edição 39- agosto 2010

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R m Revismarket R evis m arket As Notícias do Mercado Electro Mais de 418mil metros quadrados de centros comerciais poderão ser alvo de renovação Bimestral • Julho/Agosto • n.º 39 • Distribuição gratuita www.rmelectro.com www.rmdeco.com Consumidores séniores Pode a Best Buy ter sucesso na Europa? O filão grisalho Produto em análise Smartphones

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Consumidores séniores, o filão grisalho

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RmR e v i s m a r k e t Revismarket

As Notícias do Mercado Electro

Mais de 418mil metros quadrados de centros comerciais poderão ser alvo de renovação

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Consumidores séniores

Pode a Best Buy ter sucessona Europa?

O filão grisalho

Produto em análise• Smartphones

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Rm-Revismarket - Julho/Agosto 2010 3

Cartaaos leitores

[ Editorial ][ Ficha Técnica ]

N.º 39 - Julho/Agosto 2010www.rmelectro.comwww.rmdeco.com

Propriedade:Revismarket - Edição de Publicações, Lda.Rua das Giestas N.º 6- 2º Dto2770-075 Paço de ArcosTel.: +351 214 413 277Fax: +351 214 413 478

Editor:Jorge [email protected]

Direcção:Cidália [email protected]

Redacção:Carina [email protected]

Departamento Comercial:Maria João [email protected]

Paginação:[email protected]

Impressão:MulembeiraRua Vasco da Gama, nº. 362685-244 Portela de Loures

Distribuição gratuita e por assinatura

Tiragem: 3.000 exemplares

Depósito Legal n.º 236.204/05

Publicação registada no Instituto da Comunicação

Social com o n.º 124843

Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito.

Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsá-vel perante os seus leitores.

A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.

A equipa da Rm deseja a todos os seus leitores umas merecidas e descansadas férias. Aos que ficam a trabalhar, apenas podemos desejar que façam bons negócios.Da nossa parte, prometemos não pensar em trabalho até Setembro.

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[ Índice ]

Tema de capaO consumidor sénior: O filão grisalho 6

Mercado

Aberturas 21

Quem são? 22

Notícias 24

Distribuição ainda tem espaço

para crescer em Portugal mas

deve colocar os olhos lá fora 26

Pode a Best Buy

ter sucesso na Europa? 32

Portugueses

estão mais moderados

e conscientes no consumo 36

Mais de

418 mil metros quadrados

de centros comerciais

poderão ser alvo de renovação 38

Tempo de pausa 40

Electrodomésticos

Mercado mundial

de electrónica de consumo

com arranque de ano positivo,

mas a crise está longe

de ultrapassada 42

Novidades 44

Produto em análise:

Smartphones 46

Distribuição ainda tem espaço para

crescer em Portugal mas deve colocar

os olhos lá fora

Portugueses estão mais moderados e conscientes no consumo

Mercado mundial de electrónica

de consumo com arranque de ano

positivo, mas a crise está longe

de ultrapassada

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[ Destaque ] [ Destaque ]

O consumidor sénior Há apenas uma década atrás, os seniores

eram efectivamente um grupo subconsumidor. No entanto, com o aumento da qualidade

e esperança média de vida, o progresso tecnológico e científico e o acréscimo do

poder de compra, a proporção inverteu-se completamente. Os seniores de hoje já não

guardam o dinheiro debaixo do colchão, nem se reúnem nos jardins para jogar às cartas ou fazer crochet na sombrinha de uma árvore. De acordo

com os dados do Observador Cetelem, este grupo populacional é hoje um sobreconsumidor,

numa média de sete por cento. A geração com 50 ou mais anos foi a primeira criada em pleno

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[ Destaque ]

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[ Destaque ]

O filão grisalhona idade do consumo de massas, foi com ela que o emprego feminino se generalizou, pelo que grande parte destes casais beneficia de duas fontes de rendimento. Os seniores possuem um poder de compra 30 por cento superior à média, mas poderão vir a concentrar 60 por cento dos rendimentos até 2020. São por isso um mercado a explorar, não só pelo seu potencial de consumo, mas também pela própria evolução demográfica que tem caminhado no sentido de uma população mais envelhecida. Qualquer empresa que queira assegurar o seu crescimento no futuro tem de rapidamente começar a responder às necessidades deste segmento da população, não tanto adaptando as suas soluções, mas antes criando e desenvolvendo propostas especificamente pensadas para estes consumidores. E, sobretudo, tendo em conta que os seniores de hoje em dia consomem de forma completamente distinta que os de antigamente.

e acordo com os dados das Na-ções Unidas, 33 por cento da população dos países industria-lizados terá mais de 60 anos em

2050. Os países europeus, nomeadamente os da Europa Ocidental, têm uma elevada proporção de população idosa. O ano de 1980 marcou um ponto de viragem na es-trutura da população que, até 2009, cres-ceu 17,5 por cento. Contudo, nesse mesmo período de 29 anos, o número de pessoas com mais de 65 anos aumentou 47,1 por cento, prevendo-se que, dentro de apenas cinco anos, existam na Europa Ocidental mais pessoas acima dos 65 anos do que abaixo dos 15. Tendências como o adiamento do casamen-to e da constituição de família, assim como a maior esperança de vida e o emprego fe-minino, estão a contribuir para este desen-volvimento. E Portugal está bem dentro da tendência. É o oitavo país mais envelhecido do mundo e onde, de acordo com o Institu-to Nacional de Estatística, a esperança mé-

dia de vida está fixada nos 78,88 anos. Em contrapartida, a fertilidade não ultrapassa 1,32 filhos por casal. Dizem os sociólogos que, mantendo-se as tendências, Portugal deverá perder até dois milhões de pessoas até 2050.Esta demografia envelhecida cria sérios desafios às empresas e governos mas, ao mesmo tempo, representa uma oportuni-dade de mercado. Os consumidores com 50 ou mais anos são a primeira geração criada em pleno na dita idade do “mass market” e, como tal, estão habituados a ver as suas expectativas cumpridas. Exi-gem serviço e variedade de escolha, de-safiando a indústria e os profissionais do marketing a desenvolver produtos à sua medida. Ao mesmo tempo, com as dificuldades com que se deparam os sistemas de Se-gurança Social, nomeadamente nos paí-ses da União Europeia, a tendência será para o adiamento da idade da reforma durante os próximos dez anos. Isto signi-

A demografia envelhe-cida cria sérios desafios às empresas e governos mas, ao mesmo tempo, representa uma oportu-nidade de mercado. Os consumidores com 50 ou mais anos são a primeira geração criada em pleno na dita idade do “mass market” e, como tal, estão habituados a ver as suas expectativas cum-pridas. Exigem serviço e variedade de escolha, de-safiando a indústria e os profissionais do market-ing a desenvolver produ-tos à sua medida.

Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

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[ Destaque ] [ Destaque ]

fica mais seniores activos, com poder de compra acrescido e necessidades de con-sumo reais. A Verdict Research antevê que o poder de compra do grupo etário entre os 65 e os 74 anos seja de mais 40 por cento em 2017. Uma vez reformados, os seniores são na sua maioria os donos das suas próprias casas, não tendo, simulta-neamente, filhos a seu cargo. O que lhes deixa um maior rendimento disponível, até para gastarem em produtos que não são considerados essenciais.

Do que é que os seniores gostam? Todas as indicações dadas pelos estudos de mercado são de que as pessoas mais velhas não querem deixar os seus hábitos de quan-do eram mais jovens. Assim, se gostavam de rock ‘n’ roll, continuam a ouvir as mesmas bandas; se apreciavam arte, continuam a vi-sitar galerias.Os chamados seniores têm, contudo, al-guns traços em comum. Em primeiro lugar, têm dificuldade em aceitar o termo sénior. Vários estudos têm evidenciado que con-sideram que o termo se aplica apenas aos outros, não a si mesmos, principalmente se ainda pertencem à população activa. De acordo com um estudo Novadir/Grupo Marktest, mais de 70 por cento dos senio-res portugueses entre os 55 e os 59 anos são activos, percentagem essa que vai di-minuindo com a idade. Estes seniores vêem-se como tendo ain-da muitas coisas por fazer. Por um lado, gostam de viajar, por outro, e por razões óbvias, a saúde e o bem-estar são tam-bém um dos seus principais interesses. Da jardinagem ao yoga, os estilos de vida

alternativos e saudáveis estão a atrair cada vez mais pessoas. Em Itália, por exemplo, o governo oferece aulas de desporto gra-tuitas sob a iniciativa “nonni in movimen-to” (“avós em movimento”). Os seniores

“sofrem” também do que a Euromonitor caracteriza como o “síndroma Peter Pan” e tanto as mulheres como os homens dese-jam manter um look jovem, interessando-se por moda e pela sua aparência. Os por-tugueses não são excepção e 71 por cento preocupam-se com a sua aparência física e bem-estar, nomeadamente através da prá-tica de exercício físico (68%), da utilização de produtos de cosmética (52%) e da fre-quência de termas e SPA’s (9%). Cada vez mais pessoas pintam o cabelo e cuidam da sua higiene dentária. A indústria da cosmé-tica tem sido uma das que mais tem sabido reagir, desenvolvendo produtos para este segmento, apercebendo-se de que a sensu-alidade é tanto um dos factores na compra como o é a conveniência e o conforto. Em alta estão também todas as actividades ligadas à cultura e educação. Por exemplo,

Dada a sua dimensão, qualquer empresa deverá ter em conta este segmento da população nas suas campanhas de marke-ting. Os números, de resto, falam por si. Não nos esqueçamos que, segundo a Nielsen, são os seniores quem decide as com-pras de 42 por cento dos lares portugueses e que, de acordo com a Millward Brown, controlam 70 por cento da economia mundial. A Brandkey revela ainda que o segmento acima dos 50 anos representa 25 por cento dos consumidores de jogos novos, 41 por cento da compra de automóveis, 56 por cento do entretenimento.

Com a sua consola Wii, a Nintendo teve um enorme sucesso no alargamento do apelo dos vídeojogos a outros consumidores que não lhe eram tradicionais, nomeadamente os seniores. Imagem da campanha “Momentos Wii”, a primeira produzida pela Nintendo em Portugal

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[ Destaque ]

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[ Destaque ]

Quem são os seniores portugueses?• Mais de 70% dos seniores entre os 55 e os 59 anos são activos

• Cerca de 47% não prepararam nem estão a preparar a reforma. Dos que preferiram preparar, 47% limitaram-se aos descontos para a segurança social

• 49% sofrem de uma doença cró-nica ou aguda, originando a toma regular de medicamentos por 89%, com um gasto que, para 76%, vai até aos 150 euros

• 35% já utilizam o sistema privado de saúde, nomeadamente através de um seguro ou cartão de saúde

• Apenas 26% dos seniores entre os 55 e os 74 anos admitem vir a recorrer a um lar/residência sénior e 17% a um centro de dia

• 71% preocupam-se com a sua aparência física e bem-estar. 52% usam produtos de cosmética

• 38% realizam viagens de lazer e turismo

• São grandes consumidores de te-levisão. Vêem em média 5h30 em suas casas diariamenteFonte: Novadir/Marktest

na Alemanha, o número de estudantes uni-versitários com mais de 60 anos cresceu 57 por cento na última década. A Internet não é estranha à população sénior, consti-tuída por internautas activos, que pesqui-sam as suas compras nos catálogos on-line antes de as efectivarem. Os seniores gostam de consumir e de investir em pro-dutos que desejam, pelo que a indústria terá assim, no entender da Euromonitor,

de lhes oferecer propostas adequadas às suas necessidades, mas que não sejam etiquetadas de “produtos para velhos”. São milhões de pessoas que acreditam poder viver com qualidade muito mais tempo e que ganharam competências em áreas como as tecnologias. “O ‘target’ sé-nior está cada vez mais entrosado com as novas tecnologias, procurando e adquirin-do cada vez mais produtos ‘high end’ que

Calcula-se que, nos próximos 15 anos, se as marcas se foca-rem no público-alvo dos 15 aos 34 anos, não irão assistir a qualquer crescimento. Em contrapartida, se a aposta recair na faixa etária dos 50 aos 69 anos, poderão aumentar o seu volume de negócios em 20 por cento, sem ter de crescer na quota de mercado.

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[ Destaque ] [ Destaque ]

há uns tempos atrás associávamos ape-nas aos mais jovens”, concorda Fernanda Catarino, sales account manager da Dell Portugal. “Deve por isso ser cada vez mais tido em conta, não só pelo poder de com-pra associado, mas também pelo facto de ser um público-alvo que tem interesse em estar cada vez mais na vanguarda da tec-nologia”, continua. Por esta mesma razão, a Dell direcciona a este público produtos de utilização fácil e intuitiva, design atrac-tivo e com os recursos necessários para o dia-a-dia, por valores muito competitivos, como os “laptops” Inspirion 15. Neste sentido, dos smartphones às con-solas de jogos, o digital transcende os tradicionais grupos de utilizadores. As categorias baseadas na demografia estão a revelar-se desadequadas e até mesmo enganadoras e estas tendências já não po-dem mais ser segmentadas em termos de idade. Tanto mais que, como sublinha a Nielsen, a identificação com um determi-nado grupo é determinada cada vez mais pelo estado mental em detrimento da ida-de física. Por exemplo, com a sua consola Wii, a Nintendo teve um enorme sucesso no alargamento do apelo dos vídeojogos a outros consumidores que não lhe eram tradicionais, particularmente os mais ve-lhos e as mulheres, ao adoptar métodos de controlo mais intuitivos, que utilizam os movimentos do corpo, assim como ao desenvolver títulos que agradam a outro tipo de consumidores, como o Wii Fit e o Wii Sports. Um dos melhores argumentos de venda da Wii é que pode ser utilizada para combater as elevadas taxas de obe-sidade e o sedentarismo. Não é por isso de estranhar as várias iniciativas surgidas em torno desta plataforma, como os pro-gramas promovidos pelas autoridades de saúde britânicas de utilização da Wii para

incentivar as pessoas mais velhas a conti-nuar a praticar desporto.

Quais as áreas de negócio com potencial de crescimento?Deste modo, os seniores representam um segmento de elevado potencial e que se vê a si próprio como indispensável para continuar a apoiar a evolução da sociedade contempo-rânea. Das viagens ao lazer, passando pelos serviços financeiros e de saúde, pela cosmé-tica e tecnologia, são vários os mercados que poderão beneficiar com este segmento. Até porque, dada a sua dimensão, qualquer em-

presa deverá tê-lo em conta nas suas cam-panhas de marketing. Os números, de resto, falam por si. Não nos esqueçamos que, se-gundo a Nielsen, são os seniores quem de-cide as compras de 42 por cento dos lares portugueses e que, de acordo com a Millward Brown, controlam 70 por cento da economia mundial. A Brandkey revela ainda que o seg-mento acima dos 50 anos representa 25 por cento dos consumidores de jogos novos, 41 por cento da compra de automóveis, 56 por cento do entretenimento, 60 por cento dos cuidados de saúde e 80 por cento das via-gens de luxo. Em tempo de crise, até podem fazer poupanças, mas não dispensam a be-leza e a higiene pessoal (76%) ou a TV Cabo (74%).Calcula-se que, nos próximos 15 anos, se as marcas se focarem no público-alvo dos 15 aos 34 anos, não irão assistir a qualquer crescimento. Em contrapartida, se a aposta recair na faixa etária dos 50 aos 69 anos, poderão aumentar o seu volume de negó-cios em 20 por cento, sem ter de crescer na quota de mercado. Uma das marcas que já está particularmente atenta para estas

Os seniores são internautas activos, que pesquisam as suas com-pras nos catálogos online antes de as efectivarem. Os seniores gostam de consumir e de investir em produtos que desejam, pelo que a indústria terá assim, no entender da Euromonitor, de lhes oferecer propostas adequadas às suas necessidades, mas que não sejam etiquetadas de “produtos para velhos”. São milhões de pes-soas que acreditam poder viver com qualidade muito mais tempo e que ganharam competências em áreas como as tecnologias.

A comunicação entre os seniores influencia em muito a de-cisão de compra dos produtos e serviços, dado que estes con-sumidores são importantes fontes de informação para os seus pares. Cerca de seis em cada dez admitiram ser consultados pelo menos duas vezes por semana e, destes, 89 por cento já aconselharam os seus amigos.

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[ Destaque ]

Alguns bons exemplos em Portugal• A Agência Abreu tem vindo a de-senvolver pacotes especiais para este segmento

• A iniciativa Turismo Sénior da Fundação INATEL

• Os condomínios do Grupo Mello

• A iniciativa “Desconto igual à ida-de” da Multiópticas

• A Loja do Avô, um espaço privile-giado para a população sénior, que nasceu com o objectivo de melho-rar o conforto e a qualidade de vida das pessoas idosas

• O Longevity Wellness Resort, o primeiro hotel português dedicado ao turismo sénior, para hóspedes entre os 45 e os 70 anos, na Serra de Monchique

• O protocolo entre a Caixa Geral de Depósitos e a home instead, que dá descontos na contratação de serviços de apoio domiciliário a seniores

• O canal experimental Super Se-niores TV, em emissão diária entre as 14h30 e as 16 horas, na posição 88 da grelha da Zon

• O projecto 50+ ExpoSénior 2010, um evento dedicado exclusivamen-te a este mercado, que juntou em Março passado, no Pavilhão Atlân-tico, várias marcas e instituições

• Os seguros de saúde Europamut, que não colocam limites de idade nem excluem doenças graves

• A Caderneta 65+, um boletim de saúde com informação médica do seu titular e conselhos gerais para a qualidade de vida dos seniores, lançado pelo Continente, em par-ceria com o Alto Comissariado da Saúde

• O Activo PC Sénior, uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos, Mi-crosoft, RUTIS e Inforlândia, com vista a facilitar o processo de inclu-são digital da população sénior.

oportunidades de negócio é a Junkers. “Na fase sénior, estando já satisfeitos os bens de primeira necessidade, há uma maior preocupação em aproveitar a vida e isso implica necessariamente aumentar o con-forto”, sublinha Teresa Vicente, responsá-vel de marketing da Junkers. “Se este con-forto for acompanhado, em simultâneo, por uma boa eficiência energética, para além de pouparmos nos custos da energia, estamos também a ser mais amigos do ambiente e a garantir a sustentabilidade da vida na Terra. Esta é a mensagem de toda a comunicação da Junkers”, argumentos para os quais os consumidores seniores estão particular-mente sensibilizados. Também a António Meireles encontra no

segmento sénior uma boa proporção dos seus consumidores. Nesse sentido, tem investido em diversas componentes de comunicação relacionadas com o mes-mo. A iniciativa mais destacada por Nuno Costa, director de marketing da empresa, é a adesão à campanha “Compro o que é nosso”, promovida pela Associação Empresarial de Portugal, que divulga e incentiva o consumo de produtos nacio-nais, como é o caso dos electrodomésti-cos fabricados na unidade que a António Meireles detém no distrito do Porto. “Os estudos demonstram que o segmento sé-nior é o mais sensível quanto à origem dos produtos nacionais face a produtos de concorrentes estrangeiros”, sublinha

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[ Destaque ] [ Destaque ]

Nuno Costa. Simultaneamente, em ter-mos de desenvolvimento do produto, a Meireles incorporou na sua gama linhas com soluções particularmente vocacio-nadas para estes consumidores, nomea-damente os fogões Maxi. “Estes fogões estão equipados com fornos de 90 centí-metros, a maior capacidade do mercado doméstico, que permitem a elaboração de cozinhados para um elevado número de pessoas. Como é sabido, é essencial-mente nas habitações seniores que se elaboram as grandes refeições para toda a família”, explica Nuno Costa. Outra empresa que também já começou a “piscar o olho” aos seniores é a NAVIGON, apelando, sobretudo, ao seu interesse pelas viagens. “A função Sightseeing ins-pirada no MERIAN scout possibilita aos condutores conhecerem informações tu-rísticas adicionais e pontos de interesse ao longo da rota”, destaca Cláudio Ribeiro, country manager em Portugal da empresa de sistemas de navegação. “A pensar no consumidor sénior que decida usufruir do seu tempo livre com o maior conforto e comodidade nas suas viagens, sem que perca nenhuma atracção turística de rele-vo, os nossos equipamentos tornam-se no guia turístico pessoal”.

Um segmento negligenciado?No entanto, várias sondagens têm des-tacado que os seniores sentem que as empresas não estão ainda sensibilizadas para as suas necessidades, apresentan-do apenas produtos adaptados. Algumas, contudo, já concebem produtos exclu-sivos para este segmento. É o caso da Haeger e da sua linha de telefones. A nova gama resulta de uma profunda aná-lise e preocupação do reconhecimento das principais necessidades da popula-ção com idade mais avançada, pelo que a empresa apostou na funcionalidade e simplicidade, como as teclas e dígitos de grandes dimensões, o tom de toque mais alto, o amplificador de audição e as te-clas de marcação directa. Outro dos motivos de queixa dos seniores prende-se com o muito que ainda há por fazer no domínio da ergonomia, da em-balagem e da informação do produto. A NAVIGON pensou também a este respei-to, tendo sido, segundo Cláudio Ribeiro,

a primeira empresa do mercado dos sis-temas de navegação a introduzir nomes de produto que reflectem, sobretudo, o ponto de vista do cliente, apoiando-os inclusivamente no processo de compra. “A segmentação dos produtos em ‘Easy’, ‘Plus’ e ‘Premium’ torna a escolha do produto uma tarefa muito mais simples. Por exemplo, os nossos equipamentos da gama ‘Easy’ são totalmente adequados para as pessoas que querem simples-mente navegar de um local para outro, dispondo também de todas as funções-chave básicas para um planeamento da rota bastante fiável. Ao mesmo tempo, os produtos NAVIGON têm, em primeiro lu-

gar, uma interface bastante intuitiva e de fácil utilização”. Do lado da Scyse, uma empresa especiali-zada na distribuição de produtos de saúde, bem-estar e cuidados pessoais, a ergono-mia a todos os níveis é também a palavra de ordem. Para além da sua gama incluir produtos que, pelas suas características, são muito focados no consumidor sénior, de que são um bom exemplo as balanças com numeração de grandes dimensões, as embalagens que os acompanham e a infor-mação apresentada são visualmente claras. Mas os seniores têm outras queixas. Outra delas é que a comunicação é, geralmente, dirigida aos jovens, pelo que não se iden-

A própria distribuição tem de começar a questionar-se se os seus pontos de venda são ou não “amigáveis” para estes consumidores. Para Patrick Dixon, ainda há algum caminho para percorrer. “Roupa para senhoras de 50 anos exibida num manequim de 18? Não faz sentido. Lojas em centros comerciais sem uma única cadeira? Pensem em quanto tempo demora, por exemplo, a comprar um telemóvel. Pelo menos meia hora para o registo, identificação e assinatura do contrato. Para um sé-nior de 75 anos, isto é um problema. Para evitar esta situação, se calhar prefere ficar em casa”.

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[ Destaque ]

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[ Destaque ]

tificam com as mensagens. Campanhas como as da Dove pela Beleza Real ou “Os rapazes vão ter de esperar” do perfume Baldessarini souberam captar o interesse deste “target”. Da parte da António Meire-les, também a comunicação procura estar próxima deste segmento, sendo que nos últimos dois anos foram desenvolvidas vá-

rias campanhas com a presença do actor e apresentador Fernando Mendes, “uma celebridade muito acarinhada pelo público sénior”, destaca Nuno Costa. Mas estes são apenas alguns poucos bons exemplos. Segundo um estudo realizado no Reino Unido por uma agência especializada em publicidade para o mercado sénior, 86 por

cento dos consumidores com mais de 50 anos consideram a publicidade de hoje ir-relevante. Como destacava Patrick Dixon, por ocasião do 1.º Seminário de Marketing Sénior 50+, realizado em 2008, “se quiser-mos atrair pessoas de idade a um hotel ou loja, não podemos, por exemplo, usar ima-gens de pessoas jovens e solteiras ou de crianças”.

O que os marketeers e as empresas podem fazer para atingir este público-alvo?Em primeiro lugar, destaca o especialista, não se pode pensar nas pessoas mais velhas como um novo e único mercado. Dos 50 anos para cima, existem diversos mercados, culturas, valores e estilos de vida. Não se pode propor a um sénior de 60 anos o que se propõe a um de 90. Seria o mesmo que co-

Patrick Dixon nota que a maioria das pessoas que está no marketing tem menos de 50 anos e, mui-tas vezes, até menos de 30, pelo que são cometidos muitos erros pelo simples facto de não se com-preender o segmento da população que se pretende atingir. “As pessoas mais velhas pensam mais antes de efectuar uma compra, dão mais importância à qualidade e menos ao preço, no que diz respeito às marcas de renome. De um simples chocolate a um automóvel, as coisas duram mais tempo quando somos mais velhos. As experiências são mais rele-vantes do que os próprios produtos, sobretudo quan-do se trata da partilha de memórias”.

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[ Destaque ] [ Destaque ]

locar Harrison Ford ou Madonna no mesmo plano que a nossa bisavó... Por outro lado, a mensagem tem de ser rele-vante. Patrick Dixon nota que a maioria das pessoas que está no marketing tem menos de 50 anos e, muitas vezes, até menos de 30, pelo que são cometidos muitos erros pelo simples facto de não se compreender o seg-mento da população que se pretende atingir. “As pessoas mais velhas pensam mais antes de efectuar uma compra, dão mais importân-cia à qualidade e menos ao preço, no que diz respeito às marcas de renome. De um sim-ples chocolate a um automóvel, as coisas du-ram mais tempo quando somos mais velhos. As experiências são mais relevantes do que os próprios produtos, sobretudo quando se trata da partilha de memórias”. Em Maio de 2007, a Weber Shandwick lançou um estudo que alertava para a possibilidade das empresas ganharem algumas vantagens usando as redes de influência dos seniores. A sondagem concluiu que a comunicação entre os seniores influencia em muito a decisão de compra dos produtos e serviços, dado que es-tes consumidores são importantes fontes de informação para os seus pares. Cerca de seis em cada dez admitiram ser consultados pelo menos duas vezes por semana e, destes, 89 por cento já aconselharam os seus amigos. Esta tendência ganha uma nova relevância se atentarmos às diferenças na forma como os seniores raciocinam, comparativamente com as pessoas mais novas. As pesquisas têm mostrado que, à medida que as pes-soas envelhecem, as mudanças na actividade cerebral começam a afectar o processo de tomada de decisão, particularmente porque se tornam menos adeptas do processamento de informação numérica ou de recordarem-se de detalhes apresentados de forma pouco familiar. Do lado da proposta de produtos, as neces-sidades dos consumidores seniores poderão ser consideradas incorporando mais o feed-back destes consumidores, convidando-os a participar no seu desenvolvimento. Esta

Não se pode pensar nas pessoas mais velhas como um novo e único mercado. Dos 50 anos para cima, existem diversos mercados, cul-turas, valores e estilos de vida. Não se pode propor a um sénior de 60 anos o que se propõe a um de 90. Seria o mesmo que colocar Har-rison Ford ou Madonna no mesmo plano que a nossa bisavó...

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[ Destaque ]

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[ Destaque ]

é, de resto, a estratégia seguida pela Me-mup que, apercebendo-se que muitos dos seus utilizadores já têm mais de 50 anos, começou a convidar alguns consumidores seleccionados a participar na fase de pré-desenvolvimento de produtos dando o seu feedback sobre a sua utilização. “Os seus comentários têm levado a algumas altera-ções a fim de adaptar os produtos ao seu perfil de utilizadores”, conta João Carva-lho, director geral da Memup Ibéria. Entre as principais alterações feitas pela Memup no seguimento dos comentários dos seus utilizadores contam-se as embalagens de cor, para melhor distinguir as caracterís-ticas fundamentais, nomeadamente os lo-gótipos e pictogramas, a visualização da parte traseira dos dispositivos na própria

do contrato. Para um sénior de 75 anos, isto é um problema. Para evitar esta situação, se calhar prefere ficar em casa”. Não nos podemos esquecer da função social desempenhada pelo comércio, sobretudo o de proximidade, no abastecimento a uma popula-ção cada vez mais envelhecida. Este especia-lista alerta que é importante perceber o que os seniores preferem ou pretendem da distribui-ção. E os estudos de mercado mais recentes dão mesmo algumas pistas. Dados da McKin-sey mostram que 88 por cento dos seniores preferem as grandes superfícies porque têm os melhores preços, no entanto, 83 por cento sentem-se frustrados com a dificuldade em encontrar os produtos que querem. Simulta-neamente, 66 por cento estão descontentes com a incapacidade de encontrar alguém que os ajude no acto de compra. Números que ganham uma outra dimensão se se atentar no facto de que os seniores foram a primeira geração da idade do consumo. Por isso, en-quanto clientes, continuam a não aceitar que o produto que pretendem não exista em stock ou que na loja não está ninguém disponível para responder às suas questões. Não é por isso de estranhar que este “target” tenha um peso bastante elevado nos serviços da JCA Electrodomésticos, de forma a melho-rar a sua experiência de compra. “Sabemos que o segmento dos consumidores seniores

A Memup, apercebendo-se que muitos dos seus utilizadores já têm mais de 50 anos, começou a convidar alguns consumi-dores seleccionados a participar na fase de pré-desenvolvi-mento de produtos dando o seu feedback sobre a sua utiliza-ção. “Os seus comentários têm levado a algumas alterações a fim de adaptar os produtos ao seu perfil de utilizadores”, conta João Carvalho, director geral da Memup Ibéria.

embalagem, a disponibilização dos manuais em papel e a cores, a gestão das legendas, particularmente do seu tamanho, posição no ecrã e cor, a descrição em áudio, pensando nos utilizadores com dificuldades visuais, e a disponibilização de vídeos online apresen-tando e explicando os produtos. Por outro lado, a própria distribuição tem de começar a questionar-se se os seus pontos de venda são ou não “amigáveis” para estes consumidores. Para Patrick Dixon, ainda há algum caminho para percorrer. “Roupa para senhoras de 50 anos exibida num manequim de 18? Não faz sentido. Lojas em centros comerciais sem uma única cadeira? Pensem em quanto tempo demora, por exemplo, a comprar um telemóvel. Pelo menos meia hora para o registo, identificação e assinatura

tende a aumentar e costuma ser fiel às insíg-nias que o acompanharam no seu percurso de vida, pelo que temos uma grande preocu-pação em identificar os seus hábitos de con-sumo e necessidades”, detalha Vitor Tomé, marketing manager do Grupo JCA. O caminho para o “coração” dos seniores está assim num serviço ao cliente de excelência e aqui a insígnias podem e devem aproveitar as soluções de serviços oferecidas pelos fabri-cantes. Porque caso as suas expectativas não sejam cumpridas, são um cliente tão ou mais “desleal” do que os outros. Desenganem-se, assim, os que julgam que as suas escolhas foram cristalizadas ao longo dos anos. 52 por cento dos consumidores seniores mudariam para uma outra marca, a mesma percenta-gem das restantes faixas etárias.

O caminho para o “coração” dos seniores está num serviço ao cliente de excelência e aqui a insígnias podem e devem aproveitar as soluções de serviços oferecidas pelos fabri-cantes. Porque caso as suas expectativas não sejam cumpridas, são um cliente tão ou mais “desleal” do que os outros.

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[ Destaque Opinião ]

ntrei e a “coisa” começou a confundir-me ainda mais! A entrada da loja estava cheia de informação qualitativa (nada de promoções)! Informações sobre novos produ-tos, informações nutricionais, informações sobre ser-

viços, etc. Curioso: tudo estava escrito num tipo de letra bastante grande e perceptível! Mais uma novidade: as pessoas que estavam a trabalhar nas caixas estavam muito “arreadas” e eram todas de idade avançada. Reformados? Talvez! Qual é o meu espanto quando vejo que os lineares não possuíam mais de 1, 50 metros! Imaginem a minha cara quando percebi o porquê! Estava num su-permercado onde os clientes podiam percorrer a loja sentados nuns car-rinhos que incluíam cadeiras com rodas, os quais permitiam fazer as compras sentado! Tudo estava prepa-rado para uma população de clientes seniores. Agora já percebia o estacio-namento todo à volta da loja e com acesso a partir de vários sítios. Des-ta forma, a loja permitia que os seus clientes-alvo não precisassem de per-correr grandes distâncias para entrar. Agora já percebia porque havia mais do que uma entrada na loja. Agora já percebia a razão pela qual toda a informação (incluindo os preços) estava escrita num tamanho de letra bem grande e legível. Agora já percebia porque os funcionários das caixas eram mais velhos do que o habitual! De facto, estes colaboradores eram mesmo reformados e estavam ali já num segundo emprego! Cumprimentavam os clientes como se fossem da sua família! Estavam “arreados” porque esta era uma segunda actividade que lhes servia não só de complemen-to de reforma mas também de um “vital” espaço de socialização. Estavam no activo! Estavam felizes! Agora percebia a baixa altura dos lineares! Agora percebia o motivo pelo qual os lineares estavam arrumados de forma a facilitar a colocação dos produtos maiores ou mais pesados nos carrinhos, sem necessidade do cliente idoso se esticar ou baixar! Agora já percebia porque existia uma iluminação que facilitava a leitura dos rótulos e dos preços!Mas o melhor ainda me estava reservado: o talho! Ao aproximar-me do talho, reparei num quadro, tipo diploma, com uma fotogra-fia. Afinal tratava-se do currículo do talhante! Um currículo muito

diversificado e rico! O homem era decerto um “expert”, pois tinha muitas e boas referências acerca da sua já longa carreira. Também já devia estar reformado! Não de atitude! Este profissional encontrava-se do lado de fora do balcão, evidenciando um ar super disponível e simpático. Esperei para ver o que aconteceria quando um cliente surgisse:..Não esperei muito! Uma senhora, sénior claro, dirigiu-se ao sr. Ta-lhante cumprimentando-o com deferência. Espantem-se: tratando-o pelo nome, perguntou-lhe o que recomendava para o jantar, refe-rindo que iria ter a visita da filha e dos dois netos. O nosso amigo

talhante sorriu, meteu a mão no bolso da bata, impecavelmente passada e lim-pa, que se sobrepunha a um igualmente impecável fato e gravata. Escreveu umas notas. Decorridos alguns segundos, como se de um médico se tratasse, e de-pois de efectuado o respectivo diagnósti-co, “prescreveu a receita”, referindo algo do género “procure estes ingredientes e estes acompanhamentos, porque eu vou preparar um rolo de carne fantástico para o seu jantar de família”.Meus caros, eu avisei. Eu já vi, eu já senti e eu já pensei o futuro! Quem souber e

conseguir pensar como os seus clientes é, decerto, um talento co-mercial. Essa insígnia, dez anos depois da minha experiência no País de Gales, continua a investir nessa procura de pensar e agir em fun-ção daquilo que o mercado procura, estando sempre em progressão avançada, conquistando novos clientes, quota de mercado e, claro, obtendo lucros. Merecem…Como alguém disse, “se não sabe o que se passa no Futuro, crie-o”. Os dados estão aí: o nicho de mercado, provavelmente mais quali-ficado para o seu negócio, será, ou já é, o dos seniores! O que está fazer para os perceber, “mimar”, surpreender?Para se ser empresário com futuro, é necessário ser-se capaz de pensar e tentar antecipar o futuro. Possuir espaços comerciais capa-zes de responder eficazmente a esta realidade é, simplesmente, um acto de inteligência. A mim o futuro interessa-me, particularmente, porque vou lá viver…“As oportunidades são como o nascer do sol. Se esperar demais, vai perdê-las”.

Eu já vi, senti e pensei

o Futuro!João Alberto CatalãoPresidente do Conselho de Administração do Grupo BusinessUpwww.joaocatalao.com

E

Ainda poucos dias tinham decorrido deste século XXI estava eu numa viagem fantástica pelo País de Gales, quando vivi uma experiência comercial que aqui vou partilhar. Tinha deixado a Ana Penim numa Business School

em Cheltenham, onde ela iria fazer uma palestra, quando decidi ir visitar um supermercado. O primeiro que encontrei pertencia a uma importante insígnia inglesa. Estranhei o facto do parque de estacionamento contornar

todo o supermercado! Mais estranhei o facto do mesmo possuir mais do que uma entrada! Aparentemente, parecia um supermercado em tudo igual aos outros supermercados dessa insígnia que eu estava habituado a

visitar. No entanto, esses dois detalhes começaram a despertar a minha curiosidade….

Consumidor sénior numa Apple Store em Nova Iorque

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s últimos 30 anos foram marcados por inúmeras e gran-des transformações da sociedade portuguesa a diversos níveis, as quais conduziram a uma relevante melhoria do nível de vida da população. Durante este período, assis-

tiu-se a um substancial crescimento dos rendimentos da população, em geral, o que permitiu que um grande número de portugueses pudesse proceder à aquisição de casas próprias e de automóveis. Neste período de tempo, assistimos, igualmente, a uma enorme transformação no sector comercial, uma vez que, um pouco por toda a parte, testemunhámos o “nascimento” de novas e grandes super-fícies comerciais e de novas formas de distribuição, nomeadamente no sector alimentar, localizadas em locais distantes das residências dos consumidores, o que implica que es-tes se tenham que deslocar através dos diversos meios de transporte para fazer as suas compras.Tudo isto teve como consequência uma alteração substancial do perfil do consu-midor português, o qual passou a ter um acesso generalizado à maior parte dos modernos bens de consumo. No entanto, ter-se-á que dizer que esta “revolução” foi feita com o sacrifício do pequeno comér-cio situado, na sua maioria, no interior das cidades.Uma das mais profundas transforma-ções sofridas no últimos 30 anos, e que é aquela que é menos falada, mas a que terá maior influência no futuro, foi o crescente envelhecimento da população portuguesa originado, por um lado, num aumento da esperança de vida dos por-tugueses e, por outro, numa baixa taxa de natalidade. Este último aspecto poderá vir a conduzir, no futuro, a uma profunda alteração do perfil do consumidor português. O idoso é um consumidor que carece de maiores necessidades de apoio que a generalidade dos consumidores. São indivíduos que, com a idade, começam a ter dificuldades na sua locomoção, razão pela qual passam a efectuar deslocações cada vez mais curtas e para locais que lhes sejam próximos e não muito distantes dos de onde

residem. Por outro lado, os idosos são pessoas que têm necessi-dades de serviços específicos e próprios para a sua idade. Neste contexto, o comércio de proximidade poderá vir a desempenhar um papel que sempre teve, ou seja, o de ser um grande canal de distri-buição dos diversos tipos de bens, junto deste tipo de populações.Assim, no futuro, em bairros que sejam, maioritariamente, habitados por idosos, ir-se-á constatar uma revitalização do comércio local, o qual voltará a ser procurado e acarinhado pela população, bem como iremos verificar o aparecimento de uma série de estabelecimentos de comércio e serviços especificamente vocacionados para o apoio ao idoso. Por outro lado, conforme já hoje acontece, não se poderá esque-

cer que o comércio tradicional tem, desde sempre, uma dimensão social que os ou-tros canais de distribuição não possuem e que se traduz numa relação de familia-ridade e proximidade e, em alguns casos, de amizade, existente entre consumidores e comerciantes, o que é explicado em vir-tude dos mesmos ocuparem o mesmo espaço geográfico. No caso dos idosos, esta relação de proximidade ganha im-portância acrescida, uma vez que, por vezes, os únicos contactos humanos que estabelecem ao longo do dia são aqueles que mantém com os lojistas dos estabe-lecimentos comerciais que, diariamente, frequentam.Porém, para que comércio de proximida-de possa desempenhar este papel, é ne-

cessário que lhe sejam dadas as condições básicas que permitam a sua sobrevivência, o que passa por uma radical alteração das men-talidades dos poderes públicos em relação a uma série de matérias, nomeadamente, no que diz respeito, a mobilidade, ordenamento do território e controle das condições de concorrência. Caso isto não venha a acontecer, com o desaparecimento galopante do comércio de bairro e a sua substituição por grandes superfícies, inúmeros consumidores mais idosos conhecerão enormes dificuldades no seu abastecimento.

A dimensão social do comércio

de proximidadeVasco de Mello Presidente da União das Associações de Comércio e Serviços (UACS)

O

O comércio tradicional tem, desde sempre, uma dimensão social que os outros canais de dis-tribuição não possuem e que se traduz numa relação de familiaridade e proximidade e, em alguns casos, de amizade, existente entre consumidores e comerciantes, o que é explicado em virtude dos mesmos ocuparem o mesmo espaço geográfico. No caso dos idosos, esta relação de proximidade ganha importância acrescida, uma vez que, por vezes, os únicos contactos humanos que esta-belecem ao longo do dia são aqueles que mantém com os lojistas dos estabelecimentos comerciais que, diariamente, frequentam.

No futuro, em bairros que sejam, maioritariamente, habi-tados por idosos, ir-se-á cons-tatar uma revitalização do comércio local, o qual voltará a ser procurado e acarinhado pela população, bem como ire-mos verificar o aparecimento de uma série de estabelecimentos de comércio e serviços especi-ficamente vocacionados para o apoio ao idoso.

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Com o envelhecimento da população e o aumento da esperança média de vida, o mercado dos seniores está a ganhar uma importância crescente. Do ponto de vista económico, este grupo populacional tem também mais rendimentos disponíveis, proporcionando uma interessante oportunidade de mercado que algumas empresas já começaram a aproveitar desenvolvendo produtos especificamente para este “target”. Aqui ficam algumas propostas de soluções que, pelas suas características, são especialmente indicadas para os seniores.

Montra de produtos

Picadora Pikatti 1705FL da FlamaA picadora Pikatti 1705 FL é o produto mais vendido de sempre da Flama e, se-gundo a marca, maioritariamente usado pelos consumidores seniores. O facto de ser muito rápida e extremamente fácil de usar, funcionando por pressão na tampa, torna esta picadora num produto direccionado para estes consumidores que valorizam a vantagem de confeccionar com facilidade as suas refeições.Com uma potência de 700 watts e capacidade para picar até 200 gramas, a Pi-katti 1705FL vem equipada com um novo sistema de lâminas de alto rendimen-to e aço inoxidável. Para potenciar o conforto da sua utilização, a Flama dotou-a de um sistema de segurança e o copo de um sistema anti-gota. Ao mesmo tempo, a base é anti-derrapante e, para facilitar a limpeza, o produto é desmontável. PVP recomendado: 40,99 euros.

Linha de telefones Sénior da HaegerA linha Sénior de telefones é a mais re-cente aposta da Haeger para o mercado sénior. A nova gama é o resultado de uma profunda análise e preocupação do reco-nhecimento das principais necessidades da população com idade mais avançada. A Haeger aposta na funcionalidade e sim-plicidade da linha de telefones e apresen-ta cinco modelos, o telemóvel Long Life, o telefone rede fixa portátil Galaxy e Ga-laxy Plus e o telefone rede fixa com cabo BigTel 40+ e BigTel48+.Com um conjunto de características comuns, como as teclas e dígitos de grandes dimensões, tom de toque mais alto, amplificador de audição e teclas de marcação directa, os novos telefones da Haeger evidenciam-se, sobretudo, pelas especificações individuais. O Galaxy e o Galaxy Plus estão dotados de visor LCD retro iluminado, Caller ID Tipo I e Tipo II (mostra o número da segunda chamada), alta-voz e uma lista telefónica

até 50 contactos. O Galaxy Plus está ainda equi-pado com uma base com dez memórias

de marcação directa com fotografias.

Preço sob consulta.

Ar condicionado JunkersDentro da sua gama de produtos, a Junkers sugere a gama de ar condicionado que, segundo a marca, entra quer dentro do seu slogan “Conforto para a Vida” como dentro do conceito de vida de uma pessoa sénior, onde o que é de facto importante é o conforto.De acordo com a marca, à medida que a idade avança, evolui também o conceito de “viver” e passa-se a valorizar factores tão básicos como o “conforto”, uma vez que os bens de “pri-meira necessidade” estão satisfeitos. Num país como Portugal, com quatro meses de temperaturas acima dos 30ºC, a Junkers destaca que há dois “targets” particularmente afectados, quer com o calor quer com as temperaturas demasiado baixas, as crianças e os seniores. O ar condicionado, não sendo um bem de primeira necessidade, é um bem que permite viver com mais conforto dentro da habitação e corresponde à tal sabedo-ria sénior de “saber viver”. É um produto útil que provavelmen-te a maioria deste “target” não pensou em introduzir em casa, mas que contribui para aumentar o seu bem-estar físico.Os equipamentos de ar condicionado Junkers, com classifica-ção energética A, garantem a temperatura perfeita, frio ou ca-lor, com poupança de energia. A nova gama doméstica é cons-tituída por uma variedade que engloba Mono Splits (unidades de 1x1 desde 9.000 Btu/h até 18.000 Btu/h) e Multi Splits (unidades exteriores de 2x1 até 4x1 com capacidades que vão desde os 18.000Btu/h até aos 28.000Btu/h). Nestes, para com-binação com as unidades exteriores, a Junkers dispõe de uma ampla gama de unidades interiores em versões murais, tecto/chão, cassete e condutas.Todos os aparelhos de ar condicionado Junkers possuem tecno-logia Inverter DC. Têm um baixo nível sonoro e uma dupla saída de ar para garantir uma melhor distribuição do ar pelo espaço a climatizar, o que melhora o nível de conforto.Preço sob consulta.

[ Destaque ]

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Frigorífico Quadrio da Hotpoint-AristonCom o avanço da idade, a mobilidade para ir muitas vezes ao supermercado é menor, as compras pesam e fazer essas viagens várias vezes por mês pode custar muito. Por isso, a pensar nas necessidades do seu consumidor sénior, a Hot-point-Ariston sugere o fri-gorífico Quadrio que, além de uma grande capacidade para arrumar os alimentos, garante sempre baixos con-sumos. Desta forma, não só se poupa nas idas ao super-mercado como na energia. As quatro portas do Quadrio garantem a perfeita con-servação dos alimentos e a poupança de energia. O seu conceito permite economias acima dos 50 por cento e, consequentemente, menos tempo na recuperação da temperatura interna, quan-do comparado com um fri-gorífico normal. PVP recomendado: a partir de 899 euros.

Tensímetro BPM ARM 5500 XLD da TopcomA Topcom apresenta o seu novo medidor da tensão arterial BPM ARM 5500 XLD. Este equipamento ca-racteriza-se por um ecrã LCD de grande dimensão, que facilita a leitura dos dados, tanto da tensão como do ritmo cardíaco, e que foi concebido de acordo com o padrão WHO, definido pela Organização Mun-dial de Saúde.O novo tensímetro de braço lançado pela Topcom incorpora um conjunto de funções que o desta-cam relativamente a outros equipamentos seme-lhantes, incluindo a tecnologia “Smart Sense”, que proporciona uma grande precisão na medição da tensão arterial, bem como a sua adaptação a cada pessoa, evitando assim que se encha dema-siado e seja desagradável para o braço do utili-zador. Por sua vez, a tecnologia “Regular Health Rate” é capaz de detectar possíveis arritmias e anomalias no ritmo cardíaco.Este medidor da tensão arterial permite ainda o encher e esvaziar automático com um só toque, o que simplifica ao máximo a sua utilização, e inclui um adaptador de corrente, o que não é frequente em modelos com estas características, mas também pode funcio-nar com pilhas AA. O novo tensímetro da Topcom tem ainda um interruptor auto-mático que permite poupar energia e três memórias com espa-ço para 30 registos cada. PVP recomendado: 49,95 euros.

[ Destaque ]

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Frigorífico Trilogic da IndesitCom o objectivo de facilitar a vida ao con-sumidor sénior que, segundo a Indesit, res-ponde cada vez mais às tendências de com-pra de frigoríficos sempre maiores, a marca propõe o novo frigorífico Trilogic, funcional e ao mesmo tempo simples de utilizar.Muito flexível, este modelo apresenta três compartimentos distintos com espaços adaptáveis para conservar cada alimento o melhor possível. Muito prático e cómodo na utilização, o Trilogic torna mais fácil a arrumação e identificação dos alimentos no seu interior. Apresenta um design refinado e polido em inox, com uma porta de dois gavetões congeladores que asseguram a melhor gestão do espaço interior. Com classe A+, o Trilogic apresenta tam-bém o sistema de regulação de humidade, que permite gerir a circulação de ar no in-terior da verdureira e seleccionar o grau de humidade mais adaptado para conservar o melhor possível os alimentos mais deli-cados, como a fruta e as verduras. Estas soluções são ainda acompanhadas da fun-ção Advance Frost Free, através da qual é capaz de preservar a qualidade e o sabor dos alimentos e impede a formação de gelo no interior dos compartimentos, não sendo assim necessária a aborrecida operação de descongelação e respectiva limpeza.PVP recomendado: a partir de 849 euros.

Climatizador de ar frio e quente AC-60A da JocelA pensar nos consumidores seniores, que acima de tudo valorizam o seu conforto e bem-estar, a Jocel propõe o seu climatiza-dor de ar frio e quente AC-60A.Seja de Verão ou de Inverno, o produto da Jocel permite ter sempre um ambiente confortável e saudável, com os níveis de humidade adequados. Este climatizador hu-midifica o ar automaticamente e purifica-o, graças à função ionizadora. A ergonomia também não foi esquecida, dado que a cor-tina de água é removível e fácil de limpar e as rodas do produto permitem a sua des-locação sem qualquer tipo de esforço. O conforto de utilização vai mais além com a inclusão de um temporizador, que permite programar o funcionamento do produto, e de um comando à distância.Preço sob consulta.

Telemóvel Sp60 da ZTCO novo telemóvel ZTC Sp60 foi concebido para a população sénior. Este equi-pamento permite colmatar algumas dificuldades características da idade, como problemas de visão, audição e alguma mobilidade.O equipamento possui um visor amplo que torna os textos bem visíveis, teclas grandes para facilitar o seu uso, tecla SOS para efectuar chamadas de emergência, que permite aos utilizadores fazer uma chamada de emergência para o número

que estiver configurado. Esta tecla é uma mais-valia em situações de perigo.O telemóvel também possui rádio FM, que permite ao utilizador ouvir rádio em qualquer lugar. Tem também uma prática lanterna, que é facilmente activada com um botão lateral.PVP recomendado: 74,90 euros.

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[ Mercado Aberturas ]

SPAR abre novo supermercado em ÍlhavoA SPAR inaugurou em Ílhavo o seu mais re-cente supermercado em Portugal. O novo ponto de venda, com cerca de 550 metros quadrados, é uma renovação de uma an-tiga loja e representa já a terceira loja SPAR do mesmo aderente, que possui as SPAR de Aveiro e Gafanha da Nazaré, estando já previs-ta uma quarta loja para o final do Verão.O supermercado cria oito novos postos de trabalho.

Sonae cria mais 156 postos de trabalho A Sonae abriu ao público o novo Modelo de

Pombal, um projecto que inclui uma galeria comercial e representa a criação de 156 novos postos de trabalho direc-tos nas cinco novas lojas que abrem neste espaço, Modelo, Bom Bocado, Worten, Modalfa, Óptica e Área Saúde.As cinco insígnias repre-sentam uma área total de venda de 3.112 metros quadrados.

Worten chegou a PombalA Worten abriu dia 15 de Julho uma nova loja em Pombal. Para assinalar esta abertura, a marca voltou a promover a acção “Vão Nascer Prémios na Worten”, na qual seis clientes levaram para casa uma PSP 3000 com o jogo Gran Turismo.

A mecânica da acção era muito simples. Quem encontrasse a “cego-nha” Worten escondida na loja em menos de três minutos vencia. A loja Worten de Pombal possui cerca de 499 me-tros quadrados de área de venda e conta com o apoio de cerca de dez colaboradores.

“O que pensa o consumidor sobre...”

Quais as diferenças entre uma placa de indução e uma placa vitrocerâmica convencional?

• 63% não fazem ideia• 31% pensam que diferem no modo de produção de calor, tempo de aquecimento e consumo de energia• 6% acreditam que a indução é mais cara e a vitrocerâmica mais barata(Questão lançada na página do Portal do Electrodoméstico no Facebook no dia 16 de Junho de 2010)

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[ Mercado Quem são ] [ Mercado Quem são ]

Filipa Teixeira da Silva é a nova directora

comercial da Frigicoll PortugalFilipa Teixeira da Silva é a nova directora comercial da Frigicoll Portugal, assumindo a res-ponsabilidade de todas as marcas representadas pela empresa no mercado nacional, nomea-damente a Liebherr, a General Electric, a Thermo King, a Kaysun Air Conditioning e várias marcas de equipamento de hotelaria.Licenciada em Economia, Filipa Teixeira da Silva passou por várias empresas do sector, na sua trajectória profissional, incluindo a Robert Bosch, o Grupo Gillette e a General Electric International, ocupando cargos de Marketing, Channel Manager e direcção comercial.

Amador López é o novo country manager da Electrolux em Portugal e Espanha

Amador López foi nomeado novo country manager do Grupo Electrolux para Portugal e Espanha.Tendo assumindo oficialmente funções no dia 12 de Julho, Amador López reporta a Marcelo Palmeiro, responsável para a região Sul da Europa.Amador López ingressa no Grupo Electrolux depois da passagem pela Philips onde, nos últimos 24 anos, desempenhou vários car-gos de direcção nas áreas industrial, marke-ting e vendas, tanto na divisão Profissional como de Consumo. As suas últimas respon-sabilidades no grupo holandês foram as de country manager para Espanha na divisão de Pequenos Domésticos e Cuidados Pes-soais e de country manager para Portugal da divisão de Consumer Lifestyle.

José Cortez integra a equipa

da expertJosé Cortez reforçou a equipa da expert como responsável da área de tecnologias de informa-ção.Com uma reconhecida expe-riência no mercado, em especial pelo seu desempenho enquanto responsável desta área de negó-cios na Samsung, durante vários anos, o novo reforço da equipa da expert terá como missão o incremento desta importante área de negócios ao nível da dis-tribuição e nas lojas expert.

João Ricardo Nené assume a direcção da SAP Portugal

João Ricardo Nené é o novo country manager interino da SAP para Portugal, com reporte directo ao director geral da Unidade de Mercado Ibérica, José Velázquez.Após um ano no comando da empresa, Edenize Maron de-cidiu explorar novas oportunidades no universo SAP, tendo deixado o cargo de country manager no país.João Ricardo Nené acumula este novo cargo com a sua função anterior de Field Services Director para Portugal e Espanha, desde que integrou a SAP, em Outubro de 2007. Com nacionalidade portuguesa, João Ricardo Nené, de 44 anos, tem o curso de Engenharia Mecânica pelo Institu-to Superior Técnico de Lisboa e em Gestão pelo Insead (França).

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[ Mercado Quem são ] [ Mercado Quem são ]

Cetelem reforça Comité Executivo

Rodrigo Ascensão, de 38 anos, assumiu o cargo de Chief Marketing & Sales Officer fazendo parte inte-grante do Comité Executivo do Banco BNP Paribas Personal Finance, nova designação social do Banco Cetelem após a recente fusão com a Credifin.Enquanto Chief Marketing & Sales Officer, Rodrigo As-censão ficará responsável pelas direcções Automóvel, Distribuição e Directo & Comunicação.Licenciado em Gestão de Empresas na Universidade Católica Portuguesa, Rodrigo Ascensão foi colabora-dor do BPI e do BES onde desempenhou funções em diversas áreas (gestão de activos, private banking e marketing estratégico). Esteve ainda ligado às áreas de crédito a particulares como director de cartões e, mais recentemente, de crédito pessoal.

Philips nomeia Frans van Houten como novo presidente e CEO

A Philips anunciou o nome do sucessor de Gerard Kleisterlee como seu presidente e CEO. Frans van Houten é o senhor que se segue, assumindo oficialmente funções a 1 de Abril de 2011. O novo presidente e CEO foi já membro do Conselho de Administração da Philips até Setembro de 2006, sendo responsável pelo sucesso da opera-ção de retirada do negócio de semicondutores da empresa e pela criação da NXP Semiconduc-tors como uma em-presa global indepen-dente. Frans van Houten vai regressar à Philips no dia 1 de Outubro e assumir a função de director executivo a 1 de Janeiro do próxi-mo ano, trabalhando de perto com Gerard Kleisterlee para asse-gurar a tranquilidade da transição. A Philips pretende apontar Frans van Houten como pre-sidente e CEO na sua Assembleia Geral de Accionistas Anual, a 24 de Março do próxi-mo ano.

Steven Fund é o novo vice-presidente de marketing global da Staples

Steven Fund foi nomeado novo vice-presidente de marketing global da Sta-ples, função que assumiu dia 12 de Julho.Reportando a Mike Miles, presidente e chief operating officer da Staples, Steven Fund traz mais de 20 anos de experiência em funções de gestão de marca, marketing e publicidade. Anteriormente, foi director de marketing global na unidade de negócio Gillette da Procter & Gamble e vice-presidente de gestão da marca da Lycos, tendo ainda assumido vários cargos de lide-rança na Pepsi-Cola Company e trabalhado como consultor na McKinsey & Company.

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Rm-Revismarket - Julho/Agosto 201024

[ Mercado Notícias ] [ Mercado Notícias ]

Sonae exporta Worten para as Canárias e abre lojas no Médio Oriente

A Sonae vai reforçar a sua presença internacional com a abertura de lojas de retalho especializado nas lhas Canárias, no seguimento de um acordo cele-brado com o Grupo Numero 1. Esta expansão, que envolve a Worten, SportZone e Zippy, enquadra-se no plano estratégico da Sonae de acelerar a sua in-ternacionalização.O acordo celebrado com o Grupo Numero 1 prevê a criação de duas joint-ventures, uma para a Worten e outra para a SportZone, com a Sonae SR a deter 51 por cento dessas companhias e a aproveitar o conhecimento do retalho local e o “networking” do seu parceiro.O plano de expansão contempla a abertura de 14 lojas Worten e 14 lojas SportZone nas Ilhas Caná-rias até 2014, com a inauguração da primeira loja de cada formato prevista para o quarto trimestre deste ano. O investimento necessário deverá ascender 45 milhões de euros e está alinhado com a implementação de uma abordagem “capital light” para a expansão, sendo os imóveis detidos por terceiros.Esta abordagem ao mercado espanhol segue-se ao anúncio da entrada em nove países do Médio Oriente, estando a inauguração das primeiras lojas prevista para a época de Outono/Inverno. A ex-pansão será efectuada seguindo também uma estratégia de “capital light”, tendo a Sonae celebrado um acordo de franchising da marca Zipy com o Fawaz Alhokair Group que, através da sua divisão Alhokair Fashion Retail, se assume como o maior grupo de retalho de moda naquela região.

Orima comemora 40 anosA Orima comemorou no passado dia 27 de Junho, com um piquenique com mais de 1.200 con-vidados na Quinta da Couceira, no Zambujal, o seu 40.º aniversário. O momento foi assinalado pela presença de Jorge Lacão, Ministro dos Assuntos Parlamentares.Durante a cerimónia, foram homenageados os colaboradores com mais de 15 anos na empresa e foi ainda entregue o diploma emitido pelo Bureau Veritas Certification referente à certificação da Orima na norma ISO 9001, que a torna na primeira empresa do sector grossista da distribui-ção de electrodomésticos a receber tal distinção. Em dia de comemoração, Mário Miranda de Almeida, fundador da empresa, aproveitou a pre-sença de todos os parceiros para avançar que a Orima pretende este ano aumentar as suas vendas em 20 por cento. O volume de negócios do grupo rondou os 21 milhões de euros em 2009, estando previsto um investimento em iniciativas comerciais e promocionais na ordem dos 559.200 euros que, segundo a empresa, se converterão num aumento acentuado do vo-lume de negócios no final deste ano. Em comparação homóloga, a Orima conseguiu já um aumento de 36,5 por cento no primeiro quadrimestre. O canal do retalho tradicional cresceu neste período 43,02 por cento, as exportações aumentaram 24,12 por cento e todos os outros canais registaram também aumentos muito acima do mercado.O ano 2010 está a ser preparado “com grande determinação”, tendo como objectivos a sua devida representação nacional, a promoção da marca Orima, o aumento substancial da ex-portação, conjugada com a entrada em novos mercados, a apresentação de novos produtos

e a desejada fidelização dos clientes à empresa e dos consumidores finais à marca Orima. Em termos de quotas de mercado, a marca Orima está já entre as primeiras cinco marcas mais vendidas em Portugal nas famílias de congela-dores e fogões. Mário Miranda de Almeida aproveitou a ocasião para anunciar que, após um acordo com a em-presa Águas de Penacova, a Orima vai começar a exportar a sua própria marca de águas para os mercados de Marrocos e de alguns PALOP. Além disso, prepara-se para aumentar de 89 para 100 a sua rede de lojas e-shop.

Electrocunha é o novo associado

da EuronicsMediante protocolo formalizado dia 7 de Julho, a empresa Pereira Cunha & Filho, Unipessoal, Lda. (Electrocunha), com sede em Pa-redes de Coura, tornou-se na 52.ª empresa associada da AAA, pas-sando a integrar o Grupo Euronics.A Electrocunha tem duas lojas de electrodomésticos em Paredes de Coura e Valença num total de 550 metros quadrados. No final de 2010, está prevista a abertura do seu ter-ceiro ponto de venda com 250 me-tros quadrados. Gerida por João Paulo Cunha, o novo associado Eu-ronics tem projectos de crescimento e expansão regional que incluirão a insígnia Euronics e o aproveitamen-to das diversas sinergias.

Montiléctrica participa nas Festas da Cidade

de Odivelas 2010A Montiléctrica marcou presença na edição de 2010 das Festas da Cidade de Odivelas, integrando o Pavilhão das Actividades Eco-nómicas.Durante o evento, a empresa teve em per-manência seis stands, onde os visitantes puderam encontrar e comprar a preços de feira as últimas novidades das marcas Bosch, Hotpoint-Ariston, Indesit, LG, Krups, Tefal e Rowenta.Esta foi a segunda vez que a Montiléctrica se associou às Festas da Cidade de Odivelas. O certame recebeu a visita de cerca de 40 mil pessoas, permitindo à insígnia reforçar a sua notoriedade junto dos consumidores do con-celho.

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[ Mercado Notícias ]

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[ Mercado Notícias ]

Manchetes de Julho/Agosto- Abertura das grandes superfícies aos domingos e feriados passa a ser decidida pelas câmaras- Níveis de insolvências judiciais crescem 6,9% no 2.º trimestre mas sector dos electrodomésticos melhora- Grupo Auchan investe 3,1 milhões de euros em plataforma de pescado- Hans Carpel é o novo presidente da Euronics International- Barómetro ACEPI/Netsonda revela resistência do comércio electró-nico ao ambiente de recessão económica- Grupo Jerónimo Martins premiado pela transparência e rigor da sua relação com o mercado- Governo apoia modernização do comércio com 20 milhões de euros- Fnac sai da Grécia- Autoridade da Concorrência questiona grandes grupos de distri-buição e fornecedores sobre o aumento do IVA- Nespresso amplia a sua Boutique do Chiado- Penetração das insígnias estrangeiras atinge os 31% em Lisboa- Staples compra a Oy Lindell Ab- Sonae Maia Business Center é o 1.º edifício Leed Gold da Penín-sula Ibérica- Fabio De’Longhi é o novo presidente do CECED- AGEFE esclarece que as lojas podem continuar a comprar e vender equipamentos de frio de classe inferior a A desde que colocados no mercado europeu antes de 1 de Julho

Leia estas e outras notícias em www.rmelectro.com

Tech Data adquire activos da DLIA Computer 2000, a subsidiária da Tech Data em Portugal, celebrou um acordo para a aquisição de alguns activos da DLI - Distribuição e Logística para Informática, incluindo o inventário, certas contas a receber, alguns profissionais-cha-ve e a sua carteira de clientes. A aquisição destes activos marca um passo significativo na execução da estratégia da Tech Data de alargar a base do negócio, quer organicamente, quer através de aquisições se-leccionadas. Com esta transacção, a Tech Data reforça o seu portfólio de fornecedores, aumenta a sua base de clientes e acrescenta uma equipa de profissionais formados e expe-rientes.No seguimento deste negócio, a DLI optou estrategicamente por reforçar e investir em actividades na área dos serviços e logística no mercado nacional e na manutenção em Angola e Moçambique das operações de distribuição.

Bosch faz lançamento oficial do projecto Tassimo em Portugal

A Bosch reuniu, dia 12 de Julho, os seus principais parceiros de negócio no Belém Bar Café (BBC), em Lisboa, para o lançamento oficial do projecto Tassimo em Portugal.Mais de uma centena de pessoas assistiram, em primeira mão, à apresen-tação desta máquina multi-bebidas, fruto da parceria entre a Bosch e a Kraft Foods. Este evento exclusivo para o sector contou ainda com a presença de Kurt-Ludwig Gutberlet, presidente do Grupo BSH.Mais pormenores sobre o projecto Tassimo serão divulgados oportuna-mente.

Memup cria região ibérica dirigida por João Carvalho e assina acordos

de distribuição com a CPC DI e a EsprinetA Memup reforçou a sua posição no Sul da Europa com a criação da região Memup Ibéria, dirigida por João Carvalho, director da Memup Portugal desde o lançamento internacional da marca em 2007.Por seu lado, Josep Rodríguez ingressa na Memup Ibéria como Sales Manager em Espanha, depois de ter ocupado a mesma posição na Corel e diversos outros cargos de responsabilidade comercial na área de software, em empresas como a McAfee, Symantec, Microsoft e Ingram Micro.A nova estratégia ibérica já deu os seus primeiros frutos com a assinatura de dois acordos de distribuição com a Esprinet e com a CPC DI, dois dos maiores distribuidores de produtos electrónicos que operam na região. Segundo a Memup , a forte implantação de ambos no mercado aumentou a presença da marca em cadeias de primeira linha como o Carrefour, El Corte Inglés, Miró e Worten, entre outras.

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[ Mercado Tendências de mercado ]

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[ Destaque ]

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Distribuição ainda tem espaço para crescer em Portugal mas deve

colocar os olhos lá foraO mercado português ainda apresenta potencial de crescimento na distribuição organizada. No entanto, há que estar atento às oportunidades lá fora. Há já algum tempo que os principais “players” nacionais

começaram a adoptar estratégias de expansão, que ultimamente se têm intensificado, muito por culpa da legislação portuguesa, cujas restrições travam a expansão do negócio. Ao mesmo tempo, mais do que

desejável, no actual panorama económico, a expansão internacional torna-se uma necessidade. Sobretudo para os mercados emergentes, numa estratégia de assegurar o crescimento futuro.

grande lição que os retalhistas portugueses devem tirar da nona edição do estudo da consultora A.T. Kearney sobre o desenvolvi-

mento do sector é que por cá ainda existem oportunidades para expandir o negócio. O país tem 125 mil habitantes por cada hiper-mercado mas, de acordo com a consultora, ainda há espaço para crescer. Em Portugal, a quota de mercado das cinco maiores empre-sas do retalho alimentar não ultrapassa os 66 por cento, um valor que compara com os 80 por cento verificados no Norte da Europa. No entanto, as oportunidades estão limitadas pelas questões legais, nomeadamente as as-sociadas ao licenciamento de lojas, que em alguns casos chega a demorar dois anos. Acrescem ainda os limites impostos em ma-téria de concorrência e a impossibilidade das lojas de maiores dimensões estarem abertas aos domingos e feriados à tarde. Quanto maiores são as superfícies, maiores são as limitações. Ao mesmo tempo, o país tem um

potencial de crescimento limitado, é pequeno e tem os “players” perfeitamente consolida-dos. Os retalhistas olham assim para os merca-dos emergentes como uma alternativa de crescimento. Sobretudo, como nota Eduar-do Lemos, manager da A.T. Kearney, numa altura de crise, onde há maiores limitações

de financiamento por parte da banca. Os dois maiores grupos, Sonae e Jerónimo Martins, são o melhor exemplo disto mesmo. Ambos continuam a apostar no mercado nacional, mas não renegam investimentos noutros mercados. A Jerónimo Martins já é líder no mercado polaco, conseguindo mais de me-tade das suas vendas no plano internacional. Quanto à Sonae, como explica Vanda Noguei-ra, principal da A.T. Kearney, constatando que o mercado nacional não é suficientemente atractivo para fazer face ao crescimento de 15 por cento perspectivado, já “assentou ar-raiais” em Espanha, com as suas insígnias de base não alimentar, nomeadamente a Worten, e prepara-se agora para novas aventuras nas Canárias e no Médio Oriente, exportando for-matos de sucesso em Portugal. Na área ali-mentar, a empresa também permanece aten-ta às novas oportunidades, o que fica bem expresso pela aquisição dos hipermercados ao Carrefour e pela anunciada expansão do Continente para o mercado angolano.

A grande lição que os retalhistas portugueses devem tirar da nona edição do estudo da consultora A.T. Kearney sobre o desenvolvimento do sector é que por cá ainda existem oportunidades para expandir o negócio.

‘‘ ‘‘Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

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[ Mercado Tendências de mercado ]

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[ Destaque ]

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Vale a pena continuar a investir em Portugal?Quem ainda pode lucrar com o potencial de crescimento dentro do mercado português são os operadores de dimensão mais reduzi-da que já cá estão, como o El Corte Inglés e o E. Leclerc, que apostam em formatos diferen-tes, mas também novos investidores. A con-

As opor- tunidades de expansão em Portugal estão limitadas pelas questões legais, nomeadamente as associadas ao licenciamen-to de lojas, que em alguns casos chega a demorar dois anos. Acres-cem ainda os limites impostos em matéria de concorrência e a impossibilidade das lojas de maiores dimensões estarem abertas aos domingos e feriados à tarde.

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‘‘Os 10 destinos mais atractivos para a expansão do retalho

País 2009 Alteração

1. China 3 +2

2. Kuwait N/A N/A

3. Índia 1 -1

4. Arábia Saudita 3 +1

5. Brasil 8 +3

6. Chile 7 +1

7. Em. Árabes Unidos 4 -3

8. Uruguai N/A N/A

9. Perú 18 +9

10. Rússia 2 -8

Font

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Rm-Revismarket - Julho/Agosto 201028

Os dois maiores grupos, Sonae e Jerónimo Martins continuam

a apostar no mercado nacional, mas não renegam investimentos noutros mercados. A Jerónimo Martins já é líder no mercado polaco, conseguindo mais de metade das suas vendas no plano internacional. Quanto à Sonae, como explica Vanda Nogueira, princi-pal da A.T. Kearney, constatando que o mercado nacional não é suficientemen-te atractivo para fazer face ao cresci-mento de 15 por cento perspectivado, já “assentou arraiais” em Espanha, com as suas insígnias de base não alimentar, nomeadamente a Worten, e prepara-se agora para novas aventuras nas Canárias e no Médio Oriente, exportando formatos de sucesso em Portugal.

sultora relembra que os principais retalhistas espanhóis estão interessados em expandir-se na região mediterrânica da Europa e que querem seguir as pisadas do El Corte Inglés, destacando a Mercadona. “Seria um movi-mento natural para a empresa, que já adiou para 2012 a entrada em Portugal”, defende Ignacio Nieto, sócio da A.T. Kearney. A venda das mais de 500 lojas Minipreço, por parte do Grupo Carrefour, também re-força a oportunidade de expansão interna. Mas trata-se de uma operação difícil, dadas as especificidades dos negócios de discount. “A questão para quem compra é saber o que fazer com o Minipreço. Não é necessário apenas dinheiro para investir, é preciso ter conhecimento e experiência para explorar estas lojas. Apesar da vontade em entrar em Portugal, estas lojas não têm interesse para a Mercadona que procura unidades com 1.500 metros e em zonas urbanas”, explica Ignacio Nieto, acrescentando que “o crescimento da distribuição será feito com pequenas abertu-ras e não com grandes aquisições”. Perante tal cenário, a questão que se levanta é se valerá a pena investir no mercado na-cional. Pergunta esta que merece uma res-posta afirmativa, por parte da A.T. Kearney, pelo papel que Portugal pode desempenhar

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como porta de entrada para o mercado eu-ropeu. “Um mercado de teste para países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento internacionalizarem as suas cadeias de reta-lho”, detalha Vanda Nogueira.

Expansão, um caminho de duas viasOs operadores dos mercados emergentes estão a preparar-se para a entrada dos reta-lhistas internacionais, fortalecendo as suas operações locais e encerrando lojas pouco rentáveis. Ao mesmo tempo desenham estra-tégias de expansão internacional. 92 por cen-to dos retalhistas dos mercados emergentes inquiridos pela A.T. Kearney confirmaram os

seus planos de se expandirem para fora dos seus mercados domésticos e, destes, 30 por cento elegeram um país desenvolvido entre os seus três principais destinos. Já existem mesmo alguns exemplos, como o da chinesa A.S. Watson que já tem mais de 1.600 lojas em território europeu. De facto, o sector retalhista está cada vez mais orientado para a expansão internacional, como forma de assegurar o crescimento futu-ro. A recessão global mudou a paisagem dos negócios, com os mercados desenvolvidos a deixarem de ser o motor de crescimento que foram outrora. Uma das grandes tendências detectadas pelo estudo da A.T. Kearney é a do

sucesso dos países mais pequenos. Enquanto muitos retalhistas continuam a centrar-se em grandes mercados emergen-tes, como o Brasil, a Índia e a China, a con-sultora encontrou várias iniciativas em países mais pequenos, como o Kuwait, os Emirados Árabes Unidos ou o Uruguai, que represen-tam oportunidades cada vez mais atractivas. Alguns destes países oferecem aos retalhis-tas grandes oportunidades para o seu esta-belecimento em zonas costeiras (Macedónia ou Gatemala), servindo como “mercados de prova” devido às semelhanças com outros países da região (Uruguai) e beneficiando da existência de povoações fortemente ur-banizadas e com elevado poder de aquisição (Kuwait). Os dez primeiros países do ranking da A.T. Kearney 2010 são uma mescla diversificada

Quem ainda pode lucrar com o potencial de crescimento dentro do mercado português são os operadores de dimensão mais reduzida que já cá estão, como o El Corte Inglés e o E. Leclerc, que apostam em formatos diferentes, mas também novos investidores. A consultora relembra que os principais retalhistas espanhóis estão interessados em expandir-se na região mediterrânica da Europa e que querem seguir as pisadas do El Corte Inglés, destacando a Mercadona.

de grandes e pequenos mercados e a mais variada dos últimos nove anos nos quais o estudo foi realizado. A China volta a ocupar o primeiro lugar, o que já não acontecia des-de 2002. Os consumidores chineses estão a habituar-se cada vez mais aos formatos de venda a retalho ao estilo ocidental e a dimen-são do seu mercado continua a proporcionar grandes oportunidades. A Índia, o primeiro destino do estudo em 2009, desce para a terceira posição. O crescimento das vendas a retalho irá continuar, no entan-to, a introdução de um número elevado de retalhistas estrangeiros, os actuais preços do imobiliário e a escassez de espaços, associa-

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[ Mercado Tendências de mercado ]

dos às restrições ao investimento estrangeiro fazem com que este mercado se aproxime da sua maturidade. Tome-se o exemplo da IKEA, a quem só era permitido deter 51 por cento do negócio indiano, o que fez a retalhista sueca optar por abandonar aquele mercado. Actualmente, o Médio Oriente e o Norte de África oferecem as melhores oportunidades de crescimento para o mercado retalhista internacional. Um total de oito países des-ta região está posicionado entre os primei-ros do ranking deste ano, nomeadamente o Kuwait (2.º), Arábia Saudita (4.º), Emirados Árabes Unidos (7.º), Tunísia (11.º), Egipto (13.º), Marrocos (15.º), Turquia (18.º) e Ar-gélia (21.º). Os benefícios fiscais oferecidos por estes mercados e o facto de serem países ricos no fornecimento de petróleo faz com que sejam minimizados os danos causados pela recessão econó-mica. As vendas a retalho estão a aumentar, impulsionadas por rendimentos mais elevados, pelo crescimento da população urba-na, pelo fortalecimento da classe média e pelo investimento em infra-estrutu-ras. “Devido ao facto que, tanto as empresas locais como as internacionais se começaram a expandir na região, estão a produzir-se nu-

merosas associações através de franchising, em parte fomentadas pelas restrições gover-namentais. Alguns sócios locais também já iniciaram modelos de negócio de franchising

de empresas internacionais em toda a região”, assegura Van-da Nogueira. Veja-se, a título de exemplo, o acordo de franchising firmado entre a Sonae e o Fawaz Alhokair Group para, através de uma estratégia de “capital light”, a entrada em nove mercados. A América Latina, por sua vez, com uma forte capacidade de re-cuperação face à recessão, posi-

ciona quatro países entre os dez primeiros do ranking. O aumento do rendimento per capita e a melhoria das condições do negócio es-tão a atrair um maior número de investidores

que, cada vez mais, se regem por formatos de distribuição moderna. As empresas lo-cais também estão a ampliar o seu mercado dentro da região, desafiando desta forma os retalhistas internacionais previamente esta-belecidos.Os retalhistas estão à procura de rapidez no êxito das suas estratégias de expansão e a maioria dos inquiridos pela A.T. Kearney es-pera obter benefícios no prazo de três anos. O que contrasta com os resultados obtidos num inquérito semelhante realizado em 2005 e onde o prazo ia de cinco a sete anos para a obtenção de rentabilidade após a introdução num novo mercado. No entanto, uma outra lição a tirar do estudo da consultora é que correr riscos faz parte do negócio e que nem sempre as coisas correm como inicialmente planeado. O Carrefour, por exemplo, teve de abandonar a Rússia e Portugal.

A questão que se levanta é se valerá a pena investir no mercado

nacional. Pergunta esta que merece uma resposta afirmativa, por parte da A.T. Kearney, pelo papel que Portugal pode desempenhar como porta de entrada para o mercado europeu.

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[ Mercado Tendências de mercado ] [ Mercado Tendências de mercado ]

Pode a Best Buy ter sucesso na Europa?

Numa sexta-feira de Abril, mais precisamente a dia 30, abria em Thurrock, na região de Essex, a primeira loja Best Buy do Reino Unido. A entrada do maior retalhista mundial de electrónica de consumo neste mercado

tão competitivo enviava as suas ondas de choque aos restantes “players” já estabelecidos na Europa, sendo vista como o primeiro passo no assalto ao Velho Continente. Contudo, nem tudo está garantido. O Planet

Retail acredita que a influência e a ambição da Best Buy para a Europa têm sido exacerbadas, notando que os atrasos entre o anúncio dos planos de abertura de lojas e a sua concretização deram aos outros retalhistas

tempo para reagir. O Planet Retail sustenta mesmo que o desempenho da gigante norte-americana no mercado britânico durante os próximos anos será crucial e que terá profundas implicações para o sector da electrónica

de consumo. Isto porque, por um lado, se a Best Buy conseguir ser bem sucedida no Reino Unido, abre caminho para a expansão a nível europeu. Mas, em contrapartida, se puder ser travada, pode colocar em

questão todas as suas ambições internacionais.

Depois de Thurrock, já se seguiram mais aberturas em “terras de Sua Majestade”. No final de Junho, a Best Buy contava com

um total de três pontos de venda no Reino Unido e confirmava o objectivo de, em um ano, elevar para oito o número de lojas. A meta final é deter 80 pontos de venda no Reino Unido em 2013, 15 dos quais lojas de grandes dimensões, a rondar os 5.500 metros quadrados.Apesar dos ambiciosos planos de expansão, a experiência internacional da Best Buy não é assim tão rica. Os seus primeiros passos fora do mercado doméstico foram dados em 2001, para o vizinho Canadá, com a aquisição do líder de mercado Future Shop. Os resultados foram foi de tal maneira positivos que, entre 2002 e 2008, a insígnia mais que duplicou a sua quota de mercado, sentindo-se encorajada a aventurar-se mais longe. Foi assim que, em 2006, a Best Buy adquiriu uma participação maioritária na retalhista chinesa Jiangsu Five Star Appliance e, adicionalmente, em 2008, abriu as suas primeiras lojas em Porto

Rico e no México. A primeira aproximação ao mercado europeu foi inclusivamente feita em 2009, com a entrada no mercado turco. Remontam já a 2006 as atenções da Best Buy para o mercado europeu. Foi nesse ano

que se estabeleceu uma parceria estratégica com a The Carphone Warehouse, mais tarde confirmada pela compra, em 2007, de uma participação de três por cento nesta empresa. Um ano mais tarde, em 2008, a Best Buy pagava 1,1 biliões de libras à

Texto: Carina Rodrigues Fotos: Best Buy

Kam Prajapati, director da loja de Thurrock

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[ Mercado Tendências de mercado ]

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[ Mercado Tendências de mercado ]

The Carphone Warehouse para deter 50 por cento de uma nova empresa, para gerir e expandir a rede de retalho desta e introduzir as lojas de grandes dimensões da Best Buy na Europa. Com este anúncio, claramente se con-firmava o compromisso da empresa norte-

-americana em se expandir a nível global. Contudo, nota o Planet Retail, à excepção do Canadá, a Best Buy ainda não provou conseguir ser bem sucedida noutro mercado internacional. Na China, por exemplo, tem-se debatido para encontrar boas localizações e um formato vencedor

para as suas lojas de grandes dimensões. “De facto, em Junho de 2008, a Best Buy anunciou que estava a reavaliar os seus planos de abertura na China, reduzindo o número de lojas, numa resposta ao clima económico e dificuldades em encontrar localizações e aprovações para os pontos de venda”, acrescenta Bob Gregory, analista do Planet Retail.Nesta medida, a questão que se coloca é mesmo se a Best Buy pode vir a ter sucesso na Europa e que implicações isso terá? A resposta, já a deu a consultora, depende do que a insígnia conseguir fazer no mercado britânico nos próximos anos, não esquecendo, no entanto, que o mercado mudou muito nos últimos dois anos.

Concorrência antecipa-se à chegadaEfectivamente, o facto da data de abertura inicial não se ter chegado a concretizar, e recorde-se que as previsões apontavam para a implantação das primeiras lojas no Verão de 2009, deu à concorrência tempo para reagir.

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Uma das reacções mais assinaláveis foi a da Dixons Retail (anteriormente conhecida por DSG Internacional), que

rapidamente implementou uma estratégia de renovação que, entre outros aspectos, levou à introdução de um novo serviço pós-venda, para combater a maior arma da Best Buy.

É inegável que, mesmo antes de cá estar, a Best Buy já actuava como um catalisador das insígnias já estabelecidas em solo europeu.

Os grandes pontos de venda, os chamados “flagships” servirão para gerar publicidade e dar visibilidade à marca Best Buy, mas o foco principal estará nos mais pequenos, numa estratégia similar à implementada nos Estados Unidos.

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Rm-Revismarket - Julho/Agosto 201034

[ Mercado Tendências de mercado ] [ Mercado Tendências de mercado ]

Uma das reacções mais assinaláveis foi a da Dixons Retail (anteriormente conhecida por DSG Internacional), que rapidamente implementou uma estratégia de renovação que, entre outros aspectos, levou à introdução de um novo serviço pós-venda, para combater a maior arma da Best Buy, e à criação de um novo formato de megastore. No dia 1 de Julho, abriu um novo conceito de loja focado no discount, intitulado Electrical Clearance Store, curiosamente localizado junto a uma renovada loja 2-em-1 Currys/PC World e à terceira loja britânica da Best Buy. Outras reacções foram observadas do lado dos não especialistas, nomeadamente da Tesco e da Asda. O Planet Retail destaca o Tesco Tech Support, criado no início de 2009, mais uma vez para combater o principal argumento da Best Buy, o serviço.

Qual é, então, o impacto da Best Buy?A questão, para já, fica sem uma resposta mais abrangente, no entanto, é inegável que, mesmo antes de cá estar, a Best Buy já actuava como

‘‘ ‘‘A retalhista não esconde que considera a sua entrada no Reino Unido marca o primeiro passo na expansão

europeia. Espanha é apontada como o segundo mercado para onde “virar as baterias”.

A gigante norte-americana também já avançou estar a considerar a possibilidade de estar com uma presença online nos mercados onde a sua marca ainda não está fisicamente.

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[ Mercado Tendências de mercado ]

um catalisador das insígnias já estabelecidas em solo europeu. A Best Buy Europe defende ter um plano de expansão de longo prazo, com o objectivo último de ter também uma rede de 80 lojas no Reino Unido em 2013, combinando diferentes formatos. A insígnia acredita que esta abordagem em duas frentes lhe dá uma maior flexibilidade em termos de oportunidades de expansão futuras. O Planet Retail defende porém, pela análise das várias experiências internacionais da Best Buy até ao momento, que estes objectivos de abertura não serão atingidos. Traçando um cenário mais realista, Bob Gregory prevê, no máximo, dez lojas de grandes dimensões

e outras 20 mais pequenas em 2013. Os grandes pontos de venda, os chamados “flagships” servirão para gerar publicidade e dar visibilidade à marca Best Buy, mas o foco principal estará nos mais pequenos, numa estratégia similar à implementada nos Estados Unidos. A retalhista não esconde que considera que a sua entrada no Reino Unido marca o primeiro passo na expansão europeia. Espanha é apontada como o segundo mercado para onde “virar as baterias”, contudo muito dependerá do sucesso do formato Best Buy no Reino Unido. A gigante norte-americana também já avançou estar a considerar a

possibilidade de estar com uma presença online nos mercados onde a sua marca ainda não está fisicamente. O Planet Retail considera, no entanto, que, para ser bem sucedida na Europa, a Best Buy terá de adquirir um “player” já existente. Recente especulação dá conta do seu interesse na Dixons Retail e na Kesa Electricals, mas o Planet Retail não escusa também a PIXmania como uma estratégia lógica. Os próximos anos no Reino Unido serão assim cruciais para toda a estratégia global da Best Buy. Caso venha a ser bem sucedida, terá um profundo impacto no futuro do retalho electro europeu. O Planet Retail nota todo o poder de mobilização que esta insígnia consegue ter sempre que abre uma loja, conseguindo que os media e os consumidores se sintam impressionados pelas suas lojas e pelos seus níveis de serviço. Deixa, por isso, um recado aos retalhistas europeus, para se prepararem e investirem nos seus formatos de loja e de serviço, porque, como diz o ditado, “mais vale prevenir do que remediar”.

‘‘ ‘‘O Planet Retail considera que, para ser bem sucedida na Europa, a Best Buy terá de adquirir um “player” já

existente. Recente especulação dá conta do seu interesse na Dixons Retail e na Kesa Electricals, mas o Planet Retail não escusa também a PIXmania como uma estratégia lógica.

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[ Mercado Tendências de Mercado ]

este estudo a, GfK revela que, embora a marca, principalmen-te, e o design sejam importan-tes, os consumidores valorizam

cada vez mais benefícios tangíveis, com destaque para a funcionalidade deste tipo de produtos e equipamentos e a conver-gência.As grandes tendências indicam três di-mensões de comportamento, por um lado, os consumidores que valorizam o preço mais reduzido, por outro, os que compram o melhor e mais avançado equipamento, mesmo que o preço seja superior, e ainda os consumidores que dão mais importância à funcionalidade.

Portugueses estão mais moderados e conscientes no consumo

A crise económica está a alterar o perfil dos consumidores. Os portugueses estão menos consumistas e revelam ser hoje bem mais moderados e conscientes quando compram um LCD, um

computador ou uma máquina de lavar a roupa. Um estudo da GfK concluiu que a inovação, a funcionalidade e a facilidade de uti-lização são aspectos que pesam muito na hora da compra, mas

que preço é o factor mais importante.

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do universo, que compram produtos ao preço mais reduzido que conseguem. Fi-nalmente, os consumidores que compõe o segmento High tech, de baixa expres-são (3%) mas existente, são totalmente orientados e adeptos da mais alta tecno-logia e produtos inovadores, não dando importância nem ao preço nem à marca.Os Convergentes procuram informação actualizada sobre o que se passa no mundo, utilizam a Internet, o telemóvel e o portátil como ferramenta e compram aparelhos multifunções. Preocupam-se, também, em modificar as marcas e os produtos para os adequar às suas neces-sidades, preferem produtos individualiza-

Com base nesta análise de comportamen-tos, foram identificados quatro grupos consumidores portugueses. Os Conver-gentes, que representam 42 por cento do universo, valorizam o número de funcio-nalidades e as características técnicas do produto, pois gostam de explorar as suas potencialidades. Já os Brand driven funcionais (31%) dão importância aos produtos com funciona-lidades adequadas às suas necessidades, fáceis de utilizar e com algum avanço tecnológico, dando importância à marca e não valorizando o preço. Este é, no entanto, o factor mais apre-ciado pelos Price driven, 25 por cento

Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

‘‘

‘‘

No que toca ao local de compra, o estudo da GfK

aponta para a supremacia das su-perfícies da distribuição moderna (64%), seguindo-se as lojas espe-cializadas em electrodomésticos (30%). Por outro lado, as próprias lojas são a principal fonte de conhecimento da existência de novos produtos para cuidado do lar (55%), seguindo-se os folhetos promocionais (24%), as reco-mendações de familiares e amigos (21%) e finalmente a Internet, com ainda apenas cinco por cento.

Melhor Mais Rápido

Mais Barato

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‘‘

‘‘4 perfis de consumo

Apesar do consumo mais moderado, mais de um quarto dos consumidores

(31%) afirmam ter adquirido equipamentos de média duração no último ano e 14 por cento demonstraram a vontade de os comprar em 2010. Com 58 por cento e no topo das preferências está a electrónica de consumo, seguindo-se os produtos/equipamentos relacionados com cuidado pessoal (30%), o cuidado do lar (27%) e finalmente a cozinha (20%).

40 por cento dos consumidores adquirem produtos relacionados com o cuidado do lar para substituírem um idêntico que se danificou, 24 por cento compram produtos relacionados com electrónica de consumo por serem mais eficazes

dos ou de edição limitada, pagam mais por algo que lhes permita a satisfação total, estão constantemente em busca de conhecimento e têm ainda tendência para o auto-mimo para compensação dos sa-crifícios do dia-a-dia.Os Brand driven, por seu turno, procu-ram produtos com propriedades relaxan-tes/calmantes, aproveitam o tempo e o seu próprio sossego e têm cuidado com a alimentação/prática de exercício físico. Compram produtos tradicionais, do tipo minimalista, e consideram que as pes-soas devem ter apenas o que precisam.Os Price driven verificam os prazos de validade, quem e onde se produz e ten-tam evitar produtos potencialmente pre-judiciais para a saúde. Utilizam electro-domésticos que facilitam a vida, têm por hábito fazer compras em períodos em que há menos gente e através da Inter-net. Ainda verificam a composição dos produtos, valorizam anúncios mais “reais”, pesquisam informação pré-venda e valo-rizam opiniões sobre produtos.

Neo-frugalismo como tendência de consumo

Este estudo analisou também as motiva-ções que levam à compra e também nesta dimensão está presente uma maior cons-ciência de consumo. Quem não possui este tipo de equipamentos e não os pre-tende comprar, o principal motivo (67%) é o facto de não serem um bem essencial e, como tal, não necessitarem dele.No entanto, apesar do consumo mais mo-derado, mais de um quarto dos consumi-dores (31%) afirma ter adquirido equipa-

mentos de média duração no último ano e 14 por cento demonstraram a vontade de os comprar em 2010. Com 58 por cento e no topo das preferências está a electróni-ca de consumo, seguindo-se os produtos/equipamentos relacionados com cuidado pessoal (30%), o cuidado do lar (27%) e finalmente a cozinha (20%).Quanto aos motivos para a compra, 40 por cento dos consumidores adquirem produtos relacionados com o cuidado do lar para substituírem um idêntico que se danificou, 24 por cento compram produ-tos relacionados com electrónica de con-sumo por serem mais eficazes e 14 por cento por considerarem que estes são evoluídos tecnologicamente. No que diz respeito à área de cuidado pessoal, 12 por cento dos consumidores adquirem

produtos práticos e de fácil utilização, enquanto seis por cento destacam como principal razão o facto dos amigos tam-bém terem ou recomendarem. Por fim, oito por cento dos consumidores fazem compras de produtos para cozinha por não terem este produto.No que toca ao local de compra, o estudo da GfK aponta para a supremacia das su-perfícies da distribuição moderna (64%), seguindo-se as lojas especializadas em electrodomésticos (30%). Por outro lado, as próprias lojas são a principal fonte de conhecimento da existência de novos produtos para cuidado do lar (55%), seguindo-se os folhetos promocionais (24%), as recomendações de familiares e amigos (21%) e finalmente a Internet, com ainda apenas cinco por cento.

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Melhor Mais Rápido

Mais Barato“High-tech 3%” “Price driven 25%” “Brand driven 31%” “Convergentes 42%”

Convergentes (42%): valorizam o número de funcionalidades e as características técnicas do produtoBrand driven (31%): dão importância aos produtos com funcionalidades adequadas às suas necessidades, fáceis de utilizar e com algum avan-ço tecnológico, dando importância à marca e não valorizando o preçoPrice driven (25%): compram pro-dutos ao preço mais reduzido que conseguemHigh tech (3%): totalmente orienta-dos e adeptos da mais alta tecnolo-gia e de produtos inovadores, não dando importância nem ao preço nem à marca

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[ Mercado Tendências ] [ Mercado Tendências ]

Mais de 418mil metros quadrados de centros comerciais

poderão ser alvo de renovaçãoMais de 418 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) de centros comerciais em funcionamento, ou seja o equivalente a 16 por cento do stock actual, têm potencial para ser alvo de uma intervenção de

renovação, incluindo remodelações, ampliações ou reposicionamentos do tenant mix, revela o estudo “Lift ou mudança completa? – Um retrato dos centros comerciais em Portugal” da Jones Lang LaSalle.

e acordo com a consultora, dado o actual momento do mercado de centros comerciais, a chave do su-cesso deste segmento passa pela

inovação e melhoramento da oferta existente, o que poderá acontecer com intervenções ao nível do design, da ampliação do espaço de compras, do reposicionamento do centro, da reestruturação do tenant mix, da renovação dos espaços interiores ou até a nível da gestão do equipamento. “Com uma rápida expansão nas décadas de 80 e 90, os centros comerciais vivem agora a necessidade de se reinventarem a si próprios. A maturidade alcançada pelo mercado assim obriga e apenas aqueles que estiverem abertos à mudança conseguirão oferecer ao consumidor uma oferta apelativa e diferenciadora. Num mercado cada vez mais competitivo, é importante anteciparmos ten-dências e dar um passo em frente em direcção a uma nova era”, sublinha Manuel Puig, direc-tor geral da Jones Lang LaSalle. Esta visão é partilhada por Cristina Cristóvão, directora do departamento de Consultoria e Research, que alerta para a necessidade de es-paços apelativos e agradáveis, com um cunho de originalidade, e totalmente direccionados

para as necessidades do seu público-alvo. “Face a um mercado onde a construção nova tende a abrandar, a intervenção em projectos existentes é a resposta. Estes são requisitos quer para a captação de consumidores, quer para atrair operadores e começam já a traduzir uma realidade no mercado nacional, no qual o espaço para o nascimento de novos projectos se revela algo preenchido”. Do total de 418 mil metros quadrados de cen-tros comerciais em actividade identificados pela Jones Lang LaSalle como passíveis de se-rem intervencionados a médio prazo, no senti-do de renovar a sua oferta e espaços, a maior fatia localiza-se no Grande Porto. Nesta região, existem cerca de 177 mil metros quadrados

de equipamentos comerciais que a consultora imobiliária identificou com potencial para re-ceber uma intervenção de reposicionamento comercial ou remodelação total, seguida da região da Grande Lisboa, com 68 mil metros quadrados.Em termos de dimensão, 61 por cento dos centros comerciais identificados são equipa-mentos de pequena dimensão e 29 por cento de média dimensão, essencialmente caracteri-zados por uma oferta escassa e desadequada, uma imagem pouco atractiva e muitas vezes ultrapassada, design arquitectónico pouco apelativo e com entraves à circulação ideal de visitantes.No seu relatório, a Jones Lang LaSalle avança

“Com uma rápida expansão nas décadas de 80 e 90, os centros comerciais vivem agora a necessidade de se reinventarem a si próprios. A maturidade alcançada pelo mercado assim obriga e apenas aqueles que estiverem abertos à mudança conseguirão oferecer ao consumidor uma oferta apelativa e diferenciadora. Num mercado cada vez mais competitivo, é importante anteciparmos tendências e dar um passo em frente em direcção a uma nova era”

‘‘ ‘‘Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

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[ Mercado Tendências ]

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[ Mercado Tendências ]

que existem 103 centros comerciais em fun-cionamento no mercado nacional, dos quais 31 por cento foram já intervencionados nos anos mais recentes, incluindo ampliação e re-modelação de projectos ou o reposicionamen-to do tenant mix. Em média, um equipamento comercial tem uma antiguidade de 11 anos até ser alvo de uma intervenção. O ano de 2009 foi espelho destas novas ten-dências e palco de duas ampliações e uma re-modelação total, respectivamente, do Shop- ping Braga Parque e do Guimarães Shopping, alvos de processos de ampliação que per-mitiram o aumento de ABL disponível e um alargamento do leque de oferta comercial, e do Olivais Shopping, totalmente transforma-do e agora denominado Spacio Shopping, apresentando uma imagem renovada e a al-teração de layout. Os Dolce Vita Miraflores e Monumental, o Centro Colombo, o Alegro Alfragide, o Palácio do Gelo ou o Arrábida Shopping são outros exemplos apontados no relatório. “Os centros comerciais que são verdadeiras referências nacionais e que são igualmente marcantes no âmbito europeu estão a ser alvo de transformações, seja em pequena ou larga escala, tudo em nome da

modernização e dos bons resultados. E se os grandes o fazem, os pequenos e médios equi-pamentos deverão seguir-lhes as pisadas. Os resultados são de facto surpreendentes e os casos apresentados provam-no. Aumento do número de visitantes, aumento do volume de

receitas, utilização mais racional e rentável dos recursos do próprio equipamento e au-mento da notoriedade são algumas das van-tagens de um equipamento que é um orga-nismo vivo, mutável e atento à modernidade dos tempos”, conclui Manuel Puig.

‘‘

‘‘

Do total de 418 mil metros quadrados de centros comerciais em activi-dade identificados pela Jones Lang LaSalle como passíveis de serem intervencionados a médio prazo, no sentido de renovar a sua oferta e espaços, a maior fatia localiza-se no Grande Porto. Nesta região, existem cerca de 177 mil metros quadrados de equipamentos comerciais que a consultora imobiliária identificou com potencial para receber uma intervenção de reposicio-namento comercial ou remo-delação total, seguida da região da Grande Lisboa, com 68 mil metros quadrados.

Alcochete é o concelho com maior área per capita de centros comerciaisOs dados da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) disponíveis no sis-tema de geomarketing Sales Index da Marktest mostram que o concelho de Alcochete é aquele que possui maior área de centros comerciais por habitante.A APCC contabiliza 105 centros comerciais em Portugal, com uma área de cerca de 2,6 milhões de metros quadrados. Estes números equivalem a uma dimensão média de 24.752 metros quadrados por centro. Os centros comerciais estão presentes em 49 dos 308 concelhos do país, o que significa que, nos concelhos onde estão presentes, existe uma média de dois por concelho.O concelho de Lisboa é aquele com maior número destas superfícies. Os 12 centros aqui localizados correspondem a 11,4 por cento do total. Oeiras e Porto possuem cinco centros comerciais cada, o que, conjuntamente com Lisboa, equivale a 21 por cento do total.Lisboa é também o concelho onde mais área comercial desta tipologia está concen-trada, com 11,4 por cento do total, seguido de Matosinhos (6,7%) e Vila Nova de Gaia (5,5%).Em termos de densidade de centros comerciais, um índice que relaciona a área destas superfícies com a superfície total do concelho, é a Amadora aquele que possui um valor mais elevado, seguido de São João da Madeira e Lisboa.Já quanto à densidade per capita, é o concelho de Alcochete aquele que apresenta maior dimensão destas unidades comerciais face à população residente no concelho, pois possui 4.192 metros quadrados em centros comerciais por mil habitantes. Os dados disponíveis evidenciam ainda que os centros comerciais localizados em Ma-tosinhos, Alcochete e Amadora são os que possuem maior dimensão, três vezes acima da média nacional.

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[ Tempo de pausa Sugestões ]

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Nesta rubrica destacam-se algumas sugestões das editoras sobre lançamentos de livros úteis

para a informação e também descontracção dos nossos leitores. Apresentamos também as escolhas

de um profissional do sector no que toca a momentos de pausa.

Um Coelho Cheio de Sorte

Ivo Dias de Sousa Lua de Papel

A primeira fábula de negó-cios escrita por um portu-guês para portugueses, fala sobre os reveses da fortuna e o modo de os superar. Inspirado no trabalho de Richard Wiseman, para quem “as pessoas não nascem azarentas, criam muita da sua própria sorte ou azar por intermédio dos seus pensamentos e acções”, o autor apresenta, numa linguagem acessível e imaginativa, o coelho João Sortudo, que nada faz pela sorte, até ao dia em que é despedido e se vê obrigado a desenvolver uma nova postura perante a vida. Ao acompanhar o seu percurso, o leitor aprenderá a pôr em prática os Quatro Princípios da Sorte e de que, para entrar no “clube dos sortudos”, basta cultivar a atitude e os pensamentos certos. 112 pp – 12,00 €

Capital Intelectual e Desempenho Organizacional

Maria do Rosário Cabrita

LidelNum mundo em cons-tante mudança, este livro mostra como transformar o conhe-cimento em cresci-mento económico e construir vantagens competitivas susten-táveis. A obra alerta para o reconhecimen-to do capital intelec-tual e a compreender o papel dos indivíduos nas organizações e destas nos territórios e contextos de governação. Para os gestores de topo, profissionais de recursos humanos, chefias de primeira linha e outros gestores da mudança, o livro confere uma visão pragmática do que está na essência da mudança em termos de gestão, que elementos alteram a “ordem mundial” e ajuda a projectar no futuro organizações mais competitivas e humanas. 224 pp – 19,95 €

O Jogo da Contabilidade – Iniciação à Contabilidade Darrel Mullis e Judith Orloff – Centro Atlântico

Destinado a todos os que odeiam a contabilidade ou têm dificuldade em percebê-la, o livro apresenta a informação financeira de uma forma tão simples que o leitor até se pode esquecer que está a adquirir com-petências essenciais. Ensinando os princí-pios básicos da ges-tão financeira através do universo de uma criança que vende limonada numa ban-ca de rua, ensina a usar conceitos como activos, passivos, re-sultados, inventários, fornecedores, amor-tizações, etc. 240 pp – 17,21 €

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Buy.ology – A Ciência do Neuromarketing Martin Lindstrom – Gestão Plus Edições

O autor, Martin Lindstrom, foi considerado pela revista TIME uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. O livro revela toda a verdade sobre o que realmente estimula o nosso interesse e nos leva a comprar um produto. Segundo o autor, as estatísticas e os estudos de mercado mentem. Para saber a verdade sobre o que nos leva a comprar, tem de se ir directamente à fonte, ou seja, ao cérebro do consumidor. O maior estudo de neu-romarketing alguma vez realizado, que durou mais de três anos e contou com mais de dois mil participantes de todo o mundo, fez descobertas surpreendentes que refutaram muitos dos mitos, suposições e crenças acerca do que estimula o nosso interesse e nos leva a comprar um produto. Será que o sexo vende? Porque é que avisos como “fumar mata” dão ainda mais vontade de fumar? Porque é que o cheiro a melões ajuda a vender produtos electrónicos? Porque é que o Papa Bento XVI é semelhante a um Rolex? O product placement é uma perda de dinheiro? As respostas a estas e outras questões são reveladas nesta viagem pelo cérebro do consumidor, enriquecida com anedotas e casos reais de reacções inesperadas a estratégias de marketing. 176 pp – 17,00 €

As escolhas de ...Fernando

Pontescountry manager

da Casio em Portugal

Os meus livros de eleiçãoVisão Periférica de George Day e P. Shoemaker. “Este livro mar-cou-me porque ensina e alerta para os factores de percepção do sucesso ou fracasso de uma empresa. A excessiva atenção dos gestores ao foco no targeting e segmentação de mercados, bem como o posicionamento, esquecendo o ambiente periférico, leva a incorrer por vezes em graves erros de gestão”.

Os álbuns que mais me marcaram“Dentro desta categoria tenho várias opções”. Os preferidos: Simply Red, Bee Gess Live in Las Vegas, Whitney Houston.

Os meus restaurantes favoritosAdega do Saloio, em Sinta. “Pela excelente comida e ambiente, simpatia dos donos e preço acessível”.

Local de sonhoIlha Cayo Largo em Cuba. “Local de sonho e paraíso na Terra”.

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[ Electro Dados de mercado ]

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[ Electro Dados de mercado ]

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Mercado mundial da electrónica de consumo com arranque de ano positivo, mas a crise está longe de ultrapassada

Os resultados relativos ao primeiro trimestre de 2010 revelam que o mercado da electrónica de consumo (electrónica de consumo, tecnologias da informação, fotografia e telecomunicações) teve uma significativa recuperação na maioria das regiões do mundo. Um dos desenvolvimentos mais assinaláveis, segundo a

GfK, foi o facto de oito dos dez produtos mais importantes terem crescido comparativamente com o mesmo período de 2009. A situação é promissora, mas não pode dar uma sensação de falsa segurança dado que

a crise está longe de ultrapassada. Os mercados mais desenvolvidos, como a Europa Ocidental, continuam com dificuldades, devendo-se o crescimento às regiões emergentes, que beneficiaram do facto de muitos

consumidores estarem a fazer as suas primeiras compras de alguns equipamentos.

urante os primeiros três meses do ano, a região da Ásia-Pacífico cresceu, em valor, contabilizado em euros, cerca de 13 por

cento comparativamente a 2009, depois de um decréscimo de um por cento entre 2008 e 2009. De uma maneira similar, na América Latina, depois de um declínio de 19 por cento, o mercado recuperou 38 por cento no primeiro trimestre. Outras regiões, como África e o Médio Oriente, também beneficiaram de crescimentos na ordem dos 15 por cento, um cenário que contrasta com o do mercado europeu.Na Europa Ocidental, os valores de crescimento não ultrapassaram os quatro por cento, enquanto a Europa de Leste, mercado que se esperava exibir um crescimento positivo, continuou em queda, desta vez de 12 por cento. Este resultado foi até menos

catastrófico que a perda de 24 por cento no mesmo período do ano anterior, mas mesmo assim decepcionante. Em termos da performance dos produtos, observando-se as dez categorias mais importantes, que representam 85 por cento do mercado, a GfK constata que a situação melhorou consideravelmente. Entre 2008 e 2009, durante o mesmo trimestre, apenas

quatro categorias exibiam um comportamento positivo, nomeadamente os LCD’s (+12%), os portáteis (+3%), as consolas de jogos (+7%) e os smartphones (+127%). Neste primeiro trimestre, são oito as categorias com crescimento e mesmo outros produtos menos importantes seguem esta tendência, incluindo os leitores portáteis (+1%) e os sistemas de áudio doméstico (+6%).

O trimestre francamente positivo não nos pode iludir numa sensação de falsa segurança

Mercados desenvolvidos, como o da Europa Ocidental, por exemplo, estão a deparar-se com dificuldades para reproduzir uma tendência positiva e, de acordo com a CEA, a situação é idêntica na América do Norte

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[ Electro Dados de mercado ]

Texto: Carina Rodrigues Foto: DR

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[ Electro Dados de mercado ]

Esta tendência positiva prolongou-se no mês de Abril. No seu conjunto, o mercado da electrónica de consumo cresceu 14 por cento, em termos homólogos, situação que pode projectar um futuro mais risonho para os próximos meses. Contudo, alerta a GfK, algumas questões permanecem por responder, desde logo se este crescimento observado no início do ano será consistente. “O trimestre francamente positivo não nos pode iludir numa sensação de falsa segurança”, alerta Claude Terrier, analista sénior do GfK Digital World. “Se

não considerarmos o período da crise e compararmos os mercados entre 2008 e 2010, apenas quatro dos dez produtos mais importantes ainda estão a crescer ao ritmo entre 2009 e 2008”. Mercados desenvolvidos, como o da Europa Ocidental, por exemplo, estão a deparar-se com dificuldades para reproduzir uma tendência positiva e, de acordo com a CEA, a situação é idêntica na América do Norte. O crescimento está a ser claramente sustentado pelas regiões emergentes, que capitalizaram o facto de alguns consumidores terem

efectuado as suas primeiras aquisições de determinados produtos. Foi o caso dos mercados indiano (+11%), chinês (16%) e brasileiro (+42%).Neste sentido, uma segunda questão é levantada pela GfK. O que vai acontecer quando o número de lares equipados, nestes países se aproximar da saturação? O conselho da consultora é de que, se o mercado espera reforçar o crescimento, os fabricantes terão de criar não apenas novas tecnologias mas acima de tudo novos usos para os produtos.

Evolução das 10 principais categorias de produto a nível mundial (valor)1T09 vs 1T08Smartphones: +127%

LCD’s: +12%

Máquinas fotográficas: -10%

Computação móvel: +3%

Leitores de DVD: -10%

Desktops: -17%

Consolas de jogos: +7%

Monitores: -29%

Plasmas: -7%

Telemóveis: -18%

1T10 vs 1T09Smartphones: +173%

LCD’s: +31%

Máquinas fotográficas: +12%

Computação móvel: +11%

Leitores de DVD: +6%

Desktops: +3%

Consolas de jogos: +3%

Monitores: +1%

Plasmas: -3%

Telemóveis: -9%

Fonte: GfK Digital World

[ Electro Dados de mercado ][ Electro Dados de mercado ]

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[ Electro-Novidades ]

Airlux lança novo catálogo de fogões Glem A Airlux acaba de lançar o novo catálogo de fogões Glem, numa aposta clara do grupo no mer-cado português e de posicionamento da marca.O catálogo reúne uma oferta exclusiva de fogões, com uma amostragem das gamas actual-mente produzidas pelo grupo, contendo soluções transversais às actuais necessidades do mer-cado. “Esta é uma oportunidade única e representa o início de um novo ciclo para a marca Glem e para a empresa Airlux Portugal no mercado. As quatro linhas de fogões que compõem este catálogo estão na base da actual liderança do mercado de fogões em Itália, obviamente os nossos objectivos são mais contidos nesta fase, até porque os mercados são distintos”, refere a Airlux em comunicado.As soluções apresentadas neste catálogo abrangem vários segmentos. A gama MONOLITH

(na foto) destina-se ao segmento médio-alto, a gama MATRIX ao seg-mento médio, a gama ÚNICA ao segmento mé-dio-baixo e a gama AL-PHA ao segmento baixo. De acordo com a Airlux, esta nova colecção de fogões apresenta carac-terísticas únicas no mer-cado, como a porta fria com vidro triplo, classe A, porta interior full glass e despenseiro vertical. Toda a gama é encastrá-vel, seguindo a norma internacional.

Orbegozo lança máquina

de cachorros quentesFazer um verdadeiro cachorro quente em casa é mais fácil e divertido com a máquina de cachorros PR-3800 da Orbegozo.Este modelo permite fazer, de uma só vez, até quatro cachorros. Com cinco elementos de calor giratórios, o aquecimento das salsi-chas é uniforme, graças ao sistema de rodí-zios giratórios. Possui também duas pinças verticais em inox onde se podem aquecer os pãezinhos.A máquina da Orbegozo permite ainda pro-gramar a confecção dos cachorros, através do temporizador de 30 minutos com sinal acústico de final do programa.Na hora de limpar, a tarefa é facilitada, graças à superfície anti-aderente e à bandeja para recolha de gorduras.PVP recomendado: 49,90 euros.

Electrolux oferece um tratamento SPA à roupa

As novas máquinas de lavar roupa SteamSystem 3 em 1 da Electrolux refrescam e revitalizam as roupas mais delicadas. Tudo isso é possível graças à força orgânica do vapor.O programa Refrescar, presente em todos os modelos da gama SteamSystem, oferece uma nova vida à roupa ao desodorizar e reidratar as suas fibras. Através deste programa, os tecidos delicados recebem um tratamento que elimina, simul-taneamente, o risco de os danificar ao utilizar um ciclo de lavagem standard. O vapor é uma forma natural para retirar rugas e vincos da roupa sem a necessi-dade de a molhar totalmente. O tratamento da roupa através do vapor relaxa as fibras no vestuário, proporcionando flexibilidade e volume na remoção dos vincos e rugas. Assim, o tempo que se passaria a engomar reduz significativamente, uma vez que a máquina retira suavemente praticamente todos os vincos.As novas máquinas de lavar roupa SteamSystem 3 em 1 oferecem diferentes pro-

gramas, incluindo um para as roupas que já foram usadas, mas que não necessitam ou não devem ser lavadas com água. Em vez disso, o vapor absorve os odores, tal como quando se estende a roupa, mas mais rapi-damente e com maior eficiência, deixando-a fresca e rejuvenescida. Para além disso, a nova gama de máquinas de lavar roupa apresenta ainda programas específicos para aqueles que precisam de soluções rápidas, sendo que o consumo de energia classe A garante benefícios para o ambiente.

Canon enriquece série de câmaras de vídeo Full HD com nova LEGRIA HF M32 de 64 GBA Canon ampliou a série LEGRIA HF M com o lançamento da nova LEGRIA HF M32, uma câmara de vídeo Full HD compacta e de fácil utilização com maior espaço de armazenamento.O novo modelo aumenta o alinhamento da série LEGRIA HF M para quatro modelos, proporcionando memória flash interna de 64 gi-gabytes e suporte para cartões de memória SDXC para aqueles que pretendem filmar durante mais tempo.A LEGRIA HFM32 vem equipada com as mesmas tecnologias pre-mium da Canon de outros modelos da série, incluindo um ecrã LCD táctil altamente intuitivo que oferece ao utilizador um maior controlo sobre o conteúdo. A nova câmara de vídeo permite cap-tar ainda mais conteúdo em HD, oferecendo capacidade suficiente para filmar 24 horas de conteúdo. É também o primeiro modelo LEGRIA a suportar cartões de memória SDXC, proporcionando um significativo aumento no tempo de gravação já que tem uma capa-cidade de armazenamento até dois terabytes.

A LEGRIA HF M32 inclui um sensor CMOS Full HD de 3,3

megapixels, zoom avançado de 18x, objectiva de vídeo HD da Canon e pro-cessador DIGIC.

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[ Electro-Novidades ]

Rua Nossa Senhora de Fátima, 177 - 1.º Sala 4 • 4050-427 Porto T. 226 094 717 F. 226 095 782 Email: [email protected]

Fagor apresenta vinhoteca Bizone para conservação de cada tipo de vinhoA nova vinhoteca Bizone da Fagor, com capacidade para 12 garrafas, caracteriza-se por disponibilizar dois compartimentos completamente independentes, que permitem seleccionar temperaturas diferentes, nomeadamente 12º-18ºC no compartimento superior e 8º-18ºC no compartimento inferior.Assim, a nova vinhoteca da Fagor consegue manter a temperatura e o nível de humidade óptimo para a conservação e degustação de cada tipo de vinho. O seu funcionamento muito silencioso permite a colo-cação da mesma em qualquer espaço da casa como elemento decorativo.No que se refere ao design, o seu corpo compacto sem vibrações conserva o vinho no estado de repouso ne-cessário. No exterior, o ecrã digital indica a temperatu-ra real e constante do interior da vinhoteca. O controlo electrónico da temperatura consegue-se graças a um sistema de refrigeração termoeléctrico que oscila entre os 8 e 18 ºC.A vinhoteca conta ainda com quatro tabuleiros amovíveis para que as garrafas no interior se mantenham no melhor estado, já que a sua colocação individual faz com que estejam a todo o momento rodeadas de ar frio. Dispõe ainda de uma dupla porta de cristal transparente com luz no interior para maior comodidade.PVP recomendado: 199 euros.

ZTC lança mais um modelo Dual SIM

O ZTC F280 permite ter dois cartões SIM em simultâneo no mesmo telemóvel.Este equipamento GSM quad band (850/900/1800/1900) dispõe de um ecrã de 256K a cores e possui a capacida-de para 300 contactos. Muito compacto e pesando ape-nas 83 gramas, não dispensa no entanto a câmara VGA e o leitor de MP3 e MP4. As opções de entretenimento são ainda potenciadas pela ca- pacidade de leitura de e-books.Entre as funcionalidades do novo F280, incluem-se ain-da os toques polifónicos, a função de relógio e alarme, o suporte para JAVA, Blue- tooth e o acesso à rede GPRS/ MMS. Este modelo, que utiliza para armazenamento cartões MicroSD, beneficia ainda de uma autonomia em conversação até três horas e em standby até 96 horas. PVP recomendado: 119,90 euros.

HP lança nova Deskjet que reduz os custos de impressão e o impacto ambiental

A HP lançou novas impressoras Deskjet com um novo sistema de impressão que garante impressões de elevada qualidade poupança e reduzido impacto ambiental.A HP Deskjet 2050 All-in-One é uma impressora que permite digitalizar, im-primir e copiar a um preço acessível. A nova impressora é simples de confi-gurar, com software desenvolvido para uma instalação rápida, que também ocupa menos espaço nos discos rígidos dos utilizadores.Esta multifunções é a primeira de uma nova gama de impressoras Deskjet que suportam tinteiros HP 301. A cabeça de impressão foi redesenhada, bem como o tabuleiro de entrada de papel, especialmente adaptado para este novo sistema de impressão.A nova série de impressoras Deskjet será disponibilizada com tinteiros stan-

dards HP 301 a preto e a cores. A série HP 301 inclui um tinteiro standard e o formato XL, ambos disponíveis a preto e a cores. O HP 301 standard proporciona uma experiência de alta quali-dade, precisa e fiável, tal como todos os originais HP. Para os clientes que imprimem mais, o Tinteiro HP 301XL de tinta preta proporciona até 2,5 vezes mais impressões do que o modelo standard, enquanto o HP 301XL tricolor imprime duas vezes mais páginas que o standard. Ambos produzem mais páginas a um custo inferior do que os tinteiros das Deskjet anteriores.

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Smartphones conquistam

mercadoMultifuncionais e muito versáteis, os smartphones continuam a

conquistar mercado. Durante o primeiro trimestre, este segmento foi de todos o mais dinâmico no mercado português de telemóveis, ao crescer 58 por cento face ao período homólogo de 2009. De acordo com os dados da IDC, os smartphones representam já 15 por cento do total das vendas de telemóveis, quando há apenas um ano não

ultrapassavam os 11 por cento. Apesar de inicialmente estarem mais direccionados para o mercado empresarial, estes telefones têm vindo a conquistar também os clientes particulares para quem o e-mail e as

mensagens são importantes.

o total, venderam-se durante o primeiro trimestre cerca de 180 mil smartphones em Portugal. E isto num período onde o merca-

do português de telemóveis, no seu todo, assinalou uma recuperação das vendas face às quebras verificadas em 2009. Em termos homólogos, o mercado cresceu 21 por cento, alcançando a fasquia de 1,24 milhões de unidades. “Contudo, temos que ser algo cautelosos nas conclusões a reti-rar destes dados”, alerta Francisco Jeróni-mo, responsável europeu de Research da área de Telefones Móveis da IDC. “Apesar da evidente recuperação da procura, não podemos esquecer que o primeiro trimes-tre de 2009 foi dos piores de sempre no sector das telecomunicações. Acresce que, sendo o primeiro trimestre tradicionalmen-

te marcado pelo escoamento de stocks do período de Natal, os operadores móveis têm sido bastante cautelosos na gestão dos stocks e mais eficientes no lançamento de novos terminais. O que levou à existência de baixos níveis de stock após o período natalício. Desta forma, as encomendas aos fabricantes tiveram crescimentos pouco normais para esta época do ano”. Efectivamente, se atentarmos, aos valores das vendas ao consumidor final (sell-out) e à respectiva facturação nos primeiros três meses do ano, proporcionados pela

GfK, os indicadores não são assim tão po-sitivos. O estudo GfK TEMAX mostra que, ao nível do “sell-out”, o sector das tele-comunicações apresentou uma tendência negativa, com o volume de vendas a não ultrapassar os 83 milhões de euros, o que representa uma quebra de 6,3 por cento face ao período homólogo. O principal “driver” da quebra foi a variação negativa de dois dígitos dos telemóveis, que cons-tituem mais de dois terços deste mercado, já que os restantes segmentos, incluindo os auriculares e os telefones fixos, apre-

Venderam-se durante o primeiro trimestre cerca de 180 mil smartphones em Portugal.‘‘

‘‘Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

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sentaram tendências positivas. Também neste indicador, os smartphones ganha-ram mercado, registando uma variação positiva de dois dígitos. É inegável que a tendência de substituição dos telefones básicos pelos smartphones se tem intensificado. Tendência esta que é global. De acordo com os dados da Ca-nalys, durante os primeiros três meses do ano, venderam-se em todo o mundo 55,2 milhões de smartphones. Este segmento aguentou bem o embate da crise econó-mica, crescendo 67 por cento numa base anual, que representa, segundo a Canalys, a mais alta taxa de crescimento desde o final de 2007. A análise da Gartner vai no mesmo sentido, sendo que a consultora recua ainda mais no tempo que a Canalys e considera mes-

Principais fabricantes e quotas de mercado em Portugal

– telemóveis+smartphones Vendas Quota de Vendas Quota de VariaçãoFabricante 1T10 mercado 1T09 mercado nas vendas (milhares) 1T10 (milhares) 1T09 1T10 vs 1T09

1. Nokia 448 36% 429 42% 4%

2. Samsung 412 33% 365 36% 13%

3. LG 110 9% 68 7% 62%

4. Vodafone* 101 8% 33 3% 208%

5. Sony Ericsson 61 5% 36 4% 70%

Outros 103 8% 86 8% 20%

Total 1.235 100% 1.017 100% 21%

Fonte: IDC* Os operadores móveis são considerados como fabricantes quando disponibilizam telefones exclusivamente com a sua marca e as vendas desses telefones são estimadas sob a sua marca.

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Vendas Quota de Vendas Quota de VariaçãoSistema 1T10 mercado 1T09 mercado nas vendas (milhares) 1T10 (milhares) 1T09 1T10 vs 1T09

1. Touch screen 32.636.62 59,1% 11.362,41 34,4% 187,7%

2. Teclado 15.085,31 27,3% 9.392,56 28,4% 60,6%

3. Keypad 7.479,35 13,5% 12.311,59 37,2% -39,2%

Total 55.201,28 100% 33.066,6 100% 66,9%

Vendas de smartphones a nível mundial

– por sistema principal de “input”

Fonte: Canalys

Vendas Quota de Vendas Quota de Fabricante 1T10 mercado 1T09 mercado (milhares) 1T10 (milhares) 1T09

1. Nokia 110.105,6 35% 97.398,2 36,2%

2. Samsung 64.897,1 20,6% 51.385,4 19,1%

3. LG 27.190,1 8,6% 26.546,9 9,9%

4. RIM 10.552,5 3,4% 7.233,5 2,7%

5. Sony Ericsson 9.865,6 3,1% 14.470,3 5,4%

6. Motorola 9.574,5 3% 16.587,3 6,2

7. Apple 8.359,7 2,7% 3.938,8 1,5%

8. ZTE 5.375,4 1,7% 3.369,6 1,3%

9. G-Five 4.345 1,4%

10. Huawei 3.970 1,3% 3.217,9 1,2%

Outros 60.418,1 19,2% 44.972,2 16,5%

Total 314.653,5 100% 269.120,1 100%

Vendas mundiais ao consumidor final – telemóveis+smartphones

(em milhares de unidades)

Uma tendência que se tem observado a nível nacional é que, apesar da transição dos tele-fones básicos para os smartphones, há por parte dos consumidores uma passagem intermédia para os chamados “feature phones”, ou seja, telefones com algumas funcionalidades dos smartphones, como a capacidade de navegação na Internet, de acesso aos sites das redes sociais e ao e-mail. Tendência esta que tem sido impulsionada pela Samsung e pela LG.

mo que este trimestre representa o maior crescimento, numa base anual, desde 2006. A Gartner contabiliza 54,3 milhões de uni-dades vendidas aos consumidores finais durante os três primeiros meses de 2010 e

assinala o facto de que, neste período, se assiste à entrada de um fabricante de smart-phones “pure player” no top 5, a Research In Motion (RIM).A nível mundial, as vendas da fabricante do Blackberry cresceram 45,9 por cento e alcan-çaram os 10,6 milhões de unidades. A este respeito, os dados da Gartner e da Canalys tornam a coincidir. Esta última consultora nota que a RIM tem conseguido fazer crescer a sua atractividade em todo o mundo, desta-cando os crescimentos de 297 por cento na América Latina e de 215 por cento na região Ásia-Pacífico. A facilidade de escrita com um teclado físico é um dos principais argumentos de venda dos terminais Blackberry que também têm vindo a ganhar mercado em Portugal. De acordo com a IDC, face ao primeiro trimestre de 2009, a RIM cresceu no período analisado

‘‘ ‘‘Fonte: Gartner

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[ Electro Produto em Análise ]

Vendas Quota de Vendas Quota de VariaçãoFabricante 1T10 mercado 1T09 mercado nas vendas (milhares) 1T10 (milhares) 1T09 1T10 vs 1T09

1. Nokia 93 52% 80 70% 16%

2. RIM 31 17% 2 2% 1.178%

3. TMN* 18 10% 0 0% n.d.

4. Apple 12 7% 13 11% -10%

5. HTC 10 6% 6 5% 75%

Outros 16 9% 13 11% 23%

Total 180 100% 114 100% 58%

Principais fabricantes e quotas de mercado em Portugal

– smartphones

Fonte: IDC * Os operadores móveis são considerados como fabricantes quando disponibilizam telefones exclusivamente com a sua marca e as vendas desses telefones são estimadas sob a sua marca.

É inegável que a tendência de substituição dos telefones básicos pelos smartphones se tem intensificado. Tendência esta que é global. De acordo com os dados da Canalys, durante os primeiros três meses do ano, venderam-se em todo o mundo 55,2 milhões de smartphones. Este segmento aguentou bem o embate da crise económica, crescendo 67 por cento numa base anual, que representa, segundo a Canalys, a mais alta taxa de cresci-mento desde o final de 2007.

1.178 por cento, com a venda de 31 mil ter-minais. A sua quota de mercado situou-se, neste primeiro trimestre, nos 17 por cento, quando há um ano atrás não passava dos dois por cento.

Nokia vê ameaçada liderança do ranking de fabricantesApesar do desempenho assinalável da RIM, o mercado nacional continua a ser liderado pela Nokia. Mas a fabricante finlandesa co-meça a ser pressionada pela concorrência, quer considerando o mercado na sua globa-lidade, quer analisando apenas do ponto de vista dos smartphones.Considerando o mercado no seu todo, a IDC considera mesmo que a Nokia pode este ano perder definitivamente a liderança para a Sam- sung em Portugal. Apesar do crescimento de quatro por cento nas vendas, a quota de

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[ Electro Produto em Análise ]

Vendas Quota de Vendas Quota de Sistema 1T10 mercado 1T09 mercado (milhares) 1T10 (milhares) 1T09

1. Symbian 24.069,8 44,3% 17.825,3 48,8%

2. RIM 10.552,6 19,4% 7.533,6 20,6%

3. iPhone OS 8.359,7 15,4% 3.848,1 10,5%

4. Android 5.214,7 9,6% 575,3 1,6%

5. Microsoft

Windows Mobile 3.706 6,8% 3.738,7 10,2%

6. Linux 1.993,9 3,7% 2.540,5 7%

Outros 404,8 0,7% 445,9 1,2%

Total 54.301,4 100% 36.507,4 100%

Vendas mundiais de smartphones ao consumidor final – por sistema operativo

Fonte: Gartner

mercado da Nokia caiu, em termos homó-logos, dos 42 para os 36 por cento, uma descida ainda mais assinalável no segmen-to dos smartphones, dos 70 para os 52 por cento. A empresa finlandesa continua a ser pressionada nos rankings pela Samsung e LG no segmento dos telefones tradicionais e pela Apple, RIM e HTC no segmento dos smartphones. No entender da consultora, o portfólio da Nokia continua a ter dificuldades em es-pelhar o que os consumidores valorizam. Uma tendência que se tem observado a nível nacional é que, apesar da transição dos telefones básicos para os smartpho-nes, há por parte dos consumidores uma passagem intermédia para os chamados “feature phones”, ou seja, telefones com algumas funcionalidades dos smartpho-nes, como a capacidade de navegação na Internet, de acesso aos sites das redes sociais e ao e-mail. Tendência esta que tem sido impulsionada pela Samsung e pela LG. Estes terminais são apreciados, sobretu-

do, pelos mais jovens e têm um enorme potencial, apesar de um estudo da Canalys alertar que a falta de características adi-cionais pode limitar o seu apelo. A pesqui-sa levada a cabo pela consultora na região EMEA, junto de 2.400 utilizadores de te-lemóveis e PC’s, revela que 79 por cento dos inquiridos acedem aos sites das redes sociais em ambas as plataformas. Os re-sultados relativos ao grupo etário dos 16 aos 25 anos mostram que 90 por cento dos entrevistados acedem às redes sociais e 31 por cento destes fazem-no através de ambas as plataformas, valores que pare-cem justificar o enfoque de fabricantes e operadores neste “target” focando-se nas redes sociais.

A facilidade de escrita com um teclado físico é um dos principais argumentos de venda dos terminais Blackberry que também têm vindo a ganhar mercado em Portugal. De acordo com a IDC, face ao primeiro trimestre de 2009, a RIM cresceu no período analisado 1.178 por cento, com a venda de 31 mil terminais.

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