progeria
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Informações acerca desta doençaTRANSCRIPT
1
Joana Carvalho; Juliana Pereira; Mariana Gama; Tiago Maia
Escola Secundária Augusto Gomes
11
Progeria Síndrome de Hutchinson-Gilford
Biologia
Ano Lectivo 2010/2011
Prof. João Soares
2
Índice
Página
Ante-Projecto …………………………………………………………….. 5
Introdução ………………………………………………………………... 6
Progeria
Mutações
o O que são? ……………………………………………….. 7
o Como se classificam? …………………………………... 7
Mutações Génicas ………………………………... 8
Mutações Cromossómicas ……………………… 8
Mutações Cromossómicas Numéricas …. 8
Mutações Cromossómicas Estruturais …... 9
História da Progeria ……………………………………………... 10
Caracterização da Progeria ………………………………….. 10 e 11
Causas …………………………………………………………….. 11 e 12
Consequências físicas ………………………………………….. 13 a 15
Consequências psicológicas …………………………………. 15
Doenças………………………………………………………….... 15
Tratamento ……………………………………………………….. 16 a 18
Código Genético ……………………………………………….. 18
3
Incidência Geográfica ………………………………………… 18 e 19
Organismos de Apoio …………………………………………… 20
Casos Reais
o Criança com doença do envelhecimento
comemora 13 anos graças à ciência ………………………………..
21 e 22
o Menina Portuguesa sofre de Progeria ……………….. 22 e 23
Conclusão ………………………………………………………………… 24
Siteografia ………………………………………………………………… 25
4
Índice de Imagens
Página
Fig.1 – Classificação das mutações ………………………………….. 7
Fig.2 – Mutações cromossómicas estruturais ……………………….. 9
Fig.3 – Esquerda: Jonathan Hutchison | Direita: Hastings Giford . 10
Fig.4 – Gene LMA localizado no braço (q), na posição 22 ……... 12
Fig.5 – Aspecto físico de uma criança com Progeria ……………. 14
Fig.6 – Incidência Geográfica ………………………………………… 19
Fig.7 – Hayley Okins ……………………………………………………… 21
Fig.8 – Cláudia ……………………………………………………………. 22
5
Ante-Projecto
Calendarização:
Divisão de Tarefas:
Nrº Nome Realizou pesquisas sobre:
12 Joana Carvalho o História
o Casos concretos (vídeos e noticias)
o Caracterização
o Organização do Trabalho
14 Juliana Pereira o Mutações
o Grau de Incidência
o Tratamento
o Casos concretos (vídeos e noticias)
17 Mariana Gama o Genótipo
o Fenótipo
o Código universal
o Casos concretos (vídeos e noticias)
21 Tiago Maia o Incidência Geográfica
o Mapa Cromossómico
o Consequências:
Físicas
Psicológicas
o Casos concretos (vídeos e noticias)
Data de Inicio:
7 de Janeiro de 2011
Data de Entrega:
4 de Fevereiro de 2011
Divisão de Tarefas
Pesquisa e recolha de
informação/imagens
Junção do material
Finalização do trabalho
6
Introdução Os genes são a informação química herdada dos nossos pais no
momento da concepção. Determinam a nossa constituição biológica.
São eles que nos formam similares com os nossos pais e controlam o
nosso crescimento e a nossa aparência. Também determinam a nossa
resistência a determinadas doenças ou predisposição em relação a
outras.
Mas, cada indivíduo é portador de genes defeituosos. Existem
vários mecanismos pelos quais os defeitos genéticos serão transmitidos
de geração em geração. Podendo estes manifestar-se visivelmente
causando alterações na aparência do individuo ou então ser uma
mutação silenciosa, não sendo assim visível alterações físicas ou
psicológicas.
No entanto na sociedade actual existe uma grande
incompreensão perante os portadores de mutações como é o caso da
descriminação enfrentada pelos doentes com Síndrome de Hutchinson-
Gilford, evidente na frase do prof. Lejeune responsável pela
identificação da origem da doença genética Sindrome de Down : "A
sociedade não tem que lutar contra a doença, suprimindo o doente.".
Tal como refere, devemos combater a doenças procurando a cura ou
tratamentos cada vez mais eficientes mas não mal-tratar os portadores
dela, afinal somos todos iguais e temos todos os mesmos direitos.
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Progeria
Mutações
O que são?
As mutações são alterações do material genético, do genoma
dos indivíduos, e podem ocorrer em várias fases ao longo do ciclo
celular (mitose, meiose incluindo no crossing-over). As células tem
capacidade de reparar anomalias que afectem o DNA mas algumas
delas persistem em alterar o genoma.
Como se classificam?
Mutações
Cromossómicas
Numéricas
Euploidia
Haploidia
Poliploidia
Aneuploidia
Nulissomia
Monossomia
Trissomia
Estruturais
Delecção Inversão Translocaçao
Simples
Recíproca
Duplicação
Génicas
Substituição
Delecção
Inserção
Fig.1 – Classificação das mutações.
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Mutações Génicas - Designam-se por alterações que ocorrem
dentro dos genes individuais. Estas mutações alteram a sequência de
nucleótidos do DNA, por substituição, adição ou remoção de bases.
Podem conduzir à modificação da molécula de RNAm que é transcrita
a partir do DNA e, consequentemente, à alteração da proteína
produzida, o que tem, geralmente, efeitos no fenótipo (caracteres de
um organismo). As alterações do código de um gene podem ser
provocadas por causas naturais ou induzidas por agentes externos. Um
exemplo de mutação génica é a anemia falciforme.
Mutações Cromossómicas - As mutações cromossómicas
envolvem a estrutura (mutações cromossómicas estruturais) ou o
número de cromossomas (mutações cromossómicas numéricas). Podem
ocorrer quer em autossomas, quer em cromossomas sexuais, originando
um conjunto de sintomas, normalmente designado por síndroma.
Podem afectar porções de cromossomas, cromossomas completos ou
até conjuntos de cromossomas.
Mutações Cromossómicas Numéricas - Este tipo de
mutações cromossómicas provoca alterações no cariótipo, ou seja, no
número típico de cromossomas da espécie. Durante a meiose pode
ocorrer a não disjunção dos cromossomas homólogos, na divisão I ou a
não a disjunção de cromatídeos, na divisão II, em ambos os casos,
resultam células com excesso ou défice de cromossomas. Estas
mutações podem provocar anomalias graves ou até a morte do
organismo. Um exemplo de mutação cromossómica numérica é o
Síndrome de Down, que é uma aneuploidia.
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Mutações Cromossómicas Estruturais - Provocam
alterações na estrutura dos cromossomas de maneira visível ao microscópio,
podendo ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura
de um ou mais genes. Neste tipo de mutação não há modificação na
quantidade de cromossomas das células mas sim na estrutura de um ou de
alguns deles. As mutações estruturais ocorrem quando fragmentos
provenientes de fracturas cromossómicas durante a prófase I da meiose,
nomeadamente no crossing-over, se perdem ou se soldam erradamente. Ou
seja, o cromossoma com a deficiência emparelha com seu homólogo que
não sofreu alteração, afectando o andamento, do processo meiótico. Logo,
tais fragmentos não conseguem se voltar a ligar correctamente, dando
origem em uma mutação cromossómica estrutural. As mutações podem
ocorrer por deleção, duplicação, translocação ou inversão de partes de
cromossomas. Um exemplo de mutação cromossómica estrutural é o
Síndrome do Miado do Gato, e corresponde a uma delecção (no
cromossoma 5).
Fig. 2 – Mutações cromossómicas estruturais.
10
História da Progeria
Jonathan Hutchinson foi o primeiro a descrever a doença em
1886, um ano mais tarde Hastings Gilford fez também uma descrição
independente da doença, daí a origem do seu nome – Síndrome de
Hutchinson-Gilford. Até aos dias de hoje foram detectados cerca
de 150 casos em todo o mundo desde 1886. E actualmente existem 64
em todo o mundo.
Caracterização da Progeria
Progeria (prematuramente velho) é uma doença autossómica
recessiva ou dominante (neste caso pode ocorrer devido a uma
mutação genética nos gâmetas de um dos progenitores), é
extremamente rara, de frequência 1 em 4-8 milhões em que o
envelhecimento físico é extremamente acelerado, os portadores desta
mutação desenvolvem características típicas do envelhecimento
décadas antes do que deveriam desenvolver.
Fig. 3 - Esquerda: Jonathan Hutchinson | Direita: Hastings Gilford
11
Existem três variedades desta doença:
Síndrome de Hutchinson-Gilford que é muito rara e a mais
severa de todas as variantes. Surge logo na primeira infância, quando a
criança tem cerca de um ou dois anos de idade (até lá ela pode ter
tido uma infância completamente normal). Para estas crianças depois
da doença ser diagnosticada cada ano de vida para eles corresponde
a 8/10 anos. As crianças com esta doença têm uma esperança de vida
de apenas 12 anos, no entanto esta já foi ultrapassada em alguns
casos, num máximo de 21 anos.
Síndrome de Werner que é notório somente mais tarde,
depois da infância, na idade adulta jovem ou então em casos muito
raros no final da adolescência. Os pacientes parecem 30 anos mais
velhos que a sua idade real;
Síndrome de Hallerman-Streiff-François, nesta variante a
característica mais evidente é o nanismo.
Causas
A Síndrome de Hutchinson-Gilford, a forma clássica da Progeria, é
causada pela mutação (remoção de uma pequena sequência da
proteína) de um gene chamado LMNA, localizado no cromossoma 1, no
braço (q), entre as posições 21.2 e 21.3. Esse gene produz a proteína
lamin A que é o alicerce estrutural que mantém o núcleo de uma célula
unido. Pesquisadores acreditam actualmente que a proteína lamin A
defeituosa torna o núcleo da célula instável, e que essa instabilidade
gera o processo de envelhecimento prematuro na Progeria. Um grupo
de cientistas da Fundação de Pesquisa Progeria – Divisão de Genética
descobriu o gene da Progeria em Outubro de 2002, e em Abril de 2003,
12
a Fundação de Pesquisa Progeria conduziu o anúncio oficial de que a
Progeria é causada por uma mutação do gene LMNA.
Localização Citogenética: 1q22
Figura 4 – Gene LMNA localizado no braço (q), na posição 22.
13
Consequências físicas
Nasce com aparência saudável,
mas começam a apresentar características de envelhecimento
acelerado com cerca de 18-24 meses de idade.
Aproximadamente aos 6 meses de idade, eles
começam a enfrentar atrasos de crescimento, resultando em uma
baixa estatura e baixo peso ou perda de gordura corporal.
Aparência facial e estrutura corporal distintas:
Frágeis;
Malformação da cabeça (crânio grande);
Malformação dos dentes;
Saliência dos vasos sanguíneos da cabeça;
Olhos proeminentes;
Nariz grande e bicudo;
Articulações grandes e rígidas;
Ausência de sobrancelhas e pestanas;
Maxilar pequeno;
Pele enrugada, clara e com manchas (associadas à
velhice);
Voz mais aguda que o normal;
Ausência de lóbulos das orelhas;
Peito estreito com as costelas marcadas;
Extremidades finas e esqueléticas;
Cabelo escaco e branco;
Estreitamento das coronárias;
Órgãos genitais não desenvolvidos (iguais aos de uma
criança).
14
Não é uma doença necessariamente hereditária, mas esporádica.
Existem 3 teorias que tentam explicar a teoria:
Teoria da Helicase;
Teoria dos Telómeros;
Teoria do Gene Mutante.
Teoria da Helicase- A Helicase, que desempenha um papel
fundamental no processo de replicação do DNA, tem uma anomalia,
fazendo com que esta enzima não funcione normalmente.
Teoria dos Telómeros- Nas crianças com Progeria, os telómeros
são mais curtos, provocando o envelhecimento rápido das células.
Teoria do Gene Mutante- Esta mutação pode ocorrer tanto
na formação do feto, durante as divisões celulares, como nos gâmetas
dos pais. É uma anomalia do gene LMNA no cromossoma 1. Este gene
Fig.5 – Aspecto físico de uma criança com Progeria
15
responsável pela produção de 2 proteínas: Lâmina A e C. Quando
ocorre a anomalia, a Lâmina A é afectada.
Consequências Psicológicas
Tende a ser tímidos;
Ciente da sua aparência incomum (mas devem ser tratadas
como todas as outras crianças da sua idade);
Inteligência acima do normal, muitos deles são precoces (não foi
detectado envelhecimento do sistema nervoso central), mas alguns
apresentem um atraso mental.
Doenças
Doenças degenerativas (artrite);
Sensibilidade aos UV;
Hérnia umbilical;
Diabetes;
Colesterol elevado;
Problemas Cardíacos;
Risco de Ataques Cardíacos;
Arritmia;
Doenças Vasculares;
Mudanças degenerativas em todos os sistemas;
Arterosclerose;
Dificuldade em sarar feridas;
Pressão arterial elevada.
16
Tratamento
Não existem ainda tratamentos concretos para a doença
propriamente dita, apenas tratamentos experimentais.
Para reduzir os efeitos da doença, são receitados medicamentos
que visam tratar os sintomas:
Complexos vitamínicos;
Co-enzima Q-10;
Ácidos-Gordos;
Vitamina E;
Anti-Oxidantes;
Hormona do Crescimento;
Nitroglicerina;
Aspirina;
Cálcio;
Morfina.
Os médicos recomendam uma dieta regular em que sejam
controlados os lípidos, muita actividade física, terapia física e
ocupacional, hidroterapia. Estes doentes têm igualmente que fazer
regularmente muitos exames médicos, para tentar controlar os sintomas
da progressão da doença.
Relativamente a tratamentos experimentais têm sido investigados
diversos, que estão já a ser aplicados aos doentes e outros que estão
ainda em fase de investigação em animais.
17
De entre várias investigações, destaca-se o teste com a
combinação de estatinas (usadas para diminuir a taxa de colesterol no
sangue e prevenir riscos cardiovasculares) e aminobifosfonatos (para
tratamento da osteoporose), que permitiu diminuir a toxicidade da
progerina, em ratos, e assim atenuar o desenvolvimento da doença e
prolongar a vida.
Um dos tratamentos que foi identificado, após a descoberta do
gene, foi a utilização de inibidores de farnesiltransferase (FTIs) já usados
para tratamento de cancro em crianças. O tratamento com este
medicamento e respectivo estudo dos resultados, iniciou-se em 2007 e
está a ser suportado pela PRF em parceria com o Hospital de Crianças
de Boston e nele estão incluídos diversos doentes que se inscreveram.
Este tratamento visa bloquear a produção de progerina e dessa forma
tentar deter a progressão da doença.
Posteriormente iniciou-se e está a decorrer um segundo estudo,
combinando um FTIs (Lonafarnib) mais dois medicamentos: Pravastatin,
que é uma estatina (para baixar o colesterol e prevenir doenças
cardiovasculares) e o ácido Zoledrónico, que é um bifosfonato (para a
osteoporose e prevenção de fracturas ósseas em pessoas com alguns
tipos de cancro). Estes 3 medicamentos combinados bloqueiam a
produção da molécula de farnesil, que faz com que a progerina
produza a doença. Desta forma, espera-se que o resultado seja
conseguir deter a progressão da doença, enquanto se procuram
mecanismos para a anular.
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Os cientistas acreditam que a terapia genética será a solução a
longo prazo desta doença:
Terapia segundo a teoria do gene mutante- Uma
das formas de tratamento possível seria inserir o gene que codifica as
proteínas nos pacientes com Progeria. Anexava-se o gene pretendido a
um vírus, por exemplo, o da gripe, servindo este como vector.
Terapia segundo a teoria dos telómeros- Injectando o
gene da telomerase directamente no interior da célula e dando ao
paciente uma droga que estimule a produção de telomerase.
Código genético
Em relação a este síndrome Hutchinson-Gilford, a mutação LMNA
mais frequente é a substituição nucleotidica na posição1824, C-to-T,
resultado de uma mutação silenciosa glícido a glícido no codão 608
(G608G) do cromossoma 11 do gene LMNA.
Incidência Geográfica
Em Dezembro de 2010, havia 64 crianças com progeria em
31 países. Essas crianças e suas famílias e os médicos têm
beneficiado dos programas oferecidos pela Progeria Research
Foundation, que criou uma rede global das necessidades de
investigação, para promover avanços na área para todas as
crianças com Progeria, incluindo um teste de tratamento em curso.
Dados revelam que 97% das crianças afectadas são caucasianas e
como é possível constatar com a observação do mapa o país onde
existem mais casos é os Estados Unidos da América.
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Fig. 6 – Incidência Geográfica
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Organismos de Apoio
A Fundação The Progeria Research Foundation (PRF) foi fundada
em 1999 por os médicos e pais de uma criança com a doença, Leslie
Gordon e Scott Berns para encontrar a causa, tratamento e cura para a
Progeria. Em 2009 lançou uma campanha para a divulgação dos
sintomas da doença entre a comunidade médica e população em
geral, a que chamou "Encontre as Outras 150". Existiam, à data da
campanha, 52 crianças com Progeria, identificadas em 29 países, no
entanto, os cientistas consideram que existem pelo menos mais 150
crianças ainda não identificadas. A Fundação pretende fornecer
também a essas crianças, e respectivas famílias, serviços médicos e
apoio. Além disso quanto mais casos forem estudados, maior será a
hipótese de serem encontrados possíveis tratamentos. A Fundação
financia testes clínicos, que estão a decorrer em Boston e pode ser
contactada através do site “progeriaresearch.org” onde dispõe de
toda a informação actualizada bem como inscrições para o programa
de testes.
Fomentou igualmente a criação de um banco de DNA para a
possibilidade de uma futura utilização, uma vez que a metodologia,
testes e a compreensão existente actualmente relativamente a genes,
mutações e doenças poderá melhor significativamente no futuro e será,
portanto, importante poder aproveitar tudo o que anteriormente se
conseguiu para futuros testes mais eficientes.
21
Fig. 7 – Hayley Okines
Casos Reais
Criança com doença do envelhecimento comemora 13 anos
graças à ciência
“Uma britânica conseguiu comemorar
seu 13º aniversário graças a um avanço da
ciência. Hayley Okines sofre de uma das mais
severas formas de uma doença chamada
síndrome de progeria. A enfermidade é
genética e leva à criança a envelhecer
prematuramente.
Uma mutação genética faz com que a
célula do portador da doença acumule a
proteína chamada progerina. Desta forma,
as células envelhecem rapidamente, culminando no aspecto
envelhecido do portador. Poucas crianças com esta doença
conseguem chegar a idades maiores do que 10 anos.
Hayley consegiu graças a um tratamento pioneiro nos Estados
Unidos. Ela tem que viajar ao país de quatro em quatro meses e afirma
até mesmo se se sentir mal com a medicação. Estima-se que
actualmente haja apenas pouco mais de 50 crianças com a doença
no mundo.
A doença é rara e ocorre uma vez em cada oito milhões de
nascimentos. Apesar de ser genética, ela não é hereditária, ou seja, o
gene mutante não passa de pai para filho.”
22
Ashley Hegi.mp4
Mais um novo caso: Menina Portuguesa sofre de Progeria
“Claudia é uma criança que tem 10 anos e sofre de uma doença
rara e infelizmente fatal: "Síndrome de Hutchinson-Gilford", mais
conhecido por "Progeria", que se pode designar em termos gerais por
envelhecimento precoce.
Fisicamente parece uma velhinha de 70 anos. Tem pele
enrugada, cataratas, artroses e artrites, próprias de décadas e décadas
de vida. Todos os orgãos também vão envelhecendo, o que faz com
que as crianças com esta mutação não ultrapassem os 21 anos.
Fig. 8 – Cláudia
23
No entanto, se fisicamente estas crianças se tornam velhas a uma
velocidade impressionante, já o seu desenvolvimento intelectual é
perfeitamente normal.
A Cláudia está na escola, no 5º ano e, apesar do aspecto, ela brinca e
faz as actividades que são comuns a todas as crianças da sua idade.
A Cláudia é a única criança conhecida em Portugal com esta
doença. Uma das 26 crianças vivas, reconhecidas oficialmente por uma
fundação nos EUA, em todo o mundo.
Curiosamente, esta criança é considerada pelo estado português
como uma criança normal.
Um amigo da familia da Claudia relata: “Dentro das suas
limitações físicas, acaba por ser uma criança normal. É muito simpática
e cativa toda a gente.”
É uma menina com uma força de vontade enorme. Já foi ao
estrangeiro graças a uma juíza de Viseu que se comoveu com o caso e
financiou as viagens. Na Bélgica pode-se encontrar com um enorme
grupo de meninos iguais a ela. Foi também aos Estados Unidos onde foi
submetida a exames e onde lhe receitaram medicamentos que poderá
abrandar o envelhecimento.”
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Conclusão
Após a realização deste trabalho, o grupo pode concluir que o
Síndrome Hutchinson-Gilford é uma doença rara que afecta 1 em cada
4 a 8 milhões de indivíduos e resulta numa alteração do cromossoma 1.
Fenotipamente manifesta pele enrugada, nariz grande e bicudo,
ausência de sobrancelhas e pestanas e cabelo escasso e branco. A
capacidade de raciocinar e o nível de inteligência destas crianças
permanece inalterada, afectando apenas toda a parte genética e
fenótipica.
Este trabalho ajudou-nos a aumentar a nossa cultura, esperando,
olhar para crianças com Progeria doutra forma e movendo também
pessoas próximas de nós a fazer o mesmo, pois ficamos a conhecer
muito melhor esta doença, e assim, em vez de não darmos qualquer
importância a estes indivíduos, desejamos ajudá-los. Achamos que a
realização deste trabalho foi, sem dúvida, muito esclarecedora e
vantajosa.
25
Siteografia
http://ghr.nlm.nih.gov/condition/hutchinson-gilford-progeria-syndrome;
http://www.americanpregnancy.org/birthdefects/progeria.htm;
http://www.progeriaresearch.org/about_progeria.html;
http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Progeria;
http://www.youtube.com/watch?v=8D4S3pDjPiU;
www.tudoagora.com.br/noticias/2134/cientistas-avancam-em-novo-
tratamento-contra-envelhecimento- precoce.html;
http://www.cienciaviva.pt/projectos/genoma2003/progeria.pt;
http://www.flickr.com/photos/montradafamilia/2763221306/;
http://www.flickr.com/people/claudia_menina_especial/;