eficiÊncia nutricional de macronutrientes em … · tabela 7 - resumo da análise de variância...

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VALDÍVIA DE FÁTIMA LIMA DE SOUSA EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM MELOEIRO Mossoró-RN 2013

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VALDÍVIA DE FÁTIMA LIMA DE SOUSA

EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM

MELOEIRO

Mossoró-RN

2013

Page 2: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

VALDÍVIA DE FÁTIMA LIMA DE SOUSA

EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM

MELOEIRO

Dissertação apresentada à Universidade

Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia.

Orientador: Prof. D. Sc. LEILSON COSTA GRANGEIRO Co-Orientador: Prof. D. Sc. FERNANDO ANTONIO DE SOUZA ARAGÃO

MOSSORÓ - RN 2013

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Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação

e catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da

UFERSA

S725e Sousa, Valdívia de Fátima Lima.

Eficiência nutricional de macronutrientes em meloeiro. /

Valdívia de Fátima Lima Sousa. -- Mossoró, 2013.

74f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Leilson Costa Grangeiro

Co-orientador: Prof. Dr. Fernando Antonio de S. Aragão

Dissertação (Mestrado em Fitotecnia. Área de concentração

em Agricultura Tropical) – Universidade Federal Rural do

Semi-Árido. Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

1. Nutrição de plantas. 2. Meloeiro - Cucumis melo L..

3. Macronutrientes. I.Título.

CDD: 635.611 Bibliotecária: Vanessa Christiane Alves de Souza

CRB-15/452

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VALDÍVIA DE FÁTIMA LIMA DE SOUSA

EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE

MACRONUTRIENTES EM MELOEIRO

Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural do

Semi-Árido, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia.

APROVADA EM: 30/07/2013

________________________________________________ Prof. D. Sc. Fernando Antonio de Souza Aragão – EMBRAPA

Co-Orientador

Conselheira

- UFERSA

- UFERSA

Conselheiro

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Aos meus amados pais,

Iolanda Lima Brito e Raimundo

Valdivez de Sousa, por toda a

dedicação, educação e amor. A vocês

dedico todas as minhas vitórias.

DEDICO

Page 6: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, e por estar me proporcionando este momento.

Aos meus pais, Iolanda Lima Brito e Raimundo Valdivez de Sousa, por sempre

acreditarem em mim, vocês são a pedra fundamental dessa conquista.

A minha querida irmã e amiga Valdízia Sousa, por todos os momentos vividos.

A UFERSA, pela oportunidade de participar do Programa de Pós-Graduação

em Fitotecnia, tornando-me uma profissional cada vez mais qualificada.

A CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.

Ao professor Leilson, pela paciência, dedicação indiscutível e conhecimentos

repassados, sendo primordial para tornar esse momento possível.

À banca examinadora, pela valiosa contribuição.

Aos funcionários do Laboratório de Análises de Solos e Água, Kaline, Cecília

e Seu Elídio, sempre prontos para tirar minhas dúvidas durante as análises de

laboratório.

Aos funcionários do Centro de Pesquisas Vegetais do Semiárido Nordestino

(CPVSA), Bruno e Paulo, sempre dispostos a me ajudar e pelas conversas divertidas

para tirar o estresse.

Ao funcionário do laboratório de Pós-colheita, do departamento de Ciências

Vegetais, Sr. Monteiro.

Ao professor Glauber e ao amigo Welder, pela ajuda nas análises estatísticas.

Aos membros da equipe do professor Leilson, pela ajuda no experimento:

Saulo, Novo, Aridênia, Meirinha, Gaby, Jardel, Rayane, Karla, Leó e Bianca. Todos,

cada um de uma forma, foram fundamentais para a conclusão deste trabalho.

E àqueles que não foram mencionados, mas que de alguma forma fizeram parte

desta conquista.

Muito obrigado!

Page 7: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

RESUMO

SOUSA, Valdívia de Fátima Lima de. Eficiência nutricional de macronutrientes em

meloeiro. 2013. 75f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Fitotecnia) –

Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, 2013.

O meloeiro é uma hortaliça de grande aceitação em todo o mundo, sendo exportado para grandes centros, como Europa e América do Norte. Apesar da importância de conhecimento da eficiência na aplicação de nutrientes e da cultura do meloeiro para a região do semiárido nordestino, ainda são escassos os trabalhos desenvolvidos para melhoria destes índices para a cultura do meloeiro. Com o objetivo de avaliar o crescimento e a eficiência de absorção, transporte e utilização dos macronutrientes em cultivares de melão, um experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Rafael

Fernandes, localizada no distrito de Lagoinha, zona rural de Mossoró-RN, no período de outubro de 2012 a janeiro de 2013. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados completos, com quatro repetições, dispostos em parcelas subdivididas, sendo as parcelas as cultivares de melão: Goldex (Amarelo), Cariben Gold (Cantaloupe) e McLaren (Gália) e as sub-parcelas as épocas de amostragens das plantas: 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 dias após o transplantio das mudas (DAT). Em função da massa seca das amostras, foi determinado o acúmulo de massa seca em cada época de coleta, sendo os resultados expressos em g planta-1. A partir da massa seca e

dos conteúdos de nutrientes na planta, foram calculados os índices de eficiência: Eficiência de absorção = (conteúdo total do nutriente na planta)/(massa seca de raízes); Eficiência de transporte = ((conteúdo do nutriente na parte aérea)/(conteúdo total do nutriente na planta)) x 100; Eficiência de utilização = (massa seca total produzida)2/(conteúdo total do nutriente na planta). Os nutrientes mais acumulados pelas plantas na ordem de grandeza: K > N > P > Ca > Mg, para a cultivar Goldex e para as cultivares Caribbean Gold e McLaren foi K>N>Ca>P>Mg. Sendo N, P e K

encontrados em maiores quantidades nos frutos, e Ca e Mg nas folhas. Para as três cultivares de melão Goldex, Caribbean Gold e McLaren, o crescimento da planta, expresso pelo acúmulo de massa seca ao longo do ciclo, foi lento até os 21 DAT. A eficiência de absorção dos nutrientes apresenta o mesmo comportamento do acúmulo dos nutrientes pelo melão, quanto aos nutrientes mais absorvidos. A cultivar Goldex foi a que apresentou maior eficiência de utilização para todos os nutrientes estudados.

Palavras-chave: Cucumis melo. Nutrição de plantas. Crescimento. Eficiência

nutricional. Absorção de nutrientes.

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ABSTRACT

SOUSA, Valdívia de Fátima Lima de. Nutritional efficiency of macronutrients in

muskmelon. 2013. 75f. Thesis (Master in Agronomy: Plant Science) – Universidade

Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, 2013.

The melon is a vegetable widely accepted around the world, being exported to major centers such as Europe and North America. Despite the importance of knowledge on the effectiveness of the application of nutrients and about the melon culture to northeast semi-arid, few studies are developed to improve these ratios for the melon. In

order to assess the growth and efficiency of absorption, transport and utilization of macronutrients in melon cultivars, an experiment was conducted at the Experimental Farm Rafael Fernandes, located in the district of Lagoinha, rural area of Mossoró/RN, from October 2012 until January 2013. The experimental design was a randomized complete block with four replications in a split plot and the portions were melon cultivars: Goldex (Yellow), Cariben Gold (Cantaloupe) and McLaren (Gália) and sub-plots sampling dates of plants: 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 days after transplanting (DAT). According to Due to the dry mass of the samples was determined dry mass in

each collection time, and the results were expressed in g plant-1. As from the dry matter and nutrient content in the plant were calculated efficiency index: Efficiency of absorption = (total content of the nutrient in the plant) / (dry weight of roots); transport Efficiency = ((content of the nutrient in shoot) / (total content of the nutrient in the plant)) x 100, use efficiency = (total dry matter produced) 2 / (total content of the nutrient in the plant). The nutrients most accumulated by plants were in this sequence: K> N> P> Ca> Mg, to cultivar Goldex and to cultivars Caribbean Gold and McLaren

were in this sequence K> N> Ca> P> Mg. N, P and K were found in greater quantities in fruits and Ca and Mg were found in greater quantities in leaves. For the three melon cultivars Goldex, Caribbean Gold and McLaren, plant growth, expressed by dry mass over the cycle, was slow up to 21 DAT. The efficiency of nutrient absorption exhibits the same behavior of the accumulation of nutrients by the melon, as the nutrients most absorbed. Goldex cultivar showed the highest utilization efficiency for all nutrients studied.

Keywords: Cucumis melo. Plant nutrition. Growth. Nutritional efficiency. Absorption

of nutrients.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Resumo da análise de variância das características acúmulo de

massa seca na parte vegetativa (MSPV), raiz (MSR), frutos (MSF)

e total (MST) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

31

Tabela 2 – Resumo da análise de variância das características acúmulo de

nitrogênio na parte vegetativa (NPV), raiz (NR), frutos (NF) e

total (NT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013...................................................................................................

35

Tabela 3 – Resumo da análise de variância das características acúmulo de

fósforo na parte vegetativa (PPV), raiz (PR), frutos (PF) e total

(PT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013..........................

37

Tabela 4 – Resumo da análise de variância das características acúmulo de

potássio na parte vegetativa (KPV), raiz (KR), frutos (KF) e total

(KT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013..........................

41

Tabela 5 – Resumo da análise de variância das características acúmulo de

cálcio na parte vegetativa (CaPV), raiz (CaR), frutos (CaF) e total

(CaT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013...................................................................................................

44

Tabela 6 - Resumo da análise de variância das características acúmulo de

magnésio na parte vegetativa (MgPV), raiz (MgR), frutos (MgF) e

total (MgT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013...................................................................................................

47

Page 10: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de

absorção de nitrogênio (AN), fósforo (AP), potássio (AK), cálcio

(ACa) e magnésio (AMg) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013...................................................................................................

Tabela 8 - Valores médios da eficiência de absorção dos nutrientes das

cultivares de melão. Mossoró/RN, UFERSA,

2013............................................................................................

Tabela 9 - Resumo da análise de variância das características eficiência de

transporte de nitrogênio (TN), fósforo (TP), potássio (TK), cálcio

(TCa) e magnésio (TMg) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013...................................................................................................

Tabela 10 - Valores médios da eficiência de transporte dos nutrientes das

cultivares de melão. Mossoró/RN, UFERSA, 2013..........................

Tabela 11 - Resumo da análise de variância das características eficiência de

utilização de nitrogênio (UN), fósforo (UP), potássio (UK), cálcio

(UCa) e magnésio (UMg) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA,

2013...................................................................................................

Tabela 12 - Valores médios da eficiência de utilização dos nutrientes das

cultivares de melão. Mossoró/RN, UFERSA, 2013..........................

51

52

53

54

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55

Page 11: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 –

Temperatura e umidade relativa média diária do ar a 1,0 m da

superfície do solo, cultivado com melão. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

27

Figura 2 – Acúmulo de massa seca total (MST) na parte vegetativa (MSPV),

nas raízes (MSR) e nos frutos (MSF) pelo meloeiro Goldex (A);

Caribbean Gold (B) e McLaren(C). Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

32

Figura 3 – Partição de assimilados pelo melão Goldex (A), Caribbean Gold

(B) e Mclaren (C) em função dos dias após o transplantio (DAT).

Mossoró/RN, UFERSA, 2013..........................................................

34

Figura 4 –

Acúmulo de Nitrogênio total (NT) na parte vegetativa (NPV), nas

raízes (NR) e nos frutos (NF) pelo meloeiro Goldex (A);

Caribbean Gold (B) e McLaren (C). Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................

36

Figura 5 – Acúmulo de Fósforo total (PT) na parte vegetativa (PPV), nas

raízes (PR) e nos frutos (PF) pelo meloeiro Goldex (A); Caribbean

Gold (B) e McLaren (C). Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

39

Page 12: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

Figura 6 –

Acúmulo de Potássio total (KT) na parte vegetativa (KPV), nas

raízes (KR) e nos frutos (KF) pelo meloeiro Goldex (A);

Caribbean Gold (B) e McLaren (C). Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

42

Figura 7 –

Acúmulo de Cálcio total (CaT) na parte vegetativa (CaPV), nas

raízes (CaR) e nos frutos (CaF) pelo meloeiro Goldex (A);

Caribbean Gold (B) e McLaren (C). Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

45

Figura 8 – Acúmulo de Magnésio total (MgT) na parte vegetativa (MgPV),

nas raízes (MgR) e nos frutos (MgF) pelo meloeiro Goldex (A);

Caribbean Gold (B) e McLaren (C). Mossoró/RN, UFERSA,

2013.................................................................................................

48

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LISTA DE APÊNDICE

Tabela 1ª – Valores médios do acúmulo de massa seca total (NT) na parte

vegetativa (NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1,

para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex,

Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

69

Tabela 2A- Valores médios do acúmulo de nitrogênio total (NT) na parte

vegetativa (NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1,

para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex,

Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

70

Tabela 3A- Valores médios do acúmulo de fósforo total (NT) na parte

vegetativa (NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1,

para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex,

Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

71

Tabela 4A- Valores médios do acúmulo de potássio total (NT) na parte

vegetativa (NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1,

para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex,

Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

72

Page 14: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

Tabela 5A- Valores médios do acúmulo de cálcio total (NT) na parte

vegetativa (NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1,

para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex,

Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

73

Tabela 6A- Valores médios do acúmulo de magnésio total (NT) na parte

vegetativa (NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1,

para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex,

Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA,

2013..................................................................................................

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................

2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MELOEIRO.........................................

2.2 ABSORÇÕES DE NUTRIENTES PELO MELOEIRO..................................

2.3 ÍNDICES DE EFICIÊNCIA.............................................................................

2.3.1 Fatores que influenciam a eficiência nutricional...........................................

2.3.2 Eficiência de absorção...................................................................................

2.3.3 Eficiência de transporte.................................................................................

2.3.4 Eficiência de utilização.................................................................................

3 MATERIAL E METÓDOS..............................................................................

3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSICAS DA ÁREA EXPERIMENTAL....

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS.........................

3.3 IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO..............................

3.4 COLETAS DE PLANTAS E PREPARO DAS AMOSTRAS........................

3.5 ANÁLISES DE TEORES E ACÚMULOS DE NUTRIENTES.....................

3.6 DETERMINAÇÕES DOS ÍNDICES DE EFICIÊNCIA DE ABSORÇÃO,

TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO.........................................................................

3.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA..............................................................................

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................

5 CONCLUSÕES.................................................................................................

REFERÊNCIAS...................................................................................................

APÊNDICE...........................................................................................................

16

18

18

19

21

23

24

24

25

26

26

27

27

29

29

30

30

31

58

59

68

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16

1 INTRODUÇÃO

O meloeiro é uma hortaliça de grande aceitação em todo o mundo, sendo

exportado para grandes centros, como Europa e América do Norte. A cultura cresceu

na região Nordeste do Brasil, devido às boas condições de baixa umidade, de alta

temperatura, de solos bem drenados e de disponibilidade hídrica, que são favoráveis ao

cultivo durante todo o ano. Atualmente, é responsável por aproximadamente 95% do

melão produzido no Brasil, destacando-se os estados do Rio Grande do Norte ( 53%),

Ceará (33%), Bahia (8%) e Pernambuco (3%) (IBGE, 2010). O Estado do Rio Grande

do Norte, com destaque para a região da Chapada do Apodi, lidera o ranking de

produção e exportação de melão no País. No ano de 2011, o Estado produziu 258.880

toneladas de melão, em 8.327 hectares plantados, com produtividade média de 31.099

kg.ha¹ (IBGE, 2012).

A fisiologia da produção de uma cultura é um aspecto importante sob o ponto

de vista econômico e científico. O hábito de crescimento da planta ao longo do ciclo

biológico e o modo como ela absorve e aproveita os minerais essenciais ao crescimento

e à produção são itens imprescindíveis no estudo de cultivares de qualquer planta de

valor econômico (FEITOSA et al., 1993).

A absorção de grandes quantidades de nutrientes em curtos períodos de tempo

caracteriza a suma exigência nutricional das hortaliças, dentre as quais estão folhosas e

tuberosas, que deixam poucos restos culturais no solo e são consideradas altamente

esgotantes. Neste aspecto, fica evidente a necessidade de se conhecer o balanço de

nutrientes de cada cultura a fim de manejar a adubação, escolher culturas para rotação

e melhorar a utilização de insumos (PAULA et al., 2011).

Em relação ao meloeiro, a absorção de nutrientes difere de acordo com a fase

de desenvolvimento da planta, intensificando-se com o florescimento, a formação e

crescimento dos frutos.

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17

Tem-se ressaltado atualmente a importância do uso de plantas que apresentem

maior eficiência nutricional, com ganhos econômicos pela diminuição da aplicação de

fertilizantes e, consequentemente, com maior preservação do ambiente (ROZANE et

al., 2007).

Uma forma de aumentar a eficiência nutricional das culturas está associada ao

fornecimento do nutriente na época de maior exigência, de forma a manter uma taxa de

crescimento ajustada às plantas (FRANCO et al., 2007a b); para isto, é imprescindível

o conhecimento da marcha de absorção dos nutrientes, ou seja, o acúmulo de

nutrientes, ao longo do período de cultivo das plantas; entretanto, os resultados

referentes à acumulação dos nutrientes não indicam a quantidade acumulada do

nutriente em função da massa vegetal preexistente; deste modo, propõem-se as

eficiências: de absorção, transporte e utilização. Segundo Amaral (2002), o

conhecimento dessas eficiências permite comparar a capacidade genética das plantas

com relação à utilização de um ou mais nutrientes, determinar suas condições de

adaptação a ambientes com elementos limitantes ou em excesso e verificar que quanto

maior a eficiência nutricional, maior será a produtividade do híbrido.

O aproveitamento da absorção e utilização de nutrientes visando a maximizar a

eficiência no uso de nutrientes e, portanto, melhorar a produtividade das culturas, tem

sido bastante estudado nos últimos anos (ELLIOT & LAUCHLI, 1985). As culturas

são afetadas diretamente pela eficiência nutricional, que indica a capacidade da planta

em extrair nutrientes do meio de cultivo.

Apesar da importância do conhecimento sobre a eficiência na aplicação de

nutrientes e da cultura do melão para a região do semiárido nordestino, ainda são

escassos os trabalhos desenvolvidos para melhoria destes índices para a cultura. Diante

do exposto, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o crescimento, a

absorção e a eficiência de absorção, transporte e utilização dos macronutrientes em

cultivares de melão.

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18

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MELOEIRO

A introdução do melão no Brasil foi realizada pelos imigrantes europeus e seu

cultivo teve início em meados da década de 1960 no Rio Grande do Sul. Até esse

período, todo o melão comercializado e consumido no Brasil era oriundo da Espanha.

A partir da década de 1960, a exploração da cultura tomou grande impulso,

inicialmente no estado de São Paulo, estendendo-se posteriormente para as regiões

Norte e Nordeste, atingindo seu apogeu em termos de área plantada e de produção a

partir de meados da década de 1980 até meados da década de 1990 (DIAS, 2004).

O meloeiro adapta-se melhor aos climas quentes e secos, exigindo irrigação

para suprir sua demanda hídrica de acordo com o estádio de desenvolvimento,

principalmente na floração e na frutificação. A época de plantio mais favorável ao

meloeiro vai de agosto a fevereiro, podendo ser cultivado o ano todo, em locais com

temperatura anual média entre 18 e 39°C (BLANCO et al., 1997). De acordo com

Brandão Filho e Vasconcellos (1998), o crescimento vegetativo do meloeiro é

prejudicado por temperatura do ar inferior a 13ºC e superior a 40ºC, sendo que a faixa

ótima para o seu desenvolvimento vegetativo encontra-se entre 25 e 32ºC e para o

estádio de frutificação entre 20 a 30ºC durante o dia, e entre 15 e 20ºC à noite. Se a

temperatura noturna for elevada e a mínima na parte da manhã for superior a 28ºC,

pode ocorrer abortamento de flores.

As características físicas e químicas do solo são importantes no

desenvolvimento desta cultura, por esta ser uma das cucurbitáceas mais exigentes no

que diz respeito à textura do solo, no entanto, os solos areno-argilosos e bem drenados

são os mais favoráveis ao seu cultivo, sendo inadequados os solos argilosos, com

difícil drenagem, atingindo melhores produções em solos quando o pH situa-se entre

6,4 e 7,2 (PEDROSA, 1997).

Page 19: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

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A produção do melão é rápida se for mantida em boas condições. As principais

cultivares de melão cultivadas são do grupo Inodorus, tipo “amarelo”; entretanto, há

uma tendência de mercado no aumento da demanda por melões do grupo

Cantalupensis, os quais são aromáticos, de polpa salmão, com bom sabor e maior teor

de açúcar.

Já para os melões do tipo “pele de sapo”, “gália” e “charentais”, a principal

oportunidade de expansão da cultura é o mercado externo, especialmente o europeu.

Nos últimos anos, as cultivares de melões nobres, como Gália e Cantaloupe,

que apresentam características organolépticas mais atrativas e valor comercial mais

elevado, aumentaram sua participação no mercado de 15 a 20%. Entretanto, são mais

sensíveis, exigindo técnicas de cultivo mais avançadas (MEDEIROS, 2011).

2.2 ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO MELOEIRO

De forma geral, a absorção de nitrogênio, fósforo e potássio pelas culturas

segue a mesma tendência do acúmulo de matéria seca e a exigência destes

macronutrientes pela cultura diminui na medida em que o fruto amadurece. Em

culturas como melão, tomate e pimenta, as quantidades exigidas de nutrientes são

relativamente pequenas até o florescimento, quando então a absorção de nutrientes se

acelera, chegando ao máximo durante a frutificação (PAPAPODOULOS, 1999).

As curvas de absorção de nutrientes determinadas para algumas espécies de

cucurbitáceas têm mostrado comportamento bem semelhante, onde o acúmulo de

nutrientes segue o mesmo padrão da curva de acúmulo de massa seca, geralmente

apresentando três fases distintas: na primeira fase, a absorção é lenta, seguida de

intensa absorção até atingir o ponto máximo, a partir do qual ocorre um pequeno

declínio (TYLER & LORENZ, 1964; PRATA, 1999; ARAÚJO et al., 2001; LIMA,

2001).

Conforme Silva et al. (2006), nitrogênio e potássio são os elementos extraídos

Page 20: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

20

em maior quantidade pelo meloeiro, participando com mais de 80% dos nutrientes

extraídos ( 38% e 45%, respectivamente).

O nitrogênio é um dos nutrientes absorvidos em maior quantidade,

influenciando vários processos, exercendo efeito direto na relação fonte-dreno,

alterando a distribuição de assimilados entre a parte vegetativa e reprodutiva (HUETT

& DETTMANN, 1991). Assim, o nitrogênio é um dos nutrientes que promovem

maiores modificações na qualidade dos frutos (MARSCHNER, 2002).

O potássio influencia as características qualitativas do melão, pois é

indispensável para a formação e amadurecimento dos frutos como também para o

aumento da textura dos mesmos (FILGUEIRA, 2003). Este nutriente tem função

relevante no rendimento do melão, mas o excesso pode causar desenvolvimento

vegetativo de pouco vigor, frutos de menor massa média e maturação prematura,

diminuindo a assimilação de fósforo (HARIPRAKASA; SRINIVAS, 1990; PINTO et

al., 1996).

Belfort (1985), em trabalho de campo, verificou que o melão „Valenciano

Amarelo‟ acumulou, em mg planta-1, as seguintes quantidades: nitrogênio (23,08),

fósforo (3,46), potássio (28,90), cálcio (12,74), magnésio (5,55) e enxofre (1,59) aos

75 dias após a emergência (colheita) e a produção de material seco foi de 905,9 g

distribuída entre caule e ramos (19,38%), folhas (30,32%) e flores e frutos (50,30%).

Bernadac et al. (1996), em estudo sobre a acumulação de cálcio nos frutos de

melão (Cucumis melo var Maestro), verificaram que 80% do cálcio foram absorvidos

durante a primeira metade do desenvolvimento dos frutos. Por outro lado, Alarcón et

al. (1999) verificaram que a demanda pelo cálcio aumentou consideravelmente durante

o período de crescimento vegetativo intenso do melão cv. Revigal em ambiente

protegido.

Hernández, Bustos e Zamudio (1995), em estudo com o melão híbrido Early

Dew tutorado em ambiente protegido, verificaram que o cálcio foi o nutriente

encontrado em maior quantidade na composição foliar (51,5 g kg-1), seguido por

Page 21: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

21

nitrogênio (46,9 g kg-1), potássio (35,0 g kg-1), fósforo (4,6 g kg-1) e magnésio (3,7 g

kg-1) aos 80 dias após o transplante.

Silva Júnior et al. (2006), avaliando o crescimento e a absorção de

macronutrientes pelo meloeiro, tipo “pele de sapo”, com fertirrigação de diferentes

doses de nitrogênio e potássio, constataram a seguinte sequência de extração dos

nutrientes: K>Ca>N>P>Mg.

2.3 ÍNDICES DE EFICIÊNCIA

Existem diversos conceitos para eficiência nutricional de plantas. Enfatizando

a produtividade, eficiência nutricional pode ser definida como a capacidade da planta

em produzir alto rendimento em um meio que possua características que afetem

diretamente a produção-padrão (MACHADO et al., 2001). Já sob ponto de vista da

exigência interna por determinado nutriente na planta, geralmente a eficiência é

conceituada como a biomassa produzida por unidade de nutriente aplicada no solo, que

depende de dois componentes principais: a eficiência de aquisição e a eficiência de

utilização (BAILIAN et al., 1991). O primeiro componente depende das eficiências de

absorção e de enraizamento. Já o segundo componente depende das eficiências de

translocação e de conversão em biomassa.

O termo „eficiência nutricional‟ é utilizado para caracterizar plantas em sua

capacidade de absorver e utilizar nutrientes, estando relacionado à eficiência de

absorção, translocação e utilização de nutrientes. A eficiência de absorção está

relacionada à taxa de absorção de nutrientes por unidade de comprimento ou de massa

de raiz, e pode ser avaliada em estudos de cinética de absorção de nutrientes

(BALIGAR & FAGERIA, 1997). A maior ou menor produção de frutos por unidade

de nutrientes na planta pode ser explicada por diferenças na eficiência de aquisição, de

translocação e de utilização dos nutrientes. A aquisição de nutrientes depende da

eficiência dos mecanismos de absorção e do volume de solo explorado pelas raízes,

Page 22: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

22

estes podem ser avaliados pelas eficiências de absorção e de produção de raízes. Por

sua vez, a eficiência de utilização de nutrientes depende do seu transporte para a parte

aérea e de sua exigência metabólica (MARTINEZ et al., 1993), sendo obtida por meio

do quociente entre a biomassa total da planta e a concentração do nutriente (SIDDIQI

& GLASS, 1981). Tradicionalmente, a eficiência de utilização de nutriente tem sido

definida como a razão entre a biomassa e a quantidade total de nutriente na biomassa

(TOMAZ & AMARAL, 2008).

Goddard & Hollis (1984) atribuem a eficiência nutricional à habilidade de cada

genótipo em absorver, distribuir e utilizar os nutrientes para suas funções vitais. Moura

et al. (1999) acrescentam que a eficiência nutricional decorre de uma série de

mecanismos fisiológicos, morfológicos e bioquímicos desenvolvidos pelas plantas

quando submetidas às condições adversas de fertilidade; já em última análise, Epstein;

Bloom (2006) a definem como produção da cultura por unidade de nutriente aplicado.

Desta forma, a eficiência de uso de um nutriente é definida como a relação entre a

concentração do nutriente no tecido e a produção (LAUCHLI, 1987).

É importante ressaltar que o conhecimento dos teores de nutrientes em vários

órgãos do vegetal permite fazer inferências sobre as exigências metabólicas

desenvolvidas em cada compartimento, fornecendo base para o entendimento dessas

variações e de suas implicações nas respostas dos vegetais.

Para se aumentar a eficiência nutricional, faz-se necessária a compreensão

sobre o melhor o efeito desses fatores na absorção e na utilização de nutrientes pela

planta.

A eficiência nutricional está também relacionada à produção econômica por

unidade de fertilizante aplicado (BALIGAR & FAGERIA, 1997). Com base na

capacidade das cultivares em converter nutrientes em matéria seca, as plantas podem

ser agrupadas em “eficientes” e “ineficientes” (VOSE, 1987).

Page 23: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

23

2.3.1 Fatores que influenciam a eficiência nutricional

Muitas espécies e mesmo variedades de plantas diferem em suas respostas à

disponibilidade de nutrientes no meio de cultivo. As causas disso residem nas

diferenças de capacidade de absorção e utilização dos nutrientes. Esses fatores estão

associados às características morfológicas da planta, como comprimento, taxa de

crescimento e área superficial de raízes (BARBER, 1981), bem como a características

fisiológicas ligadas à cinética de absorção e à eficiência no transporte e metabolização

de nutrientes (BARBER, 1981). A movimentação dos íons por meio das raízes e seu

descarregamento no xilema envolvem vários mecanismos que podem limitar sua

ascensão para a parte aérea e que podem ser à base das diferenças genotípicas na

absorção e no movimento dos nutrientes (GERLOFF; GABELMAN, 1983).

Para um determinado genótipo, a eficiência nutricional é referida como a

habilidade de proporcionar alta produtividade em um solo limitado quanto a um ou

mais nutrientes minerais, em relação a um genótipo padrão (GRAHAM, 1984). As

variáveis relacionadas aos processos fisiológicos que governam a eficiência nutricional

– tais como absorção de um dado nutriente, seu transporte e utilização pela planta –

sugerem controle genético da nutrição (SACRAMENTO; ROSOLEM, 1998).

Segundo Marschner (2002), as diferenças genotípicas quanto à eficiência

nutricional ocorrem por várias razões, as quais estão relacionadas à absorção, ao

transporte e à utilização dos nutrientes pelas plantas. Essas diferenças genotípicas

envolvidas na nutrição mineral podem ser explicadas, de acordo com Gerloff;

Gabelman (1983), por aspectos morfológicos e fisiológicos relacionados à absorção de

nutrientes. Dentre os aspectos morfológicos, tem-se diâmetro e comprimento de raízes,

formação de pelos radiculares e relação superfície de raiz/unidade de peso da parte

aérea. Os aspectos fisiológicos incluem os fatores que descrevem a cinética de

absorção, incluindo Imax (taxa máxima de influxo líquido), Km (constante de

Michaelis-Menten) e Cmin (concentração mínima abaixo da qual não mais ocorre

influxo líquido).

Page 24: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

24

2.3.2 Eficiência de absorção

A eficiência de absorção indica a capacidade da planta em extrair nutrientes.

Salienta-se que os mecanismos desenvolvidos pelas plantas para alta eficiência de

absorção se diferem entre as espécies. Algumas produzem extenso sistema radicular,

ao passo que outras apresentam alta taxa de absorção por unidade de comprimento de

raiz, ou seja, alto influxo de nutrientes (FÖHSE et al. 1988).

Furlani et al. (1983), estudando eficiência de absorção e de utilização de

fósforo em arroz, verificaram reduções no comprimento radicular e aumento no

número de raízes principais e secundárias com o aumento da dose fornecida. Em trigo,

Horst et al. (1993) verificaram que a maior eficiência de absorção de fósforo da

cultivar Coris foi relacionada ao menor diâmetro radicular e à presença de pelos

radiculares.

2.3.3 Eficiência de transporte

A eficiência de transporte indica a capacidade da planta em converter o

nutriente absorvido em matéria seca (GERLOFF; GABELMAN, 1983).

Amaro Filho (2001), avaliando a eficiência de transporte para diferentes doses

de nitrogênio em melão, observou um maior transporte de nutrientes para a parte aérea

com a aplicação de 200 Kg/ha de nitrogênio.

Rozane et al. (2007), estudando porta-enxertos de carambola em diferentes

soluções nutritivas, verificaram que o cálcio foi o nutriente que obteve os maiores

índices, independentemente da solução nutritiva empregada. Segundo Furlani &

Usberti Filho (1990), o transporte de fósforo para a parte aérea foi a característica mais

importante na diferenciação entre genótipos de capim-colonião cultivado sob estresse

de fósforo.

Page 25: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

25

2.3.4 Eficiência de utilização

A eficiência de utilização, segundo Gerloff & Gabelman (1983), é a

capacidade de uma planta redistribuir e reutilizar os elementos minerais de um órgão

mais velho e senescente para um mais jovem, o que caracteriza a eficiência de uso no

metabolismo do processo de crescimento. Este processo pode ser chamado de

eficiência de utilização. Lauchli (1987) acresenta que a eficiência de uso de um

nutriente é definida como a relação entre a concentração do nutriente no tecido e a

produção, ao passo que para Graham (1984) eficiência é a habilidade de um genótipo

em fornecer altas produções em um ambiente deficiente quanto ao nutriente em estudo.

A avaliação de eficiência de uso de nutrientes para a produção de massa

(folhas, raiz e frutos) permite identificar cultivares mais eficientes no uso de nutrientes

menos disponíveis no solo, como o boro e o zinco, sendo mais indicadas aquelas que

produzem maior volume de massa seca e com maior produtividade, utilizando em seu

metabolismo quantidades relativamente menores de nutrientes.

Para a caracterização da eficiência de utilização, um índice bastante aceito foi

proposto por Siddiqi & Glass (1981) por meio da equação matéria seca produzida² /

unidade do nutriente absorvido. Deste modo, reúnem-se em um mesmo indicador

eficiência de utilização e crescimento. O uso deste índice na classificação de genótipos

para eficiência nutricional evita que plantas eficientes, mas de baixa produção de

biomassa sejam selecionadas.

Amaral et al. (2011) verificaram que a eficiência de utilização de nutrientes

para produção de raízes foi diferenciada entre as cultivares de café quando houve

restrição na quantidade de adubos fornecidos (nível baixo), não havendo diferenças

entre elas quando se empregaram doses normal e alta de fertilizantes.

Page 26: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

26

3 MATERIAL E METÓDOS

3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA ÁREA EXPERIMENTAL

O experimento foi desenvolvido na Fazenda Experimental Rafael Fernandes,

localizada no distrito de Lagoinha, zona rural de Mossoró-RN, no período de outubro

de 2012 a janeiro de 2013, em solo classificado como Latossolo Vermelho Amarelo

Argissólico franco arenoso (EMBRAPA, 2006). Da área experimental, foram coletadas

amostras simples de solo na profundidade de 0 a 0,20 m e analisadas no Laboratório de

Análise de Solos e Água da UFERSA, que apresentou os seguintes resultados: pH

(H2O)= 7,77; Ca= 1,55 cmol dm-3; Mg= 0,12 cmol dm-3; K= 107,7 mg dm-3; Al= 0,00

cmol dm-3; P= 10,6 mg dm-3.

O distrito de Lagoinha está situado nas seguintes coordenadas: latitude

5°03‟37”S e longitude de 37°23‟50”W Gr, com altitude aproximada de 72 metros,

distando 20 km da cidade de Mossoró-RN. Segundo classificação de Thornthwaite, o

clima local é DdAa‟, ou seja, semiárido, megatérmico e com pequeno ou nenhum

excesso d‟água durante o ano, e de acordo com Köppen é BSwh‟, seco e muito quente,

com duas estações climáticas: uma seca, que geralmente compreende o período de

junho a janeiro e uma chuvosa, entre os meses de fevereiro e maio (CARMO FILHO et

al., 1991). Durante a condução do experimento, a temperatura máxima registrada foi de

30º e a mínima de 23ºC. E a umidade relativa teve média de 62% (Figura 1).

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27

Figura 1. Temperatura e umidade relativa média diária do ar a 1,0 m da superfície do

solo, cultivado com melão. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS

O delineamento utilizado foi em blocos casualizados completos, com quatro

repetições. Os tratamentos foram dispostos em parcelas subdivididas, sendo as parcelas

representadas pelas cultivares de melão: Goldex (Amarelo), Cariben Gold

(Cantaloupe) e McLaren (Gália) e as sub-parcelas pelas épocas de amostragens das

plantas: 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 dias após o transplantio das mudas (DAT). Cada

parcela foi composta por três fileiras de plantas, com espaçamento de 2,0 m entre

fileiras e 0,30 m entre plantas, com área total e útil de 45 e 27,6 m2, respectivamente.

3.3 IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

O preparo da área experimental constituiu-se de aração e duas gradagens,

seguido de sulcamento em linhas, espaçadas de 2 m e com profundidade de 0,30 m,

onde foi realizada a adubação de fundação com base na análise do solo e

Page 28: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

28

recomendação de emprego na região para meloeiro, colocando-se 48,75 kg ha-1 de N,

195 kg ha-1 de P2O5 e 97,5 kg ha-1 de K2O, utilizando a formulação comercial 6-24-12.

Em seguida, construíram-se camalhões sobre os sulcos de adubação com 0,20 m de

altura e 0,60 m de largura. Sobre os camalhões, foi instalado o sistema de irrigação,

constituído por uma mangueira com gotejadores do tipo autocompensante, com vazão

média de 1,5 Lh-1, espaçados de 0,30 m e com distância de dois metros entre as linhas.

Em seguida, os camalhões foram cobertos com filme plástico de coloração preto/preto.

As sementes utilizadas foram dos híbridos de melão Goldex (Empresa

Agristar/Topseed), Caribbean Gold (Empresa Rijk Zwaan) e Mclaren (Empresa

Syngenta), de modo que a semeadura foi realizada em bandejas de poliestireno

expandido para 200 mudas, preenchidas com substrato comercial, as quais

permaneceram em casa de vegetação por período de 12 dias até o transplantio.

As irrigações foram realizadas diariamente, e as lâminas de água foram

determinadas com base na evapotranspiração da cultura (ALLEN et al., 1998), onde foi

aplicada durante todo o ciclo da cultura uma lâmina de 387 mm.

As adubações de cobertura iniciaram-se dois dias após o transplantio,

utilizando-se as doses de 93,82 kg ha-1 de N, 81,74 kg ha-1 de P2O5 e 162,88 kg ha-1 de

K2O, correspondendo a 6,76Kg de N, 5,89Kg de P e 11,73Kg de K distribuídos

diariamente via fertirrigação, com doses variáveis de acordo com os estádios

fenológicos da cultura. As fontes dos adubos utilizadas foram ureia, MAP e cloreto de

potássio.

O controle fitossanitário e os demais tratos culturais foram realizados de

acordo com as recomendações técnicas adotadas na região para o meloeiro. A colheita

dos frutos foi realizada aos 57 e 64 DAT para os melões cantaloupe e gália e para o

melão amarelo, respectivamente.

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29

3.4 COLETAS DE PLANTAS E PREPARO DAS AMOSTRAS

Para quantificação da massa seca da planta, foram amostradas, por parcela,

quatro plantas nas duas primeiras coletas (14 e 21 DAT) e uma planta nas demais. As

plantas foram cortadas rente ao solo, fracionadas em folhas, caules, raízes e frutos.

A massa seca das raízes foi retirada das raízes encontradas em determinado

volume de solo. As amostragens para a determinação da massa seca radicular foram

compostas de solo com raízes, coletadas manualmente com um auxilio de uma pá,

onde foi coletado solo a uma profundidade de 40 cm e 30 cm de largura. A separação

das raízes do solo foi efetuada por meio de lavagem mecânica.

Cada órgão foi lavado e colocado separadamente em saco de papel e depois

levado para secagem em estufa com circulação forçada de ar a temperatura de 65º –

70ºC, até que atingissem massa constante. Em seguida, as amostras foram processadas

em moinho e acondicionadas em recipientes fechados. Em função da massa seca das

amostras, foi determinado o acúmulo de massa seca em cada época de coleta, sendo os

resultados expressos em g planta-1.

3.5 ANÁLISES DE TEORES E ACÚMULO DE NUTRIENTES

As análises químicas para a determinação dos teores de nutrientes presentes em

cada fração foram realizadas nos extratos obtidos pela digestão sulfúrica (nitrogênio),

nítrico-perclórica (fósforo, potássio, cálcio e magnésio). O nitrogênio foi quantificado

pelo método semi-micro Kjeldahl, fósforo por calorimetria, potássio por fotometria de

emissão de chama e cálcio e magnésio por espectrofotometria de absorção atômica

(TEDESCO, 1999).

Os resultados das análises forneceram as concentrações dos nutrientes e para se

determinar a quantidade destes acumulados em cada fração da planta, foi multiplicada

Page 30: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

30

a concentração pela massa seca da referida fração, de modo que o acúmulo total na

planta foi determinado por meio da soma do acúmulo das frações para cada nutriente.

3.6 DETERMINAÇÕES DOS ÍNDICES DE EFICIÊNCIA DE ABSORÇÃO,

TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO

A partir da massa seca e dos conteúdos de nutrientes nas cultivares de melão

no fim do ciclo, época em que as cultivares apresentaram os máximos acúmulos, foram

calculados os índices de eficiência:

- Eficiência de absorção = (conteúdo total do nutriente na planta)/(massa seca de

raízes), conforme Swiader et al. (1994);

- Eficiência de transporte = ((conteúdo do nutriente na parte aérea)/(conteúdo total

do nutriente na planta)) x 100, de acordo com Li et al. (1991);

- Eficiência de utilização = (massa seca total produzida)2/(conteúdo total do

nutriente na planta), segundo Siddiqi & Glass (1981).

3.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados obtidos no experimento foram submetidos a análise de variância pelo

teste F e, em caso de significância, ao teste de Tukey a 5% de probabilidade,

utilizando-se o software SISVAR v5.3 (FERREIRA, 2007) e análise de regressão com

o software Table Curve 2D v5.01 (JANDEL SCIENTIFIC, 1991).

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31

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 ACÚMULO DE MASSA SECA

Para as características massa seca da parte vegetativa (MSPV), raiz (MSR),

fruto e total (MST), houve efeito significativo da interação época x cultivar (Tabela 1).

Tabela 1 - Resumo da análise de variância das características acúmulo de massa seca

na parte vegetativa (MSPV), raiz (MSR), frutos (MSR) e total (MST) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

F

FV GL MSPV MSR MSF MST

Bloco 3 0,63ns 3,03ns 0,95ns 1,17ns

Cultivar(C) 2 11,85** 37,37** 45,26** 77,65** Epóca (E) 7 729,76** 120,43** 111,46** 834,24** E x C 12 18,54** 1,79* 5,51** 21,06**

CV1 (%)

CV2 (%)

6,38 7,28

9,38 19,29

21,58 22,47

7,62 8,73

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

Para as três cultivares de melão, o crescimento das plantas, expresso pelo

acúmulo de massa seca total (MST) ao longo do ciclo, foi lento até os 21 dias após o

transplantio (DAT), intensificando-se depois. O máximo acúmulo de MST foi

respectivamente de 375,8; 247,9 e 224,3 g planta-1 para as cultivares Goldex,

Caribbean Gold e McLaren, obtidas para a primeira aos 63 DAT e para as demais aos

56 DAT. As três cultivares apresentaram período de maior acúmulo no fim do ciclo

(Figura 2).

Nas raízes, os acúmulos de massa seca foram crescentes até os 56 DAT nas

cultivares Caribbean Gold e McLaren, as quais atingiram as quantidades máximas

acumuladas de 5,1 e 4,4 g planta-1, respectivamente. Já a cultivar Goldex alcançou o

valor máximo, 4,3g planta-1, aos 63 DAT. Estas médias representaram 1,16, 2,05 e

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32

1,95% do total de massa seca acumulada pelas plantas nas cultivares Goldex,

Caribbean Gold e McLaren, respectivamente.

A parte vegetativa (folhas + caules) acumulou massa seca continuamente até o

fim do ciclo, com valores máximos de 129,5; 123,2 e 109,2 g planta-1 para as cultivares

Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente. O acúmulo de massa seca pelos

frutos, determinado a partir dos 28 DAT, foi contínuo até o fim do ciclo, atingindo

valores máximos de 262,1; 130,5 e 102,6 g planta-1 para as cultivares Goldex,

Caribbean Gold e McLaren, respectivamente (Figura 2).

Figura 2 – Acúmulo de Massa seca total (A) na parte vegetativa (B), nas raízes (C) e

nos frutos (D) pelas cultivares de meloeiro Goldex; Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

A B

C D

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33

Observa-se que com a frutificação os incrementos no acúmulo de MSPV nas

cultivares de meloeiro foram menores, com uma tendência de estabilização,

concordando com Prata (1999), Lima (2001), Silva Júnior et al. (2006) e Kano (2010).

Esta alteração de força de dreno na planta, com o ingresso dela no processo

reprodutivo, proporciona maior translocação de carboidratos e outros compostos das

folhas para os frutos, como decorrência da predominância da fase reprodutiva sobre a

fase vegetativa (MARSCHNER, 2002).

No fim do ciclo, a partição de massa seca nas cultivares de meloeiro foi para o

Goldex 1,29% raiz, 25,2% parte vegetativa e 73,51% fruto; Caribbean Gold 0,74%

raiz, 44,92% parte vegetativa e 54,34% fruto e McLaren 0,73% raiz, 42,59% parte

vegetativa e 56,69% fruto (Figura 3).

A produtividade verificada para as três cultivares foi de 40,5 t ha-1, 44,3 t ha-1 e

40,8 t ha-1 para as cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente, o

que foi bastante superior, portanto, à média do Rio Grande do Norte no ano de 2012

(31,1 t ha-1) (IBGE, 2012), sendo que as condições climáticas e fitossanitárias durante

o ciclo de cultivo favoreceram o bom rendimento da cultura.

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34

Figura 3 – Partição de assimilados pelo melão Goldex (A), Caribbean Gold (B) e Mclaren (C) em função dos dias após o transplantio (DAT). Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

A

B

C

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35

4.2 ACÚMULO DE NUTRIENTES

4.2.1 Acúmulo de nitrogênio

Houve efeito significativo da interação época x cultivar para os acúmulos de

nitrogênio na raiz (NR), parte vegetativa (NPV), frutos (NF) e total (NT) (Tabela 2).

Tabela 2 - Resumo da análise de variância das características acúmulo de nitrogênio na

parte vegetativa (NPV), raiz (NR), frutos (NF) e total (NT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

F

FV GL NPV NR NF NT

Bloco 3 0,07ns 1,09ns 7,74ns 5,54ns

Cultivar(C) 2 7,87** 5,48** 207,34** 230,84** Epóca (E) 7 212,35** 101,21** 65,94** 224,85** E x C 12 13,28** 5,95** 2,29** 7,13**

CV1 (%)

CV2 (%)

11,15 11,21

16,13 20,78

9,01 27,93

5,86 16,25

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

O nitrogênio, segundo nutriente mais acumulado na massa seca total da planta

para as três cultivares de meloeiro, atingiu o máximo estimado de 7,6g planta-1 aos 63

DAT para a cultivar Goldex; 6,2 g planta-1 aos 56 DAT para Caribbean Gold e 5,6 g

planta-1 aos 56 DAT para McLaren (Figura 4). Esses valores ficaram próximos aos

obtidos por Silva Júnior et al. (2005) para melão Pele de Sapo (6,8 g planta-1 ), Cortez

(2013) para as cultivares de melão Olimpic Express (5,1 g planta-1) e Iracema (4,6 g

planta-1). As cultivares apresentaram período de maior acúmulo total entre 28 e 35

DAT, para as três cultivares (Figura 4).

Page 36: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

36

Figura 4 – Acúmulo de Nitrogênio total (A) na parte vegetativa (B), nas raízes (C) e nos frutos (D) pelas cultivares de meloeiro Goldex; Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Na parte vegetativa, a cultivar Goldex apresentou acúmulo de nitrogênio

contínuo a partir dos 35 DAT, com máximo estimado de 2,4 g planta-1 (63 DAT),

diferentemente do observado para o Caribbean Gold e McLaren, que alcançaram

máximos aos 43 DAT e acúmulos de 2,7 e 3,0 g planta-1, respectivamente (Figura 4).

Nas raízes, as quantidades de nitrogênio acumuladas foram pequenas, sendo de 0,13

(49 DAT); 0,14 (43 DAT) e 0,11 g planta-1 (56 DAT) para Goldex, Caribbean Gold e

McLaren, respectivamente.

No fruto verificou-se que as cultivares Caribbean gold e McLaren

apresentaram acúmulo de nitrogênio crescente. A cultivar Goldex, por sua vez,

A B

C D

Page 37: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

37

apresentou uma estabilização a partir dos 49 DAT. Os valores máximos foram de 5,1;

4,6 e 3,5 g planta-1 para Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente (Figura

4). Na medida em que os frutos começam a se desenvolver, há um incremento na

absorção de nitrogênio pelas plantas. As folhas são até este estádio o órgão da planta

com maior concentração deste nutriente na massa seca. A partir de então, o nitrogênio

passa gradativamente a se acumular em maior quantidade nos frutos.

Dentre os macronutrientes primários, o nitrogênio tem maior e mais rápido

efeito sobre o crescimento vegetal. Ele tem como função básica promover o

crescimento das plantas, é responsável por sua cor verde escura e, como promove o

desenvolvimento do sistema radicular, melhora a absorção de outros nutrientes do solo.

É extremamente dinâmico, sendo muito afetado por condições de clima e de solo

(SENGIK, 2005). Para o meloeiro, o nitrogênio constitui-se no elemento mais

importante para sua nutrição, influenciando na consistência da polpa, coloração e

formação dos frutos (BHELLA & WILCOX, 1986).

4.2.2 Acúmulo de fósforo

Houve efeito significativo da interação época x cultivar para todas as características

(Tabela 3).

Page 38: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

38

Tabela 3 - Resumo da análise de variância das características acúmulo de fósforo na

parte vegetativa (PPV), raiz (PR), frutos (PF) e total (PT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

F

FV GL PPV PRA PF PT

Bloco 3 0,24ns 0,16ns 2,19ns 3,99ns

Cultivar(C) 2 0,99ns 10,54** 451,76** 597,74** Epóca (E) 7 115,06** 13,17** 38,42** 135,69** E x C 12 11,20** 2,39** 25,28** 50,64**

CV1 (%)

CV2 (%)

19,54 14,48

39,95 44,78

20,15 37,21

12,16 21,26

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

O fósforo foi o terceiro nutriente mais absorvido pela cultivar Goldex e o

quarto pelas cultivares Caribbean Gold e Mclaren. Ele atingiu o máximo estimado de

3,2g planta-1 aos 63 DAT para a cultivar Goldex; 1,2 g planta-1 aos 56 DAT para

Caribbean Gold e 0,8 g planta-1 aos 56 DAT para McLaren. As cultivares apresentaram

período de maior acúmulo total entre 35 e 42 DAT, para a cultivar Goldex, 28 e 35

DAT na cultivar Caribbean Gold e 21 e 28 DAT na cultivar McLaren (Figura 5).

Na parte vegetativa, as cultivares Caribbean gold e McLaren apresentaram

comportamento semelhante, com acúmulo intenso de fósforo até os 42 DAT seguido

de declínio,. As cultivares Caribbean Gold e McLaren alcançaram máximos aos 42 e

40 DAT e acúmulos de 0,5 e 0,5 g planta-1, respectivamente. Para Goldex o

comportamento foi diferente, com acúmulo intenso até os 35 DAT e depois manteve-se

constante, com máximo estimado de 0,5 g planta-1 (63 DAT) (Figura 5). Nas raízes, as

quantidades de fósforo acumuladas foram pequenas, sendo de 0,02 (42 DAT); 0,03 (56

DAT) e 0,02 g planta-1 (39 DAT) para Goldex, Caribbean Gold e McLaren,

respectivamente (Figura 5).

Para o acúmulo de fósforo no fruto, verificou-se que as cultivares Caribbean

Gold e McLaren apresentaram um acúmulo de potássio crescente, atingindo o máximo

Page 39: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

39

acúmulo aos 56 DAT, enquanto a cultivar Goldex teve acúmulo máximo aos 53 DAT,

seguido de um declínio. Os valores máximos foram de 2,9; 0,8 e 0,5 g planta-1 para as

cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente (Figura 5).

Figura 5 – Acúmulo de Fósforo total (A) na parte vegetativa (B), nas raízes (C) e nos

frutos (D) pelas cultivares de meloeiro Goldex; Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Dentre os macronutrientes, o fósforo também merece atenção, pois tem

importante função no metabolismo e no crescimento das plantas (MOURA et al. 2001).

A concentração de fósforo inorgânico nos tecidos da planta interfere em vários

processos metabólicos, dentre os quais a fotossíntese, que é reduzida, quando em

baixas concentrações, pela diminuição na atividade de várias enzimas do ciclo de

A B

C D

Page 40: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

40

Calvin, principalmente a atividade da ribulose-5- fosfatocinase, e, consequentemente, a

regeneração da ribulose bisfosfato (RuBP) (TERRY & RAO, 1991). Por outro lado,

altas concentrações de fósforo inorgânico também reduzem a fotossíntese, pois a

exportação excessiva de triose-P para o citossol influencia a regeneração da RuBP, que

é aceptor de CO2 (MARSCHNER, 2002).

Na cultura do melão, o fósforo é considerado grande promotor da produção e

qualidade dos frutos. Sua eficiência é atribuída ao aumento do número de frutos

(PRABHAKAR et al., 1985), e, conforme Srinivas & Prabhakar (1984) e Brito et al.

(2000), o fósforo também influencia o teor de sólidos solúveis dos frutos.

A cultivar Goldex apresentou maior acúmulo de fósforo, sendo seu acúmulo

quatro vezes superior ao acúmulo da cultivar McLaren. Estes maiores valores podem

estar associados ao maior acúmulo de massa seca.

Prata (1999), trabalhando com os híbridos Shipper, Durango, MAH-MI, Gold

Pride e Gália, observou um acúmulo de 10,1, 9,6, 5,7, 4,5 e 4,0 kg ha-1 de fósforo para

12.500 plantas ha-1, resultados inferiores aos observados neste trabalho.

Os valores desse nutriente extraídos do solo pelas plantas são geralmente

baixos, principalmente quando comparados ao nitrogênio e potássio. Entretanto, apesar

dessa baixa exigência, os teores desse nutriente na solução do solo, bem como a

velocidade do seu restabelecimento nela, não são suficientes para atender as

necessidades das culturas, consequentemente, nas adubações é o fósforo que entra em

maiores proporções (COUTINHO et al., 2007).

Assim como o nitrogênio, com o surgimento dos frutos, o fósforo passa a se

acumular gradativamente nos frutos, comprovando que se trata de drenos preferenciais

da planta.

Page 41: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

41

4.2.3 Acúmulo de potássio

Para todas as características, houve efeito significativo da interação época x

cultivar (Tabela 4).

Tabela 4 - Resumo da análise de variância das características acúmulo de potássio na parte vegetativa (KPV), raiz (KR), frutos (KF) e total (KT) pelo meloeiro.

Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

F

FV GL KPA KRA KFR KT

Bloco 3 1,85ns 1,25ns 1,13ns 1,89ns Cultivar(C) 2 9,22** 63,38** 83,19** 32,97**

Epóca (E) 7 129,36** 45,81** 145,78** 482,52** E x C 12 10,69** 6,41** 7,42** 19,27**

CV1 (%)

CV2 (%)

11,00 14,11

16,02 21,01

13,05 18,95

9,10 10,59

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

O potássio foi o nutriente mais absorvido pelas três cultivares de melão,

atingindo o máximo estimado total de 12,5g planta-1 aos 56 DAT para a cultivar

Goldex, e 10,6g planta-1 aos 56 DAT na cultivar Caribbean Gold. As cultivares

apresentaram alto acúmulo entre os 21 e 42 DAT, acumulando nesse período 7,57;

7,62 e 5,25 g planta-1 nas cultivares goldex, Caribbean Gold e McLaren,

respectivamente,seguido de estabilização. Enquanto a cultivar McLaren apresentou

acúmulo com tendência sempre crescente, com acúmulo máximo de 11,3 g planta-1. As

cultivares apresentaram período de maior acúmulo entre 35 e 42 DAT para Goldex, e

para Caribbean Gold e McLaren 28 e 35 DAT.

Na parte vegetativa, as cultivares Caribean Gold e McLaren apresentaram

comportamento semelhante, com intenso acúmulo de potássio e apartir dos 35 DAT

apresentou um estabilização, com máximo estimado de 3,7 g planta-1 e 4,0 g planta-1

Page 42: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

42

aos 56 DAT, respectivamente, já a cultivar Goldex alcançou máximo aos 45 DAT e

acúmulo de 4,3 g planta-1, seguida de um declínio (Figura 6).

Nas raízes, as quantidades de potássio acumuladas foram pequenas, sendo de

0,04 (39 DAT), 0,06 (41 DAT) e 0,05 g planta-1 (56 DAT) para Goldex, Caribbean

Gold e McLaren, respectivamente.

Para o acúmulo de potássio no fruto, verificou-se que as três cultivares

apresentaram acúmulo crescente de potássio, atingindo o máximo acúmulo aos 56

DAT. Os valores máximos foram de 9,4; 7,6 e 6,2 g planta-1 para as cultivares Goldex,

Caribbean Gold e McLaren, respectivamente (Figura 6).

Figura 6 – Acúmulo de Potássio total (A) na parte vegetativa (B), nas raízes (C) e nos

frutos (D) pelas cultivares de meloeiro Goldex; Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

A B

C D

Page 43: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

43

Verificou-se, assim como para nitrogênio e fósforo, que os frutos foram os

maiores acumuladores de potássio, apresentando aproximadamente 75, 71 e 55% do

total absorvido pela planta para as cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren,

respectivamente. Embora não faça parte de nenhum composto orgânico, o potássio

desempenha importantes funções na planta, como na fotossíntese, ativação enzimática,

síntese de proteínas e transporte de carboidratos, dentre outros sendo fundamental,

portanto, ao crescimento e produção da planta (MARSCHNER, 2002; TAIZ; ZEIGER,

2004).

O potássio influencia as características qualitativas do melão, pois é

indispensável para a formação e amadurecimento dos frutos e para o aumento de sua

textura (FILGUEIRA, 2003). Este nutriente tem papel relevante no rendimento do

melão, mas seu excesso pode causar desenvolvimento vegetativo de pouco vigor,

frutos de menor massa média e maturação prematura, diminuindo a assimilação de

fósforo (HARIPRAKASA; SRINIVAS, 1990; PINTO et al., 1996).

Observa-se na Figura 6 que não houve diferença no acúmulo de potássio total

absorvido entre as cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren até aos 28 DAT, e

após esse período a cultivar Goldex foi superior, aumentando a diferença até o fim do

cultivo. Esse comportamento é semelhante ao obtido com o acúmulo de nitrogênio e

fósforo total, com o maior acúmulo no fruto proporcionando essa diferença.

Medeiros et al (2008), estudando o acúmulo de nutrientes pelo meloeiro

irrigado com água salina, obteve, para a cultivar Orange Fresh e o híbrido Trust, o

conteúdo máximo de potássio de 13,7 e 10,1 g planta-1, respectivamente. Tendo a

cultivar Orange Fresh apresentado acúmulo superior aos obtidos nesse trabalho ao

passo que o hibrido Trust apresentou resultados inferiores.

Page 44: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

44

4.2.4 Acúmulo de cálcio

Para todas as características, houve efeito significativo da interação época x

cultivar (Tabela 5).

Tabela 5 – Resumo da análise de variância das características acúmulo de cálcio na

parte vegetativa (CaPV), raiz (CaR), frutos (CaF) e total (CaT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

F

FV GL CaPA CaRA CaFR CaT

Bloco 3 3,16ns 0,22ns 0,27ns 3,41ns

Cultivar(C) 2 43,21** 4,36** 15,75** 75,42** Epóca (E) 7 212,54** 80,00** 32,70** 269,52** E x C 12 13,38** 9,49** 6,71** 16,63**

CV1 (%)

CV2 (%)

10,66 17,03

23,99 23,32

47,27 37,97

10,10 15,59

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

O cálcio foi o terceiro nutriente mais absorvido na massa seca das plantas pelas

cultivares Caribbean Gold e McLaren e o quarto pelo cultivar Goldex, que atingiu o

máximo estimado de 3,1 g planta-1 aos 63 DAT. As cultivares Caribbean Gold e

McLaren atingiram máximo de 2,8 e 1,9 g planta-1 aos 56 DAT. As cultivares

apresentaram período de maior acúmulo total entre 28 e 35 DAT para as três cultivares

Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente.

Na parte vegetativa, as cultivares Goldex e McLaren apresentaram

comportamento semelhante, com acúmulo contínuo de cálcio até os 42 DAT, seguido

de estabilização, com máximo estimado de 2,51 g planta-1 e 1,72 g planta-1 aos 63 e 56

DAT, respectivamente. Já Caribbean Gold, por sua vez, alcançou máximo aos 45 DAT

e acúmulo de 2,94 g planta-1 (Figura 6). Nas raízes, as quantidades de cálcio

Page 45: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

45

acumuladas foram pequenas, sendo de 0,03 (52 DAT), 0,03 (45 DAT) e 0,03 g planta-1

(56 DAT) para Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente.

Para o acúmulo de cálcio no fruto, verificou-se que as cultivares Goldex

apresentou acúmulo sempre crescente até o final do ciclo e aMcLaren apresentaram um

acúmulo de cálcio crescente até os 49 DAT, seguida de estabilização. Ambas as

cultivares atingindo o máximo acúmulo aos 56 DAT, enquanto a cultivar Caribbean

Gold atingiu o máximo acúmulo de cálcio aos 48 DAT, seguido por um pequeno

declínio. Os valores máximos foram de 0,6; 0,5 e 0,3 g planta-1 para as cultivares

Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente (Figura 7).

Figura 7 – Acúmulo de cálcio total (A) na parte vegetativa (B), nas raízes (C) e nos

frutos (D) pelas cultivares de meloeiro Goldex; Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

A B

C D

Page 46: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

46

Ao longo do ciclo a cultivar Goldex se mostrou superior às cultivares

Caribbean gold e McLaren quanto ao acúmulo de cálcio (Tabela 5A).

O cálcio é um dos mais importantes nutrientes, estando associado à formação

de flores perfeitas, à qualidade do fruto e à produtividade (TRANI et al., 1993). Ele

também é muito importante no desenvolvimento das raízes, sendo um nutriente

necessário na translocação e armazenamento de carboidratos e proteínas (SENGIK,

2005).

Diferentemente do nitrogênio, fósforo e potássio, a parte vegetativa (folhas +

caules) acumulou maior quantidade de cálcio do que a parte reprodutiva (frutos).

Comportamento semelhante foi observado por Fayad et al. (2002) e Villas Bôas et al.

(2002) em tomate, por Fontes et al. (2005) e Negreiros et al. (2009) em pimentão. O

padrão de distribuição do Ca em favor da parte vegetativa é, portanto, consequência de

este ser transportado quase exclusivamente pelo xilema e conduzido principalmente

pela corrente transpiratória (GRANGEIRO et al., 2005).

Outro fator que pode agravar esta situação é a competição entre potássio e

cálcio que ocorre também dentro da planta (MALAVOLTA et al., 1997). O maior

fluxo de potássio para o fruto de melão concorre para diminuir a presença de cálcio.

Resultado semelhante foi verificado em outras hortaliças, como tomate

(GARGANTINI & BLANCO, 1963) e morango (SOUZA, 1976).

4.2.5 Acúmulo de magnésio

Para todas as características, houve efeito significativo da interação época x

cultivar (Tabela 6).

Page 47: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

47

Tabela 6 – Resumo da análise de variância das características acúmulo de magnésio na

parte vegetativa (MgPV), raiz (MgR), frutos (MgF) e total (MgT) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

F

FV GL MgPV MgR MgF MgT

Bloco 3 3,12ns 0,35ns 1,55ns 4,88ns

Cultivar(C) 2 13,19** 1,77* 9,99** 40,06** Epóca (E) 7 185,94** 59,85** 19,04** 214,65** E x C 12 10,16** 6,14** 4,57** 12,58**

CV1 (%)

CV2 (%)

15,49 17,65

43,51 28,69

61,14 45,23

14,37 17,52

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

O magnésio foi o nutriente menos absorvido pelas três cultivares de melão, as

cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren atingiram o máximo acúmulo de

magnésio estimado de 0,7 g planta-1, 0,6 g planta-1 e 0,6 g planta-1aos 63, 44 e 49 DAT,

respectivamente. As cultivares apresentaram período de maior acúmulo entre 28 e 35

DAT para as três cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente

(Figura 8).

Na parte vegetativa, a cultivar Goldex apresentou comportamento com

acúmulo de magnésio contínuo ao longo do ciclo, com máximo estimado de 0,5 g

planta-1 aos 63 DAT, já as cultivares Caribbean Gold e McLaren alcançaram máximo

aos 39 e 48 DAT e acúmulo de 0,5 e 0,4 g planta-1, respectivamente (Figura 8). Nas

raízes, as quantidades de magnésio acumuladas foram pequenas, sendo de 0,004 (52

DAT); 0,005 (45 DAT) e 0,004 g planta-1 (45,56 e 56 DAT) para Goldex, Caribbean

Gold e McLaren, respectivamente.

Para o acúmulo de magnésio no fruto, verificou-se que a cultivar Goldex

atingiu máximo acúmulo de magnésio aos 52 DAT, seguido de um pequeno declínio.

Já as culivares caribbean Gold e McLaren apresentaram acúmulo crescente de

magnésio até os 49 DAT e seguida houve uma estabilização no acúmulo, atingindo o

Page 48: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

48

máximo acúmulo aos 56 DAT. Os valores máximos foram de 0,2; 0,2 e 0,1 g planta-1

para as cultivares Goldex, Caribbean Gold e McLaren, respectivamente (Figura 8).

Figura 8 – Acúmulo de Magnésio total (A) na parte vegetativa (B), nas raízes (C) e nos frutos (D) pelas cultivares de meloeiro Goldex; Caribbean Gold e McLaren.

Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

As cultivares Caribbean Gold e McLaren apresentaram acúmulo máximo de

magnésio total aos 44 e 49 DAT, respectivamente, seguindo-se um pequeno declínio.

Já a cultivar Goldex apresentou comportamento diferente, onde a partir dos 49 DAT

houve uma estabilização do acúmulo de magnésio.

Embora em menores quantidades do que o cálcio, o magnésio também se

acumula preferencialmente na parte vegetativa. Fato semelhante foi observado em

A B

C D

Page 49: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

49

tomate por Fayad et al. (2002) e em outras hortaliças, como pimentão (FONTES et al.,

2005) e melancia (GRANGEIRO & CECÍLIO FILHO, 2005). A maior acumulação

deste nutriente na parte vegetativa pode se dar em virtude de ele fazer parte da

molécula de clorofila.

4.3 EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES

No momento da colheita, 63 dias após o transplantio, para a cultivar Goldex,

os frutos correspondiam a 70% da massa seca da planta. Do total dos nutrientes

acumulados pelo meloeiro, os frutos participaram com 67% do N, 58% do P, 75% do

K, 19% do Ca e 32% do Mg. Nas cultivares Caribbean Gold e McLaren, a colheita

ocorreu aos 56 DAT, momento em que os frutos correspondiam a 53 e 47% da massa

seca, respectivamente. Para Caribbean Gold, os frutos participaram com 76% do N,

64% do P, 71% do K, 20% do Ca e 41% do Mg. Na cultivar McLaren os frutos

participaram com 62% do N, 67% do P, 55% do K, 13% do Ca e 20% do Mg. Os

nutrientes N, P e K, portanto, acumulam-se preferencialmente nos frutos, ao passo que

Ca e Mg se acumulam na parte vegetativa. As quantidades totais de N, P, K, Ca e Mg

exportadas pelos frutos foram respectivamente 84,5; 30,8; 156,9; 9,8; e 3,5 kg ha-1 para

a cultivar Goldex; para a cultivar Caribbean Gold foram respectivamente de 76,3;

12,67; 126,5; 9,3e 2,8 kg ha-1 e para a cultiva McLaren foram de 58,3; 8,3; 103,8; 4,2 e

1,7 kg ha-1 respectivamente. As quantidades de macronutrientes exportadas pelos

frutos, portanto, representam importante componente de perdas de nutrientes do solo,

que deverão ser restituídos, ao passo que os nutrientes contidos na parte aérea podem

ser incorporados ao solo dentro de um programa de reaproveitamento de restos

culturais.

O conhecimento das curvas de crescimento e de extração de nutrientes pela

cultura é de fundamental importância para se planejar o parcelamento das doses dos

nutrientes a serem aplicadas. Com o uso de fertirrigação, torna-se fácil a adaptação das

Page 50: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

50

quantidades e concentrações dos nutrientes específicos exigidos pelas culturas em cada

fase de desenvolvimento.

Lima (2001), trabalhando com oito híbridos de melão (Gold Mine, Goldex

Pride, Yellow King, Orange Fresh, Hy Mark, Trusty, Mission e Matisse), encontrou os

seguintes valores médios de extração de N, P, K, Ca e Mg, para os híbridos estudados:

103,45; 23,05; 80,59, 76,33 e 17,83 kg ha-1, respectivamente. Prata (1999) obteve nos

híbridos Mahmi, Gold Pride, Gália, Durango e Shipper, em média, exportação de

nutrientes na seguinte ordem Ca > K > N > Mg > P, respectivamente, para os

macronutrientes.

Nos experimentos de Belfort (1985), Prata (1999) e Lima (2001) , os nutrientes

extraídos pelo meloeiro representaram em média 8, 13, 8 e 15% da matéria seca

acumulada, respectivamente. Essas observações revelam que o meloeiro é uma planta

que acumula altas quantidades de nutrientes na matéria seca comparativamente com a

média das outras culturas, necessitando de grandes quantidades de fertilizantes para

que se possa ter uma nutrição adequada da cultura.

Quantitativamente, a sequência dos nutrientes extraídos foi: K > N > P > Ca >

Mg para a cultivar Goldex, e para as demais foi K>N>Ca>P>Mg. Nos resultados

apresentados por Prata (1999) para diversos híbridos de meloeiro, a sequência de

extração foi Ca > K > N > Mg > P; no trabalho de Lima (2001), a sequência em

diversos híbridos foi: N > K > Ca > P > Mg; já em Duarte (2002), a sequência

apresentada foi: K > N > Ca > Mg > P. Em condições de casa de vegetação para o

híbrido Bônus, Kano (2002) encontrou: K > N > Ca > Mg > P.

Desta forma, observa-se que o nitrogênio, o potássio e o cálcio, são os

nutrientes mais exigidos pelo meloeiro, sendo a necessidade de cada um variável de

acordo com as condições em que se deu a pesquisa.

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51

4.4 ÍNDICES DE EFICIÊNCIA

4.4.1 Eficiência de absorção

Houve efeito significativo das cultivares para a eficiência de absorção de

nitrogênio (AN), fósforo (AP), potássio (AK) e magnésio (AMg). Somente a eficiência

de absorção de cálcio (ACa) apresentou efeito não significativo (Tabela 7).

Tabela 7 – Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio (AN), fósforo (AP), potássio (AK), cálcio (ACa) e magnésio (AMg) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

AN AP AK ACa AMg

FV GL F

Repetição 3 1,073ns 3,411ns 1,394ns 0,414ns 2,339ns Cultivar 2 5,343* 5,663* 7,860* 4,478ns 27,092** Erro 6 1326768,1 5134,2 3004473,96 93104,1 977,9

CV (%) 37,48 23,18 32,57 35,75 23,45 ** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

Há uma tendência de maior eficiência de absorção de nitrogênio pela cultivar

McLaren, assim como também há uma tendência de maior eficiência de absorção de

fósforo e cálcio pela cultivar Caribbean Gold; entretanto, não foram verificadas

diferenças, pelo teste de Tukey, entre as cultivares para essas características (Tabela 7).

Quanto à eficiência de absorção de potássio, verificou-se que a cultivar

McLaren foi a que apresentou maior índice de absorção, não diferindo estatisticamente

da Caribbean Gold. Para o magnésio, a cultivar Goldex apresentou o menor índice de

eficiência de absorção, as demais cultivares não diferiram entre si. Analisando a

eficiência de absorção dos nutrientes estudados, pode-se concluir que a cultivar Goldex

apresentou menores índices de absorção. As demais cultivares apresentam resultados

semelhantes entre elas.

Page 52: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

52

Esse comportamento da cultivar Goldex difere do esperado, pelo fato de esta

ter apresentado menor acúmulo de massa seca nas raízes. No entanto, resultados

obtidos por Horst et al. (1993) e Föehse et al. (1991) reforçam o fato de que, além da

matéria seca de raiz produzida, outras características, como a morfologia e os

parâmetros cinéticos de absorção, são fundamentais para a aquisição de nutrientes.

Entretanto, existem dificuldades de avaliar esses parâmetros quando se utiliza o solo

como substrato.

Tabela 8 - Valores médios da eficiência de absorção dos nutrientes das cultivares de melão. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Cultivar N P K Ca Mg

Goldex

----------------------mg nutriente / g massa seca de raízes-----------------------

1537,29a 261,30a 2615,98b 497,15a 39,77b

Caribbean

Gold

3790,07a 407,53a 6031,58ab 1126,39a 187,36a

McLaren 3892,50a 258,45a 7317,36a 937,07a 173,02a Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si estatisticamente ao nível de 5% pelo teste de Tukey.

O nitrogênio e o potássio foram os nutrientes que apresentaram maiores índices

de absorção pelas cultivares de melão. É conhecida a importância do nitrogênio como

constituinte essencial dos aminoácidos, principais integrantes de proteínas, além da sua

atuação na divisão celular e na produção de clorofila. Por sua vez, o potássio atua em

processos osmóticos, na síntese de proteínas, na manutenção da estabilidade e

permeabilidade das membranas e no controle do pH (MALAVOLTA et al., 1997;

MARSCHNER, 2002).

Essas funções de ambos os nutrientes podem explicar a exigência da planta,

principalmente na fase inicial de desenvolvimento, quando se encontra em intensa

atividade metabólica. Resultados semelhantes foram encontrados por Rozane (2007)

que, estudando a exigência nutricional de porta-enxertos de caramboleira cultivados

em quatro diferentes soluções nutritivas, verificou que independentemente da solução

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53

nutritiva o nitrogênio e o potássio foram os nutrientes mais exigidos na fase inicial da

planta.

Com isso, observa-se que a eficiência de absorção dos nutrientes apresenta o

mesmo comportamento do acúmulo dos nutrientes pelo melão quanto aos nutrientes

mais absorvidos.

4.4.2 Eficiência de transporte

Houve efeito significativo das cultivares para a eficiência de transporte de

fósforo (TP), potássio (TK), cálcio (TCa) e magnésio (TMg). A eficiência de transporte

de nitrogênio (TN) foi não significativa (Tabela 9).

Tabela 9 – Resumo da análise de variância das características eficiência de transporte de nitrogênio (TN), fósforo (TP), potássio (TK), cálcio (TCa) e magnésio (TMg) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

TN TP TK TCa TMg

FV GL F

Repetição 3 0,176ns 0,775ns 0,733ns 0,622ns 3,043ns Cultivar 2 0,925ns 81,249** 37,790** 86,491** 9,210** Erro 6 25,59 23,96 10,99 4,59 31,30

CV (%) 18,75 13,53 11,16 2,53 8,00 ** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05).

ns não significativo.

Para a eficiência de transporte de fósforo, potássio e cálcio, as cultivares

Caribbean Gold e McLaren se mostraram superiores a cultivar Goldex, não

apresentando diferença entre si. Para eficiência de transporte de nitrogênio, não houve

diferença estatística entre as cultivares. Na absorção de magnésio, a cultivar superior

foi a Caribbean Gold e as demais não diferiram entre si (Tabela 10).

Page 54: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

54

Tabela 10 – Valores médios da eficiência de transporte dos nutrientes das cultivares de

melão. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Cultivar N P K Ca Mg

Goldex

---------------------------------------%---------------------------------------- 24,95a 10,74b 18,56b 73,42b 66,37b

Caribbean

Gold

26,32a 47,81ª 38,56a 92,29a 79,62a

McLaren 29,68a 50,01ª 31,96a 88,46a 63,79b Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si estatisticamente ao nível de 5% pelo

teste de Tukey.

Considerando-se a eficiência de transporte como a capacidade da planta em

transportar os nutrientes das raízes para a parte aérea, verificou-se que o cálcio foi o

nutriente que obteve os maiores índices, nas três cultivares estudadas (Tabela 10).

Relatos semelhantes a este foram feitos em tomate (BEHLING et al., 1989) e

carambola (ROZANE et al., 2007), para os quais o nutriente que apresentou maior

eficiência de transporte foi o cálcio, o que foi atribuído às altas concentrações desse

nutriente insolúvel nos tecidos da parte aérea da planta.

Já em trabalho realizado por Godim et al. (2010), estudando o efeito da

omissão de macronutrientes na eficiência nutricional do cultivar de milho BRS 1030

em solução nutritiva, verificou-se que o potássio foi o nutriente que obteve os maiores

índices, independentemente do tratamento empregado.

A eficiência de transporte é controlada pela capacidade do solo ou sistema de

cultivo em suprir os nutrientes e pela capacidade das plantas para absorver, utilizar e

remover os nutrientes. Esses fatores variam em função dos solos, tipo de

genótipo/cultivares de várias espécies, bem como com as condições climáticas,

envolvendo um sincronismo no sistema solo-planta-raiz (BALIGAR & FAGERIA,

1997).

Também se deve considerar que o movimento de nutrientes dentro de plantas

cultivadas em condições de deficiência nutricional pode ser diferente do observado em

plantas sob condições ideais de crescimento.

Page 55: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

55

4.4.3 Eficiência de utilização

Houve efeito significativo das cultivares para eficiência de utilização de

nitrogênio (UN), potássio (UK), cálcio (UCa) e magnésio (UMg). Somente a eficiência

de utilização de fósforo (UP) foi não significativa (Tabela 11).

Tabela 11 – Resumo da análise de variância das características eficiência de utilização de nitrogênio (UN), fósforo (UP), potássio (UK), cálcio (UCa) e magnésio (UMg) pelo meloeiro. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Características Avaliadas

UN UP UK UCa UMg

FV GL F

Repetição 3 0,869ns 0,199ns 0,393ns 1,173ns 0,733ns Cultivar 2 13,246** 1,131ns 26,143** 10,590** 22,631** Erro 6 9484439,1 989861467,5 1710694,2 61916103,4 15500425,9

CV (%) 27,27 31,77 20,02 21,01 36,53 ** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p<0,01). * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05). ns não significativo.

Como no presente trabalho ofereceu-se o melhor ambiente possível às plantas,

sem estresse fisiológico e/ou falta de nutrientes, era esperado que não houvesse

grandes diferenças entre as cultivares. No entanto, para os índices de eficiência de

utilização de nitrogênio, potássio, cálcio e magnésio, a cultivar Goldex foi superior a

Caribbean Gold e McLaren, as quais não diferiram entre si. Somente na eficiência de

utilização de fósforo não foi verificada diferença entre as cultivares (Tabela 12).

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56

Tabela 12 - Valores médios da eficiência de utilização dos nutrientes das cultivares de

melão. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

Cultivar N P K Ca Mg

Goldex

----------(massa seca²) g/mg acúmulo da planta inteira (parte aérea + raiz)------------

17736,55a 110427,2a 10280,60a 52230,13a 682625,48a

Caribbean

Gold

8611,9b 79838,15a 5457,80b 29688,33b 178867,23b

McLaren 7537,05b 106868,80a 3857,05b 30439,63b 161006,90b Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si estatisticamente ao nível de 5% pelo

teste de Tukey

A cultivar Goldex foi apresentou maior eficiência de utilização para todos os

nutrientes estudados, o que pode ser explicado pelo fato de essa cultivar ter

apresentado elevada produção de massa seca. Balemi & Schenk (2009), estudando a

eficiência de utilização de fósforo em genótipos de batata, constataram diferenças entre

os genótipos de batata quanto à eficiência de utilização de fósforo, de modo que

aqueles com maior eficiência de utilização apresentam maior produção de massa seca

da parte aérea.

Quanto à eficiência de utilização do nitrogênio, a cultivar Goldex se mostrou

bastante superior, o que pode ter contribuído para que essa cultivar tenha obtido maior

produção de massa seca. Resultados semelhantes foram obtidos na cultura do arroz,

sendo que a diferenciação das linhagens de arroz ocorreu principalmente devido à

maior capacidade de utilização do nitrogênio, o que promoveu variação na produção de

massa seca total das plantas (FURLANI et al., 1986). Isso ocorre pelo fato de que

cultivares altamente eficientes na utilização de nutrientes podem ser mais produtivas

ou apresentar maior conservação dos nutrientes em biomassa, em virtude do rápido

transporte no xilema e rápida assimilação e/ou grande capacidade de ciclagem interna

(GRAHAM, 1984).

No presente trabalho, verificou-se que o nutriente que apresentou maior índice

de eficiência de utilização foi o magnésio, seguido do fósforo, cálcio, nitrogênio e

potássio. Com isso, conclui-se que os nutrientes mais absorvidos pelas plantas

Page 57: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

57

apresentaram menores índices de eficiência de utilização. De acordo com Bridgham et

al. (1995) e Silva et al. (1996), a eficiência de utilização diminui com o aumento da

disponibilidade do nutriente no substrato, de vez que, nesta condição, a produção de

biomassa pelas plantas não sofre incremento na mesma proporção que a absorção e

acúmulo do nutriente nos tecidos, havendo, neste caso, um declínio na utilização

interna do nutriente para a produção de biomassa (SIDDIQI & GLASS, 1981).

Resultados que mostram isso são os de Godim et al. (2010), os quais,

estudando o efeito da omissão de macronutrientes na eficiência nutricional da cultivar

de milho BRS 1030 em solução nutritiva, verificaram maior eficiência de utilização de

P, Ca, Mg e S nos tratamentos com omissão destes nutrientes, comparando-se com o

tratamento completo, podendo-se observar que os tratamentos com omissão de P, Ca,

Mg e S apresentaram valores médios de 3235,83; 1757,75; 5112,04 e 3277,66,

superiores aos apresentados no tratamento completo para os mesmos nutrientes, de

1813,05; 1431,92; 1620,64 e 2194,08, respectivamente.

Page 58: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

58

5 CONCLUSÕES

- Os nutrientes mais acumulados pelas plantas na ordem de grandeza foram: K > N > P

> Ca > Mg, para a cultivar Goldex e para as cultivares Caribbean Gold McLaren

foram K>N>Ca>P>Mg.

- Para as três cultivares de melão Goldex, Caribbean Gold e McLaren, o crescimento

da planta, expresso pelo acúmulo de massa seca ao longo do ciclo, foi lento até os 21

DAT.

- A eficiência de absorção dos nutrientes apresenta o mesmo comportamento do

acúmulo dos nutrientes pelo melão quanto aos nutrientes mais absorvidos.

- A cultivar Goldex apresentou menor eficiência de absorção e transporte, porém maior

eficiência de utilização para todos os nutrientes estudados.

Page 59: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

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69

APÊNDICE

Page 70: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

70

Tabela 1A - Valores médios do acúmulo de massa seca total (NT) na parte vegetativa

(NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1, para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex, Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

CULTIVAR MST (g planta

-1)

14 DAT 21 DAT 28 DAT 35 DAT 42 DAT 49 DAT 56 DAT

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

10,04a

7,17a

8,00a

29,19a

26,81a

34,46a

68,56b

69,42b

103,19a

151,47b

189,56a

108,50c

221,17a

196,27b

132,41c

259,39a

245,37a

190,06b

294,73a

259,52b

232,64c

MSPV (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

9,67a

6,81a

7,26a

28,47a

25,78a

33,11a

63,03b

61,34b

92,018a

83,50b

115,37a

75,18b

106,95b

117,59a

91,53c

120,91a

117,83a

114,41a

119,56a

126,07a

117,71a

MSR (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,25a

0,25a

0,50a

0,75a

1,027a

1,00a

2,00a

2,00a

2,500a

3,75b

4,75a

4,00ab

3,50b

4,50a

3,00b

3,75b

4,75a

3,88ab

4,50b

5,50a

4,85ab

MSF (g planta-1

)

Goldex - - 3,67a 64,46a 110,73a 134,98a 190,74a

Caribbean

Gold

McLaren

-

-

-

-

5,75a

8,65a

62,16a

27,31b

73,99b

37,77c

124,40a

71,76b

125,57b

110,09b

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Page 71: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

71

Tabela 2A - Valores médios do acúmulo de nitrogênio total (NT) na parte vegetativa

(NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1, para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex, Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

CULTIVAR NT (g planta

-1)

14 DAT 21 DAT 28 DAT 35 DAT 42 DAT 49 DAT 56 DAT

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,48a

0,33a

0,34a

0,59a

0,61a

0,94a

2,06a

1,85a

2,56a

4,93a

5,16a

2,85b

6,23a

5,10b

3,28c

7,32a

6,19b

4,75c

7,39a

6,72ab

5,89b

NPV (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,47a

0,33a

0,33a

0,58b

0,58b

0,91a

1,92a

1,57a

2,17a

2,37b

2,79a

1,56c

2,29a

2,53a

1,85b

2,32a

1,77b

1,93b

2,29a

1,99a

2,13a

NR (g planta-1

)

Goldex 0,0105a 0,01a 0,05b 0,11b 0,10b 0,12a 0,09a

0,09a

0,10a

Caribbean

Gold

McLaren

0,0049a

0,0037a

0,03a

0,03a

0,05b

0,10a

0,14ab

0,15a

0,14a

0,092b

0,12a

0,08b

NF (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

-

-

-

-

-

-

0,09a

0,23a

0,30a

2,45a

2,23ab

1,15b

3,83a

2,42b

1,34b

4,88a

4,29a

2,74b

5,58a

4,55ab

3,66b

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade.

Page 72: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

72

Tabela 3A – Valores médios do acúmulo de fósforo total (NT) na parte vegetativa

(NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1, para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro: Goldex, Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

CULTIVAR PT (g planta

-1)

14 DAT 21 DAT 28 DAT 35 DAT 42 DAT 49 DAT 56 DAT

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,08a

0,05a

0,05a

0,24a

0,17a

0,25a

0,40a

0,41a

0,71a

0,91ab

1,09a

0,68b

2,76a

1,07b

0,66c

2,49a

1,12b

0,90b

3,22a

0,77b

0,44c

PPV (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,08a

0,05a

0,05a

0,24a

0,16a

0,24a

0,37b

0,36b

0,63a

0,43b

0,53a

0,43b

0,51a

0,48ab

0,39b

0,45a

0,37a

0,43a

0,44a

0,39a

0,249b

PR (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,0022a

0,0038a

0,0033a

0,0041a

0,0076a

0,0086a

0,0096a

0,0098a

0,0172a

0,0144a

0,0185a

0,0212a

0,0187ab

0,0224a

0,0122b

0,0068a

0,0146a

0,0143a

0,0070b

0,0264a

0,0197a

PF (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

-

-

-

-

-

-

0,02a

0,04a

0,06a

0,47a

0,55a

0,22a

2,24a

0,57b

0,26b

2,03a

0,73b

0,45b

3,07a

0,34b

0,17b

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Page 73: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

73

Tabela 4A - Valores médios do acúmulo de potássio total (NT) na parte vegetativa

(NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1, para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex, Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

CULTIVAR KT (g planta

-1)

14 DAT 21 DAT 28 DAT 35 DAT 42 DAT 49 DAT 56 DAT

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,50a

0,43a

0,50a

2,02a

1,60a

2,18a

3,46b

3,86b

5,69a

6,75b

8,12a

3,60c

9,11a

8,92a

5,20b

11,54a

10,57a

8,57b

11,20a

10,81a

11,53a

KPV (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,50a

0,41a

0,48a

2,02a

1,57a

2,15a

3,36b

3,75b

5,51a

3,03b

3,79a

2,20c

2,97a

3,57a

3,03a

4,46a

3,54b

3,99ab

3,21b

4,66a

4,78a

KR (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,0027b

0,0205a

0,0148ab

0,0047b

0,0294a

0,0317a

0,0282b

0,0291b

0,0484a

0,0405b

0,0669a

0,0472b

0,0410b

0,0670a

0,0551a

0,0361b

0,0541a

0,0281b

0,0323b

0,0347b

0,0536a

KF (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

-

-

-

-

-

-

0,07a

0,07a

0,13a

3,68a

3,68a

1,35b

6,09a

5,29a

2,12b

7,05a

6,98a

4,55b

8,83a

5,99b

6,69b

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade.

Page 74: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

74

Tabela 5A – Valores médios do acúmulo de cálcio total (NT) na parte vegetativa

(NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1, para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex, Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

CULTIVAR CaT (g planta

-1)

14 DAT 21 DAT 28 DAT 35 DAT 42 DAT 49 DAT 56 DAT

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,05a

0,07a

0,05a

0,31a

0,26a

0,19a

0,51b

0,37b

1,05a

1,75b

2,88a

1,29c

2,44a

2,34a

1,54b

2,79a

2,45a

2,03b

2,94a

2,21b

1,74c

CaPV (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,05a

0,07a

0,04a

0,31a

0,26a

0,179a

0,49b

0,35b

1,01a

1,53b

2,55a

1,19b

2,04a

1,83a

1,39b

2,28a

1,87b

1,77b

2,49a

2,04b

1,57c

CaR (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,0042a

0,0054a

0,0051a

0,0029b

0,0066ab

0,0096a

0,0089ab

0,0053b

0,0145a

0,0155ab

0,0216a

0,0148b

0,0244ab

0,0291a

0,0184b

0,0345a

0,0214b

0,0194b

0,0223b

0,0413a

0,0285b

CaF (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

-

-

-

-

-

-

0,01a

0,02a

0,03a

0,20ab

0,30a

0,09b

0,37a

0,48a

0,13b

0,48a

0,55a

0,25b

0,24a

0,12b

0,14b

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Page 75: EFICIÊNCIA NUTRICIONAL DE MACRONUTRIENTES EM … · Tabela 7 - Resumo da análise de variância das características eficiência de absorção de nitrogênio ... (NPV), nas raízes

75

Tabela 6A – Valores médios do acúmulo de magnésio total (NT) na parte vegetativa

(NPV), nas raízes (NR) e frutos (NF), em g planta-1, para as épocas de amostragem das cultivares de meloeiro Goldex, Caribbean Gold e McLaren. Mossoró/RN, UFERSA, 2013.

CULTIVAR MgT (g planta

-1)

14 DAT 21 DAT 28 DAT 35 DAT 42 DAT 49 DAT 56 DAT

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,01a

0,02a

0,01a

0,08a

0,07a

0,06a

0,12ab

0,08b

0,18a

0,49ab

0,56a

0,41b

0,56a

0,64a

0,36b

0,68a

0,50b

0,53b

0,69a

0,37b

0,30b

MgPV (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,01a

0,02a

0,01a

0,08a

0,07a

0,06a

0,11ab

0,08b

0,17a

0,40a

0,43a

0,36a

0,39b

0,48a

0,32b

0,45a

0,33b

0,43a

0,48a

0,30b

0,21c

MgR (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

0,0005a

0,0006a

0,0007a

0,0003a

0,0006a

0,0009a

0,0013a

0,0008a

0,0014a

0,0028a

0,0030a

0,0031a

0,0053a

0,0047a

0,0022b

0,0022b

0,0034a

0,0027ab

0,0027b

0,0048a

0,0037ab

MgF (g planta-1

)

Goldex

Caribbean

Gold

McLaren

-

-

-

-

-

-

0,01a

0,01a

0,01a

0,10ab

0,13a

0,05b

0,16a

0,15a

0,04b

0,22a

0,17ab

0,09b

0,23a

0,06b

0,09b

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de

probabilidade.