habilidades geral v o mÉtodo epidemiolÓgico

99
HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO 2013 FACIMED

Upload: mika

Post on 11-Feb-2016

72 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

FACIMED. HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO. 2013. PROF.DR. LUÍS MARCELO ARANHA CAMARGO MÉDICO PhD PESQUISADOR CNPq [email protected]. MODELOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Epidemiologia: conceitos Etapas do método epidemiológico Breve história da epidemiologia - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

HABILIDADES GERAL V

O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

2013

FACIMED

Page 2: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

PROF.DR. LUÍS MARCELO ARANHA

CAMARGO

MÉDICOPhD

PESQUISADOR CNPq

[email protected]

Page 3: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MODELOS DE ESTUDOS

EPIDEMIOLÓGICOS

Page 4: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO

Epidemiologia: conceitos Etapas do método epidemiológico Breve história da epidemiologia Epidemiologia Descritiva

Registro de casos de doenças Séries históricas Miscelânia de Estudos Estudos de Prevalência*

Teste de hipóteses Epidemiologia Analítica

Estudos observacionais Estudos de Prevalência* Caso-Controle Cohorte Estudos Ecológicos

Estudos Quasi-Experimentais/Estudos Experimentais Clinical Trials Community Trials

Metanálise Testes de Screening Laboratorial

Page 5: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIA

Tem como origem o grego clássico: epi (sobre) + demos (povo) + logos (conhecimento).

O Oxford English Dictionary cita Parkin (1873) como fonte.

Contudo, em 1850, já existia uma London Epidemiological Society.

Em 1802, a palavra aparece no título do livro espanhol Epidemiología Española (Madrid)!!!!;

Page 6: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIACONCEITO

“....... é o estudo da distribuição e dos fatores determinantes do processo saúde-doença em uma população específica e a aplicação deste estudo para a promoção da saúde”

LAST, 1988-modificado

Page 7: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIA

Na epidemiologia não se admite que a doença (ou sua ausência) tenha uma distribuição randômica. Há uma ou várias relações causais que a determina (e que às vezes se somam)

Page 8: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

USOS DA EPIDEMIOLOGIA

Descrição de agravos por característica pessoal, tempo e espaço

Descrição de fenômenos científicos, espécies novas de animais, etc.

Descrição da evolução clínica de agravos

Diagnóstico populacional de saúde Planejamento em saúde Busca da relação causal Avaliação de métodos terapêuticos,

comportamento e ações educativas Teste da eficácia de exames

diagnósticos

Page 9: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIAHISTÓRICO

Hipócrates há 25 séculos: malária-> clínica e “transmissão”

Escorbuto China 1300-1400-Navegações

Em 1747, o cirurgião escocês James Lind- primeiro ensaio clínico registado na história da Medicina. Frutas cítricas x Escorbuto.

Beribéri-Malásia – 1800

Cholera-morbus asiática – Lacerda , 1832 (Vibrio cholerae-1952-Felippo)

Page 10: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIAHISTÓRICO

Cia. De Abast. de

água

População No.Mortes por Cólera

Coef.Mort. Específico por

1000 hab.

Cia.Southwark

167.654 844 5,0

Cia.Lambeth

19.133 18 0,9

Fonte: Snow,1855

1855

Page 11: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIAHISTÓRICO

FEBRE REUMÁTICATARANTA & MARKOWITZ, 1989

Casos de Febre Reumática (x 100.000), Dinamarca, 1862-1962

Casos deFebreReumáticax 100.000

Ano

Fonte: Taranta & Marcowitz, 1989

Page 12: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ETAPAS DO MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

Epidemiologia Descritiva: medidas de morbidade, mortalidade e outras. Distribuição por pessoa, tempo e espaço.

Formulação de Hipóteses: métodos da diferença, concordância, variação concomitante, de “resíduos” e da analogia

Teste de Hipóteses: Epidemiologia Analítica-> Estudos: observacional, quasi-experimental e experimental

Page 13: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

QUESTÕES ÉTICASDeclaração de Helsinque

18 a Assembleia Médica Mundial 1964Estudos Experimentais em Anima Nobile

Prerrogativas Fatos cientificamente estabelecidos Voluntários mentalmente capazes Esclarecidos sobre os risco Importância do problema compense os

riscos

CEP DE ANIMA NON NOBILE

Page 14: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA (ED)X

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA (EA)

ED: caracterizar quantitativamente e a distribuição de um agravo na população. Caracterizar agravo existente.

EA: buscar as causa dos agravos e sua variação de intensidade na população. Busca causalidade.

Geralmente os ED precedem os EA, são mais baratos e mais rápidos.

Page 15: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIADESCRITIVA

Page 16: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA

OBJETIVO 1

Permitir o estudo da evolução de agravos à saúde em

regiões demográficas e em sub-grupos de pessoas e no tempo. Aplica-se, p.ex., ao

monitoramento de doenças e identificação de doenças

emergentes

Page 17: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

OBJETIVO 2

Criar uma linha de base para o planejamento em saúde, avaliação de serviços e alocação de recursos

Page 18: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

DIAGRAMA DE CONTROLE

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 -

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

70.00

80.00

LSMédia

CASOS DE DENGUE/100.000 HAB

MESES DO ANO 2001-2010

Page 19: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

OBJETIVO 3 Identificar problemas para serem submetidos

aos estudos analíticos e discriminar áreas a serem investigadas. Formular hipóteses.

*******************************************************

A epidemia de AIDS é um exemplo dos 3 objetivos dos ED:

Detectou a emergência de uma nova doença Determinou a alocação de recursos (clínicas,

medicamentos, centros de screening, etc.) Direcionou o estudo da etiologia, até então

ignorada, a usuários de drogas EV e homo/bissexuais masculinos

Page 20: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

“Em saúde pública, o primeiro passo na procura de uma provável intervenção é a

formulação de uma hipótese razoável e passível de ser

testada”

Hennekins & Buring Epidemiology in Medicine

1987

Page 21: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

JOHN STUART MILLSCÂNONES DE MILLS

1. Método da Semelhança

2. Método da Diferença

3. Método da Variação Concomitante

4. Método dos “Resíduos”

5. Método da Analogia*

Lilienfeld & Stolley – Foundatoins of Epidemiology, 3rd Ed. 1994

Page 22: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MÉTODO DA SEMELHANÇA

Um fator está presente em todas as situações onde ocorre o agravo à saúde. Ex: onde ocorre poluição do ar há um aumento da prevalência de DPOC. Este achado leva a crer na hipótese de que a poluição do ar é um fator que contribui para a DPOC.

Page 23: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MÉTODO DA DIFERENÇA

A maioria ou todas as variáveis são constantes em uma população e existe apenas 1 variável diferente que pode estar implicada com o agravo. P.ex.: estudo da atividade física na redução da DCV. Vejamos uma fábrica qualquer onde os operários têm o mesmo perfil socioeconômico e cultural, idade, gênero, dieta, estilo de vida, entre outros. Aqueles com maior atividade física têm menos DCV.

Hipóteses: maior atividade física, menos DCV

Page 24: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MÉTODO DA VARIAÇÃO CONCOMITANTE

A frequência do agravo varia de acordo com a potência do fator suspeito.

Page 25: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EPIDEMIOLOGIAHISTÓRICO

FUMO X CÂNCERDOLL & HILL, 1964

Coeficiente de Mortalidade por CA de pulmão (x 1.000) por número médio de cigarros/dia em médicos britânicos, 1960.

Fonte: Doll, 1964

Page 26: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MÉTODO DE “RESÍDUOS” (OU DE MULTIVARIÁVEIS)

Envolve a subtração de potenciais fatores causais para determinar que fator ou grupo de fatores têm maior impacto em uma variável dependente.

Ex: a determinação de evento CV é determinado por hereditariedade, IMC, dieta, stress, tabagismo, exercício físico e perfil lipídico. Daí, determina-se o fator de maior impacto por análise multivariada.

Page 27: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MÉTODO DA ANALOGIAMAC MAHON & PUGH

O modo de transmissão e e sintomas de uma doença de etiologia desconhecida pode ter uma padrão similar a de um agravo conhecido. Isto sugere um mecanismo de transmissão e etiologia similares.

P.ex: Doença dos Legionários. 1976

Page 28: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ABORDAGEM DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS DESCRITIVOS

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20100

500

1000

1500

2000

2500

AcreAssis BrasilBrasil

INCIDÊNCIA DE LTA100.000 CASOS/ BIONI/2012BIONI/2012-DOUTORADO

Page 29: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

90 93 96 99 2 5 80

50

100

150

200

250

300

350

400

MONTE NEGRO

RONDÔNIA

BRASIL

LTA M NEGRO/RONDÔNIA- CASOS/100.000BIONI-2012-DOUTORADO

Page 30: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ISU M NEGRO 2000-2010

<1a 1-4a 5-19a 20-49a 50a e +0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Mortalidade proporcional por idade nos estados do Amazonas, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo - Curva de Nelson de

Moraes

MNAMMARSSP

Faixa etária

% Ó

bito

s

PROJETO CHRONUS- MONTE NEGRO, 2012

Page 31: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

33%

14%

40%

8%

5%

PREVALÊNCIA DE MANSONELÍASE POR ETNIA, LÁBREA, AM, 2012.

NBP I O

BASANO, 2012-DOUTORADO

Page 32: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS ANALÍTICOS

Page 33: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS ANALÍTICOS OBSERVACIONAIS X EXPERIMENTAIS

Considerar:

Possibilidade de manipular a fator de exposição pelo investigador, por instituições ou a pela natureza (FE)

Possibilidade de randomização da amostra (RA)

Page 34: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

OBSERVACIONALX

EXPERIMENTAL

ECOLÓGICO

MISCELÂNIA

PREVALÊNCIA

CASO-CONTROLE

COHORTE

QUASI-EXPERIMETAIS

EXPERIMENTAIS/METANÁLISECUSTOESPECIFICIDADE

RAPIDEZ GENERALIDADE

Page 35: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

AMOSTRAGEM?

TAMANHO AMOSTRAL ERRO DESEJADO (<5%) FREQUÊNCIA DO EVENTO UNIVERSO AMOSTRAL EFEITO DE CLUSTER

RANDOMIZAÇÃO SORTEIO LISTA RANDÔMICA SISTEMÁTICA ESTRATIFICADA

Page 36: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

AMOSTRAGEM-TAMANHOOPEN EPI

EXERCÍCIO

http://www.openepi.com/OE2.3/Menu/OpenEpiMenu.htm

Exercício 1Calcular Amostra

População= 1.000 pessoasPrevalência Esperada=5%

Erro=5%AMOSTRA=69

Exercício 2Calcular Amostra

População= 10.000 pessoasPrevalência Esperada=5%

Erro=5%AMOSTRA=73

Page 37: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

AMOSTRAGEM-TAMANHO

Exercício 3Calcular Amostra

População= 10.000 pessoasPrevalência Esperada=1%

Erro=1%AMOSTRA=367

Exercício 4Calcular Amostra

População= 10.000 pessoasPrevalência Esperada=1%

Erro=5%AMOSTRA=16

Page 38: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

AMOSTRAGEM-TAMANHO

Exercício 5Calcular Amostra

População= 1.000 pessoasPrevalência Esperada=20%

Erro=5%AMOSTRA=198

Exercício 6Calcular Amostra

População= 1.000 pessoasPrevalência Esperada=20%

Erro=1%AMOSTRA=861

Page 39: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

LISTA NÚMEROS RANDÔMICOS De uma população de 1.000

pessoas, necessito fazer uma amostra randômica de 198 pessoas. Como faço?

http://rechneronline.de/random-numbers/

Page 40: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

DIFERENÇAS ESTUDOS ANALÍTICOS

FE RA TIPO DE ESTUDO

NÃO NÃO OBSERVACIONAL

SIM NÃO QUASI-EXPERIMENTAL

SIM SIM EXPERIMENTAL

CUSTO $$EFICIÊNCIA

Page 41: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS ANALÍTICOS

Não há controle sobre o FE e a RA

Há 5 modalidades Analíticos:

Estudos de Prevalência (Também descritivo)

Estudos Ecológicos Estudos Caso-Controle Estudos de Cohorte Estudos Híbridos (Nested)

-> Testar e gerar novas hipóteses etiológicas

Page 42: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

USOS MAIS FREQÜENTES

Conhecer variáveis da população, como aspectos sócio-econômicos, peso, PA, altura, etc.

Medir substâncias no organismo: antígenos, anticorpos, metais, inseticidas, lipídeos, etc.

Levantar hipóteses

Page 43: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

TABELA DE CONTINGÊNCIA (2X2, OU, 2 X N)

Caso/Exposição

Doença+ Doença - Total

Exposição + A B A+BEXPOSTOS

Exposição - C D C+DNÃO EXPOSTOS

Total A+CDOENTES

B+DNÃO DOENTES

A+B+C+DTOTAL

USOS:1-ESTUDO DE PREVALÊNCIA-RAZÃO DE PREVALÊNCIA2-ESTUDO DE CASO CONTROLE – ODDS RATIO3-ESTUDO DE COHORTE- RISCO RELATIVO4-ESTUDO ECOLÓGICO COMPARADO

Page 44: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO QUASI-EXPERIMENTAL Há controle do FE e não há

RA Exemplo: comparação da

letalidade em acidentes automobilístico em estados (EUA) que obrigam ou não o uso de cinto de segurança (FE). A queda da letalidade nos estados com cinto de segurança sugere a hipóteses da eficiência da medida.

Page 45: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO EXPERIMENTAL

Há controle de FE e RA. Sinônimo: Ensaio Clínico ou

Clinical Trial Pode abranger indivíduos

(clinical trial): teste de drogas ou procedimentos a nível de indivíduo

Pode abranger a comunidade (community trial), p.ex: cessar tabagismo, atividade física, uso de álcool, dieta x impacto na comunidade

Page 46: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS OBSERVACIONAIS

ECOLÓGICO

Page 47: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS ECOLÓGICOS

Estudos na qual a unidade de análise é uma população

Utilizados para avaliar como o contexto ambiental ou socioeconômico podem afetar a saúde de grupos populacionais

Page 48: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO ECOLÓGICO

Objetivos

Gerar hipóteses etiológicas a respeito da ocorrência de determinada doença

São geralmente de baixo custo, pois usam dados secundários

Avaliar a efetividade de intervenções na população Tipos de Estudo

Estudo Ecológico Comparado (similar ao estudo de prevalência): porém a unidade é a comunidade e não se sabe com exatidão o nível de exposição individual ao fator de agressão)= Tabela 2x2

Estudo Ecológico de Tendência: analisa a nível de comunidade a evolução da frequência da doença em relação à exposição e ao tempo

Ex: radiação solar x incidência de CA ovariano em populações

Ex: Fluoretação de água x prevalência de cárie em populações

EX: Dieta com gordura x CA de mama em diferentes países ao longo do tempo

Page 49: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

“FALÁCIA ECOLÓGICA’

“O bias (viés) que pode ocorrer em função das

observações realizadas a nível de grupos/agregados

não necessariamente representam a associação

existente a nível individual” LAST, JM A DICTIONARY OF EPIDEMIOLOGY

4TH ED. NY, NY. OXFORD UNIVERSITY PRESS, 2011

Page 50: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

“FALÁCIA ECOLÓGICA”

EX: ENFIZEMA MAIS PREVALENTE EM PALM SPRINGS (ÁREA BUCÓLICA) E MENOS PREVALENTE EM LOS ANGELES (ÁREA POLUÍDA).

Explicação: os enfisematosos, após trabalharem em LA drante a vida, aposentam-se com enfisema em Palm Springs

(Efeito Imigração)

Page 51: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO ECOLÓGICO-OUTRO VIÉS

DIFICULDADE EM SE MEDIR O GRAU DE EXPOSIÇÃO E A

INTENSIDADE DA DOENÇA, UMA VEZ QUE A UNIDADE OBSERVADA É UM GRUPO (COMUNIDADE) E NÃO O

INDIVÍDUO. NÃO É POSSÍVEL INDIVIDUALIZAR O RISCO.

Page 52: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

MISCELÂNIA

Descrição de espécies animais/vegetais e fenômenos novos

Descrição de ciclos biológicos

Relato de experiências Estudos qualitativos Outros

Page 53: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO DE PREVALÊNCIA(SECCIONAL, CORTE TRANSVERSAL,,

INQUÉRITO, ENCUESTA)

Colhe-se informações e/ou material biológico em um momento do tempo (ou mais) em uma amostra definida de uma população (ou toda a população)

Conceito de Amostra: tem que ser representativa do universo, portanto de que ser randômica e ter um tamanho adequado.

Page 54: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

TABELA

Frequências Doentes Não Doentes

Total

Expostos A B A+B

Não Expostos

C D C+D

Total A+C B+D N

A+C/N= PREVALÊNCIA

PREVALÊNCIA EXPOSTO: A/A+B

PREVALÊNCIA NÃO EXPOSTOS: C/C+DRAZÃO DE PREVALÊNCIA= A/A+B//C/C+D

Page 55: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

TABELA

Categorias Mansonellla+ Mansonella - Total

Homem 80 (a) 20 (b) 100

Mulher 20 (c) 80 (d) 100

Total 100 100 200(n)

A+C/N= PREVALÊNCIA=50%

PREVALÊNCIA EXPOSTO: A/A+B=80%

PREVALÊNCIA NÃO EXPOSTOS: C/C+D=20%

Page 56: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

INCONVENIÊNCIAS XCONVENIÊNCIAS

Viés de memória Limitado no tempo e espaço Ineficiente para doenças

raras Baixo Custo Rápidos Cria hipóteses

Page 57: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS OBSERVACIONAIS

CASO-CONTROLE

Page 58: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO CASO-CONTROLE

Consiste em um estudo onde o pesquisador aloca um grupo de pacientes com o evento (doença) e outro, pareado, sem o evento (doença) e

estuda fatores de risco ou características que podem

determinar o evento (doença).

Page 59: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO CASO-CONTROLE

Não-Doentes Doentes

ExpostosNão-Expostos

Expostos

Não-Expostos

Page 60: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

SELEÇÃO DE CONTROLESPAREAMENTO

1:2 A 1:4 CASO/CONTROLE

EXEMPLO CASO CONTROLE1 CASO NA COMUNIDADE AMOSTRA DA

POPULAÇÃO NA MESMA COMUNIDADE

2 AMOSTRA POPULACIONAL

CONTROLES EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO

3 CASOS EM TODOS OS HOSPITAIS DA COMUNIDADE

AMOSTRA DE VIZINHOS DOS CASOS

4 CASOS DE 1 OU MAIS HOSPITAIS NA COMUNIDADE

CONTROLES NOS HOSPITAIS

5 TODOS OS CASOS DE 1 HOSPITAL

TODOS O CONTROLE DO MESMO HOSPITAL

6 NENHUM DOS ACIMA SELECIONAR COMO CONTROLE OS PARENTES

Page 61: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO CASO-CONTROLEDESVANTAGENS

Mais suscetível a vieses de seleção de controles

Viés de memória Não se aplica quando o fator

de risco ou exposição é raro Não mede incidência, pois

geralmente não é uma amostra representativa da população

Page 62: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ODDS-RATIO

EXPOSIÇÃO DOENÇA+ DOENÇA-

Fator + A B

Fator - C D

OR= AxD/BxC

Page 63: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ODDS RATIO

DROGA CA+ CA-

EXPOSIÇÃO+ 204 552

EXPOSIÇÃO - 9 145

OR= 204 x 145/552x9= 5,95

Indivíduos exposto têm 5,95 x mais “risco” de CA

OR= AxD/BxC

Page 64: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ODDS RATIO

ESTIMA O RISCO, MAS NÃO É FIDEDIGNO, POIS NÃO TEM BASE POPULACIONAL E É RETROSPECTIVO

PODE DAR UMA BOA ESTIMATIVA DE RISCO SE: OS CONTROLES SÃO

REPRESENTATIVOS DA POPULAÇÃO SE OS CASOS SÃO

REPRESENTATIVOS DE TODOS OS CASOS

SE A FREQUÊNCIA DA DOENÇA É PEQUENA NA POPULAÇÃO

Page 65: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ENADE 2001

Page 66: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO CASO-CONTROLEVANTAGENS

Relativamente Barato Permite investigar vários

fatores de risco Pode ser usado em doenças

raras Rápido Número de pessoas

relativamente pequeno Pareamento importante

Page 67: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

DESVANTAGENS CASO-CONTROLE

Viés de memória Má qualidade de registro Limitado no Tempo Limitado no Espaço Não permite cálculo de

incidência ou prevalência Não estima o risco com

precisão Se a exposição for baixa, o

estudo pode não funcionar

Page 68: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

USOS DO CASO CONTROLE

CA e exposição intra-útero por dietilstilbestrol

CA colo útero x fumar Chili pepper x CA gástrico Chá verde x CA pulmão Fumante passivo x CA em

crianças Eficácia de colonsocopia para

screening de CA Uso doméstico de antibiótico X

BCP resistente Anestesia em gestantes x

malformação congênita

Page 69: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS OBSERVACIONAIS

COHORTE

Page 70: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO DE COHORTECOHOR= DIVISÃO DO ANTIGO EXÉRCITO ROMANO

Método epidemiológico analítico em que identificam grupos que estiveram, estão ou estarão expostos ou não-exposto (a um risco), ou exposto em graus diferentes (ao risco) e observação da ocorrência do evento (doença). Implica em grande número de pessoas e vários anos de estudo.

Page 71: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS DE COHORTE

ProspectivoExposiçãoPeso ao Nascer

Peso < 2500g

Peso>2500g

DesfechoMorte

Sim

Não

Sim

NãoInvestigador

Page 72: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDO DE COHORTE

Retrospectivo

Sim

Não

Sim

Não

DesfechoMorte

ExposiçãoPeso ao Nascer

Peso < 2500g

Peso>2500g

Investigador

Page 73: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS DE COHORTEAPLICAÇÕES

EXPOSIÇÃO RARA, POUCO FREQUENTE Etiologia de doenças. Ex: fumo x CA

pulmão História Natural da Doença. Ex:

evolução de pacientes HIV+ Estudo de Impacto de Fatores

Prognósticos. Ex: PSA e CA de próstata Intervenções Diagnósticas: PCCU x CA

colo Terapêutica: TARV x AIDS Exposição: RX, UV, etc. x CA Comportamento: dieta, atividade

física, etc. Estuda vários tipos de desfecho:

morte, incidência

Page 74: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS DE COHORTE

A situação dos participantes quanto à exposição de interesse determina sua seleção para o estudo.

Podem ser prospectivos (exposição presente e desfecho não presente no início do estudo) ou retrospectivos (exposição e desfecho presentes no início do estudo).

Page 75: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

RISCO RELATIVODROGA Suicídio+ Suicídio -

EXPOSIÇÃO+ 19 9

EXPOSIÇÃO - 49 149

TOTAL 68 158

RR= (0,7)/(0,2)= 3,5Indivíduos exposto têm 3,5 x mais risco de suicídio

RR= A/(A+B)/C/(C+D) ou Ie/Ine

Incidência da doença nos expostos Ie = a/ (a+b) = 0,7

Incidência da doença nos não-expostos Ine= c/ (c+d)=0,2

Page 76: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Page 77: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS QUASI-EXPERIMENTAIS

Controla a exposição Não tem amostra randômica Similar a estudo ecológico Ex: cinto de segurança x

redução de mortalidade no trânsito

Page 78: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS DE EXPERIMENTAISQUASI-EXPERIMETAIS

Faz-se intervenção terapêutica ou profilática em indivíduos ou em uma comunidade e mede-se a eficiência da intervenção. O pesquisador controla a exposição ao fator.

Clinical Trails = ensaio clínico (EXPERIMENTAL)

Community Trials= ensaio comunitário (QUASI-EXPERIMENTAL)

Page 79: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

DIFERENÇAS ENTRE ENSAIO CLÍNICO E COMMUNITY TRAIL

EC CTEXPERIMENTAL QUASI-EXPERIMENTALTESE DE DROGA E PROCEDIMENTOS

MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS

FOCO NO INDIVÍDUO FOCO NA COMUNIDADERANDOMIZAÇÃO NÃO –RANDÔMICOEXPOSIÇÃO CONTROLADA EXPOSIÇÃO CONTROLADADURAÃO DIAS A ANOS GERALMENTE DURA MAIS

TEMPOPARTICIPAÇÃO LIMITADA A ALGUMAS PESSOAS COM DOENÇAS

NÃO NECESSARIAMENTE O CRITÉRIO DE DOENÇA É MENOS RIGOROSO

INTERVENÇÃO CONTOLADA RIGORASAMENTE

SEM MUITO RIGOR

ADEQUADO PARA TESE DE HIPÓTESES RESTRICATS(DROGAS, VACINAS)

ADEQUADO PARA TESTEE DE MEDIDAS EDUCATIVAS OU COMPORTAMENTAIS

ESTUDO CEGO NÃO-CEGO

Page 80: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS EXPERIMENTAISQUASI-EXPERIMENTAIS

Comunitários (Community Trials):

Flúor x Cárie – Califórnia

Doença Coronariana x Prevenção na Finlândia

Mede comportamento e medidas educacionais para comunidades

Page 81: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ESTUDOS EXPERIMENTALENSAIO CLÍNICO

Terapêutico ou Preventivo

Randômico

Cego, duplo-cego

Page 82: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ENSAIO CLÍNICO

Fases do Estudo

Fase I: ensaios de farmacologia clínica e toxicidade e não eficácia, realizada em voluntários. São selecionados de 20 a 80 pacientes.

Fase II: estudo piloto de eficácia. Em pequena escala. 100 a 200 pacientes por droga.Pretedente-se estudar eficácia e efeitos colateriais, sem grupos comparartivos.

Page 83: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ENSAIO CLÍNICO

Fase III: sinônimo de Ensaio Clínico. Estuda-se a eficácia da droga estudada em comparação com uma droga padrão. Grande número de indivíduos, Pode ter 2 ou mais “braços”

Fase IV: vigilância pós-comercialização

1:10.000 das drogas produzidas vão para ensaios clínicos e apenas 20% destas são comercializadas

Page 84: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

ENSAIO CLÍNICOTROMBOLÍTICO APÓS IAM

Grupo Morte Não Total Letalidade

Tratado 1352 13086 14438 9,4%

Controle 1773 12613 14386 12,3%

Page 85: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

CÁLCULOS

Redução Absoluta de Risco (RAR):12,3% - 9,4% = 2,9%

Risco Relativo:9,4% / 12,3% = 0,76

Redução Relativa de Risco(1-RR)x100%= (1-0,76)= 24%

NNT (number needed to treat)1 / RAR= 1 / 0,29 = 34

Grupo Morte Não Total Letalidade

Tratado 1352 13086 14438 9,4%

Controle 1773 12613 14386 12,3%

Page 86: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Viés de memória perde a importância, pois há um seguimento do caso (prospectivo ou retrospectivo)

Mede Incidência e vários desfechos

Contempla exposição rara Ineficientes para doenças raras Caros e demorados Perda de participantes Conflito de interesses excusos

Page 87: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EXEMPLO-1

FRAMINGHAN Heart Study Início 1948 Riscos para DCV Indivíduos 28-62 anos N=5.209 Exame

físico+lab+entrevistas a cada 2 anos

Desfecho=DCV

Page 88: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EXEMPLO-2

Mineiros de Urânio do Colorado

Início 1950 Risco para CA em mineiros 3.415 homens Exposição: Urânio Desfecho=CA Exame

físico+lab+entrevistas e monitoramento ambiental a cada 3 anos

Page 89: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

EXEMPLO-3

Cohorte de Enfermeiras Americanas

Início 1976 Risco para CA e hormônios Mulheres casadas 30-55 anos 127.700 mulheres Exposição: anticoncepcional

hormonal Desfecho: CA Questionários a cada 2 anos

Amostras biológicas após 6 e após 13 anos

Page 90: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

METANÁLISE

Vem do grego: além da análise

Século XVII astronomia Estabeleceu-se que a

combinação de dados de diferentes estudos pode ser mais apropriado que apenas um estudo.

Karl Perason, início do século XX foi o rimeiro que utilizou o método no estudo das “febres entéricas”

Page 91: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

METANÁLISE

Técnica estatística especialmente desenvolvida para integrar os resultados de 2 ou mais estudos, sobre uma mesma questão de pesquisa, em uma revisão sistemática da literatura.

Page 92: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

METANÁLISE-OBJETIVOS

Reduzir erro alfa (afirma a hipótese, estando ela errada)

Eliminar estudos com alto risco de viés

Reduzir viés de publicação É utilizado um peso para

cada estudo de acordo com a variância (inversamente proporcional) e tamanho da amostra.

Page 93: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

SCREENING TESTS

Características de um bom teste de Screening

SIMPLES RÁPIDO BARATO SEGURO AO PACIENTE ACEITAÇÃO PELO PACIENTE

(P EX., TOQUE RETAL)

Page 94: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

TABELA COMPARATIVANÃO -EXPERIMENTAIS

Situação/Aplicação

Ecológico Prevalência Caso-Controle

Cohorte

Doença Rara

++++ +++++

Causa Rara ++ +++++

Múltiplos Efeitos da Causa

++ ++++

Múltiplos Determinan-tes

++++ +++

Relação c/ tempo

+++++

Medir Incidência

+++++

Longo Período Latência

+++

Page 95: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

CARACTERÍSTICAS DE UM TESTE

CONDIÇÃO DE ACORDO COM PADRÃO OURO

PRESENTE AUSENTE TOTAL RESULTADO + A= Verdadeiros + B=Falsos + A+B RESULTADO - C=Falsos - D=Verdadeiros - C+D TOTAL A+C B+D A+B+C+D

A/A+C= SENSIBILIDADE

D/D+B= ESPECIFICIDADE

A/A+B= VALOR PREDITIVO +

D/C=D= VALOR PREDITIVO –

(A+D)/A+B+C+D= ACURÁCIA

Page 96: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

DEFINIÇÕES

Especificidade: habilidade do teste em diagnosticar apenas aqueles que não têm a doença

Sensibilidade: habilidade do teste em detectar os indivíduos que de fato têm a doença

VPP+: indivíduos cujo teste foi + e têm de fato a doença

VPP-: indivíduos cujo teste foi – e de fato não têm a doença

Acurácia: mede o grau de congruência entre o teste utilizado e o padrão ouro

Page 97: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

BIBLIOGRAFIA SANJAD, N.: Cólera e medicina ambiental no manuscrito Cholera-

morbus. (1832), de Antonio Correa de Lacerda (1777-1852). História, Ciências, Saúde . Manguinhos,vol. 11(3): 587-618, set.-dez. 2004.

Camargo et al. Parasites & Vectors 2010, 3:11 http://www.parasitesandvectors.com/content/3/1/11

Phase II Clinical Trial with ivermectin in patients with Mansonella ozzardi (Nematoda: Onchocercidae) in Brazilian Amazonia. Sergio de Almeida Basano1,2, Pedro di Tariq Barreto Crispim3, Juliana Souza de Almeida Aranha Camargo2, Luana Janaína Souza Vera2, Maira Santiago Pires Parente2, Marcos Paulo Parente Araújo2, Jansen Fernandes Medeiros4, Gilberto Fontes5

, Luis Marcelo

Aranha Camargo 2,6/+ IN PRESS MIOC Zhonghua Yi Xue Za Zhi. 2012 Jul 17;92(27):1874-7.

[Relationship between serum hepatitis B virus DNA load and hepatocellular carcinoma in Qidong, China: a cohort follow-up study of 14 years]. Sun Y, Chen TY, Lu PX, Wang JB, Wu Y, Zhang QN, Qian GS, Tu H.

PLoS One. 2012;7(11):e48060. doi:0.1371/journal.pone.0048060. Epub 2012 Nov 6.Maternal Serum Heme-Oxygenase-1 (HO-1) Concentrations in Early Pregnancy and Subsequent Risk of Gestational Diabetes Mellitus.Qiu C, Hevner K, Enquobahrie DA, Williams MA.

Page 98: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

BIBLIOGRAFIA PLoS Med. 2012 Nov;9(11):e1001335. doi:

10.1371/journal.pmed.1001335. Epub 2012 Nov 6.Leisure time physical activity of moderate to vigorous intensity and mortality: a large pooled cohort analysis.Moore SC, Patel AV, Matthews CE, Berrington de Gonzalez A, Park Y, Katki HA, Linet MS, Weiderpass E, Visvanathan K, Helzlsouer KJ, Thun M, Gapstur SM, Hartge P, Lee IM.

Mol Med Report. 2012 Nov 8. doi: 10.3892/mmr.2012.1176. [Epub ahead of print] Association of pre-miRNA-146a rs2910164 and pre‑miRNA-499 rs3746444 polymorphisms and susceptibility to rheumatoid arthritis.Hashemi M, Eskandari-Nasab E, Zakeri Z, Atabaki M, Bahari G, Jahantigh M, Taheri M, Ghavami S.

Diabetes Obes Metab. 2012 Nov 8. doi: 10.1111/dom.12036. [Epub ahead of print] Initial Metformin or Sulfonylurea Exposure and Cancer Occurrence among Patients with Type 2 Diabetes Mellitus.Qiu H, Rhoads GG, Berlin JA, Marcella SW, Demissie K, D P.

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 45(5):633-638, Sep-Oct, 2012 Spatial distribution of schistosomiasis and geohelminthiasis cases in the rural areas of Pernambuco, Brazil Verônica Santos Barbosa[1], Karina Conceição Araújo[1], Onicio Batista Leal Neto[1] and Constança Simões Barbosa[1]

Page 99: HABILIDADES GERAL V O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

EPIDEMIOLOGY FOR PUBLIC HEALTH PARCTICE. 4TH EDITION. JONES & BARTELETT PUBLISHERS.2009 717 pp.