biblia dake - 16 ester

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  • A n o ta e s * Esboos * R e fe rn c ia s

    Digitalizado por: Pregador JovemA L M E I D A REVISTA E C O R R I G I D A

  • O LIVRO DE

    A rainha jud ia da Prsia Plano para exterm inar os judeus - A grande libertao A festa de Purim

    SUMRIOD ata e local: Os registros dos eventos de Ester foram, sem dvida, obtidos das crnicas dos reis da

    Mdia e Prsia (2.21-23; 6.1-3; 10.21); e a compilao dos fatos em forma de livro foi talvez feita em Sus, o palcio, a antiga capital da Prsia (Ne 1.1; Et 1.1,2), cerca de 516-506 a.C.

    Autor: Esdras, o escriba.Prova de autoria: A tradio judaica atribui o livro a Esdras. Agostinho tambm o atribui a ele. O

    Talmude o atribui Grande Sinagoga, que, com Esdras (como seu fundador e presidente), completou o Cnon judaico das Escrituras. No h outro autor semelhante que, tendo vivido aps esses eventos, poderia ter escrito o livro, de maneira que Esdras parece ser o mais provvel.

    Tema: O grande livramento da exterminao dos judeus durante o tempo do cativeiro na Babilnia.Objetivo: Mostrar por quem e como o grande livramento dos judeus em todas as terras foi obtido;

    registrar a instituio da festa do Purim; e revelar o cenrio histrico que cerca o libertador dos judeus do cativeiro: Ciro, o filho de Ester e Dario, o medo.

    Estatsticas: 17 livro da Bblia; 10 captulos; 167 versculos; 11 ordens; 21 perguntas; 1 profecia (6.13); nenhuma promessa; e nenhuma mensagem especfica de Deus.

    I. A histria de Vasti1. A m ais lo n ga d em on stra o d e riqu eza s j reg is tra d a :

    180 dias

    1E SUCEDEU, nos dias de Assuero (este 'aquele Assuero que reinou, desde a ndia at Etipia, sob r e 'cento e vinte e sete provncias);2 naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que est na fortaleza de ^Sus,3 no terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus prncipes e seus servos (o poder da ^ Prsia e Mdia

    e os maiores senhores das provncias e s ta va m perante ele),4 para mostrar as riquezas da glria do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a sab er ; cento e oitenta dias.

    2. A g ra n d e f e s ta p a ra 0 p o v o5 E, acabados aqueles dias, fez o rei um convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Sus, desde o maior at ao menor, por sete dias, no ptio do jardim do palcio real.

    1.1 a Veja A ssu ero, p. 811.1.1b Este, implicando que outros tambm eram chamados Assuero, dos quais ele se distinguia pelo fato de governar 127 provncias e ter se tornado famoso.1.1c Veja 120 p rncipes, p. 811 .1.2a Naoueles dias - os dias em que esses eventos se sucederam e quando ele habitava em Sus. Em outros tempos, habitou em Ecba- tana ou qualquer outro lugar. O v. 1 menciona 0 governante, 0 v. 2 ,0 lugar, e 0 v. 3 , a poca. 1.2b Su s-en co n trad a 21 vezes (1.2-9.18; Ne 1.1; Dn 8.2). Chamada Susa, estava localizada prxima ao rio Shapur, a leste do golfo Persa. 1.3a 0 terceiro ano do reinado de Astiages deve ter ocorrido 32 anos antes do decreto de Ciro para restaurar Jerusalm e 0 templo (Ed 1.1-4 ). Se Mardoqueu foi para 0 cativeiro quando jovem, e se Ester nascera no cativeiro e era agora uma virgem com idade suficiente para tornar-se esposa do rei, ento Mardoqueu

    deveria ter por volta de 48 a 58 anos de idade quando Ester se casou com Astiages (Dario I, 0 medo). Neste caso, ele era 0 Mardoqueu de Esdras 2, que voltou para Jud do cativeiro, e tinha 80 a 92 anos de idade quando os exilados retornaram sob liderana de Esdras.1 ,3b A Prsia sempre colocada antes da Mi dia no livro de Ester, exceto em 10.2. Em Daniel, isto revertido. Astiages chamado Dario, 0 medo, em Daniel; Ciro, seu filho, chamado Ciro, 0 persa, na histria, por ter sido educado na Prsia e pelo fato de 0 poder da Prsia ser mais forte no duplo reino naquela poca.1 .4a Essa foi a razo para a grande festa - mostrar as riquezas do seu reino e a grande glria e honra de Astiages. A festa durou 180 dias. Foi a mais longa j registrada (v. 4). Isso, talvez, para permitir que todas as pessoas convidadas chegassem em seus turnos. Evidentemente, no significa que todas elas festejaram os 180 dias. No final deste perodo, uma festa grande e espe

    cial, durando sete dias, foi realizada para todas as pessoas (v. 5).1.5a O ptio de uma casa oriental era um espao aberto ao redor do qual casa era edificada. O lado externo da construo dificilmente mostrava alguma coisa alm de muros brancos, sendo a parte interna completamente oculta ao olhar pblico. Casas comuns tinham apenas um ptio, mas as de classes superiores tinham dois ou trs, e algumas das casas melhores tinham at sete ptios. Os palcios dos reis tinham vrios ptios. Algumas vezes, eram construdos ao lado de belssimos jardins contendo vrias frutas e flores. rvores freqentemente eram plantadas ali - a palmeira, 0 cipreste, a oliveira e a rom- zeira. Geralmente, havia uma alameda coberta com cerca de 3 m de largura, projetando-se da casa; e se a casa estivesse sobr 0 andar superior, 0 teto da alameda formava uma passarela que era protegida por um corrimo. Os quartos da casa se abriam para o ptio.

  • ESTER 1 802

    6 As tap ea ria s e ram de "pano branco, verde e azul celeste, ^pendentes de cordes de linho fino e prpura, e argolas de prata, e colunas de mrmore; os cleitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de prfiro, e de mrmore, e de alabastro, e de pedras preciosas.7E dava-se de beber em "vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito Vinho real, segundo o estado do rei.8 E o beber era, "por lei, feito sem que ningum forasse a ou tro ; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um.

    3. O b a n q u e te d e V astipara as m u lh er es9 Tambm a rainha Vasti fez um "banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero.4. O r e i o rd ena qu e Vasti m ostre sua b e lez a aos seu s sditos10 E, ao "stimo dia, estando j o corao do rei alegre do vinho, mandou a Meum, Bizta, Harbona, Bigt, Abag- ta, Zetar e a Carcas, os sete ^eunucos que serviam na presena do rei Assuero,11 que introduzissem na presena do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos prncipes a sua formosura, porque era formosa vista.

    5. Vasti r e cu sa -s e a o b e d e c e r ao r e i e m o stra r sua b e lez a12 Porm a rainha Vasti "recusou vir co n fo rm e a palavra do rei, pela mo dos eunucos; pelo que o rei muito se ^enfureceu, e ardeu nele a sua ira.6. O r e i em sua ira a co n s e lh a -s e s o b r e co m o p u n ir Vasti

    13 "Ento, perguntou o rei aos sbios que entendiam dos

    tempos (porque assim se tratavam os negcios do rei na presena de todos os que sabiam a lei e o direito;14 e os mais chegados a ele eram : Carsena, Setar, Admata, Trsis, Meres, Marsena, Memuc, os sete prncipes dos persas e dos medos, que viam a face do rei e se assentavam os primeiros no reino)15 "o que, segundo a lei, se devia fazer da rainha Vasti, por no haver cumprido o mandado do rei Assuero, pela mo dos eunucos.

    7. C on selh o d o p r n c ip e M em u c p a ra m a n te r as esposa s em subm isso

    16 Ento, disse Memuc na presena do rei e dos prncipes: No "somente pecou contra o rei a rainha Vasti, mas tambm contra todos os prncipes e contra todos os povos que h em todas as provncias do rei Assuero.17 Porque a n o tc ia d e s t e feito da rainha sair a todas as mulheres, de modo que desprezaro a seus maridos aos seus olhos, quando se disser: Mandou o rei Assuero que introduzissem sua presena a rainha Vasti, porm ela no veio.18 E, neste m esm o dia, as princesas da Prsia e da Mdia diro o m esm o a todos os prncipes do rei, ouvindo o feito da rainha; e, assim, h a v er assaz desprezo e indignao.19 Se bem parecer ao rei, "saia da sua parte um edito real, e escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e no se revogue que Vasti no entre m ais na presena do rei Assuero, e o rei d o reino dela sua companheira que seja melhor do que ela.20 E, ouvindo-se o mandado que o rei decretar em todoo seu reino (porque grande), "todas as mulheres daro honra a seus maridos, desde a maior at menor.

    1.6a A descrio da decorao, mobiia e servio da festa se assemelha a uma narrativa de contos de fadas:1 As tapearias eram de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordes de linho fino e prpura, argolas de prata, e colunas de mrmore (v. 6).2 A moblia era composta de leitos de ouro e de prata, sobre um pavimento de mrmore vermelho, azul, branco e preto (v. 6).3 A bebida era servida em copos de ouro (v. 7). 1.6b No vero, algumas vezes, um toldo era estendido atravs do ptio de uma galeria a outra. A referncia aqui, contudo, parece significar magnficas cortinas suspensas entre os pilares de mrmore do ptio (v. 6).1.6c Era costume estender esteiras ou tapetes no piso do ptio para acomodar os convidados, mas Assuero colocou carssim os divs de ouro e prata nos quais os convidados se reclinavam enquanto festejavam. Cadeiras e divs adornados com ps de prata e outros metais eram vistos como grandes objetos de luxo na Prsia.1.7a Os copos e taas eram de vrios tamanhos e formas, porm todos de ouro (v. 7).1.7b Muitos tipos de vinho eram feitos e usados pelos reis dos tempos antigos. Aquele feito especialmente para os reis era chamado vinho real (v. 7).1.8a Os convivas de todas as naes tinham seus prprios hbitos com relao bebida, os quais eram considerados iei. Entre os egpcios,o vinho era oferecido antes e tambm durante suas refeies. Entre os gregos, cada convidado era obrigado a beber a rodada com todos os demais ou deveria deixar a reunio. "Beba ou

    retire-se" era o provrbio. Nas festas romanas, um mestre era escolhido para lanar os dados. Ele prescrevia as regras a ser observadas por todas as pessoas da reunio. Entre os judeus,o mestre-de-cerimnias era chamado mestre- saia da festa (Jo 2:8). Na ocasio do v. 8 deste livro, Assuero no constrangeu os convidados a beber; o assunto foi deixado escolha de cada um.1,9a No Oriente, as mulheres de muitos pases no tinham suas festas no mesmo loca! dos homens. Tal separao de sexos era um costume antigo observado na poca.1.10a 0 stimo dia dos sete especiais de festa para todas as pessoas encerrava os 180 dias de festejos. Nessa ocasio, o rei estava alegre por causa do vinho e queria mostrar a beleza de sua rainha a todos os seus sditos, pelo que ordenou que os sete camareiros que serviam em sua presena a trouxessem diante dos prncipes e dos demais (w. 10,11).1.10b A palavra hebraica sarisim tambm traduzido por mordomos, camareiros e eunucos. Eram homens castrados que tinham sob seu encargo os harns dos reis orientais, e tambm eram empregados por estes em vrios ofcios da corte. Freqentemente, tornavam-se conselheiros confidenciais dos m onarcas e, geralmente, eram homens de grande influncia, algumas vezes ocupando altos postos militares. Esse era, de modo especial, o caso da Prsia, onde eles adquiriram grande poder poltico e ocupavam posies de grande destaque.1.12a Esta era uma exigncia incomum para o rei fazer a sua rainha: expor-se diante de uma companhia de convivas bbados. Isso no era

    somente imprprio para a discrio do sexo feminino, mas para sua posio como rainha. Alm do mais, servos domsticos, em vez de nobres, foram enviados para traz-la, e ela deveria mostrar-se diante de pessoas comuns (v. 12). De acordo com os costumes persas, a rainha, mais do que as esposas de outros homens, deveria ocultar-se do olhar pblico. O prprio rei no deveria admitir tal exposio se estivesse sbrio. Ele teria percebido que sua prpria honra, assim como a da rainha, estava sendo insultada.1.12b Rainhas e concubinas eram sujeitas completa vontade de seus monarcas, assim como os escravos. O fato de ela ter desobedecido ao rei diante de seus sditos significava humilh-lo; por isso ee ficou bastante irado (v. 12).1.13a Ento - quando a rainha se recusou a obedecer ao rei, ele consultou seus sbios com relao ao que lhe deveria ser feito de acordo com a lei (w. 13-15).1.15a Pergunta 1. Prxima, 3.3.1.16a Os sbios concluram que a rainha tinha falhado com o rei, com todos os prncipes e todas as outras pessoas do reino; eies acreditavam que quando suas atitudes se tornassem conhecidas, as demais mulheres desprezariam seus maridos; predisseram muito desprezo e indignao por todo o imprio, se ela no fosse punida (w. 16-18).1.19a Para evitar toda a confuso e problemas que sua rebelio poderia criar com as outras mulheres, foi decidido que o rei deveria expulsar Vasti de sua presena e escolher outra rainha. isso cessaria com a rebelio que poderia ocorrerem outros lares (w. 19,20).1.20a veja 0 Nome de D eus em Ester, p. 811.

  • 803 ESTER 2

    8. O r e i d e c r e ta o s en h o r io d o s m a rid o s em to d o s os la res21 aE pareceram bem essas palavras aos olhos do rei e dos prncipes; e fez o rei conforme a palavra de Memuc.22 Ento, enviou cartas a todas as provncias do rei, a cada provncia segundo a sua escritura e a cada povo segundo a sua lngua: Que cada homem fosse senhor em sua casa; e q u e isso se publicasse em todos os povos conforme a lngua de cada um.

    II. Ester coroada rainha1, Um con cu rso d e b e lez a

    2'PASSADAS essas coisas, e apaziguado j o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha decretado a seu respeito.2*Ento, disseram os jovens do rei que lhe serviam: ^Busquem-se para o rei moas virgens, formosas vista.i E ponha o rei comissrios em todas as provncias do seu reino, que renam todas as moas virgens, formosas vista, na fortaleza de Sus, na casa das mulheres, debaixo da mo de Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres, e dem-se-lhes os seus enfeites.4 E a moa que parecer bem aos olhos do rei reine em lugar de Vasti. E isso pareceu bem aos olhos do rei, rte assim fez.

    2. M ardoqu eu in clu i E ster n o co n cu rso d e b e lez a5 *Havia, ento, um homem ^judeu na fortaleza de Sus, cujo nome era cMardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita,6 que fora transportado de Jerusalm com os cativos que foram levados com dJeconias, rei de Jud, ao qual transportara Nabucodonosor, rei de Babilnia.7 Este criara a aHadassa (que Ester, filha do seu tio), porque no tinha pai nem me; e era moa bela de apa

    rncia e formosa vista; e, morrendo seu pai e sua me, Mardoqueu a tomara por sua filha.8 Sucedeu, pois, que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e ajuntando-se muitas moas na fortaleza de Sus, debaixo da mo de Hegai, tambm levaram Ester casa do rei, debaixo da mo de Hegai, guarda das mulheres.

    3. E ster a g ra d a a H ega i , o gu a rd a das m u lh er e s e o b tm o m e lh o r lu g a r da casa p a ra v i v e r

    9 E a moa pareceu formosa aos seus olhos e alcanou graa perante ele; pelo que se apressou a dar-lhe os seus enfeites e os seus alimentos, como tambm em lhe dar sete moas de respeito da casa do rei; e a fez passar com as suas moas ao melhor lu ga r da casa das mulheres.

    4. O s e g r e d o d e E ster e o cu id a d o d e M ard oqu eu p o r e la10 Ester, porm, *no declarou o seu povo e a sua parentela; porque Mardoqueu lhe tinha ^ordenado que o no declarasse.11E passeava Mardoqueu cada dia diante do ptio da casa das mulheres, *para se informar de como Ester passava e do que lhe sucederia.

    y Um ano d e p rep a ra o12 E, chegando j a vez de cada moa, para vir ao rei Assuero, depois que fora feito a cada uma segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias das suas purificaes, seis meses com leo de mirra e seis meses com especiarias e com as coisas para a purificao das mulheres),

    6. A a p resen ta o d e E ster13 desta maneira, pois, entrava a moa ao rei; tudo quanto ela desejava se lhe dava, para ir da casa das mulheres casa do rei;

    1.21a O conselho de Memuc foi seguido, uma lei foi estabelecida para que Vasti nunca mais viesse diante do rei novamente, e que todos homens fossem senhores em suas casas (w. 21 ,22).2.1a Passadas estas coisas - aps a rebelio de Vasti e o estabelecimento da nova lei declarando que cada homem fosse senhor em sua casa (w. 21,22), o furor do rei se apaziguou e ele se lembrou de Vasti e do decreto contra ela (v. 1).2.2a Ento - em sua sobriedade, os servos do rei apresentaram-lhe o plano para uma outra rainha (v. 2).2 .2b 6 pontos do plano para uma nova rainha:1 Que se busquem moas virgens e formosas para o rei (v. 2).2 Que o rei coloque oficiais em todas as provncias do reino (v. 3).3 Que renam todas as moas virgens e formosas na fortaleza de Sus.4 Que as coloquem na casa das mulheres sob a custdia de Hegai, camareiro do rei, guarda das mulheres.5 Que se ihes dem os enfeites.6 Que a moa que parecer bem aos olhos do rei, reine em iugar de Vasti (v. 4).2.4a O rei se agradou com tal plano - trazer virgens belas e formosas de todos os iugares do reino para que escolhesse uma rainha entre elas. E assim ele ordenou que fosse feito (v. 4). 2.5a Como Mardoqueu chegou a Sus, o palcio da Prsia, quando foi levado por Nabucodonosor para a Babilnia, no revelado, Ele pode ter sido levado como escravo pelo rei da

    Prsia, ou pode ter sido seiecionado por seus talentos especiais para permanecer na corte da Prsia (v. 5).2.5b Mardoqueu era da tribo de Benjamim. Aqui ele chamado de iudeu. provando que o termo usado para qualquer israelita de qualquer das tribos e no somente para Jud (v. 5). No livro de Ester, o termo tambm aplicado aos gentios que se tornaram proslitos (8.17). Benjamitas eram da semente dos judeus (6.13), assim como todos os israelitas de todas as tribos, pois eram tambm da semente de Israel ou Jac. Mardoqueu chamado de judeu em 2.5; 3.4; 5.13; 6.10; 8.7,9.29-31; 10.3. Das 92 vezes que as palavras iudeu e iudeus so usadas no AT, 53 esto localizadas no livro de Ester. So usadas 197 vezes no NT referindo-se a todas as tribos de Israel. Esses so os termos usados pelos gentios com relao a toda a semente de Abrao, Isaque e Jac.2.5c Mardoqueu foi levado para Sus, mas Daniel e Ezequie permaneceram na Babiina. 2.6a com Joaquim, rei de Jud, aps Jeoaquim ter reinado 11 anos, e pouco antes do reinado de 11 anos de Zedequias (2 Rs 24; Jr 52.24-34). 2.7a Hadassa. murta. Era rf, seus pais (tios de Mardoqueu) estavam mortos. Mardoqueu tomara sua prima Ester como sua prpria filha (v. 7). Ela evidentemente vivia fora do palcio, enquanto ele cuidava de suas tarefas no palcio.2.7b Ester, estrela. mencionada 55 vezes no livro que traz seu nome.2.8a Ester foi levada casa do rei para entrar na competio que determinava quem era a

    mais bela e formosa virgem de todo o imprio - a primeira e nica competio de beleza da Bblia (v. 8). Ela recebeu o favor especial de Hegai, guarda das mulheres, que lhe deu os enfeites e quinhes para a sua purificao, alm de sete moas para serem suas servas e o melhor local da casa das mulheres (v. 9). Alm da influncia de Deus sobre Hegai, talvez houvesse um bom relacionamento entre ele e Mardoqueu, como servos do palcio, o que favoreceu Ester. Sabemos que estava no plano de Deus favorecer Ester para a preservao dos judeus nesse perodo de sua histria, para que o Messias pudesse finalmente vir a fim de restaurar o domnio do homem. Por outro lado, Satans encontraria sua destruio por meio da Semente da mulher, conforme foi predito em Gnesis 3.15 e por muitos profetas desde Ado at os dias do NT. Esse um exemplo de como Deus trabalha mesmo entre os pagos para cumprir sua vontade e seu piano original para o homem.2.10a Era parte do plano de Mardoqueu no revelar sua identidade at o momento certo, conforme 7.3-5 (v. 10).2 .10b Isso era suficiente, pois ela obedecia s ordens de Mardoqueu, como o fazia quando estava com ele (v. 20).2.11a Tal solicitude e segredo sugeriam que ele queria fazer parecer que Ester era uma virgem persa. Embora os persas no tivessem qualquer preconceito particular contra os judeus, desprezavam em certo sentido todas as raas cativas. Hadassa era seu nome judaico, enquanto Ester

  • ESTER 3 804

    14 tarde, entrava e, pela manh, tornava segunda casa das mulheres, debaixo da mo de Saasgaz, eunuco do rei, guarda das concubinas; no tornava mais ao rei, salvo se o rei a desejasse e fosse chamada por nome.15 Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, rio de Mardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei, coisa nenhuma pediu, seno o que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres; e alcanava Ester graa aos olhos de todos quantos a viam.16 Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, casa real, no dcimo ms, que o ms de tebete, no 4stimo ano do seu reinado.

    7. E ster e s co lh id a co m o ra inha17 E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcanou perante ele graa e benevolncia mais do que todas as virgens; e ps a coroa real na sua cabea e a fez rainha em lugar de Vasti.

    8. A fe s t a d e ca sam en to d e E ster18 Ento, o rei fez um grande convite a todos os seus prncipes e aos seus servos para a festa de Ester; e deu repouso s provncias e fez presentes segundo o estado do rei.19 E, reunindo-se segunda vez as virgens, Mardoqueu estava "assentado porta do rei.20Ester,p o r m , no declarava a sua parentela e o seu povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu, como quando a criara.

    9. M ard oqu eu p r o v id en c ia lm en t e sa lva a v id a d o r e i21 'Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu porta do rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigt e

    Teres, grandemente se indignaram e procuraram pr as mos sobre o rei Assuero.22 E veio isso ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.23 E inquiriu-se o negcio, e se descobriu; e ambos foram enforcados numa forca. Isso foi escrito no livro das crnicas perante o rei.

    III. O plano de Ham contra os judeus1. A ex alta o d e H am

    3 'DEPOIS dessas coisas, o rei Assuero engrandeceu a ^Ham, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou; e ps o seu lugar acima de todos os prncipes que e s ta vam c o m ele.2E todos os servos do rei, que e s ta v a m porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Ham; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porm Mardoqueu "no se inclinava nem se prostrava.

    2. O esp inh o na ca rn e d e H am 3 Ento, os servos do rei, que esta.vam porta do rei, disseram a Mardoqueu: : Por que traspassas o mandado do rei?4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isso, de dia em dia, e no lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Ham, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu.3 Vendo, pois, Ham que Mardoqueu no se inclinava nem se prostrava diante dele, Ham se encheu de furor.

    3. O p la n o d e H am p a ra d estru ir to d o s os ju d eu s p o r cau sa d e M ardoqu eu

    6 Porm, em seus olhos, teve em pouco o pr as mos s

    era um nome persa, talvez dado a ela para que melhor pudesse se parecer com uma virgem persa. Com seus pais mortos, ela no teria que revelar qum eles eram, e por se parecer com uma moa persa, tal plano no enfrentaria muita dificuldade (w. 10,11,20 ; 7,3-5).2.15a A s outras virgens requeriam muitos ornamentos e outras coisas que pensavam que agradariam ao rei (v. 13), mas Ester no precisou de coisa alguma, exceto 0 que Hegai sugeriu. Talvez sua prpria simplicidade a tornava muito mais bela do que todas as outras. Quando foi levada at 0 rei, ele demonstrou seu amor e favor para com ela mais do que a todas as outras, e colocou a coroa real sobre sua cabea (w. 15-17). Entre as esposas dos monarcas persas, havia aquela que ocupava uma posio mais alta do que as outras, e a ela somente pertencia 0 ttulo de "rainha". Essa esposa principal era privilegiada por usar uma tiara ou coroa real sobre sua cabea, e era reconhecida como lder de todos os departamentos femininos, e todas as outras reconheciam sua posio em todo 0 tempo. Em grandes ocasies, quando 0 rei entretinha os homens de sua corte, ela festejava com todas as mulheres em sua prpria parte do palcio. A rainha tinha uma grande renda sob sua responsabilidade, no tanto pela vontade de seu marido, mas por uma lei ou costume estabelecido. Sua vestimenta era esplndida e ela poderia gastar livremente com seus adornos. Tal era a elevada posio mantida por Vasti a princpio, e por Ester posteriormente.2 .16a O dcimo ms (janeiro, v. 16).2.16b Quatro anos tinham passado desde que

    0 rei promovera os 180 dias de festa e Vasti tinha sido deposta (1.3; 2 .16). Ele reinou por 35 anos, de modo que esse evento deve ter ocorrido 28 anos antes do encerramento de seu reinado. Se Ciro tivesse nascido dele e de Ester nesse mesmo ano, aps se casarem em janeiro, ento seu filho teria cerca de 25 anos quando ordenou aos exrcitos de seu pai que tomassem a Babilnia, conforme Daniel 5. Astiages ou Dario, 0 medo, pai de Ciro, reinou ainda dois anos aps este fato, 0 que colocaria Ciro com cerca de 27 anos quando comeou a reinar e quando emitiu 0 decreto para que os judeus retornassem sua terra natal e reconstrussem sua cidade e 0 templd, cumprindo Isa- ias 44.28-45.1-5,13; 46.11; 48.14,15.2.18a Ento - aps Ester ter sido coroada rainha, Astiages fez uma grande festa (a festa de Ester), dando alivio a todas as provncias e distribuindo presentes conforme a generosidade do rei (w. 18-20).2.19a Mardoqueu era servo na casa do rei. Com isso, poderia cuidar dos interesses de Ester e tambm obter informaes necessrias para o bem-estar de seu povo (v, 19),2.21a Naoueles dias - os dias que se seguiram coroao de Ester, enquanto Mardoqueu se sentava porta do rei, dois dos camareiros do monarca estavam indignados contra Assuero e buscavam assassin-lo. Quando Mardoqueu soube disto, contou rainha Ester o fato e elao relatou ao rei. Quando a investigao foi feita, os homens foram executados e o relato do livramento da vida do rei por Mardoqueu foi registrado nas crnicas dos reis da Prsia (w. 21-23).

    2.22a Essa foi uma sbia atitude por parte de Ester, pois provou ser algo de grande proveito mais tarde, quando sua prpria vida e a vida de seu povo estavam em perigo (v. 22; 4.4-6.14). 3.1a Depois destas coisas - cerca de cinco anos aps a coroao de Ester, o rei promoveu Ham posio de gro-vizir (v. 7).3.1b Ham. bem disposto. Chamado de agagita por causa de sua descendncia amaiequita. mencionado 54 vezes em Ester (3.1-9.24). Foi um inimigo dos judeus com uma ardente paixo de ser exaltado acima dos outros, uma combinao de caractersticas que causaram sua prpria destruio, assim como de sua famlia. Nunca considerou princpios ao buscar a prpria honra.3.2a Mardoqueu era o principal espinho na vida de Ham. Do ponto de vista de Mardo-' queu, como poderia honrar a quem Deus amaldioou? (x 17.14-16). Ham quase foi bem- sucedido em destruir os judeus; foi Ester quem os salvou de seu destino fatal (4.6-6.14).3.3a Ento - quando os servos do rei viram que Mardoqueu no se curvava diante de Ham, embora o rei tivesse ordenado assim, o questionaram sobre seus motivos (v. 3).3.3b Pergunta 2. Prxima, 4.14.3.4a Outro exempio de homens buscando favores s custas de outros e finalmente para a prpria perdio (v. 4). Neste caso, isso custou a vida de vrios homens e quase destruiu a grande nao do povo escolhido de Deus. Se tivessem sabido o que sobreviria, talvez no tivessem dado a notcia sobre Mardoqueu a Ham.3.5a Quando Ham soube que este judeu no se curvava diante dele, comeou a observ-lo.

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    sobre Mardoqueu (porque lhe haviam declarado o povo de Mardoqueu); Ham, pois, procurou destruir todos os judeus que h a v ia em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu.7No primeiro ms (que o ms de nis), no ano duodcimo do rei Assuero, se lanou 4Pur, isto , a sorte, perante Ham, de dia em dia e de ms em ms, at ao duodcimo m s, que o ms de adar.8E Ham disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as provncias do teu reino um povo "'cujas leis so diferentes das le is de todos os povos e que no cumpre as leis do rei; pelo que no convm ao rei deix-lo ficar.9 Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.

    4. O p e d id o d e H am c o n c ed id o10 Ento, tirou o rei o anel da sua mo e o deu a Ham, filho de Hamedata, agagita, adversrio dos judeus.11E disse o rei a Ham: Essa prata te dada, como tambm esse povo, para fazeres dele o que bem p a r e c e r aos teus olhos.

    5. D ec r e to p a ra d estru ir to d o s os ju d eu s12 Ento, chamaram os escrives do rei no primeiro ms, no dia treze do mesmo, e conforme tudo quanto Ham mandou se escreveu aos prncipes do rei, e aos governadores que h a v ia sobre cada provncia, e aos principais de cada povo; a cada provncia segundo a sua escritura e a cada povo segundo a sua lngua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.13 E as cartas se enviaram pela mo dos correios a todas as provncias do rei, que destrussem, matassem, e lanassem a perder a todos os judeus desde o moo at ao velho, crianas e mulheres, em um m esm o dia, a treze do duodcimo ms (que ms de adar), e que saqueassem o seu despojo.

    14 Uma cpia do escrito para que se proclamasse a lei em cada provncia foi enviada a todos os povos, para que estivessem preparados para aquele dia.15 Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saram, e a lei se proclamou na fortaleza de Sus; e o rei e Ham se assentaram a beber; porm a cidade de Sus estava confusa.

    IV. O plano de Ham frustrado (Et 4-7)1. J e ju m e o ra o e n t r e os ju d eu s

    4 QUANDO Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e vestiu- se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor;2 e chegou at diante da porta do rei; porque ningum vestido de pano de saco podia entrar pelas portas do rei.3 E em todas as provncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus ^grande luto, com jejum, e choro, e lamentao; e muitos estavam deitados em pano de saco e em cinza.

    2. E ster in d a ga d e M ardoqu eu o m o t iv o d e sua con du ta4 Ento, vieram as moas de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilcio; porm ele no as aceitou.5 Ento, Ester chamou a Hataque (um do s eunucos do rei, que e s t e tinha posto na presena dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para qu.6 E, saindo Hataque a Mardoqueu, praa da cidade que e s ta va diante da porta do rei,

    3. M ard oqu eu in fo rm a a E ster da s itu a o d o s ju d eu s7 Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como tambm a oferta da prata que Ham dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lanar a perder.

    e um profundo dio cresceu em seu corao. Tramou um plano para a total destruio de todos os judeus (w. 5-9).3.6a Essa foi uma outra das tentativas de Satans para destruir o povo de Deus, por meio de quem0 Messias, o Salvador do mundo, viria (v. 6).3.7a O lanamento de sortes para cada ms servia para descobrir qual seria o tempo mais favorvel para requerer a destruio dos judeus. Isso, certamente, foi feito pelos prognosticadores mensais (das luas novas), como em Isaas 47.13. 3.7b Pur uma palavra persa para sorte. A sorte lanada pelos prognosticadores mensais escolheu o 13 dia do primeiro ms (abril) como a melhor poca (w. 7,12).3.8a Ham finalmente foi ao rei e exps o caso contra os judeus, recebendo permisso para destruir a todos eles em seu reino (w. 9-15). 3.8b.4 pronosices de Ham:1 As leis dos judeus so diferentes das leis dos outros povos (v. 8),2 Eles no cumprem as leis do rei.3 No conveniente ao rei deix-los ficar.4 Colocarei 10.000 talentos de prata nas mos dos que os destrurem (v. 9).3.10a o rei, sem pensar no que poderia estar por trs do plano, e tendo plena confiana em Ham, tomou seu anel e lhe deu para selar o decreto da destruio de todos os judeus do seu reino (w. 10-15). o rei deu a Ham 10 mil

    talentos e um decreto para aniquilar os judeus, atendendo a seu pedido (v. 11).3.12a Esse seria o dia anterior pscoa dos judeus, o qual sempre era comemorado no 14 dia do primeiro ms, Nis (abril). Mensageiros foram enviados a todas as provncias para que no 13 dia do ms seguinte (Adar ou maro) os judeus fossem mortos, e toda sua propriedade, saqueada por aqueles que levassem a ordem (w. 12-15).3.15a Aps tai decreto diablico, o rei e Ham se sentaram para beber, mas o povo estava confuso (v. 15).4.1a Mardoqueu fez o que a maioria dos homens piedosos faria em tal tempo de tribulao: jejuou e orou. Alm do mais, caminhou pelas ruas com grande e amargo clamor: e foi porta do rei, embora nenhum homem tivesse permisso para ficar ali vestido de saco (w. 1,2). Tambm em todas as provncias havia grande lamento entre os judeus (v. 3).4.3a Pode-se imaginar o efeito de tal decreto em todo o Israel, tendo conhecimento de que seriam exterminados no 13 dia do 12 ms, que seria maro (Adar, 3.13). Todas as tribos estavam envolvidas, no somente jud e Benjamim. Sendo do norte ou do sul, no fazia diferena: o decreto dizia respeito a toda semente de Jac (v. 3).4.3b 4 efeitos sobre os iurteus:

    1 Grande luto (v. 3).2 Jejum em desespero.3 Choro.4 Clamor.4.4a Ester se condoeu ao saber a respeito do decreto devido ao ato ilegal de seu primo, por comparecer diante da porta do rei vestido de saco (v. 4). De outra forma, ela estava to alheia ao mundo exterior que poderia ter passado o tempo todo sem se aperceber dos fatos.4.4b A reao de Ester ao ver seu primo em tal estado porta do rei foi de grande sofrimento. Ela enviou-lhe roupas, pois Mardoqueu poderia ser preso apresentando-se como estava; mas, do ponto de vista de Mardoqueu, sua ao desesperada precisava ser levada em conta; ento, ele rejeitou as roupas. Assim, Ester enviou um mensageiro para descobrir qual era o problema (w. 5,6).4.7a 4 asoectos da resnosta de Mardoqueu a Ester:1 Enviou uma palavra a respeito de tudo o que acontecera a ele (v. 7).2 Contou a respeito da soma em dinheiro que Ham prometera pagar aos tesouras do rei pela destruio dos judeus.3 Enviou uma cpia do decreto para destruir todos os judeus (v. 8).4 Ordenou que ela fosse ao rei para fazer splicas e pedidos diante dele pelo povo.

  • ESTER 5 806

    8 Tambm lhe deu a cpia da lei escrita que se publicara em Sus para os destruir, para a mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse t e r com o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presena *pelo seu povo.9 Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.

    4. A d ificu ld a d e d e E ster em ap rox im ar-se d o r e i 10

  • 807 ESTER 6

    que no se ''levantara cnem se movera diante dele, ento, Ham se encheu de furor contra Mardoqueu. Ham, porm, se refreou e veio sua casa; e enviou e mandou vir os seus amigos e a Zeres, sua mulher.11 E contou-lhes Ham a glria das suas riquezas, e a multido de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e aquilo em que o tinha exaltado sobre os prncipes e servos do rei.12 Disse mais Ham: Tampouco a rainha Ester a ningum fez vir com o rei ao banquete que tinha preparado, seno a mim; e tambm para amanh estou convidado por ela iuntamente com o rei.

    10. O n o v o p la n o d e H am p a r a d estru ir M ard oqu eu13 Porm tudo isso no me satisfaz, enquanto vir o judeu Mardoqueu assentado porta do rei.14 Ento, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faa-se uma forca de cinqenta cvados de altura, e amanh dize ao rei que enforquem nela Mardoqueu e, ento, entra alegre com o rei ao banquete. E esse conselho bem pareceu a Ham, e mandou fazer a torca.

    11. A in te r v en o d iv in a a f a v o r d e M ardoqu eu

    6NAQUELA mesma noite, fugiu o sono do rei; ento, mandou trazer o livro das memrias das crnicas, e se leram diante do rei. E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notcia

    de Bigt e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que procuraram pr as mos sobre o rei Assuero.3 Ento, disse o rei: Que honra e galardo se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.

    12. H am com p e lid o a ex a ltar M adoqueu , o ju d eu4 Ento, disse o rei: Quem est no ptio? E Ham tinha entrado no ptio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado. 5E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Ham est no ptio. E disse o rei que entrasse.6 E, entrando Ham, o rei lhe disse: Que se far ao homem de cuja honra o rei se agrada? Ento, Ham disse no seu corao: De quem se agradar o rei para lh e fazer honra mais do que a mim?7 Pelo que disse Ham ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,8 traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte tambm o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabea;9 e entregue-se a veste e o cavalo mo de um dos prncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se far ao homem de cuja honra o rei se agrada!10Ento, disse o rei a Ham: Apressa-te, toma a ves-

    5.9b Essa era a nica circunstncia que estragava a alegria de Ham. Ver este insubordinado ; jdeu sentado sem se mover diante dele, quando ele, o importante Ham, vinha porta do rei. Era mais do que podia suportar. Isso tirava toda a sua alegria e prazer. Embora cheio de indignao diante de Mardoqueu, refreou-se at chegar em sua casa (w. 9-12).5.9c O fato de Mardoqueu saber qual era a causa da perseguio contra os judeus e no se levantar dali num esforo de apaziguar a situao fazia parecer que era um homem obstinado alm do normal. Por outro lado, isso mostra que era algum de princpios e que no abria mo e suas convices, mesmo arriscando a prpria vida e a vida de seu povo. Uma coisa clara: ele tinha f em Deus de que a libertao viria de uma ou de outra forma (4.14). Parecia ter a mxima confiana de que tudo sairia bem, mesmo se Ester falhasse em fazer a sua parte. A Lei, os Salmos e a maioria dos profetas j tinham sido escritos e estavam em suas mos, e ele sabia, por meio das Escrituras Sagradas, que a raa judaica estava destinada a ser grande por toda a eternidade; portanto, no poderia ser destruda. Mesmo Abrao (Gn 12.12; 20.2,11), Isaque (Gn 26.7) e Jac (Gn 31.13; 32.6-32) tinham se atemorizado e descrido s vezes, pensando que seriam mortos antes que as promessas de Deus pudessem se cumprir. Mas parece que Mardoqueu no tinhao menor temor desse inimigo dos judeus. Ele tinha jejuado, orado e j estabelecido que Deus traria libertao de alguma forma; portanto, recusou-se a prestar deferncia a Ham, o inimigo do povo de Deus (v. 9).5.10a Isso novamente revela a mediocridade do carter de Ham, e demonstra seu orgulho e mesquinhez. Ele chamou seus amigos e esposa para poder declarar-lhes sua pequena queixa e gabar-se do sucesso que obteve (w. 10-13). 5.11a 4 aspectos da alto-exaltaco de Ham:

    1 Contou toda a glria de suas riquezas. O rei tinha lhe dado 10.000 talentos para serem usados na destruio dos judeus (3.9-11).2 Falou da multido de seus filhos (v. 11).3 Como o rei o exaltou sobre todos prncipes e servos (v. 11; 3.1).4 Mencionou sua ltima grande honra - ser convidado pela rainha para um banquete onde seria o nico convidado alm do rei (v. 12). Esse era um raro privilgio para uma pessoa, contudo, do alto de sua posio, era-lhe permitido banquetear-se com o rei.5.12a Ham no podia imaginar o que a rainha tinha em mente para ele, ou no teria se gabado sobre a grande honra que lhe fora conferida. Ele no percebeu que estava projetando sua prpria morte ao planejar a morte dos judeus. 5.13a Apesar de todo o seu sucesso e giria, Ham permitiu que um pequeno detalhe ofuscasse tudo o mais. Ele contou sua esposa e amigos a respeito do fato, Toda a sua glria no o satisfazia enquanto aquele rebelde judeu, Mardoqueu, se recusasse a honr-lo s portas do rei. A declarao tudo isso no me satisfaz o terceiro acrstico em Ester onde o nome de Jeov est oculto no antigo texto hebraico, e o terceiro piv em torno do qual a histria gira (v. 13). Veja O Nom e de D eus em Ester, p. 811. 5.14a A esposa de Ham e amigos arquitetaram um plano pelo qual sua felicidade seria completada. Sugeriram que uma forca fosse feita, com 50 cvados de altura (22,5 m); e que Ham falasse ao rei na manh seguinte sobre pendurar ali Mardoqueu; e ento ele iria alegremente ao banquete (v. 14). As forcas eram estacas nas quais um criminoso ficava pendurado at morrer. A mesma idia foi usada ao fazer a cruz para Cristo (At 5.30; 10.39; 13.29; 1 Pe 2.24). o plano parecia perfeito para Ham, pelo que ordenou que a forca fosse construda mesmo antes de falar ao rei a respeito do assunto. Nunca passou pela sua mente que tal pedido pudesse ser

    negado, uma vez que o monarca j tinha outorgado o pedido para a destruio de todos os judeus dali h alguns dias. Nesse meio-tempo, contudo, Deus interveio, e quando Mardoqueu foi salvo, Ham comeou a cair (6.1-14).6.1a Deus sempre abre um caminho para seu povo em meio a uma crise. Na mesma noite antes de Ham solicitar a vida de Mardoqueu, Jeov, o Deus da aliana com Israel, trabalhou de forma invisvel para salvar sua nao escolhida. Ele causou insnia no rei, e por causa dessa insnia o rei ficou interessado em ler o livro de registro dos reis. Quando Assuero pediu a seus servos que lessem os registros diante dele, descobriu-se que Mardoqueu tinha denunciado o plano para assassinar o rei. O rei inquiriu sobre o que havia sido feito para honrar o homem que salvou sua vida, e lhe falaram que nada havia sido feito. Assuero decidiu fazer algo imediatamente para mostrar sua apreciao (w. 1-3). 6.3a Perguntas 8-11. Prxima, 7.2.6.4a Evidentemente, a noite passara e j era de manh quando Ham veio pedir a vida de Mardoqueu. Antes que pudesse requerer a sua solicitao, contudo, Assuero pediu que Ham lhe dissesse o que deveria ser feito ao homem a quem o rei desejava honrar. Em seu exaltado estado de orgulho, Ham no conseguiu pensar em algum alm de si mesmo, pelo que sugeriu as maiores honras pblicas, crendo que seriam dirigidas a si mesmo (w. 4-11).6.7a Ham respondeu partindo do ponto de vista de que era ele mesmo a pessoa a quem o rei desejava honrar, mas presenciou tal honra sendo concedida a seu pior inimigo, Mardoqueu, o judeu. Alm do mais, Ham deveria ser aquele que concederia tal honra (w. 7-11).6.8a Veja 7 form as de honra su geridas p o r Ham, p. 811.6.10a Ento, o rei disse a Ham para que apressadamente fizesse todas essas coisas a Mardoqueu, o judeu que estava sentado por-

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    te e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu M ardoqueu, que est assentado porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.11E Ham tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se far ao homem de cuja honra o rei se agrada!

    13. P red ita a ru n a d e H am 12 Depois disso, Mardoqueu ^voltou para a porta do rei; porm Ham se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabea.13 E ^contou Ham a Zeres, su mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Ento, os seus sbios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: ^Se Mardoqueu, diante de quem j comeaste a cair, da semente dos judeus, no prevalecers contra ele; antes, certamente cairs perante ele.14 Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei e se apressaram a levar Ham ao banquete que Ester preparara.

    14. O b a n q u e te d e E ster p a ra o r e i e p a r a H am

    7VINDO, pois, o rei com Ham, para beber com a rainha Ester,2 disse tambm o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual a tua petio, rainha Ester? E se te dar. E qual o teu requerimento? At metade do reino se far.

    15. O p ed id o d e Ester p e la sua v id a e p e la v id a dos ju d eu s3 Ento, respondeu a rainha Ester e disse: Se, rei, achei graa aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, d-se-me a minha vida como minha petio e o meu povo como meu requerimento.4 Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destrurem, matarem e lanarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor no ^recompensaria a perda do rei.

    16. A p e r g u n ta d o r e i e a a cu sa o d e E ster a H am 0 Ento, falou o rei Assuero e disse rainha Ester: ^Quem esse? E onde est esse cujo corao o cinstigou a fazer assim?6 E adisse Ester: O homem, o opressor e o inimigo este mau Ham. Ento, Ham se perturbou perante o rei e a rainha.

    17. O fu r o r d o r e i e o p e d id o d e H am p o r m iser ic rd ia 7E o rei, no seu furor, s^e levantou do banquete do vinho para o jardim do palcio; e Ham se ps em p, para rogar rainha Ester pela sua vida; porque viu ^que j o mal lhe era determinado pelo rei.

    18. H am p en d u ra d o na p rp ria f o r c a q u e fiz era p a ra M ardoqu eu

    8 Tornando, pois, o rei do jardim do palcio casa do banquete do vinho, Ham tinha cado prostrado sobre o leito em que e s ta va Ester. Ento, disse o rei: aP o rv en tura., quereria ele tambm forar a rainha perante mim

    ta do rei, sem que nada se omitisse de tudo o que ele dissera (v. 10). Que surpresa! Descobrir que tinha sugerido a forma de honrar o homem que odiava e por quem j tinha feito a forca para pendur-io. Assim, Ham foi forado a humilhar-se diante do prprio homem que buscava destruir naquele dia (v. 11).6.10b Algum pode imaginar o que aquele solitrio judeu sentiu com essas sbitas honrarias, estando debaixo de uma sentena de morte com todo o seu povo, e tendo atravessado um perodo de humilhao, jejum e orao? Talvez ele percebesse que Deus estava operando e que este era o prenncio do final do decreto contra a vida do seu povo.6.12a Observe o contraste no efeito desse fato sobre os dois homens. Mardoqueu simplesmente voltou para sua solitria tarefa de sentar-se porta do rei, talvez como vigia; mas Ham imediatamente voitou ao seu lamento, tendo sua cabea coberta (v. 12).6.13a Ham agora tinha uma histria diferente para contar sua esposa e amigos, comparada com aquela que lhes contara no dia anterior (5.10-14). Os homens sbios predisseram acertadamente que se Mardoqueu era da semente dos judeus, diante de quem Ham tinha comeado a cair, ento ele no prevaleceria contra o homem, mas logo cairia diante dele (v. 13). Embora essa predio tivesse sido dada, os camareiros do rei vieram levar Ham para o banquete da rainha Ester, onde descobriria algo mais da sua queda iminente (v. 14).6.13b 1a e nica profecia em Ester (6.13, cumprida). Esta profecia foi feita pelos homens sbios e Deus pode t-la colocado em suas mentes; ou teriam profetizado da mesma forma que o perverso sumo sacerdote fizera com relao a Jesus Cristo (Jo 11.49-51).7.2a Perguntas 12-13. Prxima, v. 5.

    7.3a Tendo por trs vezes a promessa definida do rei de que concederia a sua petio, m esmo que fosse metade do seu reino (5.3,6; 7.2), Ester simplesmente pediu a nica coisa que algum poderia pedir sob tais circunstncias. Eia pediu por sua prpria vida e a vida de seu povo (w. 3,4).7.4a Suplicando por sua vida e a vida de seu povo, Ester explicou como todos eles tinham sido vendidos para ser destrudos, mortos e aniquilados. Se tivessem sido vendidos como escravos, ela no teria pedido ao rei para poup-los, ainda que o inimigo no pudesse compensar pelo prejuzo (w. 3,4).7.4b Compensar, retribuir, indenizar.7.5a Ameaou e disse.7.5b Pergunta 14. Prxima, v. 8. Esta passagem, Quem esse? E onde est esse, o quarto acrstico em Ester onde o nome de Jeov est oculto no antigo texto hebraico, e o quarto piv em torno do qual a histria gira. As letras hebraicas aqui so e h ye h , a abreviatura de Eu Sou Q que Sou. Cf. xodo 2.23-25 com 3.14,15. Veja O Nome de D eus em Ester, p. 811.7.5c Essa declarao de Ester foi a maior surpresa da vida do rei. Pensar que algum poderia presumir em seu corao matar sua rainha e seu povo! isso mostra que nem o rei nem Ham sabiam que ela era judia e que seu povo era judeu. Sem dvida, o rei no teria emitido tal decreto se percebesse quem era o povo a quem Ham queria destruir. O monarca no tinha examinado os fatos do caso, e estava, portanto, cuipando-se da negligncia de justia aos seus sditos. Ele tinha somente recebido as acusaes e mentiras de Ham quanto a este assunto, confiando nele para que se fizesse a coisa certa (3.8). 0 prprio Ham foi um instrumento de Satans, permitindo que o orgulho o exaltasse para a destruio; sua ati

    tude foi exageradamente irracional.7.6a Ester no teve medo de fazer acusaes, apontar o inimigo e falar de sua impiedade diante da sua face, dizendo que o adversrio era este mau Ham. Isso foi tambm um choque para Ham e a maior surpresa de sua vida. Jamais poderia imaginar, um dia antes, quando recebeu a honra de um convite para o banquete da rainha, que esta seria a razo. Ham veio a estar desesperadamente temeroso diante do rei e da rainha (v. 6).7.7a A atitude do rei em levantar-se dessa forma mostrou seu desgosto e desejo por vingana. Foi tal o choque de ouvir a perversidade de Ham, em quem confiara, que o rei julgou necessrio pensar no assunto a ss, pelo que saiu sozinho para o jardim do palcio. Recentemente, promovera Ham acima de todos em seu reino (3.1); agora descobrira sua tolice ao confiar em tal homem. Sabendo que o mal j estava determinado contra ele, Ham permaneceu ali para pedir rainha que sua vida fosse poupada (v. 7). Ele ficou to desesperado que, no momento em que o rei retornou, ele se encontrava cado sobre o ieito onde estava a rainha. Ao presenciar tal indignidade, Ham foi preso e seu rosto coberto (v. 8). Cobrir a face de um criminoso era um sinal de condenao e morte, e de que no mais seria digno de oihar a face do rei. Um dos camareiros contou ao rei a respeito da forca que Ham fizera para pendurar Mardoqueu, e o rei ordenou que Ham fosse enforcado nela (w. 9,10),7.7b A deciarao de que i o ma lhe era determinado o quinto acrstico em Ester onde o nome de Deus est oculto no antigo texto hebraico, e o quinto piv em torno do qual a histria gira (v. 7). Veja O Nom e de D eus em Ester, p. 811.7.8a Pergunta 15. Prxima, 8.6.

  • 809 ESTER 8

    nesta casa? Saindo essa palavra da boca do rei, cobriram a Ham o rosto. 5 Ento, disse Harbona, um dos eunucos q u e s er v ia m diante do rei: Eis que tambm a forca de cinqenta cvados de altura que Ham fizera para Mardoqueu, que falara para bem do rei, est junto casa de Ham. Ento, disse o rei: Enforcai-o nela.10 Enforcaram, pois, a Ham na forca que ele tinha preparado para Mardoqueu. Ento, o furor do rei se aplacou.

    V. O plano de Ham revertido (Et 8,1-9.19)1. V ingana con tra H am

    8 NAQUELE mesmo dia, 'deu o rei Assuero rainha Ester a casa de Ham, inimigo dos judeus; e Mardoqueu veio perante o rei, 'porque Ester tinha declarado o que lhe era.2 E tirou o rei o seu anel, que tinha tomado a Ham, e o deu a Mardoqueu. E Ester ps a Mardoqueu sobre a casa de Ham.

    2. A a rd en te sp lica d.c E ster p e la v id a d e s eu p o v o3 Falou mais Ester perante o rei e se lhe lanou aos ps; e chorou e lhe suplicou que revogasse a maldade de Ham, o agagita, e o seu intento que tinha intentado contra os judeus.4E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Ento, Ester se levantou, e se ps em p perante o rei,3 e disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graa perante ele, e s e este negcio reto diante do rei, e s e eu lhe agrado aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as cartas e o intento de Ham, filho de Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para lanar a perder os judeus que h em todas as provncias do rei.6 Por que como poderei ver o mal que sobrevir ao meu povo? E como poderei ver a perdio da minha gerao?

    3. O n o v o ed ito p a ra p o u p a r os ju d eu s e sa q u ea r os d e sp o jo s d o in im igo

    7 Ento, disse o rei Assuero rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Ham, e a ele enforcaram numa forca, porquanto qu isera pr as mos sobre os judeus. s Escrevei, pois, aos judeus, com o p a r e c e r bem aos vossos olhos e em nome do rei, e selai-o com o anel do rei;

    porque a escritura que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei no para revogar.9 Ento, foram chamados os escrives do rei, naquele mesmo tempo e no ms terceiro (que o ms de siv), aos vinte e trs do mesmo, e se escreveu conforme tudo quanto ordenou Mardoqueu aos judeus, como tambm aos strapas, e aos governadores, e aos maiorais das provncias que se e s t en d em da ndia at Etipia, cento e vinte e sete provncias, a cada provncia segundo a sua escritura e a cada povo conforme a sua lngua; como tambm aos judeus segundo a sua escritura e conforme a sua lngua.10 E se escreveu em nome do rei Assuero, e se selou com o anel do rei; e se enviaram as cartas pela mo de correios a cavalo e que cavalgavam sobre ginetes, que eram das cavalarias do rei.11 Nelas, o rei concedia aos judeus que havia em cada cidade que se reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, e para destrurem, e matarem, e assolarem a todas as foras do povo e provncia que com eles apertassem, crianas e mulheres, e que se saqueassem os seus despojos,12 num mesmo dia, em todas as provncias do rei Assuero, no dia treze do duodcimo ms, que o ms de adar.13 E uma cpia da carta, que uma ordem se anunciaria em todas as provncias, foi enviada a todos os povos, para que os judeus estivessem preparados para aquele dia, para se vingarem dos seus inimigos.14 Os correios, sobre ginetes das cavalarias do rei, apres- suradamente saram, impelidos pela palavra do rei; e foi publicada esta ordem na fortaleza de Sus.

    4. M ard oqu eu e os ju d eu s ex a ltados15 Ento, Mardoqueu saiu da presena do rei com uma veste real azul celeste e branca, como tambm com uma grande coroa de ouro e com uma capa de linho fino e prpura, e a cidade de Sus exultou e se alegrou.16 E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra.17 Tambm em toda provncia e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, entre os povos da terra, se fizeram judeus; porque o temor dos judeus tinha cado sobre eles.

    7,9a Considerando o cvado 63,5 cm, 50 cvados equivaleria a 31,75 m. A grande altura de tal forca enfatizava a inimizade e dio de Ham. Ele queria que todo o pas visse o final de Mardoqueu.8.1a Nanimlfi mesmo rtia Em contraste com 6.1, naquela mesma noite.8.1b o rei deu a casa de Ham a Ester e ela constituiu a Mardoqueu como encarregado sobre a casa (w. 1,2). Assim, os judeus triunfaram finalmente sobre o antigo inimigo de Israel como o Senhor lhes predissera (x 17.16; Nm 25.7; 1 Sm 15.8,32).8.1c Ester finalmente disse ao rei sobre seu parentesco com Mardoqueu (v. 1). O rei trouxe ento o primo de Ester diante de si e lhe deu seu prprio anel que antes dera a Ham, e assim exaitou a Mardoqueu, o judeu, no lugar de Ham, o amalequita (w. 2,7-17). Esse outro exemplo de Deus exaltando os judeus 6m terras estrangeiras. Jos foi exaltado no Egito ao lado de Fara (Gn 41-50). Moiss foi herdeiro do trono do Egito (x 2.7-10; At 7.20-22; Hb

    11.24). Daniel e seus trs amigos foram exaltados na Babilnia e na Prsia (Dn 2.46-49; 3.30; 6.1-3). Agora Mardoqueu exaltado na Prsia (w. 3-17).8.3a Ester no estava satisfeita com o livramento de sua vida e da vida de seu primo, pois falou novamente ao rei, caindo a seus ps e suplicando pela vida de seu povo (v. 3).8.4a Quando Ester caiu aos ps do rei com lgrimas, suplicando por seu povo, ele estendeu o cetro novamente para que ela o tocasse, implicando que encontrara favor sua vista (v. 4). 8.5a Compare o segundo pedido de Ester com o primeiro (7.3,4 com 8.3-6).8.6a Perguntas 16-17. Prxima, 9.12.8.7a No desejando ver a rainha e seu povo em tal perigo e terror, Assuero deu a casa de Ham a ela e a Mardoqueu para fazer o que quisessem. Foi-lhes permitido escrever cartas para todos os judeus em nome do rei, seladas com seu anel, dizendo que deveriam se reunir em cada cidade do reino para destruir a todos que buscassem destru-los (w. 7-14).

    8.9a O decreto para destruir os judeus tinha sido emitido no 13 dia do primeiro ms (Nis, abril, 3.12). O segundo decreto cancelando o anterior e autorizando os judeus a se defenderem foi emitido no 23 dia do terceiro ms (Siv, junho, v. 9).' De acordo com as cartas enviadas aos oficiais do rei e aos judeus de todas as 127 provncias do imprio (v. 9), eles se reuniram no dia designado da destruio para matar e tomar os despojos de seus inimigos (w. 11-14).8.14a Os mensageiros de Ham foram enviados a p (3.12-15). Mas Mardoqueu enviou camelos e mulas, porque a rapidez era vital nesse momento (v. 14).8.15a Contraste as roupas e exaltao de Mardoqueu aqui (v, 15) com a humilhao e vestes de saco em 4.1. Tambm constraste a atitude do povo em Sus nesse momento com sua atitude quando o primeiro decreto foi expedido (3.15).8.17a Se os gentios podiam se tornar judeus, certamente esse termo no estava limitado somente aos da tribo de Jud, como alguns crem (v. 17).

  • ESTER 9 810

    5. O t em o r d e M ard oqu eu e d o s ju d eu s ca i s ob r e os seu s in im igo s

    9*E, NO ms duodcimo, que o ms de adar, no dia treze do mesmo m s em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrrio, porque os judeus foram os que se assenhorearam dos seus aborrecedores.2 P orqu e os judeus nas suas cidades, em todas as provncias do rei Assuero, se ajuntaram para pr as mos sobre aqueles que procuravam o seu mal; e nenhum podia resistir- lhes, porque o seu terror caiu sobre todos aqueles povos.3 E todos os maiorais das provncias, e os strapas, e os governadores, e os que faziam a obra do rei auxiliavam os judeus, porque tinha cado sobre eles o temor de Mardoqueu.4 Porque 'Mardoqueu era grande na casa do rei, e a sua fama saa por todas as provncias; porque o homem Mardoqueu se ia engrandecendo.5 Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada e com matana e com destruio; e fizeram dos seus aborrecedores o que quiseram.

    6. Q u in h en to s in im igo s dos ju d eu s m orto s na fo r ta le z a d e Sus

    6E, na fortaleza de Sus, mataram e destruram os judeus quinhentos homens;7 como tambm a Parsandata, e a Dalfom, e a Aspara,8 e a Porata, e a Adalia, e a Aridata,9 e a Farmasta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaizata.10 Os dez filhos de Ham, filho de Hamedata, inimigo dos judeus, foram mortos; porm ao despojo no estenderam a sua mo.11 No mesmo dia, veio perante o rei o nmero dos mortos na fortaleza de Sus.

    7. O r e i a ten d e m ais p e t i e s d e E ster12 E disse o rei rainha Ester: Na fortaleza de Sus, mataram e destruram os judeus quinhentos homens e os dez filhos de Ham; ^nas mais provncias do rei, que fariam? Qual , pois, a tua petio? E dar-se-te-. Ou qual ainda o teu requerimento? E far-se-.

    8. O p e d id o d e E ster p a ra q u e se p en d u ra ss em os dez f i lh o s d e H am na fo r c a e m ais p u n i e s aos in im igo s

    do s ju d eu s ; m ais tr ez en to s so d estru d o s em Sus13 Ento, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se

    tambm, amanh, aos judeus que se a ch am em Sus que faam conforme o mandado de hoje; e enforquem os dez filhos de Ham num a forca.14 Ento, disse o rei que assim se fizesse; e publicou-se um edito em Sus, e enforcaram os dez filhos de Ham.15 E reuniram-se os judeus que s e a ch a va m em Sus tambm no dia catorze do ms de adar e mataram em Sus a trezentos homens; porm ao despojo no estenderam a sua mo.

    9. M ais 75 m il in im igo s d o s ju d eu s so m orto s em ou tra s p ro v n c ia s

    16Tambm os demais judeus que se achavam nas provncias do rei se reuniram para se porem em defesa da sua vida e tiveram repouso dos seus inimigos; e mataram dos seus aborrecedores setenta e cinco mil; porm ao despojo no estenderam a sua mo.

    10. J b i lo d e to d o s os ju d eu s17 S u ced eu isso no dia treze do ms de adar; e repousaram no dia catorze do mesmo e fizeram daquele dia dia de banquetes e de alegria.18 Tambm os judeus que se a ch a va m em Sus se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e repousaram no dia quinze do mesmo e fizeram daquele dia dia de banquetes e de alegria.19 E tambm os judeus das aldeias que habitavam nas vilas fizeram do dia catorze do ms de adar dia de alegria e de banquetes e dia de folguedo e de mandarem presentes uns aos outros.VI. Festa anual de Purim instituda para comemorar

    o livramento dos judeus pela rainha Ester20 E ^Mardoqueu escreveu essas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se a ch a va m em todas as provncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe,21 ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do ms de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos,22 como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos e o ms que se lhes mudou de tristeza em alegria e de luto em dia de folguedo; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria e de mandarem presentes uns aos outros e ddivas aos pobres.23 E se encarregaram os judeus de fazerem o que j tinham comeado, como tambm o que Mardoqueu lhes tinha escrito.

    9.1a No 13 dia do 12 ms (Adar, maro), quando o primeiro decreto deveria ser executado, e no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, eles se ajuntaram em todas as cidades das 127 provncias do imprio para se defender e destruir todos que buscavam mat- los. Os oficiais do rei em todas as provncias ajudaram os judeus, pois o temor de Mardoqueu (o novo gro-vizir) e de seu povo caiu sobre todas as naes. Assim os judeus foram salvos (w. 1 -3). 9.4a Mardoqueu se tornou grande na casa do rei, sua fama crescia em todas as provncias, e os judeus obtiveram a vitria sobre seus inimigos (w. 4,5).9.10a Talvez eles tenham se lembrado da maldio de Deus sobre Saul por tomar despojos e se recusar a obedecer (1 Sm 15).9.12a O rei relatou a Ester o nmero de homens mortos em Sus. Os judeus mataram 500 homens e os 10 filhos de Ham. Ele quis saber

    o que eles teriam feito em todas as outras cidades do imprio. Ento, novamente favoreceu a Ester e lhe perguntou o que mais ela desejava, assegurando-lhe que seria atendida (v. 12). 9.12b Perguntas 18-20. Prxima, 10.2.9.13a O pedido de Ester era que os 10 filhos de Ham fossem pendurados na forca feita para Mardoqueu, e que o resto dos inimigos dos judeus em Sus fossem destrudos, isso foi concedido. Mais 300 inimigos dos judeus em Sus foram mortos no dia seguinte, o 14 dia; mas os judeus no tocaram nos despojos (w. 13-15). 9.16a Os outros judeus nas 127 provncias se juntaram no 13 dia do 12 ms (Adar, maro) e mataram 75.000, mas no tocaram nos despojos (v. 16).9.17a No 14 dia do 12 ms (Adar, maro), os judeus de fora de Sus instituram uma festa de comemorao por sua libertao. Os de Sus descansaram e festejaram no 15 dia, tendo ma

    tado muitos outros no 14 dia (w. 17-19).9,20a O ato seguinte de Mardoqueu foi escrever cartas para todos os judeus em todas as provncias do imprio para estabelecer entre eles uma nova festa no 14 e 15 dias do 12 ms (Adar, maro), sendo o mesmo para ser observado anualmente (w. 20,21). Esses foram dias em que os judeus repousaram de seus inimigos, quando a tristeza se transformou em aiegria, e quando saram do luto para um dia de festa. Deveriam fazer deste um tempo de banquetes e aiegria, quando enviariam presentes uns aos outros e dariam pores aos pobres (w. 20-22). Esses dias foram chamados Purim. uma palavra que vem de Pur, significando sorte, e referindo-se ao lanamento de sortes para destruir os judeus por parte de Ham e seus prognosticadores mensais (w. 24-28; 3.7). Purim o nome da festa deste dia. Nessa ocasio, os livros de Ester, Daniel, Neemias e Esdras so lidos pelos judeus.

  • 811 ESTER 10

    24 Porque Ham, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus; e tinha lanado Pur, isto , a sorte para os assolar e destruir.25 Mas, vindo isso perante o rei, mandou ele por cartas que o seu mau intento, que intentara contra os judeus, se tornasse sobre a sua cabea; pelo que o enforcaram a ele e a seus filhos numa forca.26Por isso, queles dias chamam Purim, do nome Pur; pelo que tam b m , por causa d e todas as palavras daquela carta, e do que viram sobre isso, e do que lhes tinha sucedido, ^confirm aram os judeus e tomaram sobre si, e sobre a sua semente, e sobre todos os que se achegassem a eles que no se deixaria de guardar esses dois dias conforme o que se escrevera deles e segundo o seu tempo determinado, todos os anos;28 e que estes dias seriam ^ lembrados e guardados gerao aps gerao, famlia, provncia e cidade, e que estes dias de Purim se celebrariam entre os judeus, e que a memria deles nunca teria fim entre os de sua semente.29 Depois disso, escreveu a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu, com toda a fora, para confirmarem segunda vez esta carta de Purim.

    30 E mandaram 'cartas a todos os judeus, s cento e vinte e sete provncias do reino de Assuero, com palavras de paz e fidelidade,31 para confirmarem estes dias de Purim nos seus tempos d eterm in a d o s , como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham estabelecido e como eles mesmos j o tinham estabelecido sobre si e sobre a sua semente, acerca do jejum e do seu clamor.32 E o mandado de Ester estabeleceu o que respeitava ao Purim; e escreveu-se num livro.

    VII. Exaltao de Mardoqueu no reino da Prsia DEPOIS disto, *ps o rei Assuero tributo sobre a terra e s ob r e as ilhas do mar.

    2 E todas as obras do seu poder e do seu valor e a declarao da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei engrandeceu, p o rv en tu ra , *no est o escritas no livro das crnicas dos reis da Mdia e da Prsia?3 Porque o judeu Mardoqueu f o i o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e agradvel para com a multido de seus irmos, procurando o bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua nao.

    9.27a Os judeus ordenaram a festa de Purim, e essa foi uma festa ordenada pelos homens, ao contrrio daquelas descritas em levtico 23, divinamente ordenadas (w. 27,28). Entretanto, eles tm sido muito fiis em observar o Purim. 9.28a Os judeus no somente ordenaram tal festa (no 14o e 15o dias de maro) para ser observada enquanto estivessem entre os pagos, mas concordaram em observ-la atravs das suas geraes, em cada famlia, cidade, provncia, no cativeiro ou fora dele, onde quer que estivessem (v. 28).

    9.30a Ester e Mardoqueu enviaram uma segunda carta com relao festa do Purim, pelo que o costume se tornou firmemente fixado na vida nacional de todo o Israel. Todos os judeus em todo o mundo se tornaram conscientes do fato de que a rainha do imprio da Prsia era uma judia, sendo trazida para o reino com o propsito de salvar os judeus. Desta forma, uma mulher foi usada por Deus para preservar a Semente da mulher que estava para vir ao mundo.10.1a Assuero taxou todas as terras sob seu do

    mnio e se tornou um grande rei em toda a terra. Seu novo gro-vizir tambm se tornou grande aos olhos de todas as naes, pois o rei o colocou como o segundo em todo o reino, sobre todos os negcios do reino. Judeus de todas as terras o estimavam e ele buscou o bem-estar de seu povo (w. 1-3). O fato de Mardoqueu e de a rainha serem judeus explica muito a respeito de Ciro, o filho te Ester, seu zelo por Deus e pelos judeus, conforme predito na profecia e registrado na histria.10.2a Pergunta 21. ltima pergunta em Ester.

    ESTUDOS TEMTICOS120 prncipes (1.1)Em Daniel 6.1, so mencionados os 120 prncipes. O nmero se alterava continuamente para atender s exigncias do governo nas vrias provncias. Somente em Daniel 6.1 encontramos 120. Plato relata que "quando Dario (isto , o Mantenedor - Astiages) subiu ao trono, sendo um dos sete, ele dividiu o pas em sete pores" (De Legibus III). Esses governadores eram os sete prncipes da Prsia nomeados nos w. 13,14. Quando a Babilnia caiu nas mos de Assuero ou Dario, o medo, ele dividiu o reino recm-conquistado em 120 partes (Dn 9.1; cf. Dn 6.1). As 127 provncias podem ter sido as prvias sete partes juntamente com as 120 recm-constitudas (v. 1; 9.30). Nos dias de Dario Histaspes, estas foram reduzidas a 23 partes, conforme declarado na inscrio de Behistun.

    Assuero (1.1)Assuero, significando o Poderoso ou Venervel rei, era um ttulo de certos reis persas. Alguns pensam que este aqui era Xerxes, filho de Dario Histaspes, mas isso no pode ser, pois os eventos do livro tomaram lugar muito antes de sua poca. Fica claro em 2.5-7 que Mardoqueu era primo de Ester. Ela era filha de seu tio, e ele a tomou por filha pelo fato de no ter pai nem me. Mardoqueu tinha sido levado cativo com Jeoaqum, rei de Jud, por Nabucodosor. Isso ocorreu 11 anos antes do cativeiro fina! de Jud e da destruio de Jerusalm (2 Rs 24.1-25.30; Jr 25.1). A servido na Babilnia por 70 anos

    comeou no quarto ano de Jeoaquim (Jr 25.1; 9-11; nota, Dn 9.2). Se Mardoqueu era um jovem, com 20 anos de idade, no tempo do seu cativeiro, ou seja, 11 anos antes do incio dos 70 anos de servido, cerca de 627 a.C., e se Xerxes reinou em 485-464 a.C., isso faria com que Mardoqueu tivesse 162 anos de idade no primeiro ano de Xerxes. Ester tambm seria velha nessa poca.O fato que Ester a jovem e bela esposa de Dario, o medo, de Daniel 5, e a me de Ciro, o comandante dos exrcitos da Prsia que tomou a Babilnia no final dos 70 anos de sen/ido. Este Dario (o pai de Ciro) reinou 35 anos, 33 dos quais durante a ltima parte dos 70 anos de servido de Israel na Babilnia. Isso se ajusta a todos os fatos histricos sobre Mardoqueu sendo levado como cativo com Jeoaquim quando jovem. possvel que tivesse vivido durante todo o cativeiro. Ele poderia facilmente ter sidoo Mardoqueu de Esdras 2.2 e Neemias 7.7. Alguns judeus viveram os 70 anos de servido e retornaram para ver a fundao do templo recolocada (Ed 3.12). Veja R eis da Prsia, p. 776, e 4 re is p ersas, p. 1419.

    O Nome de Deus em Ester (1.20)Tem sido observado por muitos que o nome de Deus no encontrado no livro de Ester, isso se torna mais marcante pelo fato de que, nos 167 versculos do livro, o rei mencionado 195 vezes; seu reino, 28 vezes; e seu ttulo Assuero citado 29 vezes. Contudo, no antigo texto hebraico, havia cinco ocasies em que o nome de

    Deus estava oculto, sendo abreviado: JHVH para JeHoVaH, em quatro vezes, e EHYEH (Eu Sou o que Sou), uma vez. Essas letras foram usadas como acrsticos em certas declaraes, e em trs dos manuscritos foram escritas com letras maiores do que o restante do texto, de modo que permaneciam destacadas no rolo. As declaraes onde tais letras ocorreram no texto hebraico so:1 Todas as mulheres daro. Declarada por Memuc (1.20).2 Venha hoie com Ham. Deciarado pela rainha Ester (5.4).3 Tudo isto no me satisfaz. Declarado por Ham(5.13).4 Que i o mal lhe estava determinado. Declarado pelo autor de Ester (7.7).5 Quem esse e onde est esse (7.5). Aqui onde o acrstico EHYEH foi usado, enquanto nos textos acima JHVH foi empregado.

    7 form as de honra sugeridas por Ham (6.8)1 Tragam a veste real que o rei costuma vestir (v. 8).2 Tambm o cavalo em que o rei costuma andar montado.3 Ponha-se-lhe a coroa real na sua cabea.4 Entregue-se a veste e o cavalo mo de um dos prncipes mais nobres do rei (v. 9).5 Vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar.6 Levem-no a cavalo pelas ruas da cidade.7 Apregoe-se diante dele: Assim se far ao homem a quem o rei deseja honrar!