iii congresso da cplp sobre vih/sida e infecções de transmissão sexual: políticas oficiais de...
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III Congresso da CPLP sobre VIH/Sida e Infecções de Transmissão Sexual:
Políticas Oficiais de Cooperação
Março de 2010
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O SISTEMA DE COOPERAÇÃO
A responsabilidade pela política externa portuguesa é do Ministério dos Negócios Estrangeiros - incluindo a Cooperação para o Desenvolvimento.
O Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação determina a estratégia para a política de cooperação portuguesa (bilateral+multilateral).
Trata-se de um sistema descentralizado/desconcentrado, onde Ministérios, Universidades, Câmaras Municipais, ONG e outras entidades participam na prestação de ajuda externa.
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O IPAD
O IPAD tem a seu cargo a supervisão, a direcção e a coordenação da política de cooperação e da ajuda pública ao desenvolvimento.
Principais funções:
– Planeamento e Programação;
– Financiamento;
– Acompanhamento da execução;
– Avaliação;
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Enquadramento Estratégico da CP
Desafios
Múltiplas necessidades dos países parceiros;
Recursos escassos;
Compromissos internacionais assumidos;
Oportunidades
Identificação das vantagens comparativas:
Língua (educação e formação)
História (Área Jurídica e Administração Pública)
Capitalização das vantagens comparativas
Concentração dos recursos financeiros e técnicos
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Enquadramento Estratégico da CP
I. Princípios orientadores
Contribuir para a concretização dos ODM;
Contribuir para o reforço da segurança humana, em particular em “Estados Frágeis”
ou em situações de pós-conflito;
Apoiar a lusofonia, enquanto instrumento de escolaridade e formação;
Apoiar o desenvolvimento económico, numa óptica de sustentabilidade social e
ambiental;
Envolvimento em debates internacionais;
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Enquadramento Estratégico da CP
II. As prioridades da Cooperação Portuguesa
Geográficas
Concentrar e intensificar as relações com
os países com os quais Portugal tem laços
históricos, linguísticos e culturais:
Sectoriais
Com base nas vantagens comparativas -
língua, cultura, e quadros institucionais e
legais comuns - com os países parceiros:
PALOP e Timor-Leste;
Valorização do espaço CPLP;
Fomentar relações Sul-Sul;
Países com os quais Portugal tem relações
históricas relevantes (em menor escala);
Boa governação, participação e democracia;
Desenvolvimento Sustentável e luta contra a
pobreza [Educação, Saúde, Desenvolvimento
Rural, Ambiente];
Educação para o desenvolvimento;
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Saúde - Prioridade Sectorial
Eixos de Concentração (Prioridades sectoriais/temáticas)
Desenvolvimento Sustentável e Luta contra a Pobreza
SAÚDE
“ODM 4,5,6”.
Reduzir a mortalidade infantil, Melhorar os cuidados maternos, Combater a incidência do VIH/SIDA, doenças sexualmente
transmissíveis Malária e TB
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Saúde - Prioridade Sectorial
Tornar o sistema sustentável (financiamento e capacidade técnica);
Garantir o acesso universal;
Garantir capacidades de gestão e de planeamento;
Garantir a correcta formação e fixação de recursos humanos;
Prioridades de Intervenção
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Novo contexto internacional / Saúde Global Visão holística de Saúde (OMS) – reconhecendo a importância do
contexto económico, social e ambiental para a saúde das populações
Decorre da constatação da enorme fragmentação ao apoio ao sector da
saúde verificada no contexto de desenvolvimento (mais de 200
iniciativas).
Áreas potenciadoras de trabalho comum:
• Segurança do sistema (funcional e financeira);
• Sistema de Vigilância e resposta (bens públicos globais);
• Acesso a medicamentos, vacinas e informação;
• Acção humanitária, incluindo redução de riscos de desastres;
• Investigação.
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Níveis de Intervenção
I. Bilateral
II. Multilateral
III. ONGDs
IV. Ajuda Humanitária
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Cooperação BilateralODM’s
Ministérios Relações Exteriores e/ou
Ministérios Planeamento
Ministérios Sectoriais
Visão Estratégia [PT]
Planos Indicativos de
Cooperação [PIC]
Estratégias Nacionais de Luta contra a pobreza
IPAD
Ministérios Sectoriais
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Cooperação Bilateral
Áreas de Intervenção com base nas vantagens comparativas da CP:
Programas de formação e capacitação [desenvolvimento dos recursos humanos e apoio em especialidades médicas];
Apoio às reformas legislativas de enquadramento [capacitação institucional];
Apoio à investigação [doenças tropicais, prevenção e controlo];
Projectos de prestação de cuidados;
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Cooperação Bilateral - Angola
Formação Especializada de profissionais de saúde em Angola
Seminários de Formação de Directores Clínicos (38) e Directores de Enfermagem (28)
Objectivo: contribuir para aumentar os conhecimentos e aperfeiçoar as formas de resolução dos principais problemas de saúde, que afectam a população dos países em vias de desenvolvimento.
Encontrar soluções cientificamente fundamentadas para combater as doenças
tropicais negligenciadas
Criação de instrumentos que permitam apoiar o controlo das doenças mais prevalentes
Contribuir para a diminuição das taxas de morbi-mortalidade
Centro de Investigação em Saúde de Angola (CISA)
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Cooperação Bilateral - Guiné Bissau
Reforço dos Cuidados Obstétricos e Neonatais de Urgência (CONU)
Reabilitação de Maternidades e formação de pessoal médico para criação da rede regional de Cuidados Obstétricos e Neonatais de Urgência, indispensável para redução da mortalidade e morbilidade maternas e infantis e prevenção da transmissão vertical do VIH.
Hospital Nacional Simão MendesApoio logístico para assegurar o funcionamento do Hospital de referência em Bissau.
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Cooperação Bilateral - S. Tomé e Príncipe
Projecto Saúde para Todos
Objectivo: melhoria da qualidade e sustentabilidade técnica e financeira do sistema nacional de saúde de STP através da reestruturação das unidades de saúde (equipamentos, obras, medicamentos), da prestação de cuidados de saúde, da formação, do abastecimento de água e saneamento e de acções de educação para a saúde.
Projecto Saúde para Todos – Especialidades (complementar): prestação de assistência especializada de cuidados secundários e terciários de saúde, através de missões de curta duração, contribuindo para a diminuição do número de doentes evacuados - além de solucionarem os problemas localmente, estas missões também dão formação aos técnicos de saúde são-tomenses.
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Instituto das Ciências da Saúde (ICS)
O ICS é uma instituição pública timorense que visa a profissionalização dos recursos humanos da saúde, especialmente enfermeiros, parteiras e outros técnicos médios (e básicos) de saúde
Cooperação Bilateral - Timor Leste
Objectivo: Apoio à capacitação institucional do ICS
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Cooperação Multilateral
Contribuições para fundos e /ou projectos de organizações multilaterais:
UE;
Nações Unidas;
OCDE/DAC;
CPLP;
Ibero-Americana;
Bancos Multilaterais de Desenvolvimento;
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Cooperação Multilateral – Sector Saúde
Fundo Global SIDA/TB/Malária (2001) Portugal apoiou, desde início, a criação do Fundo Global, mas só
em 2003 é que começou a contribuir financeiramente;
USD
Em 2005, passa a fazer parte do Conselho de Administração do Fundo Global, fazendo parte do Grupo de Voto da Comissão Europeia, Bélgica e Finlândia;
OMS
Contribuições regulares;
Contribuições extraordinárias [POLIO (Angola)];
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
400.000 800.000 1.500.000 2.000.000 3.000.000 3.000.000 2.500.000 2.500.000
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Cooperação Multilateral – Sector Saúde
ESTHER (2002; PT 2004)
Rede de Governos, que se vê como complementar ao FG
Perspectiva inovadora de tratamento e prestação de cuidados aos portadores e doentes de VIH através da criação geminações hospitalares com métodos, critérios e objectivos comuns;
Geminações hospitalares como elemento-chave para reforçar as competências das estruturas de saúde dos países e para o estabelecimento de regras de funcionamento institucional adequadas;
PT financiou a criação da versão portuguesa de uma aplicação informática (ESOPE) que permite fazer o seguimento de doentes infectados pelo VIH em terapêutica por ARVs;
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Cooperação Multilateral – Sector SaúdeCPLP/Fundo Especial
Biblioteca Móvel de Enfermagem em Português: proporcionar acesso a informação essencial e actualizada sobre saúde e enfermagem para melhorar a prestação de cuidados básicos no interior dos PALOP e TL.
RIDES – Rede de Investigação e Desenvolvimento de Saúde – Malária:
• Criação de uma Plataforma Informática;
• Seminários sobre Terapêutica da Malária
• Formação sobre Técnicas parasitológicas e moleculares aplicadas ao diagnóstico e à monitorização da resistência fármaco em malária.
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Cooperação Sociedade Civil III. ONGD’s
Protocolo de Cooperação celebrado entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Plataforma Portuguesa de ONGD que enquadra a atribuição de apoios através de um concurso anual.
Projectos de desenvolvimento na área específica de combate ao HIV/SIDA e seus efeitos (2006-2009): €2.043.568,75
MontanteIPAD (€)
Angola 186.120,00Guiné Bissau 1.318.650,95Moçambique 511.462,80Timor Leste 27.335,00
TOTAL 2.043.568,75
País
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Ajuda Humanitária
IV. Ajuda Humanitária
Minimizar os efeitos das catástrofes de vária natureza junto das populações directamente afectadas.
Enquadramento: Consenso Europeu em matéria de ajuda humanitária
A intervenção deve permitir simultaneamente salvar vidas e permitir às comunidades aumentarem a sua capacidade de resistência às situações de emergência futuras.
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Ajuda Pública ao Desenvolvimento – Saúde
2005-08:
• APD bilateral e multilateral no sector da saúde: 41,8M€;
2009 (Dados preliminares)
• APD bilateral e multilateral no sector da saúde: 9,5M€;
• ONGDs (Projectos no sector da saúde): 0,252M€
• Ajuda Humanitária (Direccionada para o sector da saúde): €0,082M€;
Valores em Euros
2005 2006 2007 20082009
(Preliminares)Bilateral 8.513.111 8.268.833 7.921.748 5.485.894 5.966.856 36.156.442 70,48%Multilateral 2.397.248 2.856.530 3.677.613 2.707.392 3.505.863 15.144.646Total APD - Saúde 10.910.359 11.125.363 11.599.361 8.193.286 9.472.719 51.301.088
Total APD 303.426.000 315.774.400 343.726.000 429.955.000 364.405.061 1.757.286.461 2,92%
Fonte: IPAD
AnoTipo de ajuda TOTAL %
www.ipad.mne.gov.pt
Augusto Manuel Correia
Obrigado