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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME I CASCAVEL - PARANÁ MARÇO - 2012 1

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO

FRANCISCO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME I

CASCAVEL - PARANÁ

MARÇO - 2012

1

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DO REASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VOLUME I

CASCAVEL - PARANÁ

MARÇO – 2012

SUMÁRIO

1 – APRESENTAÇÃO ...................................................................................05

2 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..................................................................06

3 – OBJETIVOS GERAIS...............................................................................07

3.1 Objetivo do Ensino Fundamental..................................................07

3.2 Objetivo do Ensino Médio.............................................................08

4 – MARCO SITUACIONAL...........................................................................08

4.1 Histórico.........................................................................................09

4.2 Caracterização..............................................................................12

4.3 Estrutura Organizacional...............................................................20

4.3.1 Modalidade de Ensino ofertado em 2008............................20

4.3.2 Modalidade de Ensino ofertado em 2009............................20

4.3.3 Modalidade de Ensino ofertado em 2010............................21

4.3.4 Modalidade de Ensino ofertado em 2011............................21

4.3.5 Modalidade de Ensino ofertado em 2012............................22

4.3.6 Horário de funcionamento...................................................22

4.3.7 Quadro de Profissionais Ano 2012......................................23

4.3.8 Órgãos Complementares.....................................................25

4.3.8.1 Conselho Escolar.....................................................25

4.3.8.2 APMF.......................................................................26

4.3.8.3 Grêmio Estudantil....................................................26

4.3.8.4 Conselho de Representantes de Turmas................27

5 – MARCO CONCEITUAL............................................................................28

5.1 Concepção de Ensino e Aprendizagem........................................28

5.2 Interdisciplinaridade.......................................................................32

5.3 Gestão Democrática......................................................................33

5.4 Avaliação Contínua Diagnóstico-Formativa..................................35

5.5 Avaliação Institucional...................................................................36

6 – Marco Operacional...................................................................................36

6.1 Plano de Ação da Direção na Gestão da Escola 2012 a 2014.....36

6.1.1 Cronograma................................................................................40

6.1.2 Quadro de Metas........................................................................42

6.1.3 Metas de Melhoria do processo Educativo................................43

6.1.4 Avaliação do Plano de Ação......................................................57

6.1.5 Compreendendo os Eixos Organizadores do Trabalho Escolar57

6.1.6 Relações Interpessoais na Escola.............................................57

6.1.7 Organização Curricular..............................................................58

6.1.8 Organização do Trabalho Pedagógico......................................58

6.1.9 Estágio não Obrigatório..............................................................62

6.1.10 Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular........63

6.1.11 Sala de Recursos.....................................................................64

6.1.12 CELEM.....................................................................................65

6.1.13 Organização da Hora Atividade...............................................67

6.1.14 Formação Continuada..............................................................68

6.1.15 Sistema Avaliativo....................................................................68

6.1.16 Conselho de Classe.................................................................70

6.1.17 Recuperação de Estudos.........................................................71

6.1.18 Promoção.................................................................................71

6.1.19 Progressão Parcial...................................................................72

6.1.20 Classificação e Reclassificação...............................................72

6.1.21 Equipe Multidisciplinar..............................................................73

6.1.22 A Família como Parte do Processo..........................................74

6.1.23 Estudos do Paraná...................................................................77

6.1.24 Agenda 21................................................................................78

6.1.25 Desafios Educacionais Contemporâneos................................79

6.1.26 Inclusão Educacional...............................................................80

6.1.27 História e Cultura Afro-Brasileira e Africana............................81

6.1.28 Educação Indígena...................................................................81

6.1.29 Educação do Campo................................................................81

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................82

1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico de uma escola quando elaborado em conjunto, deve

refletir concepções e formas de ver a educação escolar de uma forma tal, que possibilite o

exercício pleno da docência e as relações de ensino e aprendizagem. Em estudos

realizados junto aos professores, funcionários, alunos, pais, enfim toda comunidade

escolar, chegamos a algumas considerações de grande importância para o

desenvolvimento do trabalho interno e externo na escola. As mesmas serão apresentadas

a partir dos seguintes segmentos: sociedade, escola, alunos, professores e funcionários.

Com base nesse levantamento inicial os professores, funcionários e alunos

desenvolveram reflexões no sentido de possibilitar mudanças no que se refere a

concepção de educação e escola que vem sendo predominante até o momento, mas

também preservação dos aspectos que caracterizam social e culturalmente a escola do

campo por meio das discussões.

Considerando a Lei Nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o

Parecer CEE/CEB Nº 1011/10 que institui normas e princípios para implementação e

definição da identidade das Escolas do Campo, da Educação Básica do Campo no

Sistema Estadual de Ensino do Paraná, e a Resolução Nº 4783/2010 da Secretaria de

Estado da Educação que reconhece a Educação do Campo como uma política pública

educacional voltada ao atendimento escolar das populações rurais nas Escolas do Campo

é que o Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco, em Assembléia com a

comunidade escolar, optou por identificar-se como Escola do Campo e Organizar com a

comunidade escolar, atividades e conteúdos significativos ao contexto socioeconômico,

político, cultural e socioambiental, considerando as orientações vigentes da SEED,

preferencialmente, atividades educacionais relacionadas ao desenvolvimento sustentável,

solidário e agroecológico.

Para tanto, é necessário que cada profissional da escola desempenhe a função de

educar, cabe ao pedagogo o papel de redimensionar a comunidade escolar para que

todos reflitam sobre sua ação, que professores sejam reflexivos e estejam

compromissados a construir uma escola reflexiva; para que possamos resgatar a escola

como espaço público, lugar de discussões, embates, consensos e sobretudo, de

construção coletiva do saber escolar, pautados numa concepção pedagógica critica,

possível de ser concretizada, que esteja realmente interligada a nossa pratica social e

compromissada com a resolução dos problemas educacionais e do ensino de acordo com

a realidade de nossa escola, visando aos interesses da população.

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Nesse sentido, a construção do Projeto Político Pedagógico não pode ser vista

como o cumprimento de uma legislação. Ele é muito mais do que isso. A legislação

apenas reconhece o direito da comunidade escolar de desfrutar a autonomia que permite

ao coletivo da escola definir as ações necessárias para formar o cidadão que deseja.

Nessa perspectiva, o PPP representa o resultado de um período de reflexão e esforço de

toda a comunidade escolar para buscar um futuro melhor para a escola e melhoria da

qualidade de ensino. No dizer de Gadotti:

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.(VEIGA, 2005, p.12, apud GADOTTI, 1994)

Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico vai além de um simples agrupamento

de planos de ensino e de atividades diversas. Ele é construído e vivenciado em todos os

momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. Por isso, deve

ser permanentemente repensado.

O documento que segue é resultado destas reflexões e da postura teórico-prática

que orientará os trabalhos da escola para os próximos anos, estendendo-se ainda, a

especificidade de estar situada em área rural, para a qual devem debruçar novos olhares

e perspectivas de trabalhos diferenciados dentro das possibilidades financeiras,

pedagógicas e administrativas.

2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco - EFM

Acesso pelo BR 369, Km 511

Caixa Postal 54, Reassentamento São Francisco de Assis

CEP 85802 – 970 – Cascavel – PR Fone: (45) 3902-1643

Autorização do Estabelecimento Res. nº 1552/2000 de 25/05/2000

Reconhecimento do Estabelecimento Res. 3844/03 de 15/01/2004

Renovação do Reconhecimento do Estabelecimento Res. 3844/03 de 15/01/2004

Reconhecimento do Ensino Médio Res.93/96 de 06/02/2006

Ato do Núcleo Regional de Aprovação do Regimento Escolar nº 641/2007 de 17/12/2007.

Distância do Estabelecimento do Núcleo Regional: 25 km.

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3. OBJETIVOS GERAIS

Mudar a sociedade que temos requer compreendermos a forma como a mesma foi

e está organizada, bem como conhecermos as leis que garantem os direitos sociais a

todos os cidadãos. É o que apregoa a Lei de Diretrizes e Base da Educação nº 9394/96

no seu Art.2º: ‘’A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho’’.

Mas que tipo de cidadania queremos? A colocada pelas classes hegemônicas, a

fim de garantir a permanência da sociedade como está, ou queremos a cidadania como

resultado de lutas, confronto, negociações e conseguida através de conquistas sociais de

direito. Uma cidadania que admite as distorções sociais, ou que garanta o acesso à

saúde, educação, lazer, trabalho, moradia a toda a população.

A concepção de cidadania que queremos aparece em três dimensões distintas a

estética, ética e política. O ponto de vista estético trata de um modo de ser que se traduz

na fluência da expressão subjetiva e na livre aceitação da diferença, tendo como aspecto

fundamental a sensibilidade. Do ponto de vista ético aponta de um lado a possibilidade de

agir com simetria, identificando outra identidade própria e admitindo a solidariedade como

forma privilegiada de convivência humana e de outro a liberdade de tematizar, de decidir

o que fazer da própria vida, ou seja, desenvolver uma identidade autônoma. E por último,

do ponto de vista político, a cidadania pode ser traduzida em reconhecimento dos direitos

humanos, na prática da igualdade de acesso aos bens naturais e culturais, na atitude

tolerante e no protagonismo na luta pela sociedade democrática.

Nesse sentido buscamos efetivar uma educação que se volte para a formação dos

cidadãos que resgate os valores humanísticos, tão deteriorados neste final de século e

que possa contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, críticos, e solidários,

pois vivemos em uma época em que é premente a necessidade de se encontrar soluções

criativas e consistentes para os problemas da humanidade.

3.1 Objetivo do Ensino Fundamental

Possibilitar aos educandos o acesso à informação sobre o mundo e conseguir

articulá-las de forma tal que os mesmos aproprie das diversas formas de comunicação

verbal, não-verbal, gráfica, plástica corporal, interagindo com o mundo e o meio em que

vivem de forma consciente, critica e coletiva.

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3.2 Objetivo do Ensino Médio

Fornecer instrumentos teóricos e práticos que permitam aos educandos a

percepção de serem sujeitos de um processo, cujo resultado desencadeie o exercício

consciente de sua cidadania e seu engajamento nas lutas sociais, percebendo-se

enquanto sujeitos ativos da história.

Adquirir conhecimentos básicos, preparação científica e capacidade para atualizar

as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.

4. MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco atende em média 221

alunos, distribuídos nas 06 turmas do Ensino Fundamental, 03 turmas do Ensino Médio,

01 turma da sala de recurso, salas de apoio de 5ª série/6ºano e de 8ª série/9º ano, nos

períodos matutino e vespertino.

A comunidade escolar do Reassentamento São Francisco é composta por alunos

das comunidades: Vargem Bonita, São Lucas, Alto Alegre, Aliança D'Oeste, Renascer,

Pinheirinho, Santa Luzia, Fazendinha, MLST( Movimento de Libertação dos Sem Terra) e

alunos oriundos de Cascavel.

Há fatores agravantes no que tange a efetivação da qualidade do ensino.

Constantemente nos esbarramos na falta de profissionais habilitados, transtornos

ambientais (chuvas constantes) e estruturais (má conservação das estradas) o que

impedem os ônibus de transitarem acarretando o não comparecimento dos alunos na

escola, fator este que deve ser repensado uma vez que por ser uma escola situada no

campo tem suas especificidades. Portanto a questão de conservação e transitabilidade

das estradas devem ser urgentemente solucionadas, devendo a escola buscar no coletivo

e articuladamente aos gestores em âmbito municipal e caso necessário em âmbito

Estadual, meios para solucionar a questão.

Quanto aos recursos físicos, a escola conta com dez (10) salas de aula, sendo que

uma adaptada para a Pré-escola, visto que a estrutura física atende alunos da Educação

Infantil e toda a extensão do Ensino Fundamental (séries iniciais), subvencionada pelo

Município de Cascavel e 5º a 8ª do Ensino Fundamental e Ensino Médio subvencionada

pelo Governo do Estado do Paraná. Possui também um (01) laboratório de Física,

Química, Ciências e Biologia, dois (02) laboratórios de informática, um sendo constituído

através do Paraná – digital e um constituído pelo Município, conta com um (01) refeitório,

um (01) auditório, duas (02) bibliotecas, uma (01) sala de Educação Física, duas (02)

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salas de orientação pedagógica, duas (02) salas para direção escolar, e as demais

dependências são de uso compartilhado: sala de professores, secretaria, cozinha,

almoxarifado, quadra coberta, horta orgânica e pomar.

Com relação ao processo de ensino aprendizagem, a escola conta com 22 (vinte e

dois) professores distribuídos em dois (02) turnos. Para atendimento da sala de recursos

contamos com 01( uma) professora graduada em Letras com especialização em

Educação Especial.

O setor administrativo conta com três (03) agentes educacionais, sendo que dois

(02) agentes atendem o setor da manutenção e infraestrutura escolar e preservação do

meio ambiente e um (01) que atende o setor de alimentação escolar. Conta ainda, com

dois (02) agentes educacionais II, sendo que um (01) atende a administração escolar e o

outro atende os departamentos de multimeios escolares.

Quanto aos projetos, o Colégio desenvolve atividades extraclasse e

extracurriculares englobando todas as áreas do conhecimento: cultural, expressão

corporal, oratória, fórum Étnico Racial, gincana cultural e esportiva, feira de ciências,

torneios esportivos, gincana do meio ambiente,Viva Escola, participa do Programa

Câmara Jovem, com o intuito de desenvolver a interação entre os discentes, priorizando

a formação integral atrelando o conhecimento formal e informal do aluno.

4.1 HISTÓRICO

O colégio Estadual do Reassentamento São Francisco está localizado na zona

rural aproximadamente 25 km do centro de Cascavel. A área pertence ao município de

Cascavel, em quase toda sua totalidade, tendo apenas 20% de seu território sediado no

município de Corbélia.

O Estabelecimento iniciou suas atividades em Março de 1999, com 04 turmas de

Ensino Fundamental e 03 turmas de Ensino Médio.

No ano de 1999, a Escola exerceu suas atividades sem a autorização de

funcionamento, o que ocasionou atrasos com relação à documentação escolar e de

alunos. No dia 28 de fevereiro daquele ano foi criada e fundada a APM do Colégio

Estadual Reassentamento São Francisco, conforme ata nº 01/99 registrada em livro

próprio. Esta reúne-se ordinariamente 01 (uma) vez por mês.

Aos 27 de março aconteceu a primeira reunião pedagógica do estabelecimento,

mas ainda não se contava com todo o efetivo de professores e funcionários. Aos 29 de

março reuniram-se na escola a direção e outras instituições que participaram do processo

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de elaboração desse projeto para discutir encaminhamento para o ano de 1999. Destas

instituições destacam-se COPEL, Universidade, SMED, NRE.

Aos dezessete dias do mês de abril realizou-se no colégio uma reunião entre a

CRABI e os professores do estabelecimento, no qual o presidente desta e sua assessora,

fizeram um breve histórico sobre o movimento dos atingidos pela barragem do Rio Iguaçu

desde a sua criação até a organização desta estrutura, da qual a escola faz parte.

Mensalmente reuniram-se os funcionários de serviços gerais para avaliar e organizar o

trabalho dos meses seguintes. Em 27 de maio houve a segunda reunião pedagógica com

a participação de professores e funcionários. Em 02 de junho realizou-se no

estabelecimento uma reunião com o NRE e diretores de escolas rurais vizinhas a fim de

conhecer o projeto da escola e elaborar parcerias.

Em 03 de julho reuniram-se professores e equipe para tratar da reposição de aulas

devido ao atraso da contratação dos professores e também determinar os temas dos

quais a escola participaria na Feira da Educação realizada pelo NRE. Aos 18 de setembro

reuniram-se os professores, direção e supervisão para tratar de questões pedagógicas.

No ano de 1999 aconteceram várias reuniões com professores, funcionários e equipe a

fim de organizar e dar andamento as atividades do ano letivo. Os objetivos que orientaram

a organização do trabalho pedagógico neste período foram:

• A necessidade de fortalecer os laços de solidariedade e união e

instrumentalizar os alunos e alunas com o domínio do conhecimento cientifico;

• Ampliação das oportunidades educacionais da comunidade rural;

• Formação do homem cidadão e mulher cidadã mais consciente e atuante

socialmente;

• A valorização da agricultura familiar, o respeito ao equilíbrio ecológico e às

peculiaridades regionais;

• Promoção de núcleos de pesquisa e/ou trabalho orientado nas propriedades

rurais visando o intercambio direto escola-comunidade;

• A necessidade de compreender a cultura produzida através de relações sociais

mediadas pelo trabalho no campo;

• A necessidade de estimular a continuidade dos estudos e o hábito de pesquisa

constante;

• A organização do processo educativo de modo que contemple as múltiplas

dimensões da formação humana;

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• Proporcionar um ensino de qualidade e diferenciado voltado para os interesses

e necessidades do homem e da mulher do campo, ampliando-lhes a visão do mundo;

• Contribuir para a formação de homem cidadão e de mulher cidadã, mais critico

(a), consciente e atuante socialmente;

• Desenvolver a consciência crítica que valorize a agricultura familiar e o respeito

ao equilíbrio ecológico, bem como às peculiaridades regionais;

• Gerenciar democraticamente a unidade escolar incentivando, valorizando e

instrumentalizando a comunidade para que possa interferir conscientemente nas

definições das políticas públicas que lhe dizem respeito;

• Apoiar a divulgação de materiais didáticos e pedagógicos que tratem de

questões de interesse direto de quem vive no campo;

• Promover pesquisa e/ou trabalho orientado nas propriedades rurais de

abrangência da unidade escolar, visando o intercambio direto escola-comunidade;

• Estimular a vivencia em comunidade promovendo eventos a fim de fortalecer a

identidade cultural do grupo;

• Desenvolver discussões visando a compreensão da cultura produzida através

de relações sociais mediadas pelo trabalho no campo;

• Estimular a continuidade dos estudos e o habito de pesquisa constante;

Organizar o processo educativo de modo que contemple múltiplas atividades voltadas às

diversas dimensões de formação humana;

• Desenvolver a habilidade de aprender a transformar informações em

conhecimentos ou em posturas diante das diversas situações da vida;

• Instrumentalizar o (a) educando (a) com o domínio dos saberes inerentes e

necessários para a vivência na sociedade moderna. (PPP, 2000).

É interessante preservar a descrição da caracterização sócio-cultural do período de

1999-2000 para que possam ser percebidas e, posteriormente, analisadas as

transformações dos grupos sociais que compõem o Reassentamento bem como sua

visão de mundo e da escola. O texto foi mantido quase na íntegra, sendo readequado

apenas os tempos verbais e questões ortográficas.

Do ano de 1999 até 2004 a direção era a única (Escola Municipal e Colégio

Estadual) e era escolhida por uma equipe no NRE-SEMED e da CRABI. A partir de 2004,

com a lei que regulamenta a escolha de diretores, foi realizada uma eleição para escolha

da direção estadual, onde tinham direito a votar alunos do Ensino Médio, do Ensino

11

Fundamental com mais de 16 (dezesseis) anos e pais, mães ou responsáveis pelos

alunos menores de 16 (dezesseis) anos do Ensino Fundamental. A eleição foi realizada

no dia 12/12/2003.

Sendo eleita a professora Kátia Estevam Pasoline para gestão 2004/2005/2006.

Para a gestão 2007/2008 a diretora indicada foi a professora Evaneti Velozo, sendo esta

mesma, eleita para o triênio de 2009/2010/2011.

A partir de maio de 2000 a situação dos níveis de ensino da escola foi regularizada

e saiu a Resolução de Autorização de Funcionamento nº 1552/2000. No ano de 2004,

especificamente no mês de janeiro, foi editada a Resolução 3844/03 de Reconhecimento

do Estabelecimento e Reconhecimento do Curso Ensino Fundamental. O Curso do

Ensino Médio obteve seu reconhecimento em 2005.

A escola funcionava em três turnos até o ano de 2004, matutino com a 5ª a 8ª série

do Ensino Fundamental e o noturno com o Ensino Médio (rede Estadual) e no vespertino

com a 1ª a 4ª série e Educação Infantil (rede Municipal); mas devido a algumas

dificuldades encontradas pelo fato da escola ser de zona rural, a comunidade pediu para

cessar o noturno e passar a funcionar o Ensino Médio no período da manhã. No ano de

2005 o número de alunos matutino aumentou, exigindo o transporte escolar para o aceso

à escola.

4.2 CARACTERIZAÇÃO

O grupo de alunos do Colégio do Reassentamento é formado por filhos de

agricultores que desde cedo contribuem no trabalho familiar, seja na roça, no trato com os

animais ou nas atividades domésticas.

Nos primeiros anos de funcionamento da escola observou-se que este público, em

sua maioria estava fora da relação de idade/série tida como sendo a ideal, isso ocorreu

principalmente pela dificuldade que tinham de acesso e permanência na escola. O

processo de reassentamento destas famílias foi aproximadamente 10 (dez) anos, o que

fez com que nos últimos anos trocassem de escola várias vezes.

Em 1998, quando se instalaram no local atual, passaram a estudar em Corbélia, e

em 1999, com a conclusão do prédio escolar do Reassentamento, vieram transferidos

para este estabelecimento. Percebeu-se um grande avanço na aprendizagem desde

então.

A Construção de uma escola como esta, no campo, não aconteceu por acaso. Foi

resultado de uma grande luta desta comunidade que, quando atingidos pela construção

12

da barragem de Salto Caxias (Rio Iguaçu) tiveram que sair das propriedades ou

reorganizar sua vida produtiva, em função do trabalho, para atender as determinações do

Governo do Estado do Paraná, de cessão dos territórios para a instalação da referida

Usina Hidrelétrica de Salto Caxias. Esse momento resultou na organização das pessoas

que ali residiam, em comunidades que se uniram se fortaleceram e conseguiram muitas

conquistas, entre elas uma escola que estivesse localizada em ponto estratégico no local

o qual fossem reassentados.

As famílias atingidas por barragens de hidrelétricas, na maioria das vezes, não

recebem a atenção adequada no que diz respeito às alterações provocadas pelo

processo de desapropriação de suas terras. Ao saírem de suas propriedades deixam para

trás parte de sua história, desfazem vínculos de amizade e perdem parte de sua

identidade histórico cultural. Numa tentativa de amenizar este impacto foram criadas

associações nos Reassentamentos: São Lucas; Vargem Bonita; Barra Bonita; Aliança

D’Oeste; Alto Alegre; Santa Luzia; Pinheirinho; Renascer e Fazendinha no

Reassentamento São Francisco de Assis; Foz do Chopim; Santa Catarina e Santo Isidoro

no Reassentamento Santa Bárbara; Nossa Senhora dos Navegantes; Saudades do

Iguaçu; Nova Veneza; Ibema; Salvati; Novo Horizonte; São Francisco e Boa esperança.

Estas associações, vinculadas a Associação de Desenvolvimento dos Reassentamentos

de Salto Caxias –ADERABI (Organização de Âmbito Nacional), passaram a atuar no

sentido de contribuir para a organização dessas famílias, sendo o processo educacional

uma das maiores preocupações.

Para a atualização dos dados sobre a comunidade escolar foi aplicado um

questionário sócio – econômico – cultural para obter informações que auxiliem na

reorganização dos trabalhos da/na escolar para o ano de 2006 e próximos. Solicitou-se

aos alunos que levassem os questionários (compostos por 24 questões, das quais 20

(vinte) fechadas e 4 (quatros abertas).

O levantamento sócio econômico cultural da comunidade do ano de 2010 permitiu

identificar tais características. A comunidade continua sendo composta basicamente por

pequenos agricultores, que se dedicam a uma agricultura de subsistência e produção de

grãos, dentro estes podemos destacar: soja, milho, feijão e trigo além de produzirem

também o fumo, algumas hortaliças e suinocultura, mas a principal fonte de renda que

ainda mantém as famílias no Reassentamento é o leite. Temos ainda algumas famílias

que se dedicaram a industrialização de seus produtos, produzindo queijos, carnes e

derivados, doces de frutas, atividades relativas à panificação atendendo encomendas e à

13

própria comunidade. A renda anual fica em trono de R$ 15,000,00, mas devemos lembrar

que esta renda refere-se, em geral, a arrecadação com a venda da produção agrícola, e

com a qual as famílias devem sobreviver durante o ano. A comercialização dos produtos é

feita, em grande parte, entre os membros das próprias comunidades que atendem grupos

de menores de interesse. Ou seja, os questionários mostram que a atividade comercial

que move o Reassentamento gira em torno da agricultura e pecuária leiteira, piscicultura,

avicultura, suinocultura e alguns desenvolvem serviços na área de mecânica e

manutenção.

Os questionários mostram também que 94% dos moradores do Reassentamento

possuem casa própria, mesmo que estes não tenham todos estado junto ao movimento

que conquistou o espaço da fazenda no qual residem atualmente. Sobre esta questão

46% dos respondentes considerara que a adaptação foi fácil, já 23% considerara difícil, o

percentual de 31% destacou opções entre razoável, outro grupo de opiniões afirmam que

adquiriram terras no local depois do reassentamento ter ocorrido. Houve ainda aqueles

que preferiam não opinar e ainda, aqueles que não residem no reassentamento.

Com relação aos responsáveis pelos alunos, contamos com 63% que tem pai e

mãe como seus responsáveis, 11% a mãe, e um percentual um pouco menor, 9%, que

tem nos pais (homens) seus responsáveis. Houve ainda aqueles que citaram os avós. Um

dado interessante e de extrema responsabilidade, quando analisado, foi à menção dos

professores e a equipe da escola como sendo também responsáveis por esses alunos.

O campo de atuação profissional destes responsáveis (homens) revela que 89%

são agricultores, como já dito anteriormente. Os 11% se dividem entre pedreiros,

carpinteiros, administradores rurais, guardas, motoristas, havendo também 1 (um)

funcionário publico federal, 1 arquiteto. Já entre as responsáveis (mulheres) 56% são

agricultoras, 27% são donas de casa, e auxiliam na administração rural, os outros 17%

estão divididos em: professora, padeira, auxiliar de serviços gerais, doméstica, telefonista,

cozinheira e monitora.

A religião predominante é a católica, somando 89% das opções respondidas, os

11% dividem-se em evangélicos, sem religião e outros. Sendo assim entendemos os 20%

que responderam que o maior local de convivência da família é a Igreja e os centros

comunitários. Muitas foram às respostas com relação a estas questões como podemos

perceber pelos gráficos (anexos) que seguem, mas ainda assim a Igreja aparece como

predominante em todas as categorias elencadas.

14

Quanto às formas de lazer da família, 48,9% responderam que é a visita a

parentes, destacando que muitos deles moram no próprio reassentamento e a distância

média entre uma propriedade e outra, varia de 5 a 9 quilômetros (Km). A pescaria fica

bem marcada como forma de lazer, em vista de haver no próprio local um lado com praia

artificial, que possui uma área de convivência, uma lanchonete que abre aos finais de

semana para visitantes e moradores, cobrando uma taxa de entrada e consumo.

Dos meios de comunicação mais utilizados pela família 63% relataram que são a

televisão, rádio e telefone. Os outros 37% dividiram-se entre jornal, internet e revistas.

Ressalta-se que a maior forma de comunicação é o telefone celular, pois não há

cabeamento que possibilite a instalação de telefones residencias em todas as

propriedades, pois tornasse extremamente dispendioso para cada um dos moradores.

Afirmam também, não haver propostas de políticas publicas que promovam o

atendimento a tal necessidade. Em âmbito municipal isso seria possível, a promessa de

instalação de um orelhão comunitário é de longa data, mais ou menos 3 a 4 anos, mas

falta também organização e mobilização destas famílias em prol desta que é uma

necessidade não apenas individual, mas da escola. Esta dispõe de uma linha telefônica

que atende parcialmente as necessidades, mas este oscila constantemente no que se

refere ao seu funcionamento. Basta uma chuva mais forte ou ventos constantes que este

volta a ficar inoperante. Em meio a um mundo permeado por tecnologias avançadas, no

qual a informação não depende mais da presença física próxima dos comunicantes, o não

funcionamento deste telefone torna extremamente difícil o trabalho dos profissionais da

escola, principalmente das equipes administrativas e pedagógicas, mesmo no que se

refere ao contato com os pais para tratar de questões da participação ou atendimento

médico a seus filhos.

Os serviços públicos utilizados pela população são basicamente a escola e o posto

de saúde, localizado em frente à mesma.

A matrícula na escola se deu, conforme a maioria das repostas por esta ser

próxima a residência, por ser publica e gratuita. A qualidade de ensino também foi

mencionada, mas apenas por 10% dos respondentes.

Com relação à avaliação de ensino na escola este foi considerado bom por 44,6%

dos respondentes, muito com por 11,5% e ótimo por 14,5% dos mesmos. Um percentual

de 28,7 considerou o ensino razoável e ninguém o pontuou como ruim. Refletindo acerca

destas questões nos perguntamos quais os motivos que poderiam levar os pais (ou

15

mesmo os alunos que responderam pelos pais) para qualificarem o ensino como sendo

razoável.

Outro dado previsível, mas extremamente significativo refere-se ao número de

alunos que possuem irmãos na escola, 50,3%. Isso se explica, em primeira instância pelo

fato de a escola ser ‘’do reassentamento’’ o acesso as condições de estudo e o fato de

estarem conjugada no mesmo espaço físico as séries inicias, o Ensino Fundamental (5ª a

8ª) e o Ensino Médio, embora funcionando em horários diferentes.

Com relação a participação dos pais na escola, 17,2% apontaram especificamente

que é a proximidade da escola à residência, os outros 83% se dividem em atendimento

recebido, forma de organização por não trabalhar fora, mas em todas as opções percebe-

se a menção da proximidade da escola. Este é um outro elemento contraditório e

interessante quando comparado as respostas à questão relacionada ao que dificulta esta

participação, pois 20,1% pontuaram o trabalho, 13,6% a falta de tempo e 10,7% o horário

das reuniões, as outras opções também se referem aos itens anteriormente mencionados,

mas de forma mais dispersa e em percentuais isolados.

Com relação às instâncias de participação 28% mencionaram as reuniões e pela

entrega de boletins a assembléia de pais, 36% nas reuniões para entrega de boletins,

reuniões da APMF associados a participação. Percebe-se que há uma preocupação com

o aproveitamento/rendimento dos alunos, mas isto nem sempre se efetiva na prática, pois

alguns pais e responsáveis se fazem de fato, presente na escola, mas apenas para obter

informações sobre os seus filhos. Um dado interessante refere-se a participação dos

homens na reuniões e no dia-a-dia, são eles que em geral, vem obter informações sobre

os filhos ou atendem as solicitações feitas por meio de bilhetes ou recado orais. A

participação também deveria se refletir nos grupos, pois o Reassentamento é fruto de

uma luta que demandou organização e participação em defesa de interesses comuns,

ficando, no entanto, a desejar com relação a participação nas questões pedagógicas e

administrativas.

Com relação às expectativas da família, estas são majoritariamente referentes a

um ensino de qualidade, perfazendo 43,8% das respostas. Outros 23,7% pontuaram a

estrutura física (entendendo neste item serviços gerais, setor pedagógico, estrutura

física), os outros 32% se dividiram entre melhores condições de segurança, melhores

professores, embora um percentual pequeno, 4,3, aulas diferenciadas (dança, teatro)

2,1%, laboratório de informática 5%, maior relacionamento com os alunos 1,4%. Há ainda

1,4% que espera que a escola não feche. Muitas destas expectativas a escola tem plenas

16

condições de atendimento, e até mesmo aquelas que dependem da participação

externas. A equipe pedagógica e administrativa vem se empenhando para promover a

participação dos alunos em eventos como: jogos colegiais do Paraná e homenagem às

mães, mas sabemos também que os recursos financeiros são limitados e nem sempre

possibilitam o custeio e manutenção de ‘’todos’’ os ‘’desejos’’ dos anseios dos alunos.

Nesse sentido faz-se necessário que a participação dos pais e responsáveis citados

anteriormente, se dê com cooperação e atuação.

Com relação ao que a escola tem de melhor 27,3% destacaram o ensino, 10,7% a

equipe pedagógica, 21% destacaram professores, equipe pedagógica e direção, 40%

giram em torno dos mesmos itens citados anteriormente, acrescentando a merenda,

escolar embora em menor escala.

Esse é um aspecto positivo para a auto-avaliação da escola, pois todos os

profissionais que atuam em sala de aula e nas equipes são dos municípios e/ou arredores

do Reassentamento São Francisco (Cascavel e Corbélia), e apesar de não terem

identidade diretamente ligada ao campo estão fazendo a diferença com relação ao ensino

de qualidade.

Por fim, com relação aos aspectos que deixam a desejar, segundo os pais e

responsáveis, 10,7% pontuaram questões relativas à disciplina, materiais e 16,5%

apontaram o laboratório de informática. As outras opções ficaram em torno da

manutenção física da quadra, biblioteca, disciplina, segurança. Tais colocações não nos

causam estranheza se lembrarmos que a escola é o espaço de convivência e

socialização dos jovens e adolescentes, devendo ser no mínimo um espaço coletivo,

agradável e sociável. Destacamos que há muito que melhorar em termos de estrutura

física para um melhor atendimento da necessidade escolar, uma vez que deveremos

atendar para alunos portadores de com necessidades especiais, pois a questão de

acessibilidade é vital.

O meio de transporte mais utilizado pela família é o carro, 55% das respostas, na

seqüência temos 23% que colocaram o ônibus. As outras opções ficaram em torno de

moto, charrete, trator, cavalo e a pé. Convém salientar que os alunos necessitam de

transporte escolar para chegar à escola, pois alguns residem até 12 (doze) quilômetros

distantes do Estabelecimento. O transporte dos nossos alunos anteriormente era

realizado por três ônibus, com a vinda dos alunos do MLST – Movimento de Libertação

dos Sem Terra, para a Escola Municipal e Colégio Estadual foi preciso disponibilizar mais

uma Van para fazer a linha. Os ônibus que realizam o transporte são da própria

17

associação dos reassentados (convênio com a prefeitura). No período da manhã são

transportados 160 (cento e sessenta) alunos do Ensino Fundamental e Médio, também

em média 50 (cinqüenta) alunos do contra-turno da rede municipal e do Estado

diariamente, resultando em 210 (duzentos e dez alunos) alunos. No período vespertino

são transportados 67(sessenta e sete) da rede estadual e da rede municipal totalizando

452 alunos transportados diariamente. O trajeto mínimo de cada comunidade até a escola

é de 7 (sete) quilômetros e as crianças e adolescentes percorrem de 1 a 3 quilômetros

para se encontrarem nos locais previamente combinados para o embarque.

Atualmente, o Colégio Estadual Reassentamento São Francisco – Ensino

Fundamental e Médio continua atendendo alunos da zona rural, reassentados de Salto

Caxias, aproximadamente com 252 (duzentas e cinquenta e duas) famílias. Estas são

proprietárias de lotes de terras e casas, possuem luz elétrica, água tratada (poço

artesiano) com encanamento até as residências e sistema de esgoto individual (fossa).

Observou-se que o grau de instrução de pais e mães giram em torno da

modalidade de ensino de 1ª a 4ª série o que dificulta o auxílio às tarefas dos filhos.

Poucos representantes de pais e mães possuem Ensino Fundamental e a minoria o

segundo e/ou terceiro grau.

Os pais em grande parte são casados. Constatou-se alguns problemas de

relacionamento, resultado do autoritarismo masculino existente em alguns ambientes

familiares rurais. A família é composta aproximadamente de 05 (cinco) pessoas, sendo

que os jovens e crianças estavam, em sua maioria, em idade escolar.

A comunidade encontra no esporte, passeios, bailes e na televisão sua forma de

lazer. Participam de cultos religiosos e são em sua maioria católicos.

Com relação à assistência médica, utilizam o SUS e em caso de emergência

hospitais em Corbélia ou Cascavel. Poucas famílias possuem convênios particulares

(Sindicato dos Trabalhadores Rurais e UNIMED). A coleta de lixo ainda ocorre a cada

07 (sete) dias e é realizada pela empresa responsável pela coleta de lixo do município.

Ainda assim, costumam oferecer as sobras de comida aos animais.

A comunidade continua dividida em 08 (oito) Associações, com sede própria.

Participam e dirigem as Associações os agricultores e agricultoras da comunidade. Ainda

contam com o Grupo de mulheres e estão em fase de estudo a constituição do Grupo de

homens. Estes costumam promover festas e atividades culturais para divertir e angariar

fundos para as Associações.

18

A comunidade participa das reuniões convocadas pelo Estabelecimento:

Assembléias da APMF, reuniões para verificação da aprendizagem, palestras sobre

assuntos diversos e convocações para atendimento individual.

O Conselho Escolar foi instituído no colégio em 2006 e conta com a participação de

representantes de todos os segmentos da escola. Em 16/04/2008 ocorreu eleição para

dar continuidade ao processo democrático onde fizeram-se presentes pais, direção,

coordenação pedagógica e comunidade escolar ficando assim definido: representante dos

pais; Junilce Meurer Eising Doré e suplente, Sra Lonete dos Santos Meurer;

representante dos movimentos sociais; Paulo Ribeiro Mendes e suplente Sra Roseni

Fucliter Rocha. Para suprir a vaga, no segmento alunos, os discentes reuniram-se no

auditório aos trinta dias do mês de maio (30/05/2008) e após explanação sobre a

importância desse órgão colegiado procedeu-se a eleição sendo aclamado o aluno

Jonatas Novais dos Santos e como suplente, Isamara dos Santos Meurer.

Finalizando a composição do Conselho Escolar, no que tange o segmento

professores, equipe pedagógica e agente educacional I e II, em eleição realizada aos dois

dias do mês de outubro de dois mil e oito (02/10/2008), foram eleitas a professora, Dalva

Ferreira Gomes Amadeu e como suplente Elza Aparecida Berger Ferreira contemplando o

segmento docente; e do segmento equipe pedagógica, Maria de Lourdes da Silva

Oliveira; e como representante do segmento agentes educacionais I, Lucia dos Reis

Catene e como suplente Maria Albertina A. Oenning; agente educacional II, Cirineu Roque

Gonçalves e como suplente Mayara Adamowicz; e representando o segmento aluno

grêmio estudantil a aluna Kellen Farezin Gozdzink e suplente Camila Regina Vidal.

No ano de dois mil e onze, foi realizada nova eleição do Conselho Escolar com os

respectivos representantes dos segmentos, ficando assim instituído:

Presidente: Maria de Lourdes da Silva Oliveira

Representante da Equipe Pedagógica: Selma R. Estraliote

Suplente: Zoraya Soares Monte Blanco

Representante do Corpo Docente: Talita Santos

Suplente: Euzaíde C. da Silva da Luz

Representante dos Funcionários Administrativos: Jislene de C. Justus

Representante dos Func. de Serviços Gerais: Lucia dos Reis Catene

Representante do Corpo Discente: Karoline Gonçalves

Suplente: Mylena de Oliveira

Representante dos Pais de Alunos: Sirlei Gonçalves de Oliveira

19

Suplente: Vilmar Monteiro

Representante do Grêmio Estudantil: Jessica Cardoso

Suplente: Jaqueline Xavier Varela

Representante dos Movimentos Sociais Organizados pela Sociedade: Antoninho

Scarioto

Ivonei Pereira

4.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

4.3.1 Modalidades de Ensinos Ofertadas, número de alunos matriculados em 2008

por Série e turno

Série

Período

Manhã Tarde

6º ANO – E. F. – 29

7º ANO – E. F. 22 22

7ª SÉRIE – E. F 29 24

8ª SÉRIE – E. F 33 --

1º ANO – E. M. 31 --

2º ANO – E. M. 32 --

3º ANO – E. M. 18 --

SALA DE RECURSOS -- 6

CELEM -- 18

SUBTOTAL 165 99

TOTAL GERAL 264

4.3.2 Modalidades de Ensinos Ofertadas, número de alunos matriculados em 2009

por Série e turno.

Série

Período

Manhã Tarde

5ª SÉRIE – E. F. - 29

6ª SÉRIE – E. F. 29 -

7ª SÉRIE – E. F 22 20

8ª SÉRIE – E. F 25 22

20

1º ANO – E. M. 31 -

2º ANO – E. M. 31 -

3º ANO – E. M. 30 -

SALA DE RECURSOS 04 -

CELEM 21

VIVA ESCOLA 75

SUBTOTAL 172 167

TOTAL GERAL 339

4.3.3 Modalidades de Ensinos Ofertadas, número de alunos matriculados em 2010

por Série e turno.

Série

PERÍODO

MANHÃ TARDE

5ª SÉRIE – E. F. 21 24

6ª SÉRIE – E. F. -- 27

7ª SÉRIE – E. F 28 -

8ª SÉRIE – E. F 22 16

1º ANO – E. M. 40 -

2º ANO – E. M. 18 -

3º ANO – E. M. 22 -

SALA DE RECURSOS 9 -

VIVA ESCOLA 35

SUBTOTAL 160 102

TOTAL GERAL 262

4.3.4 Modalidades de Ensinos Ofertadas, número de alunos matriculados em 2011

por Série e turno.

Série

PERÍODO

MANHÃ TARDE

5ª SÉRIE – E. F. 25 24

6ª SÉRIE – E. F. 16 23

7ª SÉRIE – E. F 29 –

8ª SÉRIE – E. F 28 –

1º ANO – E. M. 39 –

21

2º ANO – E. M. 34 –

3º ANO – E. M. 21 –

SALA DE RECURSOS 9 –

SALA DE APOIO 25 25

SUBTOTAL 226 72

TOTAL GERAL 298

4.3.5 Modalidades de Ensinos Ofertadas, número de alunos matriculados em 2012

por Série e turno.

Série

PERÍODO

MANHÃ TARDE

6º Ano – E. F. – 26

7º Ano – E. F. 20 21

8º Ano – E. F 21 17

9º Ano – E. F 24 –

1º ANO – E. M. 25 –

2º ANO – E. M. 30 –

3º ANO – E. M. 30 –

SALA MULTIFUNCIONAL I 9 –

PROJETO HORTA

ORGANICA

25 –

HORA TREINAMENTO 25 –

SALA DE APOIO

PORTUGUÊS

20 20

SALA DE APOIO

MATEMÁTICA

20 20

CELEM – 22

SUBTOTAL 249 126

TOTAL GERAL 375

4.3.6 Horário de Funcionamento do Estabelecimento de Ensino:

Manhã: 7:30 às 11:55 horas Tarde: 13:05 as 17:25

22

4.3.7 Quadro de Profissionais Ano 2012

Nome Disciplina Formação

Adriana F. de

Oliveira

Espanhol Letras, Português e Espanhol com Pós em

Educação Especial

Adriana

Vesohoski

Matemárica Matemática com Pós em Educação Especial

Aline C. Castilho Inglês Letras, Português e Inglês

Cirineu Roque

Gonçalves

Secretário Ensino Médio

Dalva F.Gomes

Amadeu

Inglês Letras, Português e Inglês com Pós em

Fundamentos

da Educação

Edilene Teresinha

da Silva

Português Letras, Pós em Linguística e Literatura

Luso-Brasileira

Elisangela

Watthiner

Química Ciências Biológicas com Pós em Auditoria,

Perícia e Gestão Ambiental; Mestrado em

Recursos Híbricos e Saneamento Ambiental

Euzaide Claro da

Silva da Luz

Português Letras, com Pós em Linguística

Evaneti Velozo Matemática Matemática

Francisco

Antunes Pereira

História História, Pós em História e Geografia

Hedy de Paula

Paiva

Matemática / Física Matemática e Física

Ines Mathias da

Silva

Geografia Geografia, Pós em Geografia

Ivania Terezinha

Bueno

Português Letras, Português com Pós em Processo

Ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa

Jaqueline O. de

Oliveira

Geografia Geografia

Jislene de Informática Pedagogia

23

Carvalho Justus

Joelço Mendes da

Silva

Biologia Ciências Biológicas com Pós em Didática e

Metodologia do Ensino Superior; Ed. Especial:

Atendimento às Necessidades Especiais; Ed.

De Jovens e Adultos.

Kelly Regina C.

Iatskiv

Ciências Ciências Ambientais

Lucia dos Reis

Catene

Serviços Gerais Ensino Fundamental

Lidiane Silvestre

da Silva

Filosofia Filosofia

Maria Albertina

Antunes Oenning

Serviços Gerais Ensino Fundamental

Maria de Lourdes

da Silva Oliveira

Diretora Pedagogia, Pós em Administração e

Supervisão Escolar

Marilane de

Fátima Morais

Português Letras com Pós em Ed. Especial: Atendimento

às Necessidades Especiais.

Marilene Borges

Pohl

História História com Pós em Ensino de Geografia e

História

Marilda Aldacir

Volski

Biblioteca Pedagogia com Pós em Psicopedagogia

Miriam Adelaide

Mendo

Serviços Gerais Ensino Médio

Orivaldo de

Azevedo

Educação Física Educação Física, Pós em Educação

Física e Qualidade de Vida

Selma R.

Estraliote

Pedagoga Pedagogia com Pós em Planejamento

Educacional

Talita Santos Artes Educação Artística, Pós em Artes

Plasticas

Valdeir Ricardo

Lopes Pereira

Educação Física Educação Física

Zoraya Soares Pedagoga Pedagogia e Ciências Contábeis

24

Monte Blanco

4.3.8 Órgãos Complementares

Os órgãos complementares têm por finalidade impulsionar as atividades sócio-

culturais e financeiras do respectivo estabelecimento de ensino. São eles: Conselho

Escolar, APMF e Grêmio Estudantil.

4.3.8.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão de caráter deliberativo, consultivo, avaliativo e

fiscalizador, que visa a organização e efetivação do trabalho pedagógico e administrativo

do respectivo estabelecimento de ensino, de comum acordo com as políticas e diretrizes

da SEED, observando a Constituição , a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento Escolar, conforme previsto no Estatuto do Conselho Escolar Capitulo II, artigo

4ª, de acordo com o ato administrativo nº 333/06.

O Conselho Escolar visará à articulação entre os vários atores sociais, a fim de

garantir a eficiência, a eficácia e a qualidade do seu funcionamento

O CE de acordo com o principio da representatividade será constituído por:

a) Diretora Presidente: Evaneti Veloso;

b) Um representante da Equipe Pedagógica- Maria de Lourdes da Silva Oliveira

c) Um representante do Corpo docente- Dalva Ferreira Gomes Amadeu

d) Um representante de Agente Educacional I: Lucia dos Reis Catene

e) Um representante de Agente Educacional II: Cirineu Roque Gonçalves

f) Um representante do Corpo discente;

g) Um representante dos pais de alunos;

h) Um representante do grêmio Estudantil: Ricardo Gracioli Roque

i) Um representante dos movimentos sociais organizados da comunidade

(Associação de moradores):Paulo Ribeiro Mendes.

O CE tem como atribuições: Aprovar e acompanhar efetivação do projeto político-

pedagógico da escola; Analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto

político-pedagógico da mesma; Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e

democrática na elaboração do projeto político-pedagógico bem como do regimento

escolar, incluindo suas formas de funcionamento aprovados pela comunidade escolar;

Analisar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos segmentos que

25

compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar sua importância no processo

educativo;

A forma de eleição, as atribuições, as contribuições sociais, a dissolução de

órgãos, e demais especificidades constam no Estatuto no volume 2 deste documento.

4.3.8.2 APMF

A APMF é um órgão de representação dos pais, professores e agentes

educacionais do Estabelecimento de Ensino sem caráter político partidário, religioso,

racial e sem fins lucrativos, bem como sem remuneração a qualquer um de seus

membros.

A APMF tem por objetivo contribuir nas ações assistenciais do educando, bem

como o aprimoramento do ensino e a integração da família –escola– comunidade,

mediante ação integrada ao Conselho Escolar.

A diretoria da Associação de Pais, Mestres e Agentes Educacionais será composta

de:

a) Presidente; Faustino José de Souza

b) Vice-Presidente; Conceição Aparecida de Oliveira Apolinário

c) 1º secretário; Cirineu Roque Gonçalves

d) 2º secretário; Edilene Terezinha da Silva

e) 1º tesoureiro; José Rossi Meurer

f) 2º tesoureiro; Ariel Gonçalves da Silva

g) 1º Diretor Sócio-Cultural - Esportivo;

h) 2º Diretor Sócio-Cultural - Esportivo;

A forma de eleição, as atribuições, as contribuições sociais, a dissolução de

órgãos, e demais especificidades constam no Estatuto no volume 2 deste documento.

4.3.8.3 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação de todos os estudantes

matriculados e frequentes no estabelecimento, tendo como objetivos: representar e

defender os interesses coletivos dos alunos; incentivar o ensino e a cultura literária,

artística e desportiva para o corpo discente; promover a cooperação entre a comunidade

escolar; realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras

instituições e entidades gerais( UMES,UPES e UBES).

26

O Grêmio Estudantil Hélio Jocemar Carniel, representa todos os alunos

matriculados e frequentes do Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco, este

nome foi escolhido para homenagear um morador da comunidade que faleceu em

acidente automobilístico.

Após a passagem de vários alunos pela diretoria, temos os seguintes nomes que

compõem a diretoria atual, escolhida em eleição direta em 12 de maio de 2010.

São eles:

Presidente: Ricardo Gracioli Roque

Vice-Presidente (a): Jéssica Cardoso da Silva

Primeira Secretária: Jaqueline Xavier Varela

Segunda Secretária: Tatiele Marcon

Primeiro Tesoureiro: Ronalti Aguinaldo Scarioto

Segundo Tesoureiro: Douglas Campos da Silva

Diretor Social: Douglas Henrique de Lemos

Diretor de Imprensa: Fernando Doré

Diretor Cultural: Pedro Manoel Apolinário da Silva

Primeiro Suplente: Anderson Effiting

Segundo Suplente: Leandro Koch Ribeiro

Terceiro Suplente: Ivomar Luiz Domingues

4.3.8.4 Conselho de Representantes de Turmas

É a instância intermediária e deliberativa do Grêmio, sendo representação

exclusiva dos estudantes, constituída pelos representantes de turmas, eleitos anualmente

pelos alunos de cada turma, por voto direto e secreto, obedecendo à ordem dos mais

votados e por um professor(a) ou membro da equipe pedagógica indicado por esses

representantes. Tendo como função de discutir e votar sobre propostas da diretoria, zelar

pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio e deliberar assuntos do interesse do corpo

discente de cada turma representada.

Toda denominação, sede, objetivos, sua constituição e utilização, suas instâncias

deliberativas, as funções da diretoria e demais especificidade constam no Estatuto do

Grêmio no volume II deste documento.

27

5. MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepção de Ensino e Aprendizagem

Para iniciarmos o diálogo é importante reiterar que esse modelo de sociedade que

temos é sustentado pelo individualismo exacerbado, pela acumulação de riquezas e

sobreposição de classes., o que incide diretamente sobre a forma como o senso comum

compreende a educação.

Essa cultura proposta na atualidade sufoca o protagonismo da classe trabalhadora

que na maioria das vezes não possui méritos em relação à educação formal, sendo

também caracterizada como inculta, leiga ou iletrada.

Nessa perspectiva adotamos uma concepção teórica em que o trabalho

educacional é pautado no materialismo histórico dialético – Karl Marx - que tem como

ponto decisivo na história dos sujeitos envolvidos no processo de mudanças, de

contradições e de lutas das classes antagônicas, concepção necessária para que os

educandos, bem como a sociedade civil (pais, funcionários, docentes e comunidade)

possam compreender que estão inscritos numa sociedade permeada por conflitos sociais.

A partir de uma concepção dialética de educação, supera-se tanto o sujeito passivo

da educação tradicional, quanto o sujeito ativo da educação nova, em direção ao sujeito

interativo. Aqui o professor tem resgatado seu papel substancial, pois não fica na

posição de esperar o educando “amadurecer”, mas pode ajudá-lo pela interação, uma

vez, como afirma Vygotski (1896-1934), a boa aprendizagem se antecipa ao

desenvolvimento. (VASCONCELOS,2005, p. 60)

Nesse sentido compete a escola trabalhar juntamente com atores sociais as

concepções que norteiam a dinâmica econômica e social como marco inicial para a

construção de uma sociedade mais igualitária.

O trabalho foi sempre em todas as épocas da história da humanidade, a atividade

por meio da qual são obtidos os bens necessários à sobrevivência do homem. Dessa

maneira, as formas de organização social – as classes que constituem uma sociedade

tem, na sua origem , a apropriação do produto excedente no transcorrer do percurso

histórico da humanidade – sociedade escravista, feudal e capitalista.

A história da sociedade é, pois, a história de como os homens se organizam para

produzir os bens materiais e de como o resultado da produção é apropriado pelas

diferentes classes que compõem a sociedade.

28

Em contrapartida surgem os grupos sociais como fontes fundamentais para a

sociabilidade das pessoas, ou seja, os grupos este conjunto de pessoas com identidades

distintas ou semelhantes entre si constituem uma das principais faces da socialização dos

indivíduos.

Segundo Lane (1999), os grupos devem ser percebidos, primeiro como um

processo, não como algo fixo e acabado; em segundo lugar, devemos compreender que o

grupo se faz na medida em que se constitui pela história dentro de uma determinada série

de condições contextuais e ideológicas.

Com isso, os grupos mantém ou repudiam relações de transformações sociais. Isso

ocorre porque o ser humano se constitui numa ação direta com o meio que o forma, isto

é, não existe dissociação entre indivíduo e meio.

Estando assim constituída a dinâmica social torna-se de fundamental importância

trabalhar o significado de identidade social como algo múltiplo, pois apresenta diversas

facetas, uma vez que os grupos são alicerces fundamentais para a constituição da

identidade social.

Para Ciampa (1999), a identidade é mutável, múltipla e contraditória, mas única.

Para esse pensador, encontramos nosso processo de identificação em situações do

contexto social. Ou seja, quando estamos no trabalho possuímos uma identidade de

classe trabalhadora, portanto nos constituímos enquanto identidade social de trabalhador.

Quando chegamos em casa, estamos numa relação familiar e doméstica como pai ou

filho, e assim nos comportamos conforme essa situação.

Desta feita, a identidade é fundamental para a constituição dos sujeitos e ela tem

repercussão dentro dos grupos sociais. Ao estudar a identidade social, poderemos

compreender como as pessoas organizam suas ações no mundo social, sempre usando a

identidade como um ponto de apoio.

Os indivíduos e grupos em geral se organizam a partir de determinadas

concepções de mundo que orientam as suas ações. Todas as pessoas necessitam de

algo que lhe permita orientar a sua ação nos diversos momentos e situações da vida,

como em casa, no trabalho , no lazer, na escola etc. Todos nós somos impelidos a agir a

partir de determinadas idéias e concepções de mundo.

Segundo Tomazi (2000):

“A ideologia corresponde às idéias que os homens fazem da sociedade em que vivem. Quando elas expressão corretamente as relações sociais existentes, mostrando os interesses que anima as relações, podem dizer

29

que tais idéias, ou ideologias se constituem num instrumento de luta dos grupos sociais. Se, ao contrário disso, as idéias não corresponderem à realidade das relações de opressão existentes, poderemos dizer que se trata de uma “falsa consciência”. Nesse sentido, a ideologia atuaria como forma de mascaramento das reais condições de opressão atendendo, por conseguinte, aos interesses dos grupos dominantes. (TOMAZI, 2000 apud)

Nesse diapasão ao pensar um projeto de cunho político e pedagógico devemos

pautar-nos na dinamicidade do fazer histórico imbuídos de concepções que até então

desvirtuadas acabavam por contribuir, na maioria das vezes, para a pontuação dos ideais

capitalistas de cunho excludente.

Doravante as atividades educativas formadoras de opinião da cultura deverão ser

atividades formadoras de um modo de pensar, sentir e agir, também entendido como

sociabilidade. A formação da cultura no pensamento gramsciano, ajusta necessidades do

padrão produtivo e do trabalho, sob a hegemonia de uma classe. Cabe frisar que a

hegemonia cultural é um conceito formulado por Antônio Gramsci para descrever o tipo de

dominação ideológica de uma classe social sobre outra. A cultura é então uma condição

fundamental para que se alcance uma ordem em que a democracia seje possível. Não

apenas uma cultura. Mas uma cultura coletiva.

Apostando nessa possibilidade de compreensão, a comunidade escolar do Colégio

Estadual Reassentamento São Francisco, tem buscando estruturar uma proposta político-

pedagógica que seja consistente, coletiva e possa provocar modificações significativas na

vida daqueles e daquelas que dela participam. Propõe uma educação que considere a

diferenciação dos agricultores familiares, que esteja articulada com o saber universal, que

propicia o crescimento individual, à medida que garante a apropriação do conhecimento

produzido e sistematizado e o crescimento coletivo, que se evidencia na busca de

soluções para os problemas da população beneficiária.

Nesta ótica, propomos uma educação que valorize os aspectos culturais, a

educação para o trabalho e a interação com o meio ambiente para, a partir dessas

relações construir a sua história e de sua comunidade

É nesta perspectiva que os integrantes deste estabelecimento de ensino propõem

– se a construir um currículo de bases críticas, uma vez que o concebem como fruto da

discussão dos envolvidos no processo de educação escolar, em que o conhecimento

assume a tarefa de instrumentalizar os homens e as mulheres para enfrentarem os

problemas inerentes à formação. Portanto, enunciamos alguns princípios que devem

nortear a seleção e a organização dos conteúdos para que esteja em consonância com

uma perspectiva crítica.

Primeiro: A escola deve ser entendida como elemento fundamental no processo

de construção do conhecimento, uma vez que é sua a tarefa colocar à disposição dos

alunos diferentes meios e instrumentos para que possam ler e reler o mundo a partir de

um quadro referencial crítico. À escola cabe, ainda, desenvolver as estruturas cognitivas e

30

conceituais, enfocando o conhecimento como resultante das tentativas realizadas pela

humanidade em responder às suas necessidades.

Segundo: Enfatizar a produção do conhecimento em contraposição a mera

assimilação, implica em desmistificar as relações no interior da escola, abrindo espaços

para a participação, promovendo assim a democratização.

Terceiro: O currículo precisa ser construído a partir do entendimento da sala de

aula enquanto espaço de confronto de diferentes saberes e de validação dos mesmos. O

saber do aluno e da aluna deve ser tomado como ponto de partida para desencadear a

discussão, confrontando – o com outros saberes. Desta forma o (a) aluno (a) terá

condições de entender – se como sujeito capaz de produzir conhecimentos e com

possibilidades de intervir socialmente. Significa, portanto, compreender o conhecimento

enquanto processo e não enquanto produto.

Quarto: Se pretendemos formar pessoas críticas, torna – se necessário envolver

todos os atores sociais (pais, professores, alunos, comunidade, administradores e

agentes educacionais) num processo de construção – reconstrução do conhecimento uma

vez que a aprendizagem se dá quando os (as) envolvidos (as) neste processo procuram a

partir do que já sabem, discutir a realidade para melhor compreendê – la, refazendo e

criando novos valores.

Quinto: Para se efetivar um currículo crítico é imprescindível que a seleção e

organização das disciplinas sejam rediscutidas e reformuladas a partir de novos critérios

articuladores a fim de desmistificar sua neutralidade e de entender os elementos

ideológicos que as justificam.

O desafio que se propõe é o de proporcionar experiências de aprendizagem que

contribuam para a emancipação dos educandos e para uma compreensão mais

abrangente dos problemas da sociedade, da cultura e da natureza. Um dos caminhos a

ser percorrido é o de promover a articulação entre as disciplinas a partir de dois novos

eixos. Primeiro, pela concepção do trabalho, não em uma perspectiva profissionalizante,

mas tendo como referência o desenvolvimento científico, tecnológico e humanístico. O

segundo eixo articulador será a dinâmica histórico- social, o que implica apreender o

movimento histórico envolvido no processo de produção do conhecimento a fim de

possibilitar a compreensão do porquê as coisas são do jeito que são, permitir a

desmistificação dos fatores interferentes neste processo e ter claro qual a concepção de

sociedade queremos construir.

Sexto: Repensar a metodologia de ensino e oferecer aos educandos uma

variedade de materiais e recursos que lhes possibilitem confrontar diferentes pontos de

vista. É importante também, que a escola se abra para a comunidade e demais

instituições culturais.

31

Sétimo: Pensar a educação a partir da coletividade requer uma postura

democrática no encaminhamento do trabalho escolar o que não combina com um

planejamento rígido e inflexível.

Por último, a integração escola – universidade , uma vez que a validação de

qualquer teoria referente à educação só se efetiva na sala de aula, através do

conhecimento articulado não somente com outras disciplinas como também com outras

instituições de ensino.

Concebemos ainda, que o currículo desta instituição de ensino precisa pautar – se

em encaminhamentos metodológicos que contemplem:

• A interdisciplinaridade;

• A leitura e a pesquisa como processo relevante no aprimoramento do

conhecimento;

• A história dos Movimentos Sociais no processo organizativo da comunidade,

bem como sua importância na construção de uma sociedade justa, igualitária e

democrática;

• A avaliação enquanto processo contínuo e de caráter diagnóstico – formativo,

• A desmistificação do processo educativo;

• A cultura popular e a organização de uma contra – hegemonia; e

• A superação da atual fragmentação do saber e a adoção imediata da prática do

trabalho coletivo pautada na gestão democrática.

5.2 Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade é um desafio para os profissionais no mundo do trabalho

contemporâneo, a mesma deve ser entendida como um exercício de comunicação entre

os profissionais, no sentido de abrir às contribuições de outros saberes. Deve haver uma

relação de reciprocidade fomentada através de diálogos, diretrizes, conceitos e

metodologias. Conforme frisa Erich Jantsch citado por Santomé

A Interdisciplinaridade propriamente dita é algo diferente, que reúne estudos complementares de diversos especialistas em um contexto de estudo em âmbito mais coletivo. A interdisciplinaridade implica numa vontade e compromisso de elaborar um contexto, mais geral, na qual, cada uma das disciplinas em contato é por sua vez modificada e passam a depender claramente uma das outras. Aqui se estabelece uma interação entre duas ou mais disciplinas, o que resultará em intercomunicação e enriquecimento recíproco e, consequentemente, em uma transformação de suas metodologias de pesquisa, em uma modificação de conceitos, de terminologias fundamentais etc. Entre as diferentes matérias ocorrem intercâmbios mútuos e recíprocas interações; existe um desequilíbrio de forças nas relações estabelecidas. (SANTOMÉ, 1996, p.73) (SANTOMÉ,1996,p.73 apud Jantsch)

32

A discussão com relação à formação do cidadão consciente e crítico, capaz de ler

a realidade e fazer escolhas autônomas, de conviver com a diversidade, de respeitar o

espaço onde vive, de conviver com o outro, etc., é ponto importante na educação de hoje.

Para dar conta dessa dimensão social faz-se necessário criar estratégias e planejamento

de ações que respondam a exigência apresentada cotidianamente no fazer profissional,

para tanto, há necessidade de trabalho interligado com todas as áreas do conhecimento.

Essa integração e interação entre os profissionais possibilitada pela

interdisciplinaridade permitem a reflexão e a união da teoria e prática uma vez que são

necessárias discussões entre os profissionais de diversas áreas do saber para o trabalho

em conjunto, pois envolve os profissionais em um diálogo solidário, sempre garantindo

que não haja o competitivismo entre os mesmos julgando os ensinamentos de sua

disciplina superior as dos demais, buscando em conjunto respostas que contribuam para

a melhoria da qualidade de ensino e, consequentemente a prática de uma cultura de

respeito a individualidade e a diversidade cultural dos alunos.

A prática pedagógica é permeada pela influência de vários determinantes, como

econômico, cultural, político, geográfico, além da sociedade civil e do Estado, que exigem

do educador um conhecimento mais acurado da dinâmica social. Nesse sentido, os

profissionais envolvidos e comprometidos com a Educação devem ser críticos,

propositivos; estar atentos a todas as possibilidades que o movimento da dinâmica social

apresenta. As ações em conjunto devem funcionar como fertilizante para a produção do

conhecimento no processo de ir e vir das relações sócio-educacionais.

Nesse diapasão como forma de trabalho criativo e totalizante, a

interdisciplinaridade reconhece de forma dialética a necessidade de olhares diferenciados

para um mesmo indivíduo. Portanto, a transformação das práticas deve perpassar a

mudança interior, que nos conduz a uma mudança de atitude. O caminho é do diálogo,

das trocas, dos encontros e, principalmente do saber fazer. Isso requer uma atitude de

desacomodar, um movimento que nos tire da zona de conforto, que nos impulsione a

buscar o novo.

5.3 Gestão Democrática

A gestão democrática por ser um princípio consagrado pela Constituição vigente,

abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira, rompendo com histórica

forma de administrar a escola, enfrentando os desafios educacionais contemporâneos, e

questões de exclusão e reprovação e da não-permanência do aluno na sala de aula, ao

mesmo tempo garantindo o pedagógico.

A gestão democrática exige a compreensão dos problemas gerados pela prática

pedagógica. Ela procura romper com a separação entre concepção e execução, entre

33

teoria e prática e entre o pensar e o fazer, buscando resgatar o controle do processo e do

produto do trabalho pelos educadores.

Para Veiga (2005,p.18), a gestão democrática implica no repensar da estrutura de

poder da escola, tendo em vista a socialização. Essa socialização do poder propicia a

prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que

elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula

a dependência de órgãos que elaboram políticas educacionais, das quais a escola é mera

executora.

Falar em gestão democrática, não é tão fácil como pensam, pois o nosso discurso

muitas vezes, está disseminado de nossa prática. No entanto, não é algo inatingível, seu

avanço depende da ação e das vontades individual e coletiva em todos os espaços

sociais. Se é válido dizer que a democratização da escola cumpre um papel na

democratização da sociedade, também é fundamental que se afirme que não haverá

gestão democrática na escola se não houver democracia na sociedade. Essa

democratização não se dará isoladamente e sim através de uma frente de ação da

cidadania na busca da construção democrática. A escola deve eliminar as práticas

autoritárias desenvolvendo no seu interior uma cultura de participação, de decisões

coletivas, de convivência com as diferenças. A comunidade escolar deverá ser capaz de

construir um programa de gestão escolar que contemple uma proposta administrativa e

pedagógica produzida coletivamente, estabelecendo um compromisso programático com

a comunidade escolar.

Para tanto, as instâncias colegiadas deverão ter respaldo para que possam auxiliar

na construção da identidade da escola pública assumindo o controle coletivo do processo

educacional na produção de saberes. O que se quer necessariamente é a construção de

um projeto de sociedade e de educação que pressupõe a participação coletiva de

professores, pais, agentes educacionais, diretores, pedagogos e alunos na discussão, na

argumentação e na escrita da identidade da escola. Essa participação assegura a

possibilidade de confrontar os argumentos do discurso, e ela deve ocorrer a partir das

discussões sobre um projeto que nasça no próprio chão da escola, onde os autores e

atores são sujeitos autênticos do processo. Devemos ter cuidado com o seguinte

discurso: “Como pais e funcionários irão discutir e decidir sobre questões de natureza

pedagógica se não tem domínio sobre as áreas do conhecimento com as quais trabalham

o professor?”.

É preciso que se diga que a participação não ocorre radicalmente é necessário

termos visão de processo para que essa realidade se transforme. É através do debate de

ideias, da socialização e da troca de informações e experiências que essa situação se

reverte. Nessa esfera entra a gestão democrática e precisamos reafirmar o sonho e a luta

por uma sociedade radicalmente humana, porque sem essa crença a educação perde seu

34

sentido e sua razão de ser, pois ela só existe efetivamente como busca da superação que

só é possível se for coletiva.

Buscamos a gestão democrática através do envolvimento e participação de

representantes de todos os segmentos da escola nas decisões, ações administrativo-

pedagógica aqui desenvolvidas.

5.4 Avaliação Contínua Diagnóstico-Formativa

A avaliação escolar tem que ser entendida como parte integrante do processo

ensino-aprendizagem, assumindo a função diagnóstica-formativa, à medida que temos

como objeto contribuir para a formação de pessoas mais criativas, inventivas e ávidas por

novos conhecimentos. Portanto,exige-se a superação da prática avaliativa enquanto

instrumento de validação do autoritarismo.

Conceber o caráter diagnóstico da avaliação significa entendê-la enquanto

mecanismo que permite identificar as falhas do processo de3 apropriação e construção do

conhecimento. Para isto o (a) professor(a) precisa estar instrumentalizado(a) teórica e

tecnicamente para saber identificar quais fatores interferem a nível da socialização e/ou

das estruturas psíquicas, e intelectuais a nível do individual.

Ela deve primar por uma concepção de homem enquanto ser questionador, capaz

de ler o mundo que o cerca, que reflita sobre os valores morais, sociais, éticos , políticos e

culturais, enfim ser capaz de interagir com si mesmo e com o mundo em que vive

buscando a compreensão da importância do conhecimento no processo de transformação

social. Conforme apregoa Vasconcelos (2005,p.56)

A avaliação escolar está relacionada a uma concepção de homem de sociedade (que tipo de homem e de sociedade queremos formar) ao Projeto Político Pedagógico da instituição. (VASCONCELOS, 2005, p.56)

Ainda conforme Vasconcelos

Enquanto instituição, o papel que se espera da escola é que possa colaborar na formação do cidadão (objetivo de que participam outras instâncias sociais) pela mediação do conhecimento científico, estético, filosófico (especificidade). O conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, e a nele intervir. Assim sendo entendemos que a principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos. (VASCONCELOS, 2005, p. 57)

Desta feita, a avaliação escolar deve ser entendida como parte integrante do

processo de ensino-aprendizagem, assumindo a função diagnóstico-formativa, à medida

que temos como objetivo contribuir para a formação de pessoas mais criativas, inventivas

35

e ávidas por novos conhecimentos. Exige-se, portanto, a superação de prática avaliativa

enquanto instrumento de validação do autoritarismo.

Conceber o caráter diagnóstico da avaliação significa entendê-la enquanto

mecanismo que permita identifica falhas no processo de apropriação e construção do

conhecimento. Para isto os educadores precisam estar instrumentados teórica e

tecnicamente para saber identificar quais fatores interferiram a nível da socialização e/ou

das estruturas psíquicas e intelectuais a nível do individual.

À medida que se encaminha propostas para realimentar o processo de

apropriação/construção do conhecimento, estaremos efetivando o caráter formativo da

avaliação e, consequentemente dando suporte ao processo de aperfeiçoamento humano.

5.5 Avaliação Institucional

Nesta unidade escolar, todos os indivíduos envolvidos na educação escolar serão

avaliados, pois concebemos as ações coletivamente todos se tornam responsáveis pelos

resultados. A prática da avaliação contribui para a democratização da educação e o

aperfeiçoamento humano nos níveis intelectual, afetivo e social.

Utilizamos reuniões administrativas e pedagógicas para avaliarmos o desempenho

de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Procuramos coletivamente

caminhos para resolver problemas surgidos.

6. MARCO OPERACIONAL

6.1 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO NA GESTÃO DA ESCOLA- 2012 A 2014

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco – Ensino Fundamental e Médio

Acesso pela BR 369, Km 511

Caixa Postal 54, CEP 85802- 970

Fone: (45)3902- 1643

Reassentamento São Francisco de Assis

Cascavel – Paraná

Autorização do Estabelecimento Res. Nº1552/2000 de 25/05/2000

Reconhecimento do Estabelecimento Res. Nº3844/03 de 15/01/2004

Reconhecimento do Ensino Médio Res. Nº93/06 de 06/02/2006

Ato do Núcleo Regional de Educação de Aprovação do Regimento Escolar- nº336/2000

de 22/12/2000.

36

NA ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: O colégio atende as modalidades de Ensino

Fundamental e Ensino Médio em dois turnos: matutino e vespertino. Também contamos

com Sala de Recursos, Salas de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática e CELEM.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO COLÉGIO:

Manhã: 7:30 às 11:55 horas

Tarde: 13:05 às 17:25 horas

EQUIPE DE GESTÃO: A escola conta com 22 (vinte e dois) professores distribuídos em 2

(dois) turnos, para atender a nove turmas de Ensino Fundamental anos finais e Ensino

Médio, Salas de Apoio, CELEM e Sala de Recursos. No setor administrativo conta com 03

(três) agentes educacionais II, distribuídos na biblioteca, laboratório de informática e na

secretaria. Também 04 (quatro) agentes educacionais I atendem nos setores de

manutenção, infra-estrutura e alimentação escolar. A equipe pedagógica do colégio conta

com uma pedagoga, na qual atende questões de orientação e supervisão escolar.

CARACTERIZAÇÕES DA UNIDADE ESCOLAR, REVELANDO SUAS PRINCIPAIS

CARACTERÍSTICAS

APRESENTAÇÃO DA ESCOLA:

O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco é amplo e bem estruturado,

atende alunos das várias comunidades do Reassentamento São Francisco de Assis, do

MLST e de Cascavel. É de fácil localização, sendo próximo do Posto de Saúde, Lago

Artificial, igrejas e salão de festas.

A estrutura física do colégio é compartilhada com a escola municipal, que atende

alunos da educação infantil e ensino fundamental do primeiro ao quinto ano. A escola

conta com dez (10) salas de aula, sendo que uma sala é adaptada para a Pré-escola.

Possui também um (01) Laboratório de Física, Química, Ciências e Biologia, dois (02)

laboratórios de informática (Estado –Paraná - digital e do Município), duas (02) Bibliotecas

(Estado e Município), duas (02) salas de coordenação (Estado e Município), duas (02)

salas de direção (Estado e Município), e as demais dependências são de uso

compartilhado como: auditório, refeitório, sala dos professores, banheiros, secretaria,

cozinha, almoxarifado, quadra coberta, horta orgânica, pomar e pátio.

37

OBJETIVOS GERAIS

Contribuir para a formação de cidadãos conscientes, críticos e solidários.

Possibilitar aos educandos o acesso à informação sobre o mundo e conseguir

articulá-las de forma tal, que os mesmos apropriem das diversas formas de comunicação

verbal, não verbal, gráfica, plástica corporal, interagindo com o mundo e o meio em que

vivem de forma consciente, critica e coletiva.

Fornecer instrumentos teóricos e práticos que permitam aos educandos a

percepção de serem sujeitos de um processo, cujo resultado desencadeie o exercício

consciente de sua cidadania e seu engajamento nas lutas sociais, percebendo enquanto

sujeitos ativos na historia.

Adquirir conhecimentos básicos, preparação cientifica e capacidade para atualizar

as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.

Proporcionar um ensino de qualidade e diferenciado voltando para os interesses e

necessitados do homem e da mulher do campo, ampliando-lhes a visão do mundo.

Desenvolver a consciência critica que valorize a agricultura familiar e o respeito ao

equilíbrio ecológico, bem com as peculiaridades regionais.

LINHAS BÁSICAS DO PPP DA ESCOLA

A comunidade escolar do Reassentamento São Francisco tem buscado estruturar

uma proposta política pedagógica que seja consistente, coletiva e possa provocar

modificações significativas na vida daqueles e daquelas que dela participam. Propõe uma

educação que considere a diferenciação dos agricultores familiares, que esteja articulada

com o saber universal, que propicia o crescimento individual, à medida que garante a

apropriação do conhecimento produzido e sistematizado e o crescimento coletivo.

Propõe uma educação que valorize os aspectos culturais, a educação para o

trabalho e a interação com o meio ambiente para, a partir dessas relações, construir a sua

história e de sua comunidade.

A gestão democrática escolar por ser um princípio consagrado pela Constituição

vigente abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira, rompendo com a

histórica forma de administrar, enfrentando os desafios educacionais contemporâneos,

questões de exclusão, reprovação e da não permanência do aluno na sala de aula.

Os desafios encontrados para a efetivação da gestão democrática no ambiente

escolar é a não participação de toda comunidade escolar nas discussões, decisões e nos

compromissos firmados. Outro desafio é a interdisciplinaridade, que deve ser entendida

38

como um exercício de comunicação entre os profissionais, no sentido de abrir às

contribuições de outros saberes, havendo uma relação de reciprocidade fomentada

através de diálogos, conceitos, diretrizes e metodologias.

“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade do ser humano em avaliar, de compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo.” (FREIRE. 1997, p. 58-59)

Compreendendo os fundamentos do planejamento do plano de ação

A perspectiva de educação no campo é a de educar essas pessoas para que

assumam a condição de sujeitos da direção de seu destino. Assim o processo

educacional não se efetivará apenas nas salas de aulas, mas sim através da execução de

projetos que envolvam a comunidade em sua totalidade de forma a contribuir para o

desenvolvimento do cooperativismo, uma vez que a clientela está situada numa escola no

campo, conscientizando-a do comprometimento com as questões públicas, valorização do

conhecimento científico e promovendo o gerenciamento descentralizado e democrático.

Se entendermos, que nossa prática pedagógica acontece na escola, e que esta é

uma instituição social, portanto uma instituição integrante de uma determinada sociedade,

depararmo-nos com várias questões que precisam de respostas, e que as mesmas só

serão dadas a partir do momento em que desenvolvermos nossa ação. É preciso propor

ainda questões tais como: como se dará a organização curricular, o redimensionamento

do tempo e dos espaços escolares, o processo de avaliação e as relações interpessoais

na escola e da escola com a comunidade?

Para tanto é preciso fazer uma leitura da escola, levando-se em consideração a

realidade na qual está inserida, para a partir daí estabelecer a pertinência das práticas

pedagógicas a serem utilizadas, partindo da cultura local, paras posteriormente, inserir a

escola na realidade cultural mais ampla.

Por fim , podemos concluir que as relações educativas que ocorrem no cotidiano

escolar são amplas, complexas e estão em permanente construção/reconstrução, pois a

dinamicidade do processo histórico faz com que as construções de um tempo e de um

lugar determinados sejam sempre provisórias. Entretanto, o trabalho coletivo, o

comprometimento, o enraizamento da escola com sua realidade, a explicitação da

intencionalidade política e a abertura da escola à participação são ingredientes

necessários à construção de um projeto de ação pedagógica que dão sustentação a

prática comprometida e consequentes.

39

6.1.1 Cronograma

Um projeto nada mais é do que a atividade de pensar a ação. Esta é mais uma

característica dos indivíduos: a capacidade de projetar suas ações no tempo, de

antecipar, teoricamente a realização das atividades. Nesse sentido, a ação pedagógica é

sempre intencional, ou seja, não se faz educação sem direção.; sem intencionalidade,

sem planejamento.

Para tanto, traçamos um plano de ação que deverá contemplar ações a curto,

médio e longo prazo, sendo o mesmo flexível, pois o processo histórico é dinâmico e

sujeito às ações humanas, de forma tal que poderá ao longo do processo sofrer

alterações.

ATIVIDADE PERÍODOS

Capacitação de professores ofertada

pela SEED

Fevereiro e Julho

Grupos de estudos nas diversas

áreas

Fevereiro à Novembro

Reuniões com os segmentos: APMF

e Conselho Escolar uma vez por mês

Fevereiro à Dezembro

Reuniões no início do ano letivo e ao

término de cada bimestre com os

seguintes segmentos: Grêmio

Estudantil, representantes de turma e

pais de alunos

Fevereiro, Abril, Julho, Setembro e

Dezembro

Semana Cultural Setembro

Tarde da Oratória Novembro

Torneios inter salas Julho

Festa Junina Junho

Família na Escola Março/Dezembro

Feira de Ciências Dezembro

Mostra Cultural Novembro

Palestras sobre desafios

educacionais

Setembro/Outubro/Novembro

Questão Étnico-Racial Novembro

Seminário de Terapias integradas Março

40

Olimpíadas de Matemática: 1ª fase Abril

41

6.1.2 QUADRO DE METAS

INDICADORESESCOLA QUE TEMOS HOJE A ESCOLA QUE

PRETENDEMOSO QUE VAMOS FAZER ACÕES (CURTO MÉDIO E LONGO PRAZO)

POTENCIALIDADES DIFICULDADES

1. Gestão de resultados educacionais

O IDEB de 2009=4.7;Falta entendimento para alguns professores, de que a avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem.

Projeto para 2013= 5.2Avaliação escolar com função diagnóstico-formativa.

Conscientizar e cobrar de toda comunidade escolar, a importância da avaliação, como um processo de análise do desempenho acadêmico, profissional e dos aspectos institucionais, bem com processos avaliativos externos.Contemplar conteúdos básicos na PPC e PTD.Realizar grupos de estudos com alunos no período de contraturno, com orientação de um professor/coordenação para estudarem para avaliações externas como: ENEM Prova Brasil, Olimpíada da Matemática, entre outras.

2. Gestão participativa/ democrática

Dificuldades de articular a participação de todas as instâncias colegiadas em questões pedagógicas e administrativas como: capacitação, conselhos de classe, reuniões pedagógicas e administrativas.

Envolvidos de todas as instâncias colegiadas nas ações efetivas de organizações praticas e responsabilidades.

Fornecer aos pais/responsáveis pelo aluno uma copia da parte do regimento escolar que normatiza as proibições, os direitos e os deveres dos pais

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Uma gestão que propicie condições a todos de agir nos espaços escolares no sentido de discutir, acompanhar e controlar as ações pedagógicas, e a aplicação de recursos.Assegurando o direito de todos de acesso aos bens culturais, pela via do compromisso com um Projeto Político Pedagógico.

ou responsáveis e do aluno.

Articular a organização do trabalho escolar e dos espaços de decisões, junto à comunidade escolar, na perspectiva da participação das instancias colegiadas.Propiciar condições a todos de agir nos espaços escolares no sentido de discutir, acompanhar e controlar as ações pedagógicas, e a aplicação de recursos.Assegurar o direito de todos de acesso aos bens culturais pela via do compromisso com um Projeto Político Pedagógico.

Reconstruir coletivamente o Projeto Político Pedagógico, pela sua importância para a gestão democrática. Considerado como eixo central da organização do trabalho na escola, pois articula os aspectos pedagógicos e aos objetivos da escola

3. Gestão A prática às vezes não condiz com o PTD, PPC Incentivo ao uso de novas Participando de encontros,

43

pedagógica e PPP.São fornecidos aos professores condições materiais, administrativas e pedagógicas.

tecnologias para formação continuada do professor e para praticas educativas com os alunos.

simpósios, debates, câmara jovem. Momentos de formação para assegurar a relação da prática com a teoria. Conselho de classe participativo. Calendário/cronograma de uso da hora atividade do professor para atendimento do aluno e pais/responsáveis. Conselho de classe participativo e democrático. Oratória/incentivo a leitura.

Articular juntamente com a equipe pedagógica da escola, espaço e tempo para os professores discutirem e elaborarem seus PTD.Proporcionar materiais tecnológicos e didáticos para a elaboração e a execução do PTD.Contemplar o PTD da disciplina em discussão nos conselhos de classe, considerando tanto o conteúdo quanto os critérios de avaliação.Reorganizar os conselhos de classe, contemplando a auto-avaliação do professor, da

44

equipe pedagógica, análise diagnóstica das turmas, definição e registro das linhas de ação para posterior efetivação na pratica.Refletir sobre a avaliação, compreendendo-a como um processo amplo de análise do desempenho acadêmico, profissional, dos aspectos institucionais, bem como dos processos avaliativos externos que ocorrem sobe a interveniência do governo estadual, federal e internacional.Utilizar os critérios avaliativos e suas relações como condicionantes do processo de ensino aprendizagem, da gestão escolar e da qualidade do ensino, educando os alunos de modo que eles compreendam seu papel na sociedade como agentes de transformação.Sistematizar em edital o quadro de distribuição da hora-atividade permitindo o seu acompanhamento e informando a comunidade escolar a disponibilidade de

45

horários de atendimento do professor aos alunos e pais.Organizar horários das horas-atividade concentrada dos professores de disciplinas e turmas afins.Disponibilizar ambiente adequado para hora-atividade possibilitando aos professores desenvolverem trabalhos e estudos próprios.Acompanhar o comprimento desse tempo por parte de todos os envolvidos, tendo o assessoramento da equipe pedagógica para atendimento das necessidades didáticas metodológicas dos professores.

4. Gestão de inclusão/ socioeducação

A educação inclusiva em nossa escola reconhece e valoriza a diversidade humana, não nega a diferença, mas considera seus direitos

Transformação social, com objetivos claros e definidos para o desenvolvimento a com ciência critica das camadas trabalhadoras.

Palestras sobre temas diversos utilizando parcerias. Conscientização de toda a comunidade por meio de palestras, discussões, debates. Matérias funcionais e adaptados a idade e necessidades da educando.

5. Gestão pessoas

Respeito e valorização com todos os elementos da comunidade escolar.

Nas relações interpessoais na escola buscando valorização das relações de solidariedade em seu

Propiciar encontros freqüentes com todos os segmentos escolares, para as tomadas de decisões.

46

cotidiano. Participação responsável e comprometidos frente aos desafios e contradições do ambiente escolar.Buscar na Legislação Vigente, a regulamentação e o entendimento das principais questões da gestão dos profissionais da educação.Valorizar e incentivar as relações de solidariedade e respeito entre todos os integrantes da comunidade escolar.Estar à disposição de toda comunidade escolar para ouvir reclamações ou sugestões, fazendo mudanças necessárias, visando sempre à qualidade do ensino.

6. Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)

Atendimento as ações específicas e prazos definidos pelas resoluções divulgadas pelo MEC/FNDE para o gasto dos recursos liberados pelo funda rotativa gestão destes recursos é realizados pelo diretor após aprovação pela APMF e conselho escolar do plano de aplicação. Prestação de Contas do Fundo Rotativo apresentada ao NRE semestralmente na versão on-line e documental.

Participação de todas as instâncias colegiadas para o planejamento, aprovação do plano de aplicação dos recursos disponíveis para a escola.

Reuniões com diferentes grupos para verificar as necessidades básicas da escola.Atender as ações específicas e prazos definidos pelas resoluções divulgadas pelo MEC/FNDE para o gasto dos recursos liberados pelo

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Fundo Rotativo.Priorizar os gastos conforme as necessidades básicas da escola, gerenciando os recursos para aquisição de materiais (limpeza, expediente, didático, esportivo, gás, lâmpadas, entre outros) e a execução de pequenos reparos (troca de vidros, limpeza da caixa d’água, fechaduras, instalação elétrica e hidráulica, entre outros).Participar do planejamento, aprovação do plano de aplicação pelos membros da Associação de Pais, Mestres e Funcionários APMF e/ou Conselho Escolar, e aplicação dos recursos disponíveis para a escola, acompanhamento da execução das despesas, nos relatórios e prestação de contas, juntamente com toda comunidade escolar.

6.1.3 METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVOPrioridades Objetivos Ações Perí

odoPublico Alvo Recursos Responsáveis

Pela açãoResultados Esperados

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Gestão democrática

- Superar uma ideologia dominante de uma escola reprodutora, por uma educação transformadora e de qualidade para as camadas trabalhadoras.- Contemplar uma proposta administrativa democrática com toda comunidade escolar.

- Construir a cultura de participação de decisões coletivas, de convivência com as diferenças, com o intuito de extinguir a prática isolada.- Elaborar ações conjuntas por meio de parcerias diversas (Posto de Saúde, Centros Culturais, Bibliotecas, Organizações Não Governamentais e Universidades) visando à melhoria da qualidade de ensino.- Palestras, Dinâmicas em grupo, grupos de estudos com o intuito de integrar todos os membros da comunidade escolar.- Trabalhar os desafios educacionais contemporâneos de maneira interdisciplinar, envolvendo toda comunidade escolar.-Fornecer aos pais ou responsáveis pelo aluno uma cópia da parte do regimento escolar que normatiza os direitos, os deveres e as proibições dos pais/responsáveis e do aluno.-Articular a organização do

-Do período de 2012 a 2014.

Comunidade escolar.

- Auditório da escola, Financeiros e Humanos.

- Direção, Professores, Funcionários e Pedagogos.

- A participação efetiva de todos os membros da comunidade escolar com o objetivo a qualidade de ensino.

49

trabalho escolar e dos espaços de decisões, junto à comunidade escolar, na perspectiva da participação das instâncias colegiadas.-Propiciar condições a todos de agir nos espaços escolares no sentido de discutir, acompanhar e controlar as ações pedagógicas, e a aplicação de recursos.-Assegurar o direito de todos de acesso aos bens culturais pela via do compromisso com o Projeto Político Pedagógico do nosso colégio.-Organizar as reuniões de pais de formas mais agradáveis e em horários acessíveis aos pais.

-Organizar em conjunto, questões sobre formaturas da 8ª série e 3º ano.

Avaliações externas (IDEB)Gestão pedagógica

- Garantir o processo de apropriação de conhecimen

- Promover uma formação continuada de qualidade, após identificar as necessidades existentes para desenvolver as propostas estabelecidas pelo

- 2012 a 2014.

- Alunos, Funcionários, Pais e Comunidade.

- Recursos financeiros, humanos e materiais.

-Toda comunidade escolar.

- Para 2013 a projeção de nota para o IDEB é 5,2.

50

to que resulte em aprendizagem significativa.

coletivo da escola.- Oratória, soletrando, projeto incentivo a leitura, contação de histórias, Feira de Ciências- Utilizar métodos e instrumentos diversificados e coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico do colégio, tendo como função avaliar os conteúdos básicos.- Realizar grupos de estudos com alunos no período de contraturno, com orientação de um professor/coordenação para estudarem para avaliações externas como: ENEM Prova Brasil, Olimpíada da Matemática, entre outras.

-Articular juntamente com a equipe pedagógica da escola, espaço e tempo para os professores discutirem e elaborarem seus PTD.-Proporcionar materiais tecnológicos e didáticos para a elaboração e a execução do PTD.-Contemplar o PTD da

-A qualidade do ensino e da aprendizagem.

51

disciplina em discussão nos conselhos de classe, considerando tanto o conteúdo quanto os critérios de avaliação.-Reorganizar os conselhos de classe, contemplando a auto-avaliação do professor, da equipe pedagógica, análise diagnóstica das turmas, definição e registro das linhas de ação para posterior efetivação na prática.-Refletir sobre a avaliação, compreendendo-a como um processo amplo de análise do desempenho acadêmico, do profissional, dos aspectos institucionais, bem como dos processos avaliativos externos que ocorrem sobre a interveniência do governo estadual, federal e internacional.-Planejar, organizar a ação pedagógica de forma mais democrática, para o bom desempenho do aluno.-Definir os critérios avaliativos e suas relações como condicionantes do processo de ensino aprendizagem, da

52

gestão escolar e da qualidade do ensino educando os alunos de modo que eles compreendam seu papel na sociedade como agentes de transformação.-Sistematizar em edital o quadro de distribuição da hora-atividade permitindo o seu acompanhamento e informando a comunidade escolar a disponibilidade de horários de atendimento do professor aos alunos e pais.-Organizar horários das horas-atividade concentrada dos professores de disciplinas e turmas afins.-Disponibilizar ambiente adequado para hora-atividade possibilitando aos professores desenvolverem trabalhos e estudos próprios.-Acompanhar o cumprimento desse tempo por parte de todos os envolvidos tendo o assessoramento de equipe pedagógica para atendimento das necessidades didáticas metodológicas dos professores.

Meio - - Conseguir parcerias em -Do - Alunos, Financeiro - Direção, -

53

Ambiente e Agenda 21

Conscientizar sobre a importância de preservar o meio ambiente.

órgãos responsáveis e universidades para revitalizar o pomar, a horta e o jardim do colégio.-Reunir toda comunidade para pensar e definir ações da Agenda 21.- Desenvolver a consciência critica que valorize a cultura familiar e o respeito ao equilíbrio ecológico.- Proporcionar ao aluno um projeto continuo sobre o meio ambiente, com conteúdos ambientais interdisciplinares e de acordo com a realidade da comunidade.- Participação em projetos governamentais, como Conferência do Meio Ambiente.

período de 2012 a 2014.

Professores, Funcionários, Pais e Comunidade.

s Humanos e Materiais.

Funcionários, Pedagogos, Alunos, Pais e Comunidade.

Conscientização da preservação do meio ambiente e mudanças de atitudes.

Resgate histórico da comunidade

- Levar as camadas trabalhadoras a se apropriarem de um saber historicamente acumulado para que haja

- Ações socioeducativas.- Parcerias com órgãos responsáveis pela agricultura familiar, para realizar palestras e ações para enfrentar e resistir às dificuldades do campo.- Resgate da memória das pessoas que fizeram parte da construção e conquistas do Reassentamento São

- Do período de 2012 a 2014.

- Toda a comunidade escolar.

- Recursos financeiros, humanos e materiais.

- Toda a comunidade escolar.

- Através do saber historicamente produzido e das relações históricas da comunidade, é que se busca a transformação da sociedade.

54

transformação social.

Francisco, utilizando pesquisas, palestras, entrevistas painéis.- Incentivar o civismo e o patriotismo através da hora cívica.- Participação da escola em desfiles cívicos de Sete de Setembro.- Valorizar e trabalhar a historia dos movimentos sociais como parte integrante do convívio escolar, vencendo a barreira da discriminação social.- Mostrar a participação dos africanos e de seus descendentes em construção da historia do Brasil, na construção econômica, social e cultural da nação.

Esporte, Artes e Cultura

- Compreender a cultura produzida através de relações sociais mediadas pelo trabalho no campo com

- Amostra de artes a cada final de semestre envolvendo artes plásticas, teatro, danças.- Exposição de trabalhos realizados durante o semestre.- Participação dos alunos em jogos escolares e outras competições esportivas.- Visitação a espaços culturais.- Gincana do Meio Ambiente.- Mesas e bancos de concreto

- Do período de 2012 a 2014.

- Toda a comunidade escolar.

-Recursos financeiros, humanos e materiais

- Toda a comunidade escolar.

- Participação em atividades esportivas, artísticas e culturais internas e externas.

55

exposições. com cobertura pelo pátio, através de parcerias.- Desenvolver atividades escolares sobre a cultura afro-brasileira e africana através de desfiles, exposições, amostras de teatro e dança, pesquisas, debates sobre o espaço dos afro-descendentes e sua cultura nos meios de comunicação de massa, analise e interpretação de pinturas que retratam a figura do negro.

56

6.1.4 Avaliação do Plano de AçãoA avaliação de Plano de Ação se dará de forma contínua e

transparente. É um processo que deverá ocorrer durante o decorrer de cada

ano letivo, em vários momentos e de diversas formas. A cada aspecto a ser

avaliado, será convocada a comunidade escolar para fazer os apontamentos

positivos, bem como negativos e listar sugestões que deverão ser discutidas,

e ao término, evidenciadas para que possamos redimensionar a nossa ação;

“o ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto”.(FREIRE, 1997, p. 119)

6.1.5 COMPREENDENDO OS EIXOS ORGANIZADORES DO TRABALHO

ESCOLAR

O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco tem por

objetivo desenvolver suas atividades organizadas em quatro eixos:

1. Interdisciplinar e transdisciplinar. Temos o objetivo de despertar a

criatividade e o exercício da cidadania fornecendo oportunidade de formar.

2. A contextualização, a leitura da sua realidade.

3. A historia dos movimentos sociais também fazem parte dos

objetivos deste estabelecimento, uma vez que a escola faz parte da

comunidade, que historicamente, tem se organizado no sentido de rever

modelos e estruturas.

4. A avaliação formativa é o quarto eixo que deve orientar a condução

dos 3 (três) primeiros.

Na busca de instrumentalizar e ampliar as oportunidades de acesso ao

conhecimento, justificamos o plano de ação que fomentará o trabalho coletivo

no interior da escola incentivando e elaborando projetos que envolvam toda a

comunidade escolar.

6.1.6 Relações Interpessoais na escola

As relações interpessoais na escola buscarão valorizar e incentivar as

relações de solidariedade em seu cotidiano, superando o autoritarismo que

caracteriza a organização disciplinar na maioria das escolas. È uma tarefa

difícil, mas imprescindível a ser feita, uma vez que os sujeitos do processo

57

ensino-aprendizagem passarão a operar com valores e idéias diferentes

daquelas estabelecidas verticalmente, herdeiras de uma educação autoritária

e hierarquizada. Os sujeitos desse processo serão chamados à participação

responsável e comprometida, frente aos desafios e contradições presentes

no ambiente escolar, evidenciando, assim, a importância para o êxito do

projeto de ação pedagógica de um ambiente escolar democrático, prazeroso,

espontâneo e afetuoso, na construção da escola que queremos.

6.1.7 Organização curricular

Além dos componentes conteúdos curriculares apresentados nas

DCEs formais, o projeto de ação pedagógica prevê a inclusão de temas como

Educação Ambiental; Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência nas

Escolas; História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena; Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas e Sexualidade, que perpassam não apenas vários

campos do conhecimento, mas todas as atividades vivenciadas pela escola,

trabalhando as questões sociais da comunidade, com objetivos integradores.

Para tanto, podemos assimilar: a pesquisa de campo, na qual os alunos,

buscando as informações sobre o local, seus costumes, seus valores, as

forma de sobrevivência, etc., exercitarão assim a expressão oral e escrita,

entrevistando moradores, registrando dados, elaborando gráficos, maquetes,

analisando questões com base nos dados coletados, confrontando

conclusões obtidas por diferentes séries, integrando novos conhecimentos

gerais que contemplam as áreas de matemática, ciência, saúde, ecologia,

organização social, formas de produção, trabalho, economia, utilização e

modificação do estado físico, características culturais, níveis de escolaridade

etc. essas conclusões serão apresentadas por meio de seminários, abertos a

todos – escola e comunidade.

6.1.8 A organização do trabalho pedagógico

O projeto de ação pedagógica deve prever espaços para reuniões e

estudos, sendo estes destinados à reflexão sobre a função social da escola,

colocando-se em evidência o seguinte:

58

• A ação pedagógica centrada na construção de cidadãos

conscientes, críticos, participativos e capazes de atuar no meio em que

vivem;

• Valorização do conhecimento científico;

• A capacidade político-pedagógico do professor, referindo-se à

prática de sua própria cidadania;

• O resgate da historicidade, que devolve aos sujeitos o poder da

palavra espontânea e consciente;

• A sala de aula como espaço que transcenda os limites da escola,

atingindo também a comunidade;

• A necessidade de se levar em consideração os elementos

culturais e valorativos presentes nas práticas sociais;

• Levar em consideração as formas como os sujeitos produzem sua

existência (trabalho e lazer), geradora do saber popular, que articulada ao

conteúdo escolar promovem o desenvolvimento da cultura, o que permite

vislumbrar melhores condições de vida por intermédio da participação e

constituindo-se em exercício de cidadania;

• Estimular a busca por melhor qualidade de vida.

Visando atender a estes enfoques, a direção propõe as seguintes

ações:

• Construir a cultura de participação, de decisões coletivas, de

convivência com as diferenças;

• Implementar um programa de gestão escolar que contemple uma

proposta administra e pedagógica produzida coletivamente, com o intuito de

extinguir a prática isolada, ou seja, o funcionamento compartimentado,

autoritário e excludente, onde os alunos apenas estudam, pais acompanham

precariamente a vida da escola, funcionários cumprem rotina e professores

atuam isoladamente, criando canais de participação efetiva da comunidade,

por meio de atividades que levem pais, alunos , professores e agentes

educacionais a participarem do processo ensino-aprendizagem,

coletivamente;

59

• Criar canais de participação efetiva da comunidade através de

atividades que levem pais, alunos, professores e funcionários a perceberem

que podem vir à escola para falar, expressar e opinar, incentivando a

participação democrática, não da competição, mas da cooperação e da

busca de uma nova qualidade de ensino geradora de valores éticos e

humanístico rumo à socialização do saber historicamente produzido.

• Elaborar ações conjuntas por meio de parceiras diversas (posto de

saúde, centros culturais, bibliotecas, organização não governamentais e

universidades) visando a obtenção de resultados positivos para melhorar a

qualidade da escola.

• Desenvolver a consciência crítica que valorize a agricultura familiar

e o respeito ao equilíbrio ecológico, bem como as peculiaridades regionais;

• Valorizar e trabalhar a história dos movimentos sociais como parte

integrante do convívio escolar, vencendo a barreira da discriminação social;

• Organizar concurso de oratória ( a arte de se expressar através da

palavra falada e dos gestos, de forma que os leitores construam e transmitam

um discurso confiante, empático, organizado e com personalidade) sabendo

que é através da comunicação que o sujeito se relaciona, se integra à

sociedade, demonstra seus sentimento e se constitui de forma singular numa

sociedade plural;

• A escrita faz parte da vida de todos nós seres humanos, desde que

se lia, através de símbolos. As letras estão por toda parte, em livros, placas,

outdoors, embalagens, e nós como cidadãos temos que estar atentos para

ler, interpretar e escrever ortograficamente correto. Assim, devemos

incentivar a ampliar o vocabulário através da participação do campeonato de

soletração.

• Considerando a importância da temática ambiental e a visão

integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios

efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações

humanas e sua conseqüência para consigo, para com sua própria espécie,

para os outros seres vivos e o ambiente.

• Proporcionar ao aluno um projeto contínuo sobre o meio ambiente,

com conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e

60

contextualizados com a realidade da comunidade, participação em projetos

do governo, como por exemplo, Conferência pelo Meio Ambiente. Assim,

ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral

do mundo em que vive;

• Ofertar oficinas pedagógicas, durante as quais o grupo de

professores possam planejar e desenvolver atividades de ensino que

integrem todas as séries, viabilizando uma dinâmica na qual alunos e

professores trabalham os diversos componentes curriculares num ambiente

estimulante e agradável;

• Incentivar o civismo e o patriotismo através da hora cívica;

• Incentivar a prática desportiva com a proposta de democratizar,

humanizar e diversificar a prática pedagógica da Educação Física, buscando

ampliar a prática para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas,

cognitivas e socioculturais dos alunos;

• Repensar as diretrizes da Educação do Campo, uma vez que a

clientela do Colégio do Reassentamento São Francisco, é essencialmente

rural, e entretanto não devemos nos pautar em diretrizes curriculares que

vem de encontro aos anseios de escolas dos centros urbanos, distanciando-

se da realidade local;

• Promover eventos culturais no interior do estabelecimento de

ensino, possibilitando aos discentes a aquisição de novos conhecimentos

sobre a cultura afro-brasileira e suas influências na formação da sociedade

brasileira.

• Construir a Educação Ambiental como conteúdo específico, na

escola do campo, com o intuito de desenvolvimento sustentável e

preservação ambiental, ajudando a promover o aumento da produção

agropecuária ou pesqueira.

• Implementar na escola a gestão democrática, pois a mesma

demanda maior participação de todos no processo decisório. Ao prestar

maior atenção ao impacto da gestão participativa no trabalho da escola, é

possível afirmar que o diretor sozinho não soluciona todos os problemas e

necessidades relativas à sua escola.

61

A complexidade do processo do ensino, para o seu bom

desenvolvimento e aperfeiçoamento, vai depender do apoio e da ação

coletiva e espírito de equipe, o que acarreta um grande desafio a gestão

educacional. Então é necessário que haja encontros frequentes com todo o

colegiado e comunidade escolar: reunião com corpo docente e discente;

reunião com pais de alunos; reunião com órgãos colegiados da escola

(APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Representantes de Turmas,

Conselho de Classe), entre outros.

6.1.9 Estágio não obrigatório

Segundo a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, art. 1º, “Estagio

é: ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular

em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino

médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional de jovens e adultos”.

Propomos uma educação que possibilite a compreensão dos princípios

cientificos-tecnologicos e históricos da produção moderna, valorização dos

aspectos culturais, educação para o trabalho e a interação com o meio

ambiente, para, a partir dessas relações, reconstituir a sia historia e de sua

comunidade. Formar para o mundo do trabalho requer o acesso aos

conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, a fim de

possibilitar ao futuro trabalhador, ir além de uma formação técnica que

secundariza o conhecimento necessário para se compreender o processo de

produção em sua totalidade.

O estagio pode e deve permitir ao estagiário que as ações

desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam para a escola e vice-versa,

relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para

compreende-las a partir das relações de trabalho.

Pelo fato do estagio ser considerado ato educativo, ele deverá ter

acompanhamento efetivo do professor pedagogo, cabendo a ele acompanhar

a frequência e o rendimento escolar do aluno, exigindo do educando a

apresentação periódica do relatório das atividades, elaborando normas

complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus

62

educandos e comunicando a parte concedente do estágio, no inicio do

período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou

acadêmicas.

6.1.10 Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular

A Resolução nº 3683/08- SEED- institui progressivamente nas escolas

da Rede Pública Estadual a educação de tempo integral, a partir da oferta de

Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, compreendendo

quatro núcleos de conhecimento: Expressivo-Corporal, Científico-Cultural,

Apoio à Aprendizagem e Integração Comunidade e Escola. Na instrução nº

17/08 da SUED/SEED as atividades pedagógicas de complementação

curricular são assumidas como política pública e devem ser contempladas na

Proposta Pedagógica Curricular.

Com relação ao atendimento este se dará com um número mínimo de

20 (vinte) alunos, exceto educação especial e núcleo de apoio a

aprendizagem que segue legislação específica, e na composição da turma

será priorizado alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade

social, podendo participar de mais de uma atividade de acordo com a

necessidade sócio educacional.

A sistematização dos registros serão procedidos no livro de registro de

classe e no sistema on-line para que as escolas, os NRE e a SEED, possam

operacionalizar – cadastrar, acompanhar e avaliar as atividades de

complementação curricular de forma ágil, eficiente e democrática.

Para abordar as práticas que envolvam a expressão-corporal, foi

aprovada pelo Conselho Escolar o projeto: “Esportes: futebol de campo,

Futsal, Voleibol e Atletismo”.

Segundo o mesmo terá como abordagem de aprendizagem os

determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte, as

técnicas, táticas e regras básicas das modalidades desportivas especificadas

acima, bem como abordar os valores que privilegiam o coletivo.

Serão atendidos nesse projeto trinta e cinco (35) alunos, que se

encontram em situação de vulnerabilidade social, com dificuldades de

aprendizagem, baixa estima, dificuldades no convívio social, e caso não

complete o número estipulado aos regularmente matriculados na escola.

63

Como resultado dessa intervenção espera-se que os educandos

melhorem sua qualidade de vida, bem como interajam uns com os outros de

forma respeitosa, solidária e coletiva.

Também foi aprovado o Projeto da Horta Orgânica, que será

desenvolvido na horta do Colégio com o objetivo de: Relacionar os conteúdos

selecionados para a atividade com os conteúdos estudados em sala de aula;

Utilizar os conhecimentos obtidos nesta atividade, no cotidiano de suas

famílias, e no seu futuro, proporcionando uma vida mais saudável;

Desenvolver aulas práticas que exigem contato direto com o ecossistema

natural, observando as relações ecológicas com a cadeia e teias alimentares

relacionando com a pirâmide de energia.

6.1.11 Sala de Recursos

Como toda escola pública estadual, o Colégio do Reassentamento São

Francisco conta com subvenção financeira total do governo do Estado do

Paraná, o que limita alguma possibilidade de atuação com relação a um

atendimento mais especializado em termos de intervenção psicopedagógico

para alunos com dificuldades de aprendizagem.

A sala de recurso, segundo a instrução nº 05/04 é um serviço

especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o

atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino

fundamental.

No ano de 2006 a escola obteve aprovação para colocar em

funcionamento a Sala de Recursos. Os alunos que frequentam a Sala de

Recursos são oficialmente matriculados no período contrario do seu estudo.

Pelo fato do colégio se localizar no campo, as aulas são dadas no mesmo

dia. O mesmo deverá ser atendido individualmente ou em grupos de 10 (dez)

alunos, por intermédio de cronograma preestabelecido elaborado pelo

professor junto com a equipe técnico-pedagógica da escola e sempre que

possível com os demais profissionais da classe comum de acordo com a

necessidade de cada um segundo sua avaliação.

Os alunos que frequentam essa sala, são alunos matriculados no

ensino regular egressos da educação especial ou aqueles que apresentam

problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativos, distúrbio

64

de aprendizagem e /ou deficiência mental. O professor que verificar que seu

aluno tem dificuldades de compreensão e de aprendizagem, preenche uma

ficha própria e encaminha para a coordenação para os devidos

encaminhamentos.

A avaliação é registrada em relatório, com indicação dos

procedimentos de intervenção e encaminhamentos em formulário próprio

destinados à SEED. O acompanhamento pedagógico do aluno será

registrado em relatório semestral onde constaram os avanços acadêmicos,

podendo ser complementado com dados que se fizerem necessários. Quanto

à permanência na SR o aluno frequentará o tempo necessário para que

possa superar as dificuldades de forma exitosa no processo de

aprendizagem na classe comum.

O docente que atua na Sala de Recursos, conforme deliberação nº

02/03 – CEE, art. 33 e 34, tem licenciatura plena em letras e especialização

em cursos de pós-graduação na área de Educação Especial.

No que tange aos recursos materiais, a escola fornece um espaço

físico de tamanho adequado, localização, salubridade, iluminação e

ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT 9050/1994), bem como os materiais pedagógicos

necessários para a complementação das aulas.

Quanto aos aspectos pedagógicos, o trabalho será desenvolvido a

partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem

específica de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo

para a aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum.

6.1.12 CELEM

De acordo com a Resolução Nº 3904/2008, regulamenta e organiza a

oferta de ensino extracurricular de cursos básicos e de aprimoramento em

LEM para alunos da Rede Estadual de Educação de Educação Básica,

matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio. A

instrução nº 19/2008 – SUED/SEED o CELEM instrui a oferta de cursos

básicos e de aprimoramento para línguas, cujo objetivo é proporcionar o

ensino gratuito de idiomas aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica

– DEB, matriculados no ensino fundamental (anos finais), no Ensino Médio,

65

Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos

professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções

na rede Estadual e também na comunidade.

O CELEM para o nosso colégio é de suma importância, pela

qualidade no ensino de línguas estrangeiras e pela possibilidade de pessoas

da comunidade também poderem frequentar.

Os cursos básicos terão duração de 02 (dois) anos, com carga horária

anual de 160(cento e sessenta) horas/aulas, perfazendo um total de 320

(trezentos e vinte) horas/aulas.

A carga horária semanal dos cursos do CELEM será de 04 (quatro)

horas/aulas de 50 (cinquenta) minutos, distribuídas no mesmo dia, pelo

motivo que o nosso colégio se localiza no campo e os alunos dependem do

transporte escolar.

As matrículas nos cursos de CELEM, serão anuais e deverão ser

efetuadas de acordo com o cronograma do nosso estabelecimento, em

conformidade com as orientações da SEED. Aos alunos regularmente

matriculados será vedada a matrícula para a mesma língua estrangeira da

matriz curricular.

Para ser promovido o aluno deverá ter uma frequência mínima de 75%

do total da carga horária do período letivo.

Tendo como função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno, é que a avaliação será contínua, cumulativa e

processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno considerando

suas características individuais com ênfase no aspecto qualitativo e não

quantitativo.

Utilizar métodos e instrumentos diversificados e coerentes com as

concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-

Pedagógico do colégio, tendo como função avaliar os conteúdos básicos da

língua estudada.

No que se refere aos resultados da avaliação, estes devem ser

analisados pelo aluno e pelo professor verificando os avanços e as

necessidades detectadas para o estabelecimento de novas ações

pedagógicas. Caso seja necessário, a escola ofertará a recuperação de

estudos através de atividades significativas, por meio de procedimentos

66

didático-metadológicos diversificados anotados em livro de registro de classe.

Os resultados são mensuráveis estabelecendo o registro de notas numa

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Registros referentes à avaliação, frequência e carga horária deverão

constar no histórico escolar do aluno, no campo dos estudos

complementares. Esses registros referentes aos alunos deverão constar nas

Fichas Individuais arquivadas em Pasta Individual que comporá o arquivo da

turma do CELEM e no SERE/WEB.

6.1.13 Organização da Hora Atividade

Segundo a instrução nº 02/04 - SUED a hora/atividade é o tempo

reservado ao professor em exercício de docência para estudos, avaliação e

planejamento.

O estabelecimento de ensino garantirá carga horária que permita ao

professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao

exercício da cidadania.

A organização de hora/atividade deverá favorecer o trabalho coletivo,

para que em conjunto os docentes, a equipe pedagógica e direção, tracem

propostas concretas visando sanar os problemas diagnosticados.

Dentre as diversas atividades desenvolvidas pelos professores na hora

atividade relativas à preparação de aulas e correção das avaliações, esta

também será utilizada pela equipe pedagógica para o desenvolvimento de

pré conselhos, acompanhamento ao planejamento, atividades de

complementação curricular e estudos.

O estudo consiste em textos selecionados pela equipe pedagógica,

sobre diversos assuntos voltado a educação, principalmente aqueles em que

os professores necessitam de um maior auxilio como por exemplo: educação

do campo, inclusão, dificuldades de aprendizagem, sexualidade e, outros.

Sendo que estes embasarão a práxis dos educadores visando bons

resultados em relação à aprendizagem dos alunos, bem como promover uma

atitude responsiva e um relacionamento professor-aluno mais eficaz e

solidário.

67

6.1.14 Formação Continuada

Sendo a educação um campo de atuação, que não pode ser visto

como estático, o processo de formação continuada torna-se elemento

primordial no sentido de contribuir para o entendimento da dinâmica

social,bem como uma forma de clarear o papel dos atores sociais, enquanto

promotores de diálogos e debates em relação à sociedade na qual estamos

inseridos.

Nesse sentido, os profissionais das escolas públicas do Paraná

contam com incentivos, no que se refere ao processo de formação

continuada, vinculados aos seus Planos de Cargos Carreira e Salários, ou

seja, a cada conjunto de horas comprovadas em um determinado tempo, há

o que se chama de avanço progressivo na função, que reflete em mudança

de nível de profissionalização e acréscimo percentual de salário. Não são

todos os cursos que refletem em pontuação, havendo para tanto uma

instrução normativa que regulamenta e orienta os profissionais quanto aos

eventos que devem e podem ser computados.

Os eventos promovidos pela SEED são organizados, geralmente por

área de atuação (professores, equipes, agentes educacionais e instâncias

colegiadas) e acontecem na forma de simpósios, cursos, jornadas,

seminários e grupos de estudos. No que compete a escola, a mesma

possibilita aos professores em primeira instância o acesso a textos e leituras

que os auxiliem direito e indiretamente no seu fazer cotidiano permitindo a

criação de espaços de discussões.

Quanto aos agentes educacionais, a escola tem uma missão

importante: resgatar o desejo de estudar, mas é necessário que haja

espaço/tempo dentro do seu horário de trabalho. Podemos considerar a

capacitação descentralizada promovida pela SEED como parte desta tarefa.

6.1.15 Sistema Avaliativo

A avaliação se dará a partir da observação e participação do conjunto

de atividades das disciplinas previstas na matriz curricular. Será diagnóstica à

medida que orientará decisões futuras, formativas no intuito de formar o

individuo que queremos, e cumulativa no sentido de buscar promover

formação ampla. Para tanto:

68

• Precisamos construir uma avaliação que possibilite identificar as

dificuldades de cada aluno para que possamos encontrar alternativas que

facilitem o seu aprendizado, mais que tenhamos tempo para refletir sobre a

mesma, bem como trocar experiências como nossos colegas de profissão;

• O processo de avaliação precisa ser redimensionado, para além da

organização do tempo da escola, mas para isso todos os segmentos têm que

estar dispostos a estudar. Ocorrendo assim, necessidades e prioridades de

cada educando e mediante justificativa aceita pelo coletivo Escolar.

Para garantir a atividade do processo de apropriação de conhecimento

que resulte em aprendizagem significativa colocar-se-ão à disposição do

aluno mecanismos de auxílio, que estimulem e orientem o desenvolvimento

do raciocínio, a leitura, escrita e cálculo a confecção de matéria e,

principalmente, a pesquisa. Para a obtenção da nota( média aritmética )

considerar-se-ão como princípios obrigatórios deste processo:

a) Utilização de técnicas e instrumentos diversificados;

b) Conteúdos mínimos necessários ao crescimento individual;

c) Valorização de atividades críticas, capacidade de síntese e

elaboração pessoal;

d) Respeito à sequência dos conteúdos e a interdisciplinaridade;

e) Desenvolvimento de atividades que estimulem o raciocínio, novos

saberes e o hábito de leitura e pesquisa.

O estabelecimento de ensino adota a avaliação semestral com ênfase

na qualidade de ensino e valorização das tentativas, bem como do percurso

seguido pelos educandos. Para registro utilizar-se-á da nomenclatura decimal

(de 0 a 10). Todas as atividades terão pontuação de no mínimo 0,00 (zero

vírgula zero- zero) e no máximo 10,0 (dez vírgula zero) e serão estipulados

um número mínimo de atividades avaliativas conforme o número de aulas de

cada disciplina., sendo que a periodicidade de avaliações devem ser

estipuladas pelo professor de acordo com os conteúdos trabalhados. Para as

disciplinas com 4 horas/aulas semanais, deverão ocorrer no mínimo 2 (dois)

registros de notas por bimestre. A avaliação se converterá em nota

semestralmente, entretanto o acompanhamento será bimestral com reuniões

de pré conselho e conselho de classe.

69

Com relação à recuperação paralela, esta será opcional para os

alunos que atingirem os objetivos propostos para cada conteúdo e obrigatória

para aqueles que não atingirem valores.

Serão utilizados diversos instrumentos de avaliação individuais e

coletivos (provas escritas, orais, estudo dirigido, trabalhos de pesquisa,

produção de síntese, debates, realização de seminários, relatórios, exercícios

diversificados, produção de textos, leitura, exposição de ideias com coerência

e argumentação), que promovam a apreensão dos conteúdos históricos e

socialmente construídos de forma que o aluno possa instrumentalizar-se para

o exercício consciente de sua cidadania.

6.1.16 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com responsabilidade de

analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir

a efetivação do processo ensino e aprendizagem. Constituído pelo diretor,

equipe pedagógica, por todos os docentes e pelos alunos representantes de

turma.

É responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e

dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe, tanto do

desempenho dos alunos como de todos os sujeitos envolvidos no processo

de ensino e aprendizagem. Promovendo a participação de alunos nas

discussões do conselho de classe, serão realizadas momentos com o

professor regente ou pedagogo e toda a turma em sala de aula, para que

estes expõem suas opiniões e sugestões sobre o contexto escolar.

O Conselho de Classe analisa as informações sobre os conteúdos

curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se

referem ao processo ensino e aprendizagem, propõe procedimentos e formas

diferenciadas de ensino e de estudos, estabelece mecanismos de

recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem,

acompanha o processo de avaliação de cada turma, debatendo e analisando

os dados qualitativos e quantitativos do processo, atua com

corresponsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço ou retenção

70

do aluno e recebendo pedidos de revisão de resultados finais até 72(setenta

e duas) horas úteis após sua divulgação em edital.

Após analisar as informações e dados apresentados, procurasse

intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando

ao aluno formas diferenciadas de apropriar dos conteúdos curriculares

estabelecidos.

6.1.17 Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos será ofertada durante o ano letivo, conforme

assegura a LBD 9394/96 em seu artigo 24, inciso V, alínea e, “será

propiciado aos alunos os conhecimentos de todas as áreas de estudos

através de atendimento individualizado e coletivo, para aqueles que não

obtiveram o aproveitamento esperado no processo de ensino-aprendizagem

e ou conteúdo”.

Caberá a cada profissional de sua área de conhecimento proporcionar

aos discentes a recuperação de seus estudos ao término de cada conteúdo.

A recuperação paralela será realizada no momento em que for detectada a

deficiência do educando mediante a atribuição de tarefas e trabalhos

específicos planejados pelo respectivo professor.

O professor ao identificar a necessidade de recuperação de estudos

de algum conteúdo, não atingido por um ou mais alunos, poderá este,

encaminhá-los ao contra-turno, para participarem de um grupo de estudos

entre alunos, porém o professor solicitante é que ficará responsável pela

preparação, orientação e correção das atividades propostas, ou então, o

professor poderá utilizar sua hora atividade. Os alunos solicitados pelo

professor, deverão ser autorizados pelos pais.

6.1.18 Promoção

Conforme o regimento escolar deste estabelecimento de ensino, os

alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, serão

promovidos desde que apresentem frequência mínima de 75% ( setenta e

cinco) do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina.

71

Serão considerados reprovados aqueles alunos que não obtiveram

frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco) e por não terem atingido

a média 6,0 (seis vírgula zero).

A promoção para a série seguinte será automática desde que

obedecidas às regras acima.

Cabe frisar que, a retenção do aluno não é nosso objetivo. È

necessário um trabalho conjunto de todos os profissionais da educação, pois

o ato de educar não é isolado do contexto social. Nesse sentido, as

avaliações servirão não apenas para mensurar notas, servirão como

parâmetros para o replanejamento, retomadas das ações no sentido de

superar o estigma da reprovação.

6.1.19 Progressão Parcial

De acordo com a instrução nº 02/09 – SEED/SUDE/DAE/CDE será

garantida a matricula com progressão parcial ao aluno que não obtendo

aprovação final em até 03 disciplinas, em regime seriado, poderá cursá-la

subsequente e concomitante às series seguintes, art. 17 da deliberação nº

09/01-CEE.

O cumprimento da dependência deverá ocorrer na forma de adaptação

ou plano especial de estudos e o registro será na forma de progressão

parcial. Na ficha individual do aluno, no campo de dependência registrar-se-á

a disciplina em dependência e no campo de organização, registrar-se-á, a

série, ano, período, semestre, etapa, bloco a que se refere a disciplina em

dependência.

O aluno fará as adaptações no período contrário do horário

matriculado ou poderá realizar atividades extraclasse, sempre com

acompanhamento do professor.

6.1.20 Classificação e Reclassificação

De acordo com a Deliberação nº09/01-CEE, no Artigo 22 e 23, será

garantida a classificação e/ou reclassificação do aluno em qualquer

série/ano/período/semestre/etapa/fase/bloco do Ensino Fundamental e Médio

A Reclassificação é destinado ao aluno com matrícula e frequente no

estabelecimento de ensino, podendo ser encaminhado para a etapa de

72

estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente

do que registre o seu histórico escolar, levando em conta as normas

curriculares gerais, de acordo com a Proposta Pedagógica, o Regimento

Escolar e ao disposto na Instrução Conjunta nº 20/08-SUED/SEED.

6.1.21 Equipe Multidisciplinar

De acordo com a instrução nº 10/2010 SUED/SEED o trabalho das

equipes multidisciplinares nas escolas será organizado nas modalidades de

encontros e seminários. Os encontros terão caráter organizativo e formativos

e carga horária cumpridas na escola com cronograma de execução que

deverá ser aprovado pelas equipes multidisciplinares do NRE ao início do

ano letivo.

Os seminários terão caráter formativo envolvendo docentes com

conhecimento e ou experiências nas temáticas de ERER e no ensino de

história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. Os mesmo serão

realizados na semana da consciência negra, como culminância das

atividades planejadas e desenvolvidas nos encontros das equipes

multidisciplinares e ao longo do calendário letivo, contemplando datas

significativas da comunidade local.

Para efetivação das atividades competirá à equipe multidisciplinar da escola:

1) Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o

Conselho Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e

metodologias, sobre a ERER e o Ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no projeto político-

pedagógico e legitimado pelo regimento escolar.

2) Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os

professores na elaboração do Plano de Trabalho Docente no que se refere à

ERER

3) Realizar formação permanente com os demais profissionais de

educação e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e

Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas

pela DEDI/SUED;

73

4) Subsidiar os professores, equipes pedagógicas, gestores,

funcionários e alunos na execução de ações que efetivem a ERER e o ensino

de História e cultura afro-brasileira, africana e indígena;

5) Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de

enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar,

apoiando professores/as, equipe pedagógica, direção, direção auxiliar,

funcionários/as, pais , mães e alunos/as;

6) Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias,

quando for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e

racismo, denunciadas nos estabelecimentos de ensino;

7) Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo

Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para

a ERER e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena;

8) Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs

de conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de

ensino;

9) Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da

equipe multidisciplinar.

6.1.22 A Família como Parte do Processo

Perceber a família como elemento fundamental na dinâmica escolar é

o primeiro passo rumo à educação emancipadora e transformadora. Ela não

pode ser concebida apenas como um elemento figurante, que comparece nas

dependências escolares somente para tomar ciência da nota de seu (s) filho

(s) e/ou da indisciplina do (s) mesmo (s).

Faz-se emergente compreender que a interação família e escola é

fator relevante para o êxito do processo de ensino-aprendizagem. Conceber

ainda que a família vive em sociedade e portanto, permeada por vários

fatores sejam eles sociais, culturais e econômicos, viabilizará a práxis

educativa voltada a interação e inserção social.

Desta feita, para se trabalhar com a família há de se compreender que

ela deve ser pensada enquanto estrutura em uma realidade social, conforme

pontua Cury

74

Concebida como efetivo espaço de luta, de classes, constituída por meio de um processo histórico e contraditório, em constante transformação, que necessita ser desvelado na sua totalidade para que haja compreensão, conhecimento, reflexão e transformação do real. (CURY, 1985, p. 13)

Nesse sentido, inicialmente ao trabalhar com a família procurar-se á

fazer uma abordagem adequada ao contexto sócio-familiar, respeitando a

individualidade, as crendices, bem como a forma de ler o mundo, através de

atividades anteriormente sistematizadas, processuais e continuas, sem

trabalhar aleatoriamente as palestras e/ou assuntos a serem abordados.

Wagner (2002), ao se reportar à forma de abordar as famílias, coloca que a

abordagem apropriada é aquela emocionalmente refletida e cientificamente

adequada ao contexto social e familiar, respeitando concepções, crenças e

valores pessoais da instituição abordada. No desenvolvimento do trabalho

pedagógico priorizar-se á como meta primordial o resgate da autoestima, da

compreensão de ser sujeito histórico, a vivência em grupo, a potencialidade

de cada um no processo bem como a sua dimensão cidadã e, principalmente

o seu grau de importância no fazer educativo.

Como forma de intervenção o estabelecimento de ensino propõe o

trabalho através de ações sócio educativas, pois as mesmas visam

mudanças de posturas atrelada ao comprometimento de todos e todas. Essa

modalidade de intervenção tem como finalidade possibilitar e promover

estilos de vida alternativos, que favorecem o crescimento pessoal, tanto

individual como coletivo, ajudando e apoiando os menores, os jovens, as

mulheres, os trabalhadores, os idosos, enfim, todo e qualquer grupo a quem

estamos propondo a ação socioeducativa. (MORIN, 2000).

As ações socioeducativas encontram respaldo nas teorias de Freire

sustentada pela interação sujeito-mundo, e nas concepções psicológicas de

Vigotski. Para Freire, o homem passa da esfera mecânica e passiva de

compreensão da realidade daquilo para a dimensão critica e participativa, na

qual, a consciência aflora como fruto do processo ação-reflexão (FREIRE,

1989).

Freire (1989) segue dizendo que o homem, por meio de sua ação-

reflexão com o mundo e si mesmo, pode comprometer-se e comprometendo-

75

se, pode transformar a sociedade e transcender a alienação cultural. A

educação é o processo de mudança social. O homem é um ser inacabado e,

por essa razão, está em constante busca. Essa busca é a Educação. Dessa

forma, a educação deve ser intrínseca ao amor e à esperança, deve ser

desinibidora e não restritiva, autêntica, autônoma e coletiva.

Vigotski(1988) sugere trabalhar-se com o desenvolvimento humano

pautado na interação das instâncias psicológicas, antropológicas e orgânicas,

vislumbrando o sujeito em sua complexidade. Segundo o mesmo na sua

teoria de Desenvolvimento Proximal, somos dotados de potencialidades que

ao serem exploradas favorecem o desenvolvimento de nossa criatividade.

Doravante é necessário fazer uma junção das teorias de Freire-

Vigotski, ao desenvolverem as nossas ações socioeducativas, estaremos

oportunizando aos indivíduos a expressão do mundo que vivem, bem como

de concebê-lo, fazendo-os interagir de forma tal a ponto de adquirirem

consciência do que é vivido pelo próprio grupo e pela realidade cotidiana.

Nesse diapasão a ação educativa propõe uma nova forma de dialogar,

de relacionar-se, de atuar e participar ativamente da vida da escola,

efetivando portanto, um momento do processo socioeducativo que contemple

novos objetivos chamando os atores sociais (pais, alunos, escola,

comunidade) para atuarem de forma responsável, organizada visando uma

melhor articulação entre o conhecimento e o mundo real.

Dessa forma, como frisa Valla (1998) ‘’as ações socioeducativa têm-se

colocada como campo fértil para o debate interdisciplinar, particularmente no

campo da educação popular, e estão, cada vez mais sendo entendidas como

ações que se desenvolvem no interior dos serviços, na busca, da qualidade

do atendimento e na defesa de direitos, entre outros.’’

Diante dessa perspectiva propõe-se ainda trabalhar com o conceito de

grupos educativos uma vez que visam a troca, a construção, o compartilhar

conhecimento visando à autonomia e a potencialidade crítica do sujeito.

Mizukami afirma que a educação tem a finalidade de

[...] criar condições nas quais os participantes pudessem tornar-se pessoas de iniciativa, de responsabilidade, de autodeterminação, de discernimento, que soubessem aplicar-se e aprender as coisas que lhes servirão para a solução de seus

76

problemas, servindo-se da própria experiência, como espírito livre e criativo. (MIZUKAMI, 1986, p.45)

Concluindo, o grupo sócio educativo tem por função a superação da

simples transmissão de conhecimento para a construção de uma nova forma

de participação e apoderação de ideia, hábitos e habilidades.

Dessa forma conseguiremos superar também o estigma de uma

educação fragmentada, ineficiente e desarticulada das relações sociais

transformando-a num processo continuo que possa compreender os

problemas gerados por toda a estrutura social, contribuindo para a formação

de um sujeito cidadão ativo e critico, capazes de formular as suas próprias

concepções de homem - mundo - sociedade. Como bem acentua Jesus os

grupos educativos devem ter ‘’condições de elaborar sua própria concepção

de mundo, critica e conscientemente, de participar ativamente na produção

da historia do mundo e de ser guia de si mesmo’’ (JESUS, 1989, p. 45)

Para a efetivação de tal proposta de trabalho a escola proporcionará

momentos de capacitação e estudos, juntamente com a equipe

multidisciplinar, equipe pedagógica e Conselho escolar para a sistematização

do trabalho pedagógico, bem como a forma de atendimento a esse público

-família.

6.1.23 Estudos do Paraná

Os estudos sobre o Paraná são ofertados especificamente na 7ª série

do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio, interdisciplinarmente,

mas com mais ênfase na disciplina de geografia. Porém, os temas referentes

ao Paraná também serão abordados nas demais séries e disciplinas sendo

inseridos nos conteúdos , levando-se em consideração os aspectos locais e

regionais.

Dessa forma os trabalhos serão desenvolvidos através de pesquisas

bibliográficas contemplando desde a formação do Paraná Provincial, sua

emancipação e consolidação e, principalmente a organização social e política

compreendendo os processos econômicos e culturais nos contextos sub-

regionais, levando em consideração a diversidade dos povos colonizadores e

sua maneira de produzir, desde o extrativismo, a agricultura, a pecuária até a

77

industrialização em forma de pólo e ultimamente a agroindústria, disseminada

em todo o Estado do Paraná, levando em conta os aspectos culturais, bem

como os aspectos físicos: o relevo, o clima e a hidrografia.

6.1.24 Agenda 21

A Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de Janeiro,

em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD é mais conhecida como Rio 92,

referência à cidade que a abrigou, e também como “Cúpula da Terra” por ter

mediado acordos entre os Chefes de Estado presente.179 países

participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um

programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a

mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um

novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvolvimento

sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de intenções, desejo

de mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI.A

Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a

construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas,

que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência

econômica. A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento

participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma

vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de

Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a

partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim,

em 2002.

Neste ano de 2010 foram realizadas diversas atividades de

conscientização envolvendo toda a comunidade escolar.

Após a compreensão do que seja a Agenda 21, os alunos do colégio

se dividiram em grupos para realizarem uma pesquisa de campo, com temas

variados. São eles: Erosão, Desperdício de Energia, Patrimônio Público,

Lixo,Poluição e Desmatamento. Para cada tema pesquisado houve um

planejamento, detalhando os objetivos, quais ações, quais pessoas

envolvidas, a duração das atividades e avaliação das ações.

78

6.1.25 Desafios Educacionais Contemporâneos

Os desafios educacionais, nos quais interferem no processo

educacional bem como influencia do ambiente, são eles: Prevenção ao uso

Indevido de Drogas, Educando para as Relações Étnico – Raciais,

Enfrentamento à Violência na Escola e Educação Ambiental.

Tais desafios, trazem as inquietudes humanas, as relações sociais,

econômicas, politicas culturais, levando nos avaliar, quais enfrentamentos

devemos fazer. Revendo a pratica educativa, como mais estudos, pesquisas,

debates, novos conhecimentos, replanejamos e reorganizamos nossas

praticas.

O nosso colégio trabalha estes desafios de maneira interdisciplinar,

envolvendo toda a comunidade escolar, planejamos o que queremos atingir,

como e quando, as atividades são registradas no Plano de Trabalho Docente

de cada professor envolvido e também no Plano de Ação do colégio. São

realizadas pesquisas bibliográficas e de campo, palestras com pessoas

preparadas sobre o assunto, apresentações artísticas e culturais, exposição

de painéis, textos produzidos para oratória, dentre outras estratégias.

Alunos do nosso colégio, participaram de curso oferecido pela

UNIOESTE, campus de Cascavel, destinados a jovens estudantes de escolas

públicas e filhos ou trabalhadores da zona rural da Região Oeste do Paraná,

intitulado ”CONSTRUÇÃO COLETIVA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E

PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E DO AMBIENTE”, tendo

como objetivo, promover a inserção de jovens do campo na vida universitária

por meio de oficinas expositivas e práticas abrangendo as áreas de Ciências

Biológicas, Enfermagem, Odontologia e Fisioterapia. Foi um curso gratuito e

com duração de dois anos (2009 e 2010).

O nosso Colégio participa do PROGRAMA CÂMARA JOVEM desde

2008, este é um programa instituído na Câmara Municipal de Cascavel, com

a participação de alunos do ensino fundamental e médio das instituições da

rede pública e particular de ensino do Município de Cascavel, na qual

permitirá ao estudante compreender o papel do Legislativo Municipal dentro

do contexto social em que vive, contribuindo assim para a formação da sua

cidadania e entendimento dos aspectos políticos da sociedade brasileira,

entrosando com as ações políticas a serem desenvolvidas no município.

79

Os jovens vereadores eleitos do nosso colégio são os seguintes:

• 2008- TIAGO DE CAMPOS

• 2009-GUSTAVO HENRIQUE DE ALMEIDA

• KELY CAROLINE DOMINGUES

• 2010- ISAMARA MEURER

• LUCAS ALEXANDRE NOVAKOWSKI

• JOCIMAR ALVES SCHMITT

Dessa forma, o mesmo é chamado a participar ativamente da vida

escolar, promovendo assim a formação ética, o desenvolvimento da

autonomia intelectual e pensamento crítico.

6.1.26 Inclusão Educacional

A partir da LDB – A educação especial passa a ser modalidade de

ensino. Institui a obrigatoriedade do aluno a frequentar a escola regular.

Com a publicação da LDB e a adoção da Politica Nacional de

Educação Inclusiva, alteram -se as questões relativas a organização escolar

e a formação de professores:

A educação inclusiva é um processo de educação que reconhece e

valoriza a diversidade humana, não nega a diferença, mas considera os

direitos iguais. Busca comprometer a todos a busca de novos valores, onde

diferenças sejam reconhecidas como valor.

A inclusão escolar exige o comprometimento de todos os envolvidos,

professores, diretores, coordenadores pedagógicos, zeladores, funcionários

administrativos, pais, secretários da educação e governo, pois é um projeto

coletivo (não é somente problema do professor). Desta forma, a inclusão

exige: investimento, conscientização, ampliação da rede de serviços

educacionais, redefinição dos objetivos educacionais. Ser uma sociedade

inclusiva e não somente a escola inclusiva. Ser sem praticas de exclusão e

discriminação.

O nosso estabelecimento passou por reformulação geral do espaço

físico, adequação da estrutura do prédio com a eliminação de barreiras

arquitetônicas e obstáculos do ambiente escolar. Porem, falta materiais

funcionais e adaptados a idade e necessidade do educando como impressora

Braille, textos ampliados, professores interpretes, adequação do acervo

80

bibliográfico, entre outras medidas que se farão necessários, para que o

aluno tenha um bom desenvolvimento escolar.

6.1.27 Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana

O ensino de historia e cultura afro – brasileira e africana se fará por

diferentes atividades, como no decorrer do ano letivo, divulgando a

participação dos africanos e de seus descendentes em episódios da historia

do Brasil, na construção econômica, social e cultural da nação destacando -

se a atuação de negros em diferentes áreas do conhecimento, criações

artísticas e luta social.

Atividades escolares desenvolvidas durante o ano letivo e exposta no

dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra: desfiles,

exposições, mostras de teatro e dança, discussões sobre família negra nos

diferentes contextos sociais e profissionais, pesquisas, debates, sobre o

espaço dos afrodescendentes e sua cultura nos meios de comunicação de

massa, leitura de obras literárias de escritores negros, analise e interpretação

de pinturas que retratam a figura do negro, construção de um novo olhar

histórico sobre as contribuições dos negros.

6.1.28 Educação Indígena

A educação indígena proposta, se refere ao conhecimento de

populações indígenas territorializadas no Estado do Paraná, bem como

valoriza-lá, respeitando a diversidade, refletindo sobre buscas de incentivos a

constituição de processos educativos inclusivos, além de elaboração de

pesquisas voltadas para educação escolar em Temas Indígenas.

6.1.29 Educação do Campo

A educação do campo após muitos desafios tanto políticos como

econômicos, vem sendo, conquistados aos poucos os espaços pra

conjuntura atual, em função dos movimentos sociais e das iniciativas

governamentais que foram impulsionados pela sociedade civil organizada da

LDB nº 9394/96 e as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas

Escolas do Campo. O próprio poder público passou a adotar educação do

81

campo, em contraposição da educação rural, num sinal de atenção as

demandas sociais.

Concebemos o campo como lugar de trabalho, de cultura, de produção

de conhecimentos a sobrevivência, desta forma procuramos trabalhar na

transformação da sociedade.

• Comunidade da construção e resgate da memoria: pessoas que

fizeram parte da construção e conquista do reassentamento.

• Palestras sobre questões do campo, como, enfrentar e resistir as

dificuldades, evitando o êxodo.

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