ediun michels 2014
Embed Size (px)
TRANSCRIPT
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
1/64
0
Ediun Michels
PROJETO DETALHADO DE UMA MQUINA DE ELEVAO
E TRANSPORTE
Horizontina
2012
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
2/64
1
Ediun Michels
PROJETO DETALHADO DE UMA MQUINA DE ELEVAO E
TRANSPORTE
Trabalho Final de Curso apresentado comorequisito parcial para a obteno do ttulo deBacharel em Engenharia Mecnica, pelo Cursode Engenharia Mecnica da FaculdadeHorizontina.
ORIENTADOR: Ricardo Ferreira Severo, Me
Horizontina
2012
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
3/64
2
FAHOR - FACULDADE HORIZONTINA
CURSO DE ENGENHARIA MECNICA
A Comisso Examinadora, abaixo assinada, aprova a monografia:
Projeto detalhado de uma mquina deelevao e transporte
Elaborada por:
Ediun Michels
Como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em
Engenharia Mecnica
Aprovado em: 03/12/2012Pela Comisso Examinadora
________________________________________________________Professor Me. Ricardo Ferreira SeveroPresidente da Comisso Examinadora
Orientador
_______________________________________________________Professor Me. Anderson Dal MolinFAHORFaculdade Horizontina
_____________________________________________________Professor Dr. Richard Thomas Lermen
FAHORFaculdade Horizontina
Horizontina2012
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
4/64
3
DEDICATRIA
Dedico este trabalho a Deus, a minhafamlia e todos aqueles que acreditaram emmim e me apoiaram nesta caminhada.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
5/64
4
AGRADECIMENTOS
A minha famlia, em especial aos meuspais Ilgo e Marlene por me ensinarem comsimplicidade e dedicao valores fundamentaisque serviram de base para mais esta conquista.
Ao meu professor orientador Ricardo
Ferreira Severo pelo apoio na orientao, pelashoras de empenho a me orientar, peladedicao e pacincia no amadurecimento dosmeus conhecimentos.
A todos os professores da FAHOR quepassaram por minha vida acadmica e que dealguma forma contriburam para o meuaprendizado.
A empresa estudada por abrir suasportas e pela ateno recebida durante a coletade informaes, permitindo o desenvolvimento
deste trabalho.Aos grandes amigos e colegas que
estiveram comigo durante a Faculdade, emespecial, Ivan Borgmann, Michel Busanello,Fabiana Simon, Tiago Perin, Maur Wallrius,Csar Santos, pessoas estas que meauxiliaram nos estudos durante esta longacaminhada.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
6/64
5
Quanto se tem muito tempo para comear um
trabalho, o primeiro esforo mnimo. Quando
o tempo se reduz a zero, o esforo beira as
raias do infinito. Se no existissem os ltimos
minutos nada neste mundo seria realizado.Murphy
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
7/64
6
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo desenvolver o projeto detalhado deuma mquina de elevao e transporte para uma empresa metalrgica localizada nomunicpio de Horizontina/RS. A empresa, encontra-se com problemas na sualogstica interna e necessita de um equipamento que atenda a demanda de
produo. O estudo iniciou com uma reviso de literatura, pesquisando em livros,catlogos e bibliografias conhecidas na rea, acerca das caractersticas deequipamentos similares existentes no mercado, buscando proporcionar uma maiorfamiliaridade com os tipos de mquinas de elevao e transporte utilizadas nasindstrias. Posteriormente, atravs da aplicao de uma metodologia de projeto deproduto conhecida, a pesquisa focou-se em identificar as necessidades dos clientespara depois transform-las em requisitos a serem atendidos no desenvolvimento doequipamento. Por fim, o estudo apresentou de forma detalhada as informaesnecessrias construo do produto, que deve ser fabricado pela prpria empresa.O desenvolvimento deste projeto permitiu a aplicao de ferramentas especficas,como QFD, Diagrama de Mudge, Matriz de avaliao, Matriz Morfolgica, entre
outras, que possibilitaram a obteno de resultados que atenderam aos objetivospropostos.
Palavras-chaves:
Mquinas de elevao e transporte - projeto de produto - empresametalrgica de pequeno porte.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
8/64
7
ABSTRACT
This study is aiming to develop the detailed design of a machine for lifting and
transporting a metallurgical company located in the city of Horizontina/RS. Thecompany, meets with problems in their internal logistics and needs an equipment thatmeets the production demand. The study began with a literature review, researchingin books, catalogs and bibliographies known in the area, about the characteristics ofsimilar products on the market, seeking to provide greater familiarity with the types ofmachines used for lifting and transportation industries. Later, through the applicationof a methodology known product design, research focused on identifying customerneeds and then turns them into requirements to be met in the development of theequipment. Finally, the study presented in detail the information needed to build theproduct, to be manufactured by the company itself. The development of this projectenabled the implementation of specific tools such as QFD, Diagrama de Mudge,Matrix evaluation, Matrix Morphological, among others, which enabled obtainingresults that met the objectives.
Keywords:
Lifting and transport machine - product design - small metalworking
company.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
9/64
0
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Classificao de mquinas de levantamento. ....................................................... 14Figura 2: Fases do Desenvolvimento do Projeto. ................................................................. 17Figura 3: Etapas da fase de Projeto Informacional.. ............................................................. 19Figura 4: Etapas da fase de Projeto Conceitual. .................................................................. 22
Figura 5: Tarefas e processos envolvidos na anlise funcional.. .......................................... 23
Figura 6: Tcnicas para seleo de variantes de soluo. ................................................... 25
Figura 7: Etapas da fase de projeto detalhado ..................................................................... 27Figura 8: Diagrama de Mudge. ............................................................................................ 32Figura 9: Matriz da Casa da Qualidade. ............................................................................... 33Figura 10: Funo Global. ................................................................................................... 36Figura 11: Desdobramento da funo global. ...................................................................... 37
Figura 12: Concepo 1. ...................................................................................................... 40Figura 13: Concepo 2. ...................................................................................................... 41
Figura 14: Leiaute Preliminar. .............................................................................................. 42Figura 15: Carregamento na viga principal. ......................................................................... 46
Figura 16: Carregamento na viga da cabeeira. .................................................................. 48Figura 17: Carregamento na viga do trilho. .......................................................................... 49
Figura 18: Carregamento na coluna de sustentao ............................................................ 50
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
10/64
0
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Mtodos utilizados na busca por princpios de soluo. ..................................... 24Quadro 2 - Ciclo de vida versus clientes do projeto. ............................................................ 29Quadro 3 - Necessidades dos clientes. ................................................................................ 30Quadro 4 - Requisitos dos clientes do projeto. ..................................................................... 31
Quadro 5 - Requisitos do projeto. ........................................................................................ 31
Quadro 6 - Valorao dos requisitos dos clientes. ............................................................... 32
Quadro 7 - Especificaes do projeto - tero superior. ......................................................... 35Quadro 8 - Especificaes do projeto - tero mdio. ............................................................ 35Quadro 9 - Especificaes do projeto - tero inferior. ........................................................... 35Quadro 10 - Princpios de soluo. ...................................................................................... 38 Quadro 11 - Concepes alternativas da estrutura funcional. .............................................. 39
Quadro 12 - Avaliao Passa / no passa ........................................................................... 40 Quadro 13 - Matriz de avaliao das concepes. ............................................................... 41
Quadro 14 - Dados de entrada. ........................................................................................... 45Quadro 15 - Solicitaes empregadas no dimensionamento na viga. .................................. 45
Quadro 16 - Lista de verificao de erros e fatores de perturbao. .................................... 53Quadro 17 - Lista de materiais fabricados. ........................................................................... 54
Quadro 18 - Lista de materiais comprados .......................................................................... 54
Quadro 19 - Lista de verificao .......................................................................................... 55Quadro 20 - Questionrio de levantamento das necessidades dos clientes. ........................ 59
Quadro 21 - Questionrio de avaliao passa/no passa. ................................................... 60Quadro 22 - Anlise tenses. ............................................................................................... 63
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
11/64
0
SUMRIO
1 INTRODUO .................................................................................................................................. 12
2 REVISO DA LITERATURA ............................................................................................................ 13
2.1 AIMPORTNCIADAMOVIMENTAODEMATERIAIS ............................................................. 13
2.2 MQUINASDEELEVAOETRANSPORTE .............................................................................. 132.3 TIPOSDEMQUINASDEELEVAOETRANSPORTE ............................................................ 142.4 COMPONENTESDEMQUINASDEELEVAOETRANSPORTE ........................................... 152.5 ESCOLHADASMQUINASDEELEVAOTRANSPORTE ....................................................... 162.6 VANTAGENSDAUTILIZAO ...................................................................................................... 16
3 METODOLOGIA DE PROJETO DE PRODUTO .............................................................................. 17
3.1 PROJETODEPRODUTO .............................................................................................................. 173.1.1 PROJETO INFORMACIONAL.............................................................................................................. 183.1.1.1 PESQUISAR INFORMAES SOBRE O TEMA DO PROJETO........................................................... 193.1.1.2 IDENTIFICAR AS NECESSIDADES DOS CLIENTES DO PROJETO..................................................... 203.1.1.3 ESTABELECER OS REQUISITOS DOS CLIENTES.......................................................................... 203.1.1.4 ESTABELECER OS REQUISITOS DE PROJETO............................................................................. 20
3.1.1.5 HIERARQUIZAR OS REQUISITOS DO PROJETO............................................................................ 213.1.1.6 ESTABELECER AS ESPECIFICAES......................................................................................... 213.1.2 PROJETO CONCEITUAL................................................................................................................... 213.1.2.1 VERIFICAR O ESCOPO DO PROBLEMA....................................................................................... 233.1.2.2 ESTABELECER A ESTRUTURA FUNCIONAL................................................................................. 233.1.2.3 PESQUISA POR PRINCPIOS DE SOLUO.................................................................................. 243.1.2.4 COMBINAR PRINCPIOS DE SOLUO........................................................................................ 243.1.2.5 SELECIONAR PRINCPIOS DE SOLUO..................................................................................... 253.1.2.6 EVOLUIR EM VARIANTES DE SOLUO...................................................................................... 253.1.2.7 AVALIAR CONCEPES........................................................................................................... 263.1.3 PROJETO DETALHADO.................................................................................................................... 263.1.3.1 ELABORAR LEIAUTES PRELIMINARES E DESENHOS DE FORMAS.................................................. 283.1.3.2 ELABORAR LEIAUTES DETALHADOS E DESENHOS DE FORMA...................................................... 28
3.1.3.3 FINALIZAR AS VERIFICAES................................................................................................... 283.1.3.4 REVISAR O PROJETO.............................................................................................................. 28
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ............................................................................................. 29
4.1 PROJETOINFORMACIONAL ........................................................................................................ 294.1.1 NECESSIDADES DOS CLIENTES........................................................................................................ 294.1.2 REQUISITOS DOS CLIENTES............................................................................................................ 304.1.3 REQUISITOS DO PROJETO............................................................................................................... 314.1.4 HIERARQUIZAO DOS REQUISITOS DO PROJETO............................................................................. 324.1.5 APLICAO DA CASA DA QUALIDADE................................................................................................ 334.1.6 ESPECIFICAES DO PROJETO....................................................................................................... 344.2 PROJETOCONCEITUAL ............................................................................................................... 364.2.1 VERIFICAO DO ESCOPO DO PROBLEMA........................................................................................ 364.2.2 ESTRUTURA FUNCIONAL................................................................................................................. 364.2.3 PRINCPIOS DE SOLUO................................................................................................................ 374.2.4 COMBINAR PRINCPIOS DE SOLUO............................................................................................... 38
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
12/64
1
4.2.5 SELEO DA COMBINAO............................................................................................................. 394.2.6 EVOLUO EM VARIANTES DE SOLUO.......................................................................................... 404.2.7 AVALIAO DAS CONCEPES........................................................................................................ 414.3 PROJETODETALHADO ................................................................................................................ 424.3.1 LEIAUTES PRELIMINARES E DESENHOS DE FORMA............................................................................ 42
4.3.1.1 CABEEIRA DO TRILHO........................................................................................................... 434.3.1.2 TRAVAMENTOS DA ESTRUTURA............................................................................................... 434.3.1.3 COLUNAS DE SUSTENTAO................................................................................................... 434.3.1.4 TRILHO DE TRANSLAO......................................................................................................... 434.3.1.5 CONJUNTO DA PONTE............................................................................................................. 444.3.1.6 RODAS DE TRANSLAO......................................................................................................... 444.3.2 LEIAUTES DETALHADOS E DESENHOS DE FORMA.............................................................................. 444.3.2.1 DIMENSIONAMENTO DA VIGA PRINCIPAL DA PONTE.................................................................... 444.3.2.2 DIMENSIONAMENTO DA CABEEIRA.......................................................................................... 474.3.2.3 DIMENSIONAMENTO DO TRILHO............................................................................................... 494.3.2.4 DIMENSIONAMENTO DA COLUNA.............................................................................................. 504.3.2.5 DIMENSIONAMENTO DOS MOTORREDUTORES DE TRANSLAO DA PONTE.................................. 524.3.3 VERIFICAO DE ERROS E FATORES DE PERTURBAO.................................................................... 53
4.3.4 REVISO DO PROJETO.................................................................................................................... 55CONSIDERAES FINAIS .................................................................................................................. 56
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................................................... 57
APNDICE AQUESTIONRIO DE LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES . 59
APNDICE BQUESTIONRIO DE AVALIAO PASSA / NO PASSA ...................................... 60
APNDICE CDETALHAMENTO DO LEIAUTE DEFINITIVO .......................................................... 61
ANEXO ATABELA DE SELEO DE PERFIS ............................................................................... 62
ANEXO BANLISE DE TENSES ATRAVS DO SOLIDWORKSSIMULATION EXPRESS..... 63
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
13/64
12
1 INTRODUO
Em toda indstria a organizao racional dos processos e instalaes de
transporte so fundamentais para o sucesso da operao e resultam em maiores
ganhos de produtividade. Com os meios de produo cada vez mais integrados e os
processos entrelaados, os sistemas de movimentao devem atuar de forma
eficiente, pois so decisivos no cumprimento dos prazos de entrega ao cliente.
Neste contexto, o presente trabalho surge do processo de expanso de uma
empresa metalrgica de pequeno porte localizada no municpio de Horizontina-RS
que projeta e fabrica estruturas metlicas, como torres, caambas, reboques entre
outros. A movimentao de matria prima, conjuntos pr-montados, produtos e
materiais em geral atualmente realizada com o auxilio de dispositivos, cavaletes,empilhadeiras, talhas de pequeno porte e estruturas de transporte rsticas,
perdendo assim em agilidade, qualidade e segurana.
Visando a atuao em outros segmentos de mercado e a fabricao de novos
e maiores produtos a empresa necessita de um equipamento de movimentao e
transporte eficiente que atenda as necessidades, solucionando os problemas com a
logstica interna e melhorando, consequentemente, o processo de produo. A
realizao deste trabalho justifica-se pelo fato de que a empresa em questo nopossui uma mquina de elevao e transporte adequada para realizar a
movimentao de cargas.
Deste modo, o estudo tem como objetivo elaborar o projeto at a fase de
detalhamento de uma Mquina de Elevao e Transporte para a empresa em
questo, sendo considerados objetivos especficos os seguintes:
Identificar o problema de projeto;
Anlise dos equipamentos existentes no mercado;
Desenvolver a fase de Projeto Informacional;
Desenvolver a fase de projeto Conceitual;
Desenvolver a fase de Projeto Detalhado.
A partir da identificao do problema de projeto, a anlise de sistemas
tcnicos similares existentes no mercado buscou adquirir conhecimento para
posterior aplicao no desenvolvimento do projeto.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
14/64
13
2 REVISO DA LITERATURA
Neste captulo so apresentados os principais conceitos relacionados ao tema
de estudo, abordando os princpios da movimentao de materiais, os principais
tipos de mquinas de elevao e transporte, suas utilizaes e componentes,
baseando-se em autores da rea, dissertaes, teses e catlogos.
2.1 A IMPORTNCIA DA MOVIMENTAO DE MATERIAIS
Quando se busca uma reduo de custos em um processo produtivo, um dos
fatores importantes o encurtamento das distncias percorridas tanto pela matria-
prima quanto pelo produto final processado, podendo ser realizado atravs de um
sistema eficiente de movimentao (TAMASAUSKAS, 2000). Segundo Dias apudLangui (2001) uma anlise dos sistemas e mtodos para a movimentao e
armazenagem em uma empresa influencia diretamente sua estrutura de custos.
Em um fbrica de automveis, por exemplo, os sistemas de movimentao
so muito importantes, pois mover os produtos rapidamente atravs das operaes
internas minimiza o tempo entre o pagamento dos materiais e o recebimento da
receita de vendas de seus produtos, acelerando o retorno financeiro (LANGUI,
2001).Para Rudenko (1976), a mecanizao dos processos relacionados com o
movimento de cargas, foi o principal estimulo para o notvel progresso alcanado
hoje, em muitas empresas. Em contribuio, Tamasauskas (2000) afirma que as
atividades inerentes a um processo produtivo esto vinculadas a uma movimentao
interna de cargas, seja de forma contnua ou descontnua influenciando diretamente
nos resultados.
Neste contexto as instalaes de transporte e movimentao soselecionadas de modo a corresponderem ao fluxo de materiais que representam o
sistema geral de movimento de matria-prima, artigos semi-acabados e produtos no
departamento ou fbrica (RUDENKO, 1976).
2.2 MQUINAS DE ELEVAO E TRANSPORTE
A necessidade de movimentao de cargas nos diversos ambientes de
minerao, industrial, porturio e de comrcio aumenta de forma conjunta ao
crescimento econmico exigindo equipamentos especficos que necessitam uma
grande aplicao dos conhecimentos de engenharia (NASSAR, 2004).
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
15/64
14
Estes equipamentos especficos chamados de mquinas de elevao e
transporte constituem um grupo de aparelhos de ao peridica, projetado como
mecanismo prprio de elevao ou para elevao e movimentao de cargas
(RUDENKO, 1976).
Para Brasil (1985), as mquinas de elevao transporte se destinam
movimentao horizontal e vertical na indstria, nos canteiros de obra, de
equipamentos e materiais, sendo decisivas quando se necessita agilidade e
preciso.
2.3 TIPOS DE MQUINAS DE ELEVAO E TRANSPORTE
Para Brasil (1985), estes equipamentos so classificados conforme afinalidade de sua fabricao, onde pode-se observar que alguns se enquadram no
tipo de fabricao seriada e os demais implicam em projeto especial e especfico
para finalidade industrial bem caracterstica, conformeFigura 1.
Parafuso
Cremalheira
Hidrulicos
Ar comprimidoSem fim coroa
Diferencial
Planetria
Tirfor
Talhas Weston
Manuais (sarilhos)
Eltricos
Monovias
Pontes rolantes
Prticos rolantes
De coluna
Dericks
Prticos
Deplataforma giratria
De torre
Automotores
Mecnicos
Mquinas de fabricao
seriada
Mquinas de fabricao
especial
Macacos
Talhas
Dispositivos
especiais
Guincho
Guindastes
Figura 1: Classificao de mquinas de levantamento. Fonte: Brasil, 1985.
Os equipamentos segundo Brasil (1985), podem ser resumidamente
conceituados da seguinte forma:
Macacos Destina-se a elevao de cargas pequena altura, com ou sem
deslocamento horizontal, a pequena distncia;
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
16/64
15
Talhas So mquinas constitudas essencialmente por um redutor de
velocidade ligado a um tambor e polias de acionamento e suspenso de
carga;
Dispositivos especiaisTem a mesma finalidade das talhas usando, porm
sistemas patenteados de multiplicadores de fora;
GuinchosCompostos essencialmente de tambor com cabo, freio, redutor,
motor, chassi, destinam-se a elevao ou ao arraste de carga a grande
altura ou distancia;
Monovias So talhas dotadas de um sistema de translao sobre a aba
inferior de viga I, motorizadas ou manuais;
Pontes rolantesPossuem uma estrutura horizontal em ponte que permite
o movimento transversal de um guincho;
Prticos rolantes Diferem das pontes por possurem estrutura prpria e
autonomia para sua translao;
Guindastes Classifica-se como guindaste qualquer mquina de
levantamento dotada de lana. Tambm nessas mquinas a pea bsica
o guincho.
2.4 COMPONENTES DE MQUINAS DE ELEVAO E TRANSPORTE
De acordo com Rudenko (1976), as principais partes componentes e as
unidades das mquinas de elevao incluem:
rgos flexveis de elevao (correntes e rolos);
Polias, sistemas de polias, rodas dentadas para correntes;
Dispositivos de manuseio da carga;
Dispositivo de reteno e frenagem;
Motores;
Transmisses;
Componentes de transmisso (Eixos e rvores, mancais, discos, etc.);
Trilhos e rodas de translao;
Estruturas de mquinas (estrutura de guindastes);
Aparelhos de controle.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
17/64
16
Para Nassar (2004), durante o desenvolvimento e construo do equipamento
necessria utilizao de componentes disponveis no mercado, onde o grau de
utilizao destes pode variar desde a seleo e especificao de elementos de
mquina, at a especificao de um equipamento completo, disponvel no mercado,
que atenda todos os requisitos especificados.
2.5 ESCOLHA DAS MQUINAS DE ELEVAO TRANSPORTE
As mquinas de elevao e transporte so fabricadas em grande variedade,
de modelos, por esta razo, as mesmas operaes podem se desempenhadas por
vrios mtodos e aparelhos. Uma escolha adequada dos equipamentos requer alm
do conhecimento especial do projeto e das caractersticas operacionais domecanismo, a compreenso da organizao de produo na empresa (RUDENKO,
1976).
Ainda de acordo com Rudenko (1976), na escolha dos tipos de aparelhos a
serem empregados para mecanizar qualquer processo de elevao e transporte
necessrio considerar os seguintes fatores tcnicos: Espcie e propriedades da
carga a serem manuseadas; Capacidade horria requerida por unidade; Direo e
distncia do percurso; Caractersticas dos processos de produo relacionados coma movimentao de cargas; Condies especficas do local.
A escolha tambm influenciada pelas consideraes de uma posterior
expanso da empresa e perodo de existncia (temporrio ou permanente). A partir
da verificao destes fatores tcnicos e seleo dos possveis equipamentos estes
so comparados do ponto de vista da engenharia e economia (RUDENKO, 1976).
2.6 VANTAGENS DA UTILIZAOSegundo Passos (2011), a utilizao de uma mquina de elevao e
transporte com o dimensionamento adequado para o tipo de material a ser
transportado, contribui para a melhor execuo da tarefa e reduz grande parte do
esforo fsico.
De acordo com ENGENHEIRO MODERNO apudLangui (2001), a utilizao
destes equipamentos proporciona uma srie de vantagens, entre elas destaca-se a
reduo de custo de mo de obra, reduo do custo de materiais, aumento de
produo, aumento da capacidade de estoque, melhor distribuio de
armazenagem, maior segurana e a melhoria na circulao.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
18/64
17
3 METODOLOGIA DE PROJETO DE PRODUTO
Por tratar-se de um trabalho especfico de projeto de produto buscou-se
identificar os principais mtodos existentes na rea de pesquisa e desenvolvimento
de produto a fim de selecionar o que mais se adequa ao projeto.
A metodologia adotada adaptada de Reis (2003), servindo de fonte bsica
para este trabalho, sendo apresentada ao longo deste capitulo.
3.1 PROJETO DE PRODUTO
A misso do engenheiro encontrar solues para problemas tcnicos,
usando de conhecimentos das cincias naturais e da engenharia e leva em conta os
condicionantes materiais, tecnolgicas e econmicas, bem como restries legais,ambientais e aquelas impostas pelo ser humano (PAHL et al.,2005).
Para Back et al. (2008), o projeto de engenharia uma atividade orientada
para o atendimento das necessidades humanas, principalmente aquelas que podem
ser satisfeitas por fatores tecnolgicos de nossa cultura.
O fluxograma da Figura 2 apresenta a metodologia de projeto utilizada no
desenvolvimento deste trabalho, dividida em trs fases.
No
sim
No
sim
No
sim
Iniciodo projeto
Fase 1 - PROJETO INFORMACIONAL
Adequada? Especificaes do projeto
Documentose
ferramentas de apoio
Fase 2 - PROJETO CONCEITUALDocumentose
ferramentas de apoio
Adequada? Concepodo produto
Fase 3 - PROJETO DETALHADO
Adequada?
Documentose
ferramentas de apoio
Leiaute definitivo edocumentao do produto
Soluo
Bibliografia
Equipede
projeto
Especialistas
Figura 2: Fases do Desenvolvimento do Projeto. Fonte: Reis, 2003.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
19/64
18
A primeira fase denominada de Projeto Informacional e como resultados da
mesma so estabelecidos as especificaes de projeto da mquina que guiaro o
desenvolvimento das demais fases do projeto.As especificaes de projeto so de fundamental importncia para a fase
seguinte, chamada de Projeto Conceitual. Esta fase tida como a mais importante,
pois a etapa do processo de projeto que gera a partir de uma necessidade
detectada e esclarecida uma concepo para um produto que atenda da melhor
maneira possvel esta necessidade (FORCELLINI, 2002).
A partir das concepes geradas parte-se para a fase de Projeto Detalhado.
Nesta fase de projeto o produto evolui de concepo ao leiaute definitivo onde adisposio, a forma, as dimenses e as tolerncias de todos os componentes devem
ser finalmente fixadas (REIS, 2003).
As fases que compem a metodologia de projeto so descritas na sequncia,
sendo elas; Projeto Informacional; Projeto Conceitual; Projeto Detalhado.
3.1.1 Projeto Informacional
O ponto de partida dessa fase de projeto o problema que deu origem a
necessidade de um novo produto, consiste na anlise detalhada do problema de
projeto buscando-se todas as informaes necessrias ao seu pleno entendimento
(REIS, 2003).
Segundo Amaral et al. (2006), o objetivo desta fase , a partir da informaes
levantadas no planejamento e em outra fontes, desenvolver um conjunto de
informaes o mais completo possvel, servindo de base sobre a qual sero
montados os critrios de avaliao e de tomada de deciso utilizados nas etapas
posteriores do processo de desenvolvimento.
O modelo de produto obtido ao final dessa fase so as especificaes do
projeto, ou seja, uma lista de objetivos que o produto a ser projetado deve atender. A
partir destes so definidas as funes e as propriedades requeridas do produto e
possveis restries com relao a ele e ao prprio processo de projeto (normas,
prazos) (ROOZENBURG & EEKELS apud FORCELLINI, 2002).
Ainda segundo Roozenburg & Eekels apud Reis (2003), as especificaes
dentro do processo de projeto tem duas funes: direcionar o processo de gerao
de solues e fornecer a bases para os critrios de avaliao.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
20/64
19
O fluxograma da Figura 3 ilustra as etapas da fase de Projeto Informacional
desenvolvidas neste trabalho.
Documentos eferramentas de apoio
PROBLEMA
Fase 1 - Projeto informacional
Etapa 1.1 Pesquisar informaes sobre
o tema do projeto
Tarefa1.1.1 - Estabelecer o ciclo de vida do
produto
Tarefa1.1.2 - Pesquisar por informaes
tcnicas
Etapa 1.2 Identificar as necessidades
dos clientes do projeto
Tarefa1.2.1 - Definir os clientes do projeto ao
longo do ciclo de vida do produto
Tarefa 1.2.2 - Coletar as necessidades dos
clientes
Etapa 1.3 - Estabelecer os requisitos
dos clientes
Tarefa 1.3.1 - Desdobramento das
necessidades dos clientes (requisitos dos
Etapa 1.4 - Estabelecer os requisitos do
projeto
Tarefa 1.4.1 - Definir os requisitos do projeto
Etapa 1.5 - Hierarquizar os requisitos
do projeto
Tarefa 1.5.1 - Aplicar a matriz da casa da
qualidade
Etapa 1.6 - Estabelecer as
especificaes do projeto
Tarefa1.6.1 - Aplicar o quadro de
especificaes do projeto
Especificaes do projeto
Pesquisar
bibliografia,
Anlise de
sistemas
similares
Pesquisar bibliografia,
Anlise de sistemas
similares, Consulta a
especialistas,
Questionrios,
Simulao de uso
Checklists,Brainstorming
Checklists,Brainstorming
Diagrama de
mudge,Matriz da
casa da qualidade
Quadrode
especificaes
do projeto
Bibliografia
Equipe de
projeto
Especialistas
Figura 3: Etapas da fase de Projeto Informacional. Fonte: Adaptado de Reis, 2003.
3.1.1.1 Pesquisar informaes sobre o tema do projeto
Sendo a grande maioria dos produtos sistemas tcnicos caracterizados pelo
emprego de subsistemas e componentes mecnicos, possvel ento definir a partir
do ciclo de vida de produtos semelhantes, fontes de pesquisa para o novo produto a
ser projetado (REIS, 2003).
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
21/64
20
Esta etapa de grande importncia, pois nela so estabelecidos os clientes
ao longo do ciclo de vida do produto. Resumidamente Fonseca (2010) explica que o
ciclo de vida pode ser dividido em 5 macro fases, estando presentes na maioria dos
trabalhos nesta rea, so elas: Projeto, produo, montagem, uso, descarte.
3.1.1.2 Identificar as necessidades dos clientes do projeto
Na prxima etapa busca-se levantar as necessidades dos clientes de cada
fase do ciclo de vida podendo ser realizada com o auxlio de pesquisa bibliogrfica,
anlise de sistemas tcnicos similares, consulta a especialistas, simulaes de uso e
questionrio aos clientes do produto (REIS, 2003).
3.1.1.3 Estabelecer os requisitos dos clientesAps o tratamento adequado dos dados dos questionrios, as necessidades e
desejos dos clientes so listados e convertidos em requisitos. O objetivo desta
converso obter um refinamento sob o ponto de vista mais tcnico das
necessidades dos clientes (ROMANO, 2003).
Em outras palavras Amaral et al. (2006) explica que, as necessidades dos
clientes provindas das pesquisas bibliogrficas e questionrios no podem ser
empregados diretamente no desenvolvimento do produto, pois so expressas deforma subjetiva, de difcil aproveitamento no projeto, sendo necessrio portanto,
traduz-las para a linguagem de engenharia.
3.1.1.4 Estabelecer os requisitos de projeto
A obteno dos requisitos do projeto a partir dos requisitos dos clientes se
constitui na primeira deciso fsica sobre o produto que esta sendo projetado.
Atravs desta ao, so definidos parmetros mensurveis associados scaractersticas definitivas que ter o produto (AMARAL et al., 2006).Em outra
definio Back et al. (2008) diz que, os requisitos do projeto so em essncia os
atributos do produto que podem ser manipulados para satisfazer os requisitos dos
clientes.
Complementando, Fonseca (2000) explica que estes atributos do produto
podem ser classificados em duas grandes famlias, atributos gerais e especficos. Os
atributos gerais classificam-se em bsicos e atributos do ciclo de vida. Os atributos
especficos referem-se ao sistema tcnico em questo, dividindo-se em atributos
materiais, energticos e de controle.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
22/64
21
3.1.1.5 Hierarquizar os requisitos do projeto
A primeira tarefa dentro desta etapa valorar os requisitos dos clientes. Esta
tarefa pode ser realizada atravs da aplicao do diagrama de Mudge, com o
propsito de identificar os requisitos mais importantes. A classificao dos requisitos
dos clientes em ordem de importncia fundamental na aplicao do QFD. (prxima
tarefa) (ROMANO, 2003).
A segunda etapa consiste na aplicao da matriz da qualidade ou primeira
matriz do QFD (Quality Function Deployment Desdobramento da funo
qualidade). Esta ferramenta possibilita o estabelecimento de relao entre as
necessidades dos clientes e os requisitos do projeto auxiliando na transformaodas necessidades caractersticas mensurveis, que ao serem incorporadas no
projeto constituem se nos requisitos de qualidade (requisitos de projeto obtidos
visando a qualidade) (AMARAL et al.,2006).
3.1.1.6 Estabelecer as especificaes
Apenas os requisitos de projeto mostrados na Casa da Qualidade no
constituem ainda um conjunto de informaes adequadas para representarem osobjetivos a serem alcanadas nesta fase de projeto do produto, portanto, para cada
requisito de projeto deve-se associar um valor meta constituindo o quadro de
especificaes (FORCELLINI, 2002).
Fonseca (2000), explica que, o quadro de especificaes o local onde os
requisitos de projeto so associados a mais trs informaes, so elas: meta a ser
atingida pelo requisito expressa quantitativamente, forma de avaliao da meta
estabelecida a fim de verificar o seu cumprimento e aspectos que devem serevitados durante a implementao do requisito.
3.1.2 Projeto Conceitual
De acordo com Ferreira apudReis (2003), o projeto conceitual a fase do
processo de projeto que gera, a partir de uma necessidade detectada e esclarecida,
uma concepo para um produto que atenda da melhor, maneira possvel esta
necessidade, sujeita s limitaes de recursos e as restries de projeto.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
23/64
22
No modelo do processo de projeto proposto por Pahl e Beitz apudReis (2003)
o projeto conceitual dividido em etapas. A sequncia destas etapas ilustrada na
Figura 4.
Documentos eferramentas de apoio
Especificaes de projeto
Fase 2 - Projeto conceitual
Etapa 2.1 Verificar o escopo do
problema
Tarefa 2.1.1 - Analisar as especificaes
Tarefa 2.1.2 - Identificar restries
Etapa 2.2 Estabelecer a estrutura
funcional
Tarefa 2.2.1 - Estabelecer funo global
Tarefa 2.2.2 - Estabelecer estrutura funcional
alternativa
Tarefa 2.2.3 - Selecionar a estrutura funcional
Etapa 2.3 - Pesquisar por princpios de
soluo
Tarefa 2.3.1 - Aplicar mtodos de busca
discursivos
Etapa 2.5 - Selecionar combinaes
Tarefa2.3.3 - Aplicar mtodos de busca
convencionais
Etapa 2.4 - Combinar princpios de
soluo
Tarefa 2.5.1 - Aplicar mtodos de seleo
Concepo do produto
Abstrao
orientada,
Lista de
especificaes
Abstrao orientada,
Diretrizes de
desenvolvimento da
estrutura funcional,
Matriz de deciso
Brainstorming,
Analogia simblica
e direta,TRIZ,
Pesquisa
bibliogrfica
Matriz
morfolgica,
Critrios de
combinao
Julgamento de
viabilidade,
Disponibilidade de
tecnologia,
Exame passano-
passa
Bibliografia
Equipe de
projeto
Especialistas
Tarefa2.3.2 - Aplicar mtodos de busca
intuitivos
Tarefa 2.4.1 - Otimizar a combinao dos
princpios de soluo
Etapa 2.6 - Evoluir em variantes de
concepo
Tarefa2.6.1 - Detalhar as concepes
selecionadas
Etapa 2.7 - Avaliar concepes
Tarefa2.7.1 - Aplicar a matriz de avaliao
Pesquisabibliogrfica,
Desenhos de leiute em
escala, Contrues de
modelos, Simulaes
em computador
Matriz de valiao
Figura 4: Etapas da fase de Projeto Conceitual. Fonte: Adaptado de Reis, 2003.
Para atingir o propsito da fase so realizadas diversas tarefas que buscam
estabelecer a estrutura funcional do produto, envolvendo a definio da funo
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
24/64
23
global a ser executada pelo produto, bem como de suas sub-funes (ROMANO,
2003).
3.1.2.1 Verificar o escopo do problema
Esta etapa tem por objetivo fazer um estudo compreensivo do problema num
plano mais abstrato, de forma a abrir caminho para solues melhores. Nesse
sentido a abstrao significa ignorar oque particular ou casual e enfatizar o que
geral e essencial (PAHL e BEITZ apudREIS, 2003).
De acordo com Forcellini (2002), o resultado desse estudo conduzir a uma
soluo melhor do problema e proporcionar um melhor entendimento da tarefa de
projeto, sendo indispensvel para o xito nas etapas subsequentes do projetoconceitual.
3.1.2.2 Estabelecer a estrutura funcional
Partindo da abstrao feita na etapa anterior, oque permitiu o estabelecimento
criterioso da funo global do sistema, o resultado ao final desta etapa a estrutura
das funes elementares ou estrutura de operaes bsicas, caso se trabalhe com
funes de baixa complexidade ou padronizadas (FORCELLINI, 2002). O processode obteno das funes elementares pode ser visualizado naFigura 5.
Neste processo segundo Back et al. (2008), a funo global pode ser
decomposta sucessivamente em funes mais simples, funes parciais e at ao
nvel de funes elementares, onde o problema pode parecer mais fcil
Figura 5: Tarefas e processos envolvidos na anlise funcional. Fonte: Forcellini, 2002.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
25/64
24
Reis (2003), descreve resumidamente que nesta etapa tm-se trs tarefas,
tais como:
Estabelecer a funo global com base no fluxo de material, energia e sinal
atravs do emprego de um diagrama de bloco, expressando a relaes
entre as entradas e sadas do sistema independente de uma soluo;
Estabelecer estruturas funcionais alternativas, ou seja, a subdiviso da
funo global visando facilitar a busca por princpios de soluo;
Selecionar a estrutura funcional adequada ao projeto partindo das diversas
estruturas funcionais geradas.
3.1.2.3 Pesquisa por princpios de soluo
Nesta etapa da metodologia passa-se do abstrato ao concreto, da funo
forma onde a cada uma das subfunes da estrutura funcional escolhida na etapa
anterior atribudo um princpio de soluo (REIS, 2003).
Segundo Forcellini (2002), na busca de princpios de soluo pode-se utilizar
de vrios mtodos divididos por questes didticas, em convencionais, intuitivos e
discursivos. OQuadro 1 apresenta os principais mtodos utilizados.
Para Reis (2003), o emprego de todos os mtodos listados noQuadro 1 seriacontraproducente, e por isso deve-se escolher aqueles que melhor se adaptam ao
projeto na busca dos princpios de soluo.
CLASSIFICAO MTODO
ConvencionaisPesquisa bibliogrfica; Anlise de sistemas naturais; Anlises desistemas tcnicos existentes; Analogias; Medies e testes emmodelos.
IntuitivosBrainstorming; Mtodo 635; Mtodo Delphi; Sinergia; Analogia
direta; Analogia Simblica; Combinao de mtodos.
Discursivos
Estudo sistemtico de sistemas tcnicos; Estudo sistemtico com ouso de esquemas de classificao; Uso de catlogos de projeto;TRIZ- teoria da soluo de problemas inventivos; Mtodo da matrizmorfolgica.
Quadro 1 - Mtodos utilizados na busca por princpios de soluo. Fonte: Adaptado de Reis,2003.
3.1.2.4 Combinar princpios de soluo
Uma vez obtidos os princpios de soluo para cada uma das subfunes da
estrutura funcional do produto, necessrio combin-los de forma a atender a
funo global do sistema. Com emprego da matriz morfolgica proposta por Pahl et
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
26/64
25
al., (2005) so estabelecidas combinaes de princpios de soluo entre as
subfunes da estrutura funcional (linhas da matriz).
Neste mtodo lana-se na primeira coluna as subfunes a serem satisfeitas
a nas linhas correspondentes os princpios de soluo pesquisados. Aps a
interligao de todos os princpios de soluo escolhidos para cada subfuno, tem-
se uma possvel estrutura de funcionamento como possvel soluo global (PAHL et
al., 2005).
3.1.2.5 Selecionar princpios de soluo
De acordo com Reis (2003), para minimizar riscos de eliminar uma soluo
promissora h a necessidade de se empregar mtodos sistemticos de seleo deprincpios de soluo que se adaptem pequena quantidade de informaes
disponveis nesta etapa.
Adaptado das obras de Back, Forcellini apudReis (2003), o mtodo proposto
utiliza trs tcnicas para reduzir as variantes geradas a poucas promissoras
solues. AFigura 6 mostra a sequncia de uso dessas tcnicas.
TIPO DE
COMPARAOTCNICAS
BASE DE
COMPARAO
Muitas concepes
Julgamento da
viabilidadeExperincia
AbsolutaDisponibilidade
tecnolgicaEstado da arte
Exame
passa/no passa
ecess a e os
clientes
Poucas concepes Figura 6: Tcnicas para seleo de variantes de soluo. Fonte: Adaptado de Back,
Forcellini apudReis, 2003.
3.1.2.6 Evoluir em variantes de soluo
Segundo French apud Reis (2003), a partir deste ponto o nvel de
detalhamento de uma concepo deve permitir a continuidade do projeto e a
avaliao de sua viabilidade. Para tanto, a concepo deve ser desenvolvida at que
os meios de desempenhar cada uma das funes principais tenham sido fixados e
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
27/64
26
suficientemente detalhados para tornar possvel o clculo aproximado de pesos e
dimenses gerais e a exequibilidade na medida do possvel, possa ser garantida.
3.1.2.7 Avaliar Concepes
O objetivo principal desta tarefa o de escolher dentre as concepes
geradas pelas atividades anteriores o melhor dos conceitos, o qual ser
transformado em produto final (AMARAL et al., 2006). Para tal, faz-se necessrio o
uso de mtodos ou procedimentos sistemticos, compatveis com a limitao de
informaes e que auxiliem na tomada de deciso quanto escolha da melhor
concepo.
Um dos mtodos de seleo mais utilizados segundo Pahl et al. (2005), omtodo da matriz de deciso que utiliza critrios de avaliao, podendo ser estes
critrios as especificaes ou os requisitos dos clientes.
3.1.3 Projeto Detalhado
No projeto detalhado a disposio, a forma, as dimenses e as tolerncias de
todos os componentes devem ser finalmente fixadas, onde as especificaes dos
materiais e a viabilidade tcnica e econmica devem ser reavaliadas. Ao final destafase o modelo de produto expresso pela documentao completa necessria
produo do produto (PAHL e BEITZ apudREIS, 2003).
Para Forcellini (2002), nessa fase de projeto o modelo do produto evolui da
concepo ao leiaute definitivo do produto. Este ltimo deve ser desenvolvido at o
ponto onde uma verificao clara da funo, durabilidade, produo, montagem,
operao e custos, possam ser feita.
De acordo com Pahl e Beitz apudReis (2003), o nvel de detalhamento a seralcanado nessa fase deve incluir:
Estabelecimento do leiaute definitivo (arranjo geral e compatibilidade
espacial);
Projeto preliminar das formas (formato de componentes e materiais);
Procedimentos de produo;
Estabelecimento de solues para qualquer funo auxiliar.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
28/64
27
Uma sntese das atividades dessa fase pode ser visualizada no fluxograma da
Figura 7,onde empregado uma srie de normas e procedimentos padronizados
conforme as necessidades dos meios de fabricao.
Documentos eferramentas de apoio
Concepodo produto e
leiaute definitivo
Fase 3 - Projeto detalhado
Etapa 3.1 Elaborar projeto detalhado e desenhos de forma
Tarefa 3.1.1 - Identificar requisitos determinantes
Tarefa 3.1.2 - Produzir desenhos em escala
Tarefa 3.1.4 - Desenvolver leiautes prel. e des. de
formas dos port. de E.F. (T.3.1.3)
Tarefa 3.1.5 - Selecionar leiautes preliminares
Tarefa 3.2.1 - Buscar solues para as solues auxiliares
Etapa 3.2 - Elaborar leiautes detalhados e desenhos de formas
Tarefa 3.2.2 - Incorporar no leiaute e nos desenhos de
forma as solues para as funes auxiliares
Tarefa 3.2.4 - Avaliar sob critrios tcnicos e
econmicos
Etapa 3.3 - Finalizar verificaes
Tarefa 3.3.1 - Otimizar e completar os desenhos de
forma
Documentao do produto
Bibliografia
Equipe de
projeto
Especialistas
Tarefa 3.1.3 - Identificar os portadores de efeito fisico
determinantes
Tarefa 3.1.6 - Desenvolver leiautes prel. e des. de formas
p/ os demais portadores do E.F.
Tarefa 3.2.3 - Completar os leiautes gerais com todas as
funes incorporadas
Tarefa 3.3.2 - Verificar erros e fatores de perturbao
Tarefa 3.3.3 - Preparar lista de partes preliminares e
Etapa 3.4 - Revisar o projeto
Tarefa 3.4.1 - Verificar se o poduto atende as
especificaes
Tarefa 3.4.2 - Verificar se o produto atende as normas
Catlogos
tcnicos,
Ferramentas
de
modelamento,
Estimativa decustos, Normas
tcnicas
Ferramentas
computacionaisde apoio ao
desenho
Figura 7: Etapas da fase de projeto detalhado. Fonte: Adaptado de Reis, 2003.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
29/64
28
3.1.3.1 Elaborar leiautes preliminares e desenhos de formas
Segundo Reis (2003), esta etapa decomposta em vrias tarefas, so elas:
Identificao de requisitos determinantes;
Produo de desenhos em escala;
Identificao dos portadores de efeito fsico determinantes;
Desenvolver leiautes preliminares e desenhos de forma.
3.1.3.2 Elaborar leiautes detalhados e desenhos de forma
Nessa etapa deve-se prestar ateno nas normas referentes rea de
domnio do produto e normas gerais de projeto e produo, devem-se efetuar
clculos detalhados dos parmetros envolvidos (REIS, 2003).
A primeira tarefa desta etapa a determinao de quais funes auxiliares
essncias so necessrias tendo em vista a proposta em uso. Para essas funes,
buscam-se preferencialmente solues j conhecidas, como peas padronizadas ou
de catlogos (BACK et al., 2008)
A segunda tarefa a de incorporar no leiaute e nos desenhos de forma as
solues para as funes auxiliares observando as regras bsicas (clareza,
simplicidade e segurana) e as diretrizes de projeto abordadas detalhadamente naobra de Pahl et al. (2005) como metodologias de anteprojeto.
3.1.3.3 Finalizar as verificaes
Reis (2003), cita as principais tarefas constituintes desta etapa, so elas:
Aperfeioar e completar os desenhos de forma;
Verificar erros e fatores de perturbao;
Preparar lista de partes preliminares e documentos iniciais para a produo.
3.1.3.4 Revisar o projeto
De acordo com metodologia proposta, esta a ultima etapa do projeto
detalhado, sendo que a preocupao aqui a de verificar se o produto atende as
especificaes e as normas estabelecidas para que possa cumprir a funo para o
qual foi projetado.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
30/64
29
4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Neste capitulo so apresentados os resultados da aplicao da metodologia
proposta, onde as fases so desenvolvidas na mesma ordem da metodologia,
apresentando os dados e a evoluo do projeto.
4.1 PROJETO INFORMACIONAL
Nesta fase a primeira etapa foi o estabelecimento do ciclo de vida do produto
e os clientes ao longo de cada fase do ciclo. Aps a pesquisa por informaes
tcnicas apoiadas em bibliografia disponvel, estudo produtos semelhantes
realizado na reviso bibliogrfica e dilogo a empresa, foi possvel estabelecer o
ciclo de vida e os clientes ao longo do mesmo. No Quadro 2 so descritos osclientes em cada uma das 5 fases do ciclo de vida estabelecidas.
FASE DO CICLODE VIDA
CLIENTES
ProjetoNesta fase do ciclo de vida os clientes do projeto so as pessoas quedesenvolvem o projeto
FabricaoNesta fase os clientes do projeto so as pessoas responsveis pelafabricao dos componentes, ou seja, os colaboradores da empresa.
MontagemNesta fase os clientes so as pessoas responsveis por montar oscomponentes fabricados e deixar o produto pronto para operao
OperaoSo as pessoas que operam o equipamento diariamente ouperiodicamente na empresa
ManutenoOs clientes da fase de manuteno so as pessoas que efetuamperiodicamente a manuteno do equipamento
Quadro 2 - Ciclo de vida versus clientes do projeto.
A partir do estabelecimento do ciclo de vida e dos clientes ao longo de cada
fase, parte-se para o levantamento das necessidades de cada um dos clientes do
projeto.
4.1.1 Necessidades dos clientes
A obteno das necessidades dos clientes foi feita com utilizao de pesquisa
bibliogrfica, anlise de sistemas tcnicos similares, brainstorming, consulta a
especialistas e questionrios identificando os desejos dos mesmos em relao s
caractersticas produto.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
31/64
30
Dentre estes mtodos pode-se destacar o brainstorming e o questionrio
(apndice A) como os que mais retratam as necessidades dos clientes do projeto. O
Quadro 3 apresenta algumas das manifestaes dos clientes.
FASES DESEJOS DOS CLIENTES
Projeto Que seja simples
Fabricao
Que seja fcil de fabricar
Que seja barato
Oque no fabricado compra-se facilmente
Que possa ser fabricado na empresa
MontagemDe fcil montagem
Que possa desmontar e movimentar
Uso
Que pode ser operado com facilidade
Que tenha segurana
Que no quebre
Manuteno
Que seja fcil de consertar
Conserto com baixo custo
Que no apresente problemas
Que tenha vida til adequada
Quadro 3 - Necessidades dos clientes.
As necessidades foram classificadas e agrupadas de acordo com a fase do
ciclo de vida permitindo uma melhor elaborao da lista de requisitos (prxima
etapa).
4.1.2 Requisitos dos clientes
Nesta etapa as necessidades dos clientes obtidas no item anterior passam
por um processo de converso para obter um refinamento sob o ponto e vista mais
tcnico. O Quadro 4 apresenta os requisitos de cada cliente ao longo do ciclo de
vida.
FASE REQUISITOS DOS CLIENTES
Projeto 1. Ter projeto simples.
Fabricao
2. Fcil fabricao.
3. Baixo custo de fabricao.
4. Possuir componentes comerciais.
5. Possvel de fabricao pela empresa.
Montagem6. Fcil montagem.7. Ser desmontvel.
Continua
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
32/64
31
Uso8. Ser de fcil operao.
9. Ser seguro.
10. Ser confivel.
Manuteno
11. Fcil manuteno.12. Baixo custo de manuteno.
13. Pouca manuteno.
14. Ter vida til adequada.
Quadro 4 - Requisitos dos clientes do projeto.
4.1.3 Requisitos do projeto
Definidos os requisitos dos clientes, parte-se para definio dos requisitos de
projeto. Os requisitos do projeto so classificados de acordo com atributos do
produto, divididos basicamente em gerais e especficos. A converso dos requisitos
dos clientes em requisitos do projeto resume-se em dizer, como vai se atender ao
que o cliente necessita. OQuadro 5 apresenta os requisitos do projeto.
REQUISITOS DO PROJETO
AtributosGerais
Bsicos
Funcionamento
Suportar as solicitaes impostasTransportar a velocidade desejadaDirees de transporteAltura de levanteDistncia de deslocamento
Ergonmico Controle com poucos comandos
EconmicoCusto de fabricaoCusto de operaoCusto de manuteno
ConfiabilidadePerodo entre manutenes (MTBF)Vida til
Segurana Atender as normas de seguranaLegal Atender as normas aplicveis
Ciclo devida
Fabricabilidade
Peas especiais sem necessidade demquina especial
Possvel de ser fabricada comrecursos disponveis.
MontabilidadeMontagem com recursos disponveisTempo de desmontagem
Usabilidade Flexibilidade de geometria de cargasMantenabilidade Manuteno simples
Atributosespecficos
Materiais
GeomtricosPeas sofisticadas padronizadasTolerncias classe mdia
Material Materiais de baixo custoMateriais padronizados
Peso Peso por volume total da mquina
Energtico Cintico Possvel de instalao na rede localQuadro 5 - Requisitos do projeto.
Continuao
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
33/64
32
4.1.4 Hierarquizao dos requisitos do projeto
A primeira tarefa dentro desta etapa foi valorao dos requisitos dos clientes
atravs do emprego o diagrama de Mudge (Figura 8), que permite confrontar os
requisitos um a um de modo a avaliar qual destes mais importante e o quanto
mais importante na concepo do produto.
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 SOMA % VC1 2B 3A 4B 5B 6C 1B 8B 9A 10A 1C 11C 13B 14B 4 2 2
2 3C 2C 5B 2C 2C 2C 9A 10B 2B 2C 13C 14C 11 5 43 3A 5B 3A 3C 3B 9A 10C 3B 3B 3B 3C 30 14 9
4 5A 4A 4B 4B 9B 10C 4C 12C 13C 4B 18 8 75 5C 7C 5C 9B 10B 5B 5C 13C 5C 21 10 8
6 6A 6B 9A 10B 6C 12C 13B 14C 10 5 37 7B 9B 10B 11B 12B 13B 14B 4 2 28 9B 10C 8C 12B 13C 14B 3 1 1
9 9C 9C 9C 9C 9B 39 18 1010 10B 10C 10C 10B 28 13 9
A = 5 pts. Muito mais importante. 11 12B 13B 14B 3 1 1B = 3 pts. 12 13B 12C 12 6 5C = 1 pts. 13 13C 20 9 8
14 14 6 6Total 217 100
VALOR DE IMPORT NCIA
Mediamente mais importante.Pouco mais importante.
DIAGRAMA DE MUDGE
Nmero dos requisitos
Figura 8: Diagrama de Mudge.
Com o objetivo de facilitar a aplicao dos requisitos dos clientes na casa da
qualidade (QFD), os valores resultantes do Diagrama de Mudge foram atrelados a
uma escala de um a dez (VC), obtendo-se um agrupamento mais uniforme. O
Quadro 6 apresenta a valorao dos requisitos dos clientes.
VC Requisitos10 Ser seguro9 Baixo custo de fabricao
9 Ser confivel8 Possvel de fabricao pela empresa8 Pouca manuteno7 Possuir componentes comerciais6 Vida til adequada5 Baixo custo de manuteno4 Fcil fabricao3 Fcil montagem2 Ter projeto simples2 Desmontvel1 Fcil operao
1 Fcil manutenoQuadro 6 - Valorao dos requisitos dos clientes.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
34/64
33
4.1.5 Aplicao da casa da qualidade
A prxima tarefa consiste na aplicao do QFD, estabelecendo o grau de
relacionamento entre os requisitos dos clientes e os requisitos do projeto, conforme
Figura 9.No telhado da casa da qualidade (QFD) realizado o correlacionamento
entre os requisitos do projeto, procurando-se identificar qual o efeito da obteno
individual de cada um deles em relao a todos os demais.
Figura 9: Matriz da Casa da Qualidade.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
35/64
34
A hierarquizao feita pela matriz QFD gerou duas listas de requisitos do
projeto classificados por ordem de importncia, uma sem a considerao dos cor-
relacionamentos (sem o telhado) e outra considerando os cor-relacionamentos (com
o telhado). A partir deste ponto fez-se necessrio uma avaliao sobre qual lista
adotar, estabelecendo como critrio a coerncia da classificao em relao ao
projeto.
A lista de requisitos valorados foi dividida em trs partes (teros) conforme o seu
grau de importncia (mais importantes, importantes e menos importantes) facilitando
na comparao dos requisitos e na gerao de critrios no andamento do projeto.
Ao comparar os teros das duas listas de requisitos verificou-se que havia
diferenciaes entre as mesmas. Tendo como exemplo, no primeiro tero das duaslistas, dois requisitos de um total de oito no se repetem.
Diante disso, aps a reviso do preenchimento da matriz sem revelar erros,
optou-se por utilizar a lista de hierarquizao dos requisitos sem considerar o
telhado da matriz, pois apresenta mais coerncia em relao ao projeto.
4.1.6 Especificaes do projeto
Aps a hierarquizao feita na etapa anterior, a prxima etapa consiste naaplicao do quadro de especificaes, onde cada um dos requisitos do projeto
associado a mais trs informaes, so elas: valor meta; forma de avaliao e
aspectos indesejados. OQuadro 7 apresenta o tero superior das especificaes do
projeto.
REQUISITO VALOR METAFORMA DE
AVALIAOASPECTOS
INDESEJADOS
1 Custo de fabricao < R$ 80.000,00Soma de custos de
produo Custo de fabricao alto
2Atender a normasaplicveis
100% Anlise do projeto Excesso de precaues
3Fabricao comrecursos disponveis
100% Anlise do projetoNecessidade de recursos
especiais
4Atender as normasde segurana
100% Anlise do projeto Excesso de proteo
5Suportar assolicitaes
5 Toneladas Ensaio Superdimensionamento
6Peas semnecessidade de
mquinas especiais
100% ContagemUso de mquinas
sofisticadas
7Transportar avelocidade desejada
Trans.0,5 m/sElev. 0,1 m/s
Anlise cintica Danificar a carga
Continua
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
36/64
35
8Materiais de baixocusto
< 8,00 R$/kgSoma dos custosde matria prima
Custo elevado demateriais
9Custo demanuteno
< R$ 100 / msSoma de custos de
manutenoAlto custo com
manuteno
Quadro 7 - Especificaes do projeto - tero superior.
OQuadro 8 apresenta o tero mdio das especificaes do projeto
REQUISITO VALOR METAFORMA DE
AVALIAOASPECTOS
INDESEJADOS
10Materiaispadronizados
80% ContagemNecessidade de
materiais especiais
11Perodo entremanutenes
(MTBF)
> 6 meses MonitoramentoReduo do intervalo
de manuteno
12Peas sofisticadaspadro
100% ContagemAumento do custo de
fabricao
13Tolerncias classemdia
IT8 Medies Mau funcionamento
14Montagem comrecursos disponveis
100% ContagemNecessidade de
recursos especiais
15Direes detransporte
2 Anlise do projetoLimitao demovimentos
16Instalao na redelocal
220 V TestesRede local
incompatvel
17 Manuteno simples 15 anos Cronometragem Baixa vida til
19 Altura de levante >4,5 e < 5 m MedioNo atender anecessidade
20 Controle compoucos comandos
2 Contagem Aumento dacomplexidade
21Distncia dedeslocamento
Long. 24 mTrans. 5 m
MedioNo atender necessidade
22Tempo dedesmontagem
< 2 dias CronometragemPerda de tempoelevando o custo
23 Custo de operao < R$ 2,00 /hSom dos custos de
mo de obra +insumos
Elevado custo deoperao
24Peso/volume total damquina
< 7,9 Tonel./m Pesagem /medioElevado peso do
conjunto
25 Flexibilidade degeometria de cargas 90% Contagem No atender necessidade
Continuao
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
37/64
36
4.2 PROJETO CONCEITUAL
O projeto conceitual inicia-se com as especificaes do projeto e termina com
a determinao da concepo do produto. A seguir so apresentadas as etapas
desta fase.
4.2.1 Verificao do escopo do problema
Atravs da anlise das especificaes obtidas na fase anterior, partiu-se para
a verificao do escopo do problema, esta que a primeira etapa da fase de projeto
conceitual. Esta anlise possibilitou a determinao da natureza do problema que
reside em elevar e movimentar cargas.
Uma comparao das especificaes ao problema permitiu verificar umarelao direta destas com o mesmo, deste modo o escopo do problema continua
sendo vlido.
4.2.2 Estrutura funcional
A primeira tarefa dentro desta etapa o estabelecimento da funo global do
sistema com base no fluxo de energia, sinal e carga representado atravs de um
diagrama de bloco. As entradas e sadas do sistema permite realizar a tarefa demovimentao de cargas, conformeFigura 10.
Movimentar cargasCarga
Energia
Sinal
Cargas no localdesejadoEnergia
Figura 10: Funo Global.
Aps o estabelecimento da funo global a prxima etapa a subdiviso da
funo global em funes parciais e elementares visando facilitar a busca por
princpios de soluo. Baseando-se principalmente em sistemas tcnicos existentes,
a derivao da funo global ilustrada naFigura 11 apresentada por meio de uma
estrutura funcional que mais se adequada ao projeto.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
38/64
37
Figura 11: Desdobramento da funo global.
4.2.3 Princpios de soluo
Nesta etapa, para cada funo elementar determinada na etapa anterior soatribudos um ou mais princpios de soluo, como mostra o Quadro 10.De acordo
com o que prope Forcellini (2002), na busca por princpios de soluo utilizou-se o
mtodo da matriz morfolgica, alm da consulta a catlogos de fabricantes, sistemas
tcnicos existentes e pesquisas bibliogrficas.
FUNO PRINCPIOS DE SOLUO
Engatar acarga
Engate rpido Gancho Amarrao
Elevar a carga
Talha eltrica Talha manual Talha de alavanca
Sustentar acarga Cabo de ao Corrente
Sustentar aestrutura Sustentaono solo
Sustentaoarea
Continua
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
39/64
38
Gerar energiamecnica
Manualmente Motor pneumticoMotor eltrico
Transmitirenergia
mecnica Engrenagem Corrente Correia
Possuir grausde liberdade 1 2 3
Transf. energiaem movimento
linear Trole Trole e Roda Roda
Guiardeslocamento
Trilho perfil W Trilho perfil U Trilho perfil I
Dosarquantidade de
energia Botoeira comcabo Controle remoto Manualmente
Feedback dosistema Visual
Alerta sonoro
Automtico
Quadro 10 - Princpios de soluo.
4.2.4 Combinar princpios de soluo
Aps a pesquisa por princpios de soluo para cada uma das funes
elementares realizada na etapa anterior, faz-se necessrio a combinao das
mesmas buscando atender a funo global do sistema. Atravs do emprego da
matriz morfolgica e a luz dos critrios propostos por Pahl et al. (2005), a
combinao dos princpios de soluo gerou trs concepes alternativas que
compem a estrutura funcional do equipamento, apresentadas noQuadro 11.
FUNO CONCEPO 1 CONCEPO 2 CONCEPO 3
Engatar acarga
Gancho Engate rpido Engate rpido
Elevar a carga
Talha eltrica Talha eltrica Talha manual
Continua o
Continua
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
40/64
39
Sustentar acarga
Corrente Cabo de ao Cabo de ao
Sustentar aestrutura Sustentao no
soloSustentao no
soloSustentao area
Gerar energiamecnica
Motor eltrico Motor eltrico Manualmente
Transmitirenergia
mecnica Engrenagem Engrenagem Engrenagem
Possuir grausde liberdade
2 3 2
Transf. rotaoem movimento
linear Rodas Trole e rodas Trole
Guiardeslocamento
Trilho perfil W Trilho perfil W Trilho perfil I
Dosarquantidade de
energia Controle remoto Botoeira c/ cabo Manualmente
Feedbackdosistema Visual
AutomticoVisual
Quadro 11 - Concepes alternativas da estrutura funcional.
4.2.5 Seleo da combinao
Posteriormente a combinao de princpios de soluo gerando trs
concepes, preciso selecionar a concepo de estrutura funcional que melhor
desempenha a funo global do equipamento. O mtodo de seleo utilizado
adaptado de Forcellini (2002) faz uso de trs tcnicas diferentes, so elas:
Julgamento de viabilidade, disponibilidade de tecnologia e exame passa/no passa.
A aplicao da primeira tcnica, ou seja, o julgamento de viabilidade revelou
que a concepo 3 torna-se invivel por possuir elementos como a trilho de
deslocamento perfil I e a sustentao area, no sendo possvel sua fabricao. A
aplicao da segunda tcnica que avalia a disponibilidade de tecnologia para
Continua o
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
41/64
40
fabricao no eliminou nenhuma das concepes restantes, pois o produto pode
ser fabricada com a tecnologia disponvel.
Para a utilizao da tcnica passa/no passa elaborou-se um questionrio
(Apndice B) baseado nos requisitos dos clientes, onde buscou-se confrontar cada
requisito com as concepes alternativas. O Quadro 12 apresenta o resultado da
avaliao das duas concepes, sendo considerado no conclusivo, pois o
desempenho de ambas as concepes apresenta-se semelhante.
CONCEPORESPOSTAS
RESULTADO1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Concepo 1 p p p p p p p p np p p np p p passa
Concepo 2 np p np p p p p p p p p p p p passa
Quadro 12 - Avaliao Passa / no passa
4.2.6 Evoluo em variantes de soluo
A partir das tcnicas de seleo aplicadas, esta etapa busca detalhar as
concepes geradas de forma que os meios de desempenhar cada funo tenham
sido definidos, assim como as dimenses espaciais e estruturais de cada
componente. Nas Figura 12 e Figura 13 esto representadas, respectivamente as
concepes 1 e 2.
Figura 12: Concepo 1.
Ambas as concepes apresentam uma distncia de deslocamento
longitudinal de 24 metros, uma altura de 5 metros e uma largura de 4,7 metros,
sendo que se diferenciam apenas na capacidade de deslocar-se em determinadas
direes.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
42/64
41
A escolha de qual concepo ser transformada em produto final e que
seguir adiante na fase de projeto detalhado realizado na prxima etapa.
Figura 13: Concepo 2.
4.2.7 Avaliao das concepes
Com a aplicao da matriz de avaliao buscou-se avaliar as concepes
com relao aos requisitos do projeto atravs de uma anlise quantitativa. OQuadro
13 apresenta esta avaliao, onde a concepo 2 apresentou-se mais adequada
para atender aos requisitos de projeto, sendo o equipamento caracterizado como
uma ponte rolante.
Requisitos de ProjetoEspecificao de
projeto QFD ViConcepo
1
Nvel desatisfao daconcepo 1
Concepo2
Nvel desatisfao daconcepo 2
Custo de fabricao < R$ 80.000,00 182 10 5 50,00 3 30,00Atender a normas aplicveis 100% 171 9,4 5 46,98 5 46,98Fabricao com recursos disponveis 100% 144 7,9 5 39,56 5 39,56
Atender as normas de segurana 100% 130 7,1 3 21,43 5 35,71Suportar as solicitaes 5 Toneladas 129 7,1 5 35,44 5 35,44Peas s/ neces. de mquinas especiais 100% 124 6,8 5 34,07 5 34,07Transportar a velocidade desejada T 0,5 / E 0,1 m/s 102 5,6 3 16,81 5 28,02Materiais de baixo custo 8,00R$/kg 81 4,5 5 22,25 5 22,25Custo de manuteno < R$ 100 / ms 70 3,8 5 19,23 5 19,23Materiais padronizados 80% 65 3,6 5 17,86 5 17,86
Periodo entre manutenes > 6 meses 65 3,6 5 17,86 5 17,86Peas sofisticadas padro 100% 57 3,1 5 15,66 5 15,66Tolerncias classe mdia IT 8 53 2,9 5 14,56 5 14,56Montagem com recursos disponveis 100% 48 2,6 5 13,19 5 13,19Direes de transporte 2 44 2,4 3 7,25 5 12,09Instalao na rede local 220 V 43 2,4 5 11,81 5 11,81Manuteno simples 15 anos 31 1,7 5 8,52 5 8,52
Altura de levante >4,5 e < 5 metros 30 1,6 5 8,24 5 8,24Controle com poucos comandos
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
43/64
42
4.3 PROJETO DETALHADO
A partir dos conceitos definidos na fase anterior, na fase de projeto detalhado
a forma, as dimenses e os materiais devem ser fixadas e o modelo de produto
expresso pela documentao completa. Nesta fase torna-se comum o emprego de
ferramentas como, CAD, CAE entre outros, que facilitam o entendimento e reduzem
esforos.
4.3.1 Leiautes preliminares e desenhos de forma
A partir da escolha de uma concepo para ser transformada em produto
final, a primeira tarefa desta etapa a identificao dos portadores de efeito fsico
permitindo selecionar os componentes que desempenham as funes principais doequipamento. A Figura 14 apresenta o leiaute preliminar do equipamento e os
portadores de efeito fsico.
Figura 14: Leiaute Preliminar.
Atravs do leiaute preliminar proposto na Figura 14,podem ser visualizados
os principais componentes da estrutura do equipamento. A seguir esto descritos
algumas informaes e parmetros de cada conjunto.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
44/64
43
4.3.1.1 Cabeeira do trilho
A cabeceira do trilho responsvel por oferecer o feedback ao sistema de
translao, representando o fim do curso de translao da ponte, suportando o
impacto gerado pela inrcia do conjunto. Construdo em perfil W200 x15 de ao
carbono 1020, este componente apresenta um comprimento total de 5,77 metros. Os
detalhes da construo do mesmo podem ser visualizados no apndice C item 02.
4.3.1.2 Travamentos da estrutura
Os componentes 4 e 5 (travamento frontal e lateral) so os responsveis por
evitar o balano da estrutura no sentido transversal e longitudinal garantindo a
estabilidade nas condies mais severas de carregamento. Construdos em perfil W150x13 de ao carbono 1020, possuem chapas de fechamento nas suas
extremidades permitindo a sua fixao na estrutura atravs de ligao aparafusada.
Os detalhes da sua construo podem ser visualizados no apndice C, itens 04 e
05.
4.3.1.3 Colunas de sustentao
Responsvel pela sustentao da carga e de toda estrutura do equipamentoas colunas (componentes 3 e 6) so construdas em perfil W200X46,1 de ao
carbono 1020. Com um comprimento de 5 metros possuem fixada na extremidade
superior uma chapa de fechamento que permite a fixao dos trilhos sobre a
mesma. Na extremidade inferior possuem uma chapa de base fixada a coluna
atravs de nervuras com o objetivo de ajudar na estabilidade. Os detalhes da
construo deste componente podem ser visualizados no Apndice C. O item 4.3.2.4
deste captulo apresenta o clculo e seleo do componente.
4.3.1.4 Trilho de translao
Os trilhos (componentes 1 e 7) so o caminho pelo qual percorrem as rodas
de translao que movimentam a ponte no sentido longitudinal, tem a funo de
guiar o deslocamento do conjunto da ponte. Construdo em ao carbono 1020 de
perfil W360x51e 6,5 metros de comprimento, possui fixado na parte superior uma
guia que permite a orientao das rodas de translao. O dimensionamento e
detalhes da construo podem ser visualizados no Apndice C. O dimensionamento
deste componente pode ser visualizado no item 4.3.2.3 deste captulo.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
45/64
44
4.3.1.5 Conjunto da ponte
O componente 8 (Conjunto da ponte) tem como pea principal uma viga perfil
W410x53 de ao carbono 1020 com 5,7 metros de comprimento apoiada nas
extremidades em cabeceiras de perfil W150x22,5de 1,5 metros de comprimento
tambm de ao carbono 1020. O conjunto da ponte equipado com um sistema de
elevao e translao transversal composto por um trole e uma talha eltrica de
cabo de ao com capacidade para 5 toneladas.
O conjunto talha e trole esta equipado com um motor de elevao de 7,5 CV
com velocidade de subida de 0,07 m/s e um motor de translao de 0,75 CV com
velocidade de 0,23 m/s, ambos com motofreios controlados atravs de uma botoeiracom cabo. O detalhamento da construo do conjunto da ponte pode se visualizado
no apndice C item 08. Os dimensionamentos da viga da ponte e cabeceira podem
ser visualizados no item 4.3.2.1 e 4.3.2.2 respectivamente.
4.3.1.6 Rodas de translao
As rodas de translao (componente 9) so responsveis por transportar toda
a carga somada ao peso do conjunto de translao ao longo dos trilhos. Equipadoscom dois motorredutores eltricos sncronos de 0,5 CV possuem um dimetro
nominal de 0,25 m e movimentando-se a 0,5 m/s transformam o movimento
rotacional em movimento linear deslocando o conjunto da ponte ao longo dos trilhos.
Estes componentes no so fabricados pela empresa, sendo que as
especificaes descritas noQuadro 18 so baseadas na necessidades da aplicao.
4.3.2 Leiautes detalhados e desenhos de forma
Nesta etapa as informaes so mais refinadas sendo efetuado um
detalhamento dos clculos e a verificao quanto adequao para a soluo do
problema de projeto.
4.3.2.1 Dimensionamento da viga principal da ponte
Os dimensionamentos dos componentes seguem o determinado pela norma
NBR 8400 - Clculo de Equipamentos para Levantamento e Movimentao de
Cargas (ABNT, 1984) e pela CMAA 70 - Crane Manufacturers Association of
America - (AISE, 1983).
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
46/64
45
De acordo com os dados at ento apresentados o equipamento deve possuir
as caractersticas construtivas, apresentadas no Quadro 14.
CARACTERSTICAS DADOS UNID.Altura de levante 5 mDistncia de translao da talha 4,7 mDistncia de translao da ponte 24 mCarga de servio 5000 KgVelocidade de elevao 0,1 m/sVelocidade de translao da talha 0,5 m/sVelocidade de translao da ponte 0,5 m/sTempo mdio dirio de funcionamento 4 hMaterial AO SAE 1020 Laminado frio
Quadro 14 - Dados de entrada.
Conforme determinado na norma NBR 8400 (ABNT, 1984) a carga real na
viga principal da ponte resultante da aplicao de fatores que levam em conta as
condies de funcionamento e a carga de servio. O Quadro 15 mostra a
determinao das solicitaes empregadas no dimensionamento da viga.
SOLICITAES COMPOSIO VALOR
SG Solicitaes devidas
aos pesos dos prprioselementos
Viga da ponte (53 kg/m x 5,5 m) 292 kg
Talha e trole (Estimativa de peso) 500 kgSOMATRIO 792 kg
SLSolicitaes devido carga de servio
Carga de servio 5000 kgCoeficiente dinmico (Veloc. de elevao 0,1m/s) 1,15MULTIPLICAO 5750 kg
SH Solicitaes devidasa efeitos horizontais maisdesfavorveis
Soma da carga nas rodas 5792 kgCoeficiente devido ao rolamento 0,12MULTIPLICAO 695 kg
Mx Coeficiente demajorao
Numero convencional de ciclos = 6,3 x 104 Grupo 4Mx = 1Estados de cargas = P 2/3
Quadro 15 - Solicitaes empregadas no dimensionamento na viga.
Com base no Quadro 15 a Equao 1 demonstra o clculo da carga real na
ponte, onde:
SL= Solicitao devidas a carga de servio.
SH= Solicitaes devidas a efeitos horizontais mais desfavorveis.
SG= Solicitaes devidas ao peso dos prprios elementos.
Mx= Coeficiente de majorao.
(1)
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
47/64
46
= + +
= ( 5750
+ 695
+ 792
)
1
= Para o dimensionamento da viga da ponte admite-se que o maior esforo
ocorre quando o talha esta carregada e posicionada no centro da mesma. AFigura
15 demostra o carregamento na viga e o momento fletor gerado com a respectiva
carga.
Figura 15: Carregamento na viga principal.
De acordo com aFigura 15 o momento fletor mximo na viga 97618,13 N. A
prxima etapa o clculo do momento de inrcia mnimo que deve possuir a seo
transversal da viga atravs da Equao 2, retirada da NBR 8400, onde:
Fadm =Flecha admissvel: L / 800 (m)
P =Carga (N)
L =Comprimento da viga (m)
I =Momento de inrcia (cm4)
G =Mdulo de elasticidade: 200 (Gpa)
(2)
= 3
1
48
=70994,9 5,5
200 5,5/800
1
48
=,
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
48/64
47
Com momento de inrcia definido utilizou a tabela disponibilizada pela Gerdau
(2012) visualizada no Anexo A para definio do perfil da ponte. O perfil escolhido
o W410x53com as dimenses detalhadas no Apndice C e momento de inrcia
igual a 18734 cm4. Com a definio do perfil da viga realiza-se o clculo da tenso
mxima atuante na seo transversal da mesma atravs da Equao 3, onde:
Tmx. =Tenso mxima (MPa)
Tadm =Tenso admissvel (MPa)
Te =Tenso de escoamento do material: 350 MPa
Y =Distncia da borda a at a linha neutra da viga: 0,201 m
I =Momento de inrcia (cm4)
C =Coeficiente de segurana de acordo com a NBR 8400: 1,5Mf =Momento fletor mximo (N.m)
(3)
= = = 97618,13. 0,201
18734 4 3501,5 =
= =O uso da ferramenta Solidworks simulationxpressauxilia na visualizao do
comportamento e das reaes da viga da ponte com a aplicao da carga acima
descrita. O Anexo B apresenta os resultados deste estudo.
4.3.2.2 Dimensionamento da cabeeira
Para dimensionamento da viga da cabeeira temos que o mximo momento
fletor ocorre na mesma quando a talha carregada esta deslocada para a
extremidade da viga principal, gerando uma carga de 64998,6 N sobre o centro da
viga da cabeeira. O diagrama daFigura 16 demostra o carregamento na cabeeira
com 1,5 metros de comprimento, sendo que os apoios, ou seja, as rodas de
translao esto localizadas a 0,6 metros da aplicao da carga.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
49/64
48
Figura 16: Carregamento na viga da cabeeira.
De acordo com a Figura 16 o momento mximo para o carregamento de
19499,58 N.m. Sendo assim a prxima etapa a determinao do momento de
inrcia atravs da Equao 4.(4)
= 3 148 = 64998,6 1,2200 1,2/800 148
= ,Realizado o clculo seleciona-se a viga com um momento de inrcia superior
ao calculado atravs da tabela do Anexo A. O perfil escolhido o W150x22,5 (H)
com as dimenses detalhadas no Apndice C e momento de inrcia de 1229 cm4 .
Aps a seleo do perfil feita a verificao quanto s tenses atuantes na viga
atravs da aplicao da Equao 5.
(5)
=
=
= 19449,58. 0,076
1229 4
350
1,5=
=, =
O uso da ferramenta Solidworks simulationxpressauxilia na visualizao do
comportamento e das reaes da viga da cabeeira com a aplicao da carga acima
descrita. O Anexo B apresenta os resultados deste estudo.
64998,6 N
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
50/64
49
4.3.2.3 Dimensionamento do trilho
Para o dimensionamento do trilho admite-se que o maior esforo ocorre
quando ao a talha est posicionada na extremidade da ponte e uma roda do carro
de translao posicionada no centro do trilho. O diagrama daFigura 17 demostra o
clculo do momento mximo da viga do trilho de 6,5 metros de comprimento, sendo
que a carga gerada por cada roda de translao na viga de aproximadamente
35764 N.
Figura 17: Carregamento na viga do trilho.
Aps a determinao do momento mximo na viga a prxima etapa o
clculo do momento de inrcia atravs da frmula da Equao 6.
(6)
= 3 148 = 35764 6,5200 6,5/800 148
=
Com o momento de inrcia definido, seleciona-se a viga que atende a
solicitao atravs da tabela do Anexo A. O perfil escolhido o W360x51 com as
dimenses detalhadas no Apndice C e um momento de inrcia igual a 14222 cm4.
Aps a seleo do perfil da viga feita a verificao quanto s tenses atuantes na
mesma atravs da aplicao da Equao 7, onde a tenso mxima no poder
ultrapassar o valor da tenso admissvel.
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
51/64
50
(7)
= =
= 94774,6. 0,177514222 4 3501,5 = = , =O uso da ferramenta Solidworks simulationxpressauxilia na visualizao do
comportamento e das reaes da viga do trilho com a aplicao da carga acima
descrita. O Anexo B apresenta os resultados deste estudo.
4.3.2.4 Dimensionamento da coluna
Para o dimensionamento da viga da coluna da ponte admite-se que o mximo
esforo acorre quando o carro de translao est posiciona exatamente sob a
coluna de sustentao, gerando uma carga sobre a mesma de aproximadamente
64202 N, como mostra aFigura 18.
Figura 18: Carregamento na coluna de sustentao
A primeira etapa de clculo realizada com a determinao do momento de
inrcia atravs da Equao 8, onde:
Pcr =Carga crtica de flambagem (N)
I =Momento de inrcia (cm4)
G =Mdulo de elasticidade (N/m)
K =Fator de comprimento efetivo da coluna, (viga engastada e livre): 2
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
52/64
51
L =Comprimento da coluna (m)
C =Coeficiente de segurana: 1,5
(8)
=
2
64202 1,5 = 200 109/
2 52
=
Com o momento de inrcia definido seleciona-se a viga que atende asolicitao atravs da tabela do Anexo A tendo como limitante a largura mnima da
viga que deve ser de 171 mm. O menor momento de inrcia da viga selecionada
deve ser superior ao momento de inrcia calculado, sendo assim o perfil selecionado
o W200 x 46,1(H) com as dimenses apresentadas no Apndice C e momento de
inrcia de 1535 cm4.
Aps a seleo do perfil da viga feita a verificao quanto s tenses
atuantes na mesma atravs da aplicao da Equao 9, sendo que a tensomxima no poder ultrapassar o valor da tenso admissvel, onde:
Tmx =Tenso mxima de flambagem (N/m)
A =rea da seo transversal da viga: 58,6 (cm)
Te =Tenso de escoamento (N/m)
C =Coeficiente de segurana: 1,5
(9)
= /(/) =
= 200 109//(5/1535 458,6 2 ) 350 1,5
= , =
-
7/23/2019 Ediun Michels 2014
53/64
52
O uso da ferramenta Solidworks simulationxpressauxilia na visualizao do
comportamento e das reaes da viga da coluna com a aplicao da carga acima
descrita. O Anexo B apresenta os resultados deste estudo.
4.3.2.5 Dimensionamento dos motorredutores de translao da ponte
Para o dimensionamento dos motorredutores que realizam o movimento de
translao do conjunto da ponte sobre os trilhos utilizam-se as frmulas disponveis
na NBR 8400. Considerando a velocidade de translao da ponte igual a 0,5 m/s
(requisito de projeto) e o fator de resistncia ao rolamento de 0,007 (NBR 8400)
definido em funo do material da roda tem-se a fora de resistncia ao rolamento e
a potncia necessria de cada motorredutor, de acordo com as Equaes 10 e 11,onde:
Fr =Resistncia ao rol