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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
UnilesteMG– Curso de Graduação de Engenharia Civil
CONCRETO ARMADO X VIDA ÚTIL
Relatório referente a apresentação de
seminário, na aula de materiais de
construção, da turma noturna de
Engenharia Civil, com finalidade da
obtenção parcial da nota do período.
Professor: Erriston Campos Amaral
PAULO ROBERTO CARDOSO RIBEIRO
FAUSTO MIRANDA DE QUEIROZ JUNIOR
Coronel Fabriciano
2013
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SUMARIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2 DEFINIÇÕES ........................................................................................................... 1
2.1- Concreto Armado: .............................................................................................. 1
2.2- Durabilidade e Vida Útil: .................................................................................... 2
3 FATORES QUE INFLUENCIAM A VIDA ÚTIL ........................................................ 2
3.1 Corrosão da Armadura do concreto armado .................................................... 2
3.2 Agentes de despassivação da armadura .......................................................... 3
3.2.1 Carbonatação ................................................................................................... 3
3.2.2 Despassivação por cloretos ............................................................................ 4
4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE DADOS ................................................................ 4
5 DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL ........................................................................... 4
5.1 Métodos para Estimar a Vida Útil ....................................................................... 4
5.1.1 Método com enfoque Determinista e probabilista ........................................ 4
6 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO
O estudo da durabilidade do concreto armado, tem evoluído, graças as novas
tecnologias, sendo possível fazer uma previsão de vida útil da estrutura de maneira
quantitativa, aonde antes era possível fazer a previsão somente de maneira
qualitativa (MEDEIROS, ANDRADE e HELENE, 2011)
O concreto é um material naturalmente poroso A relação de quão poroso um
material é, será o que irá determinar patologias e comprometimento na estrutura.
2 DEFINIÇÕES
2.1- Concreto Armado:
O concreto, por si só, é um material de grande resistência aos esforços de
compressão, todavia possui resistência praticamente nula aos esforços de tração.
Tendo essa característica em vista, surge então o concreto armado. Segundo
JUNIOR (200-?) a união do concreto e do aço só é possível devido a algumas
razões:
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1ª) O concreto e o aço são capazes de trabalhar em conjunto graças a aderência
entre os dois materiais:
2ª) Os coeficientes de dilatação do concreto e do aço são praticamente iguais:
3ª) Graças ao concreto, a armadura de aço é protegida aos efeitos de oxidação
garantindo a durabilidade da estrutura:
2.2- Durabilidade e Vida Útil:
Os termos vida útil e durabilidade possuem definições tão próximas que
frequentemente são utilizados erroneamente. A durabilidade é uma qualidade da
estrutura e a vida útil é a quantificação desta qualidade (BARBOSA, 2009 apud Da
Silva, 2001)
Segundo a ABNT 6118:2007, vida útil de projeto é o “período de tempo durante
o qual se mantêm as características das estruturas de concreto, desde que
atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo
construtor, bem como de execução dos reparos necessários decorrentes e danos
acidentais”.
O planejamento da vida útil de uma estrutura é um processo extremamente
difícil, pois ao realizar o levantamento de dados para o estudo, o engenheiro deve
lidar com diversos fatores aleatórios.
3 FATORES QUE INFLUENCIAM A VIDA ÚTIL
A porosidade existente no concreto, serve como meio para a penetração de
gases e substancias no revestimento da armadura do concreto armado. Por isso
deve-se atentar quanto ao preparo do concreto, dosagem e cura (VANDERLEI,
1996)
O conhecimento prévio do local aonde será construída a estrutura, também é
importante, pois ira classificar o nível de agressividade a qual a estrutura será
sujeita, podendo-se ter um melhor controle do material a ser escolhido.
3.1 Corrosão da Armadura do concreto armado
Um dos fatores que levam a uma estrutura a redução de sua vida útil, é a
corrosão da armadura do concreto armado, uma patologia muito comum em várias
edificações, devido ao pouco conhecimento técnico sobre o assunto, de muitos
profissionais da área.
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Ao sofrer corrosão o metal da armadura tente a aumentar seu volume, gerando
grandes tensões de tração sobre o concreto que reveste a estrutura, gerando trincas
e lascamento do concreto na região afetada. Outras consequências da corrosão da
armadura é a perda da aderência do concreto com a barra de aço e a redução da
secção da armadura.
A corrosão de um metal é um processo que pode ser dividido em dois tipos,
químico e eletroquímico, segundo SOUZA (2005), a corrosão de caráter químico, dá-
se por uma reação gás/solido na superfície do metal, formando uma camada fina de
corrosão, que deteriora o metal lentamente. Já a corrosão eletroquímica, ocorre com
uma reação anódica de dissolução do metal e outra de natureza catódica
(BARBOSA, 2009).
3.2 Agentes de despassivação da armadura
Ao se construir um elemento de concreto armado, devido ao ambiente
altamente alcalino, à formação de uma película protetora no aço chamada de
elemento passivador do aço (BARBOSA, 2009). Essa película é formada a partir do
alto Ph encontrado na mistura do concreto, devido a liberação de Ca(OH)2, durante a
hidratação dos silicatos de cálcio do cimento (BARBOSA 2009 apud HELENE,
1986).
A despassivação da armadura ocorre, quando agentes esternos, conseguem
vencer a camada protetora do concreto e alcançar o metal. Essa infiltração ocorre
através dos porros e microfissuras presentes no concreto.
3.2.1 Carbonatação
A carbonatação ocorre, devido a penetração de gás carbônico na estrutura,
através dos poros do concreto, reagindo com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2),
diminuindo assim o Ph existente no concreto, gerando a despassivação da
armadura, ficando sujeito a corrosão.
A carbonatação a princípio ocorre de maneira rápida e vai diminuindo, isso
ocorre devido a liberação de agua devido a carbonatação do hidróxido de cálcio
(Ca(OH)2) e do próprio carbonato de cálcio que preenche os porros dificultando a
penetração do gás carbônico (𝐶𝑜2).
Outro fator responsável pela carbonatação são os poros existentes no
concreto, quanto mais e maiores, maior o nível de carbonatação.
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3.2.2 Despassivação por cloretos
Os cloretos quando em excesso, ou mal aplicados provocam um efeito
contrário ao de passivação da armadura, modificando o Ph existente, deixando o
metal sujeito a corrosão (BARBOSA, 2009).
Os íons de cloreto, podem ser introduzidos intencionalmente à massa de
concreto, como agentes acelerantes de pega, ou através de água ou agregados
contaminados. A contaminação também ocorre devido a ataques externos de
agentes agressivos, como a maresia, salmouras industriais ou sais anticongelantes
(SOUZA, 2005).
4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE DADOS
Os ensaios realizados na estrutura, são classificados em dois tipos: os
Destrutivos, aonde há a destruição parcial ou total da estrutura e os não destrutivos,
que não geram danos a sua estrutura. Sempre, deve-se priorizar os ensaios não
destrutivos, sendo utilizados os destrutivos somente quando houver necessidade de
uma maior precisão dos resultados.
5 DETERMINAÇÃO DA VIDA ÚTIL
Para que se possa abordar, de forma quantitativa, a questão de durabilidade
das estruturas, é de suma importância estimar a vida útil das estruturas de concreto
armado (SOUZA, 2005 apud PEREIRA, 2001).
Souza (2005) apud Helene (2004) define a vida útil como sendo de 4 tipos: vida
util de projeto, de serviço, total e residual.
5.1 Métodos para Estimar a Vida Útil
Segundo Medeiros, Andrade e Helene (2011) apud Helene (2004) pode se efetuar a
estimativa de vida útil de estruturas de concreto por meio de 1 dos 4 procedimentos
existentes a seguir:
5.1.1 Método com enfoque Determinista e probabilista
A base científica do método determinista são os mecanismos de transporte de
gases, de fluídos e de íons através dos poros do concreto, no caso do período de
iniciação e a lei de Faraday no caso do período de propagação, sempre que se trate
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de corrosão das armaduras (MEDEIROS, ANDRADE HELENE, 2011 apud HELENE,
1997).
Os métodos determinísticos são: Modelo da Raiz Quadrada do Tempo,
Solução da Segunda Lei de Fick, Modelo de Andrade et al. , Modelo do CEB ,
Modelo proposto Pelo DURACRETE , Modelo de Andrade
O método probabilista, considera a teoria das falhas e, nos casos mais
aprofundados, considera-se também o conceito de risco, ou seja, o produto da
probabilidade de falha pelo custo do prejuízo causado.
6 CONCLUSÃO
Concluiu-se através desse trabalho, que deve-se ter cuidados quanto a
preparação do concreto armado, e suas manutenções a fim de aumentar a sua vida
útil, atentando-se aos fatores de risco, que podem influenciar a um desgaste.
Quanto aos métodos de utilização para a determinação da vida útil, apesar de
complexos, devido as diversas variantes existentes no momento de defini-la, é
importante seu conhecimento, para um planejamento mais eficiente e econômico da
obra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto
de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
BARBOSA, Mauro Cesar. DA SILVA, Turíbio José. Estimativa da vida útil de
estrutura de concreto armado imediatamente após sua execução. Minas Gerais:
UFU, 2009.
SOUZA, Karen Nunes de. Estudo experimental e probabilístico da vida útil
de estruturas de concreto armado situadas em ambiente marítimo: influência
do grau de saturação de concreto sobre a difusividade de cloretos. Rio Grande
do Sul: UFRG, 2005