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Léxico sânscrito

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  • Glossrio

    A Abhieka banho da Deidade com leite, iogurte, gua e outros ingredientes. crya mentor espiritual; aquele que ensina pelo exemplo. cryas gauya-vaiavas mestres proeminentes na linhagem do Senhor Caitanya. Adhr gop inquieta em virtude da raiva provocada pelo cime. Adhirha-mahbhva A fase mais elevada de mahbhva, exclusiva das gops de Vraja. Humor em que todos os anubhvas manisfestos em mahbhva resoluto assumem caractersticas especiais, mais avassaladoras ainda que os anubhvas vivenciados normalmente. H duas classes de adhirha-mahbhva: (1) modana e (2) mdana. Modana a adhirha em que os sttvika-bhvas do nyaka e da nyik so estimulados muitssimo mais que na condio de ardor intenso (uddpta). Modana no ocorre em ningum seno nas gops do grupo de r Rdh. Em certas condies especiais de distanciamento entre o amante e a amada, modana vira mohana, e, como resultado do desamparo sentido por causa da saudade, todos os sttvika-bhvas manifestam-se na condio de ardor (sddpta). (2) Quando se intensifica ainda mais, mahbhva atinge um estado extremo de evoluo. A emoo soberana que aciona o seu jbilo, devido manifestao simultnea de emoes transcendentais as mais variadas, chama-se mdana. Este mdana-bhva manifesta-se eterna e esplendidamente apenas em r Rdh e s ocorre quando do encontro. Outro nome para este sentimento mdanakhya-mahbhva. Advaita-jna - conhecimento da no-dualidade. Embora em seu verdadeiro sentido se refira Suprema e Absoluta Personalidade de Deus, que isenta de qualquer vestgio de dualidade, a concepo myvda de advaita-jna diferente. Brahman, a substncia primordial, dizem os defensores desta concepo, no tem forma, qualidades, personalidade e variedade. Advaita-vda - doutrina do no-dualismo, monismo. Enfatiza a igualdade absoluta entre os seres vivos e Deus. Em geral, equivale teoria myvda segundo a qual (1) tudo uma coisa s; (2) no h diferena entre o Absoluto Supremo e os seres vivos individuais; (3) o Supremo isento de forma, personalidade, qualidades e atividades; e (4) a perfeio resume-se em fundir-se no brahman impessoal e onipenetrante. Esta doutrina foi propagada por r akarcrya. Agnstico - Quem postula que (1) a existncia de qualquer coisa alm e por trs dos fenmenos materiais desconhecida e (at onde se pode inferir) incognoscvel; e (2) uma Causa Primeva e um mundo invisvel so temas sobre os quais nada sabemos. (in Oxford English Dictionary Unabridged) Aivarya opulncia, esplendor, magnificncia, majestade, supremacia; quanto a bhakti,

  • refere-se devoo inspirada pela opulncia da majestade do Senhor, sobretudo sob Sua forma como o Senhor Nryaa. Esta categoria de devoo restringe a intimidade das trocas amorosas entre Bhagavn e Seus devotos. lambana um aspecto de vibhva, o apoio. Subdivide-se em viaylambana, o objeto de rati ou seja, aquele por quem rati desperta , e raylambana, o receptculo de rati ou seja, aquele em quem rati desperta. Anartha (an-artha, sem valor) desejos, hbitos ou atividades imprprios que impedem nosso avano em bhakti; em outras palavras, tudo que contrrio a bhakti. Anubhva um dos cinco ingredientes essenciais de rasa. Conjunto de manifestaes externas que expem ou revelam as emoes espirituais que vibram no corao. Ao todo, so treze: danar (ntya), rolar no cho (viluhita), cantar (gta), chorar alto (kroana), contorcer o corpo (tanu-moana), rugir (hukra), bocejar (jmbhaa), respirar ofegantemente (vsa-bhm), evitar os outros (loknapekit), salivar (llsrva), gargalhar (aahsa), cambalear (ghr) e soluar (hikk). Anurga (1) apego, afeio ou amor; (2) fase intensificada de prema que antecede mahbhva. O Ujjvala-nlamai (14.146) define anurga da seguinte forma: Embora se encontre regularmente com seu amado e o conhea bem, a amante, movida por tenro sentimento de intenso apego, o experimenta de maneiras sempre viosas e novas a cada instante, como se nunca tivesse se encontrado com ele antes. O apego que inspira semelhante sentimento chama-se anurga. Apardha (apa = contra, tirar; rdha = fluxo de afeio) ofensa contra o santo nome, os vaiavas, o mestre espiritual, as escrituras, os lugares sagrados ou a deidade. Aprkta transcendental, alm da influncia da natureza material, alm da percepo da mente e dos sentidos, no criado por humanos, alm do mundo material, prprio da morada transcendental de Ka, extraordinrio, divino, puro, ou constitudo de conhecimento e bem-aventurana espirituais. rati cerimnia durante a qual se oferecem Deidade artigos de adorao, tais como incenso, lamparina, flores e abano, ao acompanhamento de canto, dana e tocar de sino. Arcana adorao Deidade; um dos nove processos primrios de servio devocional. sakti apego; refere-se em especial ao apego ao Senhor e Seus companheiros eternos. sakti ocorre quando o gosto pelo bhajana leva a um apego direto e profundo quele que o objeto deste bhajana. Vem a ser a sexta etapa no desenvolvimento da trepadeira da devoo, e desperta quando do amadurecimento do gosto pelo bhajana. Aa-sakhs as oito gops principais de rmat Rdhik: Lalit, Vakh, Citra, Indulekha, Campakalat, Ragadev, Sudev e Tugavidy. Aa-sttvika-bhvas confira Sttvika-bhvas.

  • tma-nivedanam oferecer-se a Ka. Quem se oferece ao Senhor deixa de agir em troca de seu prazer independente. Deste modo, ocupa corpo, mente, vida e tudo o mais a servio de r Bhagavn. Uma das nove ramificaes primrias de bhakti. Avidy ignorncia, iluso, ignorncia espiritual. H quatro categorias de ignorncia: confundir o impermanente com o permanente, o sofrvel com o prazeroso, o impuro com o puro e o no-eu com o eu. Avidy uma das cinco classes de klea (misria) destrudas por bhakti.

    B Bhagavn - o Senhor Supremo, a Personalidade de Deus. Afirma o Viu Pura (6.5.72-74): Usa-se o termo bhagavat para descrever o Brahman Supremo, que dotado de todas as opulncias, plenamente puro e a causa de todas as causas. A slaba bha tem dois significados: (1) mantenedor dos seres vivos e (2) sustentculo dos mesmos. A slaba ga tambm tem dois significados: (1) o criador e (2) aquele que faz com que os seres vivos obtenham os resultados de karma e jna. Chama-se bhaga, ou fortuna, o conjunto de opulncia completa, religiosidade, fama, beleza, conhecimento e renncia. (O sufixo vat indica posse. Portanto, quem tem estas seis opulncias chama-Se Bhagavn.) Bhgavata-parampar Duas so as linhagens discipulares: pacartrika-guru-parampar e bhgavata-guru-parampar. Bhgavata-guru-parampar a sucesso discipular de almas autorrealizadas atuando, ou como ik-gurus, ou como dk-gurus. Pacartrika-guru-parampar a sucesso discipular de dk-gurus que podem ser autorrealizados ou no e que realizam os procedimentos formais de iniciao conforme a orientao do stra. O pacartrika-guru-parampar ser parte integrante do bhgavata-guru-parampar se o dk-guru for autorrealizado e capaz de elevar o discpulo meta mxima da vida. rla Prabhupda Bhaktisiddhnta Sarasvat, rla Bhaktivinoda hkura e rla Rpa Gosvm aceitam este bhgavata-guru-parampar.

    s vezes, quando o dk-guru uma alma condicionada, pode ocorrer de o pacartrika-guru-parampar ser ilegal e contrrio a bhakti. Neste caso, este fica isolado, no sendo possvel inclu-lo no bhgavata-guru-parampar. Contudo, o bhgavata-guru-parampar orientado por ik-gurus como rla Rpa Gosvm, rla Santana Gosvm, rla Svarpa Dmodara e r Rya Rmnanda sempre autntico.

    Se o pacartrika-dk-guru, sob sua forma espiritual constitucional, vivencia uma rasa inferior de seu discpulo, este deve eventualmente refugiar-se em outro vaiava qualificado para lhe proporcionar a devida orientao superior. Pode acontecer de o guru e o discpulo em pacartrika-guru-parampar terem a mesma rasa, mas de o guru no ser to qualificado. Nestas circunstncias, o discpulo dever refugiar-se em um vaiava uttama de modo a conseguir bhajana-ik mais elevado semelhante vaiava ser tido como o seu guru em bhgavata-parampar. Como demonstram estas duas consideraes, h certos defeitos inerentes ao processo pacartrika, ao passo que o bhgavata-parampar impecvel sob todos os aspectos. Bhajana (1) atividades realizadas com a conscincia de que somos servos de Ka. Como explica o Garua Pura (Prva-khaa 231.3), a raiz verbal bhaj utiliza-se especificamente

  • no sentido de sev, servio; (2) em geral, bhajana se refere prtica de atividades espirituais, em especial, ouvir, cantar e meditar nos nomes, forma, qualidades e passatempos de Ka. Bhajana-kura pequena cabana onde o vaiava ou santo pratica seu bhajana, meditao pessoal. Bhakta devoto. Bhakti palavra derivada da raiz bhaj, servir. Logo, seu significado primrio prestar servio. rla Rpa Gosvm descreve as caractersticas intrnsecas de bhakti no r Bhakti- rasmta-sindhu (1.1.11): anybhilita-nya jna-karmdy-anvtam nuklyena knu-lana bhaktir uttam Uttama-bhakti, servio devocional puro, o cultivo de atividades destinadas exclusivamente ao benefcio de r Ka, em outras palavras, o fluxo ininterrupto de servio a r Ka, realizado mediante todos os esforos do corpo, da mente e das palavras e pela expresso de diversos sentimentos espirituais (bhvas). Alm disso, no coberto por jna (cultivo de conhecimento de nirviea-brahma visando liberao impessoal), karma (atividades em troca de recompensa), yoga ou austeridades, sendo totalmente isento de qualquer desejo a no ser a aspirao a satisfazer r Ka. Bhakti-rasa a doura decorrente da prtica do servio devocional. Bhva (1) emoes espirituais, amor ou sentimentos; (2) a fase inicial de perfeio em devoo (bhva-bhakti). Fase de bhakti em que uddha-sattva, a essncia da potncia interna do Senhor (composta de conhecimento transcendental e bem-aventurana), transmitida ao corao do devoto praticante, oriunda do corao dos companheiros eternos do Senhor, e lhe abranda o corao com diversas espcies de sabores. Esta fase, tambm conhecida como rati, o brotar de prema, sendo a stima no processo de evoluo da trepadeira da devoo. Bhva-balya superao; o confronto e a coliso de uma srie de vyabhicri-bhvas, caracterizados pelo fato de um bhva suprimir o outro e sobressair. Bhva-sandhi unio; quando dois vyabhicri-bhvas, sendo do mesmo tipo ou no, se encontram. Bhva-nti serenamento; quando um poderosssimo vyabhicri-bhva se abranda. Bhva-udaya despertar ou gerao de um vyabhicri-bhva. Bhva-anukla (favorvel ao humor almejado por algum); usar colar feito de contas de tulas, aplicar tilaka, adotar os sinais externos de um vaiava, fazer tulas-sev e parikrama, prestar prama e assim por diante so exemplos de bhva-anukla. Uma das cinco categorias de sdhana em rgnuga-bhakti. Bhva-aviruddha (nem contrrio nem incompatvel em relao ao humor desejado); respeitar as vacas, a figueira-de-bengala, o miroblano e os brahmanas so atividades conducentes e, portanto, tidas como bhva-aviruddha. Uma das cinco categorias de sdhana em rgnuga-bhakti.

  • Bhvamayi (composto do humor desejado); quando ramificaes de bhakti, tais como ravaa e krtana, so saturadas com um dos bhvas primrios (dsya, sakhya, vatslya ou mdhurya), elas nutrem a rvore do futuro prema do sdhaka. Nessa altura, elas so chamadas bhvamaya-sdhana. To logo prema se manifesta, passam a ser chamadas de bhvamayi-sdhya. Uma das cinco categorias de sdhana em rgnuga-bhakti. Bhva-pratikla (o que se ope ao humor desejado) uma das cinco categorias de sdhana em rgnuga-bhakti. Bhva-sambandh (relacionado ao humor desejado); as ramificaes de bhakti, inclusive guru-padraya, mantra-japa, smaraa, dhyna e assim por diante so conhecidas como bhva-sambandh-sdhana. Como a iniciativa de observar votos em dias santos como Ekda e Janmam auxilia a ramificao smaraa, considerada bhva-sambandh parcial. Uma das cinco categorias de sdhana em rgnuga-bhakti. Bhoga Alimento ainda no oferecido s Deidades. Brahmacr membro do primeiro rama (etapa da vida) no sistema de varrama; estudante solteiro e celibatrio. Brahma-jna conhecimento do brahman impessoal e que almeja a liberao impessoal. Brahman refulgncia espiritual emanada do corpo transcendental do Senhor; aspecto indistinto e onipenetrante do Absoluto. Dependendo do contexto, pode-se referir ao Brahman Supremo r Ka, que a fonte do brahman. Brhmaa vara (classe social) mais elevada entre as quatro do sistema de varrama; sacerdote ou professor. Brhma mulher da classe dos brhmaas; esposa de um brhmaa. Brahmavda doutrina do nirviea-brahman indistinto, cuja meta o fundir do eu na refulgncia de Ka. Brahmavd quem segue a doutrina brahmavda.

    C Caitanya Mahprabhu r Ka ao aparecer no humor de um bhakta. Tambm chamado r Caitanya, rman Mahprabhu, Gaura, Gauracandra, Gaurahari, Gaurakiora, Gaurga, Gaurasundara, Ka Caitanya, Nimi Paita, acnandana e Vivambhara. O Senhor Supremo que apareceu em1486 d.C. em Navadvipa, Bengala Ocidental. Embora seja idntico a r Ka, advm com o bhva (humor interno) e knti (tez) de rmat Rdhik a fim de saborear as douras de Seu amor por Ka. Assumindo os sentimentos de um devoto, Caitanya espalhou o amor a Ka mediante o cantar de r harinma: Hare Ka Hare Ka, Ka

  • Ka Hare Hare, Hare Rma Hare Rma, Rma Rma Hare Hare. Cakra disco, um dos quatro smbolos de Viu. Candana pasta de sndalo, usada ao se adorar a Deidade. Chaya - sombra. Cintmai potente joia espiritual (pedra que satisfaz todos os desejos), encontrada no reino transcendental. Citra-jalpa discurso cheio de variaes; sintoma exttico manifesto em mohana-mahbhva. O Ujjvala-nlamai (14.174, 17880) o explica da seguinte forma: Este sintoma de aturdimento desperta praticamente s em rmat Rdhik. Ela atinge uma fase especial deste aturdimento, etapa maravilhosa que parece algo ilusrio e conhecida como divyonmda. Muitos so os seus aspectos, que vm e vo sem estabilidade citra-jalpa uma destas manifestaes. Esta fala, induzida pelo fato de Ela ter visto um amigo de Seu amado, cheia de raiva camuflada e abrange toda uma gama de xtases. Uma intensa e sfrega avidez reflete o pice de Sua fala. Citra-jalpa se expressa de dez maneiras: prajalpa, parijalpa, vijalpa, ujjalpa, sajalpa, avajalpa, abhijalpa, jalpa, pratijalpa e sujalpa.

    D

    Daavat-prama daa = vara, prama = reverncias; assim sendo, daavat-prama quer dizer prestar reverncias, prostrando-se no cho como uma vara. Darana ver, encontrar, visitar ou contemplar. Basicamente, um termo usado para indicar o ato de contemplar a Deidade ou devotos avanados. Darana tambm significa doutrina ou sistema filosfico, como em vednta-darana. Daa-mla dez razes. Segundo o yur-veda, a cincia da medicina ervanria, existem dez razes que, uma vez combinadas, produzem um tnico revitalizador e neutralizador de doenas. Analogamente, existem dez princpios ontolgicos. Uma vez entendidos de forma apropriada e postos em prtica, destroem a doena da existncia material, reanimando a alma. O primeiro desses princpios, conhecido como prama, vem a ser a evidncia que estabelece a existncia das verdades fundamentais. Os outros nove chamam-se prameyas, verdades a serem consolidadas.

    Prama refere-se literatura vdica e, em particular, ao rmad-Bhgavatam. O Bhgavatam, a essncia de todos os Vedas, revela a faceta amorosa mais ntima do Senhor, bem como o potencial da alma para unir-se a Ele e a Seus companheiros eternos em seus jogos de divinas trocas amorosas.

    Dos nove prameyas, os sete primeiros relacionam-se a sambandha-jna, o conhecimento do relacionamento entre r Bhagavn, Suas energias e os seres vivos (tanto os condicionados quanto os liberados). O oitavo prameya trata de abhidheya-jna, conhecimento do mtodo pelo qual o ser vivo consegue entabular um relacionamento amoroso e eterno com r Ka. O nono tem a ver com prayojana, a meta mxima a ser

  • alcanada na busca do caminho transcendental. Esta meta, que se chama ka-prema, assume infinitas variedades quando se manifesta em diferentes bhaktas imersos em diversos humores de amor divino. Devas deidades celestiais; seres muito longevos e piedosos que habitam os planetas superiores; so dotados de capacidades fsicas e mentais elevadssimas, alm de poderes especficos que eles usam para administrar o universo. Devats o mesmo que devas. Dhma lugar sagrado de peregrinao; a morada do Senhor, onde Ele realiza Seus passatempos transcendentais toda que ali Se manifesta. Dharma da raiz verbal dh = sustentar; literalmente, aquilo que sustenta. (1) religio em geral; (2) deveres scio-religiosos prescritos pelas escrituras para diferentes classes sociais no sistema varrama e destinados a elevar-nos ao patamar de bhakti. Dhir uma gop gentil, sbria ou que costuma abafar a raiva que lhe causa o cime. Dk-guru mestre espiritual iniciador. Divyonmda maravilhoso estado divino, semelhante confuso total. Ocorrido na etapa de mohana-mahbhva, apresenta aspectos os mais variados, tais como udghr e citra-jalpa. Virtualmente, s rmat Rdhik o experimenta. Dvrakvss residentes de Dvrak.

    G Gad maa, um dos quatro smbolos de Viu. Gautama conhecido popularmente como Akapda Gautama. Segundo alguns eruditos, viveu no sculo V a.C. e fundou a escola prcna (mais antiga) de filosofia nyya (lgica). Escreveu o Nyya-stra, tido como o primeiro texto a sistematizar o nyya. O tradicional sistema nyya dos dias de hoje baseia-se sobretudo nesta obra de Gautama. O Nyya-stra divide-se em cinco adhyyas, lies, em geral chamadas de livros. Cada lio subdivide-se em dois hnikas, captulos dirios, os quais, por sua vez, contm certa quantidade de stras, aforismos. Os stras tambm se subdividem em prakaraas, temas, apresentados por comentadores como Vtsyyana e Vcaspati. Ghta-sneha manifestao de sneha (fase anterior a prema). Ghta quer dizer leo de manteiga, que, ao contrrio do mel, no doce por si s, tornando-se saboroso apenas quando misturado ao acar e outros ingredientes De forma semelhante, ghta-sneha, o amor expresso por Candrval e seu grupo, no tem doura independente como madhu-sneha (ver Madhu-sneha), pois s adquire sabor se misturado a outros bhvas.

  • Gokula-Vndvana A morada mais elevada no mundo espiritual. L, Ka Se manifesta sob Sua doce forma original, um vaqueirinho, rodeado por seus amorosos servos, os gopas e as gops de Vraja. Gopa (1) vaqueirinho que serve Ka no humor de amigo ntimo; (2) companheiro de Nanda Mahrja, de idade prxima dele, que serve a Ka no humor de afeio parental. Gop (1) uma das jovens vaqueirinhas de Vraja, encabeadas por rmat Rdhik, que serve a Ka no humor de amor extraconjugal; (2) companheira mais velha de Me Yaoda que serve a Ka no humor de afeio parental. Gol estbulo; abrigo para as vacas. Gosvm - Quem controla os prprios sentidos. Ttulo atribudo aos integrantes da ordem de vida de renncia. Em geral, refere-se aos renomados seguidores de Caitanya Mahprabhu, que adotaram a vida de mendicantes. Os descendentes dos familiares desses Gosvms, ou de seus servos, costumam adotar este ttulo com base apenas em sua ascendncia. Dessa forma, o ttulo Gosvm acabou virando um sobrenome. Os administradores dos templos tambm costumam ser chamados de Gosvms. Ghastha Chefe de famlia; membro do segundo arama (fase de vida) no sistema varrama. Guj semente vermelha pequena e brilhante com um crculo negro em um lado. Segundo dizem, esta semente representa rmat Rdhik. Gurukula escola de ensino vdico. Os meninos comeam a estudar aos cinco anos, vivendo como celibatrios sob a orientao do mestre espiritual. Guru-parampar sucesso discipular mediante a qual mestres espirituais fidedignos transmitem conhecimento espiritual.

    H Hari-kath narraes a respeito dos santos nomes, da forma, das qualidades e dos passatempos do Senhor. Harinma o cantar dos santos nomes de r Ka. Quando no faz parte da expresso harinma-sakrtana, refere-se em geral prtica do cantar suave e individual do mah-mantra Hare Ka, usando-se um rosrio de contas de tulas. Hldin refere-se svarpa-akti predominada por hldin. Hldin a potncia relacionada ao aspecto de bem-aventurana (nanda) do Senhor Supremo. Apesar de o Senhor Supremo ser a personificao de todo o prazer, hldin aquela potncia mediante a qual Ele saboreia bem-aventurana transcendental e faz que com que outros a experimentem.

  • I

    Iadeva deidade adorvel; forma especfica de Ka pela qual algum se sente atrado e que o objeto de seu amor e servio. vara - Senhor Supremo ou Controlador Supremo.

    J Jaimini - fundador do sistema prva-mms de filosofia, mais conhecido como sistema mms. Conforme afirmam os eruditos contemporneos, por volta do sculo IV a.C., Jaimini comps esse sistema, que lida com a investigao da natureza do dharma e formula sua interpretao dos textos vdicos, da qual a prtica de sacrifcios depende por inteiro. O sistema descreve os diferentes sacrifcios e seus propsitos. O Mms-stra contm doze captulos, o primeiro dos quais versa sobre a fonte do conhecimento e a validade dos Vedas. reconhecido como a obra basilar e abrangente da escola mms de filosofia, que deu origem a inmeros comentrios e interpretaes derivadas destes. Jmavanta tambm conhecido como Jmbavn Jna; (1) conhecimento; (2) conhecimento que conduz liberao impessoal est associado distino entre tm e matria e sua identidade enquanto brahman. Jva a entidade viva eterna e individual, que, no estado condicionado de existncia material, assume um corpo em uma das inumerveis espcies de vida. Jva Gosvm irmo de Rpa e Santana Gosvms e filho de r Vallabha (Anupama). Ainda menino, sentia profunda atrao por r Ka. No passou sua infncia brincando, mas, sim, adorando Bhagavn com flores, sndalo e outros artigos. Na juventude, foi para Vras para estudar snscrito com Madhusdana Vcaspati, um discpulo de Srvabhauma Bhacrya. Aps concluir seus estudos, foi para Vndvana, refugiando-se em seus tios, r Rpa e Santana. Depois que Rpa e Santana partiram deste mundo, ele tornou-se o lder dos seguidores vaiavas de rman Mahprabhu. Suas volumosas contribuies literrias, entre elas, o Sa-sandarbha e o Gopala-campu, bem como comentrios ao rmad-Bhgavatam, ao Bhakti-rasmta-sindhu e ao Ujjvala-nlama, representam apoio significativo evidncia strica da autenticidade dos ensinamentos de r Caitanya. Segundo o Gaura-gaoddea-dpik (194-207), ele Vilsa Majar em ka-ll. Jna (1) conhecimento; (2) conhecimento que conduz liberao impessoal. Jn algum que segue o caminho de jna, cultivo de conhecimento visando liberao impessoal. Jn-bhakta devoto que adora Bhagavn no humor de opulncia e, em virtude de sua percepo de que o Senhor onipresente e completo, no Lhe presta servios pessoais.

  • K

    Kajjala unguento usado para enegrecer as bordas das plpebras. Kali-yuga a atual era de desavenas e hipocrisia, iniciada h cinco mil anos. Kalpa a durao de um ciclo de quatro yugas calculada conforme os calendrios celestiais, de modo que, do ponto de vista dos planetas celestiais, este ciclo, chamado divya-yuga, de doze mil anos. Mil divya-yugas equivalem a um dia de Brahm. A criao durante o dia de Brahm chama-se kalpa e a criao de Brahm, vikalpa. Quando os vikalpas so oportunizados mediante a respirao de Mah-Viu, isto se chama mah-kalpa. H ciclos regulares e sistemticos para estes mah-kalpas, vikalpas e kalpas. Kada sbio antigo, originador do sistema vaieika de filosofia (vide Vaieika). Em princpio, kada quer dizer quem sobrevive com pouqussimo alimento. Isto pode estar vinculado ao preceito bsico da escola, segundo o qual o universo formado por partculas minsculas de matria, chamadas au (consulte o Nyya-kandal de rdhara caso queira maiores informaes sobre este assunto). Kada tambm conhecido por sinnimos de seu nome, entre eles, Kaabhuja e Kaabhaka, ou ainda por seu nome genealgico, Kayapa. Ulka, que significa coruja, outro de seus nomes. Conforme reza a tradio, o Senhor iva teria aparecido para este sbio sob a forma de uma coruja e lhe revelado o sistema vaieika. Acredita-se que Kada tenha vivido e lecionado em Vras.

    O Vaieika-stra, texto bsico do sistema, de autoria do mesmo sbio, porm, no h registros exatos sobre sua vida e sua obra. Para a tradio, o Vaieika-stra data do sculo VIII a.C., mas, para alguns acadmicos modernos, o texto seria do primeiro sculo d.C. Os preceitos bsicos do sistema eram conhecidos dos primeiros compiladores do Caraka-sahit no s de seu editor final, Caraka, mas tambm de seu autor original, Agnivea, o qual teria vivido diversos sculos antes da era crist. A filosofia vaieika, como a prope o stra, reconhecida por vrias escolas budistas, em particular, as madhyamikas e vaibhikas. A obra pali chamada Milindapanha, escrita no primeiro sculo d.C., menciona vaieika como uma ramificao consolidada da sabedoria indiana. Kaniha-adhikra a fase do iniciante na prtica de bhakti. Kaniha-adhikr ou kaniha-bhakta o devoto nefito nesta fase. Kapiladeva avatra de r Ka, filho de Kardama Muni e Devahti, que ensinou o verdadeiro significado da filosofia skhya Sua me. Nesta filosofia skhya original, Kapiladeva estabelece vinte e cinco princpios. Acima deles, est a existncia de r Bhagavn, a fonte dos mesmos princpios. Outro Kapila, surgido mais tarde na dinastia de Agni, ensinou uma verso atesta de skhya. O skhya atesta aceita os vinte e cinco princpios mas nega a existncia de Deus. O skhya de Kapiladeva acaba culminando em bhakti. Karatlas cmbalos metlicos de mo usados para acompanhar cnticos devocionais. Karma (1) Qualquer atividade realizada no transcorrer da existncia material; (2) aes em troca de recompensa; atos piedosos que redundam em lucro material neste mundo ou nos

  • planetas celestiais aps a morte; (3) destino; atividades prvias e seus respectivos resultados inevitveis. Kavi poeta. Krtana a mais importante das nove ramificaes de bhakti, consistindo em: (1) canto congregacional dos santos nomes de r Ka, acompanhado por msica ou no; (2) canto individual em voz alta; ou (3) narraes das glrias dos nomes, forma, qualidades, companheiros e passatempos de r Ka. Krtany quem realiza krtana. Kior, Kiora mocinha ou rapazinho, respectivamente, na flor da juventude. Ka o Senhor Supremo original, Svayam Bhagavn. Ele avatr, a fonte de todos os outros avatras. Sua manifestao parcial o Paramtm e a refulgncia de Seu corpo, o brahman onipresente. Seu corpo constitudo de sac-cid-nanda eternidade, conhecimento e bem-aventurana. Ele a personificao de todas as douras espirituais raso vai sa. Seu pai Nanda Mahrja e Sua me, Yaod. Balarma Seu irmo e rmat Rdhik, Sua consorte eterna. Ele um vaqueirinho encantador e Sua tez de cor semelhante de uma recm-formada nuvem de mono. Traja brilhante dhot amarelo, traz uma pena de pavo em Sua coroa e usa uma guirlanda de tenras flores silvestres. Tem sessenta e quatro qualidades transcendentais, quatro das quais Lhe so exclusivas: (1) veu-mdhurya atrai o mundo todo, e as gops em especial, com o melodioso som de Sua flauta; (2) rpa-mdhurya a beleza extraordinria de Seu corpo cativa a mente de todos; (3) prema-mdhurya vive rodeado de amorosos companheiros ntimos, cujo prema (amor divino) no sofre as limitaes da reverncia ou da formalidade; (4) ll-mdhurya realiza passatempos belos e fascinantes, dentre os quais a rsa-ll o pice. Kadsa Kavirja autor do r Caitanya-caritmta. Em um sonho, teve darana de Nitynanada Prabhu, que o mandou ir para Vndvana. Diante dos insistentes pedidos dos vaiavas e aps ser abenoado pela Deidade Mdana Gopla, aceitou a tarefa de escrever a biografia de r Caitanya Mahprabhu. Tambm escreveu o Govinda-llmta, descrio dos oito perodos dos passatempos dirios de Rdh e Ka, e o comentrio chamado Sraga-ragad ao Ka-karnmta, famoso livro de Bilvamagala hkura. Em ka-ll, ele Kastr Majar. Katriya segundo dos quatro varas (classes sociais) no sistema varrama; administrador ou guerreiro. Kumra Sanaka, Sanandana, Sanat e Santana os quatro Kumras. No incio da criao, Brahm os gerou de sua mente (mana), e por isso chamam-nos de mnasa-putra. Devido ao seu profundo conhecimento, eram de todo desapegados dos prazeres deste mundo. Por isso, no deram nenhum auxlio a seu pai na tarefa da criao, j que haviam desenvolvido uma tendncia especulao impessoal (brahma-jna). Deveras desgostoso, Brahm orou a Bhagavn r Hari pelo bem-estar de seus filhos. Satisfeito com suas preces, r Bhagavn, como o avatra Hasa (cisne), atraiu a mente dos Kumras para o conhecimento do servio

  • devocional puro na plataforma absoluta, salvando-os da rida filosofia impessoal. Por isso, Sanaka i e seus irmos ficaram conhecidos como jn-bhaktas, tendo fundado a sucesso discipular de Nimbditya. Kuja bosque ou caramancho; retiro sombreado natural, com telhado e paredes formados por rvores, videiras e diversas espcies de trepadeiras. Kun duplicidade ou hbito de criticar.

    L Ll os divinos e surpreendentes passatempos de Bhagavn e Seus companheiros eternos, que, no tendo vnculo algum com este mundo material e estando alm do alcance dos sentidos e mente materiais, concedem toda classe de auspcios aos seres vivos.

    M Mdana avanado nvel de xtase, subdivide-se em duas categorias: mdana e mohana. O encontro chama-se mdana e o distanciamento, mohana. No patamar de mdana, h beijos e diversos outros sintomas, que so ilimitados. A fase de mohana subdivide-se em (1) udghr (instabilidade) e (2) citra-jalpa (variedades de conversas emocionadas e enlouquecidas). Citra-jalpa apresenta dez divises, chamadas prajalpa e assim por diante. Exemplo disto so os dez versos falados por rmat Rdhik no rmad-Bhgavatam, intitulados: Cano ao zango. Mdhurya doura ou beleza. Em bhakti, refere-se devoo inspirada pela atrao ao doce e ntimo aspecto de Ka como formoso vaqueirinho. Esta classe de devoo possibilita o apogeu da troca amorosa entre o Senhor e Seus devotos. Madhu-sneha manifestao de sneha (etapa posterior de prema). Trata-se da afeio imbuda de excessivo sentimento de posse (Ka meu). Madhu, ou mel, j doce por si s, logo, esta afeio manifesta sua prpria doura, sem depender de algum outro bhva. Manifesta-se em rmat Rdhik e Seu grupo. Madhva o principal crya da Brahm-sampradya, nascido em 1239, perto de Uup, filho de r Madhyageha Baa e rmat Vedavidy. Recebeu dk e sannysa de Acyuta-preka aos 12 anos de idade. Seu nome de sannys era Prapraja. Escreveu comentrios Bhagavad-gt, ao rmad-Bhgavatam, ao Brahma-stra e diversos outros livros. Madhva estabeleceu a doutrina de dvaita-vda, a qual enfatiza a distino eterna entre os seres vivos e o Senhor Supremo. Pregou vigorosamente contra os ensinamentos kevaldvaitavda de r akarcrya. Madhy gop cujas qualidades a posicionam entre as prakharas (rigorosas) e as mdvs (doces e gentis). Madhyama-adhikra etapa intermediria de bhakti. Madhyama-adhikr ou madhyama-bhakta o devoto nesta fase.

  • Mah-bhgavata devoto puro de Bhagavn na etapa mxima de vida devocional, exmio conhecedor da literatura vdica, dotado de f plena em r Ka e capaz de salvar o mundo inteiro. Mahbhva a fase mxima de prema, amor divino. O Ujjvala-nlamai descreve mahbhva da seguinte forma: Quando anurga atinge um estado especial de intensidade, passa a ser chamado bhva ou mahbhva. Esta fase de intensidade tem trs caractersticas: (1) anurga atinge o estado de sva-samvedya, ou seja, torna-se o objeto de sua prpria experincia; (2) torna-se prakita, manifesto em todo seu esplendor, isto , todos os oito stvika-bhvas eclodem de maneira saliente; e (3) chega fase de yvad-raya-vtti, isto , o ingrediente ativo do estado intensificado de anurga transmite a experincia do bhva de Rdh e Ka a quem quer que esteja presente e seja qualificado para receb-lo. Mahdeva um dos nomes do Senhor iva; o grande Senhor ou o principal entre os devas (vide iva) Mahjana personalidade elevada que ensina o ideal mais sublime e cujo comportamento sempre um exemplo a ser seguido. Mahvkya afirmaes principais das Upaniads. O pranava (om) o verdadeiro mahvkya dos Vedas. r akarcrya, contudo, fez ampla divulgao de quatro aforismos e os denominou mahvkyas, da a associao deste termo s seguintes expresses: aham brahmasmi sou brahman (Brhad-aranyaka Upanisad, 1.4.10); tat tvam asi svetaketo Svetaketo, voc isso (Chandogya Upanisad, 6.8.7); prajnam brahma o conhecimento supremo brahman (Aitareya Upanisad, 1.5.3) e sarvam khalv idam brahma todo o universo brahman (Chandogya Upanisad,3.14.1). Mahmy a potncia geradora de iluso, responsvel pela manifestao do mundo material, do tempo e das atividades materiais. (vide My) Mahprabhu o Senhor Supremo. (vide Caitanya Mahprabhu) Mahari grande santo. Mna (1) raiva por cime; (2) intenso estado de prema; (3) etapa no processo de evoluo de prema a mahbhva. O Ujjvala-nlamai (14.96) a descreve assim: Quando chega exultao, fazendo com que a amante experimente a doura do amado em variedades sempre renovadas, mesmo aparentando estar contrariada, sneha passa a ser conhecido como mna. Mandira templo. Majar servinha de rmat Rdhik na categoria de nitya-sakh ou praa-sakh. Mantra (mana = mente; tra = libertao) vibrao sonora espiritual que, ao ser entoada repetidas vezes, liberta a mente de seu condicionamento material e da iluso; hino, orao

  • ou cntico vdicos. Mathurvss residentes de Mathur. My aquilo que no ; iluso; potncia externa de r Bhagavn, a qual influencia os seres vivos a aceitar o egosmo falso pelo qual se fazem passar por desfrutadores independentes deste mundo material. A potncia que nos confunde e se encarrega da manifestao do mundo material, do tempo e das atividades mundanas. (vide Mahmy) Myvda a doutrina da iluso; teoria professada pelos seguidores impersonalistas de akarcrya, segundo a qual a forma do Senhor Supremo, este mundo material e a existncia individual dos seres vivos so my, falsos. Myvd o defensor da doutrina da iluso. (vide Myvda) Myika-tattva verdade fundamental quanto potncia ilusria de Bhagavn, relacionada ao mundo material. Mms doutrina filosfica subdividida em duas expresses: (1) prva ou karma-mms, fundada por Jaimin defende a teoria segundo a qual, pelo cumprimento do karma ritualstico dos Vedas, possvel alcanar os planetas celestiais; (2) uttara-mms, fundada por Badarayana Vysadeva lida com a natureza de brahman. (vide Prva-mms e Uttara-mms) Mmsaka filsofo. Aquele que adota a filosofia mms. Em geral, refere-se aos seguidores da karma-mms de Jaimin. Mleccha derivado da raiz snscrita mlech, balbuciar; estrangeiro; no-ariano; pria; quem no fala snscrito nem est inserido nos costumes sociorreligiosos vdicos. Mdga tambor de barro de duas extremidades, usado na realizao de krtana ou canto congregacional. Mugdh herona jovem, encantadora e inocente. Mukti o fato de libertar-se da existncia material; no confundir com o conceito de nirva dos budistas. Eis as cinco classes de mukti: sarupya (obter a mesma forma que Bhagavn); samipya (viver prximo a Bhagavn); salokya (viver no mesmo planeta que Bhagavn); sarsti (ter a mesma opulncia que Bhagavn); e sayujya (igualar-se a Bhagavn, seja por se fundir em Seu corpo, seja por se fundir em Sua refulgncia brahman, nirva. A quinta e ltima veementemente rejeitada pelos devotos. Embora as outras quatro modalidades de mukti sejam em alguns casos aceitas pelos devotos, j que no so de todo incompatveis com bhakti, no so jamais almejadas por quem est determinado a conquistar amor imaculado por r Ka em Vraja. Mumuk desejo de libertar-se.

  • Mumuku - quem busca a liberao. Muraldhara um dos nomes de Ka, o portador da flauta.

    N Nagara-sakrtana ou Nma-sakrtana a prtica de cantar o santo nome de Ka, em especial o canto congregacional. Nma o santo nome de Ka, cantado pelos bhaktas como a principal ramificao da prtica de sdhana-bhakti. Nma-bhsa uma sombra do santo nome. Fase em que se canta sem cometer ofensas e tendo-se erradicado os pecados, mas ainda sem pureza. Nma-apardha cantar inapropriado ou ofensivo dos santos nomes. Nrada entre os devas, grande sbio nascido da mente de Brahma, da ser conhecido como Devarsi. Companheiro transcendental de r Ka que viaja pelos mundos materiais e espirituais, propagando-Lhe as glrias. Em caitanya-ll, surge como Srivasa Paita. Nryaa nara = humanidade; ayaa = o refgio da; expanso de Ka; o opulento Senhor de Vaikuntha. Naavara Ka, o exmio danarino. Navakiora Ka, o jovem sempre vioso; Ka no envelhece jamais. Nikuja (tambm kuja) caramancho, bosque; lugar secreto onde Rdh e Ka Se encontram e Se divertem. Nimbditya tambm conhecido como Nimbarkacarya, crya mr da Kumra-sampradya, estabeleceu a filosofia dvaitadvaita-vda, que defende a igualdade e a diferena entre todas as coisas e o Senhor. Nimbditya praticou bhajana em Dhruva-ksetra, perto de Govardhana. Escreveu um comentrio ao Vedanta-stra chamado Vedanta-saurabha, bem como o Vedanta-kamadhenu-dasa-loka, Ka-stavaraja, Guruparampar, Vedanta-tattva-bodha, Vedanta-siddhnta-pradipa, Sva-dharmadhva-bodha, Aitihya-tattva-siddhnta, Radhastaka e um comentrio Bhagavad-gt. Nirva a meta suprema dos budistas, definida como indescritvel e sem forma, qualidade, diversidade, desejo e personalidade. Estado de liberdade dos grilhes de my e de sua influncia de dor e sofrimento. s vezes, erroneamente confundido com moksa ou mukti. Estado de perda do eu, definido inexplicavelmente como satisfao inefvel, sobretudo porque suscita a seguinte dvida: Quem que fica satisfeito, ento? O fundir ou a perda do eu no vazio; inexistncia ontolgica.

  • Nianta-ll passatempos eternos e dirios de Ka, ocorridos ao final da noite, logo antes do amanhecer. Nikicana sem posses materiais, destitudo por completo; um renunciante. Nih f firme; prtica devocional consolidada que no vacila em momento algum. A quarta etapa no desenvolvimento da trepadeira da devoo. Nyya fundada por Mahari Gautama, esta filosofia (tambm conhecida como nyya-darana) trata da anlise lgica da realidade e pressupe dezesseis princpios: (1) prama (evidncia; mtodo para se obter conhecimento concreto); (2) prameya (aquilo que apurado mediante o conhecimento verdadeiro); (3) samsaya (dvida sobre o tema em questo); (4) prayojana (motivo para tratar do tema em questo); (5) drstanta (citar casos ou exemplos); (6) siddhnta (concluso de um argumento); (7) avayava (componentes de um argumento lgico, ou silogismo); (8) tarka (raciocnio persuasivo); (9) nirnaya (deduo, concluso ou aplicao de um argumento conclusivo); (10) vda (teoria, proposio ou argumento); (11) jalpa (disputa surpreendente ou rplica com o intuito de derrotar o argumento da oposio); (12) vitanda (crtica destrutiva; intil crtica s afirmaes alheias, sem a tentativa de provar o outro lado da questo); (13); hetv-bhsa (falcia; mera aparncia de um raciocnio); (14) chala (disputa enganosa; perverter o sentido das palavras do grupo adversrio); (15) jati (lgica baseada apenas em falsa semelhana ou dessemelhana); e (16) nigraha-sthana (ponto fraco de um argumento ou falha em um silogismo).

    Segundo o nyya-darana, h dezenove espcies de sofrimento: o corpo material; os seis sentidos, inclusive a mente; os seis objetos dos sentidos e as seis transformaes nascimento, crescimento, produo, manuteno, degenerao e morte. Afora estes, a felicidade tida como a vigsima espcie de sofrimento, pois mera transformao do estado de aflio. Os nayayikas, adeptos do nyya-darana, aceitam quatro classes de evidncia: pratyaksa (percepo direta), anumana (inferncia), upamana (comparao) e sabda (a autoridade dos Vedas).

    O nyya-darana aceita a existncia de paramanu, partculas infinitesimais eternas, que, alegam eles, so os ingredientes fundamentais dos quais surge a criao. Porm, para que se d a criao, necessrio um administrador, conhecido como vara, r Bhagavn. Bhagavn cria o mundo, acionando as partculas atmicas. Tanto como essas partculas, vara eterno e intemporal. Embora aceitem a existncia de vara, os naiyayikas no acreditam que Ele pessoalmente Se encarrega da criao. vara seria apenas a causa primordial. Por Seu desejo, os tomos so acionados, a partir do que criam todos os elementos sutis e grosseiros , dos quais surge a criao.

    Segundo o nyya-darana, as jivas so inumerveis e eternas, logo, no h como determinar o comeo de sua existncia. Na opinio dos naiyayikas, as jivas no so de natureza consciente. Para eles, as jivas so apenas entidades substanciais associveis a qualidades intelectuais, emocionais ou volitivas em decorrncia de uma combinao apropriada de causas e condies. Segundo afirma o nyya-darana, a jva e vara so duas verdades inteiramente distintas. A existncia material da jva deve-se a seu karma. Sob a influncia do karma, ocorre a criao, em cujo ambiente as jivas sofrem as reaes de seu karma. Para o naiyayikas ainda, a nica funo de vara acionar a criao e conceder os resultados do karma de cada um.

    Segundo dizem os naiyayikas, a jva pode libertar-se da existncia material pelo cultivo do conhecimento filosfico dos dezesseis princpios. Para eles, mukti definida

  • como a cessao completa do sofrimento material. No existe felicidade verdadeira em mukti. Quando liberada, a jva fica como que inconsciente. Nyya-stra stras que tratam da anlise lgica da realidade. A maioria dos preceitos do nyya explicada por meio de analogias a partir de uma anlise de objetos comuns, tais como o pote de barro (ghata) e o retalho de pano (pata). A referncia a estes objetos repete-se bastante em discusses sobre nyya.

    P Padma flor de ltus. Pacopsana adorao a cinco deidades Surya, Sakti, Viu, iva e Ganesa. Pa brhmaa guia dos templos e lugares santos. Paita pa a inteligncia de quem iluminado pelo conhecimento do stra. Paita refere-se a quem tem semelhante inteligncia. Parabrahma o Brahman Supremo, a fonte da refulgncia brahman, r Bhagavn. Parakya relacionamento entre uma mulher casada e seu amante; no plano transcendental em particular, relacionamento amoroso das gops de Vndvana com Ka. Paramtm Superalma localizada no corao de todos os seres vivos como testemunha, fonte de lembrana, conhecimento e esquecimento. Parampar Vide Guru-parampar. Patita-pvana salvador das almas cadas, um dos ttulos dados ao Senhor Supremo. Prabodhnanda Sarasvat tio de r Gopala Bhatta Gosvm; sannys da r Rmnuja- sampradya e morador em Ranga-ksetra. Gopala Bhatta Gosvm recebeu dk dele. Prabodhnanda adorava Laksmi-Nryaa, porm, pela misericrdia de r Gaurasundara, adotou a adorao a r Rdh-Govinda. Foi escritor prolfico eis alguns ttulos de sua obra notvel: r Vndvana-mahimamrta, r Rdh-rasa-sudhanidhi, r Caitanya-candramrta, Sangita-madhava, Ascarya-rasa-prabandha, r Vndvana-sataka, r Navadvipa-sataka, ruti-stuti-vyakhya, Kamabija-kamagayatri-vyakhyana, Gita-Govinda vyakhyana e r Gaura-sudhakara-citrastaka. Segundo o Gaura-ganoddesa-dipika (163), em ka-ll ele Tugavidy, uma das aa-sakhs de r Rdh. Pragalbh esta nyik (herona) uma gop madura, astuta, franca e exmia controladora de seu amado. Prakti (1) natureza, mundo material, o poder criador e regulador do mundo; (2) matria, o oposto de purua, esprito; (3) a energia feminina primordial, uma mulher, sexo feminino em

  • geral. Prama reverncias respeitosas. Pram doao feita deidade. Prantha literalmente, o senhor da nossa vida; sentido conotativo: algum infinitamente mais querido por ns do que nossa prpria vida. Praaya fase intensificada de prema; etapa no processo de desenvolvimento da fase de prema de mahbhva. O Ujjvala-nlamai (14.108) a descreve assim: Segundo asseveram autoridades eruditas, praaya se d quando mna assume um aspecto de intimidade irrestrita chamado visrambha. Neste caso, visrambha quer dizer confiana plena e sem o menor vestgio de limites ou formalidades. Esta confiana faz com que sintamos nossa vida, mente, inteligncia, corpo e posses em perfeito unssono com a vida, mente, inteligncia, corpo e posses da pessoa amada. Prasdam literalmente, misericrdia; refere-se em especial aos remanentes do alimento oferecido deidade; tambm pode referir-se aos remanentes dos demais artigos oferecidos deidade, entre eles, incenso, flores, guirlandas e roupas. Pratih desejo de nome, fama e posio elevada. Pratibimba semelhana reflexiva; imagem desvinculada de seu objeto, logo, um reflexo. Prema (1) amor por Ka que concentrado ao extremo, que capaz de derreter o corao todo e desperta um sentido profundo de mamata, ou sentido de posse em relao a Ka. (2) Quando bhva se enraiza com firmeza, sem se deixar abalar por nenhum obstculo, passa a ser conhecido como prema. Se, diante de algum motivo capaz de arruinar o relacionamento entre a amante e o amado, os dois mantm seus laos mesmo assim, semelhante relacionamento de amor ntimo chama-se prema. medida que se intensifica, prema vai aos poucos se transformando em sneha, praaya, rga, anurga e mahbhva. Prema-bhakti oitava fase de bhakti, caracterizada pelo surgimento de prema; a fase perfectiva da devoo; o estado plenamente desabrochado da trepadeira da devoo. Priya-narm-sakhs os mais ntimos amigos de Ka. Pj oferenda de adorao. Pjr sacerdote; aquele que oferece pj ou adora a deidade no templo. Puras dezoito relatos histricos transcendentais e suplementares aos Vedas. Purua (1) o ser primordial enquanto alma e fonte original do universo; o Ser Supremo ou a Alma do universo. (2) o princpio que anima os seres vivos, a alma, o esprito enquanto justamente o contrrio de prakti (matria).

  • Pururtha as metas de conquista dos seres humanos. Os sastras vdicos as classificam em quatro categorias: dharma, dever religioso; artha, aquisio de riqueza; kama, satisfao de desejos materiais; e moksa, o libertar-se da existncia material. Muito alm destas metas, h o desenvolvimento de amor imaculado pelo Senhor Supremo, que a personificao da bem-aventurana espiritual e da rasa transcendental. Esta quinta meta chama-se parama-pururtha, o objeto supremo de conquista. Prva-mms filosofia estabelecida por Mahari Jaimini, tambm conhecida como jaimini-darana. Mms quer dizer examinar um assunto em suas mincias e chegar a uma concluso. uma palavra derivada da raiz verbal man (pensar, refletir ou considerar). Em seu livro, Mahari Jaimini estabelece a interpretao correta das afirmaes vdicas e aponta como possvel apur-las mediante a anlise lgica. Por isso, o livro conhecido como Mms-grantha. Os Vedas subdividem-se em duas sees: prva-khaa (a primeira parte), que trata do karma vdico; e uttara-khaa (a parte posterior), cujo tema so as Upaniads ou o Vedanta. J que o livro de Jaimini apresenta uma anlise da primeira parte dos Vedas, chamam-no de prva-mms. Outro nome para a obra de Jaimini karma-mms, pois sua filosofia atm-se exclusivamente anlise do karma vdico.

    Jaimini examina em pormenores como o karma ritualstico vdico deve ser cumprido e quais so seus resultados. Ele aceita os Vedas como apauruseya (algo que no criado pelo homem), intemporal e eterno. Embora sua filosofia seja baseada nos Vedas, ele enfatiza apenas o karma vdico, que ele afirma ser o nico dever das jivas. Pelo cumprimento adequado do karma vdico, pode-se alcanar parama-pururtha, a meta suprema, a qual, segundo sua opinio, refere-se conquista dos planetas celestiais.

    Na teoria de Jaimini, o mundo visvel no tem comeo (anadi) e no se submete destruio. Logo, no h necessidade de um vara onisciente e onipotente para levar a cabo a criao, a manuteno e a destruio do mundo. Jaimini acredita na existncia do karma piedoso e do pecaminoso. Segundo sua doutrina, automtica a maneira pela qual karma gera os resultados de suas prprias aes. Portanto, no necessrio um vara para a concesso dos resultados do karma.

    R Rdh consorte eterna de r Ka e personificao da hldin-akti. Conhecida como mahbhva-svarupini, a personificao do xtase mximo de amor divino, Rdh a origem de todas as gops, das rainhas de Dvrak e das Laksmis de Vaikuntha. Seu pai chama-se Vrsabhanu Mahrja, Sua me, Kirtida, Sridama Seu irmo e Sua irm caula, Ananga Majar. Sua tez refulgente e dourada e Suas roupas, azuis. Adornada com ilimitadas qualidades auspiciosas, Ela a amada mais querida de r Ka. Rga apego profundo permeado por intensa e espontnea absoro no objeto do apego. A caracterstica primria de rga a profunda e irresistvel sede de conquistar este objeto de afeio. Tem sede quem deseja beber gua. Sentimos sede quando falta gua em nosso organismo. Quanto mais sede, tanto mais se anseia por gua. Por vezes, a sede tanta que no se pode sobreviver sem gua esta espcie de sede chama-se sede irresistvel. De forma semelhante, quando a sede amorosa de satisfazer o prprio objeto de afeio atinge tal intensidade na falta de tal servio que o amante ou a amada ficam beira de abandonar a vida, isto chama-se rga.

  • Rga-mrga o caminho de rga, apego espontneo (vide Rgnuga-bhakti). Rgnuga-bhakti devoo praticada segundo o exemplo dos companheiros eternos de r Ka em Vraja, os rgtmik-janas, cujos coraes so permeados de rga, uma insacivel sede amorosa de ter Ka, a qual ocasiona a absoro intensa e espontnea. Rgtmik-bhakta algum cujo corao vibra natural e eternamente com um profundo e espontneo desejo de amar e servir a r Ka. Refere-se especificamente aos residentes eternos de Vraja. Rma ll-avatara (avatara de r Ka que aparece neste mundo para realizar passatempos especficos); o famoso heri do Ramayana. Tambm conhecido como Ramacandra, Raghuntha, Dasarathi-Rma e Raghava-Rama. Seu pai Mahrja Dasaratha e Sua me, Kausalya. Sita Sua esposa. Laksmana, Bharata e Satrughna so Seus irmos. O famoso macaco Hanuman Seu amado servo e devoto. Aps matar o nefasto demnio Ravana e resgatar Sitarani com a ajuda do exrcito de macacos, Rma retornou a Ayodhya e foi coroado rei. Rmnuja clebre crya vaiava da r Sampradya; fundador da escola vedntica que ensina a doutrina de visistadvaitavada, no-dualismo qualificado. Viveu no sculo XII em Kancipuram e r Rangan, no sul da ndia. Acredita-se que tenha sido um avatara de Sesa. Tambm o conhecem como Ramanujacarya e Yatiraja. Escreveu comentrios Bhagavad-gita, ao rmad-Bhgavatam e ao Vedanta-stra. Rasa (1) transformao espiritual do corao que se d quando o estado perfectivo de amor a r Ka, conhecido como rati, converte-se em emoes lquidas ao combinar-se com diversas classes de xtases transcendentais; (2) gosto, sabor. Rsa-ll dana de r Ka com Suas servas mais ntimas, as vraja-gops. Esta dana uma troca pura de amor espiritual entre eles. Rasika exmio saboreador de rasa; um connoisseur de rasa. Ratha carroa, carruagem. i grande sbio versado nos Vedas. Ruci gosto; quinta etapa no processo de desenvolvimento da trepadeira da devoo; ruci se desenvolve aps se adquirir estabilidade em bhajana. Nesta fase, com o despertar do gosto verdadeiro, nossa atrao por assuntos espirituais, tais como ouvir, cantar e outras prticas devocionais, supera a atrao que possamos ter por qualquer espcie de atividade material. Rpnuga devoto que segue rla Rpa Gosvm no caminho da devoo espontnea.

    S

  • Sac-cid-nanda (sat = existncia eterna; cit = conscincia espiritual; nanda = bem-aventurana espiritual) aquilo que eterno, constitudo de conscincia espiritual e pleno bem-aventurana transcendental; costuma referir-se forma transcendental de r Ka. Sdhana Mtodo adotado para se alcanar sadhya, uma meta especfica. Sdhu (1) (sentido genrico) santo ou devoto; (2) alma elevada e autorrealizada que conhece o objetivo da vida (sadhya), pratica sdhana e tem capacidade para ocupar os demais em sdhana. Sahajiys classe de pretensos devotos que, considerando o Senhor Supremo algo barato, ignoram os preceitos das escrituras e tentam imitar Seus passatempos. Sakh amigo, companheiro ou assistente. Sakh amiga, companheira ou assistente. Samdhi (1) meditao ou transe profundo, seja na Superalma, seja nos doces passatempos de Ka; (2) tmulo em que se coloca o corpo de um vaiava puro aps sua partida deste mundo material. Samartha-rati o amor das vraja-gops, que capaz de controlar Ka. Sampradya linhagem de sucesso discipular. Savit o aspecto de conhecimento, ou cognitivo, da potncia espiritual do Senhor. Embora Bhagavan seja a personificao do conhecimento, samvit a potencia pela qual Ele Se conhece a Si mesmo e faz com que os outros O conheam. Santana-dharma ocupao eterna do ser humano; posio constitucional eterna do ser humano. (vide Dharma) Saga companhia, convvio, convivncia, contato, grupo de devotos. akha bzio. Sakrtana canto congregacional dos nomes de Ka. Sannysa o quarto asrama (fase de vida) no sistema varnasrama; vida asctica, renunciada. Sannys membro da ordem renunciada akara outro nome de iva (vide iva); s vezes, usado para se referir a akarcrya. akarcrya famoso mestre da filosofia vedanta, revitalizador do brahmanismo e avatara de iva. Nasceu em 788 d.C. e morreu em 820 d.C. Oriundo de uma famlia de brhmaas Nambudaripada da aldeia de Kalapi ou Kasala em Kerala. Seu pai chamava-se Sivaguru e

  • sua me, Subhadra; tambm eram conhecidos como Visistha e Visvajita respectivamente. Com o intuito de ter um filho, o casal adorou o Senhor iva por muito tempo, portanto, quando o rebento nasceu, deram-lhe o nome de akara. Seu pai faleceu quando ele tinha apenas trs anos de idade. Aos seis, j era um erudito e, ao completar oito anos, aceitou a ordem renunciada. Viajou por toda a ndia para revitalizar a autoridade do dharma vdico e suprimir o budismo.

    akarcrya escreveu um famoso comentrio ao Vedanta-stra conhecido como Sariraka-bhya, Indagao quanto Natureza do Esprito Enclausurado na Matria. Apesar de sua valiosa contribuio ao restabelecimento do brahmanismo e autoridade vdica, o que serviu para alicerar os ensinamentos de r Caitanya, ele estabeleceu preceitos contrrios concluso vdica e aos cryas vaiavas. O Brahman Supremo, declara ele, informe e carente de caractersticas, potncias e qualidades. Segundo afirma ainda, embora seja pleno de conhecimento, o brahman no um ser consciente e onisciente. Apesar de ter a natureza da bem-aventurana transcendental, o brahman no a experimenta subjetivamente, tampouco o criador do mundo. Ao entrar em contato com my, este brahman carente de caractersticas assume qualidades materiais. Semelhantes ideias tm sido fortemente refutadas por todos os cryas vaiavas. stra escrituras vdicas. Sttvika-bhvas um dos cinco ingredientes essenciais de rasa (vide Rasa); oito sintomas de xtase espiritual ocasionados exclusivamente a partir de visuddha-sattva, ou, em outras palavras, quando o corao arrebatado por emoes vinculadas aos cinco humores primrios de afeio por Ka ou s sete emoes secundrias. Os oito (asta) sttvika-bhvas so: (1) aturdimento, stambha; (2) transpirao, sveda; (3) eriar dos pelos do corpo, romaca; (4) voz embargada, svarabheda; (5) tremor, kampa; (6) perda da cor, vaivarnya; (7) (7) lgrimas, asru; e (8) perda da conscincia ou desmaio, pralaya. Satya-yuga primeira das quatro eras cclicas de uma mah-yuga na progresso do tempo universal. Satya-yuga caracteriza-se pela virtude, sabedoria e religio. conhecida como a era dourada, em que se vivia at cem mil anos. Dura 1.728.000 anos solares. Satya verdade, realidade, concluso demonstrada. Sev servio, reverncia, assistncia a, devoo a. Siddha (1) autorrealizado ou perfeito; (2) almas liberadas que moram no mundo espiritual; (3) almas liberadas que acompanham Bhagavn ao mundo material para dar-Lhe assistncia em Seus passatempos; (4) algum que atingiu a fase de perfeio em bhakti (prema), cujos sintomas so descritos no Bhakti-rasmta-sindhu (2.1.180): Siddha-bhakta quem vive imerso plenamente em atividades relacionadas a r Ka, desconhece obstculos ou aflies materiais e o tempo todo saboreia a bem-aventurana de prema. Siddhnta verdades ou preceitos filosficos; concluses demonstradas; propsito estabelecido; verdade admitida. ikh tufo de cabelo que fica sem raspar no topo da cabea.

  • ik-guru pessoa de quem se recebe orientao sobre como progredir no caminho de bhajana; mestre espiritual instrutor. Sihsana trono. iromai, Raghuntha tambm conhecido como Kanai iromai ou Kanabhatta; contemporneo de r Caitanya Mahprabhu e autor do Didhiti, famoso comentrio nyya ao Tattva-cintmai de Gangesopadhyaya. iromai foi aluno de r Vasudeva Sarvabhauma Battacarya em Navadvipa. Aps completar seus estudos, foi a Mithila e, aps algum tempo, regressou a Navadvipa para abrir sua prpria escola de nyya. Naquela poca, Vasudeva Sarvabhauma foi convidado pelo rei Prataparudra a ocupar o cargo de paita mor em sua corte em Orissa. Em consequncia, iromai distinguiu-se como o erudito em nyya mais importante da Navadvipa de seu tempo. Segundo o Advaita-prakasa, iromai queria que seu Didhiti se tornasse o mais clebre comentrio sobre o Tattva-cintmai. Porm, r Caitanya Mahprabhu escrevera um comentrio a este mesmo texto que superou a obra de iromai. Diante disso, ele ficou arrasado. Para satisfazer seu desejo, Mahprabhu atirou Seu prprio comentrio ao Ganges. Dessa forma, o Didhiti tornou-se famoso como o mais preeminente comentrio ao Tattva-cintamani. iva expanso qualitativa de r Ka que supervisiona o modo material da ignorncia e aniquila o cosmos material; uma das cinco deidades adoradas pelos pancopasakas. Literalmente, seu nome significa auspicioso. O Brahma-sahit (5.45) descreve que r Ka assume a forma do Senhor iva com o propsito de levar a cabo a criao material. O rmad-Bhgavatam (12.13.16) descreve iva como o melhor dos vaiavas: vaiavanam yatha sambhu. loka verso em snscrito. Smrta (1) atividades ritualsticas sociais e religiosas prescritas nos smrti-stras; brahmana ortodoxo; o estrito adepto dos smrti-sastras (em particular, os dharma-sastras, ou cdigos de comportamento religioso), que por demais apegado aos rituais externos sem compreender a essncia subjacente ao sastra; distinto do smarta vaisnava e de smrti-sastras como o Hari-bhakti-vilasa. Sneha fase intensificada de prema; etapa no processo de desenvolvimento de prema a mahbhva. O Ujjvala-nlamai (14.79) descreve o seguinte: Ao ascender a seu limite mximo, intensificar a percepo que se tem do objeto do amor e derreter o corao, prema conhecido como sneha. raddh f nas afirmaes dos stras que desperta aps o acmulo de atividades devocionais piedosas ao longo de muitos nascimentos. Tal f brota quando se est na companhia dos devotos. r Bhya comentrio que revela a beleza e a opulncia transcendentais do Senhor; comentrio de r Ramanujacarya ao Vedanta-stra

  • ruti (1) o que se ouve; (2) revelao, distinta de smrti, tradio; conhecimento infalvel recebido por Brahma ou pelos grandes sbios no princpio da criao e por eles transmitido em sucesso discipular ; corpo de literatura diretamente manifesto pelo prprio Senhor Supremo; tambm se aplica aos quatro Vedas originais (tambm conhecidos como nigamas) e s Upaniads. Sthyibhva sentimento permanente de amor por Ka em um dos cinco relacionamentos primrios: neutralidade (santa), servido (dsya), amizade (sakhya), afeio parental (vatslya) ou amor de amante (mdhurya); tambm se refere ao sentimento predominante em uma das sete douras secundrias: riso, maravilhamento, herosmo, compaixo, raiva, medo e repulsa. Sudarana-cakra disco, uma das armas do Senhor Supremo. uddha-bhakta devoto puro; aquele que pratica uddha-bhakti. uddha-bhakti devoo pura; o Bhakti-rasmta-sindhu (1.1.11) a define como o fluxo ininterrupto de servio a r Ka, praticado pelos esforos do corpo, da mente e da fala e pela expresso de diversos sentimentos espirituais, no sendo encoberto por jana (conhecimento que visa liberao impessoal) e karma (atividade em troca de recompensa), e isento de qualquer desejo a no ser o de promover a felicidade de r Ka. ukadeva filho de Badarayana Vysadeva e orador do rmad-Bhgavatam a Mahrja Pariksit; em Goloka-Dhma, a morada eterna de Ka no mundo espiritual, ele o papagaio de rmat Rdh. nyavda doutrina do niilismo, cuja meta a aniquilao completa do eu. Sura um deus, divindade, deidade, sbio; o termo refere-se especificamente aos devas dos planetas celestiais; os brahmanas so conhecidos como bhu-sura, deuses na Terra, pois representam o Senhor Supremo. Svarpa natureza constitucional, identidade inerente; a eterna natureza constitucional e identidade do verdadeiro eu, percebida na etapa de bhva. Svayam Bhagavn aspecto original da Suprema Personalidade de Deus. [parei aqui]

    T Tantras a raiz verbal tan quer dizer expandir, logo, tantra aquilo que expande o significado dos Vedas; uma classe de literatura vdica que trata de diversos assuntos espirituais e se subdivide em trs ramificaes: Agamas, Yamala e Tantras principais; tratados que ensinam frmulas mgicas e msticas, a maior parte delas sob a forma de dilogos entre iva e Durga; segundo consta, os tantras expem cinco temas: (1) a criao, (2) a destruio do mundo, (3) a adorao aos deuses, (4) a consecuo de todos os objetos, em especial as seis faculdades sobre-humanas, e (5) os quatro mtodos de unio com o esprito supremo mediante a meditao.

  • Tntrika quem de todo versado na cincia mstica dos Tantras. Tapasy ascetismo, austeridade. Tattva verdade. hkura termo com que nos dirigimos ao Senhor Supremo, deidade ou a um devoto elevado. Tilaka marcas de argila que os vaiavas fazem na testa e em outras partes do corpo, denotando a sua devoo a Viu, ou r Ka, e consagrando seus corpos como templos do Senhor. Trtha lugar sagrado; lugar de peregrinao. Tridaa cajado carregado pelos sannyss vaiavas; constitudo de trs varas que simbolizam a ocupao da mente, do corpo e das palavras a servio do Senhor; as trs varas tambm significam a existncia eterna do servo (bhakta), do objeto do servio (Bhagavn) e do servio em si; este smbolo distingue o sannys vaiava do sannys ekadanda-myvd. Tulas planta sagrada cujas folhas e brotos so usados pelos vaisnavas na adorao a r Ka; sua madeira tambm utilizada na confeco de contas de rosrio e contas de colares.

    U

    Uddpana aspecto de vibhva; refere-se a todas aquelas coisas que nos estimulam a nos lembrarmos de r Ka, tais como Suas vestes e ornamentos, a estao da primavera, as margens da Yamuna, paves e assim por diante. Upaniads os cento e oito principais tratados filosficos constantes nos Vedas. Uttama-adhikr o devoto mais elevado, tenha ele alcanado a perfeio em sua devoo a r Ka ou seja ele naturalmente perfeito. Uttara-mms filosofia consolidada por Vysadeva, que trata da diviso final dos Vedas. Aps minuciosa anlise das Upaniads, tambm integrantes desta derradeira seo dos Vedas, e dos smrti-stras, que so suplementos das Upaniads, Vyasadeva resumiu as concluses filosficas desses tratados em seu Brahma-stra. Este Brahma-stra, ou Vedanta-stra, tambm conhecido como vedanta-darana ou uttara-mms.

    Assim como outros sistemas filosficos, o vedanta-darana aceita certos princpios fundamentais, que no so frutos da imaginao de Vyasa, seno que baseados nos apauruseya-veda-stras falados diretamente pelo prprio r Bhagavn. As afirmaes de Bhagavn so, por definio, em tudo isentas dos quatro defeitos: iluso, enganao, erro e sentidos imperfeitos. Por outro lado, os princpios fundamentais aceitos em outros sistemas so produtos da imaginao de seus autores. Esses sistemas baseiam-se em stras compostos pelo homem, neste caso, sbios muito eruditos, estando sujeitos, portanto, s limitaes

  • humanas. O vedanta-darana aceita o brahman como a suprema verdade fundamental. Qual a

    natureza deste brahman? O primeiro stra do vedanta-darana afirma: athato brahma-jijnasa agora, portanto, devemos indagar acerca do brahman. Toda a apresentao do vedanta-darana visa a responder a esta pergunta. Ao analisarmos o que vem a ser brahman, tambm nos familiarizamos com as verdades relativas s jivas, criao, liberao e outros temas afins. Como se trata de assunto vastssimo, o exposto aqui apenas uma breve introduo.

    V Vaidh-bhakti devoo estimulada pelas normas das escrituras. Quando a inspirao para a prtica de sdhana-bhakti no se fundamenta em anseio intenso, sendo, pelo contrrio, instigada pela disciplina das escrituras, esta prtica chama-se vaidh-bhakti. Vaieika diviso posterior da escola nyya de filosofia, tambm conhecida como vaieika-darana. Fundada por Kada i, difere do sistema nyaya de Gautama. Kada aceitava seis princpios: (1) dravya (as nove substncias elementares: terra, gua, fogo, ar, ter, tempo, espao, alma e mente), (2) guna (caractersticas de todas coisas criadas, tais como forma, sabor, cheiro, som e tangibilidade, (3) karma (atividade), (4) samanya (universalidade; vnculo entre diferentes objetos por conta de propriedades em comum), (5) visesa (individualidade; a diferena essencial entre os objetos), (6) samavaya (concomitncia inseparvel; relao entre uma substncia e suas qualidades, entre o todo e suas partes ou entre uma espcie e os seus integrantes).

    Segundo o vaieika-darana, h inmeras jivas. O mrito ou demrito associado conduta de um indivduo em certo estado de existncia, bem como a recompensa ou a punio correspondentes recebidas em outro estado de existncia, chamam-se adrsta (aquilo que est alm do alcance da conscincia ou da observao). Devido fora de seu inesperado karma acumulado, a jva cai no ciclo da criao, submetendo-se ao nascimento, morte, felicidade e ao pesar. Quando a jva adquire conhecimento filosfico acerca dos seis princpios, seu adrsta destrudo, a partir do que ela logra libertar-se do cativeiro existncia mundana. Os vaisesikas definem mukti como o libertar-se do sofrimento material. O vaieika-darana de Kada no faz meno direta a vara. Vaieika-jna conhecimento dos fenmenos mundanos; classificao de tais fenmenos em diversas categorias, tais como dravya (objetos), guna (qualidades) e assim por diante. Vaiava literalmente, aquele cuja natureza de Viu em outras palavras, aquele em cujo corao apenas r Ka, ou Viu, habita. Bhakta de r Ka, ou Viu. Vaiava-dharma a funo constitucional da alma, cuja meta conquistar amor por Ka. Tambm conhecido como jaiva-dharma, a natureza fundamental dos seres vivos, e nitya-dharma, a funo eterna da alma. Veda os quatro livros originais de conhecimento compilados por rla Vysadeva, a saber, Rg Veda, Sama Veda, Atharva Veda e Yajur Veda.

  • Vibhva definido no Bhakti-rasmta-sindhu (2.1.15) da seguinte maneira: Chama-se vibhva aquilo em que rati saboreado (alambana) e a causa pela qual rati saboreado (uddpana). Vigraha (1) formato, forma individual ou personificao; (2) a forma da deidade de Ka. Viu o Senhor Supremo do cosmos, que rege o modo material da bondade; a suprema dentre as cinco deidades adoradas pelos pancopasakas. Vivek aquele que discrimina, cuja conscincia espiritual est desperta. Vraja-prema o amor dos residentes de Vndvana, em especial o amor das gops. Vrajavss os residentes de Vndvana. Vyabhicri-bhvas o mesmo que sancari-bhvas; trinta e trs emoes internas que emergem do oceano nectreo de sthayibhava, fazendo com que o mesmo se dilate e torne a fundir-se em si mesmo. Incluem as seguintes emoes: desnimo, jbilo, medo, ansiedade e ocultar das emoes. Vysadeva grande sbio e avatara dotado de poder pelo Senhor; tambm conhecido como Badarayana, Dvaipayana e Veda-Vyasa. Seu pai chamava-se Parasara e sua me, Satyavati. Vyasa era meio-irmo de Vicitravirya e Bhisma. Por causa da morte prematura de Vicitravirya, Satyavati pediu a Vyasa que desposasse as duas vivas ainda sem filhos. Do ventre de Ambika, nasceu Dhrtarastra e, de Ambalika, Pandu foi gerado. Ele tambm foi pai de Vidura, fruto de sua unio com uma criada. Com sua esposa Arani, Vyasa teve como filho o grande sbio e orador do rmad-Bhgavatam, r ukadeva. Vysadeva compilou e organizou os Vedas, o Vedanta-stra, os Puranas, o Mahabharata e o rmad-Bhgavatam.

    Y Yoga (1) unio, encontro, vnculo ou combinao; (2) disciplina espiritual visando ao vnculo com o Supremo; prtica de estabilizar a mente para que ela no se deixe perturbar pelos objetos dos sentidos. O yoga apresenta muitas ramificaes diferentes, tais como karma-yoga, jana-yoga e bhakti-yoga. A menos que venha acompanhada de algum termo especfico, a palavra yoga em geral refere-se ao sistema de astanga-yoga do Pataijali. Yogamy potncia interna de Bhagavn, dedicada a tomar providncias que realcem todos os Seus passatempos. Paurnamasi a personificao desta potncia. Yog praticante do sistema de yoga com o objetivo de perceber a Superalma ou fundir-se no corpo do Senhor.