de uma cultura científica e tecnológica, o que vai

reflectir-se nas práticas de ensino-aprendizagem, nos contextos de adaptação

académica dos estudantes, nos procedimentos de avaliação dos professores,

tornando-se factores condicionantes de inserção e sucesso no mundo profissional.

2.4 Alguns exemplos de TIC no Ensino

Através de alguns exemplos que são seguidamente apresentados, pretende-se dar

ênfase a algumas Tecnologias da Informação e Comunicação já bastante divulgadas

pelas Instituições de Ensino Superior.

2.4.1 Ensino assistido por computador

O Ensino Assistido por Computador evolui na década de 50 a partir de “programas

lineares”. Estes, inspirados nas teorias psicológicas, da época, foram-se

desenvolvendo. Estas teorias diziam que se a concorrência de um “operant” for

seguida por um estímulo ou reforço, a sua intensidade é aumentada [Pinto, 2002].

Nesta década, um programa de computador poderia apresentar um texto que

ajudava o aluno a dar um passo na direcção do comportamento desejado. O aluno

respondia baseado no que sabia, por tentativa e erro, após o qual o programa

respondia se estava certo ou errado. Por convenção, determinou-se que à sequência

destes passos se chamaria de “programa linear”. O aluno podia ir evoluindo ao longo

do curso, cujas respostas correctas iam sendo imediatamente recompensadas [Pinto,

2002].

Numa fase seguinte, chegou-se à conclusão de que se poderiam usar as respostas

dadas pelo aluno para controlar a informação a apresentar nas fases posteriores.

Desta forma, os alunos poderiam efectuar uma aprendizagem mais exaustiva, mais

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personalizada, pois tentavam resolver problemas com uma dificuldade apropriada,

em vez de seguirem uma sequência rígida e sistemática. Estes programas possuíam

um “feedback” (resposta do aluno) correctivo, adaptando o ensino às respostas

recebidas [Pinto, 2002].

Durante os anos 70, foi possível, em alguns domínios específicos, como o da

aritmética, introduzir no projecto CAI a possibilidade do próprio sistema gerar o seu

material de ensino. Bastava apenas fornecer algumas estratégias gerais de ensino, a

estes sistemas, para que eles produzissem uma árvore de possíveis interacções com

um número infinitamente grande de ramos. Tais sistemas receberam a designação

de sistemas “geradores” [Yazdani,1986].

Estes sistemas “geradores” podiam não só responder a algumas questões dos

alunos, mas também alterar o grau de dificuldade de determinada tarefa, tendo sido

concebidos para utilização em situações em que fosse cenário o desenvolvimento de

aptidões com recurso à prática repetitiva [Yazdani, 1986].

Apesar das melhorias efectuadas nesta área, através do aumento do “feedback” e do

grau de individualização oferecido, continuava-se a verificar, o que se pode chamar

de: o “empobrecimento” do conhecimento contido nestes sistemas [Yazdani,1986].

De facto, em sistemas “geradores” verifica-se um desfasamento entre os processos

internos do programa e os processo cognitivos do aluno (regras e tabelas). Nenhum

destes sistemas conseguia um conhecimento do domínio semelhante ao de um

humano, não tão pouco conseguiam responder às questões do aluno, como as de

“porquê” e “como”, relativamente, ao porquê de uma certa tarefa ser executada ou

como uma determinada conclusão foi atingida.

A partir dos sistemas “geradores” evoluíram os programas CAI “adaptativos”,

capazes de utilizar a informação recolhida durante a interacção com o aluno para

orientar a escolha dos problemas a apresentar. Tais sistemas podem usar técnicas

simples para fazer uma estimativa da experiência do aluno.

Alguns destes sistemas, mais elaborados, usam uma estrutura de árvore para

direccionar o processo de ensino, em que a resposta do aluno a uma dada questão

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vai decidir qual dos ramos disponíveis que nesse nível vai ser seguido. É óbvio que,

de início, todos os ramos devem ser previstos pelo autor do sistema, cobrindo todas

as possíveis incorrecções que o aluno eventualmente possa produzir [Kass, 1987].

Embora os sistemas “adaptativos” sejam melhores que os puramente “geradores”,

pois podem adequar os problemas e o conhecimento disponível às necessidades dos

alunos, ambos os sistemas não dispõem de conhecimento sobre o conteúdo do

domínio, sendo toda a informação fornecida exteriormente através de um formato

predeterminado [Kass, 1987].

2.4.2 Tutores Inteligentes

Os Tutores Inteligentes são sistemas de ensino que se adaptam dinamicamente ao

aluno, às suas necessidades, ao seu ritmo de aprendizagem, às suas preferências e

principalmente ao seu nível de conhecimento [Pinto, 2002].

2.4.2.1 Introdução

Devido às limitações existentes nos sistemas de ensino, os Tutores Inteligentes

desenvolveram-se, beneficiando sobretudo da pesquisa na área da Inteligência

Artificial, cujo objectivo principal é a própria representação do conhecimento num

sistema inteligente, passível de diálogo “inteligente ” com o utilizador.

Assim, o desenvolvimento desta técnica foi possível juntando várias disciplinas tais

como a Inteligência Artificial, a Educação, as Ciências do Conhecimento e a

Multimédia.

2.4.2.2 Objectivo

Através do uso de Tutores Inteligentes abrem-se novas perspectivas nos métodos de

ensino, permitindo um ensino mais flexível e requerendo muito menos assistência

por parte dos administradores do novo conhecimento. O objectivo dos Tutores

Inteligentes é criar um sistema que possua [Silva, 1997]:

• Informações sobre o conhecimento actual do aluno e sua evolução;

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• Conhecimento do domínio que pretende ensinar;

• Técnicas de transmissão do conhecimento, armazenado na sua base de

conhecimento.

Este sistema deve ainda ser capaz de se adaptar a uma dada sessão de ensino, em

função do conhecimento didáctico nele contido [Silva, 1997].

2.4.2.3 Características

Nesta técnica de ensino podem identificar-se, entre outras, as seguintes

características [Silva, 1997]:

• A adaptação dinâmica ao aluno que requer um conhecimento profundo do

seu comportamento numa situação de aprendizagem, principalmente na fase

de resolução de problemas;

• A flexibilidade destes sistemas de ensino permite vários tipos de

aconselhamento, dependendo da sessão ou da fase de evolução, de modo a

prestar ajuda a pedido do aluno ou de forma automática. Estes podem ser

apresentados com diferentes níveis de profundidade;

• Permite um ensino individualizado, de acordo com as preferências e ritmo de

aprendizagem de cada aluno;

• Independência relativamente ao local de ensino ou ambiente de

aprendizagem e até da interface usada para comunicar com o aluno. O

mesmo conhecimento pode ser representado nas mais variadas formas,

dependendo do tipo de aluno;

• Utilização de modelos de alunos;

• A representação do conhecimento faz-se através de estruturas próprias,

como são exemplo, em certos casos, as usadas nos sistemas periciais. Só

depois o tutor poderá utilizar o conhecimento do domínio contido nestas

estruturas;

• A melhoria na qualidade do ensino e ainda na rapidez de aprendizagem,

comparando com métodos de ensino tradicionais (Estudos efectuados por

Carnegie-Mellon [Anderson, 1993] apontam para uma melhoria de 43%).

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2.4.2.4 Organização do Conhecimento

Uma das questões mais importantes no domínio do conhecimento é a sua

organização e posterior utilização. Existem alguns métodos de modelizar esse

conhecimento. Uma das formas mais utilizadas é o método de Sistemas de

Produção3.

Este método organiza o conhecimento em três categorias diferentes [Yazdani, 1986]:

• Factos – conhecimento declarativo de um caso em particular;

• Regras – Conhecimento procedimental de como raciocinar num dado domínio;

• Inferência – Conhecimento de controlo, permitindo chegar a uma conclusão a

partir do raciocínio sobre um dado conjunto de factos e regras.

Também, segundo Yazdani, a arquitectura de um sistema de produção funciona

através de regras de produção, constituídas por pares de regras do tipo Condição –

Acção ou “if-then”. A Condição especifica as circunstâncias em que a regra será

aplicada e a Acção estipula o que se fará nessas circunstâncias.

As regras de produção organizam-se à volta de um conjunto de objectivos, havendo

sempre um objectivo activo em cada momento. É com base nestes sistemas de

produção que normalmente se efectua a representação do conhecimento nos

sistemas periciais.

A maior parte dos Tutores Inteligentes utiliza as regras de produção como veículo de

transmissão de experiências, podendo, através desta estrutura simples, codificar uma

grande variedade de formas de conhecimento [Pinto, 2002].

Outra das formas de organizar o conhecimento é através dos Sistemas Periciais. São

sistemas baseados em conhecimento adquirido de um perito de um dado domínio,

usando inferência para aplicar esse conhecimento à execução de uma dada tarefa

[Pinto, 2002].

3 Este conceito de sistemas de produção não está associado aos sistemas de produção usados nos

sistemas de produção industrial (Manufacturing System).

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Estes sistemas têm a vantagem de poderem ser usados na elaboração de

diagnósticos ou para a disseminação de experiências de um perito para um grande

número de alunos. Têm a vantagem adicional dos alunos para além de acederem ao

conhecimento do perito, puderem compreender a sequência lógica de pensamento

do perito, visto que é possível acompanhar o raciocínio do programa [Silva, 1997].

2.4.2.5 Modelo do aluno

À medida que os sistemas inteligentes se vão tornando cada vez mais flexíveis e

capazes de se adaptarem e mesmo se anteciparem aos alunos, torna-se claramente

necessário elaborar um modelo explícito das assunções, objectivos e planos do aluno

[Silva, 1997].

Um sistema deste tipo deve levar em conta os planos e objectivos dos alunos, o seu

conhecimento prévio sobre o domínio, assim como concepções erradas que os alunos

possam ter sobre questões referentes ao domínio ensinado, como o próprio sistema

deve poder fazer as suas assunções acerca do nível e características do aluno.

A informação que o modelo contém sobre os alunos deve permitir ao tutor

inteligente [Silva, 1997]:

• Evitar ensinar algo que o aluno já saiba;

• Adaptar as explicações dadas ao nível de compreensão do aluno;

• Usar o conhecimento do passado do aluno para melhor interpretar as suas

respostas ou pedidos;

• Detectar incompreensões;

• Detectar a falta de informações cruciais para a compreensão do aluno.

Com base no nível das questões que são impostas, os tutores devem poder inferir

qual o nível de sofisticação do aluno, podendo assim adaptar a profundidade das

explicações dadas e a forma como deve apresentar a informação requerida.

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2.4.3 Ensino à distância (e-learning)

O ensino à distância representa uma variedade de modelos de ensino que têm em

comum a separação física dos professores e seus alunos. Como em todos os tipos de

ensino, os vários modelos de ensino à distância são construídos com base em

componentes chave do processo instrucional: a apresentação do conteúdo;

interacção entre o aluno e o programa, com as suas dificuldades e recursos;

aplicação prática; e avaliação. Cada modelo de ensino usa a tecnologia para fazer a

“ponte” dessa separação física, nos seus mais variados meios com o objectivo de

incluir todos, ou parte, destes componentes.

Este tipo de programas de ensino à distância possibilitam aos adultos uma segunda

chance de educação superior, ultrapassando as desvantagens de limite de tempo,

distância, impossibilidade física e actualiza as bases de conhecimento dos

trabalhadores nos seus locais de trabalho [Willis, 1998].

Uma das questões mais pertinentes é se realmente os alunos aprendem tanto como

os alunos que recebem o tradicional ensino presencial (face-a-face). Pesquisas

realizadas comparando o ensino à distância com os tradicionais métodos de ensino

indicam que ensinar e estudar à distância pode ser tão efectivo como o ensino

tradicional, quando os métodos e estratégias usadas são apropriadas ao ensino,

existe uma interacção aluno-para-aluno, e quando existe a relação professor-para-

aluno no que se refere às respostas e dúvidas [Moore & Thompson, 1990] e

[Verduim & Clark, 1991].

Os vários modelos de ensino diferem não só nos tipos de tecnologia utilizados, mas

também na forma como é controlada a disponibilização do conhecimento. Nalguns

modelos, aprendizagem é tradicional, tendo um controlo primário, como é o caso de

um ambiente de ensino numa sala de aulas. Noutros, o controlo é feito totalmente

pelo aluno.

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2.5 O Papel das Instituições de Ensino Superior

Nos relatórios oficiais saídos dos Governos e das Instituições Internacionais denota-

se na realidade uma preocupação política muito acentuada com o futuro do Ensino

Superior. Essas preocupações denotam um elevado interesse paos custos do modelo

tradicional sobretudo quando confrontados com a diversidade crescente dos

candidatos [CVC, 2001].

Quando se pretendia adoptar um determinado modelo de ensino a uma Instituição

de Ensino Superior era, até ao momento, um processo relativamente fácil, numa

primeira forma: ou a Instituição pretendia realizar cursos de forma tradicional

(presencial) e então o modelo consistia num conjunto devidamente estruturado e

organizado de aulas teóricas, aulas teórico-praticas, aulas práticas e aulas

laboratoriais. Sendo os professores responsáveis por transmitir conhecimento e eram

apoiados por professores assistentes que ficariam responsáveis por experimentar nas

aulas práticas os conceitos aprendidos. A segunda forma, que é muito utilizada pelas

universidades abertas, consistia na formação à distância, sendo apoiada por teorias e

metodologias de construção do conhecimento pelos dos alunos, utilizava-se para o

efeito material didáctico disponibilizado por determinada Instituição de Ensino e

através do apoio de tutores, que não são detentores do conhecimento, mas guias

para a sua obtenção [CVC, 2001], [Pinto, 2002].

Estes dois tipos de Instituições do Ensino Superior estavam diferenciados a nível de

modelos educativos, gestão e estruturas. Existia uma diferença clara no tipo de

alunos que frequentava cada uma das instituições: as primeiras destinavam-se aos

alunos que chegavam por via das Escolas Secundárias e Profissionais, as segundas

destinavam-se aqueles que pretenderam recorrer às segundas numa fase mais

adiantada das suas vidas por razões pessoais, profissionais ou outras. A

indisponibilidade de tempo, espaço ou outras razões impediam estes alunos de

manter uma relação constante com a instituição pelo que havia a necessidade de ter

formação à distância. Em geral, o regime de acesso a este segundo tipo de

Instituição do Ensino Superior era mais facilitado [CVC, 2001].

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Neste momento, devido às evoluções sociais e pedagógicas, os dois tipos de

instituições são levados a uma necessidade de convergência. As instituições

tradicionais têm necessidade de flexibilizar o seu modelo de ensino e procuram

descobrir se a adopção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e de

metodologias de Ensino à Distância permitem abordar e reorganizar modos mais

eficientes de manter o contacto com os alunos e de lhes fornecer informação

pretendida [Pinto, 2002]. O aparecimento das Instituições que funcionam com os

dois modos de ensino é uma realidade cada vez com maior expressão [Evans, 2000].

No entanto, para os professores advém a necessidade de uma requalificação de

competências, que vai para além do conhecimento específico na disciplina e do

domínio pedagógico. Esta requalificação poderá afectar o grau de empregabilidade

de professores com as competências clássicas contrapondo novas necessidades de

tutores/monitores [Pinto, 2002].

De certo modo, podemos também verificar que será necessário prever a

possibilidade de que a abundância de tecnologias no ensino poderá trazer, como

consequência, a criação de um fosso ainda maior com os analfabetos tecnológicos. É

assim necessário garantir que isto não aconteça. Para tal deve-se [CVC, 2001]:

• Criar mecanismos que assegurem a “igualdade de acessos” de todos à

formação apoioada pela tecnologia;

• Garantir a independência da formação em termos de linguagem nacional;

• Manter um esquema de controlo da qualidade curricular;

• Garantir a standardização através de protocolos públicos de acesso aberto.

A UNESCO identificou um conjunto de requisitos necessários para que as Instituições

do Ensino Superior adoptem o seu novo papel [UNESCO, 1998a]. Os pontos mais

importantes são resumidos seguidamente:

• Garantir o acesso ao Ensino Superior com base no mérito e sem discriminação

de raça, sexo, linguagem, religião, condição social ou económica ou mesmo

deficiências funcionais;

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• Garantir, por parte das Instituições de Ensino Superior, a missão de educar os

cidadãos responsáveis das missões tradicionais (educar, investigar e servir a

comunidade). As Instituições de Ensino Superior devem constituir fontes de

desenvolvimento da comunidade envolvente, seja ela cultural, política, social

ou mesmo económica. Deste modo é assumido um papel interventivo das

Instituições de Ensino Superior na sociedade, deixando de ser parceiros

passivos nessa mesma cultura. As Instituições de Ensino Superior devem

conservar um papel de prospecção e prevenção de situações de risco para a

sociedade. Para tal, devem manter a sua independência académica e

autonomia, embora assumindo as suas responsabilidades de insenção, ética e

justiça perante a sociedade;

• As Instituições de Ensino Superior devem reflectir no papel que a sociedade

espera dos seus formandos e na influência posterior que eles terão. Assim, as

Instituições deverão reforçar a componente formativa em competências

pessoais e sociais, reforçar o espírito de iniciativa e de empresariado. Todas

estas iniciativas deverão contribuir para a criação de um mundo menos pobre,

menos violento, mais literato e, acima de tudo, mais justo e ambientalmente

mais equilibrado;

• As Instituições de Ensino Superior devem ter um papel importante junto das

organizações educativas de níveis etários mais baixos. Como parte integrante

de todo o sistema educativo e como componente final desse mesmo sistema,

as Instituições de Ensino Superior devem, em conjunto com outras

Instituições, preparar as interfaces comuns mas também estabelecer a

formação básica necessária para preparar os alunos para o Ensino Superior e

para a vida;

• As Instituições de Ensino Superior deverão dispor de flexibilidade exigida pela

formação permanente ao longo da vida, dispondo de pontos de entrada e

saída do sistema ajustados às necessidades e exigências dos seus alunos;

• A aposta na Qualidade deve atravessar transversalmente todas as Instituições

de Ensino Superior, abrangendo todas as suas funções e actividades:

programas académicos, investigação, administração, professores, alunos,

infra-estruturas, etc... Uma gestão transparente, aberta a avaliações

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

34343434

exteriores deve acompanhar este modelo de gestão. As palavras chave são:

inovação, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade;

• O desenvolvimento dos professores e gestores é essencial. Assim as

Instituições de Ensino Superior devem estabelecer programas detalhados para

o aperfeiçoamento académico e profissional de ambos;

• As Instituições de Ensino Superior e os centros com responsabilidade de

decisão em educação devem rever conceitos tradicionais de forma a existir um

reorientação, assumindo o aluno como centro e ponto fulcral do processo

formativo. De igual forma deverá ser realçado o papel da mulher no Ensino

Superior onde esse papel, por algum factor externo, não esteja devidamente

equilibrado;

• O potencial das TIC na renovação dos métodos e processos de Ensino é muito

reconhecido. São, no entanto, advertidas as Instituições no sentido de

garantirem um acesso equitativo a essas ferramentas;

• O Ensino Superior é encarado como um serviço público e, como tal, deve ser

financiado;

• O estabelecimento de redes de cooperação internacionais entre instituições é

considerado como relevante para a criação de condições que facilitem a

redução do abismo entre Instituições de Ensino Superior de países ricos e

pobres. Estas redes permitirão ainda o reconhecimento alargado de diplomas

e estudos, com certificação de competências de forma a permitir uma

mobilidade mais activa e efectiva de professores e alunos.

Das questões apresentadas realça-se, sobretudo, os aspectos sociais atribuídos às

Instituições de Ensino Superior: construção do cidadão e não do profissional,

envolvimento activo da sociedade na construção de riqueza social, cultural e

económica e envolvimento em acções que fomentem a redução da pobreza, fome,

doença e degradação ambiental. A evolução do Ensino passa a estar centrada no

indivíduo com a flexibilização exigida a este novo modelo e implica a utilização de

TIC como suporte.

A UNESCO recomenda ainda uma nova visão e um novo paradigma para o Ensino

Superior mesmo com o custo de reformas profundas do sistema actual, com a

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

35353535

finalidade de atingir um leque mais diversificado de pessoas. Este novo paradigma

deve abranger novos conteúdos, métodos, meios de suporte à mensagem, novas

relações com o exterior e com a comunidade [UNESCO, 1998a].

O Conselho de Reitores Europeus prevê a necessidade das Instituições de Ensino

Superior reformularem o seu papel na Sociedade, mantendo a sua especificidade,

mas reforçando a sua missão de [CRE, 1997]:

• Criar novo conhecimento e manter o existente, através da Investigação e

bolsas de estudo;

• Contribuir para a sociedade e para o seu sucesso económico;

• Contribuir para o desenvolvimento cultural;

• Ensinar os alunos e proporcionar-lhes a possibilidade de aprenderam.

Em Portugal, o Governo mandatou uma Comissão (a Missão para a Sociedade da

Informação) para analisar as transformações a introduzir em vários sectores da

nossa sociedade. Em relação à Escola, destaca-se mais uma vez a alteração do

paradigma do professor – detentor do conhecimento, para professor – tutor. No

entanto, é realçado que o novo papel do professor é tão ou mais importante que

o anterior. O saber guiar alunos na pesquisa e obtenção do conhecimento será

mais empolgante e mais difícil. Será, portanto, necessário investir fortemente na

formação de professores, quer tecnologicamente, para se sentirem confortáveis

com os novos meios, mas também pedagogicamente para que se sintam

preparados para o estabelecimento de novas relações [Freitas, 1998].

O papel da Escola (vista na totalidade do percurso educativo) será de formar

cidadãos, que sabem aprender, fazer, viver com e acima de tudo ser. Na medida

em que o acesso privado à informação depende, em muito, de factores sociais,

económicos e culturais, deverá ser a escola a garantir o princípio de

democraticidade no acesso às novas TIC. Isto constituirá uma das formas de

integração da escola na comunidade [Freitas, 1998].

No caso concreto das Instituições de Ensino Superior, a introdução das TIC

permitirá ainda reforçar o diálogo com outras Instituições congéneres

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

36363636

estrangeiras, numa perspectiva de reforçar conhecimentos (ou eliminar lacunas),

investigar cooperativamente e permitir que os alunos aprendam em conjunto com

outros, provenientes de realidades culturais e sociais distintas [CVC, 2001].

A aposta Nacional é traduzida em vários programas de apoio, tentando traduzir

em acções as reflexões anteriormente enunciadas. Ajudar o aluno a aprender

constitui uma forma ainda mais elevada de ensinar, mas exige recursos e

disponibilidades que Instituições (e sobretudo Governos) não estão dispostos a

suportar, sobretudo pelo encarecimento dos custos associados às Instituições de

Ensino Superior.

É portanto, evidente que todas estas questões implicam alterações profundas nas

mentalidades, filosofias e modelos. Todos os intervenientes no Ensino Superior

terão de se adaptar, o que exige um grande esforço de divulgação e formação. A

alteração do paradigma de ensino centrado no aluno, o esforço de aprendizagem

e individualizando o processo de educação implica a gestão de um número de

recursos humanos, estruturais e técnicos incompatíveis com os limites

orçamentais da maior parte das instituições. A utilização de técnicas e

metodologias de Ensino à Distância pode ser parte da solução, sobretudo se

assente nas novas TIC, pela flexibilização que estas permitem, pela promoção do

acesso a fontes de informação e, principalmente, pelo reforço da comunicação

com o tutor e com outros formandos [Freitas, 1998], [CVC, 2001].

Seguidamente são apresentados alguns pré-requisitos para que as Universidades

consigam adaptar as suas metodologias de Ensino aos novos paradigmas e

suportes tecnológicos [Mingle, 1995]:

• Existência alargada de computadores de utilização individual e redes de

comunicação adaptadas;

• Empenho na Formação ao Longo da Vida;

• Concepção centrada no aluno-utilizador;

• Reengenharia dos sistemas de distribuição;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

37373737

• Recursos educativos de elevada qualidade, eventualmente desenvolvidos

por consórcios de Universidades;

• Ganhos de produtividade;

• Suporte financeiro, regulamentação, acreditação e transparência.

2.6 A integração das TIC no processo de

Ensino/Aprendizagem

A integração das TIC no processo de ensino Ensino/Aprendizagem requer uma série

de especificidades inerentes à complexidade deste processo. Existem também

problemas associados às tecnologias aos quais o processo de integração das TIC não

podem escapar.

2.6.1 O Contexto

A utilização das TIC no suporte ao Ensino é importante, no entanto, a alteração de

paradigmas e metodologias não deverá ser liderada pelas Tecnologias. A mudança

deverá ser desencadeada e conduzida pela necessidade pedagógica e educativa

propriamente dita, remetendo a tecnologia apenas para o lugar se suporte [CVC,

2001] [Pinto, 2002].

A UNESCO revela o potencial da tecnologia no seu papel de suporte mas enfatizando

que, embora com um papel diferente do tradicional, o Ensino continuará a precisar

de professores [UNESCO, 1998b]. As Instituições de Ensino Superior são incitadas a:

• Criar novos ambientes de formação, inclusivamente instituições virtuais que

proporcionem formação à distância de qualidade mas respeitando as

identidades culturais de cada país;

• Participar em redes de intercâmbio de materiais de formação, transferência de

tecnologia e troca de experiências;

• Adaptar as TIC às necessidades e requisitos locais e garantir os meios técnicos

de gestão e institucionais necessários para o seu funcionamento;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

38383838

• Ter em atenção que a possibilidade de utilização das TIC pode agravar as

desigualdades e, como tal, assegurar um acesso igualitário a estas

ferramentas.

O crescimento rápido das TIC está a criar desafios às Instituições de Ensino Superior

mas ao mesmo tempo está a lançar novas oportunidades para as Instituições, uma

vez que as sociedades só poderão ter sucesso económico e social no novo mundo da

informação se dispuserem de uma população bem educada e bem formada [Pinto,

2002]. A tecnologia deve reforçar e não alterar os objectivos da educação [CRE,

1997].

Como corolário de todo o processo de análise e estudo a UNESCO faz um conjunto

de recomendações das quais as mais relevantes são [CVC, 2001]:

• A mudança do papel do professor é fundamental, da transmissão de

conhecimento para a mediação da aprendizagem. A tecnologia deve

maximizar a experiência de aprendizagem a desenvolvimento de capacidades

de autoorganização. Isto sem nunca pôr de parte a relação aluno-professor;

• A estratégia das Instituições do Ensino Superior deve passar por uma análise

cuidada dos novos desafios e oportunidades. A evolução tecnológica não é o

único ponto aqui, também a mudança demográfica a nível europeu, as

diferentes motivações dos alunos, as novas formas de trabalho e organização,

as competências que são pedidas (criatividade, adaptabilidade, flexibilidade,

resolução de problemas, análise de hipóteses, gestão de recursos).

Para além das questões pedagógicas, cada Instituição de Ensino Superior pode

contemplar a introdução de TIC nos seus processos educativos motivada pelas

percepções que recolhe do seu contacto com a realidade social e tecnológica

envolvente, nomeadamente [CVC, 2001]:

• Percepção da aceitação da auto-aprendizagem com recurso a meios

multimédia;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

39393939

• Percepção da exigência de acesso a TIC, por parte de alunos e professores,

em parte por já disporem e estarem familiarizados com essas tecnologias em

outros locais (nos quiosques virtuais, em casa, etc...);

• Percepção que o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o próprio

posicionamento no mercado, nomeadamente através de Ensino à Distância e

maior flexibilidade de acesso para uma diversidade de alunos;

• Crença de que ambientes tecnológicos poderão aumentar a eficácia e

eficiência do processo de aprendizagem dos alunos.

Neste sentido, os objectivos da utilização das TIC deverão passar por [Pinto, 2002]:

• Alargar o âmbito dos cursos oferecidos para além do âmbito estrito da

Universidade até ao próprio local de trabalho;

• Alargar o acesso aos cursos, flexibilizar o contacto com tutores e com a

Instituição de forma remota e adaptada temporalmente;

• Permitir aos alunos o contacto com material multimédia de formação de

qualidade;

• Promover a autonomia dos alunos, em que estes tomam a responsabilidade

pelo seu processo de aprendizagem;

• Facilitar o trabalho cooperativo com outras instituições congéneres, permitindo

partilha de recursos humanos e materiais.

A Comissão Europeia apresenta mais alguns pontos relevantes na utilização da

tecnologia. Estes reflectem a natureza da organização Europeia e a preocupação de

juntar actores provenientes de meios diferentes como são as Instituições do Ensino

Superior, produtores de informação, sistemas de difusão informativa, etc...

• Reforçar a participação activa em processos de aprendizagem através de

cooperatividade, virtualidade na comunicação e suporte multimédia;

• Formação de professores e gestores do sistema educacional pela necessidade

que eles se sintam confortáveis antes de serem motivados a utilizarem TIC no

ensino;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

40404040

• Explorar o potencial de projectos educacionais de cooperação reforçando a

fertilização cruzada entre vários países e diferentes tipos de entidades. Nesta

situação, o uso de tecnologia servirá ainda para suportar um diálogo multi-

cultural e multi-linguístico;

• Desenvolver sistemas de apoio multinível para utilizadores: alunos (presentes,

passados e futuros), professores, gestores e outro pessoal. A possibilidade de

interconexão de dados permitirá sinergias entre instituições;

• Reforçar a acreditação e reconhecimento de Ensino à Distância pela garantia

de qualidade dos sistemas educacionais;

• Transferir experiência e boas práticas permitindo que outros parceiros tenham

acesso a casos práticos desenvolvidos anteriormente, com sucesso (ou sem

ele, uma vez que será sempre interessante analisar casos de insucesso).

No entanto, a utilização de tecnologia no processo de ensino/aprendizagem deve ser

acompanhada de igual reflexão e acção noutros sectores, nomeadamente em

Bibliotecas, Infra-estruturas Tecnológicas, Gestão Académica, Gestão e Apoio de

Alunos, Selecção e Formação de Docentes, Desenvolvimento e Produção de Material

Didáctico Multimédia. Mais ainda, a utilização de uma estratégia institucional top-

down deve passar inevitavelmente pela inovação nos processos de [CVC, 2001]:

• Distribuição da carga horária, tornando-a suficientemente flexível para

permitir a indivíduos e grupos desenvolverem acções pedagógicas

exploratórias;

• Gestão académica, acreditação e certificação de qualidade;

• Desenvolvimento e formação de professores;

• Atribuição de fundos para investigação e desenvolvimento;

2.6.2 Problemas associados à Tecnologia

Um problema fundamental na integração de uma tecnologia consiste na reacção dos

indivíduos a essa tecnologia. O problema é descrito por [Daniel, 1996] que analisa o

ciclo de vida da adopção de uma tecnologia num ambiente de Ensino Superior. O

ciclo referido é composto por cinco etapas fundamentais:

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

41414141

1. Inovadores, que constituem o grupo de utilizadores entusiastas que aderem à

tecnologia pela novidade e pela possibilidade de a alterarem de alguma forma.

2. Aderentes iniciais, que o fazem por que pensam que aquela tecnologia pode

ser importante no futuro.

3. Maioria inicial, que aderem quando a tecnologia já demonstrou ser capaz de

resolver alguns dos seus problemas.

4. Maioria final, que adere quando a tecnologia se tornou comum.

5. Contestatários, que nunca aderem.

Os dois primeiros blocos representam cerca de 1/6 do total o que permite dizer que

a grande parte das Instituições do Ensino Superior, ou talvez a sua totalidade ainda

se encontram no estágio inicial deste ciclo, não estando ainda garantida a adesão

pela grande maioria [CVC, 2001].

Figura 2 – Ciclo de vida de adopção de uma tecnologia [CVC, 2001].

A questão fundamental no gráfico encontra-se na passagem entre os aderentes

iniciais e a maioria inicial. A incapacidade nesta passagem levará inevitavelmente à

rejeição de uma determindada tecnologia. Segundo [Daniel, 1996] esta questão

poderá ser ultrapassada através da detecção de núcleos (nichos) de estudantes e aí

e promover uma forte divulgação de uma determindada tecnologia. O sucesso destas

iniciativas poderá promover a sua replicação junto dos colegas. A existência de um

54321

Aderentes

Tempo

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

42424242

número mínimo destes núcleos poderá criar a massa crítica necessária para a adesão

em massa dos estudantes [CVC, 2001].

Outra questão importante na utilização das TIC no Ensino tem a ver com o custo de

instalação e manutenção do equipamento, mão-de-obra e ainda a aprendizagem das

ferramentas. O material informático e eletrónico sofre de uma rápida obsolescência,

tal facto, juntamente com a necessidade de actualizar frequentemente as aplicações,

levam a situações muito frequentes em que se criam salas de computadores que

algum tempo depois são salas desactualizadas devido à incapacidade financeira de

os manter actualizados [CVC, 2001]. Resumidamente é necessário prever os custos

associados a este processo, nomeadamente em termos de:

• Hardware e software;

• Treino de professores e pessoal técnico;

• Manutenção e actualização do equipamento e software;

• Suporte dos alunos;

• Infra-estruturas (redes, etc...);

• Custos de pessoal e gestão;

• Material informático diverso.

O processo de desenvolvimento de material e respectiva integração nas disciplinas é

frequentemente desvalorizado. No entanto, considerando dois anos como tempo

médio de desenvolvimento de material de qualidade torna-se já uma parceria

importante neste todo [CVC, 2001].

Para além disto, será necessário referir uma excessiva dependência do processo

pedagógico em relação ao suporte tecnológico que passará fortemente a existir.

Questões técnicas como problemas de software, lentidão ou indisponibilidade de

acesso passam a influir decisivamente na qualidade da formação. Não se deverá

permitir chegar ao cúmulo de que se não houver tecnologia, não há aulas. Deverá

existir sempre um meio de superar essas dificuldades e aqui o professor tem um

papel muito importante.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

43434343

A utilização das TIC no Ensino Superior pode aumentar a possibilidade das

Instituições de Ensino Superior cumprirem eficazmente o seu novo papel,

• Alargando o acesso aos cursos flexibilizando o contacto espacial e temporal;

• Alargando o âmbito dos cursos oferecidos para além do nível académico

tradicional;

• Facilitando o trabalho cooperativo com outras instituições congéneres,

permitindo partilha de recursos humanos e materiais;

• Fundamentalmente, promovendo a autonomia dos alunos, em que estes

tomam a responsabilidade pelo seu processo de aprendizagem.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

44444444

33 MMeettooddoollooggiiaa

Neste capítulo apresenta-se os conceitos implícitos à metodologia seguida ao longo

deste estudo. Descreve-se também os materiais usados bem como, as ferramentas

que permitiram efectuar análise dos dados.

3.1 Objectivo

Com este estudo pretende-se efectuar um levantamento das TIC (TIC) usadas numa

instituição do ensino superior, em concreto, as que são utilizadas no Departamento

de Engenharia Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto.

3.2 Unidade de análise

A unidade de análise utilizada neste estudo corresponde ao Departamento de

Engenharia Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto. Sendo

caracterizada por pelos docentes, alunos, funcionários e tecnologias de suporte.

3.3 Identificação dos requisitos

Os principais objectivos sobre os quais este estudo se debruçava eram:

• Ter percepção por parte dos docentes, relativamente a:

• da utilização das TIC a nível pessoal;

• à finalidade dessa utilização;

• utilização das TIC no Ensino (como, quando e resultados obtidos);

• os porquês da não utilização das TIC;

• Avaliação das TIC nos processos do dia-a-dia no DEI, análise dos

aspectos positivos e dos aspectos a melhorar;

• Disponibilidade e motivação para terem formação em TIC;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

45454545

• Vantagens e desvantagens do uso das TIC no Ensino;

• Ter percepção por parte dos responsáveis do departamento, acerca de:

• Estado actual da implementação e utilização das TIC no departamento

e nas actividades lectivas;

• Recursos informáticos existentes e utilizados;

• Existência ou não de uma política de aplicação das TIC a nível

departamental;

• Projectos actuais e eventualmente futuros na área das TIC para o

departamento;

• Formação e sensibilização dos docentes para o uso das TIC.

3.4 Ferramentas de recolha de dados

Para efectuar o levantamento do estado de arte das TIC no DEI utilizou-se as

seguintes técnicas de investigação e recolha de dados:

I. Observação: Através da observação foi possível constatar a utilização efectiva

das TIC nas actividades que decorrem no dia-a-dia do departamento, tanto a

nivél de ensino como de gestão;

II. Inquéritos anónimos realizados aos professores: Através dos inquéritos, foi

possível a aferir o modo como o corpo docente está familiarizado com as TIC,

saber como as usam no ensino das diversas disciplinas que leccionam e

mesmo nos processos do dia-a-dia do departamento. Os inquéritos eram

acompanhados por uma carta de apresentação, onde se contextualizava a

razão de ser deste inquérito. Foram distribuídos 83 inquéritos e colocados em

envelopes, sendo deixados nas caixas de correio de cada docente. A análise

às respostas dos inquéritos foram feitas tendo em conta uma análise

descritiva usando tabelas de frequência;

III. Entrevistas: As entrevistas relaizadas foram semi-estruturadas, permitindo

assim adequar e adaptar as questões de acordo com cada pessoa

entrevistada bem como, uma maior flexibilidade ao entrevistador. A

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

46464646

entrevistas foram efectuadas aos responsáveis do Departamento de

Engenharia Informática, bem como, a outros elementos considerados de

relativa importância devido aos projectos em que estão envolvidos dentro do

DEI. Os entrevistados foram:

• Prof. Dr. Carlos Vaz Carvalho, docente e actual Presidente da Comissão

Directiva;

• Prof. Dr. António Costa, docente e actual Director do Departamento de

Informática;

• Profª. Drª. Conceição Neves, docente e actual Coordenadora do Grupo de

Disciplinas;

• Prof. Dr. Paulo Gandra de Sousa, docente e responsável pelo Laboratório

.Net.

No entanto, para eventuais entrevistas, foram contactados ainda outros docentes,

que eram considerados de relativa importância para este estudo, mas tais entrevistas

não foram possiveis de levar a cabo por diversas razões, entre as quais destaco a

não resposta aos e-mails que foram enviados.

Com esta entrevista pretendia-se aferir acerca dos seguintes pontos mais relevantes

e de maior interesse para este estudo desenvolvido:

I. Estado actual do ensino relativamente à utilização das TIC no Departamento

de Engenharia Informática do ISEP;

II. Constatar acerca da existência de políticas conjuntas de planificação para o

uso das TIC no DEI e também no ISEP.

III. Estado actual dos recursos informáticos existentes, bem como, novos

projectos de aquisição desses referidos recursos;

IV. Analisar o modo como os responsáveis do DEI vêem nas TIC uma ponte de

apoio ou até mesmo uma mais valia para o ensino neste departamento.

V. Analisar novos projectos ou propostas que estejam passíveis de ser

executadas num futuro próximo relativamente ao uso das TIC nas actividades

lectivas deste departamento.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

47474747

VI. Houve necessidade de efectuar uma melhor análise às entrevistas, para tal,

elas foram gravadas num gravador, com a devida autorização dos

entrevistados.

VII. Utilização/troca de email: Houve a necessidade de se obter esclarecimentos

via correio eletrónico, visto que o contacto presencial não era possível devido

a diversas razãos. O e-mail serviu para o esclarecimento de algumas dúvidas

acerca de determinadas tecnologias, para adquirir informação relativa aos

recursos informáticos dentro do DEI, na verdade, foi este o meio utilizado

sempre que não existia a possibilidade de ter um contacto presencial com

algum docente, encarregado de trabalho, etc...

A aplicação destas técnicas descritas tinha como objectivo efectuar uma recolha de

dados e para uma futura análise dos mesmos. De seguida, tenta-se explicar um

pouco melhor o modo concreto como cada uma delas foi utilizada e aplicada.

3.5 Ferramentas utilizadas

Para análise e tratamento de dados foi utilizado o Microsoft Excel4, esta ferramenta

foi escolhida devido à pouca complexidade dos dados e também à fácil utilização da

mesma. Com esta ferramenta foi possível elaborar gráficos que permitem, de um

modo mais fácil e intuitivo tirar informações e determinadas conclusões acerca dos

dados iniciais.

4 Folha de cálculo desenvolvida pela Microsoft (http://www.microsoft.com/office/excel/default.asp).

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

48484848

44 AAnnáálliissee ee rreessuullttaaddooss

Como foi referido no capitulo 3, o projecto foi dividido em várias fases:

• dos inquéritos efectuados aos docentes,

• das entrevistas realizadas aos responsáveis e ao responsável por um dos

laboratórios de investigação do DEI e,

• da utilização da informação obtida via e-mail com os encarregados de

trabalho.

Neste capitulo, são apresentados as análises feitas:

• ao contexto institucional da IES,

• aos recursos informáticos existentes e aos laboratórios de investigação do

DEI,

• ao novo portal do ISEP,

• aos inquéritos realizados aos docentes,

• às entrevistas realizadas aos responsáveis do departamento.

4.1 Contexto institucional

O Departamento de Engenharia Informática está inserido no Instituto Superior de

Engenharia do Porto, e tem as seguintes infra-estruturas: 6 salas práticas, 22

gabinetes,3 anfiteatros,15 salas de aulas.

O Departamento de Engenharia Informática possuí dois laboratórios de investigação:

• O Laboratório .NET do DEI/ISEP/IPP, que surge no âmbito de um protocolo de

cooperação entre o DEI/ISEP/IPP, a Microsoft Portugal e a I2S, que

reconheceram interesse na colaboração para o estabelecimento de um

conjunto de iniciativas que visam dinamizar a cooperação

universidade/indústria através de medidas orientadas ao ensino e investigação

aplicada sobre a plataforma Microsoft .NET no âmbito das licenciaturas em

Eng. Informática do ISEP [site 1]; O Laboratório é destinado a todos os

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

49494949

Alunos, Docentes e Investigadores do universos IPP. Com este Laboratório, o

Departamento de Engenharia Informática do ISEP tem condições para acolher

o desenvolvimento de projectos em estreita ligação com empresas do tecido

industrial e empresarial Português (com especial ênfase no Norte do País). O

actual responsável para gestão e dinamização do laboratório .Net é o

Professor Paulo Gandra de Sousa.

• O GULDEI-ISEP (Grupo de Utilizadores de Linux do Departamento de

Engenharia Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto) é um

grupo direccionado para alunos e docentes do Departamento de Engenharia

Informática. Apesar do nome, Grupo de Utilizadores de Linux, o grupo

pretende actuar como movimento de apoio ao Software Livre em geral, tendo

desde cedo o apoio da Associação nacional para o Software Livre (ANSOL)

[site 2]. A missão do GULDEI-ISEP é promover a utilização de GNU/Linux e

software livre junto dos alunos e docentes do Departamento de Engenharia

Informática. Para esse efeito o GUL pretende levar a cabo um sem-número de

iniciativas: semanas de software livre, workshops, dossiers, entre outras. Os

responsáveis pelo GULDEI são: Eng. António Costa, Manuel Silva, Nuno

Carvalho e Rui Reis. Actualmente este grupo está envolvido numa actividade

de grande relevo, fora do DEI, consiste numa iniciativa para divulgação do

GNU/Linux e do software livre nas escolas preparatórias e secundárias do

grande Porto.

4.2 Recursos informáticos

A nível do Departamento de Engenharia Informática (DEI) existem [Raquel, 2004]:

• Dois DataShows, um do DEI e outro que pertence ao

Laboratório .NET, mas que também é utilizado pelo departamento. De futuro

vão existir mais dois, estes serão colocados nos anfiteatros;

• uma máquina fotográfica digital;

• uma televisão e um vídeo;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

50505050

• uma rede Wireless com dois pontos de acesso um situado no 3º piso e outro

no 4º piso;

• Vinte e um servidores, sendo a maior parte deles Linux;

• duas impressoras disponíveis para os alunos;

• perto de sessenta computadores disponiveis para os docentes;

• perto de cento e sessenta computadores para os alunos, distribuídos pelas

diferentes salas (Ver ANEXO C).

A nível do Laboratório .Net, existe:

• seis estações de trabalho ligadas em rede com todo o software pertencente à

plataforma .NET e à plataforma Microsoft Business Solutions instalado. Existe

uma estação de trabalho adicional para o monitor da sala onde estará alojado

o software servidor a partilhar na rede do laboratório (ex., MS SQL Server).

• A sala dispõe de meios audiovisuais, nomeadamente, um vídeo-projector.

4.3 Portal do ISEP

O Instituto Superior de Engenharia do Porto optou por desenvolver um portal na

internet5 que estará definitivamente disponível para utilização, se tudo correr como

previsto, no ínicio de Setembro. De seguida, é apresentado um pequeno contexto ao

portal bem como as funcionalidades a que visa responder.

A fase inical de lançamento do portal teve de obdecer a um conjunto de pre-

requisitos essenciais para ir se conseguir prosseguir na criação do mesmo.

“O portal, para todos os efeitos tem recursos próprios... foi lançado

pela escola, fez-se um concurso, contratou-se um empresa... cumpriu

essas especificidades todas.” (Professor Doutor António Costa)

O portal vem trazer um padronização a nível de todos os processos comuns aos

vários departamentos do ISEP.

5 http://www.portal.isep.ipp.pt

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

51515151

“O portal do ISEP vai dar uma grande ajuda, principalmente porque

vai homogeneizar ao nível da escola e dos departamentos. Como o

portal tentou-se pensar no que é o dia-a-dia dos docentes e do dia-a-

dia do departamento.” (Professor Doutor Paulo Gandra de Sousa)

“Pretende incorporar o fluxo dos processos reais dos professores,

alunos e da gestão escola. (....) O portal é um substracto tecnológico

que permite às pessoas um maior apoio às disciplinas, relacionar as

matérias, lançar avisos, recolher trabalhos e todo o tipo de coisas

que hoje em dia são feitas de modo aleatório e esporádico, cada

pessoa improvisa à sua maneira e assim deixava-se de improvisar

(...) Se professor tivesse necessidade de convocar os determinados

alunos poderia fazê-lo via e-mail ou mensagens, sempre de uma

forma transparente para o utilizador. Esses tipo de funcionalidades

vão ser disponibilizadas, o que é interessante para o ISEP. Poderá

haver em trabalhar com o portal algumas dificuldades por parte de

docentes de outros departamentos que certamente irão ser

superadas.” (Professor Doutor António Costa)

O novo portal do ISEP, do ponto de vista do utilizador, permitirá [site 5]:

• Listar todos os departamentos do ISEP;

• Relativamente a um dado curso, o utilizador pode aceder a toda a informação

relevante acerca do curso;

• Obter informações de um dado ramo/regime/ciclo de um curso;

• Ter acesso a alguns dados dos docentes;

• Obter informações acerca de uma determinada turma;

• ter acesso ao conjunto das disciplinas leccionadas num dado

ramo/regime/ciclo durante um determinado ano lectivo/período lectivo;

• aceder a toda a informação respeitante à edição de disciplina em questão;

• acesso a uma lista dos alunos inscritos na edição de disciplina em questão;

• aceder a toda a informação respeitante ao calendário das provas de avaliação

da edição de disciplina em questão;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

52525252

• pode ter acesso às notícias inseridas no Portal;

• acesso e participação em fóruns;

• ter acesso a toda a informação relativa ao calendário escolar;

• ter acesso directo aos links que permitem listar os contactos departamentais,

os contactos dos serviços e os contactos dos órgãos de gestão;

• permite ao utilizador pesquisar uma parte substancial da informação contida

no Portal;

• utilizador consegue listar e visualizar os alertas que lhe foram enviados;

• qualquer utilizador do Portal poderá enviar alertas para outros utilizadores do

Portal;

• um utilizador dispõe de uma área de ficheiros pessoais dentro do Portal. Na

prática, este sistema não é mais do que um disco em formato web, onde o

utilizador pode colocar toda a informação que pretende (directórios e

ficheiros) até a um limite máximo correspondente à sua quota em disco;

• aceder a um conjunto de informação alargada quer sobre a Qualidade quer

sobre a Legislação em vigor no ISEP;

• um sistema de ficheiros pessoais que permite a partilha de ficheiros entre os

utilizadores do Portal;

• ter acesso a todos os calendários anuais;

• ter acesso às salas de chat;

• na Bolsa de Emprego os utilizadores têm acesso às ofertas de emprego

activas;

• na Bolsa de Emprego tem acesso aos dados completos de uma determinada

empresa seleccionada;

• na Bolsa de Emprego o utilizador pode efectuar uma pesquisa detalhada sobre

as ofertas de emprego disponíveis;

• O registo na Bolsa de Emprego é obrigatório para os utilizadores que

pretendem configurar alertas e para os utilizadores que pretendem responder

a ofertas de emprego.

• ao utilizador configurar alertas relativos à Bolsa de emprego. Assim, sempre

que uma empresa coloque uma oferta de emprego que se enquadre num dos

critérios configurados (localidade, tipo de emprego ou departamento), o

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

53535353

utilizador receberá uma alerta a avisar que a referida oferta de emprego está

disponível no Portal;

• responder a uma determinada oferta de emprego que se seleccionou.

• A quando do momento da criação da conta do utilizador, ser atribuída uma

quota em disco de 10 Mbytes.

Do ponto de vista do gestor de conteúdos, permitirá [site 5]:

• efectuar uma Gestão das pautas/notas - o docente pode criar e armazenar as

pautas relativas às classificações da edição de disciplina;

• gerir os seus contactos pessoais;

• gerir a agenda pessoal: a visualização, edição e inserção de eventos;

• poderá adicionar conteúdos (ficheiros, directórios, links e ficheiros HTML) ao

repositório de informação da edição de disciplina. Para além disso, o utilizador

pode ainda Delegar/Remover esta tarefa a outra pessoa ou grupo de pessoas.

• ter a possibilidade de gerir o horário de uma dada turma;

• efectuar Listagem dos serviços, departamentos, cursos, planos de estudo,

grupos de disciplinas, disciplinas, calendário escolar, instalações.

4.4 Inquéritos aos docentes

Foram distribuídos 80 inquéritos aos docentes Departamento de Engenharia

Informática. Apenas responderam 28 docentes o que podemos concluir que apenas

35% dos docentes do DEI responderam.

Como já foi referido no capitulo 3, os objectivos do inquérito, eram ter a percepção

por parte dos docentes, relativamente a:

• utilização das TIC a nível pessoal e a finalidade dessa utilização;

• utilização das TIC no Ensino (como, quando e resultados obtidos);

• os porquês da não utilização das TIC;

• avaliação das TIC nos processos do dia-a-dia no DEI, análise dos

aspectos positivos e dos aspectos a melhorar;

• Disponibilidade e motivação para terem formação em TIC;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

54545454

• Vantagens e desvantagens do uso das TIC no Ensino;

4.4.1 Utilização por parte dos docentes das TIC a nível pessoal

De início, o objectivo pretendido era tentar ter consciência de que tipo de TIC os

docentes utilizam a nível pessoal.

Figura 3 – Utilização das TIC a nível pessoal

Deparamos com uma primeira linha de tecnologia de uso mais generalizado como o

Computador, a Internet e o CD-ROM/Multimédia. Numa segunda linha estão os

telemóveis, a Máquina Fotográfica digital e a câmara de vídeo.

Neste ponto podemos ver que todos os docentes utilizam pelo menos as tecnologias

descritas anteriormente como sendo da primeira linha. De certo modo, tal facto

deve-se concerteza a este ser um departamento de informática e existir, como é

inerente uma maior familiaridade com esta área.

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55555555

4.4.2 A finalidade da utilização das TIC

Em relação à finalidade da utilização das TIC por parte dos docentes. Os resultados

obtidos foram os seguintes:

Figura 4 – Finalidade da utilização das TIC

Os docentes utilizam mais as TIC no campo profissional. Ficando o campo pessoal

mais para segundo plano. Depreende-se que é elevado o interesse em utilizar as TIC

na área profissional, neste caso no exercício da profissão de docente.

4.4.3 Utilização das TIC no ensino

Na questão sobre quais as TIC que os docentes usaram preferencialmente quando

leccionam as suas disciplinas, as respostas foram:

Tabela 1 – Utilização das TIC no ensino

Tecnologia Frequência (%)

Computador 96

DataShow 93

Telémovel 7

TV digital Interactiva 0

Câmara de vídeo digital 0

Máquina fotográfica digital 15

Internet 85

CD-ROM/Multimédia 59

Outro 7

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56565656

Os principais recursos informáticos utilizados pelos docentes no exercício das suas

funções são os definidos anteriormente como sendo os recursos tecnológicos da

primeira linha (Computador, Internet, DataShow e CD-ROM/Multimédia), dado a sua

forte usabilidade por parte do corpo docente.

4.4.4 Características da utilização das TIC no ensino

Depois de sabermos que alguns docentes usam as TIC no ensino, pretende-se agora

aferir acerca de como, quando e os resultados obtidos nessa utilização. Entre as

respostas houve muitas consensuais, no entanto, elas serão todas expostas de

seguida.

Como e quando?

• Na preparação das aulas e durante as aulas para apresentação da

matéria; (30%)

• Computador para implementação de programas e resolução de

exercicios; (20%)

• Internet e CD-ROM para pesquisa ou disponibilizar informação; (20%)

• Resolver testes on-line (e-learning); (10%)

• Na investigação; (10%)

• Visionamento de filmes/documentários; (5%)

• Utilização da máquina fofográfica digital para complementar

informação; (5%)

Resultados obtidos?

• Os resultados foram bons/positivos; (40%)

• Maior motivação dos alunos; (20%)

• Maior facilidade de demonstrar mecanisnos dados nas aulas; (15%)

• Facilidade de acessos aos conteúdos leccionados; (15%)

• Implica uma programação e estruturação mais elaborada nas aulas;

(10%)

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57575757

4.4.5 O porquê da não utilização das TIC

De seguida, vamos analisar quais são as razões que levam muitas vezes os docentes

a não utilizarem as TIC. As principais razões são as seguintes:

Figura 5 – O porquê da não utilização das TIC

Quanto ao porquê da não utilização das TIC, as tecnologias que se realçam um

pouco mais, são o facto de as TIC não estarem disponíveis e também o não achar

esse uso das TIC útil para os alunos.

4.4.6 Avaliar a utilização das TIC no ensino, no DEI

Aqui pretende-se avaliar, de um modo geral (saber a apreciação global) da utilização

das TIC no ensino dentro deste departamento.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

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Figura 6 – Apreciação global da utilização das TIC no DEI

Podemos concluir que a apreciação dos docentes relativamente à utilização das TIC

no departamento está num ponto intermédio, entre o ‘Suficiente’ e o ‘Bom’.

Importa também salientar algumas os aspectos positivos e aspectos a melhorar

relativos a esse processo de utilização das TIC no DEI, de acordo com o que pensam

os docentes.

Aspectos positivos:

• Acesso dos alunos aos equipamentos; (20%)

• Diversas ferramentas e aplicações Software; (20%)

• Actividades de gestão do departamento mais fléxivel; (20%)

• Uso generalizado da Internet para disponibilizar conteúdos; (15%)

• incentivo à utilização das TIC nos processos educativos; (5%)

• Quantidade de máquinas disponíveis; (5%)

• Protocolos com empresas de software (SAP; Microsoft,... ); (5%)

• Sistema de informação departamental; (5%)

• Acesso livre à internet; (5%)

Aspectos a melhorar:

• Equipar salas com equipamento audiovisual e multimédia; (30%)

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• Qualidade dos meios existentes; (15%)

• Melhorar performance de redes e equipamentos; (10%)

• Plataforma comum na internet para as diversas disciplinas (10%)

• Sistema de informação geral a nível do ISEP (10%)

• Melhorar acesso ao exterior (velocidade e segurança); (5%)

• Quantidade e qualidade de espaços; (5%)

• Portabilidade (Computadores portáteis e redes sem fios). (5%)

4.4.7 Formação em TIC

Nesta etapa pretendemos aferir acerca do interesse e da disponibilidade dos

docentes em ter formação em determinadas tecnologias para uso específico no

ensino, neste departamento.

Figura 7 – Formação em TIC

As respostas e esta questão levantam certamente algum espaço para reflexão, na

medida em que 75% dos docentes não está interessado em obter formação. Mas

também não se pode concluir muito acerca das razões pois elas podem ser várias...

poderão os docentes deste departamento possuir já uma boa formação a nível das

TIC, pois é um departamento de informática; ou então, o facto de existirem docentes

ocupados com trabalhos de mestrados e doutoramentos e outros com

indisponibilidade devido a acumulação de serviços extra departamento.

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60606060

Relativamente à pequena minoria de docentes que estão interessados em obter

mais formação na área das TIC, de seguida, serão mencionadas algumas tecnologias

sugeridas e consideradas importantes para eventuais acções de formação:

• .Net; (30%)

• Tecnologias Multimédia. (30%)

• J2EE; (20%)

• SAP/R3; (10%)

• Técnicas/Metodologias de análise de sistemas; (10%)

4.4.8 Vantagens do uso das TIC no ensino

Por fim, pretende-se saber o que os docentes pensam relativamente às vantagens e

às mais valias que o uso generalizado das TIC trás para o ensino e para os alunos.

Tabela 2 – Vantagens do uso das TIC no ensino

Tendo em conta os resultados obtidos, os docentes acham que a utilização é uma

mais valia para o ensino e consequente para os alunos no seu processo de

aprendizagem.

Vantagens:

• Melhor qualidade de ensino; (12%)

• Captação da atençao e interesse dos alunos (mais Motivação); (10%)

• Facilita a aprendizagem/compreensão (10%)

• Qualidade na aprendizagem (10%)

• Permite métodos de ensino distintos (10%)

• Maior comunicação entre professores e alunos (10%)

• Permite exposição das matérias de uma forma mais clara,

organizada, portanto existe mais objectividade; (5%)

Apreciação Frequência (%)

Sim 96,2

Não 3,8

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• Ver resultados imediatos das tecnologias ensinadas (5%)

• permite realizar projectos muito semelhantes aos reais/profissionais (5%)

• Desenvolvimento pessoal e social, integração na sociedade (5%)

• Facilidade de implementação e utilização de conteúdos (4%)

• Flexibilidade de acessos (tempo, local, cursos) (4%)

• Rapidez e organização (4%)

• Difusão digital muito fácil (3%)

Desvantagens:

• Os alunos deixam de utilizar o papel e a caneta para "pensarem"; (20%)

• Possibilidade de cópias de desenvolvimentos disponíveis na Web sem

análisar o seu funcionamento e princípios; (18%)

• Dependência excessiva; (14%)

• Pode originar maior distracção; (12%)

• Enfâse nas tecnologias e não nas ideias; (12%)

• podem induzir maus hábitos, inibindo a fase de

estudo/análise de um problema; (9%)

• ser mal utilizadas; (10%)

• criar vício e hábito; (5%)

Denota-se que existem muitas vantagens no uso das TIC no processo de

ensino/aprendizagem no entanto, deverá ser efectuado uma utilização controlada,

devidamente planeada de tal modo que não se passe a obter desvantagens nefastas

para a aprendizagem.

4.4.9 Resumo

Os professores utilizam bastante as tecnologias consideradas mais habituais, tal

como o computador, a internet e CD-ROM/Multimédia para motivos profissionais. A

quando do leccionar as aulas os professores acrescentam às tecnologias já referidas

o uso do DataShow (projector de vídeo). Estas tecnologias são usadas,

preferencialmente para:

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62626262

• a preparação das aulas e durante as aulas para apresentação da matéria,

• o computador para implementação de programas e resolução de exercicios e

• a Internet e CD-ROM para disponibilizar informação ou actividades de

pesquisa;

O facto de às vezes os professores não utilizarem algumas tecnologias deve-se ao

facto de não estarem disponíveis e de não acharem essa utilização útil para os

alunos.

Os professores acham que de uma maneira geral o uso das TIC, nas actividades do

dia-a-dia do departamento se situa entre o ‘suficiente’ e o ‘bom’. Reflectem também

que sobre os pontos positivos dessa utilização, que são:

• Acesso dos alunos aos equipamentos;

• Diversas ferramentas e aplicações Software;

• Actividades de gestão do departamento mais fléxivel;

• Uso generalizado da Internet para disponibilizar conteúdos;

Quanto aos aspectos a melhorar:

• Equipar salas com equipamento audiovisual e multimédia;

• Qualidade dos meios existentes;

• Melhorar performance de redes e equipamentos;

Surge agora aqui algo de contraditório, na medida em que grande parte dos

docentes acha o uso das TIC no ensino uma mais valia, no entanto, como se

analisou anteriormente, uma grande maioria não está disponível para ter formação.

4.5 Entrevistas

Foram efectuadas 4 entrevistas a docentes considerados responsáveis pelo

departamento ou de relativa importância no mesmo. No entanto, estava previsto

efectuarem-se mais entrevistas também de relativa importância, no entanto, devido

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

63636363

ao facto de alguns docentes não responderem aos e-mails tais entrevistas não foram

possiveis de levar adiante.

Como já foi referido no capítulo 3, com esta entrevista pretendia-se saber:

• O estado actual do ensino relativamente à utilização das TIC no Departamento

de Engenharia Informática do ISEP;

• Constatar acerca da existência de políticas conjuntas de planificação para o

uso das TIC no DEI e também no ISEP;

• Estado actual dos recursos informáticos existentes, bem como, novos

projectos de aquisição desses referidos recursos;

• Analisar o modo como os responsáveis do DEI vêem nas TIC uma ponte de

apoio ou até mesmo uma mais valia para o ensino neste departamento;

• Analisar novos projectos ou propostas que estejam passíveis de ser

executadas num futuro próximo relativamente ao uso das TIC nas actividades

lectivas deste departamento.

Como também já foi referido, os entrevistados concederam autorização para se

efectuar uma gravação audio com a finalidade de se efectuar posteriormente uma

melhor análise às entrevistas.

4.5.1 Apreciação global da utilização das TIC no DEI

Inicialmente, tenta-se saber a opinião geral que os entrevistados tem acerca do uso

das TIC no DEI.

De um modo geral, no DEI existe uma utilização efectiva das TIC. Os entrevistados

consideram que a utilização é considerada satisfatória. Certamente, nesta conclusão

tem influência o facto de este ser um departamento de informática, onde todas as

pessoas estão mais familiarizadas com os meios informáticos e com as TIC.

“Desde há cerca de 10 anos que o objectivo foi: disponibilizar acesso

aos computadores e uma série de aplicações informáticas de uma

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forma relativamente liberal e que pode servir para apoiar as

actividades do curso...” (Professor Doutor António Costa)

“Na componente dos processos do departamento... com a entrada

em funcionamento do novo portal do ISEP nitidamente as coisas vão

mudar e melhorar... e esta é também umas das razões porque não se

avançou para coisas mais completas a nível de informática no

departamento.” (Professor Doutor Paulo Gandra de Sousa)

No departamento são disponibilizados serviços de interesse geral.

“...temos disponibilizado serviços, para além do parque informático

que a escola compra e disponibiliza para o departamento, temos

também tentado implementar, a nível de serviços, ferramentas que

nos pareçam de interesse geral e que possa servir para os alunos

tirarem partido do parque que existe e possam fazer coisas que lhes

sejam úteis.” (Professor Doutor António Costa)

O DEI possibilita algumas funcionalidades interessante para as actividades diárias

dos alunos e para diminuir os processos burocráticos das secretarias.

“... uma série de serviços que pode ser acedidos de fora do DEI, tais

como, ferramentas de webmail, permitir entrar no DEI e os alunos

trabalharem nas suas áreas (utilizando VPN’s,...), entre outras coisas

com utilidade. Destaco também o sistema de inscrições via web

(www.inscricoes.isep.ipp.pt) que foi desenvolvido por professores do

ISEP para eliminar muitas questões de burocracias.” (Professor Doutor

António Costa)

“...desde à três ou quatro anos que os horários e as fichas das

disciplinas estão disponíveis na internet pois foi feito algum trabalho

nesse sentido.” (Professor Doutor Paulo Gandra de Sousa)

“A nível do DEI as TIC são usadas nos processos de gestão,

lançamento de notas, nos horários, nas paginas de disciplinas...

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65656565

enfim, num conjunto de actividades que contribuem para o bom

funcionamento do departamento.” (Professora Doutora Maria Conceição

Neves)

Para facilitar os processos implícitos aos projectos/estágios foi desenvolvida uma

ferramenta de apoio.

“Aos poucos e poucos tem-se desenvolvido pequenos sistemas. Este

ano, entrou em funcionamento um sistema de apoio aos

projectos/estágios do 3ºano... onde os alunos são inscritos à cabeça,

as empresas podem, de fora, submeter propostas, os alunos

consultam aquilo com a periodicidade que pretendem. Marcam os

projectos em que estão mais interessados e no fim um conjunto de

professores faz um apanhado de tudo. Começam a existir pequenos

sistemas de informação para resolver coisas pontuais, portanto este

tipo de coisas demasiado específicas, dificilmente serão

contempladas pelo novo site do ISEP.” (Professor Doutor António Costa)

Na sociedade cada vez mais se utilizam ferramentas que facilitam a comunicação,

também aqui no ISEP elas tem um contributo importante.

“Estamos também agora, não como regra do departamento, mas

como cultura da informática em geral, a utilização generalizada do

Messenger e ferramentas de Instant Messenger (ICP, etc...) para

conversa e troca de informação.” (Professor Doutor Paulo Gandra de

Sousa)

“O e-mail é uma grande vantagem no ensino pois é complicado o

professor encontrar os alunos pessoalmente, tal como, os alunos

encontrarem os professores pessoalmente. Do mesmo modo, é

importante na medida em que muitos alunos tem receio em

perguntar as duvidas cara-a-cara ao professor, logo o e-mail é mais

personalizado, por exemplo, quando recebo um e-mail praticamente

não identifico o aluno. Há muita gente que tem problemas em falar

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com os professores logo este tipo de tecnologias permite que os

alunos tenham maior aprendizagem.” (Professor Doutor Paulo Gandra de

Sousa)

De acordo com os responsáveis, existe uma constante necessidade de disponibilizar

o maior número de serviços uteis para o dia-a-dia do DEI.

“...A ideia é: quanto mais serviços pudermos disponibilizar, melhor.”

(Professor Doutor António Costa)

“De um modo geral, todo o equipamento é utilizado para finalidades

didáticas. O Sala de Projectos é um laboratório no âmbito dos

estágios e projectos.” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

No entanto, existem ainda alguns aspectos a melhorar:

• Problemas de integração de informação;

• A utilização em cada disciplina das ferramentas mais adequadas.

“Os professores colocam a informação na página pessoal e não na

página da disciplina. O conceito de a informação estar associada à

disciplina não existe muito... visto que muitos dos docentes colocam

informação relativa a cada disciplina na sua página pessoal, visto

que é o docente dessa disciplina em determinado ano. Mas se o

docente no ano seguinte mudar eventualmente o material do ano

anterior não estará disponível. Existe aqui um certo problema de

integração de informação. Ainda se pensou em arranjar uma solução

mas como o novo portal do ISEP estava para surgir sentiu-se que já

não valia a pena.” (Professor Doutor António Costa)

“Podemos discutir se em algumas disciplinas pontuais, tendo em

vista dar uma formação mais alargada, fazia sentido o uso de

determinadas tecnologias ou plataformas... como por exemplo,

ferramentas de trabalho cooperativo visto que muitos dos trabalhos

são elaborados em grupo/equipas...” (Professor Paulo Gandra de Sousa)

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67676767

4.5.2 Política de aplicação das TIC no DEI

De seguida é descrito o modo com os docentes usam as tecnologias e como o

departamento se organiza e planifica o uso das mesmas. Existem um conjuntos de

funcionalidades à disposição e cada docente explora-as de forma que achar mais

adequada.

“O uso das tecnologias tem sido livre, ou seja, cada docente em

função dos seus conhecimentos explora mais ou menos bem as

funcionalidades que temos à disposição o que explica que para cada

disciplina haja páginas web mais ou menos bem feitas com materiais

on-line, com possibilidade de discussão e noutras não existem ou é

uma coisa muito básica. (...) Desde há dois anos que se fala em criar

um portal integrador das actividades dos alunos, dos docentes e da

gestão de departamentos... pelo que todos estão à espera disso e

decidiu-se não se avançar em portais específicos dos departamentos

pois esse site iria cobrir tudo. Pois o novo portal do ISEP iria ser algo

maior e mais abrangente. No entanto, o portal também não vai

resolver tudo...” (Professor Doutor António Costa)

“Os professores tem total liberdade para o uso das TIC que melhor

entenderem no exercício da sua profissão...” (Professora Doutora Maria

Conceição Neves)

“No ensino superior a parte fundamental é sem duvida a

prendizagam. As TIC são até mais importantes no contexto da

aprendizagem do que no ensino.” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

“Os docentes, em princípio, têm todos acesso a um computador

pessoal onde podem organizar o seu trabalho, redigir os seus

documentos, etc... todos os docentes podem disponibilizar uma

página pessoal ou mesmo disciplinar. Onde podem colocar materiais

para os alunos, efectuar questionários... tem sempre a liberdade para

decidirem o que é melhor colocar. Existem ferramentas comuns a

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68686868

todos o departamento, tais como, o fórum e listas de correio... foram

criadas listas de correio para todas as disciplinas apesar disso muitos

professores ainda não sabem que existem ou não utilizam... mas a

ideia é fomentar a discussão entre alunos e professores sem ser

fisicamente porque ainda há aquela ideia que para falar tem de ser

frente-a-frente. Apesar disso existem ainda docentes que muitas

vezes não respondem aos e-mails... mas certamente tenderá a

melhorar.” (Professor Doutor António Costa)

“Em termos de ensino, a tecnologia pode tornar as aulas mais

interessantes, permite aos professores ultrapassar os velhos

acetatos e produzir e usar conteúdos mais animados, que tornam o

ensino mais motivador.” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

“Nós temos um plano de desenvolvimento para o DEI, que é definido

de 3 em 3 anos, que segue o plano geral do ISEP. Anualmente temos

um plano de actividades, nesse plano não existe nada específico ao

uso das TIC. Mas no nosso departamento, felizmente esse uso é já

uma evidência.” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

No entanto, existem também alguns aspectos negativos que resultam de uma

utilização desadequada das TIC. Esses aspectos podem dificultar o processo de

aprendizagem e tem de ser minimizados.

“no caso de disciplinas iniciais, em que se está a ensinar a pessoa a

estruturar o pensamento, a desenvolver uma função em abstracto...

acho que às vezes a presença de computadores na sala de aula (com

acesso a aplicações, internet,...) até é contraproducente.” (Professor

Doutor António Costa)

“...muitas vezes os alunos ainda sabem utilizar bem as ferramentas

informáticas e depois fica naquele impasse de não saber o que fazer

com elas. Por isso, penso que numa fase inicial se deveria voltar ao

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

69696969

sistema antigo de “puxar mais pela cabeça” e esboçar no papel”

(Professor Doutor António Costa)

“ (...) Não é só atirar tecnologia para cima dos problemas que os

resolve...” (Professor Doutor António Costa)

“...muitas vezes, em vez de se atirar a culpa para esse excesso de

tecnologia que às vezes só atrapalha, atira-se para os alunos,

dizendo que não prestam ou para a dos professores, dizendo que são

incompetentes... e não é culpa dos alunos nem dos professores é

excesso de coisas que acabam por distrair.” (Professor Doutor António

Costa)

“...as ferramentas é bom que existam mas tem de ser doseadas,

sobretudo na fase inicial do curso... talvez o departamento tenha de

pensar melhor nisso.” (Professor Doutor António Costa)

Relativamente à utilização de ferramentas de E-learning, existem apenas algumas

disciplinas que as usam e os resultados tem sido positivos. No entanto, para se usar

ferramentas de E-learning é exigido um esforço na estruturação e preparação de

materias, e é aqui que muita gente acaba por desistir de utilizar as referidas

ferramentas.

“O e-learning implica que há actividades à distância (mas não têm de

ser todas) e que são fundamentais para a aprendizagem do aluno.

Não se inclui no e-learning os professores que disponibilizam

conteúdos e e-mail numa página pessoal, pois isso não é

fundamental paro aluno pois podem haver outras fontes de

informação. Para mim, o e-learning começa a partir do momento em

que há uma actividade, que faz parte do processo de aprendizagem ,

e que tem de ser feita nas ferramentas que o docente indica e não

podem ser substituídas.” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

70707070

“No departamento estão a fazer-se experiências em algumas

disciplinas. Os resultados apontam para ser positivos mas também

não terão sido aquela ‘loucura’ que se pensava inicialmente. Para

utilizar o e-learning nas diferentes disciplinas exige um esforço de

estruturação e preparação de materiais que muitas pessoas não

imaginam e quando se apercebem disso acabam por desanimar, se

não houver ajuda ou alguém que faça as partes aborrecidas desse

trabalho acabam por desencorajar. Para já existe pouco... mas é

natural que venha a aumentar.” (Professor Doutor António Costa)

“Diria que cerca de 90% dos professores aderem ao uso das TIC para

suportar os processos normais de ensino aprendizagem

(metotogologias normais/tradicionais e ensino presencial). Cerca de

10% aderem a ferramentas de E-learning, como o WebCT, que é uma

plataforma/ambiente integrado que suporta actividades de e-

learning, nomeadamente: chat, correio eletrónico, fóruns de

discussão, repositório de conteúdos e permite recolha de dados

(testes, questionários,...).” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

A sensibilização dos docentes para o uso das TIC á um processo difícil visto que tem

a ver, com os métodos de ensino de cada docente.

“Os docentes mais jovens (<40) já utilizam de uma forma bastante

razoável... onde se calhar se nota alguma retracção é nos docentes

com idades superiores a 50 anos. Não sei se será possível sensibilizar

apenas com persuasão ou então um sistema tão flexível, simples e

fácil de usar, como por exemplo, o novo portal do ISEP.” (Professor

Doutor António Costa)

A nível da formação dos docentes na área das TIC, no ISEP existem actividades de

formação pedagógica. No DEI, alguma dessa formação tem sido desenvolvida pelo

laboratório .Net.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

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“Aqui no departamento não existe muita formação mas a nível do

ISEP existem actividades de formação pedagógica, para dotar os

docentes de mais instrumentos e capacidades para conseguir

resolver os problemas do ensino e da aprendizagem e também tem

havido alguns cursos de formação em temas do tipo ensino à

distância e utilização de informática a nível geral.” (Professor Doutor

António Costa)

“A nível do Laboratório .Net, no próximo ano vamos tentar manter

algumas actividades como estas já realizadas... por exemplo,

formação periódica (como sucedeu com as sessões de .Net

Apprentice) depois tentamos ir para um desenvolvimento mais

particulares, nomeadamente um evento com uma empresa que irá

mostrar o desenvolvimento de uma aplicação de principio ao fim...

desenvolvimento de classes de negócio, acesso de base de dados,

aplicações via web e via desktop. Vamos tentar desenvolver uma

sessão sobre mobilidade, nomeadamente sobre Pocket PC(....).”

(Professor Doutor Paulo Gandra de Sousa)

Para projectos futuros da aplicação das TIC no DEI podemos considerar:

• O aperfeiçoamento das ferramentas já existentes (forum, etc...);

• Desenvolvimento de novas ferramentas consideradas uteis para o DEI;

• A utilização de ferramentas de trabalho cooperativo;

• Desenvolvimento de um studio para elaborar conteúdos multimédia;

• Melhorar e aperfeiçoar o site actual do departamento.

“No futuro, até poderíamos ter um ‘mini-studio’ para gravação e

edição de vídeos que podiam ser utilizado pelos docentes para

fornecer aos alunos, que por diversas razões, não possam

comparecer nas aulas. Mas com isto não se pretende que seja

fomentado as faltas às aulas.” (Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

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“A nível do departamento aposta-se em experimentar algumas

ferramentas de discussão em grupo tais como o fórum... fórum já

existe há algum tempo neste departamento mas na fase inicial havia

pouca utilização e a linguagem usada às vezes também não era a

mais aconselhada nem mesmo a finalidade estava a ser de acordo

com os objectivos propostos dando uma imagem um pouco

prejurativa desta ferramenta... e fomos confrontados com duas

possibilidades ou fechávamos este tipo de discussão ou era

necessário que os participantes fossem identificáveis perante o

sistema para garantir que certos abusos de liberdade deixassem de

aparecer. Apesar do fórum passar a ser autenticado pelos alunos e

docentes continua a ser muito frequentado, as pessoas moderam-se

um pouco mais e as mensagens negativas acabaram por

desaparecer, o que é muito bom. As pessoas sentem também que o

facto de haver identificação dá mais credibilidade e confiança.

Através da identificação as pessoas não há possibilidade de ninguém

esconder por detrás de uma tecnologia para insultar outras

entidades.” (Professor Doutor António Costa)

“Existirão sempre pequenos sistemas que é necessário desenvolver

para especificidades de cada departamento. Aliás alguns deles já

foram desenvolvidos por alguns alunos nos projectos de

Bacharelato... e no futuro será positivo integrar mais os alunos na

elaboração projectos específicos para o departamento.” (Professor

Doutor António Costa)

“Conto também com alguns alunos para estabelecer um ‘mini-portal’

para o departamento. O objectivo não é replicar informação do site

do ISEP mas sim que permita funcionar como um sistema de troca de

informação entre os alunos do departamento. No fundo, é tornar o

nosso portal mais dinâmico, visto que está um pouco estático.”

(Professor Doutor Carlos Vaz Carvalho)

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

73737373

“No meu entender, as coisas no dia de hoje funcionam numa larga

escala... funcionam no sentido da assemblagem, portanto, acho que

é fundamental começar-mos a encarar isso como uma realidade.

Necessitamos de ferramentas de trabalho cooperativo, até porque a

própria assemblagem em si assim o obriga e o treino de equipas para

novas filosofias de desenvolvimento... coisas como High Screen

Program, ferramentas Software Development que são novas

metodologias de desenvolvimento de software que são mais

adequadas para os dias de hoje em termos de prazos que tem para

desenvolver, em termos de como abordam o processo de

desenvolvimento de software, para garantir que o software

acompanha os requisitos dos clientes. Outra das apostas é treinar as

pessoas para a assemblagem de componentes... criar pequenos

pedaços de código com uma equipa transacional e assemblagem

desses pedaços de código para componentes e WebServices para a

criação de sistemas complexos. Penso que a solução passará por aí e

deverá ser aí que devemos apostar.” (Professor Doutor Paulo Gandra de

Sousa)

4.5.3 Resumo

Relativamente às entrevistas, pode-se concluir:

• a utilização das TIC no DEI é considerada satisfatória;

• existem diversos serviços em prol das diversas entidades existentes no

departamento, bem como, nos diversos processos de gestão do DEI;

• O novo Portal do ISEP tem o objectivo de incorporar o fluxo dos processos do

dia-a-dia dos docentes, alunos e da gestão do ISEP, tudo isto integrado de um

modo homogéneo;

• A utilização das TIC no ensino deve ser correctamente doseada e organizada

para não se tornarem prejudiciais no ensino e na aprendizagem;

• A utilização do e-learning já é realidade mas apenas em poucas disciplinas,

num futuro próximo, esperam-se alguns avanços nessa área;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

74747474

• Relativamente à formação de docentes e alunos em diversas TIC, o

laboratório .Net tem dado um contributo muito importante nesta área;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

75757575

55 CCoonncclluussããoo

Este trabalho permitiu ter uma visão geral sobre a implementação e utilização das

Tecnologias de Informação e Comunicação no Departamento de Engenharia

Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto. Foi possível fazer o

levantamento das TIC que eram utilizadas nos processos do dia-a-dia e que eram

aplicadas no ensino. Permitiu analisar os recursos que estão disponíveis tanto para

docentes como para alunos ou mesmo funcionários. Por outro lado, também foi

possível ter conhecimento sobre os futuros projectos na área das TIC para o DEI.

Quanto à utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação num

departamento de Informática de uma IES, conclui-se que existem aspectos

importantes que convém salientar:

• Reforçar a participação activa em processos de aprendizagem através de

cooperatividade, virtualidade na comunicação e suporte multimédia;

• Formação de professores e gestores do sistema educacional pela necessidade

que eles se sintam confortáveis antes de serem motivados a utilizarem TIC no

ensino;

• Explorar o potencial de projectos educacionais de cooperação reforçando a

fertilização cruzada entre vários países e diferentes tipos de entidades. Nesta

situação, o uso de tecnologia servirá ainda para suportar um diálogo multi-

cultural e multi-linguístico;

• Desenvolver sistemas de apoio multinível para utilizadores: alunos (presentes,

passados e futuros), professores, gestores e outro pessoal. A possibilidade de

interconexão de dados permitirá sinergias entre instituições;

• Reforçar a acreditação e reconhecimento de Ensino à Distância pela garantia

de qualidade dos sistemas educacionais;

• Transferir experiência e boas práticas permitindo que outros parceiros tenham

acesso a casos práticos desenvolvidos anteriormente, com sucesso (ou sem

ele, uma vez que será sempre interessante analisar casos de insucesso).

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

76767676

Outro dos aspectos importantes neste trabalho foi a elaboração de uma metodologia

que foi seguida ao longo do estudo com vista a atingir os objectivos propostos (ver

capítulo 3).

Os resultados obtidos permitiram ainda mostr que os docentes do DEI utilizam

bastante as tecnologias consideradas mais habituais, tal como o computador, a

internet e CD-ROM/Multimédia para motivos profissionais. A quando do leccionar as

aulas os professores acrescentam às tecnologias já referidas o uso do DataShow

(projector de vídeo). Estas tecnologias são usadas, preferencialmente para:

• a preparação das aulas e durante as aulas para apresentação da matéria,

• o computador para implementação de programas e resolução de exercicios e

• a Internet e CD-ROM para disponibilizar informação ou actividades de

pesquisa;

O facto de às vezes os professores não utilizarem algumas tecnologias deve-se ao

facto de não elas estarem disponíveis e/ou de não acharem essa utilização útil para

os alunos.

Os professores acham que de uma maneira geral o uso das TIC, nas actividades do

dia-a-dia do departamento se situa entre o ‘suficiente’ e o ‘bom’. Reflectem também

que sobre os pontos positivos dessa utilização, que são:

• Acesso dos alunos aos equipamentos;

• Diversas ferramentas e aplicações Software;

• Actividades de gestão do departamento mais fléxivel;

• Uso generalizado da Internet para disponibilizar conteúdos.

Quanto aos aspectos a melhorar:

• Equipar salas com equipamento audiovisual e multimédia;

• Qualidade dos meios existentes;

• Melhorar performance de redes e equipamentos.

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

77777777

Surge agora aqui algo de contraditório, na medida em que grande parte dos

docentes acha o uso das TIC no ensino uma mais valia, no entanto, como se

analisou anteriormente, uma grande maioria não está disponível para ter formação.

Uma das possiveis razões para este facto poderá ser:

• os docentes deste departamento possuirem já uma boa formação a nível

das TIC, pois é um departamento de informática;

• existirem docentes ocupados com trabalhos de mestrados e

doutoramentos;

• outros docentes com indisponibilidade devido a acumulação de serviços

extra departamento.

Relativamente às entrevistas, pode-se concluir:

• De um modo geral a utilização das TIC no DEI é considerada satisfatória;

• São disponibilizados diversos serviços em prol das diversas entidades

existentes no departamento, bem como, nos diversos processos de gestão do

DEI;

• O novo Portal do ISEP tem o objectivo de incorporar o fluxo dos processos do

dia-a-dia dos docentes, alunos e da gestão do ISEP, tudo isto integrado de um

modo homogéneo;

• A utilização das TIC no ensino deve ser correctamente doseada e organizada

para não se tornarem prejudiciais no ensino e na aprendizagem;

• A utilização do e-learning já é realidade mas apenas em poucas disciplinas,

num futuro próximo, esperam-se alguns avanços nessa área;

• Relativamente à formação de docentes e alunos em diversas TIC, o

laboratório .Net tem dado um contributo muito importante nesta área;

• No futuro, espera-se que a utilização de ferramentas de trabalho cooperativo

permitam trabalhar em grupo/equipa de um modo mais consistente e efectivo.

Podemos considerar que, relativamente ao uso das TIC o DEI está no bom caminho

pois está envolvido em projectos (que já foram referidos anteriormente) estruturados

para o presente e para o futuro. Em relação aos recursos existentes tem existido

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

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uma evolução constante na aquisição e actualização de equipamentos. Um aspecto

que também é importante salientar e que poderá levantar algumas reflexões, é o

facto de existir uma falta de motivação dos docentes para obterem formação em

TIC.

5.1.1 Desenvolvimentos futuros

Seria interessante aplicar esta metodologia descritia neste trabalho em outros

Departamentos de Informática de outras IES com o objectivo de comparar os

resultados. Isso permitiria verificar se os resultados obtidos foram específicos deste

Departamento de Informática ou se existe algum perfil dos Departamentos de

Informática nas IES.

Este estudo pode ser interessante para a Comissão Directiva do DEI e para o

Conselho Directivo do ISEP. Na medida que faz um levantamento do estado de arte

da utilização das TIC no DEI o que pode contribuir para averiguar as necessidades e

redefinir prioridades relativamente a futuros investimentos na área das TIC para o

DEI.

5.1.2 Considerações pessoais

Tendo atingido os objectivos deste trabalho, fundamentalmente aprendi:

• A importância que as TIC têm na sociedade;

• As mais valias do uso das TIC no ensino;

• Consciência de uma boa utilização das TIC no processo de ensino e

aprendizagem;

• Conhecer o estado de arte das TIC no DEI;

• Saber os aspectos positivos e aspectos a melhorar, relativos à implementação

e utilização das TIC no DEI;

• Consciência efectiva da utilização das TIC por parte dos docentes do DEI

Algumas limitações que encontrei:

• Dificuldade em manter alguns contactos com possíveis pessoas a entrevistar;

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As Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior

79797979

• A quando o ínicio deste projecto, houve dificuldades em seleccionar o caminho

certo a seguir, no entanto, essa dificuldade foi dissipada com o tempo;

• Algumas ambiguidades nas respostas dos docentes que participaram nas

entrevistas;

• Alguns resultados e conclusões a que se chegaram podem ser influênciados

por a este departamento ser da área de informática, portanto, à partida, está

mais familiarizado com as TIC. Logo não é conveniente extrapolar estas

conclusões obtidas para outros departamentos do ISEP.

Relativamente ao impacto que as TIC têm na sociedade, ele é de uma grande

importância na medida em que quase todas as empresas ou instituições estão muito

dependentes das Tecnologias de Informação e Comunicação para uma forte

produtividade, maior qualidade e melhor organização. Do mesmo modo também

num contexto pessoal podemos encontrar no dia-a-dia uma utilização efectiva de

diversas TIC.

Penso que este trabalho poderia ser o ínicio de uma futura tese de mestrado na área

das TIC.

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consultado em 11/07/2004

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consultado em 11/07/2004

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ANEXO A

Em seguida é apresentada a carta que acompanhava os inquéritos que foram

enviados aos docentes. Esta carta teve o objectivo de informar os docentes do o

objectivo e do contexto em que se inseria este inquérito.

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Porto, 7 de Junho de 2004

Inquérito sobre as

Tecnologias de Informação e Comunicação

Ex.mo(a) Sr(a). Professor(a)

Este inquérito pretende efectuar um levantamento das Tecnologias de Informação e Comunicação

utilizadas nos processos de Ensino/aprendizagem do Departamento de Engenharia Informática e

recolher possíveis sugestões para o futuro. Este estudo, integrado na disciplina de Projecto do 5º ano,

terá como filosofia principal e essencial a melhoria da qualidade de ensino como, aliás, é apanágio do

Departamento de Engenharia Informática.

Assim venho, pela presente, solicitar a vossa melhor compreensão e colaboração no preenchimento

do presente inquérito.

Grato pela vossa atenção.

Subscrevo-me com a mais elevada consideração,

_______________________________

(Pedro José Monteiro Morgado)

Contactos:

Telemóvel: 961646559

E-mail: [email protected]

Nota: - Agradecia que deixassem as respostas ao inquérito no gabinete da D. Julieta.

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87878787

Seguidamente é apresentado o inquérito sobre as TIC que enviei os docentes.

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IInnqquuéérriittoo aannóónniimmoo ssoobbrree aass TTeeccnnoollooggiiaass ddee IInnffoorrmmaaççããoo ee CCoommuunniiccaaççããoo

Departamento de Engenharia Informática [A efectuar aos docentes do DEI]

Pergunta 1: [Utilização das TIC a nível pessoal] a) Já utilizou para qualquer fim algum dos seguintes meios tecnológicos:

Computador Telemóvel TV digital Interactiva Câmara de vídeo digital

b) A finalidade dessa utilização foi (ordenar as opções por grau de utilização: 1 - mais frequente):

Entretenimento Pessoal Apenas por curiosidade

Pergunta 2: [Utilização das TIC no Ensino] a) Enquanto docente, já utilizou no ensino alguns dos seguintes meios tecnológicos:

Computador DataShow Telemóvel TV digital Interactiva Câmara de vídeo digital

b) Se respondeu sim, descreva sucintamente como e quando e os resultados obtidos: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Se normalmente não/nunca usa alguma(s) da(s) tecnologias acima é porque: (se quiser pode assinalar mais do que uma resposta)

não gosta de a(s) usar não sabe usar é cara a compra e/ou manutenção Tem uma deficiência (que lhe impede de a(s) usar)

Máquina fotográfica digitalInternet CD-ROM/Multimédia Outro:_______________

Máquina fotográfica digital

Internet

CD-ROM/Multimédia

Outro:_______________

não lhe é útil para si

não acha útil para os alunos

ainda não conhece bem

não estão disponíveis

Outra razão:_______________

Profissional

Outro:_______________

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89898989

Pergunta 3: [Avaliação das TIC no DEI] a) De um modo geral como avalia a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação no ensino no DEI:

Mau Insuficiente Suficiente Bom Muito bom

b) Por favor, relativamente à utilização das TIC no DEI, indique: Aspectos positivos Aspectos a melhorar

Pergunta 4: [Formação em TIC] a) Gostaria de receber formação sobre uma determinada tecnologia para ser aplicada no ensino?

Sim Não

b) Se sim, em quais tecnologias: ________________________________________________________________ Pergunta 5: [Vantagens do uso das TIC no Ensino] a) Enquanto docente, acha que utilizar as tecnologias de informação e comunicação no ensino é uma mais valia para os alunos:

Sim Não

b) Por favor, relativamente ao uso das TIC no ensino, indique: Vantagens Desvantagens

Pergunta 6: [Algumas sugestões] Está interessado em propor alguma iniciativa/sugestão nesta área: Descreva sucintamente: __________________________________________________________________________________________________________________________________________ Observações e considerações finais: ________________________________________________________________

Obrigado.

Desculpe o incómodo.

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90909090

ANEXO B

Em seguida é apresentada uma carta que foi enviada por e-mail aos docentes com a

finalidade de os convidar para uma entrevista.

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91919191

Entrevista aos responsáveis do DEI

sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação

Eu,

Pedro José Monteiro Morgado, aluno do 5º ano do curso de Engenharia Informática

no Instituto Superior de Engenharia do Porto venho por este meio solicitar uma

entrevista. Agradecia a vossa compreensão e colaboração nesta entrevista pois está

inserida na disciplina de Projecto do 5º ano. Com esta entrevista pretendo aferir

acerca dos seguintes pontos:

• Estado actual do ensino relativamente à utilização das Tecnologias de

Informação e Comunicação no Departamento de Engenharia Informática do

ISEP;

• Constatar acerca da existência de políticas conjuntas de planificação para o

uso das TIC no DEI e também no ISEP.

• Estado actual dos recursos informáticos existentes, bem como, novos

projectos de aquisição desses referidos recursos;

• Analisar o modo como os responsáveis do DEI vêem nas TIC uma ponte de

apoio ou até mesmo uma mais valia para o ensino neste departamento.

• Analisar novos projectos ou propostas que estejam passíveis de ser

executadas num futuro próximo relativamente ao uso das TIC nas actividades

lectivas deste departamento.

Grato pela vossa atenção.

Pedro José Monteiro Morgado

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92929292

Seguidamente é apresentado um guião que foi utilizado nas entrevistas semi-

estruturadas efectuadas a alguns docentes:

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93939393

EEnnttrreevviissttaa ssoobbrree aass TTIICC Departamento de Engenharia Informática

A efectuar ao responsáveis pelo DEI Pergunta 1: [Tema: Estado actual da utilização das TIC no ensino] Relativamente ao Departamento de Engenharia Informática como são aplicadas as TIC no ensino? Qual a sua apreciação global relativamente ao uso das TIC neste departamento? [aferir acerca os aspectos positivos e negativos ou a melhorar] Resposta: Pergunta 2: [Tema: Aplicação das TIC no ensino] 2a. Acha que a utilização das TIC são uma mais valia no ensino? E Porquê? [analisar o binómio: Qualidade de Ensino/Aprendizagem] Resposta: 2b. Neste departamento as TIC têm sido uma mais valia no ensino? Se sim, de que modo? Se não, quais os motivos de tal facto? Resposta: Pergunta 3: [Tema: Modo de aplicação das TIC no ensino] Qual o estado actual da utilização das TIC por parte do corpo docente? Que recursos informáticos são utilizados? E já agora… que recursos existem? Formação dos docentes? Resposta: Pergunta 4: [Tema: Política de aplicação das TIC] Relativamente à aplicação das TIC no DEI... os docentes seguem um plano pedagógico e global (definido pelo DEI) ou apenas se limitam a meras e esporádicas iniciativas individuais? Existe alguma planificação a nível do departamento? E a nível do ISEP? Resposta: Pergunta 5: [Tema: Projectos futuros na aplicação das TIC no DEI] Quais os projectos previstos para o DEI, relativos à aplicação das TIC no ensino? Quais os recursos necessários para essa implementação? E a nível do ISEP, existem também projectos futuros nesta área? Resposta: Pergunta 6: [Tema: Sensibilização dos docentes para a aplicação das TIC] De que modo se poderia sensibilizar ou motivar os docentes para o uso das TIC nas disciplinas que leccionam? Resposta:

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94949494

Pergunta 7: [Tema: Sugestões futuras] Relativamente à aplicação das TIC no ensino seria capaz de fazer algumas sugestões para o futuro? Ou mesmo sugerir alguns planos (linhas de orientação) para o DEI? Resposta:

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95959595

ANEXO C

Lista de Computadores existentes nas salas no DEI:

PC Sala Processador Memória Disco Placa de

Rede Placa de Video Marca

Data de aquisição

labdotnet01 B310 Pentium IV 2,4 512 40G

labdotnet02 B310 Pentium IV 2,4 512 40G

labdotnet03 B310 Pentium IV 2,4 512 40G

labdotnet04 B310 Pentium IV 2,4 512 40G

labdotnet05 B310 Pentium IV 2,4 512 40G

labdotnet06 B310 Pentium IV 2,4 512 40G

pci001 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci002 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci003 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci004 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci005 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci006 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci007 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci008 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci009 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci010 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci011 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

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96969696

pci012 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Via Rhine Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci013 I305 Pentium 3 - 667 256 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci014 B305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci015 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci016 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci017 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci018 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci019 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci020 I305 Pentium 3 - 667 256 10 - Maxtor

91021U2 Accton

EN1207D Intel (R)10/810e/815

Chipset Siemens

pci028 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Fujitsu

MPG3204ATE Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci029 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320410A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci030 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Maxtor

2B020H1 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci031 B309 Pentium 3 - 933 256 40 - Seagate

ST3408104 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci032 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320413A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci033 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Fujitsu

MPG3204ATE Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci034 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320410A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci035 B309 Pentium 3 - 933 256 20 -

IC35L020AVER07 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci036 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320041A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci037 B309 Pentium 3 - 933 256 20 - Maxtor

2B020H1 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

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97979797

pci038 B309 Pentium 3 - 933 256 20 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci039 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320410A Realtek

RTL8139 RADEON 7000 Suprides

pci040 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Fujitsu

MPG3204AHE Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci041 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320413A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci042 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320041A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci043 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320410A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci044 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320041A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci045 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Maxtor

2B020H1 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci046 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Seagate

ST320413A Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci047 B311 Pentium 3 - 933 256 20 - Maxtor

2F020J0 Realtek

RTL8139 RADEON VE SDR Suprides

pci048 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci049 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci050 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci051 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci052 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci053 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci054 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci055 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci056 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

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98989898

pci057 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci058 B404 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci059 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci060 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci061 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci062 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci063 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci064 B406 Pentium 4 1G 64 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci065 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci066 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci067 B406 Pentium 4 1G 256 20 - Maxtor

2B020H1 Intel Pro 100 GeForce2 MX 100 Standard 3/2002

pci068 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci069 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci070 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci071 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci072 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci073 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci074 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci075 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

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99999999

pci076 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci077 B306 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci078 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci079 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci080 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci081 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci082 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci083 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci084 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci085 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci086 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci087 B408 Pentium IV 512 40 - Seagate

ST3403810 Intel Pro 100 GeForce2 MX 420 standard 9/2002

pci090 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci091 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci092 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci093 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci094 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci095 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci096 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci097 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci098 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci099 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci100 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

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100100100100

pci101 B403 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci102 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci103 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci104 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci105 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci106 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci107 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci108 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci109 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci110 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci111 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci112 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci113 B407 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci114 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci115 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci116 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci117 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci118 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci119 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci120 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci121 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci122 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci123 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci124 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci125 B409 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci126 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci127 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci128 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci129 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci130 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

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101101101101

pci131 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci132 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci133 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci134 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci135 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci136 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci137 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci138 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci139 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci140 B402 Pentium IV 3.06 1G 80G intel pro 1000 DELL 2004

pci1a1 BOX Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1a2 B304 Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1a4 BOX Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1a5 BOX Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1a6 BOX Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1a7 BOX Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1a8 BOX Pentium - MMX 200 64 1.96 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2

pci1b2 BOX Pentium - MMX 64 4.01 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci1b3 BOX Pentium - MMX 64 4.01 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci1b5 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci1b6 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci1b8 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci2a1 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE- SIS 5597/ 5598 Parsec

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102102102102

530TX PCI

pci2a2 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci2a5 BOX Pentium - MMX 200 64 2.67 D-Link DFE -

500TX S3 trio 64v2 Parsec

pci2a6 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci3a6 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pci3a8 BOX Pentium - MMX 64 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

pcibib B315 Dell Opiplex GX

110 64 2.92 DELL

pcicd01 B312 Dell Opiplex GX

110 64 2.92 DELL

snoopy BOX Pentium - MMX 96 3.16 D-Link DFE-

530TX PCI SIS 5597/ 5598 Parsec

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103103103103

ANEXO C

Lista de Software disponibilizado aos alunos pela empresa Microsoft:

Categoria Código Software Nº de CDs

Nº copia

Applications 55 Visio Professional 2002 Service Release 1 (SR-1) 1 0

56 Visio Professional 2002 1 1

57 Microsoft Project Professional 2002 - Data Analyzer 1 1

59 Microsoft Project Professional 2002 - Volume License

Version 1 1

60 Microsoft Data Analyzer 1 0

147 Microsoft Office OneNote™ 2003, Microsoft Office

Visio® Professional 2003 1 1

148 Microsoft Office Project Professional 2003, Microsoft

Office Project Server 2003 1 1

149 Microsoft Office Access 2003, Microsoft Office

InfoPath™ 2003 1 1

172 Microsoft Office Visio® Professional 2003 Multilingual

User Interface Pack 4 0

173 MS Visio Professional 2003 User Interface Pack 4 0

202 Microsoft Office Project Professional 2003 Multilingual

User Interface 4 0

223 Microsoft Data Analyzer, Microsoft Office Access 2003,

Microsoft Office InfoPath™ 2003 1 0

DDK 38 Microsoft .NET Framework SDK 1 1

Developer

Tools 91 Visual Studio 6.0 Professional Edition 2 2

92 Visual Studio 6.0 Service Pack 5, Macro Assembler

6.11,Visual C++ 1.2 1 0

93 MSDE for Visual Studio 6.0 1

94 Visual Studio .NET Professional Version 4

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104104104104

95 Microsoft .NET Academic Resource Kit 1 0

96 Visual Studio .NET Academic Faculty Tool 1 0

97 Visual Studio .NET Academic Student Tool 1 0

98 Visual j# .NET, Smart Device Extension for Visual

Studio .Net Beta 1 1 0

99 Visual j# .NET Smart Device Extension for Visual

Studio .Net Beta 1, Visual J# Beta 2 1 0

100 Smart Device Extensions for Visual Studio .Net Beta 1,

J# .Net Beta 2 1 0

101 Visual J++ 6.0 1 1

102 Visual FoxPro 7.0 1 0

103 Microsoft Embedded Visual C++ 4.0 1 0

104 Microsoft eMbedded Visual Tools 3.0 2 0

105 Microsoft Embedded Visual C++ 4.0, Embedded Visual

C++ 4.0 Service Pack 1 1 0

106 Windows Componente Update for Visual Studio .Net,

Visual FoxPro 7.0 Service Pack 1 1 0

107 Windows 2000 Developer Readiness kit, MSDE for

Visual Studio 6.0 Developer 1 0

108 Windows CE .NET 4.1 6 0

138 Microsoft Electronic Learning Library Visual Studio

.Net Collection, General Programming Collection 1 0

133 Windows CE .Net 4.2 6 0

134 Microsoft eMbedded Visual C++® 4.0 with Service Pack

2, eMbedded Visual Tools 3.0 - 2002 Edition, eMbe 1 0

112 Visual Fox Pro 8.0 1 0

122 Visual Studio .NET 2003 Professional 2 2

123 Visual Studio .NET 2003 Prerequisites 1 2

124 Visual Studio .NET Academic Student Tools 2003 1 1

125 Visual Studio .NET Academic Teach Tools 2003 1 0

126 MSDN Library Visual Studio .NET 2003 3 0

127 Visual SourceSafe 6.0d 1 0

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105105105105

217 Microsoft eMbedded Visual C++ 4.0 with Service Pack

2, eMbedded Visual Tools 3.0 - 2002 Edition 1 0

236 Microsoft Academic Resource Kit for .NET Technology

CD #2 Technology Resources 1 0

234 Visual Studio® .NET 2002 Professional 4 0

235 Windows® CE .NET 6 0

196 Microsoft Acdemic Resourse Kit for .Net technology 2 0

195 Microsoft eLearning Library, Developer Edition for

MSDN Academic Alliance 1 0

157 Visual Studio® .NET 2003 Prerequisites, Microsoft

Visual Studio® Tools for the Microsoft Office System 1 0

Index 152 November 2003 1

174 January / 04 1 0

160 Dezembro 2003 1

240 July/04 1 0

220 April /04 1 0

200 February 2004 1 0

214 March /04 1 0

131 Index Junho 2003 1

132 August/03 1

142 October 2003 1

109 Index/Abril 2003 1

47 February/03 1

48 January/03 1

49 December/02 1

50 November/02 1

51 October/02 1

52 September/02 1

53 August/02 1

54 July/02 1

Library 116 MSDN® Subscriptions Library, April 2003 Edition 3 0

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106106106106

61 MSDN® Subscriptions Library, January 2003 Edition 3 1

62 MSDN® Subscriptions Library, October 2002Edition 3 0

63 MSDN® Subscriptions Library, July 2002 Edition 3 0

64 MSDN® Subscriptions Library, October 2001 Edition 3 0

215 MSDN® Subscriptions Library, April 2004 Edition 3 1

141 MSDN® Subscriptions Library, October 2003 Edition 3 2

239 MSDN® Subscriptions Library, July 2004 Edition 3 0

222 MSDN® Subscriptions Library, July 2003 Edition 3 0

165 MSDN® Subscriptions Library, January 2004 Edition 3 0

Platforms 204 Windows XP Home Edition (download) 1 1

205 Windows XP 64 bits (download) 1 1

206 Windows XP (Português) 1 1

197 Microsoft Virtual PC 2004 1 0

158 WXP Tablet Edition/WXP MC Edition 2004 1

144 MS Internet Explorer 6.0 SP1 1

210 Windows® 2000 Server Resource Kit, Windows®

Services for UNIX 3.5 1 0

1

Windows® 2000 Professional, Windows® 2000 Server,

Windows® 2000 Advanced Server, Windows® 2000

Security Rollup Package 1 1 1

2 W2000 1

3 W2000 Service Pack 3 1 1

4

Windows® 2000 Professional Checked/Debug Build, Windows® 2000 Professional Checked/Debug Build

SP2 1 0

5 W2000 Customer Support Diagnostics Tools 1

6 Windows® 2000 Server Resource Kit, Windows®

Services for UNIX 2.0 1 0

7 System Stress for WNT/W2000 1

8 W2000 MultiLanguage (só cd2 e cd3) 2 0

9 Microsoft Internet Explorer 6.0 1 0

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107107107107

10 Microsoft Internet Explorer 5.5 1

11 Microsoft Internet Explorer Versions 1

12 Microsoft Internet Information Server Resourse Kit 1 0

13 Windows® Millennuim Edition 1 1

14 W98 1 1

15 Microsoft Plus! 98, Windows 98 Resource Kit 1 0

16 Windows® Logo Hardware Compatibility Test Kit for

Windows® 1 0

17 Windows Customer Support Diagnostics 1 0

18 W.NET Standard Server 1 1

19 W.NET Customer Support Diagnostics 1

20 W.NET Enterprise Server Beta - Debug/Che 1

21 W.NET Enterprise Server Beta - Build 1

22 W.NET Server Release - MultiLingual 1

23 W.NET Server Release - Candidate 1 1

24 W.NET Enterprise Server Release Candidat 1

25 W.NET Web Server Beta 3 - Build 1

26 W.NET Standard Server Beta 1

27 Whardware Compatibility Test Kit V11.0 1

28 Whardware Compatibility Test Kit V11.0 B 1

29 Wlogo Hardware Compability Test Kit for 1

30 Windows® XP Professional Volume License Version 1 0

31 WXP Tablet PC Edition 1

32 WXP Professional 1 1

33 WXP Service Pack 1 1

34 Windows® XP Professional Checked/Debug Build 1 0

35 WXP Embedded 1

36 WXP Multilingual User Interface 5

37 WXP Tablet PC Edition 2 0

117 W Customer Support Diagnostics 1

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108108108108

118 W Syatem Resource Manager 1

119 W Logo HW Compatibility 1

113 W Server 2003 Stand./ Enterp. Edition 1 1

114 W Server 2003 Enterp. Ed Checked/Debug 1

115 W Server 2003 Web Edition 1 1

139 Windows 2000 Server pack 4 1 1

140 Windows XP Service Pack1a 1

111 Windows XP Servicec Pack 1a 1 1

135 Windows XP Professional + SP1 1

SDK 130

Microsoft .NET Framework 1.1 SDK, Pocket PC 2002

SDK, Windows SDK for Smartphone 2002, Web

Services En 1 0

143 Multilingual User Interface & Recognizer Pack (MUIRP)

for Windows® XP Tablet PC Edition 1 0

120 Windows XP Driver Development Kit, Windows Server

2003 Driver Development Kit 1 0

121 Microsoft Platform SDK Feb 2003 1

39

Windows 98 DDK, Windows 2000 Driver Development

Kit - October 2000 Edition, Windows XP Service Pack 1

1 0

40 Microsoft Platform SDK - August 2002 Edition, Tablet

PC Platform SDK Version 1.0 1 0

41 W.NET Release 1

42 Microsoft Glossaries, SDKs and Tools 1 0

43 DirectX 8.1 SDK 1

44 Visual Basic for Applications 1

45 Microsoft Speech SDK 5.0 1

46 Microsoft SDKs and Tools 1 0

216

Microsoft .NET Framework 1.1 SDK, Software Development Kit for Windows Mobile 2003-based

Smartphones, 1 0

201 Microsoft Business Solutions Small Business Manager 1 0

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109109109109

7.5 SDK, Microsoft Business Solutions Great Plains

224

Microsoft .NET Framework SDK, Pocket PC 2002 SDK,

Windows SDK for Smartphone 2002 (English),

Microsoft 1 0

225 DirectX 9.0 Software Development Kit, Microsoft

Mobile Internet Toolkit 1.0 1 0

226 SQL Server 2000 Web Services Toolkit, Web Services

Enhancements v1.0 for Microsoft .NET (English), SQL 1 0

227 Microsoft Platform SDK - February 2003 Edition 1 0

228 Microsoft Glossaries, Microsoft Interix 2.2, Microsoft

MapPoint SDK, Microsoft Soap Tool Kit 2.0, Micr 1 0

230 Microsoft Glossaries, Microsoft Interix 2.2, Microsoft

MapPoint SDK, Microsoft Soap Tool Kit 2.0, Micr 1 0

231 DirectX® 9.0 SDK Update - (Summer 2003), Microsoft

Enterprise Instrumentation Framework, Microsoft Mob 1 0

232 Microsoft Interix 2.2, Microsoft MapPoint SDK,

Microsoft Soap Tool Kit 2.0, Microsoft Visio SDK 1 0

237 Visual Basic® for Applications Software Development

Kit Version 6.4 1 0

241 Microsoft Business Solutions Small Business Manager

7.5 SDK, Microsoft Business Solutions Great Plains 1 0

229 Microsoft Glossaries, Microsoft Interix 2.2, Microsoft

MapPoint SDK, Microsoft Soap Tool Kit 2.0, Micr 1 0

159 DirectX 9.0 SDK Update - (Summer 2003), Microsoft

Mobile Internet Toolkit 1.0 1 0

153 Ms Interix, Mappoint SDK, Soap toolkit 1

207 Interix 2.2, MapPoint SDK, Soap Tool Kit 2.0, Visio

SDK 1 0

208

Microsoft Speech SDK 5.0, Windows® CE DirectX® Platform Adaptation Kit 1.1, SharePoint Team Services

1 0

209 DirectX 9.0 SDK Update, Enterprise Instrumentation

Framework, Mobile Internet 1.0 1 0

166 Windows SharePoint Services 2.0 1 0

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110110110110

Server 199 Ms Content Management Server 2002 +SP1a 1 0

154 MS office SharePoint Portal Server 2003 1

155 SQL Server for Windows CE2.0 1

156 MS Commer Server 2002 SP2 1

145 MS Commrece Serve 1

146 MS Exchange Server 2003 1

162 MS Systems Management Server 2003 1 0

163 Windows Small Business Server 2003 3 0

164 MS Office Outlook Standard 2003 1 0

238

SQL Server™ 2000 Service Pack 3a (English), SQL

Server™ 2000 Reporting Services Developer Edition,

SQL 1 0

221 Microsoft Content Management Server 2002 Developer

Edition, Content Management Server 2002 SP 1 0

218 SQL Server 2000 Service Pack 3a , SQL Server 2000

Reporting Services Developer Edition 1 0

219 MS Systems Management Server 2003 , MS Systems

Management Server 2003 1 0

211 Microsoft Internet Security and Acceleration Server

2000 Enterprise Edition 1 0

212 Windows Small Business Server 2003 - Disc 3 1 0

213 Microsoft Internet Security and Acceleration Server

2004, Standard Edition Beta 2 ( 1 0

110 SQL Server Service Pack 3 1 1

128 SharePoint Portal Server 2001 1

129 Microsoft Commerce Server 2002 Dev. Edit 1

150 SQL Server 2000 Service Pack 3a 1 1

151 MS Indentity Integration/ Office Live Co 1

136 MS Systems Management Server 2003 beta 1

137 BizTalk Server 2004 Beta 1

65 SQL Server 2000 Enterprise/Developer Edi 1 1

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111111111111

66 SQL Server 2000 Service Pack 2 1

67 SQL Server 7.0 Service Pack 4 1

68 SQL Server for Windows CE 1 0

69 SharePoint Portal Server 2001 1 0

70 SharePoint Portal Server 2001 Service Pa 1

71 Microsoft Exchange Server 2000, Enterprise Edition,

Microsoft Exchange 2000 Conference Server 1 1

72 Microsoft Exchange Server 2000 Service P 1

73 Microsoft Exchange Server 2000 Service P 1 1

74 Microsoft Application Center 2000 - Developer Edition 1 0

75 Microsoft Operations Manager 2000 1

76 Microsoft Commerce Server 2002 Service P 1

77

Microsoft Commerce Server 2000 Resource Kit, Exchange 2000 Server Resource kit, SQL Server 2000

Resour 1 0

78 Microsoft Commerce Server 2002 Developer 1

79 Microsoft Systems Management Server 2.0 Service

Pack 3 1 0

80 Microsoft Systems Management Server 2.0 1

81 Microsoft Systems Management Server 2003 1

82 Systems Management Server 2.0 With Servi 1

83 Systems Management Server 2.0 With Servi 1

84 Microsoft Content Management Server 2002 1

85 Microsoft Content Management Server 2001 1

86 Microsoft Content Management Server 2001 1

87 Microsoft Systems Management Server 2.0 1

88 Microsoft Systems Management Server 2.0 1

89 Microsoft SNA Server 4.0 Service Pack 4 1 0

90 Microsoft Internet Security and Acceleration Server

2000, Emterprise Edition 1 0

Software 185 A linguagem C# 1 0

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112112112112

Adicional

187 Access 2003 Developer Extensions 1 0

189 Visual Basic .net Standard 1 0

191 MSDN Library 3 0

193 Windows 2000 SP4 1 0

161 Futebol 1 0

186 Microsoft Windows Security Update CD 1 0

188 Microsoft Sql Server 2000 Developer Edition 1 0

190 Visual Studio .net - Prerequisitos 1 0

192 SQL Server 2000 SP3a 1 0

194 Visual Studio tools form Microsoft Office System 1 0