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Prémio Estágios em Portugal e no Mundo 2014 (2ª edição)

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PrémioEstágios

em Portugale no Mundo

2014 (2ª edição)

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Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do SulTravessa do Carvalho, nº 23

1249-003 Lisboawww.oasrs.org

Conselho Regional de Admissão Sul (CRAS)Presidente: Paulo Tormenta Pinto

Vogais: Carla Oliveira, Rita Alves, Rita Dourado, Rui Velho Didier e Tiago Pinhal Costa

Secretariado: Angela Gomes

CoordenaçãoPaulo Tormenta Pinto

ProduçãoCRAS, Margarida Ventosa, Margarida Portugal e Sara Andrade

Design Gráfico e FotografiaThisislove Studio

DepoimentosGonçalo Byrne, Filipe Magalhães e Ana Luísa Soares (FALA Atelier)

JúriTelmo Cruz (Presidente), João Salaviza e Nuno Crespo

PropriedadeOrdem dos Arquitectos – Secção Regional do Sul

AgradecimentosAos membros do Júri Telmo Cruz, João Salaviza e Nuno Crespo. Aos arquitectos Gonçalo

Byrne, Filipe Magalhães e Ana Luísa Soares (FALA Atelier), Fernão Simões de Carvalho, José Neves e Raquel Melo. À arquitecta Célia Maia. Ao arquitecto Falcão de Campos. Ao P3. Ao programa Sociedade Civil da RTP. Ao 3D Spot. Ao Café da Ordem dos Arquitectos (COA).

À Thisislove Studio. Ao Conselho Directivo Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos.

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Índice

4 Prémio Estágios em Portugal e no Mundo

7Save the Date

8Entrevistas

18Prémios

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PrémioEstágios

em Portugale no Mundo

Paulo Tormenta Pinto

O Conselho de Admissão da Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos organizou, em 2014, pela segunda vez consecutiva o Prémio de Estágio em Portugal e no Mundo (PEPEM). Esta iniciativa tem como objectivo primordial o estabelecimento de uma aproximação entre a Ordem dos Arquitectos e os seus futuros membros. O período de estágio é um momento de mediação entre a formação académica e o acesso à profissão. É neste período transitório que se estabelecem um conjunto de procedimentos conducentes à inscrição na Ordem dos Arquitectos. Para além do período de estágio (de 9 ou 12 meses), também a formação específica em Estatuto e Deontologia e a formação profissional complementar, são requisitos obrigatórios no processo de admissão.

De acordo com as definições estatutárias da Ordem dos Arquitectos, compete ao Conselho Regional de Admissão a aplicação das políticas definidas colegialmente a montante pelo Conselho Directivo Nacional. Se por um lado se verifica uma limitação estatutária deste órgão regional em termos de regulação da classe dos arquitectos, por outro são-lhe conferidas competências executivas para a implementação no terreno de todo o processo relativo à admissão. É à luz deste posicionamento específico que compete a este Conselho Regional, pugnar por uma monitorização do sistema, aproximando-se dos futuros arquitectos de modo a tomar consciência, não só das suas expectativas, mas procurando reconhecer as capacidades e mais-valias das novas gerações de arquitectos.

Em arquitectura existe sempre “um tempo novo”, associado aos desafios do cada momento presente. A percepção dos

arquitectos é por isso fundamental para desbloquear dificuldades de interpretação da contemporaneidade, contribuindo para o lançamento de hipóteses de novos caminhos. O olhar descontaminado dos primeiros tempos de actividade, contém argumentos que em cada momento relativizam os pensamentos instituídos. Por esta razão, para além de um concurso, o PEPEM é antes de tudo um instrumento de captação e de fixação de ideias, com potencial para promover debates e reflexões em torno da arquitectura.Considerando que o PEPEM privilegia os membros efectivos da Ordem dos Arquitectos que tenham concluído o estágio profissional (ao abrigo do RI – Outubro de 2006) até ao lançamento do Prémio, foram desencadeadas um conjunto de acções paralelas que procuraram, não só mobilizar uma participação alargada, mas também promover o cruzamento entre várias gerações de arquitectos. Iniciativas como o "Outra Vez, Eles Contam a sua História", ou as entrevistas filmadas a Gonçalo Byrne e ao FALA Atelier, foram fundamentais para que o PEPEM pudesse adquirir mais abrangência junto dos arquitectos.

Funcionando como Save the Date do PEPEM, "Outra Vez, Eles Contam a sua História" ocorreu no dia 18 de Setembro, contando com a presença de Raquel Melo, José Neves e Fernão Lopes Simões de Carvalho, numa conversa informal no COA – Café da Ordem dos Arquitectos. Raquel Melo terminou o curso em 1999, entrando na profissão num período de crise económica que tem vindo a colocar profundas limitações à integração no campo da arquitectura. José Neves concluiu a sua formação em 1986, momento em que Portugal integrou a Comunidade Económica

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O Café da Ordem dos Arquitectos (COA)foi cenário, no dia 18 de Setembro, de um encontro

informal entre arquitectos de diferentes gerações, para uma troca de experiências e memórias com enfoque nos

estágios de cada um. Os convidados – os arquitectos Fernão Lopes Simões de Carvalho, José Neves e Raquel Melo – partilharam as suas histórias e deram conta dos seus testemunhos ao longo de cerca de duas horas de

conversa com uma plateia atenta.

Save the DateEuropeia, iniciando-se nessa altura um intenso trabalho de infra-estruturação do território nacional. Por último Fernão Lopes Simões de Carvalho, diplomou-se em 1955, no mesmo ano em que se iniciou o Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa, num período que antecede o desenvolvimento do território ultramarino motivado pelo desencadear da Guerra Colonial.

As entrevistas a Gonçalo Byrne e aos FALA Atelier – de Filipe Magalhães e Maria Luísa Soares, tiveram igualmente como objectivo colocar sobre a mesma base duas gerações e duas perspectivas distintas sobre acesso à profissão. Nas entrevistas foi possível registar as expectativas para o futuro da arquitectura e as relações entre a universidade e a prática profissional. No caso do FALA Atelier foi importante percepcionar a importância do estágio realizado fora de Portugal, a par com a iniciativa de constituição de um escritório colectivo que dá os primeiros passos num trabalho de proximidade com redes internacionais, procurando afirmar-se no contexto global. Por outro lado, em Gonçalo Byrne, a memória de uma prática de acesso à profissão iniciada em período académico, conduziu a uma autonomização progressiva da sua actividade autoral que, iniciada no âmbito nacional, adquiriu posteriormente relevância e notoriedade internacional.

O debate amplo que o Conselho Regional de Admissão promoveu, foi também explorado no âmbito do próprio PEPEM. O júri, presidido pelo Arquitecto Telmo Cruz, contou com a presença de vogais provenientes do campo do cinema e crítica, integrando o Realizador João Salaviza e o Curador Nuno Crespo. A cargo deste júri esteve a missão de apreciar as “histórias” de estágio contadas na

primeira pessoa pelos arquitectos, através de distintos suportes de representação. Ao longo dos quatro meses em que durou o PEPEM foi possível estabelecer laços de integração entre várias gerações de arquitectos, cruzando experiências para dentro e para fora do mundo da arquitectura. De tudo isto destacamos a importância de acolher os novos membros, de os nomear enquanto arquitectos e sobretudo de contribuir para a desmistificação alguns fantasmas inerentes à profissão.

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Entrevistas

Gonçalo ByrneFALA Atelier

GonçaloByrne

"O meu estágio foi uma excelenteexperiência de obra"

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1 - Que memórias guarda do seu período de estágio?

Gonçalo Byrne: Só para enquadrar: quando tirei o curso de arquitectura era normal trabalhar em atelier logo no primeiro ano. Durante o período de formação estive em três ateliers diferentes. É claro que era fora de horas - as aulas terminavam entre as 4h30, cinco da tarde, funcionava como complemento prático ao que se estava a aprender. Eu apanhei o terceiro ano da reforma de 57 que criou o estágio em obra, coisa inédita em Portugal. Era um período mínimo de seis meses em obra no estágio, em estaleiro de arquitectura, para perceber para que serve o projecto em termos de construção. Eu estava nessa altura no terceiro atelier de estágio que era do arquitecto Cristiano Ramalho e ele tinha pelo menos dois grandes projectos em Olivais-Sul, de habitação social.

Estive a estagiar nessa obra à vontade dois anos, tínhamos uma reunião de acompanhamento de obra por semana, visitas no mínimo uma vez por semana, mas havia semanas que eram duas ou três, para acompanhar a obra, tirar dúvidas e perceber como se fazia a construção.

No final, esse estágio era transformado num relatório que era apresentado na escola, no meu caso na ESBAL, e discutido com um júri naquilo que hoje seria o equivalente a uma apresentação de mestrado.

Esse relatório não era uma descrição da obra, supunha uma atitude critica em relação à obra. Tinha a ver com a forma como se planeia e segue uma obra, quais as implicações em termos de tempo, custos

e controlo de qualidade que são as três vertentes a valorizar. Incluía uma espécie de reflexão à posteriori sobre o que isso queria dizer como método de projectar, construir e de acompanhar.

O meu estágio acabou por ser uma excelente experiência de obra, de atelier a seguir à concretização dos projectos, que é a face mais crucial e mais importante, porque se o projecto não é construído fica numa prateleira, e o mais interessante é a obra feita. Foi um período muito forte e interessante, que me serviu muito para a profissão.

2 - De que modo essa formação influencia o seu trabalho?

GB - Foi decisiva na minha geração, decisiva ao ponto de introduzir alguma fricção naquilo que era então a prática da arquitectura em Portugal, ao nível do ensino, mas também ao nível da corporação de arquitectura. Eu lembro-me que na altura do Sindicato dos Arquitectos havia muitas discussões sobre a participação do arquitecto na obra, e a tese era - eu diria que ainda hoje está bastante presente - que o arquitecto não devia ter um grande envolvimento de responsabilização na obra. Esta noção resultou na figura de assistência técnica à obra – não sei se sabe, Portugal é o único país que tem a figura da assistência técnica à obra, basta ir a Espanha, a França, Itália, Suíça e o modelo é outro, é o maîtrise d'oeuvre - significa que quando um arquitecto assina um contrato ele é responsável até ao fim, e portanto, o envolvimento, a responsabilidade na

construção é total.

É claro que para isso ele tem que ter uma formação que, na altura, o ensino da arquitectura cá não dava, ou dava muito tenuemente e a filosofia da corporação era que os arquitectos fazem projecto, a obra é dos empreiteiros, os arquitectos só lá vão para conseguir que a obra seja fiel ao projecto. Eu sempre defendi a responsabilização do arquitecto na finalização do projecto, sempre defendi que o mais importante é a obra feita.

Isto é um bocadinho ao contrário do que se vê hoje neste mundo mediatizado em que o mais importante é o autor - que virou um rock-star -, depois vem o projecto - há imensas coisas publicadas nas revistas que nunca foram construídas, são puros desenhos -, e só no fim, a obra. E isso é de tal forma assim, que se uma obra tiver uma assinatura de um rock-star ela é universalmente decretada excepcional, o que não é verdade, porque qualquer arquitecto, inclusivamente um rock-star, tem coisas melhores e coisas piores.

3 - Como vê a integração dos novos arquitectos face aos desafios actuais da profissão?

GB - Vejo como muito problemática. Os jovens arquitectos, sobretudo no nosso país, estão sem trabalho. Mas o que vejo sobretudo é um modelo da produção de arquitectura que está claramente em transformação, está a criar uma espécie de esquizofrenia, está a criar uma dualidade.

Nós em Portugal ainda vivemos num mundo em que a arquitectura é de autor, é do arquitecto que consegue fazer a boa obra, mas esse mercado está a reduzir-se mais em favor de um mercado da produção em massa. E é esse que o mercado da globalização privilegia claramente.

Basta ir ao Dubai, a Xangai, a esses países emergentes onde a arquitectura continua a ser um negócio, um tema de construção de cidade nova, para ver que a produção está na mão de grandes empresas de engineering em que o arquitecto é apenas mais um engineer e a arquitectura é usada para surpreender, para produzir espectáculo, para fazer aquilo que na gíria do mercado global se chama o edificio icónico. Isto é uma mentira, os edifícios icónicos não se auto-proclamam edifícios incónicos, só a história e o tempo os reconhece como tal. O que eles são, na minha opinião, é auto-referenced buildings, edifícios auto-referenciáveis, que é uma coisa completamente diferente.

Dou um exemplo: aqui há um ano tive um contacto de um grande gabinete de arquitectura chinês. Quiseram visitar o atelier e o país e a única coisa que falavam era de high rise buildings, mostre-nos lá um high rise building. E eu disse: se calhar não estão no sítio certo. Eles respondiam: mas isso é a única coisa que interessa. Se for a Itália, estão lá, a produção de arquitectura são os grandes gabinetes de engenharia que estão ligados aos grandes promotores imobiliários, aos grandes produtores de infra-estruturas. O arquitecto é contratado para desenhar coisas que se vejam, o espectáculo da arquitectura.

O outro lado da medalha é a arquitectura que está cada vez mais reduzida a uns nichos. É a que faz os edifícios Prada, os

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Dolce&Gabbana, os grandes promotores que querem ter uma obra distinta com um brand, com uma assinatura reconhecida de autor. Também há mercado para esta arquitectura, mas nunca será maioritário. A pergunta é: o que é que há no meio? A arquitectura continua a fazer sentido para uma cidade contemporânea que está cada vez mais transformada numa sequência de guetos? Continua a fazer sentido para os que não estão no lado de cima da globalização, para as suas vítimas? Continua a fazer sentido como instrumento para fazer cidade, para fazer paisagem?

Eu acho que sim, acho que se estão a passar fenómenos interessantes com contornos de marginalidade, mas que começam a ter presença forte nos países latino-americanos e na Europa nalguns casos. Basta olhar para o prémio Aga Khan, por exemplo, que tem privilegiado intervenções muito interessantes neste mundo, com ateliers novos e muita gente da minha geração que estão a tentar resistir e construir uma alternativa. Só que não tem sido a mais visível.

4 - O que procura transmitir ao estagiário que recebe no seu atelier?

GB - Essa é uma pergunta difícil. Acho que hoje em dia grande parte dos estagiários que aparecem, fruto da sua formação, têm uma força muito grande nos aspectos conceptuais, mas uma debilidade em perceber como se passa da conceptualidade para a obra, para a concretização. E esses aspectos são vistos pelos estagiários como menos

interessantes. São trabalhos que não têm a ver com esta ideia de fazer a grande forma, com este exercício de glamour e os estagiários pensam que não fazer isso é uma actividade que não interessa em arquitectura. Pessoalmente não tenho nenhuma razão de queixa, todos os estagiários que trabalham comigo aderem bastante bem, mas eles são um pouco vítimas dos mecanismos que as escolas hoje têm. Quando eu estudei era normal estar a trabalhar logo no primeiro ano, hoje não só não é normal como é difícil, muitos estagiários nem sequer conseguem entrar nos ateliers. Felizmente, cá o estágio é obrigatório e faz-se no final do curso, é uma das condições de entrada na Ordem e ainda bem, é mais acompanhado, acho que é muito importante. Mas as escolas suíças de Lausanne, Zurique ou Mendrisio são uma excepção, o estágio também é obrigatório mas não é no final do curso, é a meio e o resultado do estágio entra para a apreciação curricular do curso e pesa na classificação.

Filipe Magalhãese Ana Luísa Soares

FALA Atelier

“Agarrar o que os países estrangeiros têm para nos dar é a melhor coisa que se pode fazer”

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1 - Que memórias guarda do seu período de estágio?

Filipe Magalhães - Nós tivemos muita sorte com o nosso estágio. Tivemos sorte porque pudemos realizá-lo os dois ao mesmo tempo no mesmo atelier, e tivemos sorte porque era um excelente atelier. Digo isto não porque fosse um atelier muito grande - nós estagiamos com o Harry Gugger em Basileia - mas era um atelier altamente internacional liderado por um arquitecto com vinte anos de parceria com os Herzog & De Meuron que tinha acabado de partir para uma aventura nova. Havia imenso trabalho em cima da mesa, competições, comissões, pequena e grande escala e uma equipa de arquitectos de formação holandesa, francesa, suíça, arquitectos americanos, franceses, com experiência em ateliers todos eles de muito bom nível o que nos obrigou muito rapidamente a desenvolver ferramentas que a faculdade não nos deu, a questionar algumas das verdades absolutas que a faculdade nos deu, e acima de tudo obrigou-nos a procurar referências que nós não tínhamos. Trabalhar com pessoas tão diferentes e com background tão diferente de nós que só tínhamos o background académico, obrigou-nos a encontrar novas referências e a crescer muito enquanto jovens arquitectos.

Ana Luísa Soares - O que fez muita diferença foi serem grandes projectos, um gabinete a começar e nós envolvidos em tudo, ao nível dos outros arquitectos. Não sentimos aquele distanciamento que às vezes se diz que existe entre arquitectos e estagiários, toda a gente participava activamente em todas as discussões e

todos os argumentos seriam válidos se fossem correctamente apresentados, não teriam de vir necessariamente do arquitecto que estava responsável pelo projecto.

Filipe Magalhães - Houve uma frase no meu primeiro dia, foi literalmente assim, às nove e meia da manhã, havia um painel de projectos na parede e uma reunião de projecto. O Harry (Gugger) chegou e disse “Vamos falar do projecto” e estavam a discutir, a discutir, fala o arquitecto responsável, falam os outros arquitectos, falam os arquitectos que não faziam parte desse projecto e eu estou muito caladinho cá atrás a medir o pulso do que se está a passar. A dada altura o Harry começa a procurar com a cabeça e diz “E o rapaz novo onde é que está?”, e eu fui forçado a vir mais para a frente. Ele perguntou-me o que é que eu achava, eu fiz meia-dúzia de comentários e no fim ele chamou-me aparte e disse-me “Eu concordo com algumas coisas que disseste quanto mais não sejam porque era trivialidades, não concordo com outras porque acho que não acertaste, mas é muito importante que tu percebas que se tu estás aqui em vez de um maquetista, ou se tu estás aqui em vez de uma pessoa que só faça imagens ou em vez de um desenhador, é porque eu quero alguém que tenha a capacidade critica, que tu tens, porque tens a formação e um portfolio e foi por isso que te contratei, para participar neste momento. Se tu tens a capacidade critica e se eu investi em ti, nestes momentos tens de brilhar”. Isto no meu primeiro dia de trabalho. Isto influenciou-me muito, porque a partir daí passei a falar mais do que devia (risos). Mas como primeiro impacto num ambiente que me parecia ser tão esmagador, com pessoas que pareciam saber tão mais do que eu, foi tirar a pressão de cima das costas, e para

mim isso mudou a perspectiva como nós agora trabalhamos no escritório. Quando alguém jovem se junta a nós, pedimos mais ou menos a mesma coisa.

2 - De que modo essa formação influencia o seu trabalho?

Ana Luísa Soares - Formamo-nos os dois na mesma faculdade e o facto de termos conseguido os dois estagiar no mesmo local a seguir fez com que a nossa formação e a forma de trabalhar ficasse muito nivelada. O primeiro estágio influencia muito e a nossa forma de trabalhar em conjunto ficou muito coerente, porque temos a mesma base quer a nível de software, quer em termos de desenvolvimento e discussão de projecto, que marcou e continua a marcar a forma como trabalhamos agora.

Filipe Magalhães - Influenciou muito porque na faculdade tivemos uma excelente formação no campo teórico, mas o que o estágio nos deu, precisamente por ser num escritório tão virado para fora, tão internacional, foi um conjunto de ferramentas enorme. A maneira como levantamos as questões e as próprias questões que levantamos são tão diferentes do que a faculdade nos deu, que agora que estamos a trabalhar em Portugal e que temos alguns projectos cá, às vezes até nos sentimos demasiado estrangeiros. Estivemos cinco anos cá, dois anos fora e às vezes parece que esses dois anos fora foram mais pesados, a experiência que nós tivemos lá foi muito pragmática: não eram aulas, não eram trabalhos de grupo, não eram uma apresentação no auditório,

eram clientes a sério, eram concursos a sério, eram projectos a sério, as directas eram mesmo necessárias para entregar os projectos naquele deadline que não mudava, tinha de ser naquele dia, não conhecíamos o professor, ou seja, não conhecíamos o júri, e isso fez-nos crescer rápido, porque a responsabilidade que temos mesmo enquanto estagiários, obrigou-nos a crescer mais depressa do que se estivéssemos a trabalhar sozinhos ou se não tivéssemos esta experiência.

3 - Como vê a integração dos novos arquitectos face aos desafios actuais da profissão?

Ana Luísa Soares - Hoje em dia fala-se muito da emigração, porque é necessário, não há trabalho em Portugal. Mas nós saímos por opção e acho que os jovens arquitectos também devem sair por opção. O mundo hoje está cada vez mais global e já não se fazem só trabalhos para Portugal mesmo que um gabinete esteja baseado cá, já se fazem trabalhos lá para fora. O facto de ir conhecer novas formas de trabalho e pensamento - algumas mais parecidas, outras nem tanto - com o panorama que se vive em Portugal, é algo extremamente rico e importante para qualquer jovem ou estagiário que queira evoluir. É importante conhecer mais do que o só o meio em que se cresce, é importante abrir os horizontes, porque são eles que, ao voltarem para Portugal, faz com que tenham maior capacidade critica, só conhecendo se pode criticar e ter uma posição clara em relação ao que se quer fazer ou não.

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Filipe Magalhães - A perspectiva do telejornal sobre este tema é uma perspectiva pessimista. Há de facto uma emigração menos positiva, mas enquanto arquitectos a nossa experiência é de que a emigração não é um bicho de sete cabeças, bem pelo contrário, é uma oportunidade, e se for vista pelo lado positivo, como uma opção deliberada assumida pelo jovem arquitecto ou estagiário, é provavelmente a melhor coisa que lhe pode acontecer nesta fase da carreira.

Ana Luísa Soares - Porque é o ponto em que uma pessoa se está a formar, é a altura ideal para conhecer tudo.

Filipe Magalhães - E é um ponto de transição. O que as faculdades nos dão não é o que precisamos para trabalhar num escritório. Ou melhor, em parte é, mas é preciso mais, é preciso um contexto que a faculdade não nos dá. Ao sermos forçados a viver com arquitectos diferentes, a falar outra língua, a aprender softwares que cá não usamos, ao ser obrigados a participar em concursos com uma escala que se calhar nunca vamos poder experimentar cá, a fazer pormenorização de projectos com uma escala que nunca vamos conseguir fazer nos nossos escritórios, quando voltamos, quer seja para trabalhar por conta de outrém ou por conta própria em Portugal, nós trazemos uma bagagem que de outra forma não vamos conseguir. E feliz ou infelizmente o país não nos dá essa oportunidade. Agarrar o que países como a Suíça, a Holanda, o Japão, a Noruega têm para nos dar é a melhor coisa que podemos fazer.

4 - O que procura transmitir ao estagiário que recebe no seu atelier?

Filipe Magalhães - Nós tentamos ao máximo ter uma estrutura o mais nivelada possível. Temos uma equipa pequena, neste momento somos cinco pessoas, e tentamos evitar estas palavras - estagiários, chefe de projecto, arquitecto. Temos alguém que está efectivamente responsável pelo projecto, mas estamos todos ao mesmo nível. E a mensagem principal que tentamos incutir desde o primeiro dia em que começam a trabalhar connosco é que é preciso gostar disto, é mesmo preciso gostar disto. Não é um emprego das nove ás cinco, está mais próximo de um jogo de computador do que emprego burocrático, porque aquilo que não ficou bem resolvido hoje, eu tenho que resolver amanhã, e aquele alçado que não ficou bem, tenho de fazer melhor. Esta motivação gera uma espécie de adrenalina em que às cinco da tarde já são oito e entretanto temos de dizer “pessoal, está na hora, vamos embora” e as pessoas com quem estamos a trabalhar dizem “Não, eu quero acabar isto”... nós sentimos um prazer que vai muito além da chefia.

Ana Luísa Soares - Isso consegue-se porque as pessoas sentem que o projecto é delas, não é só do escritório, são tão parte de todo o processo como nós somos. E isso faz a diferença e também fez a diferença quando nós fizemos os nosso estágios.

Filipe Magalhães - Nós tivemos muita sorte, porque era uma equipa pequena, nós estávamos muito envolvidos e isso faz toda a diferença. Essa era uma lição que

nós queríamos trazer. Nós sabíamos que quando nos era dada a responsabilidade, a nossa motivação triplicava. Sempre que no escritório, por uma qualquer razão pessoal e ou profissional, não podemos fazer algo e delegamos essa tarefa, ela é muito mais amada e mais desenvolvida do que se fossemos nós a fazê-la, porque nós a faríamos como se fosse uma obrigação. Para os nossos colaboradores é um prazer assumir a responsabilidade total. Isso gera melhores discussões, porque o projecto está mais rico, e no limite gera melhores projectos. E quando há esta paixão, esta motivação, saímos todos a ganhar.

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Prémios

Jorge SantosLuís Ferro

Tiago AtalaiaTiago Cruz

O Júri presidido pelo Arq. Telmo Cruz e pelos vogais Nuno Crespo e João Salaviza, reuniu no dia 10 de

Novembro pelas 15:00h, no Salão Nobre da Ordem dos Arquitectos com o objectivo de avaliar as propostas submetidas ao Prémio de Estágio em Portugal e no

Mundo 2014. Atendendo ao conteúdo das propostas o júri decidiu ao abrigo do art. 6º do Regulamento do PEPEM, atribuir 4 prémios. As propostas premiadas

revelaram a amplitude de respostas ao Prémio, propondo visões diferenciadoras em relação aquilo que pode ser um estágio em arquitectura. As propostas premiadas

foram: Jorge Santos (pela metódica condição disciplinar de abordagem ao Estágio Profissional); Luís Ferro (pela viagem conceptual do seu percurso, abrindo o estágio a outras geografias e cronologias); Tiago Atalaia (por ter revelado e aproveitado o potencial transformador do estágio e por ter indiciado um tema de actualidade que relaciona a formação com a aproximação directa à

construção); Tiago Cruz (pela clareza e objectividade da descrição do período de estágio).

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Jorge Santos

Jorge Manuel Barroso Ferreira dos Santos nasce no Porto a 10 de Novembro de 1984, cedo se muda para Chaves onde completa o ensino básico e secundário. Com 17 anos ingressa no curso de arquitectura no Departamento de Arquitectura da Universidade

do Minho (DAAUM na altura), Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (EAUM) actualmente, onde mais tarde viria a concluir a Licenciatura e posteriormente o Mestrado na área de construção e tecnologia, com o tema: "Intervenção em ruínas – Elemento Infra/estrutural Tipificação de uma solução de intervenção pouco intrusiva".

Durante o percurso académico pautou a sua aprendizagem académica com a experiência profissional acompanhando o seu pai, também ele arquitecto, no desenvolvimento de vários

projectos e em diversas fases. Durante o ano de 2011 colabora com o Atelier Zegnea em Guimarães, onde teve o privilégio de privar com um projecto de reabilitação de uma obra do arquitecto Marques da Silva. Desde sempre ligado às artes, nomeadamente ao

desenho, pintura e escultura, ganha em 1997 o primeiro prémio no concurso de escultura “Arte do desperdicio”. Conta com a realização de vários concursos de arquitectura

nacionais e internacionais e com a participação em eventos de arte e de arquitectura, como a exposição “História e Ucronia”, inscrita na Rota do Românico, com o projecto de reabilitação e ampliação do Mosteiro de S. Miguel de Bustelo em Penafiel ou como orador

numa das recentes sessões do “Pecha Kucha Night Guimarães”, com o tema “Conta-me histórias”, relatos de viagens retratados através do desenho, organizada pelo NARB da Ordem dos Arquitectos SRN. Em Outubro de 2012 inicia o seu estágio de acesso à

Ordem dos Arquitectos no atelier Carlos Castanheira & Clara Bastai – Arquitectos. Findo o estágio é convidado a ficar no gabinete como colaborador e no qual se mantém até à data onde exerce a sua profissão enquanto arquitecto e onde tem tido o privilégio de

colaborar em projectos do arquitecto Álvaro Siza Vieira. Para além disso é candidato ao curso Doutoral da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, também na área de

construção e tecnologia.

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Luís Ferro

Luís Duarte Ferro nasceu a 22 de Março de 1986, em Beja. Tornou-se mestre em Arquitectura pela Universidade de Évora em 2009. Trabalhou três anos no Atelier Bugio,

cujo responsável é o arq.º João Favila Menezes. Participou na concepção de diversos projectos e concursos, destacando--se o acompanhamento de obra de uma habitação em

Lisboa, e o projecto de execução de outra. Desde que fez a sua tese de mestrado intitulada «O Espaço do Eremitério de Santa Maria Scala Coeli: A Casa Cartusiana do Alentejo» que vive fascinado com a arquitectura religiosa. Viaja – não tanto quanto desejaria – em busca

de conventos, ermidas e santuários. É membro do Cineclube da Universidade de Évora desde 2004, tendo sido convidado para exercer a função de júri do Festival Internacional

de Curtas-Metragens de Évora (FIKE) em 2005. Foi aluno na Yildiz Teknik Universitesi de Istanbul ao abrigo do programa ERASMUS no ano lectivo de 2007/2008 e autor

da exposição de fotografia “Separados pelo Mar” na galeria Mário Elias em Mértola em Julho de 2008. Actualmente vive em Évora. É Assistente Convidado do Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora e é aluno do Programa de Doutoramento em

Arquitectura da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

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Tiago Atalaia

Tiago Atalaia nasceu no Fundão em 1986. Em 2011, termina o mestrado em Arquitectura da Universidade do Porto. No mesmo ano, participa em vários concursos, de entre os quais resultaram o primeiro lugar para o Bar Temporário, organizado anualmente pela associação de estudantes da FAUP, e a menção honrosa no concurso Instant Housing, com a exposição da maqueta da proposta à escala 1:20 na Feira Internacional de Arquitectura e Design de Milão. Em 2013 inicia o estágio para admissão à Ordem dos Arquitetos no atelier MA.SS em Lisboa, colaborando em projetos de reabilitação no centro histórico da cidade. Após a conclusão dos nove meses de estágio, muda-se para a Índia de forma a trabalhar no Studio Mumbai Architects, em Nagaon, sob a alçada do Arquiteto Bijoy Jain. Nos SMA coordenou

a reabilitação de um mockup à escala real do Hotel Kovalam da autoria do Arquiteto Charles Correia. No decorrer desta experiência, e influenciado pelo teor manual da Índia,

opta por enveredar por materiais mais tradicionais, acabando na tutela de Punaram Suthar, antigo carpinteiro do Studio Mumbai e dono da Vishvkarma Furniture.

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Tiago Cruz

Tiago Cruz, 29 anos, natural de Vila Nova de Gaia. Concluiu o Mestrado Integrado em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto com a dissertação: “Reabilitação Urbana de Periferias Degradadas”. Foi aluno, ao abrigo da Bolsa de Estudo

Erasmus, na Università degli Studi di Roma TRE. Estudou um ano na Universidade de Évora, no curso de Arquitectura, antes de ingressar no Porto. Após a conclusão da dissertação de mestrado estagiou durante seis meses no Atelier FUKSAS, em Roma. Colaborou em vários projectos das mais diferentes escalas (desde aeroportos a estações de metro) e

participou na organização de uma exposição no Museu MAXXI, em Roma. Entre Novembro de 2011 e Dezembro de 2013 trabalhou nos seguintes gabinetes de arquitectura e design: Archistaff®_arquitectos e LogoExisto®_arquitectura, design e comunicação, sediados em Vila Nova de Gaia. Participou em diferentes projectos desde a fase da concepção até à elaboração de desenhos para orçamentação e construção, incluindo mapas descritivos e medições. Frequentou acções de formação para a instrução de processos digitalmente e

participou na organização de processos para serem submetidos por esta via nos Concelhos de Águeda e Vila Nova de Gaia. Em Janeiro de 2014 fundou, juntamente com a arquitecta Bárbara Moreira, a Vintage Downtown®, dedicada a comercialização de mobiliário vintage e de autor. Actualmente frequenta o 3º Ciclo de Estudos em História da Arte Portuguesa

na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

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