edição de junho de 2010

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Jornal de OLEIROS INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA www.jornaldeoleiros.com Ano 1, Nº9, Junho de 2010 Preço: 0,01• Edição Mensal CONTINUA NA PÁGINA 7 PÁGINA 11 Director Paulino B. Fernandes Director-Adjunto Luis Mateus ÀGUIAS DO MORADAL É O NOVO CAMPEÃO Dr. Luis Mateus Novo Director-Adjunto do Jornal de Oleiros PÁGINA 7 PÁGINA 2 PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 5 PÁGINA 6 PÁGINA 7 PÁGINA 9 DESTAQUES OLEIROS PREPARA UM VERÃO ESCALDANTE Não bastava já a enorme activi- dade desenvolvida pelo Pôsto de Turismo, pelos Técnicos de Des- porto da Câmara ( Mestre Gravito em grande evidência), as piscinas, as praias fluviais, etc, etc, vamos agora entrar em programas de âmbito recreativo e cultural como os Santos Populares, a Música e ainda as variadas festas nas Fre- guesias., culminando na impor- tante FEIRA DO PINHAL. Definitivamente, OLEIROS ape- tece.Desenvolvimento Sustentável APONTAMENTOS CAÇADA REAL NA ISNA Capítulo V – Comarca da Sertã, nº. 192, 16 de Maio 1940 Alguns dados monográficos sobre a freguesia do Estreito Professor António Benjamim Mendes Turismo, Ponto por Ponto A Sustentabilidade e o Turismo PR4 OLR “Trilhos do Estreito” já foi inaugurado ÀGUIAS DO MORADAL FIZERAM ÉPOCA EXTRAORDINÁRIA Encerra-se mais um ano lectivo Marketing rural e a imagem dos territórios Em sessão solene no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Castelo Branco, Solar dos Viscondes de Oleiros, em um de Junho passado, foram assinalados os quinhentos anos da assinatura régia do Foral Manue- lino da então vila de Castelo Branco com o lançamento de obra da autoria do investigador Leonel Lucas Azevedo. Na obra, editada em livro de grande qualidade estética, gráfica e científica, é divulgado o foral e o estudo de que foi objecto, realizado pelo inves- tigador, com notável destaque para algumas particularidades do momento histórico em que foi outorgado e para algumas curiosidades do seu con- teúdo. A sessão foi presidida por Joaquim Morão, Presidente da CMCB, iniciou- se com uma conferência proferida por Professor João Paulo de Oliveira e Costa, do Departamento de História da Universidade Nova de Lisboa, autor de excelente biografia do Rei D. Manuel I. A importância do tema - impacto das reformas dos forais na política de D. Manuel I – e os dons oratórios do conferencista - enorme vivacidade e concisão de discurso conseguiram prender a constante atenção do auditório de cerca de uma centena de pessoas que enchiam o salão nobre. Leonel Azevedo, natural da Cardosa, foi aluno da escola primária local e da Escola Padre António de Andrade, prosseguindo estudos uni- versitários de alto grau, tendo recen- temente apresentado tese de Douto- ramento na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL, sobre o tema “ÉTICA E ESTÉTICA EM WITTGENSTEIN”. À Câmara Municipal de Oleiros, ao seu Presidente José Marques, e ao investigador, temos de lançar um repto. No dia 20 de Outubro de 1513 foi dado à Vila de Oleiros o seu foral Manuelino. Completar-se-ão, proxi- mamente, os 500 anos dessa efe- méride, que merece celebração. Não será de lançar uma obra similar de comemoração, estudo e divulgação desse documento histórico, que refor- mou o primitivo foral dado por volta do ano de 1232?JHSR FORAL MANUELINO DE CASTELO BRANCO Câmara Municipal de Castelo Branco celebra 500 anos do foral manuelino com lançamento de obra de Leonel Azevedo Fotodisco

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Page 1: Edição de Junho de 2010

Jornal deOLEIROSINFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

www.jornaldeoleiros.com • Ano 1, Nº9, Junho de 2010 • Preço: 0,01€ • Edição Mensal

CONTINUA NA PÁGINA 7PÁGINA 11

DirectorPaulino B. FernandesDirector-Adjunto Luis Mateus

ÀGUIAS DO MORADAL É O NOVO CAMPEÃO

Dr. Luis Mateus Novo Director-Adjunto do Jornal de Oleiros

PÁGINA 7

PÁGINA 2

PÁGINA 2

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PÁGINA 5

PÁGINA 6

PÁGINA 7

PÁGINA 9

DESTAQUES

OLEIROS PREPARAUM VERÃO

ESCALDANTE

Não bastava já a enorme activi-dade desenvolvida pelo Pôsto deTurismo, pelos Técnicos de Des-porto da Câmara ( Mestre Gravitoem grande evidência), as piscinas,as praias fluviais, etc, etc, vamosagora entrar em programas deâmbito recreativo e cultural comoos Santos Populares, a Música eainda as variadas festas nas Fre-guesias., culminando na impor-tante FEIRA DO PINHAL.

Definitivamente, OLEIROS ape-tece.n

Desenvolvimento Sustentável

APONTAMENTOS

CAÇADA REAL NA ISNA

Capítulo V – Comarca da Sertã, nº. 192, 16 de Maio 1940

Alguns dadosmonográficos sobre a freguesia doEstreitoProfessor António Benjamim Mendes

Turismo, Ponto por Ponto

A Sustentabilidade e o Turismo

PR4 OLR “Trilhos do Estreito” já foi inaugurado

ÀGUIAS DO MORADALFIZERAM ÉPOCAEXTRAORDINÁRIA

Encerra-se mais um ano lectivo

Marketing rural e aimagem dos territórios

Em sessão solene no Salão Nobredos Paços do Concelho de CasteloBranco, Solar dos Viscondes deOleiros, em um de Junho passado,foram assinalados os quinhentos anosda assinatura régia do Foral Manue-lino da então vila de Castelo Brancocom o lançamento de obra da autoriado investigador Leonel LucasAzevedo.

Na obra, editada em livro de grandequalidade estética, gráfica e científica,é divulgado o foral e o estudo de quefoi objecto, realizado pelo inves-

tigador, com notável destaque paraalgumas particularidades do momentohistórico em que foi outorgado e paraalgumas curiosidades do seu con-teúdo.

A sessão foi presidida por JoaquimMorão, Presidente da CMCB, iniciou-se com uma conferência proferida porProfessor João Paulo de Oliveira eCosta, do Departamento de História daUniversidade Nova de Lisboa, autorde excelente biografia do Rei D.Manuel I. A importância do tema -impacto das reformas dos forais na

política de D. Manuel I – e os donsoratórios do conferencista - enormevivacidade e concisão de discurso –conseguiram prender a constanteatenção do auditório de cerca de umacentena de pessoas que enchiam osalão nobre.

Leonel Azevedo, natural daCardosa, foi aluno da escola primárialocal e da Escola Padre António deAndrade, prosseguindo estudos uni-versitários de alto grau, tendo recen-temente apresentado tese de Douto-ramento na Faculdade de CiênciasSociais e Humanas da UNL, sobre otema “ÉTICA E ESTÉTICA EMWITTGENSTEIN”.

À Câmara Municipal de Oleiros, aoseu Presidente José Marques, e aoinvestigador, temos de lançar umrepto. No dia 20 de Outubro de 1513foi dado à Vila de Oleiros o seu foralManuelino. Completar-se-ão, proxi-mamente, os 500 anos dessa efe-méride, que merece celebração.

Não será de lançar uma obra similarde comemoração, estudo e divulgaçãodesse documento histórico, que refor-mou o primitivo foral dado por voltado ano de 1232?n

JHSR

FORAL MANUELINO DE CASTELO BRANCO

Câmara Municipal de Castelo Branco celebra 500 anos do foral manuelino

com lançamento de obra de Leonel Azevedo

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co

Page 2: Edição de Junho de 2010

Jornal de OLEIROS JUNHO 20102

EDITORIAL

BAR CALADO: [email protected]. Nac. 238, Alverca, Oleiros

Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial)

Um jornal que se afirma

O Jornal de Oleiros avançapara celebrar o primeiroaniversário. Não era crível apossibilidade deste aniversário.

Mas vamos celebrar.Celebramos desde já com a

alteração da qualidade de papeldesta presente edição.

Os Oleirenses merecem estenosso esforço.

Avançamos porque os Olei-renses confiam na nossa indepen-dência, dedicação e, especial-mente isenção.

Seguros do nosso trabalho e dasnossas convicções, independentese não dependentes, estamos areunir com o GRUPO DEAMIGOS do Jornal de Oleiros e,através das suas sugestões aajustar o jornal.

Sempre a ajustar em função doPovo que ouvimos e de quemestamos muito próximos.

É evidente que a qualidade e adedicação dos nossos Colabora-dores é determinante. Sem eles,poderíamos existir, mas aqualidade não seria a mesma.

O Dr. LuisMateus

é o novoDirector--Adjunto

Luis Mateus para os Amigos,poderia ter qualquer título nesteJornal.

A Sua dedicação a Oleiros, aSua qualidade profissional éinenarrável.

Luis Mateus, tal como eupróprio, com a ajuda de todos os

Colaboradores, criaremos ascondições para assegurar acontinuidade futura.

Um País à beira de um

ataque de nervos

Compreensivelmente o Paísvive em desânimo.

Possui uma classe políticainstalada preocupada com elaprópria, com as suas chorudasbenesses, reformas múltiplas, bemestar inatingível pela generalidadedos seus concidadãos.

Compreendemos e estamos deAcordo que as performances deexcelência devem ser bem pagas.

Não compreendemos o fossoenorme que separa os dirigentes dageneralidade dos cidadãos.

Não é aceitável que altosdignitários do estado usufruam devárias reformas e ainda do saláriode função.

Não é aceitável.Muito menos é aceitável que

estes mesmos dignitários venhampersistentemente à televisãoclamar pela necessidade de baixarsalários, reduzir reformas, ampliarimpostos e ainda pedir “férias emPortugal”…

Moda é também os ex-respon-sáveis das Finanças virem agoraclamar contra a situação de quesão responsáveis também.

” Lavam as mãos como Pilatos“ e somos obrigados a ouvir…

Não é aceitável.O País carece de outra classe

política.Sem esta mudança, o País não

resistirá.n

[email protected]

Actualmente, vivemos numMundo que se caracteriza poruma economia débil e em crise,assim como por uma enormepoluição que tem vindo aaumentar.

Neste âmbito, é em 1992, noBrasil, que surge a primeiracimeira- Cimeira da Terra/Rio-sugerindo que houvesse umdesenvolvimento sustentável,face à poluição existente no meioambiente.

Temos o caso do consumismoque, após os trinta gloriososconduziu à compra de bens supér-fluos inconscientemente, levandoas marcas a produzir diversos einúmeros produtos para ocomprador e, por consequência,esta superprodução acabou porajudar o meio ambiente a degra-dar-se, vista a vasta produção dasfábricas, servindo-se, deste mo-do, dos recursos naturais abusiva-

mente, já que o que importa é ointeresse económico.

Por outro lado, pouco são oscuidados que temos com o plane-ta, na medida em que raramentepensamos nos nossos actos:deitamos lixo para o chão, nemtodos reciclamos, não nos preocu-pamos com a libertação de gases,com o aquecimento global e comas chuvas ácidas…

Contudo, não podemos genera-lizar na totalidade, já que ao longodos anos temos sido abordadospara os cuidados a ter com a Terra,através de anúncios e propaganda,por exemplo e hoje em diatambém existem associações quepromovem a preservação daNatureza como a Green Peace,QUERCUS, Limpar Portugal…

Neste momento, dispomos deenergias renováveis, tais comoeólica, de ondas e marés, painéissolares… que perspectivam a

diminuição da elevada poluição eo desgasto e esgotamento dosrecursos naturais e energéticos.

No entanto, é verdade que há setenta fazer mais pelo planeta,porém um facto é que, há poucotempo, apareceu-nos a ideia dereciclar. Todavia, muitas vezes,não há condições para o fazer,dada a escassez de ecopontos e,como se não bastasse, quandoreciclamos, por vezes, osecopontos verde, azul e amarelovão para onde se leva o lixoorgânico, ficando, desta forma,sem qualquer efeito ou diferença.

Em suma, todos consideramos,à partida, a importância de agirmais e falar menos, assim vamosfazer o que ainda não foi feito,porque amanhã é sempre tarde demais!n

Soraia [email protected]

Desenvolvimento Sustentável

O mundo parece louco.Sismos em países pobres,vulcões adormecidos comnomes impronunciáveis,países aparentementeestáveis à beira do cola-pso financeiro,

Sinais do tempo quevivemos em que o quehoje é uma verdadeabsoluta, amanhã é umautêntico disparate semqualquer nexo.

Perderam-se valores,consciências, a noção dobem e do mal, do lícito edo ilícito.

De quem é a culpa?Dos governantes dirá a

maior parte do povo,descontente com asagruras da vida, da subidados impostos, do aumentodo desemprego, da subidados preços, enfim, tudoculpa do maldito défice, esse malúltimo que nos aflige e que nos fazviver em permanente tensão.

E mais uma vez a culpa morrerásolteira, acrescentarão os maiscépticos, que não acreditam na

justiça terrena. Quantos maisforem a pensar desta maneira maisdifícil será sairmos deste buraconegro.

É imperioso que cada um denós, nas mais variadas áreas

profissionais, contribuampara que o Estado en-quanto Pessoa de Bempossa renascer e criarcondições para que asgerações vindouras nãovivam períodos de sofri-mento.

Ficar à espera que osgovernantes resolvamtodos os problemas nãofacilitará a vida de cadaum de nós.

Temos que criar riquezaaproveitando os maisvariados recursos de quedispomos.

Cruzar os braços é sercúmplice das dificuldadesdo dia a dia.

E nós portugueses, emparticular, os que aindavivem e acreditam numpaís que não é só Lisboa eo resto é paisagem já pro-

vamos que somos empreendedorese dinâmicos.

Mãos à obra.n

Miguel Silva Costa Marques

APONTAMENTOS

Page 3: Edição de Junho de 2010

2010 JUNHO Jornal de OLEIROS 3

CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE CC OO NN TT AA BB II LL II DD AA DD EE ee SS EE GG UU RR OO SSee SS EE GG UU RR OO SSJosé Mateus & Filho - Contabilidade, Lda

Rua Cabo da Deveza6160-412 Oleiros

HOMENAGEM

Realizou-se de 17 a 22 deNovembro de 1901 econcretizou um sonho demuitas personalidades, in-cluindo o próprio Rei, que aadiou por duas vezes.

Foi seu principal mentor eorientador o Albicastrense emonárquico convicto –Tavares Proença – FranciscoTavares de Almeida Proe-nça, popularmente conhe-cido por Chico Rombo oupelo Soba da Rua de S.Sebastião que providencioupela aposentadoria do Rei naIsna, com mobiliário, uten-sílios, alimentos e pequenosarranos nas casas escolhidaspara acomodar Sua Majes-tade e Malaquias de Lemos,nascido em Castelo Brancoa 19 de Novembro de 1848,onde foi Ajudante de Co-mando do Regimento deCavalaria 8, do PríncipeReal e Comandante Interinodas Guardas Municipais. D.Carlos confiava e entregava a suadefesa pessoal a este militar,homem hercúleo, famoso pelosenormes bigodes e modos ríspidose enérgicos.

Faziam parte da comitiva, entremuitos outros: o Conde de Arnoso– Bernardino Pinheiro Correia deMelo, natural de Guimarães,oficial de Engenharia que fez parteda Tertúlia Literária “Vencidos daVida”; Seu cunhado o Conde deSabugosa; O Conde de Mafra –Mello Breyner; Luís Fevereiro,monárquico Albicastrense e JoséPinto das Sarzedas, aparentado àfamília Rebelo de Oleiros, pres-tantes colaboradores do PadreJoão Barata nas reparações dascasas Ribeiro e Rafael escolhidaspara aboletarem o Rei e comitiva.O Padre João Barata Dão, além deprovedor do empreendimento,sendo Pároco e Presidente da Juntade Freguesia da Isna, sua terranatal, foi nomeado Director daCaçada.

O Rei, chegou a Castelo Brancoàs seis horas da manhã deDomingo no comboio correio,onde foi aclamado pela população.

Almoçou e ouviu missa emSarzedas, celebrada pelo PadreJosé Nogueira de Brito. Seguiramem cavalgada por Catraia Cimeirae Sobreira Formosa até aos limitesda Freguesia de Isna, onde aguar-davam as gentes das redondezasque receberam o Rei com efusivasdemonstrações de apreço.

Reza a tradição que na primeiranoite na Isna, talvez devido aopeso do Monarca, talvez devido adeficiente montagem da cama deferro, esta abateu, facto que emvez de arrelia, foi motivo de risotapara Sua Majestade que desatouem descontraídas gargalhadas.

No primeiro dia de caça, acomitiva, sob orientação do PadreJoão, embrenhou-se pela margemdireita da ribeira até ao Vale daLousa e Póvoa de Vale Mendo,tendo sido abatidos vários javalis eavistados alguns outros. Osegundo dia de montaria ocorreuno sítio de Vale Verde e, João daMata Lopes, natural e residente noLugar de Tojais, foi o único aabater um javali. Terceiro e quartodias, realizou-se a batida nasArneiras ou Amieiras da Roda,onde batedores, cães e petardos de

dinamite foram empreguesem força e onde no primeirodestes dias o Rei abateu umjavali que pesou oitenta edois quilos e meio (cincoarrobas e meia). Muitosforam os porcos aí pres-sentidos e referenciados,como previsto, mas as bre-nhas matagosas e cerradasnão possibilitavam portas quefacultassem bons campos detiro e visibilidade para oscaçadores.

Desde que o Rei se instalouna Isna, os moradores daaldeia e arredores, tiveram àdisposição na cozinha Real assuas refeições diárias. Nãoquerendo perder a oportuni-dade da presença do Rei, opovo convergiu para solicitarum melhoramento. Foramprecisamente três mulheresque se atreveram a fazer opedido de construção de umafonte de bica que substituísseas existentes, de chafurdo.

Aceite o pedido, lá está a fonteconcluída em 1903, sendoMinistro das Obras Públicas –Paco Vieira e que o povo chama deFonte do Rei ou Fonte dasMulheres, que atesta a passagemde um Rei por esta bela e modestaaldeia.

José Ribeiro Afonso

José Ribeiro Afonso deixou-nosno passado dia 30 de Maio. Era umamigo deste jornal e alguém quetinha ainda muito para dar aopatrimónio cultural do concelho.Autor dos livros Beira Baixa –Isna: História, Gentes e Usanças eA mim dito foi, José RibeiroAfonso lançou-se com determina-ção na elaboração destas obras, asquais pretendeu deixar comolegado para gerações vindouras.

Este é um fiel testemunho dadedicação e amor que sempre teveà sua terra natal. Ficará parasempre na nossa memória. AtéSempre!n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

COMISSÃO DIRECTIVA DO” MAIS CENTRO” COM NOVA EQUIPA

A Comissão Directiva do Mais Centro - Programa OperacionalRegional do Centro tem uma nova composição. Ana Abrunhosa, emrepresentação do Governo, e Isabel Damasceno, indicada pelaAssociação Nacional de Municípios Portugueses, são as novas vogaisexecutivas do Mais Centro.

Alfredo Marques mantém-se como presidente da Comissão Directivado Mais Centro, após ter sido reconduzido pelo Governo no cargo dePresidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regionaldo Centro (CCDRC).

Relativamente aos vogais não executivos também não houvealterações, mantendo-se Raul Martins, em representação do Governo, eJoaquim Morão, como vogal indicado pela Associação Nacional deMunicípios Portugueses.n

Feira do pinhalPARTICIPE

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CAÇADA REAL NA ISNA

Page 4: Edição de Junho de 2010

Jornal de OLEIROS JUNHO 20104

BIG barSérgio André Martins HenriquesEstr. Nac. 238, Ameixoeira • Telem. 965 839 770

Neste capítulo V, professorAntónio Benjamim aponta umaoutra riqueza natural, omedronheiro e o vício local deexcessivo consumo de aguardentepelos homens e, também já pelasmulheres.

Deixou aqui registados algunsdados sobre o clima e sobre afauna selvagem e termina comreferência à técnica deconstrução das “calçadas” paraformar produtivas terras decultura.

As suas palavras referem-se,sobretudo, às gentes das Póvoas.

*“A freguesia comporta duas

zonas climatéricas perfeitamentedistintas: a zona norte, ventosa efria que avista a nordeste a serra daEstrela, e a zona sul, temperada eescapa aos constantes ventos denorte e nordeste. Nestas zonas, aflorescência da urze e da queirozdá-se respectivamente, em fins deJaneiro a meados de Fevereiro eem fins de Fevereiro a fins deMarço.

Porque o monte aqui vem maiscedo, o apicultor avisado muda oseu colmeal para a zona norte,depois das abelhas haverem tiradoo máximo proveito do ‘monte’ nazona sul, facilitando assim a vidada cidade e proporcionando àsobreiras aumento de tempo, detrabalho e de abastança.

É também a zona sul que maisconvém às vigências domedronheiro, entre misturando-secom a esteva, lintrisca, urze epinheiro e chegando a atingirquatro a cinco metros de altura.

É ainda a região do bosque,couto predilecto do lobo, gato-montês, raposa texugo, javali ecoelho.

O habitante da zona sul –Povoas – (há bastantes povoadosnesta zona a que o habitante dazona norte chama Póvoas) faz,

anualmente, alguns milhares deescudos em água-ardente demedronho.

Há quem atinja a colheita de 400litros de medronheiro, emdeterminados anos.

É sensível a quantidade deaguardente produzida entre nós.

E, por mal dos nossos pecados,constitui ela bebida quotidiana damaior da população.

O homem cá do sítio, o operárioprincipalmente, excede-se no usoda substância venenosa que bebecomo que se de água fora.

Grande mal, verdadeiro contá-gio a depauperar incessantementea robustez da gente da ‘Serra’.

Sem pão a qualquer dasrefeições passa-se perfeitamente,porém, sem o ‘mata-bicho’ demeio litro, quando calha, é coisaque faz muita falta.

E o pior é que também asmulheres vão adquirindo o víciodos homens e, por isso mesmo, onefasto abuso reveste excepcionalgravidade. Quem nos acode?

Não obstante o gasto supérfluo eprejudicial de aguardente em cadaano, a freguesia não consome toda

a medronheira que produz.Exporta-a para algumas das fre-guesias limítrofes, sendo principalcentro de venda Oleiros.

Aceite-se, sem exagero, a médiaanual de 600 decalitros deaguardente, cá na freguesia.Vendida ao preço de 25$00 pordecalitro, perfaz o rendimento de15.000$00, sem outro trabalhoalém da colheita.

È que o medronheiro, à seme-lhança do pinheiro e da urze, sósabe dar, não aprendeu a pedir.

E dá colheita farta quase todosos anos.

Durante o inverno oferece aindaalimento nutritivo à cabra e àovelha.

Estes animais, quando a pas-tagem falha nos vales e nas en-costas, aceitam de bom grado afolha larga e viçosa domedronheiro.

Em bom terreno, atinge conside-rável altura e, neste caso, éaproveitado para cavalo da videirado embarrado, abundante na zonasul. Como o solo á bastanteacidentado, existem em tal zonafrequentes correntes (ribeiros) que

somente no inverno e princípio daprimavera, época das enxurradas,vertem água para a Ribeira deAlcova.

Estes Ribeiros, desde longadata, vêm de ser adaptados àcultura da videira trepadora,oliveira e fruteiras.

Os proprietários construíram,desde a foz à origem das aludidascorrentes, uma espécie debarragens a que dão o nome deaçudes, Destinam-se a captar, emvez de água, terra humosa enutritiva que desce da encosta sobo impulso das águas pluviais.

Dois ou três anos após aconstrução, o dique retém grandequantidade de terra fértil a que olavrador, daqui, chama ‘calçadas’.

Quase todos os ribeiros eregatos se encontram transfor-mados em calçadas que lembram,quando observados a certa dis-tância, do lado fronteiriço, enormeescadaria de acesso ao andarsuperior da habitação.”n

(Continua)

João H. Santos Ramos [email protected]

Capítulo V – (Comarca da Sertã, nº. 192, 16 de Maio 1940)

Alguns dados monográficos sobre a freguesia do Estreito

Professor António Benjamim Mendes

AGENDA

14 de Junho (Segunda-feira) -Início da 1.ª Prova “Oleiros “Power”

(testa a tua força)” promovida pelocorpo técnico da área do Desporto doMunicípio. Local: Ginásio Municipalde Oleiros.

14 a 18 de Junho - SemanaCultural: Exposições; Peddy-paper;Mini-olimpíadas; Festa deEncerramento do Ano Lectivoorganizada pelo Agrupamento deEscolas Padre António de Andrade.Local: Escola Padre António deAndrade em Oleiros.

18 de Junho (Sexta-feira) -Caminhada Nocturna do Ciclo deCaminhadas “Oleiros em Marcha”.Início: 21 H. Local: Oleiros.

20 de Junho (Domingo) -Caminhada Diurna do Ciclo deCaminhadas “Oleiros em Marcha”.Início: 9 H. Local: Oleiros.

23 de Junho (Quarta-feira) - Horado Conto: “O rapaz doshipopótamos”, da autoria deMargaret Mahy, contada por HelenaLopes. Actividade destinada aosalunos do ensino pré-escolar deOleiros, Santa Casa da Misericórdiade Oleiros, Estreito e Orvalho (10H).Local: Casa da Cultura de Oleiros.

25 a 27 de Junho - 3.º Torneio deFutebol de 7 promovido pela Casa doBenfica em Oleiros. Local: CampoMunicipal de Oleiros.

26 de Junho (Sábado) - Marchaspopulares alusivas aos festejos dosSantos Populares promovidas peloRancho Folclórico e Etnográfico deOleiros, pelas 21H30. Local: Oleiros.

Encerramento das Escolas deFutebol e de Dança da Casa doBenfica em Oleiros. Local: PraiaFluvial de Açude Pinto.

27 de Junho (Domingo) -Caminhada do Ciclo de Caminhadas“Oleiros em Marcha”. Início: 9 H.Local: Oleiros.

3.º Passeio Turístico de Mo-torizadas organizado pela AssociaçãoPinhal Total. Local: Oleiros.

18 de Julho, data da celebraçãodos 50 anos de Sacerdócio doCónego Martinho Pereira Carsosoem Oleiros. Festa em preparação.

Notícias de Portugal e do Mundo sempre

em actualizaçãoVeja em:

www.jornalpovodeportugal.eue-mail:

[email protected]

Page 5: Edição de Junho de 2010

Numa altura em que o Verão está à porta, eque praticamente todos os destinos turísticoscosteiros ou os vocacionados para o sol e mar,aguardam pela tão espera “enchente”, importaum olhar crítico sobre a actividade, não só paraenaltecer a indústria, mas também para analisaraquilo que deve ser mudado.

O turismo, como tem vindo a ser abordadonas últimas edições, desempenha actualmenteum papel primordial na economia moderna,sendo na maioria dos casos sinónimo de desenvolvimento e produção deriqueza. Não obstante, a actividade turística muitas vezes é tambémresponsável por actos de devastação, que acabam por não servir o seupropósito inicial, destruindo o destino turístico de uma forma permanente eprovocando danos irremediáveis.

O ”tema sustentabilidade” não será, provavelmente, novo para o leitor,nem a questão do desenvolvimento sustentável. Este é um conceito sistémico,relacionado com a continuidade dos aspectos económicos, sociais, culturais eambientais da sociedade humana. Entende-se, portanto, que este é um meiode configurar a actividade humana, de forma a que as suas necessidadespossam ser preenchidas, ao mesmo tempo que se preserva a biodiversidade eos ecossistemas naturais.

Ainda que no turismo da “era moderna” impere esta doutrina ela é, porvezes, esquecida, em detrimento de interesse económicos. O apeloeconómico comercial de “produtos de massa”, como o produto Sol e Mar,não pode mais ser suficiente para garantir o sucesso do destino. Cada vezmais a população urbana procura o campo, a natureza e os espaços abertosonde é possível o contacto directo com elementos naturais, que não a praia ea areia.

Como na generalidade das actividades económicas depois de afectadas porproblemas graves resultantes da massificação da actividade, também noturismo, os princípios da sustentabilidade surgem como a grande “panaceia”.Assim, para o futuro, procura-se que o desenvolvimento turístico passe pormedidas e iniciativas de planeamento profundo, de forma a que a integridadesocial e económica das populações, bem como a perenidade do patrimónionatural, cultural e edificado seja salvaguardado.

Em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), é oturismo do interior que actualmente começa a merecer a preferência doturismo interno, apresentando assim maior probabilidade de compatibilidadecom os princípios da sustentabilidade.

Cada vez mais, vários municípios do interior encontram na actividade deturismo de natureza, um produto de qualidade, vendável e com procura, eassociam a esse conceito, um verdadeiro desígnio de preservação, incutindona população e nos visitantes práticas de preservação ambiental, e garantindoassim que os turistas que usufruem do destino hoje, zelarão pela suapermanência.

Cada vez mais o mercado se direcciona para uma movimentação antisazonal, onde as férias uma vez ao ano, dão origem a vários períodos deférias, repartidos pela duração do ano e de menor duração. Neste sentido, ointerior do país poderá sair a ganhar, uma vez que oferece um produtoalternativo, tradicional, que se deseja devidamente planeado, inovador e dequalidade. Desta forma, o território que em tempos se encontrava estéril deoportunidades apresenta agora características que vão ao encontro dasnecessidades do mercado, permitindo também implementar um produto deraiz, salvaguardando a diversidade natural e cultural, e permitindo usufruir dodestino hoje, sem comprometer esse mesmo usufruto amanhã.n

Hugo Teixeira [email protected]

2010 JUNHO Jornal de OLEIROS 5

CASTELO BRANCO

O Professor Coordenador DoutorCelestino Morais de Almeida será opróximo director da Escola SuperiorAgrária de Castelo Branco para operíodo 2010 - 2014.

Com 9 votos a favor, 4 votos embranco e 1 voto nulo, o Prof.

Celestino Almeida foi eleito nopassado dia 28 de Maio, em reuniãodo Conselho de Representantesonde estiveram presentes 14 dosseus 15 membros, representantesdos professores e investigadores (9),do pessoal não docente

(2) e dos estudantes (3).Após a eleição e depois da

intervenção do Presidente doConselho de Representantes felici-tando o novo director, o Prof.Celestino Almeida agradeceu aconfiança nele depositada garan-tindo tudo fazer em prol da Insti-tuição.

O ainda director da ESACB, Prof.António Moitinho Rodrigues,desejou felicidades e muito sucessoao novo director manifestando totaldisponibilidade para, como docenteda ESACB, continuar a contribuirpara o crescimento da Escola.

Município do Fundãosensibiliza população

para a prevenção dos

incêndios florestais

O Serviço Municipal deProtecção Civil do Fundão irá levara cabo, durante o mês de Junho, umconjunto de acções de sensibilizaçãorespeitantes às medidas de pre-venção que os cidadãos deverão terperante a problemática dos incên-dios florestais.

As acções irão decorrer nas fre-guesias do concelho que, pela suanatureza, apresentam maior risco deincêndio, tendo lugar nasrespectivas Juntas de Freguesia,pelas 20.30h, nas seguintes datas:

2 de Junho - Enxames7 de Junho - Bogas de Baixo8 de Junho - Barroca14 de Junho - Bogas de CimaDe referir, ainda, que estas acções

serão coordenadas por técnicos doServiço de Protecção Civil, com acolaboração de elementos doSEPNA da GNR (Serviço deProtecção da Natureza e do

Ambiente da Guarda NacionalRepublicana).

Os incêndios são a maior causa dedestruição da floresta no concelho,devendo as populações ter algunscuidados essenciais para evitar apropagação dos mesmos, nomea-damente na criação de perímetros desegurança nos aglomerados popu-lacionais e tendo especial atenção aoperíodo crítico de incêndios quedecorrerá entre 1 de Julho e 15 deOutubro

VILA DE REI APOSTANA QUALIDADE

DE VIDA

O Município de Vila de Reiaprovou no passado dia 21 de Maioa adjudicação da empreitada da 3ªFase da Requalificação Urbana -Requalificar e Promover o Desportoe o Bem-Estar.

Amencionada obra foi adjudicadaà firma Constrope - Construções SApelo valor de 1.183.117,56? e umprazo de execução de 75 dias.

Esta empreitada constitui-seassim como o terceiro passo de umarequalificação que abrangeu a sedede Concelho na sua totalidade, econstituiu uma forte aposta daautarquia.

Depois de requalificar as infraes-truturas básicas como os sistemas deabastecimento de aguas e esgotos,ordenar o estacionamento, os pas-seios e sinalização rodoviária, aautarquia aposta agora em dotar omunicípio de infraestruturas quepotenciem a qualidade de vida,através do desporto e lazer, comoseja a construção de uma piscinadescoberta e de um polidesportivodescoberto, mas sobretudo, fazer ainterligação entre o Parque Escolar(Escola EBI, Creche e Jardim de

Infância) com a zona do lava-douro e pontão de Vila de Rei, cujasobras se encontram em fase deconclusão.

Estas unidades vem assim deencontro às necessidades sentidaspela população no que respeita àoferta de unidades desportivaspotenciando o bem-estar esobretudo a qualidade de vida, comotambém requalificar e ordenar oespaço de lazer que se encontra nocentro de Vila de Rei face aoalargamento do parque habitacionalde Vila de Rei, contribuindo lar-gamente para o reforço da segurançae condições de acesso de toda apopulação que frequentam o ParqueEscolar, a Casa do Idoso, o NovoQuartel da GNR, bem como todosos equipamentos de utilizaçãocolectiva, como o Campo deFutebol, as Piscinas, Ginásio, etc.

Sublinha-se que a RequalificaçãoUrbana, nas fases já executadasascende aproximadamente aomontante de 2.000.000,00?, e setivermos em conta a empreitadaadjudicada recentemente, estaascende a cerca de 3.200.000,00?,constituindo esta, na sua globalidadea uma das mais importantes infra-estruturas realizadas no nossoMunicípio, em termos de peso orça-mental, mas sobretudo, em termosde contribuição para a melhoria daqualidade de vida de todos.

Para Irene Barata, presidente daautarquia Vilarregense, “estamos acaminhar consolidadamente para amelhoria da qualidade de vida detodos os Vilarregenses. É para issoque trabalhamos diariamente,procurando sempre mais e melhor.

Esta empreitada vem assim darseguimento ao nosso projecto para oMunicípio de Vila de Rei, de acordocom o que nos propusemos antes dopresente mandato.”n

RONDA PELO DISTRITO

Turismo, Ponto por Ponto

A Sustentabilidade e o Turismo

TURISMO

Page 6: Edição de Junho de 2010

Jornal de OLEIROS JUNHO 20106

OLEIROS

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A nossa Amiga Deolinda Martins investiu na ampliação dos seusnegócios e veio reforçar a oferta de instalações turísticas, bemlocalizadas e confortáveis. Um espaço agradável com quartos bemdecorados, é uma nova oferta que importa divulgar, podendo sercontactada pelo telefone; 272 682 596. n

Já foi inaugurado o primeiropercurso pedestre sinalizado dafreguesia do Estreito, o PR4OLR - “Trilhos do Estreito”.

Num dia bastante solarengo,responderam à chamada cerca de130 participantes, alguns dosquais oriundos dos mais variadospontos do país.

Em representação do municí-pio, esteve o Vereador Victor An-tunes.

Após um pequeno-almoço eum briefing de apresentação,deu-se início ao percurso, o qualincluíu ainda um reforço ali-mentar e um almoço de convívio.

Recorde-se que este percursocircular, definido pela Asso-ciação Trilhos do Estreito, possui10 Km e contempla a passagempor locais bastante agradáveis aolongo da Ribeira de Pêro Beques,assim como a passagem pelas

localidades do Estreito, Retaxo,Ameixoeira e Roqueiro. Segun-do a organização, esta sinaliza-ção de carácter definitivo tem amais-valia de permitir que qual-quer pessoa realize o percurso,em qualquer altura do ano.

Este é apenas o primeiropercurso sinalizado daquelafreguesia, estando já definido umoutro percurso, contemplandodesta vez a Serra do Moradal.n

PR4 OLR “Trilhos do Estreito” já foi inaugurado

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2010 JUNHO Jornal de OLEIROS 7

Não podemos deixar de assinalar ocrescimento exponencial do ÀGUIAS. Soba batuta do Presidente Aníbal Antunes,capitaneados pelo David Gonçalves edirigidos pelo experiente António Belo, oÀguias venceu tudo o que tinha para vencere está agora perante um novo e maiscomplicado desafio.

As estruturas são agora essenciais.Talvez o facto de terem de jogar na sede

do Concelho devido ao actual campo nãopossuir condições, seja factor de união em

Oleiros e permita a dinamização das duasequipas existentes ou, até num passo maisarrojado, mas eventualmente inteligente,possamos pensar num único e maior clube.Porque não?

Destaque para a Direcção que estevepresente na distribuição de faixas aosCAMPEÕES, com evidente preponderânciapara um Amigo da região e do Àguias, oEng. Bártolo.

O Àguias foi fundado em 19 deNovembro de 1978 e foi um previlégio terassistido à festa.n

ÀGUIAS DO MORADALFIZERAM ÉPOCA

EXTRAORDINÁRIA

Luis Mateus, desde a primeira hora Amigodo Jornal de Oleiros e Presidente doConselho de Fundadores, é o novo Director-Adjunto do Jornal de Oleiros.

Luis Mateus dispensa apresentações.Amigo do Concelho, apaixonado pela

região, vem ajudar a dar resposta àscrescentes solicitações que muito noshonram.

Homem de letras, culto, Amigo doAmbiente e defensor acérrimo da região, é oAutor do importante Blog:

http://olharbemoleiros.blogspot.comUm Jornal que fica mais forte.n

Dr. Luis Mateus

Novo Director-Adjunto do Jornal de Oleiros

FUTEBOL

Page 8: Edição de Junho de 2010

Jornal de OLEIROS JUNHO 20108

e-mail: [email protected].: 272 107 999

Agora com pagamento de facturas domésticase carregamento de telemóveis

O Que Se Vê DaquiNo passado dia 6 de Junho realizou-se mais uma

edição do Festil, o Festival da Canção Infantil. Trata-sede uma excelente iniciativa organizada pela ARCO,Associação Recreativa e Cultural de Oleiros, que já vaina sua 14ª edição e que envolve também o Agru-pamento de Escolas Padre António de Andrade, atravésdas Escolas de todo o Concelho.

Sendo este o mês dos Santos Populares, temos porconseguinte um mês cheio de actividades em Oleiros.Desde logo as Marchas Populares, englobadas nosfestejos dos Santos Populares e onde se prevê umagrande participação, organizadas pelo RanchoFolclórico e que tem também agendado para dia 3 deJulho o seu Encontro Anual de Ranchos. No dia 27 deJulho esta agendado o Passeio de Motorizadas daPinhal Total, mais um dia para um passeio pela naturezado nosso Concelho que se prevê bastante animado eparticipado. Nesse fim de semana teremos também o 3ºTorneio de Futebol de 7 marcado para o CampoMunicipal de Oleiros, com a organização da Casa doBenfica.

Como podem constatar, temos um mês de Junho eprincipio de Julho bastante animado em Oleiros,mostrando desta forma a vitalidade das nossasAssociações, que nos convidam a sair de casa,desfrutando do bom tempo que se faz sentir eaproveitando os recursos e instalações que temos aonosso dispor.

Na altura em que escrevo este artigo, ainda não sesabe qual a data para a realização da Assembleia Geralda ARCO. Em minha opinião, a qual já manifesteianteriormente, esta Assembleia já devia ter sidorealizada. Neste momento e pelo que se sabe, não háninguém com disponibilidade para se candidatar.Espero que apareça alguém pois a ARCO é umaAssociação com bastante valor e que faz muita falta àSociedade Oleirense.n

António [email protected]

CRÓNICA

OBITUÁRIO

• Em 30 de Maiofaleceu o Amigo JoséRibeiro Afonso. Deixaobra e muita saudade;

• Em 8 de Junhofaleceu o Padre Antão.Foi sepultado naAmieira.

SENDINHO DE SANTOAMARO

ESTEVE EM FESTACom a brilhante intervenção da Filarmónica

Oleirense onde o Mestre e Amigo Mateus, oFernando e tantos outros se destinguem,SENDINHO DE SANTO AMARO viveu um diagrandioso. Agradecemos as fotos da Amiga RuteAntunes.n

Page 9: Edição de Junho de 2010

2010 JUNHO Jornal de OLEIROS 9

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

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Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de Oleiros

q Nacional 15,00€q Estrangeiro 25,00€

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Enviar para: Rua Conselheiro Martins de Carvalho, 9, 1 Esqº, 1400-069 LisboaE-mail: [email protected]: (00351) 922 013 273

Jornal deOLEIROS

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

Ficha técnica

Jornal deOLEIROSDirector: Paulino B. Fernandes • Director-Adjunto: Luís Mateus • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário:Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Redacção: Largo dos Viscondes,3, 1º, 6100 Oleiros • Sede: Rua Conselheiro Martins de Carvalho,9,1º esq, 1400-069 Lisboa • www.jornaldeoleiros.pt • email da redacção: [email protected] • email do Director: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.pt (em construção) • Tiragem: 3 000 exemplares • Redacção: Oleiros •Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos, Inês Martins, António Mendes,Manuela Marques, Ana Faria, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Feliciano Barreiras Duarte, HugoFrancisco, Hugo de Freitas Andrade, Miguel Marques. • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Correspondente em Castelo Branco:Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Correspondente na Sertã: Soraia Tomaz • Fotografia:Rute Antunes, email: [email protected] • Impressão: Gráfica: Coraze, Oliveira de Azeméis • Paginação: Imafix (www.imafix.08.com)

Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110Bombeiros Voluntários

de Oleiros – 272 680 170Centro de Saúde – 272 680 160Correios – 272 680 180

Farmácias

Estreito – 272 654 265Farmácia – Oleiros – 272 681 015Farmácia – Orvalho – 272 746 136G.N.R – 272 682 311

Postos de Abastecimento

Galp (Oleiros) – 272 682 832Galp (Ameixoeira) – 272 654 037Galp (Oleiros) – 272 682 274António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas

Câmara Municipal – 272 680 130Piscinas Municipais/Ginásio – 272 681 062Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008Casa da Cultura/Biblioteca – 272 680 230Campo de Futebol – 272 681 026Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890

CONTACTOS ÚTEIS

OOnnddee ppooddee eennccoonnttrraarr oo SSeeuu JJoorrnnaall ddee OOlleeiirrooss

• OLEIROS- Papelaria JARDIM

• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros

.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

- Quiosque junto ao Cine Teatro

• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal

• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional 238Ameixoeira 6 100 Oleiros

• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILADE REI- Quiosque Notícias Novas- Papelaria Tertúlia

• VILAVELHADE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

• PAMPILHOSADASERRA- Livraria Riscos e Rabiscos

Feira do pinhalPARTICIPE

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O Agrupamento de EscolasPadre António de Andrade,Oleiros está prestes a encerrarmais um ano lectivo pleno deactividades e projectos dinâmicosque ao longo de mais um anoproporcionaram a todos quantotrabalharam para levar, comosempre, o barco a porto seguro,um ambiente simpático e profícuo.Será, certamente, hora para fazer obalanço deste ano e relembrar osmomentos inesquecíveis quepassámos e que ficam na memóriade todos aqueles que tão pron-tamente contribuíram para que asactividades levadas a cabo pelonosso Agrupamento cresçam, nofuturo, em conteúdo e qualidade.

Saraus, desfiles, comemorações,feiras, visitas de estudo e outrosprojectos impulsionados pelosdocentes e discentes deste Agru-pamento, que tanto nos orgulham,são o meio mais enérgico e eficazde permanecer na memória detodos, pois é com grandesatisfação que qualquer um de nós,agentes da educação, ouve dizerentre os alunos que já passarampor esta escola o quanto aapreciam por todos os bonsmomentos que nela tiveram eagradecem todas as aprendizagenslá realizadas. Momentos assimtornam-se inolvidáveis porque sãointensos e porque pessoas incom-paráveis os planificam, organizame neles participam, contra todas asadversidades que vão surgindo nocaminho da escola e nunca sedeixam abater na prossecução detudo o que é importante para osucesso educativo e individual decada aluno, colmatando as suasnecessidades mais prementes.

O terceiro período, efectiva-mente mais curto, em termostemporais é sem dúvida avassa-lador, uma vez que exige imensode todos, professores, alunos,funcionários e pais/ encarregadosde educação, cada um sentindo osefeitos da azáfama deste período àsua maneira. Os professoressentem o peso do esforço dapreparação das tarefas lectivas enão lectivas, ao longo de um anointenso e extenuante, que osobriga, cada vez mais, à buro-cracia cujo propósito parece, namaior parte das vezes, roubar-lheso precioso tempo para o ramo

principal da sua actividade, oprocesso de ensino-aprendizagem.Os alunos sentem o nervosismoaumentar à medida que seaproximam as avaliações finais eprincipalmente as datas das provase exames nacionais. E com elessofrem os pais por vê-los nessainquietação e pela preocupação dofuturo que os aguarda no fim dopercurso escolar. E por fim, osfuncionários que andam numaroda-viva para atender a tudo e atodos na organização e manuten-ção das áreas que lhes competem afim de proporcionar aos alunos eprofessores momentos e espaçosagradáveis.

No entanto, o merecido descansodo “guerreiro” aproxima-se com asférias de Verão, que por um ladofarão as delícias de todos e por outrodeixarão que alguns conhecimentosescapem da memória…

Efectivamente esperamos que ofinal deste ano e os próximossejam pródigos e auspiciosos paraque possamos sempre dizer quecrescemos um bocadinho mais emconhecimentos, emoções, sonhose paixões.

Contudo, há sonhos que sedesfazem num minuto, como dizFernando Pessoa «Pode ser quenos guie uma ilusão; a cons-ciência, porém, é que nos nãoguia», quando se toma a decisãode encerrar escolas do primeirociclo do ensino básico como umamedida de austeridade face à criseque se nos afigura cada vez maisintensa e grave. Mas será queninguém vê que decisões comoestas são realmente graves peloque acarretam? Onde pára aconsciência dos senhores que oradizem uma coisa ora dizem outra ebrincam tão facilmente com ofuturo das crianças, achando-se natotal posse da verdade absoluta,quando afirmam ser uma medidapara combater o insucesso escolar.Estas consciências, claramente, seesquecem das crianças do interiordo país que vivem mais isoladas

em termos geográficos e que fazerlevantar uma criança das suasbenditas horas de sono certo enecessário, para serem trans-portadas por montes e vales, horase quilómetros a fio, é promover oinsucesso escolar. É impedir que acriança tenha qualidade de vida eestamos a falar da faixa etária doscinco aos dez anos de idade. Comesta medida promove-se, também,a criação de turmas de maiornúmero, o que, seguramente, nãoaumentará o sucesso escolar.Compreende-se que numa cidadese possa, sem margem paradúvida, encerrar escolas comopolítica economicista, pois oprejuízo é aceitável, já que maisfacilmente, no que toca aacessibilidades, uma cidade per-mite aos seus habitantes alterna-tivas que o interior não possuidesde o tempo de…que já lávai….que era outro tempo….

Pobre interior do país! Sempresofre as consequências maisamargas de decisões governa-mentais que visam sobretudoamealhar dinheiro a todo custo.Primeiro a saúde, agora as nossascriancinhas. Então e as escolas doprimeiro ciclo que se encontravamem requalificação? O queacontece ao dinheiro que já segastou e a esses edifícios? Somosmesmo um povo de brandoscostumes! O dinheiro dos contri-buintes desaparece e nenhum denós questiona como é possível quese tomem decisões tão equi-vocadas? Ora requalificamos osedifícios escolares, ora, assim queficam prontos, encerramo-los…

Avizinham-se tempos, mais umavez, difíceis para a educação epara as famílias e esta decisão deencerrar as escolas do primeirociclo com menos de vinte alunostem de ser discutida e repensadano que concerne às localidadesonde se situam os casos maisproblemáticos e quero acreditarque haja alguém, individual oucolectivo, que possa agir, nosentido de minimizar os pro-blemas que surgirão, pois comorefere o sábio poeta, acima men-cionado, «Agir, eis a inteligênciaverdadeira». n

A professora Manuela [email protected]

DE “OLHO” NA EDUCAÇÃO

Encerra-se mais um ano lectivo

APOIE OS BOMBEIROS DE OLEIROS

FAÇA-SE SÓCIO

Page 10: Edição de Junho de 2010

Jornal de OLEIROS JUNHO 201010

Tel. 272 682 250Tlm. 926 786 616

UM CONTO

Ela, desde muito jovem, mostravaque seria uma mulher muitobonita…e, como todas as mulheresmuito bonitas era caprichosa…Tinha uma boneca de trapos, de quegostava muito, mas com o avançardo tempo, pouco lhe ligava, o queera natural, para uma jovemadolescente, e com muitos preten-dentes… No secundário ela, além demostrar toda a sua beleza, era umaexcelente aluna, com boas notas…Todos os rapazes a queriam… Eramuito popular… Havia um quegostava dela perdidamente…Certodia, ofereceu-lhe rosas… Ela, olhoupara ele, como quem olha para umboneco sem piada, e deixou cair asflores no chão, virando-lhe ascostas… Durante algum tempo ele,foi a “risota” da turma, o tema prin-cipal das anedotas do “dia”, mas ele,”aguentou-se”…E, foi assim, até oano escolar acabar…

No ano seguinte, ele foi para outraárea de ensino, e ela também…Nunca mais se encontraram…

Ele prosseguiu os seus estudos, econseguiu o que pretendia, emboracom algumas dificuldades… Ela,não acabou o seu curso, pois entre-tanto casara com um rapaz , que erafilho de uma das famílias mais ricasda região… Tiveram uma menina …Passados alguns anos, o pai faleceu,ainda a jovem era adolescente… Arapariga herdara a beleza da mãe…

Alguns anos depois, a jovementrava na universidade… Entre-tanto, a mãe, habituada a gatoslargos, depressa gastou o que omarido lhe deixara… Privada dequase tudo de que gostava,envelheceu prematuramente e, ficoudifícil de aturar…

A jovem pedira ajuda a umprofessor, explicações, para uma dasdisciplinas que ela tinha dificul-dade… Ela, queria formar-se embiologia e, o explicador, além de serformado nessa matéria, também eramédico de clínica geral… Ele ia mu-dar-se em breve, para um novohospital… Ela também queria umaopinião do médico, para a mãe que,parecia cada vez pior… Estava mui-to magra e, bebia muito… Combi-nou com o amigo, que era muitomais velho do que ela, talvez com aidade da mãe, para ser vista por ele…

O médico, e explicador dajovem, atendeu-as no seu consultó-rio do hospital…

Foi ele que preencheu a papeladada doente… E, quando a sua aluna,disse o nome da mãe, veio-lhe à

memória um nome de uma sua ex-colega que, não se parecia em nada,com a mãe dela, pelo menosaparentemente… Depois de a jovemlhe ter apresentado a mãe, o dr. fez-lhe exames de rotina…Enquantoisso, a doente não parava de fitar omédico…

- Não o conheço de qualquerlado…? disse a mãe da jovem …

-Não creio, senhora… Nunca foiminha doente…- respondeu o médi-co já pouco à vontade…Temia queas suas suspeitas se confirmassem…

-A senhora tem que ter cuidadoconsigo… Por favor, sente-se ali,porque eu quero falar com a suafilha…

O médico, falou demoradamentecom a jovem… A mãe seguia,curiosa, a conversa os gestos dodoutor , e…

-Dr. tem a certeza que não meconhece…? disse a doente,procurando recordar-se…

na escola secundária onde andou,não se lembra de me ter oferecidoflores…?

-Não minha senhora… - mentiu omédico, que já não tinha dúvidas…

-Peço desculpas, o senhor faz-melembrar determinada pessoa, que eutratei mal…

-Não tem que me pedirdesculpas…Tem de cuidar de si…Promete …?

-Está bem doutor, prometo…Depois de alguns cumprimentos e

de levarem receitas e credenciais, asduas,

saíram… Estava o médico a respirar de

alívio, quando alguém bateu à portapedindo para entrar…

-Entre…! respondeuEra a jovem, que fechou a porta

atrás de si…-Dr., porque mentiu…?-Que queria que eu lhe

dissesse…? A sua mãe não estábem, se não tiver cuidado com asaúde, possivelmente terá poucotempo de vida, e não seria bom, euconfirmar as suspeitas dela...Quando a vi, a si, pela primeira vez,recordei-me dela… A menina, é acara dela, quando jovem… Ochoque para mim foi muitogrande… Por favor, não lhe diganada…

-Dr., quando me deu as liçõesgratuitas, já suspeitava de algo …?

-Não sabia que ela tivera uma filhae, custou-me a acreditar que, amenina, era filha dela… Tive o azarde gostar de uma cara bonita…bonita de mais, para mim…

-Vendo a minha cara o dr.recordava-se dela, não é verdade?

-Não sei, já não sei de nada… Porfavor, menina…vá-se embora…

-Sim…Vou… vou-me embora,mas voltarei… Voltarei, para falar desi, e de mim…- responde a jovem,saindo…

Mãe e filha, não falaram durante aviajem para casa…

Logo que chegaram, a mãe, foipara o seu quarto… Sentou-se numacadeira… À sua frente estava umespelho… Levantou-se, olhou paraele, e viu… viu uma figura de umaboneca de trapos, uma boneca, semnenhum encanto…n

Hugo de Freitas [email protected]

O Milagre das RosasHá muito, muito tempo existia uma jovem princesa, conhecida pela

sua bondade. Tinha nascido nos reinos de Espanha, mas, quis o destinoque o casamento a levasse para Portugal.

Naqueles dias a vida era assim mesmo. Os pais decidiam com quemos seus filhos se casariam. E a princesa, cuja beleza espantava todos àsua volta, chorou. Chorou durante uma semana inteira.

Ao fim de sete dias, sua mãe, a rainha, veio a seu quarto e perguntou:- Isabel, minha querida filha, porque choras?A princesa disse, baixinho, como num suspiro:- Não queria separar-me de si, minha mãe…Num instante, mãe e filha abraçaram-se, chorando. Naquele instante

não eram rainha e princesa. Eram, apenas, dois seres humanos tristespela separação.

Mas o destino tem sempre muita força. E a jovem princesa Isabel foilevada para Portugal. Muitos cavalos puxavam a sua carruagem. Aviagem foi rápida mas, ainda assim, a princesa continuou a chorar. Olenço de linho que a sua mãe lhe ofertara estava agora todo molhado dassuas lágrimas.

Ao chegar ao castelo do seu noivo, o rei de Portugal, Isabel finalmentepercebeu que o seu destino não era assim tão infeliz quanto imaginara.Dom Dinis – assim se chamava o seu futuro marido – aproximou-sedela. E disse:

- Bem vinda ao meu reino… Fizestes boa viagem?Isabel confirmou que tudo tinha corrido muito bem. De pronto,

apaixonou-se por Dinis, também ele muito educado e de maneirassuaves.

No dia combinado casaram. Isabel já não chorava. Na verdade o seurosto não deixava de estar iluminado por um sorriso. O povo portuguêsgostava sinceramente dela. E isso fazia sentir-se sempre que passeavanas ruas, distribuindo carinho e felicidade.

Grande parte do dia da rainha Isabel era, agora, ocupado a distribuiresmolas aos pobres do reino e a cuidar dos doentes. E o seu maridosentia-se com ciúmes, ao vê-lo passar tanto tempo longe de si. Naverdade, Dom Dinis sentia-se orgulhoso pela bondade da sua rainha,mas… Queria tanto tê-la só para si! Assim, chamou-a e disse:

- Proíbo-te de dares mais esmolas.Tal como não acontecia desde que deixara o seu castelo, na Espanha,

Isabel voltou a chorar. Passou um dia… mais outro e outro ainda. Aoquarto dia, recordou-se de uma jovem mãe e dos seus quatro filhosesfomeados Isabel havia prometido visitá-la. Vestiu-se rapidamente,cobriu-se com um manto e colocou alguns pães no regaço. Ao chegar aoportão do castelo, seu marido chamou-a. D. Dinis tinha percebido queela se afastara do quarto de forma sorrateira.

-O que levas aí, escondido debaixo do teu manto?Num ápice, Isabel respondeu:- São rosas, senhor!- Rosas? Em Janeiro? – questionou o rei Dom Dinis – Deixa-me ver.Triste, mas conformada, a rainha Isabel baixou os braços, mostrando

o que estava escondido no seu regaço. Qual não foi o seu espantoquando verificou que os pães haviam-se transformado em lindas rosas,com uma cor e cheiro que jamais tivera oportunidade de tocar. E o seusorriso voltou a iluminar sua face.

Daí em diante, Isabel passou a ser conhecida por Rainha Santa,coroada pela sua bondade. E jamais deixou de percorrer as ruasdistribuindo pães a todos os que tinham fome.n

Pedro Silva [email protected]

CULTURA

Boneca de trapos

Page 11: Edição de Junho de 2010

Quando se deu o o golpe militar de25 de Abril de 1974, houve no seio dopovo português um sentimento pro-fundo e generalizado, de que, tudo oque estava errado na governação dopaís, iria acabar, e que uma nova erade progresso, prosperidade e justiçasocial se abria para todos os por-tugueses.

Pensámos que iríamos tergovernantes e políticos honestos,competentes e patriotas, já que –como então nos diziam - os que nostinham governado até então, ehaviam sido depostos, tinham sidouns corruptos, uns malfeitores que sósouberam explorar-nos.

Tudo isto nos era dito em dis-cursos, mais ou menos inflamados,pelos “iluminados” que então de-tinham as rédeas do poder, e o povona sua ingenuidade e com a suabondade lá ia acreditando nestas“verdades”, aderindo de alma ecoração ao clima revolucionárioque então se vivia.

Agora sim! Iríamos ter um paísjusto em que cada um tivesse o seulugar sem atropelos e com remu-neração justa. Uma nova esperançanascia e acreditava-se que o novoregime que despontava, iria trazer,para todos em geral, um bem estarestar assente na justiça social em quecada um tivesse o seu lugar ali-cerçado no trabalho competente equalificado.

A verdade é que, no meio de tudoisto, nascia uma nova classe deparasitas: a dos oportunistas, que nasua maioria nada sabiam fazer,tinham uma incompetência gritante,e contudo eram eles os previligiadosque por meio dos sindicatos erampromovidos. E falo com conheci-mento de causa, porque fui, algumasvezes, um dos muitos prejudicados.

Quantos milhares de desilusõeshouve ao longo destes trinta e taisanos que levamos de democracia?!

Os sonhos lindos que o povosonhou, desfizeram-se em fumo e,pior do que isso, uma triste realidade,que era de todo inimaginável, seabateu sobre este povo ordeiro etrabalhador, que pensava que numpaís livre e democrático baseado numestado de direito, jamais era possívelhaver uma tal corrupção nopanorama político e financeiro.

Nesse tempo do “Prec” – processorevolucionário em curso – apenas seouvia nas rádios e televisão cançõesrevolucionárias, que até então

haviam sido proibidas pela censura.Entre as várias que se ouviam, dos

mais variados intérpretes, havia umado ZECAAFONSO – “ Os vampiros“ – que dizia: “eles comem tudo…eles comem tudo e não deixamnada…”.

Eles, como é óbvio, eram osgovernantes e os políticos do regimedeposto. Tudo bem, tudo normal noambiente de mudanças políticas quese vivia.

Só que passados 36 anos após ogolpe militar, nesta democracia emque vivemos, espraiamos o olharpelo panorama político e financeiroque temos e…Credo! Não dá paraacreditar…Céus! Como é possívelhaver tanto descaramento para tantacorrupção com tamanha impu-nidade?!

Os “outros”, os do passado,comiam tudo e não deixavam nada.

Estes agora comem tudo e deixamalguma coisa: dívidas para o povopagar. Comem o que há e o que nãohá!

É uma vergonha! É um escândalo!O vocabulário da língua portu-

guesa, já não tem palavras paraclassificar, cabalmente, tais desa-

foros. O paísestá de rastos enão sei se pode-rá descer maisabaixo, mas nomeio deste lodaçal, quero lançar umgrito de alarme que possa alertaralgumas consciências e despertar,talvez o único sentimento capaz deinverter este movimento para aqueda, em que estamos todosenvolvidos. Esse sentimento, chama-se “ PATRIOTISMO” e, noutrostempos teve força invencível.

Tenham vergonha, senhorespolíticos e, em vez de pôr emprimeiro lugar os vossos proventosmesquinhos, pensem primeiro nointeresse da PÁTRIA.

Se assim for, teremos um POR-TUGAL novo, em que se goste deviver e se tenha orgulho em serportuguês.n

Augusto de MatosNota da Direcção: Augusto de Matos é um

Ilustre Amigo Oleirense, assinante nº 5 doJornal de Oleiros. Com orgulho damos àestampa esta Sua peça, importante,prometendo, dentro das nossas possibilidadescontinuar a publicar todos os artigos deOleirenses que nos vão chegando.

2010 JUNHO Jornal de OLEIROS 11

RURALIDADES

Os territórios rurais compreen-dem regiões ou localidades queintegram geralmente um conjuntode agentes económicos, sociais eculturais de pequena escala, apre-sentam alguma fragilidade sócio-cultural mas que, acima de tudo,detêm recursos com grande poten-cial atractivo e valor intrínseco.Garantir a viabilidade destas regi-ões implica saber tirar partido dosseus pontos fortes, ter coragem paraolhar os pontos fracos e reconhecereventuais vantagens.

Desta forma, aplicar uma estra-tégia de Marketing a um território,seja ele um país, uma região ouuma localidade, parece ser a únicavia para garantir a competitividadenum mundo que se caracterizapela Globalização. O chamadoMarketing rural consiste num pro-cesso sistemático que se inicia pordefinições estratégicas e que pres-supõe um claro conhecimento domercado-alvo e do posiciona-mento que se pretende atingir parao território.

No que diz respeito ao conhe-cimento dos públicos, sejam resi-dentes, visitantes (turistas e excur-sionistas), agentes económicos ouinvestidores, devemos ter em contaque estes são bastante diversi-ficados e que têm interesses emotivações distintos, nem semprefáceis de conciliar.

Já no que se refere ao posiciona-mento pretendido, é fundamentalter um bom conhecimento das espe-cificidades do território e das suaspopulações, dos aspectos únicos apreservar (naturais e culturais) e dascapacidades e potencialidades exis-tentes ou por explorar, semprenuma óptica de sustentabilidade. Sóassim se consegue criar uma“imagem de marca” que resulta emmais-valias económicas, sociais eculturais.

A questão das “imagens” quepassam para o exterior assumeextrema relevância, nomeadamentese entendermos que os produtos eserviços associados aos territóriossão complexos e por vezes, difíceisde definir e promover. A qualidadede vida de um local ou o potencial

de um concelho para a realização dedeterminadas actividades, são sóalguns exemplos.

Nesse campo, uma boa estratégiade comunicação é decisiva paragarantir o sucesso de determinadoposicionamento ou desenvolver“imagens de marca” que iden-tifiquem claramente um produto ouum território. Essas “imagens”devem ser definidas e percebidaslocalmente por todos os actoresintervenientes, compreendendo operfil e as aspirações da própriacomunidade, para que não sejamdesfasadas da realidade e para quetransmitam a identidade do terri-tório, envolvendo toda a população.

Não nos podemos esquecer quesão os actores no terreno quemoldam a realidade, concretizandoe dinamizando a imagem doterritório. A questão da auto-estimadas populações e o sentimento depertença das pessoas aos lugares,são aspectos fulcrais para que seconsiga aplicar eficazmente umaestratégia de Marketing a umterritório rural.

Assistimos actualmente e cadavez mais, ao comprometimento dosterritórios do Interior. As medidasque têm sido tomadas há váriosanos pelo Poder Central, apenastêm apelado ao despovoamentodestes territórios, fomentandoassimetrias regionais e afectando oequilíbrio e bem-estar das popu-lações à escala nacional.

No meu entender, a solução estáno investimento em territóriosrurais multifuncionais, mais coesos,eficientes e que se consigam afir-mar através de reais vantagens com-petitivas. A revitalização do Interiordependerá da capacidade deelaborar uma estratégia de Marke-ting orientada para a suste-ntabilidade das regiões, pelo que oMarketing rural se apresenta comoa mais promissora via para adinamização dos territórios. Sóassim se conseguirá atrair novospúblicos e motivar os já existentes.n

Inês MartinsEngenheira Agrónoma

Marketing rural e a imagem

dos territórios

“ ELES COMEM TUDO…”

Page 12: Edição de Junho de 2010

Jornal de OLEIROS JUNHO 201012

DESPORTO

CAMPANHA EUROPNEUS1 de Julho a 31 de Agosto

Na compra de 4 pneusuma assinatura anual do Jornal de Oleiros

Dia 29 de Maio do ano 2010, realizou-se nesta freguesia de Oleiros oprimeiro jantar Sportinguista feminino. Teve a participação de cerca de 40 Leoas que mostraram o seuverdadeiro espírito da família sportinguista, com garra, dedicação,devoção e glória.

Este jantar é para repetir todos os anos no mês de Maio.Alem de ter como objectivo juntar cada ano mais mulheresSportinguistas, é também uma forma de dialogo, de partilha, decomunhão entre as Mulheres.

MENSAGEM:PARABÉNS ÁS FANTÁSTICAS EQUIPAS QUE NOS TEM

DADO UMA GRANDE ALEGRIA, NÃO NOS PODEMOSESQUECER QUE O SPORTING NAO É SÓ FUTEBOL, SOMOS OSMELHORES EM MUITAS MODALIDADES DESPORTIVAS,VAMOS APOIAR TODOS OS NOSSOS JOGADORES EM TODASAS MODALIDADES, SPORTING HOJE E ATÉ MORRER COMMUITO ORGUNHO.

Saudações Leoninas! n

José Mourinho é obrigatório.Em Espanha e no mundo não se fala de outra coisa.O nosso Director assistiu nos últimos dias in loco a

esta loucura. Mourinho supera qualquer jogador.É um orgulho para Portugal.Depois, apesar de ser o mais caro do mundo é o

mais barato.Só em camisolas de Morinho, o REAL MADRID

vai facturar anualmente entre 15 e 20 milhões deeuros. O dobro do que lhe paga.

Mas vai lançar os relógios...Que se cuidem as vedetas.As ordens estão dadas:. 1 hora no mínimo antes do treino devem estar no

centro de treinos; . Acabaram os almoços fora entretreinos; É apenas o começo.

No balneário, acabou a era VALDANO.Só Mourinho pode falar e dar instruções.É a receita para ganhar tudo.

As receitas de televisão vão disparar.Os bilhetes para a época estão esgotados.Que mais dizer?Que MOURINHO nos orgulha.MOURINHO orgulha Portugal.PORTUGAL está bem precisado de exemplos de

sucesso.Tudo de bom para MOURINHO. n

JOSÉ MOURINHO

A etapa portuguesa foi deextrema qualidade.

A surpresa foi Sebastien Ogierdo Team Júnior da Citroen queimpôs o poderoso C4 à armadaoficial, relegando para segundoplano Sebastien Loeb, actualCampeão do Mundo.

A Ford com Irvonen nada podefazer com o actual Citroen C4 adominar e a colocar 4 viaturas nos4 primeiros lugares.

Não é seguro que no próximoano possamos ter o rally emPortugal.

As eternas e ao que pareceinsuperáveis dificuldades destepaís, deverão inviabilizar estaprova. Lamentávelmente.n

MUNDIAL DE RALLYS EM PORTUGAL

Mulheres Sportinguistas reuniram em Oleiros no dia 29 de Maio