origens da economia e gestão da saúde
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AULA 2
Origem da Economia e Gestão da
SaúdeSaúde
Prof. Herbert Cristian de Souza
Origens da Economia da Saúde
� Surgimento:� A Economia da Saúde surge com o crescimento da
importância dos serviços de saúde nas sociedades contemporâneas, principalmente com o aumento significativo dos gastos das famílias e dos Estados com a assistência à saúde, nos anos 1960.a assistência à saúde, nos anos 1960.
� Nos últimos anos� Ganhou força como uma área do conhecimento
específico cujos modelos e instrumentos são de grande auxílio na análise e equacionamento dos problemas do setor.
Vínculos entre Economia e Saúde
� As condições de vida das populações e os fatores socioeconômicos foram o motor que gerou os conceitos da Economia da Saúde. Por exemplo:� Demonstrar que quanto menor a renda familiar, maior o
número de mortes de crianças até o primeiro ano de vida. vida.
� Ou então comprovar que as taxas e/ou incidências de diversas doenças diminuiu ou aumentou com a urbanização:
� Taxa de mortalidade materna; Incidência de sarampo� Incidência de coqueluche; Incidência de cólera� Febre hemorrágica do dengue
Fonte: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/CAP1.pdf
Origens da Economia da Saúde
� Em sentido amplo, a Economia da saúde estuda o funcionamento dos sistemas de assistência médica bem como os comportamentos que afetam a saúde, tais como o fumo. Ou seja:� É a aplicação dos métodos de análise econômica aos
cuidados médicos;cuidados médicos;� É usada para ajudar os tomadores de decisão nas
escolhas que fazem. � Analisa a oferta e demanda por cuidados médicos ,
bem como provê uma estrutura para que possamos compreender as decisões e consequências que são tomadas nesta área.
Tomada de Decisão!?
Estudos da Economia e Gestão da Saúde
� Analisar a distribuição geográfica dos recursos dedicados à saúde;
� Promover estudos comparativos entre sistemas de saúde de vários países;
� Entender os resultados de programas específicos de intervenção na comunidade; intervenção na comunidade;
� Estudos sobre financiamento e gastos globais com saúde.� Análise econômica de bens e serviços específicos
� Como, por exemplo, a análise do custo-efetividade de um novo medicamento, ou da viabilidade econômico-financeira de uma nova tecnologia médica.
Estudos da Economia e Gestão da Saúde
� A Economia da Saúde� É uma área do
conhecimento interdisciplinar
Fazer Escolhas
que pode auxiliar médicos, gestores e formuladores de políticas de saúde na difícil
tarefa de tomar decisões em ambiente de escassez de
recursos.
O que é a Economia e Gestão da Saúde?
� Conceito 1:� A economia e gestão da saúde estuda como os
recursos (bens, serviços, processos, software, etc.) são alocados ao setor de saúde e distribuídos no seu âmbito.
� Conceito 2:� A economia e gestão da Saúde estuda a aplicação do
conhecimento econômico ao campo das ciências da saúde, em particular como elemento contributivo à administração dos serviços de saúde.
Importância da Economia da Saúde
� Porque a população que tem direito à saúde;� Garantido pela CF de 1988 e Lei 8080/90
� Porque o setor de saúde contribui muito para a economia;� Porque a população está vivendo mais;
� Mais exames� Maior frequência de ida ao
médico� Serviços de maior
qualidade e Procedimentos sofisticados
Importância da Economia da Saúde
� Porque os gastos com a saúde não param de crescer.
� 1960 � a cada US$ 20 gastos em bens e serviços na economia, US$ 1 iam para o setor de saúde� 1980 � a cada US$ 11 gastos, US$ 1 US$ 1 iam para o setor de saúde� 2006 � a cada US$ 7 para US$ 1 iam para o setor de saúde
� Para este crescimento há um grande investimento
Importância da Economia da Saúde
� Identifica:� Problemas e oportunidades para uso e aplicação de
soluções tecnológicas� Os custos e os impactos do uso de uma tecnologia pelo
Sistema de Saúde� Permite:
� Analisar e auxiliar a seleção de intervenções mais efetivas e de menor custo;
� Agregar elementos para alterações no sentido do aprimoramento das políticas;
� Aumentar a eficiência e a efetividade dos serviços e a qualidade dos cuidados prestados pela Saúde.
Relação da economia com profissionais
de saúde
� A economia tem um convívio muito difícil com as profissões do campo da saúde.� As profissões de saúde concentram-se na ética,
segundo a qual a saúde não tem preço e uma vida salva justifica qualquer esforço. Por outro lado, a economia fixa-se na ética do bem � Por outro lado, a economia fixa-se na ética do bem comum ou ética do social.
A importância dessas
diferenças reside nas
atitudes de cada grupo
sobre a utilização de
recursos.
Interesse de profissionais de saúde pelo
campo da economia
� São raros os economistas que se interessam e permanecem interessados pelo setor saúde;
� Em contrapartida, poucos profissionais de saúde entram no campo econômico.
Por meio da economia da saúde os
profissionais de saúde exploram
conceitos econômicos tradicionais, tais
como:
� Sistemas econômicos e agregados macroeconômicos; � Orçamento do governo, déficits e dívida pública; � Teoria do consumidor; � Teoria da produção e dos custos; � Teoria da produção e dos custos; � Comportamento das empresas e das famílias; � Sistema de preços do mercado; � Demanda e oferta de bens e serviços; � Avaliação econômica de projetos, com análise de custo,
benefício, eficácia, � Efetividade e utilidade, visando ao fim tomarem decisões
mais acertadas.
Referências Bibliográficas
� Del Nero, Carlos R. O que é Economia da Saúde . Disponível em http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/CAP1.pdf Acessado em 11/02/2014.
� Piola, S. F.; Vianna, S. M. Economia da Saúde: Conceitos e Contribuição para Gestão da Saúde . Brasília, outubro de 1995.
� Silva, C. F. A Importância da Economia da Saúde para a Gestão do SUS: uma � Silva, C. F. A Importância da Economia da Saúde para a Gestão do SUS: uma análise da eficiência técnica dos serviços básicos de saúde nos municípios alagoanos sob a ótica da Análise Envoltória de Dado s. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Alagoas. 2012. Disponível em: http://www.feac.ufal.br/mestrado/economia/sites/default/files/dissertacoes/dissertacao-CARLO-FABIANO-DA-SILVA.pdf. Acessado em 09 de Fevereiro de 2014.
� Vianna, D. Há relação entre custo-efetividade de acordo com diferentes metas? Rev Bras Hipertens vol.17(3):182-185, 2010. http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-3/12-relacao.pdf
ObrigadoObrigado
Aumento dos custos dos serviços de
saúde
� Serviços de saúde que a população encontra está distorcido por uma série de razões:� Os serviços não correspondem às necessidades da
população� Má distribuição geográfica dos recursos� Má distribuição geográfica dos recursos� Excessivo uso de alta tecnologia médico hospitalar em
algumas áreas� Internações caras e exames mais sofisticados� Usuários de planos de saúde:
� Uso excessivo e desnecessário
� O uso excessivo e a venda liberal de medicamentos
A Abrangência da Economia na Saúde
� Nível médio de gastos com a SaúdeGasto dos EUA com a saúde entre 1960 e 2006
1960 – consumia 5,1% do PIB1970 – 7,0%1970 – 7,0%1980 – 8,8%1990 – 12,0%2000 – 13,3%2006 – 16,0%2011 – 18,0%
Total de gastos em saúde em relação ao PIB (em %)
Total de gastos em saúde em relação ao PIB (em %)
Gastos com saúde per capita
Estes dados não refletem a verdadeira
realidade No Brasil
� 55% dos gastos são privados � beneficiam cerca de 46 milhões de conveniados
� 45% dos gastos são públicos� Favorecem todos os brasileiros.
� A fatia estatal representa 3,7% do PIB� A fatia estatal representa 3,7% do PIB� Um terço mais baixo do que a média internacional, de
5,5% do PIB, de acordo com a OMS. � No resto do mundo, o gasto público equivale a 60% do
total investido em saúde.
Não é possível manter toda a estrutura do SUS com gastos públicos equivalentes a 3,6% do PIB, enquanto nos
demais países com sistemas universais de saúde, a média é de 6,7%.
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão
Por que a avaliação econômica é
importante na tomada de decisões por
profissionais de saúde?
� Sem uma análise cuidadosa de todos os aspectos � Sem uma análise cuidadosa de todos os aspectos envolvidos em uma intervenção, custos e suas consequências, decisões equivocadas podem
eventualmente ser adotadas na prática (Brasil, 2008).
Perfil para a distribuição geográfica dos
recursos da saúde
Análise do custo-efetividade de um novo
medicamento
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-3/12-relacao.pdf