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AULA 04- Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública
Curso Uso das Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública SENASP
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Uso das Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública.
AULA 04
Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de
Informação em Segurança Pública
AULA 04- Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública
Curso Uso das Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública SENASP
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Sumário
APRESENTAÇÃO AULA 1 ..........................................................................................3
UNIDADE 1 ...................................................................................................................4
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL NA SENASP ....................................4
1.1 Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal..............4
1.2 Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP.............................................21
1.3 Observatório Democrático de Práticas de Prevenção ............................................ 26
USO DE INFORMAÇÕES NA GESTÃO DAS AÇÕES DA SENASP......................31
2.1 Distribuição dos Recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública....................31
2.2 Seleção das DEAMs para Receber Kit de Modernização ..................................... 35
2.3 Desenho de Políticas de Segurança Pública a partir de Diagnósticos .................. 39
FECHAMENTO DA AULA ...................................................................................... 40
ATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULA...........................................................41
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APRESENTAÇÃO AULA 1
EXEMPLOS PRÁTICOS DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SEGURANÇA
PÚBLICA
Olá! Você está na aula 4 do curso “Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública”. Nesta aula você terá acesso a exemplos de utilização de sistemas de informação gerencial, bem como a utilização das informações desses sistemas na gestão de ações de Segurança Pública. Para facilitar seu estudo, esta aula foi dividida em duas unidades:
Unidade 1: Sistemas de Informação Gerencial na SENASP Unidade 2: Uso de Informações na Gestão das Ações da SENASP
Objetivos da aula Descrever os processos de construção de três sistemas de informação gerencial: • Sistema Nacional de Estatística em Segurança Pública e Justiça Criminal, • Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP e Observatório Democrático de Práticas de Prevenção à Violência e Criminalidade. • Discutir os exemplos dos usos de informação na gestão de ações de segurança pública.
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Sistemas de Informação Gerencial na SENASP
Para ilustrar o processo de construção de um sistema integrado de informações,
especificamente direcionadas à gestão de segurança pública, será abordada a experiência prática da SENASP no planejamento e implantação dos seguintes sistemas de informação gerencial:
Inicie, a seguir, o estudo sobre o sistema nacional de estatística em segurança pública e justiça criminal.
Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça
Criminal
Este sistema será apresentado para você por meio de subitens. Assim você tem a
possibilidade de estudar este sistema por partes. Após cada subitem, propomos uma
atividade para que você possa auto-avaliar o que estudou.
Qualquer dúvida, fale com seu tutor. Breve Histórico - Diagnóstico do Sistema de Coleta de Dados da SENASP (2001 a 2003)
Desde 2001, a SENASP reúne dados sobre segurança pública retroativos a 1999,
ordenados em dois processos de coleta que resultaram de iniciativas independentes,
porém complementares: um destinado a reunir informações sobre ocorrências criminais
e atividades policiais; outro destinado a traçar um perfil das organizações policiais
brasileiras, no que se refere a seus tamanhos e características, à formação dos seus
efetivos, aos seus graus de modernização institucional e assim por diante.
• Sistema Nacional de Estatística em Segurança Pública e Justiça Criminal;
• Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP;
• Observatório Democrático de Práticas de Prevenção à Violência e Criminalidade.
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Até o ano de 2001, o Ministério da Justiça não possuía um sistema nacional de coleta e
análise de dados estatísticos sobre segurança pública e justiça criminal, de acordo com
os requisitos fundamentais que caracterizam tal iniciativa. As informações disponíveis
até então eram caracterizadas pela falta de periodicidade no envio das informações para
a SENASP, pela falta de clareza nos conteúdos das estatísticas informadas e pela
informalidade no relacionamento entre a SENASP e os estados.
Uma vez identificado este acervo, o primeiro passo foi desenvolver um diagnóstico
detalhado do sistema de coleta de dados estatísticos existentes na SENASP em relação à
sua qualidade, consistência interna e rendimento analítico. Os principais problemas
foram identificados tanto na estrutura de coleta e análise de informações da SENASP,
quanto nos sistemas estaduais de produção de informações estatísticas. São eles:
ATIVIDADE
Precariedade da Arquitetura da Base de Dados – a base de dados existente atualmente na SENASP é caracteristicamente acrítica e não relacional, dificultando o manuseio dos dados para averiguação da sua qualidade e consistência;
Baixa Rotinização nas Etapas de Gestão da Informação – não existe uma padronização na forma de envio das informações para a SENASP e nos procedimentos adotados pelos técnicos da SENASP em relação às situações identificadas como imprevistas, o que impede que se tenha uma noção precisa a respeito dos dados registrados;
Sub-utilização dos Dados Processados – a falta de uma política clara de análise e
divulgação de informações fez com que a SENASP funcionasse como um estoque de dados que não eram analisados, ou seja, não existia a preocupação de gerar informações úteis para o planejamento de políticas de segurança pública;
Falta de Padronização nos Sistemas Estaduais de Classificação de Delitos – a existência de 27 sistemas estaduais diferentes de classificação de delitos faz com que seja muito difícil criar uma uniformização dos conteúdos informados nos relatórios estatísticos dos estados. Cada sistema estadual é composto de duas estruturas independentes de codificação das ocorrências policiais correspondentes às Polícia Civil e Polícia Militar.
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Em relação à qualidade, consistência interna e rendimento analítico do sistema de coleta de dados estatísticos existentes na SENASP, quais foram os principais problemas identificados?
Diretrizes da Criação do Sistema
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Em conformidade com o diagnóstico apresentado no Plano Nacional de Segurança
Pública, e detalhado pela equipe da SENASP no que diz respeito: a consistência e
qualidade das bases de dados de informações policiais nacionais e regionais, e as atuais
condições de produção de estatísticas pelas secretarias estaduais de segurança pública,
foi elaborado o projeto para a construção do Sistema Nacional de Estatística de
Segurança Pública e Justiça Criminal. Este projeto procurou atender as seguintes
diretrizes fundamentais:
e) Promover, por meio da difusão da cultura do uso operacional da informação, a
melhoria constante dos padrões de eficiência, eficácia e efetividade dos órgãos de
segurança pública e justiça criminal, assim como a inovação destes órgãos.
f) Possibilitar a elaboração de diagnósticos qualificados e consistentes buscando
promover a excelência no campo das informações e ampliar o universo do debate
a) Promover a credibilidade, a integridade e a qualidade das informações oficiais e,
com isto, contribuir para reforçar a confiança pública nos órgãos de segurança
pública e justiça criminal.
b) Democratizar o acesso às informações institucionais, administrativas e
operacionais dos órgãos de segurança pública e justiça criminal, de forma a
possibilitar o monitoramento e a participação responsável dos cidadãos.
c) Servir como uma instância de integração entre os órgãos de segurança pública e
justiça criminal, e destes com outros atores governamentais e não
governamentais e com a sociedade civil, promovendo a gestão do conhecimento
(produção, análise e utilização das informações) como condição fundamental para a
renovação e modernização continuadas das organizações de segurança pública e
justiça criminal.
d) Atuar como um instrumento de gestão para o planejamento, execução e avaliação
de políticas de segurança pública nacionais, regionais e locais, de forma a possibilitar
o aperfeiçoamento das políticas públicas de segurança e o seu monitoramento
responsável e qualificado pelos operadores e dirigentes dos órgãos de segurança
pública e justiça criminal.
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Público-Alvo
A criação do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal
está vinculada necessariamente à integração de diversos atores que produzem e/ou
utilizam informações direta ou indiretamente relacionadas à segurança pública e justiça
criminal. Por esta razão, a formulação deste sistema considerou os diversos produtores e
usuários potenciais das informações. Assim, levou em conta vários níveis de gestão e
integração (intergovernamental, intragovernamental e multisetorial) agregados em três
dimensões básicas: planejamento, execução e avaliação. Foram identificados os
seguintes públicos potenciais:
Secretarias e Departamentos do Ministério da Justiça – coletar e fornecer informações fundamentais para o acompanhamento da implantação das políticas estaduais de segurança pública e justiça criminal; Outros Ministérios e outras Secretarias (Ministério das Cidades, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Ministério da Promoção Social, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria da Igualdade Racial e Secretaria da Mulher) – coletar e fornecer informações fundamentais para o planejamento de políticas públicas e acompanhamento de suas execuções nas áreas específicas de cada um destes órgãos; Secretarias Estaduais de Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos – coletar e fornecer informações necessárias na elaboração de diagnósticos para o planejamento de políticas estaduais de segurança pública;
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ATIVIDADE A criação do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal está vinculada necessariamente à integração de diversos atores. Que públicos fazem parte da criação deste sistema?
Organizações Policiais e Guardas Municipais – coletar e fornecer informações necessárias para a qualificação do processo de planejamento e implantação das ações policiais; Ouvidorias e Corregedorias – coletar e fornecer informações necessárias para a qualificação das iniciativas de controle dos órgãos policiais; Universidades, Institutos e Centros de Pesquisa da Área de Segurança Pública – coletar e fornecer informações fundamentais para incrementar o caráter prático das pesquisas desenvolvidas na área de segurança pública; Sistema Penitenciário – coletar e fornecer informações necessárias para a qualificação do processo de planejamento e implantação das ações na área do sistema penitenciário; Poder Judiciário - coletar e fornecer informações necessárias para o monitoramento e avaliação do fluxo de justiça criminal; Ministério Público - coletar e fornecer informações necessárias para o monitoramento e avaliação do fluxo de justiça criminal e construção de indicadores da performance policial; Sociedade Civil – coletar e fornecer informações fundamentais para ampliar e diversificar o conhecimento que a sociedade civil possui sobre a segurança pública e, assim, dar mais conteúdo à sua participação nos debates relacionados ao planejamento e implantação das políticas segurança pública.
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Arquitetura do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal
Conforme ilustra a figura abaixo, o Sistema Nacional de Estatística de Segurança
Pública e Justiça Criminal da SENASP está estruturado em torno da construção modular
de seis bases diferentes de dados:
Estas bases de dados serão estruturadas tendo como parâmetros de formatação a
garantia da integração das informações originadas a partir destes diferentes módulos,
tanto em relação à temporalidade de coleta quanto em relação à unidade espacial de
agregação das informações.
1) Incidentes Criminais e Atividades de Segurança Pública;
2) Perfil das Organizações de Segurança Pública;
3) Cadastro Nacional de Mortes Violentas;
4) Controle da Ação Policial;
5) Pesquisa Nacional de Vitimização;
6) Fluxo do Sistema de Justiça Criminal.
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A arquitetura do Sistema foi concebida em módulos de dados independentes, porém
relacionais, de maneira a possibilitar a sua implementação de forma gradual, isto é,
mediante os recursos e capacidades disponíveis dos parceiros.
Tratou-se de considerar as limitações orçamentárias, tecnológicas, técnicas e de recursos
humanos, tanto da SENASP quanto dos estados. Buscou-se, portanto, uma arquitetura
flexível, modesta tecnologicamente e de baixo custo, de forma a viabilizar
concretamente e facilitar a sua implementação.
Pretendeu-se, junto com a cooperação dos estados, criar um sistema factível e
realistaque pudesse ser implantado no presente com as condições já existentes e que
reduzisse os impactos provocados pelas mudanças trazidas pelos
novos procedimentos, por exemplo, a descontinuidade nos processos de sistematização
e remessa de informações à SENASP, nos moldes antigos, e a inviabilização do uso de
dados já existentes no acervo atual de dados da SENASP.
Em razão da necessidade de garantir a continuidade do processo atualmente em curso de
remessa dos formulários antigos de coleta para a SENASP, a implantação do sistema
começou pelos seus módulos básicos. Os quais dialogam diretamente com o acervo de
dados já existente na SENASP – Ocorrências Criminais e Atividades de Segurança
Pública (Polícia Civil) e Perfil das Organizações de Segurança Pública.
ATIVIDADE
O Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal da SENASP
está estruturado em torno da construção modular de seis bases diferentes de dados. Você
lembra quais são estas bases?
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Descrição das Bases de Dados
Em termos bem sucintos, as seis bases de dados que estruturam o Sistema Nacional de
Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal podem ser definidas da seguinte
forma:
Ocorrências Criminais e Atividades de Segurança Pública
Unidade de Coleta: estado e municípios (maior que 100 mil habitantes)
Periodicidade: mensal
Instrumento: coleta utilizando INFOSEG junto às Secretarias Estaduais de Segurança
Pública que totalizarão os dados enviados pelas diversas unidades operacionais
Instituições Pesquisadas: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar
Informações Coletadas:
Perfil Organizações de Segurança Pública
Unidade de Coleta: órgãos de segurança pública e justiça criminal
Periodicidade: anual
Instrumento: questionários impressos distribuídos por correio
Instituições Pesquisadas: polícia civil, polícia militar, corpos de bombeiro militar,
guarda municipal, delegacias especializadas de atendimento à mulher, delegacias
especializadas de atendimento à criança e ao adolescente, academias de polícia militar e
civil, institutos de medicina legal, corregedorias, entre outras.
Atividades de Segurança Pública - Chamados atendidos, Incidentes registrados,
Incidentes encontrados, Incidentes investigados, Crimes resolvidos, Crimes não
resolvidos, Suspeitos detidos, Ofensores declarados e Serviços prestados.
Incidentes Criminais – Incidentes, Vítimas (sexo, raça e idade) e Ofensores (sexo,
raça e idade).
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Informações Coletadas:
Cadastro Nacional de Mortes Violentas
Unidade de Coleta: incidentes de homicídio
Periodicidade: mensal
Instrumento: Coleta via web junto às Secretarias Estaduais de Segurança Pública que
totalizarão os dados enviados pelas delegacias da polícia civil e pelo ministério público
Parceria com o Ministério da Saúde/DATASUS para coleta de informações relativas ao
perfil dos homicídios ocorridos em todos os municípios brasileiros.
Instituições Pesquisadas: polícia civil, ministério público e Ministério da
Saúde/DATASUS
Informações Coletadas:
Efetivo (formação, idade, sexo, raça, posição hierarquia, atividade, etc),
Recursos previstos e gastos por tipo e atividade,
Recursos materiais por tipo e atividade,
Edificações,
Estrutura organizacional,
Descrição dos processos internos de decisão,
Distribuição das unidades policiais por região geográfica,
Mecanismos de controle de ação policial.
Característica dos homicídios - localização espacial e temporal, número total de
ofensores e vítimas, tipo de arma empregada, latrocínio (especificação do bem),
situação da investigação, envolvimento com drogas.
Característica das vítimas e ofensores - idade, sexo, raça, relação entre vítima e
ofensor.
Encaminhamento dos Inquéritos – datas do fluxo de encaminhamento dos inquéritos
e instauração das denúncias.
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Controle da Ação Policial
Unidade de Coleta: ouvidorias
Periodicidade: “on-line”
Instrumento: coleta via web junto às ouvidorias
Instituições Pesquisadas: ouvidorias
Informações Coletadas: caracterização das denúncias e resultados alcançados.
Pesquisa de Vitimização
Considerando os altos custos relacionados à execução de pesquisas de vitimização e a
necessidade de que estas pesquisas sejam realizadas periodicamente, sem a qual o
rendimento dos seus resultados adquire pouca relevância para o planejamento, execução
e avaliação das políticas de segurança pública, nosso departamento concebeu o projeto
da seguinte forma:
Unidade de Coleta: amostra representativa de todas as Unidades da Federação
Periodicidade: anual
Instrumento: questionário em papel
Instituições Pesquisadas: comunidade
Informações Coletadas:
Fluxo do Sistema de Justiça Criminal Unidade de Coleta: Unidades da Federação Periodicidade: anual
Incidência da criminalidade
Perfil das vítimas
Perfil dos agressores
Característica do delito
Relacionamento entre polícia e comunidade
Caracterização do ambiente urbano onde ocorrem os delitos Presença de Armas de Fogo na Comunidade
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Instrumento: questionário em papel, padronizado segundo modelo da ONU Instituições Pesquisadas: Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário e Organizações Prisionais Informações Coletadas:
Atividades Desenvolvidas – número de atividades e caracterização do perfil das vítimas
e ofensores atendidos.
ATIVIDADE
Relacione as bases de dados com suas respectivas unidades de coletas.
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Principais Informações a Serem Coletadas
Um dos pontos mais complexos de organização do Sistema Nacional de Estatística de
Segurança Pública e Justiça Criminal deriva da diversidade de informações a serem
coletadas e de fontes de informações existentes. Essa diversidade está associada, ainda,
a variabilidade nas unidades de coleta e periodicidades distintas de coleta destas
informações. Enquanto alguns fenômenos mudam rapidamente e necessitam ser
mensurados repetidamente em pequenos intervalos de tempo, outros não passam por
mudanças tão rápidas e podem ser mensurados em intervalos de tempo maiores.
A coleta desta diversidade de informações originadas a partir de fontes diferentes,
organizadas em diferentes unidades de coleta e com periodicidades diferenciadas de
coleta deve ser organizada a partir da estruturação de diferentes instrumentos de coleta
de informação. A experiência tem demonstrado que os dois fatores mais importantes a
serem levados em consideração na formulação destes instrumentos de coleta são a fonte
de informações e a periodicidade de coleta. Cabe destacar que estes instrumentos não
precisam ser estruturados para trabalhar com apenas uma unidade de análise e também
não precisam coletar dados originários apenas de uma única fonte de dados.
A análise de alguns padrões internacionais de sistemas de estatística criminal apontou o
esquema da tabela abaixo como o ponto de partida para o desenho do Sistema Nacional
de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal. As informações estão
organizadas em três conjuntos básicos: atividades de polícia, incidentes criminais e
perfil das organizações policiais. O escopo de informações a ser coletado exige a
utilização de diversas fontes de dados. Isto é necessário para que possa ser completado
todo o conjunto de informações a serem coletadas. O fato de se trabalhar com
informações, originárias de diferentes organizações, permite, ainda, o desenvolvimento
de análises de fluxo do sistema criminal. Assim é possível, por exemplo, o
desenvolvimento de diagnósticos sobre o tratamento diferenciado atribuído pelas
organizações aos diferentes tipos de delito. Este esquema atribui muita importância aos
sistemas de estatística criminal como ferramentas de gestão de resultados das
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organizações policiais. Sinteticamente, torna-se possível a análise dos recursos das
organizações e dos resultados alcançados.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública passa atualmente por um processo de
consolidação da política nacional de segurança pública assentada no Sistema Único de
Segurança Pública. A construção do Sistema Nacional de Estatística Criminal deve se
orientar também para a coleta de um conjunto de informações que municiem a SENASP
com as informações necessárias para a monitoração dos resultados alcançados nesta
ação.
ATIVIDADE
A experiência tem demonstrado que os dois fatores mais importantes a serem levados
em consideração na formulação dos instrumentos de coleta são a fonte de informações e
a periodicidade de coleta. Explique esta afirmativa.
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Unidades de Coleta e Análise Existem, pelo menos, quatro unidades de coleta e análise de informações possíveis de serem trabalhadas pelo Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal:
Existem, pelo menos, quatro unidades de coleta e análise de informações possíveis de
serem trabalhadas pelo Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça
Criminal. Quais das unidades abaixo fazem parte das quatro citadas no texto que você
estudou?
a. Espacial (Estado, Capital, Região Metropolitana, Municípios),
b. Educacional (escolas públicas e privadas)
c. Unidade policial (Delegacia, Batalhão, Secretaria de Segurança Pública, Guarda
Municipal),
d. Incidente Criminal e
e. Pessoa (Ofensor ou Vítima).
Assinale a alternativa correta:
( ) a,b,c,d
( ) b,c,d,e
( ) a,c,d,e
( ) a,b,d,e
Fontes de Dados
Espacial (Estado, Capital, Região Metropolitana, Municípios),
Unidade policial (Delegacia, Batalhão, Secretaria de Segurança Pública, Guarda Municipal), Incidente Criminal e
Pessoa (Ofensor ou Vítima).
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O Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal deverá
contar com informações originadas em diversas organizações do sistema de segurança
pública e justiça criminal, outras organizações governamentais, organizações da
sociedade civil e, até mesmo, informações coletadas diretamente das comunidades.
Listaremos abaixo as informações que serão coletadas junto a cada uma destas
organizações.
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ATIVIDADE
Listamos, abaixo, algumas das categorias de informações que serão coletadas junto a
cada uma das organizações que são fontes de dados neste sistema. Arraste para cada
categoria de informação a organização correspondente.
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Implantação dos Módulos
Todo o trabalho de criação dos módulos do SINESPJ e sua implantação foram feitos em
parceria com os gestores das organizações estaduais de segurança pública. Propostas
dos módulos foram encaminhadas para estes gestores, que participaram diretamente da
sua construção nos fornecendo críticas e sugestões. Assim, em maio de 2006, a situação
de implantação do SINESPJC se encontrava da seguinte forma:
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ATIVIDADE
De acordo com seu estudo, em maio de 2006 a situação de implantação do SINESPJC já
tinha alguns módulos implantados. Assinale quais são eles.
A seguir, você vai estudar mais um Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança
Pública e Justiça Criminal.
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Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP
Com o objetivo de monitorar o processo de implantação do Sistema Único de
Segurança Pública pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública e subsidiar a
Secretaria Nacional de Segurança Pública quanto ao conhecimento necessário para
garantir o êxito deste processo, lançamos, em dezembro de 2004, o Sistema Nacional
de Monitoramento da Implantação do SUSP.
Este sistema será apresentado para você por meio de subitens. Ao clicar sobre cada um
dos subitens você tem o texto de apresentação do mesmo em PDF. Assim, você tem a
possibilidade de estudar este sistema por partes. Após cada subitem, propomos uma
atividade para que você possa auto-avaliar o que estudou.
Qualquer dúvida, fale com seu tutor.
Metodologia de Trabalho
O monitoramento da implantação do SUSP é realizado por meio da coleta de
informações relativas a questões de caráter qualitativo que foram elaboradas a partir de
uma análise minuciosa do Plano Nacional de Segurança Pública do governo Lula e
também das ações que vêem sendo empreendidas na Secretaria Nacional de Segurança
Pública. Estas questões sintetizam a expectativa da SENASP sobre as ações que
deveriam ser executadas pelas organizações estaduais de segurança pública no sentido
de implantar o SUSP em todas as 27 Unidades da Federação.
Todos os itens são estruturados da mesma forma: a situação caracterizada pela resposta
(a) determina que a ação não vem sendo executada e a situação caracterizada pela
resposta (b) é aquela determinada pela política traçada pelo Plano Nacional de
Segurança Pública e pelas ações empreendidas pela Secretaria Nacional de Segurança
Pública e, por isso, é a resposta a ser valorizada pela SENASP. Cada resposta na opção
(b) significa um ponto a mais para o Índice de Implantação do SUSP. Cada resposta na
opção (a) ou a ausência de resposta configura uma situação fora do proposto pela
política traçada pela SENASP. Todos os itens avaliados possuem a mesma importância.
O Índice de Implantação do SUSP é composto pelo somatório de pontos adquiridos no
final da avaliação dos 27 itens.
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Nosso objetivo é construir uma série histórica com as informações coletadas e, dessa
forma, termos conhecimento para monitorar o processo de implantação do SUSP e
identificar ações que devem ser priorizadas para garantir o sucesso da implantação. Já
realizamos a avaliação dos resultados alcançados em 2004 e iniciamos a próxima
avaliação, referente ao ano de 2005. Importante destacar que os itens avaliados passam
por um processo de atualização em cada avaliação realizada, pois é preciso acompanhar
o avanço das ações na perspectiva temporal. ATIVIDADE Antes de prosseguir nos seus estudos, responda a seguinte questão. Qual a metodologia de trabalho aplicada para a implantação do SUSP? Envie sua resposta ao tutor. Itens Avaliados
No ano de 2004 foram avaliados os resultados alcançados na implantação do SUSP.
Foram avaliados 27 itens, distribuídos em seis áreas distintas da seguinte forma: Gestão
do Conhecimento (4 questões), Reorganização Institucional (5 questões), Formação e
Valorização Profissional (4 questões), Prevenção (8 questões), Estruturação da Perícia
(3 questões) e Controle Externo e Participação Social (3 questões). A seguir, expomos
os itens avaliados e as possíveis respostas existentes.
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1) GESTÃO DO CONHECIMENTO
2) REORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL
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3) FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
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4) PREVENÇÃO
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5) ESTRUTURAÇÃO DA PERÍCIA
6) CONTROLE EXTERNO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
ATIVIDADE
Quais são os itens avaliados na implantação do SUSP?
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Observatório Democrático de Práticas de Prevenção
A partir de 2003 o Governo Federal propõe uma nova Política Nacional de Segurança
Pública, cuja agenda prevê e evidencia a prevenção da violência e criminalidade como
uma de suas áreas temáticas de atuação.
Desse modo, a prevenção ganha relevância e pauta em outubro de 2003 a reformulação
da Lei do Fundo Nacional de Segurança Pública, ampliando a possibilidade de
financiamento de ações municipais de prevenção da violência e criminalidade.
Desde então, o tema passou a ser trabalhado de forma mais sistemática, levando à
necessidade de levantar, sistematizar e disseminar as experiências de programas de
prevenção já implementados no país.
Metodologia de Trabalho
A criação do Observatório Democrático de Práticas de Prevenção à Violência e
Criminalidade envolveu o cadastro destas práticas em todo o Brasil. As práticas foram
cadastradas a partir de um contato com as Secretarias Estaduais de Segurança Pública,
Polícias Civis, Polícias Militares e algumas organizações não-governamentais.
Atualmente, a SENASP/MJ está ampliando a abrangência do observatório também para
a coleta das praticas de prevenção desenvolvidas pelos municípios em todo o território
nacional.
O Observatório já está divulgando mais de 200 práticas de prevenção. Entre as
informações coletadas estão as parcerias efetivadas, as dificuldades e soluções
encontradas, o público atendido, as ações implementadas, os resultados alcançados e
tantas outras informações úteis para uma rica troca de experiências e para a construção
do conhecimento coletivo proposto.
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Assim, o observatório tem como objetivo precípuo o
fomento e a troca de experiências, de estímulo e a
promoção do debate de conceitos e concepções sobre
políticas e programas de prevenção da criminalidade e
violência, multiplicando marcos referenciais para serem
incorporados no desenvolvimento de políticas públicas
de segurança.
Parte do acervo exposto foi coletada a partir do levantamento de práticas de prevenção
desenvolvido em 2004 no projeto Arquitetura Institucional do Sistema Único de
Segurança Pública na pesquisa intitulada Prevenção do Crime e da Violência e
Promoção da Segurança Pública no Brasil.
O questionário utilizado nesta pesquisa foi aproveitado na continuidade das atividades
de coleta de práticas de prevenção pela SENASP.
Informações Cadastradas
Apresentamos abaixo uma síntese das informações coletadas no questionário para o
cadastro das práticas de prevenção:
1. Nome do Programa:
2. Pessoa para contato:
a. Nome:
b. Telefone/Fax:
c. E-mail:
d. Endereço:
3. Instituição Responsável:
4. Instituições Parceiras:
5. Data de início do programa (dia/mês/ano):
6. Data prevista para término do programa (dia/mês/ano):
7. Por favor, faça uma breve descrição do programa:
8. Qual o problema que o programa visa a resolver?
9. Quais são os principais objetivos do programa?
10. Quais são as principais ações implementadas para realização dos objetivos do
programa? Por favor, relacione-as:
Importante
É importante destacar que
essas experiências ainda
não tiveram seus
resultados avaliados pela
SENASP/MJ. No entanto,
entende-se ser relevante
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31
11. Quais são as principais dificuldades encontradas para realização dos objetivos do
programa? Por favor, relacione-as:
12. Quais são os principais resultados obtidos pelo programa? Por favor, relacione-os:
13. Localização geográfica do programa: (País/Estado/Cidade/Distrito)
14. População-alvo do programa: (Rural/Urbana) 15. Qual é a renda média do país/estado? / Qual é a renda média das famílias servidas pelo programa? 16. Como você descreveria a renda da população-alvo do programa em relação à renda no país/estado como um todo? a. Muito pobre b. Renda baixa c. Renda média d. Renda alta e. Variada 17. Por favor, indique o tipo de violência interpessoal que é objeto do programa: a. Abuso contra crianças b. Violência entre parceiros íntimos c. Abuso contra pessoas idosas d. Violência entre pessoas conhecidas e. Violência entre pessoas estranhas f. Geral (todas as anteriores) 18. Qual é o nível de intervenção do programa? a. Nível do indivíduo b. Nível das relações interpessoais c. Nível da comunidade d. Nível da sociedade 19. Especifique a população alvo (mais de uma opção pode ser assinalada): a. Todas as idades b. Crianças (0-11 anos) c. Jovens (12-24 anos) d. Adultos (25-60 anos) e. Idosos (60 anos ou mais) f. Homens e mulheres g. Homens apenas
h. Mulheres apenas
20. O programa trabalha com vítimas ou agressores? a. Vítimas apenas b. Agressores apenas c. Vítimas e agressores d. Outros. Favor especificar 21. Quantas pessoas foram atingidas diretamente pelo programa nos últimos 12 meses: 22. O programa desenvolve intervenções em um ou mais de um local? 23. O que melhor caracteriza o alcance operacional do programa?
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a. Programa apoiado em um único tipo de intervenção com o objetivo explícito
de prevenir a violência (ex: treinamento para pais). b. Programa apoiado em diversos tipos de intervenção com o objetivo explícito
de prevenir a violência. c. Programa que focaliza fatores de risco, mas não tem o objetivo explícito de
prevenir a violência. Se o programa focaliza fatores de risco, indicar quais fatores:
24.Você descreveria o programa como: a. Focalizado em apenas um objetivo e local de implementação b. Compreensivo, com mais de um objetivo e local de implementação 25. Por favor, indique o orçamento anual do programa (últimos 12 meses): 26. Por favor, indique a origem dos recursos incluídos no orçamento do programa? 27. Quantas pessoas trabalham no programa? 28. Quantas pessoas são remuneradas? Favor indicar quantas pessoas são remuneradas pelo programa e quantas são remuneradas pelas instituições participantes do programa? 29. Quantas pessoas são voluntárias?
30. O programa já foi avaliado? Caso sim, como? Você concluiu aqui a primeira unidade da aula 4. A seguir, estudará sobre o uso de informações na gestão das ações da SENASP.
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UNIDADE 2 USO DE INFORMAÇÕES NA GESTÃO DAS AÇÕES DA
SENASP
Para ilustrar, em termos práticos, o uso das informações na gestão das políticas e ações,
será apresentado em seguida a experiência existente na SENASP, em três formas de uso
diferentes:
Conheça, a seguir, a primeira forma de uso de informações na gestão das políticas e
ações da SENASP.
Distribuição dos Recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública
Com o objetivo de criar um sistema de distribuição de recursos do Fundo Nacional de
Segurança Pública (FNSP) pautado na real necessidade de recursos por parte das
Unidades da Federação, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) passou
a elaborar, a partir de 2003, índices de distribuição dos recursos do FNSP.
O uso destes índices permitiria determinar qual o percentual dos recursos do Fundo
devem ser direcionado para cada uma das 27 Unidades da Federação.
Veja, a seguir, os fatores componentes do índice e fatores de correção.
Os recursos do FNSP de 2004 e 2005 foram distribuídos com base em um índice
construído pela agregação de dez fatores quantitativos diferentes, sendo cinco
específicos da área de segurança pública e cinco relativos à caracterização urbana e
populacional das Unidades da Federação.
1. Distribuição de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública;
2. Seleção de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher para
receber recursos e equipamentos;
3. Formulação de políticas de segurança pública baseada nos resultados
de diagnósticos sobre a situação de segurança pública no Brasil.
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Para cada um dos indicadores foi dado um peso específico em função da importância
atribuída pela SENASP a estes fatores para a execução da Política Nacional de
Segurança Pública.
Assim, por exemplo, os fatores relacionados mais diretamente a área de segurança
pública receberam pesos mais significativos.
O índice é resultado de uma média ponderada da situação apresentada pelos fatores no
contexto nacional.
Como você viu, na ilustração anterior, foram incluídos alguns fatores de correção na
composição do índice para evitar que UFs com grande população, número de registros
de ocorrências e efetivo levassem a maior parte do recurso do FNSP.
São justamente estas Unidades da Federação que possuem também uma maior
arrecadação e podem, deste modo, investir recursos estaduais na área de segurança
pública.
Assim, foram inseridos: o PIB como um indicador da capacidade da UF de investir em
segurança pública e o IDH como um indicador das condições de vida da população.
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Para o ano de 2006, foi empreendida uma evolução na composição do índice que foi
utilizado para a distribuição do FNSP.
Este novo índice foi construído a partir da avaliação da execução de 27 ações
específicas determinadas por uma análise minuciosa do Programa de Segurança Pública
para o Brasil e também das ações que vêm sendo executadas pela SENASP.
Diferentemente dos outros indicadores que possuem uma relação positiva com a
distribuição de recursos, ou seja, a parcela do recurso do FNSP a ser recebida
aumenta na medida em que aumenta o valor do fator, no caso do IDH e do PIB, a
parcela do recurso do FNSP diminui na medida em que estes fatores aumentam.
Primeira evolução
Primeiro, realizamos uma mudança nos indicadores que compõem o índice
quantitativo. Deixamos de usar o PIB como fator de correção e passamos a utilizar o
PIB per capita, buscando ser mais preciso quanto à informação de disponibilidade de
recursos da própria UF para investir por si mesma. Logicamente, a disponibilidade
de recursos varia segundo o tamanho da população.
Segunda Evolução
Outra evolução na composição do índice de 2006 resultou da seguinte constatação: o
índice utilizado para os anos de 2004 e 2005 privilegiou as Unidades da Federação
que estavam com melhor capacidade de tratamento e sistematização da informação e
que possuíam os maiores efetivos e alta incidência criminal. Assim, se este mesmo
índice continuasse a ser utilizado, teríamos o risco premiar sempre as organizações
de Segurança Pública que investiram no aperfeiçoamento dos seus sistemas de coleta
e registro de informações e deixaram de lado ações efetivas no sentido de reduzir e
prevenir a incidência da criminalidade. A nova versão do índice foi construída tendo
em vista que era preciso avaliar as ações que estavam sendo empreendidas pelas
organizações de segurança pública no sentido de melhorar a segurança pública.
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Essas informações foram coletadas por meio do Sistema de Monitoramento da
Implantação do SUSP.
Cada Unidade da Federação teve uma pontuação neste processo de avaliação, que foi
utilizada para determinar qual o percentual do recurso do FNSP a ser recebido.
Mais do que um instrumento para distribuir os recursos do FNSP, este índice também
atua no monitoramento da implantação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
Cabe destacar, que este índice determina a distribuição de uma parte dos recursos do
FNSP para as Unidades da Federação.
O índice final para definição dos percentuais de recursos do FNSO (2006) destinados a
cada UF foi construído pela agregação do índice quantitativo, utilizado nos anos de
2004 e 2005, e do índice qualitativo.
Para o primeiro ano de construção do critério qualitativo, esta agregação foi realizada da
seguinte forma: quem não respondeu o questionário de avaliação qualitativa teve 10%
dos seus recursos retirados e o total retirado dos 8 Estados que não responderam a
avaliação foi repassado em igual montante para todos os 19 Estados que responderam
ao questionário de avaliação.
Esse índice final foi utilizado não só para distribuir os recursos do FNSP reservados
para a elaboração de convênios com os Estados, mas também serviu de base para
determinar quantas viaturas serão entregues para cada Estado.
Cabe destacar, que este índice determina a distribuição de uma parte dos recursos do
FNSP para as Unidades da Federação.
Outra parte dos recursos do FNSP é reservada para ser distribuída na forma de ações
executadas diretamente pela equipe técnica da SNASP, seja na forma de aquisições
diretas, que levam à doação de recursos físicos para as Unidades da Federação, ou
mesmo pelo incentivo à assinatura de convênios entre SENASP e as Unidades da
Federação em objetos específicos.
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A tabela abaixo dispõe os índices de distribuição de recursos para os anos de 2003,
2004, 2005 e 2006. Com as alterações ocorridas no índice em 2006, houve uma
significativa mudança nos valores para alguns Estados.
A seguir, você estudará a seleção das Delegacias Especializadas de Atendimento à
Mulher – DEAMs para receber kit de modernização.
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Seleção das DEAMs para Receber Kit de Modernização
Nos anos de 2004, 2005 e 2006, objetivando subsidiar o processo de seleção de
Delegacias de Atendimento à Mulher que seriam atendidas em um programa de
modernização da infra-estrutura operacional e tecnológica e um programa de
capacitação profissional, a SENASP elaborou pesquisas anuais sobre o perfil destas
delegacias quantificando o serviço prestado por estas organizações e os recursos
existentes para a execução destes serviços.
Estas pesquisas fizeram parte do módulo Perfil das Organizações de Segurança Pública
do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal, e a partir
das informações coletadas foi construído um índice de precariedade das DEAMs.
O índice foi criado atribuindo pesos diferentes a variáveis relativas a:
O índice final é resultado da soma destes diversos fatores multiplicados por pesos
diferentes, conforme importância estabelecida pelas diretrizes do programa de
modernização das DEAMs.
O quadro a seguir mostra a metodologia de construção do índice ponderado.
(1) total de efetivo
(2) número de ocorrências registradas e de termos circunstanciados
(3) número de viaturas em uso
(4) número de armamento em uso
(5) processo de capacitação pelo qual o efetivo das DEAMs havia passado no
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Com essas variáveis, foi possível elaborar um índice que medisse o grau de recursos em
cada DEAM pesquisada respeitando os respectivos níveis e estrutura de trabalho de
cada Delegacia.
As DEAMs premiadas seriam aquelas com situação mais precária – menor efetivo,
menor número de ocorrências, menor disponibilidade de recursos físicos – respeitando a
necessidade do seu efetivo ter passado por algum processo de capacitação durante o ano
anterior.
Os histogramas a seguir evidenciam a situação de precariedade encontrada entre as
DEAMs nos anos de 2004 e 2005.
Em ambos, os anos, é possível verificar que grande parte das DEAMs possui índices
cujos valores se aproximam do valor da média dos índices.
A distribuição normal mostra baixa concentração de delegacias com valores de índices
próximos às duas extremidades – situações muito precárias e situações de trabalho
excelentes. Veja, a seguir, o histograma do índice de precariedade das DEAMs.
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Fonte: Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher/ Ministério da Justiça/ Secretaria Nacional de
Segurança Pública/ Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em
Segurança Pública.
Fonte: Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher/ Ministério da Justiça/ Secretaria Nacional de
Segurança Pública/ Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em
Segurança Pública.
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No ano de 2004, foram selecionadas 50 DEAMs. Para garantir o acesso do projeto às 27
Unidades da Federação, decidiu-se escolher 02 DEAMs por UF, sabendo de ante mão
que nem todas as UFs têm mais de uma DEAM.
Em função da necessidade de ampliar o impacto e visibilidade da política, foi escolhida
pelo menos 01 DEAM de cada capital para cada UF.
Em 2005, foram introduzidas algumas alterações no processo de seleção. Neste ano, não
foi necessário priorizar o atendimento das DEAMs localizadas nas capitais. Assim, a
seleção obedeceu principalmente o critério estabelecido pela precariedade das condições
de trabalho.
Foram adicionadas a este critério, também ,outras condições para seleção:
Estes três processos de seleção consecutivos foram responsáveis pela escolha de 200
DEAMs.
Importante
Importante destacar que nem todas as capitais possuíam DEAMs e que algumas
possuíam mais de um. No caso das capitais que possuíam mais de uma DEAM, foi
selecionada aquela com o pior índice de precariedade. A segunda DEAM por UF foi
escolhida também utilizando o índice de precariedade. No caso das UFs em que as
capitais não possuíam DEAMs, foram escolhidas duas DEAMs no interior com base no
índice de precariedade.
1. Ter enviado o questionário da Pesquisa Perfil Organizacional das Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher até uma data limite.
2. Selecionar apenas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher que
possuíssem 4 ou mais profissionais nos seus efetivos.
3. Selecionar as DEAMs de modo distribuído geograficamente, não permitindo a
concentração de selecionadas em nenhuma Unidade da Federação específica.
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Cabe destacar que em algumas Unidades da Federação existem poucas DEAMs e que,
com estes dois processos de seleção (2004 e 2005), o processo de investimento foi
encerrado, pois já não existiam mais DEAMs para serem escolhidas.
Em 2006, já com muitas Unidades da Federação completamente atendidas em termos
das DEAMs que deveriam participar do projeto, continuamos com a mesma prática
ocorrida em 2005.
A seguir, veja o como se deu o desenho de políticas de segurança pública a partir de
diagnósticos.
Desenho de Políticas de Segurança Pública a partir de Diagnósticos
A coleta das ocorrências registradas pelas Polícias Civis nos 224 municípios brasileiros
com população acima de 100 mil habitantes, procedimento do Sistema Nacional de
Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal, nos forneceu, pela primeira vez,
oportunidade de visualizarmos como a criminalidade está distribuída no Brasil em
termos do tamanho dos municípios.
Verificou-se que as capitais das Unidades da Federação não constituem os municípios
com maior incidência de registro de ocorrências no país. Muitos municípios com
população acima de 100 mil habitantes e que não são capitais, constituem os municípios
com mais incidência de registro de ocorrências.
Por esta razão, a SENASP estabeleceu como política nacional de segurança pública
investir, em 2006, nos 100 municípios com maior incidência de registro de ocorrências
pelas Polícias Civis no Brasil.
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Ações em todas as áreas prioritárias da SENASP foram direcionadas para estes
municípios:
Você conclui, aqui, a última unidade da quarta aula do curso “Uso de Informações na
Gestão das Ações de Segurança Pública”.
A seguir, temos o fechamento da aula e as atividades de conclusão.
FECHAMENTO DA AULA
Nesta aula você conheceu os sistemas de informação gerencial na SENASP e o uso de
informações na gestão das ações da SENASP
Assinatura de convênios para distribuição de recursos do FNSP, instalação de
telecentros da Rede Nacional de Ensino à Distância e fomento da implantação de
Consórcios Intermunicipais de Prevenção à Violência e Criminalidade.
FECHANDO AULA
Fechamos aqui o conteúdo da aula 4. A seguir, realize as atividades de auto
avaliação desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui
construídos.
Dica
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu
tutor. Não vá em frente se algo não foi compreendido!
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ATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULA
ATIVIDADE
O uso das informações na gestão das políticas e ações foi apresentado por meio da experiência existente na SENASP em três formas de uso diferentes:
Você estudou as três formas. Então, a atividade proposta é que você fale sobre cada uma
das formas resumidamente e socialize seu resumo com o tutor.
Distribuição de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública;
Seleção de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher para receber recursos e equipamentos;
Formulação de políticas de segurança pública baseada nos resultados de diagnósticos sobre a situação de segurança pública no Brasil.