mineral ogi a

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Centro Universitário Padre Anchieta Centro Universitário Padre Anchieta Departamento de Engenharia Civil Prof. Msc. Jean Gustavo [email protected]

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MANUAL DE MINERALOGIA

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  • Centro Universitrio Padre AnchietaCentro Universitrio Padre Anchieta

    Departamento de Engenharia Civil

    Prof. Msc. Jean [email protected]

  • DEFINIESDEFINIES

    MINERAIS Trata-se de todo elemento ou composto qumico que possui uma composio qumica definida e formado naturalmente

    por processos geolgicos sem nenhuma influncia orgnicapor processos geolgicos sem nenhuma influncia orgnica.

    CRISTAL Todo mineral que possui uma formaCRISTAL Todo mineral que possui uma forma geomtrica definida pode ser caracterizado como

    cristal. A forma geomtrica adquirida est totalmente relacionada com a organizao atmica dos

    elementos que formam o mineral.

  • DEFINIESDEFINIES

    Quanto ao termo cristalizado, refere-se ao arranjoi idi i l i i i i dinterno tridimensional para os minerais. Os tomos constituintes de um mineral encontram-se distribudos ordenadamente, formando uma rede tridimensional denominada de retculo cristalinouma rede tridimensional, denominada de retculo cristalino.

    A unidade que se repete denominada de cela unitria, que serve de base para aque serve de base para a construo do retculo cristalino.

    Madureira et al.(2000)

  • DEFINIESDEFINIES

    N t i t i f it i t Na natureza, os cristais perfeitos so raros, mais comumente so encontrados na forma de massas irregulares. Neste ltimo caso a cristalinidade do mineral pode ser reconhecida atravs de suascristalinidade do mineral pode ser reconhecida atravs de suas

    propriedades pticas.

    Para estudarmos a cristalografia dos minerais fazemos uso dados minerais, fazemos uso da

    simetria cristalogrfica, atravs do uso de elementos abstratos (planos, (p ,eixos e centro) e suas respectivas operaes de simetria (reflexo,

    i )rotao e inverso).

  • DEFINIESDEFINIES

    d i d i d i t i t i i i denominado eixo de simetria uma reta imaginria que passa pelo centro geomtrico do cristal e ao redor da qual, num giro total de 360, uma feio geomtrica do cristal se repete certototal de 360 , uma feio geomtrica do cristal se repete certo

    nmero de vezes.

    Madureira et al.(2000)

  • DEFINIESDEFINIES

    O conjunto de possveis elementos de simetria encontrados em um cristal chamado de grau ou classe de simetria Na natureza existem 32 graus de simetriade simetria . Na natureza existem 32 graus de simetria,

    agrupados de acordo com a similaridade de seus elementos de simetria em sete sistemas cristalinos, sendo:,

  • DEFINIESDEFINIES

    Madureira et al.(2000)

  • ORIGEMORIGEM

    Os minerais podem ser classificados de acordo com suaOs minerais podem ser classificados de acordo com suaorigem, sendo:

    Minerais magmticos so aqueles lt d i t li dque resultam da cristalizao do

    magma e constituem as rochas gneas ou magmticas.gneas ou magmticas.

    Diamante

  • ORIGEMORIGEM

    Minerais metamrficos originam-seprincipalmente pela ao datemperatura presso litosttica etemperatura, presso litosttica epresso das fases volteis sobrerochas magmticas, sedimentares eg ,tambm sobre outras rochasmetamrficas.

    Granada

  • ORIGEMORIGEM

    Minerais sublimados so aqueles formados diretamente daaqueles formados diretamente da cristalizao de um vapor, como tambm da interao entre vapores e destes com as rochas dos condutos por onde passam.

    E fEnxofre

  • ORIGEMORIGEM

    Minerais pneumatolticos so formados pela reao dos p constituintes volteis oriundos da cristalizao magmtica, d ifi d i idesgaseificao do interior terrestre ou de reaes metamrficas sobre as rochasmetamrficas sobre as rochas adjacentes.

    Turmalina

  • ORIGEMORIGEM

    Minerais formados a partir de solues originam-se peladeposio devido a evaporao, variaes de temperatura,presso, porosidade, pH e/ou eH.

    Evaporao do solvente: neste processo aEvaporao do solvente: neste processo aprecipitao ocorre quando aconcentrao ultrapassar o coeficiente de

    l bilid d l d solubilidade pelo processo de evaporao,fato que ocorre principalmente em regiesquentes e secas, formando sulfatos(anidrita, gipsita etc.), halogenetos (halita,silvita etc.) etc.Gipsita

  • ORIGEMORIGEM

    Perda de gs agindo como solvente:processo que ocorre quando umasoluo contendo gases entra emsoluo contendo gases entra emcontados com rochas provocandoreao, a exemplo do que ocorrequando soluo aquosa contendoquando soluo aquosa contendodixido de carbono entra em contatocom rochas calcrias, caso em que o

    b t d l i i l tcarbonato de clcio parcialmentedissolvido formando o bicarbonato declcio (CaH2(CO3)2), compostosolvel na soluo.

    C l iCaverna calcria

  • ORIGEMORIGEM

    Diminuio da temperatura e/ou presso: as solues de origemp p gprofunda resultantes de transformaes metamrficas (desidratao,descarbonatao, etc.) ou de cristalizaes magmticas normalmentecontm significativas quantidade de material dissolvido. Quando essascontm significativas quantidade de material dissolvido. Quando essassolues esfriam ou a presso diminui, formam-se mineraishidrotermais, depositados na forma de veios ou files.

    Quartzo

  • ORIGEMORIGEM

    Interao de solues: O encontro desolues aquosas com solutosdiferentes, ao interagirem,pode formar composto insolvel oup pcom coeficiente de solubilidade bemmais baixo, que se precipita. Comoexemplo pode ser citado o encontro deexemplo pode ser citado o encontro deuma soluo com sulfato de clcio(CaSO4) com outra contendocarbonato de brio (BaCO )carbonato de brio (BaCO3),resultando na formao de umprecipitado de barita (BaSO4).

    Barita

  • ORIGEMORIGEM

    Interao de gases com solues: Apassagem de gs por uma soluocontendo ons pode gerar precipitados,a exemplo do que ocorre com ap qpassagem de H2S (gs sulfdrico) poruma soluo contendo ctions de Fe,Cu Zn etc formando sulfetos deCu, Zn etc., formando sulfetos deferro como pirita (FeS2), calcopirita(CuFeS2), esfalerita (ZnS), etc..

    Pirita

  • ORIGEMORIGEM

    Ao de organismos sobre solues: EsseAo de organismos sobre solues: Esseprocesso resulta da ao dos organismosvivos, animais ou vegetais, sobre as

    l D f d solues. Dessa forma um grande nmerode seres marinhos (corais, crinides,moluscos etc.) extraem o carbonato declcio das guas salgadas para formar suasconchas e partes duras de seus corpos,resultando na formao de calcita (CaCO3) ( 3)e, em menor quantidade, aragonita(CaCO3) e dolomita [MgCa(CO3)2].

    Calcita

  • CLASSIFICAO CLASSIFICAO QUMICAQUMICA

    El t N tiElementos Nativos

    Ouro (Au)

    Sulfetos

    Galena (PbS)

  • CLASSIFICAO CLASSIFICAO QUMICAQUMICA

    xidos

    Hematita (Fe2O3)

    Halides

    Fluorita (CaF2)( )

  • CLASSIFICAO CLASSIFICAO QUMICAQUMICA

    NitratosNitratos

    Salitre (KNO3)

    Boratos

    Brax Na2B4O5(OH)4.8(H2O)

  • CLASSIFICAO CLASSIFICAO QUMICAQUMICA

    Carbonatos

    Malaquita (CuCO3)

    Sulfatos

    Barita (BaSO4)

  • CLASSIFICAO CLASSIFICAO QUMICAQUMICA

    V lf t M libd tVolframatos e Molibdatos

    Scheelita (CaWO4)

    Fosfatos

    Apatita (Ca5(PO4)3(F,OH,Cl))

  • CLASSIFICAO CLASSIFICAO QUMICAQUMICA

    SilicatosQuartzo (SiO2)

    Feldspato Microclnio(KAlSi3O8)

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Para a identificao dos minerais atravs de suas propriedades fsicas e morfolgicas, que so decorrentes de p p g , qsuas composies qumicas e de suas estruturas cristalinas,

    utilizamos caractersticas como: hbito, transparncia, brilho, d f li d id d l icor, trao, dureza, fratura, clivagem, densidade relativa,

    geminao e propriedades eltricas e magnticas.

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Hbit F t i t h bit l ibid lHbito Forma geomtrica externa, habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina.

    Limonita hbito cbico Quartzo hbito prismtico

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    T i S i i bTransparncia So os minerais que no absorvem ou absorvem pouco a luz. Os que absorvem a luz so considerados translcidos e dificultam que as imagens sejam reconhecidastranslcidos e dificultam que as imagens sejam reconhecidas atravs deles.

    Diamante transparente

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    B ilh T t d tid d d l fl tid l f iBrilho Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfcie de um mineral. Os minerais que refletem mais de 75% da luz exibem brilho metlico.exibem brilho metlico.

    Galena com brilho metlico Topzio com brilho vtreo

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Cor A cor exibida por um mineral o resultado da absoro seletiva da luz. O fato de o mineral absorver mais um determinado comprimento de onda do que os outros faz com que os comprimentos de onda restantes secom que os comprimentos de onda restantes se componham numa cor diferente da luz branca que chegou ao mineral. Os principais fatores que colaboram para a p p q pabsoro seletiva so a presena de elementos qumicos de transio como Fe, Cu, Ni, V e Cr.

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAOGranada

    Vanadinita

    Granada -Fe3Al2(Si3O12)

    Pb5(VO4)3Cl

    Azurita

    Cu3(CO3)2(OH)2

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Trao Trata-se da cor do p do mineral sendo obtida riscandoTrao Trata-se da cor do p do mineral, sendo obtida riscando o mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de cor branca.

    Hematita Trao vermelho Magnetita Trao amarelo

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Dureza a resistncia que o mineral apresenta ao ser riscadoDureza a resistncia que o mineral apresenta ao ser riscado. Para a classificao utiliza-se a escala de Mohs, que utiliza como parmetros a dureza de minerais comuns, variando de 1 at 10.p

    Madureira et al.(2000)

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Fratura Refere-se a superfcie irregular e curva resultante da quebra do mineral. Obviamente controlada pela estrutura atmica interna do mineral, podendo ser irregulares ou conchoidais.

    Quartzo com

    f t h id lfratura conchoidal

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Cli S it f t t t d f i d bClivagem So muito freqentes, trata-se de superfcies de quebra que constituem planos de notvel regularidade. Os tipos mais comuns so:so:

    Rombodrica - Calcita

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Cbica GalenaOctadrica - Fluorita Cbica - Galena

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Densidade relativa o nmero que indica quantas vezes certo l d i l i d l dvolume de mineral mais pesado que o mesmo volume de gua a 4

    C. Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3. Alguns minerais que contm elementos de alto peso atmico (Ba SnAlguns minerais que contm elementos de alto peso atmico (Ba, Sn, Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade superior a 4.

    Cassiteria (SnO2) densidade relativa: 6,8 7,1densidade relativa: 6,8 7,1

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Geminao a propriedade de certos cristais de se desenvolverem d i l i d l ifi d i lde maneira regular. A geminao pode ser classificada como simples (dois cristais intercrescidos) ou mltipla (polissinttica).

    Estaurolita geminao simples em cruz.

    Labradorita geminao polissinttica.

  • IDENTIFICAOIDENTIFICAO

    Propriedades eltricas Muitos minerais so bons condutores de eletricidade como o caso dos elementos nati os (C A Ag etc ) eeletricidade, como o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e outros, so classificados como semicondutores (sulfetos). Alguns minerais so classificados como magnticos, como o caso daminerais so classificados como magnticos, como o caso da magnetita e a pirrotita, pois geram um campo magntico em sua volta com intensidade varivel.

    Magnetita (Fe3O4)

  • DANA - HURLBURT JR, C.S. - 1969 - Manual de Mineralogia, Vol. I e II - Ao livro Tcnico USP, Rio de Janeiro (Trad. Rui Ribeiro Franco).

    ERNST, W.G. - 1971 - Minerais e Rochas - Ed. Blucher S.A., So Paulo

    FORD, W.E. - Danas Textbook of Mineralogy - Ed. Hohn Willey and S kSong, New York

    KLOCKMANN, F. e RANDAKR, P. 1961. Tratado de Mineralogia, Ed. Gustavo Gili S.A., Barcelona,

    LEINZ, V. e SOUZA CAMPOS, J.E. de - 1968 - Guia para Determinao de Minerais Companhia Editora Nacional, So Paulo.

    MADUREIRA F, J.B.; ATENCIO, D.; McREATH, I. Minerais e Rochas: Constituintes da Terra slida. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M. de; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F. (Coordenadores), Decifrando a Terra. So Paulo: Editora Oficina, 2000, p. 27 37.

    PHILIPS, F.C. - 1978 - Introduccion a la Cristalografia. Ed. Paraninfo S.A. MadridS.A. Madrid