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TECNOLOGIASDAINFORMAÇÃOE

DACOMUNICAÇÃOEOENSINODELÍNGUAS

WagnerBarrosTeixeira

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T266tTeixeira,WagnerBarros

TecnologiasdainformaçãoedacomunicaçãoeoensinodeLínguas/Wagner

BarrosTeixeira.–Manaus:EDUA,2017.

53p.;xxcm

ISBN978-85-7401-xxx-x

1.Línguaestrangeira.2.Línguas–Aprendizagem.3.EnsinodeLínguaseTIC.I.

Título.

CDU81’243

FichaCatalográficaelaboradaporSuelyO.Moraes-CRB11/365

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempre acreditarem em mim. Em especial, a meus pais, pelo amparo, pelocarinho e por todo o apoio dedicados a nós. Ao estimado Professor PauloCesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso de Especialização emEducação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica CelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientação durante a caminhada que originou este livro.Ao querido amigo,Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta e pelo prefácio destetrabalho.

Aos colegas professores que, com muito carinho, boa-vontade eesmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas que originaram estetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramade Pós-Graduação em Letras, de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoedesuaEditora,tornoupossívelapublicaçãodestaobra.

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PREFÁCIO

Soboprocessodeensino-aprendizagemdeumalínguaeoolharinvestigativoem relação às Tecnologias de Informação e daComunicação (TIC) nasce olivroTecnologiasdaInformaçãoedaComunicaçãoeoensinodeLínguas,deWagnerBarrosTeixeira.Sejaemtommaishistórico,aoabordaroensinodelíngua estrangeira no contexto brasileiro, seja como equilibrado sopro noprocesso de aquisição de línguas, mais do que relatos experienciados, estetrabalhoverte-seemdesdobráveiserenováveisdiscussõessobreasTIC.

Em seu livro Tecnologias da Informação e da Comunicação e o ensino deLínguas,apartirdeumamploeprofícuotrabalhodepesquisa,empreendidonocursodeEspecializaçãoemEducaçãoTecnológica,peloCentroFederaldeEducaçãoTecnológica-CEFETCelsoSuckowdaFonseca,oautorfixaideiasqueexpandemeiluminamousodasTICnoprocessodeensino-aprendizagemdeumalíngua.Aprimeirapartedaobraproblematizaaquestãodapresençadalíngua estrangeira no ensino brasileiro, bem como carreia e fomenta onascimento do uso das tecnologias como ferramenta de ensino. Segundo oautor, elas “[...] passaram a figurar um programa de formação universitário[...] em1946,pormeiodoscursosdeEducaçãoAudiovisualoferecidospelauniversidadenorte-americanadeIndiana.”.

No capítulo 4, ao apresentar um relato de experiência exitoso sobre aintegraçãodasTICnoprocessode ensino-aprendizagemde línguas, o autorafirmaqueodesinteressedosalunospelasaulas,emespecialasdeleitura,sedeve “[...] à falta de compreensão da linguagem literária e, principalmente,porqueestavamacostumadosaumapráticarepetitivanasaulasdeleitura,quesempre seguia a ‘dinâmica’ leitura – resumo [...]”, demonstrando que suapreocupaçãoenquantopesquisadoralcançoubomtermo,aoconseguirdebatere apresentar, demodoclaro e exitoso, ferramentas tecnológicasdinâmicas eadequadas à realidade do aprendiz de língua, levando em conta adisponibilidade e o interesse do sujeito. Seu fascínio por tal assunto não éartificial,tampoucogratuito.

Opresente trabalho surgiu a partir de outras pesquisas, realizadas durante ocurso deMestrado emLetrasNeolatinas, entre os anos de 2007 e 2009, naUniversidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, onde pôde auscultar ediagnosticar percalços na formação e na atuação docente. Em uma escrita

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envolvente, que tão bem acompanha o objeto de sua pesquisa, com vagar ecuidado, Wagner Barros Teixeira se envereda pelos territórios dastecnologias, os quais, apesar de lhe serem familiares, ainda guardavamsegredos emaravilhamentos em relação ao uso em favor da aprendizagem,ampliando, assim, as vantagens e os benefícios para o trabalho docente ediscente.Nasegundapartedo livro,oautorexpõeumasériepormenorizadade detalhes em relação à metodologia e a análise dos dados obtidos,imprescindíveisàcompreensãodocenárioemqueapesquisatranscorre,tantoemsuaspeculiaridades linguísticascomosuasespecificidadesdedebates.Nasequência, apresenta os detalhes dos resultados alcançados e reforça com apesquisa“[...]anecessidadedoinvestimentonamelhoriadaspolíticassalariaisedeincentivoàformaçãocontinuadadosprofessores.”.

Como explica, o seu propósito émostrar como se prestam a construir umaaprendizagem significativa, por meio do recurso expressivo que as TICpodem oferecer. Entretanto, elas precisam ser inseridas em um contextopropícioparaoensinoaprendizagemdelínguasparaodocenteeodiscente.Oprofessorprecisaservalorizadoeterumaformaçãoconstanteeoalunodeveter acesso a conteúdos que satisfaçam as interpretações da realidadesociocultural em que estão inseridos. Portanto, a consolidação daaprendizagemdeumalínguaestrangeiraperpassapelousoconscientedasTIC.Imantadoporessesentido,WagnerBarrosTeixeirasedeixoureinventar,sejacomo estudioso incansável, seja como pesquisador acadêmico, sendo,portanto,regidopeloentendimento-chavedequeaformaçãodoprofessoreousodasTICemsaladeaulaparaoensinodelínguasnãodevemnempodemseperder por conta do ritmo acelerado imposto pela modernidade, por umaépocatomadaporracionalidadesredutorasdesentidosesignificados.

O autor legitima a que veio o seu importante trabalho Tecnologias daInformação e da Comunicação e o ensino de Línguas: uma respeitosa eabsolutamente cativante pesquisa voltada a professores que prosseguem,história a história, roda a roda, instruindo, a quem interessar possa, aobservaçãoeaacolhidadoensinoedaaprendizagemverdadeirosqueaindasustêm – e encantam – nosso Brasil de dentro. Cacio José FerreiraUniversidadeFederaldoAmazonas

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INTRODUÇÃO

Apesar de ser um tema recorrente nos questionamentos e nos estudos depesquisadoresededocentes,oprocessodeensino-aprendizagemde línguas,que envolve distintas instâncias, professores, alunos, comunidade escolar,material didático, recursos tecnológicos, entre outros, continua revelandodificuldadesepercalçose,aomesmotempo,diferentespropostasdetrabalho,muitas vezes com o foco para a aplicação em sala de aula. Neste livro,resultadodostrabalhosdeinvestigaçãorealizadosnocursodeEspecializaçãoem Educação Tecnológica, pelo Centro Federal de Educação Tecnlógica -CEFETCelsoSuckowdaFonseca,abordoatemáticadoensino-aprendizagemde Língua Portuguesa como LínguaMaterna – LM, e de Língua EspanholacomoLínguaEstrangeira–ELE,dandoespecialênfaseàscontribuiçõeseàsdificuldadesoriundasdautilização(ounão)dasTecnologiasdeInformaçãoedaComunicação–TICduranteoprocesso.

A ideiadopresente trabalho surgiuapartirdeoutraspesquisas,que realizeidurante o curso deMestrado emLetrasNeolatinas, entre os anos de 2007 e2009,naUniversidadeFederaldoRiodeJaneiro–UFRJ.Naquelemomento,investiguei a importância da etapa inicial do processo de leitura paraprofessores,bemcomoseelafigurava(ounão)emseuplanejamentodidático;e,maisadiante,apósocontatocompalestrasquemostraramarelevânciadomomentodapré-leitura,objetiveidescobrirseessesprofessores,formadoresdeleitores,fariamalteraçõesemseusplanejamentos,passandoaconsideraraetapainicialdoprocessodeleitura,assimcomoosmotivosparasuatomadadeposição.

Como resultado dessas investigações1, verifiquei que a maioria dosprofessoresquetrabalhavamcomLMnãodavaadevidaimportânciaàfasedapré-leitura em seu trabalho de formação de leitores, e que pouco mais dametadedoscolaboradoresquetrabalhavamcomE/LEvalorizavamessaetapainicial do processo. Entre osmotivos elencados como dificultadores para aabordagem dessa fase inicial, merece atenção a falta de tempo paraatualizações e para a busca de novos recursos, sejam teóricos, didáticos,tecnológicose/oumidiáticos.

Combasenospercalçosencontradosporaquelesprofessores,naspesquisas1Para maiores informações, vide Teixeira (2009, 2017). no curso de

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Especializaçãolevantei,então,ahipótesedeque,entreoutrosmotivos,devidoà escassez de tempo, também existiriam lacunas na formação teórica dosdocentes que lidam com o ensino de LM e de E/LE no tocante aoconhecimento, ao entendimento, ao manuseio e ao aproveitamento daspotencialidades e das vantagens das TIC em suas aulas. Assim, nas páginasseguintes, com base no levantamento bibliográfico e em questionários depesquisa, coletados a partir das técnicas de protocolos verbais, pretendoapresentar os resultados da pesquisa realizada, que teve como objetivoprincipal verificar seosprofessores colaboradores lançavammãode algumrecurso tecnológicoemsuasaulas,e,comoobjetivossecundários,descobrirquaisseriamosmotivosqueoslevariamafazê-lo(ounão),easdificuldadesencontradasduranteoprocesso.

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CAPÍTULO1:Alínguaestrangeiranoensinobrasileironosdiasdehoje:contextualizandoaquestão

A presença das Línguas Estrangeiras – LE no currículo brasileiro data daépocaimperiale,notranscursodotempo,conformemudavamosregimesdegovernoe suas ideologiaspolíticas,oensinodesses idiomas tevemomentosde avanço e outros de retrocesso. No que concerne ao ensino da LínguaEspanhola–ELE,focodasinvestigaçõesnestelivro,umdessesmomentosdeavançofoiaevidênciaoutorgadaaoensinodeLínguasEstrangeirasnoBrasil,especialmente durante o período em que vigorou a lei 11.161/20052,conhecidacomoLeidoEspanhol,que tornouobrigatóriaaofertadoensinodessa língua nas escolas de Ensino Médio do país, fazendo com queaumentasse a presença de cursos de graduação, e, por extensão, de pós-graduação, com vistas a ir ao encontro da necessidade de profissionaisdevidamentehabilitadosparaoensinodeELE.

SobreoprocessodeensinodeLE,deacordocomosParâmetrosCurricularesNacionais(BRASIL,1998),espera-seque,pormeiodaLE,oalunoconsigasecomunicar de forma adequada nas diferentes situações do dia a dia,(re)conhecendoasdistintasculturasrelacionadasàsLEapartirdesuaprópriacultura. A visão de cunho sócio discursiva, que entende que a língua ésocialmente(des)(re)construída,vaideencontroaabordagensmetodológicasestruturalistas consagradas e perpetuadas nas salas de aula por todo o paísdurantedécadas,frutodeumatradiçãotransmitidaduranteaformaçãoteóricadosdocentesporseguidasgerações,perdurandoatéosdiasdehoje.

Noentanto,apesardaforçadatradiçãodessasabordagens,entendoque,paraque o processo de ensino-aprendizagem atinja os objetivos pretendidos,contemplando a visão sócio discursiva da língua, é necessária mudança deatitudes por parte dos docentes, iniciada em sua formação, que perpasse suapráticaemsaladeaula,transformando-osemprofissionaisconscientesdeseupapel no processo de ensino-aprendizagem de línguas e de formação decidadãosconscientese2Paramaioresinformações,videaLei11.161/2005naíntegra,apartirdolinknasreferências.autônomos.

Os docentes precisam (re)conhecer as dificuldades a serem enfrentadasduranteoprocesso,bemcomooscaminhoseasferramentasparaultrapassarcada uma delas. Destaco a importância de (re)conhecer, entender e saberutilizar adequadamente os recursos disponíveis, sejam teóricos, didáticos,

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tecnológicos e/ou midiáticos. Além da falta de tempo e das dificuldades decunho metodológico já mencionadas, existem outros percalços a seremconsiderados e vencidos no caminho do docente de línguas no Brasil, emespecial nas veredas dos professores de Espanhol, principalmente nos diasatuais,apósareformulaçãodoEnsinoMédiobrasileiro,pormeiodaMedidaProvisória – MP 746/16 (BRASIL, 2016), que tornou obrigatório apenas oensino do Português, do Inglês e de Matemática, pintando novamente umpanorama sem muitas cores, com tons sombrios, criticado há muito tempopelosPCN(BRASIL,1998,p.24),aoafirmarquedesdeoEnsinoFundamentalnemsempre“[...] o ensinodeLínguaEstrangeira [...] évisto comoelementoimportante na formação do aluno, como um direito que lhe deve serassegurado.”.

Essamedida, questionada e criticada por diversos pesquisadores, docentes ediscentes envolvidos com a educação, parece desconsiderar as pluralidadesexistentes no território nacional, os diversos tons que pintam a aquarelabrasileira, e pode representar mais uma época de grande retrocesso noprocessodeensino-aprendizagemdeformagerale,emespecialnoquetangeo ensino de LE no Brasil, permitindo inclusive que profissionais semhabilitaçãoespecíficaparaoexercíciodadocênciaeparaoensinodelínguasassumamessecomponentecurricularnasescolas,apartirdoreconhecimentodenotóriosaber,conformecritériosestabelecidospelosdiferentessistemasdeensino. Dessa forma, a visão de simples atividade extra, sem caráterpromocional,outorgadaàsLEnasescolas,é ratificadapelanova legislação,assimcomoapresençadeprofessoressemformaçãoadequada.

No tocante às circunstâncias de ensino e aprendizagem da LE, outrasdificuldades que tambémmerecem destaque são a falta de material didáticoadequado, como livros didáticos, recursos tecnológicos e midiáticos, aocorrência de salas de aula lotadas, o tempo reduzido de ensino de LE nocurrículo, principalmente a partir da MP em vigor, e a falta de apoio e deoportunidadesparaaformaçãocontinuadadocente,resultandoemprofessoresdesestimulados,desatualizadose,muitasvezes,despreparadosparaseulabor.A despeito dos problemas levantados até o momento, como se trata de umtrabalhovoltadoparaoensinodeLMeoensinodeLE,aseguir,apresentoumbreve capítulo que traz conceitos e pressupostos sobre os processos deaquisiçãoedeaprendizagemdelínguas,importantesparaodesenvolvimentodapesquisarealizada.

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CAPÍTULO2:Aquisiçãoeaprendizagemdelínguas

De acordo com Baralo (1999), os processos de aquisição de LM e deaprendizagem de LE são diferentes, envolvendo fatores diversificados, taiscomo a idade, a quantidade e a intensidade de contato com a línguameta, ocontexto e a situação comunicativa, entre outros. O nativo, falante de LM,possuiumcontatoconstante edireto coma língua, emcontextos e situaçõescomunicativas reais, em que utiliza de forma autônoma e autêntica osconhecimentos linguísticos e discursivos adquiridos, o que não acontece damesma forma com o aluno de uma LE, o qual, muitas vezes, é exposto asituaçõesnãoautênticasdecomunicação,dentrodesalasdeaulalotadas,porumperíodomuitocurtodetempo.OutrofatorqueinfluenciaosprocessosdeaquisiçãodeLMedeaprendizagemdeLEéamotivação.Afirmaaindaque[...]seointeresseeanecessidadeparaseadquirirumanovalínguaforemfortes,oprocesso de aquisição da LE seguirá passos certeiros e avançarágradativamente.Mas,seaocontrário,nãoexistirumamotivaçãoverdadeira,oqueseaprendepermaneceránamemóriaporumcurtoprazoedesapareceráfacilmente.(BARALO,1999,p.9).

Considerando esse aspecto, um nativo tem todos os motivos, interesses enecessidadesparaadquiriralínguadesobrevivênciaemsuacomunidade,suaLM. No entanto, um aluno de LE que não encontrar necessidade ou nãodemonstrar interesse pela língua meta, estando desestimulado, poderáconsiderar a LE apenas como mais um componente curricular cheio deconteúdos sem sentido a ser estudado. Essa situação, infelizmente, temocorridoemmuitassalasdeauladeLEnoBrasilaindanosdiasatuais,dadasas dificuldades enfrentadas durante o processo de ensino-aprendizagem delínguas,elencadasnocapítuloanterior.Nesseponto,questionomaisumavezodisposto na MP que reformulou o Ensino Médio brasileiro, pois destaco aimportância do papel do docente devidamente qualificado, com formaçãoadequada, para planejar, elaborar e orientar o processo, utilizando todos osrecursoseasferramentasdisponíveisparaessafinalidade.Essaformaçãodevealiar o conhecimento adquirido a partir da experiência,mas, igualmente, osconhecimentos aprendidos durante a formação acadêmica, não bastandoapenas o reconhecimento de um possível notório saber. Tomando asconsideraçõesdeMoitaLopes(2001),ficaevidenteque,noBrasil,àexceçãodas situações e dos contextos de comunidades bilíngues de estrangeiros quefixaram residência no país ou de centros turísticos, quase não se encontram

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situaçõesreaisdecomunicaçãoemLEqueexijamousoautênticoeautônomoporpartedosalunos,principalmentenotocanteàshabilidadesdeproduçãoede compreensão orais, existindo uma grande lacuna no trabalho docentedurante as aulas de LE, baseadas muitas vezes em atividades que tornam oaprendizadorepetitivo,cansativoepoucoounadasignificativoparaosalunos.Percebo,dessaforma,queaadoçãodeestratégiasederecursosadequadosàsdistintas situações e aos contextos sociais que envolvem os alunos deve seruma atitude constante na prática docente para que haja a possibilidade demotivaçãoedeêxitoduranteoprocessodeensino-aprendizagemde línguas.Entre esses recursos, a seguir, de forma breve, destaco os chamadosmidiáticos e tecnológicos, por meio de um levantamento teórico sobre arelaçãoentreasTICeoprocessodeensino-aprendizagemdeLE.

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CAPÍTULO3:EnsinodelínguaseTIC:umacombinaçãopossíveleconsolidada

[...]elconjuntodeavancestecnológicosquenosproporcionanlainformática,lastelecomunicacionesylastecnologíasaudiovisuales,quecomprendenlosdesarrolosrelacionadosconlosordenadores,Internet,latelefonía,los‘massmedia’,lasaplicacionesmultimediaylarealidadvirtual.Estastecnologíasbásicamentenosproporcionaninformación,herramientasparasuprocesoycanalesdecomunicación.P.Marqués3ArelaçãoentreasTICeoprocessodeensino-aprendizagemdelínguasexiste,deformaconsistenteháváriosanos.

Podemos considerar que o usometodológico das TIC para fins educativosiniciou na década de 40, época da Segunda Grande Guerra Mundial, nosEstados Unidos, quando foram feitas as primeiras referências específicas àtecnologia no processo de ensino-aprendizagem de línguas, em cursoselaboradosparaoexércitoamericano.AprimeiravezqueasTICpassaramafigurar umprogramade formaçãouniversitário foi em1946, pormeiodoscursosdeEducaçãoAudiovisualoferecidospelauniversidadenorte-americanadeIndiana.

Nasequênciacronológica,conformeavançavamasdescobertaseasmelhoriastecnológicas emidiáticas eram conquistadas pela sociedade, a utilização dasTIC nas salas de aula em geral, e, de maneira especial, nas salas de LE,tornava-secadavezmaisvariadaeconstante.Nadécadade40,comoadventodo método audiolingual de ensino- aprendizagem de línguas, as TIC maisrecorrentes nas salas de aula eram o retro- projetor, o gravador, o rádio-gravador e o toca-fitas. Com o surgimento e a massificação do televisor,apareceramosmétodosaudiovisuais,e,atéadécadade60,foramagregadasàssalasdeauladeensinodeLEotelevisor,oprojetordecinemaeovídeo,oque fez com que surgissem e ganhassem força espaços tecnológicosdenominadoslaboratóriosdelínguas.3MARQUÉS,P.,2001.

Ficaclaroque, emcercade30anos,oensinode línguasestevepautadoemenfoquesmetodológicosquelançarammãoderecursostecnológicosvariados.Noentanto,foiapartirdosurgimentodocomputadore,maisespecificamente,

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daInternet,queumaverdadeirarevoluçãonasTICaconteceu,influenciandoasociedade em geral, e, consequentemente, os processos de ensino-aprendizagem como um todo, incluindo as aulas de línguas.Dessa forma, apartir da década de 70, foram incorporados às aulas recursos tecnológicoscomoocomputador,e,nosanos80,comoaprimoramentodessaferramenta,ousodePCmultimídia,CD,vídeosinterativos,CD-Rometc.

Odesenvolvimentonãoparou,e,apartirdadécadade90,comoadventoeaconcretização da Internet, foram incorporados ao processo de ensino-aprendizagemdelínguasvariadasaplicaçõescomoaprópriaweb,atelevisãoa cabo ou via satélite, o uso de DVD-Rom, de DVD, de telas e de quadrosdigitais interativos, de PDA, dos computadores portáteis e de palms, entremuitosoutros,oqueampliouoescopoderecursos tecnológicosdisponíveisaos professores e vem potencializando seu papel de motivadores e deincentivadoresnoprocessodeensino-aprendizagemde línguas,dinamizandocada vezmais as aulas.A inclusão de todas essas e de tantas outras TIC noprocessodeensino-aprendizagemdeLEpodeserjustificadapelasvantagensepelos benefícios que trazem para as atividades humanas, incluindo o âmbitoeducacional.

Destaco a facilitação do acesso à informação, por meio de canais decomunicaçãomediatoseimediatos,aprovisãodediferentesinstrumentosparao armazenamento e o processamento de variadas quantidades e de fontes dedados, a homogeneização de códigos empregados para o registro deinformações, a automatização de tarefas, a partir da programação dasatividades,eainteratividade,pormeiodecomputadores,daInternet,dejogosedemateriaisformativosmultimídia.Todosessesrecursosfuncionamcomopotencializadores cognitivos, ativando e desenvolvendo nossas capacidadesmentais, permitindo que sejam buscadas e desenvolvidas novasmaneiras depensarainformaçãoeacomunicação,e,poranalogia,oprocessodeensino-aprendizagem,emespecialodelínguas.Comvistasaexemplificaroêxitodotrabalho de ensino de línguasmediado pelas TIC, a seguir, apresento breverelatodeexperiência.

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CAPÍTULO4:EnsinodelínguaseTIC:umaexperiênciadesucesso

Visando a elucidar as vantagens e os benefícios oriundos da utilização dasTICno ensino de línguas, apresento relato sobre um trabalho bem sucedidooriundo de minha experiência como docente-pesquisador baseado em umprojetointerdisciplinarentreasLínguasEspanholaePortuguesa,comaportesecontribuiçõesfundamentaisdoCinema,daLiteraturaedaTelevisão.

O referido trabalho foi desenvolvido para suprir a necessidade de umaabordagem mais dinâmica nas aulas de leitura e de produção textual,direcionadasparaosgênerosdiscursivos.Partimosdadificuldadedosalunosdo Ensino Médio de uma escola da rede particular de ensino da cidade deBarraMansa/RJ,frenteàleituradealgunstextosliterários,quefaziampartedaproposta pedagógica daquela instituição. Na intenção de desenvolver otrabalhodeleitura,percebemosograndedesinteressedosalunospelostextos,devido à falta de compreensão da linguagem literária e, principalmente,porqueestavamacostumadosaumapráticarepetitivanasaulasdeleitura,quesempreseguiaa‘dinâmica’leitura–resumo–questionário.

Portanto,umavezdetectadooproblema,decidimosbuscarferramentasmaisdinâmicaseadequadasàrealidadedosjovens,deacordocomsuasdisposiçõeseseus interesses,para tornaraabordagemdos textos literários,nasaulasdeleitura e de produção textual em LM e em ELE, mais significativa para osalunos. O primeiro passo foi a criação de um projeto interdisciplinar deleitura, que envolveu professores das Línguas Espanhola e Portuguesa, bemcomo profissionais de outras áreas do conhecimento, os quais trouxeramcontribuiçõesfundamentaisparaosucessodotrabalho.

Dessaforma,lançamosmãodaInterdisciplinaridade,emconsonânciacomdeLück (1995 apud FERNANDES, 2004, p. 64) ao afirmar queInterdisciplinaridade éumprocessoque envolve a integração e engajamentode educadores, num trabalho conjunto, de interação das disciplinas docurrículo escolar entre si e com a realidade, de modo a superar afragmentaçãodoensino,objetivandoaformaçãointegraldosalunos,afimdeque possam exercer criticamente a cidadania,mediante uma visão global demundo e serem capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos eglobaisdarealidadeatual.

Em seguida, selecionamos o tema que deveria ser abordado e percebido

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durantetodasasfasesdoprojeto:a‘Picaresca’,porsuaessênciacontraditóriaecômica,fazendoumenlacecomoestereótipoda juventude,nossopúblico-alvo. O seguinte passo foi a escolha das obras que seriam trabalhadas noprojeto,oquecontoucomaparticipaçãoativadosdiscentes,emconformidadecom os PCN (BRASIL, 1998) sobre os projetos pedagógicos, integrandoprofessoresealunos.

Sobre os procedimentos que valorizam o aluno, integrando-o à escola e àsociedade em geral, Carraveta (1991, p. 40), afirma que No ensinosocializado,osprincipaisobjetivos recaemna interaçãodosalunosuns comosoutros,naaprendizagemdo trabalhoemequipeenodesenvolvimento dehabilidades para a resolução de problemas. Como objetivos significativospodemosaindacitar:aaceitaçãodasideiasdosoutros,oaprenderaviveremsociedade, o desenvolvimento do pensamento lógico, o desenvolvimento daautoconfiançaedacoragem[...].

Nessa fase do projeto, reunidos em grupos, os alunos tiveram que escolheruma obra emLíngua Espanhola e outra emLínguaMaterna (a Portuguesa),podendoserdegênerosdiscursivosvariados.

Orecurso tecnológicomaisutilizadofoiopróprio livro;noentanto,devidoao fácil acesso de nosso público a outros recursos, o uso dos livroseletrônicosedeobrasviaInternetfoirecorrente.Aseguir,osalunosfizeramumresumodescritivodecadaumadas tramasdasobrasescolhidase, então,combasenospressupostosteóricossobreparáfrase,produziramumareleiturade cada uma das obras, utilizando ferramentas tecnológicas disponíveis apartirdoscomputadores,comoeditoresdetextosedeimagens,entreoutros.Depoisdecorrigidasasreleituras,semprecomaparticipaçãointegraleativados alunos, foi a vez de cruzá-las, a partir de concepções sobreintertextualidade.

Cabe aqui fazer abrir um parêntese para explicar o que entendemos comointertextualidade e paráfrase. De acordo com Fiorin (2003, p. 29), “[...]intertextualidade concerne ao processo de construção, reprodução outransformaçãodosentido[...]”.Sobreessaquestão,Teixeira(2005,p.25)“[...]sugerediversaspossibilidadesdetrabalhocomumtexto,podendooprofessororientar seus alunos no sentido de [...] reconstruir o texto, parafraseando-o,parodiando-o,ou,atémesmo, transformando-o,pormeiodeapropriaçãoou‘pastiche’.”.Kristeva(1970apudLOPES2003,p.71),porsuavez,afirmaque

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“[...]todotextoéabsorçãoetransformaçãodeoutrotexto.Nolugardanoçãodeintersubjetividadeinstala-seanoçãodeintertextualidade.”.

DeacordocomospostuladosdeSant’Anna(2003),quatrosãoasformasdeexpressão da intertextualidade, a saber: paródia, paráfrase, pastiche ecarnavalização. Paráfrase “[...] é a reafirmação, em palavras diferentes, domesmo sentido de uma obra escrita.” (SANT’ANNA, 2003, p. 17), podendoapenas reafirmar a ideia geral de uma obra, como, também, ser umesclarecimento de uma passagem, ou um trecho de difícil decodificação.Retomandoorelato,combasenosconceitoselencadossobreintertextualidadee paráfrase, os alunos fizeram uma releitura intertextual da trama das duasobrasescolhidasanteriormente.

Esse passo noprojeto correspondeu a umgrande avanço dos discentes comrelaçãoasuaproduçãoescritaetextual,umavezqueconseguiramsecolocarcomolegítimos(re)escritores,capazesdecriartextosinovadores,apartirdetécnicasedeferramentasadequadasparataltarefa.Depoisdaelaboraçãodasreleituras intertextuais, os alunos participaram de umminicurso, ministradoporumprofissionaldoCinema4,roteiristaeprodutordefilmes,conhecendo,então,modelosde roteirosede filmesdecurtaede longametragens.Dessaforma,tiveramainteressanteedivertidatarefadetransformarsuasreleiturasintertextuais em roteiros para curtas-metragens, com o auxílio não só derecursostecnológicosemidiáticos,masdeteoriavoltadaparaocinemaeparaainformática.

Logoaseguir,osprofessoreseosalunossereuniramparaanalisaracoesãodasideiasdosroteirosproduzidosesuarelaçãocomostextosoriginais.Emseguida, cada grupo escolheu um aluno para ser oDiretor do curta- 4 JoséLuizFrancunha,cineastabrasileiroqueproduziu,coproduziu,assistiueatuouem centenas de filmes publicitários e em mais de vinte filmes de longa-metragem.metragem, sendo encarregado de distribuir os demais cargos detrabalho com suas respectivas atividades e tarefas: Produtor, Figurantes,Atores, Cenógrafos, Coreógrafos, Cinematógrafos e todos os outrosprofissionaisquefazempartedomundodoCinema,deacordocomosestudosfeitosnaparteteórica,dirigidaporprofissionaisdoramo.

Finalizada a elaboração dos roteiros, os alunos começaram a elaborar oprojetodegravaçãodoscurtas-metragens,comoauxíliodeseusprofessores.Buscarampatrocinadores,propaganda,recursosmateriais,humanosefísicos

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paraarealizaçãodecadaumdosfilmese,finalizadososprojetosdegravação,passaram para a próxima etapa, de gravação das cenas dos filmes, as quaisaconteceram em inúmeros locais públicos, com autorização das Prefeiturasdascidades,eemlocaisprivados,comapermissãodeinstituiçõesdediversosramos de negócio como zoológicos, restaurantes, escolas, hotéis e outrosmais.Duranteessafase,osalunoslançarammãodeTICespecíficasdoCinemae da Televisão: filmadoras de imagens, gravadores de voz, editores deimagens e de textos, microfones sem fio, recursos cenográficos ecomputadorizados para a produção de efeitos especiais, programas esoftwares,Interneteumagrandegamaderecursostecnológicosemidiáticossugeridosporprofissionaisdoramo.Comtodasascenasgravadas,osalunoschegaram, então, à reta final do projeto, que se tratava da seleção, daordenaçãoedaediçãodascenasquefigurariamnoscurtas-metragens.

Para esse trabalho, um profissional do ramo de áudio e de vídeo se pôs àdisposiçãodosalunosdeformaquaseintegral.Assim,emmenosdeummês,conseguiramgravar todasascenas, editá-lase terminaroscurtas-metragens.Comtudojápronto,depoisdemuitoesforçoedetrabalhoárduo,massempremuito divertido segundo os próprios alunos, os participantes do projetointerdisciplinar fizeramumapréviadoFestivaldeCinemaPicarescoparaoscolegasdaturma.

Devido ao sucesso da prévia e, embebidos por uma grande euforia, osparticipantesdoprojetoorganizaramumaapresentaçãodoscurtas-metragens,comoresultadodoesforçoedo trabalhodedicadosaoprojeto,oqualduroucerca de cinco meses, realizando, então, uma festa do cinema na escola,chamada de Festival de Cinema Picaresco, com a apresentação dos curtas-metragens para os demais alunos e funcionários da escola, e para acomunidadeemgeral.Pelopresenterelato,ficamevidentesaspotencialidadesdasTICeosucessoqueousoconscienteeadequadodecadaumadelaspodeacarretar para as aulas de línguas. Retomando nossa caminhada, a seguir,apresentoosprocedimentosmetodológicoseos recursosdecoletadedadosqueutilizeiduranteasinvestigaçõesquederamorigemaestelivro.

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CAPÍTULO5:Efetivandoapesquisa

Nestecapítulo,primeiramente,façoumarápidaabordagemsobreosaspectosmetodológicosutilizadosnapesquisaqueoriginouestelivro,e,nasequência,apresento,deformadetalhada,oscritériosdeseleçãoeaformadecoletadedados.SegundoCervoeBervian(1983,p.53),“Ointeresseeacuriosidadedohomem pelo saber levam-no a investigar a realidade sob os maisdiversificadosaspectosedimensões.”.

Dessa forma, para falar de princípiosmetodológicos, em primeiro lugar, énecessário aclarar que considero enquanto método os procedimentoscientíficosdosquaisumadeterminadaciêncialançamãoparafinsdepesquisaprópria.Tendoemmentequeasabordagensmetodológicasdepesquisapodemadmitir níveis de aprofundamento e enfoques bastante variados conformesejam seus objetos de estudo, os objetivos de pesquisa e a qualificação dopesquisador, no trabalho que originou este livro, lancei mão de algumasdessas abordagens, as quais são detalhadas na sequência, sendo justificadaspelo momento em que foram utilizadas durante o estudo realizado. Emprimeiro lugar, emse tratandodeum trabalhocientífico,oprimeiro tipodepesquisa realizada se efetivou a partir da compilação bibliográfica etelematizada. Com base nas informações obtidas a partir do levantamentobibliográfico, a seguir, procedi à pesquisa descritiva, utilizando comoinstrumentos de coleta de dados um questionário de sondagem e entrevistasgravadas.

Por meio desses instrumentos, busquei verificar de que forma(s) osprofessores colaboradores utilizavam (ou não) as TIC em suas aulas delínguas, foco da pesquisa, bem como quais eram as possíveis principaisdificuldades por eles enfrentadas durante esse processo. Colaboraram comnossa pesquisa vinte docentes, todos graduados, com Licenciatura Plena emLetras, atuantes em diferentes cidades fluminenses: Barra do Piraí, BarraMansa,Itatiaia,Niterói,Pinheiral,Piraí,PortoReal,RiodeJaneiro,Vassourase Volta Redonda. Seu público discente era composto por alunos do EnsinoMédioregular.

DezdelestrabalhavamcomoprofessoresdeLM–Portuguesa,eosoutrosdezcomo docentes de ELE. Em primeiro lugar, cada professor colaboradorrespondeuaumquestionáriosociolinguísticopadrão5,afimdeverificarsuajornada de trabalho docente, bem como seu conhecimento e as formas de

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utilizaçãodasTICemsuasaulasdelínguas.Asperguntasdoquestionáriosãodetalhadas mais adiante. Na sequência, cada um dos colaboradores foientrevistado de forma individual. Cabe aqui ressaltar que tanto o uso dequestionáriosquantoousodeentrevistasconfiguramestratégiaspertinentesàpesquisa descritiva, de acordo com as considerações teóricas de Cervo eBervian(1983).

Duranteaentrevista,osprofessoresresponderamemvozaltaàsperguntasdoquestionário,verbalizandoseuspensamentos.Esseprocedimentodepesquisaéchamadode introspecção.SegundoTavares (1993, p. 37), “Introspecção é otermo padrão usado em psicologia e em linguística aplicada para referir-segenericamenteadiferentesmétodosdeinvestigaçãodeprocessosmentais.”.

De acordo comapesquisadora, o termo ‘introspecção’ é usado amplamenteem pesquisas e estudos de diferentes ciências, convergindo no foco deinvestigação,osprocessosmentais.ParaFaercheKasper(1983),osmétodosinstrospectivos surgiramnosestudos da Psicologia, no final do séculoXIX,sendo utilizados para pesquisar os processos envolvidos no pensamento. Aseguir, como advento dosmétodos behavioristas, tidos como objetivos porseus idealizadores, os estudos que consideravam o comportamento e asubjetividadedoserhumanoforamdesprestigiados.Dessaforma,osmétodosintrospectivos foram rejeitados durante alguns anos no campo da pesquisacientífica.

Noentanto,comodeclíniodobehaviorismoeoadventodocognitivismo,taismétodosdepesquisaganharamforçanovamente,comespecialênfaseparaosestudoscomfoconoprocessodeensino-aprendizagemdelínguas, incluindoaspesquisasdoprocessodeleitura,e,maisrecentemente,conformepostulamCorrêa e Neiva (2000), no processo tradutório. Ainda de acordo com osestudos das pesquisadoras mencionadas, os métodos introspectivos, tambémchamadosde‘relatosdeprotocoloverbal’,sãodenaturezaqualitativaevisama estudar o que se passa na mente do indivíduo ao realizar algum tipoespecíficodetarefa,determinadopelapesquisa.

No trabalho que originou este livro, o foco esteve voltado para o que sepassava na mente dos 5 Vide Apêndice: Questionário de sondagem.professores colaboradores ao responderem às questões levantadas noquestionáriosociolinguísticodesondagem.Atravésde taismétodos,acoletade dados se deu por meio de manifestações, declarações e informações,

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verbalizadaspeloprofessordurantee/ouapósoprocessoinvestigatório.

Existem diversos métodos introspectivos de pesquisa, defendidos pordiferentes pesquisadores como Faerch e Kasper (1983), Cohen (1987),Ericsson eSimon (1987), entre outros.No trabalho em questão, adotei umaclassificação simples, utilizada por Corrêa eNeiva, em artigo publicado noanode2000.Segundoaspesquisadoras,osmétodosintrospectivospodemserclassificadosemdoistiposbásicos:aintrospecçãodoprocessamentocorrenteearetrospecção,sendosubdivididosemtécnicasdepesquisadiferentes.

Aintrospecçãodoprocessamentocorrentesubdivide-seemduastécnicas,ade‘pensaralto’,apartirdaqualérealizada,porpartedo indivíduo informante,uma análise de cada informação acessada para a solução de um problemaencontradoduranteoprocessodeleituraoudetradução;eatécnicade‘falaralto’,apartirdaqualosujeitoinformanteverbalizaoralmenteseupensamentocorrenteduranteoprocesso,semqueexistaqualquertipodeanálise.Ooutrotipodemétodointrospectivo,chamadoderetrospecção,éutilizadoparaqueosujeito informante pense e se lembre das informações e pensamentosacessadoseocorridosduranteoprocessode leituraoude tradução, tambémpodendo ser subdividido em duas técnicas distintas: a de ‘retrospecçãoimediata’,eade‘retrospecçãoprotelada’.

SegundoCorrêaeNeiva(2000),naretrospecçãoimediata,orelatofeitopeloindivíduo informante sobre o processo deverá ocorrer em até, nomáximo,trintaminutos após o término da tarefa.Na retrospecção protelada, o relatoocorrerá a partir de um intervalo de trintaminutos do término da tarefa deleituraoudetradução.Nasentrevistasrealizadas,foramaplicadososmétodosintrospectivosde‘pensaralto’ede‘falaralto’.

Combasenoexpostoatéomomento,ficaclaroqueinúmerosforamosprincí-pios teóricos de pesquisa adotados: pesquisas bibliográfica, descritiva eexperimen- tal, colocadas em prática por meio de variadas técnicas einstrumentoscomoquesti-onários, entrevistas e introspecções.Retomo aquios pressupostos de Cervo e Ber- vian (1983) apresentados no início destecapítulo,aoafirmaremque,nabuscapelosaber,opesquisadorlançamãodevariadosmétodos e técnicas de pesquisa.A seguir, apresento os critérios deseleçãoeaformadecoletadedadosutili-zados.

Paraaseleçãodosprofessorescolaboradores,utilizeiosseguintescritérios:a)

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emse tratandodeumapesquisaqueversousobreo trabalhodedocentesdasLínguas Portuguesa e Espanhola, o primeiro critério foi a formaçãoacadêmica,sendoexigidaaGraduaçãoemLetras,comLicenciaturaPle-naemLíngua Portuguesa, para os que trabalhavam com LM, e em Lín- guaEspanhola,paraosquelecionavamessadisciplina;b)afimdelimitarocorpusda pesquisa, em se tratando de um trabalho de conclusão de curso deEspecialização,opróximocritériobuscoudelimitaropúblicodiscentedecadaum dos colaboradores, sendo exigido que tra- balhassem com alunos doEnsino Médio regular; d) e, finalmente, em se tratando de uma pesquisaenvolvendo profissionais da educação, visando a ampliar a cobertura docampodaaçãodocente,busquei colaboradoresempelomenosmaisdeumacidade do Estado do Rio de Janeiro, somando um total de dez cidadesfluminenses.

Os instrumentos utilizados para coletar os dados foram um questionário desondagem, e protocolos verbais, coletados a partir das técnicas deintrospecção, du- rante as entrevistas realizadas com cada um doscolaboradores. A seguir, apresento as características de cada um dessesinstrumentos. O questionário de sondagem trazia dez perguntas, a fim decoletardadosso-breajornadadetrabalhodosdocentescolaboradores,bemcomosaberseexistiamconhecimentossobreeinteressenautilizaçãodasTICnasaulasdelínguasporelesministradas.Apósresponderemaoquestionário,oscolaboradoresforamentrevistadosso-bresuasrespostas,momentoemqueas informações e os dados mentalizados pe- los colaboradores foramverbalizadosecoletadospormeiodas técnicasdosproto-colos verbais (Cf.TAVARES,1993;CORRÊA;NEIVA,2000),segundoinstrumentodecoletadedados utilizado. As entrevistas foram gravadas em um ambiente fecha- do,para propiciar melhor qualidade das gravações, e os professorescolaboradores, de forma individual, verbalizaram seus pensamentos sobresuasrespostasaoques-tionáriodesondagem.

Escolhiutilizarastécnicasdosprotocolosverbaiscomoinstrumentodecoletadedadosporpossibilitaremumaformadeanálisedalinhaderaciocíniodoscolabo- radores. Assim, a partir das gravações e das transcriçõesconsequentes,pude retor-nar, rever e reavaliar suas concepções, aludindo adetalhesquepoderiampermane-cerocultosnocasodautilizaçãosomentedeumplanejamentodidáticoelaboradoempapel,semoauxíliodagravaçãoedacoleta dos protocolos verbais. Para facilitar a visualização e a interpretaçãodosdados,cadaprofessorcolaboradorfoiidentificadopormeiodeumaletra

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entre aspas simples.Dessa forma,osprofessores ‘A’, ‘B’, ‘C’, ‘D’, ‘E’, ‘F’,‘G’,‘H’,‘I’e‘J’foramosquecolaboraramcomaspesquisascomLM,eosdocentes ‘K’, ‘L’, ‘M’, ‘N’, ‘O’, ‘P’, ‘Q’, ‘R’, ‘S’ e ‘T’ os que colaboraramcomostrabalhoscomELE.Nosdoispróximoscapítulos,apresentoumabreveanálisedosdadoscoleta-dos.

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CAPÍTULO6:TrabalhandocomasTICemaulasdeLM

Para iniciar este capítulo, gostaria de deixar claro que, em se tratando depesquisa com número de informantes inferior a 100 (cem), o percentualapresentadonas tabelas é apenas ilustrativo, estando as análises baseadas nonúmero efetivo de docentes e na indicação por letras entre aspas simplesoutorgada a cada um deles. Conforme mencionado no capítulo anterior, oprimeirodosinstrumentosdecoletadedadosutilizadofoiumquestionáriodesondagem,quetevecomoobjetivoscoletardadossobreajornadadetrabalhodosdocentescolaboradores,bemcomosaberseexistiamconhecimentossobreeinteressenautilizaçãodasTICemsuasaulas.Paraatenderaessesobjetivos,foram propostas dez perguntas. As respostas são expostas uma a uma e osdadosoriundosdesseinstrumentodepesquisasãocomputadoseanalisadosaseguir. Entendendo que em qualquer tipo de aula se torna imprescindível autilização de recursos, por mais simples que sejam, a primeira perguntabuscousaber seocolaborador costumavautilizar algum tipode recurso emsuasaulas.Asrespostasaessaprimeiraperguntasãoapresentadasaseguir,naTabelaALM.TabelaALM–ResultadosdaperguntaI

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OSPROFESSORESDELMUTILIZAMRECURSOSEMNºColaboradores%SUASAULAS?Sim.10Todos100,0Não.00Nenhum0,0SOMA10Todos100,0Fonte:oautor(2010).

Percebemos que todos os docentes colaboradores afirmaram utilizar algumtipoderecursoemsuasaulasdeLM,pormaissimplesqueseja,oqueratificaaassertiva da relevância da utilizaçãode recursos emqualquer tipo de aula.Com vistas a especificar a resposta anterior, a segunda pergunta visou adescobrirquetiposderecursoseramutilizadospeloscolaboradoresemsuasaulasdeLM.Asrespostasaessaperguntasãoapresentadasaseguir,natabelaBLM.TabelaBLM–ResultadosdaperguntaII

RECURSOS UTILIZADOS PELOS DOCENTES DE LM NºColaboradores % Quadro negro ou branco. 10 Todos 100,0 Mapas,figuras e desenhos variados.06 ‘E’, ‘F’, ‘G’, ‘H’, 'I', ‘J’60,0K7 ou CDplayer.04'G','H','I','J'40,0TVevídeoouDVDplayer.04 ‘G’, 'H', 'I','J'40,0Computador e Internet.02 'I', 'J'20,0Outros: livros, revistas ejornais (mídia impressa).10Todos100,0TOTALDEPROFESSORES10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

Ficou evidente que os colaboradores que trabalhavam com aulas de LMutilizavamrecursosvariadosemsuasaulas,predominando,deformaunânime,o uso do quadro negro ou branco e das mídias impressas, como livros,revistas e jornais. Na sequência, apareceram outras mídias, relacionadas aimagens–mapas,figurasedesenhosvariados,asquais,namaioriadasvezes,também eram utilizadas também de forma impressa, por seis doscolaboradores, os professores 'E', 'F', 'G', 'H', 'I' e 'J'. As TIC relacionadasdiretamentea recursosemídiasnão impressos,comoK7eCDplayer,TVevídeoouDVDplayer,surgiramaseguir,comorecursosutilizadosporquatrodocentes, os colaboradores 'G', 'H', 'I' e 'J'. Ainda foram apontados comorecursos utilizados nas aulas de LM o computador e a Internet, por doiscolaboradores,osprofessores 'I'e 'J'.Apartirdessesdados,percebemosqueosrecursosmidiáticosimpressospredominaramsobreaquelesquedependemdeoutrasmídiasequeousodasTICmaisatuais,comooPCeaInternet,erapoucofrequentenasaulasdeLM.Eporquêissoacontece?Seráqueafaltade

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conhecimento sobre essas TIC ou mesmo de investimento em capacitaçãofísicaetecnológicafazemcomqueasmídiasimpressassigampredominantesnas aulas de LM? Na sequência, pretendo tentar responder a esses e outrosquestionamentosquepossamsurgirmaisadiante.A terceiraperguntabuscouinformações sobre a formação dos colaboradores concernentes às TIC. Osresultadosdessapergunta,encontradosaseguir,naTabelaCLM,podemtrazeralgumas respostas para os questionamentos levantados. Tabela C LM –ResultadosdaperguntaIIIdoquestionário

PARTICIPAÇÃO EM EVENTO DE FORMAÇÃO SOBRE TIC NºColaboradores%Jáparticipou,masnãotemmaisinteresseemparticipar.00Nenhum00,0Jáparticipou,eaindateminteresseemparticipar.04‘G’,‘H’,‘I’,'J'40,0Nuncaparticipou,masteminteresseemparticipar.06 'A','B', 'C', 'D', 'E', 'F' 60,0 Nunca participou, e não tem interesse emparticipar.00Nenhum00,00TOTALDEPROFESSORES10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

PercebemosqueaoconhecimentosobreasTICnãofaziapartedaformaçãodamaioria dos docentes que trabalhavam com LM, posto que somente quatrodeles,os professores 'G', 'H', 'I' e 'J', afirmaram já ter participado de algumcursooueventoquepromovesseaformaçãosobreessetema,enquantoqueosoutros seis, os colaboradores 'A', 'B', 'C', 'D', 'E' e 'F', afirmam que nuncativeramaoportunidadedeparticipardealgumcursooueventoqueabordasseessa temática. Outra constatação interessante foi a de que o interesse pelaformação era uma realidade para esses docentes. A partir desses dados,podemos aventar uma possível resposta para os questionamentos levantadosanteriormente sobre a poucautilização dasmídias e das TIC não impressas.Esse fatopode sedarpela faltadeconhecimento epor lacunasna formaçãodocente sobreousodasTIC.Apróximapergunta, que visou a descobrir osmotivosqueimpediramaparticipaçãoemeventosdeformaçãosobreasTICdos seis colaboradores que responderam à terceira pergunta de formanegativa,podenosdarmaisvestígiosparaelaborarrespostacontundenteparaosquestionamentos levantadosaqui.Os resultados se encontrama seguir, naTabelaDLM.TabelaDLM–ResultadosdaperguntaIVdoquestionário

JUSTIFICATIVASPARAANÃOPARTICIPAÇÃOEMNºColaboradores%EVENTOSDE FORMAÇÃO SOBREAS TICO tema das TIC não émaisinteressante.00Nenhum00,0DesconheceoquesãoTIC.06 ‘A’, ‘B’,

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‘C’, ‘D’66,6Nãohá tempodisponívelparaaparticipaçãode eventos.03‘C’, ‘D’, ‘E’, 'F'66,6Já conhece o suficiente sobre as TIC e não precisaNenhum0000,0 conhecermais.Outrosmotivos: não teve oportunidade.02 'A', 'B'33,3TOTALDEPROFESSORES06 'A', 'B', 'C', 'D', 'E', 'F'100,0

Fonte: o autor (2010). Verificamos que quatro dos seis colaboradores queafirmaramnuncahaverparticipadodeumeventodeformaçãosobreasTIC,osprofessores'A','B','C'e'D',sequersabiamosignificadodessasigla,oqueconfirma as suspeitas e reponde aos questionamentos levantados sobre aexistência de lacunas na formação docente no tocante a essa temática.Percebemosquedoisdessesquatrodocentes,osprofessores'C'e'D',eoutrosdois colaboradores, 'E' e 'F', afirmaram não possuir tempo disponível paraparticipardecursosedeeventos,oquetambémvaiaoencontrodahipótesedafaltadetempoparaareciclagemeoaperfeiçoamentoprofissionais,devidoavariados fatores. Além desses dados, percebemos ainda que dois doscolaboradores, os professores 'A' e 'B', afirmaramnão haver participado denenhum evento de formação sobre a temática das TIC devido à falta deoportunidades. Temos, então, um pequeno escopo demotivos que poderiamjustificaranãoutilizaçãodasTICederecursosmidiáticosnãoimpressosnasaulas de LM: a) desconhecimento docente sobre o assunto, b) falta deformação sobre o uso das TIC e c) falta de tempo para aperfeiçoamentoprofissional.Aperguntadenúmerocincobuscoudescobriratéquepontoosprofessores investiam ou recebiam ajuda para seu aperfeiçoamentoprofissional.OsresultadosobtidosapartirdessaperguntaestãodispostosnaTabelaELM.TabelaELM–ResultadosdaperguntaVdoquestionário

AJUDAEINCENTIVOPARAEVENTOSOUCURSOSNºColaboradores%OriundosdaEscola.03 'G'15,0Oriundos da Secretaria deEducação.03Nenhum00,0Oriundosdafamíliaouamigos.00Nenhum00,0Oriundosdeagênciasde fomentoàpesquisa.00Nenhum00,0Nunca recebidos.04‘H’,‘I’,'J'75,0'G','H','I','J'100,TOTALDEINFORMANTES040

Fonte:oautor(2010).

Respondemàperguntadenúmerocincoapenasosprofessores ‘G’, ‘H’, 'I'e‘J’, por terem sido os únicos a afirmar que já haviamparticipado de algumevento ou curso de formação sobre as TIC. Desse grupo de professores,somenteocolaborador'G'afirmoujáhaverrecebidoalgumtipodeajudae/ou

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incentivo para a participação em eventos voltados para as TIC e que essefomento veio da escola onde trabalhava. Os outros três colaboradoresafirmaram nunca ter recebido qualquer tipo de fomento, ajuda ou incentivoparatalfinalidade,oquedeixaclaroque,alémdasdificuldadesjáverificadascomo a falta de informação, de formação e de tempo disponível, a falta deincentivoparaacapacitaçãodocentetambéméumpercalçoaservencido.Issomostraquesefaznecessáriomelhoraraspolíticasinstitucionaisdefomentoàformaçãocontinuadadosdocentesemexercício,incluindoaáreadasTIC.Notocante a políticas institucionais, as três perguntas seguintes buscaramdescobrir informações concernentes às instituições de ensino onde oscolaboradores trabalhavam.Dessa forma, por meio da pergunta de númeroseis, foi possível saber emquantas e emquais cidades trabalhavamcada umdos colaboradores. Os resultados da pergunta de se encontram a seguir, naTabelaFLM.TabelaFLM–ResultadosdaperguntaVIdoquestionário

CIDADESONDETRABALHAMOSDOCENTESNºColaboradores%Emsomenteuma.03‘A’,‘E’,‘F’30,0Emduas.07‘B’,‘C’,‘D’,‘G’,‘H’,‘I’,‘J’70,0Emtrês.00Nenhum00,0Emquatrooumais.00Nenhum00,0

Primeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempre acreditarem em mim. Em especial, a meus pais, pelo amparo, pelocarinho e por todo o apoio dedicados a nós. Ao estimado Professor PauloCesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso de Especialização emEducação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica CelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientação durante a caminhada que originou este livro.Ao querido amigo,Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta e pelo prefácio destetrabalho. Aos colegas professores que, com muito carinho, boa-vontade eesmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas que originaram estetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramade Pós-Graduação em Letras, de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e de sua Editora, tornou possível a publicação desta obra.TOTPrimeiramente, sempre a Deus, meu porto seguro, por Seuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempreacreditarememmim.Emespecial,ameuspais,peloamparo,pelocarinhoepor todooapoiodedicadosanós.AoestimadoProfessor Paulo Cesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso deEspecialização em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação

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Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, pelos ensinamentos,pelosconselhosepelaorientaçãoduranteacaminhadaqueoriginouestelivro.Ao querido amigo, Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta epeloprefáciodestetrabalho.Aoscolegasprofessoresque,commuitocarinho,boa-vontade e esmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas queoriginaramestetrabalho.

ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramadePós-GraduaçãoemLetras,desuaPró-ReitoriadePesquisaePós-Graduaçãoede sua Editora, tornou possível a publicação desta obra.AL DERESPOSTAS10Todos100,0Fonte:oautor(2010).

Fica evidente que a maioria dos docentes, ‘B’, ‘C’, ‘D’, ‘G’, ‘H’, ‘I’ e ‘J’,trabalhavaemmaisdeumacidade.Somente trêsprofessores,os informantes‘A’,‘E’e‘F’,afirmaramquetrabalhavamemapenasumacidade.Percebemos,então,queotrabalhodocenteconfigura-seemumajornadadedeslocamentosintermunicipais, já que a maioria dos colaboradores de LM trabalhava emmaisdeumacidadeparacompletar sua jornadasemanal.Essapode serumajustificativa para a falta de tempo para a reciclagem profissional, e vai aoencontro da hipótese de sobrecarga na jornada de trabalho dos docentes.Ascidades onde trabalhavam os colaboradores estão dispostas no gráfico aseguir. A maioria dos colaboradores - ‘A’, ‘D’, ‘E’, ‘F’, ‘G’, ‘H’ e ‘I’ -afirmou lecionar na cidade de Barra Mansa. As cidades de Barra do Piraí,Vassouras e Volta Redonda aparecem empatadas em segundo lugar. Trêscolaboradores-‘B’,‘C’e‘J’-afirmamquetrabalharemBarradoPiraíeemVassouras. Outros três - ‘G’, ‘H’ e ‘I’ - emVolta Redonda. Além desses, odocente‘D’afirmoutrabalharemBarraMansaeemItatiaia.Continuandonointuito de descobrir informações sobre a jornada de trabalho doscolaboradoresque trabalhavamcomLM,asétimaperguntabuscousaberemquantas instituições de ensino cada um trabalhava. Os resultados estãodispostos na seguinte tabela. Tabela G LM – Resultados da pergunta VII doquestionário

ESCOLASONDETRABALHAMOSDOCENTESNºColaboradores%Emapenasuma.01‘A’10,0Emduas.07‘B’,‘C’,‘D’,‘E’,‘G’,‘I’,‘J’70,0Emtrês.01‘F’

Primeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,por

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sempre acreditarem em mim. Em especial, a meus pais, pelo amparo, pelocarinho e por todo o apoio dedicados a nós. Ao estimado Professor PauloCesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso de Especialização emEducação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica CelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientação durante a caminhada que originou este livro.Ao querido amigo,Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta e pelo prefácio destetrabalho. Aos colegas professores que, com muito carinho, boa-vontade eesmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas que originaram estetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramade Pós-Graduação em Letras, de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoedesuaEditora,tornoupossívelapublicaçãodestaobra.

10,0Emquatrooumais.01‘H’10,0TOTALDERESPOSTAS10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

Primeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempre acreditarem em mim. Em especial, a meus pais, pelo amparo, pelocarinho e por todo o apoio dedicados a nós. Ao estimado Professor PauloCesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso de Especialização emEducação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica CelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientação durante a caminhada que originou este livro.Ao querido amigo,Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta e pelo prefácio destetrabalho. Aos colegas professores que, com muito carinho, boa-vontade eesmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas que originaram estetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramade Pós-Graduação em Letras, de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoedesuaEditora,tornoupossívelapublicaçãodestaobra.Amaioriadoscolaboradoresafirmoutrabalharemmaisdeumaescola.Setedeles-‘B’,‘C’, ‘D’, ‘E’, ‘G’, ‘I’ e ‘J’ – afirmaram trabalhar em duas instituições.Destoaramoprofessor‘F’,queafirmoutrabalharemtrêsescolas,oprofessor‘H’,quedisselecionaremquatrooumaisinstituiçõesdeensino,eoprofessor‘A’, único a dizer que trabalhava em somente uma escola. Comparando osdadosdasúltimastabelas,ficaclaroqueajornadadetrabalhodessesdocentesé realizada em variadas escolas, em diferentes comunidades escolares, por

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vezesindoalémdasfronteirasmunicipais.Viagens,deslocamentos,diferentescomunidades escolares, variadas gestões institucionais, tudo isso podedificultar o desempenho dos professores, incluindo a prepPrimeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida. A meus filhos e a minha filha, meus maiores tesouros, porsempre acreditarem em mim. Em especial, a meus pais, pelo amparo, pelocarinho e por todo o apoio dedicados a nós. Ao estimado Professor PauloCesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso de Especialização emEducação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica CelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientação durante a caminhada que originou este livro.Ao querido amigo,Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta e pelo prefácio destetrabalho. Aos colegas professores que, com muito carinho, boa-vontade eesmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas que originaram estetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramade Pós-Graduação em Letras, de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoedesuaEditora,tornoupossívelapublicaçãodestaobra.araçãodeaulas variadas e mais dinâmicas, as quais normalmente lançam mão dediferentes TIC. Primeiramente, sempre a Deus, meu porto seguro, por Seuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempreacreditarememmim.Emespecial,ameuspais,peloamparo,pelocarinhoepor todooapoiodedicadosanós.AoestimadoProfessor Paulo Cesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso deEspecialização em Educação Tecnológica do Centro Federal de EducaçãoTecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, pelos ensinamentos,pelosconselhosepelaorientaçãoduranteacaminhadaqueoriginouestelivro.Ao querido amigo, Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta epeloprefáciodestetrabalho.Aoscolegasprofessoresque,commuitocarinho,boa-vontade e esmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas queoriginaramestetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramadePós-GraduaçãoemLetras,desuaPró-ReitoriadePesquisaePós-Graduação e de sua Editora, tornou possível a publicação destaobra.Primeiramente, sempre a Deus, meu porto seguro, por Seuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempreacreditarememmim.Emespecial,ameuspais,peloamparo,pelocarinhoepor todooapoiodedicadosanós.AoestimadoProfessor Paulo Cesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso deEspecialização em Educação Tecnológica do Centro Federal de EducaçãoTecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, pelos ensinamentos,

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pelosconselhosepelaorientaçãoduranteacaminhadaqueoriginouestelivro.Ao querido amigo, Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta epeloprefáciodestetrabalho.Aoscolegasprofessoresque,commuitocarinho,boa-vontade e esmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas queoriginaramestetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramadePós-GraduaçãoemLetras,desuaPró-ReitoriadePesquisaePós-GraduaçãoedesuaEditora,tornoupossívelapublicaçãodestaobra.Dessaforma, o precioso tempo ocioso, o qual poderia ser dedicado aoentretenimento, à leitura e aos estudos, acaba se tornando reduzido. Alémdisso,aocompararessesdadoscomaquelesobtidosapartirdaquartaquestão,algumasdasrespostaselencadasnaquelemomentopodemseraquiratificadas,ou,aomenos, justificadas, jáquealgunsdosprofessoresafirmaramquenãoparticiparam de cursos ou eventos de formação porque não dispunham detempo.Retomandoofocoparaainstituiçãodeensino,aescola,dandoênfasepara os recursos disponibilizados para o trabalho docente, as seguintespergunta buscaram descobrir os recursos físicos e tecnológicosdisponibilizados aos docentes para seu trabalho com LM, bem como asdificuldadesqueenfrentavamparaaPrimeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro, por Seu amor incondicional e pelo domda vida.Ameus filhos e aminha filha, meus maiores tesouros, por sempre acreditarem em mim. Emespecial,ameuspais,peloamparo,pelocarinhoeportodooapoiodedicadosanós.AoestimadoProfessorPauloCesarBittencourteaoCorpoDocentedoCurso de Especialização em Educação Tecnológica do Centro Federal deEducação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ, pelosensinamentos, pelos conselhos e pela orientação durante a caminhada queoriginou este livro.Ao querido amigo, Professor Cacio José Ferreira, pelaleituraatentaepeloprefáciodestetrabalho.Aoscolegasprofessoresque,commuito carinho, boa-vontade e esmero, colaboraram para a efetivação daspesquisasqueoriginaramestetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramadePós-GraduaçãoemLetras,desuaPró-ReitoriadePesquisa ePós-Graduação ede suaEditora, tornoupossível a publicaçãodesta obra.utilização das TIC durante sua prática em sala de aula.Primeiramente, analisamos os dados obtidos a partir da oitava pergunta, aqual, além de verificar os recursos institucionais disponibilizados aoprofessor,buscousabercomquefrequênciaessesrecursoseramutilizadosnasaulas de LM.Os resultados se encontram na Tabela H LM. Tabela H LM –Resultados da pergunta VIII do questionário FREQUÊNCIA DEUTILIZAÇÃODOSRECURSOSNºColaboradores% INSTITUCIONAISPARA O TRABALHO COM LM Sempre, posto que em quase todas as

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aulasestão‘J’0110,0disponíveis.Àsvezes,quandohátempodisponívelnoplanejamento.05‘D’,‘F’,‘G’,‘H’,‘J’50,0Quasenunca,postoquenãohátempodisponível.00Nenhum00,0Nunca,poisnãodátempo.00Nenhum00,0 Nunca, pois não sei como utilizar. 02 ‘B’, ‘C’ 20,0 Não háBIBLIOTECAdisponívelemminhaescola.04‘A’,‘B’,‘C’,‘I’40,0NãoháVIDEOTECAdisponívelemminhaescola.05‘A’,‘B’,‘C’,‘F’,‘I’50,0Nãohá SALA DE MULTIMIDIA disponível em minha escola.Primeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida. A meus filhos e a minha filha, meus maiores tesouros, porsempre acreditarem em mim. Em especial, a meus pais, pelo amparo, pelocarinho e por todo o apoio dedicados a nós. Ao estimado Professor PauloCesar Bittencourt e ao Corpo Docente do Curso de Especialização emEducação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica CelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientação durante a caminhada que originou este livro.Ao querido amigo,Professor Cacio José Ferreira, pela leitura atenta e pelo prefácio destetrabalho. Aos colegas professores que, com muito carinho, boa-vontade eesmero, colaboraram para a efetivação das pesquisas que originaram estetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramade Pós-Graduação em Letras, de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoedesuaEditora, tornoupossívelapublicaçãodestaobra.05 ‘A’,‘B’,‘C’,‘E’,‘I’50,0TOTALDEINFORMANTES10Todos100,0Fonte:oautor (2010). A utilização de recursos nas aulas dos professores quecolaboraramcomaspesquisascomLMnãoeraumaconstante.Maisdametadedos informantes, os docentes ‘A’, ‘B’, ‘C’, ‘E’, ‘F’ e ‘I’, afirmou não haverespaços nem recursos tecnológicos disponibilizados para seu trabalho nasescolasonde lecionavam.Chama-nos atençãoo fatodequatrodocentes, ‘A’,‘B’, ‘C’ e ‘I’, afirmarem que não existia biblioteca em suas escolas, espaçofundamentalparaotrabalhodeformaçãodeleitorestantoemLMquantoemLE. Esse fato exigiria que esses docentes, por conta própria, no mínimo,tenham que buscarmais tempo e recursos para disponibilizar aos alunos asfontes de leitura, os textos que utilizarão em suas aulas. Há aindacolaboradores - ‘D’, ‘F’, ‘G’, ‘H’ e ‘J’ - que atrelaramo uso de recursos àdisponibilidadedetempoemseuplanejamentodidático,afirmandoutilizá-losàs vezes. Essa assertiva vai ao encontro dos questionamentos levantadosanteriormente, versando sobre a sobrecarga de trabalho dos docentes e suaconsequente falta de tempo. Fato interessante, que destoou das demaisdescobertas, foi saber que, mesmo fazendo parte dos docentes que sedeslocavamentremunicípioseescolasparaexerceremsuadeformadoresde

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leitores,ocolaborador ‘J’afirmouqueousode recursoseraumaconstanteem suas aulas. Vale lembrar que esse colaborador pertence ao grupo dospoucosque afirmou já ter participadode algumevento sobre a temáticadasTICequepossuíainteresseemparticipardeoutroseventos,mesmosemnuncaterrecebidoapoioparasuacapacitação.Essaconstataçãonoslevaacrerque,mesmodiante dasmaiores adversidades, existemdocentes que persistem emsuacaminhadaeemsuadifícilenobretarefadeformarcidadãosautônomos,críticos e conscientes. Os dados analisados confirmam a realidade dosproblemas do ensino nas escolas brasileiras, abordados em capítulosanteriores.Problemasinstitucionais,faltadematerialederecursosadequadosao trabalho com línguas, e professores desestimulados, desatualizados edespreparadosaindasãoumaconstantenarealidadedasescolas.Odespreparodos docentes pode ser ratificado pelas descobertas feitas aqui, já que doiscolaboradores-‘B’e‘C’-afirmaramnãoutilizarrecursosemsuasaulaspornão saber como fazê-lo, afirmando, em seus protocolos verbais, que sesentiam despreparados e desatualizados quanto às novas tecnologiasdisponíveis ao trabalho docente. O tema das dificuldades e dos problemasenfrentadospelosdocentesparacolocar emprática seupapel, lançandomãodos variados e adequados recursos disponíveis para esse fim, foi o temacentral da próxima pergunta. Os resultados obtidos a partir dos dadoscoletados por meio da pergunta de número nove estão dispostos a seguir.Tabela I LM –Resultados da pergunta IX do questionárioDIFICULDADESAOTRABALHARCOMASTICNºColaboradores%Odesinteressedosalunos.00Nenhum00,0Afaltadeoportunidadeedeapoiodaescola.09'A'‘B’,‘C’,‘D’,‘E’,‘F’,'H',‘I’,‘J’90,0Afaltadeconhecimentosteóricos.06'A','B','C','D','E',‘F’60,0Afaltademateriale/ouinfraestrutura.06‘A’, 'B', 'C', 'E', 'F', 'I' 60,0 Outras: 00 Nenhum 00,0 TOTAL DERESPOSTAS 10 Todos 100,0 Fonte: o autor (2010). A maioria doscolaboradoresque trabalhavamcomLMafirmouqueaprincipaldificuldadepara aplicar as TIC em suas aulas é a falta de apoio e de oportunidades dainstituição escolar. Somente o professor 'G' não marcou essa resposta. Nasequência, apareceram empatadas, com seis ocorrências cada, duas outrasdificuldades, a) a falta de conhecimentos teóricos sobre as TIC, selecionadapelos colaboradores 'A', 'B', 'C', 'D', 'E', e 'F', e b) a falta de material e/ouinfraestruturaemsuasescolas,selecionadapelosdocentes'A','B''C','E','F'e'I'. Dessa forma, podemos acrescentar à falta de tempo, de informação e deformaçãodocentes,a faltadeapoio institucionalede recursos,oquevaiaoencontro de dados verificados anteriormente, quando alguns colaboradoresafirmaram não haver espaços como biblioteca, salas ou laboratórios de

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multimídias, nem videoteca em suas escolas, situações extremas, em sepensandoautilizaçãodeTICnasaulas.Nasequênciadapesquisa,pormeiodadécima pergunta, busquei descobrir qual era a importância do uso das TICparaosdocentesquetrabalhavamcomLMemsuasaulas.Asrespostasforamabertas,emsetratandodeumaperguntadiscursivaeosresultadosobtidosseencontramaseguir,naTabelaJLM.TabelaJLM–ResultadosdaperguntaXdoquestionárioIMPORTÂNCIADOUSODASTICNASAULASDELMNºColaboradores%Dinamizaçãodasaulas.10Todos100,0Motivação dosalunos.10Todos100,0Interessedosalunos.02 'A', 'B'20,0TOTALDERESPOSTAS10Todos100,0Fonte:oautor (2010).Percebemosque todososcolaboradoresque trabalhavamcomLMtêmaconsciênciadequeasTICpodem dinamizar suas aulas, motivando seus alunos. Em seus protocolosverbais,mesmoaquelesquenãocostumavamutilizá-las, deixaramclaro quesemprequehá algum recursonovo em salade aulaos alunos se interessammaiseaaulafluimelhor,poissesentemmotivadosaparticipar,fatorquevaiao encontro do que já levantamos anteriormente sobre a relevância damotivação para o processo de aquisição de línguas. Até o momento,analisamos os dados coletados sobre as pesquisas com LM. No próximocapítulo, analiso os dados coletados a partir das investigações com LE, emespecialoELE.

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CAPÍTULO7:TrabalhandocomasTICemaulasdeELEOprimeirodosinstrumentosdecoletadedadosutilizadoparaaspesquisascomELEfoiomesmoquestionáriosociolinguístico6utilizadoparaostrabalhoscomLM,compostopordezperguntas,respondidasindividualmenteporcadaumdoscolaboradoresquetrabalhavamcomELE,sobentrevistagravadaapartirdastécnicasdosprotocolosverbais.AprimeiraperguntabuscoudescobrirseosprofessoresquetrabalhavamcomELEutilizavamalgumrecursoemsuasaulas.Asrespostassãoapresentadasaseguir.TabelaAELE–ResultadosdaperguntaIdoquestionárioOSPROFESSORESDEELEUTILIZAMNºColaboradores%RECURSOSEMSUASAULAS?Sim.10Todos100,0Não.00Nenhum0,0SOMA10Todos100,0Fonte:oautor(2010).

AexemplodoocorridocomosprofessoresdeLM,osdezcolaboradoresquetrabalhavamcomELEtambémafirmaramutilizaralgumtipoderecursoemsuasaulas,pormaissimplesquepossaserorecurso.Nointuitodeespecificaressesrecursos,postuleiaseguintepergunta,cujosresultadosestãodispostosnatabelaaseguir.TabelaBELE–ResultadosdaperguntaIIdoquestionárioRECURSOSUTILIZADOSPELOSDOCENTESDEELENºColaboradores%Quadronegrooubranco.10Todos100,0Mapas,figurasedesenhosvariados.10Todos100,0K7ouCDplayer.10Todos100,0TVevídeoouDVDplayer.06‘K’,'L','M','N','O','P'60,0ComputadoreInternet.05'K','L','M','N','O'50,0Outros:Livros,revistasejornais(mídiaimpressa).10Todos100,0TOTALDEPROFESSORES10Todos100,06VideApêndice:Questionáriodesondagem.Fonte:oautor(2010).

AexemplodoqueaconteceucomoscolaboradoresquetrabalhavamcomLM,todososcolaboradoresquetrabalhavamcomELEafirmaramutilizaroquadro,negrooubranco,emsuasaulas,comorecursoindispensável,segundoafirmaçõesemseusprotocolosverbais.OutrodadoparecidoaoqueocorreucomosdocentesdeLMfoiapredominânciadousodemídiasimpressascomorecursosnasaulasdosprofessoresdeELE.Todosessescolaboradoresafirmaramutilizaralgumtipodemídiaimpressa,comomapas,figurasedesenhosvariados,alémdelivros,revistasejornais.UmdadoquediferiudaspesquisascomLMfoiaconstataçãodeque,daquelesprofessores,somentequatro-'G','H','I'e'J',ouseja,aminoriaafirmouutilizarrecursosaudiovisuaiscomoK7eCDplayer,TVevídeoouDVDplayer,enquantoquetodososcolaboradoresquetrabalhavamcomELEafirmaramutilizarrecursosdeáudioe,amaioriadesses,osdocentes'K','L','M','N','O'e'P',tambémcom

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osrecursosdevídeo.EssasconstataçõesvãoaoencontrodoquejálevanteisobreafortetradiçãodousodasTICnoensinodeLE,principalmentenosúltimos40anos,apósoadventodométodoaudiolingual.OutradiferençadotrabalhocomasTICemaulasdeLEemcomparaçãocomoqueaconteceemaulasdeLMpodemosperceberquantoàutilizaçãodasmídiasinformatizadas,comoocomputadoreaInternet.MetadedoscolaboradoresquetrabalhavamcomELE,osprofessores'K','L','M','N'e'O',afirmouutilizaressesrecursostecnológicos,enquantoqueapenasdoisdosquetrabalhavamcomLM,osdocentes'I'e'J',disseramfazeromesmo.EssetrazàtonaaquestãodequeotrabalhocomasTICpossivelmenteestejamaispresenteemaulasdeLEqueemaulasdeLM.Eporquêissoocorre?SeráqueaformaçãodosprofessoresdeLEabrangemaisatemáticadasTICedeseuusodidáticodoqueaformaçãodosprofessoresdeLM?Naesteiradosquestionamentossobreaformaçãodosdocentes,aseguinteperguntabuscoudescobririnformaçõessobreapresençadatemáticadasTIC.Osdadossãoexpostoseanalisadosaseguir.TabelaCELE–ResultadosdaperguntaIIIdoquestionárioPARTICIPAÇÃOEMEVENTODEFORMAÇÃOSOBRETICNºColaboradores%Jáparticipou,masnãotemmaisinteresseemparticipar.00Nenhum00,0Jáparticipou,eaindateminteresseemparticipar.10Todos100,0Nuncaparticipou,masteminteresseemparticipar.00Nenhum00,0Nuncaparticipou,enãoteminteresseemparticipar.00Nenhum00,00TOTALDEPROFESSORES10Todos100,0Fonte:oautor(2010).

NaspesquisascomLM,percebemosquehaviaalgunscolaboradores,osdocentes'A','B','C','D','E'e'F',queafirmaramnuncaterparticipadocursooudeeventodeformaçãosobreasTIC,ratifiPrimeiramente,sempreaDeus,meuportoseguro,porSeuamorincondicionalepelodomdavida.Ameusfilhoseaminhafilha,meusmaiorestesouros,porsempreacreditarememmim.Emespecial,ameuspais,peloamparo,pelocarinhoeportodooapoiodedicadosanós.AoestimadoProfessorPauloCesarBittencourteaoCorpoDocentedoCursodeEspecializaçãoemEducaçãoTecnológicadoCentroFederaldeEducaçãoTecnológicaCelsoSuckowdaFonseca–CEFET/RJ,pelosensinamentos,pelosconselhosepelaorientaçãoduranteacaminhadaqueoriginouestelivro.Aoqueridoamigo,ProfessorCacioJoséFerreira,pelaleituraatentaepeloprefáciodestetrabalho.Aoscolegasprofessoresque,commuitocarinho,boa-vontadeeesmero,colaboraramparaaefetivaçãodaspesquisasqueoriginaramestetrabalho.ÀUniversidadeFederaldoAmazonas,que,pormeiodoProgramadePós-GraduaçãoemLetras,desuaPró-ReitoriadePesquisaePós-GraduaçãoedesuaEditora,tornoupossívelapublicação

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destaobra.candoahipótesedehaverlacunasnaformaçãodocentesobreotema.Noentanto,paranossasurpresa,todososdocentesquecolaboraramcomaspesquisascomELEafirmaramquejáparticiparamdealgumcursooudealgumeventosobreasTIC.Aocompararosdados,podemosproporumarepostaaosquestionamentoslevantadosanteriormente,afirmandoqueoconhecimentosobreasTICestevemaispresentenaformaçãodoscolaboradoresquetrabalhavamcomELE.AperguntaseguintetinhaointuitodedescobrirosmotivosqueimpediriamaparticipaçãodoscolaboradoresdeELEemcursoseemeventosdeformaçãosobreasTIC.ComonãohouveprofessoresdeELEqueafirmaramnuncaterparticipadodealgumeventodessetipo,nãohouverespostasparaessapergunta,comomostramosdadosnatabelaaseguir.TabelaDELE–ResultadosdaperguntaIVdoquestionário

JUSTIFICATIVASPARAANÃOPARTICIPAÇÃODEEVENTOSNºColaboradores%DEFORMAÇÃOSOBREASTICOtemadasTICnãoémaisinteressante.00Nenhum00,0DesconheceoquesãoTIC.00Nenhum00,0Nãohátempodisponívelparaaparticipaçãodeeventos.00Nenhum00,0JáconheceosuficientesobreasTICenãoprecisaconhecer00Nenhum00,0mais.Outrosmotivos:Nãoteveoportunidade.00Nenhum00,0TOTALDEPROFESSORES00Nenhum00,0

Fonte:oautor(2010).

DiferentementedoocorridocomosprofessoresdeLM,nenhumdosdocentesquetrabalhavamcomELEafirmouterdificuldadesparaparticipardecursosedeeventosdeformaçãosobreasTIC.Essedadoindicaqueexisteconhecimentoeformaçãosobreotemaparaoscolaboradoresemquestão,bemcomoqueosprofessoresdeELEencontraramtempoparaaperfeiçoamentoprofissional.Diantedessequadro,poderíamosafirmar,então,queoproblemadafaltadetempoedeincentivodevidoaumajornadadetrabalhodesgastantenãofazpartedarealidadedosdocentesquetrabalhamcomLE?Pormeiodasseguintesperguntas,buscamosrespostascoerentesparaestequestionamento.Sendoassim,aperguntadenúmerocincobuscoudescobriratéquepontoosprofessoresinvestiamourecebiamajudaparaseuaperfeiçoamentoprofissional.Osresultadosobtidosestãonatabelaabaixo.TabelaEELE–ResultadosdaperguntaVdoquestionário

AJUDAEINCENTIVOPARAEVENTOSOUCURSOSNºColaboradores%OriundosdaEscola.05'K','L','M','N','O'50,0Oriundosda

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SecretariadeEducação.02'K','L'20,0Oriundosdafamíliaouamigos.00Nenhum00,0Oriundosdeagênciasdefomentoàpesquisa.00Nenhum00,0Nuncarecebidos.05‘P’,‘Q’,'R','S','T'50,0TOTALDEINFORMANTES10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

DiferentementedoocorridocomoscolaboradoresquetrabalhavamcomLM,metadedosquetrabalhavamcomELE,osdocentes‘K’,'L','M',‘N’e‘O’,afirmouquejárecebeualgumtipodeincentivoparaparticipardeeventooudecursodeformaçãosobreasTIC,quersejaoriundodainstituiçãoescolarondetrabalhava,oudaSecretariadeEducaçãoàqualestavavinculada.Aoutrametade,compostapeloscolaboradores'P','Q','R','S'e'T',afirmoununcahaverrecebidoqualquertipodeincentivoparaaparticipaçãoemeventossobreatemática.AocompararmosessesdadosaosoriundosdaspesquisascomLM,percebemosqueoscolaboradoresquetrabalhavamcomELEerammaisincentivadosàreciclagemeaoaperfeiçoamentoprofissional,jáqueapenasumdocentedeLM,oprofessor'G',afirmoujáhaverrecebidoalgumtipodeincentivoparatalfinalidade.Outrodadobastanteinteressantefoiofatodeque,mesmosemincentivosformalizados,metadedosdocentesdeELEparticipoudeeventosdereciclagemedeaperfeiçoamentoprofissionalsobreasTIC,demonstrandointeressepelatemática.Apartirdessasconstatações,levantonovosquestionamentos:emvirtudedevariadosmotivos,oscolaboradoresquetrabalhavamcomLMnãodemonstraraminteresse,ouainda,forçadevontadenotocanteaseuaperfeiçoamentoprofissional,incluindoatemáticadasTIC?OuelesrealmentetinhamumajornadadetrabalhomuitomaisintensaedensaqueajornadadosquelecionavamELE,dificultando,assim,suaparticipaçãonessetipodeevento?Aspróximasperguntaspoderãonosdarsubsídiospararesponderaessesquestionamentos.Dessaforma,pormeiodaperguntadenúmeroseis,busqueisaberemquantaseemquaiscidadestrabalhavamcadaumdosprofessoresquecolaboraramcomaspesquisascomELE.Osresultadosseencontramaseguir,naTabelaFELE.TabelaFELE–ResultadosdaperguntaVIdoquestionárioCIDADESONDE

TRABALHAMOSDOCENTESNºColaboradores%Emsomenteuma.04‘L’,‘M’,‘N’,‘R’40,0Emduas.05‘K’,‘Q’,‘S’,‘T’50,0Emtrês.01‘P’,‘O’10,0Emquatrooumais.00Nenhum00,0TOTALDERESPOSTAS10Todos100,0

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Fonte:oautor(2010).

Amaioriadosdocentesenvolvidosnaspesquisastrabalhavaemmaisdeumacidade.Seisdelesafirmaramtrabalharempelomenosduaseosprofessores‘P’e‘O’,emtrês.SãodadosquevãoaoencontrodaquelesdadoscoletadosapartirdaspesquisascomLM.Noentanto,percebemosaindaque,notocanteaoscolaboradoresquetrabalhavamcomELE,onúmerodeprofessoresqueafirmoutrabalharemsomenteumaescolaexcedeonúmerodosprofessoresquetrabalhavamcomLM.VerificamosqueeramtrêsosdocentesdeLMqueafirmavamtrabalharemsomenteumaescola,osinformantes‘A’,‘E’e‘F’,equatrooscolaboradoresquetrabalhavamcomELE,‘L’,‘M’,‘N’e‘R’.Mesmocomesseaumentonoíndicedetrabalhoemsomenteumacidade,continuamospercebendoqueotrabalhodocenteconfigura-seemumajornadacansativa,dedeslocamentosintermunicipais,oquetomatempoquepoderiaserdedicadoaoutrosafazereseaoócio.VerificamosqueamaioriadoscolaboradoresquetrabalhavamcomELElecionavanacidadedeBarraMansa,aexemplodoqueaconteceucomosdocentesquecolaboraramcomaspesquisascomLM.Foramoitoosprofessoresquelecionavamnessacidade:osinformantes‘K’,‘L’,‘M’,‘N’,‘O’,‘P’,‘R’e‘S’.Tambémemsegundolugar,apareceuacidadedeVoltaRedonda,comquatrodocentes,‘K’,‘O’,‘P’e‘Q’,afirmandolecionaremalgumaescolalocalizadanessemunicípio.OdestinodetrabalhomaisverificadoaseguirfoiacidadedePiraí,localdetrabalhodosdocentes‘Q’e‘S’.OsoutroscasosforamdistribuídosentreascidadesdePinheiral,PortoReal,RiodeJaneiroeNiterói,destinodetrabalhodosrespectivosprofessores:‘P’,‘O’,eoprofessor‘T’trabalhandonasduasúltimascidadesmencionadas.AindasobreajornadadetrabalhodosdocentesquecolaboraramcomaspesquisascomELE,aperguntadenúmerosetebuscousaberemquantasinstituiçõesdeensinocadaumtrabalhava.Osresultadosdessaperguntaestãodispostosnaseguintetabela.

TabelaGELE–ResultadosdaperguntaVIIdoquestionário

ESCOLASONDETRABALHAMOSDOCENTESNºColaboradores%Emapenasuma.03‘L’,‘M’,‘N’30,0Emduas.02‘K’,‘O’20,0Emtrês.04‘Q’,‘R’,‘S’,‘T’40,0Emquatrooumais.01‘P’10,0TOTALDERESPOSTAS10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

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AexemplodoqueaconteceucomosdocentesquetrabalhavamcomLM,percebemosqueamaioriadoscolaboradoresquelecionavamE/LEtrabalhavaemmaisdeumaescola.Quatrodocentes,osinformantes‘Q’,‘R’,‘S’e‘T’,afirmaramquetrabalhavamemtrêsescolas.Osdocentes‘K’e‘O’disseramquelecionavamemduasescolaseoinformante‘P’,emquatrooumaisinstituiçõesdeensino.Somenteosdocentes‘L’,‘M’e‘N’afirmaramquelecionavamemapenasumaescola.Maisumavez,percebemosqueajornadadetrabalhodocenteéárduaecansativa,envolvendoodeslocamentointermunicipal,etambémentrediferentesinstituiçõesdeensino.Essefato,conformejámencionado,podeprejudicarorendimentoeadedicaçãodoprofessor,devidoaoacúmulodetarefas,àescassezdetempoeaocansaçoqueenfrenta.Noentanto,podemosressaltarque,mesmocomtodoessecansaçoecomumajornadadetrabalhotambémdesgastante,oscolaboradoresquelecionavamELEnãodeixaramdeparticipardeeventosdeformaçãocontinuada,diferentementedoocorridocomosdeLM.Podemos,então,afirmarquerealmentehámaisdisposiçãoaoaperfeiçoamentoeàreciclagemprofissionaisporpartedosdocentescolaboraramcomaspesquisascomELE,emcomparaçãocomosresultadosobtidosapartirdaspesquisascomoscolaboradoresquetrabalhavamcomLM.Aindasobreessetema,levantooutrosquestionamentos.Porqueosprofessoresprecisamsedeslocarentreescolasemunicípios,tornandomaiscansativaeestressantesuatarefa?Ossaláriosquesãooferecidospelasjornadasemumaúnicainstituiçãodeensinonãosãosuficientesparasuamanutenção?Infelizmente,esseéumproblemarecorrenteháváriosanosemnossopaís.Daí,maisumavez,ressaltoanecessidadedoinvestimentonamelhoriadaspolíticassalariaisedeincentivoàformaçãocontinuadadosprofessores.Retomandoofocosobreainstituiçãodeensino,pormeiodasseguintesperguntas,busqueisaberquaiseramosrecursosfísicosetecnológicosdisponibilizadosaosdocentes,paraseutrabalhocomELE,bemcomoasdificuldadesqueenfrentamparaautilizaçãodasTICdurantesuapráticaemsaladeaula.Nessaesteira,aoitavaperguntabuscouverificarquaiseramosrecursosinstitucionaisdisponibilizadosaoprofessor,ecomquefrequênciaessesrecursoseramutilizadosnasaulasdeELE.Osresultadosseencontramaseguir,naTabelaHELE.TabelaHELE–ResultadosdaperguntaVIIIdoquestionário

FREQUÊNCIADEUTILIZAÇÃODOSRECURSOSNºColaboradores%INSTITUCIONAISPARAOTRABALHOCOMELESempre,postoqueemquasetodasasaulasestão04‘M’,‘N’,‘O’,‘T’40,0disponíveis.Àsvezes,quandohátempodisponívelnoplanejamento.03‘K’,‘R’,'S’30,0Quase

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nunca,postoquenãohátempodisponível.02‘P’,‘Q’20,0Nunca,poisnãodátempo.00Nenhum00,0Nunca,poisnãoseicomoutilizar.00Nenhum00,0NãoháBIBLIOTECAdisponívelemminhaescola.01‘Q’10,0NãoháVIDEOTECAdisponívelemminhaescola.01‘L’10,0NãoháSALADEMULTIMIDIAdisponívelemminha01‘L’10,0escola.TOTALDEINFORMANTES10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

PercebemosalgumasdiferençasaocompararosdadosnatabelaacimacomosoriundosdostrabalhoscomLM.Naquelemomento,somenteumdocente,oinformante‘J’,afirmouutilizarsempreosrecursosinstitucionaisemsuasaulas,enquantocincooutros,osinformantes‘D’,‘F’,‘G’,‘H’,‘J’,afirmaramqueofaziamsomentequandodispunhamdetempoemseuplanejamento.ArealidadedosdocentesquetrabalhavamcomELEeraoutra.Quatrodeles,oscolaboradores‘M’,‘N’,‘O’e‘T’,afirmaramquesempreutilizavamosrecursosinstitucionaisemsuasaulas,porque,namaioriadasvezes,estavamdisponíveis.Alémdisso,oscolaboradores‘K’,‘R’e‘S’afirmaramqueofaziamquandohaviatempodisponível.ApenasumcolaboradorquelecionavaELE,odocente‘Q’,dissenãoexistirbibliotecanainstituiçãodeensinoondelecionava,enquantoquequatrodocentesdeLM,osinformantes‘A’,‘B’,‘C’e‘I’,fizeramessamesmaafirmação.Constatamostambémque,maisumavez,somenteumdocentedeELE,ocolaborador‘L’,afirmouquenãoexistiavideotecanemsalademultimídianaescolaondetrabalhava,enquantoqueessaafirmaçãofeitaporseisdosdocentesquetrabalhavamcomLM,oscolaboradores‘A’,‘B’,‘C’,‘E’,‘F’e‘T’.Apartirdessacomparação,ficaclaroqueousoderecursosnasaulasdeELEparecesermaisconstantedoquenostrabalhosrealizadoscomLM,equeasinstituiçõesdeensinoondetrabalhamosdocentesquelecionamELEestãocadavezmaisseequipandoemunindoosprofessoresderecursostecnológicosafimdeapoiaremseutrabalho.Apesardosinúmerosproblemasenfrentadosporessesdocentesemseucotidianodetrabalho,percebeu-sequeotrabalhodecomELElançamãodeváriosrecursostecnológicoscomoapoioecomofatordeenriquecimentodasaulas.Mesmoafaltadetemponãosecolocacomobloqueioouempecilhoparaessesdocentes,jáquesomentedoisdeles,oscolaboradores‘P’e‘Q’,afirmaramquequasenuncadispunhamdetempoparalançarmãodosrecursosinstitucionaisdisponíveisparaseutrabalho.AexemplodoocorridocomaspesquisascomLM,osdadosanalisadosconfirmamarealidadedosproblemasdoensinonasescolasbrasileiras.Problemasinstitucionais,faltademateriale

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derecursosadequadosaotrabalhocomlínguaseprofessoresdesestimulados,desatualizadosedespreparadosseguemconstantes.AtemáticadasdificuldadeseproblemasenfrentadospelosdocentesparacolocaremempráticaseutrabalhocomELE,lançandomãodosvariadoseadequadosrecursosdisponíveisparaessefim,foiotemacentraldepróximapergunta.Osresultadosobtidosapartirdosdadoscoletadossãoapresentadosaseguir.TabelaIELE–ResultadosdaperguntaIXdoquestionário

DIFICULDADESAOTRABALHARCOMASTICNºColaboradores%Odesinteressedosalunos.00Nenhum00,0Afaltadeoportunidadeedeapoiodaescola.03'P’,‘Q’,‘L’30,0Afaltadeconhecimentosteóricos.00Nenhum00,0Afaltademateriale/ouinfraestrutura02'Q','L'20,0Outras:00Nenhum00,0TOTALDERESPOSTAS10Todos100,0

Fonte:oautor(2010).

DiferentementedoocorridocomaspesquisassobreostrabalhoscomLM,osdocentesquecolaboraramcomaspesquisassobreELEafirmaram,emsuaminoria-'P','Q'e'L',queaprincipaldificuldadeparatrabalharcomasTICemsuasaulaseraafaltadeoportunidadeedeapoiodainstituiçãoescolarondetrabalhavam,fatorapontadocomoprincipaldificuldadepelamaioriadosdocentesdeLM.PercebemostambémquedoisdosdocentesdeELE,osprofessores'Q'e'L',afirmaramtercomodificuldadeparaousodasTICemsuasaulasafaltademateriale/oudeinfraestruturaemsuasescolas.Essefatorfoiapontadoporoutrosdocentes,tambémnaspesquisascomLM.Peloquevemosatéaqui,podemosafirmarque,apesardearealidadeparaosdocentesquetrabalhamcomELEserdiferentedarealidadedosdocentesdeLM,existeaindaanecessidaderealdeinvestimento,nãosónaformaçãocontinuadadocente,mastambémemrecursoseeminfraestruturatecnológicos.AperguntafinaldoquestionáriobuscoudescobriraimportânciadadapelosdocentesdeELEàsTICemsuasaulas.Lembroque,porsetratardeumaperguntaaberta,asrespostasforamtabuladasedispostasemformadetabela.TabelaJELE–ResultadosdaperguntaXdoquestionário

IMPORTÂNCIADOUSODASTICNASAULASDEELENºColaboradores%Dinamizaçãodasaulas.10Todos100,0Motivaçãodosalunos.10Todos100,0Interessedosalunos.10Todos100,0Ampliaçãodaspossibilidadesdetrabalho.05'K','L','M','N','O'50,0TOTALDERESPOSTAS10Todos100,0

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Fonte:oautor(2010).

AexemplodoverificadoapartirdaspesquisascomLM,percebemosquetambémparaosdocentesdeELEasTICfuncionavamcomoinstrumentodinamizadoremotivadoremsuasaulas,pois,segundoseusprotocolosverbais,ampliamaspossibilidadesdepesquisaedeabordagememsaladeaula,facilitandooacessoainformações–processovitalparaoensinodeumaLE,alémdeaumentarointeressedosalunos.Nasequência,buscocosturaralgunspontoslevantadosduranteoscapítulosdesselivro,embuscadeteceralgumasconsideraçõeseencaminhamentosfinais.

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CAPÍTULO8:Eentão...comoficaaquestão...

Aoiniciaresselivro,frutodepesquisasrealizadasduranteminhaformação,apresenteicomoobjetivosverificarseosprofessorescolaboradoreslançavammãodealgumrecursotecnológicoemsuasaulas,e,quaisseriamosmotivosqueos levariama fazê-lo (ou não), assim como as dificuldades encontradasdurante o processo. Após analisar os dados oriundos da colaboração dedocentes que trabalhavam com LM e de outros que lecionavam ELE, ficouevidenteumadiscrepâncianotocanteaoconhecimentoeàutilizaçãodasTICemsuasaulas.

Os docentes que trabalhavam com ELE possuíammaior conhecimento comrelaçãoaessatemáticae,porisso,utilizavamasTICemsuasaulascommaisfrequência e propriedade que os docentes que trabalhavam com LM. Alémdisso, pude confirmar a hipótese levantada de que a jornada de trabalho detodos os colaboradores é bastante árdua, com muitos atuando em váriasinstituições de ensino e cidades diferentes, perdendo parte de seu preciosotempo com deslocamentos e com viagens desnecessários. Esse dado temfuncionado como dificultador para a reciclagem e para o aperfeiçoamentoprofissional desses colaboradores, pois alguns deles, principalmente os quetrabalhavamcomLM,afirmaramquenãoparticipardecursosnemdeeventosdeformaçãodevidoàfaltadetempo.Outros,ainda,quenãoutilizavamasTICem suas aulas devido à falta de espaço em seu planejamento, o que tambémpodeestarvinculadoaofatortempo.Sobreessetema,é interessanteressaltarque, apesar de realizarem uma jornada cansativa, pesada e estressante detrabalho,osdocentescolaboradorescomaspesquisascomELEsemostraraminteressadosporsuaformação.

Ficouclaroque,mesmocomtodosospossíveiscontratempos,nãodeixaramdeparticipardecursosoudeeventossobreasTIC.AjustificativadafaltadeconhecimentosobreatemáticadasTICmencionadaparaapoucaounenhumautilização dos recursos nas aulas aliada ao fator falta de tempo ratifica ahipótese sobre a existência de lacunas na formação docente sobre as TIC.Infelizmente,essasituaçãofoiverificadahácercadeseteanoseaindaperduranos dias de hoje, tendendo a piorar, dadas as mudanças enfrentadas pelaeducaçãonoatualpanoramapolíticobrasileiro,quepermitemqueindivíduossem formação e conhecimento adequados assumam a responsabilidade deministraraulasdecomponentescurricularesporumpossívelatestadodeumnotóriosaber.

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Ficaclaro,então,que,enquantonãoexistirumolhareumavontadepolíticosmais específicos para a formação continuada docente, esse processocontinuaráserepetindocomoumaboladeneve.Énecessáriohaverincentivo,seja de disponibilidade de tempo e/ou de recursos materiais nas escolas efinanceiros, para que os docentes se capacitem e se atualizem a fim deacompanharosavançostecnológicosecientíficosnecessáriosaumaatuaçãoadequadacomoformadoresdecidadãosconscientesdeseupapelnasociedadebrasileira.Continuasendoindispensávelemisteravalorizaçãododocenteedesuascondiçõesdetrabalho.

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REFERÊNCIAS

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BARROS,DianaLuzPessoade;FIORIN,JoséLuiz(Orgs.).Dialogismo,polifoniaeintertextualidade.2.ed.1.reimpr.SãoPaulo:Edusp,2003.(EnsaiosdeCultura,07).LOPES,L.P.M.Oficinadelingüísticaaplicada.3.reimp.RiodeJaneiro:MercadodasLetras,2001.MÁRQUES,P.LasTICysusaportacionesalasociedad.[S.l.:s.n.],2001.Disponívelem:<http://dewey.uab.es/pmarques/tic.htm>.Acessoem:jan.2009.SANT’ANNA,AffonsoRomanode.Paródia,paráfrase&cia.7.ed.5.reimp.SãoPaulo:Ática,2003.TAVARES,KátiaCristinadoAmaral.Ousodaintrospecção:datécnicadepesquisaparaoensinodeleitura.1993.239f.Dissertação(MestradoemLetrasAnglo-Germânicas)-FaculdadedeLetras,UFRJ,RiodeJaneiro,1993.mimeo.TEIXEIRA,WagnerBarros.Apré-leituranodiscursodidáticodoprofessoremaulasdelínguamaternaelínguaestrangeira.2009.176f.Dissertação(MestradoemLetrasNeolatinas)-FaculdadedeLetras,UFRJ,RiodeJaneiro,2009.______.Formaçãodeleitores:apré-leituranoensinodelínguas.Manaus:EDUA,2017.______.OusodasTecnologiasdaInformaçãoedaComunicaçãoemaulasdelínguamaternaeestrangeira.2010.59f.MonografiaapresentadaàPós-GraduaçãodoCentroFederaldeEducaçãoTecnológicaCelsoSuckowdaFonseca–CEFET,RiodeJaneiro,2010.TEIXEIRA,WagnerB.;VIVIANO,LurdesM.dosS.Festivaldecinemapicaresco:quatropoderosasferramentasparaumensinoeficazesignificativodacompreensãoeproduçãodetextos.In:CELERJ,6.,2005,SãoGonçalo.Anais...SãoGonçalo:FFP/UERJ,2005.

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APÊNDICEQuestionáriodesondagem

CEFETCelsoSuckowdaFonseca

UniversidadeAbertadoBrasil

QUESTIONÁRIOSOCIOLINGUÍSTICO1.Vocêcostumautilizaralgumtipoderecursoemsuasaulasdelíngua?()Sim()Não2.Quaisrecursosvocêutiliza?()Quadronegrooubranco()Mapas,figurasedesenhosvariados()K7ouCDplayer()TVevídeoouDVDplayer()ComputadoreInternet()Outros:______________________________________________________________________________3.VocêjáparticipoudealgumeventooucursoquepromovesseaformaçãosobreasTIC?()Sim,jáparticipeiantes,masnãotenhomaisinteresseemparticipar.()Sim,jáparticipeieaindatenhointeresseemparticipardeoutros.()Não,nuncaparticipei,mastenhointeresseemparticipar.()Não,nuncaparticipei,enãotenhointeresseemparticipar.4.Sesuarespostafoinegativaàquestãodenúmero4(quatro),justifique-a,aseguir:()Nãomeinteressomaispelotema.()NãoseioquesãoasTIC.esleciona?()Emsomente01.()Emduas.()Emtrês.()Emquatrooumais.Na(s)cidade(s)de_________________________________________________________________________()Nãotenhotempoparaparticipardeeventosoucursos.()Jáconheçobastantesobreotema,portanto,nãoénecessárioquemeinteressemaissobreoassunto.esleciona?()Emsomente01.()Emduas.()Emtrês.()Emquatrooumais.Na(s)cidade(s)de_________________________________________________________________________()Outrosmotivos:_______________________________________________________________________5.Vocêjárecebeualgumaajudaouincentivoparaparticipardeeventosoucursoscomoosmencionadosnoitem3?()Sim,deminhaescola.()Sim,daSecretariadeEducação.()Sim,deminhafamíliaouamigos.()Sim,deagênciasdefomentoàpesquisa.()Não,nuncarecebi.6.Emquantasequaiscidadesleciona?()Emsomente01.()Emduas.()Emtrês.()Emquatrooumais.Na(s)cidade(s)de_________________________________________________________________________7.Emquantasescolasvocêtrabalha?()Emapenas01.()Emduas.()Emtrês.()Emquatrooumais.8.Na(s)escola(s)ondevocêtrabalha,comquefreqüênciautilizaespaçoscomoBIBLIOTECA,VIDEOTECAeSALADEMULTIMIDIAemsuasaulas?()Sempre,emquasetodasasaulasestão

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disponíveis.()Àsvezes,quandodisponhodetemposobrandoemmeuplanejamento.()Quasenunca,poisnamaioriadasvezesnãotenhotempo.()Nunca,poisnãodátempo.()Nunca,poisnãoseiutilizá-las.()NãoháBIBLIOTECAdisponívelemminhaescola.()NãoháVIDEOTECAdisponívelemminhaescola.()NãoháSALADEMULTIMIDEAdisponívelemminhaescola.9.QuaissãoasmaioresdificuldadesquevocêencontraaotrabalharcomasTIC?()Odesinteressedosalunos.()Afaltadeoportunidadeeapoiodainstituiçãoescolar.()Aausênciadeconhecimentosteóricossobreoassunto.()Afaltademateriale/oudeinfra-estruturaparaapoiarotrabalho.()Outras:______________________________________________________________________________10.QualaimportânciadousodasTICnasaulasdelinguas?Desdejá,autorizoareproduçãoedivulgaçãodasinformaçõescontidasaqui,bemcomonosprotocolosverbaispormimrealizadosparafinsdepesquisaacadêmicaecientífica._________________,____/____/2010.Assinatura:_____________________________________________________________________________

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SumarioPREFÁCIOINTRODUÇÃOCAPÍTULO1:Alínguaestrangeiranoensinobrasileironosdiasdehoje:contextualizandoaquestãoCAPÍTULO2:AquisiçãoeaprendizagemdelínguasCAPÍTULO3:EnsinodelínguaseTIC:umacombinaçãopossíveleconsolidadaCAPÍTULO4:EnsinodelínguaseTIC:umaexperiênciadesucessoCAPÍTULO5:EfetivandoapesquisaCAPÍTULO6:TrabalhandocomasTICemaulasdeLMCAPÍTULO7:TrabalhandocomasTICemaulasdeELECAPÍTULO8:Eentão...comoficaaquestão...REFERÊNCIASAPÊNDICE