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NOVA RAZÃO SOCIAL DO SINTRANSBERJ Associado ao O SETOR DE BEBIDAS NO BRASIL (2016) (COM ÊNFASE NA DISTRIBUIÇÃO E TRANSPORTE) SINDIBEB/RJ

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NOVA RAZÃO SOCIAL DO SINTRANSBERJ Associado ao

O SETOR DE BEBIDAS NO BRASIL (2016) (COM ÊNFASE NA DISTRIBUIÇÃO E TRANSPORTE)

SINDIBEB/RJ

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SUMÁRIO

Pag.

O SINDIBEB/RJ 01

A CLASSIFICAÇÃO DO SEGMENTO DE BEBIDAS 02

O SETOR EM VOLUME 05

O SETOR EM VALORES 07

OS NUMEROS MACROS DO SETOR 08

A DISTRIBUIÇÃO 09

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA URBANA 10

O APOIO DO BNDES 13

O TRANSPORTE e a DISTRIBUIÇÃO de Bebidas no Estado do Rio de Janeiro 14

REFERÊNCIAS 19

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1

O SINDIBEB/RJ

SINDICATO DAS EMPRESAS DISTRIBUIDORAS E TRANSPORTADORAS DE

BEBIDAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

O Estado do Rio de Janeiro responde por 15% do consumo de bebidas do Brasil, é o segundo

maior consumidor de bebidas depois de São Paulo.

Este consumo contribui na economia nacional com:

- Faturamento de 23 bilhões de reais;

- Impostos de 6,9 bilhões de reais;

- 16.000 empregos diretos;

- Uma frota de 4.000 caminhões e,

- 0,65% de participação no PIB do Brasil.

O SINDICATO DAS EMPRESAS DISTRIBUIDORAS E TRANSPORTADORAS DE

BEBIDAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SINDIBEB/RJ), nova denominação do

SINTRANSBERJ, CNPJ nº 00.986.466/0001-08, fundado em nov/1995 e reconhecido pelo MTE

em mar/2000, tem sede na Rua do Arroz, 90 salas 427/428 – Merc. S.Sebastião – Penha – Rio de

Janeiro (RJ), e é o representante legal das Empresas Transportadoras de Bebidas e das Empresas

Distribuidoras de Bebidas, conforme registro no MTE (COD.ENT.SIND. nº000.000.90241-1) e

publicação no DOU de 16/03/2000 – Seção I – N 52-E, pg. 28, que através processo MTE

46000.005833/96 concedeu registro sindical ao SINDICATO DAS EMPRESAS DE

TRANSPORTE E DE CARGA PROPRIA DE BEBIBAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(SINTRANSBERJ) e posterior registro da alteração da razão social através publicação no DOU de

25/05/2006 – Seção I – N 99 – pg. 73 (vide ANEXOS I, II, III, IV).

Atualmente (2016) o quadro social do SINDIBEB/RJ conta com 31 associados representando no

Estado do Rio de Janeiro as marcas das industrias AmBev, Grupo Petrópolis (Itaipava, Cristal),

Brasil Kirin (Skin), Coca Cola, Indústria Flexa (Mineirinho), Transportadores Especializados e

Exclusivos de Bebidas e empresas Distribuidoras Multimarcas.

Somente nossos associados abrigam em seus quadros aproximadamente 12.000 funcionários e

contam com uma frota de 3.000 veículos.

Além de nossos associados que são empresas de médio e grande porte, o Setor no Estado do Rio

de Janeiro conta com aproximadamente 700 pequenas e microempresas distribuidoras que,

lamentavelmente, pela falta de identidade setorial (falta de CNAE e CBO) ficam a margem das

decisões do setor. Esta parcela do setor é responsável por aproximadamente 4.000 empregos

diretos e uma frota de 1.000 veículos. Estas empresas se abrigam sob as Convenções Coletivas do

Setor do Comércio que implica em salários e benefícios à categoria inferiores aos ditados nas

Convenções Coletivas do segmento de Bebidas.

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Esta prática aliada a falta de identidade do setor cria uma “concorrência desleal” pois pagando

salários inferiores e com os benefícios dos incentivos fiscais a pequenas e microempresas, criou-se

um ambiente de tensão e constrangimento entre nossos associados e seus clientes, além da

facilitação de infiltração em nosso meio de “empresas” voltadas a receptação de mercadorias

roubadas e, por conseguinte, facilitando o crime e consequentemente contribuindo para uma

elevada evasão fiscal.

Desde 2002 o SINDIBEB/RJ, mantém Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) especificas para

o setor. Atualmente (2016) estas CCT’s estão registradas no MTE com 10 Sindicatos Laborais que

representam 80% dos municípios do Estado do Rio de Janeiro que tem em sua base empresas

associadas. Mantém também, com o Sindicato dos Vendedores do ERJ, Convenção Coletiva de

Trabalho com abrangência Estadual (vide ANEXO V).

A CLASSIFICAÇÃO DO SEGMENTO DE BEBIDAS

Apesar da existência de inúmeras fontes que divulgam dados sobre bebidas e alimentos, não há uma única associação que reúna dados de todo o setor, considerando as diversas categorias de

bebidas.

Assim, apresenta-se, na forma de tentativa, uma identificação dos principais segmentos de bebidas

no Brasil, consideradas alimentos ou não, como contribuição à compreensão da abrangência do

setor.

Segundo o artigo 12 do Decreto de Bebidas (Decreto n. 6.871/2009), que dispõe sobre a

padronização, classificação, registro, inspeção, produção e fiscalização de bebidas, as bebidas são

classificadas em:

a) bebida não alcoólica: é a bebida com graduação alcoólica até 0,5% em volume, a 20 graus

Celsius, de álcool etílico potável (podendo ser bebida não fermentada não alcoólica; ou bebida

fermentada não alcoólica);

b) bebida alcoólica: é a bebida com graduação alcoólica acima de 0,5% em volume até 55% em

volume, a 20 graus Celsius (podendo ser bebida alcoólica fermentada, bebida alcoólica destilada,

bebida alcoólica retificada ou bebida alcoólica por mistura).

A classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2014), apesar de

também evidenciar as mesmas duas categorias, se baseia no volume de registros de produtos e

inclui exemplos de bebidas que compõem os dois segmentos assim discriminados:

a) bebidas alcoólicas: aguardente de cana, cachaça, coquetel, licor, cerveja, fermentado de fruta,

vodca, uísque, rum, gim, caipirinha, vinho, vinagre2 e espumante;

b) bebidas não alcoólicas: refrigerante, refresco, água de coco, fermentado acético, preparados

sólido e líquido para refresco e refrigerante, néctar, chá, suco e polpa.

Para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2013), existem três

segmentos e o mesmo baseia-se na preferência do consumidor para propor os seguintes

agrupamentos:

a) bebidas alcoólicas: vinho, cervejas, destilados entre outras;

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b) bebidas não alcoólicas: refrigerantes, sucos, água engarrafada e bebidas funcionais;

c) bebidas quentes: café, chá e outros.

Sob o ponto de vista dos principais elos da cadeia produtiva, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas [CNAE], um instrumento de padronização nacional dos códigos e dos

critérios de enquadramento dessas atividades utilizada pelos diversos órgãos da administração

tributária do país, evidencia que há os seguintes produtores de bebidas, porém não menciona a sua

Distribuição nem o Transporte:

a) 1111-9 - Fabricação de Aguardentes e Outras Bebidas Destiladas;

b) 1112-7 - Fabricação de Vinho;

c) 1113-5 - Fabricação de Malte, Cervejas e Chopes;

d) 1121-6 - Fabricação de Águas Envasadas;

e) 1122-4 - Fabricação de Refrigerantes e de Outras Bebidas Não Alcoólicas.

Para a Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), fundada em 1974, o mercado nacional é

composto por pelo menos vinte categorias principais de bebidas, subdivididas em dois grupos:

a) destilados: cachaça, uísque, vodca, rum, gim, conhaque, tequila;

b) fermentados: cervejas, vinhos, saque, sidra, champanhe, espumantes.

Curiosamente, a Associação Brasileira de Bebidas, contempla apenas bebidas alcoólicas.

Da mesma forma, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não

Alcoólicas (ABIR), fundada em 1950, contempla coerentemente apenas bebidas não alcoólicas nas

seguintes categorias:

- Agua engarrafada, água sem gás, água com gás, água de galão, sucos, néctares, suco

concentrado, still drinks ou refrescos, refrigerantes, sucos em pó, e chás gelados prontos para

beber (ice tea).

As indústrias de alimentos e de bebidas são frequentemente consideradas muito próximas, o que é

natural, já que ambas se destinam ao consumo humano. Além disso, compartilham diversas

características, como a importância do marketing e da propaganda e a sazonalidade de certas

linhas de produtos. Porém devemos observar que ALIMENTO não é BEBIDA.

Produtos lácteos erroneamente são confundidos com bebidas, mas devemos observar que

indiferentemente de serem bebidos eles são “produtos alimentícios”, enquanto devemos considerar

como BEBIDAS produtos não alimentares conforme se segue.

Alimento não é Bebida, o que é perfeitamente evidenciado pelo CNAE que classifica na sua

Divisão: 46; Grupo: 46.3; Classe: 46.35-4 e suas subclasses, onde fica evidenciada a separação do

grupo em 3 produtos distintos e especializados: Alimentos, Bebidas e Fumo.

Diante de tamanha diversidade de classificações, fruto da ausência de um estudo amplo e profundo

do setor por parte dos órgãos reguladores, que praticamente excluem o mais importante

seguimento da “Cadeia de Valor do Setor”, ou seja: o segmento de Distribuição e Transporte de

Bebidas, consideraremos que:

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Os diferentes produtos que constituem o SETOR DE BEBIDAS devem ser agrupados da seguinte

forma:

I – Água envasada

• Potável (mesa)

• Mineral

• Mineralizada

II – Bebidas não alcoólicas

• Refrigerantes

• Sucos

• Outras (isotônicos, bebidas energéticas, chás, etc.)

III – Cervejas/Chope

IV – Outras alcoólicas

• Vinhos

• Destilados (uísque, vodca, gim, cachaça, etc.)

• Outras (bebidas ice, bebidas à base de cerveja, etc.).

Da mesma forma que o CNAE despreza o mais importante elo da cadeia do Setor de Bebidas, as

profissões relacionadas a este segmento tem o mesmo tratamento na Classificação Brasileira de

Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ao inserir a palavra na ferramenta de busca do Ministério, aparecem as seguintes ocupações:

- Ajudante de fabricação - na indústria de bebidas;

- Ajudante de produção - na indústria de bebidas;

- Alimentador de esteiras (preparação de alimentos e bebidas); classificador de bebida; degustador

de bebidas; destilador de bebidas; engenheiro químico (alimentos e bebidas);

- Entregador de bebidas (ajudante de caminhão);

- Filtrador na indústria de bebidas; mestre da indústria de bebidas; mestre de engarrafamento

(bebidas); preparador de drinques e bebidas; supervisor da indústria de bebidas; supervisores da

fabricação de alimentos, bebidas e fumo; técnico de bebidas; trabalhadores na fabricação de

cachaça, cerveja, vinhos e outras bebidas; trabalhadores no atendimento em estabelecimentos de

serviços de alimentação, bebidas e hotelaria; xaropeiro na indústria de bebidas.

Percebe-se que ao incluir “Entregador de bebidas (ajudante de caminhão)”, o legislador entendeu

que a entrega de bebidas era um elo da cadeia, porém não deu a devida importância, tanto que não

classificou o “Motorista de caminhão de entrega de bebidas” que naturalmente é o superior

hierárquico do classificado “Entregador de bebidas (ajudante de caminhão)”.

A falta de identidade do Setor traz uma série de dificuldades e limitações que vão desde cursos

específicos em órgãos especializados (SESC/SENAT) até o reconhecimento da Justiça do

Trabalho quanto ao enquadramento de Transportadoras exclusivas de Bebidas confundindo-as

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com Transportadoras de carga geral, gerando transtornos na aplicação de Convenções Coletivas de

Trabalho específicas e bastante distintas dos setores.

O SETOR EM VOLUME

Águas = 9,9%

Bebidas não alcoólicas = 46,5%

Cervejas/chope = 37,3%

Outras alcoólicas = 6,3%

Estima-se que o consumo médio de

produtos líquidos industrializados por

uma pessoa, seja em torno de 730 litros

por ano. Considerando-se que, no

Brasil, o total de consumo por pessoa

por categoria de BEBIDAS

(refrigerantes, cerveja, água envazada,

chá, bebidas alcoólicas, sucos e outras) é de cerca de 246 litros/ano, pode-se admitir que o

consumo de BEBIDAS é de 34% do consumo geral de líquidos (alimentos e bebidas) (BNDES

Setorial, RJ, n. 23, p. 101-150, mar. 2006).

O setor vem apresentando grande dinamismo. Segundo o gráfico 1, que apresenta informações da

Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (PIM-PF), o crescimento acumulado da produção física de

bebidas no Brasil chegou a 50% no período 2004-2013. Nesse período, a taxa média de

crescimento do volume produzido foi de 4,2% a.a.

Dado que nesse intervalo de tempo o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma taxa

média real de 3,7% a.a., esses números revelam como o setor apresentou uma resposta elástica ao

crescimento da renda da população. Contudo, uma pequena queda na produção de refrigerantes, o

baixo crescimento do PIB registrado desde 2011 e alterações tributárias contribuíram para a

estagnação da produção física no passado recente, o que não anula, porém, o caráter expressivo da

trajetória observada ao longo dos últimos dez anos.

Como visto anteriormente, a produção nacional tem no refrigerante e na cerveja seus dois grandes

produtos. Juntos, esses dois segmentos representam aproximadamente 82% do volume produzido

e 76% do valor total das vendas de bebidas no Brasil. Dessa forma, a dinâmica do setor de bebidas

no país é substancialmente dependente do desempenho desses dois segmentos.

Considerando que é alta tributação do Setor a nível mundial, devemos evidenciar que esta

tributação no Brasil é perfeitamente compatível com a matriz tributária nacional e é diretamente

interdependente das flutuações das condições econômicas e políticas necessárias a estabilização da

economia nacional.

Os gráficos 2 e 3 complementam o anterior, evidenciando os bons resultados da produção de

cervejas e refrigerantes no Brasil, e consequentemente uma evolução sustentável da Distribuição e

do Transporte do Setor.

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O SETOR EM VALORES

Águas = 2,3%

Bebidas não alcoólicas = 45,7%

Cervejas/chope = 42,7%

Outras alcoólicas = 9,3%

O valor do faturamento anual do setor é estimado em 153,2 bilhões de reais,

equivalente a aproximadamente 3,5% do

PIB nacional (base 2013/2014).

O valor dos impostos alcança

anualmente 46 bilhões de reais.

Segundo o IBGE (CervBrasil, FGV. 2014) o setor é o 12º maior gerador de empregos no Brasil,

empregando em torno de 4,2 milhões de empregos diretos.

Cada emprego direto gera 52 empregos na economia do país (IBGE, CervBrasil, FGV. 2014).

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OS NÚMEROS MACROS DO SETOR EM 2014

Fonte: Portal Brasil (MA), CervBrasil.

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A DISTRIBUIÇÃO

Na cadeia de produção/consumo do setor de Bebidas a DISTRIBUIÇÃO pode ser comparada ao

seu “sistema vascular”.

É um segmento vital e amalgamado ao Setor. Não existiria produção de bebidas sem a

institucionalização do canal de distribuição e transporte.

O comércio atacadista completa esse elo da cadeia

atuando nos pontos de venda (venda em auto-

serviços) que não são atendidos diretamente pelos

centros de distribuição ou pelas

distribuidoras/transportadoras terceirizadas.

A Distribuição de bebidas se dá unicamente pelo

modal de Transporte Rodoviário (associado em

pequena parcela na região norte ao modal hidroviário

– balsas).

Este Transporte Rodoviário se dá em dois segmentos:

1-Distribuidoras ou Fabricantes com veículos próprios

(carga própria);

2-Transportadoras especializadas em entrega e

logística contratadas (em geral com exclusividade)

por Distribuidoras ou Fabricantes.

Uma grande barreira à entrada de novos competidores

no setor de bebidas é a distribuição. Nesse elo da

cadeia, a competição entre as companhias é agressiva,

e não raro ela chega a ser motivo de disputas judiciais,

quando acordos de distribuição são caracterizados

como concorrência desleal.

A eficiência logística dos Distribuidores e dos Transportadores, que vencem o desafio de levar

suas bebidas a milhares de pontos de vendas espalhados pelo Brasil, é talvez a principal barreira à

entrada de companhias internacionais. Fusões, aquisições e parcerias acabam sendo a melhor

estratégia para empresas estrangeiras ingressarem no mercado interno, que conta com algo em

torno de 1,2 milhão de pontos de venda.

Grandes centros de distribuição próprios e acordos com várias revendas terceirizadas são o modelo

usual entre os maiores fabricantes de bebidas. Além disso, a atuação de equipes de vendas

providas de sistemas on-line de registro de pedidos é crucial para a distribuição alcançar agilidade

na entrega a custos competitivos. Algumas companhias produtoras de pequeno porte adotam

práticas de compartilhamento de caminhões com outras empresas, inclusive de fora do setor de

bebidas. Os exemplos mais comuns incluem parcerias com fabricantes de alimentos e outros

produtos comercializados nos mesmos pontos de venda, o que leva a uma queda de qualidade na

prestação de serviço e por conseguinte depreciação da marca.

Construção de pavilhões para estocagem, aquisição de frota de caminhões e equipamentos de

movimentação de carga são os itens de maior participação nos investimentos das empresas que

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firmam contratos de distribuição com os fabricantes. (Fonte: O setor de bebidas no Brasil -

BNDES Setorial 40, p. 93-130).

As Distribuidoras e as Transportadoras atendem diariamente no Brasil a 1,2 milhões de Pontos de Vendas aos consumidores finais (bares, restaurantes, hotéis, autosserviços, mercearias e similares)

e opera aproximadamente com uma frota de 100.000 caminhões gerando 400.000 empregos

diretos.

O chamado “Ponto de Venda” é o elo final da “Cadeia de Valor” do SETOR DE BEBIDAS

“alimentado” pelo segmento da Distribuição e Transporte de Bebidas.

É composto principalmente pelo segmento popularmente conhecido como: “Hotéis, Bares,

Restaurantes e Similares”

representado pela ABRASEL -

Associação Brasileira de Bares e

Restaurantes.

Este segmento, por onde significante

parte da produção de bebidas escoa,

movimenta anualmente 100 bilhões de

reais. Segundo o MTE (2011) o

segmento emprega a fantástico

número de 6 milhões de pessoas

(superior a construção civil),

representa 2,4% do PIB brasileiro e

40% do PIB do turismo.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 31% do orçamento

alimentar das famílias é gasto com alimentação fora do lar.

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA URBANA

Para que as redes de distribuição se tornem mais eficientes na satisfação das exigências do usuário

final, um alto nível de cooperação entre as organizações participantes e o reconhecimento da

necessidade de tornar os relacionamentos mutuamente benéficos são requeridos (Silva, 2006).

A troca de informações entre os integrantes da rede de distribuição assegura que a manufatura e o

fornecimento de produtos sejam orientados pela demanda real, e não por previsões equivocadas, e,

consequentemente, permite que todos os membros do canal de distribuição operem melhor

(SILVA, 2006).

Segundo Bowersox (2001), o canal de distribuição pode ser definido como um grupo de entidades

interessadas que assume a propriedade de produtos ou viabiliza a sua troca durante o processo de

comercialização, do fornecedor até o comprador final.

Para que se caracterize um canal de distribuição é necessário que os membros que atuam nesse

sistema mantenham uma relação de interdependência.

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Complementando esta definição, a American Marketing Association (2005) define um canal de

distribuição como uma estrutura de unidades organizacionais da empresa e agentes e firmas

comerciais fora dela, por meio das quais mercadorias, produtos ou serviços são comercializados.

Para Novaes (2001), há uma correlação estreita entre as atividades que constituem a distribuição

física de produtos e os canais de distribuição (figura 1). As atividades logísticas relacionadas à

distribuição física são então definidas a partir da estrutura planejada para seus canais.

O setor de Carga Rodoviária Geral é em sua maioria composto por empresas que efetuam

transporte de carga de longo e médio curso e a equipe do veículo é formada por apenas pelo

motorista, não sendo necessária a presença de ajudantes. Outra parcela minoritária é formada por

empresas para entrega urbana, utilizando equipe de motorista e ajudante, sem necessidade de

treinamento específico pois as entregas são em dias programados, porém com tolerância de

antecipação ou postergação.

Já no Setor de Bebidas a Distribuição e seu transporte e logística, sendo próprio ou terceirizado,

exige de seu quadro de funcionários treinamento específico. Sua entrega urbana é 75% do

transporte de bebidas (25% corresponde ao transporte: Fabricas x Depósitos) e exige que o veículo

seja específico (fechado c/portas corrediças laterais).

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O abastecimento dos clientes é feito sempre pela mesma “guarnição (motorista+2 ajudantes)”,

com frequência mínima de 3 x p/ semana.

É necessário que a “guarnição” tenha o treinamento apropriado ao trato hábil com o cliente, na “arrumação” dos estoques do cliente, na verificação de produtos vencidos, no recebimento de

numerários, na prestação de contas físico/financeira (vasilhames e numerário), na apresentação

pessoal, etc.

O Segmento de Bebidas necessita de ter um estreito contato com as autoridades de transito,

principalmente nos grandes centros urbanos pois cada vez mais os espaços dos clientes são

menores para estoque de mercadoria necessitando assim de aumento da frequência de entregas

com consequente aumento da circulação de veículos sempre em horários críticos impostos pelo

funcionamento dos clientes.

Classificar o Transporte de Bebidas como simplesmente “TRANSPORTE RODOVIARIO DE

CARGA em Geral” é generalizar o importante Setor de Bebidas, uma vez que até o segmento de

TRANSPORTE RODOVIARIO DE MUDANÇAS tem subclasse própria (CNAE: 4930-2/04).

Vide ANEXO VI onde o SINDIBEB/RJ, solicita à Subcomissão Técnica para a CNAE-Subclasses

a inclusão no CNAE da subclasse: 4930-2/05- TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE BEBIDAS.

Diante do exposto mais uma vez se evidencia a necessidade da regulamentação do segmento de

Transporte e Distribuição de Bebidas.

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O APOIO DO BNDES

Os financiamentos do BNDES para o setor de bebidas tiveram um grande crescimento em anos

recentes, em especial no período entre 2004 a 2012, no qual os desembolsos avançaram a uma taxa média de 37% a.a.

O Gráfico mostra os recursos totais liberados anualmente, destacando a destinação dos

financiamentos segundo as classes de produtos.

Gráfico | Desembolsos do BNDES para o setor de bebidas – Brasil, 2000-2013 (em R$ milhões)

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O TRANSPORTE E A DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS

NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

De acordo com o SUBANEXO I.C.4 do Anexo I da Parte II da Resolução SEFAZ nº 720/14 -

EMPRESAS VINCULADAS A IFE 11 – BEBIDAS, estão cadastradas 442 Distribuidoras de

Bebidas no Estado do Rio de Janeiro.

Podemos considerar 400 empresas (microempresas ou de pequeno porte) como “capilares” do

Transporte e Distribuição de bebidas já que são abastecidas por 42 outras empresas de médio e

grande porte. Estas 400 empresas em geral atendem, em todo o Estado, a “Pontos de Venda” em

pequenas localidades, locais de difícil acesso ou em áreas consideradas “de risco”.

As 42 empresas restantes são responsáveis por 95% do escoamento da produção das industrias e

estão assim classificadas:

- 4 Distribuidoras da marca AmBev com carga própria;

- 9 Distribuidoras da marca AmBev com carga terceirizada em 9 Transportadoras exclusivas e

especializadas;

- 1 Distribuição da Industria Coca Cola com carga própria;

- 6 Distribuidoras na marca Coca Cola com carga própria;

- 6 Distribuidoras da marca Brasil Kirin com carga própria;

- 14 Distribuidoras da marca Itaipava com carga própria;

- 1 Distribuição da Industria Itaipava com carga terceirizada em 1 Transportadora exclusiva e

especializada;

- 1 Distribuição da Industria marca Mineirinho com carga própria.

Destas 42 empresas, 31 são associadas O SINDIBEB/RJ assim enumeradas:

- 9 Transportadoras especializadas;

- 20 Distribuidoras com carga própria;

- 2 Distribuição de Industria com carga própria;

Estas 42 empresas são responsáveis por:

- 23 bilhões de reais de faturamento anual do setor de bebidas (*);

- 6,9 Bilhões de reais de impostos anual do setor de bebidas (*);

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- 13.000 Empregos diretos;

- Uma frota de 3.400 caminhões e;

- 0,65% de participação do setor de bebidas (*) no PIB do Brasil.

(*) setor de bebidas: corresponde a faturamento da Indústria + Distribuição/Transporte.

As 400 Distribuidoras chamadas “capilares” são responsáveis por:

- 3.000 Empregos diretos;

- Uma frota de 600 veículos leves.

Em resumo, o Transporte de Bebidas (terceirizado ou próprio) no Estado do Rio de Janeiro

é representado pelo SINDIBEB/RJ, contribuindo para a economia do país com:

- 13.000 Empregos diretos;

- 3.000 Empregos indiretos no setor de bebidas (empresas capilares);

- R$ 1.600,00 de remuneração bruta mensal média paga os empregados;

- 86,4 Milhões de reais/anuais investidos na alimentação ao empregado sob forma de Ticket

Alimentação;

- 20 Milhões de reais/anuais investidas na alimentação da família do empregado sob forma

de Cesta Básica;

- 30.000 Planos de Saúde (consultas/laboratório/internações) mantidos em rede estadual

privada oferecidos a 10.000 empregados e 20.000 familiares;

- Treinamento e especialização (anual em cursos próprios) para 2.500 funcionários não

especializados;

- Redução anual de “turn-over” para mão de obra não especializada à taxa de 3,5% a.a.

- Frota de 4.000 veículos especiais ao transporte da distribuição de bebidas no valor de 600

Milhões de reais;

- Consumo anual de 36 milhões de litros de diesel.

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CURSOS E TREINAMENTO PARA EQUIPES DE ENTREGA DE BEBIDAS

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VEICULOS ESPECIAIS PARA DISTRIBUIÇÃO URBANA DE BEBIDAS

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VEICULOS ESPECIAS PARA TRANSPORTE DE BEBIDAS FABRICA x DEPOSITO

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REFERÊNCIAS

ABRABE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BEBIDAS. Categorias. Disponível em:

<http://www.abrabe.org.br/categorias/>.

BNDES Setorial, n.9, mar. 2004, p.67-90.

______. Setorial, Rio de Janeiro, n. 23, p. 101-150, mar. 2006

______. Setorial 40, p. 93-130

BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. (2001) Logística Empresarial: o Processo de Integração da

Cadeia de Suprimento. Ed. Atlas, São Paulo.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa 13, de 29 de

junho de 2005. Dispõe sobre os destilados de cana. Diário Oficial da União, 30 jun. 2005.

BREWERS ASSOCIATION. Brewers Association: craft continues to brew growth. Press

Releases. Boulder, 18 mar. 2013. Disponível em:

<http://www.brewersassociation.org/pages/media/press-releases/show?title=brewers-association-

craft-continues-to-brew-growth>.

CERVBRASIL - Associação Brasileira da Indústria da Cerveja – Anuário 2015.

FIGUEIREDO, R. Diferenças entre Cachaça Artesanal X Cachaça Industrial. Mapa da cachaça, 25

mai. 2011. Disponível em: <http://www.mapadacachaca.com.br/artigos/diferencas-entre-cachaca-

artesanal-ecachaca-industrial/>.

LOPES Filhos & Associados, Consultores de Investimentos. Relatório Janeiro/2005

ROSA, Sérgio; SIMÕES, Pedro. “Desafios da vitivinicultura brasileira”

REINOLD, Mathias R. “Tendências do mercado mundial de bebidas” Revista Engarrafador

Moderno, janeiro/2003.

REIS J.T. Setor de Bebidas no Brasil: Abrangência e Configuração Preliminar - - Programa de

Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade- Disponível em:

www.ucs.br/etc/revistas/index.php/rosadosventos/article/download/3412/2034. Acesso em

15/07/2016.

REVISTA ÁGUA E VIDA, nºs 37, 38 e 39, disponível em: http://www.abinam.com.br/site/

default. asp?pg=revista_aguaevida

SILVA, E.N.A. Centralização da Distribuição e Custos de Transporte - COPPE/UFRJ, M.Sc.,

Engenharia de Transportes, 2006.

Novaes, A. G. (2001) Custos ABC no Transporte de Carga. p.148-179 Gestão logística do

transporte de cargas. Ed. Atlas. São Paulo.

Sites Consultados

Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não-Alcoólicas:

ttp://www.abir.org.br

Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais: http://www.abinam.com.br

Associação dos Fabricantes de Refrigerantes Regionais do Brasil: http://www.afrebras.org.br