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Economia da Saúde e a gestão: uso
estratégico da informação no nível federal
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS
Agosto de 2012
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Coordenação Epidemiologia e Informação – CEInfo
Seminário : Desafios para a incorporação de dimensão econômica na
produção de informação para a gestão na SMS – SP
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 2
O que é Economia da Saúde?
“É o ramo do conhecimento que tem por
objetivo a otimização das ações de saúde, ou
seja, o estudo das condições ótimas de
distribuição dos recursos disponíveis para
assegurar à população a melhor assistência
à saúde e o melhor estado de saúde
possível, tendo em conta meios e recursos
limitados”.
Del Nero CR. O que é economia da saúde. In: Piola SF, Vianna SM (orgs). Economia da
saúde: conceitos e contribuição para a gestão em saúde. Brasília: Ipea, 2002.
Temas da Economia da Saúde
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 3
Saúde e Desenvolvimento
Financiamento das Ações e Serviços de
Saúde
Regulação Econômica em
Saúde
Alocação de Recursos
Eficiência das Ações e
Serviços de Saúde Economia
da
Saúde
Figura 1. Temas da Economia da Saúde.
I. Financiamento das ações e serviços de
saúde
Recorte: Fontes de recursos do SUS e os gastos em Ações e Serviços
Próprios de Saúde – ASPS.
Receitas do Orçamento da Seguridade Social
Receitas vinculadas à saúde de estados e municípios
Despesas em ASPS das três esferas de governo.
Fonte de informações: Demonstrativos da STN e Sistema de
Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde – Siops.
Com os dados do SIOPS é possível:
Consolidar os gastos das três esferas de governo em ASPS e realizar
comparações internacionais;
Fornecer dados para a consolidação dos gastos em saúde por outras
metodologias, como Contas-Satélite de Saúde.
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OSS – União
OF – estados,
DF, municípios
Receitas e Despesas da Seguridade Social
em 2005-2010
Fonte:STN/MF Nota:
Receitas e despesas retiradas do RREO da União; Receitas realizadas; Despesas liquidadas; Despesa por sufunção exceto intra-orçamentárias;
PIS/PASEP já deduzido de 40% destinado ao BNDES. 5
Em R$ milhões (nominais)
Categorias 2005 2006 2007 2008 2009 2010
I - Receitas (antes da DRU)
Receitas de Cont. Sociais
Previdenciárias 123.110,6 135.739,2 146.843,5 177.956,9 201.801,9 235.079,2
Cofins 89.597,5 91.481,2 100.555,6 118.431,0 119.239,0 141.233,7
CPMF 29.120,3 32.263,1 36.319,6 971,3 93,9 23,9
CSLL 26.232,0 28.023,6 33.183,2 41.663,7 45.100,4 46.370,2
Concursos de Prognósticos 1.564,3 1.533,0 1.890,9 2.048,5 2.497,4 3.147,4
Pis/Pasep³ 13.250,0 14.270,7 15.467,5 18.196,1 19.110,6 24.476,3
Receitas Próprias (Min. Prev.) 797,6 731,9 458,4 922,6 491,5 256,3
Outras receitas 265,6 304,7 348,0 365,7 464,2 606,0
I - Total 283.937,8 304.347,3 334.718,7 360.190,2 388.798,8 451.193,0
II - Despesas (por função)²
Saúde 36.483,3 39.736,2 40.215,3 44.552,5 48.682,6 54.541,7
Previdência 188.505,5 212.490,4 233.700,4 257.543,7 289.598,6 325.152,0
Trabalho 12.716,9 16.417,4 19.512,6 21.982,8 28.434,4 30.870,4
Assistência Social 15.806,1 21.551,1 24.653,0 28.660,7 33.107,6 38.775,3
II -Total 253.511,8 290.195,1 318.081,3 352.739,8 399.823,3 449.339,4
II - Resultado do OSS 30.426,0 14.152,2 16.637,4 7.450,4 -11.024,4 1.853,6
III - Despesa (por órgão)²
Ministério da Previdência 159.490,6 181.643,9 200.003,8 220.540,8 249.004,6 281.544,4
Ministério da Saúde 36.818,0 42.099,4 42.080,3 46.459,4 52.088,4 58.583,3
Ministério do Trabalho 23.369,7 27.764,0 29.537,0 33.885,6 41.286,5 45.795,8
Ministério do Desenv. Social4 8.354,4 9.843,1 10.969,1 12.784,5 14.067,8 16.138,8
III - Total 228.032,8 261.350,4 282.590,3 279.784,8 356.447,3 402.062,2
III - Resultado do OSS 55.905,0 42.996,9 52.128,5 80.405,4 32.351,5 49.130,7
Superávit no período: Por função: R$ 59.495,20 Por órgão: R$ 312.918,00
Gastos próprios em ASPS, das esferas de governo, no
período de 2002 a 2010
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 6
2002 24.736.843 140,31 1,67% 10.757.458 61,02 0,73% 12.029.688 68,23 0,81% 47.523.988 269,56 3,21%
2003 27.181.155 152,07 1,60% 13.317.828 74,51 0,78% 13.765.417 77,01 0,81% 54.264.400 303,59 3,19%
2004 32.703.495 180,58 1,68% 17.318.612 95,63 0,89% 16.409.723 90,61 0,85% 66.431.831 366,82 3,42%
2005 37.145.779 202,56 1,73% 19.664.416 107,23 0,92% 20.287.287 110,63 0,94% 77.097.481 420,42 3,59%
2006 40.750.155 219,61 1,72% 22.978.253 123,83 0,97% 23.564.590 126,99 0,99% 87.292.998 470,43 3,68%
2007 44.303.496 236,11 1,66% 25.969.634 138,4 0,98% 26.429.546 140,85 0,99% 96.702.675 515,36 3,63%
2008 48.670.190 256,68 1,61% 30.867.591 162,79 1,02% 32.453.638 171,16 1,07% 111.991.418 590,63 3,70%
2009 58.270.259 304,31 1,80% 32.258.750 168,47 1,00% 34.524.264 180,3 1,07% 125.053.273 653,08 3,87%
2010 61.965.198 324,84 37.263.521 195,35 39.110.413 205,03 138.339.132 725,22
(B+E+H)
Despesa por
habitante (R$)
(C+F+I)
Proporção do
PIB (%)
(A)
Despesa
(em R$ mil
correntes)
(D)
Despesa
(em R$ mil
correntes)
(G)
Despesa
(em R$ mil
correntes)
(A+D+G)
Despesa
(em R$ mil
correntes)
(B)
Despesa por
habitante (R$)
(C)
Proporção
do PIB (%)
(E)
Despesa por
habitante (R$)
(F)
Proporção do
PIB (%)
(H)
Despesa por
habitante (R$)
(I)
Proporção do
PIB (%)
Ano
Federal Estadual Municipal Total
Comentários:
Progressão dos gastos próprios em ASPS, em reais correntes: federal 2,5
vezes; estadual 3,5 vezes e municipal 3,2 vezes.
A média do gasto total em ASPS esteve no período em 3,5% do PIB; o
federal em 1,7% do PIB; o estadual em 0,91% do PIB e o municipal em
0,94% do PIB.
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 7
Comentários:
Os dados demonstram que as despesas com consumo final de bens e serviços de saúde
representaram, em média, 8,5% do PIB; destes, em média 3,6% do PIB foram gastos pela administração
pública (42% do gasto) e 4,8% do PIB foram gastos pelas famílias e ISFL (58% do gasto).
Porém, em relação aos gastos com medicamentos, enquanto a administração pública efetua os gastos
de medicamentos que serão adquiridos a preços menores e usados mediante protocolos e diretrizes
clínicos, o consumo das famílias se dá com medicamentos OTC.
Consumo final, por setor institucional, segundo produtos – Brasil – 2005 a 2009
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 8
País
Gasto per capita em saúde (U$ PPP)
Governo Total
% do gasto do
governo do gasto
total
Brasil* 409 938 44%
Canadá 3.081 4.363 71%
Chile 562 1.186 47%
França 3.100 3.978 78%
Alemanha 3.242 4.218 77%
México 443 918 48%
Espanha 2.259 3.068 74%
Reino Unido 2.935 3.487 84%
USA 3.795 7.960 48% Fonte: Organisation for Economic Co-Operation and Development. OECD.StatExtracts. Health Expenditure
and Financing.
* Fontes: a) IBGE. Conta-Satélite de Saúde Brasil 2007-2009; b) World Bank. PPP Conversion Factor,
GDP (LCU per international $).
Gasto per capita em saúde de alguns países em dólares
internacionais, 2009.
II. Regulação econômica em saúde
Melhor exemplo: mercado farmacêutico
No mercado farmacêutico, a regulação de preços consiste em determinar o preço de venda dos medicamentos no mercado, independente de quem pague por eles.
Por que regular? Há no mercado farmacêutico uma insuficiência de competência, devido a:
Poder de mercado temporal (inversão em P&D patentes poder de monopólio temporal)
Poder oligopolístico (elevado grau de concentração no setor pelas barreira de entrada no mercado)
A reduzida elasticidade da demanda (consumidores não pagam pelos medicamentos – preço não influenciam na escolha)
A informação imperfeita dos prescritores (os médicos não conhecem todas as alternativas e o valor terapêutico de cada uma delas)
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 9 30/07/2012
Políticas de controle de preços de medicamentos
Financiamento pelo Estado
• Controle direto
– Negociação de preços
– Definição de preços máximos
– Comparação internacional
– Redução ou congelamento dos preços
• Controle indireto
– Regulação do lucro das empresas
– Estabelecimento de preços de referência
– Estabelecimento de índice de preços
10
Aaserud M, Dahlgren AT, Kösters JP, Oxman AD, Ramsay C, Sturm H. Pharmaceutical policies: effects of reference pricing, other pricing, and purchasing policies. Cochrane Database Syst Rev. 2006 Apr 19;(2):CD005979.
Atuação da ANVISA
No Brasil, é Anvisa quem monitora os preços dos medicamentos que estão no mercado e auxilia tecnicamente no estabelecimento do preço de novos medicamentos.
Exerce a função de Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável por regular o mercado e estabelecer critérios para a definição e o ajuste de preços.
CMED:
Preço de comercialização de novos medicamentos, baseado no menor preço praticado no mercado internacional.
Preço Fábrica (atacado): preço praticado pelas empresas produtoras ou importadoras do produto e pelas empresas distribuidoras; preço máximo permitido para venda a farmácias, drogarias e para entes da Administração Pública.
Preço Máximo ao Consumidor (varejo): preço máximo permitido para venda ao consumidor e inclui os impostos incidentes por estado; é o praticado pelas farmácias e Drogarias.
Preço Máximo de Venda ao Governo: teto de preço para compra dos medicamentos inseridos na lista de produtos sujeitos ao Coeficiente de Adequação de Preço – CAP (medicamentos do Programa Especializado da AF) e medicamento adquirido por força de decisão judicial.
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 11 30/07/2012
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Para a formulação de todas essas políticas
Necessidade de informação
Essencialidade dos bancos de preços em saúde
BPS e PMA
Banco de Preços em Saúde – sistema informatizado que registra,
armazena e disponibiliza por meio da internet, no endereço
www.saude.gov.br/banco, os preços de medicamentos e produtos para a
saúde, que são adquiridos por instituições públicas e privadas cadastradas
no sistema.
DESID realiza estudos sobre preços praticados nas compras de
medicamentos efetuadas pelo setor público no país, pois PMVG com
alcance limitado.
Preço Máximo de Aquisição – PMA: preço máximo (valor teto) para compras de medicamentos e materiais médico-hospitalares pelo Ministério da Saúde.
Metodologia desenvolvida pela equipe da CGES: a partir de uma lista predefinida de itens faz-se a pesquisa de preços no BPS e SIASG; eliminam-se os registros de compra que apresentarem preço unitário superior ao maior PMVG ou ao maior PF; calcula-se número de registros, coeficiente de variação (razão do desvio-padrão e média simples), menor e maior preço e média ponderada.
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 13
Definição de preços máximos de aquisição
(PMA) - Medicamentos
Categoria da compra
Produto Menor PMVG (R$)
Menor preço-fábrica (R$)
Desconto (%) com PMVG (R$)
Desconto (%) sem PMVG (R$)
PMA (R$)
Licitação
BR0266820 - IMUNOGLOBULINA HUMANA, ENDOVENOSA, 5 G, PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL - Frasco-ampola
529,83 686,75 57,45% - 225,44
Licitação
BR0271157 - INSULINA,
HUMANA, NPH,
100U/ML, INJETÁVEL -
Frasco 10ml
- 24,71 - 86,14% 3,43
Licitação
BR0314517 -
AZITROMICINA, PÓ P/
SUSPENSÃO ORAL -
Frasco 600mg
- 8,54 - 77,54% 1,92
Em reais (R$) de 2010
Descontos calculados a partir de preços praticados e obtidos das bases de dados do BPS e SIASG
14
Definição de preços máximos de aquisição
(PMA) – Produtos para saúde
Produto Preço médio ponderado SIASG
(R$)
Preço Revista SIMPRO Hospitalar
(R$)
PMA (R$)
BR0334023 - Reanimador Manual (tipo ambu infantil), c/ balão auto-inflável em silicone, válv/ de admissão de ar c/ conexão p/ entrada de O, c/ máscara c/ bojo transpar/ e coxim em silicone. Válv unidirecional c/ acoplam externo p/ máscara. Válv de escape. Válv de controle c/ bolsa reservatório de Oxigênio e extensão c/ conector. C/ maleta - Unidade
51,79 128,70 51,79
BR0275173 - Jogo de laringoscópio adulto. Cabo de
metal recartilhado com tampa de rosca e mola em aço
inoxidável, para pilhas médias; 4 lâminas em aço
inoxidável em peça única, com extremidade distal de
formato redondo, acabamento fosco, para impedir
refle - Unidade
398,19
1.287,00
398,19
BR0248184 - Colete p/ transp/ Adulto. Confecc/ em
material tipo 100% poliamida. Peso aprox de 3500g. C/
madeira no vão central p/ imobiliz/. Fechos e correias
em 100% poliamida. Limite de peso PAC até 120kg. C/
bolsa p/ transp. - Unidade
112,91 460,00 112,91
Em reais (R$) de 2010
15
16
BPS e SIASG
PMA
Termo de Referência
Edital
Licitação
Preço licitado
Ciclo do preço praticado no Ministério da Saúde
Inexigibilidade,
dispensa e
licitação
III. Alocação de recursos
Eficiência alocativa: capacidade de uma organização de utilizar os recursos físicos (RH, medicamentos e materiais médicos, infra-estrutura física) de acordo com proporções ótimas de cada um deles, tendo em conta seus respectivos preços.
Necessidade de compatibilizar princípios de universalidade, integralidade e equidade do SUS com os recursos escassos.
Dois níveis:
Macro: Necessidade de implantar a apuração e gestão de custos no SUS – PNGC, que visa promover a geração, difusão e aperfeiçoamento de informações relativas a custos, com vistas a otimizar o desempenho dos estabelecimentos, órgãos e instituições de saúde do SUS.
Micro: Estudos de custos de programas; ressarcimento de procedimentos hospitalares e ambulatoriais na tabela SUS; entre outros.
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 17
Estudo de custo da biópsia de fígado
Foram considerados os custos associados aos insumos e recursos
humanos utilizados na biópsia de fígado por punção, além do preço de
algumas das agulhas utilizadas no procedimento.
Para determinação do RH, tempo de procedimento e insumos
necessários: painel de especialistas.
Para determinação dos custos de RH:
Equipe necessária: informações obtidas no SIGTAP.
Remuneração: obtida da RAIS.
Para definição do preço dos insumos: informações obtidas do
SIASG.
Conclusão: custos da biópsia de fígado por punção estimado em R$
85,55 (custos diretos: insumos e recursos humanos).
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 18
Valor médio do
profissional por hora
Estudo de custeio de UPA´s
Recebidas informações de custeio de 10 UPAs, de diferentes portes.
Dados obtidos de custos por grandes grupos de despesas (pessoal,
material médico-hospitalar, material de consumo, serviços etc) –
custos de RH variam entre 65,91% a 88,37% do custeio total.
1ª Tentativa: levantamento dos procedimentos executados em serviços
cadastrados atualmente como UPAs no CNES, para determinar os
insumos consumidos em procedimentos médicos, em exames
laboratoriais e radiológicos, e valorá-los.
2ª Tentativa: compor equipe padrão mínima de RH e como se sabe a
proporção do custo de RH no custeio geral da UPA Tipo I, pode-se
obter o valor total de custeio.
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 19
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 20
PROFISSIONAIS
QUANT.
MÍNIMA
DIÁRIA
QUANT.
MÍNIMA
MENSAL
SALÁRIO
MENSAL (Média
Nacional R$)
CUSTO MÉDIO MENSAL
(R$)
ASSISTENTE SOCIAL 1 5 2.987,59 14.937,95
COORDENADOR/ADMINISTRADOR 1 1 5.617,63 5.617,63
ENFERMEIRO 3 14 3.247,63 45.466,82
FARMACÊUTICO 1 5 2.398,63 11.993,15
MÉDICO CLÍNICO GERAL 2 18 5.377,54 96.795,72
RECEPCIONISTA 2 7 829,64 5.807,48
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 4 21 1.224,90 25.722,90
TÉCNICO EM RADIOLOGIA 1 8 1.908,06 15.264,48
TOTAL DOS SALÁRIOS 221.606,13
ENCARGOS SOCIAIS 53,38% 118.293,35
TOTAL DO CUSTO COM RECURSOS HUMANOS 339.899,48
Equipe mínima de Recursos Humanos para
funcionamento de uma UPA porte I
Fonte: Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, MTE.
RH= R$ 339.899,48 = 66% do valor
total
Custeio total = R$ 515.702,45.
IV. Eficiência das ações e serviços de
saúde Necessidade da promoção de escolhas, que sejam precedidas por
avaliações de custos e das conseqüências das alternativas possíveis, visando à melhora da repartição final de recursos (Mendes).
As avaliações econômicas fornecem ferramentas de racionalização de cuidado à saúde e são conceituadas por Drummond como “a análise comparativa de ações alternativas em termos de custos e conseqüências”.
Melhor uso das avaliações econômicas – Avaliação de Tecnologias em Saúde: processo abrangente por meio do qual são avaliados os impactos clínicos, sociais e econômicos das tecnologias em saúde, levando-se em consideração aspectos como eficácia, efetividade, custos, segurança, custo-efetividade, entre outros.
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 21
Impacto orçamentário da Palivizumabe
Perspectiva do Sistema Único de Saúde
Horizonte temporal de 5 anos
Populações elegíveis:
todos os recém-nascidos prematuros (IG<36 semanas) e crianças até 2
anos nascidas a termo portadoras de doença pulmonar crônica (DPC) ou
doença cardíaca congênita (DCC);
prematuros <31 semanas, crianças entre 32 e 36 semanas portadoras de
DPC ou DCC e crianças a termo com DPC ou DCC até 2 anos de idade.
São necessárias cinco doses do medicamento, uma por mês, durante um
período de 5 meses de maior incidência de infecções por VSR.
Dose recomendada é 15 mg/Kg por mês, totalizando 75 mg/Kg por paciente
para a imunização completa
Fontes de informação:
Peso ao nascer dos prematuros – SINASC; peso médio das crianças entre
zero e 2 anos – POF 2008-2009; preço do frasco de 100 mg – SIASG;
taxas de internação hospitalar – ensaios clínicos; gastos com internação
hospitalar - SIH SUS
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 22
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 23
Resultados de gastos totais, gastos incrementais e impacto
orçamentário no horizonte de 5 anos, considerando as taxas de
incorporação (entre parênteses).
O cenário 1 reflete a situação atual, no qual as crianças que compõem o grupo de risco
não são imunizadas. O cenário 2: o palivizumabe é disponibilizado para prematuros com IG até 31 semanas e
portadores de doenças pulmonares e cardíacas congênitas com até dois anos de idade
Os autores projetaram taxas de incorporação de 10%, 25%, 50%, 75% e 100% para os 5
anos do horizonte temporal da análise.
CENÁRIO I
CENÁRIO II
CENÁRIO II - I
CENÁRIO II - I
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MORTE EVITADA
CASO EVITADO
ANO DE VIDA SALVO
Custo-efetividade da Vacinação
universal para Hepatite A
V. Saúde e Desenvolvimento
Saúde - requisito essencial ao desenvolvimento econômico
(desenvolvimento ou crescimento econômico?).
Saúde como parte do processo de desenvolvimento.
Saúde dentro do conceito de capital humano - bem inalienável. Investimento em saúde como elemento gerador de bem estar e riqueza.
Estudos do DESID:
Estudo de necessidade de financiamento do SUS - na Atenção Básica.
Estudo do impacto macroeconômico das DCNT.
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Economia
da Saúde no
Ministério
da Saúde
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 26
Ministério
da Saúde
Secretaria Executiva
Departamento de Economia da Saúde,
Investimentos e Desenvolvimento
Coordenação
Geral de
Economia da Saúde
30/07/2012
Recursos necessários
Equipe multidisciplinar: médico, farmacêutico, economista, bibliotecária. Acesso a base de dados – fontes:
SIASG, para compras públicas federais Atas de licitações, para compras públicas estaduais e municipais BPS, para compras públicas e privadas RAIS/MTE, para mercado de trabalho formal IMS Health SIOPS Custos, de hospitais que realizam apuração e gestão de custos BVS-ECOS, para literatura especializada CMED, para preços regulados de medicamentos Legislação Pesquisa AMS Censo populacional IBGE
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 27
Sistemas: SIOPS; BPS/CATAMAT; SOMASUS
Programa Nacional de Gestão de Custos - PNGC
Núcleos de Economia da Saúde
Rede de Economia da Saúde para Gestão do SUS
Parcerias com instituições de ensino e pesquisa para formação em
Economia da Saúde
Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério da Saúde e o IPEA
Manutenção da BVS/ECOS
Publicações:
Cadernos de Economia da Saúde
Série ECOS
Série Gestão e Economia da Saúde.
Ofertas do DESID
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 29 30/07/2012
O SUS é feito por nós. Vamos trabalhar para ampliar a aplicação do conhecimento em Economia da Saúde, a fim de que os recursos sejam aumentados e utilizados eficientemente. Com isso contribuímos para a garantia do direito à saúde, universal, integral e igualitário a todos os brasileiros!
Obrigada!
Corah Prado
Assessora Técnica – CGES/DESID/SE/MS
Contatos: [email protected]
(61) 3315.2893
Coordenação-Geral de Economia da Saúde/DESID/SE/MS 30