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ESCOLA ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI ENSINO FUNDAMENTAL PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR OUTUBRO DE 2012 1

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ESCOLA ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI

ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

OUTUBRO DE 2012

1

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IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................................. 5

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ....................................................................................... 7

ARTE ....................................................................................................................................... 9

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 10

CONTEÚDO ESTRUTURANTE .................................................................................................. 14

6º ano – Conteúdos estruturantes e básico .................................................................................. 14

7º ano – Conteúdos estruturantes e básico .................................................................................. 15

8º ano – Conteúdos estruturantes e básicos ................................................................................ 16

9º ano – Conteúdos estruturantes e básicos ................................................................................ 17

METODOLOGIA ........................................................................................................................... 18

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 19

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 20

CIÊNCIAS ............................................................................................................................. 23

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA CIÊNCIAS .......................................................... 23

OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................................. 24

CONTEÚDOS ................................................................................................................................ 25

METODOLOGIA ........................................................................................................................... 29

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 29

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 31

EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................................................................... 31

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................ 32

OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................... 34

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 35

ESPORTE ....................................................................................................................................... 35

JOGOS E BRINCADEIRAS .......................................................................................................... 36

GINÁSTICA ................................................................................................................................... 37

CONTEÚDOS ............................................................................................................................. 40

1º Trimestre ................................................................................................................................ 40

2º Trimestre ................................................................................................................................. 41

3ª Trimestre ................................................................................................................................. 42

METODOLOGIA ........................................................................................................................... 42

AVALIAÇÃO ........................................................................................................................ 44

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REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 46

ENSINO RELIGIOSO ......................................................................................................... 47

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 47

OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................... 48

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 49

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 50

METODOLOGIA ........................................................................................................................... 50

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 51

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 52

GEOGRAFIA ....................................................................................................................... 52

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 53

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................. 55

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS. ....................................................................... 57

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................ 61

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .......................................................................................... 62

HISTÓRIA ............................................................................................................................ 64

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................ 64

OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 65

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................................................ 65

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................... 66

ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO ............................................................................... 75

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 76

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 77

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS .......................................................... 78

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 78

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ CONTEÚDOS BÁSICOS ...................................................... 79

CONTEÚDOS ................................................................................................................................ 80

METODOLOGIA ........................................................................................................................... 84

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 85

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 86

LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................... 86

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 86

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OBJETIVOS .................................................................................................................................. 88

METODOLOGIA ........................................................................................................................... 94

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................. 95

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 96

MATEMÁTICA .................................................................................................................... 97

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA ............................................................................. 97

OBJETIVOS .................................................................................................................................. 99

CONTEÚDOS ............................................................................................................................. 100

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS ............................................................. 100

METODOLOGIA ....................................................................................................................... 110

AVALIAÇÃO ................................................................................................................................ 114

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 116

CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO AO DEFICIENTE VISUAL .. 118

CAE-DV ............................................................................................................................... 118

Cegueira: ................................................................................................................................... 120

Baixa visão: .............................................................................................................................. 120

REDE DE APOIO ........................................................................................................................ 120

CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA VISUAL ................................ 120

SISTEMA BRAILLE .................................................................................................................. 121

SOROBÃ OU ÁBACO: ............................................................................................................... 121

ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE: ............................................................................................. 122

MOBILIDADE INDEPENDENTE .............................................................................................. 122

Técnicas para serem utilizadas em ambientes fechados (sem auxílio) ..................................... 123

Técnicas com auxílio da bengala longa .................................................................................... 123

Estimulação visual: ................................................................................................................. 123

ATIVIDADES DE VIDA AUTÔNOMA E SOCIAL: ................................................................ 123

APOIO À EDUCAÇÃO BÁSICA: ............................................................................................. 124

METODOLOGIA ......................................................................................................................... 124

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 124

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IDENTIFICAÇÃO

A Escola Estadual Beatriz Biavatti - Ensino Fundamental, localiza-se na rua Elias

Scalco, nº 989, bairro Miniguaçu em Francisco Beltrão – PR. Inaugurada em 1966 com o

nome de Grupo Escolar Ney Braga, somente em 1983 passou a denominar-se Escola

Estadual Beatriz Biavatti Ensino de Primeiro Grau Regular e Supletivo pelo decreto nº

1878/83 de 26 de maio de 1983.

A partir de 1992 a Escola passou a funcionar apenas com o nome de Escola

Estadual Beatriz Biavatti Ensino de Primeiro Grau Supletivo fase II, recebeu autorização

através nº 2.685/76 de 23/12/76, e o reconhecimento do curso através da Resolução nº

4.712-85 de 18/10/1985.

Em 1999 passou a denominar-se Centro Estadual de Educação Básica para

Jovens e Adultos Beatriz Biavatti Ensino Fundamental e Médio, sendo então autorizado o

funcionamento do Curso de Ensino Médio, mediante Resolução nº 4.001/98 e o Parecer

nº 2180/98.

Somente em 2004 implantou-se o Ensino Fundamental anos finais de 5ª a 8ª série,

no Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos Beatriz Biavatti – Ensino

Fundamental e Médio.

A autorização concedida é pelo prazo de 02 (dois) anos com a implantação

gradativa a partir do início do ano letivo de 2004, sendo que o Estabelecimento de Ensino

foi autorizado a funcionar através do decreto nº 2.685/76 de 21/12/76, passando então a

denominar-se Colégio Estadual Beatriz Biavatti – Ensino Fundamental.

Atualmente a Escola oferece duas modalidades de ensino, o Ensino Fundamental

Regular Anos Finais e a Educação Especial com a sala de recurso e o Centro de

Atendimento Especializado ao Deficiente Visual – CAE-DV – que atente alunos de

diferentes idade, com funcionamento no período matutino e vespertino.

A Escola também disponibiliza de Sala de Apoio e Sala de Recursos, a Sala Apoio

atende alunos de 6ª série e 9ª ano com dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática, estes alunos são atendidos no período contrário ao que

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estudam. Já a Sala de Recursos atende alunos com problemas de aprendizagem com

atraso significativo, deficiência intelectual, distúrbios de aprendizagem, condutas típicas e

superdotação/altas habilidades. O serviço de apoio especializado é ofertado para o

ensino fundamental anos finais, com vistas de promover o desenvolvimento global dos

alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.

A Escola Estadual Beatriz Biavatti tem por filosofia o trabalho com o conhecimento

cientifico de modo integrá-lo com a realidade da comunidade escolar. Acredita que a

relação entre o conhecimento cientifico e diversidade cultural da comunidade escolas são

princípios que nortearão a construção de sujeitos socialmente críticos, participativos e

com autonomia para interagir na sociedade. Esta fundamentação possibilitando-o a

acompanhar as constantes transformações e mudanças que ocorrem na sociedade e

compreender o momento histórico bem como instrumentalizá-lo para continuar seus

estudos.

Considerando o Ensino Fundamental de nove anos, a escola visa dar continuidade

ao trabalho de alfabetização e letramento iniciado nos anos iniciais do Ensino

Fundamental de forma interdisciplinar, englobando as especificidades de cada disciplina a

busca de uma aprendizagem significativa e emancipadora. Para isso considera-se a

importância das práticas sociais de leitura e escrita nas diferentes disciplinas como

suporte dos estudos em âmbito das relações social.

A educação escolar tem por finalidade assegurar ao cidadão a formação

indispensável, bem como proporcionar meios para que possa enfrentar os desafios

sociais contemporâneos tais como o enfrentamento a violência escolar e social, o

combate ao uso indevido de drogas, a defesa dos direitos humanos, a consciência fiscal e

ambiental.

Considerando que a Escola é uma entidade onde se adquire conhecimentos a

Escola Estadual Beatriz Biavatti tem ainda por objetivo trabalhar com temas ligados a

diversidade como a educação do campo, as relações étnico-raciais, afro descendentes e

indígena bem como as relações de gênero e sexualidade. Busca-se com o trabalho da

diversidade a formação básica necessária à integração do educando as diferentes

relações sociais, o desenvolvimento pessoal e social, o desenvolvimento do pensamento

crítico e a formação ética, a fim de compreender as contradições, limites e possibilidades,

contribuindo assim, na qualidade da aprendizagem para todos, como condição

necessária ao exercício da cidadania.

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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O Currículo é o documento que orienta o trabalho pedagógico na escola.

Organização Curricular é o modo como os conteúdos são elencados, distribuídos ao

longo do ano letivo e também nas diferentes séries, de modo que os alunos possam

apropriar-se deles da melhor maneira possível.

Para que a escola funcione de acordo com os objetivos a que se propõe, o

Currículo precisa acompanhar as mudanças que ocorrem, tanto na parte de

conhecimentos, de acordo com novas descobertas científicas, quanto na parte de

mudanças no sistema de ensino. E, para poder acompanhar as mudanças, o Currículo

precisa ser flexível, constantemente reelaborado pelos membros do corpo docente,

direção e equipe pedagógica da escola, sempre em consonância com o Projeto Político

Pedagógico e Diretrizes Curriculares Estaduais de cada disciplina.

Visando a prática da concepção histórico-crítica e os fins da ação pedagógica

propostas pela Escola no Projeto Político Pedagógico, o Ensino Fundamental anos finais

(6ª a 9ª série) funcionará com as seguintes características:

- Seriação / duração / carga horária: seriado anual, mínima de quatro (4) anos,

com avaliação trimestral, com carga horária mínima de oitocentas (800) horas,

considerando aulas mínimas de cinqüenta (50) minutos, sendo obrigatória a

participação de alunos, professores e equipe pedagógica, pelo menos, 75%

(setenta e cinco por cento) da freqüência do total das horas letivas previstas em

lei para aprovação. Isso distribuído em duzentos (200) dias letivos, como prevê

a LDB.

- Horários: para propiciar a ação interdisciplinar e multidisciplinar, as aulas das

disciplinas da mesma área serão geminadas e preferencialmente trabalhadas

no mesmo dia, na medida do possível.

- Base Nacional Comum: os conhecimentos básicos agrupados em disciplinas

estão assim distribuídos: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso,

Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática.7

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- Parte Diversificada: A aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna - Inglês é

uma possibilidade de aumentar a percepção do aluno como ser humano e

como cidadão. Aprender outra língua, hoje, significa aumentar nossas

perspectivas culturais e profissionais. Nossa proposta pedagógica é ajudar o

aluno a estudar a Língua Inglesa, de maneira prática e objetiva.

"A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas, devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social." (SANCHEZ, 2005)

A inclusão educacional constitui na universalização da educação para todos,

através da prática docente voltada para os Desafios Educacionais Contemporâneos que

atende a demanda da Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos, Educação

Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,

Cultura Afro-Brasileira e Africana. Além da Adaptação Curricular de Pequeno Porte que

são modificações promovidas no currículo pelo professor, de forma a permitir e promover

a participação produtiva dos alunos que apresentam necessidades especiais no processo

de ensino e aprendizagem, na escola regular, juntamente com seus colegas de classe.

São denominadas de Pequeno Porte porque sua implementação encontra-se no

âmbito de responsabilidade e de ação exclusiva do professor, não exigindo autorização,

nem dependendo de ação de qualquer outra instância superior, nas áreas político-

administrativa, e/ou técnica. As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte podem ser

implementadas em várias áreas e momentos da atuação do professor: na promoção do

professor: na promoção do acesso ao currículo, nos objetivos de ensino, no conteúdo

ensinado, no método de ensino, no processo de avaliação e na temporalidade.O

professor especializado da sala de recurso e a equipe pedagógica da escola dará suporte

pedagógico ao professor da classe regular orientando quanto as Adaptações de Pequeno

Porte. Assim o professor fará as adequações necessárias, sendo no conteúdo, na

metodologia, nos materiais que devem ser utilizados, na avaliação e temporalidade,

sempre observando a necessidade específica de cada aluno. As Adaptações Curriculares

que se fizerem necessárias devem constar no plano de trabalho docente e no livro de

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registro diário do professor. Para que se efetive o trabalho com bons resultados nesse

processo: equipe pedagógica, professor sala de recursos, professor classe regular e toda

comunidade escola se comprometam com o aprendizado do aluno.

Estas discussões têm como princípio à aceitação das diferenças individuais e à

convivência dentro da diversidade humana, portanto podemos concluir que o conceito de

inclusão engloba todos aqueles sujeitos que são ou foram excluídos pela sociedade.

Sendo assim, a abordagem pedagógica desses assuntos será inserida nos conteúdos das

disciplinas contempladas no Plano de Trabalho Docente do professor, visando propiciar o

resgate da função social da escola e da apropriação dos conhecimentos sistematizados

para todos os alunos.

Considerando a realidade sócio-cultural de nossos alunos, a escola disponibiliza o

programa Atividades Extracurriculares de Contraturno com o projeto História e Memória,

elaborado pela professora Clarice Fatima Mackowik e o projeto Ginástica na Escola,

elaborado pelo professor Roberto Macari Junior. Porém estes projetos são desenvolvidos

e aplicados conforme resolução de distribuição de aulas vigente em cada ano letivo.

O projeto História e Memória tem como objeto de estudo os processos históricos

relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos históricos, através do resgate da história da escola.

O projeto Ginástica na Escola tem como objeto de estudo o reconhecimento do

próprio corpo, não somente pelo aspecto biológico, mas também sob aspectos sociais e

culturais, além de refinar gestos motores e auxiliar na expressão corporal.

A escola conta também com a Atividade Extracurricular de Contraturno o Projeto

Hora Treinamento elaborado pela professora Marly Adolfina Negry, que objetiva explorar a

Educação Matemática pela Etnomatemática, através da resolução de problemas,

investigação científica, uso de mídias tecnológicas, modelagem matemática e pela história

matemática.

ARTE

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Em 1971 a lei federal 5692/71 em seu artigo 7º, determina a obrigatoriedade do

ensino da Arte nos currículos do Ensino Fundamental anos finais e no Ensino Médio.

Segundo a atual legislação, a Arte passa a vigorar como área do conhecimento

e trabalho, tendo sido incluída como componente obrigatório na educação básica com

2h/a semanais por série abrangendo as linguagens artísticas: Artes visuais, música, teatro

e dança.

A proposta curricular passa a ser elaborada para atender os alunos da 6ª a 9ª

ano do ensino fundamental visando apreciação, contextualização e produção da Arte,

para a formação integral do educando.

A proposta curricular vem enriquecer o Projeto Político Pedagógico da escola

norteando o Plano de Trabalho do Docente com objetivo de um ensino/aprendizado

dialético, buscando formar um cidadão crítico voltado para a arte.

Visa-se também envolver na disciplina de arte os alunos com necessidades

educacionais especiais, promovendo para estes a Adaptação Curricular que será

especificada no Plano de Trabalho Docente de acordo com a necessidade específica do

aluno.

Perpassando os conteúdos da disciplina de arte, estaremos contemplando a

Cultura Afro-brasileira, além dos temas que envolvem os Desafios Educacionais

Contemporâneos.

A Arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo e sujeito também se recria, por meio de suas criações ele

amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. No ensino de Arte, há

possibilidades de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a

importância de criar.

A Arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a

cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais. É possível

considerar que toda a produção artística e cultural é um modo pelo qual s sujeitos

entendem e marcam a sua existência no mundo.

O ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

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conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aliados a

práxis no ensino de arte, possibilita a apreensão dos conteúdos específicos da disciplina e

dos possíveis relações entre seus elementos constitutivos, balizando-se para isso os

conteúdos estruturantes propostos para esta disciplina, conteúdos estes, selecionados a

partir de uma análise histórica, com base num projeto de sociedade que visa a superação

das desigualdades e injustiças vindo a constituir-se em uma abordagem fundamental para

a compreensão da disciplina.

Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que

toda produção artística e cultural é um modo pelo qual s sujeitos entendem e marcam a

sua existência no mundo.

A linguagem na construção do conhecimento em arte passa a ser compreendida

como elo entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e

manifestações artísticas. A considerarmos também como uma das formas de organização

social e de expressão.

Para o ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão

tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da

arte com a linguagem.

A disciplina de arte tem como conteúdo estruturante no ensino fundamental

elementos básicos das linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro.

As artes visuais, (pintura, escultura, desenho, gravura, arquitetura, artefato,

desenho industrial), incluem modalidades que resultam do avanço tecnológico e das

transformações estéticas a partir da modernidade (fotografia, artes gráficas, cinema,

televisão, vídeo, computação, desempenho).

Na dança o aluno experimenta um meio de expressão diferente da palavra. Ao

se expressar com o corpo, ele abre a possibilidade de conhecer a si mesmo de outra

maneira e melhorar sua auto-estima. A dança faz parte das culturas humanas e sempre

integrou o trabalho, as religiões, e as atividades de lazer.

A música faz parte do universo principalmente dos adolescentes. Ela

proporciona uma identidade a um determinado grupo de amigos. A escola deve oferecer

ao aluno musicas que possibilitem o desenvolvimento da cultura musical desse indivíduo,

estabelecendo relações com grupos musicais locais, eventos de cultura popular, shows,

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concertos e festivais. Deve ter acesso a diversos tipos de música para ampliar seu

repertório.

O teatro foi formalizado pelos gregos, passando dos rituais primitivos, das

concepções religiosas que eram simbolizadas, para o espaço cênico organizado, como

demonstração de cultura e conhecimento. Através do teatro pode-se compreender a

realidade em que vivemos e transcender seus limites. Os conteúdos trabalhados são

interdisciplinares, correspondendo à linguagem cênica, visual e musical enriquecendo as

possibilidades de criação e produção.

O aluno desenvolve sua cultura de arte, fazendo, conhecendo e apreciando

produções artísticas que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o

recordar, o imaginar, o sentir, o expressar e o comunicar.

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental ainda exige reflexões que

contemplem a Arte como área de conhecimento, sendo que ela não representa ou reflete

a realidade, mas também a realidade percebida, idealizada ou abstraída.

O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional passando a

constituir uma possibilidade para os alunos exercitarem suas co-responsabilidades de

uma vida cultural individual e coletiva mais digna, sem exclusão de pessoas por

preconceitos de qualquer ordem. O objeto de estudo e de conhecimento de Arte é a

própria arte e o aluno tem de se confrontar com a arte nas situações de aprendizagem

frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.

No Ensino Fundamental, “A cultura será abordada como resultante do trabalho

que abrange as práticas sociais historicamente pelos sujeitos. Desvelar essas culturas

propicia o autoconhecimento, visto que os sujeitos são formados por e pelas relações

socioculturais.”(DCE, 2006, p. 28)

Toda a produção artística e cultural é modo pelo qual os sujeitos entendem e

marcam a existência no mundo, aprofundando as linguagens artísticas, reconhecendo

conceitos e elementos comuns das diversas representações culturais, em todos os

contextos.

A Arte é linguagem por tratar-se de um sistema de representação que utiliza

principalmente signos não verbais (cor, luz, sombra, forma, som, silêncio, gesto,

movimento, etc.) com os quais o artista/aluno, com alguma intenção compõe uma obra,

atribuindo significado a esse elementos. Se arte é linguagem, pressupõe leitura, e é nessa

decodificação, na fruição estética, que o apreciador torna-se quase um co-autor, pois

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retira/empresta à obra significados tantos quantos forem sua capacidade de leitura e

história de vida. Cresce em conhecimento de si mesmo, de mundo e em humanidade.

Na disciplina de Arte no Ensino Fundamental serão abordados os conteúdos

estruturantes que são fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de Artes

envolvendo as artes visuais, teatro, música e dança.

As linguagens das Artes Visuais, dança, música e teatro serão contemplados no

Ensino Fundamental na disciplina de Arte através dos conteúdos estruturantes que

possibilitam a organização dos conteúdos específicos permitindo uma correspondência

entre as linguagens levando à compreensão dos aspectos significativos dos objetos de

estudo.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte, para o Ensino Fundamental, são:

Elementos formais

Composição

Movimentos e Períodos

O ensino de Arte será efetivado no sentido de:

Desenvolver propostas que permitam ao aluno compreender os diferentes processos

em arte, propondo atividades que possibilitem resgatar as características próprias do

aluno buscando desencadear o processo criativo e sensitivo de cada um.

Proporcionar ações educativas que permitam suscitar novas concepções acerca da

arte, respeitando e preservando as diversas manifestações da arte, utilizadas por

diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e

internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica.

Desenvolver os sentidos humanos (ver, ouvir e sentir) de forma criadora, despertando

no educando a sua sensibilidade (emoção estética) a partir da familiarização cultural e

do trabalho com os saberes artísticos.

Promover o conhecimento artístico nas quatro expressões, escrita, plástica, corporal e

musical, bem como a valorização das produções artísticas de agentes

transformadores que contribuam para a formação cultural de diversos povos,

promovendo a produção artística de cada indivíduo, valorizando-o como agente

formador e transformador de seu meio social.

O aluno deverá relacionar-se com a arte de diversas épocas e estilos, conhecendo os

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diferentes elementos que entram na sua composição, construindo um conhecimento

teórico-prático sobre o assunto.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

6º ano – Conteúdos estruturantes e básico

Artes

Visuais:

Ponto

Linha

Forma

Plano

(superfície)

Volume

Estilização

Luz (valor)

Cor (escalas

cromáticas)

Textura (própria,

produzida).

Posição

Proporção

Movimento

Pontos de vista

Arte Rupestre

Arte Egípcia

Arte Grega

Arte Romana

Arte Indígena

Música:

Elementos sonoros

Altura

Timbre

Duração

Intensidade

Densidade

História da

Música

Audição de

diferentes padrões

Música Popular e

Folclórica

Música erudita.

Teatro:

Elementos da ação

dramática

História:

Roteiro

Ação

Espaço

Enredo

Lendas

Cultura afro-

brasileira

Personagem

Expressão verbal

Expressão gestual

Textos da

dramaturgia

paranaense e

universal

Dança:

Movimento,

deslocamento

Espaço =

níveis, planos,

espaço pessoal

Improvisação

coreográfica

Gêneros

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Paranaense e

brasileira,

Cultura afro-

brasileira

7º ano – Conteúdos estruturantes e básico

Artes Visuais:

Elementos Visuais

Ponto

Linha

Plano

Volume

Luz (contraste)

Cor (escalas

cromáticas)

Equilíbrio

Harmonia

dinâmica

Qualidades plásticas

da forma e do espaço

Proporção

Movimento

Pontos de vista

Arte Renascentista

Arte Barroca

Arte Paranaense e

brasileira

Cultura afro-brasileira

Música erudita.

Música:

Elementos sonoros

Altura

Duração

Intensidade

Densidade

Timbre

Audição de obras

musicais.

Utilização dos

elementos sonoros

Música Popular e

Folclórica

Teatro:

Elementos da

ação dramática

História:

Roteiro

Enredo

Personagem

Expressão verbal

Expressão gestual

Temas do folclore

Lendas

Músicas

Poesias

Teatro

paranaense

Cultura afro-

brasileira

Dança:

Espaço = projeções,

progressões,

tensões

Dinâmicas e ritmos:

tempo e fluência

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8º ano – Conteúdos estruturantes e básicos

Artes Visuais:

Ponto (densidade,

localização)

Linha (direção,

extensão)

Plano (limites e

dimensões)

Volume

(desdobramento)

Luz (claro-

escuro)

Cor (tonalidades,

nuances)

Textura

Equilíbrio

Harmonia

Dinâmica

Bidimensional

Tridimensional

Período Neoclássico

Impressionismo e

expressionismo

Período Romântico

Realismo

Vanguardas

paranaenses

Arte do século XX

Arte Paranaense

Música:

Melodia

Harmonia

Forma

Gênero (estilo)

Ritmo

Canto

Conhecimento da

estruturação do som e

seus elementos na

cultura:

afro-brasileira

paranaense

tribal

ocidental

Música Popular e

Folclórica

Teatro:

História

Personagem

Espaço cênico

A ação dramática

Participação direta do

aluno

análise da Arte na

Sociedade Capitalista

compreensão da

realidade de

expressão

Dança:

Ações: saltar,

deslocar,

encolher,

expandir

Dinâmicas e

ritmo: peso e

espaço

Gêneros

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Cultura afro-brasileira

Música erudita.

9º ano – Conteúdos estruturantes e básicos

Artes Visuais:

Ponto

(representação)

Linha (criação de

planos e volumes)

Plano (criação de

volumes)

Luz (claro-escuro-

sombras)

Cor (escalas,

valores)

Textura

(condensação,

rarefrão).

Simetria

Assimetria

Bidimensional e

tridimensional

Perspectiva

Obras de arte

Arte Neoclássica

Romântica

Movimentos

modernistas

Arte Paranaense

Arte afro

Música:

Elementos sonoros

Qualidades sonoras

Movimentos

corporais

Canto

Instrumentos

musicais

Leitura do momento

da composição da

obra

Qualidades sonoras

Música erudita

Música Popular e

Folclórica

Teatro:

História

Personagem

Espaço

cênico

A ação

dramática

Figurino

Improvisação

Teatro

imagem

Teatro

simultâneo

Teatro debate

Folclor

e

Mitologia

grega

Dança:

Relacionamentos: relação

de proximidade,

afastamento, superposição.

Ações: gesticular, girar.

Composição coreográfica.

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Períodos artísticos.

METODOLOGIA

A arte é uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias

intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas

que influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.

Na metodologia de arte, buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de

expressão de ideias com o grupo promovendo observações, experimentações,

discussões e análises em que se possa entrar em contato não só com a forma e as

linguagens técnicas, mas também com as ideias e reflexões propostas pelas diferentes

formas de arte.

As atividades do Ensino Fundamental serão realizadas através da teoria, da

explanação oral, da apreciação de imagens, da leitura e releitura de imagens, vídeos e

atividades plásticas.

É através da exploração de materiais e técnicas vinculadas à produções

artísticas que possibilitam ao aluno a familiarização com as variadas linguagens artísticas.

A área da arte contribui para ampliar o atendimento e a atuação dos alunos ante

os problemas vitais que estão presentes na sociedade de nossos dias.

A pesquisa científica, a prática dos trabalhos, as apresentações individuais e

em grupos, a produção de roteiro de teatro, a exposição através de transparência, os

cartazes e as sucatas, são fundamentais para o aluno desenvolver suas potencialidades.

Nas artes visuais é explorado o bidimensional, o tridimensional e o virtual,

podendo trabalhar as características específicas contidas na imagem, na estrutura, na cor,

na superfície, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

O principal elemento a ser estudado na dança é o movimento, o espaço, as

ações, a dinâmica e o ritmo interrelacionados.

Na linguagem musical será explorada a história da música, propriedades do

som propiciando repertórios pessoais, culturais e composições.

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O teatro poderá explorar as possibilidades de improvisação, levando à

compreensão da realidade ou do imaginário, transcendendo os limites.

As práticas artísticas e estéticas em música, artes visuais, dança e teatro, além

de possibilitarem articulações com as demais linguagens da área favorecendo a formação

da identidade e de uma nova cidadania do jovem, forma uma consciência de uma

sociedade multicultural, onde o aluno confronta seus valores, crenças e competências

culturais no mundo no qual está inserido.

O fazer arte e o pensar sobre o que se realiza, pode garantir ao aluno sempre

uma aprendizagem contextualizada em relação a valores em meios de produção artísticos

das diferentes sociedades, em diferentes épocas. Para isso, é importante que o aluno

adquira gradualmente autonomia para aprender a buscar a informação desejada, ser um

indivíduo investigador e que saiba dividir o que aprendeu. É preciso que o aluno esteja em

contato constante com temas e atividades que o ajudem a compreender criticamente o

seu momento pessoal e o seu papel como cidadão numa sociedade.

Através da apreciação das obras de arte o aluno compreende a estética, pois

criticar esteticamente é ensinar a ver, ouvir, criticar, interpretar a realidade a fim de ampliar

as possibilidades de fruição e expressão artística.

Contextualizar a história da arte deve ser um processo contínuo que focaliza,

em dado momento histórico, o registro do sentimento estético e da visão do artista diante

dos acontecimentos que o envolvem ou envolveram. Conhecendo a história da arte, o

aluno poderá estabelecer relações mais profundas com a produção, possibilitando intervir

e reinventar a sua obra.

AVALIAÇÃO

De acordo com a LDBN 9394/96, Art. 24, Inciso V, e com a Deliberação 07/99 do

Conselho Estadual de Educação (Cap I, Art. 8º), a avaliação em Educação Artística

deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em

arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e

coletiva, desenvolvidas a partir de um conjunto de saberes.

Para se tratar da avaliação em Arte é necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticas)

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quanto conceituais (teóricas), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao

aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

Deve-se considerar o histórico de cada aluno e sua relação com atividades na

escola, observando a qualidade dos trabalhos em seus diversos registros (sonoros,

textuais ou audiovisuais). Guiando-se pelos resultados obtidos, pode-se planejar algumas

formas criativas de avaliação como roda de leitura, textos, avaliação de pastas de

trabalhos, audição musical, produção de vídeos, dramatizações, etc., tendo por fonte

materiais alternativos que podem favorecer a compreensão dos conteúdos das

disciplinas.

É interessante que os alunos participem da avaliação dos seus trabalhos e dos

colegas, manifestando seu ponto de vista, o que contribuirá para ampliar o processo de

aprendizagem de cada um, sendo através de produção individual e coletiva num processo

formativo e permanente, onde os alunos também participam avaliando a produção

coletiva e se auto-avaliando.

A avaliação precisa ser um estímulo ao desenvolvimento artístico cultural dos

alunos. A pesquisa científica, a elaboração prática dos trabalhos, as apresentações

individuais e em grupos, produção de roteiro de teatro, exposição de trabalhos, etc., são

atividades avaliadas através do potencial criador de cada um.

Através da avaliação, discute-se as dificuldades e progressos de cada um a partir

da sua própria produção, sendo o suporte para a qualidade dos processos de ensino e

aprendizagem, onde o professor pode rever sua prática pedagógica que possibilite ao

aluno dirigir-se para a apropriação do conhecimento.

Em suma, a avaliação será individual de forma diagnóstica, contínua, permanente,

levando em consideração a criatividade, a expressividade, sensibilidade e a imaginação,

analisando o processo de desenvolvimento no desempenho dos trabalhos.

A recuperação paralela deverá acontecer imediatamente após diagnosticar a não

apropriação dos conteúdos trabalhados, utilizando novas metodologias e formas

avaliativas para que ocorra o entendimento dos mesmos.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, J. de. A cultura brasileira – 5ª edição. São Paulo: Melhoramentos, 1971.

BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte, Perspectiva. São Paulo SP. 1996.

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__________, Arte e Educação; Conflitos e Acertos. Copirraite. São Paulo SP. 1985.

COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico. Francisco

Beltrão. 2007.

COLL, Cesar, TEBEROSKY, Ana. .Aprendendo arte São Paulo: Ática, 2002.

FERRAZ, Maria: FUSARI, Maria. Metodologia do Ensino da Arte. Cortez. São Paulo SP.

1993.

LOWENFELD, Vi Brittain. Desenvolvendo a capacidade criadora. São Paulo: Mestre

Jori, 1977.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1987.

___________, Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

PARANÁ. Currículo Básico Para a Escola Publica do Estado do Paraná ARTE.

Curitiba PR 1990.

________ Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública

de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

__________ Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação,

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-

Brasileira. Curitiba: SEED-PR, 2005.

BIAVATTI, Escola Estadual. Regimento Escolar. SEED/Pr. Francisco Beltrão, 2011.

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CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA CIÊNCIAS

A retomada dos conteúdos que historicamente compõem o currículo da disciplina é

imprescindível no processo de escolarização. As Diretrizes Curriculares Estaduais para o

ensino de Ciências estão organizadas a partir da concepção de Ciências, como processo

de construção humana, provisória, falível e intencional e dos conteúdos estruturantes que

se desdobram nos conteúdos básicos e específicos da disciplina. Esses conteúdos serão

abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a

ciência, a tecnologia e a sociedade. Esta abordagem pedagógica faz com que se discuta,

analise, argumente e avance na compreensão do seu papel às demandas sociais, em que

se referem à saúde, sexualidade e meio ambiente.

Sendo como objetivo geral da disciplina a investigação da Natureza, onde cabe aos

indivíduos interpretar racionalmente os fenômenos observados e resultantes das relações

entre tempo, espaço, matéria , força, movimento, campo, energia e vida.

A disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos

necessários para compreender e explicar fenômenos da natureza a suas interferências no

mundo. Estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e

biológicos do cotidiano, favorecendo a reflexão, a contextualização dos conteúdos

específicos, propiciando uma análise crítica sobre a relação entre a ciência e a sociedade.

A aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a

divergência, o questionamento e incertezas. Tal abordagem pedagógica propicia

condições para o sujeito do processo educativo discutam, analisem, argumentem e

avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais, tornando-se então

agentes mediadores das transformações sociais.

A disciplina de ciências tem por finalidade propiciar a construção da compreensão

dinâmica da nossa vivência material, do convívio harmônico com o mundo da informação,

do entendimento histórico da vida social e produtiva, da percepção evolutiva da vida, do

planeta, tendo como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da

investigação da natureza e da relação entre os seres humanos com os demais seres

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vivos pela busca de condições favoráveis de sobrevivência no planeta.

A ciência é uma disciplina que procura assegurar um processo educacional de

elaboração e circulação do conhecimento, estabelecendo novas formas de pensar, de

dominar a natureza e de compreendê-la. A ciência não revela a verdade, mas propõe

modelos explicativos para construí-las. Aprender ciência deve ser, portanto, um exercício

de comparar e diferenciar modelos, não de adquirir saberes absolutos e verdadeiros. A

chamada mudança conceitual, necessária para que o aluno progrida dos seus

conhecimentos intuitivos aos científicos, requer pensar nos – e não só com os – diversos

modelos e teorias a partir dos quais é possível interpretar a realidade. Por outro lado, a

ciência é um processo e não apenas um produto acumulado em forma de teorias ou

modelos, e é necessário levar para os alunos esse caráter dinâmico e perecedouro dos

saberes científicos conseguindo que percebam sua transitoriedade e sua natureza

histórica e cultural, que compreendam as relações entre o desenvolvimento da ciência, a

produção tecnológica e a organização social, entendendo, portanto, o compromisso

da ciência com a sociedade, em vez da neutralidade e objetividade do suposto saber

positivo da ciência.

A sociedade a qual o ensino de ciências é dirigido e suas demandas tiveram

mudanças significativas, em vista dessas mudanças, houve necessidades de

modificações no currículo de ciências. Estas foram realizadas na Rede de Ensino do

Estado do Paraná com contribuições dos professores. E é de acordo com estas novas

diretrizes que nossa proposta pedagógica esta embasada onde a ciência deve ser

ensinada como um saber histórico e construído socialmente, tentando fazer com que os

alunos participem, de algum modo, no processo de elaboração do conhecimento

científico, com suas dúvidas e incertezas, e isso também requerer deles uma forma de

abordar o aprendizado como um processo construtivo, de busca de significados e de

interpretação, em vez de reduzir a aprendizagem a um processo repetitivo ou de

reprodução de conhecimentos pré-cozidos, prontos para o consumo.

OBJETIVOS GERAIS

A Disciplina de Ciências visa formar alunos na medida em que prioriza o estudo da

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vida, do ambiente, do corpo humano, do universo, da tecnologia, da matéria e da energia,

dentre outros, na medida em que os ajuda a:

Compreender a ciência como um conjunto de conhecimentos que se modificam ao longo

do tempo, acompanhando as descobertas científicas pelos meios de comunicação e

avaliando seus aspectos éticos;

Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização, para a

busca e organização de informações, autonomia e responsabilidade na realização de

suas tarefas como sujeitos do processo educativo;

Compreender a natureza com um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e

transformador do meio em que vive, respeitando a diversidade de espécies no seu

ciclo evolutivo e estabelecer relações entre vários processos vitais e destes com o

ambiente.

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

Astrono

mia

Universo

Sistema solar

Movimentos celestes

Movimentos terrestres

Astros

- Teoria heliocêntrica e geocêntrica

- Características dos corpos celestes

-Movimentos de rotação e translação

dos planetas constituintes do sistema

solar.

Matéria Constituição da matéria

- Matéria: constituição, propriedades e

transformações.

- Água e saúde.

-Água: composição da água e

fundamentos teóricos (estados físicos:

pressão e vasos comunicantes).

-Atmosfera.

- Terra: crosta, solos, rochas, minerais,

manto e núcleo.

Sistemas Biológicos Níveis de Organização

- Características gerais, orgânicas e

fisiológicas dos seres vivos

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celular - Teoria celular

- Níveis de organização celular

Energia

Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

- Formas, conversão, transmissão,

fontes, irradiação, convecção e

condução.

Biodiver

sidade

Organização dos seres

vivos

Ecossistema

Evolução dos seres

vivos

-Relações ecológicas.

-cadeia alimentar (níveis tróficos).

-Fenômenos meteorológicos e

catástrofes.

7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURA

NTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

Astr

onomia

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

- Eclipses, estações do ano,

- Sol: composição e produção de

energia

Matéria Constituição da matéria

- Formação, constituição e evolução do

planeta terra e sua atmosfera

Sistem

as biológicos

Célula

Morfologia e fisiologia

dos seres vivos.

- Organização celular

- Constituição, tipos e evolução celular.

- Mecanismos celulares: funções e

relações entre órgãos e sistemas

animais e vegetais.

En

ergia

Formas de

energia

Transmissão de energia

- Energia luminosa, solar, luz, cores,

radiações e energia térmica.

- Fotossíntese e conversão de energia

na célula.

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Biodi

versidade

Origem da vida

Organização dos seres

vivos

Sistemática

- Biodiversidade e evolução das

espécies animais e vegetais.

- Origem da vida: teorias evolutivas e

eras geológicas.

- Classificação dos seres vivos em

reinos: taxonomia e filogenia.

- Inter-relações ecológicas entre os

seres vivos e o ambiente.

8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURA

NTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

Astro

nomia

Origem e evolução do

universo

- Origem e evolução do universo

- Teorias evolutivas

- Fundamentos da classificação

cosmológica ( galáxias, estrelas,

planetas, asteróides, meteoros...)

Mat

éria

Constituição da matéria - Matéria: constituição e modelo

atômico, átomo, íon, elemento químico

e ligações químicas.

- Lei de conservação das massas.

Sistemas

biológicos

Célula

Morfologia e fisiologia

dos seres vivos

- Constituição química dos organismos

vivos

- Célula: morfologia e fisiologia das

organelas celulares

- Estrutura e funcionamento dos

tecidos, órgãos e sistemas (digestório,

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cardiovascular, respiratório, excretor,

urinário e reprodutor)

En

ergia

Formas de energia - Energia química, mecânica e nuclear

-Prevenção ao uso indevido de

drogas.

Biodiv

ersidade Evolução dos seres vivos

-Teorias Evolutivas

9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURA

NTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

Astr

onomia

Astros

Gravitação

universal

- Leis de Kepler e Newton

- Fenômenos terrestres (mares e

gravidade).

M

atéria Propriedades da matéria

- Propriedades gerais e específicas da

matéria

Siste

mas biológicos

Morfologia e fisiologia

dos seres vivos

Mecanismos de herança

genética

- Estrutura e funcionamento dos

sistemas (nervoso, sensorial,

reprodutor e endócrino e locomotor)

- herança genética (1ª lei de Mendel e

conceitos básicos)

E

nergia

Formas de energia

Conservação de energia

- Energia: fontes, conversores e

conservação.

- Fundamentos da física: movimento,

deslocamento, velocidade,

aceleração, trabalho e potência.

- Energia elétrica e magnetismo

Biodi

versidade Interações Ecológicas

Ciclos biogeoquímicos

Relações Ecológicas

Educação ambiental.

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METODOLOGIA

A disciplina de Ciências deve estudar os fenômenos naturais e o conhecimento dos

seres vivos e do corpo humano, iniciando por conteúdos específicos, porém não podemos

deixar de lado o conhecimento prévio do aluno, o contexto social e as inter-relações com

outras disciplinas. Desta forma, amplia-se e sedimenta-se o conhecimento da disciplina.

Para o desenvolvimento das atividades teremos os seguintes encaminhamentos

metodológicos: atividades e aulas práticas com coerência entre teoria e prática, leitura,

análise e interpretação de textos, dados, gráficos, esquemas, recursos pedagógicos como

slides, fitas, VHS, DVDs, softwares educativos. Em determinados momentos, divulgar a

produção dos alunos, para promover a interdisciplinaridade e a socialização dos saberes.

Diante da proposta da inclusão na Escola, será necessário uma abordagem

específica mediante um diagnóstico referente a uma metodologia/conteúdos e avaliação.

Sendo possível assim melhor rendimento e aproveitamento do conteúdo.

AVALIAÇÃO

No processo de avaliação, deve-se observar alguns critérios:

- Coerência entre o planejamento e as ações pedagógicas;

- O aprendizado dos alunos, conforme os objetivos (A apropriação dos

conteúdos.)

- Conhecimento dos aspectos da natureza, sabendo relacioná-los com a vida

diária de cada um.

- Saber posicionar-se frente aos problemas relacionados ao meio ambiente,

demonstrando mudanças de postura na escola e na comunidade.

A avaliação deve ser contínua, verificando o desenvolvimento do aluno durante o

trimestre, e será feita através de:

Leitura e interpretação de textos;

Resolução de exercícios e problemas;

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Pesquisas em livros, revistas, jornais, internet;

Elaboração de textos;

Aulas práticas – montagens, desenvolvimento, organização, relatórios.

Feitas as avaliações, se for detectado que alguns alunos não conseguiram

apropriar-se do conteúdo, será oportunizada a recuperação paralela, que consistirá de

uma retomada do conteúdo sob uma ótica diferente, com metodologia diferente daquela

usada anteriormente. Ao final, nova avaliação será realizada para toda a classe, e a nota

será substituída, de modo que o aluno fique com a maior das duas notas (avaliações ou

recuperação).

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REFERÊNCIAS

BIAVATTI, Beatriz. Projeto Político Pedagógico: Francisco Beltrão, 2011.

BIAVATTI, Beatriz. Regimento Escolar: Francisco Beltrão, 2011.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Coleção Ciências. Rio de Janeiro: Ática.

PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação – Currículo Básico para a Escola Pública

do Estado do Paraná. 3ª Edição, Curitiba: SEED, 1997.

__________________________, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação

Básica do Estado do Paraná. Ciências. Curitiba: SEED, 2006.

VALLE, Cecília. Coleção Ciências. Curitiba: Positivo, 2004.

EDUCAÇÃO FÍSICA

31

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Física tem grande relevância na situação histórica

que ora vivemos, pois possibilita ao individuo através das mais variadas formas de

linguagem e comunicação, que não necessariamente as formais, a busca de seu espaço

na sociedade, a auto – afirmação, seu resgate como ser humano e cidadão critico e

consciente de seus diretos e deveres, que sabe respeitar, mas que também gosta e quer

se sentir respeitado, além de seu auto conhecimento, de conhecer, e respeitar seus

próprios limites e limitações, e suas capacidades.

A Educação Física passou através dos tempos por varias transformações,

atingindo um senso critico amparado pela comunidade cientifica e cultural. Hoje se faz

necessário um repensar sobre as necessidades atuais de ensino, buscando a superação

de uma visão fragmentada de homem e de sociedade, onde devemos buscar o sentido

da coletividade e do tratamento igualitário, bem como a formação do cidadão consciente,

conhecedor de si próprio. De uma forte acepção marcada pelas ciências da natureza, a

Educação Física permite abordagens biológica, antropológica, psicológica, filosófica e

política das praticas corporais, justamente por seu constituinte interdisciplinar.

Portanto a Educação Física não pode ser um apêndice das demais disciplinas e

projetos da escola, nem um momento de compensação às atividades em sala de aula,

onde se premia ou pune o aluno conforme o comportamento nas demais disciplinas. Por

ser parte integrante do processo de escolarização e como tal, deve articular – se ao

Projeto Político Pedagógico da escola. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e

de ensino “Cultura Corporal”, a Educação Física se insere como disciplina ao garantir o

acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações e práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade. Na busca de contribuir com um

ideal de formação do ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é

produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

Considerando os antecedentes históricos da Educação Física, busca-se superar

formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é

entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto de

análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido,

procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,

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relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.

Desde os primórdios dos tempos que a vida humana em sociedade se desenvolve

pelas relações do homem com a natureza, e com o próprio homem. Nessa relação, o

homem desenvolveu varias habilidades físicas e organizacionais, com o intuito de superar

obstáculos. Outras manifestações corporais eram realizadas em festas, em rituais, nas

celebrações dos frutos dos trabalhos.

Sendo assim, o trabalho é para o homem histórico, que ao longo do tempo vem

assumindo diferentes papéis. No capitalismo tornou – se alienante, desumanizador, criou

estereótipos, disciplinou, o que são características essenciais para atender a produção

capitalista.

Há que se propor, então, discussões teóricas acerca da área de conhecimento da

disciplina de Educação Física, da necessidade de se compreendê-la em um contexto

mais amplo, como parte integrante de uma totalidade que interage social, política,

econômica e culturalmente. Precisamos entender de que forma o capitalismo dita as

regras do pensar e do agir sobre o corpo, e qual a sua influencia em nossa pratica

pedagógica, sendo pra tanto, necessário nosso entendimento de que:

“( ...) o profissional de Educação Física precisa compreender –se como aquele intelectual responsável pela organização e sistematizacão competente e critica das praticas corporais conscientes do homem e suas determinações pelas relações com o trabalho, a linguagem e o poder, elementos estruturantes de uma sociedade cindida em classes e, conseqüentemente, em interesses antagônicos. O trabalho, no sentido de transformação da condição natural do homem, produzindo, este, a sua própria historia. Porém, esta produção da historia (cultura) não se dá sem um substrato ideológico que determina as formas de linguagem. A conformação dos signos sociais ( palavras, gestos, etc.) se dá sempre num contexto de relações sociais e orientações ideológicas ( ... ) . Finalmente, as relações de poder, também orientadas pelo jogo de forças determinado ideologicamente pela própria cultura, que cristaliza a condição dos sujeitos em determinada estrutura social. Pensar a Educação Física no interior da escola, sem pensar os seus determinantes culturais é, como a sua história bem tem demonstrado, torna – la acéfala. “ ( OLIVEIRA, 1998, p. 126)

Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa

entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações sociais,

políticas, econômicas e culturais dos povos.

É partindo dessa posição que as novas Diretrizes apontam a Cultura

Corporal como objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação

estreita entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas

corporais decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão

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sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas

e esportes.

Portanto, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os

alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

OBJETIVOS GERAIS

• Dar um significado as aulas, exercitando ampliação das possibilidades de

intervenção, superando a dimensão meramente motriz por uma dimensão

histórica, cultural, social, rompendo assim com a idéia que o corpo restringe – se

somente ao biológico e ao mensurável, priorizando assim, a construção do

conhecimento sistematizado como oportunidade ímpar de reelaboração de idéias

e praticas que identifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de

conhecimento produzido pela humanidade e suas implicações para a vida;

• Destacar a importância da dimensão social da educação Física, possibilitando a

consolidação de um novo entendimento em realção ao movimento humano como

expressão da identidade corporal. Como pratica social e como uma forma do

homem se relacionar com o mundo;

• Permitir uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,

filosófica e política das praticas corporais, justamente por sua constituição

interdisciplinar;

• Considerar a disciplina de forma mais abrangente, propiciando uma educação

voltada para uma consciência critica, onde o trabalho, enquanto categoria, é um

dos princípios fundantes das reflexões acerca da disciplina de Educação Física

dentro das Diretrizes Curriculares;

• Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando formas

já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e

manifestações corporais, tendo como objetivo ultimo a modificação das suas

relações sociais.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para tanto, se utiliza de conteúdos estruturantes, que são definidos como os

conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam

os campos de estudos de uma disciplina escolar, e de elementos articuladores que

permitem integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada e, portanto, não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem

tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.

A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma

abordagem que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos

políticos, históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade

representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na

formação social crítica e autônoma.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais os Conteúdos

Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:

• Esporte;

• Jogos e brincadeiras;

• Ginástica;

• Lutas;

• Dança.

ESPORTE

Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas

esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede

pública de ensino.

Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao fazer

corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas, destrezas

motoras, táticas de jogo e regras.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem

considerar os determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte

ao longo dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal.

Portanto, nas Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teóricoprática e um

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fenômeno social que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma

ferramenta de aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar

os sujeitos em suas relações sociais.

A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho

máximo e nas comparações absolutas e objetivas fazem do esporte na escola uma

prática pedagógica potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes,

hábeis e ágeis com seguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado

desse conteúdo.

Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige

um trabalho intenso de redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na escola,

repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos estudantes as

múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica perante esse conteúdo

escolar.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Nas Diretrizes, os jogos e as brincadeiras são pensados de maneira

complementar, mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Como Conteúdo

Estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e

a interpretação da realidade.

No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a

se mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além

de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de

Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de

um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas particulares que os jogos e as

brincadeiras tomam em distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola

valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais que identificam determinada

sociedade.

Assim, as crianças e os jovens devem ter oportunidade de produzirem as

suas formas de jogar e brincar, isto é, ter condições de produzirem suas próprias culturas,

pois:

[...] o uso do tempo na infância varia de acordo com o momento

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histórico, as classes sociais e os sexos. Na nossa sociedade [...] ainda que por razões bem diferentes, independente das classes sociais a que pertençam, as crianças também não têm tempo e espaço para vivência da infância, como produtoras de uma “cultura infantil”. (MARCELLINO, 2002, p. 118)

Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o

desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do real

através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à escola

fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos.

Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal. Tanto

os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados, conforme a

realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização das

manifestações corporais próprias desse ambiente cultural.

Os jogos também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para

que sejam adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as

possibilidades das ações humanas.

Torna-se importante, então, que os alunos participem na reconstrução das regras,

segundo as necessidades e desafios estabelecidos. Para que os princípios de

sobrepujança sejam relativizados, os próprios alunos decidem como equilibrar a força de

dois times, sem a preocupação central na mensuração do desempenho.

Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de

criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes desde

sua invenção.

Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, os

jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e

a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse e a

intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.

GINÁSTICA

Nas Diretrizes Curriculares, entende-se que a ginástica deve dar condições

ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse

conteúdo deve ser as diferentes formas de representação das ginásticas.

Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões

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estéticos, a busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os

modismos que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive

na ginástica.

Ampliando o olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma

gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais

circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica.

Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a

vivência e o aprendizado de outras formas de movimento.

Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação

espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas

práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre outros.

Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que os alunos se

movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Com

efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a interação, o conhecimento, a

partilha de experiências e contribui para ampliar as possibilidades de significação e

representação do movimento.

LUTAS

Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem

fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de

conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias.

Ao abordar esse conteúdo, devem-se valorizar conhecimentos que permitam identificar

valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas.

Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as

suas funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao longo

dos anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua finalidade inicial

ligada às técnicas de ataque e defesa, com o intuito de autoproteção e combates

militares, no entanto, ainda hoje se caracterizam como uma relevante manifestação da

cultura corporal.

O desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal,

a aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como, por

exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento da

filosofia que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo outro,

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pois sem ele a atividade não se realizará.

As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de

maneira reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente

desenvolver capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam

perceber e vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente,

procurando, sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A

partir desse conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude

autônoma, decidir pela sua prática ou não fora do ambiente escolar.

DANÇA

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo

e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam

em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças

folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.

Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o

professor poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus

significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada

modalidade de dança, seja contemplada.

A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita

compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências vividas na

escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo superar os modelos

pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de perceber o mundo (SARAIVA,

2005).

Dessa maneira, é importante que o professor reconheça que a dança se

constitui como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar,

pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a

cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância para

refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso

comum.

Os Elementos Articuladores propostos nas DCES são os seguintes:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

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• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

• Cultura Corporal – Técnica e Tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,

indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no

cotidiano escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de

ensino/aprendizagem, pois devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos

de modo a articulá-los o tempo todo.

Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica

devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de

ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento

sistematizado, que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.

CONTEÚDOS

1º Trimestre

6º ano:

Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro e brincadeiras populares;

Ginástica Geral – jogos gímnicos;

Esporte: Vôlei, basquete e atletismo (através jogos pré-desportivos);

7º ano:

Esporte – voleibol, basquete e tênis de mesa (jogos pré-desportivos);

Jogos e brincadeiras – Brincadeiras populares, jogos cooperativos e competitivos;

Ginástica Geral – elementos ginásticos (alongamento, aquecimento e relaxamento);

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8º ano:

Esporte – voleibol, basquetebol (técnica e tática);

Jogos e brincadeiras – jogos dramáticos;

Ginástica – geral;

9º ano:

Esporte – voleibol e basquetebol;

Jogos – dramáticos/ cooperativos;

Ginástica – ginástica de academia;

2º Trimestre

6º ano:

Esporte – futsal e Basquete (jogos pré-desportivos);

Jogos e brincadeiras – jogos cooperativos;

Dança – folclórica;

7º ano:

Esporte – Atletismo, basquetebol e futsal (jogos pré-desportivos);

Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro (xadrez, etc...);

Dança – folclórica / criativa;

8º ano:

Esportes – atletismo, tênis de mesa e futsal (técnica e tática);

Jogos e brincadeiras – jogos competitivos;

Dança – dança de salão / criativa;

9º ano;

Esportes – atletismo, xadrez, tênis de mesa e futsal;

Dança – dança criativa e circular;

Ginástica – geral;

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3ª Trimestre

6º ano:

Esportes – handebol ( jogos pré-desportivos);

Ginástica – circense e ritmica.

Lutas – lutas de aproximação;

7º ano:

Esportes – futsal, handebol (jogos pré-desportivos);

Lutas – Capoeira e Karate

Ginástica - geral / circense

8º ano:

Esportes – basquetebol;

Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro;

Dança – dança de salão;

Ginástica – academia;

Lutas – lutas de aproximação (capoeira).

9º ano:

Esportes – futsal e handebol;

Lutas – lutas de aproximação (capoeira).

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico demonstra o alargamento da compreensão das

praticas corporais na escola, reorientando as formas de conceber o papel da Educação

física na formação do aluno, identificando as múltiplas possibilidades de intervenção

sobre a corporeidade que surgem no cotidiano de cada escola.

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas

Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos –

esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função

social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o 42

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próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente

sobre as práticas corporais.

Ao professor cabe, compreender – se como intelectual responsável pela

organização e sistematização destas práticas corporais que possibilitam a comunicação e

o dialogo com as diferentes culturas.

Para tanto, a Educação Física deve articular o trabalho com todos os envolvidos no

processo de escolarização com o intuito de repensar e re-estruturar rituais, regras,

valores, tempos e espaços que compõe o trabalho pedagógico a abrangem a educação

do corpo na escola. Reorganizar as diversas práticas pedagógicas por intermédio de uma

interação entre os sujeitos.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da

Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais.

Os conteúdos deverão ser abordados segundo o princípio da complexidade

crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido nas diferentes séries do

Ensino Fundamental.

Nesta perspectiva, os conteúdos não precisam ser pré-requisitos, mas apresentar

complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser explorado em qualquer

série da Educação Básica, com o professor estabelecendo diferenças de entendimentos e

reflexões dos mesmos e de seus elementos articuladores.

O trabalho docente será balizado por uma intencionalidade que pretenda repensar

o papel do professor e da Educação Física ao longo da escolarização, desmistificando

formas naturalizadas de compreender a função social. Ainda, o professor será o

articulador do conhecimento e não o detentor de uma verdade única.

O professor deverá estar atento às peculiaridades que envolvem a corporeidade,

nem resumir a educação do corpo a pratica de atividades físicas descontextualizadas,

mas sim, entendê-las como uma dimensão complexa e abrangente.

A organização das aulas deve possuir três momentos distintos:

1° momento: Apresentação/proposição do conteúdo a ser aplicado.

Através de discussão do conteúdo preparado e planejado pelo professor com os

alunos, com base no que o aluno traz como referencia acerca do conteúdo proposto, e

através de propostas de desafios, o professor irá adotar a estratégia que se apresentar

com maior probabilidade de aceitação e assimilação por parte dos alunos;

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2° momento: Execução do conteúdo proposto;

Para execução dos conteúdos sistematizados, o professor deverá lançar mão de

trabalhos de pesquisa individuais e em grupos, explanações orais, de imagens

(transparências, livros, revistas, etc.), seminários, atividades práticas (dinâmicas, jogos

etc.) e reflexões através de intervenções pedagógicas quando necessário, a fim de atingir

os objetivos estabelecidos.

3° momento: Discussão e reflexão sobre o conteúdo que foi executado;

Após a aplicação dos conteúdos, os alunos e o professor deverão novamente

reunirem-‘ se, afim de comentar, analisar, destacar pontos positivos e negativos da

aula, além de sugerir alterações, como outras variações de jogos, para que o conteúdo

seja assimilado por todos de forma integral.

O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas em

relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e

acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento

sistematizado, como oportunidade para re-elaborar idéias e atividades que ampliem a

compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas

implicações para a vida.

Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências

objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,

sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar em concordância com o Projeto Político Pedagógico da

escola, e não deve servir apenas para classificar alunos em aprovados ou reprovados,

mas, também como referencia para redimensionar sua prática pedagógica. Sendo assim,

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto de

ações pedagógicas e não como elemento externo a este processo.

Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades 44

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propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da

recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações

problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo

e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades,

seja através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas

corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar

conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos

alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que

possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por

parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias

maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à

apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores

que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os

alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os

(pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações

problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX

E TERRA, 1998).

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos,

uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes

formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse

momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos

expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais lhes chamou a

atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se auto-

avaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do

seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizarse de

outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-

simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico,

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entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

Também através da organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja

finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa

situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos

alunos.

Portanto, serão instrumentos de avaliação nas aulas de Educaçao Física: as

provas e os trabalhos escritos e orais, a auto avaliação, a observação continua do

crescimento quanto ao estagio inicial do conhecimento dos conteúdos trabalhados, a

capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos

inicialmente traçados pelo professor.

A recuperação paralela dar – se – a concomitantemente ao desenrolar das aulas,

permitindo que alunos com dificuldades em determinados conteúdos, possam estar

revendo os mesmos, estudando – os, buscando uma melhor forma de assimilação e

participando novamente do processo para que se faça um novo diagnostico do que foi

apreendido, e se necessário, retomar o ponto novamente, com novas regras, como forma

de fortalecer e consolidar o processo de ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

CAPARROZ, Francisco Eduardo. EDUCAÇAO FISICA ESCOLAR: política, investigação e intervenção. Vitória: Proteoria, 2001.

COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico, Francisco Beltrão, 2008;

BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei n. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – EDUCAÇÃO FÍSICA, Curitiba, SEED-PR, 2008;

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO, DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – EDUCAÇAO FÍSICA, Curitiba, SEED, 2008;

MARCELLINO, N.C. Lazer e educação. 9. ed. Campinas: Papirus, 2002

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SOARES, Carmem Lucia. EDUCAÇAO FISICA ESCOLAR: conhecimento e especificidade. Revista Paulista de Educação física, suplemento nº 2. São Paulo.

OLIVEIRA, N. R. C. de. Educação física na educação infantil: uma questão para debate. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 12., 2001. Caxambu, Anais. Campinas: CBCE, 2001. (CD-ROM)

PALLAFOX, G. H. M.; TERRA, D. V. Introdução à avaliação na educação física escolar.In:Pensar a Prática. Goiânia, v. 1. n. 01, jan/dez 1998

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso é de matrícula facultativa, mas faz parte integrante da formação

básica do cidadão. Nas escolas públicas da Educação Básica é a disciplina que assegura

o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

proselitismo. (Lei 9475/97 art. 33 da LDBN/96). A disciplina de Ensino Religioso busca

expressar a necessidade de reflexão para a superação das desigualdades étnico-

religiosas e para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão.

Fazem parte do foco de trabalho do Ensino Religioso conteúdos que tratam da

diversidade de manifestações religiosas, do Sagrado, dos seus ritos, de suas paisagens e

símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de

que são impregnadas..

Na prática, a disciplina Ensino Religioso está presente nas escolas há muitos

anos. Porém, inicialmente, era trabalhado como catecismo da religião Católica. Com o

passar dos anos e várias Constituições e LDBs, entendeu-se que a disciplina é um direito

de todos, de modo que deveria ser trabalhada de fim de que possa contribuir para o

reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração

cultural dos povos, e possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o

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fenômeno religioso.

Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas diante

da sociedade atual, essa disciplina requer uma nova forma de ser vista e compreendida

no currículo escolar.

Assim, para ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade

religiosa, estudar-se-á o Sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo

presente em todas as manifestações religiosas, já que essa concepção favorece uma

abordagem ampla de conteúdos específicos da disciplina.

Tais conteúdos privilegiam o estudo das diferentes manifestações do Sagrado e

possibilitam sua análise e compreensão como o cerne da experiência religiosa que se

expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais, uma vez que é uma das

formas de expressão empregadas para se explicar fenômenos que não obedecem às leis

da natureza.

Entretanto, as expressões sagradas diferem de cultura para cultura e, como parte

da dimensão cultural, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira como o

homem religioso vive seu cotidiano. O que para alguns é normal e corriqueiro, para outros

é encantador, sublime, extraordinário, repleto de importância e, portanto, merecedor de

tratamento diferenciado.

A partir do objeto de estudo do Ensino Religioso, conforme se preconiza nas

Diretrizes Curriculares Estaduais, busca-se superar as tradicionais aulas de religião e

entender essa disciplina escolar como processo pedagógico cujo enfoque é o

entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa.

OBJETIVOS GERAIS

• Proporcionar aos alunos a oportunidade de identificação, de

entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes

manifestações religiosas presentes na sociedade de tal forma que amplie

sua própria cultura em que estão inseridos;

• Refletir e entender como os grupos sociais se constituem

culturalmente e como se relacionam com o Sagrado;

• Ampliar a abordagem no que se refere à diversidade religiosa

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tendo como objetivo de estudo, o Sagrado, foco do fenômeno Religioso

como algo que está presente em todas as manifestações religiosas do

cotidiano;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande

amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a

serem contemplados no Ensino Religioso.

Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o Sagrado, os

conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:

A paisagem religiosa que se refere à materialidade fenomênica do

sagrado, a qual é aprendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do

sagrado, ou seja, os espaços sagrados;

O universo simbólico religioso que é apreensão conceitual da razão,

pela qual concebe-se o sagrado pelos seus predicados e se conhece a sua lógica

simbólica. Sendo assim entende-se como sistema simbólico e cultural;

Texto Sagrado é a tradição e a natureza do sagrado enquanto

fenômeno. Pode ser manifestado de forma material ou imaterial. Neste sentido, é

reconhecido através das Escrituras Sagradas das Tradições Orais Sagradas e dos

Mitos.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

SAGRADO

PAISAGEM RELIGIOSA

TEXTO SÍMBOLO

SAGRADO

CONTEÍDOS ESPECÍFICOS

6º ano 7º ano- Lugares Sagrados

-Símbolos religiosos

- Organizações Religiosas

- Textos Orais ou Escritos Sagrados

- Universo simbólico religioso

- Ritos

- Festas Religiosas

- Vida e Morte

METODOLOGIA

O processo de ensino aprendizagem defendido pelo Ensino Religioso visa a

construção/produção do conhecimento e que, por conseqüência, se caracteriza por uma

metodologia de promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida, do confronto de

idéias, de informações discordantes, da pesquisa e também da exposição de conteúdos

formalizados.

Este processo de ensino tem como primícias o aluno como sujeito social do

conhecimento científico que interage com os conteúdos, objeto social deste conhecimento

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científico.

A forma de apresentação dos conteúdos específicos, explicita a intenção e a partir

de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidos ou

pouco conhecidos dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de

manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da

comunidade.

Os conteúdos de Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar

manifestações do sagrado em detrimento de outras, uma vez que a escola não é um

espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e

celebrações.

Ao adotar uma abordagem pedagógica e não religiosa, dos conteúdos, o professor

estabelecerá uma relação com os conhecimentos que compõem o universo sagrado das

manifestações religiosas como construção histórico-social, apegando-se ao patrimônio

cultural da humanidade. Não estará, portanto, propondo que se faça juízo desta ou

daquela prática religiosa.

AVALIAÇÃO

É necessário destacar os procedimentos de avaliação do Ensino Religioso não se

constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos

na documentação escolar.

Cabe ao professor utilizar práticas avaliativas que permitam acompanhar o

processo de apropriação do conhecimento pelos alunos, tendo como parâmetro o

conteúdo trabalhado e seus objetivos.

Sendo utilizados instrumentos que auxiliam a registrar o quanto o aluno e a turma

se apropriaram dos conteúdos através de trabalhos em grupo, ou individuais, pesquisas,

leituras, debates, plenárias, avaliações escritas individuais ou em grupo, análise de textos,

apresentação de fatos entre outros.

O professor deverá retomar os conteúdos sempre que perceber dificuldades em

compreensão das manifestações do sagrado por parte dos alunos.

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REFERÊNCIAS

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione Slda, 1994

COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico. Francisco

Beltrão. 2007.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano: a essência das religiões. São Paulo: Ed.

Paulinas, 1989.

OTT, R. O Sagrado, Lisboa: Edições 70, 1992.

MACEDO, Carmen Cinira. Imagem do eterno: religiões mo Brasil. São Paulo: Ed.

Moderna Ltda, 1989.

Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o

Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.

GEOGRAFIA

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A geografia é entendida como a ciência que estuda o espaço geográfico e deve ser

compreendida através das relações entre espaço-tempo, poder, sociedade-natureza. A

geografia no Ensino Fundamental contempla os eixos estruturantes: A Dimensão Política

do Espaço Geográfico, Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico, a Dinâmica

Cultural e Demografia do Espaço Geográfico e Dimensão Econômica do Espaço

Geográfico, que nortearão os conteúdos específicos da disciplina.

O espaço geográfico é entendido como espaço produzido e apropriado pela

sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,

culturais, políticas e econômicas) interrelacionados.

O papel da Geografia na pós-modernidade exige uma leitura crítica do mundo,

possibilitando aos alunos a compreensão de que também são agentes participativos, na

construção do espaço geográfico.

O ensino e o estudo da Geografia estabelecem relações com a natureza, como

forma de compreender as estratégias de sobrevivência dos povos ao longo da história da

humanidade.

Os povos coletores e caçadores observavam a dinâmica das estações para

entender o ciclo reprodutivo da natureza, enquanto para os navegadores e pescadores

sempre foi importante observar a dinâmica dos ventos e o movimento das marés e das

correntes marítimas. Já para os agricultores sempre foi essencial conhecer as variações

climáticas e a alternância entre os períodos secos e chuvosos.

Esses conhecimentos permitiram às sociedades relacionar-se com a natureza e

modificá-la em seu próprio benefício. Isto vem acontecendo em todas as eras históricas,

criando também condições para entender o processo da evolução humana, a

transformação do meio ambiente, que advém do movimento da própria natureza, mas

também da intervenção do homem.

Estas transformações ocorridas permitiram grandes avanços na organização do

trabalho humano, no desenvolvimento científico e tecnológico, conseqüentemente

refletindo nas relações humanas.

Segundo ANTRADE, (1987) a forma do planeta passou a ser discutida a partir do

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Séc. XII, quando eram definidas as rotas marítimas do comércio. No Séc. XVI os homens

começaram a ter uma preocupação maior estudando elementos do espaço físico, como

água, minérios, matas, montanhas, planaltos e planícies e os desertos, estudando

também a relação dos homens com a natureza, começando a explorar mais os recursos

minerais, a produtividade do solo e principalmente atuando na organização de poder

sobre essas riquezas e sobre a extensão dos territórios.

Porém, só a partir do Séc. XVII a Geografia é olhada como ciência, pois nesse

momento é introduzido o método científico, indutivo, experimental, com abrangência na

pesquisa geográfica. Ainda para o autor ANTRADE, (1987) até o Séc. XIX não havia

sistematização da produção geográfica, pois seus estudos estavam dispersos em

relatórios administrativos. Apenas em alguns países europeus, em função do capitalismo

emergente foram criadas as sociedades geográficas e as organizações de expedição

científica para outros continentes. Foram estas pesquisas que subsidiaram o surgimento

das escolas nacionais do pensamento geográfico na Europa.

No Brasil, as idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar ainda no

século XIX, com os princípios da Geografia, objetivando estudar o território e suas

belezas naturais. Só a partir de 1930 houve a institucionalização da Geografia no Brasil,

quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território

brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do estado, na perspectiva do

nacionalismo econômico.

A concepção crítica da Geografia, como análise do espaço geográfico, veio depois

da segunda metade do Séc. XX, quando a Geografia passa a ser estudada do ponto de

vista econômico e político, globalizando os interesses econômicos e as relações dos

blocos de paises. A partir deste momento, com o avanço do capitalismo mundial, as

explorações do espaço geográfico e da natureza sofrem graves conseqüências, pois o

planeta é visto como espaço de exploração econômica e não como meio de sobrevivência

da humanidade. Tudo isso abrange não só a degradação do meio ambiente, mas também

as relações sócio-econômicas e culturais da humanidade, criando grandes desigualdades

sociais e injustiças, decorrentes do mau uso dos recursos naturais, degradando-os e do

acúmulo de riquezas, causando a destruição do espaço físico e, conseqüentemente, da

humanidade.

A Geografia é uma ciência que tem por objeto de estudo o espaço; não o espaço

cartesiano, mas o espaço produzido através das relações entre o homem e o meio,

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envolvendo aspectos dialéticos e fenomenológicos. Para tanto a geografia foi se servir

dos métodos de outras ciências, tanto das naturais como das sociais, o que foi

fundamental para sua fragmentação, já que facções da geografia adotaram os métodos e

conceitos da ciência naturais, constituindo a geografia física, enquanto outras usaram a

metodologia das ciências sociais, formando a geografia humana.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com a concepção teórica da pedagogia histórico critica, serão

apontados os conteúdos estruturantes da Geografia do Ensino Fundamental, já

considerando que o objeto de estudo da Geografia é o Espaço Geográfico e que este não

pode ser entendido sem uma relação com os principais conceitos.

Conceituando conteúdos estruturantes como saberes relacionados a alguns dos

campos de estudo de uma ciência, considerados basilares e fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo no ambiente de Educação Básica. A partir destes,

derivam-se os conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico no cotidiano

escolar.

Assim, nesta Proposta Pedagógica Curricular, o objeto de estudo, sua composição

conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia no Ensino Básico, para o atual

período, dispostos no cronograma abaixo:

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Objeto de Estudo Conceito Geográfico Conteúdos

Estruturantes

E SOCIEDADE

S

P NATUREZA

A

Ç TERRITÓRIO

O

G

REGIÃO E

PAISAGEM

LUGAR

Cabe salientar que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em

seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza,

território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente inter-relacionados tornam-

se significativos e contribuem para a compreensão do Espaço Geográfico.

A partir dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos específicos, os quais

devem ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-

natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos, garantindo assim, a

totalidade da abordagem.

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A Dimensão

Econômica do Espaço

Geográfico

A Dinâmica

Cultural e Demográfica

do Espaço Geográfico

A Dimensão Política

do Espaço Geográfico

A Dimensão

Socioambiental do

Espaço Geográfico

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.

Conteúdos Básicos por série/ trimestre conforme a organização feita em

23/03/2009 pelos professores do município de Francisco Beltrão.

6º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

-Dimensão

econômica do

espaço

geográfico

-Dimensão

Política do

Espaço

Geográfico

Dimensão

socioambiental

do espaço

geográfico

-Dimensão

cultural e

demográfica do

espaço

geográfico

-As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

- Formação e

transformação das

paisagens naturais e

culturais.

- Dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

- A formação,

localização,

exploração e utilização

dos recursos naturais.

- A distribuição

espacial das atividades

produtivas e a

(re)organização do

espaço geográfico.

- As relações entre

campo e cidade na

sociedade capitalista.

- A evolução

demográfica, a

distribuição espacial

da população e os

indicadores

estatísticos.

-A mobilidade

populacional e as

manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

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7º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

-Dimensão

econômica do

espaço

geográfico

-Dimensão

Política do

Espaço

Geográfico

-Dimensão

socioambiental

do espaço

geográfico

-Dimensão

cultural e

demográfica do

espaço

geográfico

-A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração do

território brasileiro.

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

-A dinâmica da

natureza e sua

alteração pelo

emprego de

tecnologias de

exploração e

produção.

- As manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

-A evolução

demográfica da

população, a

distribuição espacial e

os indicadores

estatísticos.

- Movimentos

migratórios e suas

motivações.

- O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

- A distribuição espacial

das atividades

produtivas, a

(re)organização do

espaço geográfico.

- A formação, o

crescimento das

cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a

urbanização.

-A circulação de mão-

de-obra, das

mercadorias e das

informações.

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8º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

-Dimensão

econômica do

espaço

geográfico

-Dimensão

Política do

Espaço

Geográfico

-Dimensão

socioambiental

do espaço

geográfico

-Dimensão

cultural e

demográfica do

espaço

geográfico

- As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

- A formação, mobilidade

das fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios do continente

americano.

- Formação, localização,

exploração e utilização

dos recursos naturais.

- A Nova Ordem Mundial,

os territórios

supranacionais e o papel

do Estado.

- A distribuição espacial

das atividades

produtivas, a

(re)organização do

espaço geográfico.

- O comércio e suas

implicações

socioespaciais.

- A circulação de mão-

de-obra, do capital, das

mercadorias e das

informações.

- As manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

-O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

- As relações entre

o campo e a cidade

na sociedade

capitalista.

- A evolução

demográfica da

população, sua

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos.

- Os movimentos

migratórios e suas

motivações.

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9º ano

Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre

-Dimensão

econômica do

espaço geográfico

-Dimensão

Política do Espaço

Geográfico

-Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico

-Dimensão

cultural e

demográfica do

espaço geográfico

-As diversas

regionalizações do

espaço geográfico.

-A formação,

mobilidade das

fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios.

-A Nova Ordem

Mundial, os territórios

supranacionais e o

papel do Estado.

- O espaço em rede:

produção, transporte

e comunicações na

atual configuração

territorial.

- A Revolução técnico-

cientifica-informacional e

os novos arranjos no

espaço da produção.

- O comércio mundial e

as implicações

socioespaciais.

-A distribuição das

atividades produtivas, a

transformação da

paisagem e a

(re)organização do

espaço geográfico.

-A dinâmica da natureza

e sua alteração pelo

emprego de tecnologias

de exploração e

produção.

- A evolução

demográfica da

população, sua

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos.

-As manifestações

socioespaciais da

diversidade cultural.

- Os movimentos

migratórios mundiais

e suas motivações.

* A Cartografia deve ser trabalhada como uma linguagem, a qual é indispensável

para entendermos o espaço geográfico. Dessa forma, ela deverá ser explorada junto aos

conteúdos em qualquer período do ano/série. Assim, como a Geografia do Paraná,

também não deve aparecer de forma isolada na proposta curricular, deve ser trabalhada

esta escala geográfica sempre que possível. O importante não é o aluno receber

dados/informações somente sobre o Paraná, mas compreender que esta escala

geográfica influencia e/ou é influenciada por outros espaços, ou seja, trabalhando do local

para o global.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Dentro do espaço geográfico estão incluídas as questões conceituais de lugar,

paisagem, território, rede, região, sociedade e natureza. A Geografia enquanto disciplina

escolar deve levar o aluno a entender a estruturação e a organização do espaço, como as

sociedades, historicamente, utilizam os recursos disponíveis e organizam a base territorial

a partir de interesses e contradições, e como se apropriam dos elementos da natureza

que são desigualmente distribuídos.

Assim, o ensino de geografia propõe que os conteúdos específicos sejam

trabalhados de forma prática e dinâmica, de maneira que a teoria e a realidade estejam

interligadas em coerência com os fundamentos teóricos propostos.

Através da metodologia o professor tem por objetivo oferecer ao aluno uma visão

ampliada da geografia, que vá além da apresentação de nomes de rios, países e formas

de relevo. Queremos colocá-lo em contato com um conhecimento geográfico que tenha

significado para o mesmo. Isto poderá ser feito colocando-o diante do fato geográfico

ocorrido, procurando descobrir como ocorreu o fato, quando e onde, e relacioná-lo com a

realidade atual, de forma a que o aluno possa refletir sobre causas e efeitos da ação

humana sobre a natureza e as conseqüências diretas na vida de todos nós.

Para isso, organizamos os conteúdos, destacando os conceitos que julgamos

importantes na construção do conhecimento dessa ciência.

Cada tema será tratado a partir do que o aluno já sabe sobre o assunto. A partir daí

novas situações serão propostas para que ele formule novas hipóteses e compreenda

que a geografia está presente e faz parte do seu cotidiano.

Durante as aulas serão inseridos os temas dos Desafios Educacionais

Contemporâneos, de modo a abordar os temas relacionados aos conteúdos trabalhados,

refletindo sobre a realidade atual.

Ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno deverá ter noções geográficas sobre os

continentes, os países e os elementos físicos e humanos.

Para que o aluno possa incorporar o conhecimento com maior propriedade, se faz

necessário que possamos iniciar problematizando os conteúdos, visando o

despertamento dos estudantes para que estes possam a partir daí avançar na aquisição

e/ou melhora dos saberes já adquiridos.

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Diante das diversas mudanças que o mundo atual vem apresentando, é de suma

importância que os estudantes possam contextualizar os conteúdos que estão sendo

trabalhados, juntamente com a mediação dos professores das diversas disciplinas,

inclusive interdisciplinarmente, visando com isso, melhor compreensão e apreensão dos

objetivos e finalidades a incorporar no seu dia a dia e em sua vivência na sociedade em

que se inserem.

AVALIAÇÃO

A disciplina de Geografia propõe um processo de avaliação que seja diagnóstica e

continuada, com aplicação de diferentes instrumentos, tais como: leitura, interpretação e

produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente

de diferentes tipos de mapas. Pesquisas de campo, avaliações escritas, entre outros.

Toda produção realizada em sala de aula será considerada como parâmetro

avaliativo, respeitando o processo de crescimento individual, o desempenho na realização

das atividades e o envolvimento na aquisição dos conhecimentos geográficos.

Aos alunos que não conseguirem atingir os objetivos propostos, será oportunizada

a recuperação paralela, que consistirá da retomada do assunto através de nova

metodologia, de modo que todos possam entender a matéria, dentro de seus limites, mas

esgotando-se todas as possibilidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

AB’SABER, Aziz Nacib. Os Domínios da Natureza no Brasil: potencialidades

paisagísticas. São Paulo, Ateliê editorial, 2003.

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à

análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.

CAMARGO, João Borba de. Geografia Física, Humana e Econômica do Paraná. Maringá,

Ideal Industria Gráfica, 2001.

CASTELAR, Sonia, MAESTRO, VALTER. Geografia. São Paulo: Quinteto Editorial, 2002.

CASTROGIOVANI, Antônio Carlos, CALLAI, Helena Copetti, SCHFFER, Neiva Otero,.

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BIAVATTI, Beatriz. Projeto Político Pedagógico: Francisco Beltrão, 2011.

BIAVATTI, Beatriz. Regimento Escolar: Francisco Beltrão, 2011.

Diretrizes Curriculares da Educação do Paraná, disciplina da Geografia, Ensino

Fundamental. Secretaria do Estado da Educação, 2005.

FERRETTI, Eliane Regina. Paraná, Sua Gente e suas Paisagens. Base, Curitiba, 2004.

KAERCHER, Nestor André. Geografia em sala de Aula. Porto Alegre:Editora UFRS, 2003

KRÜGER, Nivaldo. Sudoeste do Paraná: História de Bravura, Trabalho e Fé. Curitiba,

Posigraf, 2004.

LEFEBURE, H. La Production de Léspace. Paris: Authropos, 1974.

LONGHI, S.J. A estrutura de uma floresta natural de Araucária Angustifólia no sul do

Brasil. Dissertação de Mestrado em Engenharia Florestal. Universidade Federal do

Paraná, Curitiba, 1980.

LONGHI, S.J. Agrupamento e Análise fitossociológica de comunidades florestais na

subbacia hidrográfica do Rio Passo fundo – RS. Tese de Doutrado em Ciências Florestais.

Universidade federal do Paraná, 1997.

LOPES, I.V. Gestão Ambiental no Brasil: experiência e sucesso. Rio de Janeiro. FGV,

2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para o

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006-11-20

___________________________________________. Superintedência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED – PR, 2006

ROSA, Daniela Corrêa da, VIII ENGESOP – Encontro de Geografia da Unioeste –

Francisco Belrão, Grafit, 2003.

SCORTEGAGNA, Adalberto. Paraná, Espaço e Memória: Diversos Olhares Hirtórico-

Geográficos. Bagozzi, Curitiba, 2005.

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HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Em princípio é importante destacar que recusamos uma concepção de história

pronta e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem

diálogo com as outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de História seja

marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Recusamos também as produções

historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em História, sendo, portanto,

todas as afirmativas igualmente válidas. Destaca-se também que os consensos mínimos

construídos no debate entre as vertentes teóricas não são meras opiniões, mas sim,

fundamentos do conhecimento histórico que serão tidos como referenciais para

construção deste documento.

A História é a ciência que tem como objeto de estudo as múltiplas manifestações e

transformações das ações humanas, relacionadas com a natureza e do homem com o

homem, no tempo e no espaço, desde seu aparecimento na terra até a atualidade. Assim

sendo, pretende reinterpretar o passado, a partir das possibilidades abertas pela ação

humana coletiva, permitindo que o conhecimento adquirido possibilite o desbravar de

fronteiras imaginadas e imagináveis no futuro.

Esta Proposta Curricular contempla os conteúdos estruturantes: relação de poder,

trabalho e cultura.

Além disso, a proposta também contempla a Inclusão, História e Cultura Afro-

brasileira, História do Paraná e Educação Fiscal.

Educação Fiscal tem por objetivo principal propiciar a participação consciente do

cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social e fiscal

do Estado. O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite

informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que torna o

cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo com que o pagamento de

tributos seja entendido e visto como um investimento como um bem comum. Com a

informação o indivíduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização

destes investimentos sociais.

A inclusão desses temas contemporâneos e da diversidade, pretende aproximar os

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conteúdos de História da vivência e da história dos educandos. contribuindo para

atualização e a renovação do Ensino de História, respeitando a autonomia de o professor

decidir como, quando e por que inserir esses temas no seu trabalho em sala de aula.

OBJETIVO GERAL

O ensino de História deve estimular a formação da visão crítica ao fornecer ao

aluno um instrumental que o auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele.

Mostrando, por exemplo, que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como

resultados de processos históricos que envolveram vários grupos sociais. Assim, o aluno

poderá perceber que a realidade vivenciada por ele não é eterna e tampouco, imutável,

mas consequências das ações voluntárias ou involuntárias de pessoas como ele, que

viveram em tempos e espaços diferentes.

O ensino de História também, de modo particular, para dotar o educando de

espírito participativo, qualidade que ele deve ter tanto na vida familiar, quanto escolar e,

mais tarde, no trabalho, na administração de seu município, do estado e do país.

Vale lembrar que a visão crítica e espírito participativo são duas faces de uma

mesma moeda. Uma não existe sem a outra. O objetivo maior é formar educandos

conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas que o cercam e pelo futuro

que irão legar às novas gerações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos construídos historicamente e

considerados fundamentais para a compreensão do objeto e organização dos campos de

estudos de uma disciplina escolar. Deles derivam os conteúdos específicos que compõem

o trabalho pedagógico e a relação ensino-aprendizagem no cotidiano da escola. Os

conteúdos estruturantes para a disciplina de História do Ensino Fundamental são:

relações de poder, trabalho e de cultura.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ano:

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura

Conteúdos Básicos:

Experiência humana no tempo;

Sujeitos suas relações com outro no tempo;

As culturas locais e a cultura comum.

Conteúdos Específicos

1º trimestre

1. Produção do conhecimento histórico

1.1 O historiador e a produção do

conhecimento histórico

1.2 Tempo, temporalidade, fontes,

documentos, patrimônio material e imaterial,

pesquisas

2. Articulação da História com outras

áreas do conhecimento

2.1 Arqueologia, antropologia, paleontologia,

geografia, geologia, sociologia, etnologia e

outras

3. Arqueologia no Brasil

3.1 Lagoa Santa Luzia (MG)

3.2 Serra da Capivara (PI)

3.3 Sambaqui (PR)

4. A humanidade e a História

4.1 De onde viemos, quem somos, como

sabemos? (fontes, História do aluno, História

da Escola)

5. Teorias e vestígios do surgimento,

desenvolvimento as humanidades e

grandes migrações

5.1 Teorias do surgimento do homem na

América

5.2 Mitos e lendas da origem humana

5.3 Desconstrução do conceito de Pré-

história

5.4 Povos ágrafos, memória e história oral

2º trimestre

1. Povos indígenas no Brasil e no

Paraná

3. Primeiras Civilizações na Ásia

3.1 China

3.2 Índia

a) Relações de poder, trabalho e cultura

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1.1 Ameríndios do território brasileiro

(Kaingang Guarani, Xetá e Xokleng)

a) Organização política, social e trabalho;

b) Religião;

c) Catequização (Jesuítas)

d) Massacres e doenças;

e) Troncos lingüísticos.

2. As primeiras civilizações na América

2.1 Olmecas, Mochicas, Tinawacus, Maias,

Incas e Astecas (arqueologia)

2.2 Ameríndios da América do Norte

a) Aspectos gerais da organização social,

trabalho e poder.

4. Situação do índio na Paraná atual

3º trimestre

5. Primeiras Civilizações na África e Ásia

5.1 Egito

5.2 Mesopotâmia

5.3 Fenícios, Hebreus e Persas

a) Aspectos da vida social, política, cultural,

religiosa e econômica.

6. Povos da Europa

6.1 Gregos

6.2 Romanos

a) Relações de poder, cultura e trabalho.

7º ano

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura

Conteúdos Básicos:

As relações de propriedades;

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistência e produção cultura campo/cidade.

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Conteúdos específicos

1º trimestre

1. Idade Média

1.1 Sociedade, religião, economia e

política

1.2 Renascimento

2. O protestantismo e a Reforma

Católica

3. Consolidação dos Estados

Nacionais

3.1 Absolutismo (inglês e francês)

4. A formação de Portugal e da

Espanha

4.1 A reconquista

4.2 A Revolução de Avis

5. A expansão marítima européia

6. O mercantilismo

7. África e Ásia

7.1 Reinos africanos

7.2 Os impérios asiáticos

8. O continente americano (séc. XV-

XVI)

8.1 Incas, Maias, Astecas e Tupi-guarani

8.2 Modo de vida e a guerra

2º trimestre

1. América espanhola, Portuguesa

1.2 Colônias francesas, holandesas

e inglesas

2. Escravidão e Resistência

(Quilombos Brasil e Paraná)

3. As sociedades coloniais

americanas (XVI-XVII)

5. A América holandesa

6. A expansão territorial da América

portuguesa

7. As sociedades mineiras

7.1 Transformações na colônia

7.2 Guerra dos Emboabas

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3.1 A colonização na América

3.2 Engenhos de açúcar

3.3 As cidades coloniais espanholas

4. A administração da colônia

portuguesa

7.3 Economia/impostos/sociedade na

mineração

8. As revoluções inglesas (1640-

1689)

8.1 Rebeliões contra o rei

8.2 Revolução Puritana

8.3 Revolução Gloriosa3º trimestre

1. Iluminismo

1.1 Teóricos

2. Independência das Treze

colônias da América do Norte

3. Revolução Francesa

4. Expansão militar na França

4.1 Bloqueio Continental

4.2 Congresso de Viena

5. Movimentos de Contestação

5.1 Inconfidência Mineira

5.2 Conjuração Baiana

5.3 Insurreição Pernambucana

5.4 Revolta da cachaça

5.5 Revolta da Maneta

5.6 Guerra dos Mascates

5.7 Independência do Haiti

8º ano

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura

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Conteúdos Básicos:

História das relações da humanidade com o trabalho;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as contradições da modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de direito

Conteúdos Específicos

1º trimestre

1. Revisão: Iluminismo, Revolução

Francesa/Inglesa

2. Revolução Industrial

2.1 O movimento operário e os

socialismos

2.2 Imperialismo e Neocolonianismo

2.3 A expansão dos Estados Unidos

da América

3. Brasil

3.1 Brasil: O primeiro reinado (1822-

1831)

3.2 Brasil: O governo dos regentes

(1831-1840)

3.3 Brasil: As revoltas contra o Império

(1835-1845)

4. A sociedade brasileira no

segundo reinado

5. A vinda da família real no Brasil

5.1 A revolução do Porto

6. As independências da América

Espanhola

7. A independência política do

Brasil (1821-1825)

8. Paraná

8.1 Emancipação política

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2º trimestre

1. Os conflitos entre os países sul-

americanos

1.1 Conflitos Platinos

1.2 Alianças Perigosas

1.3 A Guerra da Tríplice Aliança

1.4 A Guerra do Pacífico

2. A Segunda Revolução Industrial

2.1 Números de industrialização

2.2 Aumento da produtividade

2.3 A linha de produção

2.4 Cartéis, Trustes, Holdings

3. As Revoluções liberais

3.1 1948 – Um ano de

revoluções (França – Alemanha)

4. A Formação da Itália e da

Alemanha e a comuna de Paris

(1948-1871)

4.1 Formação da Itália e da

Alemanha

4.2 O projeto republicano e

monarquista de unificação italiana

4.3 A união dos estados

alemães

4.4 A guerra contra a França

4.5 A Comuna de Paris

4.6 Conflitos de ontem e de

hoje

5. As migrações para o Brasil

5.1 Substituição de mão de

obra (livres e escravos)

5.2 Parceria e Colonato

5.3 Imigração

6. Brasil: A abolição da escravidão

(1845-1888)

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3º trimestre

1. A Proclamação da República

Brasileira

1.1 Os projetos republicanos

1.2 A questão religiosa

1.3 Os militares querem o poder

1.4 A preparação do golpe

1.5 Oligarquia, coronelismo,

clientelismo

2. O primeiro governo militar

Brasileiro

2.1 A República da Espada

2.2 O encilhamento

2.3 Governos de Deodoro e

Floriano Peixoto

2.4 Revolução Federalista

3. Brasil: O governo dos

cafeicultores

3.1 Coronelismo

3.2 O poder do café

3.3 A política dos governadores

3.4 O voto do cabresto

3.5 O cangaço

4. O messianismo no Brasil

4.1 Canudos

4.2 O Contestado

5. Belle époque

6. Urbanização e Higienismo no

Brasil

6.1 As cidades e as doenças

6.2 A Revolta da Vacina

7. A Revolução Mexicana

7.1 Camponeses e latifundiários

7.2 Guerra Civil

7.3 A constituição de 1917

7.4 O fim da Revolução

9º ano

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Conteúdos Estruturantes:

Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura

Conteúdos Básicos:

A constituição das instituições sociais;

A formação do Estado;

Sujeitos, Guerras e revoluções;

Conteúdos Específicos

1. Revisão

1.1 Neocolonialismo

2. A Primeira Guerra Mundial

2.1 Conflitos (causas), confronto

(conseqüências)

2.2 Estados Unidos entram na guerra

2.3 O Tratado de Versalhes

3. As Revoluções Russas

3.1 A Rússia czarista

3.2 A Revolução de 1905; Revolução de

Fevereiro; Revolução de Outubro

3.3 Governo socialista; medidas capitalista

3.4 Fortalecimento do Estado

4. Semana da arte moderna

5. A crise de 29

5.1 A quebra da bolsa de Nova York

5.2 O New Deal

10. Comunistas e Facistas no Brasil

(1930-1938)

10.1 Integralistas e comunistas

10.2 AIB e ANL

11. O Estado Novo (Getúlio Vargas)

11.1 Golpe de Estado

11.2 Controle e propaganda

12. A Segunda Guerra Mundial

12.1 O início da Guerra (causas)

12.2 Os campos de concentração

12.3 Frentes de Batalha

12.4 Fim da guerra; conseqüências

13. A descolonização da África e da Ásia

14. A Revolução Chinesa

14.1 De império a República Popular

14.2 A Revolução camponesa

14.3 Governo Comunista

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6. Brasil 1930: Golpe ou Revolução?

6.1 O movimento de 1930

6.2 As eleições (Getúlio Vargas)

6.3 O poder do voto

7. O governo Provisório de Getúlio

Vargas (1930-1934)

8. Os Facismos

8.1 O Facismo italiano

8.2 Nazismo

8.3 Cabeças raspadas

9. A Guerra Civil Espanhola

14.4 Revolução Cultural

15. A Guerra Fria (Vietnã e Coréias)

16. Os conflitos no Oriente Médio

16.1 A criação de Israel

16.2 A Guerra árabe-israelense

16.3 Os Palestinos

16.4 A Guerra dos Seis Dias

16.5 A Guerra Irã-Iraque

17. Populismo na América Latina

(Argentina, Bolívia)

2º trimestre

1. Construção do Paraná Moderno

1.1 Governos: Manoel Ribas, Moisés

Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto, Ney

Braga

1.2 Revolta dos Colonos

1.3 Década de 50 no Paraná

1.4 O regime militar no Paraná

3º trimestre

1. A Revolução Cubana e a crise dos

mísseis

1.1 Comunistas na América

1.2 A revolução Cubana

2. As ditaduras na América Latina

3. Brasil

3.1 Golpe de Estado (1961-1964)

3.2 Governos militares (1964-1969)

3.3 Milagre econômico (1969-1979)

3.4 Fim da ditadura (1974-1989)

3.5 Fim da Guerra Fria (1980-1991)

3.6 Brasil – Collor a Lula (1990-2005)

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ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

Quando se pretende que o ensino da História contribua com a consciência histórica

é imprescindível que o professor retome constantemente com seus alunos como se dá o

processo da construção do conhecimento histórico.

Ideias prévias devem ser consideradas ao planejar as aulas, caberá ao professor

problematizar, a partir do conteúdo a ser trabalhado, a produção do conhecimento

histórico, considerando que a apropriação dos conteúdos é processual e deverá ser

constantemente retomado.

O professor terá que ir além do livro didático, uma vez que ele é um instrumento

limitado. Isso não significa que o livro didático seja eliminado da sala de aula, mas implica

na busca por outros referenciais para complementar os conteúdos. Isso exige que o

professor esteja atento à grande produção historiográfica de livros, revistas

especializadas, muitas disponibilizadas nos meios eletrônicos.

O uso da biblioteca é indispensável para a ampliação do conhecimento do aluno,

sendo orientados pelo professor de História a conhecer o acervo específico e as obras

que poderão ser pesquisadas ao longo do ano letivo.

Outras fontes como: as imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos,

fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, etc, são documentos que podem

ser utilizados pelos professores de História como material didáticos de grande valor na

construção do conhecimento histórico.

Há também que haver a consciência por parte do professor de História que a

interdisciplinaridade ocorre na articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas

áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens, sons, entre outros, de outras

disciplinas relacionadas devem ser tratadas como documentos a ser abordados

historiograficamente.

Pretendemos construir o conhecimento a partir de:

Problematizarão do presente/passado por meio de pesquisas, fontes históricas,

buscando respostas a todas as indagações.

Interpretação de imagens através de livros, figuras, filmes, fotos e documentos em

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geral.

Análise de diferentes visões historiográficas através da oralidade, em seus variados

aspectos.

Reconstruções de trajetórias históricas através da oralidade, em seus variados

aspectos.

Uso constante da cartografia e objetos históricos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo

que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este

processo, ou seja, classificatória. Diante disso, propõe-se uma avaliação formal,

processual, continuada e diagnóstica.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão

revistar as práticas desenvolvidas até então, para identificar lacunas no processo de

ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos para

superar dificuldades constatadas.

Retomar a avaliação com os alunos permite situá-los como parte de um coletivo,

onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas a aprendizagem

de todos.

Propondo maior participação dos alunos no processo de avaliação, não se objetiva

esvaziar o papel do professor, mas ampliar o significado das práticas avaliativas para

todos os envolvidos. No entanto, é necessário destacar que cabe ao professor planejar

situações diferenciadas de avaliações, de modo a perceber se os alunos são capazes de

identificar os processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder nele

existentes, bem como, que tenha adquirido os recursos para intervir no meio em que

vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria história.

A avaliação consistirá de instrumentos:

- produção e interpretação de textos;

- pesquisas bibliográficas;

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- questões orais e escritas;

- debates;

- recuperação paralela, que deverá acontecer quando o aluno não se apropriar do

conteúdo, será feita através de nova metodologia, retomada de atividades e construção

de novos saberes, via texto, análise e interpretação.

Como critério de avaliação, será considerada a aprendizagem do aluno em

relação aos objetivos propostos, a relação do fato histórico com a realidade atual, a

capacidade de análise crítica do mundo atual, e proposição de mudanças sociais no

espaço onde vive.

A recuperação dos conteúdos será realizada paralelamente, e quando o aluno

apresentar dificuldades de apropriação, através de atividades diárias que serão

desenvolvidas em sala ou extra-classe, seguidas da avaliação para verificação do

processo de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BURKE, Peter. Abertura: a nova história, seu passado, seu futuro. In.: (org). A

escrita da história: novas perspectivas. São Paulo, Unesp, 1992. Pp.7-37.

COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI – E.F.M.. Projeto Politico Pedagógico.

Francisco Beltrão: 2006.

CURITIBA, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos da Cultura

Afro-brasileira. 2005.

CURITIBA, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais

– História. 2008.

DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo : Ensaio, 2004.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes, 2001.

LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs). História: 2005. novos problemas. Rio

de Janeiro: Rio de Janeiro: Francisco Alves , 1979.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9.394/96 tornou-se

obrigatório o ensino de uma língua estrangeira moderna ou no ensino fundamental, a

partir do 5ª série/ 6º ano, sendo que deverá estar voltada ao ensino comunicativo,

centrado apenas em funções da linguagem ligada ao cotidiano. Alguns fundamentos

teórico-metodológicos deverão ser seguidos para o melhor ensino de Língua Estrangeira:

respeito e diversidade (cultural, identitária, linguística), resgate da função social e

educacional do ensino de línguas estrangeiras, atendimento às necessidades da

sociedade contemporânea brasileira e garantia do tratamento de Língua Estrangeira em

relação às demais disciplinas obrigatórias do currículo.

Para tanto, propõe-se fazer da aula de Língua Estrangeira um espaço para que o

aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando-lhe

engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9.394, determinou a

oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental,

sendo que a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, dentro das

possibilidades da instituição (Art. 26, §5). Com isso, é de suma importância que o sujeito

não somente conheça, mas de aproprie das regras do discurso específico da comunidade

de falantes da língua alvo. Assim, a língua estrangeira apresenta-se como um espaço

para ampliar o contato com outras formas de conhecimento.

Dentre os objetivos gerais da Língua Inglesa mencionamos:

- Ampliar o contato com outras formas de conhecimento abrindo espaço de

construções discursivas, oportunizando percepções de mundo e maneiras de construindo

sentidos e auxiliando na construção de identidades;

- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos pelos alunos de forma a

oportunizar aos mesmos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades de

ver o mundo, desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade, inserindo-os

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socialmente como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas

capazes de se relacional com outras comunidades e outros conhecimentos.

- Desenvolver e alargar horizontes, ampliando capacidade interpretativa e

cognitiva, com reflexões sobre a língua como artefato cultural, conhecendo e sendo capaz

de usar uma língua estrangeira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ CONTEÚDOS BÁSICOS

O Conteúdo Estruturante será aquele que traz de forma dinâmica o Discurso

(texto) enquanto prática social. Assim, a linguagem de textos passa a ser a materialidade

para que os alunos percebam a interdiscursividade nas diferentes relações sociais, ou

seja, as condições de produção dos diferentes discursos. Em suma, o trabalho em sala –

leitura, oralidade, escrita, analise lingüística – precisa partir de um texto ou linguagem

num contexto em uso.

Portanto, os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir do conteúdo

estruturante serão estabelecidos em referência a textos de diferentes tipos, com o

objetivo de que o aluno seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e

escrita, vivencie formas de participação que lhe possibilitem relações individuais e

coletivas, compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos,

reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural.

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CONTEÚDOS

Conteúdo estruturante: Discurso como prática social.

Conteúdos Básicos: 6º ano

Álbum de família

Bilhetes

Cartão

Cartão postal

Cartazes

Charge

Chat

Contos / contos de fadas

Convites

Desenho animado

Diálogo

Diário

E-mail

Entrevista (oral e escrita)

Exposição oral

Fábulas

Filmes

Fotos

História em quadrinho

Lendas

Letras de músicas

Músicas

Narrativas (com temas diversificados)

Palestra

Placas

Poemas

Provérbios

Tiras

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Torpedo

Conteúdos Básicos: 7º ano

Advinhas

Anúncio

Bilhetes

Blog

Carta pessoal

Cartão

Cartazes

Cartoons

Charge

Contos

Depoimentos

Dialogo/ Discussão Argumentativa

E-mail

Estatutos

Entrevista (oral e escrita)

Fábulas

Filmes

Histórias em quadrinhos

Horóscopo

Lendas

Manchetes

Mapas

Músicas

Narrativas em temas diversos

Noticia

Palestra

Paródia

Pesquisas

Placas

Poema

Provérbios

Relatos de experiências

Sinopse de filme

Slogan

Texto argumentativo

Texto de opinião

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Folder

Foto blog

Fotos

Tiras

Verbetes (estrangeirismo)

Video clip

Conteúdos Básicos: 8º ano

Agenda cultural

Autobiografia

Biografia

Blog

Bulas

Carta ao leitor

Carta pessoal

Cartão

Cartazes

Cartoons

Causos

Charge

Debates

Depoimentos

Dialogo/ Discussão Argumentativa

E-mail

Entrevista (oral e escrita)

Exposição oral

Filmes

Folder

Foto blog

Fotos

Histórias em quadrinhos

Manchetes

Mapas

Músicas

Narrativas em temas diversos

Noticia

Palestra

Paródia

Pesquisas

Poema

Provérbios

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Slogan

Texto argumentativo

Texto de opinião

Texto dramático

Tiras

Video clip

Publicidade comercial

Receitas

Relatos de experiências

Resumo

Sinopse de filme

Verbetes(estrangeirismo)

Conteúdos Básicos: 9º ano

Agenda cultural

Artigo de opinião

Biografia

Blog

Bulas

caricatura

Carta ao leitor

Cartão

Cartão postal

Cartazes

Causos

Charge

Classificados

Comunicado

Mapas

Mesa redonda

Músicas

Narrativas em temas diversos

Noticia

Palestra

Paródia

Pesquisas

Piadas

Poema

Provérbios

Publicidade comercial

Receitas

Relatório

Relatos de experiências

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Debates

Depoimentos

Dialogo/ Discussão Argumentativa

E-mail

Entrevista (oral e escrita)

Exposição oral

Filmes

Folder

Foto blog

Fotos

Histórias em quadrinhos

Home page

Manchetes

Reportagens

Resenha

Resumo

Romances

Rótulos

Sinopse de filme

Slogan

Texto argumentativo

Texto de opinião

Texto dramático

Tiras

Trava línguas

Verbetes (estrangeirismo)

Video clip

METODOLOGIA

Para Giraux, é importante que os professores reconheçam a importância da

relação estabelecida entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global educativo,

pedagógico e discursivo na medida em que se torna claro que as questões de uso da

língua, do dialogo, da comunicação, da cultura, do poder, das questões da política e da

pedagogia não se separam.

Para tanto, propõe-se fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que o

aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando-lhe a

engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive.

É importante trabalhar textos que tragam temas referentes a questões sociais

emergentes, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira,

disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos relevantes presentes na

mídia nacional e internacional ou no mundo editorial. Desse modo, na medida em que os

alunos sujeitos reconhecem que os textos são representações da realidade e que tais

representações são construções sociais, eles terão maior oportunidade de assumir uma

posição mais crítica em relação a tais textos.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser permanente, diagnóstica e formativa. Já que o objetivo da

avaliação é diagnosticar o que o aluno aprendeu, além de observar atentamente o

rendimento dos alunos no dia-a-dia, por meio das atividades propostas. Nesse sentido, a

avaliação não deve ser restrita a provas, testes, etc.

Elemento que integra ensino e aprendizagem, a avaliação tem por meta o ajuste e

a orientação para a intervenção pedagógica, visando a aprendizagem da forma mais

adequada para o aluno. É um elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua

prática educativa e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus

progressos, dificuldades e possibilidades.

Avaliar também nosso procedimento como professor. Ajustá-los, sempre que

necessária, tendo em vista que o centro do processo é o aluno. Elaborar questões com

técnicas diversificadas com objetivos preestabelecidos no planejamento.

Considerando a avaliação como um processo e como tal tem um sentido dinâmico

de crescimento, de progresso: no entanto, o ato avaliativo só se completa quando se

tomam decisões a respeito da continuidade do processo.

Portanto, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o

desenvolvimento e identificar as dificuldades ocorridas, bem como planejar e propor

outros procedimentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

A recuperação contínua será subsidiada aos alunos durante o trimestre na medida

em que o professor e os alunos perceberem a necessidade da mesma. Será realizada

através de novas oportunidades de diferentes avaliações resgatando assim a

aprendizagem dos conteúdos já trabalhados. Para a aprovação o aluno aluno devem ser

considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo,

expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Dessa forma

deverão ser realizadas, no mínimo 4 (quatro) avaliações por trimestre da seguinte forma:

No mínimo três avaliações, com instrumentos diversificados com peso 10,0 (dez vírgula

zero) a media da escola é 6.0 e ao mínimo de setenta e cinco por cento de presença para

aprovação.

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REFERÊNCIAS

FOUCALT, MA ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996, p. 50.

MOITA LOPES, L.P. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o

ensino de Inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA X

Ramos. Reflexão e ações no ensino aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de

Letras, 2003.

PARANA/SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino

Médio. Versão preliminar. Curitiba: SEED, julho, 2008.

PARANA/SEED. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica Língua Estrangeira

Moderna. PARANÁ. Curitiba: SEED, 2008.

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

[...] o estudo da língua ancora-se no discurso ou texto, extrapolando o tradicional horizonte da palavra da frase. Busca-se a análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua) e os elementos extra-verbais (os relacionados às condições e situação de produção) atuam na construção de sentido do

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texto. (MARCUSCHI, 2003, p.25).

A linguagem consiste em uma atividade eminentemente social e envolve múltiplos

elementos, pois além da constituição de sujeitos interlocutores e da produção de sentido,

abrange também o próprio processo de construção do conhecimento.

Segundo Geraldi (1991), “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas

trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se

constitui”.

Assim, a linguagem precisa ser construída na interação, tendo em vista que ela

permeia todos os nossos atos e articula nossas relações com os outros, com os objetos e

com o meio. É pela linguagem que o homem se reconhece humano, interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e assume o seu papel como

integrante da sociedade.

A presente proposta pedagógica curricular atenderá alunos de 5ª a 8ª séries do

Ensino Fundamental do Colégio Estadual Beatriz Biavatti – Ensino Fundamental, com o

objetivo de desenvolver o senso crítico.

Diante das constantes mudanças ocorridas no meio social a percepção das

inúmeras relações de poder, é preciso um novo posicionamento na prática pedagógica.

Faz-se necessário que a Língua Portuguesa e a Literatura sejam possibilidades para o

sujeito interagir de forma dinâmica e histórica, promovendo, também, reflexões que levem

à efetivação da Inclusão, ao resgate histórico e valorização da Cultura Afro-descendente e

ao entendimento da Educação Fiscal como instrumentos de constituição da cidadania.

O ensino de Língua Portuguesa / Literatura deve constituir uma prática social,

ancorada na concepção de língua como discurso, privilegiando o contato real do

estudante com a multiplicidade de gêneros textuais que são produzidos e circulam

socialmente. Esses gêneros devem se constituir em objeto de estudos em sala de aula

como experiências reais de uso efetivo da língua materna. Atividades de leitura, escrita e

oralidade devem, pois ser abordadas como atividades sociais significativas entre sujeitos

históricos e vivenciadas em situações concretas. O domínio da língua oral e escrita é

fundamental para participação social e efetiva, pois é por meio dele que o homem se

comunica, tem acesso a informações, expressa e defende pontos de vista, partilha ou

constrói visões de mundo e produz conhecimento.

O Plano de Trabalho Docente de Língua Portuguesa ressalta a importância do

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trabalho docente com gêneros no ambiente escolar e num processo de interação

professor/aluno, por possibilitar trabalhar com a língua em seus mais diversos usos no

cotidiano e as formas através dos gêneros discursivos, é que permite uma observação

maior, tanto na oralidade como na escrita em seus usos culturais, mas sem forçar a

criação de gêneros que circulam apenas na escola.

Assim, a intervenção do professor sobre gêneros trabalhados em sala de aula, virá

propiciar uma reflexão e análise de nossa prática, ao mesmo tempo, que funciona como

um instrumento que a reforce.

Objeto de estudo de língua portuguesa/literatura é a língua em uso: (Oralidade,

Leitura e Escrita), em diferentes situações, devem ser suscitadas situações discursivas

em contextos de práticas sociais diferentes e que a reflexão sobre a produção, escrita,

lida , falada e/ou ouvida sejam de modo a atualizar o gênero, ou seja, que as mesmas

possam ser identificadas no seu suporte ( onde a produção veicula; no rádio, na

revista, ...) tipo (de narrar, de relatar, de argumentar...gênero (conto, crônica, editorial,

entrevista discurso de defesa...). a literatura deve ser estudada como espaço dialógico

que permite expansão lúdica e crítica, ou seja, como um aprofundamento do

pensamento crítico e a sensibilidade estética. é necessário que haja, também o

reconhecimento da norma culta e da gramaticalidade pertinentes à Língua.

O conteúdo de Língua Portuguesa deve perpassar as três práticas, visto que, é

através da mesma que acontecerá o aprimoramento destas. Deve haver o entendimento

de que é através da reflexão sobre a Língua, que abarca a gramática, mas uma gramática

funcional, contextualizada onde sejam estudados os recursos estilísticos: os aspectos

textuais, como coesão e coerência internas do texto, intencionalidade, intertextualidade,

contextualização, situacionalidade, referenciação, análise de recursos expressivos e

outros. Desta forma, a reflexão e a prática de análise linguística estarão centradas no

TEXTO = produção social – escrito lido falado/ouvido.

OBJETIVOS

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Garantir o domínio de práticas socioverbais indispensáveis à vida cidadã: a escrita

argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo e a vivência com a

escrita literária;

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no discurso do

cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas pelo meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da leitura, a constituição

de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as praticas da

oralidade, da leitura e da escrita.

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ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRATICA SOCIAL.

6º ano

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Prática Da Oralidade Prática Da Leitura Prática Da Escrita

Relatos de

histórias ouvidas ou

lidas;

Relato de fatos

cotidianos;

Declamação de

poesias;

Transmissão de

informações;

Compreensão da

relação entre oralidade

e escrita.

Leituras orais, observando

entonação, dicção e postura,

privilegiando os seguintes

gêneros: narrativos e informativos,

poéticos, piadas, trava-línguas e

histórias em quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de relações

interpessoais a partir da leitura dos

diversos gêneros;

Promoção do espírito crítico a

partir da interação social pela

leitura de infográficos e

propagandas;

Construção de novos

significados das relações feitas

entre a leitura de textos verbais e

não verbais e a situação sócio-

cultural do aluno;

Exploração do caráter dialógico

dos textos..

Produção e reprodução de

textos narrativos e informativos;

Elaboração de bilhetes, avisos,

poemas e histórias em quadrinho;

Acentuação e pontuação

dentro dos diversos gêneros

textuais;

Morfologia observando a

funcionalidade, dando ênfase ao

substantivo, adjetivo, artigo e

numeral;

Compreensão do sistema

fonológico e sua aplicabilidade:

divisão silábica, dígrafo,

encontros vocálicos e consoantes.

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7º ano

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Prática Da

Oralidade

Prática Da Leitura Prática Da Escrita

Relatos de histórias

ouvidas ou lidas;

Relato de fatos

cotidianos;

Declamação de

poesias;

Transmissão de

informações;

Compreensão da

relação entre oralidade

e escrita.

Leitura oral, observando

entonação, dicção e postura,

privilegiando os seguintes gêneros:

narrativos e informativos, poéticos,

piadas, trava-línguas e histórias em

quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de relações

interpessoais a partir da leitura dos

diversos gêneros;

Promoção do espírito crítico a partir

da interação social pela leitura de

infográficos e propagandas;

Construção de novos significados

das relações feitas entre a leitura de

textos verbais e não verbais e a

situação sócio-cultural do aluno;

Exploração do caráter dialógico dos

textos.

Ortografia, pontuação e

acentuação, observando a

funcionalidade;

Produção e reprodução

de textos instrucionais;

Transposição da

linguagem informal para

formal;

Morfologia com inclusão

de novas classes

gramaticais: pronomes,

verbos, advérbios,

preposição,interjeições,

fazendo reflexões sobre a

língua;

Identificação e produção

de textos.

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8º ano

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Prática Da Oralidade Prática Da Leitura Prática Da Escrita

Relatos de

histórias ouvidas ou

lidas;

Relato de fatos

cotidianos;

Declamação de

poesias;

Transmissão de

informações;

Compreensão da

relação entre oralidade e

escrita.

Leituras orais, observando

entonação, dicção e postura,

privilegiando os seguintes gêneros:

narrativos e informativos, poéticos,

piadas, trava-línguas e histórias em

quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de relações

interpessoais a partir da leitura dos

diversos gêneros;

Promoção do espírito crítico a

partir da interação social pela leitura de

infográficos e propagandas;

Construção de novos significados

das relações feitas entre a leitura de

textos verbais e não verbais e a

situação sócio-cultural do aluno;

Exploração do caráter dialógico

dos textos.

Reflexão sobre a intencionalidade

do texto jornalístico.

Produção e reprodução

de textos jornalísticos,

publicitários, entrevistas e

notícias;

Poemas observando

formas e conteúdos;

Resumo como forma de

detectar e reproduzi-la no

texto escrito;

Morfologia enfatizando

conjunções visando

estabelecer coesão e

coerência textual;

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9º ano

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

Prática Da

Oralidade

Prática Da Leitura Prática Da Escrita

Relatos de

histórias ouvidas ou

lidas;

Relato de fatos

cotidianos;

Declamação de

poesias;

Transmissão de

informações;

Compreensão da

relação entre oralidade

e escrita.

Leitura oral, observando

entonação, dicção e postura,

privilegiando os seguintes gêneros:

narrativos e informativos, poéticos,

piadas, trava-línguas e histórias em

quadrinhos;

Leitura de livros de ficção;

Estabelecimento de relações

interpessoais a partir da leitura dos

diversos gêneros;

Promoção do espírito crítico a

partir da interação social pela leitura

de infográficos e propagandas;

Construção de novos

significados das relações feitas

entre a leitura de textos verbais e

não verbais e a situação sócio-

cultural do aluno;

Exploração do caráter dialógico

dos textos.

Reflexão sobre a

intencionalidade do texto

jornalístico.

Revisão de todas as classes

gramaticais como pré-requisito:

período simples;

Compreensão da estrutura do

período simples;

Compreensão do uso da

língua de forma construtiva e

denotativa nos textos em prosa e

verso, destacando alguns

recursos estilísticos como:

metáfora, comparação, antítese,

hipérbole, ironia e

personificação;

Transposição de discursos;

Produção e análise de artigo

e opinião editorial

Conjunções- conectivas

Coordenadas e subordinadas

Período composto por

coordenação

Período Composto por

subordinação

Uso da linguagem, predominantemente em situações concretas: discussões,

debates, apresentações, elaboração de solicitações escritas, organização de jornais

escritos e falados, organização de jornais e painéis;

Atividades de reflexão e contextualização de ocorrências gramaticais;

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Atividades individuais e em equipes;

Auto-avaliação, avaliação de trabalhos/textos dos colegas;

Dinâmicas de levantamento de questões para serem respondidas pelos

colegas;

Elaboração de coletâneas de poesias;

Elaboração de jornal (falado, escrito, jornal mural);

Elaboração de coletâneas de textos em prosa:

Formação de equipes para elaboração de mini-palestras.

METODOLOGIA

A concepção de linguagem que orienta esta proposta é a do sociointeracionismo,

que reconhece a natureza social da linguagem enquanto produto de uma necessidade

histórica do homem de organizar-se socialmente, de trocar experiências com outros

indivíduos e de produzir conhecimentos. Usamos a língua através de enunciados

concretos que ouvimos e reproduzimos na interação com as pessoas que nos rodeiam.

Considerar a natureza social da linguagem implica reconhecer os gêneros textuais

como a materialização da interação os falantes. Por essa razão eles – os gêneros –

constituirão o objeto de estudo das aulas de Língua Portuguesa.

Com o pressuposto de que texto não é exclusividade da palavra, serão

trabalhados não só gêneros textuais literários e jornalísticos, mas também anúncios

publicitários, gráficos, fotos, quadros, cartum, e outros. Esse entrelaçamento de textos,

dos mais variados gêneros, permitirá um trabalho constante de intertextualidade, com

vistas a possibilitar ao aluno articular diferentes linguagens e seus conceitos.

As reflexões sobre a língua envolverão a compreensão não só de sua realidade

estrutural, mas também de sua realidade social e histórica. O convívio constante e amplo

com gêneros textuais em língua padrão oportunizará ao aluno condições para o domínio

dessa variedade socialmente privilegiada e da qual ele precisa apropriar-se para não ser

linguisticamente discriminado.

Nas séries do Ensino Fundamental, busca-se garantir o reconhecimento e o uso

dos conteúdos abordados, oportunizando ao aluno o aprimoramento da capacidade de

escrever ou falar de maneira adequada nas diversas situações de comunicação.

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- Livro Didático, Livro Didático Público e Paradidáticos;

- Textos de apoio;

- Textos informativos extraídos de jornais, revistas, panfletos, manuais

de instrução, etc.

- Textos literários: crônicas, contos, romances, poemas, poesias;

- Textos de opinião: editoriais e artigos;

- Quadro e pincel;

- Retroprojetor;

- Televisão e DVD;

- Rádio Gravador;

- Dinâmicas; recorte, colagem, montagem de textos;

- Passeios, visitas;

- Organização de atividades através da inclusão digital.

AVALIAÇÃO

A avaliação terá função informativa e servirá como oportunidade de reflexão sobre

o próprio processo de ensino e seus resultados para verificar o rendimento das práticas

pedagógicas.

Afim de que os alunos estejam cientes de como e por que serão avaliados, os

critérios serão estabelecidos juntamente com eles e de forma clara no inicio de cada

período letivo.

Os critérios de avaliação de texto escrito procurarão aferir a qualidade tendo em

vista as especificidades de cada modalidade, previamente apresentadas, ilustradas e

vivenciadas nas aulas de leitura. De posse desses critérios, os problemas identificados

serão discutidos com os alunos para que busquem conjuntamente as medidas

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necessárias para solucioná-los.

Com relação à oralidade, também de posse de critérios previamente

estabelecidos, observa-se – a adequação da escolha da linguagem ao momento e às

condições de expressão. Quando ajustes se fizerem necessários, levar-se-á em conta

sempre o respeito ao falante.

Na pratica da leitura, será observado o empenho do aluno no reconhecimento de

elementos fundamentais, principalmente o tema, a confrontação com os outros textos

verbais ou não verbais e o diálogo que cada uma dessas de linguagens estabelece com a

atualidade.

A avaliação será instrumento para acompanhar o desenvolvimento dos

educandos, servirá para o continuo aprimoramento do processo e só terá razão de ser se,

por meio dela, o aluno puder aprender mais e melhor.

A recuperação paralela será realizada sempre que houver necessidade de

apropriação de conteúdos por parte dos alunos, em forma de atividades de pesquisa,

produção, tarefas de casa, trabalhos orais/ escritos e reavaliações.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

BAKHTIN, Mikail. [1930a]. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva

enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística)

Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São

Paulo, 2001.

BIAVATTI, Beatriz. Projeto Político Pedagógico: Francisco Beltrão,2011.

BIAVATTI, Beatriz. Regimento Escolar: Francisco Beltrão, 2011

GARCEZ , Lucia Helena do Carmo. A construção social da leitura. In www.proler.bn.br

GOODMAN, K. S. O processo de leitura: considerações a respeito das línguas e

do desenvolvimento. In: PALACIOS, M.; FERREIRO, E. Os processos de leitura e de

escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura teoria e prática. Campinas: Pontes, 1993.

96

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ORLANDI, Eni P. Discurso & leitura. São Paulo/Campinas: Cortez/Editora da UNICAMP,

1988.

PARANÀ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

SMITH, Frank. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do

aprender a ler .Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura e de escrita.Porto Alegre: Artmed, 1998.

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A palavra “Matemática” vem do termo grego Máthema que quer dizer “ciência,

conhecimento aprendizagem” e da palavra Mathematikós que significa “apreciador do

conhecimento”. Segundo as diretrizes curriculares do Estado do Paraná (2008) os

primeiros documentos escritos conhecidos remontam ao ano 2000 a.C na Babilônia, que 97

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correspondiam ao que hoje se chama de álgebra elementar. Mas só na Grécia do século

V a.C que a Matemática foi considerada uma ciência num sentido próximo do atual.

Muitos séculos depois, continua a estar na ordem do dia e a preocupar milhares de

alunos, professores e pais por todo o mundo.

Existem várias formas de definir a matemática: o estudo de padrões de quantidade,

estrutura, mudanças e espaço; a ciência do raciocínio lógico; a investigação de estruturas

abstratas. De qualquer forma, um dos seus maiores valores parece ser o fato de constituir

uma verdadeira ferramenta, uma vez que contém em si mesma a capacidade de

resolução de problemas. Com ela podemos organizar, simplificar e interpretar dados bem

como efetuar inúmeros cálculos, além de muitas outras potencialidades que nos podem

ajudar no dia-a-dia de casa, de escola, do trabalho.

A resistência e a dificuldade com os estudos da matemática vem sendo observada

de longa data e se configura em uma luta que nós educadores, pais, e todos os demais

envolvidos na Educação não podemos deixar de trabalhar. Procurar métodos inovadores,

outras ferramentas metodológicas mais eficazes, para que os alunos encontrem na

Matemática uma verdadeira forma de apreciar o conhecimento.

A Matemática, quando trabalhada de maneira adequada, ajuda no desenvolvimento

do raciocínio, favorece o modo de pensar independente e contribui para que se aprenda a

tomar decisões. Ela é útil nas profissões e na formação de cidadãos.

O ensino da Matemática na educação básica é justificado pela riqueza

proporcionando ao aluno oportunidades de exercitar e desenvolver suas faculdades

intelectuais. A Matemática deve ser ensinada nas escolas porque é parte substancial do

patrimônio cognitivo da Humanidade. O ensino da Matemática se justifica pelos elementos

enriquecedores do pensamento Matemático na formação intelectual do aluno, seja pela

exatidão do pensamento lógico - demonstrativo que ela exibe, seja pelo exercício criativo

da intuição, da imaginação e dos raciocínios por indução e analogia. O ensino da

Matemática é também importante para dotar o aluno do instrumental necessário no

estudo das outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que envolvem

aspectos da realidade, tendo como objeto de estudo as formas espaciais e as

quantidades.

Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da educação matemática

visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento –

natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da

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Matemática de natureza pragmática. Para Miguel Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da

Educação Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos, etc.” Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com

que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes

de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do

cidadão, isto é, do homem público” (id. 2004, p. 71).

O ensino da matemática que leva essa formação do estudo será feito com

metodologias que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, que

podem ser através da resolução de problemas, modelagem matemática, história da

matemática, etnomatemática, uso de mídias tecnológicas e investigações matemáticas.

OBJETIVOS

• Demonstrar a Matemática como Ciência em processo de construção de forma a

relacionar ensino, aprendizagem e conhecimento matemático.

• Formar um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações

sociais.

• Construir o conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os

conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando

na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio

das idéias e das tecnologias.

• Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades

matemáticas, generalizações e apropriações de linguagem adequada para

descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do

conhecimento, e ainda, que a partir desse conhecimento matemático, seja possível

o estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

• Transpor para a prática docente o objeto matemático construído historicamente e

possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.

• Viabilizar ao professor de Matemática balizar sua ação docente, fundamentada

numa ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma atividade

humana que se encontra em construção.

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• Mostrar a Matemática do ponto de vista do seu fazer, do seu pensar e de sua

construção histórica, assim, buscando a sua compreensão.

• Fazer um comparativo do conhecimento elaborado da humanidade historicamente

produzido com a prática cotidiana.

• Ampliar o conhecimento matemático do ser humano visando contribuir numa ação

reflexiva para o desenvolvimento social, econômico, cultural e ético no contexto

que está inserido.

• Proporcionar a todo e qualquer aluno, mesmo apresentando necessidades

especiais, um ambiente em que ele se sinta parte do processo educativo.

CONTEÚDOS

Os conteúdos do ensino básico estão de acordo com as Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná (DCE) Matematica (2008).

Os conteúdos estruturantes são referencias que permitem aos professores

contemplar a tradição da matemática com a disciplina escolar. Estas orientações têm

como objetivo dar certa uniformidade aos conteúdos básicos e específicos da Matemática

ofertados aos diferentes níveis e modalidades de ensino.

Para o ensino básico da Rede Pública Estadual e para nossa escola temos a

seguinte distribuição:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

6º ano

Conteúdos

estruturantes

Conteúdos básicos Avaliação

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NÚMEROS E

ÁLGEBRA

GRANDEZAS E

MEDIDAS

-Sistemas de

numeração;

-Números Naturais;

- Múltiplos e divisores;

-Potenciação e

radiciação;

-Números fracionários;

-Números decimais.

-Medidas de

comprimento;

-Medidas de massa;

-Medidas de área;

-Medidas de volume;

-Medidas de tempo;

-Medidas de ângulo;

-Sistema monetário.

-Conheça os diferentes sistemas de

numeração;

-Identifique o conjunto dos números

naturais, comparando e reconhecendo

seus elementos;

-Realize operações com números

naturais;

-Expresse matematicamente, oral ou

por escritos situações - problema que

envolve (as) operações com números

naturais;

-Estabeleça relação de igualdade e

transformação entre fração e números

decimal, fração e números mistos;

-Reconheça o MMC e MDC entre

dois ou mais números naturais;

-Reconheça as potências como

multiplicação de mesmo fator e a

radiciação como sua operação inversa;

-Relacione as potências e as raízes

quadradas e cúbicas com padrões

numéricos e geométricos

-Identifique o metro como unidade-

padrão de medida de comprimento;

-Reconheça e compreenda os

diversos sistemas de medidas;

-Opere com múltiplos e submúltiplos

do quilograma;

-Calcule o perímetro usado unidades

de medida padronizadas;

-Compreenda e utilize o metro,

cúbico como padrão de medida de

volume;

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TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

-Geometria Plana;

-Geometria Espacial;

-Dados, tabelas e

gráficos;

-Porcentagem.

-Realize transformações de unidades

de medida de tempo envolvendo seus

múltiplos e submúltiplos;

-Reconheça e classifique ângulos

(retos ,agudos e obtusos);

-Relacione a evolução do Sistema

Monetário Brasileiro com os demais

sistemas mundiais;

-Calcule a área de uma superfície

padronizada;

-Reconheça e represente

ponto,reta,plano,semi-reta e segmento

de reta

-Conceitue e classifique polígonos ;

--Identifique corpos redondos;

-Identifique e relacione os elementos

geométricos que envolvem o cálculo

de área e perímetro de diferentes

figuras planas;

- Diferencie circulo e circunferência,

identificando seus elementos;

-Reconheça os sólidos geométricos

em sua forma planificada e seus

elementos;

-Interprete e identifique os diferentes

tipos de gráficos e compilação de

dados , sendo capaz de fazer a leitura

desses recursos nas diversas formas

em que se apresentam;

-Resolva situações –problemas que

envolvam porcentagem e relacione-as

com os números na forma decimal e

fracionária.

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7º ano

Conteúdos

estruturantes

Conteúdos básicos Avaliação

NÚMEROS E ÁLGEBRA

-Números Inteiros;

-Números Racionais;

-Equação e Inequacão

do 1º grau;

-Razão e proporção;

-Regra de três simples.

-Reconheça números inteiros

em diferentes contextos;

-Realize operações com

números inteiros;

-Reconheça números racionais

em diferentes contextos;

-Realize operações com

números racionais;

- Compreenda o princípio de

equivalência da igualdade e

desigualdade;

-Compreenda conceito de

incógnita;

-Utilize e interprete a

linguagem algébrica para

expressar valores numéricos

através de incógnitas;

-Compreenda a razão como

uma comparação entre duas

grandezas numa ordem

determinada e a proporção

como uma igualdade entre duas

razões;

-Reconheça sucessões de

grandezas direta e

inversamente proporcionais;

-Resolva situações-problemas

aplicando regra de três simples.

103

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GRANDEZAS E

MEDIDAS

GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

-Medidas de

temperatura;

-Medidas de ângulos.

-Geometria Plana;

-Geometria Espacial;

-Geometria não-

euclidianas.

-Pesquisa Estatística;

-Média Aritmética;

-Moda e Mediana;

-Juros simples;

-Compreenda as medidas de

temperatura em diferentes

contextos;

-Compreenda o conceito de

ângulo;

-Classifique ângulos e use o

transferidor e o esquadros para

medir;

-Classifique e construa a partir

de figuras planas, sólidos

geométricos;

-Compreenda noções

topológicas através do conceito

de interior, exterior, fronteira,

vizinhança, conexidade, curvas

e conjuntos abertos e fechados.

-Analise e interprete

informações de pesquisas

estatísticas;

-Leia,interprete, construa e

analise gráficos;

-Calcule a média aritmética e a

moda de dados estatísticos;

-Resolva problemas

envolvendo cálculo de juros

simples.

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8º ano

Conteúdos

estruturantes

Conteúdos básicos Avaliação

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E

MEDIDAS

-Números Racionais e

Irracionais;

-Sistemas de Equações

do 1º grau;

-Potências;

-Monômios e

Polinômios;

-Produtos Notáveis;

-Medidas de

comprimentos;

-Medidas de área;

-Medidas de volume;

-Medidas de ângulos.

-Extrair a raiz quadrada exata e

aproximada de números

racionais;

-Reconheça números

irracionais em diferentes

contextos;

-Realize operações com

números irracionais;

-Compreenda, identifique e

reconheça o número PI como

um número irracional especial;

Compreenda o objeto de

notação científica e sua

aplicação;

-Opere com sistema de

equação do 1º grau;

-Identifique monômio e

polinômio e efetue suas

operações;

-Utilize as regras de Produtos

Notáveis para resolver

problemas que envolvam

expressões algébricas.

-Calcule o comprimento da

circunferência;

-Calcule o comprimento e a

área de polígonos e círculo;

-Identifique ângulo formado

entre retas paralelas

interceptadas por transversal;

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GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

-Geometria Plana;

-Geometria Espacial;

-Geometria Analítica;

-Geometrias não-

euclidianas.

-Gráfico e informação

-População e amostra.

-Realize cálculo de área e

volume de poliedros;

-Reconheça triângulos

semelhantes;

-Identifique e some os ângulos

internos de um triângulo e de

polígonos regulares;

-Desenvolva a noção de

paralelismo, trace e reconheça

retas paralelas num plano;

-Compreenda o Sistema de

Coordenadas Cartesianas,

marque pontos, identifique os

pares ordenados (abscissa e

ordenada ) e analise seus

elementos sob diversos

contextos;-

-Conheça os fractais através de

visualização e manipulação de

materiais e discuta suas

propriedades.

-Interprete e represente dados

em diferentes gráficos;

-Utilize o conceito de amostra

para levantamento de dados.

106

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9º Ano

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

GRAND

EZAS E

-Números Reais;

-Propriedades dos

radicais;

-Equação do 2º grau;

-Teorema de Pitágoras;

-Equações Irracionais;

-Equações Biquadradas;

-Regra de Três

Compostas.

-Relações Métricas no

Triângulo Retângulo;

-Trigonometria no

-Opere com expoente fracionários;

-Identifique a potência de expoente

fracionário como um radical e aplique as

propriedades para suas simplificações;

-Extraia uma raiz usando fatoracco;

-Identifique uma equação de 2º grau na

forma completa e incompleta, reconhecendo

seus elementos;

-Determine as raízes de uma equação de 2º

grau utilizando diferentes processos;

-Interprete problemas em linguagem gráfica

e algébrica;

-Identifique e resolva equações irracionais;

-Resolva equações biquadradas através das

equações do 2º grau;

-Utilize a regra de três composta em

situações-problema.

-Conheça e aplique as relações métricas e

trigonométricas no triangulo retângulo;

-Utilize o Teorema de Pitágoras na

determinação das medidas dos lados de um

triangulo retângulo;

-Realize cálculo da superfície e volume de

poliedros.

-Expresse a dependência de uma variável

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MEDIDAS

FUNÇÕE

S

GEOME

TRIAS

Triangulo Retângulo.

-Noção intuitiva de

Função Afim;

-Noção intuitiva de

Função Quadrática.

-Geometria Plana;

-Geometria Espacial;

-Geometria Analítica;

-Geometrias não

euclidianas.

em relação á outra;

-Reconheça uma função afim de sua

representação gráfica, inclusive sua

declividade em relação ao sinal da função;

-Reconheça a função quadrática e sua

representação gráfica e associe a

concavidade de parábola em relação ao sinal

da função;

-Analise graficamente as funções afins;

-Analise graficamente as funções

quadráticas.

-Verifique se dois polígonos são

semelhantes, estabelecendo relações entre

eles;

-Compreenda e utilize o conceito de

semelhança de triângulos para resolver

situações-problemas;

-Conheça e aplique os critérios de

semelhança dos triângulos

-Noções básicas de geometria projetiva.

-Desenvolva o raciocínio combinatório por

meio de situações-problema que envolva

contagens, aplicando o princípio

multiplicativo;

-Descreva o espaço amostral em um

experimento aleatório;

-Calcule as chances de ocorrência de um

determinado evento;

-Resolva situações-problema que envolve

cálculos de juros compostos.

-Opere com expoente fracionários;

108

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TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

-Noções de Análise

Combinatória;

-Noções de

probabilidade;

-Estatística;

-Juros compostos.

-Identifique a potência de expoente

fracionário como um radical e aplique as

propriedades para suas simplificações;

-Extraia uma raiz usando fatoracco;

-Identifique uma equação de 2º grau na

forma completa e incompleta, reconhecendo

seus elementos;

-Determine as raízes de uma equação de 2º

grau utilizando diferentes processos;

-Interprete problemas em linguagem gráfica

e algébrica;

-Identifique e resolva equações irracionais;

-Resolva equações biquadradas através das

equações do 2º grau;

-Utilize a regra de três composta em

situações-problema.

-Conheça e aplique as relações métricas e

trigonométricas no triangulo retângulo;

-Utilize o Teorema de Pitágoras na

determinação das medidas dos lados de um

triangulo retângulo;

-Realize cálculo da superfície e volume de

poliedros.

-Expresse a dependência de uma variável

em relação á outra;

-Reconheça uma função afim de sua

representação gráfica, inclusive sua

declividade em relação ao sinal da função;

-Reconheça a função quadrática e sua

representação gráfica e associe a

concavidade de parábola em relação ao sinal

da função;

-Analise graficamente as funções afins;

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-Analise graficamente as funções

quadráticas.

-Verifique se dois polígonos são

semelhantes, estabelecendo relações entre

eles;

-Compreenda e utilize o conceito de

semelhança de triângulos para resolver

situações-problemas;

-Conheça e aplique os critérios de

semelhança dos triângulos

-Noções básicas de geometria projetiva.

-Desenvolva o raciocínio combinatório por

meio de situações-problema que envolva

contagens, aplicando o princípio

multiplicativo;

-Descreva o espaço amostral em um

experimento aleatório;

-Calcule as chances de ocorrência de um

determinado evento;

-Resolva situações-problema que envolve

cálculos de juros compostos.

METODOLOGIA

A proposta Metodológica da disciplina visa desenvolver os diversos campos de

investigação e de produção do conhecimento de natureza científica, propiciando melhor

qualidade de ensino e de aprendizagem da Matemática, de modo a que o estudante

possa construir através do saber matemático, valores e atitudes de naturezas diversas,

visando a formação integral do ser humano e particularmente da sociedade, do cidadão e

do homem público.

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Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam

outros conteúdos estruturantes e conteúdos específicos e específicos, priorizando

relações e interdependências que, conseqüentemente, enriquecem os processos pelos

quais acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos

estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada

conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em

diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens possibilitam, por ser

retomados e aprofundados.

Portanto, busca-se direcionar o trabalho docente de forma que o mesmo se paute

em abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de

cada conteúdo específico.

Com a perspectiva de um trabalho docente com conteúdos de Matemática,

pensados a partir de uma noção que vise romper com abordagens que apregoam a

fragmentação de tais conteúdos como se eles existissem em patamares distintos e sem

vínculos.

Dessa forma, seguem-se considerações sobre as tendências metodológicas

elencadas e estudadas pela Educação Matemática, as quais devem dar ação no processo

de ensino-aprendizagem nos conteúdos estruturantes e seus desdobramentos propostos

para a disciplina de Matemática, conforme disposto nas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Matematica (2008)

Etnomatemática

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social

que produzem conhecimento matemático. Esta tendência leva em consideração que não

existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que

outro. As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e

práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.

A etnomatemática considera uma organização da sociedade que permite o

exercício da critica e na análise da realidade. Nesse sentido, é um importante campo de

investigação que, por meio da Educação Matemática, prioriza um ensino que valoriza a

história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

Modelagem Matemática

Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da

Matemática podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano.

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A Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida.

A Modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os

problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do

mundo real.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens oriundas da

Modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao

possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática

docente, cujo resultado será um aprendizado significativo.

Resolução de Problemas

Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a

partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de

aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um

problema, o estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a

solução.

É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas são

metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem

utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata pois muitas vezes, é preciso

levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício

para alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.

Mídias Tecnológicas

No contexto da Educação Matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por

aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo

de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas

em relação ao currículo, à experimentação Matemática, às possibilidades do surgimento

de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (Borba 1999). Atividades realizadas

com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de gráficos,

por exemplo, como o uso dos computadores amplia as possibilidades de observação e

investigação, visto que algumas etapas formais de construção são sintetizadas (D’

Ambrosio, 1989).

Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,

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potencializando formas de resolução de problemas.

A Internet segundo Tajra (2002) é outro recurso que também pode favorecer a

formação de várias comunidades virtuais que, relacionadas entre si, promovem trocas e

ganhos de aprendizagem.

História da Matemática

É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar

como componente necessário de um dos objetivos primordiais da Matemática. Sendo

assim se faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e a

sua relevância na vida da humanidade. Não se trata com esta tendência histórica de,

apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas

sim, de vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às

circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinavam o pensamento e

influenciavam no avanço científico de cada época.

Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na

elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na

compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilita o

levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e

procedimentos por parte do estudante. Para Miguel e Miorim (2004) a história permite

refletir sobre as explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a

promoção de ensino e da aprendizagem da Matemática escolar baseada na compreensão

e na significação. É pela História da Matemática que se tem possibilidade do estudante

entender como o conhecimento matemático é construído historicamente.

Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno

conhecer a Matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e

pensar em um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem

nenhuma relação com os outros campos do conhecimento. É também, uma possibilidade

de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da Ciência

Matemática.

Investigações matemáticas

Com as investigações matemáticas pretende-se que os alunos se envolvam no seu

processo de ensino e aprendizagem, através da participação ativa e da gestão autônoma

e responsável desse processo. As investigações matemáticas aparecem como sendo uma

tarefa entre outras, no entanto, com o pressuposto de que incluídas em experiências

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variadas são facilitadoras de aprendizagens que reforçam a capacidade de raciocinar

logicamente, pelas oportunidades de formular e testar conjecturas e analisar contra-

exemplos, de avaliar a validade de raciocínios e de construir demonstrações.

Hoje em dia, é importante que os alunos sejam confrontados com atividades de

investigação durante a sua aprendizagem, quer pela vivência de processos

característicos de investigação que essas atividades permitem, quer pelos novos

desafios colocados à ciência em geral.

AVALIAÇÃO

Critérios de Avaliação

Mudanças na maneira de conceber a aprendizagem e de abordar os conteúdos

matemáticos implicam mudar o modo de avaliar e seus objetivos. Deve- se olhar a

avaliação como parte integrante do processo educativo. Sendo assim ela não pode ter

apenas caráter de finalização de etapas.

O processo de avaliação é trimestral, contínua e praticada sob forma de atribuição

de qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais,

como objetivo final, uma tomada de decisão que direciona o aprendizado e,

consequentemente, o desenvolvimento do aluno. Seu registro é expresso em documento

próprio, considerando a atuação do mesmo frente ao processo enino-aprendizagem.

Observa-se que a utilização de formas inovadoras de avaliação traz benefícios ao

processo educativo, pois assim ela assume uma nova função: a de auxiliar e orientar os

estudantes sobre o desenvolvimento de suas capacidades, bem como auxiliar o professor

a identificar se os objetivos a que se propôs foram atingidos.

A avaliação também fornece ao professor informações sobre como está ocorrendo

a aprendizagem de seus alunos quanto a conceitos adquiridos, raciocínios desenvolvidos

e domínio de certas regras, possibilitando uma reflexão continua sobre sua prática em

sala de aula.

As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, participação em

atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem contemplar explicações,

justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio

que muitas vezes não ficam evidentes em avaliações escritas.

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As estratégias alternativas de avaliação devem possibilitar que o professor verifique

se os alunos sabem utilizar corretamente o pensamento Matemático para questionar,

argumentar, formular hipóteses e apresentar diferentes soluções para situações

desafiadoras.

Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem e necessidades especiais,

serão oferecidos momentos de reorientação e recuperação paralela conforme prevê a

legislação em vigor.

Através da recuperação paralela o professor deve reorientar seus métodos

utilizando ferramentas e equipamentos, tais como calculadoras, computadores, jogos

matemáticos, possibilitando ao aluno a questionar entre o certo e o errado, procurando

envolver o aluno em situações problemas, para que ele busque soluções para os

problema apresentados, usando o raciocínio lógico.

Instrumentos de avaliação

• Observações diárias;

• Registro de atividades;

• Interação dialógica com o aluno;

• Trabalhos de pesquisa;

• Tarefas diárias;

• Provas e testes;

• Aulas práticas;

• Atividade extraclasse.

Dentre os critérios de avaliação estão, interpretação, raciocínio lógico, resolução de

problemas, tomada de decisão e o cálculo. Segundo o Projeto Político Pedagógico da

escola a avaliação devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período

letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na

sua melhor forma. Dessa forma deverão ser realizadas, no mínimo 4 (quatro) avaliações

por trimestre da seguinte forma:

- No mínimo três avaliações, com instrumentos diversificados

(AV1/AV2/AV3...) com peso 10,0 (dez vírgula zero) cada avaliação;

- Todas as avaliações deverão constar no Livro de Registro do

Professor;

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- A recuperação de conteúdo é realizada de forma paralela. Durante o

trimestre no mínimo uma avaliação de recuperação envolvendo o bloco de

conteúdo trabalhado conforme critério e instrumentos de avaliação do

professor previsto no plano de trabalho docente (AVR...) com peso 10,0 (dez

vírgula zero), sendo que esta substituirá a menor nota de uma das

avaliações anteriores;

- A recuperação paralela será realizada sempre que oe professores

perceberem que os alunos não apreenderam determinado conteúdo, com o

propósito de sanar as dificuldades apresentadas pelos mesmos. Portanto, a

recuperação paralela dará ênfase ao conteúdo;

- A média trimestral é 6,0 (seis vírgula zero), atingindo 180 pontos ao

final do ano letivo o aluno será aprovado;

- A avaliação da aprendizagem terá o registro da Média das notas, a

cada trimestre, expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula

zero).

REFERÊNCIAS

ÁVILA, G. Objetivos do Ensino da Matemática. Revista do Professor de Matemática 27.

1995.

COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico. Francisco

Beltrão. 2007.

GROENWALD, C. L. O. A Matemática e o Desenvolvimento do Raciocínio lógico.

Educação Matemática em Revista- RS janeiro de 1999.

IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos: 8º série, 4° ciclo/ São Paulo: Scipione,

2002.

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na Educação Matemática: propostas e desafios. Belo

Horizonte: Autêntica, 2004

SEED, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

Curitiba, 2006.

116

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TOSATTO, Cláudia Miriam. Idéias e Relações: 8° Série- Matemática, 1° edição- Curitiba,

2002.

117

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CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO AO DEFICIENTE VISUAL

CAE-DV

O Centro proporciona atendimento a 12 alunos, desenvolvendo atividades

relacionadas ao Braille, sorobã, orientação e mobilidade, atividade de vida diária, apoio à

escolaridade e atendimento itinerante. Este último seria o acompanhamento dos alunos

na própria instituição escolar em que são matriculados, porém, este serviço encontra

dificuldades devido à falta de meio de transporte para as visitas nas diferentes instituições

escolares que os alunos freqüentam.

Para a realização destas atividades estão disponíveis aos educandos um acervo

composto de livros em Braille – doados pelo CAP, Instituto Dorina Nowil, Instituto

Benjamin Constant – máquina Perkins, sorobã, bengala, material adaptado, reglete,

punção, materiais pedagógicos, jogos, computador, jogos para pessoas com baixa visão,

o programa de computador Dosvox e livros ampliados feitos pelo Núcleo Regional de

Educação.

O desenvolvimento humano é em parte definido pelos processos da maturação do

organismo, porém é a aprendizagem que possibilita o desabrochar de processos internos

por meio do contato do homem com seu meio. No desenvolvimento do ser humano a

aprendizagem ocupa o papel principal, especialmente com relação às funções

psicológicas superiores, tipicamente humanas e são sobre essas funções que se

desenvolvem as principais práticas escolares.

O desenvolvimento da criança cega sofre interferência da perda visual, acarretando

dificuldades para compreensão e organização do meio. Observa-se a necessidade de

estimulação permanente, dentro das possibilidades da faixa etária, a fim de que alcance

progresso em todas suas potencialidades.

Assim crianças cegas e/ou baixa visão podem apresentar ainda atraso no

desenvolvimento global. Isto se deve em grande parte à dificuldade de interação,

apreensão, exploração e domínio do meio físico.

Essas experiências significativas são responsáveis pela decodificação e

interpretação do mundo pelas vias sensoriais remanescentes (táteis, auditivas, olfativas e

gustativas). A falta dessas experiências pode prejudicar a compreensão das relações

espaciais, temporais e aquisição e aquisição de conceitos necessários ao processo 118

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ensino-aprendizagem.

Fatores que interferem no desenvolvimento educacional do deficiente visual. Idade

da manifestação – a fase da vida em que a pessoa se tornou deficiente determina a

necessidade de atenção especial para alguns aspectos do seu processo educacional. A

existência ou não de imagens visuais acumuladas, irá determinar a constituição de um

conjunto de necessidades específicas bem como exigir a utilização de técnicas e

estratégias de ensino, visando uma efetiva aprendizagem. O cego congênito ou aquele

que perdeu a visão nos dois primeiros anos de vida, não conserva imagens visuais úteis.

Experimenta o mundo que o cerca através do tato, da audição, do olfato e do paladar

percebendo-o e interpretando-o, muitas vezes de maneira diferente daquelas que os

demais o fazem. Freqüentemente também terá que representar o mundo através de uma

linguagem cujos signos nem sempre coincidem com suas vivências pessoais.

Este fato ressalta a necessidade de se prover estímulos complementares à

exposição do conteúdo que se pretenda transmitir ao aluno, através da multiplicação de

vivências perceptivas em torno de uma mesma noção.

Para a pessoa que perdeu a visão mais tarde em sua vida de alfabetizado por tipos

impressos, por exemplo, a bagagem de informações visuais deve constituir elemento

facilitador para a continuidade do processo educacional. O tempo transcorrido desde a

perda é outro fator importante no processo de adaptação do individuo à situação

educacional. Aquele que convive com a falta de visão há mais tempo está em situação

diferente daquele que ainda se encontra sob o impacto emocional de uma perda recente.

Modo de manifestação – a pessoa que perde a visão, pode ter, em face da

incapacidade, reações emocionais diferentes daquela cuja visão vai se apagando

lentamente. Numa perda lenta, a pessoa vive um prolongado período de insegurança e

angústia, quando que na perda súbita, a pessoa sofre um impacto, cuja ansiedade e

recuperação irá depender tanto de sua própria estrutura e capacidade de aceitação como

das condições do seu meio sócio-familiar.

A medida que, acontece a perda gradual, ou súbita, diferentes reações podem

influir no ajustamento emocional do individuo, trazendo implicações também ao

desenvolvimento do seu processo educacional.

Cientificamente a visão é considerada o mais importante canal de relacionamento

do individuo com o mundo, visto que 85% das informações são recebidas por intermédio

deste órgão sensorial.

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A área da deficiência visual atende alunos com cegueira ou baixa visão:

Cegueira:

É a perda total da visão até a ausência da projeção de luz. O processo de

aprendizagem se fará através dos sentidos remanescentes (tato, audição, olfato, paladar),

utilizando o Sistema Braille como principal meio de comunicação escrita.

Baixa visão:

É a alteração da capacidade funcional da visão, decorrentes de inúmeros fatores

isolados ou associados, tais como: baixa visão significativa e redução importante do

campo visual, que interferem ou que limitam o desempenho visual, que interferem ou que

limitam o desempenho visual. O processo educativo se desenvolve, principalmente, por

meios visuais, ainda que com utilização de recursos específicos incluindo lupas, telelupas,

livros didáticos com caracteres ampliados, entre outros.

REDE DE APOIO

Atualmente o atendimento aos alunos com deficiência visual pode ocorrer:

− Em escola regular, com apoio pedagógico, no contra-turno, em Centros de

Atendimento Especializados;

− Em Escolas Especiais para deficientes visuais com oferta de Educação Básica.

CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA VISUAL

Serviço de natureza pedagógica, desenvolvido por professor habilitado ou

especializado em Educação Especial, que complementa a educação de alunos

matriculados na Educação Regular ou Ensino Supletivo.

Na Escola Estadual Beatriz Biavatti existe um CAE-DV (Centro de Atendimento

Especializado ao Deficiente Visual) com duas turmas – uma no matutino e outra no

vespertino, onde alunos com deficiência visual recebem apoio específico

(instrumentalização metodológica e acompanhamento educacional) de acordo com suas

necessidades pedagógicas.120

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A oferta de atendimento especializado ocorre sempre em período contrário ao

ensino regular.

Os serviços ofertados pelo CAE-DV são:

Apoio à Educação Básica;

Complementações curriculares específicas: Braille, Sorobã,

Orientação e Mobilidade,

Estimulação Visual

Atividades de vida autônoma e social.

SISTEMA BRAILLE

É um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas. Como

os alunos já estão alfabetizados ao frequentarem o CAE-DV deste Colégio, só precisa

relembrar como se dá a utilização do mesmo.

Objetivo: Despertar no aluno curiosidade e gosto pela leitura do sistema Braille a

fim de que possa interagir com o mundo.

Conteúdos:

Numerais ordinais

Pontuação

Sinais Exclusivos da Escrita Braille

Figuras geométricas

SOROBÃ OU ÁBACO:

Aparelho de cálculo de procedência japonesa, adaptado para o uso de deficientes

visuais, em virtude da rapidez e da eficiência na realização das operações matemáticas.

Objetivo: Resolver e armar as quatro operações básicas com agilidade, a fim de

aplicá-las em soluções problemas e na vida diária.

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Conteúdos:

Adição

Subtração

Multiplicação

Divisão

ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE:

Técnica utilizada para que o deficiente visual se oriente e se locomova com

independência e segurança. Técnicas com Guia Vidente

Objetivos:

1 – Desenvolver um método seguro, eficiente e socialmente aceito de Mobilidade

com guia vidente com um mínimo de verbalização entre cliente e guia.

2 – Salientar a responsabilidade do cliente na locomoção.

3 – Estabelecer um bom relacionamento com o cliente.

Técnicas:

a. Passando através de portas

b. Entrar numa fila e sentar-se no auditório

c. Aproximar-se e sentar-se numa cadeira

d. Polidez social acrecentada às técnicas

e. Técnicas do guia vidente para escadas

MOBILIDADE INDEPENDENTE

Objetivo: Oportunizar a locomoção independente no ambiente familiar, escolar, na

vida social e profissional com autonomia.

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Técnicas para serem utilizadas em ambientes fechados (sem auxílio)

a. Técnica de proteção inferior

b. Técnica de proteção superior.

c. Técnicas de enquadramento e tomada de direção.

d. Técnica de rastreamento

Técnicas com auxílio da bengala longa

a. Técnica do toque

b. Técnica de rastreamento com bengala

c. Técnica para subir escadas

d. Técnica para subir escadas, segurando a bengala como lápis

e. Técnica para descer escadas

f. Técnica para subir e descer escadas rolantes

Estimulação visual:

É ofertada às pessoas com baixa visão, para aprendizagem do uso adequado da

visão residual com recursos ópticos, para que aumente sua independência e qualidade de

vida.

Objetivo: Preservar e melhorar o campo acuidade visual através das atividades

específicas de cada função; óptica, ópticas e perceptivas, viso-perceptivas.

Funções ópticas

a) Função óptica de:

- Resposta à luz

- Acomodação visual

- Consciência visual

- Focalização

- Fixação

- Seguimentos: horizontal, vertical e circular

ATIVIDADES DE VIDA AUTÔNOMA E SOCIAL:

Se referem a um conjunto de atividades que visam o desenvolvimento pessoal e

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Page 124: ESCOLA ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI ENSINO … · funcionamento do Curso de Ensino Médio, ... A Escola Estadual Beatriz Biavatti tem por filosofia o ... indígena bem como as relações

social nos múltiplos afazeres do cotidiano, tendo em vista a independência pessoal para a

convivência social do educando com deficiência visual.

APOIO À EDUCAÇÃO BÁSICA:

Através de planejamento de atividades específicas, de acordo com as

necessidades educacionais de cada aluno com deficiência visual, o professor

especializado efetuará complementação curricular, utilizando equipamentos e materiais

específicos, para o apoio escolar à educação básica.

METODOLOGIA

O trabalho com deficientes visuais é feito de maneira individual, de acordo com as

necessidades de cada um. Deste modo, determinados assuntos não precisam ser

trabalhados com alguns alunos, caso estes já o dominem. Apenas o reforço escolar é

trabalhado com todos, no sentido de transcrever as atividades a serem devolvidas aos

professores para serem avaliadas.

REFERÊNCIAS

CAP – Centro de Apoio Pedagógico. Planejamento Geral – Área de Deficiência

Visual. Francisco Beltrão, 2006

COLÉGIO ESTADUAL BEATRIZ BIAVATTI, Projeto Político Pedagógico.

Francisco Beltrão. 2007.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e

Silva. O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede

Regular. Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão: Brasília, 2004.

SEED – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Ressignificando a

Proposta de Atendimento na Área Visual. Curitiba, 2004.

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