investigaÇÃo epidemiolÓgica de surtos investigaÇÃo epidemiolÓgica de surtos - método...

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INVESTIGAÇÃO INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR ALIMENTAR DDT HA HA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS/ÁGUA TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS/ÁGUA Treinamento básico para DIR e Treinamento básico para DIR e Municípios Municípios Última atualização em Novembro de 2006

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Page 1: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

INVESTIGAÇÃO INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE EPIDEMIOLÓGICA DE

SURTOSSURTOS

- Método Epidemiológico de Investigação e

Sistema de Informação -

DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTARDIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTARDDTHAHA

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR

ALIMENTOS/ÁGUAALIMENTOS/ÁGUA

Treinamento básico para DIR e Treinamento básico para DIR e MunicípiosMunicípios

Última atualização em Novembro de 2006

Page 2: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

1ª PARTE: TEÓRICA1ª PARTE: TEÓRICAImportância:Importância: A detecção e investigação precoce de surtos são

essenciais para a vigilância das doenças doenças transmitidas por água/alimentostransmitidas por água/alimentos, pois permitem: Identificar e eliminar fontes, controlar e prevenir

outros casos Aprender sobre novas doenças ou obter novas

informações sobre velhas doenças Conhecer os fatores causadores de surtos Desenvolver programas educativos, criar subsídios

para novos regulamentos sanitários e/ou novas condutas médicas

Melhorar a qualidade e segurança de alimentos/água

Melhorar a qualidade de vida e saúde da população

Page 3: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Dificuldades:Dificuldades:

Complexidade dos quadros: distintas e inúmeras síndromes (diarréicas, neurológicas, etc.)

Um grande número de patógenos: cerca de 250 agentes etiológicos, incluindo-se os microrganismos, toxinas naturais e outros contaminantes químicos e físicos.

Inúmeras fontes/vias de transmissão: vários alimentos, água, pessoa-a-pessoa e animais.

Forma de transmissão: fecal-oral, podendo alguns patógenos se transmitirem também por vias respiratórias.

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falha no controle da cadeia de produção

contaminação: biológica, química ou física

investigar casos, identificar agentes e vias de transmissão - diagnosticar o problema (VE)

rastrear a cadeia de produção, identificar pontos críticos/erros no processo produtivo (VISA)

Ações de controle e prevenção

Ocorrência de surto:

investigação

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Surto de Doença Transmitida por Alimento (incluída a água) é definido como um incidente no qual duas ou mais pessoas apresentam uma doença similar resultante da ingestão de um alimento contaminado (CDC, 1996).

A investigação epidemiológica é realizada a partir de ações intersetoriais com o objetivo de:

Coletar informações básicas necessárias ao controle do surto

Identificar fontes de transmissão/fatores de risco associados ao surto

Diagnosticar a doença e identificar agentes etiológicos relacionados ao surto

Propor medidas de controle e prevenção Adotar mecanismos de comunicação e coordenação do

Sistema, no âmbito de sua competência

Definições:Definições:

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CONDIÇÃO/PASSO 1: PLANEJAMENTO PARA O TRABALHO DE CAMPO

1) Conhecimento da ocorrência da doença1) Conhecimento da ocorrência da doença através da notificação (de vítimas ou parentes, da imprensa, de médicos, de laboratório, etc.) - buscar obter, logo no momento da notificação, o maior número de dados possíveis

Utilizar o Utilizar o Formulário 01 Formulário 01 2) Planejar as ações:2) Planejar as ações:

ter conhecimento suficiente sobre a doença suspeita e quadros relacionados (quadro clínico, vias de transmissão, diagnóstico diferencial, condutas médicas, exames laboratoriais e complementares, tratamento, etc.)

munir-se de equipamentos e material necessário para a investigação

destacar pessoal adequado/perfil (equipe múltipla) para a investigação nos vários âmbitos;

estabelecer o papel e as tarefas de cada um na investigação; agir com a maior rapidez/urgência

Condições/Etapas da investigação Condições/Etapas da investigação de um surto:de um surto:

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CONDIÇÃO/PASSO 2: ESTABELECER A RELAÇÃO ENTRE OS CASOS/EXISTÊNCIA DO SURTO

Verificar se o surto notificado é de fato Verificar se o surto notificado é de fato um surto:um surto:

se o número de casos excede o número de casos esperados (recorrer a outras fontes de dados)

se há fontes suspeitas comuns (refeição/alimento/água suspeitos, local comum de ocorrência, contato com esgoto, hábitos, ocupação dos pacientes, lagos, viagens, outros casos na família com sintomas semelhantes, contatos com outros casos na escola/trabalho (datas), condições da moradia, condições da creche, escola ou trabalho;

qual o quadro clínico de cada paciente, faixa etária, história anterior

saber que exames já foram feitos e resultados/diagnósticos diferenciais

verificar se há casos semelhantes em outros hospitais/Unidades de saúde da cidade/há casos antecedentes na cidade?

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CONDIÇÃO/PASSO 3: VERIFICAR O CONDIÇÃO/PASSO 3: VERIFICAR O DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Caracterizar o quadro clínico. O diagnóstico está correto?

Conferir os achados clínicos e laboratoriais Quais os diagnósticos diferenciais?

Evidências epidemiológicas entre os casos

Propor ou mesmo providenciar técnicas que ajudem no diagnóstico diferencial - testes específicos se for o caso - coleta de amostras de fezes de pacientes (no mínimo amostras de 10 doentes).

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CONDIÇÃO/PASSO 4: DEFINIR E IDENTIFICAR CONDIÇÃO/PASSO 4: DEFINIR E IDENTIFICAR CASOSCASOS

Como detectar os casos?Como detectar os casos?Estabelecer uma definição de caso

(inclui 4 componentes): 1) informação clínica sobre a doença (diarréia,

vômito, níveis de anticorpo ou teste positivo para..., etc.)

2) características das pessoas afetadas (freqüentou uma festa ou restaurante, nadou no lago, etc.)

3) informações sobre o local (mora ou trabalha em determinada área, freqüenta creche, etc.), e

4) especificações sobre o tempo de ocorrência do surto (início dos sintomas dentro de um determinado período).

Page 10: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

CONDIÇÃO/PASSO 4: DEFINIR E IDENTIFICAR CONDIÇÃO/PASSO 4: DEFINIR E IDENTIFICAR CASOSCASOS

Outras definições importantes: Caso confirmadoCaso confirmado:: clínica compatível e confirmação

laboratorial. O surto será confirmado laboratorialmente quando há isolamento do organismo nas fezes de duas ou mais pessoas doentes ou do alimento consumido implicado epidemiologicamente (v. definição para cada tipo de agente)

Caso provávelCaso provável:: caso clinicamente compatível ligado epidemiologicamente ao caso confirmado

Caso possívelCaso possível:: clínica compatível ocorrendo dentro do mesmo período do surto e na mesma área

Caso primário:Caso primário: contato com uma fonte principal de transmissão - por exemplo, alimento, esgoto, creche, etc.. - Taxa de incidência dos casos primários

Caso secundário:Caso secundário: contato com um caso primário - por ex. via de transmissão pessoa-a-pessoa, em casa, etc..- Taxa de incidência dos casos secundários

Page 11: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Inquéritos/questionáriosInquéritos/questionários apropriados para a coleta de dados sobre os pacientes e história antecedente (Ficha Ficha Individual de DTA - Formulários 2 e Resumo das Individual de DTA - Formulários 2 e Resumo das Histórias de Casos e Controles - Formulário 3Histórias de Casos e Controles - Formulário 3)

Informações demográficasInformações demográficas - para calcular coeficientes por faixa etária, sexo, etc..

Informações clínicas e estatísticas Informações clínicas e estatísticas complementarescomplementares sobre a doença na área (morbi-mortalidade)

Informações sobre fatores de risco Informações sobre fatores de risco na área (criação de animais, industrias clandestinas, esgoto, etc., dependendo da doença)

Como identificar e contar os casos?Como identificar e contar os casos?

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FORMULÁRIO 1 - Registro de Notificação de Doença Transmitida por Alimentos/Água

FORMULÁRIO 2 - Ficha Individual de Investigação de Surto de Doença Transmitida por Alimentos/Água

FORMULÁRIO 3 - Resumo das Histórias de Casos e Controles - Investigação Epidemiológica de Surto de Doença Transmitida por Alimentos/Água

FORMULÁRIO 4 - Ficha de Identificação de Refeição/Fonte Suspeita

FORMULÁRIO 5 - Relatório Final de Investigação de Surto de DTAA

OBS: serão apresentados e discutidos em detalhe durante os exercícios

FORMULÁRIOS DE TRABALHO:FORMULÁRIOS DE TRABALHO:

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DISQUE CVE

Município

RegiãoEstado

IAL

Nível Federal

Outros paísesAL

VE

VS

Utilizar os formulários do SVE DTA - Investigação de Surtos:

F01 - Registro de Notificação

F02 - Ficha Individual de Investigação de DTA

F03 - Resumo das Histórias de Casos e Controles

F03A - Resumo de Resultados Laboratoriais

F04 - Ficha de Identificação da Refeição/Fonte Suspeita

F05 - Relatório de Investigação de Surto de DTA

Ficha SINAN Surtos

NOTIFICAÇÃO DE SURTOS (Sistema de Informação) :

UBS, Hospitais, Laboratórios, Consultórios, Escolas, Creches, Cidadãos, etc.

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Epidemiologia Descritiva:Epidemiologia Descritiva: possibilita a caracterização do surto no:

Tempo: curso da epidemia, o tipo de curva e período de incubação

Lugar: extensão geográfica do problema Pessoa: grupo de pessoas, faixa etária, exposição

aos fatores de risco

Estudos DescritivosEstudos Descritivos informam sobre a distribuição de um evento

na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência

Estudos epidemiológicos:Estudos epidemiológicos:

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Tx de IncidênciaTx de Incidência = Número de casos novos* X 1000 hab.

Número de pessoas expostas ao risco*(*) em determinado período

Tx de PrevalênciaTx de Prevalência = Número de casos novos e antigos*X 1000 hab.

Número de pessoas na população*(*) em determinado período

Tx de AtaqueTx de Ataque = número de de Doentes* X 100

número de comensais/população sob risco*

(*) em determinado período

É a incidência da doença calculada para cada fator de risco provável/causa, isto é,

por fator suspeito. Por ex., O alimento que apresentar a taxa de ataque mais

alta, para os que o ingeriram, e a mais baixa, para os que não o ingeriram, é

provavelmente o responsável pelo surto.

Principais medidas de freqüência em Surtos de DTA:

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Como desenhar uma Curva Epidêmica (período de exposição):

1) conhecer o início dos sintomas de cada pessoa (para algumas doenças com período curto de incubação, trabalhar com horas é mais apropriado)

2) O número de casos é plotado no eixo Y e a unidade de tempo no eixo X

3) Em geral a unidade de tempo é o período de incubação da doença (se conhecido) e o tempo de aparecimento/distribuição dos casos (horas, dias, semanas, mês, ano); regra útil - selecionar uma unidade de tempo 1/4 a 1/3 do período de incubação da doença suspeita (ex. Hepatite A - 15-50 = 4-16 dias)

4) Desenhar o período pré e pós-epidêmico

Caracterização do surto no tempo:Caracterização do surto no tempo: número de casos pela data/hora do início dos número de casos pela data/hora do início dos

sintomassintomas

CONDIÇÃO/PASSO 5: DESCREVER E ANALISAR CONDIÇÃO/PASSO 5: DESCREVER E ANALISAR OS DADOS NA EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVAOS DADOS NA EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA

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Como interpretar uma Curva Epidêmica: 1) Considerar a forma geral, a qual pode determinar o padrão

da epidemia: fonte comum ou transmissão pessoa-a-pessoa, o tempo de exposição de pessoas suscetíveis e os períodos médios mínimo e máximo de incubação para a doença

2) Uma curva com um aclive e um declive gradual sugere uma fonte comum, um foco/ponto - “epidemia de ponto” onde as pessoas se expuseram por um breve período de tempo (surgimento repentino de casos)

3) Quando a duração à exposição é prolongada a epidemia é chamada de “epidemia de fonte comum prolongada”, e a curva epidêmica terá um platô, em vez de um pico

4) A disseminação pessoa-a-pessoa - “epidemia propagada” - deve ter uma série de picos mais altos progressivamente e cada um com seu período de incubação

5) Casos que surgem isolados: “remotos/afastados” - podem ser casos não relacionados com uma fonte comum ou pessoas que foram expostas mais precocemente ou mais tardiamente que a maioria dos afetados; podem ser também casos secundários - contato com um doente.

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Semanas epidemiológicas

Curva Epidêmica do Surto de Diarréia em General Salgado, DIR XXII S. J. Rio Preto, 1999

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30.11.0020.129.0129.0118.0210.0330.0319.049.0529.0518.069.0729.0718.087.0927.0917.106.1126.1116.125.0125.0114.02

Casos

Curva Epidêmica do Surto de Hepatite A no Município de São Pedro, DIR XV Piracicaba, Nov. 2000 a Fev. 2002

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Período de incubação:Período de incubação: Calcula-se usualmente o período de Calcula-se usualmente o período de incubação de um surto, através da incubação de um surto, através da mediana.mediana.

Mediana é uma medida de tendência central. É o meio de um conjunto de observações quando esse número é impar ou a média dos pares do meio quando o número de observações é par. Assim o cálculo da mediana se expressa:

Para amostras de número N ímpar a mediana será o valor da variável que ocupa o posto de ordem N +1 2

Para amostras de número N par a mediana será a média aritmética dos valores que ocupam os postos de ordem N e N +2 2 2

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Calcular o período mediano de incubação através do Calcular o período mediano de incubação através do cálculo da mediana se obtém por ordenar os períodos de cálculo da mediana se obtém por ordenar os períodos de incubação em ordem crescente e numerados conforme incubação em ordem crescente e numerados conforme os exemplos abaixo:os exemplos abaixo:

Exemplo 1:

Ordem 1 2 3 4 5 6 7

PI dos casos 6 8 8 10 10 12 17

São 7 casos - número ímpar de casos N = 7Md = 7 + 1 = 4 2O resultado encontrado corresponde à 4a. posição. Assim, o período mediano de

incubação é de 10 horas.

Exemplo 2:

Ordem 1 2 3 4 5 6

PI dos casos 6 8 10 16 12 17

São 6 casos - número par de casos N = 6Md = 10 + 16 = 13 2O resultado encontrado corresponde à média aritmética dos períodos na 3a. e 4a.

posições. Assim, o período mediano de incubação é de 13 horas.

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Mapear casos por locais de ocorrência: bairros, ruas, estabelecimentos, locais de lazer, etc..Detectar grupos de surtos/casos ou padrões que podem fornecer pistas para identificação do problema.

O ideal é fazer o mapa utilizando a Taxa de Incidência dos casos na população.

Caracterização do surto por lugar:Caracterização do surto por lugar: determinar a extensão geográfica do problemadeterminar a extensão geográfica do problema

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Grupos de pessoas - faixa etária, sexo, raça, ocupação, renda, tipo de lazer, uso de medicamentos, doenças antecedentes, etc. = suscetibilidade à doença e riscos de exposição

Caracterização do surto por pessoa:Caracterização do surto por pessoa: determinar as características dos grupos e a determinar as características dos grupos e a

suscetibilidade à doença e riscos de exposiçãosuscetibilidade à doença e riscos de exposição

Page 24: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Epidemiologia Analítica:Epidemiologia Analítica: possibilita a identificação das causas/vias de transmissão do surto

Estudos Analíticos:Estudos Analíticos: estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” - estudos de causaXefeito, exposiçãoXdoença

Principais desenhos para a investigação Principais desenhos para a investigação de surtos de DTA:de surtos de DTA:Coorte prospectiva ou retrospectivaCaso-controle

Estudos epidemiológicos:Estudos epidemiológicos:

Page 25: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

A partir dos primeiros dados já começamos a desenvolver hipóteses para explicar o surto - Por que e como ocorreu?

A partir dos primeiros dados as medidas devem ser tomadas em relação aos pacientes, aos comunicantes domiciliares ou no trabalho, creche, escola, meio ambiente e em relação a prevenção de novos casos (atuação nas fontes comuns suspeitas): Desencadear ações intersetoriais sobre os

fatores/vias de transmissão suspeitas (por ex. a VISA deverá inspecionar o local observando os fatores contribuintes para o surgimento do surto, verificando BPF e HACCP, bem como, proceder a coleta de sobras de alimentos, de água, etc.).

CONDIÇÃO/PASSO 6: DESENVOLVENDO CONDIÇÃO/PASSO 6: DESENVOLVENDO HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICAHIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA

Page 26: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

As hipóteses devem ser testadas em As hipóteses devem ser testadas em várias direçõesvárias direções:

Conhecimento sobre a doença/agente/formas de transmissão, fatores de risco - compatibilidade

Conjunto de informações que mostram a viabilidade das hipóteses

Na revisão de diagnósticos - outras possíveis exposições

PERGUNTAS BÁSICAS:PERGUNTAS BÁSICAS: quem comeu/expôs-se à..... e ficou doente; quem comeu/expôs-se e não ficou doente; quem não comeu/não se expôs e ficou doente; quem não comeu/não se expôs e não ficou doente.

CONDIÇÃO/PASSO 6: DESENVOLVENDO CONDIÇÃO/PASSO 6: DESENVOLVENDO HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICAHIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA

Page 27: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Avaliar a credibilidade das hipóteses - Avaliar a credibilidade das hipóteses - comparando dados/fatos - Métodos:comparando dados/fatos - Métodos:

Estudo Retrospectivo de Coorte:Estudo Retrospectivo de Coorte: utilizado comumente para eventos ocorridos em espaços delimitados, populações bem definidas. Cada participante é perguntado se foi exposto ou não e se ficou doente ou não. Calcula-se a Taxa de Ataque (incidência da doença) e o Risco Relativo (RR) (Medida da doença entre expostos e não expostos).

Estudo aplicável, por exemplo, às creches e escolas, festas, espaços fechados.

CONDIÇÃO/PASSO 7: AVALIANDO AS CONDIÇÃO/PASSO 7: AVALIANDO AS HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICAANALÍTICA

Page 28: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

POPULAÇÃO

EXPOSTOS

NÃO-EXPOSTOS

DOENTES

DOENTES

NÃO-DOENTES

NÃO-DOENTES

Estudo de Coorte Retrospectiva a

b

c

d

Page 29: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Risco Relativo (RR):Risco Relativo (RR):

a maior razão entre as taxas de ataque implicaem maior associação entre o referido alimentoe a doença,

RR = TA Doentes que comeram _ TA Doentes que não comeram

•Isto significa que as pessoas que ingeriram estealimento apresentam uma probabilidade X vezesmaior de tornarem-se doentes do que os que nãoingeriram.

Page 30: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Risco Atribuível (RA):Risco Atribuível (RA):

Diferença de incidências, “fração atribuível” ou “fração etiológica”

O quanto da incidência na população em estudo pode ser imputado ao efeito do suposto fator de risco. É obtida através da subtração entre a proporção do evento entre os expostos e a proporção entre os não-expostos.

Page 31: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Avaliar a credibilidade das hipóteses - Avaliar a credibilidade das hipóteses - comparando dados/fatos - Métodos:comparando dados/fatos - Métodos:

Estudo de Caso-Controle:Estudo de Caso-Controle: utilizado para populações não definidas, espalhadas. Selecionam-se os casos (pacientes) e buscam-se controles (sadios), perguntando-se sobre as várias exposições suspeitas. Calcula-se matematicamente o risco de cada exposição, a Odds Ratio (OR) que representa a medida entre a exposição e a doença.

Estudo aplicável ao município como um todo ou a bairros e ruas ou estudos de doenças/quadros mais raros.

CONDIÇÃO/PASSO 7: AVALIANDO AS CONDIÇÃO/PASSO 7: AVALIANDO AS HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICAANALÍTICA

Page 32: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

POPULAÇÃO

DOENTES

NÃO-DOENTES

EXPOSTOS

NÃO-EXPOSTOS

EXPOSTOS

NÃO-EXPOSTOS

Estudo de Caso-Controle: a

c

b

d

Page 33: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Odds Ratio (OR)Odds Ratio (OR):

Razão de produtos cruzados ou razão de prevalências

Compara a proporção de expostos entre os casos com a proporção de expostos entre os controles (ad/bc)

É uma medida indireta da Incidência da doença

Page 34: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

Exposição Doentes Não-Doentes Total

Expostos A B A + B

Não-Expostos C D C + D

Total A + C B + D A + B + C + D

Tabela 2x2Tabela 2x2 - Doença e Exposições = 1, 2, 3 ....N

Tx de Ataque (1...N) Doentes Expostos) = A/A + B

Tx de Ataque (1...N) Doentes Não-Expostos = C/C + D

RR = (A/A + B)/(C/C + D) RA = (A/A + B) - (C/C + D)

OR = AD/BC

Determinar o Intervalo de Confiança (IC) e aplicar Testes estatísticos para determinar a força/significância da associação.

Page 35: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

VIÉS METODOLÓGICO:VIÉS METODOLÓGICO:

Viés de Seleção:Viés de Seleção: são erros referentes à escolha da população ou pessoas envolvidas no surto a serem investigadas

Viés de Aferição:Viés de Aferição: são erros na coleta de informações, nos formulários, nas perguntas, na coleta ou resultado de exames, despreparo dos entrevistadores

Viés de Confundimento:Viés de Confundimento: são erros nas interações entre variáveis, outras associações, análise estatística inadequada

Page 36: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

TESTES ESTATÍSTICOSTESTES ESTATÍSTICOS

TESTES DE SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICAS - CÁLCULO DO TESTE DE X2 (CHI QUADRADO) Alimento implicado/Outra Fonte comum _____________RR = ou OR =

TABELA 2 X 2 DO SURTO (PASSO 1)EXPOSIÇÃO DOENTES NÃO-DOENTES TOTAL________________________________________________________COMERAM a b a + bNÃO COMERAM c d c + d________________________________________________________TOTAL a + c b+ d a + b + c + d (n)

TABELA 2 X 2 FREQÜÊNCIA ESPERADA (PASSO 2)EXPOSIÇÃO DOENTES NÃO-DOENTES TOTAL_________________________________________________________COMERAM ae be ae + beNÃO COMERAM ce de ce + de_________________________________________________________TOTAL ae + ce be + de ae+ be + ce + e (ne)

Page 37: INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS - Método Epidemiológico de Investigação e Sistema de Informação - DIVISÃO

PASSO 1

Preencha na Tabela 2 x 2 do Surto os dados do alimento epidemiologicamente implicado e calcule os totais das margens(a +b; c + d; a + c; b +d) e a soma dos totais (n). Se algum destes totais marginais for menor que 10 pule os Passos 2 a 4 e use o Teste Exato de Fisher, adiante. Calcule ao lado os itens i, ii, iii, iv e v.

CÁLCULOS PASSO 1i) a + b = ii) c + d = iii) a + c =iv) b + dv) n =

TESTES ESTATÍSTICOSTESTES ESTATÍSTICOS

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PASSO 2

Preencha na Tabela 2 x 2 de Freqüência Esperada os totais das margens da Tabela do Surto (a +b; c + d; a + c; b +d) e a soma dos totais (n). Calcule as freqüências esperadas para ae, be, ce e de e preencha a Tabela de Freqüência Esperada. Se algum destes totais for menor que 5, pule os Passos 3 e 4 e use o Teste Exato de Fisher, adiante. Calcule ao lado os itens vi, vii, viii, e ix.

CÁLCULOS PASSO 2vi) ae = i x iii /v = vii) be = i - vi =viii) ce = iii - vi =ix) de = ii - viii =

TESTES ESTATÍSTICOSTESTES ESTATÍSTICOS

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PASSO 3

Se vi, vii, viii e ix forem todos maiores que 5, calcule o X2:

X2 = n[(a x d - c x b) - n/2] 2

(a +b)(c + d)(a + c)(b + d)

CÁLCULOS PASSO 3

X2 =

TESTES ESTATÍSTICOSTESTES ESTATÍSTICOS

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PASSO 4

Compare o X2 à probabilidade (p-value) de valores críticos da distribuição de X2:

Valores de X2 p-value2,71 0,103,84 0,057,88 0,005

CÁLCULOS PASSO 4

X2 = p-value =

Interpretação = Um valor de X2 de 3,84 ou maior (p<0,05) indica que há evidência que sugere uma diferença entre a Tabela do Surto e Tabela de Freqüência Esperada , e assim, o alimento sob investigação está associado à doença observada. Um valor de X2 de 7,88 ou maior (p<0,005) indica que há forte evidência que sugere uma diferença entre a Tabela do Surto e a de Freqüência Esperada, e assim, o alimento sob investigação é relacionado à doença observada.

TESTES ESTATÍSTICOSTESTES ESTATÍSTICOS

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EXPLICAÇÃO ESTATÍSTICAEXPLICAÇÃO ESTATÍSTICA

Região de Rejeição da Ho

X2 Água = 1,2 X2 Morangos da Horta Y = 40,17

IC = 95%

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Se nenhuma dessas hipóteses for confirmada pelo estudo, reconsiderar e estabelecer novos estudos, buscar novos dados, incluindo estudos de laboratório e ambientais.

CONDIÇÃO/PASSO 8: REFINANDO AS CONDIÇÃO/PASSO 8: REFINANDO AS HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA HIPÓTESES - EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICAANALÍTICA

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CONDIÇÃO/PASSO 9: IMPLEMENTANDO O CONTROLE E CONDIÇÃO/PASSO 9: IMPLEMENTANDO O CONTROLE E MEDIDAS DE PREVENÇÃOMEDIDAS DE PREVENÇÃO

MEDIDAS DEVEM SER TOMADAS O MAIS PRECOCEMENTE POSSÍVEL:

- Recomendações/Tratamentos dos casos

- Medidas sanitárias em relação aos alimentos, água, estabelecimentos, ambiente, etc..

- Interromper a cadeia de infecção

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CONDIÇÃO/PASSO 10: ENCERRANDO E CONCLUINDO A CONDIÇÃO/PASSO 10: ENCERRANDO E CONCLUINDO A INVESTIGAÇÃO INVESTIGAÇÃO

RELATÓRIO FINAL - RELATÓRIO FINAL - DIVULGANDO OS ACHADOS E DIVULGANDO OS ACHADOS E MEDIDAS E ENVIANDO OS DADOSMEDIDAS E ENVIANDO OS DADOS

Introdução(breve história sobre o surto,dados gerais sobre número de casos notificados e pessoas expostas, data de notificação, início da investigação, etc.)

Material e Métodos: Definições básicas de caso; descrição da investigação epidemiológica realizada (tipo de estudo); descrição da investigação laboratorial em pacientes e alimentos (amostras coletadas, testes realizados, etc.); descrição da investigação ambiental.

Resultados e Discussão: 1) Distribuição dos pacientes segundo os sintomas apresentados; 2) Distribuição dos pacientes por faixa etária, sexo, e respectivos coeficientes de incidência; 3) Curva epidêmica e período mediano de incubação; 4) Taxas de ataque, Risco Relativo ou OR, Risco Atribuível para os alimentos com IC e Testes estatísticos (EPI INFO); Resultados laboratoriais; Fatores contribuintes.

Conclusões: conclusões finais, medidas tomadas para controlar o surto e impedir novos casos e recomendações.

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Comunicar o que foi achado e feito, a todos os que precisam saber:

1) Divulgar o relatório final

2) Discutir os achados com os médicos envolvidos no atendimento a pacientes, professores e lideranças de bairro, moradores, comerciantes, população em geral, visando a aumentar a notificação e os cuidados de prevenção/educação sanitária

3) Discutir com todas as autoridades locais e regional visando o aprimoramento do sistema de vigilância (epidemiológica e sanitária) e das medidas de controle

4) Enviar os dados para todos os níveis de VE e VISA

A DIVULGAÇÃO DOS DADOS AJUDA A MELHORAR O CONHECIMENTO DE A DIVULGAÇÃO DOS DADOS AJUDA A MELHORAR O CONHECIMENTO DE TODOS E A GERAR BOAS MEDIDAS DE CONTROLETODOS E A GERAR BOAS MEDIDAS DE CONTROLE

CONDIÇÃO/PASSO 10: ENCERRANDO E CONCLUINDO A CONDIÇÃO/PASSO 10: ENCERRANDO E CONCLUINDO A INVESTIGAÇÃOINVESTIGAÇÃO

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2ª Parte: Prática

EXERCÍCIO - INVESTIGAÇÃO DE UM SURTO DE DIARRÉIA NA FESTA DO SR. X, Município de Porto Belo (disponível nos anexos do Manual do Treinador – Investigação de Surtos).

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