o erro de descartes

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Angélica Souza Márcia Shimabukuro Sabrina Adorno

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Seminário sobre o livro o erro de Descartes, de António Damásio.

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Page 1: O erro de Descartes

Angélica Souza

Márcia Shimabukuro

Sabrina Adorno

Page 2: O erro de Descartes

António Damásio

•Sua história

•O livro

Page 3: O erro de Descartes

Damásio x Descartes

Page 4: O erro de Descartes

Mostrar que a razão

não é pura,

emoção se enreda

na racionalidade

“Certos aspectos do

processo da emoção e

do sentimento são

indispensáveis para a

racionalidade”

(DAMÁSIO, 2012, p.12)

Qual o intuito do livro?

Page 5: O erro de Descartes

Como devemos demonstrar o papel da emoção na razão?

Três temas centrais:

Caso Phineas

Gage Emoção

Corpo indispensável

à mente

Page 6: O erro de Descartes

Sobre razão e emoção

•Como água e óleo?

Emoção X Razão

•Contra a perspectiva tradicional

•Raciocínio depende da

capacidade de sentir emoções

•Razão depende de vários

sistemas cerebrais

Page 7: O erro de Descartes

Sobre razão e emoção

•Emoção, sentimento e regulação

biológica desempenham papel na

razão humana

•Sentimentos e emoções são tão

cognitivos quanto qualquer outra

percepção

•Cérebro e corpo

são indissociáveis

•Organismo

interage com o

ambiente

Page 8: O erro de Descartes

Caso de Phineas Gage

Quem era? Homem de 1,70,

atlético, movimentos decididos e

precisos

Homem eficiente e capaz, hábitos

moderados, energia de caráter,

astuto, inteligente, persistente nos

seus planos de ação

Page 9: O erro de Descartes

Caso de Phineas Gage

O que aconteceu?

•Durante o trabalho, uma

explosão mal sucedida fez

com que um bastão de ferro

atravessasse seu crânio e

parte do seu cérebro

•O córtex pré-frontal foi

bastante comprometido

Page 10: O erro de Descartes

O resgate:

•Apesar do grave ferimento,

permaneceu consciente

•Ao contrário do que se

poderia imaginar, descrevia

com frieza o que lhe tinha

acontecido e bastante

racionalmente

•É dado como são em

menos de 2 meses

Caso de Phineas Gage

Gente, tô bem!

Page 11: O erro de Descartes

Caso de Phineas Gage

As consequências:

•Tornou-se caprichoso,

obstinado, irreverente, utilizava

linguagem obscena

•Incapaz de manter um

emprego por muito tempo

•Desrespeitava condutas

éticas e morais, incapaz de

tomar decisões acertadas,

despreocupado com o futuro

Ô lá em casa!

Page 12: O erro de Descartes

Caso de Phineas Gage

Discrepância entre caráter degenerado e a integridade

dos vários instrumentos da mente — atenção,

percepção, memória, linguagem, inteligência

x

Page 13: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

Quem era? Homem

inteligente, competente,

robusto, bom marido e pai,

funcionário de uma firma

comercial

Bem sucedido pessoal,

profissional, e socialmente

Page 14: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

O que aconteceu?

•Um grande tumor

cerebral comprimiu os

lobos frontais do

cérebro

•Elliot passou a

sentir fortes dores de

cabeça, perdeu a

capacidade de

concentração e o

sentido de

responsabilidade

Page 15: O erro de Descartes

A solução:

•Elliot passou por uma

cirurgia de retirada do

tumor, mas o tecido do

lobo frontal danificado

também teve que ser

removido

Caso Elliot – o Gage moderno

Page 16: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

As consequências:

•Elliot teve uma profunda mudança de

personalidade apesar da inteligência,

capacidade de locomoção e de falar

permanecerem ilesas

•Foi considerado apto em todos os testes

de inteligência aplicados

Page 17: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

•Elliot passou a tomar

ações insensatas e se

divorciou da esposa

•Aptidão de tomar

decisões foi prejudicada,

assim como a de elaborar

um planejamento eficaz de

seu futuro (a curto, médio e

longo prazo)

Page 18: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

•Sugeriu-se que os problemas de Elliot eram de

natureza emocional e psicológica e que a psicoterapia

o ajudaria, o que não aconteceu

•Diferença entre doenças do cérebro e doenças da

mente (preconceito)

Page 19: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

O problema:

•Elliot perdeu sua capacidade emotiva, e era capaz de

narrar sua trajetória como se não fosse protagonista de

sua própria desgraça

•Sabia, mas não sentia

•Incapaz de fazer uma escolha eficiente e podia não

chegar sequer a fazer uma escolha, ou escolher mal

Page 20: O erro de Descartes

Caso Elliot – o Gage moderno

Condições laboratoriais diferem da vida real

Defeito era acompanhado de uma redução na

capacidade de reação emocional e da vivência

de sentimentos

Frieza do raciocínio impedia Elliot de atribuir

diferentes valores às diferentes opções, paisagem

mental plana, instável e efêmera

Page 21: O erro de Descartes

Considerações acerca dos casos

•Redução das emoções pode ser fonte de

comportamento irracional

•Ligação entre um conjunto de regiões cerebrais e

processos de raciocínio e tomada de decisão

•Sistemas destas regiões associadas aos

comportamentos de planejamento e decisões pessoais e

sociais, além do processamento de emoções

Page 22: O erro de Descartes

O Corpo e o cérebro interagem

A razão humana não é dependente somente de

um único centro cerebral, mas de vários sistemas

cerebrais que funcionam logicamente através de

múltiplos níveis de organização coronal.

A emoção, os sentimentos e a regulação

biológica são aspectos cruciais para a

manutenção da razão humana.

Page 23: O erro de Descartes

Emoções e sentimentos

“As emoções e os sentimentos, que são centrais para

a visão de racionalidade que estou propondo, são

uma poderosa manifestação dos impulsos e dos

instintos, constituindo uma parte essencial da sua

atividade” (DAMÁSIO, 2012, p. 117).

“Os processos da emoção e dos sentimentos fazem

parte integrante da maquinaria neural para a

regulação biológica” (DAMÁSIO, p. 91).

Page 24: O erro de Descartes

Emoção

Para William James, existiria um mecanismo básico, no qual

determinados estímulos no meio ambiente excitariam, de

maneira inflexível e congênito, um padrão específico de

reação do corpo. Ou seja,

“cada objeto que excita um instinto, excita também uma

emoção”.

Ex: medo (taquicardia, etc)

Page 25: O erro de Descartes

Para Damásio

“[...] Em muitas circunstâncias

de nossa vida como seres

sociais, sabemos que as

emoções só são

desencadeadas após um

processo mental de avaliação

que é voluntário e não

automático” (DAMÁSIO, p. 128).

Page 26: O erro de Descartes

Emoções primárias e secundárias

Primárias: Na infância, pressupõe o

estímulo, é automático.

Secundárias: Na fase adulta, o estímulo é

posterior à avaliação mental.

Emoções primárias!

Page 27: O erro de Descartes

Emoção x Sentimentos

Alguns estão

relacionados, a

maioria não está.

Todas as emoções

originam sentimentos,

porém nem todos os

sentimentos provém de

emoções.

Page 28: O erro de Descartes

Sentimentos

Variedades de sentimentos:

- Sentimentos de emoções universais básicas;

- Sentimentos de emoções universais sutis;

- Sentimentos de fundo.

Page 29: O erro de Descartes

Emoção x Sentimentos I

A emoção é um conjunto das alterações no estado do

corpo associadas a certas imagens mentais que

ativaram um sistema cerebral específico.

O sentir, é a experiência das alterações no estado do

corpo (processos cognitivos induzidos por substâncias

neuroquímicas) justapostas com as imagens mentais

(memórias, lembranças) que iniciaram o ciclo.

Ocorrem combinadas.

Page 30: O erro de Descartes

A hipótese do marcador-somático

“A finalidade do raciocínio é a decisão” (DAMÁSIO,

p. 157).

“Decidir bem é escolher uma resposta que seja

vantajosa para o organismo, de modo direto ou

indireto, em termos de sua sobrevivência e da

qualidade dessa sobrevivência” (DAMÁSIO, p.160).

A hipótese postula que emoções marcavam certos

aspectos de uma situação, que pela intuição,

conduzia a uma conclusão rápida.

Page 31: O erro de Descartes

Testando a hipótese do marcador-somático

A experiência do jogo

Page 32: O erro de Descartes

E, afinal, qual (ou quais) é o Erro?

O(s) Erro(s) de Descartes:

1.O calor fazia o sangue circular.

2.“As finas e minúsculas partículas do sangue

se transformavam em “espíritos animais”, os

quais conseguiam depois mover os músculos”

(DAMÁSIO, 2012, p. 220).

3.O Erro do Dualismo

4.O Erro do Mecanicismo

Page 33: O erro de Descartes

Preocupação com a noção Dualista

“Penso, logo existo”

Page 34: O erro de Descartes

Preocupação com a noção Dualista

•O Erro do Dualismo:

“ [...] a separação abissal entre o corpo e a mente,

entre a substância corporal, infinitamente divisível, com

volume, com dimensões e com um funcionamento

mecânico, de um lado, e a substância mental,

indivisível, sem volume, sem dimensões e intangível,

de outro; a sugestão de que o raciocínio, o juízo moral

e o sofrimento adveniente da dor física ou agitação

emocional poderiam existir independentemente do

corpo” (DAMÁSIO, 2012, p. 219).

Page 35: O erro de Descartes

Por que só o Dualismo e não o Mecanicismo?

•Porque “continua a prevalecer” e a influenciar a

ciência e a cultura hodiernas.

•Damásio só cita uma insatisfação em relação ao

mecanicismo, mas não o refuta, portanto, não pode

ser considerado um erro, um vez que não foi

apresentado.

Page 36: O erro de Descartes

Contradições de Damásio:

•Afirmação de Descartes equivocada.

•Posição dualista.

•Por que Descartes e não Platão ou Kant?

•Qual o motivo de utilização do título referindo-se ao

Descartes, se pouco ou quase nada refere-se ao

pensador?

Page 37: O erro de Descartes

..Aplausos