manual bíblico dake

MANUAL BÍBLICO DAKE


MANUAL BÍBLICO

Belo I [orizonte/MG


FENIS JENNINGS DAKE

MANUAL BÍBLICO

DO MESMO AUTOR DAS NOTAS DA

BÍBLIA DE ESTUDO DAKE


Dake, Finis Jennings

D135

Manual Bíblico Dake / Finis Jennings Dake; tradução de Noemi

Valéria Altoé da Silva e Cristiane Bernadete de Jesus. - Belo Horizonte:

Editora Atos, 2009.

304 p.

Título original: Bible truths unmasked

ISBN 978-85-7607-101-3

1. Bíblia - Estudo 2. Leitura da Bíblia I. Título

CDU: 243 CDD: 220.569

índices para catálogo sistemático:

1. Bíblia: estudo 220.569

Copyright © 2009 por Editora Atos lodos os direitos reservados

Copyright © 1950, 2003 by Dake Publishing. Inc.

Supervisão editorial Walkyria Freitas

Capa Rodrigo Robson

Primeira edição Novembro de 2009

Nenhuma parte deste livto pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida por qualquer meio — eletrônico, mecânico, fotocópias, etc. — sem a devida permissão dos

editores, podendo ser usada apenas para citações breves.

Publicado com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela EDITORA ATOS LTDA.

Caixa Postal 402 30161-970 Belo Horizonte MC

www.ediioraatos.com.br

Impresso na Índia


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... ............. 7

1 Como compreender a Bíblia ............................................................................ 11

2 A realidade de Deus, Satanás, anjos e demônios................................................ 19

3 A realidade da batalha espiritual.......................................................................... 33

4 Lei moral e governo moral .................................................................... .............. 51

5 A doutrina do pecado ........................................................................... .................63

6 Como se livrar do pecado...................................................................................... .93

7 A doutrina do novo nascimento...........................................................................103

8 Evidências do novo nascimento ..........................................................................117

9 A doutrina da fé .....................................................................................................139

I 0 Como obter resposta a todas as orações .............................................................163

I I Evidência bíblica para a cura divina.................................................................179

I 2 Incredulidade respondida com a Escritura ......................................................197

13 Evidência bíblica que curar é sempre a vontade de Deus...............................219

I i Como ser curado e ficar são..................................................................................231

1 5 Livrcs da miséria e da necessidade ....................................................................253

16 Exercendo autoridade ilimitada sobre todos os poderes satânicos..............279


INTRODUÇÃO

O Manual Bíblico Dake tem a intenção de revelar, de forma simples e clara,

verdades bíblicas que estão desnecessariamente encobertas para muitos cristãos.

O próprio Satanás é o maior responsável pelo que fica oculto. Ele não apenas

cega o entendimento dos descrentes (2Co 4.3-4), mas também rouba a Palavra de

Deus do coração dos cristãos, a menos que eles descubram como vencê-lo -

vitória esta que é a herança de todo crente.

Com o único fim de enganar, Satanás e seus agentes são transformados em

"anjos de luz" e em "servos da justiça" (2Co 11.13-15). Ele usa até o melhor dos

santos e ministros de igrejas para propagar falácias de todo o tipo, visando

roubar os homens das ricas bênçãos da Palavra de Deus.

Nós nos propusemos a revelar várias dessas verdades encobertas nas

páginas que se seguirão. Prometemos fornecer muitos esclarecimentos sobre as Escrituras, visto que buscamos revelar as verdades que se mantiveram

encobertas por gerações, verdades que não foram integralmente experimentadas

pelos cristãos desde os dias dos apóstolos.

A princípio, é bem possível que você fique surpreso com algu-ni.is de nossas afirmações, as questione e chegue até a pensar que não

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são ensinamentos bíblicos. Mas se você for honesto consigo mesmo e aberto para

o que as Escrituras realmente ensinam, acabará se dando conta dessas verdades

que se destinam a ser experimentadas por todos os cristãos.

Este livro revela a vontade de Deus e mostra:

1. Como ler e compreender a Bíblia.

2. Como alcançar os benefícios das promessas de Deus.

3. Como detectar os poderes demoníacos e as falsas religiões.

4. Como resistir ao Diabo e vencê-lo, bem como aos anjos caídos.

5. Como saber quando você está sendo enganado e como evitar o

engano.

6. Como discernir entre manifestações de Deus e de espíritos

demoníacos.

7. Como conhecer a vontade de Deus.

8. Como saber quais pecados e maus hábitos condenarão a sua alma.

9. Como fazer distinção entre carnalidade e pecado.

10. Como se libertar do pecado, dos maus hábitos e das derrotas

espirituais.

11. Como nascer de novo e conhecer verdadeiramente a Deus.

12. Como solucionar todos os problemas da vida, tanto agora como

daqui para frente.

13. Como ter uma fé em Deus imutável, inabalável e absoluta.

14. Como saber que você tem a fé correta e está na religião certa.

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15. Como aumentar a fé e como usá-la.

16. Como ser próspero e bem-sucedido nos negócios.

17. Como saber se você vai para o céu ou para o Inferno.

18. Como vencer os obstáculos que o impedem de ter fé e orar.

19. Como se libertar da pobreza e de passar por necessidades.

20. Como obter respostas para todas as orações.

21. Como saber quando sua oração não será respondida.

22. Como saber quando sua oração será respondida.

23. Como saber quando é a vontade de Deus curar e responder sua

oração.

24. Como obter cura física e ter boa saúde.

25. Como se libertar das enfermidades, dores e doenças.

26. Como ter domínio próprio e se libertar das preocupações e da

ansiedade.

27. Como fazer as obras que Jesus fez e obras ainda maiores.

28. Como ter o poder que é concedido por Deus.

29. Como ter os dons do Espírito Santo.

30. Como exercer autoridade ilimitada em toda a sua plenitude,

conforme foi concedida por Deus.

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Capítulo 1

COMO COMPREENDER A BÍBLIA


O fundamento de todas as afirmações feitas na Introdução é a Bíblia. Muitos livros foram escritos para proporcionar um alívio temporário dos problemas da vida, mas estavam preocupados basicamente com a aparência externa. Esses livros são baseados numa mistura de psicologia e religião e, embora tenham seus méritos, erram completamente a mão quando tentam lidar com o cerne do problema da raça humana e, certamente, não promovem uma cura verdadeira.

O grande problema de nosso mundo não está tanto nos desajustes externos, mas sim na depravação interna causada pelo pecado e pela rebelião contra Deus. O fato é que os homens são depravados, criaturas caídas e sem harmonia com Deus e com seus propósitos criativos. Muitos são dominados por espíritos demoníacos que procuram controlar cada uma de suas ações e os levam a agir de forma contrária à vontade de Deus.

Se quisermos ter vitória sobre as adversidades que enfrentamos e recebermos todos os benefícios da Palavra de Deus, devemos ter clareza quanto à verdadeira origem de nossos problemas e nos voltarmos para Deus em busca de ajuda contra esses espíritos demoníacos que dominam a raça humana. Se quisermos ter vitória completa e eterna,

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devemos encontrar nossa ajuda em Deus, mediante a verdade encontrada nas Escrituras e não mediante a psicologia e esforço humano. A Bíblia deve ser aceita como a inspirada e infalível Palavra de Deus. O que está escrito nela deve ser aceito como a palavra de autoridade final sobre todas as questões.

A lei da Bíblia é que toda questão precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas (Mt 18.16; 2Co 13.1). Propomo-nos a seguir esta lei e provar tudo simplesmente com o que está escrito nas Escrituras. É importante que o leitor rejeite qualquer teoria que possa ser contrária à simples Palavra de Deus. Vamos aceitar literalmente o que Deus diz sem questioná-lo nem "desacreditar de sua Palavra".

Deus quer dizer exatamente o que diz e diz exatamente o que quer dizer

Quando Deus diz algo, quer dizer exatamente aquilo. Nós te-mos todo o direito do mundo de acreditar que Ele é um ser inteligente e que pode usar (e Ele usa) a linguagem humana bem como qualquer um de nós. Não se ganha nada duvidando, questionando ou arguindo sobre tudo o que Ele diz. Perderemos tudo, tanto agora como no futuro, se continuarmos procedendo assim. O objetivo de Satanás é convencer o homem a viver em dúvida e incrédulo quanto às promessas de Deus para, assim, roubá-lo e impedi-lo de receber os benefícios que a fé na Palavra de Deus traz. Se Deus não quisesse dizer o que diz, não teria dito - mas se Ele disse, quem somos nós para o fazermos de mentiroso? Em vez disso, não deveríamos acreditar que Satanás é mentiroso, nosso pior inimigo e que a dúvida e a incredulidade são obras suas, com a finalidade de roubar dos homens os benefícios da Palavra de Deus por intermédio de Jesus?

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Não há lugar para equívocos Não há desculpas para a compreensão incorreta do que a

Bíblia diz. A Bíblia é o livro mais simples do mundo de se compreender. A única coisa que precisamos é acreditar e aceitar a verdade das Escrituras. Nenhuma de suas passagens sequer indica que ela é de difícil compreensão. Apenas os "ignorantes e instáveis" são mencionados como aqueles que torcem a Palavra para a sua própria destruição (2Pe 3.16). São os que custam a entender e demoram a crer que não a compreendem (Lc 24.25-27). E a incredulidade e a dureza de coração que fazem com que as pessoas questionem seu conteúdo (Mt 13.14-17; Mc 16.13-14). Quem deseja conhecer a verdade poderá compreendê-la com facilidade, se crer que o que a Bíblia diz é verdade.

O segredo para se conhecer a verdade é descobrir o que Deus diz e acreditar nisso. A tentativa de encontrar significados profundos e ocultos no que é simples, evidente e claro roubará, automaticamente, a pessoa de uma fé simples em Deus e em sua Palavra. A compreensão verdadeira e a fé vêm por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo (Rm 10.11-18). Por cerca de noventa vezes aparece nas Escrituras um apelo para que acreditemos no que "está escrito", pois ela é bastante simples de ser compreendida, desde que haja o desejo de acreditar nela.

Causas dos equívocos

Orgulho, incredulidade obstinada, dúvida e rebelião contra o que "está escrito" são as causas dos equívocos quanto à compreensão da Bíblia. A dificuldade não está em compreender o que está claramente escrito, mas sim em desejar acreditar e obedecer. Se alguém não conseguir entender a verdade não poderá rejeitá-la. O problema com

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os rebeldes mencionados em Mateus 13.9-13 não era de compreen-são, mas de rejeitar o que tinham ouvido:

"Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!" Os discípulos apro-ximaram-se dele e perguntaram: "Por que falas ao povo por parábolas?" Ele respondeu: "A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. A quem tem será dado, e este terá em grande quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado. Por essa razão eu lhes falo por parábolas: 'Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem'".

Nós acharemos qualquer passagem bíblica difícil de ser compreendida se decidirmos não acreditar nela. Quando rejeitamos o que ouvimos e nos recusamos a obedecer, ficamos naturalmente insensíveis e contra o que ouvimos. Quando fechamos nossa mente para a verdade, não podemos compreendê-la com simplicidade. Precisamos estar dispostos a aceitar a Bíblia como a Palavra de Deus. Devemos acreditar que Ele não poderia ser honesto se ocultasse de nós as muitas coisas pelas quais nos julgará. Precisamos aceitar o que a Bíblia diz, não o julgamento que as pessoas fazem dela. Precisamos acreditar que Deus sabia o que estava dizendo e que queria dizer exatamente isso.

Muitas referências bíblicas como prova

É nossa política apresentar referências bíblicas para embasar tudo o que está escrito entre as capas deste manual. Essas passagens são fornecidas como provas de que o que dizemos é bíblico e como auxí-lio paia aqueles que desejam investigar por si mesmos o que a Bíblia

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tem a dizer. Algumas partes das Escrituras que apresentamos poderão contradizer o que você tem aprendido. Nesses casos, certifique-se de não permitir ideias preconcebidas nem ensinamentos doutrinários que o tornem tendencioso. Não procure fazer com que a Bíblia se amolde a suas ideias, mas, ao contrário, amolde suas ideias à Bíblia. Deixe a linguagem simples da Bíblia dirimir cada ponto de discrepância e confirmar o que você acredita.

As promessas de Deus são especialmente simples

Muitas pessoas pensam que a Bíblia é difícil de entender. Em par-ticular, essa crença é mantida por causa das profecias, dos provérbios e de algumas figuras de linguagem. Entretanto, essas partes não são mais difíceis de compreender do que as seções que tratam da história ou aquelas que muitos consideram ser "simples". A profecia nada mais é do que a história escrita antecipadamente e deve ser compreendida a sua luz. Todos os enigmas, alegorias, tipos, símbolos e figuras de linguagem são explicados nas Escrituras ou são claros por si mesmos quanto a seu significado verdadeiro.

No que diz respeito às promessas de Deus, não deve haver ne-nhum equívoco sobre o que dizem ou significam. Cada promessa é uma declaração simples informando um dever que, quando cumprido, é recompensado por Deus com determinados benefícios. Todas as promessas de Deus são condicionais, como pode ser constatado nas próprias Escrituras. Se você quiser receber os benefícios prometidos, deverá aceitar o que diz a promessa e cumprir as condições exigidas. Então, você poderá ter certeza de sua realização nesta vida.

Como Deus não pode mentir, podemos ter certeza de que o que prometeu é capaz de cumprir plenamente. Nenhuma de suas promes-

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sas precisa de interpretação adicional. Tudo o que precisamos fazer é agir de acordo com o que a Bíblia diz e acreditar que ela se realizará. Não vincule nenhuma outra condição às promessas de Deus além do que simplesmente estiver escrito. Quando as condições forem atendidas, a bênção será realizada, segundo o que o apóstolo Paulo escreve em 2Coríntios 1.20: "Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o 'sim'. Por isso, por meio dele, o 'Amém' é pronunciado por nós para a glória de Deus".

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Capítulo 2

A REALIDADE DE DEUS, SATANÁS, ANJOS E DEMÔNIOS.


A realidade do Deus Vivo

A fé em Deus e em suas promessas pressupõe a existência de Deus e de

que Ele é um Deus de amor, justiça, misericórdia e verdade. Esta é uma

ideia fundamental e na qual este manual está baseado. Precisamos

reconhecer estes atributos de Deus sem nenhuma dúvida em nossos

corações. Paulo disse: "Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem

dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que

o buscam" (Hb 11.6). Você pode e deve acreditar em Deus, se quiser

receber os benefícios que Ele prometeu.

Não nos dedicaremos aqui a um estudo completo sobre Deus, pois

este tópico é integralmente tratado em nossa obra intitulada Gods Plan for Man (O

plano de Deus para o homem). Em vez disso, continuaremos partindo da

seguinte premissa:

- Você acredita em um Deus pessoal.

- A Bíblia é a Palavra de Deus.

- Deus cumprirá tudo o que prometeu a você.

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Devemos nos apoiar nesta base bíblica fundamental, e à medida

que você receber os benefícios das promessas, terá a mais sólida prova da

existência de Deus e de sua fidelidade quanto ao seu compromisso com o

homem.

A realidade de Satanás

A Bíblia não ensina apenas a realidade de um Deus pessoal, mas

também de um demônio pessoal, o adversário de Deus e do homem.

Satanás é mencionado com diferentes nomes cerca de cento e setenta e

cinco vezes nas Escrituras.

Jesus, os apóstolos e os escritores da Bíblia referem-se a ele como uma

pessoa real (lCr 21.1; Zc 3.1-3; Mt 4.1-11; Ef 6.10-18; IPe 5.8-9; Ap 12.7-12;

20.1-10). Pronomes pessoais, descrições, nomes, atributos e obras são

atribuídos a Satanás nas Escrituras.

Satanás é retratado como o cabeça das forças espirituais que se

rebelaram contra Deus (Mt 12.24-30; Ef 2.2; 6.10-18; 2Co 11.14; Ap 12.7-

12). Ele é um anjo caído e o primeiro governador do planeta terra antes

dos dias de Adão. Ele liderou uma rebelião contra Deus e subiu ao céu

com o propósito de banir o Senhor de lá.

Satanás não tinha pecado, era o modelo da perfeição, inculpável em

seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade

nele (Ez 28.11-17). Ele foi então derrotado e expulso do céu (Is 14.12-14; Lc

10.18).

Satanás, portanto, não é um germe de uma doença, um erro tia

mente dos mortais, um princípio do mal ou um ser com cascos, chilres,

rabo e (ridente que mora no Inferno. Em vez disso, a Bí

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blia revela Satanás como uma pessoa real, e suas atividades e persona-

lidade são claras:

1. Ele é o enganador de todos os homens (Ap 12.9; 20.1-10; 2Co

11.14).

2. Ele tinha o poder da morte até Cristo ter destruído a morte, o

Inferno eo Hades (Hb 2.14; ICo 15.24-28; Ap 1.18; 20.11-15).

3. Ele é o líder de todos os seres humanos que são pecadores e

apóstatas (ljo 3.8-10; lTm 5.15) e de todos os espíritos rebeldes

(Ef 6.10-18; Mt 9.34).

4. Ele causa toda a sorte de doenças e enfermidades físicas e

mentais (Lc 13.16; Jo 10.10; At 10.38).

5. Ele tira vantagem das adversidades enfrentadas pelos homens

usando-as para fomentar a rebelião e mantê-los cativos (2Co

2.11; lTm 1.20; 5.11-15; IPe 5.8-9).

6. Ele tenta os homens e os leva a pecar (1 Cr 21.1, Mc 1.13; ICo

7.5).

7. Ele ofende e faz oposição a Deus (Mt 16.23).

8. Ele se disfarça de anjo de luz com o propósito de enganar (2Co

11.14).

9. Ele resiste àqueles que servem a Deus (Zc 3.1-2; IPe 5.8-9).

10. Ele induz pessoas a confrontar Deus (Lc 22.3; Jo 13.2).

11. Ele envia mensageiros para derrotar os santos (2Co 12.1-7; Dn

10.12-21).

12. Ele impede que a Palavra de Deus seja difundida (lTs 2.18; At

13.10).

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13. Ele rouba a Palavra de Deus dos corações das pessoas, a fim

de que não creiam nela e não sejam salvas (Mt 13.19; Lc 8.12).

14. Ele transfere poder de operar milagres aos homens (2Ts 2.9;

Ap 13.1-18).

15. Ele guerreia contra os mensageiros de Deus e, às vezes, os

mantém cativos (Dn 10.12-21).

16. Ele prepara ciladas e armadilhas para os homens caírem em

pecado (lTm 3.7; 2Tm 2.26).

17. Ele faz guerra contra os santos (Ef 6.10-18; IPe 5.8-9).

18. Ele desvia a atenção dos homens e os cega em relação à Pa-

lavra de Deus (2Co 4.4).

19. Ele promove mente dividida (Tg 1.5-9), dúvida e incredu-

lidade (Rm 14.23; Gn 3.4-5), escuridão e opressão (2Co 4.4; 2Pe

1.4-9), morte e fraqueza (Hb 6.1; 9.14), procrastinação e

exposição (At 24.25; 26.28) e divisões e disputas entre as

pessoas (IPe 5.8; ICo 3.1-3).

20. Ele incita as paixões e as concupiscências nos seres humanos e

se apodera deles à medida que se submetem às suas forças

demoníacas (Jo 8.44; Ef 2.1-3; ljo 2.15-17).

A realidade dos anjos caídos

Os anjos são seres reais com corpos espirituais. Na verdade, a

maior diferença real entre os anjos e a raça humana é que os anjos têm

corpos espirituais e muito mais poder e atributos pessoais. Está com-

provado, por um grande número de passagens bíblicas, que os anjos são,

de lato, seres pessoais:

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1. Os anjos são inteligentes e sábios (2Sm 14.20; 19.27; Mt 24.35).

2. Eles são imortais e poderosos (Dn 10.5-21; Lc 20.36; Ap 12.7-12).

3. Eles não são seres humanos (At 23.8-9; Hb 2.9,16).

4. Eles têm vontades e corpos espirituais com membros como os homens (Is 14.12-14; Dn 10.5-21; Ap 12.7-12; 20.1-10; Gn 18-19; Js 5).

5. Eles podem operar, e efetivamente operam, no reino material (Ap 9.11,14; 12.7-12; 20.1-10).

6. Eles guerreiam em combate corporal real (Ap 12.7-9; Dn 10.5-21).

7. Eles governam nações (Dn 10.13-21; 12.1; Ef 6.10-18).

8. Eles são seres criados (Gn 6.1-4; Jó 1.6; 2.1; 38.7; Cl 1.15-18).

9. Os anjos caídos são organizados em principados e poderes para guerrear contra os santos (Rm 8.38; Ef 6.10-18; IPe 3.22).

10. Eles se dividem em duas classes - bons e maus (2Pe 2.4; Jd 1.6-7;

Ap 12.7-9).

11. Eles estão sujeitos a Jesus Cristo (IPe 3.22).

12. Os anjos rebeldes serão lançados fora do céu (Ap 12.7-12).

13. Os anjos caídos enganam os homens (2Co 11.14), se opõem aos santos (Rm 8.38; Ef 6.10-18), caíram originalmente com Lúcifer (Is 14.12-14; Ez 28.11-17; Mt 25.41; Ap 12.7-12) e estão condenados ao fogo do Inferno por toda a eternidade (Mt 25.41; Jd 1.6-7; Is 24.21-23; 25.7).

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14. Eles comem alimentos (Gn 18), usam roupas (Jo 20.12), ob-

servam os homens (lCo 4.9), cozinham (lRs 19.5-7), viajam (Ap

8.13; 9.1), falam línguas (lCo 13.1), testemunham confissões (Lc

12.8-9) e fazem muitas coisas que os homens fazem.

15. Eles têm uma alma pessoal e faculdades espirituais como os

homens (Lc 15.1-10; lCo 11.10; Mc 8.38; Lc 2.13; Ap 5.11; Jó

4.18).

16. Eles têm o aspecto físico dos homens (Gn 18.1-16; 19.1-5; Js 5.15;

Jz 6.11; 13.6-20; Dn 10; At 12.7-11; Hb 13.2).

Realidade dos demônios ou espíritos imundos

Segundo a Bíblia, a atividade demoníaca é muito real. A palavra

"demônio" significa "espírito demoníaco" ou "diabo". A palavra "diabo" é

usada para Satanás, o príncipe dos demônios (Mt 9.34; 12.24). Ele é o chefe

dos espíritos malignos e a fonte original do mal no Universo.

A palavra grega para "diabo", usada juntamente com Satanás, é

diabolos, que significa "adversário", "falso acusador" ou "caluniador". É

traduzida como "acusador" e "caluniador" e é usada em lTimóteo 3.11,

2Timóteo 3.3 e Tito 2.3.

Ela foi traduzida como "diabo" quando aplicada a Judas no

momento em que se tornou um adversário de Jesus Cristo (Jo 6.70). Em

outros trinta e quatro lugares ela é traduzida como "Diabo" e usada para Satanás como o adversário principal de Deus e dos homens.

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Somente um Diabo, mas muitos demônios

Nos outros setenta e seis lugares onde as palavras "diabo" e "de-

mônios" aparecem, referem-se a espíritos malignos ou demônios, e são

derivadas de duas diferentes palavras gregas - diamonion e diamon,

que significam "espíritos malignos", "demônios" ou "adversários" de Deus

e dos homens.

Existe somente um diabo chefe, no entanto, existem muitos

demônios. O Diabo tem um corpo angelical e não tem como prática

entrar corporalmente em seres humanos, mas os demônios são espíritos e

operam no mundo material, possuindo os corpos de homens e de

animais.

Outros fatos sobre os demônios

1. Eles são chamados de demônios (Mc 16.17), espíritos (Lv 20.6),

espíritos imundos (Mc 1.27), espíritos malignos (Lc 7.21) e espíritos

enganadores (lTm 4.1).

2. Os demônios estão sujeitos a Jesus Cristo e aos crentes pela expiação

de Jesus, pelo nome de Jesus e pelo Espírito Santo (Mt 8.16-17; 12.28; Mc

16.17; Lc 10.17; At 19.15).

3. Milhares de demônios podem entrar simultaneamente em uma pessoa

e possuí-la (Mc 5.9).

4. Os crentes devem discernir, testar, resistir e rejeitar os demônios (ljo

4.1-6; ICo 12.10; Ef 5.27; 6.10-18; IPe 5.8-9).

5. Ides possuem uma inteligência superior (Mt 8.29).

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6. O lugar justo para os demônios é o Abismo (Lc 8.31; Ap 9.1-21).

7. Eles têm personalidades distintas (Lc 8.26-33).

8. Eles são espíritos sem corpos (Mt 12.43-45; Ap 16.13-16).

9. Eles são emissários de Satanás (Mt 12.26-29).

10. Eles são numerosos, buscam entrar nos homens e em animais e

controlá-los (Mc 5.1-18; Mt 12.43-45; Lc 8.32).

11. A possessão demoníaca e a influência demoníaca são diferentes

(Mt 4.23-24 com 16.21-23).

12. Os demônios sabem que seu destino será de tormento (Mt 8.29-

32).

13. Eles sabem quem tem poder sobre eles (At 19.13-17).

14. Eles temem a Deus (Tg 2.19), fazem guerra contra os santos (Ef

6.10-18) e influenciam as pessoas para que cometam pecados

(lTm 4.1-5; 2Pe 2.10-12).

15. Todos os descrentes são possuídos por eles em um grau maior

ou menor (Mt 12.43-45; Ef 2.1-3).

16. As únicas armas contra eles são a oração, o jejum e a completa

armadura de Deus (Mt 17.21; Ef 6.10-18).

17. A consulta a espíritos demoníacos é proibida nos dois

Testamentos (l,v 19.31; 20.6; Dt 18.10; Is 8.19-21; lCr 10.13-14; Lc

4.41; At 16.16; lTm 4.1-5; 2Pe 2.1-3; ljo 4.1-6).

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A natureza dos demonios

Os demonios são malignos (Jz 9.23; ISm 18.9-10), enganadores (lTm 4.1), mentirosos (IRs 22.22-24), inteligentes (At 16.16) e poderosos (Me 5.1-18; Ap 16.13-16). Eles se apoderam dos homens e podem ser expulsos (Mt 10.8; Me 16.17).

Eles têm conhecimento (Mc 1.24; Le 4.41; At 19.15), fé (Tg 2.19), sentimentos (Mt 8.29; Mc 5.7), companheirismo (ICo 10.20-21), doutrinas (lTm 4.1), vontades (Mt 12.43-45), poderes milagro-sos (Ap 16.13-16), inteligência (lTm 4.1; ljo 4.1-6), emoções (At 8.7), desejos (Mt 8.28-31) e outras faculdades espirituais e da alma.

A obra dos demônios

Os demônios se apoderam das pessoas e causam: mudez e surdez (Mt 9.32-33; Mc 9.25), cegueira (Mt 12.22), sofrimento inten-so (Mt 15.22), loucura e mania (Mt 4.23-24; 17.14-21; Mc 5.1-8), imundície (eles são chamados de espíritos imundos vinte e uma vezes - Lc 4.36), força sobrenatural (Mc 5.1-18), suicídio (Mt 17.15; Jo 10.10), ataques (Mc 9.20), concupiscências (Jo 8.44; Ef 2.1-3; ljo 2.15-17), falsa adoração (Lv 17.7; Dt 32.17; 2Cr 11.15, SI 106.37; ICo 10.20; Ap 9.20), indução ao erro (ljo 4.1-6; lTm 4.1), doença e enfermidade (Mt 4.23-24; 12.22; 17.15-18; At 10.38), tormentos (Mt 4.23-24; 15.22), enganos (lTm 4.1-2; ljo 4.1-6), mentira (lRs 22.21-24), encantamentos e feitiçaria (ISm 28; lCr 10.13; 2Cr 33.6), heresias e falsas doutrinas (lTm 4.1), maldade (Lc 11.26), medo (2Tm 1.7), mundanismo (ljo 2.15-17; ICo 2.12), escravidão (Rm 8.15), discórdia (Mt 13.39; lRs 22.21-24), violência (Mt 17.15), traições (Jo 13.2; lRs 22.22-23), opressão (At 10.38), peca

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do (ljo 3.8), perseguição (Ap 2.10; IPe 5.8), inveja (ISm 16.17; 18.8-10), falsa profecia (lRs 22.21-24) e todo o mal possível a Deus e aos homens.

Eles podem ensinar (lTm 4.1), roubar (Mt 13.19; Lc 8.12), com-

bater (6.10-18; IPe 5.8-9), ficar furiosos (Mt 8.28; Ap 12.12), predizer o futuro (Lv 20.27; At 16.16), ser amigáveis (Lv 20.6,27).

Eles também têm o poder de entrar e sair dos homens quando

querem, a menos que sejam expulsos e rejeitados (Mt 12.43-45), de sair de um lugar e ir para outro (lRs 22.21-24; Mc 5.7,12), de falar

(Mc 1.34; 5.12; At 8.7), de imitar mortos que partiram (ISm 28.3-20; lCr 10.13; Is 8.19; Dt 18.11) e de fazer muitas outras coisas quando

se apoderam de corpos.

Demônios e doenças

Há espíritos demoníacos para cada doença, traço profano e erro doutrinário encontrados no mundo atualmente. Os demônios

devem ser expulsos para se obter alívio de sua influência.

Os espíritos imundos são agentes de Satanás que entram efeti-vamente nos corpos dos seres humanos, causando enfermidade e morte. Eles corrompem os corpos de suas vítimas e trabalham invisi-velmente entre nós.

Conhecimento necessário sobre os demônios

Devemos acreditar na realidade de Satanás, dos anjos caídos e demônios para podermos cooperar de forma inteligente com Deus e Contra eles, e Hics opormos resistência em nossas próprias vidas.

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Eles são reais e tentam nos enganar, fazendo-nos acreditar que não existem, apesar de todas as provas de sua existência. Se quiser-mos usufruir dos benefícios concedidos por Deus segundo a sua Palavra, devemos acreditar no que Ele disse sobre esses seres e como trabalham para ocasionar o pecado, a doença, a dor, o sofrimento, a pobreza, a privação e a derrota, levando, com isso, muitas pessoas ao fogo eterno do Inferno.

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Capítulo 3

– A REALIDADE DA BATALHA ESPIRITUAL


Satanás, o enganador do mundo Apocalipse 12.9

Segundo as Escrituras, a maior e mais importante obra de Satanás é imitar as doutrinas e as experiências espirituais geradas por Deus, com a única finalidade de enganar os santos. Somos recomendados a examinar cada doutrina e experiência sobrenatural para determinar se são provenientes de Deus ou de Satanás (1 Co 2.12-16; Fp 1.9-10; lTs 5.21-22; ljo 4.1-6).

Devido à diversidade de religiões no mundo, é óbvio que nem todas as doutrinas e experiências espirituais individuais de seus adeptos têm origem em Deus. Portanto, devemos julgá-las ao ganharmos uma compreensão correta da Palavra de Deus, que é clara. O maior risco para os cristãos é aceitar tudo do reino sobrenatural como sendo proveniente de Deus, sem questionar.

Por terem se consagrado a uma vida de submissão ao Espírito Santo e se deixarem conduzir por Deus, geralmente os crentes acham que não podem ser enganados ou guiados por espíritos demoníacos por meio de doutrinas falsas e interpretações bíblicas erróneas. Entre

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tanto, o fato de o crente ser filho de Deus não impede o Diabo de tentar enganá-lo, de todas as maneiras concebíveis, imitando a Deus. Na verdade, os crentes são exatamente aqueles em quem ele concentra seus maiores esforços e contra quem declara guerra.

Os enganos e os poderes satânicos dos últimos dias foram previstos

Exatamente como os magos do Egito imitaram o poder de Deus nos dias de Moisés (Ex 7.9-12; 8.19), o Diabo vive tentando imitar a obra e o plano verdadeiro de Deus para enganar os homens nestes úl-timos dias. Em muitos cultos há manifestações de poderes satânicos nas áreas de cura e prosperidade. Geralmente seus adeptos recebem benefícios similares àqueles que Deus prometeu a seus filhos. Jesus predisse que nos últimos dias surgiriam muitos falsos cristos e profetas, os quais realizariam "grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos" (Mt 24.24 - veja também 7.22-23).

Paulo predisse a mesma coisa quando escreveu: "O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios" (lTm 4.1 - veja também lTm 4.2-8; 2Tm 3.1-13; 4.1-4). Ele também disse o seguinte sobre o futuro anticristo:

Então será revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda. A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que

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os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça.

2Tessalonicenses 2.8-12

Pedro e João predisseram que Satanás concederia um grande poder aos homens nos últimos dias (2Pe 2.1-3; Ap 13.1-18; 19.20).

Duas origens de ajuda espiritual

Portanto, podemos observar que muitos buscarão e encontrarão ajuda de poderes satânicos nos últimos dias. Satanás e os demônios, que causam doenças, impedem as pessoas de obter prosperidade e lutam para impedir que recebam respostas a suas orações, também podem retirar a oposição e ajudar as pessoas a conseguirem benefícios, caso as circunstâncias sejam favoráveis a eles.

Satanás e os demônios não têm apenas o poder de ajudar as pessoas, mas também o de mantê-las em cativeiro e derrota física, espiritual e material. Essa condição só terá fim quando elas conhecerem a verdade que as libertará. Apenas Deus pode salvá-las desse poder maligno, a menos que essas influências demoníacas as deixem espontaneamente.

Jesus ensinou em Mateus 12.43-45 que os demônios podem sair de uma pessoa e, em seguida, voltar novamente se desejarem. O fato de os demônios fugirem quando são repreendidos por aqueles que têm poder sobre eles, prova que podem liberar qualquer pessoa que mantêm cativas (Mt 12.22-32; Lc 10.18-20; At 19.11-17). Isso explica o motivo pelo qual podem infligir uma doença, mas também curar quando é vantajoso para eles.

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Quando os poderes demoníacos consideram vantajoso curar as doenças que eles próprios infligiram? A resposta para esta pergunta reside nas motivações e esquemas do Inimigo. Satanás e seus seguidores usam o engano e as falsas doutrinas que negam os fundamentos da Palavra de Deus da salvação. Os adeptos enganados dessas falsas religiões nunca chegam a saber a verdadeira origem de seu poder. Eles podem ser convencidos de que a origem de sua riqueza, saúde e poder provém de Deus, mas isso não é verdade. Jesus disse:

Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Rei-no dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Se-nhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não ex-pulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?' Então

eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim

vocês, que praticam o mal

Mateus 7.21-23 Essas falsas religiões, sem exceção, negam o sangue de Jesus

Cristo, o novo nascimento, a ressurreição corporal de Jesus e todos os fundamentos da Palavra de Deus que salvam as almas dos homens. O Diabo reforça esse ensinamento ajudando aqueles que seguem tais religiões, convencendo-os que, por fim, encontraram a verdade. Entretanto, eles ignoram o cristianismo e a verdade da Palavra de Deus e serão condenados porque rejeitaram a Jesus e a Cruz (At 4.12).

Deus é a verdadeira fonte de auxílio, não o Diabo e os demônios. Apresentamos a verdadeira mensagem da Bíblia e garantimos, segundo a autoridade da Palavra de Deus, que você encontrará cura, saúde, prosperidade, respostas para suas orações e tudo o que Deus

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lhe prometeu. É possível conhecer Deus de uma forma real e vital, e apreciar a plenitude de Deus em sua vida à medida que você ca-minhar de acordo com a verdade e se amoldar à vontade dele. En-tão, sua alma eterna também será salva e você terá vida eterna, em vez da condenação eterna que os adeptos dessas falsas religiões terão de suportar.

Queremos deixar bem claro que há duas fontes de ajuda, mas se você deixar que o Deus verdadeiro seja a sua fonte, receberá as suas bênçãos nesta vida e na vida futura.

Como Satanás engana o mundo

Paulo disse: "Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem" (2Co 11.14-15). Esses versículos deixam claro que as imitações que Satanás faz das doutrinas e manifestações de Deus são substitutas da verdade e o mais próximo possível dela, com a finalidade de enganar aqueles que a buscam. Portanto, é imperativo que sejamos cuidadosos com o que escolhemos acreditar e com o poder sobrenatural ao qual nos entregamos. Há métodos definidos e descritos nas Escrituras por meio dos quais é possível detectar o tipo de espírito que pode estar buscando ganhar controle.

Como detectar as falsas

religiões e as obras de demônios 1.Qualquer doutrina que negue ou de alguma forma cause dúvida e des-crença quanto a qualquer ensinamento da Bíblia, tem origem demoníaca.

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Não é de Deus qualquer religião que negue:

A inspiração da Bíblia.

- A realidade de Deus como uma pessoa.

- A filiação divina de Jesus Cristo como o único Filho de Deus criado, nascido de uma virgem.

- A preexistência de Jesus Cristo, a sua divindade, seu poder milagroso e ministério sobrenatural.

- A morte, o sepultamento, a ressurreição e a manifestação cor-poral de Jesus após sua ressurreição.

- A ascensão corporal de Jesus aos céus e a sua volta para estabelecer seu Reino no mundo pela eternidade.

- A realidade e o poder do Espírito Santo e de seu ministério para convencer do pecado, gerar salvos em Cristo e continuar a obra de Deus entre os homens.

- A realidade da experiência cristã, incluindo o novo nascimento, a purificação dos pecados e o viver livre do pecado.

- A cura divina.

- O batismo e os dons do Espírito Santo.

- Os milagres e os sinais que seguem os que crêem.

- As respostas à oração.

- O cumprimento das promessas de obtenção de saúde, felicidade, prosperidade e várias outras experiências do Novo Testamento.

- A realidade de Satanás, dos demônios, da doença, do pecado e da queda do homem.

- A realidade da criação de todas as coisas por Deus, do livre arbítrio do homem, da universalidade do pecado e da depravação do homem.


- A necessidade do arrependimento e da experiência de nascer de novo.

- A perdição eterna da alma como penalidade pelo pecado e a necessidade da expiação.

- A realidade do céu, do Inferno, da ressurreição e do julgamento de todos os homens.

- A imortalidade da alma.

Qualquer religião que ensine o oposto do que foi exposto e de todas as outras doutrinas fundamentais da Bíblia é do Diabo e existe com a finalidade de fazer com que a alma humana seja condenada ao Inferno.

2. Qualquer poder, influência ou doutrina quefaça com que uma pessoa se

torne passiva, inativa, submissa e sem resistência às obras de espíritos so-

brenaturais que procuram controlar a vida de forma contrária às Escritu-

ras, não provém de Deus.

O Espírito de Deus sempre, e sem exceção, deseja que os ho-mens optem, de forma livre e ativa, pela renúncia da vontade na medida em que forem iluminados pelas Escrituras. Deus busca a ação inteligente, enquanto os demônios exigem a renúncia da vontade sem que isso seja uma escolha ativa nem inteligente, pois exigem passividade por parte de suas vítimas. Eles exigem que o homem seja uma mera máquina, um autómato, e que se submeta a eles para, assim, obterem controle absoluto e agirem compulsoriamente através de suas vidas.

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Um sinal claro de que alguém está sendo movido por um

espírito maligno é quando podemos afirmar que um espírito está fazendo exigências e forçando o cumprimento delas. Os demônios trabalham para motivar os homens a agirem rápida e precipitadamente - levan-do-os a se comportarem assim independentemente das consequências para a causa de Jesus Cristo e para as almas perdidas.

Os cristãos sempre têm domínio de si mesmos. Portanto, toda experiência espiritual que requeira a perda de controle do próprio espírito é produzida por um espírito maligno (ICo 14.32). O Espírito Santo nunca faz com que as pessoas ajam de forma indecente ou desordenada, para chamar a atenção para si mesmas em cultos públicos ou fazer coisas que nunca fariam em particular.

Causa da passividade e derrota entre os cristãos

1. A predisposição em obedecer ao sobrenatural, pensando que a submissão é uma garantia contra a operação demoníaca.

2. O desejo de se comunicar com Deus leva os cristãos a acreditar que todas as influências sobrenaturais e espíritos são da parte de Deus. Por isso, muitas vezes se submetem a um espírito maligno ou aceitam uma doutrina contrária à doutrina bíblica.

3. Um grande desejo de estar completamente entregue a Deus, e de ser submisso a Ele em tudo, pode levar os cristãos a serem subservientes e a fazerem tudo em sujeição ao sobrenatural. Assim, inconscientemente eles aceitam as obras demoníacas e são enganados.

4. A falta de conhecimento das obras realizadas mediante poderes demoníacos e da Bíblia, bem como a falta da direção de Deus, trazem

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como consequência a ausência de discernimento para distinguir entre as influências de Deus e de demônios.

5. A ignorância a respeito da Bíblia e a interpretação incorreta dos textos bíblicos que tratam de demônios e de suas manifestações.

6. Submissão cega a quaisquer e todas as manifestações espirituais

independente da fonte (por isso, frequentemente, se submetem a espíritos demoníacos).

7. Ignorância sobre as obras verdadeiras do Espírito Santo, segundo as Escrituras.

8. Promessas de obedecer a Palavra de Deus, mas seguindo

espíritos malignos.

9. O intenso desejo de conhecer a Deus e suas operações espirituais deixam alguns cristãos ansiosos e apressados. Por isso, eles se submetem a falsas operações divinas realizadas por espíritos malignos.

11. O desejo de ser usado por Deus para experimentar o poder sobrenatural prometido a todos os homens.

A ignorância não é garantia contra demônios

Precisamos ter consciência de que a ignorância não é uma ga-rantia contra as obras de espíritos malignos. Na verdade, este é um dos meios principais pelos quais ganham controle. Eles não ficarão satisfeitos se não conseguirem levar as pessoas a aceitarem suas sugestões, doutrinas, ideias, interpretações e diretrizes e, por isso, tentarão incansavelmente ganhar cada vez mais terreno. Para usá-las, os demônios têm que mantê-las na ignorância em relação à verdade.

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Paulo advertiu os crentes a não darem "lugar ao Diabo" (Ef 4.27) e a vestirem-se com toda a armadura de Deus, para poderem ficar fir-mes contra as ciladas do Diabo e apagar todas as suas setas inflamadas (Ef 6.10-18). Quando alguém passa a defender, de forma contenciosa, doutrinas que não estão claramente escritas na Bíblia ou que são contrárias às Escrituras, está sendo vítima de possessão demoníaca e ensinamentos de demônios.

Quem está sob controle do Espírito Santo é gentil, humilde, honesto e tem a mente aberta para a verdade. Está sempre ávido para aceitar como verdade tudo o que estiver claramente escrito na Palavra de Deus, em vez de teimar em manter seus pontos de vista pessoais ou tentar provar que está certo sem levar em consideração o que a Bíblia diz. Haverá prontidão e disposição para aceitar a nova verdade e para andar na luz à medida que ela for recebida (ljo 1.7).

Como não se deixar enganar

Quando uma pessoa nasce de novo, entra no reino do sobrenatural e espiritual e deve começar sua nova vida com o estudo da Bíblia. Assim, conhecerá seus ensinamentos e saberá como andar e como lidar com a batalha espiritual. Se ela não ficar vigilante e não combater os poderes satânicos, será passível de ser derrotada pelos demónios.

Por outro lado, não haverá nada a temer se tiver uma vida cristã consciente da necessidade de leitura bíblica e oração diárias, e viver no Espírito de acordo com a luz recebida pela Palavra de Deus (Cl 2.6-8; (il 5.16-26; Rm 8.1-13; ljo 1.7). Ela deve acordar toda manha e orar, crendo com fé que Deus a ajudará durante o dia, meditar sempre nas Escrituras e recusar tudo o que venha a ser contrário à vontade de 1 )eus, segundo OS ensinamentos bíblicos.

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Devemos aprender a não acreditar em tudo o que é dito a res-

peito das coisas espirituais e eternas, a menos que esteja explicitamente escrito na Bíblia ou em harmonia com ela. Não importa se as informações vêm dos melhores ministros da terra ou de um anjo do céu. Elas devem ser julgadas de acordo com a Bíblia para poderem ser aceitas como verdadeiras. Devemos aprender a julgar assim cada impressão, revelação, sonho, visão ou sermão. A possibilidade do engano deve manter todos vigilantes e abertos para examinar tudo segundo as Escrituras (2Tm 2.15; 3.15-17).

Como detectar as

manifestações do Espírito Santo

A verdadeira manifestação do Espírito Santo será indicada pelas regras claras e princípios cristãos apresentados a seguir.

1. Um espírito semelhante ao de Cristo: de amor, paciência e fé em Deus (Gl 5.21-22).

2. Sobriedade e agudeza de visão espiritual (2Tm 1.7; ICo 12.1-11).

3. Profunda humildade de coração e mansidão de espírito, aliados a uma grande coragem para rejeitar o pecado, a doença, a pobreza, a enfermidade, o desânimo, o erro e tudo mais que possa produzir derrota na vida cristã (At 1.8; 10.38; Rm 8.1-13; Gl 5.16-26).

4. Absoluta clareza das faculdades mentais para agir de for-ma inteligente ao colocar em prática as instruções bíblicas em relação à responsabilidade e vida cristã (ICo 14.32; 2Tm 1.7).

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5. Ausência de julgamentos, suspeitas, boatos, difamação e

de todas as obras da carne, conforme relacionadas em Romanos 1.29-32, lCoríntios 6.9-11, Gálatas 5.19-21 e Marcos 7.10-22.

6. Ausência de um espírito condenador e julgador ou do de-sejo de ferir alguém por pensamento, palavra ou ação. Tudo deve ser feito para a edificação e aperfeiçoamento de todos, segundo os ensinamentos de Jesus de amar ao próximo como a nós mesmos e de não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem (ICo 13; Ef 4.22-32; 5.1-18).

7. Ausência de ignorância quanto à vontade divina no mo-mento. Quando alguém se sentir impulsionado a agir de forma apressada e urgente, sem saber se esta ação glorifi-cará ou não a Deus, será melhor esperar e orar até não haver mais dúvidas de que Ele realmente a deseja. Se Deus estiver nos levando a agir, não considerará um insulto examinarmos o espírito e julgarmos racionalmente se a ação proposta é bíblica ou não, pois Ele mesmo ordena que realizemos esse tipo de julgamento (l Jo 4.1-6). Se . Deus estiver conduzindo, poderemos esperar, assim como Gideão esperou, até termos certeza. Gideão pediu dois sinais impossíveis a Deus para ter certeza e agir segundo a vontade dele.

Entretanto, não se deixe guiar inteiramente pelos conhecidos

sinais (ou pela abertura aleatória da Bíblia em algum versículo para conhecer a vontade de Deus). Julgue todos os "sinais" segundo a Palavra e aguarde até ter certeza de que é Deus quem está lhe pedindo para

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fazer alguma coisa. Todos os atos do Senhor são voltados para, essencialmente, libertar o homem do pecado e o corpo da dor, da enfermidade e da privação ou para alguma outra coisa boa que alguém precise (At 10.38). A obra de Satanás visa cegar, ocasionar pecado, desanimar, minar a fé e gerar erro (Jo 10.10).

Terrenos para a obra de Deus e de Satanás

Se, por um lado, o Diabo lança mão de mentiras para enganar as pessoas e mantê-las cativas, Deus usa a verdade para promover o verdadeiro trabalhar do Espírito Santo (Jo 8.31-36). As forças demo-níacas se oporão àqueles que buscam a verdade, colocando obstáculos em seu caminho (Mt 13.19; 2Co 4.1-4).

A responsabilidade dos santos em relação à batalha espiritual

1. Tome cuidado para não negligenciar o que trará esclarecimento sobre a batalha espiritual (SI 1.2-4; 2Tm 2.15; 3.15-17).

2. Não se torne uma presa fácil às críticas dos outros nem aos cuidados prementes da vida que o mantêm ocupado, impedindo-o de empe-nhar-se na batalha e obter êxito (Lc 21.34-36; Ef 6.10-18).

3. Não se esqueça de que bastam as armas espirituais para lhe dar vitória sobre o pecado e Satanás (2Co 10.4-7; Ef 6.10-18).

4. Não negligencie a oração e a leitura da Bíblia (Ef 6.18; lTm 4.12-16).

5. Não se desanime quando parecer que você está perdendo a guerra (ITm6.12; 2Tm4.7; IPe 1.7; 4.12; Tg 1.12).

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6. Fique alerta e resista a Satanás (Tg 4.7; IPe 5.8-9).

7. Não deixe de usar a autoridade de Cristo por meio de seu

precioso sangue, de seu nome e do poder do Espírito Santo contra

os poderes demoníacos (At 1.8; Jo 14.12-15; Mc 16.15-20).

8. Não deixe de realizar a vontade plena de Deus, de forma

racional, à medida que tomar conhecimento dela. Ande na luz da

Palavra de Deus (ljol.7).

Como saber se alguém está enganado

Nós estamos enganados quando pensamos que o pecado não

terá nenhum efeito sobre nós ou que herdaremos o Reino de Deus

independentemente do pecado de nossas vidas (ICo 6.9-11; Rm

8.12-13; Gl 5.19-21). Além disso, estamos enganados quando

acreditamos que não colheremos o que semeamos (Gl 6.7-8), que

não é necessário obedecer a Bíblia (Tg 1.22; 2.10) e que não

podemos ser enganados (ICo 10.12-13; 2Co 11.3-15; lTm 4.1-9; Ef

6.10-18). Tudo isso são sinais claros do engano e ilusão demoníacos.

Muitas ilusões patentes nestes últimos dias incluem as falácias

que listamos ou a crise nas vidas dos fundadores de novas

religiões. Eles se abriram ao sobrenatural e aceitaram doutrinas e

poderes de demónios, em vez de julgar o que receberam segundo

os padrões da Palavra de Deus. Ninguém deve obedecer

cegamente a qualquer espírito ou acreditar cegamente em qualquer

doutrina. Satanás não tem princípios de justiça e, portanto, se

aproveitará de um coração honesto, se houver permissão, tão

rapidamente quanto se aproveita de um coração desonesto.

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Uma palavra para os recém-convertidos

Até um novo convertido se familiarizar com as Escrituras e com o reino espiritual em que entrou para buscar a Deus, deverá caminhar com muito cuidado, orando e lendo a Bíblia para obedecer ao Senhor, sem permitir que nada o desvie. Se cair, deverá se levantar e voltar a dedicar-se a Deus e ser mais agressivo contra o Inimigo do que antes.

No início, quando ainda estão aprendendo a distinguir a verdade do engano, poucos são os que podem garantir que obedecem a Deus em cada detalhe, porque há a possibilidade da interferência de muitos fatores como a mente, o espírito, a vontade, os desejos, as imaginações, o conhecimento imperfeito e a submissão, ideias falsas e sentimentos pessoais, bem como dos espíritos demoníacos.

O novo convertido deve aprender a discernir os espíritos enga-nadores e as falsas doutrinas. Deixamos de acreditar em mentiras quando passamos a acreditar na verdade. Nada pode remover uma mentira, exceto a verdade. Nada pode dar completa vitória sobre o demónio, exceto Deus, por meio do precioso sangue de Cristo, da oração e do constante caminhar no Espírito Santo (Rm 8.1-16; Gl 5.16-26; Ef 6.10-18). Para obter um estudo completo sobre as obras divinas e as obras satânicas, consulte a nossa obra, God's Plan for

Man (O plano de Deus para o homem).

Nos próximos capítulos discorreremos sobre as obras dos demónios, mostrando como os homens são enganados e mantidos cativos por Satanás devido ao pecado e à falsa doutrina.

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Capítulo 4

LEI MORAL E GOVERNO MORAL


A doutrina da lei moral e do governo moral deve ser clara a fim de permitir a compreensão correta do pecado e de seus efeitos malig-nos sobre o homem. O estudo a seguir capacitará você a constatar que Deus governa o Universo e que, perante Ele, o homem é responsável por sua própria vida e conduta.

Definição de lei

Lei é a regra de ação estabelecida por autoridade reconhecida para aplicar a justiça e prescrever deveres e obrigações aos governados. Lei da física é a regra de ação do Universo material pela qual todas as coisas são mantidas perpetuamente em seus próprios cursos, tra-balhando em harmonia e de acordo com o plano divino. Lei moral é a regra de ação para agentes de moral livre, direcionando-os em sua ação moral e em seus próprios poderes criativos de acordo com o plano divino. E a regra de ação livre e inteligente e da liberdade em oposição à regra de ação escrava e não inteligente.

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O objetivo da lei moral

O objetivo da lei moral é revelar e declarar a regra de ação moral do livre arbítrio relativa ao bem maior do ser e do Universo; e para governar os atos e intenções do livre arbítrio em sua relação com Deus e com o Universo. Ela reside no motivo e declara o que um agente deve escolher, desejar e pretender.

A imutabilidade da lei moral A lei moral nunca pode mudar nem variar no que diz respeito a exigência de que todo ser criado com livre arbítrio se consagre ao mesmo fim ao qual Deus é consagrado - o bem maior do Universo e todas as coisas a esse respeito. A rebelião daqueles que possuem livre arbítrio nunca alterará o plano de Deus quanto ao bem de sua criação. Por causa disso, a lei moral nunca poderá mudar.

A obrigação da lei moral Como a lei moral governa o melhor bem do ser, é

naturalmente obrigatória a todos. O que é contrário ao bem do ser é simplesmente ilegal e imprudente, e deve ser proibido. Os agentes de moral livre devem cooperar para trazer o maior bem público. Eles devem ser contra o que traz miséria e transtornos para a sociedade. Este é um plano mútuo para o bem de cada pessoa e do Universo como um todo, e somos obrigados a manter a lei moral em todas as ocasiões, de acordo com a instrução recebida.

A exigência do governo moral Para existir a lei moral também é preciso existir um governo

moral para dirigir, guiar e controlar aqueles que têm livre arbítrio. Isso deve

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incluir recompensas para o bem e punições para o mal, caso contrá-rio, nenhuma sociedade poderá funcionar. Deve haver em cada co-munidade algum padrão de vida que todos devem adotar para provarem a si mesmos o valor de ser parte daquela sociedade. Deve haver algum meio de lidar com os rebeldes que perturbam a sociedade. Lei sem punições e recompensas não é lei, e sim meramente um conselho que pode ser livremente aceito ou rejeitado sem o temor de punição ou a esperança de recompensa. O governo moral tem a obrigação de executar fielmente a lei moral.

A exigência de um governador moral

Visto que é necessário ter uma lei moral e um governo moral para executar essa lei, também deverá haver um governador moral cuja vontade e decisões sejam consideradas infalíveis por aqueles que estão sujeitos a tal governo. Esse governador moral deve ser:

- Autoritário, e não somente conselheiro.

- Capaz de manter o respeito de seus governados pela execução fiel e altruísta de seus deveres.

- Capaz de executar as penalidades e distribuir recompensas. Naturalmente, aquele cujos atributos e caráter melhor

qualificá-lo para governar e garantir o bem maior de todos, deverá ser o governador. E tanto seu direito quanto dever ser o governador. Não há nenhuma outra pessoa que atenda estas exigências, a não ser Deus. Não há ninguém que possua seus atributos naturais, seu caráter moral perlei to, sua relação com o Universo como criador e mantenedor de todas as coisas e sua história de absoluta justiça a todos que o qualificam

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como o Supremo Governador Moral. Visto que nosso bem e sua glória dependem da conformidade mútua ao mesmo fim, Ele tem a responsabilidade de exigir de nós santidade e consagração para ajudá-lo a garantir o bem maior para todos.

Portanto, vida e conduta santas são obrigações naturais para todos os semelhantes para o bem maior da criação.

A agência moral livre definida

A agência de moral livre consiste em intelecto, sensibilidade e livre arbítrio, e isso forma a base da obrigação moral para o governador moral. O intelecto inclui a razão e a autodeterminação. A sensi-bilidade inclui autoconsciência, sensação, desejo, emoção, paixão e todos os sentimentos. O livre arbítrio, que foi criado originalmente no ser humano e estará com ele por toda a eternidade, é o poder de escolha concernente à lei moral. É a faculdade do homem de escolher entre o bem e o mal sem compulsão nem necessidade.

A prova bíblica de que os

homens são agentes de moral livre

O fato de que todos os homens tomam decisões morais e têm livre escolha de ação concernente ao certo e errado prova que são agentes de moral livre. O fato de que podem escolher livremente servir a Deus ou a Satanás, obedecer ou desobedecer leis, escolher ou rejeitar santidade e salvação, prova que têm o poder de escolha. Todos os homens de mente sã sabem que têm o poder da livre escolha concernente às ações morais.

Mesmo que estejam atados pelo pecado e por Satanás, os homens são livres para se voltarem para Deus, encontrar salvação plena e, en

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tão, viver para Ele e para o bem maior de toda a criação. Eles tam-bém são livres para retornar ao pecado, se assim escolherem (Rm 6.16-23; 8.1-13). Nenhum deles pode negar a existência da ação livre na vida diária normal sem incorrer na acusação de insanidade. E com o fim de estabelecer alguma doutrina tendenciosa na igreja, eles podem negar a realidade da agência de moral livre — e até negar a sua legitimidade -, mas o fato é que eles sabem da sua existência.

A Bíblia declara que todos os homens têm o poder da livre escolha e que Deus está limitado a abençoá-los de acordo com a sua livre cooperação com Ele (Jo 3.15-20,36; 5.40; 7.17; 9.31; 12.36; ICo 7.37; 9.17; IPe 5.2; Mc 3.35; 16.16; lTm 2.4; 2Pe 3.9; Ap 22.17; Js 24.15; Pv 1.29-33; SI 119.3,173; Is 66.3; Mt 6.24).

Todas essas passagens, e muitas outras das Escrituras, afirmam de forma simples que:

- Os homens são livres para escolher a quem servir.

- Eles são responsáveis por seu destino.

- Quem atender a condição de salvação será salvo e quem não atender será condenado.

- Deus deseja que todos os homens sejam salvos, mas se eles não quiserem, serão condenados.

- Deus julgará todos os homens com base em suas próprias livres escolhas de aceitar ou rejeitar a Palavra de Deus.

- Se ficasse a cargo da escolha e vontade de Deus, todos os ho-mens seriam salvos.

- Todos os homens têm absoluta liberdade de escolha.

O fato de termos sido criados com o livre arbítrio é ilustrado mais claramente na liberdade que temos de escolher entre o pecado ou a

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retidão - de aceitar ou rejeitar a oferta de salvação feita por Jesus Cristo. Se podemos exercer a nossa vontade em relação às escolhas morais, então somos agentes de moral livre. Este aspecto do caráter de Deus com o qual fomos criados tem implicações de longo alcance.

Na Palavra de Deus está claro que todo aquele que estiver ser-vindo ao pecado e aos poderes demoníacos — mesmo chegando quase ao ponto de total perdição - ainda mantém o poder da escolha. Aqueles que estão em servidão optaram por permanecer nela e podem fazer a escolha de sair dessa condição de pecado e encontrar salvação em Jesus Cristo.

Nascemos em pecado, mas em Jesus Cristo temos a promessa da salvação, quando nos voltamos para Deus. Sem este poder concedido por Deus para sair do pecado, talvez surja a argumentação de que não somos agentes de moral livre. Por exemplo, o fato de as Nações do Eixo terem sido derrotadas pelos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial não é prova de que não tinham a capacidade de fazer uma livre escolha. Isso apenas prova que os Aliados eram mais fortes dentre os dois grupos de agentes de moral livre. A resistência deles bem como sua escolha em fazer guerra e posteriormente se render prova que tinham o poder de desejar e agir livremente.

Arguir que os homens não têm o poder de escolher entre o certo e o errado é ignorar a verdade - ou isso demonstra uma rebelião obsrinada contra o que está claro para todos.

A base da escolha certa

A obrigação de sempre agir visando o bem maior é a base da açfio moral. Cada circunstância com a qual nos deparamos é o resultado da escolha canto das que fizemos quanto das que são feitas por

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outras pessoas. É importante que as escolhas que fazemos tenham impacto para o maior bem público e privado. Esta obrigação moral es-tende-se aos atos supremos da vontade e da intenção. O agente moral está sob obrigação de escolher a santidade como meio para o bem maior e felicidade existencial.

A base da justiça

O julgamento baseado na intenção é o alicerce da justiça sob o governo moral. Também acreditamos que esta é a base da justiça nos governos civis. Se as boas intenções levam a maus resultados ou as más intenções levam a bons resultados, quem faz a escolha deve ser responsável por suas intenções e não ser julgada pelos resultados ou consequências de suas ações. A Bíblia respeita a intenção mais do que os resultados de ações externas (2Co 8.12; Tg 1.13-15; 3.9-14).

Tanto o vício como a virtude são considerados como provenientes do coração (Mc 7.15-23). Onde o coração está certo, tudo o mais é considerado certo, e onde o coração é mau, tudo é considerado mau (Mt 7.15-21). Mesmo os pecadores fazem coisas que aparentemente são exigidas por Deus, mas seus corações não são retos. Suas intenções são geralmente egoístas e as atitudes por si só não mudam o coração. A virtude consiste em consagração para o mesmo fim ao qual Deus está consagrado. O vício consiste na consagração ao fim ao qual Satanás está consagrado — a autogratificação contraria tanto a lei moral quanto o bem maior do Universo.

A extensão da obediência à lei moral

O alicerce do dever moral é nossa consagração ao bem maior de iodos. Partindo da premissa de que isso é verdade, então a total con

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sagração do livre arbítrio para garantir esse fim deve constituir obediência à lei moral. A obediência deve ser completa e absoluta. Uma pessoa pode optar pelo bem dos outros e, ao mesmo tempo, escolher a autogratificação.

Mas Deus não tolerara um coração dividido na escolha e na obra (Ap 3.15-16; Mt 22.36-40). Ele não pode justificar alguém que se entrega a uma obediência parcial. Quem estiver sempre falhando em cumprir uma obediência total a um dever de que tem conhecimento, então está vivendo a maldição de uma lei violada (Gl 3.10-14; Tg 2.10; 4.17). Deus não pode deixar de aplicar a penalidade até o arrependimento, o perdão e a obediência total ocorrerem (Rm 8.1-13; Gl 5.16-26; Rm 6.16-23; Jo 8.34; ljo 3.8-10). No que consiste a desobediência à lei moral?

A desobediência à lei moral consiste no desejo de buscar a autogratificação como o objetivo único da vida em vez do bem maior do Universo. Consiste em comprometer a vontade e consagrar a vida em servir ao pecado, a Satanás e aos sentidos em vez da lei moral. A busca em ser governado pelos impulsos e paixões em vez de pela inteligência e razão. A autogratificação é a raiz de todo o pecado.

O egoísmo do homem está intimamente ligado ao interesse próprio de Satanás. A vontade está sempre livre para se opor ao desejo e à concupiscência, e quando não se opõe, então o pecado é cometido. A mente conhece sua obrigação, e quando escolhe o que é contrário à lei, não é uma escolha ignorante. Isso se torna uma ação livre e traz condenação pela lei.

O egoísmo é sempre irracional, pois é a negação tanto da verdadeira natureza humana como da racional. Isso revela desprezo pela lei

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de Deus segundo a razão do homem. Nenhum pecador escolhe o caminho da razão e do senso comum. Na verdade, ele raramente consulta a razão para realizar qualquer uma de suas ações. Geralmente obedece às concupiscências e está em uma posição de rebelião obstinada contra a razão e a lei moral. Ele é concupiscente em seu coração, indo atrás de cada paixão ou não. Se permanecer assim, será condenado perante Deus e precisará do poder da regeneração para trazê-lo à obediência à lei moral.

A base dos níveis de culpa e virtude

Tanto a razão como a revelação afirmam que há níveis de culpa e virtude, que alguns são mais culpados ou mais virtuosos que outros. Elas também dizem que alguém pode ser mais culpado ou mais virtuoso em um momento do que em outro, seja ele um santo ou um pecador. Toda a culpa e virtude dependem do exercício da obrigação moral, e isso depende da luz e do conhecimento em relação à lei moral. Os níveis de culpa e virtude são medidos de acordo com o conhecimento do valor do fim escolhido na vida.

A culpa do pecador é igual a seu conhecimento do valor dos interesses que rejeita. Ele é mantido mais responsável hoje do que ontem, porque sabe mais (At 17.30; Tg 4.17). A culpa ou a virtude do homem então é igual ao conhecimento que tem do assunto e de sua conformidade com ele (Rm 2.12-16; Jo 9.41; 15.22-24; Mt 13.11-12; Lc 12.47-48).

O egoísmo é a rejeição de toda a obrigação moral, independentemente de seu conhecimento. O pecado reside na intenção e pode ser medido somente com base no conhecimento segundo o qual a intenção é formada e mantida. Portanto, se uma pessoa egoísta tiver que pregar a palavra de Deus, fará pelo motivo de ser a coisa mais

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gratificante que pode fazer para si própria. Ela pode até pregar para o bem das outras pessoas e ainda ter um ganho pessoal como sua motivação principal. Tire o ganho pessoal - financeira ou socialmente - e ela parará de pregar. Se a mesma pessoa tivesse se tornado um ladrão, teria o mesmo fim; não necessariamente para o mal, mas para se autogratificar.

Se um pecador se abstém do mal por amor a algumas pessoas, por sua reputação, por temer julgamento ou desgraça ou por qual-quer outro motivo, isso não se deve ao fato de ter um bom coração, nem porque pensa que seria uma maldade praticá-lo, mas simplesmente por razões egoístas e por ganho pessoal. Portanto, isso ocorre em cada fase da vida em que o coração encontra-se longe da retidão. O homem natural visa o ganho ou a vantagem em tudo.

Somente quando o pecador se consagra ao fim do bem maior é que deixa de ser um pecador quanto à natureza e prática. Ela começa, então, a fazer coisas sem motivações egoístas ou meramente pela autogratificação.

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Capítulo 5

A DOUTRINA DO PECADO


A definição de pecado

A Bíblia afirma, de forma clara, que o homem é uma criatura caída e em estado de rebelião contra Deus. As palavras hebraicas e gregas traduzidas como "transgressão" significam "moral, religiosa e rebe-liao nacional , revolta , injustiça , maldade , violação e violando a lei". O pecado divide-se em duas categorias

1. A primeira categoria é o pecado "externo", como podemos ver nas

seguintes passagens:

Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.

ljoão 3.4

Porque a Lei produz a ira. E onde não há Lei, não há trans-gressão.

Romanos 4.15

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Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na

obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos

plenamente conscientes do pecado.

Romanos 3.20 (veja Romanos 7)

Mas o pecado não é levado em conta quando não existe lei.

Romanos 5.13

Toda injustiça é pecado.

1João 5.17

... e tudo o que não provém da fé é pecado.

Romanos 14.23

Mas se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo

pecado.

Tiago 2.9

A intriga do insensato é pecado.

Provérbios 24.9 (veja 2Co 10.4-5)

Os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que ti-

verem falado.

Mateus 12.36-37

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Pensem nisto, pois: "Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado".

Tiago 4.17 (veja Mt 23.23) Essas passagens ensinam que todas as ações, desejos e

concupiscências que nos fazem violar a lei de Deus são pecado.

2. A segunda categoria pode ser descrita como pecado "interno",

conforme podemos comprovar pelos seguintes textos bíblicos: Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele.

João 8.44 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência... satisfazendo as von-tades da nossa carne seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira.

Efésios 2.1-3 Aquele que pratica o pecado é do Diabo.

1João 3.8 Essas passagens e muitas outras provam que o pecado é mais

do que a m e ia transgressão externa da lei. Há um princípio do pecado,


uma natureza real e espírito do pecado, que é o espírito e a natureza do Diabo, que opera em cada pecador.

Esse espírito do pecado opera no homem para levá-lo a viver contrariamente à lei de Deus e ao bem maior do seu próprio ser e do Universo. Esse espírito e a natureza do Diabo que opera nos homens é conhecido como velho homem (Rm 6.6-12; Ef 4.22-24; Cl 3.5-15), vontades da nossa carne (Ef 2.3; Gl 5.19; ljo 2.15-17), corpo sujeito a esta morte (Rm 7.24), desejos do pecado (Rm 6.11-12), lei do pecado e da morte (Rm 7.7-25; 8.2), mente carnal (Rm 8.1-13), poder de Satanás (At 26.18), deus deste mundo (2Co 4.4), além de vários outros nomes.

O pecado natural ou o "velho homem" é o espírito e a natureza do Diabo operando nos filhos da desobediência. O "velho homem" é o oposto da justiça ou do "novo homem" - que é o Espírito e a natureza de Deus - operando nos filhos da desobediência (Ef 2.1-3; 4.22-24). O "velho homem", portanto, não é alguma pane do corpo, alma ou espírito, mas é o espírito e a natureza do Diabo operando no homem os desejos do pecado. O "velho homem" poderia ser soletrado como D-I-A-B-O ou S-A-T-A-N-Á-S, e isso expressaria a verdade sobre o pecado natural segundo as Escrituras.

Deus não é o autor do pecado

Deus não é o autor do pecado. Ele advertiu o homem sem pe-cado antes de sua queda (Gn 2.17). O pecado entrou no mundo a partir de uma fonte externa, através da malícia do Diabo (Rm 5.12-21). O pecado originou-se com Satanás quando ele decidiu, segundo seu próprio poder de escolha, se rebelar contra Deus (Is 14.12-14). Outros optaram por se rebelar juntamente com ele e, portanto, por livre escolha, a transgressão da lei de Deus tornou-se unia realidade.


Quando optou por transgredir a lei de Deus, o homem se tor-

nou pecador (Gn 2.17; Rra 5.12-21). Desde então, o Diabo e os es-píritos demoníacos rebeldes tomaram vantagem contra a fraqueza do homem em resisti-los, controlando, assim, a raça humana.

Antes da queda, o homem tinha poder sobre o Diabo e toda forma de mal, mas quando se tornou pecaminoso, o grupo de rebeldes mais fortes - os seres espirituais sob o governo de Satanás - se tornou senhor dele e de seu reino. Os homens poderão obter poder em relação a esses espíritos novamente apenas através de Jesus Cristo e da Palavra de Deus (Mc 16.17-18; Jo 1.12).

O efeito universal do pecado O pecado de Adão teve um efeito universal - a imposição da

culpa sobre todos os seres humanos. Todos estavam "em" Adão quando pecou e, portanto, ele poderia gerar somente filhos do pecado. Ele era nosso cabeça e representante, e o que fez foi transmitido para todos que eram representados por ele (Rm 5.12-21).

Assim como suas bênçãos teriam sido transmitidas para toda a humanidade se ele não tivesse pecado, da mesma forma, os efeitos da maldição foram transmitidos para todos por causa do pecado. Mas os homens não são responsáveis pessoalmente pelo pecado de Adão, mas por escolher permanecer no pecado, seguindo o caminho dele (Jo 3.16). Cada um pode renunciar ao pecado e libertar-se de seu domínio e maldição ao aceitar a Jesus Cristo como Salvador pessoal e ao se consagrar à obediência a Deus (Rm 6).

Todos os homens são pecadores e depravados

O estado atual daqueles que não estão em Cristo é uma depra-vação total — o homem sem Deus é poluído e corrupto em toda a sua

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natureza. Seu entendimento está obscurecido (Ef 2.3; 4.18), sua consciência culpada (Hb 10.22), sua vontade obstinada e rebelde (Rm 8.7), suas paixões são carnais e sensuais (Ef 2.1-3; Gl 5.19-21; Mc 7.19-21; Rm 1.18-32; ICo 6.9-11), seus pensamentos são continuamente maus (Gn 6.5; 2Co 10.4-5), seu coração está cheio de abominações (Jr 17.9; Mc 7.19-21; Rm 1.18-32) e sua vida e conduta são dedicadas a toda a sorte de concupiscências e prazeres (ICo 6.9-11; Gl 5.19-21; Ef 2.1-3; Rm 1.18-32).

Ele é escravo do pecado (Jo 8.34), injusto (ICo 6.9-11; SI 51.5; Ef 2.1-3), morto em suas transgressões e pecados (Ef 2.1-9), separado de Deus devido aos maus procedimentos (Cl 1.20-22) e por causa de seus pecados (Is 59.2), sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2.11-13; 4.13.32; Rm 3.9-25), cego para a verdade (2Co 4.4; Ef 4.18), luxurioso (Ef 2.3) e condenado eternamente à morte e ao Inferno (Rm 6.23; Mt 25.41,46; Ap 14.9-11; 19.20; 20.11-15; 21.8; Jd 7; Is 66.22-24).

O que é carnalidade?

A palavra "carne", mencionada em Romanos 8.7 e Gálatas 5.17, é proveniente da palavra grega sarx. Ela significa "carne", "a carne de um animal", "o corpo de qualquer ser vivente" e a "simples natureza humana", ou a natureza terrena do homem. Mostramos anteriormente que a natureza humana era originalmente perfeita e sem pecado, mas desde que o homem se tornou um com Satanás e começou a partilhar de seu espírito e natureza, passou a ser pecador por natureza e controlado por espíritos demoníacos.

Cristo tinha a natureza humana e carnal perfeita e sem pecado, devido à virtude de não estar sob o controle tio pecado (Rm 8.3). Por

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tanto, sarx não significa necessariamente que toda a carne é pecadora. Ela é usada como "carne" de todas as criaturas (ICo 15.39). Em Romanos 8.7-8 vemos que a "mentalidade" da carne é pecadora, por ser controlada pelo pecado (Ef 2.3). Em Hebreus 9.10 ela é usada em "ordenanças exteriores", que não são pecaminosas, pois eram parte da lei que é santa, justa, boa e espiritual (Rm 7.12,14). Elas são "ordenanças exteriores" porque foram impostas e executadas por homens naturais.

A palavra carnal (Rm 7.14; 15.27; ICo 3.1-4; 9.11; 2Co 10.4; Hb 7.16) é proveniente da palavra grega sarkikos, que é derivada da raiz da palavra sarx. Paulo fala de si mesmo como "vendido como es-cravo ao pecado" e não sendo espiritual por estar sob o controle dos apetites animais, que são controlados por Satanás e pelas forças espirituais. Em Romanos 15.27, e novamente em 1 Coríntios 9.11, o mundo "carnal" significa as coisas naturais necessárias para manter a

vida e o seu sentido não poderia jamais incluir o pecado. Significa "natural" ou "humano" sem a ideia de pecado.

Os cristãos podem ser carnais?

Os cristãos podem ser carnais. Na verdade, cada um de nós é carnal em algumas coisas, pois a palavra significa simplesmente "natural" ou "humano". Há determinadas atitudes naturais e humanas que são necessárias a toda a vida e conduta. Se nunca tivesse caído, o homem teria sido perfeitamente carnal e natural e, ainda assim, sem pecado. Toda a carnalidade não é pecado. Comer, beber, dormir, falar, pensar, caminhar, sentar, estudar, trabalhar e muitas outras atividades são perfeitamente carnais e, ainda assim, sem pecado, se praticadas con-fbrme os limites da lei. Somente quando usamos nossas faculdades na-

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turais para atender nossos apetites, paixões e desejos contrários à lei de Deus é que o pecado é cometido.

Até mesmo as pessoas "santificadas" de Coríntios eram chamadas de carnais e eram acusadas de caminhar como homens, quando tinham preferências por pregadores (ICo 1.2; 3.1-4). E perfeitamente natural e compreensível ter essas preferências, porque essa é uma atitude carnal e não espiritual. Não é pecado preferir ouvir um pregador a outro, a menos que alguém peque ao contender por isso. Essa preferência se torna pecado somente quando chega ao ponto de gerar divisão e disputa. Não há homem "santificado" que não tenha algumas preferências deste tipo, independente de quanto a graça de Deus tenha trabalhado nele. É como se alimentar. Não é espiritual comer comida. Entretanto, também não é pecado, a menos que alguém coma excessivamente e, então, essa intemperança torne-se o pecado.

A ideia de "carnalidade", como visto em 2Coríntios 10.4, é a da fraqueza humana em contraste com o poder divino. A ideia de Hebreus 7.16 é a de linhagem e nascimento natural ou humano. Nenhum pecado é envolvido nesta ideia, pois é natural e sem pecado ter filhos de acordo com a lei. A palavra grega sarkikos é

traduzida duas vezes como "carnal". No primeiro caso, é usada como a sabedoria e o conhecimento naturais em contraste com a graça (2Co 1.12). No segundo, para descrever os desejos carnais (IPe 2.11).

Distinção entre atitudes

carnais sem pecado e com pecado

Portanto, quando usamos a palavra "carnal", devemos manter em mente que o pecado nem sempre está envolvido. Podem existir carac-

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terísticas pessoais e ações carnais sem pecado, mas elas podem se

tornar pecaminosas quando transgridem a lei. As seguintes

características pessoais carnais mostram o uso incorreto das

faculdades humanas ao transgredir a lei. Elas não são pecaminosas

em si, mas tornam-se pecaminosas quando usadas para violar a lei.

O seu uso ilícito é que constitui pecado ou a transgressão da lei (ljo

3.4). O espírito e a natureza do Diabo estão operando constantemente para

fazer com que os homens se entreguem às características pessoais de

carnalidade.

Características pessoais de carnalidade pecaminosa

1. Sentir um orgulho egoísta e secreto devido a sucesso ou posição,

formação académica ou aparência, dons naturais, habilidades e

condição geral. Sentir-se importante e independente. Ser inflexível,

rígido e perfeccionista. Sentir-se desconfortável com o sucesso ou

posição de outras pessoas. Ficar excessivamente ansioso. Sentir

amargura em relação ao passado ou ao que alguém fez ou disse.

2. Manifestar formalidade. Denotar espiritualidade morta ou seca,

indiferença às almas e às necessidades dos outros e falta de poder e

desejos espirituais. Ausência de fome de Deus. Dar vazão a senti-

mentos de ódio ou impaciência, espírito sensível e irritável (e o pior

de tudo, chamar isso de "nervosismo" ou "indignação santa"). Diri-

gir-se dura e acaloradamente às pessoas. Abrigar obstinação,

teimosia e um espírito inalcançável, falador, áspero, sarcástico,

voluntarioso, controlador, impertinente, rabugento, temente a

homens, enganador, orgulhoso, maligno, murmurador,

maledicente, desconfiado, odioso, jactancioso, rancoroso,

desobediente, impiedoso, diabólico e

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desregrado. Manifestar o desejo de atrair a atenção para si mesmo e

de se vestir, agir e ser como o mundo. Manifestar amor pelas coisas

fáceis e boas, mesmo que seja à custa de outras pessoas mais neces-

sitadas. Alimentar desejos libidinosos, açÕes ímpias, afeições

indevidas por pessoas do sexo oposto, pensamentos e desejos

impuros, atitudes não naturais e abusivas consigo e com os outros,

um espírito desonesto, enganador e evasivo. Encobrir as falhas

reais e deixar uma impressão de si melhor do que realmente é. Dar

margem a hipocrisia, a falsa humildade, ao exagero, a torcer a

verdade, a incredulidade, a dúvida, ao medo, a falta de confiança

em Deus e a preocupação. Reclamar continuamente de dor, da

pobreza e das provações. Abrigar um desejo de desistir de tentar

fazer as coisas certas e uma determinação obstinada em lidar com

as pessoas sem considerar o resultado para a causa de Deus e das

almas na eternidade.

3. Ter uma afeição secreta por ser notado, um ego inchado após um

trabalho público ou outros sucessos, um desejo de criar uma boa

oportunidade na carne e fazer algo grande para chamar a atenção

para si mesmo. Obscurecimento da mente e cegueira no coração em

relação às coisas espirituais. Deixar a consciência cauterizada e

endurecida, permitindo praticar ações que foram abandonadas no

primeiro amor por Deus. Abrigar um espírito malicioso e

"vingativo", falta de perdão, desejo de vingança ainda que traga

condenação da alma da própria pessoa. Ser dotado de afeições não

naturais, cobiça, maldade, falsidade, variação, ciúmes, inveja,

pensamentos malignos, lascívia, olhos concupiscentes, blasfémia,

tolice, ira, disputa, rebeliões, heresias, glutonarias e embriaguez.

Possuir uma atitude de "desconsideração" por Deus e pelo homem,

por suas responsabilidades na vida ou quando pego em algum

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pecado. Diminuição da censura e do dever. Abrigar argumentações

quanto à descrença na verdade, disposição em ressentir-se e retaliar

quando contrariado, atitude comprometedora visando agradar a

homens e não a Deus e complexo de inferioridade.

4. Ser insensível, instável na fé, vagando de igreja em igreja,

sempre se eximindo de qualquer responsabilidade em relação à

obra de Deus em qualquer lugar. Instável, irresponsável,

superficial, avarento, fraco em relação às coisas espirituais e no

combate contra a carnalidade, o mundo e o Diabo. Estar satisfeito

em ser um capacho de Satanás e fazer parte daqueles que se

mordem e se devoram uns aos outros e destroem a obra de Deus.

Aparentar futilidade e leviandade nas conversas e no modo de

vida. Carregar características de uma pessoa que só faz piadas e

palhaçadas, é parcial com certas pessoas e classes e em negócios

individuais, hostil, não se sacrifica e não se dispõe a se submeter a

qualquer desconforto em favor de alguém (a menos que isso traga

algum ganho ou vantagem pessoal), envergonha-se de Deus, de

Jesus, da Bíblia, da Igreja e do cristianismo, teme manifestações

espirituais, pensa sempre no que poderia ter sido se determinadas

coisas não tivessem acontecido (em vez de se dar conta de que as

coisas poderiam ser muito piores), ingrata, com medo constante de

não conseguir agradar a Deus, de viver retamente e de caminhar no

Espírito.

5. Agir sem misericórdia em relação aos que falharam, como

inferior em relação aos ricos ou aos que têm uma boa posição, como

se fosse mais santo que as pessoas mais fracas ou de posição

inferior. Amar o louvor humano e a supremacia, ter necessidade de

bajulação e motivação para fazer as coisas na igreja e em qualquer

outro lugar (e, ao mes-

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mo tempo, sentir-se o mais capaz para a tarefa). Viver como se fosse

menos abençoado do que outros e tivesse o mínimo do melhor de

Deus. Achar falhas e criticar quando colocado de lado e sem

evidência. Procurar falhas em todas as pessoas e em todos os

lugares e falar sempre sobre elas, em vez de destacar as virtudes.

Colocar-se acima dos outros, como se estivesse acima de seus erros

e fracassos e como se tivesse um registro histórico perfeito. Viver

uma vida egoísta e de autogratificação.

O efeito dessas operações demoníacas é evidente em algum

grau nas vidas de todos os homens não regenerados. Se aqueles

que experimentaram a salvação não caminharem e viverem no

Espírito, os comportamentos e atitudes que acabamos de descrever

serão manifestos neles novamente.

Essas características pessoais são tendências fixas e hábitos do

homem caído, controlado pelo espírito e pela natureza do Diabo. A

salvação é necessária para romper com esses hábitos e libertar o

homem desse cativeiro e da operação do pecado e de Satanás em

suas vidas (Rm 6.1-23; 8.1-13; 2Co 5.17; ljo 3.8-10; 5.1-5,18). Características pessoais

da carnalidade sem pecado

As mesmas faculdades usadas para praticar o egoísmo e as ações

não-cristãs mencionadas no tópico anterior também podem ser usa-

das de maneira oposta. Essas manifestações revelarão as

verdadeiras ca-racterísticas cristãs e ações que devem fazer parte da

vida de todo cristão. Em vez de serem pecaminosas, elas serão

íntegras e lícitas.

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Se as estudarmos com a ideia de praticar exatamente o contrá-rio, obteremos o verdadeiro retrato das práticas e dos princípios cristãos. Quando amoldarmos nossas vidas ao padrão de Cristo e

dos primeiros cristãos, manifestaremos a verdadeira vida cristã e estafemos livres da condenação perante Deus.

As ações corretas e lícitas de poderes criativos são carnais e sem pecado porque são naturais e normais e não transgridem a lei de Deus. Qualquer ato humano que seja permitido pela lei de Deus é um ato carnal sem pecado, como vimos anteriormente. Não devemos nos sentir condenados por algo que é lícito. O pecado é cometido somente quando as faculdades criativas são usadas para violar a lei de Deus. Lembre-se disso e o Diabo não terá como fazer com que você se autocondene ou sinta uma culpa inspirada por um demónio.

Satanás é o acusador dos irmãos e procurará constantemente fazer com que o crente se sinta condenado (Ap 12.10). A menos que uma transgressão definida na lei tenha sido praticada, não haverá pecado. Portanto, todas as acusações falsas inspiradas por demóni-os podem ser desconsideradas quando forem sugeridas na mente.

Todos os homens salvos são livres para exercitar cada faculdade criativa dentro dos limites da lei de Deus. E permitido ficar bravo com o pecado, a doença e operações demoníacas — isso pode tornar-se incómodo ao ponto de levar-nos a agir contra eles - sem cometer pecado. Não é pecado ficar bravo, com ciúmes, amar, odiar ou manifestar qualquer faculdade natural, se for por uma causa justa. Não é pecado, se alguém ama a Deus e as outras pessoas de uma forma lícita. Não é pecado, se alguém odeia o pecado e as coisas que Deus odeia. Não há nada de errado em exercitar cada faculdade e satisfazer cada apeti-te, paixão e desejo de um modo lícito.

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Não deixe que nenhum homem ore novamente a Deus pedin-

do para ser "desumanizado" ou "recriado", caso venha a ser tentado

a praticar as faculdades criativas. Deixe-o viver e caminhar no

Espírito e controlar esses poderes de acordo com a Palavra de Deus

e rejeitar todas as tentações de usar essas faculdades para violar a

lei. Muitos cristãos serão poupados de sofrimento se reconhecerem

esses fatos e viverem de acordo com eles.

Pecados que condenarão a alma

Há pecados que condenarão a alma. Encontramos uma lista

geral nas Escrituras:

- Palavras inúteis (Mt 12.36-37), maus pensamentos,

adultérios, fornicações, homicídios, roubos, covardias,

maldades, engano, lascívia, um olho mau, blasfémias, orgulho,

insensatez e falsos testemunhos (Mt 15.17-20; Mc 7.19-23).

- Impureza sexual, desejos pecaminosos, trocar a verdade de

Deus pela mentira, idolatria, paixões vergonhosas, uma

disposição mental reprovável, injustiça, maldade, inveja,

rivalidades, engano, malícia, murmuração, calúnias, inimizade

com Deus, insolência, arrogância, presunção, invenção de

coisas más, desobediência aos pais, insensatez, deslealdade,

ausência de amor pela família, implacabilidade e inclemência

(Rm 1.24-32).

- Línguas enganadoras, lábios cheios de veneno, boca cheia de

maldição e amargura, pés ágeis para derramar sangue, vidas

sem temor a 1 )eus (Rm 3.9-20).

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- Ser efeminado, sodomita, rival, trapaceiro (lCo 6.9-11).

- Morder-se e se devorar uns aos outros, feitiçaria, ódio,

discórdias, ganâncias, ira, dissensões, sedições, heresias, invejas,

embriaguez, orgias e coisas semelhantes (Gl 5.15-21).

- Mentira, más conversações, resistência ao Espírito Santo,

amargura, gritaria, palavras torpes e falta de perdão (Ef 4.25-

32).

- Obscenidade, conversas tolas, gracejos imorais, sair com pros-

titutas (Ef 5.1-6).

- Paixões descontroladas, desejos maus, ódio e malícia (Cl 3.5-9).

- Ser egoísta, ingrato, ímpio, caluniador, incontinente, cruel, sem

amor pela família, traidor, precipitado, soberbo, mais amante

dos prazeres do que amigo de Deus, tendo aparência de

piedade, mas negando o seu poder, levando outras pessoas a

cometerem pecado, a serem incrédulas e más (2Tm 3.1-13).

- Insensatos e desobedientes (Tt 3.1-3).

- Fazer acepção de pessoas (Tg 2.9-12).

- Levar uma vida sem Deus, carregada de anarquia, presunção,

vontade própria e rebelião (2Pe 2.9-22).

- Ser amante do mundo e das coisas do mundo (ljo 1.15-17).

- Sonhadores obscenos, semeadores da discórdia, difamadores,

murmuradores, queixosos e escarnecedores (Jd 1.8-19).

- Sedutores (Ap 2.20).

- Adoradores do Diabo e feiticeiros (Ap 9.20-21).

- Ser covarde, incrédulo, depravado e tirar ou acrescentar algo à Palavra de Deus (Ap 21.8; 22.18-19).

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Provas bíblicas de que esses pecados condenarão a alma

Há muitas afirmações na lista de pecados do tópico anterior

que dizem claramente que as pessoas que cometerem tais coisas e

que morrerem nesses pecados estarão perdidas. A própria Bíblia

prova isso com as seguintes passagens:

Por suas palavras serão condenados.

Mateus 12.37

Essas coisas tornam o homem impuro.

Mateus 15.20

As pessoas que praticam tais coisas merecem a morte.

Romanos 1.32 Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade.

Romanos 2.1

O fim delas é a morte!... Pois o salário do pecado é a morte.

Romanos 6.21,23

Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão.

Romanos 8.1 3

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Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus?

1 Coríntios 6.9 Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.

Gálatas 5.21

Nenhum imoral, ou impuro, ou ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.

Efésios 5.5

É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência.

Colossenses 3.6

Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos - o lugar deles será no lago de fogo.

Apocalipse 21.8

Aquele que pecar é que morrerá.

Ezequiel 18.4

Vocês não sabem que são santuário de Deus?... Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá.

1 Coríntios 3.16-17 (veja ICo 6.19-20)

81


Se o negamos, ele também nos negará.

2Timóteo 2.12

Os maus hábitos e os prazeres mundanos são pecado?

Os prazeres mundanos que não tornam alguém espiritual, moralmente puro, fisicamente limpo ou mais reverente e consagrado ao bem maior de todos é pecado.

O sr. Wesley deu a seus filhos uma boa avaliação ou teste através do qual eles poderiam saber o que é lícito ou ilícito em um prazer. Ele disse: "O que quer que diminua a sensibilidade de sua consciência, debilite sua razão, obscureça sua percepção de Deus ou entorpeça seu profundo desejo pelas coisas espirituais; o que quer que aumente a autoridade de seu corpo em detrimento da mente e da vontade, para você é pecado".

A Bíblia diz:

Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne a cobiça dos olhos e a ostentação dos

bens - não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus perma-nece para sempre.

ljoão 2.15-17

Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.

Tiago 4.4

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Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas

transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam

capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e

perfeita vontade de Deus.

Romanos 12.2

A Escritura indica que devemos viver nossas vidas de forma

bem diferente daqueles que não seguem a Cristo:

Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me

odiou. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como

se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os

escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia...

Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Se me perse-

guiram, também perseguirão vocês. Se obedeceram à minha

palavra, também obedecerão à de vocês. Tratarão assim vocês

por causa do meu nome, pois não conhecem aquele que me

enviou.

João 15.18-21

Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não

são do mundo, como eu também não sou.

João 17.14

É possível argumentar, com base nas Escrituras e com uma

clara consciência, que os prazeres do mundo são da parte de Deus?

Pode-se dizer que eles tornam alguém espiritual, parecido com

Jesus, reveren-

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te, moralmente puro, fisicamente melhor e o melhor exemplo para os i i isiaos darem aos pecadores? Pode-se argumentar que eles são defini-i iv.i mente da parte de Deus e úteis de alguma forma para a vida crista? Alguém já foi salvo por meio deles? Quantas centenas de milhares de pecadores tropeçam diariamente em membros da igreja que cedem ao pecado? Como essas ações podem ser chamadas, a não ser a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens?

Basta observar a vida de pessoas santas e consagradas a Deus para notar a diferença entre os prazeres do mundo que nos levam a Deus e aqueles que nos afastam de Deus. Por que os membros da igreja que se entregam aos prazeres do mundo têm sempre que se explicar e se desculpar com os pecadores e com os verdadeiros cristãos por se entregarem a tais práticas? Por que não abençoam essas práticas quando as praticam? Por que se sentem tão condenados por fazerem tais coisas? Por que a maioria deles procura escondê-las dos cristãos verdadeiros? Por que muitos deles sempre querem saber se elas são pecaminosas ou não?

Por outro lado, nenhuma dessas perguntas é sobre se é

errado orar, ir à igreja, servir a Deus e realizar ações cristãs. Por que

é que pessoas que foram realmente salvas de seus pecados e se

tornaram novas criaturas se libertam completamente desses

hábitos? Por que Deus as resgataria dessas coisas, se fossem hábitos

cristãos? Por que os pecadores esperam que os homens sejam

libertos dessas coisas quando se tornam cristãs? Por que os cristãos

verdadeiros voltam a praticar esses hábitos quando caem? Todos

nós sabemos as respostas para essas perguntas, da mesma forma

que sabemos que esses prazeres são pecaminosos e inconvenientes

aos cristãos. Portanto, devemos evitá-los.

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Os prazeres do mundo dentro das igrejas são escolas do crime

Quando as crianças observam o sistema mundano dentro das igrejas, muitas vezes se voltam contra o cristianismo e vão para o mundo quando saem de casa. Eu mesmo rejeitei Jesus por anos, por causa dessas condições. E as coisas são infinitamente piores nas igrejas hoje do que quando eu era criança.

Eu fui criado em uma bela e solene igreja onde via seus membros participando de atividades que não eram lícitas para os seguidores de Cristo. Então, eu disse: "Se isso é cristianismo, eu não quero". Eu via meus amigos serem batizados e aceitarem formalmente a Cristo e tor-narem-se membros da igreja. Eu jamais me tornaria um membro da igreja. Antes eu desejava ver se a religião mudaria meus amigos.

Quando os vi vivendo da mesma forma que antes, me desviei dessa hipocrisia e farsa, e rejeitei a igreja por anos, até eu ver o verdadeiro cristianismo na prática. Depois disso eu não demorei a ser salvo dos meus pecados. Os pecadores têm fome do verdadeiro cristianismo e aceitarão rapidamente a Jesus se os homens viverem uma vida cristã genuína.

Os filmes são escolas do crime

Há bons filmes, da mesma forma que há bons livros. Infelizmente, a grande maioria da produção hollywoodiana é inadequada para ser vista pelos seguidores de Cristo. Que a maioria desses filmes são escolas do crime é um fato bem conhecido para aqueles que lidam com o crime. Muitos criminosos começam sua vida marginal segundo o que vcvin na leia.

85


Já em 1950, um Comité do Bem-estar das Crianças analisou

250 filmes norte-americanos e encontrou 97 homicídios, 51 casos de adultério, 19 seduções, 22 sequestros e 45 suicídios. Seus principais personagens eram: 176 ladrões, 35 bêbados e 25 prostitutas. Roger Babson declarou: "Esses estudos que fiz apontaram os filmes como a causa principal da onda de crimes cometidos atualmente".

Na mesma época a Turquia, um país que não é cristão, aprovou uma lei estabelecendo que nenhum adolescente com menos de dezesseis anos poderia assistir filmes. Alguns dos motivos apresentados foram que eles distorcem as mentes, mexem com os nervos, sugerem ideias perigosas, transmitem prematuramente informações sobre o amor e sexo, inspiram paixões violentas e levam ao crime.

É isso que significa o cristianismo? Esse é o tipo de escola para a qual enviaremos nossos filhos? Queremos torná-los criminosos? Um país pagão deve ser mais justo em sua posição contra o pecado do que os cristãos?

E um fato conhecido que os jovens praticam o que veem na tela. Poderíamos dar muitos exemplos e dizer muitas coisas para embasar nosso ponto de vista, entretanto, são fatos amplamente conhecidos por todos. Por isso, não gastaremos tempo e espaço para relatar mais fatos. Os cristãos sabem discernir o certo do errado, e está mais do que na hora de eles serem verdadeiramente salvos e viverem livres do pecado ou, então, desistir da igreja e revelar quem realmente são.

Fumar é pecado?

O ato de fumar tornou-se conhecido no mundo civilizado por volta de 1518 d.C, quando o tabaco foi levado das índias para a Espanha. De lá, seguiu para a França, onde foi aceito por

Catarina de

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Médice. Após a morte da rainha o uso do tabaco foi proibido por leis severas, sob a alegação de ser perigoso à saúde nacional.

O tabaco foi levado para a Inglaterra pela primeira vez por Sir Francis Drake, em 1586. Mais tarde, foi banido da Inglaterra e de toda a Europa por algum tempo. Em 1624 o Papa Urbano, o Oitavo, infligiu punições físicas e excomunhão a todas as pessoas que o usavam. Em 1635 ele foi novamente proibido na França sob pena de prisão e açoitamento público. Periodicamente, desde então, várias leis a favor e contra foram aprovadas na França.

Na América, até o século XVIII poucas pessoas usavam o tabaco. No início do século XIX a maioria das mulheres não se casava com homens fumantes. No entanto, em 1950 ele foi glorificado como o deus do prazer da América e foi ficando cada vez mais difícil encontrar homens ou mulheres que não o usassem de alguma forma. Em 1949, 400 bilhões de cigarros foram consumidos somente na América, sem contar as outras formas de utilização do tabaco. Era normal pastores e membros da igreja usá-lo, e quem se manifestava contra seu uso era rotulado como fora de moda e religioso excêntrico.

Devemos adotar os verdadeiros princípios cristãos. O fumo não pode glorificar a Deus, segundo os seus mandamentos quanto ao corpo e ao espírito (ICo 6.19-20). Ele destrói e Deus promete destruir aqueles que destruírem seu templo, o corpo humano (ICo 3.16-17).

Ele é um hábito que desperdiça dinheiro. Os homens devem satisfazer seus desejos com pão, roupas adequadas e abrigo para a família. É também uma infração dos direitos de outras pessoas, que não elevem ser obrigadas a respirar fumaça constantemente (Gl 5.14), e um mau exemplo para os pecadores (Mt 5.16).

()s cristãos são orientados a se limparem: "Purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade

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no temor de Deus" (2Co 7.1). O fumo é um hábito sujo e impuro, e uma das obras da carne, conforme a palavra "impureza" (Gl 5.19-21). É um péssimo hábito e mantém as pessoas escravas do pecado (Rm 6.12-23).

O tabaco envenena o corpo e causa doenças

O tabaco é um veneno e é relacionado juntamente com todos os outros venenos. Na verdade, ele contém nicotina, ácido prússico, amónia, ácido carbólico, acroleína, monóxido de carbono, formaldehído, metilamina, metano, furfural e parvolina. O dicioná-rio Webster o relaciona como um narcótico. A nicotina pura é tão mortal que 50 mg é capaz de matar um adulto e metade dessa quantidade pode matar um cachorro. Há quantidade suficiente em um charuto para matar um homem, se ele o mastigar e o engolir.

É claro que muitas pessoas se acostumaram aos efeitos desse veneno, mas ele pode causar câncer, problemas cardíacos, desordens gástricas, doenças da pele, destruir a saúde mental e envenenar o sangue. E, de uma forma geral, envenena o sistema inteiro. Para falar o mínimo, o fumo não convém aos cristãos e traz reprovação à causa de Cristo.

Quando uma pessoa fuma, a maior parte da nicotina é dispersa no ar. Cerca de um terço fica na boca, onde um pouco é absorvido. O efeito de fumar um charuto é igual ao de cinco cigarros. Um cachimbo libera um pouco mais de nicotina do que um cigarro. A nicotina em sua forma pura é um veneno letal. Uma gota na pele de um coelho faz com que ele entre em choque instantaneamente. O conteúdo da nicotina de dois cigarros, se injetado na corrente sanguínea, mataria o fumante rapidamente. Se você fuma um maço por dia, inala 400 mg de nicotina por semana, o que em uma única injeção mataria tão rapidamente quanto um tiro de revólver.

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Nas fábricas em que a nicotina é usada como inseticida, ocasio-nalmente ocorre casos de envenenamento. Um operário sentou-se em um banco onde tinha sido derramado um pouco de nicotina.

Em menos de dois minutos ele caiu no chão com o rosto azulado, aparentando estar morto. Levado às pressas ao hospital, foi

ressuscitado como alguém que tivesse sido envenenado com nicotina. Quando retornou ao trabalho e colocou as calças

molhadas com o veneno, caiu de cabeça no chão e teve que ser ressuscitado pela segunda vez.

Nos 400 bilhões de cigarros fumados em 1950, havia quase 23 milhões de galões de nicotina. Se administrada com precisão, essa

quantidade seria suficiente para matar mil vezes a população dos Estados Unidos na época.

Mas por que fumar não mata mais pessoas? Por um lado, por-que o corpo humano de maneira notável pode criar gradualmente uma tolerância para doses cada vez maiores de veneno. Por outro, porque quando o homem fuma não acumula quantidade suficiente

de nicotina em seu corpo.

Os cigarros irritam a garganta? Nenhum médico afirma que fumar alivia a garganta. O argumento volta-se para o quanto eles

irritam a garganta. Se você fuma um maço por dia, ingere 840 centímetros cúbicos de alcatrão de tabaco em um ano. Isso significa

que ensopou sua garganta e seus pulmões com 0.7982 litros de fluido de alcatrão de tabaco durante o ano.

Dentre 100 fumantes que fumaram em média 28 cigarros por dia, o dr. Frederic B. Flinn, de Nova York, encontrou 73 com congestão tia garganta, 66 com tosse e sete com irritação na língua. Os médicos familiarizados com a área comentam sobre quantas vezes os fumantes intuíam de marcas para encontrar um cigarro menos irritante.

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Também é fato conhecido que o cigarro afeta o estômago e a digestão. Ele interfere no apetite, causa gastrite, azia, úlceras estomacais, atrasa o desenvolvimento de pessoas em crescimento, diminui o desempenho atlético, reduz a potência muscular, causa fadiga, acelera a pulsação em 28 batidas por minuto, afeta o coração e a corrente sanguínea, causa irregularidade cardíaca, aumenta a pressão sanguínea, notória e rapidamente, constringe as veias maiores e geralmente fecha completamente as menores, localizadas nas mãos e nos pés.

Fumar causa a doença de Buerger, que é a perda da circulação nas mãos e nos pés. As vezes, essa doença leva à gangrena, tornando necessária a amputação desses membros. Dentre 2.400 casos pesquisados dessa enfermidade, todos eram fumantes. Um grupo de 100 casos foi estudado por dez anos e em todos a doença foi contida quando seu portador parou de fumar. Três pessoas dos 100 casos tiveram que amputar parte do corpo. "Elas foram as únicas que não pararam de fumar", declarou o dr. Irving Wright.

A doença cardíaca é mais predominante entre os fumantes do que entre os não-fumantes. Também é fato conhecido que o câncer nos pulmões, garganta, lábios e outras partes do corpo são causadas pelo fumo.

Então, por que os médicos não advertem seus pacientes mais incisivamente sobre o perigo de fumar? Porque eles também são humanos, vários fumam e muitos hesitam em acreditar no pior sobre o cigarro tão companheiro. E, conforme um médico tristemente observou, "porque proibir de fumar torna um médico impopular".

O escritor do artigo da Reader's Digest da qual foi tirada a maior parte dos fatos mencionados anteriormente diz: "Quando comecei a pesquisa para este artigo, eu fumava 40 cigarros por dia. À medida que me aprofundei no assunto, fui diminuindo a quantidade. Quan-

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do terminei de escrever o artigo, eu estava fumando 10 cigarros por dia. Eu gostaria de fumar mais, entretanto, minha investigação me convenceu que fumar é perigoso e, pior ainda - uma estupidez".

Essas informações foram dadas por um fumante e não por um pastor, o qual muitos fumantes consideram desqualificado para falar sobre o assunto.

Aqueles que desejam agradar a Deus e servi-lo verdadeiramente podem ser libertos do desejo de fumar confessando seus pecados a Deus e nascendo de novo - tópico que será tratado nos próximos dois capítulos.

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Capítulo 6

COMO SE LIVRAR DO PECADO


Há uma cura certa em Jesus Cristo para a luxúria, a vida impura, os prazeres mundanos e todos os pecados e maus hábitos. Os homens podem ser salvos e libertos do poder e domínio dessas coisas em um instante - por meio de uma entrega total de suas vidas a Deus e do novo nascimento genuíno - assunto que discutiremos a seguir.

O poder desses hábitos pode ser anulado se for adotado o mé-todo divino para libertação do pecado, da doença e dos maus hábitos. Esses pecados serão odiados por aqueles que realmente foram salvos e nascidos de novo.

Quando somos libertos do pecado e dos maus hábitos

No momento do novo nascimento ou quando alguém pede perdão por seus pecados, é preciso renunciar a todos eles e tomar a decisão de não manter nem mesmo um único mau hábito. Se os laços com as antigas amizades e lugares pecaminosos forem cortados, e a vida for totalmente entregue a Deus, então haverá libertação de todos os pecados.

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Se os novos convertidos se achegarem a Deus por meio da oração, e pedirem libertação em nome de Jesus Cristo, eles serão libertos. Se a tentação persistir, é preciso repreender os demónios impuros da nicotina, do álcool ou de qualquer que seja a concupiscência. Repre-enda-os em nome de Jesus Cristo, ordenando que saiam de seu corpo, e eles sairão.

Tiago e Pedro disseram: "Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês" (Tg 4.7; veja IPe 5.8-9). Seja determinado e firme em resisti-lo e nenhum poder do pecado ou hábito pecaminoso permanecerá em você.

Por que algumas pessoas não são libertas de todo o pecado

Devemos nos conscientizar de que os hábitos pecaminosos são contrários a Jesus e, assim, eles deixarão de ser difíceis de resistir, mediante a oração pela libertação. Entretanto, enquanto continuarmos desejando manter algum mau hábito e permanecermos contrários a nossa consciência e à verdade, achando que ele não é errado, nunca seremos libertos. Esse comportamento deve ser rejeitado e trocado pela obediência à verdade e pelo desejo de sermos cristãos verdadeiramente libertos. Com esse novo posicionamento, Deus nos libertará rapidamente.

Se depois disso o mau hábito ainda persistir, então é preciso ir a uma igreja onde o pastor e os membros acreditam na possibilidade de libertação desses hábitos. Deixe que imponham as mãos sobre você e repreendam o poder do demónio que o prende a esses hábitos.

Outras pessoas não são libertas de todo o pecado porque se tornam membros de igrejas que acreditam que é normal uma pessoa pecar todos os dias e que ninguém consegue viver sem pecar. Elas não foram ensinadas sobre o que realmente é a libertação do pecado e, por

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isso, não são libertas de todo o pecado. Elas não sentem nenhuma condenação por praticar maus hábitos, porque veem muitos membros da igreja fazerem essas mesmas coisas. Consequentemente, elas se mantêm presas aos hábitos antigos e, ainda assim, reivindicam sua salvação.

Não há desculpas para a ignorância do que é uma vida cristã verdadeira ou do que Deus ordena que as pessoas abandonem quando se tornam cristãs. Essas pessoas não estão usando a inteligência que Deus lhes deu. Só porque muitos membros de igreja (e até pregadores) cometem pecados, isso não é motivo para o verdadeiro cristão viver de forma contrária à vontade de Deus.

O fato é que milhares de membros de igrejas na América - e até mesmo, muitos pastores - não sabem nada a mais sobre libertação do pecado como uma experiência pessoal do que um ímpio que mora nas selvas africanas e que nunca ouviu falar de Jesus Cristo. Muitos deles são honestos o suficiente para reconhecerem que não sabem o que é nascer de novo nem ser liberto de todos os pecados. Muitos permanecem enganados ao acreditar que, ao se tornarem membros de uma determinada igreja e viverem uma boa vida, serão salvos. Muitos, de fato, acreditam que por terem sido batizados ou adotado certos credos, estão salvos.

Mas a verdade da Bíblia é que nenhuma pessoa estará salva até ter nascido de novo pelo Espírito de Deus e ter abandonado todos os seus pecados. Isso será provado a seguir, por meio de várias passagens bíblicas.

A salvação é necessária

Está na hora de as pessoas acordarem para o que a Bíblia ensina e esquecerem o que algumas igrejas adotam como o padrão de cristia

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nismo. Se existe um modo de saber se alguém está salvo, então é necessário ser honesto o suficiente para reconhecer que não estará salvo até ter atendido as exigências mencionadas na Bíblia.

Uma pessoa pode atender as exigências para ser membro de uma igreja, dentre as muitas denominações existentes e, ainda assim, estar condenado à perdição eterna. Somos advertidos pelas Escrituras que "se um cego conduzir outro cego, ambos cairão num buraco" (Mt 15.14). Todas as desculpas para não fazer o que Deus diz claramente para fazer não livrarão tal pessoa do tribunal de julgamento de Deus. Deus se fez claro sobre as exigências para entrar no Reino de Deus, sabe muito bem que todas as pessoas têm inteligência suficiente para compreendê-las e as manterá em sua Palavra até o fim. Não importa o quanto você ame um pastor, uma igreja, um membro ou o quanto acredite que eles estão certos. Valerá a pena verificar, e muito bem, o ensino que está recebendo e no que está baseando a salvação da sua alma. Uma pessoa pode saber se está certa não segundo o que alguém diz, mas segundo o que a Bíblia diz.

O motivo real do pecado na igreja O motivo pelo qual milhares de pessoas têm dúvida se

realmente são salvas e nascidas de novo é porque nunca experimentaram a salvação bíblica. É impossível para qualquer pessoa experimentar efeti-vamente a libertação do pecado e não saber disso. Se uma pessoa tem dúvida se é salva ou não, certamente não é. Ela deve reconhecer sinceramente que não foi realmente liberta do pecado, caso contrário saberia disso. O quanto antes ela conseguir ser honesta o suficiente para reconhecer e pedir a Deus para salvá-la e torná-la consciente disso, mais rapidamente ficará satisfeita. As pessoas que passam pela experiência genuína da salvação jamais têm dúvida em relação a isso

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A história do velho George Nye Perto de 1930, armamos uma tenda em Sand Springs, Oklahoma, para realizar um culto de avivamento. Quase todas as noites, durante os cultos de testemunho, quando era dada aos cristãos a oportunidade de testemunharem o que Deus tinha feito por eles, um velho senhor chamado George Nye se levantava, com lágrimas correndo pelo rosto, e fazia um comentário sobre seu hino favorito. Ele o descrevia como: "Não existe nenhum amigo tão doce como Jesus, não, nenhum! não, nenhum!". Então, ele contava a seguinte história:

Há cerca de oito anos Jesus me libertou do pecado. Eu costumava vagar pelas ruas de Tulsa (cerca de treze km de Sand Springs) e roubava garrafas de leite, ancinhos, enxadas, cortadores de grama e tudo o que eu conseguisse levar a fim de trocar por um pouco mais de droga para me manter vivo. Eu era um viciado e um dos mais vis pecadores. Tive um re-gistro de prisões impressionante em Tulsa, até que, aos pou-cos, eles deixaram de me incomodar. Eu estava sempre entrando e saindo da cadeia. Eu tinha que me drogar, caso contrário, não conseguia viver. O desejo por droga era tão intenso naquela época que eu me via obrigado a fazer qualquer coisa para conseguir um pouco mais.

Nunca me esquecerei do meu último amigo. Ele era um ca-chorro preto e grande que me seguia pelas ruas de Tulsa. Eu vivia dos latões de lixo e dormia nas ruas à noite. Um dia, eu me deitei na sarjeta da esquina das ruas Primeira com a Principal. Eu estava sob o efeito de drogas e de uísque até perceber, com dificuldade, o que estava fazendo. Eu desci tão baixo que meu último amigo me abandonou. Meu velho cachorro me olhou, abanou sua calda e foi embora. Eu nunca mais o vi.

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Depois de um tempo, eu me levantei e cambaleei pela rua.

Então, ouvi o Exército da Salvação cantando: "Não existe nenhum amigo tão doce como Jesus". Eu caminhei com aquelas pessoas até o corredor da igreja e de lá eu cambaleei até o altar e entreguei o meu coração para Jesus Cristo. Ele me libertou de todos os meus pecados.

Não senti mais vontade de fumar, de beber uísque, de me drogar ou de praticar qualquer outro pecado. Estou servindo Jesus há cerca de oito anos e Ele é tão bom para mim. Eu estou sempre feliz e trabalho todos os dias. Agora, eu tenho um ótimo lugar para morar, bastante comida e roupas. Ele é um maravilhoso Salvador e pode salvar todos os que se achegarem a Ele. Logo soubemos que o "velho George" (como era chamado) era

um empregado de confiança do multimilionário Charlie Page, que também era um grande filantropo de Tulsa e Sand Springs, Oklahoma. George era o mensageiro particular deste homem e viajava constantemente entre Tulsa e Sand Springs.

O sr. Page mantinha uma colónia para viúvos e um lar para órfãos, além de muitos outros projetos de ajuda aos pobres. Um dia, ele nos convidou para o jantar de domingo no orfanato. Na mesa, de frente para o milionário, sentou-se o velho George. Então, o sr. Page nos disse, apontando para George: "Esse homem é uma maravilha da graça de Deus. Ele tem sido meu mensageiro de confiança por oito anos. lenho confiado a ele milhares de dólares. Nunca perdi um centavo em todos esse tempo. Eu confiaria a ele tudo o que tenho".

Qualquer um poderia perguntar ao velho George se era salvo ou não, e ele responderia rapidamente. Ele também responderia sem

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hesitar que se você fosse salvo, saberia. É uma pena que milhares

de membros das igrejas atualmente não tenham certeza de seu relacionamento com Deus. Multidões acham que estão salvas, quando, na verdade, não estão.

Vale a pena todas as pessoas fazerem o que for necessário para ter certeza da salvação à moda antiga. Não permita que os outros pensem que não é possível saber se estão ou não salvos. Nem deixe que confiem no fato de que está tudo bem se não sabem que estão salvas e se são nascidas de novo. Se alguém confessar seus pecados e falar a sério com Deus, poderá adquirir certeza da sua salvação.

A salvação da alma é primordial A questão da vida eterna e do bem-estar pessoal é primordial.

Pelo menos, é importante para nós termos certeza de que estamos agindo corretamente aos olhos de Deus. Devemos determinar isso unicamente por meio da Bíblia, e não segundo o que um determinado pastor, igreja ou religião disse sobre o assunto. Muitos são extremamente tolos a ponto de confiarem suas almas eternas a um homem ou ao ensinamento de alguma religião.

Entretanto, essas pessoas não agiriam cegamente assim se seus bens estivessem em jogo. Se algum pastor ou religião lhes dissesse como conduzir seus negócios, e se todas as suas riquezas estivessem investidas neles, elas seriam tolas se colocassem em prática, cegamente, qualquer orientação dada sem antes fazer uma investigação cuidadosa e comprovar que agindo segundo o conselho, suas riquezas estariam seguias. Há maneiras de descobrir se tal conselho está certo ou errado e qualquer empresário verifica sua validade antes de adotá-lo.

No que diz respeito a alma eterna, precisamos agir exatamente como o empresário. Devemos gastar dias e noites, se for necessário, len-

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do a Bíblia para determinar se estamos recebendo um ensinamento verdadeiro e se estamos ou não agindo em conformidade com o que Bíblia claramente ensina. Dessa forma, poderemos saber, sem dúvida alguma, qual é a nossa verdadeira posição perante Deus e o juízo.

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Capítulo 7

A DOUTRINA DO NOVO NASCIMENTO


Este capítulo fala sobre o novo nascimento, mostrando como ele pode ocorrer, para que as pessoas tenham certeza da salvação. Ele também deixa claro que todas as pessoas devem ser libertas de todo o pecado.

A necessidade incontestável do novo nascimento

Jesus ensinou que um homem deve nascer de novo, que ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo e nem entrar nele se não nascer da água e do Espírito (Jo 3.1-8). Que isso não acontecerá a menos que ele se converta e se torne como criança (Mt 18.3) e que todos que não se arrependerem perecerão (Lc 13.1-5).

Reiteramos novamente que é primordial atentarmos para nosso bem-estar eterno e não confiarmos nem no melhor dos homens. Se permitirmos que eles nos conduzam equivocadamente nessas questões, e viermos a ser condenados à perdição eterna, então será tarde demais. Portanto, é preciso fazer isso agora mesmo.

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Não assuma a postura de que você não pode ser enganado, e

de que sua igreja é a única certa e não irá conduzí-lo equivocadamente. Isso até pode ser verdade, mas é prudente assegurar-se. Pegue a sua Bíblia e examine-a cuidadosamente, sabendo em seu coração que você está agindo corretamente aos olhos do Senhor, que experimentou um novo nascimento real e que está vivendo de acordo com Deus todos os dias. Não permita que nenhuma religião faça você pensar que está completamente certo apenas porque se amoldou aos seus ensinamentos. Você ainda pode estar perdido. Certifique-se de sua situação.

Não há proveito em se enganar. Isso não o levará a lugar nenhum, exceto para o Inferno. Você é nascido de novo ou não. Você é realmente salvo, está sendo enganado pensando que é ou sabe que está condenado ao Inferno.

Se você não está recebendo respostas para as suas orações é porque não é salvo ou está duvidando de Deus. Se o seu obstáculo for a dúvida, então pare de duvidar. Se não for, então vale a pena prestar atenção em si mesmo e verificar se realmente está agindo corretamente aos olhos de Deus. Ele responderá sua oração se você for seu filho.

Mas se um dia você foi salvo, pode ser que tenha esfriado na fé e precise consagrar-se novamente a Deus. Você conhece sua própria vida e o seu verdadeiro relacionamento com Deus. Então, assegure-se de que está genuinamente salvo e em comunhão com Ele. Dessa forma, você estará com o posicionamento certo para receber o que Deus prometeu.

Portanto, está claro que o novo nascimento é necessário, caso alguém deseje se reconciliar com Deus. Nenhuma pessoa poderá ser salva e ir para o céu sem nascer de novo. Esse é um "requisito" da fé cristã e, portanto, é essencialmente importante aprendermos tudo o que pudermos sobre o assunto - e nascermos de novo - para sermos eternamente salvos.

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O que o novo nascimento não é

O novo nascimento não é uma confirmação, ser membro de uma igreja, descer às águas do batismo, assinar um cartão atestando que aceitou a Jesus Cristo, participar da santa ceia, cumprimentar o pastor com um aperto de mão, ficar de pé declarando que aceitou a Jesus como salvador, cumprir os deveres religiosos, aceitar intelectualmente o cristianismo e a ortodoxia de fé, confessar que Jesus é o filho de Deus, fazer parte de uma igreja que proclame ser a certa, ir aos cultos, fazer orações, ler a Bíblia, memorizar os credos, ser moral, ter cultura ou refinamento, praticar boas ações e fazer o seu melhor, ser bom com o próximo ou realizar qualquer outra coisa, confiando que ela salvará a sua alma. Em vez disso, é preciso confiar no cristianismo à moda antiga e na experiência do novo nascimento segundo as Escrituras.

Nicodemos, o homem com quem Jesus falou sobre o novo nascimento, tinha a maioria dessas qualificações, mas Jesus lhe disse que era necessário nascer de novo (Jo 3). O ladrão na cruz e muitos outros que Jesus perdoou enquanto esteve na terra foram salvos sem colocar em prática nada disso. Eles simplesmente fizeram a única coisa necessária - se "converteram" e "nasceram de novo" - aceitando Jesus Cristo como seu salvador pessoal, se arrependendo e voltando-se para Deus de todo o coração como uma criança, conforme está escrito em Mateus 9.1-7; Lucas 7.48-50; 18.9-14; 23.43 e João 8.1-10.

Todas os que nascem de novo automaticamente apresentam evidências externas de uma vida boa segundo a virtude do novo nascimento. Entretanto, há milhares de pessoas, e isso é algo triste de dizer, que confiam nessas coisas para serem salvas e acreditam de fato que elas são as evidências de um relacionamento correto com Deus. Elas morrerão e perderão a salvação sem o novo nascimento, porque foram orientadas erroneamente em relação à essa experiência.

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Não há desculpas para as pessoas permanecerem enganadas. Elas precisam estudar suas próprias Bíblias em vez de ficarem ouvindo apenas algum mestre religioso. Elas podem apresentar todos os aspectos de um religioso e, ainda assim, estar com a alma condenada pela eternidade sem Deus e sem esperança.

A cultura, o refinamento e a integridade externa da vida, na igreja ou fora dela, não tomam o lugar do novo nascimento. O problema está no coração (Mc 7.18-23) e a simples reforma da vida externa não salvará a alma de ninguém.

Um artista pode aplicar um revestimento de cera e as mais belas cores na parte externa de uma maçã podre, mas em seu interior ela ainda estará podre. Apenas uma mordida basta para revelar sua podridão interior. O fato é que fora de Jesus Cristo, todas as pessoas têm o coração deteriorado. Portanto, cultura, refinamento, respeitabilidade, moralidade e integridade externa são atos simplesmente artificiais em si mesmos, e podem não passar de pura hipocrisia. Os que agem assim são chamados de sepulcros caiados:

Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo. Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade.

Mateus 23.25-28 (veja também Rm3.9-23)

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O que é o novo nascimento

O novo nascimento é uma nova criação do alto por meio de uma operação direta da Palavra de Deus e do Espírito Santo na vida, transformando completamente a pessoa e tornando-a uma nova criatura em Cristo. Ele é o mesmo que:

- A experiência da nova criatura (2Co 5.17).

- A obra da nova criatura (Ef 4.24).

- A experiência da salvação (Rm 1.16; 10.9-10; 2Ts2.13).

- O batismo no corpo de Cristo (ICo 12.13; Gl 3.27-29).

- A experiência de ter se tornado livre da lei do pecado e da morte (Rm 8.1-4).

- A adoção na família de Deus (Rm 8.14-16).

- A conversão do poder de Satanás para Deus (At 26.18).

- A limpeza de todo o pecado (ICo 6.9-11; ljo 1.7-9; Ap 1.5).

- A remissão dos pecados (At 2.38).

- A reconciliação com Deus (Cl 1.10-23; 2Co 5.17-21).

- A regeneração como filho de Deus (IPe 1.2-4,18-23; Tg 1.18).

Como ocorre o novo nascimento

O novo nascimento é ocasionado por quatro atitudes da parte do homem. Quando ele toma essas quatro atitudes, pode ter a certeza de que nasceu de novo pelo Espírito Santo e que foi aceito na

família de Deus.

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1 . Reconhecer que você é pecador e está perdido, sem Deus e sem esperança (Rm 3.23; Ef 1.11-13; ljo 1.9). Uma vez, em Dakota do Sul, uma mulher que era membro de uma igreja veio até o altar de

oração e eu lhe perguntei o que queria. Ela me respondeu que desejava ter os bons sentimentos que alguns cristãos diziam ter. Eu

perguntei se era uma pecadora e ela me respondeu que já tinha nascido cristã, que seus pais eram membros de uma igreja, que

havia sido criada frequentando os cultos e que nunca tinha pecado em sua vida. Então eu lhe disse que podia voltar para o seu lugar,

pois a verdadeira salvação e o reconhecimento dos pecados perdoados eram somente para os pecadores.

A mulher insistiu que desejava ter as maravilhosas experiências que outras pessoas tinham. Eu respondi novamente que não poderia tê-las, porque essas bênçãos eram somente para os

pecadores. Eu sabia que ela estava enganada em pensar que por ter sido criada frequentando uma igreja, já tinha nascido cristã e não

era uma pecadora.

Então, eu lhe perguntei se já tinha feito fofoca alguma vez. Ao que ela me respondeu: "Eu acho que todo mundo já fez isso na

vida". Eu lhe perguntei se já tinha mentido, e ela respondeu: "Não". "Você está me dizendo que nunca falou nem uma mentirinha

branca ou que nunca fingiu nem tentou negar ter feito algo errado em toda a sua vida?" "Oh", ela me disse, "eu acho que todos nós

tentamos encobrir as coisas que fizemos de errado".

Eu lhe fiz muitas outras perguntas relacionadas a pecados pessoais e ela confirmou que tinha cometido todos eles em um ou

outro momento de sua vida. Eu lhe disse que isso era suficiente para convencê-la de que era uma pecadora e de que precisava de

salvação. Disse lambem que se não acreditasse nisso mesmo tendo feito coisas erradas

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várias vezes em sua vida, a própria Bíblia declarava que ela era uma pecadora: "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Rm 3.23). Se uma pessoa não reconhecer que é pecadora, não poderá ser salva.

2. Admitir que Jesus Cristo morreu na cruz para salvá-lo do pecado por meio de seu precioso sangue (IPe 1.18-23; 2.24; ljo 1.7-9; Ef 1.7).

3. Achegar-se a Deus arrependido de seus pecados, abandonando todo o pecado e suplicando pelas virtudes do sangue de Jesus Cristo no nome de Jesus. Assim você nascerá de novo, isto é, o Espírito Santo definitivamente o tornará uma nova criatura, purificando-o de todo o pecado pela autoridade da Palavra de Deus e pelo sangue de Jesus que foi derramado para expiar os pecados (2Co 5.17; Ef 4.24; Cl 1.20-22).

4. Você deve acreditar, do fundo de seu coração, que ao confessar com a sua boca os seus pecados, Deus realmente o perdoará e o purificará de toda a injustiça (Rm 10.9-10; ljo 1.7-9; 5.1-4).

Quando uma pessoa toma essas quatro atitudes e ainda não

tem certeza da salvação, há alguma coisa errada com ela e não com o Senhor. Provavelmente existe algo em sua vida que deixou de confessar e de acertar com Deus ou com o próximo. Se alguém desejar perdoar todas as pessoas que o ofenderam (Mc 11.22-26), abandonar todo o pecado e os maus hábitos, voltar-se para Deus de todo o coração e obedecer ao Senhor e à Bíblia, definitivamente terá a vida transformada pelo poder de Deus. Entretanto, se estiver preso a algo ruim ou não estiver disposto a perdoar os outros, não poderá ser salvo.

Há alguns anos, na Pensilvânia, enquanto eu estava pregando so-bre o que as pessoas devem fazer para serem libertas do pecado, uma mulher no meio da multidão gritou em alta voz: "Eu não posso!". Sem saber de nada, respondi: "Você pode!". Ela insistiu que não podia umas

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três ou quatro vezes e eu continuei afirmando a mesma coisa. Final-mente, eu perguntei: "Irmã, o que é que você não pode fazer?". "Eu nunca perdoarei meu marido."

Depois eu fiquei sabendo que o marido daquela mulher a tinha trocado por outra e que ela havia determinado em seu coração que nunca o perdoaria pela traição. Eu disse: "Você precisa perdoá-lo em seu coração para que Deus a perdoe". Ela respondeu: "Prefiro ir para o Inferno a perdoá-lo". Se um dia ela o perdoou ou não, eu não sei. Mas se não fez isso, ela está condenada à perdição eterna, segundo o que Jesus disse em Marcos 11.22-26:

Respondeu Jesus: "Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: 'Levante-se e atire-se no mar', e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados".

Outra vez, em Dakota do Sul, duas garotas vieram até o altar de oração pedindo para serem salvas. Uma delas foi perdoada em alguns minutos e se alegrou em sua salvação. A outra não se sentiu satisfeita naquele momento, nem nas duas noites seguintes, até eu descobrir o que estava errado.

Na terceira noite eu lhe disse: "Minha jovem, você pode me dizer o que está errado. Não há necessidade de pedir oração todas

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as noites, se não estiver falando a sério. Sua amiga se converteu glo-riosamente em alguns minutos quando vocês duas vieram aqui pela primeira vez para ter um encontro com Jesus. Ela aceitou Cristo e você não". Mas a moça replicou: "Eu não sei o que há de errado comigo".

"Não precisa me falar o que é, mas você sabe exatamente o que há de errado, caso contrário não estaria se esforçando tanto. Deus não faz acepção de pessoas. Se salvou sua amiga, Ele a salvará também, desde que esteja disposta a abandonar as coisas que lhe pedir. Há alguém que você não deseja perdoar?", eu lhe perguntei. Ela respondeu: "Não". Então eu repliquei: "Há alguma coisa que você não está disposta a abandonar?". "Sim", ela me respondeu. Então, eu lhe expliquei que não valia a pena perder a sua alma por nenhum pecado, fosse ele qual fosse. Imediatamente a moça aceitou a Jesus, decidiu abandonar o seu erro e se converteu verdadeiramente.

Portanto, qualquer pessoa pode ser salva - e saber que está salva - se realmente estiver falando a sério com Deus e se arrepen-der de todo o pecado para viver uma vida santa segundo as Escri-turas.

Este método para fazer com que as pessoas sejam salvas é bem diferente do método praticado pelos grandes evangelistas, que apenas pedem para a pessoa levantar o braço, acenar com a mão ou aceitar a Jesus de um modo formal, em pensamento, reconhecendo que Ele é o Filho de Deus.

Entretanto, o método que eu uso produz genuínas conversões em todos os casos. Embora exista a possibilidade de algumas pessoas realmente serem salvas por meio de uma aceitação formal de Jesus ou por dizer que o aceitam como seu Salvador, na maioria das vezes este método é tão superficial que gera apenas membros de igreja, sem a salvação que as transforma em novas criaturas. Esse é o motivo pelo

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qual pessoas mesmo convertidas podem permanecer cometendo os mesmos pecados e maus hábitos.

Só para começar, essas pessoas não foram libertas de seus pecados. Elas não têm poder para se libertar deles e, consequentemente, logo perceberão que não obtiveram o que precisavam. Os pastores são responsáveis por conduzir as pessoas à salvação e não para longe dela. Sobre eles pesa a responsabilidade por não ensinar sobre o que é a salvação e o que se espera quando alguém se converte a Deus.

Muitos pastores costumam enfatizar que para ser salva a pessoa precisa simplesmente dizer que aceita a Jesus Cristo. E elas podem fazer isso diariamente sem que ocorra uma transformação em seus corações. Esta é a maneira fácil, a maneira do mínimo esforço e o motivo pelo qual elas têm tão pouca, ou em muitos casos nenhuma, experiência com Deus.

Se fosse exigido que todos realmente se arrependessem e oras-sem até saberem que Deus os perdoou e percebessem as evidências do novo nascimento (como veremos no capítulo 8), não teríamos tantos cristãos pecadores, isto é, pessoas que vivem praticando o pecado e se dizem cristãs. Como podemos ver em 2Coríntios 7.10, quando alguém é salvo segundo as Escrituras, passa a viver segundo os princípios dela e abandona o pecado:

A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um ar-rependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte. Milhares de pessoas nunca se arrependeram de seus pecados,

como ordena a Bíblia. Elas simplesmente disseram ao pastor que aceitavam a Jesus. Algumas não fizeram nada além de responder afirmati-

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vamente a pergunta feita pelo pastor: "Você aceita a Jesus como seu Salvador?". Isso é tudo o que fizeram para se acertarem com Deus. Não há o arrependimento nem a tristeza produzida por Deus por causa do pecado, e elas não abandonaram o pecado e nem se consagraram a Deus verdadeiramente. Para haver salvação é preciso mais do que isso. E preciso se arrepender, abandonar o pecado e buscar a Deus até se tornar uma nova criatura.

O que significa a água do novo nascimento?

A Palavra de Deus é a "água" mencionada em João 3.5, confor-me é evidenciado em Efésios 5.26; João 6.63; 15.3; 17.17; IPedro 1.23 e Tiago 1.18. Quando uma pessoa acredita na Palavra de Deus, que é uma pecadora, que Jesus Cristo morreu para salvá-la de todo o pecado, que se confessar seus pecados a Deus e se converter de todo o coração estará de acordo com a Palavra, então o Espírito Santo a transformará pela fé no poder da Palavra de Deus e no sangue de Jesus Cristo e lhe dará as evidências da salvação. Ela deve vivenciar a experiência mencionada na Bíblia e viver segundo as ordenanças de Deus, caso contrário estará condenada à perdição eterna. Precisará ler a Bíblia, orar e começar a caminhar e a viver no Espírito e em conformidade com a Palavra de Deus, à medida que for conhecendo as Escrituras (ljo 1.7; Jo 8.31-32).


Capítulo 8

EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO


Há evidências do novo nascimento claramente descritas nas Es-i.is que

provam para a própria pessoa, e para as demais, que ela efetvamente

nasceu de novo.

Evidências bíblicas do novo nascimento

1. Você será transformado no âmago do seu ser e se tornará uma nova

Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas

Mitigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo isso

provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio >li

( i isto e nos deu o ministério da reconciliação.

2Corítios 5.17-18

Si você nunca passou por essa transformação, certamente nunca

nasceu de novo.

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2. Você terá o testemunho do Espírito Santo em sua vida de que é filho de Deus:

Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são fi-lhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os es-cravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba Pai". O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.

Romanos 8.14-16

3. Você estará livre da condenação e da lei do pecado e da morte, e viverá e andará no Espírito:

Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque

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não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus. Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês. Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a carne, para vivermos sujeitos a ela. Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão, porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

Romanos 8.1-14 (veja também Gl 5.16-26)

4. Você será purificado de todo o pecado:

Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Je-sus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

Mateus 1.21

O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado... Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de rocia injustiça.

lJoão 1.7-9 121


5. Você estará livre do pecado:

Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês per-manecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os liber-tará". Eles lhe responderam: "Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?" Jesus respondeu: "Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.

João 8.31-36 (veja também Rm 6.1-23;

8.1-4; ljo 2.29; 3.7-10; 5.1-7,18)

6. Você será liberto do poder e domínio do pecado:

Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debai-xo da Lei, mas debaixo da graça.

Romanos 6.14 (veja também as passagens do ponto 5).

7. Você receberá o direito de se tornar filho de Deus:

(lontudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.

João 1.12 (veja também 2Tm 1.7; ljo 3.1-3)

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8. Você receberá crucificação evidente da carne, das paixões e dos desejos:

Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos.

Gálatas 5.24 (veja também Ef 4.22-24; 2Co 5.17)

9. Seus pecados serão cancelados:

Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados.

Atos 3.19

10. Você será lavado, santificado e justificado:

Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.

1 Coríntios 6.11

11. Você receberá salvação:

Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se con-fessa para salvação.

Romanos 10.9-10

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Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o princípio Deus os esco-lheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espí-rito e a fé na verdade.

2Tessalonicenses 2.13

12. Você será criado em justiça e santidade provenientes da ver-dade:

Vocês foram ensinados a despir-se do velho homem... a reves-tir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.

Efésios 4.22,24

13. Você se afastará da iniquidade:

Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida ci-vil, já que deseja agradar aquele que o alistou... Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: O Senhor conhece quem lhe pertence e afaste-se da iniquidade todo aquele que confessa o nome do Senhor.

2Timóteo 2.4,19

14. Você terá Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo habitando em você:

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Respondeu Jesus: Se alguém me ama, obedecerá à minha pa-lavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos morada nele.

João 14.23

Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.

Romanos 8.9

15. Você estará livre do poder de Satanás:

Para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o per-dão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.

Atos 26.18 As pessoas que nasceram

de novo pecam diariamente?

Eu sei que muitos ensinam que ninguém pode viver livre do pecado, que pecamos continuamente e que não existe ninguém que não peque todos os dias da sua vida. Podemos constatar que este ensinamento está totalmente fora de harmonia com a Bíblia ao lermos as passagens bíblicas mencionadas anteriormente.

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Se as pessoas pecam todos os dias, então são pecadoras todos os dias e não há um único momento em que não sejam pecadoras. Se são pecadoras o tempo todo, não há um único momento em que

não estejam sob a maldição da lei violada e serão lançadas no Inferno a fim de sofrerem o castigo da morte eterna. Se pecam

todos os dias, elas nunca foram cristãs nem libertas do pecado. Jesus Cristo não significa nada para elas se são pecadoras e se não

podem ser libertas do pecado.

Está na hora de as pessoas acordarem e pararem de ouvir

esses ensinamentos e começarem a ler a Bíblia e a obedecê-la por conta própria. Naturalmente, quem não acredita na libertação do pecado jamais poderá ser liberta do pecado. Se Jesus Cristo veio para nos libertar de nossos pecados e não foi capaz de fazer isso,

então falhou em sua missão.

Se o Novo Testamento ensina sobre a libertação do pecado,

então isso é verdade ou é mentira. Se for mentira, podemos jogar fora a Bíblia inteira e ignorarmos a religião. O cristianismo, neste

caso, seria uma mera farsa e uma falsa religião, ensinando algo que não é verdade. Entretanto, se a salvação por meio de Jesus Cristo

for verdade, então esses mestres modernos são falsos e ninguém deve acreditar neles. Não é certo nem mesmo ouvi-los negar as verdades da Bíblia. E pecado dar-lhes apoio para ensinarem isso. Se

o cristianismo é uma farsa, é um pecado dar apoio a ele e a seus líderes.

Não permita que os homens enganem você levando-o a pensar que não existe vida pura, santa e vitoriosa em Jesus Cristo, livre do pecado, da carne, do mundo e do Diabo. Se você não

estiver livre dessas coisas, não estará livre do Inferno, segundo as várias passagens bíblicas mencionadas no capítulo 5.

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Pode não existir essa vida livre do pecado na opinião desses

mestres até onde eles sabem. É evidente que eles não conhecem a

Bíblia e não têm experiências bíblicas ou são, simplesmente,

rebeldes contra a verdade e se recusam a receber tais bênçãos. Em

qualquer um dos casos, você não deverá ouvi-los no que diz

respeito a tão importante questão, que é seu bem-estar eterno.

Então, por que, em vez ouvi-los, não ouvir às Escrituras? As

Escrituras não enganarão você, pois sempre informam a verdade.

Certa vez, um jovem me ligou para perguntar sobre a

doutrina bíblica de que um cristão pode ser liberto do pecado. Citei

então alguns pecados, como o adultério, a fornicação e todos os

outros descritos no capítulo 5 deste manual, e lhe perguntei em

relação a qual deles se sentia culpado. Ele respondeu que não se

sentia culpado de nenhum deles.

Então, indaguei se cometia esses pecados diariamente, ao que ele respondeu que não. Perguntei se pensava que poderia viver

livre deles diariamente e ele respondeu que sim. Ele me disse que era cristão e que a única coisa errada que fazia era fumar. Eu

perguntei se achava que poderia se livrar do cigarro e, assim, viver diariamente sem praticar esse pecado. Ele respondeu novamente

que sim. Então, perguntei se achava que viveria livre do pecado se fosse liberto de todos, ao que ele respondeu afirmativamente,

concordando que essa vida era possível.

As pessoas que pensam que não podem viver livre do pecado

estão realmente equivocadas sobre o que é o pecado. Se elas

consideram a falta de conhecimento, as tentações e os erros comuns

que não violam a lei de Deus como pecado, então estão certas em

acreditar que ninguém pode viver livre do picado.

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Mas se elas pensam que ninguém pode viver sem os pecados que condenam a alma, mencionados anteriormente, então estão erradas, visto que isso será uma realidade para todo aquele que for

salvo.

Os que dizem que ninguém pode viver sem pecar estão simplesmente usando todas as desculpas possíveis para continuar

pecando. Eles querem fazer com que as pessoas pensem que são cristãs, ao mesmo tempo em que desejam se entregar à prática de

algum tipo de pecado ou mau hábito que, por fim, as condenará.

As pessoas podem viver livres do pecado, se forem libertas dele e permitirem que Jesus Cristo viva em suas vidas pelo poder

do Espírito Santo. Se viverem diariamente no pecado, então não haverá um dia sequer que deixarão de estar sob a condenação de

uma lei violada e serão lançadas no Inferno para pagarem o preço do pecado que é a morte.

O corpo é pecaminoso e a alma e o espírito santos?

A teoria de que o corpo é sempre pecaminoso e que a carne peca todos os dias, mas que a alma e o espírito são perfeitamente

sem pecado e santos, é uma das teorias mais tolas, ignorantes e sem base bíblica que o Diabo e seus enviados estão procurando impor a

pessoas inteligentes que amam a Palavra de Deus.

Não existe nenhuma passagem bíblica que corrobore tal teoria. Ela não passa de uma doutrina de demónios para enganar as pessoas e fazer com que suas almas sejam condenadas ao Inferno. As passagens bíblicas a seguir provam que o corpo deve ser santo e sem pecado tanto quanto a alma:

128


Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu,

[isto é, mortos para o pecado, como em Rm 6.2] foi justificado do pecado.

Romanos 6.6-7

Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por

causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da

justiça. Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para

com a carne, para vivermos sujeitos a ela. Pois se vocês

viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo

Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão.

Romanos 8.10,12-13 (veja também Rm 8.1-4)

Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus

que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a

Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem

ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela

renovação da sua mente, para que sejam capazes de

experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita

vontade de Deus.

Romanos 12.1-2

... O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o

Senhor, e o Senhor para o corpo... Vocês não sabem que

os seus corpos são membros de Cristo?... Todos os outros

pecados que alguém comete, lota do corpo os comete...

Acaso 129


não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo

que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês

não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço.

Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.

1 Coríntios 6.13,15,18-20

Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito

de Deus habita em vocês? Se alguém destruir o santuário de

Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que são

vocês, é sagrado.

1 Coríntios 3.16-17

Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que,

depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser

reprovado.

1 Coríntios 9.27 Para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo.

2Coríntios 4.10

Nele também vocês foram circuncidados, não com uma cir-

cuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão reita

por Cristo, que é o despojar do corpo da carne... Ele nos per-

doou todas as transgressões.

Colosscnses 2.1 1 ,13

130


Para serem santas no corpo e no espírito.

1 Coríntios 7.34

Todos os cristãos são santos?

Um dos grandes espantalhos da religião moderna é a palavra

"santidade". Pessoas de várias igrejas têm mais medo dela, ou da

palavra "santo", do que do próprio Diabo. Na verdade, muitos

prefeririam ter comunhão com o Diabo do que com alguém que

acredita na santidade. Há muitas denominações santas que são

vistas como as mais desprezadas dentre todas e como as que

rejeitam tudo o que é maligno.

Por que não ser justo e honesto por alguns minutos e

considerar o que Deus diz sobre o assunto? Agora, não confunda.

Não estamos advogando algumas das peculiaridades de

determinados grupos que se autodenominam "santos". Não

estamos sugerindo que você tenha que ser rotulado como tal para

poder ser salvo e santo, segundo a Bíblia. Queremos, simplesmente,

ressaltar que não há uma desculpa razoável para alguém temer a

palavra "santo" ou "santidade". Nenhuma pessoa precisa pensar

que a palavra santidade vai pular sobre ela e levá-la para o Inferno

sem o seu consentimento.

Uma pessoa poderá tornar-se santa somente em Jesus Cristo e

pela obediência total à Palavra de Deus. A santidade não invadirá a

vida de ninguém, pois não é como um demónio que força a

entrada. O negócio do Diabo é impedir que as pessoas se tornem

santas, daí o grande medo que os demónios têm colocado nelas.

Eles não querem que você viva nenhum tipo de vida que sequer

pareça santa. Portanto, 131


acalme-se e não receie entender algo errado ao considerarmos o

que Deus diz.

Acredite você ou não, todos os verdadeiros cristãos são santos. Isso é uma realidade para as pessoas que forem batistas, metodistas, presbiterianas ou de qualquer outra denominação cristã que adote unicamente a Bíblia como sua regra de fé e prática. Isso é comprovado pelas Escrituras nos tópicos mencionados anteriormente. Se elas obtiverem a salvação do Novo Testamento, elas serão santas. As palavras originais para "santa" e "santidade" são usadas nas seguintes passagens, provando que todos os filhos de Deus são pessoas santas:

... para o servirmos sem medo, em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias.

Lucas 1.74-75

Falo isso em termos humanos, por causa das suas limitações humanas. Assim como vocês ofereceram os membros do seu corpo em escravidão à impureza e à maldade que leva à mal-dade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça que leva à santidade. Quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres da justiça. Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte! Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se torna-ram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6.1 9-23

132


Se é santa a parte da massa que é oferecida como primeiros frutos, toda a massa também o é; se a raiz é santa, os ramos também o serão.

Romanos 11.16 ...se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

Romanos 12.1

Vocês não sabem que são santuário de Deus... pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado.

1 Coríntios 3.16-17 (veja também ICo 6.19-20) ... para serem santas no corpo e no espírito.

1 Coríntios 7.34

Purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.

2Coríntios 7.1

Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.

Efésios 1.4

... a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a I )eus em justiça e em santidade provenientes da verdade.

Efésios 4.24

133


... e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.

Efésios 5.25-27

... para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação.

Colossenses 1.22 (veja também Cl 3.12)

Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a

santidade.

ITessalonicenses 4.7

Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola a todos os santos ir-mãos.

ITessalonicenses 5.27

Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando

mãos santas, sem ira e sem discussões.

1 Timóteo 2.8

Entretanto, a mulher será salva dando à luz filhos — se

permanecerem na fé, no amor e na santidade, com bom senso.

lTimóteo 2.15 ... que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação.

2Timóteo L.9

134


Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do

bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio.

Tito 1.8

... ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua

maneira de viver... Porque a graça de Deus se manifestou

salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à

impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira

sensata, justa e piedosa nesta era presente.

Tito 2.3,12

Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos;

sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem que ninguém

se exclua da graça de Deus.

Hebreus 12.14-15 (veja também Hb 3.1; 12.10)

Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos

vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam

santos, porque eu sou santo", também estão sendo utilizados

como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para

serem sacerdócio santo.

1 Pedro 1.15-16; 2.5 (veja também IPe 2.9; 3.5; 2Pe 3.11)

A luz dessas passagens bíblicas claras, alguém de boa

consciência pode dizer que acredita na Bíblia e ainda assim negar

que os cristãos sao (ou devem ser) santos para serem salvos? Essas

passagens

135


falam por si mesmas - elas exigem a santidade de todo crente. Se as

pessoas não forem santas, não serão salvas; se forem salvas, elas são

santas.

Na verdade, toda a pessoa que nasce de novo é santa.

Podemos comprovar isso com base nas passagens bíblicas

mencionadas acima e em ljoão 2.29; 3.5-10; 5.1-4,18, 2Coríntios 5.17

e Gálatas 5.24, além de outras. Ninguém tomará parte na primeira

ressurreição sem uma vida santa: "Felizes e santos os que

participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem

poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão

com ele durante mil anos" (Ap 20.6 -veja também Ap 20.4-5; 22.11).

Alguns argumentam que nenhum homem pode ser santo e vi-

ver livre do pecado, mas está bem claro que qualquer pessoa que

não vive em santidade jamais verá a Deus. Se as pessoas não

pudessem viver em santidade, então não seria possível existir

cristãos nem agora nem na eternidade. Elas não precisam pertencer

a nenhum grupo rotulado como "santo", mas uma coisa é certa: sem

santidade no Senhor, estarão condenadas. Portanto, busquemos ser

santos em Cristo e mais tolerantes com outras pessoas santas.

O "novo nascimento", então, significa mais do que a simples

profissão de que Jesus é o Filho de Deus, ser membro de uma

igreja, bati-zar nas águas, frequentar os cultos, participar da ceia do

Senhor e de uma série de outras coisas nas quais algumas pessoas

estão confiando para salvar suas almas. É preciso experimentar a

salvação como está descrita na Bíblia ou, então, enfrentar a

condenação.

Apresentamos a você a verdade sobre o novo nascimento, a

salvação e como viver uma vida inteira de santidade em Jesus

Cristo. A

136


responsabilidade de se amoldar à verdade é sua. Você será salvo ou

denado. Será salvo se aceitar a Palavra de Deus e obedecê-la.

Portanto, entregue o seu coração a Deus e não aceite nada menos

do que o novo nascimento em Jesus Cristo. Assim, você poderá

desfrutar da vida eterna.

137


CAPÍTULO 9

A DOUTRINA DA FÉ


Deus deseja que todas as pessoas tenham fé

A vontade de Deus em relação a todas as pessoas é que tenham uma fé imutável, inabalável e absoluta nele. A vontade de Deus não poderia ser outra. Acaso Deus preferiria a incredulidade em vez da fé nele? Acaso preferiria que os homens duvidassem (chamando-o de mentiroso quanto ao que Ele diz) em vez de terem confiança total nele? Acaso poderia ser a vontade suprema de Deus que os homens questionassem tudo o que diz em vez de aceitar como verdade? Os homens deveriam orar para saber se é vontade de Deus que eles tenham fé? Eles deveriam orar constantemente: "Mostra-me, Senhor, se é tua vontade que eu tenha fé em ti e na tua Palavra"?

Em resposta a essas perguntas, posso quase ouvi-lo dizer: "Cer-tamente que não. Ninguém deveria fazer este tipo de oração! Devemos ter fé em Deus e no que Ele diz sem orar para saber se essa é vontade dele ou não". Isso é verdade, e indubitavelmente o que qualquer pessoa responderia, se lhe fizessem a mesma pergunta.

Ainda assim, algumas pessoas argumentam que é difícil ter fé em Deus, que não conseguem ter fé suficiente para obter respostas

141


ás suas orações, que não podem saber se é a vontade de Deus fazer o que Ele prometeu, que elas não obtêm respostas e não sabem o que está errado.

Há somente um motivo para a oração falhar

Há somente um motivo para a oração falhar. Jesus disse que era "por causa da incredulidade". Alguns argumentam que não têm esse problema, mas o fato é que essa é a única razão, se eles forem qualificados como filhos de Deus. Suponha que procuremos nas Escrituras algum outro motivo para ver se pode ser encontrado... Suponha que investiguemos o que Deus diz e nos seja dado o benefício da dúvida. Se utilizássemos a Bíblia para obter a resposta, encontraríamos várias passagens que comprovam o que dissemos de forma bem clara.

As Escrituras provam que a

incredulidade é a causa da falha

Quando os discípulos não conseguiram expulsar os demónios de um menino lunático, vieram até Jesus e perguntaram:

"Por que não conseguimos expulsá-lo?" Ele respondeu: "Porque a fé

que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé

do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte:

'Vá daqui para lá', e ele irá. Nada lhes será impossível".

Mateus 17.19-20

142


Jesus respondeu: "Eu lhes asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: 'Levante-se e atire-se no mar', e assim será

feito. E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão".

Mateus 21.21-22

"Se podes?", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê."

Marcos 9.23

"Respondeu Jesus: Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: 'Levante-se e atire-se no mar', e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o

receberam, e assim lhes sucederá."

Marcos 11.22-24

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.

Hebreus 11.6

Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá

livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-,i, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é se-

143


melhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal pessoa que receberá coisa alguma do Senhor, pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.

Tiago 1.5-8

Não faça de Deus um mentiroso

Nós acreditaremos nessas passagens ou argumentaremos com Deus

e contenderemos com o Todo-Poderoso em relação à sua Palavra? Se Deus diz que podemos ter o que quisermos se tivermos fé, se não

conseguimos o que desejamos certamente é por causa de nossa falta de fé. Quando afirmamos que Deus responderá a todas as orações se forem

feitas com fé, queremos deixar claro que isso se refere somente aos filhos de Deus. Deus não tem compromisso em ouvir as orações de pecadores,

exceto a oração de arrependimento quando eles pedem perdão por seus pecados. Os pecadores não podem ter uma fé inabalável em Deus com

relação às coisas prometidas aos cristãos.

A fé é um dom de Deus e é preciso estar qualificado como filho dele para ter fé a fim de reivindicar todas as suas promessas. Então, se afirmarmos que Deus não ouvirá todas as orações de todos os seus filhos que são realmente salvos e que orarem com fé segundo suas promessas,

estaremos fazendo dele um mentiroso.

Visto que alguns cristãos não estão recebendo respostas a muitas de suas orações por causa da incredulidade e da dúvida, sugerimos que

experimentem um outro método: Aceitar a Deus conforme sua Palavra com fé inabalável, não por merecer alguma coisa, mas por causa da

Palavra de Deus que é bem clara.

144


A definição de fé

As palavras "fé", "confiança" e "crença" significam, simplesmente, "confiar em, ter confiança sem medo", "fugir para refugiar-se em", "se abrigar em", "colocar a fé em", "permanecer ou descansar em", "contar com", "acreditar na ou aceitar a palavra de alguém", "confiar na promessa de alguém" e "depositar confiança absoluta em uma pessoa sem qualquer questionamento ou dúvida quanto à sua fidelidade".

Em Hebreus 11 1, a fé é definida como "a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos". Algumas variações desse mesmo texto, em outras versões, são as seguintes:

"A substância das coisas que se esperam, a evidência das coisas que não se

veem."

King James

"Ora, a fé é o firme fundamento do que esperamos, e a convicção de fatos

que não se veem."

Weymouth

"Ora, a fé significa a confiança no que esperamos, convictos do que não

vemos."

Moffatt

"Ora, a fé é a escritura de propriedade do que esperamos e a prova das

coisas que não vemos."

Tradução Centenária

145


"Ora, a fé é a suposição do que se espera, uma convicção acerca de coisas que não podem ser vistas."

Versão de Concordância

"Ora, a fé é a persuasão das coisas que se esperam; como se já existissem; e é a manifestação das coisas não vistas."

Siríaca

A natureza da fé

Paulo, em Romanos 4.17, ensina que a verdadeira fé é um atri-buto de Deus, "o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência coisas que não existem, como se existissem". Fé é a união da certeza com a convicção; considerar que algo será feito, como se já estivesse feito. A fé não precisa ver para crer. Ela ri das impossibilidades e de todas as circunstâncias que possam ser contrárias a ela e, ao pedir algo a Deus, já considera a oração atendida.

A fé não tende a acreditar em Deus somente quando as coisas parecem possíveis. Ela não opera caso exista a menor dúvida ou os-cilação quando as coisas parecem ser contrárias ao que se pediu. Persevera em acreditar que o impossível é possível, considerando como real o que não pode ser visto, considerando as coisas inexisten-tes como existentes.

O que a fé não é

A fé não é sentir que a oração será respondida. Em geral, a pessoa que procura exercitar sua fé depende do que pode ver, ouvir ou

146


sentir. Testemunhos relativos a fé, ao serem dados, geralmente incluem sentimentos e emoções ou os vários sentidos. "Sentir fé" é basear-se em evidência física ou em emoções e sentimentos da alma. Todo aquele que toma esse caminho como base para sua fé, mais cedo ou mais tarde será enganado.

A fé deve ser baseada na Palavra de Deus, independentemente de qualquer sentido-conhecimento ou sentimento-evidência. As pessoas procuram constantemente os sentimentos para determinar se sua oração foi ou não ouvida. Se elas se sentem bem ou se algo acontece para encorajá-las, acham que é fácil acreditar. Mas se alguma adversidade sobrevêm e os bons sentimentos vão embora, essas mesmas pessoas se entregam ao mais absoluto desespero. Elas são rápidas em acusar Deus por ser infiel e não verdadeiro quanto a sua Palavra. Se não chegarem a tanto, serão rápidas em imaginar que não era a vontade de Deus atender suas orações. Passam a se contentar em não ver cumprida em sua vida a promessa que Ele claramente fez.

Fé relacionada aos sentidos humanos

A fé não tem qualquer relação com os sentimentos ou a evidência dos sentidos. Durante os momentos em que sentimos estar com uma fé abundante, podemos estar com a menor fé do mundo. Similarmente, quando pensamos que temos uma fé mínima, podemos estat com mais fé do que em qualquer outro momento de nossas vidas.

Muitas pessoas são surpreendidas ao receberem respostas as suas orações, pensando que quando oraram estavam sem nenhuma fé. Não devemos acreditar que fomos curados por que a dor sumiu, nem que somos salvos porque nos sentimos perdoados. Não devemos pensar que nossas orações serão respondidas porque as coisas estão trabalhando a

147


nosso favor. Em vez disso, devemos sempre manter a postura de que nossas orações serão respondidas, porque a Palavra de Deus diz que serão.

A Palavra de Deus deve ter prioridade em nossas vidas em relação aos nossos sentidos. Basear nossa fé no que temos feito, em quão bem vivemos ou nas experiências que tivemos fará com que nossa oração falhe. Deus não responde com base nisso. Ele responde unicamente com base na graça e na fé pessoal em Deus e em sua Palavra.

A fé deve ser colocada nos objetos certos

Nós não devemos apenas ter uma fé pessoal, mas também fé nos objetos certos. Nossa fé deve ser colocada em Deus (Mc 11.22-24), em Cristo e em sua expiação (At 3.16; Rm 3.25), no Espírito Santo (1 Co 12.1-11; Gl 5.22) e na Palavra de Deus (Rm 1.16). Devemos optar por acreditar em Deus independentemente de qualquer coisa que possa acontecer para impedir a oração.

Em vez de falar sobre fé ou da necessidade de tê-la, devemos nos envolver em praticá-la efetivamente. A simples fé na Palavra de Deus, independente dos sentimentos ou das circunstâncias, jamais será possível para quem vive somente no reino dos sentidos, para quem acredita ser possível somente o que é possível ver, sentir, ouvir ou compreender.

Este era o tipo de fé que Tomé tinha, quando declarou que só acreditaria se visse, e que Marta demonstrou quando não pôde ver nada além do fato natural de Lázaro estar morto há quatro dias e, "naquele momento, já estar com mau cheiro". Esse é o tipo de fé ensinado e encorajado por muitos líderes religiosos. No entanto, não é o tipo de fé exigido pelo Novo Testamento.

148


É necessário ter o tipo certo de fé

Precisamos ter uma fé viva e ativa para obter respostas às nossas

orações. Precisamos aprender a usar esse tipo de fé em Deus. Devemos

aprender a combater o combate da fé e nos mantermos firmes em Deus e

em sua Palavra. Devemos aprender que estamos cercados por um mundo

incrédulo e que vivemos em uma atmosfera de dúvidas.

Os demónios, os anjos caídos e as pessoas têm vivido por séculos na

incredulidade e na maldade, criando correntes de dúvidas e desconfiança

que são muito sutis e enganadoras para aqueles que desejam ter fé. O

homem caído tem profundas fendas de dúvidas que devem ser curadas.

Temos de combater os poderes das trevas e as correntes de des-

confiança e inctedulidade, que dificultam praticar uma fé viva e ativa em

relação às coisas que não podem ser vistas. Precisamos não apenas

aprender como fazer isso, mas fazer isso para obtermos resultados.

Fraco na fé Romanos 4.19; 14.1-15.4; ICorfntios 8

A fé fraca limita constantemente os benefícios que recebemos e a

apropriação dos privilégios concedidos a nós como seguidores de Jesus

Cristo. Ela se deve a ensinamentos errados e escrúpulos pessoais relativos

ao que não é essencial. Muitos são os membros de igreja que passam seu

tempo argumentando e se condenando mutuamente em relação a coisas

insignificantes que nem ao menos são mencionadas na

149


Bíblia. Esses argumentos consistem no que se pode ou não comer, beber, usar ou fazer e ainda permanecer um cristão. Em Romanos 14 está claro que o Reino de Deus não consiste em comida, nem em bebida, nem em detalhes pessoais da vida que não são especificamente proibidos na Bíblia, mas em "justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.18).

Se o Diabo não consegue fazer com que as pessoas cometam pecados que são proibidos nas Escrituras, ele fará com que elas condenem as liberdades pessoais que não são estritamente proibidas por Deus. A lei das Escrituras com relação a qualquer coisa que não seja definitivamente proibida por Deus nas Escrituras é: "Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado" (Rm 14.23).

A lei cristã de amor para com o próximo é:

Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo.

Romanos 14.19-22; 15.1-2

150


Fortalecido na fé

Romanos 4.20

Quem é fortalecido na fé se recusa a ser derrotado e a receber “não” como resposta. Ele ri diante das circunstâncias, da aparência externa e do

que é visto ou sentido e é perseverante em acreditar resposta de Deus a seu inha esse tipo de fé:

Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornándose assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: Assim será a sua descendência. Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que

o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vigor.

Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a

Deus, estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido. Em consequência, isso lhe foi

creditado como justiça.

Romanos 4.18-22

Esse é o tipo de fé que todas as pessoas devem e podem ter. Basta se

convencerem de que Deus é verdadeiro quanto a sua Palavra. A maioria das pessoas diz ter fé neste nível e ninguém quer afirmar, ousadamente,

que Deus é um mentiroso e que não fará o quedisse. Mas no que diz respeito a exercitar uma fé inabalável, poucos manterão uma fé forte o suficiente para agradecer a Deus pela

151


resposta antes mesmo de sua oração ter sido atendida. Entretanto, alguns

poucos se recusarão a duvidar e a desistir quando as coisas parecerem

estar indo de forma contrária ao que foi pedido a Deus. Esse é exatamente

o motivo pelo qual muitos não recebem respostas.

Nao há uma pessoa sequer que exerça uma fé tão forte quanto a de

Abraaão, que tenha esperado tanto para receber uma resposta de Deus.

Portanto, jamais se ouviu falar de uma recusa da parte de Deus em ender

a oração de alguém com uma fé inabalável como a de Abraão. Isso é

literalmente impossível (Tg 1.4-8; Hb 11.6). Todas as podem ter a certeza

absoluta de obter de Deus o que Ele prometeu se andarem nos passos da

fé que teve nosso pai Abraão (Rm 23-25).

Fé sincera ITimóteo 1.5; 2Timóteo 1.5

A fé sincera é aquela que não conhece a hipocrisia, o fingimento ou a

falsidade. É uma fé que não se vangloria nem assume uma postura

externa. Ela é simplesmente genuína, real e sincera em todos os seus

aspectos. Ela procede de um coração puro e de uma boa consciência,

como descrito nas passagens bíblicas indicadas a seguir. Ela não é

heteditária, embora em 2Timóteo 1.5 Paulo fale orno presente em três

gerações sucessivas. Ela é do tipo que todas as pessoas honestas, puras e

sinceras têm. Ela é do tipo não egoísta, santa e divina, que aumenta

naturalmente na vida de todo verdadeiro filho de Deus, à medida que

cresce na graça e no conhecimento. (2Pe 1.4-9; 3.18).


152

Fé temporária Lucas 8.13

A fé temporária é do tipo que acredita somente por um determinado

tempo e nasce como um cogumelo, mas por causa da sua superficialidade

ou falta de raiz, esmorece no período da tentação e provação

No decorrer dos séculos, as pessoas têm agido desta maneira. Elas

recebem a Palavra de Deus com grande alegria, e parece que excedem a

todos no zelo e na fé. Mas depois de alguns dias ou semanas não se ouve

mais falar delas exceto, talvez, em um próximo culto de avivamento onde

suas emoções serão novamente afloradas a ponto de levá-las a um

recomeço na fé, apenas para, em seguida, perdê-la novamente. Esse tipo

de pessoa nunca "se torna limpa" totalmente para Deus ou faz a entrega

total de sua vida, exceto por uma ação momentânea. Ela não prepara o

solo, de forma que a semente gere uma raiz profunda e dê frutos.

Alguns ensinam que isso não pode acontecer, mas acontece apesar

da tão conhecida impossibilidade de a fé de alguém desaparer, e de essa

pessoa ser renovada ao arrepender-se novamente. Eles ensinam que não é

possível que alguém perca a fé, mas Jesus certamente disse que alguns

logo a recebem com alegria; todavia, visto que não tem raiz em si mesmos,

permanecem pouco tempo: "Quando surge alguma tribulação ou

perseguição por causa da palavra, logo a abandonam” (Mt 13.20-21;

Lc8.13).

Paulo fala dessas pessoas como aquelas que naufragaram na fé (1Tm 1.19),

como as que romperam seu primeiro compromisso indo

153


seguir a Satanás (lTm 5.12-15) e desviaram-se da fé (lTm 6.21). Muitas

passagens das Escrituras dizem que as pessoas podem abandonar ou

perder a fé (At 14.22; lTm2.15; 4.1; 5.8-15; 6.10,21; 2Tm2.18; Hb 3.6,12-14;

6.11-12; 10.22-38). Fé intelectual ou histórica

1João 5.10-13

A fé intelectual é aquela com base na história ou no registro de Deus

em relação ao passado e à própria obra de Deus. Podemos acreditar

intelectualmente no registro de Deus e, ainda assim, não sermos salvos.

Acreditamos apenas com a mente no registro de algo que aconteceu no

passado. Nenhuma consagração a Deus é necessária para se acreditar na

história.

A fé intelectual pode acreditar em todas as passagens da Bíblia,

passadas, presentes e futuras - e em toda a verdade relacionada às bênçãos

de Deus -, mas se ela não agir sobre a Palavra de Deus, não chega a ser a fé

verdadeira proveniente do coração. A fé, em si, sem obras é morta. É uma

aceitação passiva ou meramente intelectual da verdade. Milhares de

pecadores têm uma fé intelectual em Deus e na Bíblia, mas continuam

deixando de obedecer a verdade.

A fé verdadeira não é apenas a aceitação intelectual da verdade

como um fato. A maioria das pessoas tem essa aceitação. Elas acreditam

que Deus é capaz, que prometeu fazer certas coisas e que faria se a

verdadeira fé fosse colocada em prática, mas pouco esforço é feito para

cooperar com Ele ou para receber o que prometeu. Não passa de uma

aceitação intelectual da verdade sem a ação da fé ativa. E o

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tipo de fé que se volta para tudo, exceto para Deus e para a sua Palavra. É

o mesmo que acreditar que um tipo de alimento é bom sem jamais comê-

lo para obter os seus benefícios.

A aceitação intelectual ou fé passiva é um dos inimigos mais pe-

rigosos da verdadeira fé em Deus. Ela reivindica toda a fé no mundo e é

satisfeita facilmente com qualquer coisa ou nada da parte de Deus. Se não

consegue o que deseja, ela não se importa. Aceitaria alguma coisa de Deus

se Ele viesse pessoalmente e trouxesse a resposta em seu colo, mas fora

isso, há pouco ou nenhum esforço colocado na fé concernente a alguma

coisa que Deus prometeu.

A fé intelectual pode ir até o ponto de manter a crença em toda a

verdade e em cada parte do plano de Deus e até alegar a exigência de

alguns benefícios. Mas por permanecer na mente, ela não age nas

promessas de Deus.

Fé ativa

Tiago 2.14-26; Hebreus 10.19-39

Como já está claro, a fé ativa age na Palavra de Deus. Tiago colocou

isso da seguinte maneira: "Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe

mostrarei a minha fé pelas obras" (Tg 2.18). Todas as pessoas precisam ter

essa fé para receber algo da parte de Deus. Já em uma fé puramente

intelectual e passiva, nenhuma ação será tomada a fim de obedecer a

verdade.

Precisamos ir além do estágio de apenas ouvir, e passar a fazer o que

Deus diz antes de vermos quaisquer resultados. A fé viva e ativa vai além

de obedecer toda a verdade de Deus e se apropriar das pro-

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messas feitas por Deus. Ela age como se o que não existe já existisse. É

rápida em promover obras a fim de provar que é sincera e obediente.

Pense no fato de você mesmo ter uma fé real, ativa e viva. Imagine

a emoção de ter suas próprias orações respondidas! A medida que eu

escrevo, tenho em minha mesa uma pilha enorme de cartas marcadas

como "Testemunho". Essas cartas falam como Deus respondeu a oração.

As pessoas ouvem nossos programas de rádio e ficam inspiradas a aceitar

a Deus segundo a sua Palavra.

Uma senhora contou que esteve doente por dez longos anos e

nesse período não pôde fazer suas tarefas domésticas. Ela me ouviu dizer

no ar que se uma pessoa acreditasse em Deus e se recusasse a ficar doente

e derrotada, poderia ter tudo o que quisesse. Ela relatou: "Agi segundo a

Palavra, saí da cama e Deus atendeu minha fé. Desde então, tenho feito

todas as minhas tarefas domésticas". Outra ficou muito comovida por

suas orações terem sido atendidas três vezes ao impor as sobre o rádio e

orar conosco. Muitas outras pessoas estão profundamente despertas para

uma nova vida e para uma consagração mais profunda porque estão

aprendendo a agir de acordo com a Palavra de Deus.

Multidões de pessoas nunca tiveram uma única resposta a suas

orações e estão perdendo as maiores bênçãos da vida por causa desta

negligência. A maioria depende de outras para obter respostas para elas.

Elas oram, pensam, mas desejam mais alguém para crer. Na verdade elas

não estão orando, mas dizendo meras palavras em forma de oração. A

verdadeira oração do Novo Testamento é sempre ouvida por Deus e a

resposta é certa0. Deus planejou que todas as pessoas tivessem esse tipo de

fé e resultados. A Palavra diz que esses sinais seguem aos

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que crêem e que tudo é possível àquele que crê (Mc 9.23; 1 1.22-24; 16.15-20; Jo 14.12-15; 15.7-16).

A fé pode ser desenvolvida em uma força viva e poderosa que não conhecerá a derrota. Saiba que você pode dominar todas as for-ças demoníacas e todas as circunstâncias através de Jesus Cristo. Você não precisa mais ser um escravo do medo, da timidez, da fraqueza, da falha, da doença, da pobreza, do abandono e do desespero. Você pode ser um vitorioso nas mesmas coisas em que foi derrotado. "Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido" (Jo 15.7,16).

Você precisa despertar para a consciência da nova vida que tem em Cristo. Como um ramo, tem a vida, a saúde, o poder, o amor e a natureza dele fluindo através da sua vida. Você é o portador de frutos da parte de Cristo na terra. Você está nele e Ele está em você. As palavras dele permanecem em você, dando-lhe fé para o que quer que venha a pedir. Nele você tem o mesmo direito de pedir e receber de Deus que Ele tem. Você tem o direito de esperar as mesmas respostas de Deus que Ele recebeu. Você representa Deus aqui como Ele o fez. Portanto, não fique satisfeito em viver sem os benefícios pelos quais morreu para lhe dar.

Foi ordenado que você seja um executor da Palavra de Deus, e isso significa pedir e receber. Você não deve ser apenas um portador e não está enganando a você mesmo quando age segundo a Palavra. Isso será confirmado, pois é a verdade (2Co 1.20). Sua fé deve ser viva e ativa, não uma simples fé passiva e intelectual que todos os pecadores possuem. Você está em Cristo, e como filho e herdeiro de Deus tem autoridade para agir segundo a Palavra de Deus. Você é uma árvore que dá frutos, um produtor de Deus. Portanto, mãos à obra e dê frutos para Deus segundo a sua Palavra (Jo 15.1-16).

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Fé oscilante Tiago 1.5-8

A fé oscilante é aquela que duvida de Deus e se recusa a acreditar.

Para a pessoa passar a acreditar e ter fé deverá agir segundo a Palavra de Deus. Isso significa tomar posse do que já é seu. Acreditar em Jesus significa aceitá-lo em relação a tudo o que a Bíblia declara que Ele é. Isso significa que você recebe libertação do pecado, cura para o corpo, respostas às suas orações e tudo pelo que Ele morreu para lhe dar. Acreditar é um ato da vontade. Quando você realmente acredita, é um indicativo de que agiu. Você deu o passo necessário para obter o que deseja de Deus. Fé é a ação de considerar coisas que não são como se fossem (Rm 4.17; Mc 11.22-24).

Duvidar é se recusar a agir na Palavra. A incredulidade também se constitui na recusa de agir de acordo com o seu conhecimento em relação à Bíblia ou na manifestação de sua ignorância em relação a ela. Se você não a conhece, não é possível agir porque não compreende. Se não compreender, temerá agir porque não sabe como agir. A cura para a incredulidade é um conhecimento completo da Palavra e a consagração a sua obediência plena, independente de quão impossível isso possa parecer no momento.

Uma fé oscilante é chamada de mente dividida, com alteração constante quanto ao que se deseja ou se pede. É a atitude de sim-não, sim-não e sim-não até o próprio Deus não poder dizer se é sim ou não. Num minuto a pessoa está decidida que uma coisa é desejada, e até com um certo desespero real, mas no minuto seguinte o recebimento já não é mais tão importante.

As pessoas que têm a fé oscilante não conseguem efetivamente decidir se irão perseverar combatendo até obter uma resposta. Elas

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aceitarão a resposta se ela vier sem nenhum esforço da parte delas, mas não estão dispostas a tomar os passos necessários para obtê-la.

Fé inabalável Hebreus

10.23; 11.6

A fé inabalável é aquela que aceita Deus segundo a sua Palavra sem questionamento. Deus nos ordena a pedir com fé, sem duvidar:

Pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal pessoa que receberá coisa al-guma do Senhor pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.

Tiago 1.5-8 E somos advertidos:

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.

Hebreus 10.23

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.

Hebreus 11.6

Isto é fé - recusar-se a duvidar, imaginar, questionar ou raciocinar sobre qualquer detalhe em relação ao que foi pedido a Deus. A

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fé tem absoluta confiança sobre o que foi pedido de acordo com a Palavra de Deus e, portanto, sabe que a oração será respondida. Ela se apoia nas promessas como a base da resposta, e não nos sentimentos ou sentidos. Ela se recusa a agir de forma contrária ao que foi pedido ou a questionar a demora em receber uma resposta.

A fé inabalável considera o pedido como atendido independen-temente de todas as evidências externas em contrário. Ela ri das im-possibilidades e confia plenamente no fato de que Deus é capaz de cumprir o que prometeu. A verdadeira fé agradece a resposta no mo-mento do pedido, enxerga adiante com a expectativa de uma criança crendo que irá receber o que pediu.

Fé humana Marcos

11.22-24 A fé humana é simplesmente o exercício de nossas faculdades hu-

manas quanto à confiança e convicção de que podemos acreditar em Deus, e que é verdadeiro em relação a tudo o que prometeu. Todos nós somos capazes de ter fé em nós mesmos e em qualquer outra pessoa que nos prometa algo. A fé é um atributo humano e, para o homem, era algo natural acreditar em Deus antes de sua queda. Não havia motivo para dúvida ou incredulidade da parte do homem antes disso.

Satanás foi quem injetou dúvida e incredulidade na constitui-lo moral e espiritual da raça humana. Desde a queda do homem, e por causa de sua quase total depravação, passou a ser um grande es-forço ter a mesma fé simples e inabalável que lhe era natural antes da queda, Foi justamente a dúvida e a incredulidade que causou a queda c, portanto, é de suma importância livrar-se desses sentimentos quan do se é salvo.

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Fé divina

Hebreus 11.3; 12.2; Gálatas 2.20; 1 Coríntios 13.13 A fé não é somente um atributo natural do homem, mas tam-ém um atributo de Deus. É a absoluta confiança e convicção de Deus m seu próprio ser e em sua Palavra.

Hebreus 11.3 diz que o Universo foi formado pela fé por meio a Palavra de Deus e o que não existia passou a existir. Deus tinha fé ele mesmo quando formou o Universo. Ele acreditava que podia criar o que ordenasse e chamou "à existência coisas que não existem, como se existissem" (Rm 4.17).

Gálatas 2.20 aponta para a fé do Filho de Deus, portanto, Cristo também tem fé como o Pai. Na verdade, Ele é o autor e consumador da fé (Hb 12.1-2). 1 Coríntios 13.13 fala de "fé" que persevera juntateme com a esperança e o amor, significando que essas três qualidades são eternas como atributos de Deus.

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Capítulo 10

COMO OBTER RESPOSTA A TODAS AS ORAÇÕES


Há diversas coisas que devemos fazer antes de podermos receber respostas às nossas orações. De fato, há algumas coisas que devemos fazer para sermos até mesmo ouvidos por Deus. Vejamos como é simples orar e receber respostas às orações.

É a vontade de Deus

responder a todas as orações A primeira coisa a fazer é crer que Deus quer responder a todas as

orações; ou seja, creia que é a vontade dele responder a todos os que oram com fé no nome de Jesus Cristo, segundo as suas promessas. E a suprema vontade de Deus que todo homem receba resposta a todas as orações que fizer desde que ore corretamente.

Como sabemos que é a vontade de Deus conceder todo pedido feito da forma certa? Sabemos isso pelo registro claro da Palavra de Deus. Deus prometeu responder a toda oração que seus filhos fizessem em harmonia com sua Palavra. Para confirmar isso, observe as seguintes passagens bíblicas:

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Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra, e àquele que bate, a porta será aberta. Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra: Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!

Mateus 7.7-11

Ele respondeu: Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: 'Vá daqui para lá', e ele irá. Nada lhes será impossível.

Mateus 17.20

Jesus respondeu: Eu lhes asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: 'Levante-se e atire-se no mar', e assim será feito. E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão.

Mateus 21.21-22

"Se podes?", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê".

Marcos 9.23

Respondeu Jesus: Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: levante-se e atire-se no mar” e

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não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o

que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: Tudo

o que vocês pedirem em oração, creiam que já o

receberam, e assim lhes sucederá.

Marcos 11.22-24

Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará

também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda

maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. E

eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o

Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em

meu nome, eu farei. Se vocês me amam, obedecerão aos

meus mandamentos.

João 14.12-15

Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras perma-

necerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será conce-

dido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e

darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes con-

ceda o que pedirem em meu nome.

João 15.7,16

Naquele dia vocês não me perguntarão mais nada. Eu lhes as-

seguro que meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome.

Até agora vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e

receberão, para que a alegria de vocês seja completa. Embora eu

lenha falado por meio de figuras, vem a hora em que

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não usarei mais esse tipo de linguagem, mas lhes falarei abertamente a respeito de meu Pai. Nesse dia, vocês pedirão em meu nome. Não digo que pedirei ao Pai em favor de vocês.

João 16.23-26

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxi-ma precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.

Hebreus 11.6

Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal pessoa que receberá coisa alguma do Senhor, pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.

Tiago 1.5-8

Quando o nosso coração nos condenar. Porque Deus é maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confiança diante de Deus e recebemos dele tudo o que pedimos, porque obedece-mos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada.

ljoão 3.20-22

Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos a lguma coisa de acordo com a vontade de Deus,

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ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos.

ljoão 5.14-15

O que poderia ser mais claro do que essas passagens para confirmar que é a vontade de Deus conceder resposta a todas as orações? Seria possível Deus ter dito coisas nessas passagens que Ele não quis dizer? Continuaremos a questionar a vontade de Deus nesse assunto ou creremos nas promessas simples que expressam a vontade de Deus no que diz respeito à oração?

Pense nisso! Qualquer coisa e tudo que alguém quiser, pode ter por meio da oração, se pedir com fé, sem hesitar! Esse é o jeito certo de orar. Essa é a exigência de Deus e a única coisa que Ele exige de seus filhos. É claro que devemos ter acabado com o pecado antes de podermos ser chamados filhos de Deus e antes de podermos orar da maneira correta.

Mas Deus não promete responder às orações daqueles que se re-belam contra ele, embora esses também recebam resposta a algumas orações. Ele podem receber perdão (e é preciso alcançar perdão antes de esperar que todas as orações sejam respondidas). Os ímpios oram, mas nunca são ouvidos ou respondidos por Deus como Ele responde às orações dos cristãos. A razão é que aqueles não reconhecem a Jesus Cristo, por quem os homens devem chegar a fim de receber de Deus. Ninguém pode aproximar-se de Deus a não ser por meio de Jesus Cristo (Jo 14.6; 16.23-26).

O que é oração

Saber o que a oração realmente significa é importante e necessário. A oração é a apresentação de nossos desejos por coisas legítimas

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e necessárias e por coisas prometidas por Deus que queremos, com a humilde confiança que as obteremos por meio de Jesus Cristo, para a glória de Deus e para o nosso bem. E a súplica de nossa causa perante o tribunal de Deus.

Oração é buscar a ajuda de Deus em questões que ultrapassam nossa capacidade. É o apelo pessoal a um Deus presente com base em sua vontade, em sua Palavra e em nossos desejos legítimos. É cooperar com a disposição de Deus em manifestar sua bondade a todos aqueles que têm fé nele e dependem de sua ajuda. A oração é simplesmente pedir e receber de Deus e é o tema deste capítulo.

A importância e o poder da oração

Não há realização maior na vida do que aprender a orar corretamente e perceber a importância e o poder da oração. A importância da oração pode ser facilmente entendida quando passamos a saber que qualquer coisa e tudo que possivelmente possamos querer nesta vida pode ser recebido através da oração. Isso nos permite perceber o tremendo poder da oração.

A energia da oração é maior do que a energia atômica. A oração move o céu e a terra e nos traz tudo que ordenamos e que está garantido pelas promessas de Deus. Não importa qual seja a necessidade (ou mesmo qual seja o desejo), a oração fará se cumprir.

Se você estiver em pecado ou preso a vícios e paixões, a oração pode quebrar qualquer grilhão em um único momento. Isso foi comprovado pela conversão dos piores e mais indignos pecadores que jamais viveram, como já temos visto. Se você quer cura para o corpo, a oração o tornará perfeitamente são, conforme veremos nos capítulos 11 a 13. Se você deseja sucesso nos negócios, prosperidade e ficar li-

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vre do fracasso nesta vida, a oração fará tudo isso. Isso nós veremos no capítulo 15. "Tudo é possível àquele que crê", e isso inclui qualquer coisa que precisa ser feita na experiência humana.

A arte da oração precisa ser dominada

A oração é uma verdadeira arte que deve ser aprendida antes que possamos receber qualquer coisa que queremos de Deus. É simplesmente o ato de uma criança receber coisas de seu pai. Isso ilustra a verdadeira relação entre Deus e aquele que ora (Mt 7.7-11). E preciso aprender a aproximar-se de Deus e contar inteiramente com Ele a fim de receber a graça necessária para o corpo, a alma e o espírito (Tg 4.7-10). É preciso tornar-se perito na fé e na oração e cessar toda dúvida, como já vimos nos capítulos anteriores; então a oração se torfjud uma simples transação entre Deus, o Pai, e seu filho.

Para aprender a orar, é preciso praticar até atingir a perfeição. E como aprender qualquer outra coisa. É possível aprender tudo a respeito da oração, mas sem a prática freqüente, a arte da oração nunca será aperfeiçoada. Concentre-se na oração sempre que o tempo permitir. Aprenda a orar até mesmo enquanto trabalha. Isso trará grande benefício. Quem aprende a orar em todo o tempo trabalha melhor e faz muito melhor qualquer coisa. Orar é estar em perfeita união e harmonia com Deus, e naturalmente aqueles em perfeita harmonia podem fazer melhor as coisas. Você terá sucesso na vida à medida que estiver em sintonia com Deus e sua criação.

Faça orações o mais simples e diretas possíveis. Entregue todos os seus problemas a Ele. Dependa dele para fjuda-lo e Ele o fará. Não tenha medo de levar-lhe qualquer problema, por menor que seja, porque Ele se importa e se agrada quando depositamos nele uma fé simples e sincera como a de uma criança.

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Até mesmo os fios de cabelo de nossa cabeça estão todos contados, e nenhum pardal cai no chão sem o seu consentimento (Mt 10.21-31). Deixe Deus ser seu amigo em todas as áreas de sua vida. Ele está interessado em nossa salvação, nossa saúde, nosso negócio e em todas as coisas pelas quais você se interessa e com que se inquieta. Faça o que está ao seu alcance e deixe o resto com Deus.

Fundamentos para pedir e receber

Os verdadeiros fundamentos para a oração e as respostas é ser nascido de novo e ter o relacionamento certo com Deus. Somente pessoas verdadeiras e salvas têm o direito de pedir a Deus e receber dele qualquer coisa que querem. Os pecadores que se rebelam e se recusam a entregar suas vidas a Deus e se reconciliar com Ele não têm base para se aproximar de Deus a não ser para arrependimento. Eles não têm alicerce para sua fé a não ser promessas de perdão.

Deus, muitas vezes, em sua misericórdia, ajuda os pecadores e ouve seus gritos de desespero, mas não é obrigado a fazer por eles o que promete a seus filhos, a menos que o obedeçam. É simplesmente por querer provar seu amor e misericórdia e demonstrar sua bondade que Deus às vezes ouve as súplicas de um pecador, embora ele seja rebelde. Paulo disse: "A bondade de Deus o leva ao arrependimento" e "Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores" (Rm 2.4; 5.8).

O que pecadores podem reivindicar

A primeira promessa que um pecador pode reivindicar por causa da morte de Cristo é o perdão e a purificação dos pecados (Ar 2.38;

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3.19; lJo 1.9). Se um pecador verdadeiramente se arrepender e abandonar o pecado, imediatamente tem "bases para orar" pedindo qualquer outra coisa que Deus prometeu aos homens. Assim, um relacionamento correto com Deus é o verdadeiro alicerce para pedir e receber (Mt 7.7-11; Lc 11.1-13; Jo 14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; lJo 3.20-24; 5.13-15).

Pedir e receber são direitos dos filhos de Deus

A partir do relacionamento adequado com Deus, por pertencermos à família de Deus e por causa da redenção do evangelho, passamos a ter o direito legal e indispensável de pedir e receber qualquer coisa e tudo que o Pai tem prometido aos seus filhos. Não deve haver dúvida sobre direitos individuais ou sobre o resultado da oração de acordo com esses direitos, porque todas as coisas pertencem a Deus e aos seus filhos, e esses herdarão tudo no fim, quando a rebelião for eliminada (Rm 8.17-18; IPe 1.2-5).

Se tudo nos pertence e no fim herdaremos todas as coisas, por que não conseguir o que queremos aqui e agora? Por que não seria nosso direito obter tudo que Deus prometeu que podemos ter nesta vida?

Jesus nos ensinou que os filhos de Deus têm o direito de obter resposta a todas as suas orações. Quando a mulher gentia foi a Jesus para que sua filha fosse curada, Jesus respondeu: "Não é certo tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos" (Mt 15.21-26). Ela respondeu sabiamente e pediu apenas as "migalhas" que são o direito do cachorro. Jesus se admirou da fé daquela mulher e disse: "Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja. E naquele mesmo instante a sua filha foi curada".

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Isso certamente ensina que os filhos de Deus têm certos direitos de

esperar boas coisas de Deus como qualquer filho numa família terrena tem o direito de esperar certas coisas de seus pais. Quem não tem o direito de filho, ao menos tem o direito de um cachorro. Assim, se não tivermos a fé de filho que tenhamos ao menos a fé de um cachorro.

A certeza da oração respondida

Pedir é receber, de acordo com Jesus: Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.

Mateus 7.7-8 Em inglês, as iniciais das palavras "pedir" (ask), "buscar" (seek) e

"bater" (knock) formam a palavra ask (pedir). Não é uma simples co-incidência. Pedir, porém, pressupõe um Deus que ouve e responde às orações. Quem pede zombando ou só para cumprir um ritual, sem fé, não está pedindo de verdade. É preciso pedir com fé, sem vacilar, e então você receberá (Tg 1.5-8; Hb 11.6).

Não pode haver falha, ou Deus não é verdadeiro; portanto, não deve haver sequer uma dúvida, pois Deus é verdadeiro. A certeza da oração respondida, as promessas ilimitadas sobre pedir e receber, bem como as infinitas possibilidades de orações podem ser encontradas nos textos bíblicos que foram inseridos no início desse capítulo.

A certeza da oração respondida também é apresentada no Antigo Testamento:

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Os olhos do Senhor voltam-se para os justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro. Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações.

Salmos 34.15,17 Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Enrregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá.

Salmos 37.4-5 Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade, estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra.

Salmos 91.15

Não recusa nenhum bem aos que vivem com integridade.

Salmos 84.11

Deus ama seus filhos mais do que os pais terrenos

Jesus ensinou a infinita paternidade de Deus e afirmou que Deus ama seus filhos mais do que qualquer pai humano poderia possivelmente amar aqueles que são sua própria carne e sangue. Isso significa que não é, nem pode ser, vontade de Deus que nenhum de seus filhos seja pecaminoso, rebelde, derrotado, infeliz, doente, pobre, necessitado, preocupado, queixoso ou desanimado. Não poderia ser a vontade dos pais terrenos que seus filhos sofressem essas coisas e nenhum pai toleraria essas condições na vida de seus filhos se pudesse ajudá-los.

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Os pais terrenos rapidamente livrariam seus filhos de todos esses

inimigos, se pudessem. Os pais terrenos anseiam em ajudai e farão o possível para ajudar seus filhos a alcançar as melhores coisas na vida, a serem saudáveis, prósperos e felizes. Será que Deus ama seus filhos menos do que pais terrenos? Certamente que não!

Jesus provou que Deus ama seus filhos mais do que pais terrenos, quando disse em Mateus 7.9-11:

Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra: Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!

O que mais poderia um filho de Deus querer além dessa promessa tão ampla e abrangente proveniente da paternidade infinita de Deus? O que mais poderia alguém desejar como confirmação de que é a vontade de Deus que seus filhos lhe peçam qualquer coisa — riqueza, saúde, purificação do pecado, livramento do pecado ou qualquer coisa que desejarem?

Respostas às orações: vontade de Deus

No mesmo sermão do monte, Jesus nos ensinou a orar: "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10). E a vontade de Deus no céu que as pessoas sejam detratadas, afligidas pela miséria e infelizes? É a vontade de Deus no céu que elas sejam atormentadas por demônios e que carreguem para sempre as obras do Diabo em seu corpo, alma e espírito? É a vontade de Deus no céu que sejam

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abandonadas e esquecidas por Deus depois de terem sido alcançadas por Ele? Você sabe a resposta a essas perguntas!

Se tudo isso não é a vontade de Deus no céu, também não é a vontade de Deus na terra. Podemos estar livres dessas coisas na terra assim como estaremos livres delas para sempre no céu se somente pe-dirmos e recebermos, segundo a vontade de Deus, aqui e agora. Hoje é o tempo em que precisamos pedir e receber - não na vida futura. Aqui e agora necessitamos que a vontade de Deus seja feita, e não apenas no céu, porque não estamos lá ainda.

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Capítulo 11

EVIDÊNCIA BÍBLICA PARA A CURA DIVINA


Tem sido uma experiência constante em nosso ministério ver ho-mens e mulheres que buscam a cura para o corpo questionarem a vontade de Deus para a cura. Milhares de cristãos oram diariamente pelo livramento da doença e da dor assim: "Se for da tua vontade". E, infelizmente, essa é a razão por que milhares de casos não são curados por Deus em resposta à oração.

Esse tipo de oração não é "a oração de fé", nem está em harmonia com a vontade revelada de Deus. De fato, é uma oração contrária à vontade de Deus. É uma oração de incredulidade. Toda vez que afirmamos isso nos deparamos com uma série de argumentos vindos de pessoas que afirmam que essa é a maneira adequada de orar. Tais pessoas não dão ouvidos à lógica nem às Escrituras e, assim, continuam sem os benefícios da cura garantida pela expiação e prometida por Deus em sua Palavra.

Nos próximos quatro capítulos pretendemos comprovar, a partir das Escrituras, que é a vontade de Deus que todos os seus filhos sejam libertos de toda doença, dor, enfermidade e sofrimento físico, visto que Jesus morreu para livrá-los disso tudo nesta vida. É a vontade de Deus que seus filhos tenham poder sobre essas coisas e que tenham perfeita saúde todos os dias em que viverem.

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O que a cura divina não é

Cura divina não é cura e saúde por meio de imaginação, força de vontade, hipnose, metafísica, demonologia, espiritismo, imunidade à morte, conjectura, insubordinação à vontade de Deus, concentração, negação dos fatos evidentes do pecado, da doença e da enfermidade ou cura natural por leis naturais.

O que é a cura divina A cura divina é um ato definitivo de Deus por meio da fé em

Jesus, pelo poder do Espírito Santo, pelo qual o corpo humano é cu-rado, sarado, restabelecido, liberto da doença e seu poder, voltando a ser tão saudável, perfeito e são quanto era antes do ataque.

Oitenta argumentos bíblicos para a cura divina Há oitenta razões para acreditar na cura do corpo, as quais

alistaremos juntamente com muitos versículos que confirmam cada item.

1. Que a cura divina para o corpo é bíblica (Mt 8.17; IPe 2.24).

2. Que a saúde era natural antes do pecado entrar no mundo (Gn 1.26-31; 2.17).

3. Que a morte entrou por causa do pecado como parte da maldição (Rm 5.12-21).

4. Que a primeira profecia e promessa de redenção incluiu cura para o corpo por meio de Jesus Cristo (Gn 3.15; Is 53.5; Mt 8.16-17; IPe 2.24).

182


5. Que a doença se originou com o pecado e agora está sendo pro-

pagada por Satanás e seus demónios (Jó 2.6,7; Mt 4.23-24; 15.22;

17.14-21; Lc 13.16; Jo 10.10; At 10.28).

6. Que a primeira cura registrada na Bíblia foi pela oração (Gn 20.7,17).

7. Que a primeira enfermidade registrada foi consequência de

desobediência a Deus e, quando as condições foram atendidas, a

cura foi concedida em resposta à oração (Gn 20.1-18).

8. Que em todos os casos de cura na Bíblia foram usadas a oração, a

expiação e recursos espirituais (Gn 20.7,17; Êx 15.26; SI 103.1-4;

105.37; 107.20; At 10.38; Tg 5.14-16; IPe 2.24; Mt 8.17).

9. Que os recursos espirituais para a cura de doenças e

enfermidades foi providenciado por Deus para o homem (Ex 15.26;

Mt 8.16-17; Tg 5.14; lPe2.24).

10. Que os recursos espirituais foram prometidos e ordenados por

Deus para que fossem usados em caso de doença (Tg 5.14-16; Ex

15.26; SI 91; Mt 8.16-17; IPe 2.24).

11. Que Deus amaldiçoou seu povo que não confiou nele na hora

da doença e da enfermidade (2Rs 1; 2Cr 16.12-14; Jr 17.5-10).

12. Que não há nenhum registro na Bíblia de algum caso em que as

pessoas receberam benefícios de qualquer outra fonte a não ser por

meios espirituais (SI 103.1-4; 107.20; Mt 8.17; IPe 2.24).

13. Que multidões foram curadas por meios espirituais (SI 105.20;

At 10.38).

183


14. Que nenhum texto bíblico encoraja o uso de remédios para a cura de enfermidades (Mt 8.17; IPe 2.24).

1 5. One as personagens da Bíblia usaram recursos espirituais em

mo-mentos de enfermidade (SI 38; 103.1-3; 107.20; Tg 5.14-16; IPe

2.24; Mi 8.17).

16. Que Deus fez uma aliança com seu povo para curá-los (Êx 15.26;

23.23; Lv 26; Dt 7.15; 28.1-65; Tg 5.14-16; Mt 8.16-17; 1IV 2.24).

17. Que Deus cumpriu sua parte da aliança (SI 103.1-4; 105.37;

107.20; Mt 8.17).

18. Que somente os meios espirituais foram usados por Israel no

deserto (Êx 15.26; 32.7-28; Nm 11.1-3; 12.13-16; 21.1-9; Jo 3.14; SI

105.37; 107.20).

19. Que a cura foi prometida sob a condição de obediência a Deus

(Lv 26; Dt 28; Êx 15.26; SI 91; 107.17-21).

20. Que a serpente de bronze, um tipo de Cristo, provocou cura

(Nm 21.1 -9; Jo 3.14). Será que devemos esperar menos de Cristo,

do que de um tipo de Cristo (Jo 10.10)?

21. Que a cura sempre aconteceu, a não ser quando alguns tinham

pecado e estavam debaixo da maldição da lei, que tinha de ser

aplicada (Lv 10; Nm 11.19-20; 25.1-14).

22. Que os ímpios excluídos da aliança de Deus não receberam a

promessa de cura até que se submeteram às condições da aliança e

viveram debaixo delas (Êx 15.26).

184


23. Que todas as pragas sobrevieram a Israel por causa de pecado

(Lv 26; Dt 28).

24. Que onze das treze pragas enviadas a Israel no deserto foram

causadas pelo mau uso da língua (Ex 15.24-26; 32.1-6; Nm 11-16;

21).

25. Que Deus não permitiu que o Diabo afligisse Jó, mas Deus usou

a aflição para purificá-lo e refiná-lo (Jó 2.6,7; 42.1-7). Deus não o

deixou enfermo por toda sua vida; assim, ele não é exemplo para

provar que os crentes atuais devam continuar doentes. Após a

provação, Deus o curou; portanto, se alguém hoje afirma estar

passando por uma provação, assim como Jó, que aprenda essa lição

e receba cura também. Que creia que Deus irá curá-lo assim como

curou Jó.

26. Deus, a fim de levar pecadores ao arrependimento, permite que

Satanás os aflija (Jó 33.12-30; ICo 5.1-5; 2Co 2.6-11).

27. Que Deus sempre curou quando as lições foram aprendidas e

os homens chegaram ao arrependimento (Gn 20.7,17; Nm 11.2;

12.13-16; 21.1-9; Jó 33.12-30; 42.1-12; SI 103.3; Tg 5.14-16).

28. Que Deus permite a Satanás afligir o seu povo quando ele se

desvia (SI 38; 103.3; Nm 12.13-16; 21.1-9; Gl 6.7-8).

29. Que a cura do corpo é ensinada em ambos os Testamentos, em

todas as divisões dos livros da Bíblia e quase em todos os livros,

conforme os textos nos itens acima e abaixo.

30. Que a doença é o único meio que Deus pode usar para

despertar algumas pessoas para sua necessidade dele e levá-las ao

arrependimento (Jó 33.12-30; Os 6.1). 185


31. Que a saúde bem como a cura divina foi prometida quando

certas condições foram preenchidas (Lv 26; Dt 28; Ex 15.26; SI 91;

Pv 3.1-8; 12.18; 13.3; 15.4; 18.8; Is 58; Tg 5.14-16; IPe 3.10-11; 3Jo 2).

32. Cristo veio libertar do pecado e da doença (Is 53; 61.1-2; Mt

8.16-17; 9.1-10; G13.13; Rm8.11; At 10.38; lPe2.24; ljo 3.8).

33. Que a cura é cumprimento de profecia (Is 35; 1-12; 53.1-12; 61.1-

2; Mt 8.16-17; At 10.38; IPe 2.24).

34. Que Jesus provou ser o Filho de Deus curando as pessoas (Mt

4.23-24; 11.3-6; Le 4.18-25; 13.32-33; At 10.38; ljo 3.8).

35. Que Jesus autorizou os doze a curar quando saíram para pregar

(Mt 10).

36. Que Ele também autorizou os setenta a curar quando saíram

para pregar (Le 10).

37. Que os discípulos tiveram sucesso em curar e expulsar

demonios antes do Pentecoste (Mt 10; Le 10; Me 6.7-13).

38. Que os discípulos foram autorizados a continuar a obra de cura

nesta era para confirmar a Palavra de Deus (Mt 28.20; Hb 2.3-4; Me

16.17-20).

39. Que os primeiros crentes confirmaram a Palavra pela cura (Mc

16.20; At 2.43; 3.1-12; 5.12-16; 6.8; 8.7-13; 11.19-22; 14.3,27; 15.4,12;

19.11-12; 28.9; Rm 15.18-19,29; ICo 16.10; Hb 2.3-4).

40. Que todos os discípulos desta era devem cumprir todas as

coisas que Cristo ordenou aos primeiros discípulos (Mt 28.20; At 1.1

-8).

186


41. Que Jesus ordenou aos discípulos receberem poder para

confirmar a Palavra de Deus antes de saírem (Lc 24.49; At 1.1-8; Mc

16.15-20; Jo 14.12-15).

42. Que Jesus enviou o Espírito Santo ao mundo para que o

ministério de cura que ele iniciou tivesse continuidade (At 1.1-8;

2.33-34; ICo 12.7-11; Hb 2.3-4; Jo 14.12).

43. Que Jesus prometeu esse poder a todo o crente (Mc 9.23; 11.22-

24; 16.15-20; Jo 14.12-15; 15.7,16).

44. Que os dons de cura fazem parte do equipamento espiritual da

igreja (ICo 1.7; 12.11; Rm 12.6-8; 15.18-19,29; Hb 2.3-4).

45. Que a cura faz parte da obra da igreja (Tg 5.14-16; ICo 12.1-11).

46. Que é sempre a vontade de Deus curar seus filhos na nova

aliança (Mt 6.10; 7.7-11; 8.3,7,16-17; Mc 9.23; 11.22-24; 16.15-20; Jo

14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; Hb 11.6; Tg 1.5-9; 5.14-16).

47. Que a cura faz parte da expiação (Is 53.4-5; Mt 8.16-17; lPe2.24;

ICo 11.23-32; Jo 3.14; Tg 5.14-16; 3Jo 2).

48. Que a não ser por causa da expiação, Deus não poderia

responder à oração por cura, visto que a morte é o castigo para o

pecado e a lei deve ser cumprida; o pecador não poderia pedir cura

a Deus, já que está debaixo da sentença de morte; Cristo não teria

curado porque não haveria condições para perdão e cura; ele não

teria autorizado seus ministros a continuarem sua obra; não haveria

possibilidade de o Espírito agir nos homens; e nenhum castigo ou

resultado do pecado teria sido eliminado (Mt 8.17; lPe2.21).

187


49. Que a cura é parte do pão para os filhos e seu direito em virtude

da redenção (Mt 7.7-11; 15.22-28; Mc 7.29; Lc 13.16; Jo 3.14-16; 14.12-

15; 15.7,16; 16.23-26; ljo 3.8,20-22; 5.14-15; 3Jo 2).

50, Que a cura faz parte da obra do Espírito Santo nos crentes (Rm

8.1 I; LCo 12.7-11; Hb 2.3-4; At 1.8; Lc 24.49).

51. Que a falha em apropriar-se da cura pela fé no corpo partido de (

'listo e no seu sangue derramado frequentemente tem resultado em

morte prematura (ICo 11.23-32).

52. Que a cura comprova que a pessoa tem o Espírito Santo (Rm

8.11; ICo 12).

53. Que a cura comprova que a pessoa crê em toda a verdade do

evangelho (Jo 14.12; Mc 16.15-20).

54. Que a cura comprova que Jesus Cristo vive hoje (Hb 13.8; Jo 14.12).

55. A cura comprova que o indivíduo tem exercitado a fé e

reivindicado e recebido os direitos garantidos pela redenção (Mc

11.22-24; 16.15-20; Jo 14.12-25; 15.7,16; 16.23-26; Hb 11.6; Tg 1.5-9;

5.14-16).

56. Que a cura é um dos sinais que haveriam de acompanhar os

crentes (Mc 16.15-20).

57. Que a cura está no plano de Deus para os nossos dias e para o

Milénio (Mc 16.15-20; Jo 14.12-15; Is 30.26; 33.24; 35.1-10).

58. Que a cura comprova que as promessas de Deus são

verdadeiras (2Pe 1.4-5;Tg 5.14-16; Rm 8.11; Mc 11.22-24; Jo 14.12-15;

15.7,16; 2Co 1.20). 188


59. Que por haver na Bíblia instruções completas sobre como obter

cura e permanecer sadio, a cura deve ser a vontade de Deus, e que

tais benefícios se concretizarão se essas instruções forem seguidas

(Is 58.1-14; Jr 17.5-10; SI 34.12-13; 37.1-8; 91.1-12; 103.1-3; Êx 15.26;

Lv 26; Dt 28; Pv 3.1-8; 12.18; 13.3; 15.4; 18.8,21; Mt 7.7-11; 17.14-21;

21.21; Mc 9.23; 11.22-24; 16.15-20; Jo 14.12-15; 15.7,16; 16.23-26;

Rm4.17; Hb 11.6; Tg 1.5-9; 4.7; 5.14-16).

60. Que a cura está incluída em nossa salvação, visto que as

palavras no grego e no hebraico para "salvação" implicam a idéia

de cura, saúde, preservação e força (Rm. 1.16)

61. Que a cura deve ser esperada como uma manifestação da

paternidade, amor e vontade de Deus para seus filhos, assim como

seria no caso de qualquer pai terreno (Mt 6.10; 7.7-11; Mc 9.23;

11.22-24; Lc 11.1-13; 18.1-18; Jo 14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; Hb 11.6;

Tg 1.5-9; 5.14-16). Será que Deus é o único pai que deseja que seus

filhos estejam sempre doentes e enfermos? Será que é o único que

não ama seus filhos? Será que é o único que preferiria que seus

filhos tivessem fracassos, fraquezas, pecados, doenças,

necessidades materiais e constante derrota da parte do inimigo?

Será que Ele ama seus filhos menos que os pais terrenos?

Será que Deus é o único que faz acepção de pessoas e irá curar um e outro não, ajudará alguns em determinada época, mas não em outra, providenciará cura para alguns, mas não para outros e amará e beneficiará alguns de seus filhos, mas não a todos os outros? Será que é o único pai que promete benefícios ilimitados para seus filhos e depois se recusa a lhes dar as bênçãos quando eles precisam?

189


Não! Mil vezes não! Deus ama seus filhos e deseja o melhor para eles, como qualquer pai de verdade faz. E Ele sempre dará a seus filhos o que prometeu e o que eles querem, se tiverem fé nele.

62. Que a cura é o resultado natural de preencher certas condições

e que todos os poderes das trevas não podem manter um crente

enfermo se e quando essas condições são atendidas (Is 58; Pv 3.1-8;

12.18; 13.3; 15.4; 18.8,21; SI 34.12-13; IPe 3.10; Hb 11.6; Tg 1.5-9; 4.7;

5.14-16; Mc 11.22-24; Jo 14.12-15; 15.7,16).

63. Que a cura está no mesmo nível de perdão de pecados e é tão

fácil de obter quanto (Mt 9.1-7; 13.15; At 8.27; Tg 5.14-16).

64. Que a cura comprova a ressurreição de Cristo (Rm 8.11; At 3.15-

16).

65. Que a cura é um dos melhores meios de atrair as pessoas para o

evangelho (Jo 6.2; At 3.1-11; 5.12-16; 6.8; 8.1-20; 9.32-42; 14.8-16,27;

15.4,12; 19.11-20).

66. Que a cura é uma das maneiras mais rápidas de converter as

pessoas (Jo 4.46-53; 11.45; At 4.4; 5.12-16; 8.5-8; 9.34-35; 19.11-20;

28.4-10).

67. Que a cura é o melhor meio de glorificar a Deus (Mc 2.12; Lc

13.17; At 3.8). Como pessoas derrotadas e presas pela obra de

Satanás podem ser livres para glorificar a Deus por permitir que

elas continuem presas? Como as pessoas podem glorificar a Deus

pela obra do Diabo em suas vidas? Como a obra de Deus pode ser

levada adiante, quando o povo de Deus está derrotado e

desamparado?

190


68. Que a cura e a saúde são uma escolha pessoal assim como o perdão dos pecados e a salvação pessoal (Mt 7.7-11; Mc 11.22-24; Hb 11.6; Tg 1.5-9; 4.7; 5.14).

69. Que não há desculpas para os filhos de Deus estarem doentes e derrotados por Satanás, porque tudo é possível ao que crê (Mc 9.23; 11.22-24; Jo 15.7,16).

70. Que é a suprema vontade e desejo de Deus que seus filhos sejam felizes, saudáveis e prósperos (3Jo 2; SI 1.2-3; Mc 11.22-24; Jo 15.7,16; Mt 7.7-11).

71. Que se Satanás tem poder para afligir as pessoas com todo tipo de doenças, ele também tem poder de tirá-las, se conseguir que as pessoas sigam alguma religião anti-bíblica que acabará condenando a alma (Mt 7.21-23; 24.24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-12; Ap 12.9; 13.2,13).

Uma série de religiões falsas que negam os fundamentos do evangelho tais como o sangue de Cristo, sua ressurreição corpórea, a salvação do pecado por meio do sangue e outros, garantem a cura e benefícios materiais aos seus seguidores.

Não se pode duvidar disso, mas a fonte de tais benefícios não deve ser confundida: é obra de Satanás para levar as pessoas a negar o evangelho que salva a alma. Deve-se rejeitar esses benefícios de Satanás, buscá-los em Deus e receber dele e, assim, nenhuma parte do evangelho terá de ser rejeitada.

72. Que Satanás não pode tocar o povo de Deus sem a permissão do Pai celestial; portanto, se todos caminharem na verdade que receberam, nenhuma permissão será dada (1 Co 11.29-32; 1 Jo 1.7; SI 91).

191


73. Que se o povo de Deus viver uma vida limpa e santa poderá

desfrutar de vida longa sem enfermidades (SI 91; 3Jo 2; ljo 1.7; Ef

6.2; IPe 3.10).

74. Que Deus providenciou todas as armas necessárias para

derrotar o pecado, a doença e todas as obras de Satanás (2Co 10.4-5;

Ef 6.10-18; Mc 16.15-20; Jo 14.12-15; 15.7,16; Gl 5.16-22; Rm 8.1 -39;

Tg 4.7; 5.14-16; IPe 5.8-9).

75. Que o programa de Deus para a cura é o mesmo hoje como

sempre foi (Jo 14.12-15; 15.7,16; Mc 16.15-20; At 1.1-8).

O Diabo é o mesmo. Suas obras são as mesmas. Seu poder na vida

das pessoas precisa ser destruído hoje como antes. Deus é o mesmo.

Suas obras e vontade são as mesmas. Seu poder ainda está

disponível aos crentes para destruir as obras do Diabo.

A única coisa que resta para a igreja é despertar para sua legí-tima posição no evangelho e lançar uma campanha para derrotar o Inferno, retornando às práticas, à vida e ao poder do Novo Testa-mento.

Os crentes deveriam pedir a Deus o poder que Ele deu à igreja primitiva (Lc 24.49; At 1.8; Jd 3), cumprir a grande comissão ao pé da letra (Mt 28.19-20; Mc 16.15-20; At 1.8), guardar os mandamentos de Cristo (Jo 14.12-15; 15.10-17), seguir a Cristo no falar, no agir (Jo 5.19,30; 8.28-29; 12.49; 14.10-12) e no viver (ljo 2.6; 3.7; 4.17; IPe 2.21), andar no Espírito (Gl 5.16-24), mortificar todas as obras da carne contrárias à vontade de Deus (Rm 8.1-13; Cl 3.5-17) e praticar literalmente o evangelho do Novo Testamento como está escrito, não conforme a interpretação que fazemos do que está escrito.

192


Quando os crentes começarem a fazer essas coisas, verão no-vamente o poder e as experiências do Novo Testamento. 76. Que o evangelho ainda é o poder de Deus para a salvação (Rm 16). A cura está incluída na salvação, visto que essa palavra significa livramento, cura, saúde e preservação do corpo, alma e espírito (Lc 1.69-71; 18.42).

77. Que a doença não sobrevirá ao povo de Deus, a menos que ele abandone a santidade e se volte para o pecado (Ex 15.26; Lv 26; Dt 28) ouamenos que ceda aos ataques demoníacos (Ef 6.10-18;Tg4.7).

Se isso foi verdade quanto à preservação da doença na antiga aliança, quanto mais o será para os homens debaixo da nova aliança, que contém promessas ainda maiores e uma glória maior que a da antiga (2Co 3.6-15; Hb 7.22; 8.6).

No Salmo 91 temos um capítulo inteiro que promete imuni-dade à doença e isso se aplica aos tempos da nova aliança como também ao período da antiga aliança.

Em Isaías 58 temos outro capítulo que promete cura divina, contanto que façamos as vinte coisas alistadas ali. 78. Que a doença nunca é a vontade de Deus para o seu povo. Os crentes da nova aliança têm o privilégio de pedir o que quiserem (Jo 15.7), tudo o que pedirem (Mt 21.21; Jo 14.13; 15.16; 16.23-26; ljo 3.22; 5.14-15), qualquer coisa (Jo 14.14; Mt 18.18-20), tudo (Mc I I . 22-24), e "muito mais" do que pais terrenos desejariam ou poderiam dar a seus filhos (Mt 7.7-11).

O que poderia ser mais abrangente e ilimitado do que essas promessas? O que poderia expressar a vontade suprema de Deus mais do que isso? O que poderia ser mais definitivo do que isso para provar que "tudo é possível àquele que crê" (Mt 17.20; Mc 9.23)?

193


Se então depende da vontade de cada crente alcançar o que

deseja e se é a vontade de Deus que cada um obtenha o que deseja, por que alguém i r ia desejar ficar doente quando pode desejar o contrário, se quiser? Se assim fizer, estará na perfeita vontade de Deus. E será curado.

79. Que Deus responde à oração mesmo depois do juízo ter sido proferido contra o enfermo (Is 38; Nm 14.12-20; Êx 32.10-14).

80. Que a cura demonstra que o poder de Deus está acima do poder de Satanás (At 10.38; 26.18; ljo 3.8; Lc 13.16; Jo 10.10).

Lidar com a doença, então, deveria estar no mesmo nível de li-dar com o pecado e com Satanás. Se alguém reconhece a verdadeira fonte de seus problemas, que Deus deseja curar - e que irá curar se lhe pedirem com fé - obterá um rápido livramento do Inimigo de Deus e do homem.

Enquanto os homens pensarem que é a vontade de Deus que

eles fiquem doentes e que Deus está causando o problema, então eles estão acreditando em mentiras e a verdade não pode libertá-los. Deus age de acordo com suas próprias leis e não agirá por causa da incredulidade; por causa da recusa do doente em liberar Deus de toda responsabilidade por seu problema; por se dar crédito a mentiras e não à verdade; por cooperar com Satanás em vez de cooperar com Deus; e por causa do exercício da incredulidade, em vez da fé.

Deus age somente com base nos princípios da fé e da verdade, e Ele não anulará sua Palavra a favor de ninguém (Hb 11.6; Tg 1.5-9; Jo 8.21-32).

Essas oitenta lições devem ser aprendidas, a verdade deve ser obedecida e a fé deve ser exercitada para Deus seja compelido a livrar qualquer doente das mãos do Diabo.

194


Se você estiver doente, será gratificante meditar nessas oitenta

lições, entremeando com o estudo dos textos bíblicos, e dos 100 casos bíblicos de doença. Você pode ser instantaneamente curado quando acreditar na verdade. Ela o libertará automaticamente (Jo 8.31-32).

Não viva mais na ignorância e na incredulidade. Não se satisfaça com a derrota. Assuma uma postura agressiva contra o pecado, a incredulidade, a doença e Satanás e todos os demónios do Inferno não poderão mantê-lo preso.

Jesus ama você e veio para libertá-lo; então, creia nisso e rendase a Ele para alcançar o livramento. Ele disse: "O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e

a tenham plenamente” (Jo 10.10).


CAPÍTULO 12

INCREDULIDADE RESPONDIDA COM A ESCRITURA


Há uma série de desculpas para a incredulidade que geral-

mente são usadas por aqueles que buscam em Deus a cura do corpo e respostas às orações. Essas desculpas são a razão por que dezenas de milhares de pessoas não obtêm a cura nem têm suas orações respondidas.

Jesus disse: "E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" (Jo 8.32). É por meio da verdade que somos libertos e é por meio de mentiras e falácias que somos aprisionados pelo Diabo e seus demónios. Portanto, é importante que aqueles que querem a liberdade conheçam a verdade que liberta.

O salmista disse: "Ele enviou a sua palavra e os curou, e os li-vrou da morte. (...) Não havia em suas tribos quem fraquejasse" (SI 107.20; 105.37). O centurião disse: "Dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado" (Mt 8.8). A Palavra diz a respeito de Jesus que "ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes" (Mt 8.16-17).

Foi a Palavra que Jesus pregou às pessoas que as curou (Mc 2.2). Foi a Palavra que Deus confirmou ao curar os doentes quando os após-

199


tolos a pregaram (Mc 16.17-20). Foi a Palavra que trouxe vida e pu-rificação do pecado e da doença aos discípulos (Jo 4.50; 5.24; 6.63; 8.31-37; 15.3,7; 17.17). O Evangelho é o poder de Deus para a sal-vação de todo aquele que crê (Rm 1.16). A salvação inclui a cura para o corpo (Mt 9.1-8; 13.15; At 3.16; 4.12; 28.27; Tg 5.14-16). Obser-ve, a seguir, as desculpas para a incredulidade que os cristãos livremente usam e que os privam de coisas que eles necessitam de Deus.

Que as pessoas estão

doentes para a glória de Deus

Uma desculpa muito comum para a incredulidade é a afirma-ção de que algumas pessoas estão doentes para a glória de Deus. As Escrituras favoritas que os demónios usam para convencer os homens que eles estão doentes para a glória de Deus são João 9.1-3 e 11.4. Argumenta-se que o cego e Lázaro nessas passagens estavam doentes e foram afligidos para a glória de Deus, e que deve ter sido a vontade de Deus para eles ou aquilo não lhes teria acontecido.

Naturalmente, Deus não pode receber glória resultante de uma cura, se ninguém nunca ficar doente, mas o fato de que Deus cura não é prova que a doença e a enfermidade são sua vontade. Pense nisso - se fosse a vontade de Deus que as pessoas ficassem doentes, então Ele nunca teria curado ninguém, pois estaria se opondo à sua própria vontade. Deus nunca teria enviado Jesus para curar todos os enfermos contra a vontade de Deus se fosse sua von-tade que eles estivessem doentes.

A razão por que Deus curou foi para provar aos homens que não era sua vontade que eles estivessem doentes. A glória que Deus recebeu em todos os casos de cura na Escritura não derivou das enfermi-

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dades, mas das curas. Se o cego tivesse continuado cego, ou se Lázaro

tivesse continuado doente ou morto, Deus não teria sido glorificado. O

Diabo teria sido glorificado porque sua obra teria continuado a se

manifestar neles. Ninguém pode glorificar a Deus e engrandecer sua obra

até que se manifeste nele. Isso deveria levar todo filho de Deus a rejeitar

tal engano - o engano de estar doente para a glória de Deus.

E o Diabo que causa a doença - e então ele tenta fazer o enfermo

acreditar que Deus é o responsável e que é a vontade de Deus que ele

esteja doente. Enquanto o enganado achar que está glorificando a Deus e

que está em sintonia com a vontade de Deus estando doente, ele nunca

buscará melhorar por meio de orações, médicos, remédios ou qualquer

outro recurso. Ao contrário, ele desejará ficar mais doente a fim de

glorificar a Deus ainda mais e a fim de estar mais no centro da vontade de

Deus! Ninguém pode conscientemente acreditar nisso, mas alguns acham

conveniente atribuir a Deus a ação de Satanás como uma desculpa para a

incredulidade.

Suponha que um homem rico em uma comunidade prometesse

pagar todas as contas no hospital e comprar carros novos para todos os

que se envolvessem num acidente grave. Suponha que houvesse uma

série de acidentes. Ele deveria ser acusado de ter deliberadamente cau-

sado os acidentes só porque prometeu ajudar as pessoas que estivessem

em dificuldades? Ele deveria ser acusado de tê-los causado, a fim de

receber elogios por ajudar o próximo?

É verdade que sua generosidade se tornaria conhecida por esses

atos de bondade, mas sua bondade não seria a causa da destruição. Ele

não teria desejado os acidentes e os teria evitado se fosse possível. Se ele

deliberadamente tivesse causado toda aquela destruição a fim de obter

elogios por ajudar aqueles que se machucaram, todos se levantariam para

acabar com ele e rejeitariam tal benevolência.

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O mesmo acontece com Deus. Os homens se envolvem em

pecado, são atingidos por doenças ou são atacados por forças satânicas e Deus os ajuda em suas dificuldades, recebendo assim a glória que lhe é devida por causa de sua bondade. Isso não prova que Deus deseja a aflição ou que Ele é a causa da dificuldade. É simplesmente o fato que Deus recebe glória, apesar delas, não porque seja responsável por elas. Deus não obtém glória na enfermidade enquanto o doente continua enfermo. Ele só recebe glória com a cura, quando Ele consegue que os homens creiam e sejam curados.

Que a doença é a disciplina de Deus

Esse argumento defende que o doente está sob a disciplina

de Deus e que seria presunção pedir a Deus para curá-lo em tais circunstâncias. Nós respondemos dizendo que nunca é presunção orar pelas bênçãos abundantemente prometidas por Deus e garantidas pela expiação. Muitos textos bíblicos prometem cura, como já vimos no capítulo 11. A cura é garantida pela expiação, como também vimos e veremos mais detalhadamente a seguir. Portanto, não poderia ser errado orar pela cura com a aprovação divina, se todas as condições forem preenchidas.

É a vontade de Deus curar ou Ele não teria feito essas promessas nem tal provisão no Calvário. É arrogante duvidar de Deus e desacreditar de sua Palavra e provisão. É arrogante orar com dúvida e incredulidade ou pedir com qualquer outra atitude que não a de expectativa confiante daquilo que está garantido para nós no evangelho.

Um dos nomes eternos de Deus que confirmam a aliança eterna de cura foi revelado a Moisés em Êxodo 15.26: Jehovah-Raphah, "Eu sou o Senhor que os cura". Essa foi a fé do salmista quando disse: "que

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perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças" (SI 103.1-4). Esse nome é imutável assim como o próprio Deus. Ele revela a natureza de Deus como Aquele que sara o seu povo. Suas promessas estão em perfeita sintonia com a revelação de si mesmo.

Cristo é o meio de Deus para curar o seu povo. O profeta predisse a obra de Cristo como o que sara os homens (Is 53.1-12). O ministério de Cristo constituiu-se de pregação e cura (Mt 4.23-24; 9.35; At 10.38). Cristo curou as pessoas para que a profecia se cumprisse (Mt 8.16-17; IPe 2.24). Os livros do Novo Testamento e toda a história da igreja revelam a obra de Deus em curar o seu povo em todas as eras. Deus está agora enviando um avivamento de cura ao mundo e multidões estão sendo curadas.

Em nosso ministério, temos inúmeros testemunhos de cura e orações respondidas. Pessoas foram curadas ao fazer a leitura da minha obra, O Plano de Deus para o Homem, e por imposição de mão pelo rádio, enquanto orávamos por elas.

Temos testemunhos de pessoas que foram curadas de problemas na garganta, nos rins e na bexiga, ossos quebrados, problemas no estômago, úlceras, câncer, nervosismo, problema de coração, febres, artrite, envenenamento no sangue, surdez, doenças de pele, colite, insanidade, tuberculose, paralisia e muitas outras doenças e enfermidades. Temos testemunhos de pessoas que foram libertas do pecado, da bebida, do fumo, das drogas e de todo tipo de vícios. Problemas financeiros foram resolvidos. Empregos foram encontrados e orações por muitas bênçãos foram respondidas.

A palavra grega para "disciplina", em Hebreus 12.5-10, é paideuo e significa "educação de filhos". É traduzida como castigar (2Tm 2.25), instruído (At 22.3), ensina (Tt 2.12), aprendam (lTm 1.20), educado (At 7.22), disciplinados (lCo 11.32; 2Co 6.9; Hb

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12.5-10; Ap 3.19) e castigarei (Le 23.16,22). Fica claro nessas passa-gens que disciplinar não significa sempre "fazer alguém ficar doente". Essa não é a única maneira pela qual Deus disciplina, como está claro nos textos que apontamos e pelo uso da palavra no Antigo Testamento (2Sm 7.14; Pv 19.18; SI 73.14).

Suponha que devamos concluir que um filho não pode ser disciplinado ou educado a menos que fique doente. Quando você manda um filho para a universidade, diz: "Agora, senhor reitor, envio-lhe meu filho para educá-lo. Certifique-se de dar-lhe uma dose regular de doença todo mês. Dê a ele um pouco de tuberculose, câncer, tumores, febre, pólio, catapora, e o pior tipo de castigo possível a fim de corrigi-lo e educá-lo. Quero que ele tenha a melhor educação possível, por isso, dê a ele todas as doenças que o senhor puder. Quebre uma perna ou duas dele por semestre e atinja um olho, se ele precisar de correção. Mostre a ele o melhor amor possível. Castigue-o como o Senhor faz aos seus filhos: porque o Senhor faz aquele que ama ficar doente". Isso é ridículo!

Sabemos que a doença e a calamidade nem sempre levam os homens para mais perto de Deus. Com mais freqüência elas levam os homens a odiar Deus e se desviar por pensarem que Ele é o res-ponsável. E o Espírito Santo e a bondade de Deus que atrai os ho-mens para perto de Deus.

Suponha que eu diga a você que tenho um estoque de doen-ças e calamidades e quero demonstrar o quanto amo você. Suponha que eu diga: "Venha aqui e deixe-me dar-lhe uma dúzia de tumores que corroerão o seu corpo e causarão dor insuportável. Deixe-me lhe dar diversas doenças de uma vez para que eu possa enfatizar meu amor por você. Ou deixe-me amputar seus braços e pernas e tirar os seus olhos, já que tenho um amor especial por você". Você diria:

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"Se esse é o tipo de amor que você tem por mim, então, por favor, guarde-o para você. Não quero esse tipo de amor".

Você diz que esse raciocínio é o mais ridículo que já ouviu. Que eu devo estar louco para falar assim. Sim, esse amor seria criminoso e seus atos os de um maníaco, porém, esse é o tipo de amor maravilhoso, infinito e gentil que alguns homens acusam Deus de ter. "Deus castiga aquele a quem ama" é citado milhares de vezes em relação a cristãos doentes. Como um último recurso Deus tratará de forma dura com os rebeldes e permitirá que Satanás os ataque (Jó 33.14-30), mas os cristãos podem ficar imunes às doenças (Ex 15.26; SI 84.11; 91.1-12; Is 58. Mc 11.22-24; Jo 14.12-15; 15.7,16; 3Jo 2).

Você diz: "Deus permitiu isso ou não teria acontecido". Sim, concordamos com você que Deus permitiu, mas apenas no sentido que Ele não intervém diretamente para impedir homens de comete-rem crimes, se destruírem ou fazerem qualquer coisa por causa do pecado. Deus permitirá que cada um de vocês se lance na frente de um automóvel ou pule de um penhasco para se matar, se isso é o que você quer fazer. Ele permitirá que você beba veneno ou dê um tiro em você mesmo. Ele permite que os homens façam todas as coisas que fazem simplesmente porque não os impede por meio da força.

De novo, você pode dizer que Deus ensina aos homens muitas lições por meio da doença e da calamidade. Isso pode ser verdade, mas Ele nunca causa essas dificuldades aos homens para ensiná-los algumas lições. Ele pode ensinar as mesmas lições sem que os homens passem por essas dificuldades.

Se meu filho se mete numa encrenca, naturalmente usarei isso como uma ocasião para ensiná-lo certas lições e torná-lo um homem melhor, mas eu seria muito perverso se provocasse os problemas só para

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ensiná-lhe certas lições. O mesmo se aplica a Deus. Ele ajuda os ho-mens a aprenderem apesar do sofrimento, não por causa dele.

Os doentes se escondem atrás de Hebreus 12.5-10, mas essa passagem compara a disciplina de Deus à dos pais terrenos e sabemos que nenhum pai humano castigará seu filho com doença e enfermidade. Deus ama menos do que os pais terrenos? Jesus ensinou que Ele é mais amoroso do que os homens; então, se os homens não disciplinam usando esses meios, deixem de lado essa teoria e parem de ser enganados por Satanás]

Tudo que o doente tem a fazer é reconhecer que a fonte de sua dificuldade é o Diabo e cooperar com Deus para derrotá-lo para que a cura venha e então Deus receba a glória (Jo 10.10; At 10.38).

Se os homens não obedecerem a Deus nem exercitarem fé nele e oferecerem resistência a Satanás, então Deus não agirá em seu favor. Um bom pai ajudará seu garoto a livrar-se de um problema, mas nunca será o responsável por causar a dificuldade. Um pai usará a ocasião das dificuldades em que seus filhos se envolvem para ensinar certas lições e talvez discipliná-los, mas ele não tomará parte deliberadamente na destruição de seus filhos. Um bom pai também ajudará a resgatar um filho quando for atacado ou espancado por um inimigo, mas nunca se lançará sobre o menino e ajudará o inimigo a destruí-lo.

Da mesma maneira, o filho de Deus não tem de aceitar a doença como uma disciplina de Deus. Ele precisa perceber que foi atacado por demônios e não por Deus; que se pecou, deu ocasião aos demônios para agir e que Deus é a fonte de seu livramento.

Somente uma passagem sobre disciplina no Novo Testamento fó-deria ser usada para doença física, e a causa do fracasso em conseguir a cura aqui é não se apropriar da cura que vem do corpo partido de Cristo

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e de seu sangue derramado, não a disciplina de Deus. Deste modo, a lei da semeadura e da colheita teve de ser aplicada (ICo 11.27-32). Eles poderiam ter acreditado em Deus em vez de serem derrotados por causa da incredulidade. Eles simplesmente colheram o que semearam e essa sempre será a lei de Deus (Gl 6.7-8).

Quando alguém diz que está sob a disciplina de Deus, admite ter pecado e se rebelado contra Deus a ponto de estar nas mãos de Satanás e, portanto, pensa que Deus não fará nada a não ser permitir que ele colha o que semeou. Mas nessas circunstâncias ele ainda pode se arrepender e render-se a Deus, que imediatamente o curará se ele tiver fé (Jó 33.14-29; SI 38; 61).

Quando nenhum pecado conhecido foi cometido - e ainda as-sim o doente imaginar que deve estar enfermo por causa de algo que possa ter feito - é claramente caso de engano e ataque demoníaco, e deve ser enfrentado com forte resistência no nome de Jesus e pela fé no sangue de Cristo (Tg 4.7; IPe 5.8-9).

Que Deus é aquele que aflige

Já vimos no capítulo 11 que Satanás é a causa das aflições. A terceira desculpa para a incredulidade é que Deus é aquele que causa a aflição. Sendo assim, por que pedir a Ele que a remova? Os cristãos se escondem atrás dessa desculpa porque Davi disse: "O justo passa por muitas adversidades" (SI 34.19). Portanto, pensam que as enfermidades físicas são enviadas por Deus e não adianta resistir a elas.

Esse tipo de argumento não se sustentará diante de todas as outras passagens onde a palavra "adversidade" (traduzida também como "aflição" e "tribulação") é encontrada. Ela aparece 177 vezes e somente numa delas se refere à doença física (SI 107.17-20). Nem em Tiago

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5.13 fica claro que o termo "sofrendo" se refere à doença, porque so-mente a partir do verso 14 é que Tiago cita a doença. Aflição é

usada de muitas outras formas além de se referir à doença, tais como oprimidos (homens oprimindo homens - Gn 15.13; Êx 1.11),

maltratar (maridos maltratando as esposas - Gn 31.50), humilharão (homens se humilhando - Lv 16.29-31), perder os entes queridos (Rt

1.21), dificuldades familiares (Gn 29.32), prisões (SI 107.10; Fp 4.14), perseguições (lTs 1.6), provações (Is 48.10), guerras (SI 44.2; Is 9.1) e

"jejuns" (Is 58.5). Pode referir-se também a pessoas se afligindo, se entristecendo (Tg 4.9; Lv 16.29). Deus e Cristo também são descritos

como sendo afligidos (Is 53.4,7; 63.9; Cl 1;24).

Deveríamos dizer que Deus o Pai, Cristo e todas as pessoas citadas nessas Escrituras estavam fisicamente enfermas quando foram afligidas ou que todos os tipos de aflições são doenças no corpo? Nesse caso, nenhum dos textos acima faria sentido.

Entretanto, no âmbito cristão, a palavra "aflição" é quase sempre (com poucas exceções) usada para referir-se a doenças.

As palavras grega e hebraica para "aflição" significam "olhar para baixo , curvar-se , humilhar-se, ferir , desagradar , entristecer e "afligir". Deus nunca manda qualquer dessas provações. O pecado

e Satanás devem ser culpados por essas aflições bem como pelas doenças. Portanto, não culpe Deus por qualquer enfermidade que

sobre-venha a qualquer pessoa. Se Ele não é a causa dessas aflições, então pode-se livremente pela fé pedir sua ajuda nesses

sofrimentos e Ele cumprirá sua promessa e livramento.

Se a pessoa doente quer insultar Deus atribuindo a Ele a responsabilidade de sua enfermidade e usando isso como desculpa para sua incredulidade, então que ela continue doente. Deus não

fará nada em

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seu favor até que ela acorde dessa ilusão, seja levada à fé e se

humilhe diante de Deus.

Que a doença é enviada por Deus

Êxodo 15.26, Levítico 26.14-46, Números 14.12, Deute-ronômio 28.20-68, lCrônicas 21.14, Jó 33.14-29 e outras passagens afirmam que Deus envia e decreta doenças aos homens, mas todas

essas passagens devem ser entendidas como sendo a permissão de Deus quando os homens falharam e pecaram contra Deus. Em

nenhuma passagem lemos que Deus enviou ou fez recair sobre os homens qualquer doença ou enfermidade - pelo menos aqueles que

eram verdadeiramente salvos e obedientes à sua vontade. Essas declarações estão sempre relacionadas aos que se rebelaram contra Deus, como podemos ver nos textos citados anteriormente, e em

muitos outros.

Definitivamente Deus promete manter seu próprio povo com saúde e livre de doenças. Assim, os que reivindicam ser o povo de

Deus podem reivindicar a cura e a saúde com base na autoridade das promessas de Deus e da expiação de Cristo (Êx 15.26; SI 91; Is

58; Mt 7.7-11; 8.17; 21.22; Mc 11.22-24; Jo 14.12-15; 15.7,16; IPe 2.24; 3Jo 2). Se alguns que se declaram cristãos querem fazer de Deus um

mentiroso ou afirmar que continuar doente é a vontade de Deus, então que fiquem sem os benefícios do evangelho.

Quando se afirma que Deus manda a doença, significa que Ele retira seu poder e sua mão que detém os poderes satânicos que já estão prontos a destruir os homens e provocar sofrimentos

indizíveis (Jo 10.10; At 10.38). Por exemplo, foi Satanás que causou em Jó todo seu sofrimento (Jó 1.6-12; 2.1-12; 42.10).

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Quando se diz que o Senhor enviaria uma praga sobre Israel, também fica claro que Satanás a causou (lCr 21.1-15). Quando se diz que Deus enviou José ao Egito temos de entender que Deus per-mitiu isso, mas foram os ismaelitas quem de fato o fizeram, juntamente com os irmãos de José (SI 105.17; Gn 37). E assim, Satanás e seus demônios são os agentes diretos da doença e da enfermidade. Deus só fez a lei da semeadura e da colheita e ela deve ser executada pelos agentes adequados.

Que a cura, os milagres e toda a inspiração cessaram no ano 64 d.C.

Um dos argumentos mais tolos e insensatos de incredulidade em nossos dias é que a cura divina, os dons do Espírito, os milagres e toda inspiração e manifestação sobrenatural cessaram no ano 64 d.C. ou quando os apóstolos morreram.

Em primeiro lugar, nem todos os apóstolos estavam mortos no ano 64 d.C. Segundo, não há nenhuma passagem que ensine essa teoria. A Bíblia promete cura nesta era, como já vimos. A história tem registrado milhares de milhares de curas divinas nesta era, desde a morte dos apóstolos. Sabemos de milhares em nossos dias que foram curados e podemos levá-los a testemunhar em qualquer tribunal que foram curados miraculosamente pelo poder de Deus.

Aqueles que afirmam que os milagres terminaram no ano 64 d.C usam o caso de Trófimo em 2 Timóteo 4.20 para provar que os dias de milagres acabaram e que Paulo e outros perderam seu poder a partir daquela data.

Mas esse exemplo não prova isso. A palavra grega para "doente" aqui é astheneo, derivada de asthenes, que significa "fraco", "sem for

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ças", "frágil". Nem sempre significa doença por causa de alguma enfermidade. É traduzida como fracos (Rm 5.6), enfraquecer na fé/fraco na fé (Rm 4.19; 14.1-2), enfraquecida (Rm 8.3), consciência fraca (lCo 8.7-12), fraco (lCo 9.22), princípios elementares, fracos e sem poder (Gl 4.9) e fracos na ousadia (2Co 11.21,29; 13.3). Também é usada para descrever humildade e dependência a Deus (2Co 13.3-4,9). Nem uma única vez a doença física é citada nessas passagens.

Trófimo sem dúvida estava com a saúde abalada por causa de seus muitos labores por Cristo e precisava permanecer em Mileto para renovar as forças e descansar por algum tempo. Isso fica claro no caso de Epafrodito, que ficou esgotado fisicamente por causa de excesso de trabalho e recuperou a saúde por meio de descanso adequado e de fé (Fp 2.25-30).

Sem dúvida, é verdade que muitas pessoas nos dias dos apóstolos não exercitavam a fé para serem curadas, como era o caso de muitos coríntios (lCo 11.29-32), mas isso não descarta o plano e a provisão de Deus para todos os que crêem. Multidões não foram salvas pelo ministério dos apóstolos, no entanto, devemos dizer que a salvação cessou quando os apóstolos morreram? Essa seria uma conclusão lógica e, portanto, não seria uma boa desculpa para a incredulidade a respeito da cura.

A cura divina não nos dá liberdade para abusar de nosso corpo ou sobrecarregá-lo. Necessitamos de repouso adequado e de cuidado com o corpo para evitar um colapso e o descanso certamente é necessário quando alguém fica esgotado. Só porque Trófimo teve de ficar em Mileto para renovar suas forças físicas, isso não elimina as muitas promessas que Deus cura a todos que oram com fé.

Mesmo que o caso dele fosse de enfermidade e não só de des-gaste, não descarta uma promessa sequer, assim como o fato de Judas

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ter se perdido não descarta o plano de salvação do pecado. Tais argumentos derivam unicamente da incredulidade na Palavra de Deus e de rebelião obstinada contra a verdade ou, então, por ignorância obstinada da Bíblia. Ainda que Paulo, Pedro e outras personagens bíblicas tenham tido todas as enfermidades conhecidas por toda a sua vida e tenham morrido sem receber os benefícios do evangelho, isso não provaria que a cura não está garantida na expiação e não é para os crentes hoje.

A Bíblia é a verdade, mesmo que ninguém mais seja salvo do pecado, curado de enfermidades ou receba qualquer das bênçãos que ela promete. Quem falha em receber o que Deus prometeu não é um bom exemplo a seguir. Seu fracasso não refuta a Bíblia, ao contrário, prova a incredulidade deles em Deus e na Bíblia.

Que nem todos os

homens na Bíblia foram curados

Outra desculpa comum para a incredulidade é que nem todos na Bíblia foram curados, portanto, nem todos hoje podem ser cura-dos. É claro que, se alguém tentasse obter a cura hoje como o rei Asa fez em 2Crônicas 16.12-14, ou Acazias em 2 Reis 1, ou como a mulher de Marcos 5.24-26, provavelmente não seria curado. Mas se tomarmos todas as outras centenas de exemplos na Escritura e seguirmos os meios de cura que foram usados, certamente encontraremos a cura que buscamos.

Nenhum único fracasso em receber cura foi registrado quando homens e mulheres preencheram os requisitos de Deus. Nunca haverá falha em receber a cura divina quando a fé em Deus e tio evangelho for exercitada. Como foi visto anteriormente, falha da parte de qual-

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quer homem em qualquer época em receber o que Deus prometeu só confirma sua incredulidade. Não cancela a promessa feita para

ele, nem faz de Deus um mentiroso.

Com freqüência se afirma que até mesmo Jesus não curou a todos e Marcos 6.5 é sempre apresentado como prova, mas não há

nada nessa passagem que diga que Jesus falhou em curar alguém por quem orou. É claro aqui que curou todos que foram até Ele. A razão por que não curou todos na cidade é que muitos não foram a Ele para serem curados.

Qualquer um pode ser curado hoje se obedecer ao evangelho. Todos ainda podem encontrar a cura que querem e da qual necessi-

tam, se apenas fizerem o que Deus requer - conhecer a verdade e crer nela sem hesitar (Tg 1.5-8; Hb 11.6; Mc 11.22-24; Jo 15.7,16).

Que remédios humanos

foram garantidos na Escritura

Outros justificam sua incredulidade afirmando que os remé-

dios humanos foram usados nos tempos bíblicos em vez de recursos divinos e espirituais para curar enfermidades. O

emplastro de Ezequias é usado por alguns para provar que Deus ordenou que se usassem remédios humanos, mas uma leitura

casual de Isaías 38 mostra que sua vida já fora prolongada quinze anos antes de o emplastro ter sido aplicado.

O emplastro foi usado para assepsia apenas, visto que não há nenhum poder curador em um emplastro de figos. Se não fosse assim, as pessoas ainda estariam usando esse tipo particular de

emplastro hoje para curar. Nesse caso, foi Isaías que recomendou o uso do emplastro,

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não o Senhor; Deus operou a cura, não o emplastro. Se Deus não ti-vesse acrescentado quinze anos à vida de Ezequias, nem todos os emplastros do mundo o teriam ajudado.

Alguns tropeçam no estômago de Timóteo e justificam sua in-credulidade. Eles vivem doentes quando poderiam estar bem, bastando crer em Deus. A admoestação de Paulo a Timóteo em lTimóteo 5.23 foi alimentar apenas. Um pouco de suco de uva nunca curaria qualquer problema de estômago. Faz bem beber um pouco de suco de uva, em vez de "beber somente água". E natural que as pessoas tivessem problemas de estômago, num lugar onde se bebia água estagnada de chuva, recolhida durante a estação chuvosa, como acontecia onde Timóteo estava trabalhando para o Senhor.

Não é possível crer no Novo Testamento e achar que Paulo ensinou Timóteo a ser incrédulo ou que Deus não curava mais, uma vez que Paulo era um grande homem, cheio do poder de Deus (At 19.11-12; Rm 15.18-19,29).

Nem todo o poder de Paulo descartaria esse conselho a Timó-teo, dadas as circunstâncias. A água da Asia Menor era ruim em certas épocas do ano devido à falta de chuvas e muito sofrimento era causado. Esse conselho a Timóteo deve ser entendido à luz desse fato, mas nunca deveria ser usado para justificar a falta de fé em Deus e suas promessas. Portanto, devemos concluir que os remédios humanos não eliminam o poder de Deus de curar e não anulam a expiação em nenhum grau.

Que Paulo tinha um espinho na carne

Alguns tropeçam no espinho na carne de Paulo e afirmam que Deus não cura algumas pessoas. Seu espinho na carne nau eram olhos

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fracos ou doentes, como muitos ensinam. Era claramente um "anjo de Satanás", já que a palavra grega para "mensageiro", em 2Coríntios 12.7, significa "anjo" e não enfermidade. Esse anjo acompanhava Paulo e causava todos os sofrimentos que ele alistou em 2Coríntios 11, que eram enviados para mantê-lo humilde, para que não se exaltasse além da medida.

A expressão "espinho na carne" deve ser entendida no mesmo sentido de Números 33.55, Josué 23.13 e Juízes 2.3; 8.7. Nessas

passagens nenhuma enfermidade é mencionada, mas os espinhos se referem a guerras e dificuldades que Israel estava enfrentando

nas mãos dos gigantes que haviam se recusado a matar. O espinho na carne de Paulo, portanto, se refere aos sofrimentos que o anjo do

Diabo levou-o a suportar (2Co 4.8-18; 6.1-10; 11.16-33; 12.7-11; lCo 4.9-17).

A palavra "atormentar", usada em 2Coríntios 12.7, a respeito de Paulo, nunca é usada como "doença", como se confirma onde ela é usada (Mt 26.67; lCo 7.11; IPe 2.20). Portanto, o que quer que es-tivesse atormentando Paulo para mantê-lo humilde tinha de ser uma pessoa sobrenatural, para que essa passagem esteja em sintonia com o restante da Escritura.

As Escrituras usadas para provar que Paulo tinha uma enfermidade física não dizem nada a respeito de doença no corpo. A palavra "fraqueza/fraco" em 1Coríntios 2.3; 4.10 deve ser entendida como humildade e dependência de Deus, conforme a explicação dada anteriormente. A passagem de 2Coríntios 10.10 afirma apenas algo que foi relatado a respeito dele, não que era um relato verdadeiro.

Mas se formos entender a palavra "fraco" nessa passagem para provar que ele tinha uma enfermidade, então deveríamos dar

o mesmo significado em 2Coríntios 11.29 onde ele diz: "que eu não me sinta

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fraco" ou "não estou doente". Nesse caso, o argumento referente à outra passagem não teria efeito algum para provar que ele tinha uma doença que o enfraquecia. As palavras "sofrimentos" e "espancados" em 2Coríntios 6.4,9 não se referem a enfermidades, não mais do que essas mesmas palavras em outros textos bíblicos, conforme já foi explicado anteriormente.

As últimas passagens que analisaremos, usadas para provar que Paulo tinha olhos enfermos, são Gálatas 4.15 e 6.11, mas nenhuma delas afirma que ele tinha a doença oriental chamada oftalmia, que o deixava quase cego. A primeira dessas duas passagens poderia ser mais bem entendida como uma figura de linguagem, para expressar afeição dos gálatas em relação a Paulo. Assim como poderíamos dizer hoje: "Eu daria meu olho direito por aquilo" ou "você me daria seu braço direito, você me ama tanto". Não teríamos de achar que o interlocutor tivesse o olho direito ou a perna direita doentes. São simplesmente figuras de linguagem que expressam afeição.

Quanto a Gálatas 6.11, "Vejam com que letras grandes estou lhes escrevendo de próprio punho!", a palavra grega para "letra" é gramma, que significa "um escrito", "uma carta", "nota", "epístola", "livro", "lei" ou "documento". Paulo não poderia ser tão cego a ponto de ter de escrever sua carta com letras bem grandes, porque se enxergasse tão mal assim, não teria conseguido escrever nenhuma epístola sequer. Não seria legível, se ele tivesse escrito. Gálatas é uma epístola longa, mais do que sete das epístolas de Paulo e tão extensa quanto outras duas.

Em alguns manuscritos antigos, Hebreus vinha anexada a Gálatas com a frase "Pros Hebrios", significando aos hebreus. E se esse fosse o caso, essas epístolas juntas seriam mais longas do que qualquer de suas outras obras em separado. De qualquer maneira, podemos

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desconsiderar a teoria do "olho doente", visto que não há nada que a sustente na Escritura.

Se os homens buscassem com metade do empenho uma des-culpa para crer em Deus como fazem em busca de desculpas para desacreditá-lo, receberiam mais bênçãos do evangelho. Um dos maiores pesares que teremos quando chegarmos ao céu será ver como Deus havia garantido prover todas as nossas necessidades e o quanto Ele estava ansioso por nos abençoar com toda a abundância; então desejaremos ter acreditado mais nele nesta vida.

Despertemos para a grandeza de suas promessas e nos recusemos a permitir que qualquer homem ou demônio nos prive das bênçãos do evangelho que já são nossas.


Capítulo 13

EVIDÊNCIA BÍBLICA QUE CURAR É SEMPRE A VONTADE DE DEUS.


Há muitos argumentos que podemos apresentar da Escritura

para provar que a cura física é sempre a vontade de Deus para

todos os homens em todas as eras. Os seguintes argumentos são

apenas alguns, fundamentados por muitos textos bíblicos que

confirmam que curar é sempre a vontade de Deus.

1. A cura está na expiação e, portanto, deve ser a vontade de Deus

para todos os homens por quem a expiação foi feita. Que a cura está

garantida na expiação está claramente declarado em uma série de

textos das Escrituras. A tradução literal de Isaías 53.3-5,10 é:

Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de do-

res e experimentado no sofrimento... Certamente ele tomou

sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas

doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus,

por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado por

causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de

nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre

ele, e pelas suas feri

221


das fomos curados. Contudo, foi da vontade do Senhor

esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor tenha feito da

vida dele uma oferta pela culpa.

Esse texto ilustra claramente Cristo levando os pecados e enfermidades de todos os homens em seu próprio corpo sobre a cruz.

Para provar que Isaías quis dizer cura do corpo em vez de so-mente perdão de pecados, temos a afirmação de Mateus 8.16-17, que diz: "Ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. E assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Isaías: 'Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças"'.

Pedro também ensinou que Cristo tomou nossas doenças na cruz: "Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; POR SUAS FERIDAS VOCÊS FORAM CURADOS" (IPe 2.24).

Paulo ensinou a mesma verdade quando afirmou que muitos dos coríntios estavam doentes e muitos haviam morrido porque tinham falhado em obter cura do corpo pelo discernimento correto do corpo de Cristo (ICo 11.29-30).

Dizer que Mateus 8.17 se cumpriu antes da expiação ter sido realizada na cruz e que, portanto, não se cumpriu sobre a cruz, não prova que a cura não está na expiação. Com o mesmo argumento poderíamos provar que Cristo não expiou os pecados na cruz porque ele também perdoou pecados antes da cruz.

Mas 1 Pedro 2.24 encerra a questão mostrando que ambos — pecados e doenças - foram expiados por Cristo em seu sacrifício. Também, já que Isaías 53 descreve os sofrimentos de Cristo na cruz, ele

222


prova que tanto os pecados quanto as doenças foram levados por

Ele naquele momento. Cristo perdoou pecados e curou antes da

cruz, à vista de sua expiação vindoura para ambos.

2. Deus não teria curado pessoas em ambos os Testamentos se não

fosse sua vontade curar todos os que se dirigem a Ele com fé. Deus

não faz acepção de pessoas (Rm 2.11), e nos disse que qualquer que

faz acepção de pessoas, peca (Tg 2.9).

Isso prova que Deus curará a todos igualmente. Todos podem ser

curados da mesma maneira que outros foram curados, e têm o

mesmo direito de receber a cura, porque é promessa de Deus

cuidar de todos e ser bom para todos igualmente (SI 84.11; Mt 7.7-

11). E por isso que Jesus morreu (Mt 8.16-17; IPe 2.24; Rm 8.32).

3. Deus não teria deixado claro sua vontade concernente à cura, se

não fosse sua vontade sempre curar aqueles que preenchem seus

requisitos para cura (Mt 8.17; Tg 5.14-16; IPe 2.24; 3Jo 2).

4. Deus teria sido a origem do pecado e da doença, se fosse sua

vontade que eles continuassem na raça humana (Ap 21.3-7).

5. Ele não teria curado uma única pessoa sequer em qualquer era e

não teria proporcionado nem prometido liberalmente a cura se

fosse o responsável pelas doenças (Jo 10.10).

6. A vontade de Deus era que o homem fosse saudável e sem

pecado para sempre quando o criou, e essa ainda é sua suprema

vontade (Gn 2.17; 3Jo 2).

7. Jesus Cristo confirmou que a vontade de Deus era curar todos os

doentes quando Ele de fato curou todos que eram oprimidos pelo

Diabo (At 10.38).

223


8. A vontade universal de Deus ficou clara quando a igreja primitiva

recebeu poder para levar adiante a obra que Jesus "começou a fazer e a

ensinar" (At 1.1-8; Mt 29.19-20; Mc 16.15-20; Jo 14.12-15).

9. O fato que a doença é obra do Diabo prova que Deus deseja livrar

seus filhos dela (ljo 3.8; Jo 10.10).

C) pecado também é a vontade de Deus, se a doença for, já que ambos

foram tratados da mesma forma (Mt 9.1-12; Tg 5.14-16; Mt 13.15).

Satanás e seus demónios não lutariam para acometer os homens com

doenças e mantê-los doentes, se essa fosse a vontade de Deus para

eles. Satanás tentaria deixar as pessoas com saúde, se fosse a vontade

de 1 )eus que elas ficassem doentes.

E um princípio infalível de Satanás agir exatamente em oposição à

vontade de Deus. Quando alguém argumenta que é a vontade de

Deus que ele esteja doente, está em cooperação com Satanás e não com

Deus (At 10.38; ljo 3.8; Jo 10.10).

Jesus não teria morrido para curar os homens das enfermidades se

fosse vontade de Deus que ficassem doentes e se quisesse que

suportassem as doenças (Mi 8.16-17; Jo 10.10; 14.12-15; At 10.38;

lPe2.24).

1 3. Toda vez que os homens pediram a Cristo para curar, Ele curou,

dizendo repetidamente "quero" (Mt 8.2,7; Jo 5.60). Visto que falava

somente as palavras que Deus lhe dava, então Ele expressou a vontade

de Deus ao dizer "quero" (Jo 12.49).

14. Não pode haver analogia entre a oração de Cristo, "se for a tua

vontade" e a oração dos cristãos quanto à vontade de 1 )eus de curar.

A

224


cura é sempre de Deus e é sempre sua vontade. Não temos de

perguntar a Deus sua vontade em relação a algo que já está

definitivamente prometido na Escritura. Já é vontade dele curar ou

Ele não teria dado sua palavra que é.

Em outras palavras, qualquer promessa que Deus fez nunca

deveria ser questionada uma vez sequer, e perguntar para Deus se

sua promessa é verdade expressa dúvida e incredulidade.

As promessas para o crente são "peçam tudo o que vocês qui-

serem" e "tudo que vocês pedirem, receberão" (Mc 11.22-24; Jo

14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; Mt 21.21-22; Tg 1.5-9; Hb 11.6). Como é

tolo perguntar para Deus qual é sua vontade a respeito de algo que

Ele já deixou claro que é sua vontade!

Nunca seja culpado novamente de fazer uma oração tão inútil

e incrédula em relação a algo que Deus já prometeu, fazendo uso

da expressão "se for da tua vontade". E uma consideração

pecaminosa para com Deus sempre lhe dizer que você não acredita

na vontade dele conforme expressa em promessas claras.

15. Pessoas doentes deveriam pedir a Deus que perdoasse sua

incredulidade mesmo quando fossem apenas tentadas a questionar

a vontade de Deus quanto à cura ou qualquer de suas promessas. A

vontade de Deus está expressa na Oração Dominical: "Seja feita a

tua vontade, assim na terra como no céu" (Mt 6.10). Se alguém fosse

arrogante o bastante para argumentar que o céu está cheio de pes-

soas doentes e que, portanto, essa também deve ser a vontade de

Deus na terra, poderia questionar a vontade de Deus e justificar a

incredulidade.

225


Essa oração tem sido adulterada por cristãos quase que

univer-te. Até mesmo hinos e escritos cristãos divulgam tais

enganos n.ís para manter os homens presos ao Diabo. Satanás

também os leva a acreditar que sua ação em seus corpos glorifica a

Deus e que eles estão em sua perfeita vontade por estarem doentes.

Uma amostra clara de tal falácia está expressa no seguinte hino de

Frances Ridley Havergal, escrito nos Alpes, no dia 8 de outubro de

1876, enquanto ela estava sofrendo muito:

“De tuas próprias mãos, Senhor Jesus, recebo esta dor; a força

ara suportá-la com coragem também virá do Senhor. Recebo

sta dor, Senhor Jesus, como prova que, de fato, tu estás bem

perto suprindo minhas necessidades, que tu, meu Bom

Médico, ainda estás cuidando, para que teu próprio

beneplácito venhas a cumprir. Recebo esta dor, Senhor Jesus; o

que tu es-alheres. A alma que realmente o ama não a recusará.

Recebo esta dor, Senhor Jesus, como um presente dado por ti.

E louvores verdadeiros, ainda que trémulos, agora elevo a ti. É

tua suave mão, ó Salvador, que pressiona a ferida. A pressão

só me diz que tu me amas." Que maravilhoso amor e que bela maneira de expressá-lo! Isso é acusar Cristo de ser o autor da dor e da doença para o prazer de Deus; que a doença prova o amor de Deus; que é a mais genuína necessidade do homem; que o Bom Médico em vez de curar, faz adoecer; que é o prazer de Deus causar dor em seus filhos; e que essa é a escolha de Deus e sua dádiva aos remidos.

226


Pode-se acreditar que essa poesia foi inspirada por Satanás e

não por Deus. E pensar que santos são tão enganados! Certamente

Satanás fica assistindo e se diverte rindo quando consegue levar os

própri filhos de Deus a acusá-lo de ser o autor das obras do Diabo.

16.É impossível a Deus transmitir doenças como o é para Ele

transmitir e propagar o pecado e a rebelião. Nem o pecado nem a

doença vem de Deus, porque não pertencem a Ele. Pertencem ao

mundo caídodas criaturas pecaminosas (Tg 3.11-12). 17. Não é arrogância sempre orar por cura, acreditando de todo ocoração que já é vontade de Deus e que será realizada de acordo com a sua vontade (Jo 10.10; 15.7; Tg 4.7; 5.14-18; Mc 11.22-24).

18. Se não fosse a vontade de Deus curar sempre, Ele nunca teria

providenciado os meios de cura, feito uma aliança de cura,

prometido cura, comprovado a cura, repreendido os homens por

não terem fé para ela, nem teria continuado a curar em todas as

eras. Ele nunca teria feito a cura ser uma parte do aparato

espiritual da igreja e prova de que um uo é um crente pleno (Jo

14.12; ICo 12.7-11; At 1.8; 3.6; .10; 19.11; etc.).

Quando os homens devem orar "Se for a tua vontade"?

Já ficou claro, a esta altura, que é pecado orar "Se for a tua vontade”

em relação às promessas de Deus. Esse tipo de oração é uma oração

de incredulidade, e nunca será respondida. Esse tipo de oração não

considera a Palavra de Deus, nem crê que Deus cumpre o que

228


Questiona Deus quanto às coisas que Ele garantiu aos homens que

receberiam — se tivessem fé.

Portanto, ninguém deveria fazer orações desse tipo: "Se for a tua

tade, salva este homem e perdoa seus pecados"; "Se for a tua

vontade cura este homem e devolve sua saúde"; "Se for a tua

vontade, supra minhas necessidades e me abençoe nos negócios"

ou "Se for a vontade, por favor, me dê o que tu prometeste". Na

verdade, esta .' "se for a tua vontade" nunca deveria ser usada nas

orações comuns pelas coisas que Deus prometeu.

A única vez que essa oração deveria ser feita é quando

planejamos ”ir para esta ou aquela cidade, fazer negócio e ganhar

dinheiro" ou pretendemos fazer algo que não está garantido pelas

promessas de Deus em sua Palavra (Tg 4.13-17).

Nessas questões é apropriado descobrir a vontade de Deus

antes de agir e nunca aja até que a vontade de Deus se torne clara.

Nunca vá té Deus como se você estivesse com medo ou como se

esperasse que Ele lhe censurasse. Ele não age assim (Tg 1.4-8).

Descubra a vontade de Deus referente aos seus planos

pessoais que não são mencionados de forma específica em nenhum

texto da Escritura à medida que você ler a Bíblia e orar e, depois,

faça a vontade de Deus.

Não ore tentando mudar Deus ou fazê-lo concordar com os

seus planos, mas ore até que você seja mudado e esteja disposto a

se submeter ao plano de Deus para você.

Em outras palavras, aprenda o que Deus prometeu em sua

Palavra e nunca ore "se for a tua vontade" em relação a esses fatos.

Ore

228


para conhecer a vontade de Deus em relação a todos os outros

assuntos e todas as orações podem ser feitas com fé e confiança

quanto resposta.

229


Capítulo 14

COMO SER CURADO E FICAR SÃO


Converter-se e nascer de novo

O Evangelho ensina que o perdão de pecados e a cura do corpo

andam de mãos dadas. Se os pastores ensinassem o evangelho

completo, as pessoas teriam fé tanto na cura como no perdão e os

pecadores poderiam receber ambos no momento da conversão. Os

textos bíblicos abaixo provam que ambos os benefícios são

garantidos pelo sacrifício do Calvário: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças.

Mateus 8.16-17

Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o ma-

deiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e

vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram

curados.

2Pedro 2.24 233


As passagens abaixo confirmam que tanto o perdão de

pecados quanto a cura do corpo deveriam ser recebidos de uma só vez:

E ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças.

Salmos 103.3 Que é mais fácil dizen 'Os seus pecados estão perdoados', ou: 'Levante-se e ande'?

Mateus 9.5 Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se as-sim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ou-vidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria.

Mateus 13.15 Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande cha-mar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantatá. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.

Tiago 5.14-15 Portanto, fica muito claro que a cura é tão fácil de receber de

Deus quanto o perdão dos pecados. Ambos podem ser recebidos pela mesma fé simples em Deus e pedindo em nome de Jesus. A cura é par-

234


te da nossa salvação; não seja defraudado por mais tempo, assim como você não permite ser privado do perdão dos pecados.

Certa vez, fui chamado às seis horas da manhã para orar por uma mulher que estivera tendo convulsões desde as três horas da tarde anterior. Sua língua estava fora da boca como um bife. Uma colher grande tivera de ser colocada entre seus dentes para impedi-la de morder a própria língua. Ela estava tendo uma convulsão após a outra, e o médico acabara de ir embora dizendo que não havia esperança e que ele não podia fazer mais nada para ajudá-la.

Depois de falar com o marido e outros no quarto sobre oração e de lhes ter dito que Deus podia fazer o que o homem fracassara em fazer, e depois que o marido prometeu servir a Deus se sua mulher fosse curada, nós todos nos ajoelhamos e oramos. Ela não melhorou; então eu disse ao jovem que havia me acompanhado: "Vamos ao barracão de madeira orar até sabermos que Deus respondeu a oração".

Havia alguns incrédulos na casa que estavam zombando da cura pela oração, então achamos melhor ficar sozinhos e orar sem distra-çÕes. Oramos até perto das 10:30 da manhã e então entramos na casa e fizemos mais uma oração, com a certeza de que Deus já havia respondido. A mulher virou de lado e pegou no sono e dormiu a tarde toda. No dia seguinte, quando fomos visitá-la, ela estava perfeitamente bem.

Encontrei essa mulher de novo na Califórnia e ela testemunhou que fora curada em resposta à oração. Deus faz qualquer coisa quando suas condições são atendidas. Se você precisa de cura, o correto é que você entregue sua vida a Deus, se você espera que Ele o cure. Você não apenas será curado, mas também será salvo na mesma hora - se ainda nao tiver sido salvo de uma vida de pecado.

235


Ter fé em Deus para a cura

Se pedirmos a Deus que cure e acreditarmos que a cura aconteceu, exatamente da mesma forma que fomos ensinados a pedir perdão pelos pecados, a cura virá. Não deveríamos nunca duvidar, nem por um momento, que Deus irá nos curar, assim como aprendemos a acreditar no perdão dos pecados. Deveríamos resistir a toda dúvida de que fomos cutados, assim como devemos resistir se somos tentados a duvidar que Deus nos perdoou.

Aprendemos a aceitar a salvação pela fé e confiar que ela é real, quer sintamos ou não. Fomos ensinados que Deus nos perdoou, a despeito de nossos sentimentos; e se crermos nisso, somos salvos. O mesmo acontece em relação à cura do corpo. Depois de terminada a oração pedindo a cura, deveríamos igualmente confiar que ela é real e crer nela, a despeito de sentimentos, sintomas ou evidências externas contrárias.

Se sustentarmos que fomos curados assim como sustentamos que fomos petdoados, Deus confirmará e manifestará a cura assim como Ele o faz quanto ao perdão dos pecados. Não há exagero nessa ênfase, visto que a cura depende muito dessa posição firme de que a oração foi ouvida e respondida. Se você quer as bênçãos do evangelho, faça o que é exigido para obter essas bênçãos e você não falhará em obtê-las.

Não podemos garantir as bênçãos advindas do evangelho enquanto você não atender às condições exigidas. Será que os benefícios valem a pena os esforços para atender as condições? Se valem, então faça conforme você for orientado. Se não vale a pena o esforço de crer em Deus sem vacilar, então não se lamurie porque você não conseguirá o que quer.

Você não pode esperar que Deus faça acepção de pessoas e lhe dê essas bênçãos, se você não fizer o que Ele requer. Ele não é esse tipo

236


de Deus e não transgredirá suas leis por ninguém. Ele sabe que cada indivíduo pode, se quiser, escolher atender às condições de uma fé resoluta. Pare de se mimar ou de queixar-se que é difícil acreditar. Essa atitude em si já é pecaminosa e você deveria pedir perdão a Deus por acreditar em mentiras e em Satanás, em detrimento da verdade e de Deus. Enquanto você cooperar com Satanás e der espaço à incredulidade, você não pode cooperar com Deus e exercitar fé verdadeira. Não se pode servir a dois senhores ou ter fé e incredulidade nesta vida ao mesmo tempo (Mt 6.24; Tg 1.4-8).

Em Detroit, Michigan, cerca de quatro anos atrás um diácono de determinada igreja me levou para orar com um homem que estava paralisado de um lado e que não andava havia oito meses. Falei com ele sobre sua fé; e suas primeiras palavras, conforme me lembro, foram: "Creio na cura, tudo bem, mas parece que não consigo ter fé para a minha cura". Fiquei em pé, fui até a beira de sua cama e disse: "Não diga isso de novo. Isso é uma mentira. Você pode ter fé e deve ter fé, se espera ser curado".

Em seguida, citei Marcos 11.22-24 e enfatizei a verdade do versículo 24: "Creia que você a obteve e você a terá". Repeti isso di-versas vezes e o levei a prometer crer que Deus iria curá-lo, depois orei. Enquanto eu orava, o homem paralítico disse: "Se eu já tenho a cura, por que estou aqui deitado?". Ao dizer isso, ele pulou da cama e gritou por todo o lugar. Eu disse: "Agora fique fora da cama até de noite, depois vá dormir e levante-se de manhã, perfeitamente bem. Esqueça que você já teve paralisia".

Parar de orar "Se for a tua vontade"

Como vimos no capítulo 13, é a vontade de Deus curar, porque Ele prometeu curar a iodos os que se dirigem a Ele com lé. Que isso

237


fique estabelecido de uma vez por todas e nunca mais questione Deus nem faça dele um mentiroso dizendo "Se for a tua vontade". Visto que Ele prometeu a cura, é pecaminoso e contrário à sua Palavra e à sua vontade orar dessa maneira. É preciso ir a Deus com fé resoluta e inabalável em relação às coisas que Ele já prometeu.

Nunca devemos questionar a vontade de Deus quanto ao que Ele prometeu. Fazer isso é fazer de Deus um mentiroso, deixando que Ele saiba que não acreditamos em suas promessas ou duvidamos do que Ele disse e não cremos que Ele realmente quis dizer o que disse. É sua vontade dar o que prometeu ou Ele não teria tornado sua vontade conhecida por meio das promessas.

Uma senhora escreveu algum tempo atrás dando o seguinte testemunho: "Meu marido estivera no hospital psiquiátrico por um longo tempo e não estava melhotando. Mas quando começamos a orar como o senhor nos disse e paramos de dizer 'Se for a tua vontade', a obra foi realizada. Graças a Deus o meu marido está curado e voltou para casa com uma mente saudável. Esse é um testemunho verdadeiro porque ele realmente estava em um estado lastimável". Deus responde a todos os que param de duvidar de sua Palavra e de sua vontade e oram com fé, de acordo com suas promessas.

Confiar plenamente em Deus na doença e na adversidade

A Bíblia diz: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da hu-manidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor. Ele será como um arbusto no deserto [...] Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele

238


está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas [...] ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes [com saúde] [...] nem deixará de dar fruto.

Jeremias 17.5-10 (veja também Pv 3.5-8;

2Cr 16.12-14; 2Rs 1.1-17; Mc 5.25-34)

Obedecer a Deus e à sua Palavra

Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz.

Provérbios 3.1-2 (veja também Pv 3.3-8) Meu filho, escute o que lhe digo; preste atenção às minhas palavras. Nunca as perca de vista; guarde-as no fundo do coração, pois são vida para quem as encontra e saúde para todo o seu ser.

Provérbios 4.20-22 (veja também Pv 2.1-5; 3.13-24; 4.23) Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras perma-necerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.

João 15.7 (veja também ljo 3.21-22; 5.14-15; Êx 15.26;

Dt4.40; 7.12-15; 28.1-62; 30.1-20; SI 105.37; 107.20)

Fazer as pazes com as pessoas

E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra al-guém, perdoem-no, para que também o l'ai celestial lhes per-

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doe os seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados.

Marcos 11.25-26 (veja também Mc 11.22-24)

E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, con-fessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros pata serem curados.

Tiago 5.14 Chamar os presbíteros e crer na oração deles

Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande cha-mar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o tinjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé i urará o doente. O Senhor o levantará.

Tiago 5.14-15

Imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados.

Marcos 16.17-20

Muitos pastores hoje podem testificar de curas miraculosas na ida de pessoas que obedeceram a Tiago e pediram oração. Milhares de pessoas estão sendo curadas todos os dias por obedecer a essa orientaçao divina. Em quase toda igreja há muitos testemunhos do poder de Deus em curar o corpo pela fé no nome de Jesus Cristo.

Certa vez, em Washington, Pensilvânia, fui chamado no hospital para orar por um pregador leigo de nome John Miller. Ele havia

240


caído14 metros do telhado de um prédio onde ele estava trabalhando. fora levado ao hospital e a radiografia mostrava que sua coluna estava quebrada em dois lugares e três vértebras estavam fratutadas. Cheguei ao hospital pot volta das cinco da tarde. Ele estava com tanta dor que enormes gotas de suor escorriam de sua testa. Os médicos disseram que ele teria de ficar imóvel por meses.

Eu lhe disse: "Irmão Miller, vamos concordar que Deus ouvirá

responderá nossa oração e que Ele curará você agora. Não importa o que os médicos digam, o que os cristãos dirão, ou o que qualquer pessoa lhe diga. Pessoas encorajarão sua incredulidade e lhe dirão quanto tempo você ficará no hospital. Poucos cristãos se posicionarão ao seu lado com fé que você será curado instantaneamente, mas se você e eu concordarmos, pela fé você será curado". Nunca esquecerei como ele pegou minha mão em agonia e disse: "Eu concordarei com

você".

Oramos e o ungimos com óleo, como Tiago disse, e a oração de fé foi feita. Deus instantaneamente tirou toda a dor e ele creu que estava curado. Ele disse aos médicos que estava curado. Outra

radiografia foi tirada e mostrou que não havia nada quebrado na coluna, nenhuma vértebra estava fraturada. Os médicos não conseguiam entender. Eles tinham as duas radiografias. Uma mostrava a coluna quebrada e a outra não. A coluna dele continuou um pouco dolorida por alguns dias por causa da enorme queda.

Johnny Miller ficava em pé diariamente andando e lendo sua Bíblia, testificando a todos do que Deus havia feito. Ele queria ir para casa mas os médicos o mantiveram no hospital por mais de duas semanas em observação. Eles não conseguiam entender esse caso.

Duas semanas e três dias se passaram e naquele dia, Johnny

estava de pé em seu quarto lendo a Bíblia quando o médico entrou. Ele se podia ir pra casa, uma vez que estava se sentindo muito

241


Bem. O médico disse que se ele se deixasse engessar, poderia ir pra casa, que eles não se responsabilizariam por nada que lhe acontecesse se deixassem ir pra casa antes que fosse seguro. Eles ainda não conse-li.im entender o que havia acontecido, visto que tinham em mãos ias radiografias mostrando coisas opostas. Ele se submeteu a ser i gessado, então lhe deram alta.

Naquela noite, em casa, o Senhor falou com ele e disse: "Jogue fora esse gesso porque eu já o curei". Ele chamou um amigo e lhe pediu que levasse sua tesoura para metal e outras ferramentas e o ajudasse a se livrar daquele gesso. Os dois trabalharam por horas e quando o gesso foi finalmente tirado, Johnny pulou da cama e subiu as escadas até o banheiro. O irmão Miller era uma testemunha viva para toda a equipe médica daquele hospital e para muitas pessoas na cidade que ficaram sabendo do seu caso.

Controlar a língua

A boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga violência.

Provérbios 10.11

Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura.

Provérbios 12.18

Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando. O falar amável é árvore de vida.

Provérbios 13.3

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O falar amável é árvore da vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito.

Provérbios 15.4 As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos.

Provérbios 16.24

A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte.

Provérbios 18.21 Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade.

Salmos 34.12-13 (veja também IPe 3.10-11; Tg 3)

E interessante notar que nove das onze pragas enviadas sobre Israel, conforme o registro de Números, foram causadas pelo mau uso da língua (Nm 11.1-3; 33-35; 12.1-16; 13.26-33; 14.1-37; 16.1-50; 21.5).

Viver em Deus e debaixo de sua proteção

Aquele que habita [permanece, se estabelece ou faz morada] no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra [defesa, proteção] do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: 'Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio'. Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com

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as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia; nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá [...] nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Você pisará o leão e a cobra; pisoteatá o leão forte e a serpente [...] Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação.

Salmo 91 Para ilustrar o poder do Salmo 91, relato a história a seguir. É

uma história verídica que aconteceu no início do meu ministério. Cerca de vinte anos attás eu era o diretor de um Instituto Bíblico em Dallas, Texas. Numa tarde, fui informado que dois dos alunos estavam doentes no alojamento masculino. Reuni diversos estudantes comigo em volta da cama e orei pelos rapazes, ungindo-os com óleo conforme o ensino de Tiago 5.14-16. Um dos estudantes foi curado imediatamente, mas o outro não. Na época, fiquei intrigado que a mesma oração e a mesma fé atuasse em um caso, mas não no outro.

Esse garoto contraiu varíola e um verdadeiro pânico se alastrou por toda a escola entre os estudantes. A maioria queria ir imediatamente para casa, uma vez que estava perto do fim do ano letivo e eles não queriam ficar em quarentena, longe de casa, por um período indefinido. Na manhã seguinte, na capela, lemos o Salmo 91 e perguntamos aos estudantes quantos concordariam unidos em fé que Deus

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repreenderia aquela peste e não permitiria que ninguém mais contra-ísse varíola. Eu lhes disse que, visto que estavam sendo preparados para o ministério, como pastores, evangelistas e missionários, esse teste era bom para eles provarem o poder de Deus em tempos de necessidade.

Nenhum estudante levantou a mão para dizer que concordaria conosco. Fiquei tão surpreso com essa atitude que quis saber por que agiram assim. Então, eles começaram a confessar suas faltas uns para com os outros e a pedir perdão pelos problemas que haviam causado uns aos outros durante os meses de convivência tão próxima. Depois que terminaram, perguntei novamente quantos concordariam e todas as mãos se ergueram. Então pedi que ficassem em pé e louvassem a Deus juntos pela cura do rapaz que estava com varíola e pedissem ao Senhor que impedisse a peste de continuar.

Acredite ou não, Deus fez exatamente aquilo; o outro rapaz foi curado instantaneamente e a peste parou. Nenhum outro estudante que ficou na escola pegou varíola. Somente um rapaz se rebelou e se recusou a ficar na escola. Ele foi para casa e contraiu varíola.

Os que permaneceram na escola, onde a proteção do sangue de Cristo e o poder de Deus fora reivindicado pela fé, foram protegidos da peste. Nunca permitimos que o secretário da saúde de Dallas ficas-se sabendo a respeito da peste. Nós desinfetamos o melhor que sabía-mos e encerramos o ano letivo em vitória. Essa experiência me ensinou que todas as coisas são possíveis aos que crêem. Desde então, em muitas ocasiões, testei e confirmei o poder das promessas de Deus e elas sempre se mostraram afirmativas aos que crêem (2Co 1.20).

Louvar a Deus pela cura pela fé

Davi disse: "Bendiga o Senhor a minha alma! Bendiga o Senhor todo o meu ser! [...] Não esqueça nenhuma de suas bênçãos! E ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças" (SI 103.1-5).

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Está escrito a respeito de Abraão: "Mesmo assim não duvidou

nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortaleci-do em sua fé e deu glória a Deus, estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido. Em consequência, 'isso lhe foi creditado como justiça" (Rm 4.17-22; Hb 11.11-12).

Paulo disse: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus" (Fp 4.6; Hb 13.15-16).

Servir a Deus em santidade tão

intensamente quanto você o buscou

Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão.

Colossenses 2.6-7

Não volte a pecar, para que algo pior não lhe aconteça [...] Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado.

João 5.14; 8.11

Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confian-ça diante de Deus e recebemos dele tudo o que pedimos, por-que obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada.

LJoão 3.21-22 (veja também IJo 5.14-15) 246


Se alguém quiser manter sua cura, que mantenha sua fé viva,

liberto do pecado e resistindo ao Diabo que tentará trazer a doença de volta (Tg4.7; IPe 5.8-9).

Apropriar-se dos benefícios do Calvário

Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor [...] Pois quem come e bebe sem discernir [compreender os benefícios pela fé de] o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram.

1 Coríntios 11.27-30 Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o recebe-ram, e assim lhes sucederá.

Marcos 11.24

Resistir ao Diabo - recusar ser negado

Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!

Tiago 4.7-8 ... o Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, ru-gindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, pet-manecendo firmes na fé.

1 Pedro 5.8-9 (veja também Ef 6.10-18;

2Co 10.4-7; IPe 5.5-7,10)

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O testemunho abaixo ilustra o que a resistência ao Diabo pode fazer por alguém. A senhora R. M. G., da Geórgia, escreveu:

"Eu estava tão fraca que não conseguia fazer meu trabalho e havia estado assim por dez anos. Eu estava em frangalhos. Uma cristã? Sim, mas o que eu não sabia era que o Diabo estava fazendo tudo aquilo. Eu achava que era o Senhor me castigando por algo que eu havia feito. Mas naquele dia entreguei tudo a Deus. Disse a Ele que eu queria resistir ao Diabo a partir daquele dia e meu corpo recebeu força, eu me levantei e fui trabalhar. Creio plenamente que Deus quer que seus filhos estejam bem fisicamente." Observar as leis de Deus e da natureza

O corpo é a morada de Deus e também nossa própria morada. Pertence a Deus e não a nós:

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito

Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que

vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto

preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.

1 Coríntios 6.19-20 Visto que é a casa de Deus, somos proibidos de estragá-lo,

profaná-lo ou abusar dele (lCo 3.16-17; 6.19-20).

O bom senso nos diz que Deus pode receber mais glória de um corpo que está bem e forte, porque uma pessoa com um corpo assim faz

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uso completo de todas as suas faculdades. Uma constituição robusta, uma mente alerta, perspicaz e faculdades morais e espirituais fortalecidas são necessárias para glorificar a Deus no corpo e no espírito. Podemos glorificar a Deus melhor dando muito fruto (Jo 15.8). Para dar fruto em quantidade e com qualidade a árvore ou a videira deve estar saudável e normalmente sem doenças ou qualquer coisa que faça o fruto ficar defeituoso (Mt 3.10; 7.16-20). Assim é com o cristão.

Se Deus pode receber glória de vidas limitadas por deficiências físicas, quanto mais glória ele poderia receber dessas mesmas pessoas se não tivessem esses problemas? Naturalmente, qualquer um com uma deficiência física pode fazer algo, mas poderia fazer muito mais sem essas limitações físicas.

Todos que querem saúde deveriam procurar ter uma alimenta-ção adequada e comer da maneira certa, em quantidades apropriadas ao longo do dia e todos os dias. Deveriam se agasalhar bem no inver-no; não deveriam expor o corpo ao frio só para manter o estilo ou ficar na moda. Deveriam fazer exercícios regularmente e viver em ambiente ventilado. Deveriam garantir que a casa fosse bem ventilada ao longo do dia e que cada cómodo pegasse o máximo de luz do sol possível. Deveriam ter hábitos de higiene, tomar banho todos os dias e cuidai bem dos dentes. Não deveriam trabalhar demais ou abusar de nenhuma parte de seu corpo. Deveriam descansar bastante e não an-dar preocupados ou ansiosos. Deveriam fazer o possível para cuidar de seu corpo, alma e espírito, de acordo com o seu nível de conheci-mento, e assim terão vida longa e felicidade.

Para ser saudável, é preciso controlar a mente e os pensamentos. Ter pensamentos impuros, ler romances e novelas repletas de suges-tões imorais, ver cenas ou imagens obscenas, participar de danças sen-suais, carícias, provocações, paixões, pecados secretos, libertinagem, bebida, fumo, ódio, raiva, preocupação, alimentação errada, pouco

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sono, sobrecarga de trabalho, falta de exercício, preguiça e outros maus hábitos enfraquecem a vontade e minam nossa saúde física, mental e moral. Somente o estilo de vida totalmente antiquado gera vida e energia, revitaliza o sangue, dá elasticidade e força aos músculos e solidifica a saúde física, a força do corpo e a beleza pessoal e o charme.

O que o mundo faz para manter a saúde

Os pais gastam tudo que têm e sacrificam tudo na vida para garantir que seus filhos tenham o melhor cuidado e proteção. Eles curariam seus próprios filhos num segundo, se fosse possível. Praticamente todo ser humano faria algum sacrifício para garantir que todos os outros seres humanos fossem curados e desfrutassem de boa saúde. Os homens podem lutar e odiar uns aos outros, mas quando uma doença ou a morte chega, os mesmos homens ajudam seus próprios inimigos a se recuperar ou a ter um enterro decente, no caso de morrerem. Até mesmo muitos animais cuidam dos seus e trabalham para prolongar a vida e o bem-estar dos seus. Será que Deus se importa e garante a saúde?

Será que Deus é o único Ser no Universo que gosta de ver seus próprios filhos, sua própria criação, seus próprios trabalhadores, e aqueles a quem Ele diz amar, doentes, fracos, cansados, esgotados e fisicamente não servindo para nada? Ele é o único que gosta de ver a dor e a enfermidade em sua própria criação? Será que Ele é o único que não garante o bem-estar físico dos seus? Ele é o único que se regozija com as deficiências de seus filhos e deseja que fiquem enfermos para que Ele seja glorificado ao vê-los doentes?

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Deus é o único que prefere a doença à saúde; que não curaria filhos quando eles ficassem doentes; que castiga seus filhos fazendo com que seus pulmões sejam corroídos pela enfermidade, seus membros se decomponham, suas vidas fiquem suspensas entre a vida e a mortte no sofrimento mais desumano por anos e anos, e suas vidas se-destruídas pelos inimigos de Deus e do homem; que faria suas crias apenas para permitir que terminassem em sofrimento e derrota morressem prematuramente; e que deseja que esses agentes de entidades destruidoras amaldiçoadas pelo pecado cobrem seus direito sobre a vida e ceifem homens, antes que terminem a obra de suas s?

Deus é o único que não exige um padrão elevado de aptidão física e eficiência de seus obreiros? Ele é o único cuja vontade suprema se manifesta pelo sofrimento, doença e condições terríveis de seu povo? é o único que pode receber maior glória das pessoas quando elas estão privadas física, moral e espiritualmente de suas funções criativas normais? Chega desses conceitos caluniadores a respeito de Deus! Ele não é esse tipo de Ser.

A Bíblia deixa claro que é a suprema vontade de Deus que todos os hmens tenham "boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai a sua alma" (3Jo 2). A culpa para conceitos errados a respeito de Deus é inteiramente do homem e dos inimigos de Deus e do homem.

Em vez de atender as condições do evangelho para receber a cura ar são, o homem continua a transgredir as leis de Deus e da natureza - vivendo em incredulidade e rejeitando a forma de Deus de cura e a saúde em Cristo. O mais sensato a fazer é encontrar a causa do problema e eliminá-la. Só então alguém pode ser curado e permanecer são..

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Capítulo 15

LIVRES NA MISÉRIA E DA NECESSIDADE


A ideia que é a vontade de Deus que o homem suporte a pobreza; fique desamparado, derrotado, esmagado e infeliz; que sofra dor, doença e enfermidade — vivendo apenas com o básico para mantê-lo humilde e piedoso - é refutada por muitos textos claros das Escritu-ras. A verdade é exatamente o oposto, como seria natural esperar do amoroso, bondoso, generoso, gracioso e infinito Pai celestial revelado na Escritura.

Não temos base para pensar que Deus é um déspota e tirano desumano e impiedoso, como muitos ensinam que ele é. De cada mil pessoas, todas diriam que Deus ama seus filhos espirituais comprados por sangue muito mais do que os homens amam seus próprios filhos. Mas é difícil encontrar um entre mil que tenha um entendimento claro de Deus para aplicar essa ideia às suas doutrinas de Deus e sua forma de agir para com o homem. Os estudos a seguir apresentam a verdade da Bíblia a respeito da prosperidade material

A definição de providência

A palavra providência significa "previdência, antecipação, prudência, precaução", "o cuidado de Deus para com suas criaturas",

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"supervisão ou direção divina para com sua criação". Previdência e antecipação da parte de qualquer pessoa implicam um fim, um objetivo futuro e um plano definido para atingir aquele alvo. Todos os seres racionais agem com antecipação e previdência; portanto, a providência é um atributo que todos esses seres possuem por natureza. Todos os seres racionais e todos os animais cuidam de sua prole e lhe garantem provisão. Quanto mais isso é verdadeiro a respeito do Deus infinito que provê e exercita cuidado infinito para com toda a sua criação!

O cuidado de Deus para com o homem é infinito

Embora todos os seres racionais exercitem a providência de acordo com suas capacidades, a palavra ganha seu significado pleno somente quanto se aplica ao Deus infinito. A providência de Deus é o cuidado e o controle que Ele exercita sobre todas as coisas criadas por Ele, a fim de que elas cumpram os fins para os quais foram criadas.

O cuidado infinito de Deus para com o seu Universo é infinito; vai desde contar os cabelos de cada cabeça e a queda de cada pardal até o sustento infalível de todas as coisas no vasto Universo por meio de seu próprio poder. E a natureza inerente de Deus que Ele expressa sem interrupção, sobre todas as obras de suas mãos. É a criação contínua de Deus manifesta em ações visíveis na preservação e controle de todas as coisas. E o poder eterno em ação bloqueando toda sorte, ac4aso e acidentes fortuitos.

O cuidado específico de

Deus para com os convertidos A providência pode ser considerada universal em relação a todas as Coisas em geral; especial, cm relação a seres morais; e específica

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em relação a seres convertidos. A providência é a palavra mais abrangente na linguagem teológica. E o pano de fundo e o alicerce de várias doutrinas sobre a verdade divina. Ela penetra e preenche toda a dimensão das relações entre a criação e o Criador. Ela conecta o que não pode ser visto ao que se pode ver, o visível ao invisível, a criação à redenção e a salvação pessoal ao fim de todas as coisas.

Deus opera para o bem da criação

A providência, portanto, é a ação de Deus por meio de Cristo, pelo poder do Espírito Santo, pela qual os santos anjos, os homens redimidos e até mesmo os demónios e os não-salvos, cooperam juntamente para o bem daqueles que amam o Senhor. Pela providência Ele faz todos os eventos do universo físico e moral cumprirem o propósito original para o qual foram criados.

Assim como a criação explica a existência do Universo e a pre-servação explica a continuidade do Universo para sempre, assim também a providência explica o funcionamento do propósito de Deus em todas as coisas, de acordo com seu propósito eterno. É a ação positiva no desenrolar de todos os eventos passados e futuros para o alvo desejado de Deus. A providência é o controle e o cuidado efetivo de Deus no desenrolar de seu plano eterno.

Visto que o plano de Deus é totalmente abrangente, a providência de Deus também deve ser totalmente abrangente, abarcando nela todos os detalhes, pequenos ou grandes, dos eventos da vida e culminando no propósito supremo de Deus em todas as coisas.

Providência e riqueza

A Bíblia declara que Deus "dá a capacidade de produzir riqueza" (Dl 8.17-IH). Quando Salomão pediu sabedoria a Deus em vez

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de riqueza, para que ele fosse capaz de julgar a Israel, Deus lhe deu ambas. Salomão foi um dos homens mais ricos que já existiu, só por causa da bênção de Deus. Na verdade, ele foi o primeiro bilionário

registrado.

Deus também abençoou Abraão, Isaque, Jacó, Davi, Jó e mui-tos homens do passado com grande riqueza (Gn 13.5-7; 24.1-35;

25.5; 26.12-16; 31.1-13; Jó 42.10-17; lCr 22). Está nas mãos de Deus o enriquecer ou o empobrecer (lSm 2.7; Pv 10.22; lCr 29.12).

As riquezas são uma maldição se mal usadas

Se as riquezas chegam a certos homens por causa da bênção de Deus, então não é pecado ter riquezas. Somos alertados na Escritura a não fazer mau uso da riqueza para oprimir os pobres e a

não permitir que as riquezas nos enlacem no pecado e venhamos a nos esquecer de Deus (Pv 11.28; Mt 13.22; Lc 8.14; lTm 6.17; Tg 5.1-6). Há diversas bênçãos que a Bíblia classifica como melhores que

as riquezas, tais como a "justiça" (SI 37.17), "a boa reputação" (Pv 22.1) e "vida" (Pv 14.24; 6.25-34). Há muitos outros bens na vida

melhores do que o dinheiro; por isso, não devemos aplicar nisso nosso coração como o principal objetivo da vida.

Pessoas com riquezas terão maiores tentações e com freqüência praticarão atos que não fariam se não tivessem dinheiro. As riquezas são apenas temporárias e devem ser reconhecidas

como tais (Pv 23.5; 27.24). Os homens não devem colocar o coração nas riquezas nem confiar nelas, mas confiar no Deus vivo (SI 52.7;

62.10; 23.4; lTm 6.17). Muitas outras afirmações são encontradas na Escritura que revelam os pecados dos ricos - como eles oprimem os

pobres, são arro-

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gantes, orgulhosos, pecaminosos, maus e ímpios, porque têm riquezas e influência.

As riquezas são uma bênção se usadas corretamente

Por outro lado, a Bíblia fala das muitas bênçãos das riquezas quando usadas da forma correta - para o bem dos homens e para a glória de Deus. A riqueza é uma proteção (Pv 10.15; 18.11). Ela faz muitos amigos (Pv 14.20). Torna a pessoa poderosa (Pv 22.7). Permite que a pessoa seja rica em boas obras e isso, por sua vez, se feito com a motivação certa (não para ser visto pelos homens, mas porque é certo fazer o bem), resultará em recompensas na eternidade (lTm 6.18).

Nos tempos modernos, dinheiro é poder e todo filho de Deus poderia fazer infinitamente mais para Deus e pelas almas perdidas se tivesse mais desse tipo de poder. Pense no que poderia ser feito com riquezas para divulgar a verdade e abençoar os homens! Não há limites para o bem que alguém pode fazer se tiver os recursos para fazê-lo.

Buscar riquezas não é pecado

Olhar para as riquezas a partir desse prisma, até mesmo orar a Deus pedindo melhoria nas finanças - e esperar isso dele a fim de fazer mais para a causa de Deus - não é pecado. Muitas pessoas, até muitos cristãos, sinceramente duvidam que Deus tenha desejo de ver seus filhos desfrutando de prosperidade. Satanás (e muitos obreiros de igrejas) alerta os crentes para não desejarem riquezas, a ponto de ser quase uma crença universal entre os cristãos que a riqueza é mais ou menos pecado.

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No entanto, há com freqüência uma grande dose de hipocrisia evidente em nossas igrejas. Muitos duvidam que Deus deseje nos abençoar financeiramente, no entanto, se uma pessoa rica de-monstra interesse por uma igreja local ou começa a ajudar a obra de Cristo de forma generosa, ela passa a ser grandemente honrada e respeitada. Essa honra não deveria ser dada a ela se ser rico ou pedir a Deus riquezas for pecado. Tal pessoa nunca deveria ser re-conhecida e o dinheiro dela não deveria ser aceito, se de fato ter riquezas for pecado.

Qualquer um com um pouco de bom senso sabe que não há nada de errado em ter riquezas ou em obtê-las da maneira correta. Na verdade, todo filho de Deus tem muitas necessidades que poderia suprir e supriria se tivesse dinheiro. Como cristãos, muitas vezes ansiamos por ter mais recursos a fim de sustentar melhor a família, apoiar a igreja e a obra de Deus em geral. Não consideramos esse desejo pecaminoso e se as riquezas viessem a alguns de nós, ainda consideraríamos que poderíamos ser cristãos verdadeiros, se esses recursos fossem usados corretamente. Portanto, temos de concluir que a idéia de que é errado orar pedindo auxílio financeiro é não apenas anti-bíblica, mas também irracional.

Incredulidade, não riquezas, é o grande pecado dos cristãos

A esta altura, muitas vezes o argumento se desenvolve na afir-mação de que não é errado ter riquezas, mas que há muitas outras bênçãos mais importantes que precisamos pedir a Deus. Isso, afinal, é uma simples desculpa para a incredulidade. Os homens simples-mente não querem sacrificar suas velhas tradições e teorias e sua

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incredulidade e orar pedindo a Deus ajuda financeira, assim come lhe pedem ajuda física ou espiritual. Se aprendermos a verdade e pedirmos a Deus com fé, não haverá impossíveis financeiramente assim como não há impossíveis física ou espiritualmente. Sejamos; pois, sensatos e estudemos a Bíblia a partir da posição que se obtém auxílio financeiro.

Em primeiro lugar, façamos a nós mesmos as perguntas a res-peito deste assunto que temos feito em relação a outras coisas. Somos filhos de Deus? Deus nos ama como nós amamos nossos filhos? Nós desejamos que nossos filhos prosperem? Deus deseja aos seus filhos algo inferior àquilo que desejamos para os nossos filhos? Por que Ele seria diferente do homem em desejar as melhores coisas da vida para seus filhos? O que haveria de pecaminoso em Deus abençoar seus filhos com riqueza? Jesus ensinou os homens sobre a Paternidade infinita de Deus, então naturalmente seria sua suprema vontade que seus filhos sejam abençoados com prosperidade (Mt 7.7-11; 3Jo 2).

O propósito criativo de Deus

era que os homens prosperassem

Deus criou o homem para que ele fosse próspero, cheio de saúde, bem sucedido, feliz, sábio e abençoado com todas as coisas boas que pudesse desejar nesta vida. Ele criou todas as coisas e as entregou ao homem para seu usufruto e prazer. Vemos o plano de Deus claramente nos capítulos iniciais de Gênesis:

Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, con-forme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e

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sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". Criou deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra".

Gênesis 1.26-28 Se fosse pecado ter essas coisas, Deus não as teria dado ao ho-

mem para que delas desfrutasse. O pecado do homem não foi ser próspero, saudável e feliz, mas comer a fruta proibida. O mundo de abundância em que vivemos, aqui e agora, prova que Deus quer que o homem tenha abundância de todas as coisas boas desta vida. Deus fez o suficiente para todos e todos podem ter tudo o que quiserem, basta seguirem certas leis a fim de obter aquilo de que necessitam.

A prosperidade não precisa levar a pessoa a se desviar

As pessoas que se desviam quando são prósperas, saudáveis e felizes iriam se desviar de qualquer maneira; assim, se alguns poucos se desviam quando Deus os abençoa com prosperidade, não percamos a fé no amor abundante e na providência de Deus. Devemos aprender a viver a vida cristã em qualquer circunstância da vida. Algumas pessoas se desviam por causa de comida, roupa e outras coisas que todos devemos ter.

Então, por causa disso vamos parar de comer? Vamos andar nus? Vamos parar de fazer todas as coisas boas nas quais alguns tropeçam? Vamos concluir que essas coisas não são a vontade de Deus só porque

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alguns poucos se desviaram por causa delas? Então, não use esse argumento em relação à prosperidade, à saúde e às bênçãos abundantes da vida que Deus quer que todos os seus filhos desfrutem. Permaneça salvo e use sabiamente seus recursos para ajudar os outros e Deus o abençoará com mais abundância.

Evidência bíblica que

Deus deseja a prosperidade

Definitivamente, Deus fez muitas promessas concernentes à prosperidade e à felicidade de seus filhos:

Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obe-decer a toda a lei [...] não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde

quer que andar. Não deixe de [...] meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-

sucedido.

Josué 1.7-8 O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta. Levanta do pó o necessitado e do monte de cinzas ergue o po-bre; ele os faz sentar-se com príncipes e lhes dá lugar de honra.

1 Samuel 2.7-8 Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus, exige: ande nos seus caminhos [...] assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde

quer que for.

I Reis 2.3-4

263,


A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a

todos.

1 Crônicas 29.12

A mão bondosa de nosso Deus está sobre todos os que o buscam, mas o seu poder e a sua ira são contra todos os que o abandonam.

Esdras 8.22

Se lhe obedecerem e o servirem, serão prósperos até o fim dos seus dias e terão contentamento nos anos que lhes restam.

Jó 36.11

Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera.

Salmo 1.1-3

O salmo citado por todos os cristãos começa com: "O Senhor é o meu pastor, de nada terei falta' (SI 23.1). Outros salmos apresentam outras promessas tais como: "Os que buscam o Senhor de nada têm

falta' (SI 34.10), "Bendito seja o Senhor, Deus, nosso Salvador, que cada dia suporta as nossas cargas" (SI 68.19), "não recusa nenhum

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bem aos que vivem com integridade" (SI 84.11), "Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de suas bênçãos! É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão, que enche de bens a sua existência, de modo que a sua juventude se renova como a águia" (SI 103.2-5).

Deus prometeu a Israel prosperidade abundante se eles se sub-metessem à sua vontade (Lv 25.21; 26.4-9; Dt 7.13-15; 15.4-6; 28.7-8). Para Israel, assim como para o povo de Deus hoje, a prosperidade é o resultado natural da obediência a Deus e à sua Palavra.

Só em Deuteronômio, de acordo com a tradução Fenton da Bí-

blia, a palavra "prosperar" é usada muitas vezes no lugar de "ir bem contigo", como é traduzida na versão King James (Dt 5.16,29,33; 6.3,18; 12.28; 19.13). Em Deuteronômio 30.15 a tradução ficou assim: "Vejam que hoje ponho diante de vocês vida e prosperidade, ou morte e destruição". A prosperidade é prometida com a condição de os homens abandonarem o pecado. Embora seja verdade que os pe-cadores, às vezes, prosperam geralmente eles obtêm suas riquezas por meio de negócios ilícitos. Os ímpios, porém, receberão juízo por seus pecados, como vimos claramente no Salmo 73.

Aqueles que ensinam que os crentes deveriam ser pobres, doen-

tes e sofrer todos os dias, naturalmente argumentam que essas passa-gens estão no Antigo Testamento e se referem aos que viviam sob a lei de Moisés. Entretanto, respondemos que estamos debaixo de uma ali ança melhor e temos promessas maiores e melhores no Novo Testamcn to; então se essas coisas foram prometidas na antiga aliança, elas estão disponíveis para nós de forma maior na nova aliança.

Em 2Coríntios 3.6-15 Paulo argumenta que a glória e as bên caos da amiga aliança não eram tão grandes tomo as da nova aliança;

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então, se os homens obtinham prosperidade na antiga, é certo que a obterão na nova aliança. Em Hebreus, Paulo defende que a nova aliança é uma "aliança superior [...] baseada em promessas superiores" (Hb 7.22; 8.6) e que a lei era uma "sombra dos benefícios que hão de vir" (Hb 10.1). Assim, se uma simples sombra trouxe prosperidade, quanto mais as realidades da nova aliança?

Além desse argumento, há promessas claras no Novo Testamento concernentes à prosperidade:

Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o recebe-

ram, e assim lhes sucederá.

Marcos 11.22-24 Peçam, e lhes será dado [...] pois todo o que pede, recebe [...]

se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos

seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus,

dará coisas boas aos que lhe pedirem!

Mateus 7.7-11 Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas [boas coisas

da vida]; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua

justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.

Mateus 6.31-33 Aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele

que semeia com fartura, também colherá fartamente [...] Deus

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é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça,

para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o

que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.

2Coríntios 9.6-8

O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de

acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.

Filipenses 4.19

Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras perma-

necerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será conce-

dido.

João 15.7,16

Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra

bem, assim como vai bem a sua alma.

3João 2

O que poderia ser mais claro? Como Deus poderia expressar

sua suprema vontade de outra maneira? Por que deveríamos

limitar Deus e sua liberalidade para conosco só porque temos medo

de que possamos nos desviar? Por que não decidimos ficar atentos

quanto aos perigos das riquezas e da prosperidade e agir com

sensatez em relação às coisas com que Deus nos abençoa? Por que

não usar as bênçãos de Deus para sua glória e para o bem dos

outros?

267


Deus promete suprir todos os nossos desejos

Deus tem prometido suprir não apenas todas as nossas necessi-dades, mas também todos os nossos desejos, desde que eles não sejam desejos de pecar. Todas as necessidades e desejos são

garantidos por Deus nas promessas do Evangelho, por meio de Cristo. A idéia comum entre os crentes hoje é que somente nossas

necessidades básicas serão atendidas por Deus - e que até mesmo essas necessidades são difíceis de suprir - mas a Bíblia ensina que a

satisfação de todos os desejos dos filhos de Deus está plenamente garantida e que é fácil recebê-los pela fé:

Tudo é possível àquele que crê.

Marcos 9.23

Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: 'Levante-se e atire-se no mar', e não duvidar em

seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em

oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá.

Marcos 11.22-24

Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que

estas, porque eu estou indo para o Pai. E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no

Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei. [...]

268


Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras per-manecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será con-cedido [...] a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome [...] meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome.

João 14.12-15 (veja também 15.7,16; 16.23-26) ... e recebemos dele tudo o que pedimos.

ljoão 3.21-22 (veja também ljo 5.14-15)

Essas passagens são tão claras que não necessitam de interpreta-

ção. Tudo que é preciso é ter fé em Deus e em sua Palavra. Se cremos na Bíblia, então está resolvido que cremos que podemos conseguir tudo que pedirmos em nome de Jesus. Se não cremos nela, não é preciso nem tentar conseguir aquilo que pedimos. E assim que funciona, um sistema bem simples: se pedimos e cremos, recebemos; se pedimos e não cremos, ou se não pedimos porque não cremos, não recebemos.

O plano de Deus para as necessidades do homem fica bastante claro quando aceitamos valorizar as muitas simples promessas da Es-

critura. Não há limites para todas as bênçãos garantidas. Os únicos li-mites que encontramos são os que partem da incredulidade do homem e não do plano em si.

Por não haver limites no plano de Deus de nos dar tudo o que

nós desejamos bem como tudo o que necessitamos, e porque Deus dá

"livremente e de boa vontade", tenhamos fé, sem duvidar, conforme a

orientação de Tiago 1.5-8; Hebreus 11.6; Marcos 11.22-24 e obteremos

tudo o que quisermos.

269


A doutrina de que o povo de Deus não deveria ter falta de nada também é ensinada no Antigo Testamento. Davi disse: "O Senhor é meu pastor; de nada terei falta" (SI 23.1). Novamente, ele

disse: "Temam o Senhor, vocês que são os seus santos, pois nada falta aos que o temem [...] os que buscam o Senhor de nada têm

falta [...] Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração" (SI 34.9-10; 37.3-6). De novo, a Palavra nos diz: "O Senhor

[...] não recusa nenhum bem aos que vivem com integridade" (SI 84.11).

A igreja moderna precisa de prosperidade

Os crentes modernos precisam ter prosperidade para que pos-

sam apoiar os missionários, ajudar a obra de Deus na sua pátria, e

ajudar os pobres a serem felizes e saudáveis. Se todos os crentes se

apropriassem das bênçãos garantidas pelas promessas, todos os

problemas financeiros de todas as igrejas locais e da obra de Deus

no mundo seriam resolvidos.

Quando Israel obedecia a Deus e entregava os dízimos e ofer-

tas a Deus, havia abundância de provisões para a obra de Deus

(2Cr 31.1-21). Se todos os crentes fossem prósperos, não haveria

necessidade dos métodos modernos usados pelas igrejas para

levantar recursos.

Algumas igrejas imploram, barganham e promovem ou

participam de atividades contrárias ao que a Bíblia ensina, a fim de

manter a obra local. Se todos os crentes fossem prósperos, os

pastores teriam apenas que fazer um apelo ou simplesmente dar às

pessoas a oportunidade de entregar ao Senhor parte da abundância

com que Ele os estaria abençoando.

270


O sistema bíblico traz prosperidade

Se os pastores começassem um novo sistema para ensinar a Palavra de Deus ao seu povo e junto com o povo, acreditassem nas promessas de Deus, e todos orassem por todas as necessidades do grupo, físicas, financeiras ou espirituais, o próprio Deus faria sinais e maravilhas para suprir todas as necessidades, de acordo com a fé exercida. Eles deveriam fazer uma experiência cristã, seguindo essa linha, e veriam o que Deus faria. Deus está suprindo pessoas que estão seguindo esse sistema, e Ele suprirá todos os seus filhos, se eles aprenderem a verdade e a praticarem.

Aqueles que honram a Deus com seus dízimos e ofertas, não porque querem bênçãos, mas porque é a coisa certa a fazer, Deus prometeu: "[...] vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês bênçãos que nem terão onde guardá-las' (Ml 3.9-11). Se alguém argumentar que isso era somente para Israel, responderemos que também é para a igreja, de acordo com Mateus 6.26-33; 10.29, Lucas 6.38, 2Coríntios 9.6-12, Filemom 4.19 e 3João 2. Essa última passagem expressa a vontade de Deus para os crentes: "Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma".

O dízimo também é ensinado no Novo Testamento (Mt 23.23; Rm 2.22; lCo 9.7-18; Hb 7.1-11). Roubar os templos, de acordo com Romanos 2.22, significa usar o dinheiro de Deus e as coisas con-sagradas para si mesmo.

Deus atua segundo seu plano revelado

Um pai de família é o soberano e faz 0 que lhe agrada, dentro de certos limites. Deus também age dentro de limites definidos. Ele criou O homem como um ser moral livre. No que diz respeito ao pó-

271


der, Deus poderia predeterminar certas volições que exigiriam certas atitudes do homem, mas então Ele estaria forçando os homens a agir como máquinas, sem liberdade de ação, contra sua própria vontade.

A questão, portanto, não é o que Deus pode fazer, mas o que Deus faz na execução de seu próprio plano - um plano que foi feito para lidar com seres morais livres, e não com máquinas. Portanto, vemos que Deus, por necessidade, deve limitar-se em suas ações ao lidar com seres morais livres e criaturas finitas.

Deus reconhece o homem como um ser moral livre

A escritura, a razão e a experiência se unem no ensino que o homem é moralmente livre, que ele tem livre arbítrio e que não é uma simples máquina ou robô para ser controlado por outro ser moral livre. O governo soberano de Deus e sua providência se baseiam no fato que Ele tem de lidar com seres racionais que possuem livre arbítrio assim como Ele.

Trata-se de uma revelação inteligente ao homem, de que possui livre arbítrio e também de que Deus dirige os negócios dos homens. Essa revelação deveria desencorajar o pecado e encorajar a santidade, levando o homem a atingir a melhor condição de ser. A providência de Deus age em dois tipos de vontade: aqueles que estão dispostos e aqueles que são rebeldes.

Disposição para a

submissão não destrói a liberdade

O filho de Deus voluntariamente se submete à plena vontade de Deus e recebe muitas manifestações especiais e específicas da pro-

272


vidência. Isso não destrói seu livre arbítrio, em nenhum aspecto. Simplesmente lhe dá a supervisão que a raça caída deveria ter. Esse tipo de vontade tem pensamentos e sentimentos gerados por Deus, logo, desejos também divinamente gerados.

Quando essa pessoa, fazendo uso de seu livre arbítrio, escolhe Deus e submete o controle de sua vida a Ele e ora pedindo a Deus que escolha o que for melhor para ela, esse ato em si envolve a forma mais elevada e a própria essência da liberdade moral e do livre arbítrio.

No contexto humano, um filho confuso não perde o livre arbí-trio quando pede ao seu sábio e amoroso pai que decida um assunto para ele e o oriente a chegar a uma conclusão. Deus não irá, sob as leis de governo moral, divinamente estabelecidas, e sob o livre arbítrio, atribuído a suas criaturas, agir no pecador e rebelde ou por meio dele para "o querer e o realizar, de acordo com a boa vontade dele" (Fp2.13; 2Tm2.21).

A vontade do pecador está inclinada para o mal e oposta à vontade divina. A vontade de Deus não age a favor, mas contra uma vontade rebelde, pecaminosa. Se essa ação de Deus contra a vontade pecaminosa do homem determinasse seus desejos, isso destruiria seu livre arbítrio. A providência de Deus então atua efetivamente somente em vontades dispostas a obedecer.

A providência até mesmo atua em homens que não estão inteiramente submissos a Deus, visto que há diferentes níveis de oposição. Muitos testificam a ação da providência antes de a vontade estar plenamente sujeita. Muita aprendizagem para "vasos escolhidos" aconteceu por meio de um preparo inconsciente. O Espírito Santo busca todos os meios possíveis para guiar o homem a um plano superior de vida e a uma vida que foi preparada e planejada por Deus para ele:

273


Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?

Romanos 2.4

O livre arbítrio do homem é a única barreira que se oporá aos seus melhores interesses. A providência divina, então, é limitada e condicionada por um livre arbítrio pecaminoso. A única maneira que Deus poderia impedir seres morais livres de pecar, de rebelar-se, de acidentes e de outros atos da vontade seria se não os criasse. Porque se Deus colocasse o livre arbítrio debaixo da coerção e do controle divino irresistíveis, acabaria a liberdade do homem.

Se isso acontecesse, então não apenas todo o pecado, mas tam-bém todas as virtudes e a santidade, como atributos do livre arbítrio, seriam destruídos, pois somente seres capazes de ter vontades livres e santas podem ter também desejos pecaminosos. A raça caída e pecadora necessita da providência para guiá-la de volta a Deus e para desenvolver o caráter santo e o mais elevado serviço moral para o bem das pessoas e do Universo.

O mal que acontece aos santos é permitido

por Deus, não provocado por Ele

Muitos acontecimentos que sobrevêm aos filhos de Deus ocor-rem por causa dos pecados de outros, da rebeldia de homens contrários a Deus, de condições causadas por colher o que se semeia ou por algum poder demoníaco que os leva a agir em oposição à vontade de Deus. Que os bons sofrem nas mãos dos maus é um fato conhecido.

274


Que Satanás causa muito sofrimento ao povo de Deus também é bastante sabido.

Deus pode ou não evitar que certos desastres aconteçam ao seu povo. Sua decisão depende da hora, do lugar, e das condições da época em que as pessoas estão vivendo. Às vezes, essa é a única maneira de Deus poder executar seu plano na vida de certos indivíduos ou grupos de pessoas.

Algumas vezes, Deus limitou a ação de homens maus contra seus filhos para que não fossem destruídos. Isso aconteceu com José, Moisés, Davi, Daniel, Paulo, Pedro e outros. Por outro lado, Deus permitiu que outros fossem mortos. Isso aconteceu com Abel, Jeú, Estêvão, Tiago e outros. O filho de Deus deve dizer, junto com Paulo, se ele tiver de enfrentar circunstâncias semelhantes: "Cristo será engrandecido em meu corpo, seja pela vida, seja pela morte".

Foi necessário que Cristo morresse pelos pecados do mundo. Isso foi necessário para a concretização do plano divino. Na perseguição aos santos, como aconteceu na igreja primitiva ou em outros períodos da história, a causa de Deus foi expandida muito mais rapidamente e o poder de Deus se manifestou mais claramente do que se as coisas estivessem indo bem, sem dificuldades para a obra de Deus. Jesus ensinou que "se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto" (Jo 12.24). E ainda, "o sangue dos mártires é a semente da igreja" foi um ditado verdadeiro em muitos períodos da história.

Propósito e objetivo final da providência

O propósito e objetivo final da providência é levar todos os homens a perceberem sua própria necessidade de orientação cuidado

275


de um Pai celestial sábio e infinito e de dedicar-se ao mesmo objetivo para o qual Deus se dedica — o bem supremo de todas as pessoas e do Universo. É pela longanimidade, paciência, misericórdia e bondade de Deus para com rebeldes obstinados que muitos seres morais livres estão sendo quebrantados e se dispondo a depender de Deus e de sua infinita bondade e poder para levá-los em segurança ao porto desejado na vida porvir.

Eles estão se dispondo a confiar em Deus como o único que cuida e supre todas as suas necessidades nesta vida. Eles estão aprendendo, pela entrega voluntária e obediente à vontade de Deus em todas as coisas, que suas vidas estão sendo enriquecidas e abençoadas com aquelas coisas que são dignas de sua própria composição criativa. Estão aprendendo que a maior glória da criatura é viver para o bem de todos e adorar e servir a Deus em genuína humildade e harmonia.

Concluímos, portanto, que há uma providência divina suprin-do as necessidades de toda a criação, mas que os crentes que se entregam a Deus e obedecem à Bíblia são alvos de uma providência específica em suas vidas e que devem conseguir na vida tudo o que pecadores podem obter de bom nesta vida - além da abundância de coisas que os pecadores não podem esperar obter, a menos que se rendam a Deus e se submetam à sua vontade.

Nenhum filho de Deus, como objeto dessa providência específica, deveria ser privado das bênçãos materiais, saúde e felicidade de que pecadores desfrutam. Eles devem ter tudo isso, se pertencerem a Deus, visto que estão na relação e na posição correta com Deus para obter essas coisas. Todo crente deveria se envergonhar e se arrepender de sua incredulidade e falta de confiança em Deus quanto a essas bênçãos. Deveria aproximar-se de Deus e deixar Deus agir trazendo todos esses benefícios para sua vida.

276


"Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm

em Cristo o "sim". Por isso, por meio dele, o "Amém" é pronunciado por nós, para a glória de Deus [...] porque todas as coisas são de vocês [...] e vocês são de Cristo, e Cristo, de Deus" (2Co 1.20; lCo 3.21-23).

277


EXERCENDO AUTORIDADE ILIMITADA SOBRE TODOS OS PODERES SATÂNICOS.


Se alguém quer ter o poder de Deus e exercer autoridade

ilimitada sobre todos os poderes do Diabo, deve primeiro aprender que isso é possível e que essa é a vontade de Deus, de acordo com a Bíblia. Fica claro a partir dos itens abaixo que isso está prometido na Escritura a todo crente.

O poder que todo crente pode ter em Cristo

1. Vencer o pecado e maus hábitos (Mt 1.21; Ef 1.7; 2.1-9; ljo 1.7-9; 2.29; 3.5-10; 5.1-5,18; Rm 6.1-23; 8.1-13; Gl 5.16-26).

2. Expulsar demônios (Mc 16.17; Lc 24.49; Jo 14.12; At 1.8; 8.7; 16.18; 19.11-17; Rm 15.18-19,29; Hb 2.3-4). •

3. Ter imunidade contra venenos e dominar animais selvagens (Mc 1.1 )\ 16.18; Lc 10.19; Jo 14.12; At 28.3-6; SI 91.1-16).

4. Curar a todos por quem orar (Mt 4.23-24; 8.16-17; 9.35; 1 2.1 5; 14.36; 21.14; Lc4.40; 6.19; 9.6; Jo 14.12; At 2.43; 3.6; 4.10,30,33; 5.12-16; 6.3-8; 8.4-12; 9.34; 10.38; 11.21; 14.8-10,19-20; 15.4,12; 1<).I 1-21; 28.1-10; Rm 15.18-2'); 1 11. 2.3 4; Tg 5.14 16).

281


5. Ressuscitar mortos (Jo 11; 14.12; At 9.40; 20.9-10).

6. Amarrar e liberar qualquer coisa (Mt9.1-8; 16.18; 18.18; Jo 14.12;

20.23).

7. Destruir as obras de Satanás (Jo 14.12; 17.18; At 10.38; ljo 3.8;

4.17).

8. Receber tudo que pedir em oração (Mt 6.4-6,18; 7.7-11; 17.20-21;

18.18-20; 21.21-22; Mc 9.23; 11.22-24; Lc 11.1-13; 18.1-18; Jo 14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; Hb 11.6;Tg 1.5-8; ljo 3.21-22; 5.14-15; SI 91; Is 58).

9. Controlar os elementos e fazer todo tipo de milagres (Jo 14.12; Lc

24.49; ICo 12.1-11; 2Tm 2.21; Hb 2.3-4; Mc 16.15-20; At 1.8).

10. Executar julgamento (Jo 14.12; At 5.1-11; 13.6-12; ICo 4.21; 5.1-

5).

11. Ter abundância de provisões para a vida (Mt 6.25-33; Mc 11.22-24; Jo 14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; 2Co 9.8-11; Fp 4.19; 3Jo 2).

12. Exercer poder sobre todos os poderes do Diabo (Lc 10.19; 24.49; Mc 16.15-20; Jo 14.12-15; 15.7; 16.23-26; At 1.8; 2Co 10.4-5; Ef 6.10-

18).

13. Ter pleno conhecimento da verdade (Jo 7.16-17; 8.31-32; 14.16-

17,26; 15.26-27; 16.7-15; 2Tm 2.15; 3.16-17).

14. Ter rios de água viva fluindo do seu interior (Jo 7.37-39; At 2.1-

11,38-39; 5.32; Ef 5.18; Mt 5.6).

15. Ser liberto das trevas para a completa luz (Jo 8.12,31-32; At

26.18; ljo 1.7-9; 2Co 3.18; Ef 4.17-21; 5.8-16).

282


16. Ter poder para fazer as obras Cristo fez e ainda maiores (Jo 14.12-15; Lc 24.49; At 1.8; Mc 16.15-20; lCo 12.4-11; 2Co 10.4-5).

17. Receber cura e ter boa saúde (Jo 14.12-15; 15.7,16; 16.23-26; Mc 9.23; 11.22-24; Rm 8.11; 3Jo 2; Mt 8.16-17; lPe2.24; Hb 11.6; SI 91; Is 58).

18. Os dons do Espírito (lCo 1.7; 12.4-11,31; 14.1; Rm 12.4-8).

19. Conceder dons aos outros (Rm 1.11; lTm4.l4; 2Tm 1.6; Hb6.2).

20. Ter o fruto do Espírito (Gl 5.22-24).

21. Receber e comunicar o batismo do Espírito a outros (Jo 14.12; At 1.4-5; 2.1-39; 5.32; 8.17; 9.17; 10.44-48; 19.1-7; Hb 6.2).

22. Exercer autoridade ilimitada nesta vida em toda a plenitude de Deus de acordo com o Evangelho (Lc 24.49; Jo 14.12-15; 15.7,16; Mc 9.23; 11.22-24; 16.15-20; Mt 17.20; 21.21-22; At 1.8; 2.38-39,43; 3.6; 4.10-16,29-33; 5.1-16; 6.3-8; 8.5-20; 9.17-18; 11.21; 13.6-12; 14.3,8-20,27; 15.4,12; 16.16-34; 19.1-20; 20.9-12; 28.1-10; Rm 1.11; 15.18-19,29; lCo 1.7,18-24; 2.1-5; 4.19-21; 5.1-5; 9.18; 12.1-11,28-31; 13.1-3; 14.1-40; 16.10; 2Co 3.6-18; 4.7; 5.20; 6.7; 8.7; 10.3-11; 12.9,12; 13.4,10; Gl 3.3-5,14; Ef 1.19-20; 6.10-18; Fp 4.9; Cl 1.11; 2.10; lTs 1.5; 2.13; 2Ts 1.11; 2.17; lTm 4.14; 2Tm 1.6-8,14; 2.21; 3.5; Tt 2.14; Hb 2.3-4; 6.1-2; Tg 2.18; 5.14-16; 2Pe2.4; 3Jo 2; Jd 3,20-24).

De acordo com todas as promessas citadas acima e muitas outras Escrituras, pode-se ver que nenhum crente está limitado quanto a receber para ele e para outros as bênçãos e o suprimento de todas as suas necessidades nesta vida e na vida vindoura. A razão por que alis íamos tantos textos bíblicos para confirmar cada item é que queremos

283


que você perceba que Deus lhe garantiu provisão de todas as

maneiras e para mostrar que há centenas de textos bíblicos que

confirmam nossas afirmações.

A única coisa que o impedirá de obter o que você quer é sua

incredulidade. Não há desculpa para a incredulidade diante das

inúmeras promessas apresentadas nessas escrituras e diante do fato

que os crentes da igreja primitiva (não apenas os apóstolos, mas

muitos crentes comuns) experimentaram e desfrutaram dessas

bênçãos, como você pode conferir, lendo todas as passagens acima.

Os crentes de hoje podem ter todas as experiências do Novo Testamento

Se os crentes da igreja primitiva de fato experimentaram essas

bênçãos e desfrutaram delas, por que os crentes de hoje não po-

dem? Deus deixou de nos amar? Ele não tem hoje o mesmo poder?

Nós não precisamos dessas bênçãos hoje, como os crentes do

primeiro século? As promessas não são as mesmas? Deus mudou

seu plano? Ele retirou suas promessas? Ele parou de suprir os

homens hoje como Ele fazia no passado? Ele faz acepção de

pessoas? Onde na Escritura diz que essas coisas não são para nós

hoje? Onde diz que Deus mudou de idéia e encerrou sua provisão

para todos os homens que ousarem acreditar?

Não existe um indício sequer na Bíblia de que Deus tenha en-

cerrado as bênçãos dos primeiros crentes. Essa é uma teoria de

homens incrédulos dos dias atuais, que preferem criar doutrinas de

incredulidade, para justificar sua própria fraqueza e falta de poder,

a enfrentar

284


os fatos e empregar algum esforço para atender as condições que lhes permitiriam alcançar essas bênçãos.

Somente rebeldes e

incrédulos negam a verdade

Um homem teria de ser incrédulo e um rebelde determinado contra Deus e sua Palavra para negar que as pessoas podem conseguir o que querem de Deus. Se você quer ficar do lado daqueles que rejeitam Deus e sua Palavra, então, não reclame por não estar recebendo todas as boas coisas que se pode desfrutar na vida. Não reclame por parecer que Deus nunca responde às suas orações. Não reclame se a Palavra de Deus não estiver se cumprindo em você.

Deus não ajudará você enquanto você rejeitar ajuda. Ele não obrigará você a ser abençoado contra a sua vontade. Você é um ser moral livre e Deus respeita a soberania de seu livre arbítrio. Ele espera que você use a inteligência e coopere com ele e não com seus inimigos, se quiser as bênçãos pelas quais Cristo morreu e as quais Ele prometeu abundantemente aos que o amam e obedecem.

Sua responsabilidade pessoal

Pare de andar com incrédulos, ainda que eles façam parte de sua igreja - embora alguns deles sejam seus líderes espirituais e conselheiros. Você não pode permitir-se receber tais conselhos que o privarão das riquezas da vida garantidas pelo evangelho. Comece a procurar à sua volta pessoas de fé.

Se você não conseguir encontrá-las em sua comunidade, então produza algumas, levando essas verdades aos seus vizinhos. Logo, você

285


terá amigos que acreditarão em Deus com você e, juntos, vocês poderão estudar e orar e colher as bênçãos que lhes pertencem. Tudo que você precisa fazer é seguir as instruções que você vê claramente em sua própria Bíblia, à medida que as apresentarmos a você.

Os poderes demoníacos devem ser derrotados

Os poderes satânicos devem ser derrotados se alguém quer as bênçãos ilimitadas do Evangelho que alistamos acima. Essas bênçãos são para todos os homens e se concretização plenamente quando a vitória completa contra Satanás for obtida por meio de Cristo, do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Todas as bênçãos apresentadas acima se realizarão completamente quando a vitória total contra os poderes demoníacos for alcançada.

As armas da batalha

espiritual estão garantidas

Há muitos textos bíblicos que deixam claro quais são as armas espirituais e como usá-las para obter vitória contra o pecado e Sata-nás. As armas de nossa batalha são descritas não como sendo carnais ou naturais, mas espirituais:

Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas, ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.

2Coríntios 10.3-5

286


Essa passagem certamente ensina completa vitória contra todos os poderes das trevas, a ponto de todo pensamento ser subjugado à obediência de Cristo. Se existe tal possibilidade, então

os crentes deveriam aprender a respeito disso e cooperar com Deus até que a vitória plena seja alcançada em Cristo pelo Evangelho.

Não temos de orar: "se for a tua vontade, dá-nos vitória total contra Satanás", visto que está claro que é a vontade de Deus e que

Ele já providenciou todos os meios para a guerra espiritual e a vitória completa na vida sobre todas as coisas que se exaltam contra

Deus e o seu povo.

Em Efésios 6.10-18, o apóstolo Paulo nos dá uma descrição da armadura completa de Deus, que os crentes devem usar a fim de

ficar firme contra as ciladas do Diabo. "Pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de

Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo" (Ef 6.12-13).

O estudo dessas escrituras, bem como o tema batalha

espiritual, são doutrinas estranhas para a maioria dos membros das igrejas. Muitos de nossos líderes cristãos ou são completamente

ignorantes a respeito dessas coisas ou, ainda pior, são hostis a esses ensinos claros da Escritura. Eles ensinam um evangelho social, raso

e mundano que não faz nenhum demônio sequer piscar um olho.

Muitos deles zombam dessas coisas, considerando como relíquias do passado as idéias da realidade de Satanás, forças demoníacas e batalha espiritual. Os crentes estão sendo ensinados que não existe essa coisa de vida vitoriosa em Cristo, nem vitória sobre pecados e maus

287


hábitos; e que não há nada de errado nos prazeres do mundo; e que

não há necessidade de ser tão rígido ao viver a vida cristã.

Toda a armadura de Deus ainda é necessária e a guerra contra os demônios é tão real quanto nunca. A armadura de Deus em Efésios 6.10-18 é assim descrita:

Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da ver-

dade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o

escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a

espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em

mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.

Efésios 6.14-18

Essa armadura de Deus é composta de sete partes: três para capacitação de poder - o cinto, a couraça e os calçados; duas para

armas de defesa - o escudo da fé e o capacete da salvação; e duas para ataque — a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus e a

oração no Espírito.

Qualificações espirituais necessárias

O uso dessa armadura pressupõe a realidade do novo nascimento, o conhecimento pessoal da filiação com Deus e o

batismo no Espírito Santo ou a capacitação do poder do Alto.

288


Com tal equipamento para a batalha espiritual, é impossível ser derrotado pelo Diabo. É impossível viver em desespero e fraqueza na vida espiritual. E importante observar que toda a armadura está centrada no Espírito Santo, na Palavra de Deus, na experiência pessoal do novo nascimento, numa vida santa, no andar na luz da verdade, na confiança em Deus para livramento e proteção, e na guerra ostensiva em oração contra as forças das trevas.

É preciso aprender a usar a Palavra de Deus contra o Diabo, assim como Jesus o fez ao conquistar total domínio sobre ele (Mt 4.1-11). É preciso aprender a recusar todas as tentações, a habitar em Cristo e a ter a Palavra de Deus habitando em si, ter autocontrole, viver uma vida santa — consagrada à plena vontade de Deus.

É preciso ser um vencedor, enfrentar o mundo e os poderes demoníacos com toda ousadia no Espírito, viver e andar no Espírito e orar com fé inabalável e confiança em Deus. Qualquer um que estiver disposto a fazer isso, se tornará completo senhor de si mesmo, bem como dominará todos os poderes demoníacos que constantemente guerreiam contra os filhos de Deus.

É preciso ser batizado no Espírito Santo, assim como Cristo e os primeiros discípulos foram. O batismo no Espírito é a capacitação com poder para o serviço (Lc 24.49; At 1.8), a unção completa do Espírito na vida do crente (Is 11.1-2; 42.1-5; 61.1-3; Mt 3.11,16-17; Lc 4.16-21; Jo 3.34; At 10.38), e a imersão do filho de Deus em toda a plenitude de Deus (Jo 7.37-39; 14.12,16-17,26; 16.13-15; At 1.4-8; 2.1-47; 3.6; 8.12-20; 9.17; 10.44-48; 19.1-7; Rm 15.18-19,29; Ef3.19; 5.18).

O caminho para receber esse batismo é "pedir" ao Pai Celeste (Lc 11.1 3), crer na unção plena do Espírito e na cap.u ilação com pó-

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der e render-se ao Espírito, até que as obras de Deus se manifestem em sua vida Qo 7.37-39; Lc 24.49; At 2.38-39; 5.32; Rm 12.1-2; Ef 3.14-20). A lista de bênçãos que destacamos anteriormente são as evidências da plenitude de Deus. Não se satisfaça até que cada uma dessas evidências sejam realidades pessoais. Não aceite apenas uma dessas bênçãos como a plenitude de Deus. Até que todas elas sejam experiências reais, nenhuma pessoa está cheia de toda a plenitude de Deus.

A plenitude de Deus naturalmente inclui qualquer medida do Espírito que alguém já tenha recebido. Literalmente significa ter poder para realizar as obras de Cristo e ainda obras maiores do que as que Ele fez (Jo 14.12). Significa experimentar todos os dons e o fruto do Espírito, como Cristo e os apóstolos. Significa exatamente, conforme afirmamos anteriormente, que alguém que vive em toda a plenitude de Deus é capaz de fazer qualquer e todas as coisas que alistamos da Escritura e que eram experiências normais da igreja primitiva.

Um alerta a todos

Ter poder para exercer autoridade ilimitada na plenitude de Deus significa que você não rejeita nenhum trecho da Bíblia nem se envergonha de nenhuma experiência que Deus deu aos primeiros crentes. Não importa se é algo que os homens condenam ou de que zombam; não importa o quanto seja impopular; e não importa se é ou não aceito por todas as igrejas. O fato é que as experiências cita-das anteriormente estão registradas para que toda pessoa honesta possa ver por si só que os primeiros discípulos tiveram essas bênçãos. Ninguém tem de ser enganado (ou ser tentado a pensar que possa receber um espírito ou manifestação falsa) se seguir as instruções apresentadas no capítulo 3.

290


O fato é que toda pessoa, se for minimamente honesta, pode ler as passagens acima por si só, se tiver dúvidas sobre o que dizemos. Terá de reconhecer que essas bênçãos estavam presentes na vida dos primeiros cristãos. Deverá então concluir que elas são para os crentes de hoje, assim como o foram para os primeiros cristãos, ou as Escrituras não são verdadeiras. Deverá ainda concluir que, se quiser essas mesmas bênçãos, deverá aceitá-las e recebê-las exatamente como os primeiros cristãos o fizeram.

Se não as quiser, então que se satisfaça com uma vida sem poder quando tiver de enfrentar o Diabo e as forças espirituais da maldade; quando for curar os doentes e quando precisar fazer as obras de Cristo, para as quais todo crente tem poder (Jo 14.12).

Promessa de poder ilimitado em Deus

Não importa o que se pede a Deus - a salvação do pecado, a cura para o corpo, dons espirituais ou qualquer necessidade da vida -há certos princípios dados na Escritura que devem ser seguidos antes de alguém receber o que quer. Temos pesquisado os evangelhos procurando o que Deus requer dos homens a fim de receber o poder de Deus na oração e para ter autoridade definitiva sobre os demônios.

Certifique-se de que entendeu as exigências de Deus e o que é prometido quando as condições são atendidas. As promessas de Deus nessas passagens estão impressas em itálico e as condições, na fonte pa drão. Observe a exigência e depois a promessa, em cada passagem. As exigências de Deus e suas promessas ilimitadas de poder estão registradas em muitos textos das Escrituras.

1. "Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão', batam, e a porta lhes será aberta" (Mt 7.7 I l).

291


2. "Vocês crêem que eu sou capaz de fazer isso? [...] Que lhes seja

feito segundo a fé que vocês têm" (Mt 9.28-29).

3. "Se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda [...]

nada lhes será impossível (Mt 17.20-21 ).

4. "Se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto

sobre o qual pedirem, isso lhes será feito" (Mt 18.19).

5. "Se vocês tiverem fé e não duvidarem [...] assim será feito. E tudo

o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão" (Mt 21.21-22).

6. "Se podes?", disse Jesus. " Tudo é possível àquele que crê" (Mc 9.23).

7. "Tenham fé em Deus [...] e não duvidar em seu coração, mas crer

que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. [...] Tudo o que vocês

pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá.

E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra

alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os

seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que

está nos céus não perdoará os seus pecados" (Mc 11.22-26).

8. "Estes sinais acompanharão os que crerem; em meu nome expulsarão

demônios; falarão novas línguas; pegarão (do grego airo: "remover", "ti-

rar do caminho", "destruir", "afastar", como em Jo 1.29; 15.2; 19.15;

ICo 5.2; ljo 3.5; Mt 22.13; At 21.36; 22.22) em serpentes; e, se beberem

algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre

os doentes, e estes ficarão curados" (Mc 16.15-20).

9. "Por causa da importunação se levantará e lhe dará tudo o que preci-

sar [...] quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem

o pedir" (Lc 11.5-13).

292


10. "Eles deviam orar sempre e nunca desanimar [...] esta viúva está

me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais

me importunar [...] Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos,

que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu

lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa' (Lc 18.1-8).

11. "Todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna [...]

quem crê no Filho tem a vida eterna (Jo 3.16,36).

12. "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim,

como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Ele

estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele

cressem (Jo 7.37-39; Mt 5.6).

13. "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra,

verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a

verdade os libertará. [...] Portanto, se o Filho os libertar, (Jo 8.31 -36).

14. "Aquele que me serve, meu Pai o honrará' (Jo 12.25-26).

15. "Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado.

Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o

Pai. E farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja

glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei'

(Jo 14.12-1 5).

16. "Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras

permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido

[...] Sc vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no

meu amor [...] Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem

e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que

pedirem em meu nome" (Jo I 5.7,10,16).

293


17. "Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu

Pai, da qual lhes falei [...] receberão poder quando o Espírito Santo

descer sobre vocês" (Lc 24.49; Jo 14.16-17,26; 15.26; 16.13-15; At 1.4-8).

18. "Meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu nome [...]

Peçam, e receberão, para que a alegria de vocês seja completa" (Jo

16.23-26).

19. "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado [...] e

receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês, para os

seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o

nosso Deus, chamar" (At 2.38-39). "Nós somos testemunhas destas

coisas, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe

obedecem" (At 5.32).

20. "Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês

sejam ignorantes. [...] Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é

o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o

mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus

quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação

do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a

palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de

conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de

curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a

outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro,

variedade de línguas; e, ainda a outro, interpretação de línguas.

Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único

Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer [...]

Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons [...] Sigam o

caminho do amor e busquem com dedicação 294


os dons espirituais" (1 Co 12.1-11,31; 14.1; Rm 12.3-8; 15.18-19,29;

Ef3.19).

21. "Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se

aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o

buscam" (Hb 11.6).

22. "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a

todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém,

com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda

do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal pessoa que receberá

coisa alguma do Senhor" (Tg 1.5-8).

23. "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes.

Por tanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de

vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês

Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida,

purifiquem o coração [... | humilhem-se diante do Senhor, e ele os

exaltará(Tg 4.6-10).

24. "Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e

em verdade [...] quando o nosso coração nos condenar. Porque

Deus é maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas.

Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confiança

diante de Deus e recebemos dele tudo o que pedimos, porque

obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada"

(ljo 3.18-24).

25. "Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se

pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos

ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos

que temos o que dele pedimos" (ljo 5.14-15).

295


O segredo para ter o poder de Deus

O segredo para ter o poder de Deus é crer em sua Palavra e

obedecê-la ao pé da letra. Isso significa que é preciso nascer de

novo e ser cheio de toda a plenitude de Deus e trabalhar para Deus

debaixo da autoridade dos princípios declarados nas Escrituras

acima. O segredo para ter o poder de Deus é o próprio Deus na

vida do crente, agindo nele e por meio dele para querer e realizar o

que lhe agrada (2Co 4.7; 10.4-5; Ef 3.19-20; 6.10-18; Fp 2.13-16; 2Tm

2.15-21).

E preciso ser capacitado com poder do Alto fazendo o que as

passagens acima ensinam. O crente deve receber os dons do

Espírito Santo e por meio do Espírito dominar a si mesmo e a todos

os poderes demoníacos. Deve aprender a orar e a exercer fé

resoluta em Deus e sua Palavra. Deve aprender a resistir ao Diabo e

derrotá-lo por meio do Espírito de Deus e da Palavra de Deus (Ef

6.10-18; 2Co 10.4-6).

Domínio completo sobre o Diabo é possível

É preciso não somente crer que o domínio completo sobre o

Diabo é possível e que essa é a vontade de Deus, mas é preciso

também agir em harmonia com Deus e sua Palavra para tornar isso

real em sua vida. As promessas acima mostram as condições que

precisam ser cumpridas. Elas também afirmam as promessas

divinas que garantem poder e que permitem obter vitória completa

sobre o Diabo e todo o mal. Não há pergunta sobre fé, oração e

poder que não possa ser respondida pelos textos bíblicos acima.

Deus não pode mentir. O Diabo é o mentiroso que diz que você não

pode se tornar senhor dele. Ele já é um inimigo derrotado.

296


Você já é o vencedor sobre ele em Cristo, se você assumir sua

posição legítima no Evangelho contra ele. Você não precisa ter

medo do Diabo em nada. Ele não pode resistir ao poder do nome

de Jesus e da fé no sangue de Jesus. Ele sabe que Jesus é Senhor e

que você também é senhor dele pela fé no nome e no sangue de

Jesus Cristo. Repreenda o Diabo e os demônios pelo nome de Jesus,

Senhor de todos e invocando os méritos do poder daquele nome,

pela fé no sacrifício da expiação.

Os demônios não podem resistir a você. As doenças terão de sair. As dores terão de ir embora. Os pecados e as forças demoníacas por trás de maus hábitos terão de partir. Os demônios que atrapalham e trazem incredulidade e dúvida perderão a posse

de você, se você resistir a eles e recusar-se a obedecer-lhes. Todo fracasso e derrota espiritual será coisa do passado. Problemas

financeiros podem ser resolvidos com uma posição firme contra essas potestades. Deus garantirá suas promessas e concederá tudo

que for pedido com fé, no nome de Jesus.

Como lidar com demônios

Se a dúvida, a incredulidade, a dor, a doença, a pobreza, ora-

ções não respondidas, falta de poder espiritual, ou qualquer outra

coisa contrária à Palavra de Deus, continuar presente em sua vida e

você começar a se questionar o que está errado, simplesmente

repreenda os demônios em nome de Jesus e reivindique o

cumprimento das promessas de Deus em tudo que você quer. Por exemplo, está prometido que se você não duvidar, receberá tudo que pedir. Portanto, resista à dúvida e diga: "Você, demônio da

297


dúvida e da incredulidade, eu o repreendo em nome de Jesus

Cristo, a quem você teme e contra quem você não pode resistir.

Saia. Recuso-me a tolerar você por mais tempo. Tenho a vitória

sobre você pela fé no sangue de Cristo e no nome de Jesus Cristo".

Em outras palavras, converse com o Diabo como você faria com

qualquer outro inimigo. Resista a ele como você resistiria a

qualquer outra pessoa que estivesse tentando lhe roubar - o Diabo

deseja roubá-lo das bênçãos pelas quais Cristo morreu.

O que você tem a temer do Diabo, dos demônios ou dos homens

caídos? Recuse-se a tolerar a dúvida e a incredulidade. Creia que o

que você pediu já foi atendido. Considere seu pedido realizado e

aja como se a oração já tivesse sido respondida. Agradeça a Deus

pela resposta. Recuse-se a aceitar "não" como resposta. Recuse-se

até mesmo a pensar na possibilidade de não ter sido ouvido por

Deus. Não dê lugar ao Diabo (Ef 4.27).

Se você estiver sentindo dor, repreenda-a e ao demônio,

chamando-o pelo nome, e ordene que o demônio da dor saia. Se

você estiver com uma doença, repreenda o demônio da doença e

expulse-o no nome de Jesus. Se estiver sendo atacado por outra

tentação, repreenda o demônio da tentação e se recuse a render-se

ao pecado ou a qualquer vício. Chame o demônio do pecado pelo

nome e trate-o como um ser pessoal.

Se for o vício do cigarro, repreenda o demônio da nicotina e

reivindique poder sobre ele pela fé no sangue de Cristo para

purificar sua vida tirando todo desejo pelo cigarro. Reivindique

que o demônio da nicotina saia da sua vida e não incomode mais

você. Se for um problema financeiro, repreenda os demônios da

pobreza e reivindique a resposta para sua oração.

298


Qualquer que for a dificuldade, trate com ela como algo específico proveniente do Diabo. Você tem o nome de Jesus e a fé em Deus, em sua Palavra e no sangue de Cristo. Você tem o bendito

Espírito Santo para auxiliá-lo; isto é, se você for filho de Deus e batizado no Espírito. Você até tem o Espírito Santo em medida

quando nasce de novo (Rm 8.9-16). Se você for de fato filho de Deus, você o conhece. Sabe como orar. Tem irmãos crentes para

orar com você e por você. Tem todos os recursos da graça e poder para vencer Satanás e toda obra maligna em sua vida, então, use-os

em seu próprio benefício.

Use as próprias afirmações de Deus

Pegue as muitas passagens das vinte e cinco referências

anteriores e declare tudo o que Deus afirmou. Você não deve ouvir

ao que os homens dizem, ao que o Diabo diz ou ao que qualquer

outra pessoa diz. Você tem as declarações de Deus e isso é

suficiente. A despeito do quanto impossível lhe pareça conseguir o

que você quer, ainda pode declarar o que Deus diz e isso

aumentará sua fé e fará o que parece impossível se cumprir (Rm

10.17).

Você pode declarar com toda a certeza que o Diabo é um

mentiroso e que Deus é fiel à sua Palavra. Você pode citar e declarar o que Deus diz e recusar-se a repetir o que o Diabo ou as

pessoas dizem. Você pode preservar a fé, apesar da dúvida e da incredulidade. Você pode reivindicar a vitória diante das pessoas e

dos demônios e dizer: "Isso se cumprirá". Como você sabe que se cumprirá? Porque Deus assim o disse. A fé vem pelo ouvir e o

ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10.17).

299


Você tem a Palavra de Deus, então creia nela. Você pode usar

uma ou todas as palavras que Deus diz em suas promessas. Se você

preencheu os requisitos das promessas, pode reivindicar o cumprimento delas diante da aparente derrota. Esse é seu dever. E

sua obrigação para com Deus e Ele vê o seu interior. Se houver qualquer dúvida, por mínima que for, de que pode não dar certo, você ainda pode declarar o que Deus diz e continuar lutando.

Deus diz que você não terá o que quer se você hesitar, por

isso você não tem nada a perder se fizer o que Deus diz, mesmo que você não receba tendo fé em suas promessas. Entretanto, não

há derrota quando se tem fé, então descarte até mesmo a idéia de derrota. Afirme constantemente as declarações concisas e diretas

abaixo que se encontram nas promessas já citadas acima.

Deus diz: "e lhes será dado... e encontrarão... e a porta lhes

será aberta... quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará

coisas boas aos que lhe pedirem" (Mt 7.7-11), "Nada lhes será

impossível" (Mt 17.20), "isso lhes será feito" e "assim será feito... e

tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão" (Mt

18.19; 21.21-22), "Tudo é possível àquele que crê" (Mc 9.23), "assim

lhe será feito" e "assim lhe sucederá" (Mc 11.22-24), "Estes sinais

acompanharão os que crerem" (Mc 16.15-20), "E conhecerão a

verdade, e a verdade os libertará" (Jo 8.31-36), "meu Pai o honrará"

(Jo 12.25-26), "fará também as obras que tenho realizado... eu farei...

eu farei" (Jo 14.12-15), "pedirão o que quiserem, e lhes será

concedido... a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu

nome" (Jo 15.7,16), "meu Pai lhes dará tudo o que pedirem em meu

nome... peçam e receberão" (Jo 16.23-26), "ele recompensa aqueles

que o buscam" (Hb 1 1.6), "que a todos dá livremente, de boa

vontade; e lhe será concedida" (Tg 1.4-

300


8), "ele [o Diabo] fugirá de vocês!... ele [Deus] se aproximará de

vocês! Ele os exaltará" (Tg 4.6-10), "recebemos dele tudo o que

pedimos... ele nos ouvirá... sabemos que temos o que dele pedimos"

(ljo 3.18-24; 5.14-15).

Certifique-se de que os requisitos são preenchidos

Se alguém quer experimentar plenamente os benefícios das promessas de Deus, deve preencher todos os requisitos

relacionados a elas. As citações alistadas na seção anterior enfatizam a "promessa" de certos textos bíblicos e as citações abaixo

(das mesmas passagens) enfatizam as condições que devem ser atendidas a fim de reivindicar as bênçãos prometidas a todos os

filhos de Deus.

1. Pedir, buscar e bater são as condições de Mateus 7.7-11, se alguém

quer receber, encontrar e ter a porta aberta.

2. Crer, ter fé e não duvidar são as condições de Mateus 9.28-29; 17.20-21; 21.21-22; Mc 9.23; 16.15-20; etc.

3. Dois devem concordar que Deus irá responder a oração é a

condição de Mateus 18.19.

4. Ter fé em Deus, perdoar as pessoas, não duvidar em seu coração, crer

que acontecerá o que Deus diz, crer que já receberam as coisas que pediram

em oração são as condições de Marcos 1 1.22-26.

5. Por cansa da importunação, orar sempre e nunca, desanimar e clamar, a ele [Deus] dia e noite são as condições de Lucas 11.5 13; 18.1 8.

301


6. Ter sede, vir a mim e beber, e crer em mim como diz a Escritura são as condições de João 7.37-39; 14.12-15. Crer"como diz a Escritura" significa que não há a menor dúvida ou hesitação quanto

à resposta (Hc 2.4; Is 53.1; Tg 1.5-8).

7. Se vocês permanecerem firmes na minha palavra e aquele que

me serve são as condições de Jo 8.31-36; 12.25-26.

8. Pedirem em meu nome, se vocês permanecerem em mim e obedecerem aos meus mandamentos são os requisitos alistados em João 14.12-15; 15.7,10,16; 16.23-26.

9. Fiquem na cidade de Jerusalém ou esperem pela promessa do Pai até serem revestidos do poder do alto é o requisito de Lucas 24.49; João 14.16-17,26; 15.26; 16.13-15; At 1.4-8. Isso simplesmente significa que, desde a descida do Espírito Santo, pedimos a Deus e

nos submetemos ao Espírito para a plenitude de Deus até que se manifeste de fato em nossas vidas, assim como aconteceu na vida

dos primeiros discípulos (Mt 28.19-20; Mc 16.15-20; At 2.38-39; 5.32; Lc 11.13; Ef 1.18-19; 3.16-20; 5.18).

10. Arrepender-se, ser batizado e obedecer são as condições de Atos

2.38-39; 5.32, para receber o batismo do Espírito Santo.

11. Não ser ignorantes quanto aos dons espirituais e desejá-los e buscá-los são as condições que devem ser atendidas a fim de

recebê-los, de acordo com as cartas do apóstolo Paulo às igrejas em Corinto e em Roma (ICo 12.1-31; 14.1-40; Rm 12.3-8).

12. Crer que Deus existe e que recompensa aqueles que o buscam é

o requisito para quem deseja verdadeiramente receber respostas às orações (Hb 11.6).

302


13. Pedir com fé, sem duvidar é a condição para ter toda oração

respondida, de acordo com Tiago 1.5-8.

14. Ser humilde, submeter-se a Deus e resistir ao Diabo são as

condições para que a oração seja respondida (Tg 4.6-10).

15. Amar em ação e em verdade e se o nosso coração não nos

condenar são as exigências de ljoão 3.18-24.

16. Pedir de acordo com a vontade de Deus é o requisito final de

João, se esperamos resposta a todas as orações (ljo 5.14-15). Isso

significa que oramos pedindo aquilo que Deus já prometeu e que

está em sintonia com sua Palavra.

É preciso memorizar tanto as condições quanto as bênçãos

contidas nas promessas e declará-las o tempo todo quando se

buscar uma resposta de oração. É preciso recusar-se com

inteligência a ser privado da bênção, até receber a resposta, e então,

ser grato a Deus por ela. Pelo exercício dos dons do Espírito, pela

unção do Espírito e pelo po der de Deus na oração é possível ter

autoridade plena sobre todos os poderes demoníacos e satânicos.

A derrota não é possível aos crentes

Se Deus disse essas coisas, elas são verdade e têm em Cristo, o

"sim" e o "Amém" (2Co 1.20). Se são verdadeiras, não podem ser

mentira. Se não são mentira, então é impossível que um filho de

Deus ore com fé e não receba.

303


Essas afirmações devem ser usadas contra o Diabo e as pessoas que procuram nos desencorajar na oração. Deus diz que se usarmos a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, poderemos apagar todos os dardos inflamados do maligno (Ef 6.10-18). Ninguém tem o direito de afirmar que Deus não é fiel e que Ele não manterá sua Palavra, por isso, a completa vitória contra o Diabo e seus agentes é certa e evidente para todo crente que obedece a Deus e à sua Palavra.

304

manual bíblico dake

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