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FIBRA NOVA N.17 | ABRIL 2015 50 ANOS 2750 PESSOAS 12,5 MILHÕES DE TONELADAS DE PASTA

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fibranovaN.17 | ABRIL 2015

50 anos 2750 pessoas12,5 milhões de toneladas de pasta

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POR BONS CAMINHOS.Diariamente a Celbi leva o nome de Portugal aos mercados mais evoluídos. Criando riqueza, promovendo emprego, protegendo o ambiente e valorizando os recursos naturais e humanos, a Celbi mantém-se fiel ao seu objectivo: ser o melhor produtor europeu de pastas de fibra curta e estar entre os mais competitivos, à escala global!

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fibra nova 17

3página

sumário

abertura página 4 Discurso proferido pelo eng.º Paulo Fernandes, Presidente do Conselho de Administração da Altri, na sessão comemorativa dos 50 anos da Celbi

reportagem página 6Para assinalar o cinquentenário, a empresa deu início às comemorações no passado dia 10 de Março, no CAE

livro página 10Algumas notas sobre o livro “A Indústria de pasta de celulose na história da Figueira da Foz” de Manuel Saraiva Santos

eXposiÇÃo "memórias futuras" página 14

O conceito construtivo e a visão gráfica de António Viana sobre os 50 anos da Celbi

ficha técnica

edição e coordenação antónio Jorge pedrosa ([email protected])

colaboração: cristina rodrigues de carvalho

concepção e produção gráfica cação biscaia - cb unidesign

tiragem 1350 exs | Distribuição gratuita | Depósito legal nº 107205/97

periodicidade trimestral

membro Da

OutrOs destaques

Periódicos Locais página 16 Programa das comemorações página 19

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comemorações dos 50 anos da celbi

4página

É um verdadeiro prazer estar hoje aqui convos-co, no dia em que iniciamos as comemorações dos cinquenta anos da nossa Celbi. A Celbi é um daqueles projetos que desde a sua mate-rialização tem vindo a evoluir, a adaptar-se ao mercado, sempre cumprindo os mais eleva-

dos padrões éticos e económicos.

Ao longo destes 50 anos muitas coisas acontece-ram. Umas melhores, outras menos boas. Mas a Cel-bi sempre resistiu. Quando em 2006, a Altri decidiu apostar na sua aquisição, sabia da sua valia económi-ca e social.

Desde essa data, que mudamos o seu perfil, sem alterar a sua matriz, a sua genética e sua missão: ser a melhor produtora de pasta de papel da Europa. A Altri realizou, desde então, investimentos que se aproximam dos mil milhões de euros, tornando esta empresa uma das maiores do seu sector.

Em 2006, a Celbi produzia cerca de 300 mil to-

neladas de pasta de papel. No ano que agora termi-nou, a Celbi produziu cerca de 687 mil toneladas de pasta de papel. Estes números são tão, ou mais rele-vantes, se considerarmos que a quase totalidade da nossa produção se destina aos mercados externos e

abertura

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A Celbi é hoje uma das maiores empresas da região Centro, uma referência a nível nacional e europeu.

é encaminhada, na sua generalidade, através do Por-to Comercial da Figueira da Foz, dinamizando esta estrutura e contribuindo para a sua sustentabilidade.

A Celbi é hoje um dos maiores exportadores na-cionais e dos que maior valor acrescentado retém. Simultaneamente, e não obstante a globalização ter tornado as empresas mais centradas em si mesmas, a Celbi e as suas sucessivas equipas, souberam sempre - na medida das suas possibilidades - estar disponí-veis para os seus trabalhadores, as suas famílias e a comunidade que a enquadra. Sabemos que os impactos de se ter uma em-presa como a Celbi como vizi-nha, nem sempre foram todos bons. Temos ao longo dos anos investido continuamente na re-dução desses impactos e temos conseguido uma evolução satis-fatória.

Ainda no final de 2014, en-contramos uma solução que mi-nora os impactos do movimen-to de camiões entre a fábrica e o porto comercial. Milhares de camiões foram retirados das estradas, com uma redução significativa da pegada ecológica.

É também com satisfação que verificamos que a Celbi sempre viveu em paz social, mesmo nos perío-dos da história mais conturbados. Da mesma forma que, em permanente dialogo com a comunidade, sempre foi possível estabelecer pontes para a resolu-ção das diversas quest6es que foram surgindo.

A Celbi é hoje uma das maiores empresas da região Centro, uma referência a nível nacional e europeu.

Queremos que assim continue e, da parte da Altri, tudo faremos para que este centro de excelência con-tinue a crescer e a melhorar.

Nestes primeiros cinquenta anos, é muito impor-tante agradecer todo o apoio, compreensão e bom relacionamento das instituições locais, desde a Ca-mara Municipal da Figueira, ao porto comercial, as juntas de freguesia e a comunidade em geral. Sem este suporte, não teria sido possível a Celbi tornar-se no que é hoje.

Ao longo destes anos, milhares de trabalhado-res deram, diariamente, o seu melhor. Equipas com elevado sentido de responsabilidade que souberam, e sabem, que o sucesso da Celbi será também o seu próprio sucesso. A todos, o nosso bem hajam.

Mais, uma vez muito obrigado pela vossa presença e contem com a Celbi por muitos e bons anos.•

paulo fernandes

presidente do conselho de administração da altri

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comemorações dos 50 anos da celbi

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CELBI, Há mEIo séCuLo por Bons CamInHos

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fundada a 5 de Março de 1965, a Celbi é hoje líder em Portugal na produção de pasta de celulose de fibra curta. Para assinalar o cin-quentenário, a empresa deu início a um pro-grama comemorativo no passado dia 10 de

Março, com uma sessão solene no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, acompa-nhada pelo lançamento e apresentação do livro “A indústria de pasta de celulose na história da Figueira da Foz – A Celbi 1960-1967”, da autoria de Manuel Saraiva Santos, seguida da inauguração da exposição de fotografias “Memórias Futuras”, alusiva às cinco décadas de ‘vida’ da instituição. E se é verdade que as empresas não são seres vivos, é também indiscutí-vel que são feitas de pessoas, das suas vidas e memó-rias. Para o comprovar, os cerca de cem convidados, incluindo entidades oficiais e quadros da empresa, puderam visitar a Exposição de António Viana, “Me-mórias Futuras”, cuja execução só foi possível devido à participação dos colaboradores e ex-colaborado-res da Celbi, que ajudaram na recolha de fotogra-fias referentes a diversos períodos de actividade da

empresa. Dos primórdios da construção da fábrica, com colocação da primeira pedra, aos instrumentos antigamente utilizados, até aos dias de hoje, com o aumento da área fabril e a evolução tecnológica dos equipamentos, a viagem pelo tempo teve, assim, um cunho afectivo, dado por aqueles que contribuíram para o crescimento da empresa ao longo de meio sé-culo. Em reconhecimento, a Celbi associou às come-morações, nesta mesma exposição, uma faixa, afixada ao longo de todo o comprimento da sala, intitulada “Pessoas”, com o nome de todos aqueles que contri-buíram e ainda contribuem para o seu crescimento.

o LivroEm dia de aniversário, o presente foi para os convida-dos, que receberam um exemplar do livro do ex-cola-borador da Celbi, Manuel Saraiva Santos, apresenta-do pelo escritor figueirense Gonçalo Cadilhe.

Na abertura da sessão solene, Paulo Fernandes, Presidente do Conselho de Administração da Altri, congratulou a Celbi – “uma das maiores empresas da re-gião centro, e uma referência a nível nacional e europeu”

CELBI, Há mEIo séCuLo por Bons CamInHos

antónio viana numa breve descrição aos convidados sobre o teor da exposição

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– pelo seu aniversário, salientando a “paz social que a empresa sempre viveu” e o facto de se tratar de “uma das maiores exportadoras nacionais (…), onde a modernização tem sido uma constante e onde foram já investidos mais de mil milhões de euros, (…) mudando de perfil, sem alterar a matriz, genética e missão”. Paulo Fernandes frisou ainda “que, desde a sua materialização, a Celbi tem vindo a evo-luir, a adaptar-se ao mercado, sempre cumprindo os mais elevados padrões éticos, económicos e ambientais”. Para finalizar, o Presidente da Altri enalteceu o contribu-to de todos os colaboradores da Celbi que sempre “deram o seu melhor”, fortalecendo a empresa que é a Celbi.

Ao Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, coube o público reconhecimento do “importante impacto da empresa no concelho”, tradu-zido no orgulho visível “em todos os colaboradores e em todos aqueles que, ao longo de 50 anos, conseguiram afirmar este grupo, este sector industrial, e com ele afirmar a nossa cidade”, disse. O edil lembrou ainda que a Figueira da Foz é “o concelho da região que produz mais riqueza”, elo-giando o “compromisso social e envolvimento com a comu-nidade” protagonizados pela Celbi.

Já Nogueira dos Santos, administrador da Celbi, frisou que Saraiva Santos era a pessoa certa para es-crever um livro que iria obrigar a muito rigor, pesqui-sa e tratamento de informação. Tudo isto, aliás, se iria coadunar com a personalidade do autor, ao qual o Conselho de Administração, desde logo, dedicou particular apoio.

Posteriormente, Saraiva Santos apresentou o livro como sendo um “cruzar de memórias entre a Celbi e a Figueira”, que resultou numa “crónica, um repositório de memórias”. Para o autor, a instalação da Celbi “poderá seguramente considerar-se um marco de excepcional rele-vância na história da Figueira da Foz”, cujos efeitos ex-travasaram em muito o perímetro da empresa. Num “balanço global e mais abrangente no tempo”, o livro “não poderá deixar de descrever, por exemplo, o quanto e como as intervenções cívicas dos muitos trabalhadores da Celbi, deram um significativo contributo à dinamização da vida social e da vida política local da Figueira”, explicou.

O primeiro dia das comemorações do 50.º aniver-sário da Celbi encerrou com um lanche volante que permitiu o convívio entre as diferentes entidades que fazem parte (integrante) do universo da Celbi. •

paulo Fernandes, presidente do conselho de administração da altri

João ataíde, presidente da câmara municipal da Figueira da Foz

nogueira dos santos, saraiva santos e gonçalo cadilhe

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“a projectada fábrica de

celulose na Figueira.

um empreendimento de largo

alcance que devemos proteger

e acarinhar."

"(…) o empreendimento tem

interesse e valor à escala

nacional (…) mas possui

sobretudo extraordinário e

invulgar interesse à escala

regional, dada a escassa

actividade industrial (…)"

"(…) na convicção de

que se estará a contribuir

decisivamente para o

progresso e desenvolvimento

económico da nossa terra. Que

assim seja são os nossos votos

e com certeza os de todos os

bons figueirenses".Fausto aLmEIda, jornaL “A Voz dA FigueirA”, dE 27 dE FEvErEIro dE 1964, rEtIrado do LIvro dE manuEL saraIva santoscarlos vanzeller, nogueira dos santos, paulo Fernandes, João ataíde e

borges de oliveira

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comemorações dos 50 anos da celbi

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AlgumAs notAs sobre o livro “ A indústriA de pAstA de celulose nA históriA dA FigueirA dA Foz”

penso não ser exagero afirmar que, pelo me-nos para muitos dos que viveram aqui na Fi-gueira a segunda metade do século passado, o estabelecimento da Celbi na nossa terra constituiu um marco relevante, assinalando

uma fronteira temporal entre duas eras, na história da cidade e do seu concelho. Por isso, parece apro-priado falar-se numa era antes e numa era depois da Celbi. Pela minha parte, só vivi esta última, assumi-do cidadão da Figueira, depois de ter “emigrado” das terras do Alto-Minho.

Apesar do seu título abrangente, o livro cobre ape-nas o período entre 1960 e 1967, dentro do qual se situará a referida fronteira, e durante o qual se veri-ficaram a incubação e a constituição da empresa, o projecto e a construção da fábrica da Leirosa, o seu arranque, a sua inauguração, e a sua muito atribulada e instável laboração industrial nos primeiros meses, até final de 1967.

Aquele atributo de marco histórico é reforçado pela circunstância destes acontecimentos, ligados à vida da Celbi, terem sido contemporâneos de um

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AlgumAs notAs sobre o livro “ A indústriA de pAstA de celulose nA históriA dA FigueirA dA Foz”

conjunto de transformações por que entretanto foi passando a Figueira naqueles anos, com desenvolvi-mentos nos anos seguintes. Refiro, como exemplos:• a construção dos molhes exteriores e o início do

processo de requalificação e de desenvolvimento do seu porto comercial;

• o início do crescimento do seu areal;• a fixação no concelho de outras unidades indus-

triais: a fábrica de carboneto de cálcio em Lares, a fábrica da SICOMOL em Lavos, um pouco mais tarde, a da TERPEX na Gala; todas elas já desac-tivadas;

• o início do declínio da prevalência do negócio do turismo na economia local, em especial devido à emergência de mais apelativos destinos de turis-mo balnear, nacionais e estrangeiros;

• a adopção de um plano director de urbanização da cidade;

• um extraordinário desenvolvimento urbanístico, traduzido na abertura de novos espaços, de mui-tos e amplos arruamentos, e a consequente cria-ção de novas frentes de construção;

• a construção do novo Liceu e do novo edifício al-bergando a Biblioteca e o Museu Municipal.

Compaginando e cruzando essas duas memórias, a

da empresa e da fábrica, por um lado, e a da Figueira, por outro, foi uma singela crónica sobre esse tempo que me abalancei a narrar no livro dado à estampa, com o valioso patrocínio da Celbi.

Comecei a trabalhar na sua preparação há uns cin-co ou seis anos. Foi com prazer e crescente curiosi-dade que comecei a revisitar recordações e notas antigas, a consultar e recolher dados e documentos, de variadas fontes. Mal imaginava então que tudo acabaria por resultar num compacto volume de 600 páginas.

Importa reconhecer que o surto de progresso e desenvolvimento por que a Figueira passou naquela década de 60, não teve como exclusiva causa a insta-lação da Celbi no concelho.

Desde logo, será de justiça destacar os efeitos in-duzidos e o papel então desempenhado pela lideran-ça municipal do engº José Coelho Jordão.

Houve uma outra determinante razão. A verdade, demonstrável pelos factos e pelos números, é que du-rante os anos sessenta, e por partir de uma base mui-to baixa, Portugal cresceu a taxas excepcionalmen-te elevadas, irrepetíveis e quase inimagináveis nos dias de hoje. Isso foi em grande parte consequência

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da adesão de Portugal à EFTA, da qual resultou um abrandamento da propensão para uma atitude de iso-lacionismo económico, que até então caracterizara a política do Estado Novo e de Salazar.

A Figueira não podia deixar de acompanhar tam-bém aquele crescimento. O qual, sublinhe-se, se ve-rificou àquela escala apesar de decorrer, sem fim e solução à vista, uma guerra colonial devoradora de enormes recursos financeiros do Estado

Muito mais haverá para contar sobre a história da Celbi, dos quase 50 anos que já leva de actividade in-dustrial, tal como sobre:• o abandono da produção de pasta solúvel e a de-

dicação exclusiva à produção de pasta papeleira;• a necessidade e a obrigação de produzir também

pastas de pinho, na década de 70;• as transformações provocadas pelo PREC do 25

de Abril na vida da empresa;• a forma como a fábrica cresceu e se desenvolveu,

e os investimentos de modernização que foram sendo realizados;

• os desenvolvimentos e as evoluções da sua cultura interna, e dos modelos das suas lideranças;

• as inovações tecnológicas que adoptou, algumas delas com carácter verdadeiramente pioneiro, e com obediência ao “estado da arte”;

• a melhoria contínua do seu desempenho ambien-tal;

• a auréola que conquistou de “jóia da coroa”, no seio dos grandes grupos mundiais da indústria de pasta e papel em que esteve integrada, primeiro a

Billerud AB, depois a sueca STORA AB (que ab-sorvera a Billerud AB) e mais tarde a finlandesa StoraEnso, a que pertencia antes de ser adquirida pela ALTRI.

Por outro lado, a influência, o papel, e os impac-tos que a indústria de pasta de celulose teve e deixou na história e no desenvolvimento da Figueira, não se confinam, de modo algum, aos que no livro são des-critos, com referência ao período de 1960 a 1967.

Um balanço global e mais abrangente no tempo, não poderá deixar de descrever, por exemplo, o quan-to e como muitos trabalhadores da Celbi contribuí-ram, de forma significativa, para a dinamização da vida social e da vida política local na Figueira, a di-versos níveis e sob diversos modos, quer antes quer depois da instauração do regime democrático.

Esse balanço terá igualmente de contemplar as cir-cunstâncias e os contextos em que uma nova fábrica de pasta de celulose, a Soporcel, se veio instalar na ime-diata vizinhança da existente, com o bom acolhimento dos figueirenses, e o unânime acordo de todas as forças políticas representadas nos órgãos municipais. Assim como os seus adicionais impactos e efeitos na vida do concelho, no acrescido desenvolvimento do seu porto comercial, e até na vida e na estratégia industrial da própria Celbi.

Por estar ciente de que muito ficava por contar so-bre as histórias cruzadas da Figueira e da indústria nacional de pasta de celulose, ainda fui tentado a

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acrescentar ao título deste livro, na sua capa, a desig-nação de 1º volume. Não o fiz, para não me compro-meter. Logo veremos se terei vida e saúde para me lançar na preparação de um 2º volume, porventura cobrindo o período entre 1968 e a instauração do re-gime democrático.

Creio que haverá poucos potenciais leitores com pachorra para se atreverem na leitura de todo o livro, do princípio ao fim, de fio-a-pavio. Consoante as ma-térias nele abordadas, assim cada sub capítulo poderá atrair um específico tipo de leitor alvo.

Há partes e subcapítulos de cariz acentuadamen-te técnico. Penso que serão susceptíveis de merecer apenas a atenção de quem haja estado ou esteja mais directamente ligado à vida e à actividade da Celbi, ou de quem detenha alguma formação técnica ou expe-riência relacionadas com a indústria de pasta e papel.

Outras partes, menos enfadonhas, mais descri-tivas, e com mais memórias sobre vida da Figueira, despertarão talvez interesse dos mais curiosos e dos mais atraídos pelas recordações desse tempo.

Haverá mesmo partes e sub capítulos cuja leitura seria uma verdadeira chumbada para alguns leitores. Só os posso aconselhar que passem à frente…

No limite, poderão folhear despreocupadamente as suas páginas, dando uma olhadela às fotografias, uma passagem cruzada por alguns quadros, lendo os textos de umas quantas caixas sombreadas, com ex-certos de escritos da época (relatórios, discursos, re-latos, reportagens, e artigos de opinião da imprensa local e regional), cujo conteúdo poderá revestir para alguns leitores um cariz mais curioso ou cativante.

Sublinho que este livro é sobretudo uma simples crónica. E como tal, pouco mais pretende ser que um repositório de memórias para conhecimento, eluci-dação e eventual estudo dos vindouros. Se ao menos vier a ter esse préstimo, darei por bem empregue todo o trabalho envolvido na sua escrita e na sua pu-blicação. •

saraiva santos

autor do livro

saraiva santos autograFa a sua obra

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comemorações dos 50 anos da celbi

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"memórias Futuras" exposição

iniciamos esta breve reflexão so-bre a CELBI, tendo como ponto de partida a exposição realizada

na Figueira da Foz, que ao ser de carácter itinerante, é mostra em movimento, fazendo circular o modo de conhecimento dos con-teúdos e dos equipamentos histó-ricos da vida da Fábrica, arruma-dos ao longo de um período de 50 anos.

Contar essa “história”, centra-da no material existente no ar-quivo fotográfico da empresa e de

alguns ex-trabalhadores, conduziu-nos a um con-ceito construtivo, que se baseou num princí-pio de união de todos os processos: de construção da fábrica, de laboração, de contexto geográfico e social, com zonas de influência e de interven-ção.

As imagens das pri-meiras operações urba-nísticas no terreno, en-tre o mar e a povoação da Leirosa; bem como o desenvolvimento do par-que florestal espalhado pelo País (que viria a

fornecer a indispensável ma-téria-prima para o sistema de transformação); a arquitetura industrial de todo o comple-xo e o seu equipamento de objectos fabris e adminis-trativos, determinaram, ou melhor, vieram a caraterizar a união gráfica dos citados conteúdos, para a realização da exposição.

Com um estilo “constru-tivista” de representar com-positivamente o sentido in-

dustrial, não esquecendo todas as suas atividades paralelas, desde o pessoal, principal intervenien-te no produto final, até ao envio, através de diversos meios de trans-porte, da “pasta”, trabalho último, para os mercados mundiais, fo-ram compostos em grelhas, dis-tribuídos com diversas formas de sobreposição que jogando entre elas no contexto dispositivo, nos foram mostrando as diversas fases das produções.

A leitura e a capacidade de ar-rumação e distribuição no espaço visual referido, procurou aten-der, também, à plasticidade das imagens, inscritas nos diversos

nestas páginas: três esboços de antónio viana

relacionados com o desenho da exposição

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acontecimentos, lugares, equipa-mentos e etapas para o método produtivo.

Vale a pena salientar o proces-

so criativo e o processo mu-seográfico que orientaram as montagens destes dez painéis, que constituindo o corpo central da exposição, se vai configurar, no futuro, de acordo com os locais de itinerância. Um percurso que se pretende claro e objetivo para ser entendível facilmen-

te pelas diversas faixas etárias de visitantes.

De salientar a importância das cerca de duas centenas e meia de

fotografias, que neste contexto, ajudaram a mostrar a importância deste segmento de indústria, que se tornou num destacado pólo in-dustrial.

Localizada no centro do País, a CELBI, alterou radicalmente o ambiente e o modo de vida de um núcleo social de pessoas, que tinham até à data, ligações princi-palmente ao turismo e à pesca.

Esperamos que esta mostra contribua para o entendimento das novas gerações e para a me-mória das mais antigas, que viram nascer a CELBI, nos anos sessen-ta do século passado.

Uma empresa, que é sem dúvi-da, o exemplo de como podemos conciliar de forma sustentável, o ambiente que nos rodeia, com as novas tecnologias, que ao remo-delarem a sociedade como um processo irreversível, abrem téc-nica e artisticamente um novo horizonte, onde o futuro é pro-missor. •

Lisboa, Abril de 2015

antónio viana artista plástico

www.antonioviana.pt

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Quando em 1963 se noti-ciou o interesse de uma empresa sueca em ins-talar uma unidade fabril

no concelho da Figueira da Foz, ninguém imaginaria à partida, o que iria acontecer em torno deste investimento, que tanto iria inter-ferir no desenvolvimento econó-mico e social da região figueirense. Falava-se numa fábrica de fibras artificiais. A sua localização seria na lagoa dos linhos, Marinha das

Ondas. Dada a grande dependên-cia da água que este tipo de indús-tria necessita, o processo estava em estudo. Mas no final deste mesmo ano a Billerud A.B., da Suécia, con-firmava o seu interesse em instalar uma unidade de produção de pas-ta celulósica a partir de eucalipto. Os cálculos apresentados previam uma capacidade de produção na ordem das 80.000 ton/ano. O seu orçamento de instalação seria de 800.000.000 escudos (três mi-

lhões novecentos e noventa mil trezentos e oitenta e três euros) e o emprego de mão-de-obra ocuparia 260 trabalhadores. Logicamente, a Câmara Municipal da Figueira manifestara desde logo o seu apoio à instalação da fábrica Billerud. O então presidente da Câmara, José Coelho Jordão desdobra-se em reuniões com o Ministro das Obras Públicas, Secretário de Estado da Agricultura e ainda com o Secreta-riado de Informação e o Director dos Serviços de Turismo. Surge pela primeira vez, a intenção de se construir um Hotel de Turismo na Ponte do Galante. Em 18 de Março de 1964 fumo branco no assunto - O ministro da economia, Professor Teixeira Pinto despacha a favor da construção da fábrica no concelho. Tanto o jornal “A Voz da Figueira” como “O Figueirense” saúdam este despacho e este último jornal tes-temunha desde logo a sua gratidão ao engenheiro silvicultor e depu-tado Egberto Rodrigues Pedro e seus colegas engenheiros António Gravato e Manuel Ferreirinha pe-las suas intervenções neste proces-so. Sucedem-se as notícias sobre as condições da construção da fábrica, do valor do capital social,

50 anos Da celbi"a colecção periódicos locais/mensais visa recuperar e dar a conhecer títu-

los da imprensa figueirense, procurando corresponder nas suas actuais edi-

ções ao que esta mesma imprensa representou (...)”. no seu nº 10 (“notícias

da figueira”) foi dedicado aos 50 anos Da celbi o artigo que se transcreve.

obras de terraplanagem e nivelamento dos terrenos

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do prazo da construção da obra. Ó papel da indústria florestal ganha um enorme factor de valorização económica. Sucedem-se notícias, comentários e palestras, e numa delas realizada no Rotary Club o palestrante foi nem mais nem menos que o engenheiro florestal António Gravato. Na assistência encontrava-se Seved Lindegren, rotário e ligado à fábrica de celulo-se, Dunca e Wim Bientses, técni-cos canadianos ligados à empresa sueca. Outros palestrantes usaram da palavra, disseram de sua justiça, debateram a problemática am-biental, alterações climáticas, par-tículas e cheiros de celulose, vias de comunicação, planos de estimulo à iniciativa figueirense naquela área, ao fim e ao cabo o porquê da insta-lação desta fábrica. Jerónimo Pais, Carlos Alberto Cardoso, Muñoz de Oliveira, Costa Redondo, Mar-cos Viana, Melo Biscaia, Rodrigo Santiago, Rui Alves e Paiva Neto, todos eles intervenientes nesta e noutras palestras, conversas, deba-tes, que surgiram frequentemente. Entretanto, na primeira semana de Dezembro de 1964, vários jornais da região anunciavam a subscrição das acções do capital da Billerud, S.A.R.L. As acções em circulação seriam 28.000 de mil escudos cada com prazo para aquisição e con-sulta de projecto destinavam-se a industriais e agricultores do dis-trito de Coimbra. Em 5 de Março de 1965 era constituída a socieda-de Celulose Billerud, S.AR.L. com sede na Rua Engenheiro Silva , n.º 94-3.º Figueira da Foz. Iniciava-se o projecto florestal da Celbi. De acordo com o alvará de licencia-mento da empresa esta obrigava-se a florestar uma área que garantisse uma percentagem importante do

seu abastecimento. Nesse ano é ad-quirida a primeira propriedade, a Quinta do Furadouro, em Óbidos, com uma área de cerca de 500 há. A 24 de Março de 1965 dá-se início aos trabalhos de construção na fre-guesia de Marinha das Ondas, com a terraplanagem e nivelamento dos terrenos.

Em 19 de Junho de 1965 proce-de-se ao lançamento da primeira pedra para a construção da fábrica.

Antes da cerimónia de lança-mento da primeira pedra para a construção da fábrica de celulose, efectuou-se no Grande Hotel da Figueira um almoço oferecido a várias individualidades, das quais lembramos, entre outros, José Ho-rácio de Moura, Governador Civil de Coimbra, José Coelho Jordão, Presidente da CMFF, José Alves, Director Geral das Florestas, João Rocha e Mello, Presidente do C.A.

Jornal "o Figueirense" (Junho 1965)

Page 18: fibranova · O edil lembrou ainda que a Figueira da Foz é “o concelho da região que produz mais riqueza”, elo-giando o “compromisso social e envolvimento com a comu-nidade”

comemorações dos 50 anos da celbi

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Da Celulose Billerud, Gunnar Ojermark, Administrador-Delega-do e Bissaya Barreto, Administra-dor da empresa e representante do grupo de accionistas constituído por cerca de duzentas individuali-dades da região, nomeadamente la-vradores e industriais que ficaram ligados ao novo empreendimento. Eles constituíam 6% do capital da sociedade, cabendo à Companhia União Fabril 23% e a maior fatia (71%) à Billerud A.B.

No seu discurso, João Rocha e Mello reconheceria as acções de-senvolvidas pelo então Ministro de Economia, Correia de Oliveira e ainda por Teixeira Pinto, anti-go titular da mesma pasta. Sobre Gunnar Ojermark, João Rocha e Mello teceria os mais elogiosos comentários à sua designação para Administrador-Delegado. Este na sua alocução, ao melhor estilo nórdico, directo e incisivo, enve-redou por dar logo a conhecer os números que todos gostariam de ouvir. Assim, foi sabido que este investimento era superior a um milhão e trezentos mil contos a despender com as actividades in-dustrial e florestal. Cerca de 90% do investimento seria constituído por capitais importados, e cerca de quinhentos mil contos eram portugueses. Este projecto criaria emprego, na indústria, para 250

pessoas, na sua maioria, de nacio-nalidade portuguesa. Anualmen-te, a empresa iria adquirir mais de cem mil contos de madeira e qua-renta mil contos de outras maté-rias primas, 90% das quais de ori-gem nacional. Previa-se, na altura, que a colocação da pasta fabricada nos mercados internacionais for-neceria ao País mais de trezentos mil contos de divisas estrangeiras por ano.

Após a cerimónia de colocação da primeira pedra para a constru-ção da nova fábrica, e uma vez lido o texto do pergaminho alusi-vo a esta data, este documento, de grande simbolismo, foi colocado num cofre, com moedas portu-guesas de então.

Depois, enquanto os convida-dos regressavam à Figueira da Foz, mais propriamente ao Casino Pe-ninsular onde os esperava uma sessão de diapositivos alusivos a diversos aspectos da laboração da fábrica e às diferentes fases duma

exploração florestal, para além de um fino “cocktail”, na Leirosa por iniciativa da Celbi, era oferecido um jantar aos habitantes da lo-calidade, no total de cerca de mil pessoas.

Em 1967 dá-se início à produ-ção na unidade fabril da Celbi.

Com capacidade instalada de 80.000 toneladas/ano de pasta solúvel destinada à produção de fibras sintéticas, a Celbi três anos depois inicia a produção de pasta de papel, elevando para 135 mil to-neladas/ano a sua capacidade pro-dutiva.

Assim, em 1972, quando o por-to da Figueira atinge as 150.000 toneladas exportadas, tal se deve à actividade da Celbi, nessa altu-ra já o maior cliente portuário. O Eng.º Galvão Lucas, em nome da Celulose Billerud, diria numa ce-rimónia pública que a importância das obras do porto “denotam bem a premência de a cidade ser dotada de um porto de maior dimensão”.

instalação dos primeiros equipamentos Fabris

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fibra nova 17

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programa das comemorações do 50º aniversário da celbi

10 de MARço sessão solene de abertura das comemorações do 50º aniversário da celbi

10 A 29 de MARçoexposição “memórias Futuras” no centro de artes e espetáculos da Figueira da Foz

30 de MARço A 17 de ABRILexposição “memórias Futuras” na sede do agrupamento Figueira norte.

20 de ABRIL A 4 de MAIo - exposição “memórias Futuras” na sede do agrupamento de escolas do paião.

30 de MAIo “open day” - dia aberto com Fornecedores de madeira

13 de JuNho iniciativa “por bons caminhos” - limpeza da praia da leirosa com almoço convívio e animação com a população.

19 de JuNho iniciativa “1ª pedra” – celebração do início da construção da fábrica

10 de JuLho “open day” - dia aberto com ex-colaboradores da empresa.

está igualmente previsto, durante o Mês de seteMBRo, realizar a inauguração do recente projeto c15, com entidades oficiais e prestadores de serviço bem como a realização de um espetáculo no cae, aberto à população. o início do próximo ano lectivo levará a exposição itinerante ao agrupamento de escolas Figueira mar e a instalaremos na celbi a “Fábrica do papel” da celpa, com actividades dirigidas para as crinças do 1º ciclo do ensino básico da freguesia da marinha das ondas

Já em outuBRo e NoveMBRo, contamos com a realização de um evento desportivo, dirigido a todos os trabalhadores da empresa, a instalação da “Fábrica do papel” da celpa , actividade dirigida aos mais novos e abrir, novamente, as portas da fábrica em mais um “open day” à população do concelho.

em dezeMBRo, a Festa de natal com os nossos trabalhadores e os seus familiares, aquilo a que chamamos a “Família celbi”, será o culminar de um ano de atividades ricas e diversas que marcam a celebração das bodas de ouro da empresa.

A breve trecho, o porto da Figueira da Foz seria capaz de movimentar 500 toneladas anuais.

Desde então, o aumento das exportações do porto marítimo figueirense resultava também do desenvolvimento que a Celbi ia processando através dos seus pro-jectos florestais e industriais. Des-taque para: reactivação da floresta-ção do país financiada pelo Banco Mundial, projecto de florestação de 10.000 hectares, entre 1981 e 1985; protocolos de colaboração com o INIC (Instituto Nacional de Investigação Científica) no âm-bito do projecto “Estudo do Ecos-sistema do Eucalipto”.

No sector industrial, sucede-ram-se os vários projectos (C81, C83, C88, até aos mais recentes (C09 e C15), com objectivos diver-sos e ainda a conclusão do ramal de caminho de ferro, ligando o parque de madeiras na Leirosa com a linha do Oeste.

Mais tarde, em 1998, com a fu-são entre a Stora (Suécia) e a Enso (Finlândia) surge o grupo StoraEn-so e a Celbi passa a denominar-se Celbi - Celulose Beira Industrial, S.A.

Em 2006, o concurso de aliena-ção das acções da Celbi é ganho pela Altri, que desde então vem gerindo e desenvolvendo a activi-dade da empresa, sempre fiel aos seus objectivos: ser o melhor pro-dutor europeu de pastas de fibra curta e estar entre os mais compe-titivos à escala global. •in “notícias da figueira”

(col. periódicos locais/mensais nº 10)

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