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REDAÇÃO OFICIAL Dificuldades mais freqüentes na língua Portuguesa

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REDAÇÃO OFICIAL

Dificuldades mais freqüentes na língua

Portuguesa

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A FIM ou AFIM?

Escrevemos afim, quando queremos dizer semelhante.

Ex.: O gosto dela era afim ao da turma.

Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar finalidade.

Ex.: Veio a fim de conhecer os parentes

Pensemos bastante, a fim de que respondamos certo

Ela não está a fim do rapaz.

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A PAR ou AO PAR?

A expressão ao par significa sem ágio no câmbio, pelo valor nominal. Portanto, se quiseres utilizar esse tipo de expressão, significando ciente, deveremos escrever a par.

Ex.: As ações foram cotadas ao par.

Fiquei a par do ocorrido.

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A CERCA DE, ACERCA DE ou HÁ CERCA DE?

A cerca de significa a uma distância.

Ex.: Osório fica a cerca de uma hora de automóvel da capital.

Acerca de significa sobre.

Ex.: Conversamos acerca de política.

Há cerca de significa que faz ou existe(m) aproximadamente

Ex.: Moro neste apartamento há cerca de oito anos.

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AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?

Ao encontro de que dizer favorável a, para junto de.

Ex.: Isso vem ao encontro do desejo da turma.

Vamos ao encontro dos colegas.

De encontro a quer dizer contra.

Ex.: Um carro foi de encontro a outro.

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HÁ ou A?

Quando nos referimos a um determinado espaço de tempo, podemos escrever há ou a, nas seguintes situações:

Há – quando o espaço de tempo já tiver decorrido e puder ser substituído por faz.

Ex.: Ela saiu há dez minutos.(= ela saiu faz dez minutos)

A – quando o espaço de tempo ainda não transcorreu, ou (se tiver transcorrido) não puder ser substituído por faz.

Ex.: Ele voltará daqui a dez minutos.

Estamos em setembro, portanto, a quase três meses do Natal.

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PARA EU ou PARA MIM? (1/2)

Usa-se para eu (para tu), quando o eu (tu) é sujeito (geralmente seguido de um infinitivo).

Ex.: Empresta-me este livro para eu ler.

Este trabalho é para tu realizares.

Usa-se para mim (para ti), quando, após essa expressão, não existir verbo (ou, em estando ali o verbo, o pronome não for o seu sujeito).

Ex.: Empresta este trabalho para mim. Ele não é para ti.

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PARA EU ou PARA MIM? (2/2)

Lembre-se:

MIM nunca faz nada, portanto MIM não pode ser sujeito.

Obs.: Isso não significa que sempre o infinitivo é precedido pelo pronome eu (ou tu). Quando ele for impessoal, não terá sujeito. Logo, poderá haver antes dele o pronome mim (ou ti).

Ex.: É difícil para mim entender essa gente.

É impossível para ti sair à noite.

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ENTRE EU E TU ou ENTRE MIM E TI? (1/2)

O correto é dizer-se: Entre mim e ti, não há problemas.

Lembre-se de que as outras preposições essenciais também só aceitam as formas mim e ti. Ex.: de mim, de ti, para mim, para ti, a mim, a ti, por mim, por ti, em mim, em ti, etc.

Obs¹.: Com a preposição até (significa perto de), usam-se as formas oblíquas mim, ti.

Ex.: Os gritos chagaram até mim.

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ENTRE EU E TU ou ENTRE MIM E TI? (2/2)

Quando porém, a palavra até for uma partícula de inclusão (significando inclusive) usar-se-ão as formas retas eu,tu.

Ex.: Todos foram criticados; até tu.

Obs².: Com as preposições acidentais afora, exceto, salvo, segundo, tirante, etc., empregam-se as formas retas eu, tu.

Ex.: Afinal, todos, exceto eu, compareceram à reunião.

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POR ISSO, DE REPENTE e A PARTIR DE

São expressões que, por serem compostas por vocábulos independentes, são grafadas separadamente. Por isso (e não porisso), de repente (e não derrepente), por isto (e não poristo), a partir de (e não apartir de).

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ENFIM ou EM FIM?

As expressões enfim (= finalidade) e em fim (= no final) não devem ser confundidas: enfim escreve-se funto, com N e em fim constitui-se de dois termos, a preposição em + o substantivo fim.

Ex.: Enfim sós, graças a Deus.

Estes professores estão em fim de carreira.

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HAVER ou TER?

Embora seja o verbo ter largamente usado na fala diária, a gramática não aceita a substituição do verbo haver por aquele verbo. Deve-se dizer, portanto não havia mais pão na padaria (é gramaticalmente incorreto dizer-se: não tinha mais pão, etc.)

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ESTÁ NO HORÁRIO DE O TREM CHEGAR ou ESTÁ NO HORÁRIO DO TREM CHEGAR?

A primeira alternativa é a correta, porque o trem é o sujeito e não do trem. A maneira de o aluno gravar isso é a seguinte: alterar a ordem das palavras – está no horário de chegar o trem (e não – está no horário do chegar trem – construção agramatical na língua portuguesa)

O mesmo serve para estes exemplos:

Surgiu a ocasião de ele mostrar sua bondade. (de mostrar ele)

Pelo fato de o chefe ter ido lá, eu não me assusto. (de ter ido o chefe)

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TRABALHARAM e TRABALHARÃO (1/2)

A dúvida ocorre porque, em ambas as palavras, há um ditongo nasal (am e ão).

Usa-se ão, quando essa sílaba é tônica (e isso só acontece no futuro do presente e com pouquíssimos verbos no presente do indicativo: dão, estão, vão, hão, são).

Ex.: Se houver oportunidade, eles trabalharão na fábrica.

Eles não estão satisfeitos com as medidas governamentais.

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TRABALHARAM e TRABALHARÃO (2/2)

Usa-se am, quando a sílaba é átona (isso ocorre na 3ª p. pl.: com a primeira conjugação, no presente do indicativo; com a segunda e terceira conjugações, no presente do subjuntivo; e com as três conjugações nos pretéritos perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito e no futuro do pretérito do indicativo).

Ex.: Eles trabalham. Que eles vendam. Que eles partam.

Eles trabalharam, venderam, partiram.

Eles trabalhavam, vendiam, partiam.

Eles trabalhariam, venderiam, partiriam.

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RECORDASTE E RECORDAS-TE

A primeira expressão está no pretérito perfeito do indicativo e não vem acompanhada do pronome átono.

Ex.: Tu recordaste as homenagens recebidas.

Aqui a sílaba tônica é das

A segunda expressão está no presente do indicativo, acompanhada por um pronome átono (te).

Ex.: Recordas-te daquelas férias maravilhosas? (Tu te recordas)

Aqui a sílaba tônica é cor.

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RECORDARMOS e RECORDAR-NOS

No primeiro caso, a palavra não tem hífen, porque o morfema – MOS indica pessoa-número e faz parte integrante da mesma. No segundo caso, a palavra tem hífen, porque a partícula NOS é um pronome pessoal e não faz parte integrante da mesma.

Lembre-se:

Com M, não se separa; com N separa-se.

Obs.: Não foi referida aqui a partícula MOS quando combinação dos pronomes ME + OS, como OI e OD, que, nos dias de hoje, tem uso muito pouco freqüente.

Ex.: Os talheres? Passa-mos, por favor!

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DEIXASSE e DEIXA-SE

Empregamos deixasse, quando queremos expressar o verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo (tempo cuja marca é esta: SSE). Aqui a sílaba tônica é xa(s)

Ex.: Se ele me deixasse em paz, seria bom.

Empregamos deixa-se, quando o se é um pronome (separado com hífen), seguindo um presente do indicativo. Aqui a sílaba tônica é dei.

Ex.: Deixa-se levar pela opinião alheia.

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SE NÃO ou SENÃO (1/2)

Emprega-se o primeiro, quando o se pode ser substituído por caso ou na hipótese de que.

Ex.: Se não chover ,viajarei amanhã. (= caso não chova – ou na hipótese de que não chova -, viajarei amanhã)

Se não se tratar dessa alternativa, a expressão sempre se escreverá com uma só palavra: senão.

Ex.: Vá de uma vez, senão você chegará tarde. (senão = caso contrário)

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SE NÃO ou SENÃO (2/2)

Ex.: Nada havia a fazer senão conformar-se com a situação. (senão = a não ser)

Ex.: “As pedras achadas pelo bandeirante não eram esmeraldas, senão turmalinas, puras turmalinas” (senão = mas)

Ex.: Não havia um senão naquela criatura. (senão = defeito)

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VELINHA ou VELHINHA?

É bom não confundir as duas palavras, embora, com relação a som, elas sejam muito parecidas.

Velinha – é diminutivo de vela.

Ex.: Na festa, havia um bolo com quinze velinhas.

Velhinha – é o diminutivo de velha.

Ex.: A velhinha ficou feliz com a chegada dos netos.

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EU TI AMO ou EU TE AMO? (1/2)

Embora se veja a primeira forma até em pichação de muros, apenas a segunda é a correta.

Ti é um pronome pessoal oblíquo tônico que sempre vem acompanhado de preposição (a, de, por, etc.)

Ex.: Dirigiu-se a ti e não a mim.

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EU TI AMO ou EU TE AMO? (2/2)

Te é um pronome pessoal oblíquo átono que se liga diretamente ao verbo.

Ex.: Eu te elogiei para o diretor. (te = obj. dir.)

Nós te daremos um abraço. (te = obj. ind.)

Machucaram-te a perna. (te = tua = adj. adn.)

É-te impossível compreendê-la. (te = compl. nom. de impossível)

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MAIS PEQUENO ou MENOR? MAIS GRANDE ou MAIOR? MAIS BOM ou MELHOR? MAIS MAU ou PIOR? (1/2)

Os adjuntos pequeno, grande, bom e mau possuem, para os comparativos de superioridade e os superlativos relativos, formam sintéticas (menos, maior, melhor e pior).

Ex.: Luisinha é menor que a prima. (comparativo de inferioridade)

A casa de Joana é maior que a minha. (comparativo de superioridade)

O sorvete italiano é o melhor do mundo. (superlativo relativo)

Esta estrada é a pior de todas. (superlativo relativo)

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MAIS PEQUENO ou MENOR? MAIS GRANDE ou MAIOR? MAIS BOM ou MELHOR? MAIS MAU ou PIOR? (2/2)

As formas analíticas (mais pequeno, mais grande, mais bom e mais mau), porém, são usadas quando se comparam duas qualidades do mesmo ser.

Ex.: Esta sala é mais pequena que grande.

O chefe é mais bom que mau.

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MAIS BEM ou MELHOR? MAIS MAL ou PIOR?

Usa-se mais bem (ou mais mal) quando essa expressão vem antes de um particípio.

Ex.: O aluno mais bem preparado também fica nervoso.

As casas mais mal construídas estão naquela rua.

Usa-se melhor (ou pior) junto de verbos (e depois do particípio).

Ex.: Ninguém conhece melhor a saúde do doente do que o próprio médico. Ela sente-se pior.

Calculado melhor o orçamento, pôde-se ver qual o gasto.

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ENTERTE(M) ou ENTRETÉM(ÊM)?

Embora o povo use muito a primeira forma, somente a segunda é correta, uma vez que o verbo é entreter, conjugando-se como o verbo ter.

Ex.: A criança se entretém jogando dominó.

Os meninos se entretêm assistindo ao jogo do Vasco.

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HAJA VISTA ou HAJA VISTO?

A expressão haja vista, que significa veja-se a propósito, tem, como segundo elemento, a palavra vista (neste caso, sempre invariável). É, pois, incorreto o emprego de haja visto. O verbo haja, porém, pode pluralizar: hajam vista.

Ex.: O trânsito nas estradas tem estado caótico: haja vista o trágico acidente de ontem. (hajam vista os trágicos acidentes...)

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EM VEZ DE ou AO INVÉS DE?

A expressão em vez de significa em lugar de.

Ex.: Em vez de Paulo, foi Pedro quem trabalhou hoje.

A expressão ao invés de significa ao contrário de.

Ex.: Ao invés de proteger, resolveu não assumir.

Ao invés de cura, o remédio piorou a situação.

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TODO O ou TODO? (1/2)

A expressão todo o significa inteiro.

Ex.: Todo o Brasil deu as mãos.

Toda a Europa sofreu com o guerra.

A expressão todo significa qualquer.

Ex.: Todo mundo entrou na dança.

Toda primavera é florida.

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TODO O ou TODO? (2/2)

Obs.: No plural, porém, a presença do artigo definido é obrigatória.

Ex.: Todos os seres humanos são mortais.

Todas as crianças gostam de ganhar presentes.

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NAMORAR ou NAMORAR COM?

Sendo um verbo transitivo direto, a expressão namorar não aceita a preposição com.

Ex.: Maria começou a namorar João no mês passado.

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COM NÓS ou CONOSCO? COM VÓS ou CONVOSCO?

Usam-se as duas formas, dependendo do caso.

Ex.: Ela irá conosco. Ela irá convosco.

Mas por uma questão de eufonia, diz-se:

Ex.: É com nós mesmos que querem falar.

Ex.: É com vós todos que querem falar.

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A PRINCÍPIO ou EM PRINCÍPIO?

A expressão a princípio significa no começo, inicialmente.

Ex.: A princípio, eles foram muito felizes.

A expressão em princípio significa em tese.

Ex.: Em princípio, o preço solicitado parece-me justo.

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VI E GOSTEI DA PEÇA ou VI A PEÇA E GOSTEI DELA?

Somente a segunda construção está correta, uma vez que os dois verbos da frase têm predicação diferente (o primeiro é transitivo direto e o segundo é transitivo indireto).

Ex.: Quem vê, vê alguma coisa.

Quem gosta, gosta de alguma coisa.

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EU ME PROPONHO FAZER ISTO ou EU ME PROPONHO A FAZER ISTO?

A primeira opção é a correta, porque a regência do verbo propor é a seguinte: alguém propõe alguma coisa a alguém. A coisa proposta é a oração “fazer isto”, e o pronome me é o objeto indireto (= a mim)

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ELA SE DEU AO LUXO DE COMPRAR UMA JÓIA ou ELA SE DEU O LUXO DE COMPRAR UMA JÓIA?

A segunda opção é a correta pelo mesmo motivo acima exposto. A expressão o luxo é o objeto direto e o pronome se é o objeto indireto (=si). Ela seu a si mesma o luxo de comprar uma jóia.

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PORQUE – PORQUÊ – POR QUE – POR QUÊ (1/4)

Errado:

Daí, porquê, é conferido ao juiz o poder de cautela geral.

Correto:

Daí, por que, é conferido ao juiz o poder de cautela geral.

Lição:

A palavra porque pode assumir as seguintes formas, de acordo com o sentido: porque (junto e sem acento gráfico), porquê (junto e com acento gráfico) por que (separada e sem acento gráfico), por quê (separado e com acento gráfico).

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PORQUE – PORQUÊ – POR QUE – POR QUÊ (2/4)

É geralmente, como conjunção causal que se escreve porque (junto e sem acento gráfico). Conjunção causal é a que inicia a oração denotando causa.

Ex.: Ela ficou rouca porque falou muito.

Ele foi aprovado porque estudou bastante.

Escreve-se porquê (junto e com acento gráfico), quando substantivo.

Ex.: Sei o porquê de tua alegria.

Há sempre um porquê em toda história.

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PORQUE – PORQUÊ – POR QUE – POR QUÊ (3/4)

Escreve-se por que (separado e sem acento gráfico) nas interrogações direta e indireta.

Ex.: Por que você não veio?

Gostaria de saber por que você não veio.

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PORQUE – PORQUÊ – POR QUE – POR QUÊ (4/4)

Usa-se por que (separado e sem acento gráfico), quando antecedido da palavra razão, motivo ou causa, clara ou subentendida. E ainda quando equivale à expressão a razão pela qual, ou o motivo pelo qual.

Ex.: Ignoro a razão por que ele não veio aqui.

Estou sabendo por que ele bebe tanto.

Escreve-se por quê (separado e com acento gráfico) no fim do período.

Ex.: Você não saiu por quê?

Ela não me telefonou e eu quero saber por quê.

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SEQUER (1/3)

Errado:

No Senado, sequer houve sessão plenária.

Correto:

No Senado, não houve sequer sessão plenária.

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SEQUER (2/3)

Lição:

A palavra denotativa de exclusão sequer, que significa ao menos, pelo menos, em orações negativas, deve ser antecedida de uma palavra de valor negativo, como não, nem, ninguém, nada.

Ex.: Ninguém sequer me telefonou.

Nada sequer você me disse.

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SEQUER (3/3)

Quando a expressão for negativa, sequer dispensa a palavra de valor negativo.

Ex.: “Tudo se arranjaria se ambos tivessem sequer um pouco de boa vontade”.

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POSTO QUE (1/4)

Errado:

A Assembléia não realizou sessão ontem, posto que só quatro deputados apareceram naquela Casa.

Correto:

A Assembléia não realizou sessão ontem, porque somente quatro deputados aparecem naquela Casa.

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POSTO QUE (2/4)

Lição:

Não se emprega a locução posto que em oração denotativa de causa, mas porque, portanto, uma vez que, visto que, visto como, como, desde que, pois que, que.

Ex.: Não sairei agora, porque chove muito.

Como chovia muito, não saí.

Esclareça-se que a locução subordinativa posto que introduz oração que expressa algum fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-lo.

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POSTO QUE (3/4)

As seguintes palavras ou locuções podem ter o mesmo sentido de “posto que”: embora, conquanto, ainda que, ainda quando, mesmo quando, dado que, sem que, nem que, por mais que, por menos que, por muito que, por pouco que.

Ex.: Ainda que chova, sairei.

Ele saiu, sem que me avisasse.

Vencerás, por menos que lutes.

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POSTO QUE (4/4)

Nem sempre a substituição da locução pela palavra embora se faz diretamente, tornando-se necessário interpretar a frase.

Ex.: Ele saiu, sem que me avisasse, equivale a: Ele saiu, embora (ou posto que) não me avisasse.

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TAMPOUCO (1/3)

Errado:

Ontem não houve número para a votação nem tampouco haverá hoje.

Correto:

Ontem não houve número para a votação, tampouco haverá hoje.

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TAMPOUCO (2/3)

Lição:

O advérbio tampouco significa também não. Difere de tão pouco, que significa muito pouco, em pequena quantidade.

Ex.: Ele dispõe de tão pouco dinheiro!

Tenho tão pouco interesse por esse caso!

Ademais, tampouco tem valor negativo, do mesmo modo que a conjunção nem, que significa e não.

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TAMPOUCO (3/3)

Logo, a anteposição de nem a tampouco implica uma redundância viciosa. Outros exemplos do emprego de tampouco.

Tereza não veio, tampouco Socorro.

Não bebo, tampouco fumo.

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NEM (1/3)

Errado:

Nunca fui a favor desse projeto e nem serei agora.

Correto:

Nunca fui a favor desse projeto nem serei agora.

Lição:

Como conjunção coordenativa aditiva, nem equivale a e não, tornando-se redundante a antecipação do e ao nem.

Ex.: Ele não estuda nem trabalha

“Esta casa não é minha nem é meu este lugar”

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NEM (2/3)

Quando não equivale a conjunção aditiva, a palavra nem pode vir antecedida do e. Neste caso, nem forma uma locução com a palavra seguinte.

Ex.: Eles não compareceram à solenidade e, nem que tivessem comparecido, não seriam notados.

No exemplo, a locução nem que tem o sentido de embora conjunção concessiva.

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NEM (3/3)

A palavra nem, no início da oração, significa apenas não, advérbio de negação.

Ex.: Nem te conheço.

Repetida, a palavra nem classifica-se como conjunção alternativa.

Ex.: Nem bebo nem fumo.

Nem estudas nem me deixas estudar.

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À MEDIDA QUE (1/2)

Errado:

Os partidos governistas, na medida que se dividirem em busca de rumo próprio para 2002, estarão ajudando.

Correto:

Os partidos governistas, à medida que se dividirem em busca de rumo próprio para 2002, estarão ajudando.

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À MEDIDA QUE (2/2)

Lição:

É à medida que a locução conjuntiva subordinada, e não na medida que.

As locuções conjuntivas subordinativas proporcionais, como à medida que, à proporção que, ao passo que, iniciam uma oração estabelecendo semelhança, aumento ou diminuição de idéia, em que comumente, vem depois da subordinada.

Ex.: Tereza fica mais bonita à medida que envelhece.

À proposta que o deputado falava, menos convencia os ouvintes. Ao passo que o governo revida os protestos,mais alegações surgem.

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HAJA VISTA – HAJAM VISTA (1/3)

Errado:

A sessão foi tumultuada, haja visto o desentendimento dos deputados.

Correto:

A sessão foi tumultuada, haja vista o desentendimento dos deputados.

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HAJA VISTA – HAJAM VISTA (2/3)

Lição:

A expressão haja vista, que significa o “que se oferece a vista, aos olhos”, é a correta. Equivale a: Veja os desentendimentos dos deputados.

O texto estaria também correto de acordo com as duas seguintes construções:

Ex.: A sessão foi tumultuada, haja vista aos desentendimentos dos deputados. Equivale a: Atente-se para os desentendimentos dos deputados.

A sessão foi tumultuada, hajam vista os desentendimentos dos deputados. Equivale a: Os desentendimentos hajam vista.

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HAJA VISTA – HAJAM VISTA (3/3)

É obvio que, na hipótese de a expressão vir seguida de nome no singular (por exemplo, “o desentendimento”, em vez de “os desentendimentos”) torna-se inadmissível a construção hajam vista.

Exemplos com hipóteses admissíveis:

Ele é um grande escritor, haja vista os seus livros.

Ele é um grande escritor, haja vista aos seus livros.

Ele é um grande escritor, hajam vista os seu livros.

Ele é um grande escritor, haja vista o seu último livro.

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EM QUE PESE A (1/4)

Errada:

O ex-chefe dele, em que pesem os sufocantes sintomas de culpa, vai continuar, por enquanto, em situação mais confortável.

Correto:

O ex-chefe dele, em que pese aos sufocantes sintomas de culpa, vai continuar, por enquanto, em situação mais confortável.

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EM QUE PESE A (2/4)

Lição:

Trata-se da locução prepositiva em que pese a, equivalente a apesar de, não obstante.

A preposição pertence à classe de palavras invariáveis, não tendo, por conseguinte, plural, feminino ou grau: a, com, de, em para, por etc. Logo, é pese e não pesem.

Algumas preposições assumem a forma de locução. O último elemento destas é, geralmente, uma preposição: apesar de, através de, ao encontro de, de acordo com, em virtude de, devido a, em que pese a etc.

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EM QUE PESE A (3/4)

Segundo Aurélio, “o e de pese, a rigor, é fechado, conquanto seja comuníssimo ouvi-lo aberto.”

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EM QUE PESE A (4/4)

A locução prepositiva em que pese a pode aparecer combinada com os artigos o, os (em que pese ao, em que pese aos) ou contraída com os artigos a, as (em que pese à, em que pese às). São exemplos de emprego da locução:

Ele tem razão, em que pese a certas opinião.

Não aceito o convite, em que pese à insistência de algumas pessoas.

Em que pese ao que prometeste, nada recebi ainda.

Haveremos de vencer; em que pese às dificuldades encontradas.

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MAL – MAU (1/5)

Errado:

Lei Municipal vai punir mal uso de Língua.

Correto:

Lei Municipal vai punir mau uso da Língua.

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MAL – MAU (2/5)

Lição:

Escreve-se mal, com l, quando advérbio, substantivo ou conjunção. Como advérbio, mal pode modificar o verbo ou o adjetivo. Escreve-se também mal como conjunção temporal. Ex.: Ele escreve mal (modificando a forma verbal escreve).

A palavra está mal colocada (modificando o adjetivo colocada)

“O mal por si se destrói”. (substantivo)

Mal cheguei, ela saiu (conjugação temporal, equivalente a quando, assim que, logo que).

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MAL – MAU (3/5)

Por outro lado, escreve-se mau, com u, quando adjetivo. Neste caso, modifica um substantivo. Como no texto sob exame: mau uso (uso é substantivo).

Outros exemplos do emprego do adjetivo mau:

A seleção obteve mau resultado.

A seleção passou por maus momentos.

Convém salientar que, na prática, se distingue o advérbio mal do adjetivo mau. Este se opõe ao adjetivo bom. Aquele é o contrário de bem: bom sujeito, mau sujeito; bem elaborado, mal elaborado.

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MAL – MAU (4/5)

Cumpre notar que o primeiro elemento de certos compostos se escreve com l: mal-acabado, mal-acostumado, mal-agradecido, malconceituado, malcoservado, mal-educado, mal-intencionado etc.

Tais compostos funcionam com adjetivo.

Ex.: Ele é mal-educado.

“Mal-acostumado você me deixou com o seu amor”

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MAL – MAU (5/5)

É interessante frisar que o plural do substantivo mal é males; que o plural do adjetivo mau é maus, e má é más, os respectivos femininos.

Ex.: Muitos males podem ser evitados.

Aqueles indivíduos são maus.

Aquelas mulheres são más.

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DE MANEIRA QUE (1/3)

Errado:

Conseguimos o apoio da Corregedoria, de maneiras que pretendemos superar todas as dificuldades.

Correto:

Conseguimos o apoio da Corregedoria, de maneira que pretendemos superar todas as dificuldades.

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DE MANEIRA QUE (2/3)

Lição:

As conjunções ou locuções conjuntivas pertencem à classe de palavras invariáveis, isto é, as que não se flexionam.

A locução de maneira que, igual à de forma que e de modo que, não devem ser pluralizadas. Os substantivos maneira, forma e modo, que compõem as locuções conjuntivas, ficam, pois, no singular.

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DE MANEIRA QUE (3/3)

Relava notar que se trata, no texto em foco, da conjunção consecutiva, ou seja, conjunção que inicia uma oração subordinada indicando a conseqüência do declarado na oração anterior.

Ex.: Ele falava baixo, de maneira que poucos o ouviam.

Não assisti ao jogo, de forma que não posso fazer nenhum comentário.

Nada adiantaram à polícia, de modo que não se comprometessem.

Não recebi convite, de maneira que não irei à reunião.

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EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO RECOMENDÁVEL

O esforço de classificar expressões com “de uso a ser evitado” ou como “de uso recomendável” atende, primordialmente, ao princípio da clareza e da transparência que deve nortear a elaboração de todo texto oficial. Não se trata, pois, de mera preferência ao gosto por determinada forma.

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EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO RECOMENDÁVEL

A linguagem dos textos oficiais deve sempre pautar-se pelo padrão culto formal da língua. Não é aceitável, portanto, que desses textos constem coloquialismo ou expressões de uso restrito a determinados grupos, que comprometeriam a sua própria compreensão pelo público. Acrescente-se que indesejável é também a repetição excessiva de uma mesma palavra quando há outra que pode substituí-la sem prejuízo ou alteração de sentido.

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EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO RECOMENDÁVEL

Quanto a determinadas expressões que devem ser evitadas, mencionem-se aquelas que formam cacófatos, ou seja, “o encontro de sílabas em que a malícia descobre um novo termo com sentido torpe ou ridículo”.

Apresentamos, a seguir, lista de expressões cujo uso ou repetição deve ser evitado, indicando com que sentido devem ser empregadas e sugerindo alternativas vocabulares a palavras que costumam constar com excesso dos expedientes oficiais.

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EXPRESSÕES A EVITAR E EXPRESSÕES DE USO RECOMENDÁVEL

Quanto a determinadas expressões que devem ser evitadas, mencionem-se aquelas que formam cacófatos, ou seja, “o encontro de sílabas em que a malícia descobre um novo termo com sentido torpe ou ridículo”.

Apresentamos, a seguir, lista de expressões cujo uso ou repetição deve ser evitado, indicando com que sentido devem ser empregadas e sugerindo alternativas vocabulares a palavras que costumam constar com excesso dos expedientes oficiais.

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À MEDIDA QUE – NA MEDIDA EM QUE

À medida que (locução proporcional) – à proporção que, ao passo que, conforme: Os preços deveriam diminuir à medida que diminui a procura.

Na medida em que (locução causal) – pelo fato que, uma vez que: Na medida em que se esgotaram as possibilidades de negociação, o projeto foi integralmente vetado. Evite os cruzamentos – bisonho, canhestro - *à medida em que, *na medida que...

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A PARTIR DE

A partir de deve ser empregado preferencialmente no sentido temporal: A cobrança do imposto entra em vigor a partir do início do próximo ano. Evite repeti-la com o sentido de ‘com base em’, preferindo considerando, tomando-se por base, fundando-se em, baseando-se em.

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AMBOS – TODOS OS DOIS

Ambos significa ‘os dois’ ou ‘um e outro’. Evite expressões pleonásticas como ambos dois, ambos os dois, ambos de dois, ambos a dois. Quando for o caso de enfatizar a dualidade, empregue todos os dois: Todos os dois Ministros assinaram a Portaria.

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ANEXO – EM ANEXO

O adjetivo anexo concorda em gênero e número com o substantivo ao qual se refere: Encaminho as minutas anexas. Dirigimos os anexos projetos à Chefia. Use também junto, apenso.

A locução adverbial em anexo, como é próprio aos advérbios, é invariável: Encaminho as minutas em anexo. Em anexo, dirigimos os projetos à Chefia. Empregue também conjuntamente, juntamente com. Hoje prefere-se evitar o uso de “em anexo”.

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AO NÍVEL DE – EM NÍVEL (DE)

A locução ao nível tem o sentido de ‘à mesma altura de’: Fortaleza localiza-se ao nível do mar. Evite seu uso com o sentido de em nível, com relação a, no que refere a. Em nível significa ‘nessa instância’: A decisão foi tomada em nível Ministerial. Em nível político, será difícil chegar-se ao consenso. A nível (de) constitui modismo que é melhor evitar.

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ASSIM

Use após a apresentação de alguma situação ou proposta para ligá-la à idéia seguinte. Alterne como: dessa forma, desse modo, diante do exposto, diante disso, conseqüentemente, portanto, por conseguinte, assim sendo, em conseqüência, em vista disso, em face disso.

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ATRAVÉS DE – POR INTERMÉDIO DE

Através de que dizer ‘de lado a lado, por entre’: A viagem incluía deslocamento através de boa parte da floresta. Evite o emprego com o sentido de meio ou instrumento; nesse caso empregue por intermédio, por, mediante, por meio de, segunda, servindo-se de, valendo-se de,: O projeto foi apresentado por intermédio do Departamento. O assunto deve ser regulado por meio de decreto. A comissão foi criada mediante portaria do Ministério de Estado.

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BEM COMO

Evite repetir; alterne com e, como (também), igualmente, da mesma forma. Evite o uso, polêmico para certos autores, da locução bem assim como equivalente.

CADA

Este pronome indefinido deve ser usado em função adjetiva: Quanto às famílias presentes, foi distribuída uma cesta básica a cada uma. Evite a construção coloquial foi distribuída uma cesta básica a cada.

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CAUSAR

Evite repetir. Use também originar, motivar, provocar, produzir, gerar, levar a, criar.

CONSTATAR

Evite repetir. Alterne com atestar, apurar, averiguar, certificar-se, comprovar, evidenciar, observar, notar, perceber, registrar, verificar.

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DE FORMA QUE, DE MODO QUE – DE FORMA A, DE MODO A

De forma (ou maneira, modo) que nas orações desenvolvidas: Deu amplas explicações, de forma que tudo ficou claro. De forma (maneira ou modo) a nas orações reduzidas de infinitivo: Deu amplas expedições de forma (maneira ou modo) a deixar tido claro. São descabidas na língua escrita as pluralizações orais vulgares *de formas (maneiras ou modos) que...

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DESTE PONTO DE VISTA

Evite repetir; empregue também sob este ângulo, sob este aspecto, por este prisma, desse prisma, deste modo, assim, destarte.

DETALHAR

Evite repetir; alterne com particularidade, pormenorizar, delinear, minudenciar.

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DEVIDO A

Evite repetir; utilize igualmente em virtude de, por causa de, em razão de, graças a, provocado por.

DIRIGIR

Quando empregamos com sentido de encaminhar, alterne com transmitir, mandar, encaminhar, remeter, enviar, endereçar.

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“ELE É SUPOSTO SABER”

Construção tomada de empréstimo ao inglês he is supposed to know, sem tradição no português. Evite por ser má tradução. Em português: ele deve(ria) saber, supõe-se que ele saiba.

EM FACE DE

Sempre que a expressão em face de equivaler a diante de, é preferencial a regência com a preposição de; evite, portanto, face a, frente a.

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ENQUANTO

Conjunção proporcional equivalente a ao passo que, à medida que. Evitar a construção coloquial enquanto que.

ESPECIALMENTE

Use também principalmente, mormente, notadamente, sobretudo, nomeadamente, em especial, em particular.

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INCLUSIVE

Advérbio que indica ‘inclusão’; opõe-se a exclusive. Evite-se o abuso com o sentido de ‘até’; nesse caso utilize o próprio até ou ainda, igualmente, mesmo, também, ademais.

INFORMAR

Alterne com comunicar, avisar, notificar, participar, inteirar, cientificar, instruir, confirmar, levar ao conhecimento, dar conhecimento; ou perguntar, interrogar, inquirir, indagar.

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“INICIALIZAR”

Inicializar, muito usado em manuais de programas ou de equipamentos de informática, é má tradução do inglês to initialize, pois já temos em português iniciar, com sentido idêntico a ‘começar’. É apresentado aqui como paradigma de uma série de estrangeirismo incorporados ao idioma de forma acrítica, condenáveis não por serem empréstimos de línguas estrangeiras, mas por revelarem desconhecimento do repertório da língua portuguesa. Parece preferível agregar um sentido mais específico a uma palavra já existente e de uso correto (como iniciar) a criar nova palavra ou tomar empréstimos desajeitados. É o caso, ainda, de “estartar” (do inglês to start ‘iniciar ou ligar’), “lincar” (do igulês to link ‘ligar, conectar’), “printar” (do inglês to print ‘imprimir’), etc.

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NEM

Conjunção aditiva que significa ‘e não’, ‘e tampouco’, dispensando, portanto, a conjunção e: Não foram feitos reparos à proposta inicial, nem à nova versão do projeto. Evite, ainda, a dupla negação não nem, nem tampouco, etc. *Não pôde encaminhar o trabalho no prazo, nem não teve tempo para revisá-lo. O correto é ...nem teve tempo para revisá-lo.

NO SENTIDO DE

Empregue também com vista a, a fim de, com o fito (objetivo, intuito, fim) de, com a finalidade de, tendo em vista ou mira, tendo por fim.

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OBJETIVAR/TER POR OBJETIVO

Ter por objetivo pode ser alternado com pretender, ter por fim, ter em mira, ter como propósito, no intuito de, com o fito de. Objetivar significa antes ‘materializar’, ‘tornar objetivo’ (objetivar idéias, planos, o abstrato), embora possa ser empregado também com o sentido de ‘ter por objetivo’. Evite-se o emprego abusivo alternando-o com sinônimos como os referidos.

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ONDE

Como pronome relativo significa ‘em que (lugar)’: A cidade onde nasceu. O país onde viveu. Evite, pois, construções como “a lei onde é fixada a pena” ou “o encontro onde o assunto foi tratado”. Nesses casos, substitua onde por em que, na qual, nas quais, nos quais. O correto é, portanto: a lei na qual é fixada a pena, o encontro no qual (em que) o assunto foi tratado.

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OPERACIONALIZAR

Neologismo verbal de que se tem abusado. Prefira realizar, fazer,executar, levar a cabo ou a efeito, pôr em obra, participar, cumprir, desempenhar, produzir, efetuar, construir, compor, estabelecer. É da mesma família de agilizar, objetivar e outros cujo problema está antes no uso excessivo do que forma, pois o acréscimo dos sufixos –izar e –ar é uma das possibilidades normais de criar novos verbos a partir de adjetivos (ágil + izar = agilizar; objetivo +ar = objetivar). Evite, pois, a repetição, que pode sugerir indigência vocabular ou ignorância dos recursos do idioma.

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OPINIÃO/“OPINAMENTO”

Como sinônimo de ‘parecer’, prefira opinião a “opinamento”. Alterne com parecer, juízo, julgamento, voto, entendimento, percepção.

OPOR VETO (e não apor)

Vetar é ‘opor veto’. Apor é ‘acrescentar’ (daí aposto, (o) que vem junto). O veto, a contrariedade são opostos, nunca apostos.

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PERTINENTE/PERTENCER

Pertinente (derivado do verbo latino pertinere) significa ‘pertencente’ ou ‘oportuno’. Pertencer se originou no latim pertinescere, derivado sufixal de pertinere. Esta forma não sobreviveu em português; não empregue, pois, formas inexistentes como “no que pertine ao projeto”; nesse contexto use no que diz respeito, no que respeita, no tocante, com relação.

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POSIÇÃO/POSICIONAMENTO

Posição pode ser alternado com postura, ponto de vista, atitude, maneira, modo. Posicionamento significa ‘disposição, arranjo’, e não deve ser confundido com posição.

RELATIVO A

Empregue também referente a, concernente a, tocante a, atinente a, pertencente a, que diz respeito a, que trata de, que respeita.

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RESSALTAR

Varie com destacar, sublinhar, frisar, salientar, relevar, distinguir, sobressair.

PRONOME “SE”

Evite abusar de seu emprego como indeterminador do sujeito. O simples emprego da forma infinitiva já confere a almejada impessoalidade: “Para atingir esse objetivo há que evitar o uso de coloquialismos” (e não: “Para atingir-se... há que se evitar...”). É cacoete em certo registro da língua escrita no Brasil, dispensável porque inútil.

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TRATAR-SE

Empregue também contemplar, discutir, debater, discorrer, cuidar, versar, referir-se, ocupar-se de.

VIGER

Significa ‘vigorar, ter vigor, funcionar’. Verbo defectivo, sem forma para a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, nem para qualquer pessoa do presente do subjuntivo, portanto. O decreto prossegue vigente. A portaria vige. A lei tributária vigente naquele ano (...).

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ABAIXO ASSINADO – ABAIXO-ASSINADO

Abaixo assinado – aquele que assina abaixo. Ex.: Pedro Reis, abaixo assinado, requer...

Abaixo-assinado – documento particular assinado por várias pessoas. Ex.: Os abaixo-assinados, conforme deliberação tomada, requerem...

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PROBLEMAS DE CONSTRUÇÃO DE FRASES

SUJEITO

Errado: É tempo do Congresso votar a emenda.

Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.

Errado: Apesar das relações entre os países estarem cortadas, (...).

Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cortadas, (...).

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SUJEITO

Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim.

Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.

Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).

Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).

Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).

Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).

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FRASES FRAGMENTADAS

Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso Nacional. Depois de ser longamente debatido.

Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso Nacional, depois de ser longamente debatido.

Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa recebeu a aprovação do Congresso Nacional.

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FRASES FRAGMENTADAS

Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente submetido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.

Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente submetido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.

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ERROS DE PARALELISMO

Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios economizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.

Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios que economizassem energia e (que) elaborassem planos de redução de despesas.

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ERROS DE PARALELISMO

Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas como reduzidas de infinitivo:

Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios economizar energia e elaborar planos pra educação de despesas.

Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na coordenação de orações subordinadas.

Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro, inteligência e ter ambição.

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ERROS DE PARALELISMO

Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segurança, inteligência e ambição.

Certo: No discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro, ter inteligência e ambição.

Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso paralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) a idéias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, de forma paralela, estruturas sintáticas distintas:

Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa.

Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn, e Roma. Nesta última capital, encontrou-se com o Papa.

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ERROS DE PARALELISMO

Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita complexidade.

Certo: O projeto tem mais de cem páginas e é muito complexo.

Ou se dá forma paralela harmoniosa transformando a primeira oração também em uma avaliação subjetiva:

Certo: O projeto é muito extenso e complexo.

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ERROS DE PARALELISMO

Nos dois exemplos abaixo, rompe-se o paralelismo pela colocação do primeiro termo da correlação fora de posição.

Errado: Ou Vossa Senhoria apresenta o projeto, ou uma alternativa.

Certo: Vossa Senhoria ou apresenta o projeto, ou propõe uma alternativa.

Errado: O interventor não só tem obrigação de apurar a fraude como também a de punir os culpados.

Certo: O interventor tem obrigação não só de apurar a fraude como também de punir os culpados.

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ERROS DE PARALELISMO

Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado pelo uso inadequado da expressão e que num período que não contém nenhum que anterior:

Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem sólida formação acadêmica.

Para corrigir a frase, ou suprimimos o pronome relativo:

Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida formação acadêmica.

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ERROS DE PARALELISMO

Ou suprimimos a conjunção, que está a coordenar elementos díspares:

Certo: O novo procurador é jurista renomado, que tem sólida formação acadêmica.

Outro exemplo de falso paralelismo com e que:

Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o programa.

Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, aqui podemos ou suprimir a conjunção:

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ERROS DE PARALELISMO

Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas precipitadas, que comprometem o andamento de todo o programa.

Ou estabelecer forma paralela coordenando orações adjetivas, recorrendo ao pronome relativo que e ao verbo ser.

Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas que sejam precipitadas e que comprometam o andamento de todo o programa.

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ERROS DE COMPARAÇÃO

Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um médico.

A omissão de termos provocou uma comparação indevida: “o salário de um professor” com “um médico”.

Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o salário de um médico.

Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de um médico.

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ERROS DE COMPARAÇÃO

Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.

Novamente, a não repetição dos termos comparados confunde. Alternativas para correção:

Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Portaria.

Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.

Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do que os Ministérios do Governo.

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ERROS DE COMPARAÇÃO

No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou “demais”) acarretou imprecisão:

Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do que os outros Ministérios do Governo.

Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do que os demais Ministérios do Governo.

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AMBIGUIDADE

Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial , deve-se atentar para as construções que possam gerar equívocos de compreensão.

A ambigüidade decorre, em geral , da dificuldade de identificar-se a que palavra se refere um pronome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer com:

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AMBIGUIDADE

a) pronomes pessoais:

Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que ele seria exonerado.

Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu secretariado.

Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exoneração deste.

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AMBIGUIDADE

b) pronomes possessivos e pronomes oblíquos:

Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da República, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Estado, mas isso não o surpreendeu.

Observa-se a multiplicidade de ambigüidade no exemplo acima, as quais tornam virtualmente inapreensível o sentido da frase.

Claro: Em seu discurso, o Deputado saudou o Presidente da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente da República.

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AMBIGUIDADE

c) pronome relativo:

Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu costumava trabalhar.

Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costumava trabalhar.

Se o entendimento é outro, então:

Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costumava trabalhar.

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Há, ainda, outro tipo de ambigüidade, que decorre da dúvida sobre a que se refere a oração reduzida:

Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o funcionário.

Para evitar o tipo de ambigüidade do exemplo acima, deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida.

Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este indisciplinado.

Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora chamou o médico.

Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi chamado por uma senhora.

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CARACTERÍSTICAS E OU QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL

Impessoalidade – Uso de termos e expressões impessoais. O tratamento impessoal refere-se à (ao):

a)ausência de impressões individuais de quem comunica;

b)impessoalidade de quem recebe a comunicação;

c) caráter impessoal do próprio assunto tratado.

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CARACTERÍSTICAS E OU QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL

Formalidade – Uso adequado de certas regras formais. A formalidade consiste na observância das normas de tratamento usuais na correspondência e no próprio enfoque dado ao assunto da comunicação.

Concisão – Uso de termos estritamente necessários. Texto conciso é aquele que transmite o máximo de informação com o mínimo de palavras.

Clareza – Uso de expressões simples e objetivas, de fácil entendimento, e utilização de frases bem construídas que evitem interpretação dúbia.

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CARACTERÍSTICAS E OU QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL

Precisão – Emprego de termos próprios e adequados à expressão de uma idéia.

Correção – Emprego de termos de acordo com as normas gramaticais.

A utilização dos elementos citados resultará na objetividade, característica básica de uma comunicação técnica.

Estilo – A escolha dos termos e expressões que comuniquem com seriedade e imparcialidade a mensagem é fator de grande relevância. Assim, os adjetivos devem ser evitados, principalmente os flexionados no grau superlativo.

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CARACTERÍSTICAS E OU QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL

A concordância verbal relativa às formas de tratamento utilizadas (Ex.: V.Sa., V.Exa., etc.) é feita na 3ª pessoa do singular.

Exemplos: V.Exa. solicitou... V.Sa. informou...

O emissor da mensagem, referindo-se a si mesmo, poderá utilizar a 1ª pessoa do singular ou a 1ª pessoa do plural (o chamado plural de modéstia).

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CARACTERÍSTICAS E OU QUALIDADES DA REDAÇÃO OFICIAL

Exemplos:

1.Comunico a V.Sa. ...

2.Esclareço a V. Exa. ... ou

3.Comunicamos a V.Sa. ...

4.Cabe-nos,ainda, esclarecer a V. Exa. ...

Observação: Feita a opção pelo tratamento no singular ou pela utilização do plural de modéstia, deve-se observar a uniformidade, isto é, ou se usará apenas a 1ª pessoa do singular ou apenas a 1ª pessoa do plural.

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ESTÉTICA

Na estética das correspondências oficiais devem ser observados os seguintes aspectos, para efeitos de padronização:

a) Margens

Esquerda: 2,5cm da borda do papel.

Direita: 1,5cm da borda do papel.

Superior: 1,5cm da borda do papel.

Inferior: 1,5cm da borda do papel.

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ESTÉTICA

b) Denominação do ato

É escrita em caixa alta e por extenso.

c) Numeração (ou índice)

É composta pelo número e ano do expediente(opcional), além da sigla do órgão emitente, escrita em caixa alta, precedida da denominação do ato. Deve vir no início da margem esquerda, abaixo do logotipo ou cabeçalho.

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ESTÉTICA

d) Data

É composta pelo nome da cidade e a data (por extenso, separada por vírgula e encerrada com ponto final).

Seu término deve coincidir com a margem direita e estar na mesma direção da numeração do ato.

Na indicação do dia, em data grafada por extenso, não se utiliza o zero à esquerda (Brasília- DF, 2 de outubro de 2004), se a data coincidir com o primeiro dia do mês, grafa-se da seguinte forma: Brasília- DF, 1º de outubro de 2004.

Nas datas abreviadas, deve ser utilizado, para efeito de separação, o hífen (1º-08-2004).

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ESTÉTICA

e) Destinatário

Pode vir no início da margem esquerda, abaixo da assinatura ou no início da margem esquerda e abaixo da numeração. No caso do memorando, usa-se apenas esta última forma.

f) Vocativo

Deve vir a 5cm da margem esquerda, invoca o destinatário e é seguido de vírgula.

g) Parágrafo

Deve vir a 5cm da margem esquerda.

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ESTÉTICA

h) Fecho

Deve vir centralizado, a 1cm abaixo do texto e seguido de vírgula. Recomenda-se o uso de Respeitosamente para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República e Atenciosamente para autoridades da mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

i) Identificação do signatário (nome e cargo)

Deve vir centralizado, o nome seguido de vírgula e o cargo, abaixo do nome, seguido de ponto.

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Observações Gerais

- Nos altos escalões devem ser evitadas as abreviações dos pronomes de tratamento.

- As formas Ilustríssimo e Digníssimo ficam abolidas das comunicações oficiais.

- Doutor é título acadêmico e não forma de tratamento, sendo empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham concluído cursos de doutorado.

- O tratamento, no texto da correspondência e no destinatário, deve ser coerente, vindo por extenso ou abreviado.

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Observações Gerais

- Na identificação do destinatário, sempre na primeira página do documento, usa-se Excelentíssimo(a) Senhor(a) quando se utilizar o tratamento Vossa Excelência, e Senhor(a), para o tratamento Vossa Senhoria.

- No texto, à exceção do primeiro parágrafo e do fecho, todos o demais parágrafos devem ser numerados, como maneira de facilitar-se a remissão.

- Se o texto tiver mais de uma página, a partir da página dois e em todas as demais páginas, deve constar, no alto da folha, o índice (a numeração) seguido de “Fl.(indicar o número)”.