os animais vistos polos galegos: análise das expresións

407
Escola Internacional de Doutoramento Andrea González Pereira TESE DE DOUTORAMENTO Os animais vistos polos galegos: análise das expresións figuradas galegas que retratan o mundo animal. Dirixida pola doutora: María Álvarez de la Granja 2017

Upload: khangminh22

Post on 11-Jan-2023

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Escola Internacional de Doutoramento

Andrea González Pereira

TESE DE DOUTORAMENTO

Os animais vistos polos galegos: análise das expresións figuradas

galegas que retratan o mundo animal.

Dirixida pola doutora: María Álvarez de la Granja

2017

Escola Internacional de Doutoramento

María Álvarez de la Granja

FAI CONSTAR

Que o presente traballo, titulado Os animais vistos polos galegos: análise das

expresións figuradas galegas que retratan o mundo animal, que presenta Andrea

González Pereira para a obtención do título de Doutora, foi elaborado baixo a súa

dirección no programa de doutoramento en Lingüística Galega pola Universidade

de Vigo.

Vigo, 18 de maio de 2017.

A Directora da tese de doutoramento.

Ó rural galego

AGRADECEMENTOS

Gustaríame dedicarlles estas liñas a todas aquelas persoas, que dun xeito ou doutro,

me axudaron a levar a cabo este traballo, especialmente

A María Álvarez de la Granja, orientadora e amiga, por facerse cargo da dirección

da miña tese de xeito tan impecable e por guiarme académica e psicoloxicamente

en cada etapa deste traballo.

A Xosé María Gómez Clemente por aceptar ser o titor desta tese e por darme

sempre tan bos consellos.

Ó departamento de Filoloxía Galega e Latina e ó grupo de investigación

Tecnoloxías e Aplicacións da Lingua Galega (TALG) da Universidade de Vigo,

por proporcionárenme os recursos necesarios para desenvolver este traballo.

Ó persoal da Área de Normalización Lingüística da Universidade de Vigo, polas

súas achegas e suxestións.

A Xesús Ferro Ruibal, por todas as pescudas realizadas que tanto me axudaron a

na interpretación de certas expresións figuradas.

Ós meus pais, Alfonso e Maribel, polo seu apoio incondicional e por confiar en

min en todo momento.

Ó meu compañeiro, Carlos, polo alento en todas as horas, por apoiarme tanto con

este traballo e por despexar sempre as pedras que atopei no camiño.

A Verónica, por estar sempre.

Ós informantes anónimos que participaron tan xenerosamente neste traballo, sen

as súas achegas esta investigación non estaría completa; e de xeito especial, ós

nosos maiores por atesourar e compartir comigo un coñecemento tan valioso.

Ós membros do tribunal, por aceptaren formar parte deste proxecto.

ÍNDICE

1 Introdución .......................................................................................................... 1

1.1 Obxectivos ......................................................................................................... 1

1.2 Estrutura do traballo ........................................................................................... 2

2 A linguaxe figurada ............................................................................................ 6

2.1 As teorías sobre a linguaxe figurada .................................................................. 7

2.1.1 Primeiras achegas ó concepto de linguaxe figurada ................................... 8

2.1.2 A lingüística cognitiva e a linguaxe figurada ........................................... 15

2.1.2.1 Definición e orixes da lingüística cognitiva ............................... 15

2.1.2.2 Algunhas ideas clave na lingüística cognitiva ............................ 19

2.1.2.2.1 A categorización conceptual e a teoría dos prototipos ..... 19

2.1.2.2.2 Coñecemento lingüístico e coñecemento enciclopédico .. 22

2.1.2.2.3 Corporeización e modelos cognitivos .............................. 24

2.1.2.2.4 A teoría conceptual da metáfora....................................... 27

2.1.2.2.5 Principais achegas da teoría da linguaxe figurada

convencional con relación á teoría conceptual da metáfora .............. 32

2.1.3 Remate ...................................................................................................... 35

2.2 A funcionalidade da linguaxe figurada ............................................................ 37

2.3 A motivación das expresións figuradas ........................................................... 43

2.4 Expresións figuradas construídas con referentes animais ................................ 50

2.4.1 Tipos de expresións figuradas construídas con referentes animais .......... 50

2.4.2 A motivación nas expresións figuradas construídas con referentes animais

.............................................................................................................................55

2.5 Estudos previos arredor das expresións figuradas galegas construídas con

referentes animais ....................................................................................................... 60

3 Corpus e metodoloxía ....................................................................................... 67

3.1 Criterios de selección das expresións tiradas de fontes escritas ...................... 67

3.1.1 Canto ó seu referente ................................................................................ 67

3.1.2 Canto á súa morfoloxía ............................................................................. 68

3.1.3 Canto ás obras consultadas ....................................................................... 69

3.2 As enquisas ...................................................................................................... 71

3.2.1 Punto de partida ........................................................................................ 72

3.2.2 O noso modelo de enquisa: obxectivos e criterios de confección ............ 74

3.3 O tratamento informático dos datos ................................................................. 79

3.4 Criterios de presentación das expresións no corpus ........................................ 80

3.5 Metodoloxía de análise das expresións ............................................................ 84

4 Os animais vistos polos galegos: análise dos valores atribuídos ós animais

nas expresións figuradas e nas enquisas ..................................................................... 91

4.1 Caracterización ................................................................................................ 92

4.1.1 Carácter/condición .................................................................................... 92

4.1.2 Características físicas ............................................................................. 102

4.2 Relacións ........................................................................................................ 106

4.2.1 Home-animal .......................................................................................... 106

4.2.2 Animal-animal ........................................................................................ 108

4.3 Valoración ...................................................................................................... 108

4.4 Recompilación ............................................................................................... 109

4.5 Resultados das enquisas ................................................................................. 111

5 Can/cadela ....................................................................................................... 133

5.1 Descrición ...................................................................................................... 133

5.2 Retrato do can a través das expresións figuradas galegas.............................. 136

5.2.1 Caracterización ....................................................................................... 137

5.2.1.1 Carácter/condición .................................................................... 137

5.2.1.2 Características físicas ............................................................... 154

5.2.2 Relacións ................................................................................................ 158

5.2.2.1 Home-animal ............................................................................ 158

5.2.2.2 Animal-animal .......................................................................... 163

5.2.3 Valoración .............................................................................................. 164

5.3 Recompilación e análise das enquisas ........................................................... 165

6 Gato/gata ......................................................................................................... 172

6.1 Descrición ...................................................................................................... 172

6.2 Retrato do gato a través das expresións figuradas galegas ............................ 174

6.2.1 Caracterización ....................................................................................... 175

6.2.1.1 Carácter/condición .................................................................... 175

6.2.1.2 Características físicas ............................................................... 186

6.2.2 Relacións ................................................................................................ 189

6.2.2.1 Home-animal ............................................................................ 189

6.2.2.2 Animal-animal .......................................................................... 190

6.2.3 Valoración .............................................................................................. 192

6.3 Recompilación e análise das enquisas ........................................................... 192

7 Burro/burra ..................................................................................................... 199

7.1 Descrición ...................................................................................................... 199

7.2 Retrato do burro a través das expresións figuradas galegas .......................... 201

7.2.1 Caracterización ....................................................................................... 202

7.2.1.1 Carácter/condición .................................................................... 202

7.2.1.2 Características físicas ............................................................... 210

7.2.2 Relacións ................................................................................................ 211

7.2.2.1 Home-animal ............................................................................ 211

7.2.3 Valoración .............................................................................................. 214

7.3 Recompilación e análise das enquisas ........................................................... 216

8 Conclusións ..................................................................................................... 223

9 Referencias bibliográficas .............................................................................. 229

9.1 Dicionarios, vocabularios, enciclopedias e corpus ........................................ 229

9.1.1 Fontes de extracción das expresións figuradas ....................................... 229

9.1.2 Dicionarios ideolóxicos, temáticos e conceptuais .................................. 229

9.1.3 Enciclopedias .......................................................................................... 230

9.1.4 Dicionarios de símbolos ......................................................................... 231

9.1.5 Outras fontes de consulta ........................................................................ 231

9.2 Obras de consulta ........................................................................................... 232

ANEXO 1: EXPRESIÓNS FIGURADAS CON REFERENTES ANIMAIS ............. 248

ANEXO 2: EXPRESIÓNS FIGURADAS CONSTRUÍDAS CON PALABRAS

RELACIONADAS CON MÁIS DUN ANIMAL ........................................................ 342

ANEXO 3: ÁMBITOS TEMÁTICOS EMPREGADOS ............................................. 363

ANEXO 4: ÁMBITOS TEMÁTICOS DESTACADOS CON RELACIÓN A CADA

REFERENTE ANIMAL .............................................................................................. 366

ANEXO 5: MODELO DE ENQUISA FRASEOLÓXICA .......................................... 397

1

1 INTRODUCIÓN

A través do léxico dunha lingua os falantes expresan a súa visión particular do mundo

que os rodea. Esta visión pode ser ben diferente dependendo da realidade que o ser

humano perciba, da cultura e das tradicións asociadas ó lugar onde habite e da época na

que este se atope.

As expresións figuradas serven de base para coñecer ben un pobo e unha cultura, posto

que constitúen un reflexo fiel dos modos de vida de cada lugar, así como da súa historia.

A través da linguaxe figurada, que ten como principal recurso a metáfora, o ser humano

é capaz de comprender e de expresar determinadas realidades, que son frecuentemente

abstractas:

We have seen that metaphor pervades our normal conceptual system. Because so many

of the concepts that are important to us are either abstract or not clearly delineated in our

experience (the emotions, ideas, time etc.), we need to get a grasp on them by means of

other concepts that we understand in clearer terms (spatial orientations, objects etc.).

Lakoff e Johnson, 1980: 115

Este recurso permite conceptualizar esas realidades máis abstractas a través doutras máis

próximas e, polo tanto, facilmente recoñecibles na vida diaria. Unha destas realidades

próximas para os galegos e que lles permite conceptualizar e expresar certas ideas é o

ámbito animal. Partimos da premisa de que os animais representan en Galicia unha fonte

rica de creación de expresións figuradas que axudan a comprender e expresar diferentes

tipos de realidades, entre elas especialmente as de índole abstracta. Centrámonos, pois,

neste estudo, nas expresións figuradas que se forman mediante o emprego de referentes

animais e que lles serven ós seres humanos para manifestar determinados sentimentos,

desexos, estados, características físicas ou morais etc.

1.1 Obxectivos

O noso obxectivo principal é saber cal é a visión ou concepto que teñen os galegos dos

animais que funcionan como referentes das expresións figuradas que eles mesmos

empregan. Deste xeito, pretendemos dar luz sobre aquelas características que os galegos

resaltan dos animais para expresar de xeito figurado diferentes conceptos. Para levar a

cabo este obxectivo abrimos dúas vías principais de investigación: por unha banda

extraemos as expresións figuradas que se forman con referentes animais dunha serie de

2

obras lexicográficas da lingua galega (xerais e especializadas en fraseoloxía); por outra

banda, realizamos 300 enquisas orais e electrónicas que nos permitiron recoller máis

expresións figuradas, así como determinar a valoración directa que os galegos fan dos

animais a través dunha serie de preguntas. Unha vez recollidas as expresións figuradas

analizámolas e catalogámolas, de acordo cos criterios específicos que se explicarán no

capítulo 3, para poder coñecer a valoración que fan os galegos de cada un dos animais

que funcionan como referentes das ditas expresións.

Como segundo obxectivo, pretendemos ofrecer un repertorio de expresións figuradas con

referentes animais en que se indique o significado figurado de cada expresión, a fonte da

que foi extraída e a característica que resaltaron os galegos dese animal para crear a

expresión figurada. Este repertorio recóllese en forma de anexo neste traballo,

concretamente nos anexos 1 e 2.

Por outra parte, as enquisas realizadas permítennos acadar tres obxectivos máis:

- Saber se o retrato e a caracterización dos animais que fan os informantes se

corresponde co obtido a partir das expresións que conforman as obras

lexicográficas ou varía cara a outro significado ou connotación.

- Comprobar se algunhas das expresións recollidas previamente nas obras

lexicográficas permanecen aínda vivas na fala e coñecer novas expresións ou

variantes que non se recollen nas obras consultadas.

- Establecer se existen diferenzas en función da idade á hora de seleccionar

expresións ou de atribuírlles valores ós animais.

Ó longo deste traballo tentamos dar resposta ás preguntas que subxacen a cada un destes

obxectivos a través da análise das expresións figuradas galegas construídas con referentes

animais e do estudo da valoración específica que fan os galegos de cada animal nas

enquisas orais e electrónicas.

1.2 Estrutura do traballo

No apartado sobre o marco teórico (capítulo 2) presentamos as principais contribucións

que se fixeron ó coñecemento e estudo da linguaxe figurada ó longo da historia, dende a

interpretación aristotélica da metáfora ata as achegas feitas pola lingüística cognitiva.

Repasamos os principios xerais polos que se rexe a lingüística cognitiva: a categorización

conceptual e teoría dos prototipos; a diferenciación entre coñecemento lingüístico e

3

coñecemento enciclopédico; a corporeización e os modelos cognitivos; e a teoría

conceptual da metáfora. Apoiámonos para a nosa posterior argumentación nos

fundamentos que establece a lingüística cognitiva e, máis concretamente, nos procesos de

conceptualización da realidade que presenta a teoría conceptual da metáfora, pero

introducimos tamén as principais achegas formuladas pola teoría da linguaxe figurada

convencional que naceron para completar as posibles eivas que podía presentar a teoría

conceptual da metáfora. Amosamos as principais funcións que ten a linguaxe figurada

para o ser humano e os seus diferentes graos de motivación. Finalmente, centrámonos nas

expresións figuradas construídas con referentes animais e nos tipos de motivación que as

orixinan. Rematamos este capítulo teórico coa descrición dos traballos previos que se

realizaron en lingua galega arredor da temática das expresións figuradas construídas con

referentes animais.

Dedicamos outro capítulo (capítulo 3) á descrición do corpus de traballo e a metodoloxía

que seguimos tanto para a recolleita de expresións figuradas como para a súa análise. Este

capítulo estrutúrase en cinco apartados diferenciados: 1) criterios de selección das

expresións tiradas de fontes escritas, 2) as enquisas, 3) o tratamento informático dos datos,

4) criterios de presentación das expresións no corpus e 5) metodoloxía de análise das

expresións.

No capítulo 4 mostramos a totalidade de ámbitos temáticos que obtivemos das expresións

figuradas recollidas e analizamos aqueles que presentan un maior número de incidencia

de aparición. Despois, constrastamos estes datos coa valoración que fan os informantes

nas enquisas orais e electrónicas. O obxectivo deste capítulo é establecer cales son os

valores máis representativos do nosos corpus, isto é, aqueles valores que os galegos lles

atribúen máis frecuentemente ós animais e cales son os animais que destacan como

caracterizadores desas valoracións.

Os capítulos 5, 6 e 7 céntranse no retrato que fan os galegos de tres grupos de animais

concretos, seleccionados de entre aqueles cos que se crean máis expresións figuradas en

lingua galega: can, cadela (1611), gato, gata (90) e o burro, burra (72). Cada un destes

tres capítulos estrutúrase en tres apartados diferenciados: primeiro realizamos unha

descrición enciclopédica do animal co obxectivo de xuntar datos científicos sobre a súa

caracterización física e psicolóxica; en segundo lugar, analizamos as expresións figuradas

1 Número de expresións figuradas asociadas a este animal no noso corpus.

4

recollidas coa finalidade de trazar o retrato que os galegos fan de cada animal concreto;

por último, recompilamos os resultados obtidos desta análise e comparámolos coa

valoración directa que fan os galegos de cada animal nas enquisas orais e electrónicas,

para poder establecer coincidencias ou diverxencias.

O capítulo 8 funciona como un compendio das ideas máis representativas ás que

chegamos durante o desenvolvemento do traballo. Nel presentamos as respostas ós

obxectivos inicialmente propostos.

Canto ós anexos, os anexos 1 e 2 recollen a totalidade de expresións figuradas construídas

con referentes animais que extraemos tanto de obras lexicográficas como de enquisas

orais e electrónicas (1317 expresións figuradas). Presentamos no anexo 1 aquelas

expresións que se refiren a un animal en concreto, ben porque se fai explícito o seu nome

nelas ([sucio] coma un porco ‘úsase para ponderar o aspecto sucio de alguén’) ben porque

designan unha realidade (acción, parte do corpo, hábitat...) que só é propia dese animal

(cachola ‘cabeza das persoas’). Deste xeito, debaixo de cada referente animal

distribuímos as expresións figuradas correspondentes a cada un, desagregadas en

etiquetas temáticas que marcan a valoración que fan deles os galegos. Ademais,

engadimos a definición figurada da expresión e a(s) fonte(s) da(s) que foron tiradas.

Contamos, neste anexo, cunha totalidade de 107 referentes animais.

No anexo 2 recollemos aquelas expresións figuradas construídas con referentes que

gardan relación, dun xeito ou doutro, con dous ou máis animais (por exemplo, fociño

‘parte da cara das persoas que comprende a boca e o nariz ou, nalgúns sitios, só o nariz’,

pois fociño designa literalmente unha parte do corpo asociada a varios animais diferentes).

Ó igual ca no anexo 1, as expresións figuradas distribúense debaixo de cadanseu referente,

desagregadas en etiquetas temáticas, cunha definición figurada e coa(s) fonte(s) da(s) que

foron tiradas as ditas expresións. Neste anexo contamos con 40 referentes distintos.

No anexo 3 presentamos a totalidade de ámbitos temáticos baixo os que se etiquetan as

expresións que figuran nos anexos 1 e 2. Trátase de 159 ámbitos temáticos

correspondentes á caracterización dos animais (109 referidos ó seu carácter ou condición

e 37 que aluden ás características físicas que os galegos destacan de cada animal); 11

ámbitos temáticos para as relacións que se establecen entre persoas e animais e entre

animais (7 para o primeiro caso e 4 para o segundo); e 2 ámbitos temáticos que atenden

á valoración sen maior tipo de concreción que fan os galegos dos animais (boa valoración

e mala valoración).

5

No anexo 4 ordenamos a totalidade de referentes animais das expresións figuradas

recollidas atendendo a un criterio de frecuencia. Debaixo de cada referente animal

distribuímos os ámbitos temáticos sobre os que se asenta cada expresión e o número de

expresións que se asocian a cada un deles. Con esta presentación pretendemos ofrecer

unha panorámica dos valores comportados por cada animal nas expresións figuradas

galegas que recollemos.

Por último, presentamos no anexo 5 o modelo de enquisa que creamos para a extracción

de expresións figuradas construídas con referentes animais, así como para coñecer a

valoración que os galegos fan de cada animal.

6

2 A LINGUAXE FIGURADA

As unidades fraseolóxicas2 son instrumentos que adoitan empregar os falantes para

lexicalizar unha serie de contidos frecuentemente abstractos e cheos de matices que lles

serven para comprender e expresar situacións da súa vida diaria. Moitas destas unidades

presentan mecanismos figurativos (botar lume polos ollos ‘estar cheo de ira ou de

carraxe’3), polo que constitúen un campo de investigación adecuado para o estudo da

linguaxe figurada dun idioma (Álvarez de la Granja, 2008: 7). Así como o son tamén

aquelas unidades monoverbais (odre ‘persoa que come máis do que necesita’4) que, a

través de recursos figurativos, moldean a realidade para comprender e expresar

determinados aspectos do pensamento. Deste xeito, tanto se se trata de unidades

fraseolóxicas como de unidades monoverbais, interésanos afondar nos casos concretos en

que se produce unha translación dun significado literal nun significado figurado.

A linguaxe figurada representa unha parte esencial do mecanismo de comprensión da

mente humana, unha ferramenta que dá forma a moitas realidades, frecuentemente

abstractas, converténdoas en feitos palpables, próximos e recoñecidos polos seres

humanos. As expresións figuradas, aquelas que manifestan unha idea en termos doutra

valéndose dunha imaxe que se afasta do significado recto da expresión en si (canciño

cego, ‘persoa fiel e submisa’), das que as metáforas son probablemente o exemplo máis

representativo, funcionan como un utensilio que axuda a encaixar os conceptos na mente

do ser humano, para interiorizalos en clave doutros a través dun proceso de

conceptualización5 e, así, comprendelos:

Metaphor is the main mechanism through which we comprehend abstract concepts and

perform abstract reasoning. Much subject matter, from the most mundane to the most

abstruse scientific theories, can only be comprehended via metaphor. Metaphor is

fundamentally conceptual, no linguistic, in nature. Metaphorical language is a surface

manifestation of conceptual metaphor. Though much of our conceptual system is

2 Toda combinación de dúas ou máis palabras que presenta fixación dos seus compoñentes, que non segue

un proceso de formación regular e produtivo, que posúe unidade conceptual e/ou funcional e que se vincula

cunha situación dada (Álvarez de la Granja, 2003:11 ). Pode obterse máis información sobre os tipos de

unidades que contemplamos neste traballo no apartado 3.1.2 do capítulo 3. 3 DFG, 2008: s.v. lume. 4 GDXL, 2009: s.v. odre. 5 Entendemos a conceptualización como un proceso de manipulación da información que obtemos a través

da nosa visión do mundo para poder chegar a construír as chamadas categorías conceptuais, conceptos

mentais que serven para organizar a nosa mente (Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 51 e Inchaurralde e

Vázquez, 2000: 14).

7

metaphorical, a significant part of it is nonmetaphorical. Metaphorical understanding is

grounded in nonmetaphorical understanding.

Metaphorical allows us to understand a relatively abstract or inherently unstructured

subject matter in terms of a more concrete, or at least more highly structured subject

matter.

Lakoff, 1993: 244

Antes de centrármonos propiamente nas características e na funcionalidade da linguaxe

figurada, consideramos pertinente facer un repaso pola investigación lingüística neste

eido. Para isto, creamos dous bloques diferenciados dentro do estudo da linguaxe figurada

ó longo da historia: por unha parte resumiremos as primeiras achegas ó concepto de

metáfora ou de linguaxe figurada dende a época clásica ata 1980 e, pola outra,

centrarémonos nos estudos que se desenvolveron, principalmente nos anos 80, da man da

lingüística cognitiva.

2.1 As teorías sobre a linguaxe figurada

Neste apartado resumiremos as principais contribucións ó coñecemento sobre a linguaxe

figurada. Non pretendemos facer unha inmersión profunda na historia do pensamento

metafórico, pero si construír unha panorámica que sintetice as ideas clave que foron

xurdindo ó longo da historia; nocións que sentaron as bases para comprender o

pensamento metafórico do ser humano.

Comezaremos coa interpretación aristotélica da metáfora na época clásica e

continuaremos coas achegas feitas por outros autores nos séculos XVIII, XIX e XX. Para

rematar, repasaremos a visión da linguaxe figurada na lingüística cognitiva6, que

comezou a desenvolverse especialmente a partir de 1980.

O que nos interesa resaltar na seguinte panorámica é o feito de que a linguaxe metafórica

pasase de ser vista como unha figura poética, moi vinculada á destreza do escritor, poeta

ou orador, a ser concibida como un elemento fundamental no proceso de comprensión e

razoamento que leva a cabo o ser humano.

6 Realizamos un estudo amplo da lingüística cognitiva para poder comprender, dende esta óptica, o

funcionamento da mente humana na creación de linguaxe figurada. O noso obxectivo será unir todas as

pezas que compoñen a engrenaxe do pensamento cognitivo e describir o xeito de entender o mundo a

través de procedementos cognitivos.

8

2.1.1 Primeiras achegas ó concepto de linguaxe figurada

A seguir presentaremos os principais estudos que se desenvolveron ó redor da linguaxe

figurada dende a época clásica ata os anos 80, cando se pon en marcha a engrenaxe que

dará lugar ós estudos de lingüística cognitiva.

Ricoeur (1980 [1975]: 17-95)7 realiza unha análise pormenorizada do que a retórica

clásica define como metáfora. Segundo este autor, foi Aristóteles o primeiro que definiu

o concepto de metáfora no século IV antes de Cristo, e esta definición foi a que

condicionou os posteriores estudos sobre ela:

Metáfora es la traslación de un nombre ajeno, o desde el género a la especie, o desde la

especie al género, o desde una especie a otra especie, o según la analogía. (...) Entiendo

por analogía el hecho de que el segundo término sea al primero como el cuarto al tercero;

entonces podrá usarse el cuarto en vez del segundo o el segundo en vez del cuarto; y a

veces se añade aquello a lo que se refiere el término substituido. Así, por ejemplo, la copa

es a Dioniso como el escudo a Ares; [el poeta] llamará, pues, a la copa «escudo de

Dioniso», y al escudo, «copa de Ares». O bien, la vejez es a la vida como la tarde al día;

llamará, pues, a la tarde «vejez del día» (…) y a la vejez, «tarde de la vida» u «ocaso de

la vida».

Aristóteles, ed. e trad. García Yebra, 1992: 204-205

Nesta definición de metáfora apréciase unha amplitude xenérica que engloba a

sinécdoque, a metonimia, a ironía, a lítote, isto é, calquera desprazamento do sentido

literal ó figurado (Ricoeur 1980 [1975]: 256).

Ricoeur (1980 [1975]: 28-30) subliña certos trazos importantes desta definición:

­ A metáfora afecta ó nome ou á palabra, mais non ó discurso.

­ A metáfora é definida en termos de movemento, de maneira que se aplica a toda

unha transposición de termos.

­ A metáfora caracterízase por ser unha transposición dun nome alleo, un nome

caracterizado por designar outra cousa ou por pertencer a outra categoría, a un

obxecto determinado ó que non lle corresponde ese nome.

7 Empregamos a tradución de Agustín Neira, La metáfora viva, de 1980. O orixinal, Le métafore vive, de

Ricoeur publicouse en 1975.

9

Turner (1997: 47), pola súa banda, apunta que Aristóteles interpretaba, xa daquela, que

as expresións metafóricas estaban ancoradas conceptualmente á realidade, de xeito que

as transferencias lingüísticas estarían motivadas por unha relación conceptual de

categoría (xénero-especie / especie-xénero) ou de analoxía. Para Turner, Aristóteles cría

que a transferencia conceptual inducía á transferencia lingüística. A metáfora era vista

por este autor, xa que logo, como a transferencia a unha cousa do nome doutra (Chamizo

Domínguez, 1998: 13). Por outra banda, Ricoeur (1980 [1975]: 55-56) afirma que

Aristóteles percibira xa a idea de que a metáfora describe o abstracto baixo os trazos do

concreto.

Aristóteles aprecia, por outra parte, que a comparación é unha metáfora desenvolvida: «la

comparación dice “esto es como aquello”; la metáfora: “esto es aquello”» (Ricoeur, 1980

[1975]: 42). Dito isto, dado que a comparación é concibida como unha metáfora

desenvolvida, parece claro que Aristóteles vía a metáfora como unha comparación

implícita, aínda que condensada nunha palabra (Gibbs, 1994: 211). Para o autor, a

metáfora tiña un papel importantísimo na poética, posto que era un indicio de talento do

escritor: «hacer buenas metáforas es percibir la semejanza» (García Yebra, 1992: 214).

Segundo explica Ricoeur (1980 [1975]: 45), para Aristóteles a arte da metáfora consistía

nunha percepción de semellanzas entre aspectos abstractos e outros máis concretos, o cal

se confirma pola súa relación coa comparación, que manifesta na linguaxe a referencia

que actúa na metáfora, sen ser anunciada.

Mais aínda que Aristóteles xa percibira a idea de que a metáfora describe o abstracto a

través de características propias de algo concreto, a metáfora seguiu sendo tratada na

retórica clásica como un adorno do discurso, unha visión que se seguiu mantendo durante

a Idade Media e boa parte da Idade Moderna (Ricoeur, 1980 [1985]: 55-76).

No século XVIII ve a luz o libro de Giambattista Vico Scienza nuova8 (1744) que, entre

outros temas, aborda a interpretación do pensamento metafórico. Dous séculos antes de

que o fixesen Lakoff e Johnson (1980), Vico dáse de conta de que a metáfora é un

fenómeno mental; entre outras cousas porque son os sentidos do ser humano as únicas

vías para coñecer os elementos que o rodean (1995 [1744]: 181).

Algo que nos parece importante destacar con respecto a este autor e que, ó noso xeito de

ver, confirma o seu carácter visionario de cara ós estudos cognitivistas dos anos 80, é que

8 Empregamos aquí a tradución de Rocío de la Villa, Ciencia nueva (1995).

10

se refire á linguaxe figurada como un mecanismo de comprensión da mente humana que

leva a cabo o noso cerebro para comprender e explicar mellor a realidade. Para Vico a

«lingua poética», entendida como linguaxe figurada, naceu xa nos primeiros tempos

debido á pobreza da lingua e á necesidade das persoas de explicarse a través de imaxes,

semellanzas, comparacións, metáforas etc. (1995 [1744]: 228): «el hombre al entender

despliega su mente y comprende las cosas, pero cuando no las entiende hace a partir de

si las cosas y, transformándose en ellas, lo convierte». Esta é unha idea que retomarán,

anos despois, autores como Max Black (1962); Le Guern (1980), Dirven (1985) e Warren

(2002), entre outros.

No século XIX, Fontanier (1830) estuda e desenvolve a idea de que a metáfora é unha

relación entre pensamentos, concretamente no seu libro Les figures du discours. Ricoeur

(1980 [1975]: 76-88), explica que Fontanier se decata desta conexión existente entre dous

pensamentos porque define a metáfora como a presentación dunha idea baixo o signo

doutra. Ademais, Fontanier diferencia entre ‘sentido literal’ e ‘sentido espiritual’ (o que

chamariamos hoxe ‘sentido literal’ e ‘sentido metafórico ou figurado’):

El sentido literal se funda en las palabras tomadas al pie de la letra y entendidas según su

acepción en el uso ordinario: es, en consecuencia, el que se presenta de modo inmediato

a la conciencia de los que escuchan las palabras. (...) El sentido espiritual, indirecto o

figurado9, de un conjunto de palabras es aquel que el sentido literal hace nacer en la

conciencia por las circunstancias del discurso, por el tono de la voz o por la conexión

entre las ideas expresadas y las implícitas (o subliñado é noso).

Ricoeur, 1980 [1975]: 79

Certamente, Fontanier percibira, no século XIX, un intercambio de contextos entre o

literal e o figurado. Mais será Richards no século XX (1936), concretamente no seu libro

The Philosophy of Rhetoric, quen propoña a teoría da interacción na metáfora, ó percibir

que o principio fundamental desta é manter activos de xeito simultáneo dous pensamentos

relacionados con dúas cousas distintas dentro dunha mesma palabra ou expresión (1965

[1936]: 93). Fronte á teoría tradicional da metáfora, que a definía como un desprazamento

do significado de dúas palabras, Richards especifica, na liña de Fontanier, que se trata

9 Nótese que Fontanier emprega a voz ‘figurado’ como sinónima de ‘espiritual’ na definición de ‘sentido

espiritual’.

11

dun préstamo entre pensamentos, unha transacción semántica de dous contextos (1965

[1936]: 94-95).

Richards (1965 [1936]: 96) introduce dúas voces técnicas para nomear estas dúas

realidades que, segundo o autor, corresponden ás dúas metades dunha metáfora: tenor

(idea subxacente que queremos transmitir) e vehículo (idea baixo a cal se percibe a

primeira). Deste xeito, para Richards (1965 [1936]: 117) o significado dunha expresión

metafórica sería o resultante da interacción destes dous pensamentos. Por exemplo, na

expresión Xan é un touro os pensamentos que estarían activos á vez serían a fortaleza de

Xan (tenor) e a resistencia do animal (vehículo) (Nubiola, 2000: 75). Ricoeur (1980

[1975]: 120) explica que, con estas achegas, Richards abriu o camiño no estudo do

funcionamento semántico da metáfora e, logo, outros autores foron ocupando e

organizando este campo de estudo.

A mediados do século XX, Paul Henle (1958) ofrece unha nova formulación para a

definición de metáfora feita por Aristóteles, na que non limita a noción de cambio de

sentido ás palabras por si soas, senón que a amplía a calquera signo e, aínda máis, a todo

un discurso. O autor introduce, ademais, un elemento que nos parece importante: o

carácter icónico da metáfora. Tal e como explicamos anteriormente, Aristóteles definía a

metáfora como a translación dun nome alleo dun xénero a una especie, dunha especie a

un xénero, dunha especie a outra especie ou como aquela que se produce mediante unha

analoxía. Henle describe o cuarto tipo de metáfora proposto séculos antes por Aristóteles,

a que se establece mediante unha analoxía, como un paralelo entre pensamentos no que

unha situación se presenta ou se describe en termos doutra que é semellante, de xeito que

o carácter icónico especifica este tipo de metáfora entre o resto dos tropos. Henle toma a

definición de icona que dera Charles S. Peirce10 (1893- 1903) e defínea como aquel

elemento que fai que un signo signifique en virtude da súa semellanza con algo. De

maneira que a iconicidade mantén latente unha dualidade interna entre dous conceptos,

xa que un concepto se emprega para representar o outro (1958: 177).

10 Charles S. Peirce establece unha diferenciación entre os modelos simbólicos e icónicos de significación

dun signo. O autor explica que un signo é un símbolo na medida en que significa segundo unha regra

arbitraria, na medida en que ese signo é convencional. Por outro lado, un signo será unha icona cando

significa en virtude dunha similitude. Un exemplo de icona sería un mapa que representa os países posto

que é similar ó obxecto representado, mentres que un símbolo sería unha balanza que representa, seguindo

unhas leis convencionalizadas da sociedade, a xustiza. Trátase dunha diferenciación na que traballarán

Dobrovols’kij e Piirainen (2005) un século despois. Pode verse unha síntese das principais achegas de

Peirce, traducidas por Sara Barrena (2005) en: http://www.unav.es/gep/IconoIndiceSimbolo.html

12

Na década dos 60 do século XX destaca a figura de Max Black. O autor propón, no seu

libro Models and Metaphors: Studies in Language and Philosophy11 (1962), unha versión

modificada da teoría da interacción formulada por Richards vinte e seis anos antes.

Richards (1936) propuña que o fundamento da metáfora era o de manter activos de xeito

simultáneo dous pensamentos relacionados. Black (1966 [1962]: 48-49) vai máis alá e

expón o que el chama ‘enfoque interactivo da metáfora’ que consiste en interpretar un

deses pensamentos activos como foco da metáfora (o enunciado efectivo) e o outro como

o marco que a rodea (todo un sistema de asociacións12). Un dos exemplos que ofrece

Black (1966 [1962]: 49-50) é a expresión metafórica o home é un lobo. O autor explica

que que o foco sería o feito de chamar lobo a unha persoa, mentres que o marco evoca o

sistema de lugares comúns relativos a lobo, polo que se esa persoa é un lobo fai presa nos

demais animais, é feroz, pasa fame, atópase en loita constante etc., e cada unha destas

asercións ten que adaptarse a home.

A idea que parece ser máis importante no traballo de Black (dende o punto de vista da

análise cultural e textual) é, segundo explica Bustos (1994: 67), o feito de que varias

metáforas se poidan agrupar nun alto nivel de abstracción en familias, ou temas (unha

serie de nocións abstractas elaboradas a partir de entidades concretas), de xeito que as

diferentes expresións metafóricas poidan ser consideradas como variacións dun mesmo

tema metafórico. As principais achegas deste enfoque interactivo que ofrece Black (1966

[1962]: 53-54) sintetízanse nas seguintes asercións:

­ O enunciado metafórico ten dous asuntos distintos: un principal e o outro

subsidiario.

­ A mellor maneira de considerar estes asuntos é como un ‘sistema de cousas’ e

non como ‘cousas’.

­ A metáfora funciona aplicándolle ó asunto principal un sistema de ‘implicacións

acompañantes’ característico do subsidiario.

­ A metáfora selecciona, acentúa, suprime e organiza os trazos característicos do

asunto principal ó implicar enunciados sobre el que normalmente se aplican ó

asunto subsidiario13.

11 A versión que nós consultamos foi Modelos y metáforas (1966). 12 Este concepto retomarano, como veremos máis adiante, os lingüistas cognitivos na década dos 80 a través

do nome de sistematicidade metafórica (Lakoff e Johnson, 1980: 7). 13 Como veremos máis adiante, os autores cognitivistas retomarán esta premisa dándolle o nome de

focalización (Lakoff e Johnson,1980: 10).

13

En 1967, Marcus B. Hester, no seu libro The Meaning of Poetic Metaphor14, destaca que

o trazo fundamental da linguaxe poética é a fusión do sentido (entendido como

significado) cunha infinidade de imaxes evocadas no recordo das persoas (Ricoeur, 1980

[1975]: 285). Tal e como afirma Ricoeur (1980 [1975]: 310-311) «para hablar como M.

Hester, el ver metafórico es un “ver como” (seeing as)». Resulta interesante a perspectiva

de Hester no que se refire a esas «imaxes evocadas no recordo das persoas», pois encaixa

adecuadamente na liña cognitivista que veremos máis adiante, na que se nos explicará

como os seres humanos tentamos buscar na nosa mente un modelo ou unha imaxe que lle

dea sentido a aquilo que observamos por vez primeira. De maneira que esas imaxes

mentais do ser humano poderían ser os recordos ós que se refire Hester.

Polo que respecta ó que se coñecerá anos máis tarde como teoría cognitiva da metáfora,

Geck (2003: 57) sinala, apoiándose en autores como Jäkel (1997)15 e Liebert (1992)16,

que os traballos que realizou Harald Weinrich17 arredor dos anos 60 sobre a metáfora

gardan moitas similitudes cos estudos que realizarían en 1980 Lakoff e Johnson. Jäkel

(1997) e Liebert (1992) (apud Geck, 2003) viron en Weinrich un precursor europeo da

teoría cognitiva da metáfora nos seus traballos sobre aspectos do eido semántico

publicados entre os anos 1958 e 1976. Entre os puntos principais que sinala Geck (2003:

57) correspondentes ós estudos de Weinrich destacan:

A caracterización da metáfora como fenómeno lingüístico corrente e non como

un adorno poético.

O baseamento da metáfora nas relacións de pensamento subxectivas que realiza o

ser humano ó establecer unha analoxía correspondente entre o campo doante da

14 Hester apoia o seu estudo sobre a metáfora nas análises feitas pola crítica literaria anglosaxoa que se

aplicaban máis á linguaxe poética en xeral cá metáfora en particular. O autor resalta tres aspectos

fundamentais destas análises: a linguaxe poética fusiónase entre «o sentido e os sentidos»; a dualidade de

sentidos que se dá na linguaxe poética produce un ente pechado en si mesmo que o distingue da linguaxe

ordinaria, máis referencial; a linguaxe poética artella unha experiencia que se caracteriza por ser ficticia,

grazas a este peche en si mesma (Ricoeur, 1980 [1975]: 283-285). 15Jäkel, O. (1997): Metaphern in abstrakten Diskurs-Domänen: Eine kognitiv-linguistische Untersuchung

anhand der Bereiche Geistestätigkeit, Wirtschaft und Wissenschaft und Kulturwissenschaft. Frankfurt am

Main: Peter Lang. 16 Liebert, W.A. (1992): Metaphernbereiche der deutschen Alltagssprache. Kognitive Linguistik und die

Perspektiven einer Kognitiven Lexikographie. Frankfurt am Main: Peter Lang. 17 Estes autores refírense a obras como:

- Phonologische Studien zur romanischen Sprachgeschichte (1958). Münster Westfalen:

Aschendorffsche Verlagsbuchhandlung.

- Tempus: Besprochene und erzählte Welt (1968), en: L'Homme, t. 8, núm.1, 102-106.

- Lenguaje en textos (1976 [1981]) (trad.Francisco Meno Blanco). Madrid: Gredos.

14

imaxe e o campo receptor da imaxe (o que actualmente coñecemos como dominio

fonte e o dominio meta, respectivamente18).

O tratamento do concepto modelo de pensamento para expresar determinadas

situacións da vida diaria (concepto que anos máis tarde pasará a chamarse modelo

cognitivo).

De xeito xeral, traemos aquí o esquema que Jäkel (1997: 139) (apud Geck, 2003) elaborou

para reproducir as similitudes nas investigacións que realizara Weinrich nos anos 60 e as

de Lakoff e Johnson nos 80. Jäkel contrapón os conceptos empregados polos distintos

autores do seguinte xeito:

Weinrich Lakoff e Johnson

campo de imaxes metáfora conceptual

metáfora expresión metafórica

modelo de pensamento modelo cognitivo

campo doante da imaxe dominio orixe

campo receptor da imaxe dominio meta

Para rematar, tanto Geck (2003) como Jäkel (1997) coinciden, á vista dos resultados

obtidos nas súas investigacións, na confirmación de que foi Weinrich o precursor das

bases centrais da teoría cognitiva da metáfora. Resaltan, tamén, a falta de conciencia

histórica americana, sen pretender minguar, afirma Geck (2003: 61), o mérito da

formulación de Lakoff e Johnson, só, como moito, a orixinalidade da súa tese

fundamental.

Como se pode apreciar, a concepción da metáfora mudou considerablemente co paso do

tempo, pasou de ser simplemente o nome dun recurso poético que embelecía os textos a

ser concibida como algo moito máis complexo: unha maneira de conceptualizar a

realidade diaria das persoas. Ademais Chamizo Domínguez (1998) afirma que é moi

ilustrativo disto último o feito de que a metáfora se estudase tradicionalmente en libros

18 O dominio fonte (ou dominio orixe) é a imaxe palpable que serve de base para a construción dunha

expresión figurada, mentres que o dominio meta (dominio destino) representa o significado figurado que

se quere exteriorizar (vid. Kövecses, 2000). Desenvolveremos estes dous conceptos polo miúdo no

apartado 2.1.2.2.4, dedicado á teoría conceptual da metáfora.

15

que adoitaban levar títulos do tipo Tratado dos tropos, Retórica, As figuras do discurso

ou Filosofía da retórica; mentres que nos títulos das publicacións que viron a luz a partir

dos anos 70 encontramos palabras relacionadas con conceptos como ‘significado’,

‘coñecemento’ ou ‘vida’: La métaphore vive (1975); Metaphors We Live By (1980); A

Cognitive Theory of Metaphor (1985); Metaphor: Its Cognitive Force and Linguistic

Structure (1987); Metaphor and Thought (1993), ou «What Metaphors Mean» (2001).

Algúns destes títulos insírense no marco da lingüística cognitiva, que se desenvolveu a

partir dos anos 80. Nela, como veremos a seguir, comézase a estudar a linguaxe

metafórica como un recurso de creación de redes e esquemas conceptuais, unhas redes e

esquemas que permiten conceptualizar determinadas realidades mediante expresións que

literalmente se empregan para referirse a outras realidades distintas. Segundo explica

Chamizo Domínguez (1998) esta será a achega fundamental ó estudo da metáfora de

autores como Lakoff e Johnson (1980), entre outros.

2.1.2 A lingüística cognitiva e a linguaxe figurada

No apartado que segue, centrarémonos nos estudos que se levaron a cabo ó redor da

linguaxe figurada a partir de 1980, momento en que comeza a desenvolverse a lingüística

cognitiva. Falaremos das súas orixes e das principais liñas de investigación desta

disciplina teórica. Por último, repasaremos algúns conceptos que consideramos clave da

lingüística cognitiva e que teñen que ver coa estruturación de ideas na mente humana

mediante a relación entre conceptos. Faremos este repaso a través da visión de varios

estudosos da materia (Schank e Abelson, 1977; Lakoff e Johnson, 1980; Johnson-Laird,

1980; Talmy, 1983; Fillmore, 1985; Lakoff, 1990 [1987]; Johnson, 1987; Langacker,

1987; Fauconnier, 1994; Cifuentes, 1994; Cuenca e Hilferty, 1999; Geck, 2003;

Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela, 2012, entre outros). Cremos que esta revisión axudará

a comprender as complexas operacións mentais que realizamos na creación de expresións

figuradas.

2.1.2.1 Definición e orixes da lingüística cognitiva

Referímonos á lingüística cognitiva como unha corrente teórica que estuda as relacións

existentes entre o pensamento e a linguaxe dende un punto de vista experiencialista, isto

é, a experiencia corpórea das persoas garda unha relación directa co seu pensamento

conceptual (Cuenca e Hilferty, 1999: 14-15). Así, esta teoría defende que a linguaxe é

16

parte dun sistema cognitivo que comprende a percepción, as emocións, a categorización

da realidade, os procesos de abstracción e o razoamento.

Este método de estudo da linguaxe deu os seus primeiros pasos a finais do século XX

(máis concretamente a mediados da década dos 70) cando un grupo de estudosos comezou

a cuestionar a teoría da linguaxe que Noam Chomsky desenvolvera anos atrás. Chomsky,

á súa vez, cuestionara tamén, en 1959, a corrente condutista a través dunha crítica ó libro

de Skinner Verbal Behavior (1957). O condutismo, que tiña como máximos

representantes a Burrhus Frederic Skinner e a John Broadus Watson, explicaba o

comportamento humano, incluído o lingüístico, a través de asociacións de estímulo-

resposta, sen recorrer ós construtos mentais humanos (Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela,

2012: 13-14). A crítica de Chomsky ó libro de Skinner introduciu o chamado

«mentalismo» no panorama das ciencias cognitivas:

La teoría de Chomsky sobre el lenguaje asumía que la facultad lingüística humana es de

naturaleza fundamentalmente sintáctica. Para Chomsky la esencia del lenguaje consiste

en la capacidad humana de combinar una serie de elementos finitos, las palabras, de

manera tal que se puedan expresar una infinidad de mensajes lingüísticos. ¿Como es

posible que podamos hacer esto? Debido a que conocemos las maneras en que las

palabras pueden ser combinadas.

Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela (2012: 14)

Deste xeito, para Chomsky, o obxectivo de estudo dos lingüistas debía ser o conxunto de

regras de natureza mental que establecen como combinar as palabras da linguaxe humana.

Tales regras podían chegar a ser algo complexas (Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela, 2012:

14), pero algunhas delas eran innatas para o ser humano. Chomsky defende que o ser

humano nace dotado dun conxunto de informacións previas que lle son innatas (ó que

chama a gramática universal) e que lle permiten aprender distintas linguas do mundo;

ademais, explica que todos estamos dotados dun módulo cerebral autónomo que se

encarga de procesar a información lingüística. Mais todos estes aspectos que estuda a

gramática xenerativa non son suficientes a ollos dos estudosos que entran en escena a

mediados dos 70, xa que, para eles, a gramática xenerativa esquecía a perspectiva

semántica na súa explicación da linguaxe. Ademais, un dos problemas fundamentais que

apreciaban os cognitivistas nos estudos de Chomsky era o papel secundario que este lle

asignaba á interacción do ser humano co ambiente así como á imaxinación, que, de acordo

cos cognitivistas, xoga un importante papel na razón humana (Nubiola, 2000: 82).

17

A lingüística cognitiva, da man de autores como George Lakoff, Ronald Langacker,

Charles Fillmore e Leonard Talmy, entre outros, apareceu, xa que logo, como un

paradigma lingüístico alternativo á lingüística xenerativa, aínda que comezase o seu

camiño dentro da corrente xenerativista, máis concretamente no que se dera en chamar,

nun primeiro momento, «semántica xenerativa». A semántica xenerativa, segundo sinalan

Cuenca e Hilferty (1999:19-20), foi unha «rama heterodoxa do xenerativismo

chomskyano», que apareceu como unha posible interpretación da gramática que

Chomsky deseñou no libro Aspects of the Theory of Syntax (1965). Lembremos que neste

libro se aprecia un xiro cognitivo, fronte ó condutismo imperante, no momento en que

Chomsky vincula a mente do falante cos procesos gramaticais; de maneira que a

gramática ten que existir na mente dos seres humanos.

Estes estudosos víronse atraídos polo aspecto cognitivo do xenerativismo e as súas

propostas iniciais ían encamiñadas á reformulación do concepto de estrutura profunda19

para dotala dunha base semántica e, deste xeito, acomodala mellor ás diferenzas entre as

linguas do mundo. Os estudosos da semántica xenerativa propuñan unha visión da

linguaxe que non se adecuaba ás bases da gramática xenerativa, posto que cuestionaba a

centralidade e a autonomía da sintaxe. Finalmente, a semántica xenerativa non triunfou,

cando menos non con este nome, pero si serviu para sentar as bases do que hoxe se coñece

como lingüística cognitiva. Deste xeito, a lingüística cognitiva pode entenderse como

unha teoría alternativa ó xenerativismo chomskyano, aínda que, tal e como explican

Cuenca e Hilferty (1999: 21-22), esta última lle foi dando, co tempo, maior importancia

a aspectos do significado e tendeu a incorporar no seu obxecto de estudo fenómenos

relacionados coa variación e coa tipoloxía lingüística:

La oposición ―real, consciente e insistentemente destacada, quizás incluso

magnificada― entre el cognitivismo y el generativismo, probablemente no es más que el

resultado de dos miradas diferentes, de dos puntos de partida distintos, que nos ofrecen

dos cuadros distintos ―uno figurado y el otro abstracto― de esa realidad tan compleja,

próxima y al tiempo inalcanzable que es la capacidad humana del lenguaje.

Cuenca e Hilferty, 1999: 22

19 Chamada por Chomsky (1971: 224) estrutura latente (ou subxacente), determina a interpretación

semántica de cada oración. Por outra parte, a estrutura patente (ou superficial) sería, para Chomsky, a

que determinaría a forma fonética.

18

A aparición da lingüística cognitiva trouxo consigo liñas de estudo dedicadas á

comprensión da natureza das operacións mentais que realiza o ser humano, relacionadas

co razoamento, a memoria, a organización do coñecemento e o procesamento e a

produción lingüística (Mendoza Ibañez, 2001: en liña). Fauconnier (1999), nun texto que

semella ser un manifesto introdutorio á lingüística cognitiva, aclara que esta nova corrente

xa non ten en conta as propiedades internas da lingua, como ocorría coa gramática

xenerativa, senón que constitúe en si mesma un medio de revelación e explicación dos

aspectos xerais da cognición humana. Gaña importancia o contexto no que se sitúa a

linguaxe por riba da linguaxe mesma:

Language is only the tip of a spectacular cognitive iceberg, and when we engage in any

language activity, be it mundane or artistically creative, we draw unconsciously on vast

cognitive resources, call up innumerable models and frames, set up multiple connections,

coordinate large arrays of information, and engage in creative mappings, transfers, and

elaborations.

Fauconnier, 1999: en liña

Gibbs (1996: 49) explica que a adhesión do adxectivo cognitiva é necesario para entender

o funcionamento desta disciplina, posto que se caracteriza por incorporar datos doutras

disciplinas cognitivas e por buscar correspondencias entre o pensamento conceptual, a

experiencia corpórea e a estrutura lingüística, á vez que tenta descubrir os contidos reais

da cognición humana.

No marco desta teoría téñense estudado aspectos relacionados coa adquisición da

linguaxe, mais tamén outros que se refiren á explicación dos procesos mentais que leva a

cabo a mente humana na comprensión da realidade, tales como a categorización

conceptual (a conceptualización da realidade) á que se refire Gibbs e os tipos de relacións

que existen entre o coñecemento especificamente lingüístico e o coñecemento do mundo

(a realidade palpable para o ser humano). Podemos entender, xa que logo, que «para la

lingüística cognitiva el lenguaje es un instrumento de conceptualización, es decir, un

instrumento para expresar el significado, que, a su vez, se sirve de mecanismos generales

de la cognición» (Cuenca e Hilferty, 1999: 179). Un dos postulados máis importantes da

lingüística cognitiva e, segundo explican Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela (2012), o que

lle dá o seu nome, é a premisa de que a linguaxe é unha capacidade integrada na cognición

xeral:

19

Si se parte de la base de que la capacidad lingüística no se puede entender de manera

autónoma e independiente, se hace entonces necesario explorar las relaciones entre el

lenguaje y otras facultades cognitivas como la percepción, la memoria o la

categorización, en busca de mecanismos cuyo funcionamiento pueda aportar

explicaciones y soluciones al problema del cómo funciona realmente el lenguaje.

Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela, 2012: 16-17

2.1.2.2 Algunhas ideas clave na lingüística cognitiva

Na lingüística cognitiva conflúen, segundo explican Cuenca e Hilferty (1999: 22-23),

diferentes liñas de investigación organizadas nunha «estrutura radial», isto é, un espazo

de integración de diferentes enfoques cun certo grao de cruzamento entre eles ou «unha

suma de teorías que tratan distintos aspectos da linguaxe» (Ibarretxe-Antuñano e

Valenzuela, 2012: 24). Estes diferentes enfoques son pequenas teorías dentro dunha teoría

maior, como é a cognitiva.

Neste apartado revisaremos os principios xerais que constitúen a base da lingüística

cognitiva, nos que nos imos basear posteriormente para argumentar o noso traballo.

2.1.2.2.1 A categorización conceptual e a teoría dos prototipos

Segundo a lingüística cognitiva o ser humano realiza un proceso cognitivo de

catalogación da realidade para poder comprendela, para entendela mellor. A este proceso

de operacións cognitivas complexas dáselle o nome de categorización:

La categorización es un mecanismo de organización de la información obtenida a partir

de la aprehensión de la realidad que es, en sí misma, variada y multiforme. La

categorización nos permite simplificar la infinitud de lo real a partir de dos

procedimientos elementales de signo contrario o, mejor dicho, complementario: la

generalización o abstracción y la discriminación.

Cuenca e Hilferty, 1999: 32

Segundo explican estes autores, o resultado deste proceso de clasificación da realidade

son as categorías cognitivas (ou conceptuais): «conceptos mentais que se almacenan no

noso cerebro» (1999: 32). Inchaurralde e Vázquez (2000: 14) explican que estes

conceptos mentais pertencen a un conxunto como totalidade e ilustran o proceso de

categorización cos tipos de música:

20

Las categorías conceptuales son conceptos de un conjunto como totalidad. Siempre que

percibimos algo, automáticamente tendemos a categorizarlo. Por ejemplo, cuando oímos

una pieza musical, automáticamente la categorizamos como rock o como música clásica,

o como algo más. Así, el mundo no es algún tipo de realidad objetiva, sino que está

siempre conformado por nuestra actividad de categorización, es decir, por nuestra

percepción, por nuestro conocimiento, por nuestra actitud humana; en definitiva, por

nuestra experiencia humana.

Inchaurralde e Vázquez, 2000: 14

Moitos estudosos da lingüística cognitiva sitúan a obra de Lakoff Women, Fire and

Dangerous Things (1987) como un dos libros fundamentais, mesmo fundacionais, deste

eido da lingüística (Cuenca e Hilferty, 1999: 26). O autor presenta o libro como un intento

de probar que o pensamento humano se organiza e estrutura en categorías. Sitúa o seu

discurso baixo o punto de vista experiencialista da razón humana e contrapono a aquel

máis tradicional, o obxectivista. Nesta obra, Lakoff móvese baixo a idea de que a mente

é máis que un simple espello da natureza, máis que unha máquina procesadora de

símbolos, pois o ser humano ten a capacidade de comprender e de pensar de xeito figurado

e de establecer categorías que o axuden a identificar mellor os conceptos abstractos do

mundo. Para levar a cabo a súa explicación sobre a importancia que ten a categorización

na mente humana, toma como exemplo a categorización lingüística dos conceptos e

entidades do mundo que fai a lingua dyirbal (lingua indíxena australiana), baseándose

nun traballo que realizara anos antes Dixon (1982) . Na lingua dyirbal os substantivos van

precedidos por outros elementos que funcionan como clasificadores da entidade que

definen. Eses elementos varían dependendo de se a palabra fai referencia ós homes ou á

maioría dos animais (bayi); ás mulleres, ó lume, á auga e a outros animais perigosos

(balan) ; ás plantas (balam); ou ó resto de entidades como pedras, partes do corpo, ruídos

etc. (bala). Partindo desta base, Lakoff explica que a maioría de categorizacións que fai

o ser humano son automáticas e inconscientes e que, ó movernos polo mundo,

categorizamos automaticamente xente, animais e obxectos físicos tanto naturais coma

artificiais (1990: 6). Ademais, puntualiza que o ser humano non só categoriza cousas, é

dicir, elementos físicos, senón que unha grande parte das categorizacións que fai teñen

que ver con entidades abstractas, isto é, non corporais:

We categorize events, actions, emotions, spatial relationships, social relationships, and

abstract entities of an enormous range: governments, illnesses, and entities in both

21

scientific and folk theories, like electrons and colds. Any adequate account of human

thought must provide an accurate theory for all our categories, both concrete and abstract.

Lakoff, 1990 [1987]: 6

Ludwig Wittgenstein (1953) foi un dos primeiros autores que apuntou que as categorías

que crea o ser humano se sitúan no plano cognitivo. O autor reparou en que, nestas

categorías, uns elementos son máis centrais ca outros (polo que son heteroxéneas) e que

se establece unha relación entre elementos dunha mesma categoría a través do que chama

«semellanzas de familia». Trátase dunha rede de semellanzas entre entidades que se

entrelazan e que nos permiten identificar un obxecto ou ser dentro dunha categoría sen

ter que coñecer todas as súas características (1953: 32).

Anos máis tarde, a psicóloga Eleanor Rosch (1978) elabora a teoría dos prototipos, sobre

a que se apoia, como veremos, a semántica cognitiva. Esta teoría ofrece un modelo de

categorización da realidade estruturado en membros prototípicos e membros periféricos,

dentro de cada categoría conceptual. Rosch argumenta que as categorías conceptuais

están estruturadas ó redor dos mellores exemplos, os prototipos das categorías, e que

outros elementos son asimilados a unha categoría determinada de acordo cos trazos que

os asemellan ó prototipo desa categoría (Cruse, 2000: 132). Rosch (1978: 27-48) define

o prototipo como ‘aquel exemplar que mellor se recoñece dunha categoría concreta, o

elemento máis representativo e distintivo da mesma’. O prototipo, segundo explica a

autora, sería aquel elemento que comparte máis características co resto de membros da

categoría cognitiva.

Kleiber (1994: 48-51) explica que, a raíz das críticas xurdidas no marco da lingüística

cognitiva, se axusta a definición de prototipo para pasar a definirse como ‘aquel exemplar

idóneo que se asocia máis frecuentemente cunha categoría’, isto é, ‘aquel exemplar que

os falantes adoitan empregar nun numero de veces maior’. Ademais, Rosch estableceu

dúas dimensións da categorización humana: a vertical e a horizontal. A primeira baséase

no grao de especificidade ou xeneralidade con que se organizan os membros dunha

categoría: nivel superordinado (animal), nivel básico (can) e nivel subordinado (can de

palleiro). Rosch e o seu equipo descobren que o nivel máis importante para a cognición

humana é o nivel básico, posto que recolle un óptimo nivel de discriminación e de

xeneralización, o que provoca un máximo contido informativo. Polo que se refire á

dimensión horizontal, esta baséase no feito de que as estruturas de coñecemento que

22

presenta o ser humano están relacionadas entre si, posto que se pensamos nun elemento

como a á dunha ave o que gardará unha maior relación conceptual con ela serán as plumas

e non a pel do animal, pero non todas as aves teñen ás (pensemos no pingüino), polo que

os seres humanos adoitamos escoller como membros centrais da categoría cognitiva ave

aqueles que teñen plumas, como por exemplo un paxaro (Ibarretxe-Antuñano et al., 2012:

52-57). Este mesmo tipo de correlacións aplícanse á organización das categorías baseadas

nun prototipo. As «semellanzas de familia» que detectara anos antes Wittgenstein (1953)

son as que determinan cal será o membro prototípico dunha categoría cognitiva, pois será

o que máis semellanzas presente con cada un dos membros dunha mesma categoría. Deste

xeito, dentro dunha mesma categoría cognitiva, un membro A pode compartir un trazo

cun membro C, pero non necesariamente cun membro B (Rosch e Mervis, 1975: 575).

Segundo explica Kosslyn (1978: 253), os prototipos dunha categoría adoitan

representarse a través de imaxes prototípicas e exemplifica esta afirmación mediante o

caso do «can prototípico» no que pensa o ser humano nun primeiro momento. Sinala que

este can adoita ser imaxinado como negro, de tamaño medio e de pelo curto. Os demais

cans serían catalogados, xa que logo como membros periféricos dentro da categoría

cognitiva can que comparten entre si trazos semellantes, semellanzas de familia.

As categorías non teñen uns límites definidos senón que estes adoitan ser difusos, polo

que o paso dunha categoría a outra é gradual e son estes membros periféricos os que

marcan os límites onde se comeza a esvaecer unha categoría e onde empezan a apreciarse

trazos que identifican os membros doutra categoría cognitiva.

Para a lingüística cognitiva o ser humano establece estas categorías conceptuais

baseándose na súa experiencia directa coa realidade, de maneira que diferentes

experiencias poden crear diferentes categorías nunha mesma realidade. Cada sociedade

establecerá o membro prototípico dunha categoría, e os seus membros periféricos, de

acordo coa súa experiencia coa súa realidade inmediata.

2.1.2.2.2 Coñecemento lingüístico e coñecemento enciclopédico

A semántica cognitiva estuda o significado dende un punto de vista interno, posto que

entende que os significados son «creados» por un suxeito conceptualizador e, xa que logo,

están na súa mente. Este suxeito conceptualizador establece, como acabamos de ver,

categorías e fai distincións entre os membros máis relevantes de cada unha delas

(Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 43). Deste xeito, para a semántica cognitiva o

23

significado é o resultado dun proceso mental e os significados das expresións lingüísticas

correspóndense coas representacións mentais que realizan os suxeitos a partir, en boa

medida, da súa experiencia corporal.

Ibarretxe-Antuñano et al. (2012: 48) destacan que, para poder chegar a entender que é o

significado na semántica cognitiva é preciso distinguir entre coñecemento lingüístico e

coñecemento enciclopédico, que dan lugar, respectivamente, ó significado lingüístico e ó

significado enciclopédico. Os autores explican que ata a chegada dos estudos da

semántica cognitiva se asumía que esta división do significado era necesaria para

caracterizar o significado dunha expresión:

En esta versión tradicional, toda expresión tiene una parte que es su parte central y que

los hablantes almacenan en su «lexicón mental»; en este lexicón, cada palabra tiene

asociada una determinada definición, que basta para caracterizarla y para distinguirla del

resto de opciones léxicas. El resto de información adicional que tengamos sobre esa

determinada palabra o concepto no forma parte de esa definición de tipo más lingüístico

y por lo tanto, pertenece a lo que se puede denominar «conocimiento extra-lingüístico» o

«conocimiento del mundo». La semántica se debe ocupar de este conocimiento nuclear

de cada palabra, mientras que otro tipo de conocimiento adicional que pueda ser evocado

por el uso concreto y contextual de una palabra pertenece al terreno de la pragmática. El

significado lingüístico de una palabra es así distinto de otros tipos de significados

potencialmente asociados a la misma, como significados contextuales, culturales o

sociales.

Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 48-49

Mais a semántica cognitiva rexeita totalmente esta distinción entre significados, posto

que defende que non é posible establecer unha diferenciación exacta entre semántica e

pragmática, dado que os límites son moi difusos. Para os cognitivistas, cada vez que unha

persoa emprega unha palabra ou unha expresión é necesario recorrer ó coñecemento do

mundo dunha maneira ampla e maleable e non sempre é necesario coñecer todo o

significado lingüístico dun concepto para podelo utilizar. Un exemplo que demostra que

non sempre necesitamos a información do significado lingüístico para poder usar un

concepto é o caso de can, que presenta o significado lingüístico de ‘mamífero carnívoro

doméstico da familia dos cánidos, do que existen múltiples razas de características

diversas e que, pola súa intelixencia e lealdade, é utilizado polo home na caza, para gardar

rabaños, casas ou outras propiedades, así como para moitas outras funcións’ (DRAG,

24

2012: s. v. can), un significado que non necesitamos para saber qué é un can, para utilizar

esta palabra e para entender un enunciado en que se empregue esa palabra.

Deste xeito, a semántica cognitiva defende que podemos comprender un enunciado como

este sen necesidade de coñecer todo o referente a cada un dos coñecementos lingüísticos

que o integran (Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 50). Para a lingüística cognitiva o

coñecemento do mundo estrutúrase, como veremos a continuación, en modelos

cognitivos.

2.1.2.2.3 Corporeización e modelos cognitivos

Johnson (1987) aborda, na súa obra The Body in the Mind, o concepto da corporeización

do significado (embodiment). O autor presenta a hipótese da corporeización coa intención

de resaltar a importancia do corpo humano en relación cos procesos mentais e racionais.

Deste xeito, a interacción corporal que o ser humano ten coa súa contorna é o que provoca

que este cree esquemas e principios cognitivos que serán os que despois formarán parte

do seu sistema mental ou conceptual (Muñoz Tobar, 2010: 94). Estes esquemas de imaxe

ou esquemas corporeizados (embodied schemata) supoñen para Johnson (1987: 19 e 28)

o punto de partida para que o ser humano chegue a comprender a súa experiencia, xa que,

grazas a eles, as persoas crean unha estrutura esquemática comprensible para representar

esa experiencia. Trátase de patróns que se repiten na nosa experiencia sensorial e motora

(Turner, 1996: 17-18). Estes esquemas están corporeizados porque xorden da nosa

experiencia corporal (das nosas interaccións corporais cos elementos cos que

convivimos), pero poden ser empregados tamén para a comprensión de realidades

abstractas a través de proxeccións metafóricas ou figurativas (Johnson, 1987: 65-100). O

esquema de imaxe é, xa que logo, un patrón abstracto da nosa experiencia porque retén

na súa estrutura o máis característico das experiencias particulares vividas polas persoas

(Muñoz Tobar, 2010: 97). Un dos exemplos de esquema de imaxe proposto por Johnson

é o «esquema do camiño» (Johnson, 1987: 114-115) que se estrutura nos tres puntos

básicos que pode presentar un percorrido: orixe, percorrido e chegada/meta. Así, unha

metáfora conceptual20 do tipo PURPOSES ARE PHYSICAL GOALS (OS PROPÓSITOS SON METAS

FÍSICAS) (1987: 117) réxese por este esquema, de maneira que existe un punto de partida

20 Pode verse ó respecto o apartado 2.1.2.2.4 en que analizamos máis detalladamente a teoría conceptual da

metáfora.

25

(o propósito en si), un percorrido (as accións que se realizan para chegar a ese propósito)

e unha meta (a consecución do propósito inicial).

Para Lakoff (1990 [1987]: 68) estes esquemas serían un dos tipos do que el denomina

modelos cognitivos idealizados (Idealized Cognitive Models [ICMs]): «(…) we organize

our knowledge by means of structures called idealized cognitive models, or ICMs, and

(…) category structures and prototype effects are by-products of that organization». Deste

xeito, a función principal dun modelo cognitivo idealizado é a de organizar o noso

coñecemento do mundo. O autor explica que é unha estrutura cognitiva que representa a

realidade dende unha perspectiva concreta, trátase do resultado dun proceso de

idealización da realidade que vivimos (1990 [1987]: 68).

Outros autores, que tamén afondaron nesta cuestión, danlle o nome de dominios

cognitivos (Langacker, 1987), marcos (Fillmore, 1985), esquemas (Talmy, 1983),

escenarios (Schank e Abelson, 1977), modelos mentais (Johnson-Laird, 1980) e espazos

mentais (Fauconnier, 1994). Sexa cal sexa a interpretación exacta que se lles dea, o

denominador común de todos estes termos, tal e como o explica Cifuentes (1994: 42), é

que designan un tipo de coñecemento base (ou mesmo un complexo conceptual) cunha

estrutura interna ben organizada, que serve para caracterizar unha noción ou concepto de

algo. Estes marcos, espazos, dominios etc., serven, basicamente, para representar o noso

coñecemento do mundo dun xeito sinxelo, pois os conceptos sitúanse agrupados ó redor

dunha idea clave, que pode estar relacionada co tempo, a actividade intelectual, a linguaxe

etc. Dise que estes modelos están idealizados por constituíren estruturas tipo, isto é,

abstraccións que xorden da experiencia humana (Geck, 2003: 25).

Segundo afirma Geck (2003: 25-32) estes modelos conceptuais estrutúranse en cinco

tipos básicos: os modelos proposicionais, os modelos que seguen esquemas de imaxes, os

modelos metonímicos, as proxeccións metafóricas e os modelos simbólicos. Deste xeito

o ser humano xulgará a súa experiencia segundo o grao de axuste a un destes modelos

cognitivos idealizados. Seguindo a clasificación que fai Geck, ofreceremos unha breve

descrición de cada un deles:

Os modelos proposicionais: especifican elementos, as súas propiedades e as

relacións existentes entre eles. Un dos exemplos que fornece Geck para este caso

é o do LUME que, como di (2003: 26), «comprendería su PELIGROSIDAD y otros

aspectos» como podería ser, por exemplo, a CALOR.

26

Os modelos de esquemas de imaxes: especifican imaxes esquemáticas que se

relacionan directamente co noso mundo físico, poden ser traxectorias, perfís,

contedores etc. Peña Cervel (2012: 70), seguindo unha definición fornecida por

Johnson (1987: 13), explica estes esquemas como «un patrón dinámico recurrente

de nuestras interacciones perceptuales y nuestros patrones motores que

proporciona una estrutura coherente y significativa a nuestra experiencia física a

un nivel preconceptual». Explica, ademais, que estes modelos cognitivos poden

fornecer o dominio fonte dalgunhas metáforas, como xa sinalamos. Un novo

exemplo disto podemos atopalo nas metáforas orientacionais propostas por

Lakoff e Johnson: «HAPPY IS UP; SAD IS DOWN (FELIZ É ARRIBA; TRISTE É

ABAIXO)> I’m feeling up; He's really low these days» (síntome arriba; el está moi

baixo estes días) (1980: 15).

Os modelos metonímicos: estes modelos representan un dominio por unha parte

dese mesmo dominio. Trátase dun modelo que posúe unha estrutura PARTE-TODO

sobre a que se dá unha proxección de forma que a PARTE substitúe ó TODO. Geck

(2003: 286) propón varias metonimias que encaixan noutras principais, por

exemplo: «LOS SÍNTOMAS FÍSICOS DE UNA EMOCIÓN POR LA EMOCIÓN» como

principio metonímico baixo o que se crean as seguintes metonimias: «SENTIR

VERGÜENZA ES BAJAR LA CABEZA > no tener cara para bajar la vista / SENTIR

VERGÜENZA ES EVITAR EL CONTACTO VISUAL > caerse la cara de vergüenza etc.»

(2003: 287).

Os modelos metafóricos: trátase de proxeccións, que Lakoff e Johnson (1980)

chaman mappings, dun modelo de esquema de imaxes ou proposicional propio

dun dominio sobre a estrutura doutro dominio distinto. Geck (2003: 30) define

este modelo cognitivo metafórico como o conxunto de metáforas coas que

conceptualizamos un determinado dominio ou área do saber e dá exemplos como

o modelo metafórico do CONDUTO (proposto por Michael J. Reddy) no caso da

comunicación, de xeito que entendemos a comunicación como unha actividade

que consiste en meter as nosas ideas dentro das palabras, para entregarllas

posteriormente ó noso interlocutor, que as abre e lles extrae o contido, isto é, as

ideas que introduciramos previamente nelas. Estes modelos derívanse, engaden

Ungerer e Hans-Jörg (1996), da interacción que se dá entre as clases xerais de

obxectos ou seres vivos en que dividimos o mundo cando nos fixamos nel e as

categorías abstractas coas que conceptualizamos a nosa experiencia. Os autores

27

afirman que estas clases xerais funcionan como modelos de orixe, deste xeito o

ser humano pode entender as categorías abstractas en termos de categorías máis

concretas. Mellado Blanco (2013: 41) explica que mediante a análise dos

modelos metafóricos pódese ver como se estrutura e funciona o lexicón mental

das persoas.

Os modelos simbólicos: foron introducidos tardiamente na clasificación inicial

dos modelos que propuxo Lakoff (1987) e defínense como elementos lingüísticos

que se asocian a elementos conceptuais dentro dun modelo cognitivo idealizado

(Geck, 2003: 30). Segundo Geck, os modelos simbólicos aparecen cando os

modelos simplemente conceptuais (e independentes das palabras concretas das

linguas concretas) se relacionan con material lingüístico concreto. Os modelos

simbólicos serían pois modelos cognitivos que se poden detectar na propia

linguaxe. Tal e como exemplifica Geck (2003), seguindo a Lakoff (1987):

La categoría de substantivo comprende «mejores ejemplos» (best examples) o

elementos centrales, que son aquellos que tienen como referente objetos

concretos de nivel básico (personas, lugares, cosas). Estos serían substantivos

prototípicos. Por el contrario, serían elementos radiales de la categoría

«sustantivo» aquellos que designan conceptos abstractos o sustantivos que son

«componentes únicos» de fraseologismos como, por ejemplo, esp. musarañas (en

quedarse mirando las musarañas), fr. fur (en au fur et mesure), al. Fettnäpfchen

(Fettnäpfchen treten).

Geck, 2003:31

2.1.2.2.4 A teoría conceptual da metáfora

Como adiantamos en apartados anteriores, en 1980 Lakoff e Johnson publican Metaphors

We Live By, unha obra fundamental para o estudo da linguaxe figurada; pois a partir da

súa publicación a metáfora comeza a ocupar un lugar central na lingüística cognitiva e,

con isto, na ciencia cognitiva xeral (Geck, 2003: 33). Os autores sosteñen neste libro que

os procesos do pensamento humano son maioritariamente metafóricos e que a metáfora

proporciona coherencia a unha gama de experiencias a través da correlación que existe

entre dous dominios: un normalmente de carácter concreto e outro abstracto (1980: 147).

Lakoff e Johnson deixan claro en Metaphors We Live By que, dado que as categorías do

noso pensamento son en grande medida metafóricas e o noso razoamento cotián leva

consigo implicacións e deducións metafóricas, a racionalidade ordinaria é basicamente

28

imaxinativa pola súa propia natureza (Nubiola, 2000: 81). Deste xeito, os seres humanos

poden comprender mellor determinados conceptos a través dunha «ecuación metafórica»:

«the essence of metaphor is understanding and experiencing one kind of thing in terms of

another» (Lakoff e Johnson,1980: 5).

Con base nestas afirmacións, Lakoff e Johnson (1980), e máis tarde Lakoff e Turner

(1989), desenvolven a teoría conceptual da metáfora,. Esta teoría describe a metáfora

como un fenómeno de pensamento segundo o cal un dominio se presenta

conceptualmente en termos doutro (Lakoff, 1993:202), polo que se reforza a idea de que

as construcións metafóricas non son simplemente figuras literarias senón que tamén son

válidas para procesar a información abstracta mediante conceptos máis concretos e

sinxelos (Cuenca e Hilferty, 1999: 24).

Lakoff e Johnson presentan a metáfora, en Metaphors We Live By, como algo totalmente

novo, que, segundo afirman autores como Nubiola (2000), non volverá a ser o mesmo

dende o momento da publicación do seu libro:

(...) el foco y resultado principal de su investigación viene a ser que “metáfora” es el

nombre que damos a nuestra capacidad de usar los mecanismos motores y perceptivos

corporales como base para construcciones inferenciales abstractas, de forma que la

metáfora es la estructura cognitiva esencial para nuestra comprensión de la realidad. El

lenguaje metafórico sería entonces una consecuencia, un reflejo, de la capacidad de

pensar metaforicamente, que es nuestra manera más común de pensar.

Nubiola, 2000: 83

A teoría da metáfora postula a existencia dunha serie de mecanismos regulares e estables,

que existen na mente do ser humano e que posibilitan a xeración de metáforas conceptuais

(Kekić, 2008: 108), que nacen agrupadas nos modelos ou dominios cognitivos dos que

falabamos anteriormente. O concepto de metáfora conceptual é un elemento clave para a

lingüística cognitiva e defínese como un fenómeno de cognición (de pensamento) no que

unha área semántica ou dominio se presenta conceptualmente en termos doutro. Con

relación a isto, as expresións metafóricas son concibidas na lingüística cognitiva como

manifestacións dunha metáfora conceptual (Lakoff, 1993: 237).

Cando facemos uso dunha metáfora conceptual empregamos o noso coñecemento dun

campo conceptual concreto e que adoita estar próximo á nosa experiencia palpable, para

estruturar outro campo conceptual máis abstracto (Lakoff e Johnson, 1980: 14 e Lakoff,

29

1993: 206). O primeiro dos campos recibe o nome de dominio fonte (ou dominio orixe)

porque é a orixe da estrutura conceptual que importamos da nosa experiencia diaria (unha

realidade ben coñecida por nós), mentres que o segundo campo é o dominio meta ou

dominio destino, porque é o concepto, frecuentemente abstracto, ó que pretendemos

chegar (Kövecses, 2000: 4).

As metáforas conceptuais estrutúranse do seguinte xeito: O DOMINIO META É O DOMINIO

FONTE, de maneira que o verbo ser debe ser entendido como unha abreviatura do

conxunto de experiencias en que se basea a metáfora conceptual e en cuxos termos a

entendemos (Lakoff e Johnson, 1980: 20). Un exemplo podemos velo na metáfora

conceptual que propoñen Lakoff e Johnson ARGUMENT IS WAR (UNHA DISCUSIÓN É UNHA

GUERRA), a través da que se conceptualiza unha discusión en termos dunha guerra.

Segundo os autores, esta metáfora conceptual xera expresións metafóricas como Your

claims are indefensible (as súas afirmacións son indefendibles); He attacked every weak

point in my argument (atacou cada punto débil do meu argumento); I've never won an

argument with him (nunca gañei unha discusión con el) etc.

É importante entender que as metáforas conceptuais se rexen polos principios da

sistematicidade e da unidireccionalidade. Son sistemáticas porque o feito de que

conceptualicemos as discusións como guerras inflúe na forma que adoptan tales

discusións e na maneira en que falamos, é dicir, as expresións metafóricas que

empregamos enlázanse mediante asociacións sistemáticas (un conxunto de proxeccións)

coa metáfora conceptual da que proveñen. Así, ó ser ARGUMENT IS WAR un concepto

metafórico sistemático a linguaxe que usamos para falar arredor dese concepto é tamén

sistemática: attack a position (atacar unha posición), indefensible (indefendible), strategy

(estrategia), new line of attack (nova liña de ataque) etc (Lakoff e Johnson, 1980: 7).

Ademais, as metáforas conceptuais son, tamén, unidireccionais posto que só a estrutura

do dominio fonte se proxecta sobre o dominio meta, pero nunca ó revés. Así, por exemplo,

podemos conceptualizar o tempo como diñeiro mediante a metáfora conceptual que

propoñen os autores TIME IS MONEY (O TEMPO É DIÑEIRO), pero nunca poderiamos

conceptualizar o diñeiro como tempo (*MONEY IS TIME > *O DIÑEIRO É TEMPO).

Outro concepto clave da teoría da metáfora é o de focalización. Segundo explican Lakoff

e Johnson (1980: 10) a mesma sistematicidade que nos permite entender un concepto en

termos doutro (por exemplo entender unha discusión en termos dunha guerra), tamén

oculta outros aspectos do concepto. O feito de permitir que nos enfoquemos nun aspecto

30

concreto dun concepto metafórico (por exemplo aquel que se refire á loita dos que teñen

unha discusión) fai que non focalicemos outros aspectos do concepto que son

inconsistentes con esa metáfora conceptual (por exemplo, os aspectos cooperativos dunha

discusión). Do mesmo xeito, cando conceptualizamos o tempo como diñeiro (O TEMPO É

DIÑEIRO) non resaltamos outros aspectos ou características do tempo, que si son

destacadas noutras conceptualizacións da mesma idea: o TEMPO É UN OBXECTO EN

MOVEMENTO (o tempo voa), O TEMPO É UN RECURSO LIMITADO (non teño tempo para iso),

O TEMPO É UN AXENTE DESTRUTOR (a marca do tempo) e O TEMPO É REVELADOR DA

VERDADE (o tempo dirao) (Lakoff e Johnson, 1980: 8). Xa que logo, este principio de

focalización serve para explicar que distintos dominios fonte poidan desembocar nun

mesmo dominio meta; de xeito que con cada un dos dominios fonte se focaliza un aspecto

particular do dominio meta.

Lakoff e Johnson formulan tres tipos básicos de metáforas conceptuais, todas elas

vinculadas coa experiencia cotiá dos seres humanos:

Metáforas estruturais: son casos en que un concepto dado se estrutura

metaforicamente en termos doutro (Lakoff e Johnson, 1980: 15). Os autores

ofrecen varios exemplos deste tipo de metáfora conceptual, entre eles: LOVE IS A

JOURNEY (O AMOR É UNHA VIAXE), ARGUMENT IS WAR (UNHA DISCUSIÓN É UNHA

GUERRA), TIME IS MONEY (O TEMPO É DIÑEIRO) (1980: 115) etc. Son exemplos de

expresións metafóricas estruturais: mira o lonxe que chegamos xuntos / estamos

nunha encrucillada / esta relación non vai a ningures; sigo defendendo a miña

posición / as súas afirmacións son indefendibles / nunca gañei unha discusión

con el; estou a perder o tempo / non teño tempo para ti / grazas polo seu tempo.

Metáforas orientacionais: son aquelas nas que entra en xogo unha orientación

espacial, de xeito que o ser humano entende (e logo expresa) a realidade en

termos físicos relacionados coa súa experiencia no mundo. Os exemplos de

metáfora conceptual orientacional que propoñen os autores son HAPPY IS UP

(FELIZ É ARRIBA), SAD IS DOWN (TRISTE É ABAIXO) (Lakoff e Johnson, 1980: 15).

Son exemplos de expresións metafóricas orientacionais: isto levantoume o ánimo

e anda moi baixo estes días.

Metáforas ontolóxicas: segundo Lakoff e Johnson este tipo de metáforas

permítennos entender as nosas experiencias en termos de obxectos e substancias

31

uniformes. Explican, ademais, que unha vez identificadas as nosas experiencias

como obxectos ou substancias (en calquera caso algo «material») podemos

referirnos a elas, clasificalas, categorizalas, agrupalas, cuantificalas etc., e así,

razoar sobre elas (1980: 25). Algúns exemplos que achegan son THE MIND IS A

MACHINE (A MENTE/CEREBRO É UNHA MÁQUINA); THE MIND IS A BRITTLE OBJECT

(A MENTE/O CEREBRO/A CABEZA É UN OBXECTO FRAXIL); VISUAL FIELD IS A

CONTAINER (O CAMPO VISUAL É UN CONTEDOR) etc. Son exemplos de expresións

metafóricas ontolóxicas: forxar unha idea21; estar un pouco oxidado; romper a

cabeza pensando unha solución.

En Metaphors We Live By, Lakoff e Johnson analizan fundamentalmente as metáforas

convencionais, isto é, aquelas que xa están lexicalizadas22 na lingua, estruturan o sistema

conceptual ordinario nunha cultura e se reflicten na súa linguaxe cotiá (1980: 139). Ó

contrario do que acontecía na tradición literaria, en que se privilexiaban as metáforas

poéticas ou máis creativas, Lakoff e Johnson céntranse nas metáforas convencionais pois,

explican, o feito de que estean fixadas convencionalmente no léxico dunha lingua non as

fai menos vivas (1980: 55). Este tipo de expresións están tan presentes na lingua que en

moitas ocasións os falantes non somos conscientes do seu carácter figurado, por exemplo:

estasme facendo perder o tempo (1980: 7), é preciso tomar un punto de vista realista

(1980: 64) ou o asunto aínda está no aire (1980: 137). Expresións coma estas son para

os autores o reflexo de conceptos metafóricos sistemáticos que estruturan os nosos

pensamentos e accións. Así e todo, dedican un pequeno apartado do seu libro para tratar,

de maneira máis superficial, as metáforas novas. Estas metáforas novas non forman parte

do noso sistema conceptual convencional, son metáforas imaxinativas, que crean novos

significados (1980: 139) e non están lexicalizadas nunha lingua. Segundo os autores, as

metáforas novas poden chegar a proporcionarnos unha nova comprensión da nosa

experiencia. Poden dar un novo significado á nosa vida pasada, á nosa actividade cotiá e

a todo o que cremos e coñecemos. O único exemplo que achegan de metáfora nova é

LOVE IS A COLLABORATIVE WORK OF ART (O AMOR É UNHA OBRA DE ARTE EN

COLABORACIÓN). Segundo os autores, as implicacións desta metáfora conceptual xorden

das nosas crenzas e experiencias do que significa unha obra de arte en colaboración. As

nosas visións persoais do traballo e da arte dan lugar a estas implicacións na dita metáfora

21 Vid. Álvarez de la Granja (2011). 22 Funcionan como unidades léxicas autónomas dunha lingua.

32

conceptual. Os autores conclúen que as metáforas novas lle dan sentido á nosa experiencia

do mesmo xeito en que o fan as metáforas convencionais: proporcionan unha estrutura

coherente, son sistemáticas e destacan certos aspectos da metáfora conceptual e ocultan

outros. Do mesmo xeito que as metáforas convencionais, non son simplemente unha

cuestión da linguaxe senón un medio de estruturar o noso sistema conceptual, as nosas

actitudes e as nosas accións.

Pero Lakoff e Johnson (1980) non só estudaron a metáfora como elemento estruturador

da nosa experiencia, tamén deron cabida no seu estudo ós procesos metonímicos.

Segundo explican os autores (1980: 36) a metonimia ten unha capacidade referencial

(referímonos a un «algo» a través doutro «algo»), mentres que a metáfora é un xeito de

concibir unha cousa en termos doutra. A diferenza do que sucede na metáfora, na que se

vinculan dominios diferentes, na metonimia establécese unha proxección entre elementos

que pertencen ó mesmo dominio conceptual (Geck, 2003: 63). Algúns exemplos de

metonimias son (Lakoff e Johnson, 1980: 36-39)

A PARTE POLO TODO

Precisamos un par de corpos fortes para o noso equipo > xente forte.

Hai un montón de boas cabezas na universidade > xente intelixente.

Precisamos sangue novo na nosa organización > xente nova.

O PRODUTOR POLO PRODUTO

Comprou un Ford > un coche da marca Ford

Ten un Picasso na súa casa > un cadro pintado por Picasso

Non me gusta ler a Heidegger > os libros que escribe Heidegger

INSTITUCIÓN POLAS PERSOAS RESPONSABLES

O Senado cre que o aborto é ilegal > os senadores

Non aprobo as condicións do goberno > dos membros do goberno

O Exército quere restituír o proxecto > os altos mandos do exército

Etc.

2.1.2.2.5 Principais achegas da teoría da linguaxe figurada convencional con relación

á teoría conceptual da metáfora

A teoría da linguaxe figurada convencional que desenvolven Dobrovols’kij e Piirainen

(2005a) nace para completar a visión da linguaxe figurada que ofrecen Lakoff e Johnson

(1980) na teoría conceptual da metáfora.

33

Tal e como observamos ata agora, a teoría conceptual da metáfora postula a existencia

dunha serie de mecanismos regulares e estables, inherentes ó ser humano, que posibilitan

a creación da linguaxe figurada. Para Lakoff e Johnson a experiencia directa e corporal

do ser humano é a que axuda a comprender, a través da creación de diferentes metáforas

conceptuais (de tipo estrutural, orientacional ou ontolóxico), determinadas realidades de

carácter frecuentemente abstracto. Como explicamos, Lakoff e Johnson céntranse sobre

todo no estudo das metáforas convencionais, pero tamén dedican un pequeno apartado do

seu libro (1980) ó tratamento das metáforas novas. Para os autores tanto as metáforas

novas como as convencionais estrutúranse do mesmo xeito na nosa mente e serven para

entender unha idea en termos doutra baseándonos na nosa experiencia corporal.

Dobrovols’kij e Piirainen (2005a) ven a necesidade de desenvolver unha nova teoría que

complete, dalgún xeito, algúns aspectos que quedan sen tratar na teoría conceptual da

metáfora: aqueles que teñen que ver co compoñente cultural das linguas. Os autores

explican que as metáforas conceptuais ou modelos metafóricos da lingüística cognitiva

baséanse principalmente en condicións universais, na habilidade humana de xerar e

conceptualizar o mundo en termos da experiencia directa (ante todo da experiencia

corporal) e recoñecen que tales condicións son en boa medida independentes de cada

cultura particular, posto que non están arraigadas en códigos semióticos que se

conformaran ó longo do desenvolvemento cultural dunha sociedade concreta. Establecen

como exemplo as metáforas conceptuais «DESDICHA ES ABAJO» e «LAS DIFICULTADES SON

TRABAS PARA EL MOVIMIENTO» (Dobrovols’kij e Piirainen, 2000: 31).

Dobrovols’kij e Piirainen defenden que hai moitos fenómenos que non poden ser

interpretados a través do coñecemento do mundo que nos proporciona a experiencia

corporal posto que están determinados pola cultura de cada lugar. A cultura, segundo din,

é o coñecemento compartido sobre diferentes códigos semióticos, sobre proxeccións

convencionalizadas do mundo e non sobre o mundo directamente (2000: 31-32). Poñen

de exemplo as culturas europeas actuais nas que a serpe está asociada á falsidade, á

malicia e á crueldade. Con respecto a isto, sinalan que noutras culturas (como as do antigo

mundo grego ou certas culturas de Extremo Oriente) a serpe é considerada un ser sagrado.

A asociación da serpe con conceptos coma o da falsidade ou, pola contra, con outros coma

a boa sorte, non se basea no coñecemento do mundo (referido ás características zoolóxicas

deste animal), senón en tradicións culturais diferentes, que se fundamentan, á súa vez,

34

nun coñecemento cultural diferenciado. A interpretación procederá, xa que logo, do

coñecemento duns valores culturais asociados coa serpe.

A teoría da linguaxe figurada convencional que desenvolven Dobrovols’kij e Piirainen

está deseñada para detectar as implicacións culturais que están detrás das expresións

figuradas convencionais e a importancia que ten a cultura de cada sociedade para o

procesamento conceptual das realidades abstractas (2005b: 21). Dobrovols’kij e Piirainen

explican que as expresións figuradas convencionais teñen unha función diferente e un

valor cognitivo e comunicativo tamén diferente con respecto ás expresións novas. O único

elemento que teñen en común estes dous tipos de expresións, segundo explican os autores,

é a súa orixe, posto que empregan frecuentemente os mesmos modelos metafóricos, pero

o seu valor na comprensión dunha situación é moi diferente (2005b: 29). As metáforas

lexicalizadas son, para Dobrovols’kij e Piirainen, as que agochan o coñecemento cultural

dunha lingua. Os autores distinguen cinco tipos de aspectos culturais que subxacen ás

expresións figuradas convencionais e que adoitan estar conectados entre si (2005a: 214):

­ O coñecemento da interacción social dentro dunha comunidade dada, o que inclúe

todos os aspectos das experiencias e comportamentos sociais.

­ As imaxes pertencentes a unha cultura, isto é, aspectos que teñen que ver coa

cultura material de cada lugar, tanto os aparellos como outros elementos do

ambiente material.

­ A «dependencia textual» dunha cultura. Isto é, a relación cultural que se dá con

certos textos que poden ser identificados coas súas fontes, normalmente citas ou

alusións.

­ Dominios conceptuais ficticios: crenzas, lendas, concepcións pre-científicas do

mundo, supersticións, aspectos relixiosos etc.

­ Símbolos culturais. Nas expresións que conteñen un símbolo, o coñecemento

cultural relevante atinxe a un único constituínte da expresión e non á expresión

figurada no seu conxunto.

Un punto importante desta teoría é a idea de que existe unha estrutura conceptual

específica subxacente ó significado dunha expresión figurada convencional, que os

autores chaman «compoñente da imaxe» (image component). Esta estrutura conceptual

que resulta da interacción entre o significado literal e o significado «real» da expresión,

é un elemento esencial do contido dunha expresión figurada (Dobrovols’kij e Piirainen,

2005b: 26).

35

By image component we understand a specific conceptual structure mediating between

the lexical structure and the actual meaning of figurative units. Hence, the content plane

of a figurative unit not only consists of a pure «meaning», i.e. actual sense denoting an

entity in the world, but also includes traces of the literal reading underlying the actual

meaning This distinguishes figurative units from non-figurative ones. Figurative units

possess a second conceptual level at which they are associated with the sense denoted by

their literal form.

Dobrovols’kij e Piirainen, 2005a: 14

A cultura parece ser, xa que logo, un aspecto fundamental para ter en conta na

interpretación que facemos da realidade a través da linguaxe figurada. Dobrovol’skij e

Piirainen defenden, como acabamos de comprobar, a necesidade de implicar o

compoñente cultural na teoría da metáfora, que xa fora sinalada, por outra parte, na

semántica cognitiva anos antes por Lakoff e Turner (1989: 66).

Nun primeiro achegamento a estas dúas formas de concibir a linguaxe figurada, pode

parecer que Lakoff e Johnson e Dobrovols´kij e Piirainen teñan posturas enfrontadas con

respecto á mesma materia. A universalidade dos mecanismos cognitivos da metáfora dos

primeiros parece colidir cos aspectos específicos de cada cultura que perciben nela os

segundos (Kekic, 2008: 109). Porén o feito de que existan unha serie de mecanismos

universais e sistemáticos que sirvan para conceptualizar certas realidades da nosa vida

diaria non impide que incluamos, tamén, unha serie de códigos convencionalizados e

específicos da cultura de cada lugar. De acordo con esta premisa, basearemos a nosa

análise das expresións figuradas galegas construídas con referentes animais no principio

de universalidade dos mecanismos cognitivos que desenvolveron Lakoff e Johnson, pero

tamén nos códigos semióticos propios da nosa cultura que propoñen Dobrovols’kij e

Piirainen.

2.1.3 Remate

Despois de describir as principais vertentes de investigación da lingüística cognitiva

comprobamos que, para o tema que nos ocupa neste traballo de investigación, un dos

conceptos básicos que debemos ter en conta é o de conceptualización. Lakoff (1990

[1987]: 280-281) describe esta capacidade como a competencia da que dispoñemos os

seres humanos para crear estruturas simbólicas que se relacionan con outras estruturas

preconceptuais da vida cotiá, dos acontecementos vinculados coa nosa experiencia física

36

e que finalmente se ve reflectida na linguaxe. Ademais, somos capaces de proxectar

metaforicamente as estruturas dun dominio físico a outro máis abstracto e os procesos

metafóricos establécense como operacións cognitivas que nos permiten chegar á

comprensión deste último dominio (Warren, 2002: 113). Por iso, a experiencia que

adquiren os seres humanos cos elementos que forman parte da súa realidade palpable

xoga un papel fundamental na conceptualización desta:

The idea of conceptualizing capacity is central to the experientialist enterprise. Such a

capacity would take preconceptual structures of experience as input and use them to

motivate concepts that accord with those preconceptual structures. Such a capacity would

explain (a) how we acquire our concepts, (b) how concepts are linked to preconceptual

structures, (c) why concepts have the peculiar properties they have, and (d) how we can

understand our present concepts and how we can come to understand even very different

conceptual systems.

Lakoff, 1990 [1987]: 303

Interésanos, xa que logo, o elemento corpóreo do que fala a lingüística cognitiva no

proceso de conceptualización, pois entende que o pensamento humano ten unha base

tanxible isto é, baséase na experiencia corporal que viven as persoas. En palabras de Croft

(1990: 164): «the structure of language reflects in some way the structure of experience,

that is to say, the structure of the world, including (in most functionalists view) the

perspective imposed on the world by the speaker».

A adopción dun enfoque experiencialista para estudar os fenómenos que implican a

linguaxe figurada axuda a procesalos e a comprendelos mellor (Gibbs, 1994). Kövecses

(2005: 18) entende que existe unha correlación moi clara entre a experiencia corporal

humana e a conceptualización metafórica; el emprega a metáfora conceptual MORE IS UP

(MÁIS É ARRIBA), formulada anos atrás por Lakoff e Johnson (1980) para exemplificar o

dito, e sinala:

That metaphor is in thought, and not just in language, is a major claim of the cognitive

linguistic view of metaphor. According to this view, the conceptual system (including

conceptual metaphors) is based on the body and the brain. With respect to metaphor, the

key suggestion is that abstract thought is based on correlations in bodily experience that

result in well-established neuronal connections in the brain.

Kövecses, 2005: 26

37

Lakoff (1990 [1987]: 377) explica que os aspectos relacionados coas emocións constitúen

un bo exemplo de conceptos que resultan abstractos para o ser humano e, porén, teñen

unha base obvia na nosa experiencia corporal. Fala, por exemplo, como xa fixera anos

atrás xunto con Johnson (Lakoff e Johnson, 1980), do sentimento da ira, que o ser humano

entende frecuentemente como algo físico a través da premisa «emotional effects are

understood as physical effects» (Lakoff, 1990 [1987]: 388-391), mediante a que

concibimos a ira, por exemplo, como lume : That kindled my ire > iso acendeu a miña

ira / He was consumed by his anger > foi consumido pola súa ira (Lakoff, 1990 [1987]:

391). O feito de que o ser humano sexa quen de comparar eventos e apreciar os contrastes

e as discrepancias entre eles revélase fundamental para o proceso cognitivo e a

estruturación da súa experiencia (Langacker, 1987: 101).

Partimos, pois, neste traballo, da premisa de que o sistema conceptual humano se basea

en boa medida en relacións metafóricas. Consideramos que a experiencia é un aspecto

clave para a creación de expresións figuradas, pois ningunha expresión figurada se pode

entender adecuadamente independentemente do seu fundamento na experiencia (Lakoff

e Johnson, 1980: 19). As persoas conceptualizan ideas con base nesas experiencias da

vida cotiá, crean esquemas de imaxes que son básicos para a construción posterior de

expresións figuradas (Kövecses et al., 2002: 145). Así e todo, seguimos tamén as ideas

da teoría da linguaxe figurada convencional propostas por Dobrovols’kij e Piirainen

(2005) naquelas expresións figuradas que non se basean (ou non só se basean) no

coñecemento do mundo que proporciona a experiencia corporal humana, senón que veñen

determinadas por aspectos propios da nosa cultura.

Na seguinte sección centrarémonos con máis detalle na funcionalidade que ten a linguaxe

figurada para o ser humano, algo que xa foi parcialmente esbozado nas páxinas

precedentes.

2.2 A funcionalidade da linguaxe figurada

Para explicar a funcionalidade da linguaxe figurada tomamos como punto de partida a

teoría conceptual da metáfora desenvolvida por Lakoff e Johnson (1980). Como dixemos,

estes autores defendían que os procesos do pensamento humano son maioritariamente

38

metafóricos e que a metáfora é a encargada de proporcionarlles coherencia ás

experiencias que viven os seres humanos23.

Con respecto a esta maneira de entender o pensamento humano clasificado en imaxes, a

semántica cognitiva, tal e como puidemos comprobar, entende que a linguaxe metafórica

que empregamos se corresponde con representacións mentais que realizamos a partir da

nosa experiencia corporal, e que Lakoff (1990 [1987]) considera un tipo de modelo

cognitivo idealizado. Lakoff e Turner (1989), que estudaron o funcionamento do

pensamento metafórico, describírono como unha ferramenta que os seres humanos

empregamos para comprender o mundo en que vivimos. Consideran a metáfora como un

instrumento omnipresente na mente humana, que impregna os nosos pensamentos e que

mesmo resulta ser unha parte fundamental destes, das nosas accións e da nosa linguaxe

cotiá.

Ortega y Gasset (2001 [1924]: en liña) defendía, antes de que o fixeran os lingüistas

cognitivos, que a linguaxe metafórica constitúe un instrumento mental imprescindible,

concretamente na linguaxe científica. O autor explicaba que se trata dun procedemento

intelectual mediante o que conseguimos aprehender o que está máis lonxe da nosa

potencia conceptual, como un suplemento ó noso «brazo intelectivo», unha cana de pescar

que nos axuda a atrapar conceptos. Deste xeito, di, a través do máis próximo e o que

mellor dominamos, podemos acadar contacto mental co máis remoto.

Así, os seres humanos facemos uso da linguaxe figurada para expresar, e ante todo

comprender, determinadas realidades que son para nós opacas, novas ou que representan

algún tipo de tabú nunha sociedade concreta.

Chamizo Dominguez (1998: 60) explica que unha metáfora nace debido á necesidade

comunicativa de quen cre que ten algo novo que dicir e que compartir coa sociedade, xa

sexa porque esa realidade é verdadeiramente nova ou porque existe unha forma inédita

de vela. O autor destaca que este feito leva consigo o descubrimento dunha verdade sobre

«o que as cousas son verdadeiramente» ou, polo menos, o que as cousas son para o

falante; un tema que xa tratara anos atrás Max Black24. A linguaxe metafórica resulta,

pois, especialmente útil para facilitar a comprensión e a asimilación de novos discursos

23 Esta idea fora defendida xa na década dos 70 por Coseriu (1977: 80), aínda que no seo da corrente

estruturalista. O autor afirmaba que o coñecemento lingüístico é, en grande medida, un coñecemento

metafórico; un coñecemento que vén dado mediante imaxes a través das que o ser humano intenta clasificar

a realidade. Isto é o que Coseriu chamou, nun sentido amplo, «metáfora» (1977: 81). 24 Vid. Black 1966 e 1954-1955.

39

(Ortega y Gasset, 2001 [1924]: en liña) e a súa incorporación ós modelos cognitivos que

rexen unha comunidade de falantes concreta (Fernández Ferreiro, 2007: 3660). Deste

xeito, exteriorizamos e facemos palpables os nosos pensamentos mediante o uso de

expresións figuradas para reflectir unha realidade nova, por exemplo, no ámbito da

informática. O espazo informático, como unha nova realidade que se deu a coñecer no

século XX, acolle innumerables metáforas conceptuais coas súas correspondentes

expresións figuradas que lle permitiron ó ser humano comprendela e expresala. Unha

metáfora conceptual estendida neste ámbito é A INTERNET É UN OCÉANO. A través dela

podemos concibir a web como un océano ou mar de información en que os usuarios ou

internautas (navegantes) consultan a información nela (navegan) seguindo diferentes

ligazóns ou vínculos (rutas); e mesmo poden atopar algún hacker informático ou intruso

informático (pirata) que frustre o seu propósito e provoque un problema (Sal Paz, 2009:

en liña). Isto levaríanos a outra metáfora conceptual no eido da Internet: OS PROBLEMAS

INFORMÁTICOS SON ENFERMIDADES. A través dela entendemos que un atranco informático

é unha enfermidade (virus) que require de determinados coidados (poñer en corentena),

pero tamén prevencións (antivirus) (Pérez i Brufau, 2007: en liña).

A linguaxe figurada funciona, ademais , como un vehículo de comprensión das realidades

máis afastadas ó entendemento humano a partir doutras máis concretas, próximas e

coñecidas (Ullmann, 1965: 243). Ortega y Gasset (2001 [1924]: en liña) refírese a elas

como «realidades escorregadizas» que escapan ás nosas tenaces intelectuais. Estas

realidades que chamamos afastadas ou escorregadizas adoitan ser de natureza abstracta,

polo que un bo exemplo delas son as emocións, os sentimentos e outros procesos mentais

de carácter intelectual asociados coa linguaxe científica. Os esquemas corporeizados

(embodied schemata), estruturas esquemáticas tiradas da nosa experiencia corporal,

propostos por Johnson (1987) e dos que falamos no apartado 2.1.2.2.3, funcionan como

un vehículo para que o ser humano comprenda e exprese estas realidades abstractas. Así,

as persoas proxectamos os movementos, accións e interaccións do noso corpo coa

realidade do plano físico ó plano mental. Chamizo Dominguez (1998: 118) sinala a

importancia destes esquemas corporais no proceso de conceptualización da realidade e

basea a súa explicación no feito de que quizais o ser humano non teña outra maneira de

coñecer o abstracto se non é apoiándose en coñecementos máis concretos, pois a

racionalidade dos seres humanos parece ser indisociable da súa corporalidade. A isto

mesmo fai referencia Ortega y Gasset (2001 [1924]: en liña) cando explica que non todos

40

os obxectos son igualmente aptos para que as persoas os pensemos, para que teñamos

deles unha idea de perfil ben definido e claro, senón que, di, o noso espírito tenderá a

apoiarse en obxectos fáciles e accesibles para poder pensar os difíciles e esquivos.

Ademais engade: «el espíritu, psique o como quiera llamarse al conjunto de los

fenómenos de conciencia, se da siempre fundido con el cuerpo y al querer pensarlo aparte

se ha tendido siempre a corporizarlo» (Ortega y Gasset, 2001 [1924]: en liña).

Chamizo Dominguez (1992) estuda algúns tipos de metáforas a través das que o ser

humano conceptualiza o proceso mental do coñecemento ou comprensión segundo os

esquemas metafóricos básicos da visión, a audición, o tacto e, en menor medida, o gusto

e o olfacto. Algúns dos exemplos que dá son COÑECER É VER (no veo lo que quieres decir

porque tu argumento es oscuro / mi perspectiva me ofrece un punto de vista adecuado

para clarificar una tesis tan opaca) (1992: 847); COÑECER É TOCAR (no he cogido tu

argumento / estoy sopesando las ideas que leí ayer en un artículo) (1992: 848); COÑECER

É GUSTAR/SABOREAR (no me saben bien tus ideas / me han sido de mucho provecho las

ideas que degusté ayer en la conferencia) (1992: 849); COÑECER É OÍR (esas ideas son

inauditas / sus creencias me suenan a música celestial) e COÑECER É ULIR (me huelen mal

esas ideas / este ambiente intelectual es irrespirable) (1992: 849). Este tipo de esquemas

e as posteriores expresións figuradas que se crean a partir deles, funcionan perfectamente,

explica o autor (1992: 844), polo feito de que se basean nos sentidos principais que

emprega o ser humano para relacionarse co mundo exterior.

Por outra banda, son frecuentes, tamén, as metáforas e outros recursos figurativos en

ámbitos de interdición lingüística (Coseriu, 1977: 90), isto é, naqueles casos en que se

vedan palabras nunha lingua porque as realidades que describen son consideradas tabú.

Montero (1981) ofrece varios exemplos en galego: a morte (pasar a mellor vida) (1981:

124), a tolemia (varrérselle o sentido [a alguén]) (1981: 169), o embarazo (estar en

estado) (1981: 209), ser fillo dunha muller solteira (fillo de tras do valado) (1981: 215),

ser vello (entrado en anos) (1981: 249) etc. Estas realidades adoitan estar relacionadas

con supersticións e crenzas, pero tamén con outras razóns de índole emotiva e social como

a cortesía, as boas maneiras, a decencia ou a amabilidade, de xeito que se evitan

expresións ou palabras que poden ser consideradas demasiado crúas, descorteses ou

indecentes (Coseriu, 1977: 90-91).

O tabú é un fenómeno vinculado co plano sociolingüístico das expresións metafóricas e

pode ser documentado en calquera sociedade e en calquera época, aínda que os obxectos

41

ou realidades consideradas tabú poidan cambiar (Mokienko, 2000: 337). Dado que os

obxectos tabú existen en calquera grupo humano, tamén existen mecanismos para

denominalos en calquera lingua (Allan e Burridge, 1991: 6). Estes mecanismos ou usos

figurativos para denominar o tabú adoitan ser eufemismos (atenuación de palabras tabú

ou malsoantes) e, tamén, disfemismos (substitución da denominación dalgún obxecto,

que no seu contexto dado é natural, por outro máis vulgar, familiar ou mesmo malsoante),

que poden ser tratados como hipónimos da metáfora25. Chamizo Domínguez (2008: 35)

pon como exemplo o eufemismo castelán pasar a mejor vida26 para a realidade conceptual

de ‘morrer’, que ten algúns disfemismos correspondentes: estirar la pata ou estar criando

malvas. Estes, como disfemismos que son, non se poderían empregar en todos os

contextos posto que teñen a característica de ser malsoantes.

Coseriu (1977: 90) referiuse ó tabú lingüístico como un fenómeno que se debe,

esencialmente, á crenza en certa maxia das palabras, a certa identificación entre o nome

e a cousa nomeada. Deste xeito, considérase que nomear unha cousa coa palabra que lle

corresponde propiamente pode resultar perigoso, porque o simple feito de nomeala pode

traer consigo a cousa mesma (Coseriu,1977: 91), que non adoita ser beneficiosa para o

ser humano27. O autor enumera os «denotata» que están máis suxeitos ó tabú lingüístico

(a partir do traballo desenvolvido por W. Havers28): os animais (oso, lobo, serpe, raposo,

rato, sapo, cervo, lebre, donicela, abella), certas partes do corpo como a man, e

particularmente a man esquerda; certos fenómenos coma o lume; o sol e a lúa, as

enfermidades e os defectos físicos, a morte, os deuses e os demos.

De acordo co que acabamos de ver, a linguaxe figurada é quen de suplir a insuficiencia

expresiva da lingua literal, porque esta non dispón, en moitos casos, de termos adecuados

para poder expresar certos conceptos ou para conseguir determinados obxectivos de

índole emotiva e social29. Xa Coseriu (1977: 75) nos anos 70 reparou na creación

25 Allan e Burridge (1991: 11-26) explican que o eufemismo funciona como unha alternativa a unha

expresión non desexada pola sociedade, coa finalidade de evitar certas connotacións negativas; e o

disfemismo nace tendo como referente o propio eufemismo, pero co paso do tempo o seu significado xa

non resulta ambiguo e ten a súa referencia directa no obxecto tabú. 26 En Mokienko (2000: 337) podemos ver tamén algunhas combinacións eufemísticas co significado común

‘morrer’: terminar a vida / terminar o seu século / terminar os seus días / a vida apagouse etc. Pola súa

parte Coseriu (1977: 93) explica que se adoitan empregar expresións como finou ou foi con Deus cando se

trata dun ser achegado, mentres que se se trata de persoas máis afastadas pódense usar outro tipo de

expresións. 27 Véxase, como exemplo, o caso coñecido de mustela > donicela (Coseriu, 1977: 93). 28 Havers, V. (1946): Nevere Literatur zum Sprachtabu. Viena: Academia das Ciencias de Viena. 29 O problema da pobreza da lingua e a necesidade de expresarse que teñen os seres humanos a través da

«lingua poética» xa fora tratado por Giambattista Vico (1744).

42

constante da linguaxe, e explicouna a través do argumento de que a lingua literal non é

suficiente para que o ser humano se exprese en cada caso particular, pois, di, as nosas

intuicións (o contido cognoscitivo ó que temos que dar forma de linguaxe) non son nunca

idénticas a outras anteriores, senón que van mudando e os seres humanos sentimos a

necesidade de expresalas. Por iso, a linguaxe metafórica se presenta, tamén, como un

mecanismo para ampliar o lexicón dunha lingua, un procedemento lingüístico xeral que

se dá en todas as linguas naturais, de xeito que se crean denominacións novas (que ás

veces coexisten bastante tempo coas antigas) e conforman un modelo de comprensión

para o concepto que designan (vid. Max Black, 1962; Le Guern, 1980; Dirven, 1985;

Warren, 2002, entre outros).

Le Guern (1980: 77-82) explica que cando os seres humanos queren designar unha

realidade para a que non existe unha voz precisa, vense obrigados a empregar a linguaxe

figurada, polo que entende a metáfora como consecuencia da pobreza dos medios da

linguaxe literal. Mediante a creación deste tipo de expresións podemos manifestar ideas

que, en principio, resultarían máis difíciles de expresar utilizando unha linguaxe literal.

Trátase dun medio compacto de información que permite expresar unha idea facilmente

e con poucas palabras, pero dándolle unha maior expresividade e enriquecemento ó noso

discurso (Gibbs, 1994: 124-125). Un exemplo da función denominativa que ten a linguaxe

metafórica en ausencia dun termo apropiado na lingua literal podemos atopala na

expresión «ollo de boi» que designa un tipo de ventá redonda, a través da analoxía

evidente que establece o ser humano entre a forma da ventá e o ollo do animal; noutros

casos a linguaxe metafórica funciona como un recurso de economía lingüística, por

exemplo «cola» que substitúe a «fila de espera», unha perífrase que pode resultar

demasiado longa (Le Guern, 1980: 78).

A linguaxe metafórica permite, pois, nomear realidades para as que a lingua,

simplemente, non subministra a voz axeitada, xa sexa porque a realidade é abstracta, nova

ou supón algún tipo de tabú social. Le Guern (1980: 82) explica a este respecto que a

creación destas metáforas, unida ó proceso de lexicalización, é un medio importante de

enriquecemento do vocabulario dunha lingua. Pero cómpre non esquecer o feito de que

mediante a linguaxe figurada non só designamos conceptos senón que tamén imaxinamos

o mundo30 Coseriu (1977: 95) refírese exactamente a isto cando di: «Estas y otras razones

30 Vid.Luque Nadal, 2012: 15 .

43

facilitan, indudablemente, la difusión de la creación metafórica, pero, como ya se ha

señalado, de ninguna manera pueden explicar la creación misma, que es actividad libre

de la fantasía».

2.3 A motivación das expresións figuradas

A motivación dunha expresión figurada é o proceso de unión da nosa experiencia cotiá

coa realidade abstracta, nova ou tabú que queremos expresar a través dela, un enlace

existente entre o significado literal e o significado figurado (Luque Nadal, 2012: 10). É o

interruptor que fai de ponte entre o dominio fonte e o dominio meta, o elemento que dá

sentido ó paso do primeiro dominio ó segundo. Dende o punto de vista da teoría

conceptual da metáfora, a motivación é o nexo conceptual que se dá entre a imaxe que se

esconde detrás do significado literal e o significado figurado (Lakoff, 1990 [1987]: 346).

Dentro do marco da teoría da linguaxe figurada convencional, Dobrovol’skij e Piirainen

(2005a: 355) definen a motivación como unha «historia» asociada ás expresións

figuradas, unha ponte conceptual que se establece entre a imaxe real e a figurada. Todas

estas definicións concordan na idea dun nexo, unha ponte, un interruptor etc. existente

entre o significado literal e o significado figurado, mais no paso dun tipo de significado a

outro existe unha escala semántica que vai determinar o grao de opacidade ou de

transparencia dunha expresión figurada.

Existen diferentes grados de motivación das expresións figuradas, diferentes estadios de

percepción da vinculación existente entre o significado literal da expresión e o significado

figurado que transmite (Álvarez de la Granja, 2008: 7). Deste xeito, de acordo co tipo de

información que motive unha expresión figurada concreta o seu significado poderá ser

opaco para certas persoas ou transparente. Dobrovol’skij e Piirainen (2005a: 87 e 2010:

75-80) establecen dous tipos principais de motivación semántica das expresións

figuradas:

Motivación metafórica (ou icónica) (metaphoric / iconic motivation): é un tipo de

motivación que vén dado a través dunha relación de semellanza ou contigüidade

entre o lado literal e o figurado. Dáse a través dos coñecementos que o ser humano

adquire do mundo no que vive mediante a percepción e a experiencia directa coa

realidade. As expresións figuradas con este tipo de motivación experiencial son

as máis transparentes para o falante. Un dos exemplos que empregan os autores

(2005: 335-336) para mostrar este tipo de motivación é one must howl with the

44

wolves (*‘hai que ouvear coma os lobos’, que en galego corresponde a na terra

dos lobos hai que ouvear coma eles). Neste caso o referente escollido para a

creación da expresión figurada é unha característica do animal percibida polas

persoas a través da experiencia, o ouveo do animal e a súa organización en grupos.

A través desta imaxe literal as persoas expresamos unha situación abstracta: o

proceso de adaptación dunha persoa a un lugar novo, ou simplemente

descoñecido, no que non sabe como actuar. Este refrán figurado aconsella actuar

como as demais persoas para lograr unha boa adaptación, do mesmo xeito que os

lobos ouvean todos ó mesmo tempo.

Motivación simbólica (symbol-based motivation): trátase dunha motivación

baseada en símbolos do coñecemento cultural de cada comunidade, que vén dado

a través de crenzas colectivas e da propia aprendizaxe do ser humano. As

expresións figuradas motivadas simbolicamente adoitan ser semanticamente máis

opacas, en comparación coas anteriores, para un falante alleo á cultura na que se

crea a expresión figurada. Esta opacidade pode ser gradual dependendo do

coñecemento cultural do que dispoña cada falante. Un exemplo de expresión con

motivación simbólica sería a wolf in sheep's clothing31 (* ‘lobo con pel de

carneiro’; que en galego corresponde a lobo con pelica de carneiro/ovella).

Dobrovol’skij e Piirainen (2005a: 337) explican que esta expresión está

directamente conectada cun código cultural, en que se contrastan os símbolos da

‘maldade’ (lobo) e da ‘bondade’ (carneiro) respectivamente. Tales funcións

simbólicas do lobo ancóranse en diversos códigos culturais e adoitan ser

representadas en contos populares e fábulas (Dobrovol’skij e Piirainen, 2010: 78-

79).

A estas dúas motivacións, segundo explican os autores, debe sumárselle un terceiro tipo,

que non é exactamente semántico, a motivación intertextual (ou intertextualidade como

factor de motivación). Trátase dun factor que tamén ten a súa importancia para a base

cultural das expresións figuradas. Dobrovol’skij e Piirainen (2010) entenden a

intertextualidade como a relación que existe entre unha unidade figurada e un texto cunha

31 Guerra (2011: 465) explica que esta expresión provén da Biblia e é unha referencia ós ladróns que se

escondían baixo as pelicas dos carneiros para así poder atacar os rabaños. A metáfora servía, di, para alertar

os cristiáns acerca dos malos profetas. Intervén tamén aquí, xa que logo, a motivación intertextual (que

veremos a continuación), mais como explican Dobrovol’skij e Piirainen (2005a: 337) o lobo e a ovella

funcionan como símbolos da maldade e da bondade respectivamente en moitas culturas e en moitas outras

expresións, polo que habería que interpretalo como unha motivación simbólica en primeira instancia.

45

fonte claramente identificable. Os autores afirman que existe un grande número de

expresións figuradas que se remontan a un texto preexistente e que adoita ser, ademais,

facilmente identificable: a Biblia, as obras de Shakespeare ou a literatura clásica. Poñen

o exemplo de «a/the Trojan horse» (cabalo de Troia) para expresar o engano por parte

dunha persoa ou facer referencia a un perigo oculto nalgún obxecto (2010: 79). O texto

co que se identifica esta expresión é a Odisea de Homero (s. VIII a. C.)32, en que se conta

que os gregos introduciron un grande cabalo de madeira na cidade fortificada de Troia a

xeito de agasallo. Pola noite saíron do cabalo centos de soldados e masacraron a cidade,

o que lles permitiu gañar a batalla de Troia. En galego rexistramos, tamén, a expresión

cabalo de Troia co significado de ‘recurso enganoso co que se pretende conseguir algo

de maneira indirecta’33.

Así e todo, Piirainen (2012: 50) explica que varios tipos de motivación poden estar

presentes ó mesmo tempo nunha expresión figurada. A autora pon o exemplo de to be in

seventh heaven (estar no sétimo ceo) que presenta o significado figurado de ‘estar

extremadamente feliz por causa dun feito bo sucedido recentemente’. Nesta expresión

figurada únense varios tipos de motivación: está motivada metaforicamente a través da

metáfora conceptual FELIZ É ARRIBA; ten unha motivación simbólica no emprego do

número sete que intensifica o número de ceos (un enriba de outro) e, polo tanto, intensifica

tamén o significado da felicidade; por último, a motivación intertextual vén dada polos

textos relixiosos que identifican o ceo coa morada de Deus e, polo tanto, como un lugar

bo (Piirainen, 2012: 50-51).

Con relación á linguaxe figurada motivada metafórica ou iconicamente, Kövecses (2005:

10) aborda o tema da universalidade metafórica entre culturas. O autor argumenta, dende

a perspectiva da teoría da metáfora de Lakoff e Johnson (1980), que as metáforas

universais son aquelas que se relacionan directamente coa experiencia corporal humana,

as experiencias diarias, palpables, que rematan dando lugar ó que el chama cultura

sensitiva. Esta cultura sensitiva sería a que acollería, segundo explica Kövecses (2000:

161-162), os tipos de metáforas conceptuais que se retratan na teoría conceptual da

metáfora. Por exemplo: A IRA É UN FLUÍDO QUENTE DENTRO DUN RECIPIENTE, a través da

que se conceptualiza o estado irado das persoas en varios idiomas e culturas diferentes

32 Nesta obra faise referencia ó cabalo de Troia, aínda que de xeito breve. Máis tarde chegaron outros textos,

entre os que destaca a Eneida de Virgilio (s. I a. C.) en que se ofrecen relatos máis amplos sobre o

acontecemento. 33 López Taboada e Soto Arias (2008): s. v. cabalo.

46

mediante expresións figuradas como fasme ferver o sangue (You make my blood boil)

(Kövecses, 1990: 53). O autor explica que esta similitude entre culturas na

conceptualización da ira é atribuíble, con toda probabilidade, ás similitudes no corpo

humano e ó seu funcionamento, á súa resposta, nun estado irado. A corporeización parece

ser, xa que logo, un compoñente clave para unha conceptualización intercultural similar

dun mesmo dominio. Así pois, para este caso concreto da ira, Kövecses (2000: 161-162)

cre que a coincidencia na conceptualización desta realidade entre linguas se debe ó

resultado da bioloxía humana compartida, máis ca a unha simple coincidencia ou a que

fose transmitida dunha cultura ás demais34. Outros exemplos de metáforas conceptuais

que o autor considera universais e que se caracterizan por compartir unha cultura sensitiva

común serían LIVE IS A JOURNEY (‘A VIDA É UNHA VIAXE’) ou DESIRE IS HEAT (‘O DESEXO

É CALOR’), entre outros (Kövecses, 2005: 11-12).

A universalidade metafórica é un aspecto que debemos ter en conta na análise das

expresións figuradas que estudaremos neste traballo, pero tamén o son os códigos

convencionalizados e específicos da nosa cultura. Deste xeito, e posto que o obxectivo

principal do noso traballo é coñecer a valoración que fan os galegos dos animais a través

das expresións figuradas galegas que empregan, interésanos afondar nos aspectos da

linguaxe figurada propios de cada cultura. En primeiro lugar, abordaremos o concepto de

cultura a través da definición que ofrecen dela Teliya et al. (1998):

By culture, we understand the ability of members of a speech community to orientate

themselves with respect to social, moral, political, and so on values in their empirical and

mental experience. Cultural categories (such as Time and Space, Good and Evil, etc.) are

conceptualized in the subconscious knowledge of standards, stereotypes, mythologies,

rituals, general habits, and other cultural patterns.

Teliya et al., 1998: 57

Para o desenvolvemento e consolidación dunha cultura determinada é importante que

todos os individuos que pertenzan a ela compartan uns valores sociais e morais. Estes

valores compartidos serven para conceptualizar a realidade dun mesmo xeito nunha

34 O autor explica, a través dun estudo contrastivo entre a linguaxe figurada do inglés, o chinés, o xaponés

e o húngaro, que existen enlaces sistemáticos entre culturas que poden levar a modelos culturais

conceptualizados a través dun mesmo esquema mental. Trátase de modelos que adoitan estar relacionados

con sentimentos e emocións (Kövecses, 2000: 161-162).

47

mesma cultura, trátase das proxeccións convencionalizadas das que falan Dobrovol’skij

e Piirainen (2000: 32).

Como explica Luque Nadal (2012: 10), a cultura aparece plasmada na linguaxe figurada

con maior forza e extensión que en calquera outro elemento da lingua. Os habitantes dun

pobo, fillos dunha mesma cultura, dunha mesma tradición cultural, teñen interiorizados

os conceptos abstractos que compoñen a súa realidade, así como tamén os referentes que

serven de base para a creación de expresións figuradas:

Los sentidos figurados de las palabras tienen una importancia fundamental para

comprender las dimensiones culturales del lenguaje (...). Ello implica que las miles de

acepciones y sentidos figurados crean un mapa peculiar de acepciones a través de los

cuales los hablantes de cada lengua perciben la realidad.

Luque Nadal, 2012: 47

As experiencias compartidas nunha cultura adoitan funcionar como fonte de creación

metafórica e é, precisamente, a metáfora o primeiro dispositivo do que botan man os seres

humanos para poder representar as súas experiencias (Gibbs, 1994: 192). Deste xeito,

para coñecer ben un pobo e unha cultura resulta necesario mergullarse na súa linguaxe

figurada, pois constitúe unha pegada fiel dos modos de vida dos seus habitantes, o espello

máis rico das correlacións que se dan entre linguaxe e cultura (Teliya et al., 1998: 55).

O mesmo Kövecses (2005: 4) aclara que as experiencias universais non teñen por que

derivar, en todos os casos, en metáforas tamén universais senón que cada cultura crea as

súas propias imaxes metafóricas ancoradas en modelos cognitivos culturais. Esta cultura

propia está baseada nun elemento fundamental ó que autores como Dobrovol’skij (2000:

63-78), Kekić (2008: 108-109), Teliya et al. (1998: 55-75), entre outros, se refiren como

«especificidade nacional»35, segundo o cal a cultura dun pobo queda plasmada nas

construcións figuradas da súa lingua con todos e cada un dos seus matices. Tales matices

propios dunha cultura son os que proporcionan a información cultural necesaria para que

35 Dobrovol’skij (2000) explica que para un falante existen dúas concepcións do que é a especificidade

nacional: o enfoque comparativo ou contrastivo, en que se comparan as lecturas simbólicas das expresións

figuradas entre linguas (por exemplo o emprego simbólico do número 8 na fraseoloxía xaponesa parécese

funcionalmente ó uso do 7 na fraseoloxía inglesa) e o enfoque introspectivo, en que se aplica a intuición

dos falantes nativos que caracterizan certos fenómenos como «seus e exclusivamente seus» (estritamente

nacionais). Dobrovol’skij (2000: 65) deduce, dun estudo para medir o nivel da especificidade nacional

nos falantes a través da súa intuición lingüística, que os factores máis significativos para a percepción

intuitiva dun fraseoloxismo como unha peculiaridade nacional son as particularidades da súa estrutura

formal (atendendo á forma non estándar e ás peculiaridades lingüísticas de cada rexión).

48

poidamos formar un modelo cognitivo na nosa mente: elementos exclusivos ou moi

característicos da cultura material ou espiritual dun pobo; convencións sociais, xestos,

realidades consideradas tabú, normas sociais relacionadas coa cortesía, supersticións,

crenzas, alusión a feitos históricos propios dese pobo, presenza de voces exclusivas, ou

mesmo, xa pouco frecuentes na lingua dese pobo e topónimos ou antropónimos propios

ou que só se rexistran nese lugar. Deste xeito, os modelos cognitivos que existen para se

referir a dominios particulares dependen, en última instancia, dos chamados modelos

culturais (Ungerer e Schmid, 1996: 49-52). Así, aínda que unha mesma realidade poida

ser común a varios lugares da terra (determinados animais, elementos da natureza,

situacións etc.) as cargas culturais e emocionais poden ser, tamén, distintas para xentes

diferentes36 e, polo tanto, xerar unha linguaxe figurada tamén diferente.

Kövecses (2005: 286) atopa dúas causas que explicarían estas diferenzas na construción

de expresións figuradas entre culturas: experiencias diferentes en cada comunidade (por

exemplo referidas á historia, ó contexto social, á xeografía, ó clima, á fauna e flora propias

de cada lugar37 etc.) e unha aplicación dos procesos cognitivos tamén diferente con

respecto á distinta focalización que realizan os falantes cando conceptualizan a realidade.

Por este motivo, non é de estrañar que comunidades singulares de falantes, cunha

tradición cultural diferenciada, presenten expresións figuradas construídas co mesmo

referente e, porén, ofrezan significados distintos.

Así e todo, tamén dentro dunha mesma cultura poden existir diferentes

conceptualizacións da realidade a través dun mesmo referente (Kövecses, 2000: 173),

como ocorre, por exemplo, coa galiña, que en galego vehicula os significados de

‘promiscuidade nunha muller’ en [puta] coma unha galiña e [máis puta] cás galiñas/ca

unha galiña38, pero tamén a covardía en galiña (‘ser un covarde’).

Resulta imprescindible, xa que logo, coñecer as distintas voces que existen en cada cultura

para nomear a realidade, pero tamén, a súa historia política e social, a relixión, as ideas,

a civilización material e o seu espazo vital (Coseriu, 1977: 99). Todos estes son aspectos

36 Vid. Gibbs, 1994 e Luque Nadal, 2012. 37 No caso dos animais, por exemplo, non son os mesmos os que habitan en África, onde o león e os insectos

aparecen como referentes maioritarios en expresións figuradas, que os que habitan en países árabes, onde

a cabra e camelo son dous dos referentes que máis aparecen na fraseoloxía deanimalística (Pamies Bertrán,

2012: 294). Por outra parte, as expresións figuradas que teñen a chuvia como referente en lingua galega son

moito máis numerosas cás que presenta o castelán, debido ó clima húmido e oceánico de Galicia (Ferro

Ruibal, 1996: en liña). 38 Para coñecer as fontes das que foron tiradas as expresións figuradas que se ofrecen como exemplos pode

consultarse o anexo 1.

49

que axudan a comprender a linguaxe figurada de cada cultura, posto que son coma un

pouso no que van quedando os grans dos seus costumes. Teliya et al. (1998: 75) defenden

que a linguaxe figurada funciona como lingua de cultura xa que se presenta como o

recipiente onde se condensa a información cultural de toda unha sociedade. Con base

nisto, Gibbs (1994: 261-264) achega a idea de que a metáfora podería ser concibida como

algo que forma parte da cultura e non dos cimentos da cognición. Pola nosa parte, como

xa sinalamos no apartado 2.1.2.2.5, non cremos que sexan dúas posturas opostas. As

expresións figuradas nacen da experiencia diaria dos seres humanos ó enfrontárense a

determinadas realidades ou circunstancias. No momento en que necesitan comprender

unha situación organizan a súa mente en modelos conceptuais que os axudan nese

traballo. Pero a linguaxe figurada une, necesariamente, esquemas cognitivos co

coñecemento empírico cultural de cada comunidade (Dobrovol’skij e Piirainen, 2000: 50

e Nubiola, 2004: en liña). Tal e como recoñeceron os propios Lakoff e Johnson (1980:

57), non existe unha liña de separación entre o físico e o cultural, senón que o sistema

conceptual humano debería ser tratado como un continuum no que se sitúan as nocións

máis relacionadas coa nosa corporeidade e outras máis vinculadas a crenzas e valores

culturais específicos.

Luque Nadal engade:

En resumen, la metáfora no es exclusivamente un fenómeno lingüístico, pero desde luego

pertenece al ámbito del lenguaje, del pensamiento, de la práctica social y cultural, y

también al cerebro y al cuerpo humano. Por tanto, hay que hablar de la metáfora en

términos lingüísticos, conceptuales, socio-culturales, neurológicos y corporales.

Luque Nadal, 2012: 21

Os animais forman parte da cultura de todos os pobos e, polo tanto, constitúen un referente

moi empregado na construción de expresións figuradas que lles serven ós falantes de

todas as linguas para expresaren determinadas realidades da vida diaria. Neste tipo de

expresións figuradas podemos percibir a valoración dos animais que fai cada cultura. En

moitos casos destaca neles características compartidas con outras culturas, aínda que

existen tamén outros valores que só se aprecian nalgunhas delas.

A continuación centrarémonos nas expresións figuradas construídas con referentes

animais, ofreceremos unha tipoloxía e deterémonos naquelas expresións que supoñen un

50

proceso de humanización do animal e naqueloutras en que se produce a animalización do

ser humano.

2.4 Expresións figuradas construídas con referentes animais

O ser humano sempre conviviu en estreita relación con distintos tipos de animais, dende

as civilizacións máis antigas ata os nosos días, por iso é común que exista, en todas as

linguas, un grande número de expresións figuradas construídas con referentes animais

para describir situacións da nosa vida cotiá (Piñel, López: 1999: 412). Segundo explica

Dal Maso (2013: 96) as regularidades que o ser humano constata na res animalia, e tamén

noutras entidades non animadas, pode chegar a cristalizarse en imaxes mentais claras e

intuitivas.

Este tipo de expresións son o froito da interpretación que fan os seres humanos do

comportamento e dos costumes dos animais (Dobrovol’skij e Piirainen, 2005a: 325).

Extraen unha serie de esquemas conceptuais a partir do coñecemento da súa conduta, así

como doutros coñecementos culturais relacionados con eles, para poder comprender e

expresar a realidade mediante expresións figuradas en que funcionan como referentes

(Marques, 2013).

2.4.1 Tipos de expresións figuradas construídas con referentes animais

Existen dous tipos básicos de expresións figuradas construídas con referentes animais,

por unha banda as expresións que supoñen unha humanización ou antropomorfización e,

pola outra, as que supoñen unha animalización ou zoomorfización.

O primeiro fenómeno, tamén coñecido como personificación, está presente naquelas

expresións figuradas que reflicten os distintos modos en que unha comunidade dota os

animais (aínda que tamén outras entidades, como os obxectos39) de atributos e

características propias dos humanos (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña). Este tipo de

expresións figuradas implican o contido conceptual OS ANIMAIS SON PERSOAS.

39 Ullmann (1965: 242-243) fala de metáforas antropomórficas: metáforas en que os elementos inanimados

son vistos con calidades ou características humanas. Pon exemplos como los pulmones (lungs) de una

ciudad / las manecillas (hands) de un reloj / la boca (mouth) de un río etc. e sinala que os usos metafóricos

doutras partes do corpo como o pé ou a perna son virtualmente ilimitados. O autor especifica, ademais, que

un dos primeiros pensadores que reparou na frecuencia das metáforas antropomórficas foi o filósofo italiano

Giambattista Vico (1744) no seu libro Scienza Nuova, ó que xa aludimos en 2.1.1, no que explicaba, entre

outras cousas, que a maior parte de expresións que se refiren a obxectos están tomadas do corpo humano e

dos seus sentidos de xeito que o home se converte na vara de medir do universo.

51

Lakoff e Johnson (1980: 27) explican que se trata dun mecanismo que axuda a

comprender unha ampla variedade de experiencias con entidades non humanas en termos

de motivacións, características e actividades humanas. Un exemplo son os chamados

zoónimos profesionais: paxaro carpinteiro (Iñesta Mena, 1998: 101). Lakoff e Turner

(1989: 194) apuntan que o feito de atribuírlles características humanas ós animais é un

procedemento tan habitual para as persoas que, en moitos casos, existen dificultades para

identificar esas caracterizacións como metafóricas. Ofrecen exemplos como: Pigs are

dirty, messy, and rude / Lions are courageous and noble / Foxes are clever / Dogs are

loyal, dependable, and dependent / Cats are fickle and independent / Wolves are cruel

and murderous / Gorillas are aggressive and violent40. Así, na expresión galega pensando

morreu un burro atribúenselle ó animal características comportamentais propias das

persoas para, figuradamente, recomendar actuar e non perder o tempo en pensamentos

varios.

Como se pode apreciar nos exemplos, moitas das características que o ser humano lles

atribúe ós animais requiren de conciencia, de valor moral (por exemplo, a crueldade:

Wolves are cruel and murderous), algo do que os animais carecen, pois só actúan por

instinto. Así o explican Lakoff e Turner:

Animals act instinctively, and different kinds of animals have different kinds of

instinctive behavior. We comprehend their behavior in terms of human behavior, and we

use the language of human character traits to describe such behavior. Cleverness, loyalty,

courage, rudeness, dependability, and fickleness are human character traits, and when we

attribute such character traits to animals we are comprehending the behavior of those

animals metaphorically in human terms.

Lakoff e Turner, 1989: 194

Deste xeito, cando caracterizamos os animais como persoas (OS ANIMAIS SON PERSOAS)

enfatizamos o seu comportamento racional, moral, estético etc. (Lakoff e Turner, 1989:

193-194); é dicir, todas aquelas características que son propias do ser humano e que

reflectimos no animal.

40 Os porcos son sucios, desordenados e groseiros / Os leóns son valentes e nobres / Os raposos son listos

/ Os cans son leais, fiables e dependentes / Os gatos son caprichosos e independentes / Os lobos son crueis

e asasinos / Os gorilas son agresivos e violentos.

52

Un segundo tipo de expresións figuradas construídas con referentes animais é o que

implica a animalización ou zoomorfización do ser humano ou de obxectos. Coñécense

como metáforas zoomorfas e reflíctense en unidades léxicas chamadas zoomorfismos.

Trátase dun proceso de metaforización que se dá ó aplicarlle as calidades propias dun

animal a un ser humano ou a un obxecto (Cruz Cabanillas e Tejedor Martínez, 1998). Ó

contrario do que ocorre coas expresións que supoñen a humanización dos animais, os

zoomorfismos distínguense por empregar o nome dun animal en sentido figurado para

caracterizar unha persoa ou unha cousa a través dunha metáfora conceptual como AS

PERSOAS/OS OBXECTOS SON ANIMAIS (Zajčenko (1983) (apud. Suárez Cuadros, 2006: 24).

Iñesta Mena (1998: 101) fala dun uso metafórico ou alegórico do nome dun animal para

caracterizar algo ou alguén.

Echevarría Isusquiza (2003: en liña) especifica que existen dúas vertentes da metáfora

zoomorfa: a animalizadora, referida a humanos41, e a animadora, referida a obxectos42.

Centrarémonos aquí nos casos en que se animaliza ó ser humano, aqueles en que se

establece unha relación entre a aparencia, as actitudes e o comportamento do animal e as

persoas. Echevarría Isusquiza (2003: en liña) describe os casos de metáfora zoomorfa

animalizadora como aqueles que implican o contido AS PERSOAS SON ANIMAIS, que

encontramos en unidades léxicas en que recoñecemos un primeiro sentido referido ó

animal (dominio fonte) e un segundo sentido que fai referencia ó ser humano (dominio

meta). Explica a autora que a metáfora zoomorfa é unha das máis frecuentes no léxico de

todas as linguas debido a que a proximidade dos animais co ser humano fai que estes

sexan o espello en que se miran as persoas. Kövecses ve nas pinturas rupestres dos nosos

antepasados o inicio do proceso de animalización das persoas: «For example, in cave

drawings people may be represented as animals. We would say today that this was the

beginning of the use of the PEOPLE ARE ANIMALS conceptual metaphor» (2005: 25).

Deste xeito, o ser humano caracterízase como un animal, reflicte os seus hábitos, a súa

forma de ser, a súa aparencia e demais aspectos do comportamento animal. Así, chamarlle

a alguén burro de carga (‘persoa que traballa moito e moi duramente’ [DFG/GDXL])

supón unha animalización do ser humano, pois implica a construción dunha imaxe mental

en que a persoa é vista coma un animal que leva un grande peso ás costas.

41 Nazarenko e Iñesta Mena (1998: 101): ser perro viejo. 42 Nazarenko e Iñesta Mena (1998: 101): cortar el bacalao.

53

Echevarría Isusquiza (2003: en liña): explica que a metáfora conceptual AS PERSOAS SON

ANIMAIS é unha das máis empregadas no léxico español, tanto polo número de expresións

que xera como pola riqueza dos subtipos ou modalidades con que se presenta. O principio

de sistematicidade proposto por Lakoff e Johnson (1980), do que falamos no apartado

2.1.2.2.4, explica que a partir da metáfora conceptual AS PERSOAS SON ANIMAIS se

orixinen outras modalidades de creación figurada que se asocian sistematicamente con

esta metáfora conceptual primaria. A seguir presentamos as modalidades de creación

figurada que se xeran a partir da metáfora conceptual AS PERSOAS SON ANIMAIS (animal

‘persoa que se comporta con brusquidade e violencia’; burro ‘que ten poucos

coñecementos ou ten dificultades para comprender as cousas’; vaca ‘persoa moi grosa’)

nas expresións figuradas galegas que analizamos:

- AS PARTES DO CORPO DUNHA PERSOA SON AS PARTES DO CORPO DUN ANIMAL. Por

exemplo: fociño ‘parte da cara dunha persoa que comprende o nariz e mais a

boca’; pata ‘pé ou perna dunha persoa’; gadoupa ‘man grande e forte’; cachola

‘cabeza das persoas’ etc.

- OS RUÍDOS DUNHA PERSOA SON OS RUÍDOS DUN ANIMAL. Por exemplo: ladrar

‘criticar ferozmente’; bufar ‘rosmar, protestar entre dentes’; rinchar ‘rir ás

gargalladas’; orneo ‘choro alto e sen motivo’ etc.

- A VIVENDA DUNHA PERSOA É A VIVENDA DUN ANIMAL. Por exemplo: cortello ‘casa

na que está todo revolto e desordenado’; niño ‘casa ou fogar familiar; lar,

vivenda’; curuxeira/curuxeiro ‘aldea ou casal situado nun lugar esgrevio e

penedoso’ etc.

- AS ACCIÓNS DUNHA PERSOA SON ACCIÓNS DUN ANIMAL. Por exemplo: curuxar

‘fitar, mirar fixamente e cos ollos moi abertos’; escornar ‘enfrontarse con algo

superior ás forzas de un’; fozar ‘andar en algo alterando a súa disposición’ etc.

Outras metáforas conceptuais que se enlazan co concepto metafórico AS PERSOAS SON

ANIMAIS, mais a través de asociacións sistemáticas menos directas cás anteriores, son

- OS ANIMAIS PARTICIPAN DAS REACCIÓNS E ESTADOS FISIOLÓXICOS DO CORPO

HUMANO (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña). Por exemplo: aformigar/formigar

‘experimentar unha sensación entre o proído e as cóxegas nunha parte do corpo’.

- OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON

ANIMAIS (que á súa vez provén da modalidade de creación figurada AS PERSOAS

54

ALBERGAN ANIMAIS) (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña). Por exemplo:

coller/ter o burro ‘incomodarse’.

- A IRA É UN ANIMAL PERIGOSO DENTRO DUNHA PERSOA ( que provén da metáfora

conceptual estudada por Kövecses (1990: 62) AS PAIXÓNS SON BESTAS DENTRO

DUNHA PERSOA, unha especificación de OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO,

PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON ANIMAIS ). Un exemplo atopámolo na

expresión figurada galega: botarlle o can [a alguén] (‘atacalo de obra ou de

palabra, recibilo mal ou botalo fóra).

Segundo explican Lakoff e Turner (1989: 193-194), cando caracterízamos unha persoa

como un animal, a través da metáfora conceptual AS PERSOAS SON ANIMAIS, o que

enfatizamos son os instintos propios do animal na figura do ser humano. Deste xeito, tal

e como destaca Ullmann (1965: 243), as imaxes animais transfírense á esfera humana e

adquiren con frecuencia connotacións humorísticas, irónicas, pexorativas ou mesmo

grotescas, de maneira que o ser humano pode ser comparado cunha innumerable

variedade de animais (can, gato, porco, burro, rato, rata, ganso, león etc.) e así

comportarse, a ollos dos demais, di Ullmann (1965: 243), «de un modo gatuno, perruno,

borreguil etc.».

O noso corpus de expresións figuradas galegas construídas con referentes animais

compóñeno expresións nas que se produce a animalización do ser humano (bo peixe

‘persoa coa que hai que ter coidado’), algunhas, máis residuais en que se animaliza un

aspecto meteorolóxico (poñer o tempo cara de can ‘empeorar as condicións

meteorolóxicas’), outras en que se orixina unha personificación do animal (díxolle o corvo

á pega : bótate alá/saca para alá, que es negra!, * ‘refírese a quen despreza alguén sen

se dar conta que presenta as mesmas características negativas que critica’) e unha grande

parte de expresións en que se percibe a animalización do ser humano, máis de xeito

implícito tamén unha personificación do animal ([listo] coma un moucho ‘*43moi listo’),

posto que o ser humano se ve comparado co animal pero tamén se lle atribúen ó animal

características propias do razoamento humano.

Ademais destes tipos de expresións figuradas, no noso corpus rexistramos outras en que

non se produce animalización nin personificación, pero que, ó conteren referencias a

43 Como se explicará no capítulo dedicado ó corpus e á metodoloxía de análise das expresións figuradas

(vid. capítulo 3) empregamos un asterisco cando a definición figurada da expresión é nosa.

55

animais, nos permiten extraer a valoración que fan os galegos destes (por exemplo, coller

o porco teixo polo rabo ‘equivocarse’, que nos presenta o teixugo como un animal

agresivo).

A seguir trataremos a cuestión da motivación con relación ás expresións figuradas

construídas con referentes animais.

2.4.2 A motivación nas expresións figuradas construídas con referentes

animais

Como acabamos de ver, o mundo animal constitúe para o ser humano unha fonte rica de

información para a creación de expresións figuradas que destacan certas calidades dos

animais. Con base na interpretación que fan as persoas do comportamento animal

establécese un vínculo, unha motivación entre a imaxe real e a figurada (Ullmann, 1965:

243-244).

A linguaxe figurada construída con referentes animais, tamén chamada deanimalística,

adoita estar motivada polo aspecto, os costumes, os ruídos e outras particularidades que

o ser humano lles atribúe a estes (Velasco Menendez, 2008: 182). Deste xeito, as

características que o ser humano destaca no animal a través de construcións figuradas

adoitan vir motivadas por dúas vías principais: o aspecto físico e o aspecto

comportamental. A este respecto Dobrovol’skij e Piirainen (2005a) estableceron, como

xa comentamos no apartado 2.3, dous tipos principais de motivación semántica das

expresións figuradas (a motivación metafórica ou icónica e a motivación simbólica); os

autores engaden tamén a motivación intertextual, un tipo de motivación non semántica.

Se trasladamos esta diferenciación ó estudo das expresións que se constrúen con

referentes animais observamos que as expresións motivadas metaforicamente son

aquelas que se refiren a aspectos físicos e comportamentais dos animais: [ter a boca] coma

un burro ‘boca grande’ e [dar un couce] coma unha burra / [dar couces] coma os burros

‘dise cando unha persoa fai algo malo a outra que non o esperaba’. Deste xeito, unha

expresión figurada pode xerarse independentemente en cada cultura motivada pola

experiencia directa que teñen as persoas cos animais. Estas reparan en determinadas

características físicas dos animais e no seu xeito de actuar (co ser humano, con outros

animais etc.) e tales características funcionan como fonte de creación de expresións

figuradas que os seres humanos empregan para comprender determinadas realidades da

súa vida diaria. Os animais, sobre todo os domésticos, son referentes de infinidade de

56

expresións figuradas en moitas linguas debido a que ocupan un papel importante nos

fogares de todo o mundo. Tal e como explica Kekić (2008) resulta lóxico que existan

expresións figuradas similares ou, mesmo, idénticas entre distintas linguas e culturas,

froito dunha mesma interpretación do comportamento animal:

Los animales con los que el hombre ha tenido más contacto suelen ofrecer similitud en

las metáforas, lo cual sugiere que podrían haber surgido de la misma experiencia

cotidiana compartida por diferentes culturas, aunque tampoco es imposible que sean

préstamos.

Kekić, 2008: 126

As expresións motivadas simbolicamente refírense a características do animal

orixinadas a través de fenómenos culturais. Estes fenómenos refírense, como xa

comentamos, a coñecementos culturais, costumes influídos por crenzas colectivas e á

aprendizaxe común dunha determinada sociedade, mostras dun imaxinario colectivo

transmitido de xeración en xeración (ave de mal agoiro ‘persoa que anuncia malos

presaxios’ / burro ‘persoa moi traballadora’). Ademais, estas expresións seguen

funcionando aínda hoxe, tanto se a realidade que as motivou segue existindo coma se non

(Nazarenko e Iñesta Mena, 1998: 101). Por exemplo, en galego segue funcionando aínda

hoxe a expresión [cargar/traballar] coma unha/un burra/burro (‘moito e moi duramente’)

a pesar de que os traballos agrícolas que se realizaban en Galicia con este animal hai

tempo que se levan facendo con máquinas e o burro deixou de ser, na práctica, o referente

directo do traballo no campo.

No capítulo que Dobrovol’skij e Piirainen dedican ó estudo de metáforas e símbolos

animais (2005a: 323), explican que, normalmente, a interpretación cultural que o ser

humano fai dos animais adoita estar baseada na observación do seu comportamento, algo

que pode inducir, din, á posibilidade de interpretar algúns casos de uso simbólico como

motivados pola experiencia directa, pero en realidade son casos ben diferenciados. As

persoas escollemos un animal en concreto como representante, por exemplo, da estulticia,

baseándonos no seu comportamento, nos seus actos. Agora ben, cando o animal é xa

portador por si só do valor cultural, de maneira que se o illamos da expresión este segue

mantendo as mesmas connotacións, entón estaremos ante valores motivados

simbolicamente (Kekić, 2008: 112); lembremos, por exemplo, as imaxes en que as

persoas consideradas pouco intelixentes son representadas con orellas de burro.Certas

expresións figuradas poden coincidir en varias culturas por estaren baseadas nun símbolo

57

compartido por estas. Kekić (2008: 127) explica que a metáfora cultural é un dos motivos

para esta coincidencia, posto que ó longo da historia a humanidade atribuíulles certas

características e valores ós animais que derivaron en valores simbólicos e estes foron

repartidos ás distintas culturas a partir dunha antiga cultura común, de xeito que puideron

xerar unha converxencia lingüística.

A intertextualidade de certas expresións figuradas é outro factor de motivación para ter

en conta nas expresións con referentes animais. Deste xeito, unha expresión pertencente

a un texto amplamente coñecido, xerado nunha cultura concreta, pode espallarse a outras

culturas. Estas fontes textuais das que proceden este tipo de expresións figuradas son os

escritos da literatura clásica, a Biblia, as fábulas, os contos de tradición oral, as obras de

ficción etc. (Piirainen, 2012: 54). Pamies Bertrán (2012: 293) explica que os animais

foron venerados dende tempos prehistóricos, converténdose en deuses zoomorfos no

antigo Exipto, posteriormente en compañeiros de divindades na mitoloxía grega e romana

ou tamén dos santos en representacións haxiográficas católicas. Tamén foron inspiradores

de fábulas (sirvan de exemplo as fábulas de Esopo ou de La Fontaine44) nas que lle foron

atribuídas a cada animal actitudes humanas, así como de supersticións que os fan

portadores tanto da boa sorte coma da desgraza. Existen, así, expresións metafóricas

construídas con referentes animais que coinciden en distintas culturas por teren como

referentes os animais das fábulas e contos infantís en que se presenta un retrato da «forma

de ser» de cada un deles. Un exemplo de intertextualidade atopámolo na expresión galega

están verdes! Dixo a raposa45 * ‘expresión que se emprega cando alguén finxe desprezar

algo polo feito de non podelo ter’, que ten a súa motivación na fábula A raposa e as uvas

de Esopo (1999: 27). Nesta fábula relátase a historia dunha raposa famenta que, ó ver que

non pode acadar un acio de uvas, descúlpase dicindo que aínda están verdes para podelas

comer.

44 Ullmann (1965: 243) explica que a imaxinería popular cos animais brota da mesma actitude cás

numerosas obras literarias con protagonistas animais, entre as que nomea as fábulas de Esopo e La Fontaine,

a grega Batracomiomaquia (guerra das ras e os ratos) ou mesmo a Animal Farm de Orwell. Explica, tamén,

que as imaxes animais se atopan entre os artificios máis antigos do estilo literario e pon o exemplo de

Homero cando chama á deusa Hera: «la de los ojos de buey». 45 Esta expresión, recollida a través de enquisas, parece ser un acurtamento dunha expresión maior que

rexistra Correas (2000: 88) para o castelán: ansí dijo la zorra a las uvas, no pudiéndolas alcanzar, que no

estaban maduras. O autor explica a orixe e a definición da expresión do seguinte xeito: «Disimulación de

la zorra cuando no pudo alcanzar las uvas porque estaban altas; aplícase cuando se hace “de la necesidad

virtud” y se disimula al deseo de lo que no se puede haber». Na expresión castelá a motivación intertextual

é máis facilmente recoñecible ca na galega.

58

Como acabamos de ver, certas expresións figuradas con referentes animais poden ser

comúns a varias culturas, xa sexa por unha mesma interpretación conceptual da realidade,

por unha motivación cultural compartida ou por seren expresións relacionadas cun texto

amplamente coñecido en varias culturas. Pero aínda que coincidan certos zoomorfismos

en varias linguas (como ocorre con frecuencia no galego e no castelán46), existen tamén,

como comentamos, exemplos característicos dunha cultura determinada. Por exemplo, en

galego adoitamos asociar a preguiza co can (can ‘nugalla, preguiza, falta de vontade para

traballar’), pero concretámola, aínda máis, coa figura do can de palleiro ([levar] unha vida

coma un can de palleiro ‘preguiza’), can prototípico da casa galega47. Este sería, pois, un

exemplo de expresión do que certos autores, entre os que se atopa Dobrovol’skij (2000:

63-78), identifican co factor de especificamente nacional, dado que contén un elemento

exclusivo ou moi característico da cultura material galega: o can de palleiro (Ferro Ruibal,

2008: 173).

Luque Nadal (2012) entende que a xustificación de que nunha cultura se escollan certos

animais e non outros para portar determinados valores está no maior ou menor grao de

familiaridade dos falantes con eses referentes animais, independentemente de que estean

ou non presentes no seu medio natural:

(...) los valores asociados a cada entidad, objeto o animal suelen variar bastante de un

idioma a otro. Esto se explica, por ejemplo, en el caso de los animales, porque el animal

en cuestión es más familiar en un medio y en una cultura que en otras. Un ejemplo de

esto es el ‘rinoceronte’, que es un animal exótico tanto para los franceses como para los

españoles pero que en España no tiene connotación metafórica alguna, mientras que los

franceses lo asocian a un individuo tonto.

Luque Nadal, 2012: 40

Coseriu (1977) explica que cada colectividade humana carga os animais que a rodean de

connotacións simbólicas, posto que son unha forma de cultura reflectida pola linguaxe e

establecen unha relación lóxica cos hábitos e tradicións propios de cada comunidade

lingüística. Se, por exemplo, observamos o que acontece nas culturas europea e xaponesa

co referente da serpe, vemos que, na primeira delas, a serpe remite simbolicamente á

malicia, á falsidade e á crueldade, mentres que na cultura xaponesa algunhas serpes

46 Cast. [(más) astuto/a] como un/a zorro/a / que un/a zorro/a / [astuto] como un raposo (vid. Seco, 2004 e

Correas, 2000) / gal. [ser/astuto/listo/pillo] coma un raposo/golpe (LFCEG/DFXG/ DFM). 47 Vid. capítulo 5.

59

representan a boa sorte e son consideradas un ben sagrado (Angelova Nénkova, 2008:

26).

Na mesma liña, Morales Muñiz (1996: 235) explica que os animais nas culturas

occidentais e orientais presentan unha significación moi dispar. Sinala que mentres que

en Occidente certos animais son considerados maléficos ou negativos para o ser humano,

en Oriente resultan ser todo o contrario:

La serpiente, en Oriente, es símbolo de vida; el mono resulta, para los chinos, portador

de salud, de éxito y de protección, así como de felicidad y larga vida. El cuervo, símbolo

de mal agüero para los occidentales, tiene una excelente reputación para los pieles rojas

americanos. El cocodrilo, símbolo de sabiduría para egipcios e hindúes, es un monstruo

de maldad para los Bestiarios medievales.

Morales Muñiz, 1996: 235

Con relación a isto, Kekić (2008) explica que o feito de que se xeren expresións figuradas

distintas dunha lingua a outra e de que teñan, tamén, cargas simbólicas distintas se debe

á unha elección diferente por parte das comunidades lingüísticas das características

obxectivas e subxectivas que se poden observar nos animais.

Martín Zorraquino (1986: 1260) engade que a tradición cultural intervén coma un filtro

dentro do idioma na selección do nome do animal para crear unha expresión figurada e,

ademais, mantén esta capacidade selectiva ou «filtradora» para reducir as notas

significantes do nome que designa o animal en cuestión, no sentido de que restrinxe os

trazos semánticos do dito nome nunha dirección determinada. Pero tamén pode ocorrer

que un mesmo animal conteña notas semánticas diverxentes entre si no seo dunha mesma

cultura. Un exemplo disto, podemos atopalo nas expresións galegas [estar] coma un can

á boa vida (‘comodidade’) e levar unha vida de cans (‘mala vida’) que representan

valores opostos. Este feito fai que a tarefa interpretativa de certas expresións figuradas

resulte difícil para unha persoa que non pertenza a esa cultura determinada (Zorraquino,

1986: 1263).

A seguir faremos un repaso polos traballos galegos, previos á nosa investigación, que

tratan as expresións figuradas construídas con referentes animais.

60

2.5 Estudos previos arredor das expresións figuradas galegas

construídas con referentes animais

Neste apartado describiremos os traballos que se levaron a cabo ata o día de hoxe

relacionados, de maneira máis ou menos directa, con expresións figuradas galegas

construídas con referentes animais. Con este repaso pretendemos situar a nosa

investigación na correspondente liña de estudo.

O primeiro traballo do que temos constancia é o artigo publicado en 1948 por Vicente

Risco co título de «Contribución al estudio del lobo en la tradición popular gallega».

Neste artigo, Risco realiza un amplo repaso sobre a visión que teñen os galegos do lobo

a través de crenzas, contos de tradición oral e, tal e como sinala o autor, unhas poucas

expresións correntes. Un exemplo destas poucas expresións incluídas no artigo é seica

vichel [sic] lo lobo que, segundo o autor, se emprega «cuando uno está despeinado o con

los pelos de punta» (1948: 101). A través da descrición do comportamento do lobo co

home e con outros animais, dos seus hábitos nocturnos, da forza da súa mirada e do apoio

da súa argumentación en crenzas e contos populares galegos, Risco traza a valoración que

se fai do lobo en Galicia. O autor conclúe que na tradición popular galega o lobo é o

principal inimigo do home entre todos os demais animais, un ser maléfico e demoníaco;

un animal dotado de poderes máxicos e que está nunha guerra permanente co ser humano.

Aínda que neste traballo existen poucas mostras de expresións figuradas co lobo como

referente, consideramos que se trata dunha achega importante en canto ó estudo cultural

que se fai da figura deste animal en Galicia e, xa que logo, da súa valoración.

No ano 1967 Xesús Alonso Montero publica o artigo «Denominaciones gallegas de la

culebra, el zorro y el lobo. Una incursión en la lingüística de tabú y de la

expresividad». Nel, o autor trata o caso de certos nomes de animais considerados

perigosos que funcionan como tabús lingüísticos en galego debido á crenza popular de

que o seu uso atraería estes seres ós núcleos de poboación. Alonso Montero reúne unha

serie de formas eufemísticas que evitan a denominación directa, 20 que designan a cobra

(a do veneno, a pezoña, a retorta...), 69 para o raposo (o do rabo, o señorito, o furafollas

...) e 78 para o lobo (o amigo, o Xan, o danzante...), todas elas ordenadas alfabeticamente

e cunha indicación da súa localización xeográfica. O autor aclara que a explicación de

que o raposo conte con menos interdicións lingüísticas que o lobo responde ó feito de

que, cando menos no momento en que se recolleron as formas, o primeiro era menos

61

temido có segundo. Algo que contrasta, di, co acontecido en toda España en tempos

anteriores en que o raposo era máis temido que o lobo, polo que se lle atribuíron nomes

como o de vulpeja, cuxo cognado galego, golpe, aínda está vivo en certas zonas de

Galicia.

Alonso Montero completa este traballo cunha análise etimolóxica das voces máis comúns

e compara os resultados galegos coas formas adoptadas noutras linguas. A través das

interdicións lingüísticas asignadas a cada animal e das formas empregadas para

designalos pódese trazar a valoración que fan os galegos deles.

En 1968 Hilda Otero Pérez presenta a súa tese de doutoramento titulada Formaciones

Expresivas en Gallego. I Voces de animales. Trátase dun traballo amplo, distribuído en

varios volumes, en que se ofrecen «formacións expresivas» galegas de todo tipo; mais é

este primeiro volume, Voces de animales, o que garda relación coa temática que

investigamos. O traballo de Otero Pérez recolle diferentes nomes galegos de animais

(coas súas variantes dialectais), os sons que estes emiten e outros termos que gardan

relación con eles. En ocasións a autora describe as características xerais do animal, aínda

que non se trata dun criterio regular. Neste traballo ofrécese o nome do animal en galego,

seguido das súas variantes dialectais e, en ocasións, os refráns, locucións e cantigas

populares en que se nomea ese animal en cuestión. Danse, tamén, explicacións sobre a

formación das palabras que designan cada animal a través do apoio en referencias

lexicográficas. A aparición de expresións figuradas nesta tese é escasa, pois non se centra

exactamente nese eido da linguaxe, senón que está orientada, máis ben, cara a análise de

voces (verbos e substantivos principalmente) que se insiren dentro do campo semántico

dos animais para describilos. A descrición que se ofrece deles achega certa información

dos valores que os galegos lle atribúen a cada animal.

En 1986 Isabel González publica o artigo «Os animais domésticos na poesía galega de

Rosalía». Nel describe o tratamento que se lles dá ós animais domésticos nos distintos

poemas que compoñen a obra galega de Rosalía de Castro. González analiza a aparición

do gando vacún, do gando mular, do gando lanar, do can e o gato, do porco e doutros

animais, coma o coello e o rato. A autora localiza numerosas comparacións entre homes

e animais, sobre todo as formadas a través da figura do can. Así mesmo, detecta o uso de

varias expresións figuradas como canciño cego, cara de can, terco coma un carneiro etc.

A autora conclúe que é o can o animal doméstico máis citado na poesía galega de Rosalía

de Castro e explica que probablemente se deba á súa maior proximidade co ser humano.

62

Deste estudo extráense, tamén, certas valoracións dos animais que, a través dos versos de

Rosalía, fan os galegos. Por exemplo: a tristura da ovella, a fidelidade do can, a

lambonería do gato, a teimosía do carneiro etc.

En 1997 Elisa Gómez López presenta o seu traballo de fin de carreira O campo semántico

dos animais na fraseoloxía galega: estudo comparativo. A autora analiza unha serie de

locucións galegas con referentes animais e compáraas coas correspondentes locucións

españolas e inglesas. Gómez López obtén e analiza 381 locucións galegas con referentes

animais (dun corpus de 4628 expresións), 282 locucións españolas (dun corpus de 8000)

e 239 locucións inglesas (dun corpus de 7200). Os obxectivos que pretende acadar nesta

investigación céntranse na análise da importancia que ten o campo semántico dos animais

na creación fraseolóxica (tanto figurada como non figurada) das linguas, concretamente,

nas locucións; no tratamento da fraseoloxía como un dos aspectos da lingua máis difíciles

de traducir e na creación dun instrumento de axuda ós tradutores de galego e doutras

linguas en relación co discurso repetido do campo semántico dos animais. A autora

conclúe que este campo semántico ten unha grande importancia na creación fraseolóxica

das tres linguas analizadas. Apunta que foi en lingua galega onde atopou máis casos de

locucións en que se inclúen animais, seguida do castelán e do inglés. Explica, tamén, que

os animais máis frecuentes nas locucións galegas foron o can (49), o gato (21), o burro

(20), o boi (15), a cabra (12), a vaca (12), o porco (12), o galo (11), a galiña (11), o paxaro

(10), a mosca (9) e o peixe (8). Rexistra, ademais, outras locucións con animais que

presentan unha menor incidencia de aparición. A autora apunta que é a lingua galega a

que máis recorre a nomes xenéricos, como gando, para a creación de locucións.

En 2001 Acuña Trabazo e Garrosa Gude publican o artigo «Achegamento ó estudio

comparativo dos nomes de animais, das doenzas e doutros elementos relacionados

coas crenzas en Galicia», un estudo en que os autores realizan algunhas calas no léxico

galego, concretamente nas denominacións dos animais, dos fenómenos atmosféricos e

das doenzas. Acuña e Garrosa establecen unha relación entre o léxico patrimonial galego

e as crenzas da cultura popular. Baséanse, para a súa análise, en mostras da literatura

popular. No apartado dedicado ós nomes que os galegos lles dan ós animais diferencian

entre animais queridos (xoaniña e mantis relixiosa) e animais temidos (garduña e

donicela) e explican que a creación dos distintos nomes que se lles dan a estes animais en

Galicia vén motivada polas crenzas que os galegos relacionan con cada un deles. Trátase

63

dunha achega pequena, en canto ó ámbito temático dos animais, pero a través dela

podemos percibir os tipos de valoración que os galegos fan dos animais estudados.

En 2008 Ferro Ruibal publica o artigo «A comparación fraseolóxica galega como

radiografía lingüística», en que analiza arredor de 3500 locucións e fórmulas

comparativas, as máis repetidas no Tesouro Fraseolóxico Galego (TFG48). O autor

aborda estas construcións galegas dende diferentes ópticas, a semántica, a gramatical, a

psicolóxica e a sociolóxica, e a partir delas pretende establecer conclusións sobre a visión

que os galegos teñen da realidade. Entre os 20 referentes ou comparandos máis repetidos

no TFG o autor rexistra varios animais (can; gato; galiña, pito, pita, galo; vaca, boi;

porco; burro; lobo; sapo; peixe e cuco) e identifica as características positivas, negativas

e neutras que os galegos lles atribúen a partir das construcións que crean. Un punto deste

estudo que nos parece interesante para o tema que nos ocupa é a identificación de

comparanzas galegas autóctonas por conteren elementos exclusivos ou moi

característicos da nosa cultura material, entre os que destacan animais coma o can de

palleiro.

En 2010 Ferro Ruibal e Benavente Jareño publican O libro da vaca. Trátase dunha ampla

monografía que conta con 12 000 entradas léxicas, 5000 fraseolóxicas (tanto figuradas

como non figuradas) e 1300 elementos da tradición oral galega (principalmente cantigas

e contos) referidas exclusivamente ó gando vacún e ós seus produtos e subprodutos. A

organización do libro atende a un criterio veterinario: características, fisioloxía, anatomía,

a alimentación da vaca, a súa reprodución, enfermidades, actividades do gando co

gandeiro etc. Mais nel trátanse tamén aspectos do gando vacún ancorados na tradición

cultural de Galicia: a fraseoloxía vacúa, o gando vacún como referencia mental, as crenzas

que gardan relación con el, as cantigas etc. O material fraseolóxico que ofrecen os autores

neste libro constitúe unha achega importante ó ámbito temático da fraseoloxía bovina, e

o libro en xeral permite extraer unha valoración completa da visión que teñen os galegos

destes animais.

48 Corpus fraseolóxico que permanece en construción (no momento de elaboración deste traballo) no Centro

Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades (CIRP). Nel recóllese a fraseoloxía galega extraída

do traballo de campo propio da área fraseolóxica do CIRP, pero tamén outras construcións fraseolóxicas

extraídas de obras lexicográficas (especializadas ou non), así como de gravacións e obras literarias. O

material extraído data dende o último terzo do século XX ata a actualidade (vid. Ferro Ruibal, 2006: 179).

64

Entre as conclusións de índole cultural que ofrecen, os autores destaca a consideración da

vaca como un animal case totémico en Galicia, que resulta ser unha referencia mental

colectiva na nosa comunidade.

Neste mesmo ano, 2010, Martínez Blanco e Veiga Alonso publican o artigo «Fraseoloxía

galega de peixes e outros animais mariños», un traballo no que se recollen e estudan

fraseoloxismos (figurados e non figurados) do ámbito mariño e en que os referentes son

principalmente peixes, pero tamén outros animais que viven no mar. O obxectivo que

perseguen os autores con este traballo é a recolleita de expresións fraseolóxicas galegas

relacionadas co ámbito dos peixes e outros animais mariños para poder describilos a partir

da súa fraseoloxía.

Martínez Blanco e Veiga Alonso establecen sete grupos de locucións en función do seu

sentido semántico: caracterización de individuos (bo peixe), caracterización de estados

(coma o peixe/troita na auga), caracterización de accións (andar á lapa), fenómenos

meteorolóxicos (haber arroaces no mar), significados que teñen que ver coa

rendibilidade e o proveito (valer máis a salsa que o peixe), carencia de valor (comer

arolas) e o que os autores definen como «outros casos» (botar outra sardiña, que outro

ruín vén da viña). En canto ós refráns, os autores analizan refráns literais (en xaneiro a

raia val carneiro) e figurados (o que troitas quer pescar, as calzas ten que mollar).

Neste traballo dispóñense as expresións fraseolóxicas segundo os grupos antes

mencionados xunto co seu significado e dáse unha pequena explicación das

características dos animais que puideron levar á creación das ditas expresións, polo que

se pode percibir con claridade cal é a valoración que os galegos fan deles.

Tamén en 2010 sae publicado o artigo de Groba Bouza «A cabalo regalado non se lle

mira o dente. Compilación da fraseoloxía galega equina actual». Trátase dunha

recompilación de 1951 unidades fraseolóxicas galegas que teñen os équidos como

referentes (cabalo, egua, burro, burra, mulo, mula, besta...). As expresións ordénanse de

acordo co criterio alfabético e clasifícanse en locucións (andar a cabalo), fórmulas (alá

vai o burro coas noces!), dialoxismos (-Non son reló de repetición. -Pero eres burra de

contestación), wellerismos (díxolle o burro ás coles: pax vobis), frases proverbiais (eu

cunha cabezada de palla, o Chiquito a cabalo de min, i-o Mariano chamando, ¡canto

rimos!), refráns (a albarda debe ser conforme ó burro) e refráns con topónimo e ditos

tópicos (en Lugo, nin boa besta nin bo burro). As definicións e outras aclaracións que

teñen que ver coas unidades fraseolóxicas sitúanse en notas ó rodapé.

65

O obxectivo que persegue o autor con esta achega é a recompilación de toda a fraseoloxía

galega actual (sexa ou non figurada) que ten os équidos como referentes.

Un ano despois, en 2011, Groba Bouza analiza e interpreta o contido da «Compilación de

fraseoloxía galega actual» no artigo titulado «Onde hai eguas poldros nacen. A

realidade vista dende os equinos». O autor pretende mostrar, neste novo estudo, os

fundamentos sobre os que se asentan as 1951 unidades fraseolóxicas con referentes

equinos recollidas un ano antes; aínda que engade tamén, entre os exemplos, algunhas

paremias novas recollidas despois da publicación do primeiro traballo. A partir delas,

Groba Bouza realiza unha descrición da morfoloxía e fisioloxía equinas, do seu

comportamento e de determinadas situacións que se vinculan coas relacións do ser

humano co animal.

O autor conclúe que, a pesar do crecente despoboamento de equinos no rural galego

(debido á introdución de nova maquinaria agrícola, pero tamén ó abandono do campo

cara ás cidades) a pegada que estes animais deixaron na lingua galega, concretamente na

súa fraseoloxía, é moi profunda e seguen a funcionar a día de hoxe como referentes para

a creación de unidades fraseolóxicas.

En 2013 Novo Folgueira presenta a tese de doutoramento Os insultos en galego. Estudo

lingüístico. Este traballo é, en esencia, un dicionario de insultos e outras expresións con

significados figurados construídos con referentes animais coas súas correspondencias en

castelán e portugués, precedido dun estudo introdutorio. Tal e como afirma o autor (2013:

138), inicialmente, pretendía abranguer exclusivamente o ámbito dos insultos; mais ó

atopar usos non ofensivos de insultos, alcumes e outras palabras aplicadas de forma

figurada a unha persoa, decidiu abrir o criterio e recoller tamén «outros apelativos e

palabras con significados figurados aplicados a persoas» (Novo Folgueira, 2013: 138).

O autor conclúe que a lingua galega presenta un carácter propio para a creación do insulto,

con base na comparativa realizada coas linguas portuguesa e castelá. Di, ademais que o

campo semántico dos animais resulta especialmente atractivo para este tipo de expresións,

«por basearse en propiedades dos bichos, na súa simboloxía ou na mesma relación cos

humanos» (2013: 134).

No momento da redacción deste traballo estes son os estudos dos que temos constancia

que gardan relación, dun xeito ou doutro, coas expresións figuradas que se constrúen con

referentes animais e coa valoración que fan os galegos destes últimos. Trátase dun elenco

66

de traballos reducido, de tal modo que a nosa investigación, mediante a recompilación e

análise deste tipo de expresións figuradas galegas, pretende contribuír ó coñecemento dun

campo de estudo pouco desenvolvido na lingüística galega.

67

3 CORPUS E METODOLOXÍA

Dedicamos este capítulo a describir a creación do corpus de traballo e a metodoloxía que

seguimos tanto para a súa elaboración como para a análise das expresións figuradas

seleccionadas.

Nos apartados que seguen expoñeremos os criterios que adoptamos para recompilar as

expresións extraídas de fontes escritas (de acordo co tipo de referente da expresión, coa

súa morfoloxía e co tipo de obras consultadas). Describiremos, tamén, o procedemento

que seguimos para crear unha enquisa fraseolóxica coa que poder ampliar e enriquecer o

noso corpus de traballo, así como para comparar os datos obtidos cos extraídos das

expresións figuradas tiradas de fontes escritas.

Por último, mostraremos o tratamento informático dos datos obtidos, os criterios de

presentación das expresións no noso corpus e a metodoloxía de análise que seguimos.

3.1 Criterios de selección das expresións tiradas de fontes escritas

3.1.1 Canto ó seu referente

Para a creación do corpus de traballo seleccionamos aquelas expresións figuradas que se

forman tomando como referentes os animais. Recollemos expresións que nos permitisen

extraer ideas sobre a visión que os galegos teñen de cada animal. Así pois, todas as

expresións teñen como referente un animal, sexa mediante unha alusión explícita en que

se empregue o seu nome (onde irás boi, que non ares!), sexa por alusións implícitas ó

animal a través dos lugares onde vive ([estar/ser] coma un/o cortello), dos ruídos que

emite (ladrar), de accións concretas realizadas por animais (soltar un couce), das partes

do seu corpo (romper os cornos), dos grupos ou colectivos que estes adoitan formar (ser

da mesma camada), dos aparellos que levan (perder os estribos) etc.

Como sinalamos no capítulo 1 deste traballo, a nosa finalidade principal é descubrir, a

través das expresións figuradas, o retrato que os seres humanos crean de cada animal. Así

pois, as expresións recollidas refírense a aspectos do seu comportamento, o que as persoas

interpretamos como carácter ou condición do animal, á relación que existe entre o home

e o animal e a aspectos que dan indicios da valoración que facemos os galegos dos

animais. De acordo con isto, optamos por omitir as expresións nas que os animais son

concibidos simplemente como un alimento (o coello por San Xoán e a perdiz por Navidá),

nas que se fai referencia á súa morte ([berrar] coma un marrán na mesa de matar), a

68

aspectos biolóxicos ([coller/ter (algo)] máis ca unha burra peidos) ou a enfermidades

comúns neles ([adoecer] coma os cans da rabia). En calquera caso, si incluímos

excepcionalmente algunha expresión con este tipo de referentes se consideramos que

permite extraer algunha característica que as persoas lle atribuímos prototipicamente ó

animal en cuestión. Así, por exemplo, forma parte do noso corpus a expresión [morrer]

coma moscas, posto que nos indica que a mosca é un insecto que vive en agrupacións

xunto cos seus semellantes, unha característica que o ser humano ten en conta para crear

expresións figuradas co valor de ‘en cantidade’.

Por último, optamos por non recoller, tampouco, as expresións cuxa forma nos revela

unha máis que probable restrición diatópica no seu emprego (corvos na area, chuvia en

Cedeira / gaivotas no con, peixes en Coira / para porcos, na Cañiza, que nunca foron

lavados).

3.1.2 Canto á súa morfoloxía

As expresións figuradas que recollemos presentan unha morfoloxía variada en tanto que

poden ser unidades monoverbais, constituídas por unha soa palabra, de distintas

categorías gramaticais (burro / galopar / bestial), ou entidades fraseolóxicas

pluriverbais, constituídas por dúas ou máis palabras (burro de carga / en/na terra de/dos

lobos, ouvea/hai que ouvear coma todos/coma eles / ter aires de boa ovella).

Atendendo á caracterización feita por Álvarez de la Granja (2003: 11) entendemos por

unidade fraseolóxica toda combinación de dúas ou máis palabras que presenta fixación

dos seus compoñentes, que non segue un proceso de formación regular e produtivo, que

posúe unidade conceptual e/ou funcional e que se vincula cunha situación dada. Dentro

das unidades fraseolóxicas pluriverbais, e continuando coa clasificación feita por Álvarez

de la Granja (2003: 20-24), forman parte do noso corpus as locucións e os enunciados

fraseolóxicos. As primeiras son elementos oracionais que non constitúen actos de fala de

seu senón que se insiren noutros actos de fala e que se clasifican tendo en conta o seu

funcionamento no discurso e o feito de poderen ser substituídas por elementos oracionais

monolexicais. As segundas, en cambio, si constitúen actos de fala de seu e non necesitan

combinarse con ningún elemento do discurso (vid. Zuluaga, 1980). No noso corpus

rexistramos os seguintes tipos de locucións cun significado figurado: substantivas (cabra

tola, boi de arado, burro de carga ...), adxectivas (de fociños, de avestruz,...), adverbiais

(a poutadas) e verbais (ter o burro á porta, durmir sen can, coller/ter o burro, ...). Entre

69

as locucións, cómpre mencionar ademais a existencia de numerosas expresións de

carácter comparativo ([malo] coma as cobras, [rir] coma os coellos, [ter a cama] coma

un cubil...).

Canto ós enunciados fraseolóxicos, un dos tipos que recollemos é o refrán, un enunciado

fraseolóxico lexicalizado que encerra un valor de verdade xeral válida en calquera tempo,

que goza de autonomía sintáctica e textual e adoita ser de autoría anónima (Arnaud, 1991:

12) (en/na terra de/dos lobos, ouvea/hai que ouvear coma todos/coma eles). Os refráns

que forman parte do noso corpus son figurados, pero ó longo da análise faremos

referencia, ocasionalmente, a algúns refráns literais que, aínda que non presenten unha

imaxe figurada, si dan conta de características do comportamento animal, da relación que

este presenta co home e con outros animais ou da valoración que fan os galegos del e que

nos serven de apoio á nosa argumentación49.

Outros enunciados fraseolóxicos que recollemos son as fórmulas, enunciados que non

presentan valor de verdade xeral, pero si teñen un significado pragmático e situacional

(Zuluaga, 1980: 207) (ladra, can, que para iso gañas o pan!) e os dialoxismos,

constituídos por unha frase impersoal seguida dun comentario xeralmente irónico

(Casares, 1992 [1950]: 195) que se interpretan como un único enunciado (aínda que se

perciben trazos de diálogo) (¡palabra!, díxolle o lobo á cabra).

3.1.3 Canto ás obras consultadas

A selección das expresións candidatas a formar parte deste corpus levámola a cabo a partir

do baleirado de refraneiros, dicionarios especializados en fraseoloxía e dicionarios xerais

galegos. Recollemos e analizamos aquelas expresións figuradas que cumprisen as

características citadas anteriormente.

Como primeiro paso buscamos en refraneiros e dicionarios especializados en fraseoloxía

galega, para despois completar a información cos dicionarios de carácter xeral. Os

primeiros foron o Refraneiro galego básico (Ferro Ruibal, 1995) (RGB), o Refraneiro

galego máis frecuente (Ferro Ruibal, 2002) (RGMF), o Dicionario fraseolóxico galego

(Martínez Seixo, 2000) (DFXG); o Dicionario fraseolóxico do mar (Rivas, 2005)

49 Un exemplo podemos atopalo no subapartado dedicado á maldade que se encontra no capítulo 5,

correspondente a can,cadela, en que se inclúen os refráns literais home coxo e can rabelo, renega del coma

do demo / de home coxo e can rabeno, ¡líbrenos Deus coma do demo!; home pequeno e can rabelo, para

fodelo; home lampo e can rabelo desconfía del/deles coma do demo.

70

(DFXM), o Dicionario de fraseoloxía galega (López Taboada e Soto Arias, 2008) (DFG)

e a achega feita por Ferro Ruibal (2006), en forma de artigo, de 9713 «Locucións e

fórmulas comparativas ou elativas galegas» (LFCEG), extraídas do Tesouro Fraseolóxico

Galego (TFG).

Coas 861 expresións resultantes deste baleirado construímos unha listaxe de 126 nomes

de animais que funcionaban como referentes das mesmas. A partir destes nomes,

buscamos novos usos e expresións figuradas construídas con cada un dos animais nas

entradas e subentradas dos dicionarios de carácter xeral. Consideramos importante o

baleirado de dicionarios xerais para poder localizar expresións figuradas monoverbais

(burro, porco, cabra...) que, en principio, non adoitan aparecer en dicionarios

fraseolóxicos, así como, no seu caso, para completar o repertorio fraseolóxico extraído

dos dicionarios especializados. Para esta busca escollemos o Gran dicionario Xerais da

lingua (Carballeira Anllo, 2009) (GDXL), editado en papel con 100 000 entradas e que

ofrece un amplo abano de elementos fraseolóxicos. Despois, fixemos a mesma busca no

Dicionario da Real Academia Galega (2012) (DRAG), editado de xeito dixital e

composto por 50 000 entradas50 (no momento de extracción das expresións).

Nestes dicionarios xerais tamén buscamos voces creadas a partir da raíz do nome do

animal e que posúen un sentido figurado: abelloar (‘falar facendo ruído; alborotar,

algarear, barullar’ [GDXL / DRAG] / ‘encirrar, provocar unha persoa ou un animal para

que realice unha determinada acción’ [GDXL] / ‘provocar inquietude’ [GDXL] /

‘alborotarse, perder a calma, a serenidade e a compostura’ [GDXL]), aformigar/formigar

(‘experimentar unha sensación entre o proído e as cóxegas nunha parte do corpo’ [GDXL

/ DRAG] / ‘haber moita cantidade e moito movemento de persoas ou animais’ [GDXL /

DRAG] / ‘adormecer unha extremidade’ [GDXL]) ou formigo (‘fedello, persoa moi

inqueda’ [GDXL] / ‘intranquilidade provocada polo desexo de algo; comechume’

[GDXL] / ‘sensación de proído ou cóxegas’ [GDXL/DRAG].

Co obxectivo de atopar outras expresións figuradas que se referisen de maneira indirecta

ós animais, acudimos ó Dicionario conceptual galego (Quintáns Suárez, 1997) (DCG)

coa listaxe de animais que xa posuïamos. Despois de procurar os nomes destes animais

no DCG elaboramos unha listaxe paralela con palabras que se inserían dentro do campo

semántico de cada animal: vivendas (tobo), partes do corpo (pata), accións (ornear) e

50 Aínda que o número de entradas é menor ca no dicionario anterior, consideramos importante o seu

baleirado por ter carácter académico.

71

denominacións xenéricas (gando). Con estes datos puidemos atopar outros usos figurados

con referentes animais mediante unha nova busca nos refraneiros e dicionarios antes

citados e completar, deste xeito, as expresións figuradas extraídas de fontes escritas.

O número de expresións figuradas extraídas destas fontes escritas foi de 1192 (254

expresións monoverbais; 231 locucións non comparativas; 511 locucións comparativas;

164 refráns; 22 fórmulas; 10 dialoxismos).

Aínda que empregamos estas obras como fonte de información para a extracción das

expresións, utilizamos tamén outras para contrastar e interpretar aquelas que en principio

nos resultaron dubidosas. Buscamos estas construcións en refraneiros como o Refraneiro

galego e outros materiais da tradición oral (Vázquez Saco, 2003), o Refraneiro galego

(Taboada Chivite, 2000) e nos dicionarios de carácter xeral que se recollen no Dicionario

de dicionarios51 (Santamarina Fernández, 2003).

3.2 As enquisas

Como xa comentamos nos obxectivos deste traballo, cremos que as enquisas son unha

fonte de información da que non podiamos prescindir nesta investigación. Un traballo

dedicado á recolleita e ó estudo de expresións figuradas non se debe centrar só en fontes

escritas, senón que é conveniente incluír, tamén, datos extraídos da «lingua viva».

Partimos da premisa de que a oralidade é o contexto principal de uso de moitas expresións

figuradas, polo que decidimos recoller e analizar mediante enquisas as expresións

figuradas galegas con referentes animais que adoitan empregar os falantes galegos, así

como coñecer de primeira man as características que estes lles atribúen ós animais.

Ferro Ruibal (1997: 212) explica, para o caso concreto dos refráns (aínda que se podería

trasladar a idea a todas as expresións figuradas en xeral), que «un refrán (…) non é un

refrán por figurar nun libro de refráns, senón por circular oralmente entre os falantes, por

ser consabido». O autor manifesta a necesidade de «rescatar a oralidade como premisa

científica» e distingue a paremioloxía histórica ou escrita da paremioloxía

contemporánea ou oral:

Podemos, polo tanto, distinguir entre nós dous tipos de paremioloxía: a Paremioloxía

histórica ou escrita, erudita ou arqueolóxica, que traballa con coleccións escritas sobre

as que fai non só crítica textual, senón tamén análise metalingüística, estética,

51 Para coñecer máis sobre estas obras poden verse os prólogos respectivos incluídos neste dicionario en

http://sli.uvigo.gal/DdD/documentos/ddd_prologos.pdf

72

etimolóxica; e a Paremioloxía contemporánea ou oral, que recolle as paremias

actualmente vivas, con especial atención ó nacemento de novas ou á desautomatización

de vellas paremias, para, con ese novo corpus, establecer índices de frecuencia, censo de

paremias mortas, mínimos proverbiais, niveis de exportación e importación, áreas de

difusión e que pode atender tamén a unha parte pragmática (como revitalizar os procesos

de creación e circulación paremiolóxica para contrarrestar o avance da fala plana e

esquelética das modernas cidades).

Ferro Ruibal, 1997: 212

O autor insiste na importancia de establecer métodos novos de recolleita paremiolóxica

que, dalgún xeito, garantan o uso das paremias. Nunha recolleita fraseolóxica de tipo

«tradicional», é importante crear un contexto idóneo para que xurda a linguaxe

fraseolóxica. Para iso, adoitase gravar o informante durante varias horas, introducíndoo

en distintos temas, ata que agromen as expresións que se procuran. Neste tipo de enquisas

é tamén relevante que os informantes se sintan cómodos coa persoa entrevistadora, que

lle teñan confianza. Esta é a maneira de que se relaxen e comecen a falar sen gardar as

distancias con ela, de que empreguen construcións figuradas e refráns no contexto que

mellor lles acaian.

Como acabamos de indicar, esta tarefa require moitas horas de traballo se se desexa

recoller un número suficiente de expresións figuradas que permita realizar unha análise

exhaustiva e, máis aínda, se se pretende que as expresións se vinculen cun eido de estudo

determinado como é o caso do ámbito dos animais. Por tal motivo, decidimos utilizar un

método de recolleita diferente: creamos unha enquisa que nos permitiu guiar as persoas

informantes para obter as respostas que procurabamos.

3.2.1 Punto de partida

Posto que a recolleita fraseolóxica a través de conversas gravadas supuña un traballo

prolongado no tempo e non garantía que obtivésemos as expresións figuradas que

procurabamos, deseñamos a nosa propia enquisa. Trátase dunha enquisa orientada á

extracción de expresións figuradas construídas con referentes animais e ó coñecemento

da valoración que adoitan facer as persoas dos animais. Somos conscientes de que a

enquisa é un método menos exhaustivo que a entrevista oral, pero cremos que si cumpre

uns parámetros mínimos de obxectividade e fiabilidade.

73

Antes de crear a nosa propia enquisa, investigamos sobre a existencia dalgunha similar

en lingua galega para poder ter un referente ou un punto de partida sobre o que traballar.

Comprobamos que non existía un modelo de enquisa preestablecido para traballar con

este tipo de expresións, pois as formas que procurabamos eran moi concretas e estaban

centradas nun eido moi específico. Por iso acudimos a traballos máis xerais, que

abarcasen outros campos de estudo no eido fraseolóxico. Nesta busca achamos a

investigación que levou a cabo Vidal Castiñeira (2003) para recoller o mínimo

paremiolóxico galego da zona de Viana do Bolo (Ourense).

Aínda que o traballo da autora tiña unha finalidade distinta á nosa e ela só se centraba na

recolleita de refráns, pareceunos que a opción de empregar un método estatístico, como

o que ela utilizara, podía ser viable para acadar os obxectivos que perseguiamos.

Decidimos, xa que logo, tomar algunhas ideas do modelo de enquisa que Vidal

Castiñeira52 lles presentou ós seus informantes e, a partir delas, creamos a nosa propia

enquisa adaptada ó tipo de expresións que pretendiamos conseguir.

Vidal Castiñeira realizou dúas enquisas distintas, a primeira coa finalidade de recadar

datos para a segunda. Na primeira enquisa pediulles ás persoas informantes (75 alumnos

e alumnas de instituto de entre 14 e 20 anos) que citasen, nun intervalo de tempo de 15

minutos, todos os refráns que recordasen. Despois, repetiron este mesmo exercicio con

tres informantes de idade avanzada (64, 85 e 87 anos) «cunha boa competencia

fraseolóxica, tanto pola súa idade como por ter vivido a maior parte da súa vida na aldea»

(Vidal Castiñeira, 2003: 80). A autora sinala que, nos dous exercicios, os informantes

tiveron a dificultade de ter que recordar refráns fóra de contexto. Por este motivo, para o

caso dos informantes anciáns, leulles unha listaxe de refráns recollidos nun concello

veciño, co obxectivo de contrarrestar ese inconveniente e que puidesen recordar, así, os

refráns que coñecían.

Despois de realizar estes dous exercicios, que se insiren na primeira das enquisas, a autora

seleccionou os 50 refráns máis repetidos dunha listaxe de 348 que puido extraer de todas

as persoas informantes. A partir deses 50 refráns que presentaban máis incidencia,

realizou a segunda enquisa. Nela preguntoulles a 50 informantes de todas as idades sobre

o seu nivel de coñecemento, comprensión e uso deses refráns e sobre a forma en que os

aprenderan. Finalmente, introduciu unha pregunta aberta relacionada coa utilidade dos

52 Este modelo centrábase nos traballos que Albig (1931) e Permiakov (1989) levaron a cabo para achar o

mínimo paremiolóxico do inglés e do ruso respectivamente.

74

refráns na vida cotiá. Co resultado destas dúas enquisas puido elaborar un exemplo de

mínimo paremiolóxico do galego, centrado na zona de Viana do Bolo.

Ademais de escoller como punto de partida o traballo de Vidal Castiñeira, modelamos a

nosa enquisa baixo os parámetros principais da lingüística cognitiva. Bebemos da

influencia desta disciplina lingüística no sentido de que formulamos as preguntas

baseándonos na codificación mental das persoas, no xeito que ten o ser humano de

interpretar o mundo a través da formación de esquemas mentais, da vinculación da

linguaxe cunha experiencia palpable. Para iso seguimos o discurso de autores como

Rosch (1978); Lakoff e Johnson (1980); Johnson-Laird (1980); Lakoff (1990 [1987]);

Johnson (1987); Langacker (1987); Lakoff e Turner (1989); Gibbs (1992, 1994, 1996 e

1999), entre outros estudosos da materia. O elemento principal no que nos centramos ó

revisar a súa obra foi o da representación mental en que, segundo afirman estes autores,

se organiza a mente humana (vid. capítulo 2). Esta estrutúrase en conceptos que se

vinculan entre si para poder, finalmente, visualizar o mundo que nos rodea dun xeito máis

gráfico, máis claro e fácil de comprender e expresar.

Pensamos que este enfoque cognitivo era necesario para establecer un modelo de pregunta

axeitado, que reflectise os esquemas mentais que posuían os informantes con respecto ós

animais.

3.2.2 O noso modelo de enquisa: obxectivos e criterios de confección

Os obxectivos que pretendemos conseguir coa enquisa son os seguintes:

- Determinar se o retrato e a caracterización dos animais que fan os informantes se

corresponde co obtido a partir das expresións que extraemos das obras

lexicográficas ou se varía cara a outro valor ou significado.

- Comprobar se algunhas das expresións recollidas previamente nas obras

lexicográficas permanecen aínda vivas na fala e coñecer máis variantes ou

expresións novas que non se rexistren nas fontes escritas consultadas.

- Establecer se existen diferenzas en función da idade á hora de seleccionar

expresións ou de atribuírlles valores ós animais.

Deseñamos un modelo de enquisa que se puidese cubrir de xeito oral (mediante unha

entrevista persoal ós informantes) e outro similar para cubrir electronicamente. A enquisa

electrónica (EE), por unha banda, permitía chegar ó maior número de lugares posible e,

75

por outra banda, axudaba a abarcar diferentes franxas de idade, con especial incidencia

nas persoas máis novas (afeitas a este tipo de ferramentas). Coa enquisa oral (EO), en

cambio, tiñamos a posibilidade de poderlles realizar a entrevista a aquelas persoas que

non estivesen familiarizadas coas novas tecnoloxías, moi especialmente xente de idade

avanzada, ou que, simplemente, preferisen este medio para realizala. Ademais, a

comunicación persoal co informante permitía propiciar, dalgún xeito, o contexto idóneo

para preguntar por unha expresión determinada ou extraer a imaxe que a persoa

entrevistada tiña dun animal en concreto.

En segundo lugar, escollemos o tipo de preguntas que se formularían na enquisa con base

nos obxectivos que pretendiamos acadar. Por iso, decidimos introducir campos que nos

proporcionasen información sobre os datos persoais máis xerais dos informantes (idade,

hábitat, estudos etc.), a imaxe que teñen dos animais, a valoración que fan destes e o

recoñecemento ou non de determinadas expresións que se rexistran nas obras

lexicográficas, así coma un campo dedicado á introdución de expresións que puidesen

coñecer e que non se incluísen xa na enquisa.

Unha vez establecidas as bases sobre as que se asentaría a enquisa, comezamos a elaborala

valéndonos das expresións figuradas e refráns que previamente recolleramos nas obras

lexicográficas. Mais, dado que resultaría moi complexo preguntarlles ós informantes por

cada un dos animais que compoñen o noso corpus de traballo, fixemos unha selección

dos máis representativos. Para isto, escollemos os animais que presentaban un maior

número de incidencia de aparición no corpus. Establecemos o límite en 40 aparicións por

animal ou grupos de animais da mesma especie53.

Os grupos de animais que se rexistraban máis de 40 veces no corpus foron can, cadela

(142)54; gato, gata (75); burro, burra (68); boi, vaca, touro, becerro, cuxo, xovenco, xato

(67); lobo, loba (62); porco, porca (48); galo, galiña, pito, pita, polo (42) e carneiro,

ovella, año (40). Así, centramos a enquisa nas 544 expresións resultantes deste filtrado

por animais máis representativos.

53 Entendemos por especie «un conxunto de seres vivos que se distinguen doutros por unha serie de

características comúns» (DRAG: s.v. especie). Deste xeito reunimos nun mesmo grupo boi, vaca, touro,

becerro, cuxo, xovenco, xato; pero tamén os casos de razas propias dentro dun grupo de animais, por

exemplo: galgo, can palleiro ou can perdigueiro dentro do grupo can, cadela. 54 Este dato representa o número de aparicións do grupo de animais, é dicir, o resultado de sumar as

expresións nas que aparecen, neste caso concreto, can, cadela (ou un tipo de can, por exemplo: galgo)

como referentes. No resto dos exemplos seguimos o mesmo procedemento.

76

Dividimos o formulario en cinco apartados diferenciados entre si, cada un deles cunha

finalidade concreta. A seguir describimos os apartados na mesma orde en que figuran na

enquisa:

- Datos persoais: o encabezamento da enquisa foi pensado para que os informantes

facilitasen a súa idade, o sexo, a procedencia55, o hábitat co que se identificaban

máis e o concello56.

- Nomear animais: seleccionamos 10 características (relacionadas co carácter que

se lle atribúe ó animal, coa valoración que o ser humano fai del e con aspectos que

dan conta da relación entre o home e o animal) que se correspondían cos ámbitos

temáticos máis representativos, os que aparecían con máis frecuencia no grupo

das 544 expresións figuradas seleccionadas. Os resultados desta selección foron

os seguintes ámbitos temáticos: ‘agresividade’, ‘intelixencia’, ‘estulticia’,

‘arrogancia’, ‘preguiza’, ‘falsidade’, ‘covardía’, ‘fidelidade’, ‘boa vida’ e ‘mala

vida’. Os informantes debían nomear un ou varios animais que se correspondesen

con esas características. Aceptábase calquera animal e este podíase repetir en

tantos apartados como a persoa entrevistada o considerase necesario.

O obxectivo desta pregunta centrábase en saber como vían os habitantes galegos

os animais e comprobar se a súa visión coincidía coa extraída das expresións

figuradas e refráns que formaban parte do noso corpus. Ademais, atendendo á

variable da idade, poderiamos determinar en que medida as persoas de menor

idade nomeaban máis animais foráneos que as persoas de maior idade.

- Completar expresións: os informantes debían completar 10 locucións

comparativas ás que lles faltaba o animal ó que se facía referencia nestas. O

55 Os informantes debían responder se eran ou non nativos de Galicia. No caso de ser afirmativa a resposta,

debían indicar se estiveran fóra algún tempo de xeito continuado e, no caso de ser negativa, debían indicar

o número de anos que levaban residindo nesta comunidade. Estes datos servirían de variable para

determinar, de ser o caso, o grao de fiabilidade das expresións galegas obtidas posteriormente destes

informantes. 56 Para o caso do hábitat, pareceunos, que hoxe por hoxe, resultaba máis lóxico formular a pregunta desta

forma debido ó abundante abandono do rural en favor das grandes cidades. Deste xeito, aínda que un

informante residise nun núcleo urbano, se creceu e viviu boa parte da súa vida no rural era probable que

se sentise máis identificado con este hábitat en lugar do actual. Ademais, as expresións figuradas que

puidese coñecer construídas con referentes animais, procederían, moi probablemente, do hábitat rural.

Para o caso do concello, decidimos non formular unha pregunta do tipo «concello no que vive», polo

mesmo motivo ca no caso do hábitat. Así, ó preguntar só «concello» a persoa sentiría a liberdade de

escribir o concello co que se sentise máis identificada. Por outro lado, ó ir esta pregunta situada a

continuación da do hábitat, o informante podería dar por suposto, en caso de dúbida, que unha pregunta

se complementaba coa outra.

77

criterio que escollemos para seleccionar estas expresións, e non outras, foi o da

complementariedade. Isto é, seleccionamos as locucións comparativas que

complementaban os ámbitos temáticos da segunda pregunta. Desta maneira

pretendiamos non solapar a información e que aparecesen, quizais, outros animais

que os informantes puideran non mencionar con anterioridade. Empregamos

expresións comparativas en que figurase ben un adxectivo ([manso] coma...) ben

un verbo ([correr] coma...) ou unha locución ([caer de pé] coma...).

Con esta pregunta, ademais de comprobar se os informantes ofrecían ou non

locucións comparativas coincidentes coas que xa tiñamos rexistradas no noso

corpus, podiamos coñecer outras valoracións que fixesen dos diferentes animais

segundo a súa escolla para completar cada locución comparativa.

- Recoñecer expresións: pedíuselles ás persoas entrevistadas que apuntasen se oíran

algunha vez unha serie de expresións concretas, entre as que se atopaban locucións

non comparativas, refráns, dialoxismos e fórmulas. Decidimos modificar

lixeiramente esta pregunta, dependendo se se trataba dunha enquisa oral ou

electrónica.

Nas enquisas orais a persoa entrevistada debía explicar brevemente o significado

da expresión ou o contexto no que esta se dicía. Deste xeito, poderiamos

comprobar se a recoñecía e a reproducía co mesmo significado co que se rexistraba

nas obras escritas ou se, a pesar de recoñecer a expresión, a empregaba con outro

significado que non estivese recollido nestas fontes.

As enquisas electrónicas, pola contra, non propiciaban unha situación adecuada

para que o informante escribise, un por un, o significado de todas as expresións.

Ademais, corriamos o risco de que a enquisa puidese parecer demasiado longa e

o informante decidise non cubrila. Por iso, ideamos un formato intermedio.

Empregamos as mesmas 10 expresións que escollemos para a enquisa oral e

formulamos a pregunta desagregada en tres opcións pechadas: coñézoa e úsoa,

coñézoa pero non a uso e non a coñezo

O criterio que seguimos para seleccionar as expresións que se inclúen nesta

pregunta foi o da frecuencia de aparición en obras lexicográficas, isto é,

escollemos as expresións que se recollían en máis fontes escritas. O obxectivo que

se pretendeu acadar con esta pregunta foi, principalmente, saber se as expresións

78

que máis aparecen nas obras lexicográficas (cos animais que seleccionamos) son

recoñecidas entre a poboación xeral.

- Achegar expresións: o informante debía achegar expresións figuradas e/ou refráns

literais que non apareceran previamente na enquisa e que se construísen cos

referentes animais xa citados ou con outros que non se nomearan. O noso

obxectivo foi recoller construcións aínda vivas na fala que non figurasen nas obras

lexicográficas, formacións neolóxicas ou variantes das expresións xa existentes.

Ademais, desta maneira poderiamos comprobar se aquelas que recollemos das

fontes escritas aínda son utilizadas pola poboación galega. A pesar de ser esta

unha idea tomada do traballo que realizou Vidal Castiñeira (2003), nas enquisas

orais non empregamos o mesmo método que a autora para que os informantes

proporcionasen a información que se lles pedía. Pola contra, guiamos as persoas

informantes, cando non recordaban expresións, con preguntas como: ten ou tiña

animais na casa que axudaban no traballo diario?, e por que axudaban con esa

tarefa?, por que non?, como se comportaban con vostede? etc. Desta maneira,

podían acabar xurdindo expresións figuradas que tomasen como referente a forza

do animal, o seu carácter etc. Procedemos desta maneira co obxectivo de non

condicionar as respostas das persoas informantes coa lectura doutras expresións.

- Nomear adxectivos: seleccionamos as cinco parellas de animais máis repetidas

nas expresións do noso corpus (can/cadela; burro/burra; boi/vaca; gato/gata;

lobo/loba) e pedímoslles ás persoas informantes que nomeasen un ou varios

adxectivos que, na súa opinión, reflectisen as características máis destacables dos

animais desas parellas. O feito de empregar un adxectivo permitíanos, a través da

concordancia, atribuírlle a valoración ó macho ou á femia en cada caso.

- Datos finais: neste apartado final da enquisa volvían aparecer algunhas preguntas

relacionadas cos datos persoais dos informantes. Optamos por presentar o bloque

das cuestións persoais en dous apartados: un ó comezo, como xa comentamos, e

o outro, contra o final da enquisa. O motivo non foi outro que o de conseguir a

relaxación da persoa informante respondendo cuestións que non implicasen un

esforzo mental. Os datos que se formularon nesta parte estaban relacionados coa

lingua coa que o informante aprendeu a falar, a súa lingua habitual e o nivel de

estudos (non foi á escola; estudos básicos; estudos medios; estudos universitarios;

outras situacións). Estas variables permitíannos coñecer datos relacionados coa

79

adquisición das expresións (mediante a oralidade ou a través da escola) e a

fiabilidade con respecto á lingua (para comprobar a existencia ou non de posibles

interferencias lingüísticas).

Somos conscientes de que este modelo de enquisa pode resultar un tanto escaso en canto

ó numero e ó ámbito temático das preguntas. Mais, despois da realización de varias probas

orais cunha enquisa maior, comprobamos que as persoas entrevistadas cansaban no medio

da enquisa e continuaban o exercicio sen mostrar o mesmo interese co que comezaran.

Por iso, decidimos perfilar as nosas preguntas e ofrecer un cuestionario máis curto e

dinámico para obter mellores resultados.

En total realizamos 300 enquisas, das que 250 foron de carácter electrónico e 50 orais. Os

informantes das ditas enquisas pertencen ás catro provincias galegas, con especial

incidencia das provincias da Coruña e Pontevedra. O noso modelo de enquisa oral figura

no anexo número 5 deste traballo e o electrónico pode consultarse no enderezo:

https://docs.google.com/forms/d/1zsdspRj0k2V4gWXg8Tiz8c0xoVjM8N2uHN6TNhg

0Jks/viewform?c=0&w=1

3.3 O tratamento informático dos datos

Para poder realizar un tratamento informático rigoroso das expresións figuradas recollidas

creamos unha base de datos que permitise asignar varias etiquetas a cada unha das

expresións. Esta etiquetaxe facilitaría localizar as expresións por calquera dos seus

constituíntes, así como facer os filtros e recontos necesarios dun xeito sinxelo. Cada

expresión foi catalogada de acordo coas seguintes etiquetas ou campos:

- Expresión: lema propio.

- Lema: palabra pola que aparece no dicionario ou dicionarios consultados.

- Tipo de referente que vén inserido na expresión: animal, ruído, parte do corpo,

vivenda, acción etc.

- Animal: ser vivo ó que se fai referencia na expresión.

- Definición: definición da expresión nos distintos dicionarios que a recollen,

paráfrase do significado da expresión ou definición que achegan os informantes

das enquisas.

80

- Ámbito temático57: ámbito temático en que se insire a expresión.

- Fonte(s): dicionario ou dicionarios en que figura a expresión, así como as fontes

identificadas coas enquisas orais e electrónicas.

- Tipo de fonte: lexicográfica, enquisa oral ou enquisa electrónica.

- Tipo de expresión: unidade monoverbal, refrán, locución comparativa, locución

non comparativa, fórmula e dialoxismo.

- Varia: campo reservado para anotacións complementarias que axuden a aclarar o

significado da expresión ou a vinculala con outra sinónima ou, simplemente, para

comentarios sobre calquera aspecto que sexa pertinente.

A continuación móstrase un exemplo de clasificación, extraído do noso corpus de

traballo:

- Expresión: [testudo/teimoso/terco/obcecado] coma un carneiro

- Lema: carneiro58/teimosía59

- Tipo de referente: animal

- Animal: carneiro

- Definición: ‘ser moi testán’

- Ámbito temático: caracterización (carácter = teimosía)

- Fonte(s): DFG60/LFCEG/EE

- Tipo de expresión: locución comparativa

3.4 Criterios de presentación das expresións no corpus

Normalmente, os criterios de lematización das expresións complexas e, en xeral, das

expresións figuradas non son excesivamente sistemáticos nos dicionarios (pode verse ó

respecto Álvarez de la Granja, 1997). Tentamos, neste traballo, superar esas deficiencias

empregando uns criterios de lematización sistemáticos e regulares, o que implica que o

57 Para completar este campo foi necesario crear unha base de datos paralela na que inserimos unha serie

de ámbitos temáticos, axudándonos de obras especializadas nesta materia. As ditas obras pódense consultar

na bibliografía deste traballo, concretamente en 9.1.2 Dicionarios ideolóxicos, temáticos e conceptuais. 58 DFG 59 LFCEG 60 Como se poderá comprobar no apartado 3.5 deste capítulo, marcamos en letra grosa a fonte da que foi

tirada a definición de cada expresión.

81

lema que aquí se ofrece non sempre vai coincidir co proporcionado polo dicionario ou

dicionarios de onde recollemos a expresión.

Os dicionarios adoitan incluír verbos no lema dalgunhas expresións figuradas

(esencialmente ser ou estar, aínda que non só) que, aínda que frecuentes no emprego de

tales expresións, non son necesarios para o seu uso. Por exemplo, o DRAG ofrece ser un

can vello, co valor de ‘ser astuto e precavido ou ter moita experiencia nun determinado

asunto ou en xeral’. Pero en realidade a locución can vello pode empregarse noutras

construcións distintas á indicada, tal e como comprobamos no seguinte fragmento:

A seu carón, maiestático e solemne, can vello desta mesma camada, o cardenal Hipólito,

tamén irmán de don Afonso, vestido de gran cerimonia, lucindo ampla capa de púrpura

coas beiras e os baixos bordados de ouro (a cursiva é nosa).

Victor Freixanes, 1988: 20

Como se pode ver, o verbo ser (e o artigo un) non están fixados na citada expresión, polo

que esta se lematiza no noso corpus simplemente como can vello (tal e como fai, por outro

lado, o GDXL).

Algunhas das expresións máis problemáticas canto á lematización son as locucións

comparativas, posto que ás veces figuran nos dicionarios coa base de comparación (falso

coma unha burra vella ‘hipócrita’, no GDXL) e outras veces sen ela (coma un can ‘coma

se non se tratase dun ser humano’, tamén no GDXL). Para evitar estas discrepancias

optamos por introducir, entre corchetes e en letra redonda, a base da comparación máis

frecuente, de modo que, nos exemplos indicados, os lemas van ser respectivamente [falso]

coma unha burra vella e [tratar] coma un can. Se a base da comparación non se adoita

facer explícita, incorporamos entre corchetes os verbos ser ou estar, segundo corresponda

([estar] coma unha cabra). Os únicos casos en que non incorporamos a base da

comparación son aqueles en que o símil funciona como un cuantificador, por exemplo:

coma un burro (*‘fai referencia a unha grande cantidade de algo’). Neste caso, dado que

a base da comparación podería ser «traballar», «estudar», «comer», «beber» etc. e á falta

dun verbo que aglutinase todas esas formas optamos por lematizar o símil sen base da

comparación (coma un burro).

Por outra parte, o feito de que existan distintas variantes dunha mesma expresión (levarse

coma can e gato, levarse coma os cans e mailos gatos, andar coma o can e o gato etc.)

dificulta o proceso de lematización das expresións. Para caracterizarmos as unidades

82

fraseolóxicas como sinónimas ou variantes, tomamos como base os criterios que establece

Álvarez de la Granja (1999: 46) a este respecto. Tratamos como variantes dúas expresións

cando estas comparten a mesma imaxe figurada, por exemplo: ceibar os cans na/pola

bouza / meter os cans na bouza. Os significados literais destas dúas expresións están,

como se pode apreciar, moi próximos. A pesar da diferenza de sentido que poida existir

entre ceibar e meter ou entre por e en, a imaxe que se agocha tras as dúas expresións é a

mesma. Ademais, nun discurso dado poderíanse empregar calquera das dúas variantes e

o significado do enunciado non mudaría en absoluto (‘sementar discordia; encirrar a

alguén con mala intención; incitar a outros a que fagan algo’), pois as dúas expresións

figuradas comparten a mesma imaxe e o mesmo significado figurado.

En cambio, existen outras expresións nas que se percibe un significado literal máis

afastado; pero que son sinónimas en canto ó significado figurado que achegan: verse en

pelicas de can (‘pasar apuros, ter dificultades’) / levar unha vida de cans (* ‘vivir con

moitas dificultades’). Consideramos estas expresións como sinónimas e non como

variantes, porque a imaxe que transmiten é distinta. Deste xeito, aparecen no noso corpus

en lemas diferenciados e compútanse máis dunha vez, mentres que as variantes se agrupan

no mesmo lema e computan como unha única expresión.

As unidades fraseolóxicas que se forman sobre unha base de comparación presentan unha

casuística especial ó respecto da variación e a sinonimia. As bases adoitan compartir

trazos con independencia de que teñan diferente significado. Así, por exemplo, no noso

corpus recollemos a expresión comparativa coma un galgo combinada con bases

diferentes como andar, correr, andar lixeiro ou alancar. As catro bases, aínda non sendo

sinónimas, son verbos de movemento e nos catro casos a expresión coma un galgo

proporciona un valor de velocidade. Por este motivo optamos por unificar este tipo de

expresións comparativas no noso corpus agrupándoas nun único lema

([correr/andar/andar lixeiro/alancar] coma un/os galgo/s).

Tentamos agrupar as variantes da maneira máis sinxela posible en cada caso, unificando

as expresións dunha forma abreviada. A seguir mostramos as convencións fixadas para a

lematización das variantes:

- Separamos cunha barra inclinada (/) e sen espazos as palabras que se poden

substituír na expresión, de maneira que o lector entenda que a dita expresión

funciona co mesmo significado con calquera das palabras ofrecidas: [astuto/ser]

coma un raposo/golpe.

83

- Empregamos as parénteses () para introducir palabras ou expresións que poden

aparecer completando a unidade ou non: [escapar/fuxir] coma gato escaldado

(polas brasas). Debe entenderse que a expresión pode formularse como

escapar/fuxir coma gato escaldado ou como escapar/fuxir como gato escaldado

polas brasas.

- Se a expresión corre o risco de aparecer sobrecargada de signos gráficos, non

cumprindo o obxectivo de simplicidade que perseguimos, optamos por separar as

dúas expresións completas cunha barra inclinada e mais cun espazo a cada lado (

/ ); pero considerándoas sempre como variantes: [estar/facer (tanta) falta] coma

os cans na misa/igrexa / [pintar menos] que os cans na misa.

Ademais, como xa explicamos, os adxectivos que se toman como base dunha

comparación figuran entre corchetes e escritos con tipografía redonda ([egoísta] coma un

porco). Nos casos en que o adxectivo admite variación de xénero, por razóns de espazo e

de acordo coa nosa tradición lexicográfica, optamos por escoller a forma masculina como

representante tanto do masculino coma do feminino (vid. Ferro Ruibal, 2006: 180). Así,

enténdese que [testán/teimoso] coma unha mula tamén funciona como [testana/teimosa]

coma unha mula. No caso de que a expresión só se empregue en feminino, así irá

rexistrada: [fera/pórse/botarse] coma unha gata (contra alguén). Para o caso concreto das

expresións monoverbais constituídas polo nome dun animal adoptamos o mesmo criterio:

lematizamos a expresión co xénero masculino (burro) cando pode ser utilizada en

calquera dos dous xéneros sen variar o seu significado. No caso de que a expresión só se

formule no feminino así irá especificado (lagarta).

En canto ós actantes das expresións, incluímos ás veces no lema o complemento indirecto,

o directo e, nalgunha ocasión, o suxeito, sempre entre corchetes e en letra redonda.

Facémolo así nos seguintes casos: cando consideramos que o actante é necesario para

comprender a formación sintáctica da expresión (botarlle o can [a alguén]), cando no

noso corpus rexistramos a mesma expresión con e sen actante (baixar da burra e baixar

da burra [a alguén]) e cando o actante é tan restrinxido que, de non engadilo, perderíase

información semántica que consideramos necesaria para comprender o significado e uso

da expresión (parecer [o mar] un boi deitado).

Polo que respecta á lingua estándar, no caso de que o referente animal da expresión

figurada sexa unha voz non aceptada ou pouco recomendada pola Real Academia Galega

84

(normalmente por tratarse dun castelanismo ou dunha voz dialectal), esta forma mantense

no lema da expresión sen ningunha marca gráfica. Porén, no encabezamento das táboas

que figuran como anexos 1 e 2 deste traballo marcamos cun asterisco (*) as voces de

animais que non están recollidas no Dicionario da Real Academia Galega, co obxectivo

de mostrar a súa incidencia cuantitativa no corpus (por exemplo: Táboa 1:

ABELLA/ABELLÓN/AVESPA/*AVISPA/ABESOURO; Táboa 85: POLBO/*PULPO;

Táboa 64: LURA/*CALAMAR etc.).

No entanto, para evitar lemas demasiado complexos, cando rexistramos variantes de tipo

formal (bicho ~ becho) nunha mesma expresión, optamos por lematizar coa voz

recomendada polo Dicionario da Real Academia Galega (neste caso concreto: bicho).

A totalidade das 1317 expresións figuradas recollidas, lematizadas segundo os criterios

indicados, agrúpanse nun repertorio final (anexos 1 e 2).

3.5 Metodoloxía de análise das expresións

Unha vez recollidas todas as expresións figuradas con referentes animais en fontes

escritas (dicionarios e vocabularios) e orais (enquisas) e catalogadas nunha base de datos,

procedemos á súa análise.

O primeiro paso para comezar co estudo das expresións foi a asignación dos ámbitos

temáticos ós que se adscribía cada unha delas, que se estableceron a diferentes niveis de

xeneralización, como detallaremos inmediatamente, ó analizar a estrutura das táboas

recollidas nos anexos 1 e 2. Así, por exemplo, á expresión [fero] coma gato de sobrado

asígnanselle tres etiquetas temáticas:

Ámbito temático xeral: ‘caracterización’

Ámbito temático intermedio: ‘carácter/condición’

Ámbito temático concreto: ‘agresividade/fereza/voracidade’

Cómpre destacar que, de acordo cos dicionarios temáticos consultados, empregamos,

maioritariamente, substantivos para designar os diferentes ámbitos temáticos concretos

(‘agresividade’, ‘fereza’, ‘teimosía’, ‘ledicia’, ‘fealdade’, ‘delgadeza’ etc.); aínda que

tamén existen casos en que usamos expresións máis complexas (‘boa valoración’, ‘mala

valoración’ e ‘ruído harmonioso’) por non atopar un substantivo apropiado para dar conta

de determinadas características concretas.

85

Unha vez feita a asignación temática, organizamos as expresións figuradas de acordo cos

animais que funcionaban como referentes. Desta maneira dispuxemos grupos de animais

da mesma especie (por exemplo, un grupo no que se aglutinan as expresións con

referentes como boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro). O obxectivo desta

agrupación foi establecer un índice de incidencia daqueles grupos de animais máis

repetidos no corpus de traballo. Somos conscientes de que os valores portados por cada

un deles poden ser distintos, mais cremos que este agrupamento facilita, precisamente, a

comparación entre animais e pon de relevo as concomitancias e diferenzas entre eses

valores.

As expresións figuradas con referentes animais que compoñen o noso corpus están

recollidas no anexo 1 deste traballo. No anexo 2, presentamos as expresións figuradas

construídas con palabras que se poden relacionar con dous ou máis animais (por exemplo:

fociño). Estes dous anexos poden funcionar como glosario da totalidade de expresións

figuradas que compoñen o noso corpus de traballo. Cada un deles está distribuído nunha

serie de táboas en que se insire o nome do animal, ou da palabra relacionada cos animais,

seguindo un criterio alfabético. As expresións figuradas correspondentes desagréganse

nos tres ámbitos temáticos principais que establecemos para a análise: caracterización

(expresións figuradas que mostran aspectos do carácter/condición que os seres humanos

lle atribuímos ó animal, así como as características físicas que destacamos nel), relacións

(expresións figuradas que amosan as relacións existentes entre o home e o animal ou entre

os animais) e valoración (expresións figuradas que mostran a valoración xeral que os

galegos fan dos animais e que non permiten unha concreción maior). Salvo para os casos

de valoración xeral, nos ámbitos temáticos correspondentes á caracterización do animal

e ás relacións que se dan entre este e as persoas ou outros animais, establecemos tres

niveis de especificación semántica. Por exemplo:

Caracterización

o Carácter/condición

Agresividade

Caracterización

o Características físicas

Fealdade

Relacións

o Home-animal

86

Maltrato

Relacións

o Animal-animal

Inimizade

As especificacións semánticas de terceiro nivel (por exemplo, ‘agresividade’) ordénanse

nas táboas segundo o criterio de frecuencia, isto é, sitúase en primeiro lugar aquelas

especificacións semánticas baixo as que se insiren máis expresións , e así sucesivamente.

Por exemplo, no caso do burro, dentro do apartado da caracterización (concretamente no

referido á condición do animal), teremos en primeiro lugar as expresións que se refiren á

súa ‘estulticia’, por seren estas as máis numerosas. As expresións que se encadran en cada

especificación semántica de terceiro nivel seguen a seguinte orde: en primeiro lugar

sitúanse as locucións comparativas e despois as non comparativas (ambos os dous grupos

ordenados segundo un criterio alfabético).

Cada unha das expresións figuradas que compoñen as táboas ten asignadas tres etiquetas:

expresión, significado e fonte. É importante comprender que o significado que se ofrece

na táboa é o significado figurado de cada expresión, que empregamos frecuentemente

para extraer o ámbito temático en que situamos a unidade:

- Expresión: burro cego

- Significado figurado: ‘persoa moi pouco intelixente, moi torpe ou parva’

(DFXG).

- Ámbito temático: ‘estulticia’.

Con todo, en ocasións non existe un vínculo entre o significado figurado e a etiqueta

temática que lle asignamos á expresión. É a forma literal desta a que nos permite extraer

a característica que os seres humanos lle atribuímos ó animal. Por exemplo:

- Expresión: outro can na merenda!

- Significado figurado: ‘dise para indicar que unha persoa actúa igual de mal ca

outra ou que un feito é igual de inconveniente ca outro consabido’ (DFG).

- Ámbito temático: ‘gula’.

No caso das expresións comparativas, é a base de comparación, canda o significado

figurado, o que nos permite establecer o ámbito temático:

87

- Expresión: [fero/ter un xenio] coma un can (doente/de palleiro).

- Significado figurado: ‘expresión que pondera a fereza dun comportamento ou

unha forma de ser irada, irascible’ (DFG, LFCEG).

- Ámbito temático: ‘agresividade/ira/fereza’.

Por outra parte, existen casos en que repetimos unha mesma expresión baixo varios

ámbitos temáticos. Trátase daquelas das que se poden extraer diversas características.

Fixémonos no exemplo can que moito lambe tira o sangue. Esta expresión, que presenta

o significado de *‘quen moito adula agocha segundas intencións’, presentámola baixo os

ámbitos temáticos de ‘agresividade’ e ‘falsidade’, pois dela poden extraerse tanto a

característica da falsidade, na primeira parte («can que moito lambe») como da

agresividade do animal, na segunda parte («tira o sangue»). As expresións repetidas irán

marcadas tipograficamente coa letra R en superíndice: can que moito lambe tira o

sangueR. Xa que logo, estas expresións repítense as veces que sexan necesarias de acordo

con cada caso nas táboas que funcionan como glosario, pero non se computan máis dunha

vez no número total de expresións que compoñen o corpus deste traballo. Pola contra,

repetimos e computamos as veces que sexa preciso unha expresión dentro do corpus

cando presenta máis dun significado figurado. Un caso de repetición é, por exemplo,

ladrar (‘criticar ferozmente’ / ‘falar berrando sen sentido’).

Canto ó significado das expresións figuradas, adoitamos transcribir aquel que se ofrece

na obra da que foron extraídas. Cando unha mesma expresión se rexistra en máis dunha

fonte, escollemos para a nosa táboa o significado que cremos que achega unha

información máis completa e clara. Nestes casos, as siglas da obra da que foi tirada a

definición márcanse en letra grosa. Por exemplo, no seguinte caso a definición ofrecida

foi extraída do DFG:

Agresividade/ira/fereza

Expresión Significado Fonte

ceibar/meter os cans na/pola

bouza/no río

‘sementar discordia;

encirrar a alguén con

mala intención; incitar a

outros a que fagan algo’

DFG, DFXM, DRAG,

GDXL

Táboa 1. Fragmento da táboa 20: can/cadela. Anexo 1.

88

Para aquelas expresións que só figuran no LFCEG, RGMF e no RGB, o que ofrecemos

no apartado do significado é a etiqueta ou etiquetas que lle(s) da(n) nome ó(s) ámbito(s)

temático(s) en que as sitúa o autor da obra:

Fealdade Expresión Significado Fonte [(tan) feo] coma un burro ‘fealdade’ LFCEG

Táboa 2. Fragmento da táboa 14: burro/burra. Anexo 1.

Se esta etiqueta non achega nada relevante que favoreza a comprensión da expresión (por

exemplo, a expresión que ofrecemos a continuación que inclúe a voz cabalo e aparece

baixo a etiqueta temática ‘cabalo’ [RGMF] ou ‘regalo’ [RGB]) buscamos noutras fontes

que non fosen consultadas previamente (refraneiros e dicionarios galegos ou doutras

linguas, artigos, blogs...) e que nos poidan achegar unha definición adecuada para a

expresión. Indicamos a fonte orixinal cunha nota ó rodapé:

Boa valoración Expresión Significado Fonte a cabalo regalado/dado non lle

mires o dente/dentado/legado / a

cabalo regalado non se lle mira

o dente/dentado / o cabalo

regalado, cólleo cos ollos

pechados

‘aconsella aceptar os

regalos de bo grado e sen

poñer ningún reparo, pois

considérase descortés

analizar a calidade do

obsequio, así coma

resaltar os seus defectos

ou erros’1

RGMF, RGB, EE

1 Definición tirada e traducida do Refranero multilingüe (Centro Virtual Cervantes) (2016)

Táboa 3. Fragmento da táboa 15: cabalo/egua/faco/poldro. Anexo 1.

Para os casos en que non atopamos ningunha etiqueta ou definición axeitada para unha

expresión concreta, facemos unha paráfrase do seu significado baseada nas nosas lecturas

e no noso coñecemento cultural. Indicamos que o significado que ofrecemos é noso

mediante un asterisco (*) ó comezo da definición:

Utilidade Expresión Significado Fonte o can de boa raza pensa no pan e

na cazaR

* ‘refírese a que quen é

responsable e centrado

pensa no ocio e tamén no

traballo’

RGMF

Táboa 4. Fragmento da táboa 20: can/cadela. Anexo 1.

89

Do mesmo xeito, os significados das expresións que teñen como única fonte as enquisas

orais e/ou electrónicas61 seguen o mesmo proceso que as definicións anteriores. Así pois,

ofrecemos o significado que apunta o informante (unha vez contrastado noutras fontes)

cando consideramos que é suficiente e claro, e ofrecemos outra definición (xa sexa

extraída doutras fontes ou creada por nós) cando o informante non ofrece ningún

significado ou este é escaso, marcándoa sempre cun asterisco (*).

Coa finalidade de coñecer os ámbitos temáticos que sobresaen das expresións recollidas

no noso corpus e os animais que as vehiculan, expoñemos, no capítulo 4, a totalidade dos

ámbitos temáticos cos que etiquetamos as expresións dos 107 referentes animais que

aparecen representados nas expresións figuradas analizadas (que se poden consultar no

anexo 1 deste traballo). No dito capítulo ordenamos os ámbitos temáticos segundo os tres

niveis de especificación semántica que xa tratamos: caracterización, relacións e

valoración. Ó lado de cada ámbito temático figuran as expresións que se vinculan con el,

o número de animais e os nomes concretos dos animais que funcionan como referentes

das expresións situadas baixo ese ámbito temático concreto. Neste mesmo capítulo

facemos unha valoración global dos resultados obtidos.

Por último, decidimos analizar polo miúdo (dedicándolles cadanseu capítulo) as

expresións figuradas correspondentes a tres parellas de animais especialmente

representativos do noso corpus: can, cadela (161), gato, gata (90) e burro, burra (7262).

En cada un destes capítulos realizamos, en primeiro lugar, unha descrición enciclopédica

do animal (extraída, esencialmente, de dúas enciclopedias animais, Burnie (2002) e

Macdonald (2001)) coa finalidade de recadar datos científicos sobre a súa caracterización

física e psicolóxica, así como sobre os primeiros indicios da súa domesticación.

Pescudamos, tamén, información sobre estes animais nunha enciclopedia galega

universal, Perozo (1999), para recadar, ademais, outros datos que vincularan o animal

61 Na pregunta V das enquisas orais e electrónicas pedíuselles as persoas informantes que ofrecesen

expresións figuradas con referentes animais. Nalgúns casos, por elección propia, os informantes ofreceron

tamén a definición das expresións que achegaron. 62 Cómpre aclarar que, realmente, o terceiro lugar ocúpao o grupo de animais constituído por boi, vaca,

becerro, cuxo, xato, xovenco, touro, con 76 expresións figuradas. Mais decidimos non dedicarlles un

capítulo específico neste traballo por ser un grupo de animais amplamente analizado en galego por Ferro

Ruibal e Benavente Jareño (2010). Na súa análise recollen certos valores que coinciden cos que nós

extraemos das expresións figuradas analizadas (‘mansedume/docilidade’, ‘paciencia’, ‘fereza/brutalidade’,

‘desconcerto, ‘sacralidade’, ‘laboriosidade’, ‘ruídos’, ‘grandura’, ‘gordura’, ‘utilidade’ etc. ), non só no que

respecta á valoración que fan os galegos deste grupo de animais senón tamén a aspectos fraseolóxicos e

simbólicos. Por este motivo, decidimos dedicarlle o terceiro capítulo de análise de expresións figuradas ó

grupo de expresións formado por burro, burra e así poder achegar datos novos sobre a valoración que fan

os galegos dos animais a partir das construcións figuradas que empregan.

90

directamente coa cultura galega. En segundo lugar, analizamos as expresións figuradas

que teñen ese animal concreto como referente para descubrir a valoración que fan os

galegos del. Esta segunda parte de cada capítulo está dividida nos tres ámbitos temáticos

principais de que falamos (caracterización, relacións e valoración) e, dentro de cada un

deles, desenvolvemos a análise das expresións asociadas ós diferentes subámbitos

temáticos ou nives de especificación semántica. Por último, contrastamos os datos obtidos

da análise das expresións figuradas coa valoración que fan os informantes deses mesmos

animais nas enquisas orais e electrónicas. Pretendemos describir, así, a imaxe que teñen

os galegos de cada animal a partir das expresións figuradas que eles mesmos constrúen.

91

4 OS ANIMAIS VISTOS POLOS GALEGOS: ANÁLISE DOS

VALORES ATRIBUÍDOS ÓS ANIMAIS NAS EXPRESIÓNS

FIGURADAS E NAS ENQUISAS

Neste capítulo presentaremos, en primeiro lugar, os ámbitos temáticos resultantes da

análise das expresións figuradas galegas construídas con referentes animais. Con el

pretendemos mostrar os valores que os galegos lles atribúen máis frecuentemente ós

animais con base nas construcións figuradas en que os empregan como referentes.

Ordenaremos esta presentación de acordo coas categorías de caracterización

(desagregada en carácter/condición e características físicas), relacións (separada en

home-animal e animal-animal) e valoración. Os subámbitos temáticos que se recollen en

cada categoría presentan unha orde alfabética. En cada un deles ofrecemos o número de

expresións figuradas que se insiren nel xunto cos animais que funcionan como referentes

de tales expresións. De acordo co explicado no capítulo 3, dedicado ó corpus e á

metodoloxía de traballo, no noso corpus agrupamos os animais pertencentes á mesma

especie, por exemplo boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro, polo que na primeira

fila das táboas que presentamos a continuación deberase entender a palabra animal como

sinónima de grupo de animal. Esta agrupación por especie animal permítenos establecer

un índice de incidencia dos grupos de animais máis repetidos nas expresións figuradas

galegas, aínda que en ocasións soamente un dos animais que compoñen o grupo porte o

valor indicado, tal e como ocorre, por exemplo, co subámbito temático de ‘sacralidade’

en que só vaca vehicula este valor. Separamos os grupos de animais mediante unha dobre

barra vertical (‖).

Nas distintas táboas dos anexos 1 e 2 decidimos agrupar algúns valores transmitidos polas

diferentes expresións debido á súa proximidade e dificultade de establecer límites claros

entre uns e outros. Así sucede, por exemplo, con ‘bondade/mansedume’ en relación con

boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco e touro. Tales agrupamentos realizáronse á vista

dos valores portados polas expresións concretas de cada táboa, de modo que poden variar

para cada unha delas. Por exemplo, no caso de año, carneiro, cordeiro, ovella e pécora,

‘mansedume’ agrúpase, non con ‘bondade’, senón con ‘docilidade, submisión e

obediencia’. Á hora de confeccionar a táboa que presentamos a seguir, optamos por xuntar

todos aqueles grupos de valores que tiñan algún elemento común, de modo que no caso

indicado agrupamos ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’, dada a

92

presenza de ‘bondade’ en ambos os dous grupos. Remitimos ós anexos 1 e 2 para obter

unha visión máis precisa dos valores concretos portados por cada animal.

Xa que o noso obxectivo é ofrecer unha mostra dos valores máis representativos do noso

corpus e dos animais empregados para vehiculalos, marcaremos en letra grosa aqueles

subámbitos temáticos que sobresaen por riba dos outros por teren 20 ou máis expresións

asociadas con eles. Despois da análise de cada categoría principal (caracterización,

relacións e valoración) faremos un comentario dos datos extraídos.

Por último, ofreceremos as valoracións directas dos animais que achegan os informantes

das nosas enquisas orais e electrónicas co obxectivo de saber se se corresponden co obtido

a partir das expresións figuradas do corpus.

4.1 Caracterización

4.1.1 Carácter/condición

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Adaptación 1 1 camaleón

Aforro 1 1 formiga

Agresividade/ira/fereza/voracidade 138 23 abella, abellón,

abesouro, avespa,

*avispa ‖ alacrán ‖

año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ bexato,

buxato ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖

cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ can,

cadela ‖ cobra, serpe ‖

corvo ‖ formiga ‖

galo, galiña, pito,

pita, polo ‖ gato, gata

‖ hiena ‖ león ‖

lobicán,*lubicán ‖

lobo, loba ‖ porco,

cocho, porca ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro,

*zorra ‖ sapo ‖

teixugo, porco teixo ‖

93

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

víbora ‖ xabaril,

porco bravo, *jabalí

Amorosidade 4 2 pombo, pomba ‖ rula,

rola

Aproveitamento 3 2 cuco ‖ sambesuga,

samesuga

Arrogancia/fachenda/presunción 13 2 cuco ‖ galo, galiña,

pito, pita, polo

Astucia/malicia 31 14 cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ cuco‖

galo, galiña, pito,

pita, polo ‖ gato, gata

‖ lagarto, lagarta ‖

laverca ‖ lebre ‖ lince

‖ *lirón (leirón) ‖

lobo, loba ‖ lura,

*calamar ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro,

*zorra ‖ rata ‖ rato

Atracción 1 1 cuco

Atrevemento 2 2 gato, gata ‖ lagarto,

lagarta

Autoridade 9 1 galo, galiña, pito,

pita, polo

Avaricia 3 2 lura, *calamar ‖ rata

Benquerenza 2 2 can, cadela ‖ mono,

mona

Boa memoria 1 1 elefante

Bondade/mansedume/docilidade/submisión/

obediencia

25 6 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖

coello, coella ‖ merlo

‖ parrulo, pato

Coidado 1 1 pega

Covardía 11 5 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ avestruz ‖

can, cadela ‖ galo,

galiña, pito, pita, polo

‖ macaco

94

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Desconcerto/perplexidade 4 2 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro

Desconfianza 1 1 laverca

Descontrol 1 1 cabalo, egua, faco,

poldro

Desorde/desleixo 2 1 galo, galiña, pito,

pita, polo

Dominio 2 2 can, cadela ‖ macho,

mula

Egoísmo 1 1 porco, cocho, porca

Escasa adaptabilidade 2 1 galo, galiña, pito,

pita, polo

Esquiveza 1 1 cobra, serpe

Estulticia 29 8 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖

galo, galiña, pito,

pita, polo ‖ macaco ‖

mascato ‖ porco,

cocho, porca ‖ toupa,

toupeira, *topo

Falsidade 37 13 anguía, *anguila ‖

año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖

cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ can,

cadela ‖ cobra, serpe ‖

gato, gata ‖ lobo, loba

‖ macho, mula ‖ merlo

‖ teixugo, porco teixo

‖ raposo, raposa,

golpe, *zorro, *zorra

Fidelidade/servilismo 6 1 can, cadela

Fogosidade 3 1 gato, gata

95

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Fortuna 6 2 burro, asno, burra ‖

gato, gata

Gula 50 6 boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco,

touro ‖ burro, asno,

burra ‖ can, cadela ‖

gato, gata ‖ porco,

cocho, porca ‖ rato

Humildade 2 1 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora

Indefensión 1 1 mosca

Infidelidade 1 1 cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio

Ingratitude 3 2 cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ gato,

gata

Inmoralidade 5 3 mono, mona ‖ porco,

cocho, porca ‖ rata

Inocencia 5 4 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖

macho, mula ‖

parrulo, pato

Inocuidade 1 1 mosca

Inquedanza 2 1 galo, galiña, pito,

pita, polo

Insensatez 13 4 cabalo, egua, faco,

poldro ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ can,

cadela ‖ mono, mona

Insignificancia 6 4 gato, gata ‖ mosca ‖

sapo ‖ rata

Insolencia 1 1 laverca

Intelixencia/sabedoría 38 20 abella, abellón,

abesouro, avespa,

96

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

*avispa ‖ aguia ‖ boi,

vaca, becerro, cuxo,

xato, xovenco, touro ‖

can, cadela ‖ cobra,

serpe ‖ coello, coella ‖

cuco ‖ curuxa ‖

donicela, doniña,

*denociña, *donosiña

‖ esquío, *ardilla ‖

gaivota ‖ grilo ‖

laverca ‖ lebre ‖ lince

‖ *lirón (leirón) ‖

lobo, loba ‖ moucho ‖

pega ‖ rato

Intromisión 1 1 laverca

Inxenuidade 1 1 gato, gata

Laboriosidade 7 5 abella, abellón,

abesouro, avespa,

*avispa ‖ araña ‖

burro, asno, burra ‖

can, cadela ‖ formiga

Languidez 1 1 boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco,

touro

Ledicia 12 10 carricanta ‖ cotovía ‖

cuco ‖ gato, gata ‖

laverca ‖ mono, mona

‖ pega ‖ periquito ‖

rula, rola ‖ xílgaro

Liberdade 6 3 boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco,

touro ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖

perdiz

Lixeireza 4 2 bubela ‖ galo, galiña,

pito, pita, polo

Maldade/ruindade/crueldade 32 11 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ can,

cadela ‖ cobra, serpe ‖

gato, gata ‖ hiena ‖

lobo, loba ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro,

97

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

*zorra ‖ sapo ‖ víbora

‖ voitre

Molestia 10 3 abella, abellón,

abesouro, avespa,

*avispa ‖ carracha ‖

mosca

Morte/fin 4 1 cuco

Noctambulismo 4 2 can, cadela ‖ gato,

gata

Noxo 1 1 carracha

Orgullo 2 2 aguia ‖ año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora

Paciencia 2 2 boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco,

touro ‖ gato, gata

Perigo 6 3 araña ‖ curuxa ‖

donicela, doniña,

*denociña, *donosiña

Pobreza 6 3 araña ‖ miñoca ‖ rata

Precariedade/mala vida 17 2 cabalo, egua, faco,

poldro ‖ can, cadela

Precaución 9 4 galo, galiña, pito,

pita, polo ‖ gato, gata

‖ lebre ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro,

*zorra

Preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida 38 15 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

cabalo, egua, faco,

poldro ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ can,

cadela ‖ cobra, serpe ‖

cuco ‖ galo, galiña,

pito, pita, polo ‖ gato,

gata ‖ lagarto, lagarta

‖ mono, mona ‖

porco, cocho, porca ‖

raposo, raposa, golpe,

*zorro, *zorra ‖ sapo

98

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Prevención 1 1 rato

Promiscuidade 14 7 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ can,

cadela ‖ galo, galiña,

pito, pita, polo ‖

lagarto, lagarta ‖ lebre

‖ raposo, raposa,

golpe, *zorro, *zorra

Queixa 3 1 galo, galiña, pito,

pita, polo

Ridiculez 3 1 mono, mona

Roubo 8 4 cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖

garduño, garduña ‖

gato, gata ‖ rato

Rudeza/brutalidade 24 8 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ arroaz,

*arroás ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖

cabalo, egua, faco,

poldro ‖ cabrón,

castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖

cachalote ‖ porco,

cocho, porca

Sacralidade 1 1 boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco,

touro

Seriedade 1 1 moucho

Sixilo 1 1 raposo, raposa, golpe,

*zorro, *zorra

Sociabilidade 3 1 pombo, pomba

Soidade/independencia 13 7 can, cadela ‖ curuxa ‖

gato, gata ‖ moucho ‖

perdiz ‖ porco, cocho,

99

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

porca ‖ teixugo, porco

teixo

Teimosía/insistencia 16 8 año, carneiro,

cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖

can, cadela ‖ macho,

mula ‖ mono, mona ‖

porco, cocho, porca ‖

teixugo, porco teixo

Tolemia 4 2 cabrón, castrón,

cabuxo, cabra,

cabuxa, chiba,

cabrito, curcio ‖ grilo

Tristeza 1 1 moucho

Valentía 9 4 can, cadela ‖ lebre ‖

león ‖ lobo, loba

Vida 2 1 cuco

Táboa 5. Ámbitos temáticos referidos ó carácter e condición dos animais.

Neste primeiro apartado dedicado ó carácter e condición dos animais, percibimos que

dominan, de xeito xeral, os valores referidos ás características negativas (tales como a

‘agresividade/ira/fereza/voracidade’, ‘covardía’, ‘desorde/desleixo’, ‘estulticia’,

‘falsidade’, ‘insignificancia’, ‘molestia’, ‘precariedade/mala vida’ etc.), que supoñen un

50,60 % do total destes 77 valores. Outras características, que podemos considerar neutras

ou positivas/negativas segundo os casos (como ‘atracción’, ‘coidado’, ‘inocuidade’,

‘liberdade’, ‘noctambulismo’, ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’

etc.) supoñen un 28,42 % do total, mentres que as características claramente positivas

(como ‘boa memoria’, ‘fortuna’, ‘intelixencia/sabedoría’, ‘laboriosidade’, ‘sacralidade’

etc. ) supoñen o 20,98 %, sendo as que menor incidencia teñen neste apartado referido ó

carácter ou condición do animal. Con todo, as porcentaxes ofrecidas deben tomarse como

meramente orientativas e aproximadas, na medida en que a consideración dos valores

como negativos, positivos e neutros non deixa de ser subxectiva e matizable para cada

expresión concreta.

Por outra parte, rexistramos 10 valores que sobresaen entre os demais por estar vinculados

con 20 ou máis expresións figuradas e que, polo tanto, representan as características que

100

máis frecuentemente lles atribúen os galegos ós animais a través das construcións que

empregan. Estes valores son ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ (138 expresións e 23

animais); ‘gula’ (50 expresións e 6 animais); ‘intelixencia/sabedoría’ (38 expresións e

20 animais), ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ (38 expresións e 15 animais);

‘falsidade’ (37 expresións e 13 animais); ‘maldade/ruindade/crueldade’ (32 expresións

e 11 animais); ‘astucia/malicia’ (31 expresións e 14 animais); ‘estulticia’ (29 expresións

e 8 animais); ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’ (25 expresións

e 6 animais) e ‘rudeza/brutalidade’ (24 expresións e 8 animais).

Para vehicular estes valores, os galegos adoitan fixarse en comportamentos instintivos

dos animais ([bater co pé no chan] coma un carneiro colludo ‘rebelarse’; [maleducado/ir

criado] coma un porco ‘úsase para ponderar a mala educación de alguén’), nos seus gustos

([durar] coma manteiga en/no nariz/fociño de/do can ‘fugacidade’), na súa aprendizaxe

con respecto á vida doméstica (o boi vello vai/anda polo/no rego / boi vello, pola

rilleira/rilleiro / o boi vello de seu leva o rego ‘dise da persoa experimentada que sabe

actuar en consecuencia’), nos seus hábitos (mentres o can dorme, o lobo mata e come *

‘úsase para contrapoñer unha persoa preguiceira a outra traballadora’), na súa forma de

actuar cos humanos ou con outros animais ([ser/manso] coma un boi (machado) ‘ser de

moi bo natural, ser moi manso’; facerse a gata morta ‘actuar con finximento e malicia’)

etc. Na maior parte das expresións figuradas que portan estes valores dáse un proceso de

animalización do ser humano, de maneira que as características que se destacan do animal

pasan a cualificar tamén o ser humano (cabrón ‘persoa maliciosa ou malintencionada’;

[ter máis maldade] ca sete raposas ‘ruindade’); mesmo se animalizan certos sentimentos

ou estados de ánimo (cabuxo ‘enfado que dura pouco tempo’; estar/ter co/o cabuxo ‘estar

enfadado’; can ‘nugalla, preguiza, falta de vontade para traballar’).

Os animais que escollen os galegos para vehicular estes valores máis representativos son

de natureza variada, pois rexistramos animais próximos ó eido doméstico63, animais

63 Os animais que catalogamos como próximos ó eido doméstico son aqueles que viven ó carón do home

(can, gato, porco, galiña ...), e tamén os que antano o fixeron, aínda que hoxe sexan menos frecuentes (boi

ou burro). Tamén interpretamos como próximos ó eido doméstico aqueles animais que non resulten estraños

dentro das casas (mosca, abella, araña, rato ...) ou nos seus arredores máis inmediatos, de forma que as

persoas estean acostumadas a velos diariamente (formiga, pega, gaivota, sapo, ...). É importante entender

que a nosa clasificación de animais domésticos ou próximos ó ser humano é moi ampla, posto que quixemos

ter en conta a realidade da Galicia rural, imaxe sobre a que se crean a maioría das expresións figuradas con

referentes animais que analizamos, na que os seres humanos conviven a diario tanto cos animais que se

crían no recinto doméstico como con aqueles máis próximos a el. Deixamos a un lado modas extravagantes

que consideran domésticos outro tipo de animais (camaleón, serpe...) que na nosa clasificación

recoñecemos como exóticos ou salvaxes dependendo de se son animais propios de Galicia ou non.

101

salvaxes e animais exóticos. Os grupos de animais próximos ó eido doméstico que

recollemos son abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa ‖ año, carneiro, cordeiro,

ovella, pécora ‖ boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro, asno, burra ‖

cabalo, egua, faco, poldro ‖ cabrón, castrón, cabuxo, cabra, cabuxa, chiba, cabrito,

curcio ‖ can, cadela ‖ coello, coella ‖ corvo ‖ formiga ‖ gaivota ‖ galo, galiña, pito, pita,

polo ‖ gato, gata ‖ grilo ‖ lagarto, lagarta ‖ laverca ‖ macho, mula ‖ merlo ‖ parrulo, pato

‖ pega ‖ porco, cocho, porca ‖ rato ‖ sapo ‖ toupa, toupeira, *topo. De xeito xeral, estes

animais pertencentes ó ámbito doméstico e que están presentes na vida diaria dos galegos

sérvenlles, xunto con outros salvaxes e algún exótico, para conceptualizar os 10 valores

que citamos anteriormente, pero só en dous destes valores se empregan exclusivamente

os animais próximos ó eido doméstico; trátase de

‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/ obediencia’ e ‘gula’.

Os animais salvaxes que vehiculan estes dez valores máis representativos son aguia ‖

alacrán ‖ anguía, *anguila ‖ arroaz, *arroás ‖ bexato, buxato ‖ cachalote ‖ cobra, serpe ‖

cuco ‖ curuxa ‖ donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖ lebre ‖ *lirón

(leirón) ‖ lobicán,*lubicán ‖ lobo, loba ‖ lura, *calamar ‖ mascato ‖ moucho ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ rata ‖ teixugo, porco teixo ‖ víbora ‖ voitre ‖ xabaril, porco

bravo, *jabalí. Os animais salvaxes aparecen representados en 8 dos 10 valores con máis

incidencia no noso corpus: ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’; ‘intelixencia/sabedoría’;

‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’; ‘falsidade’; ‘maldade/ruindade/crueldade’;

‘astucia/malicia’; ‘estulticia’ e ‘rudeza/brutalidade’.

Canto ós animais exóticos que escollen os galegos para vehicular estes valores,

rexistramos: hiena ‖ león ‖ lince ‖ macaco ‖ mono, mona. En comparación cos animais

próximos ó eido doméstico e os salvaxes, os exóticos teñen unha incidencia de aparición

menor nas expresións figuradas galegas, algo que non é de estrañar posto que, como xa

comentamos, as persoas adoitan fixarse nos elementos que teñen máis próximos para

crear expresións figuradas. Os valores que portan estes animais son os de

‘agresividade/ira/fereza/voracidade’; ‘estulticia’; ‘intelixencia/sabedoría’;

‘maldade/ruindade/crueldade’; ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ e

‘astucia/malicia’.

Os animais máis representados en cada un dos 10 valores que destacamos son lobo, loba

> ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’; can, cadela e gato, gata > ‘gula’; can, cadela >

‘intelixencia/sabedoría’; can, cadela > ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’; gato,

gata e lobo, loba > ‘falsidade’; víbora > ‘maldade/ruindade/crueldade’; raposo, raposa,

102

golpe, *zorro, *zorra > ‘astucia/malicia’; burro, asno, burra > ‘estulticia’; año, carneiro,

cordeiro, ovella, pécora > ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’ e

porco, cocho, porca > ‘rudeza/brutalidade’.

4.1.2 Características físicas

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Agudeza visual 2 1 lince

Altura 1 1 quenlla

Aspereza 1 1 ourizo, ourizo cacho

Ausencia de movemento 1 1 ostra

Axilidade 19 11 anguía, *anguila ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato, xovenco,

touro ‖ cabrón, castrón, cabuxo,

cabra, cabuxa, chiba, cabrito,

curcio ‖ cobra, serpe ‖ corzo ‖

donicela, doniña, *denociña,

*donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖

garduño, garduña ‖ gato, gata ‖

mono, mona ‖ parrulo, pato

Beleza 4 4 laverca ‖ mono, mona ‖ pombo,

pomba ‖ rula, rola

Bo ouvido 3 2 can, cadela ‖ porco, cocho, porca

Bo olfacto 1 1 can, cadela

Cansazo 1 1 raposo, raposa, golpe, *zorro,

*zorra

Cegueira/mala visión 4 2 mascato ‖ toupa, toupeira, *topo

Cor 7 5 corvo ‖ escaravello ‖ laverca ‖

merlo ‖ pombo, pomba

Debilidade 1 1 gorrión

Delgadeza 13 9 araña ‖ arenque ‖ bacallau ‖ can,

cadela ‖ longueirón ‖ miñoca,

lombriga ‖ quenlla ‖ sardiña ‖

troita

Fealdade 13 11 burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖

corvo ‖ lamprea ‖ lobo, loba ‖

macaco ‖ moucho ‖ oso ‖ ourizo,

ourizo cacho ‖ sapo ‖ teixugo,

porco teixo

Fertilidade 3 1 coello, coella

Fortaleza 16 10 boi, vaca, becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖ burro, asno,

burra ‖ cabalo, egua, faco,

103

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

poldro ‖ elefante ‖ león ‖ lobicán,

*lubicán ‖ lobo, loba ‖ oso ‖

porco, cocho, porca ‖ xabaril,

porco bravo, *jabalí

Gordura 17 10 arroaz, *arroás ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato, xovenco,

touro ‖ foca ‖ gato, gata ‖ londra ‖

marraxo ‖ porco, cocho, porca ‖

ra ‖ sapo ‖ teixugo, porco teixo

Grandura 20 10 arroaz, *arroás ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato, xovenco,

touro ‖ burro, asno, burra ‖

cabalo, egua, faco, poldro ‖

elefante ‖ lobo, loba ‖ oso ‖

porco, cocho, porca ‖ sapo ‖

xabaril, porco bravo, *jabalí

Hábitat 8 5 curuxa ‖ galo, galiña, pito, pita,

polo ‖ *pulpo (polbo) ‖ toupa,

toupeira, *topo ‖ rata

Lentitude 11 7 araña ‖ boi, vaca, becerro, cuxo,

xato, xovenco, touro ‖ caracol ‖

*caracola, buguina ‖ formiga ‖

sapo ‖ tartaruga, *tortuga,

sapoconcho

Movemento 29 12 cangrexo ‖ choco ‖ cobra, serpe ‖

coello, coella ‖ congro ‖ formiga

‖ lagarto, lagarta ‖ lesma ‖ lura ,

*calamar‖ miñoca, lombriga ‖

porco, cocho, porca ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro, *zorra

Parte do corpo 1 1 porco, cocho, porca

Pequenez 13 8 abella, abellón, abesouro,

avespa, *avispa ‖ formiga ‖ galo,

galiña, pito, pita, polo ‖ mincha ‖

pisco ‖ pulga ‖ rato ‖ sapo

Resistencia 7 5 burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖

gato, gata ‖ sapo ‖ teixugo, porco

teixo

Ruído 40 15 abella, abellón, abesouro,

avespa, *avispa ‖ año, carneiro,

cordeiro, ovella, pécora ‖ boi,

vaca, becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖ burro, asno,

burra ‖ cabalo, egua, faco,

poldro ‖ can, cadela ‖ cobra,

serpe ‖ galo, galiña, pito, pita,

polo ‖ gato, gata ‖ grilo ‖ lobo,

104

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

loba ‖ merlo ‖ papagaio, *loro,

*cotorra ‖ pega ‖ porco, cocho,

porca

Ruído harmonioso 8 7 calandra ‖ canario ‖ *golondrina

(andoriña) ‖ laverca ‖ reiseñor,

ruisinol ‖ rula, rola ‖ xílgaro

Silencio 3 3 cuco ‖ mosca ‖ rato

Sucidade 14 5 bubela ‖ can, cadela ‖ galo,

galiña, pito, pita, polo ‖ gato,

gata ‖ porco, cocho, porca

Suxeición 5 4 lapa ‖ lesma ‖ *pulpo (polbo) ‖

sambesuga, samesuga

Torpeza 3 2 cabalo, egua, faco, poldro ‖ sapo

Velocidade 23 13 cabalo, egua, faco, poldro ‖ can,

cadela ‖ cobra, serpe ‖ corzo ‖

donicela, doniña, *denociña,

*donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖

formiga ‖ gato, gata ‖ lebre ‖

lobo, loba ‖ pisco ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖

troita

Táboa 6. Ámbitos temáticos referidos ás características físicas dos animais.

Canto ás características físicas que os galegos destacan dos animais para crear expresións

figuradas, sobresaen valores de tipo neutro (como ‘altura’, ‘ausencia de movemento’,

‘cor’, ‘hábitat’, ‘parte do corpo’, ‘ruído’, ‘movemento’, ‘silencio’ etc.) que representan o

45,17 % do total das 31 características físicas extraídas. O 29,03 % son valores que

consideramos positivos (como ‘agudeza visual’, ‘axilidade’, ‘beleza’, ‘bo ouvido’, ‘bo

olfacto’, ‘resistencia’ etc.) e o 25,80 % restante responde a valores negativos (como

‘aspereza’, ‘cansazo’, ‘fealdade’, ‘sucidade’ etc.).

Entre estes 31 valores que os galegos lles asignan ós animais referidos ás características

físicas, destacan, con 20 ou máis expresións figuradas, os de ‘ruído’ (40 expresións e 15

animais); ‘movemento’ (29 expresións e 12 animais); ‘velocidade’ (23 expresións e 13

animais) e ‘grandura’ (20 expresións e 10 animais). Os tipos de ruídos que os galegos

salientan nestas expresións son aqueles que adoitan emitir os animais, próximos ó eido

doméstico maioritariamente64, que viven ó seu redor e que eles empregan esencialmente

64 Só rexistramos un animal exótico na listaxe de animais que os galegos empregan como referentes de

‘ruído’: papagaio, *loro, *cotorra.

105

para animalizar o comportamento verbal dunha persoa, por exemplo: abelloar,

abesourar, (abelloar/abesourar ‘molestar con exceso de ruído ou con palabras pouco

agradables’), balar (ovella que bala/berra, bocado que perde ‘perder o tempo’), bruar

([berrar/bruar] coma un touro * ‘berrar unha persoa’), bufar ([bufar] coma un gato *

‘refírese ó estado de enfado de alguén’), cacarexar, cascarexar (cacarexar/cascarexar

‘falar alto e con voz aguda’), ornear (ornear ‘dicir burradas en voz alta’), ladrar

([ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) * ‘berrar dominado pola

ira’), miar, miañar (miar/miañar ‘laiarse unha persoa’), ouvear, oulear (ouvear/oulear

‘emitir sons agudos e fortes ou palabras en voz moi alta’) etc. Neste ámbito domina sobre

os demais animais o grupo formado por abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa.

Canto ós tipos de movementos que os galegos destacan nos animais, rexistramos maneiras

prototípicas de moverse de cada animal ([andar coas pernas arrastro] coma (o) un

cangrexo * ‘andar arrastrando os pés’), movementos repetitivos dun animal a ollos do ser

humano ([dar máis voltas] ca unha raposa * ‘estar en continuo movemento’), resultados

dos movementos dun animal ([deixar rastro] coma a lesma * ‘deixar pegadas, indicios’)

ou outro tipo de accións propias dos animais (fozar ‘andar en algo alterando a súa

disposición’). Deste xeito, o ser humano compárase cun animal e conceptualiza os seus

propios movementos a través dos movementos animais; aínda que tamén se dan outro

tipo de situacións: casos en que o movemento do ser humano ten unha interpretación

metafórica ([arrastrarse] coma as miñocas/miocas ‘humillarse’) e outros en que o

movemento do animal é o referente dun estado físico no ser humano (aformigar/formigar

‘experimentar unha sensación entre o proído e as cóxegas nunha parte do corpo’). Os

galegos reparan tanto en animais próximos ó eido doméstico (coello, coella ‖ formiga ‖

lagarto, lagarta ‖ lesma ‖ miñoca, lombriga ‖ porco, cocho, porca) coma salvaxes

(cangrexo ‖ choco ‖ cobra, serpe ‖ congro ‖ lura , *calamar‖ raposo, raposa, golpe,

*zorro, *zorra) para conceptualizar este tipo de situacións da súa vida diaria. Non

atopamos indicios do emprego de animais exóticos en expresións co referente do

movemento. O animal que destaca sobre os demais como referente de movemento para

os galegos é a formiga.

Con respecto ó ámbito temático da velocidade, os galegos adoitan compararse con

animais veloces para conceptualizar a súa propia velocidade, tanto asociada á velocidade

física da persoa ([correr/andar/andar lixeiro/alancar] coma un/os galgo/s / que nin os

galgos ‘expresión que pondera a velocidade de alguén’) como a accións cotiás que se

106

realizan con présa ([bulir] coma un formigueiro * ‘realizar unha actividade con moita

rapidez’). Ademais, existen determinados casos en que a velocidade do animal escollido

como referente da expresión serve para facer referencia a distancias que as persoas

consideran curtas (a carreira dunha lebre ‘distancia máis ben curta’) ou a avances fugaces

no tempo ([correr/pasar (os días)] coma o cabalo ‘fugacidade, rapidez’). O valor de

‘velocidade’ é vehiculado por animais próximos ó eido doméstico (cabalo, egua, faco,

poldro ‖ can, cadela ‖ formiga ‖ gato, gata ‖ pisco) e animais salvaxes (cobra, serpe ‖

corzo ‖ donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖ lebre ‖ lobo, loba ‖

raposo, raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ troita), aínda que apreciamos o predominio dos

segundos sobre os primeiros. Así e todo, sobresaen dous grupos de animais na creación

de expresións figuradas galegas co valor da velocidade que pertencen ó ámbito

doméstico: can, cadela e gato, gata (co mesmo número de incidencia de aparición no

corpus). Deste xeito, aínda que os galegos escollan máis animais salvaxes como referentes

das expresións figuradas que vehiculan este valor, crean máis expresións figuradas con

referentes do ámbito doméstico. Non achamos casos do emprego de animais exóticos para

transmitir este valor nas expresións figuradas galegas analizadas.

Por último, para conceptualizar a grandura os galegos empregan principalmente animais

próximos ó espazo doméstico (boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro,

asno, burra ‖ cabalo, egua, faco, poldro ‖ porco, cocho, porca ‖ sapo), posto que son

referentes cos que conviven e cos que primeiro establecen comparacións de tamaño. Así

e todo, tamén empregan como referentes animais salvaxes (arroaz, *arroás ‖ lobo, loba ‖

oso ‖ xabaril, porco bravo, *jabalí) e, en menor medida, exóticos (elefante). O animal

que os galegos empregan como referente dun maior número de expresións figuradas para

conceptualizar a grandura é o grupo formado por burro, asno, burra.

4.2 Relacións

4.2.1 Home-animal

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Control 1 1 gato, gata

Dominio 2 2 can, cadela ‖ macho, mula

Inutilidade 1 1 mosca

Maltrato 39 5 boi, vaca, becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro ‖ burro, asno,

107

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

burra ‖ can, cadela ‖ macho,

mula ‖ mono, mona

Molestia 10 3 abella, abellón, abesouro,

avespa, *avispa ‖ carracha ‖

mosca

Semellanza 1 1 can, cadela

Utilidade 32 7 año, carneiro, cordeiro, ovella,

pécora ‖ boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco, touro ‖

burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖

galo, galiña, pito, pita, polo ‖

gato, gata ‖ porco, cocho, porca

Táboa 7. Ámbitos temáticos referidos ás relacións que se establecen entre o home e o animal.

Polo que respecta ás relacións que destacan os galegos entre o ser humano e o animal,

rexistramos 7 características das que 3 son negativas (‘inutilidade’, ‘maltrato’ e

‘molestia’), 3 neutras (‘control’, ‘dominio’ e ‘semellanza’) e 1 positiva (‘utilidade’).

Destes 7 valores destacan especialmente os de maltrato (39 expresións e 5 animais) e

utilidade (32 expresións e 7 animais).

Naquelas expresións figuradas en que se percibe unha relación de maltrato entre o ser

humano e os animais destacan, maioritariamente, os próximos ó eido doméstico65 (boi,

vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖ macho,

mula). Ademais, chama especialmente a atención o grande número de expresións

figuradas (39) que se xeran a partir da imaxe de cinco grupos de animais. O grupo animal

máis empregado polos galegos como referente do maltrato é burro, asno, burra.

Para o caso das expresións nas que o referente é a utilidade do animal para os seres

humanos, todos os grupos animais empregados pertencen ó ámbito doméstico (año,

carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖ boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro,

asno, burra ‖ can, cadela ‖ galo, galiña, pito, pita, polo ‖ gato, gata ‖ porco, cocho, porca).

O referente máis empregado para vehicular este valor é boi, vaca, becerro, cuxo, xato,

xovenco, touro.

65 Dos cinco grupos de animais que se empregan como referentes do maltrato, catro deles son considerados

próximos ó espazo doméstico e un exótico: mono, mona.

108

4.2.2 Animal-animal

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Agrupación 25 11 abella, abellón, abesouro,

avespa, *avispa ‖ año, carneiro,

cordeiro, ovella, pécora ‖

escaravello ‖ formiga ‖ grilo ‖

lobo, loba ‖ mosca ‖ piollo ‖

pombo, pomba ‖ rula, rola ‖ sapo

Inimizade 15 3 can, cadela ‖ gato, gata ‖ rato

Respecto 4 3 can, cadela ‖ corvo ‖ lobo, loba

Rivalidade 1 1 gato, gata

Táboa 8. Ámbitos temáticos referidos ás relacións que se establecen entre animais.

Canto ás relacións que os galegos destacan entre animais detectamos 2 características

negativas (‘inimizade’ e ‘rivalidade’), 1 positiva (‘respecto’) e 1 neutra (‘agrupación’).

Destes catro valores sobresae especialmente o de ‘agrupación’ (25 expresións e 11

animais). Os animais que empregan os galegos para vehicular este valor son

maioritariamente do eido doméstico e entre eles destaca a presenza de varios insectos

(abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa ‖ año, carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖

escaravello ‖ formiga ‖ grilo ‖ mosca ‖ piollo ‖ pombo, pomba ‖ rula, rola ‖ sapo), aínda

que tamén detectamos casos en que se escolle un grupo de animais salvaxes: lobo, loba.

O referente animal que máis sobresae con este valor entre as expresións figuradas

analizadas é formiga.

4.3 Valoración

SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE

EXPRESIÓNS

Nº DE

ANIMAIS

ANIMAIS

Boa valoración 6 4 cabalo, egua, faco, poldro ‖ gato,

gata ‖ león ‖ xoaniña

Mala valoración 34 15 año, carneiro, cordeiro, ovella,

pécora ‖ burro, asno, burra ‖ can,

cadela ‖ corvo ‖ curuxa ‖

escaravello ‖ gato, gata ‖ miñoca

‖ macho, mula ‖ ourizo, ourizo

cacho ‖ pega ‖ piollo ‖ porco,

cocho, porca ‖ pulga ‖ rato

Táboa 9. Ámbitos temáticos referidos á valoración do animal por parte do ser humano sen un grao de

concreción.

109

Canto á valoración que presenta un menor grao de concreción no noso corpus, destaca

especialmente a ‘mala valoración’ (34 expresións e 15 animais) que se fai dos animais

nas expresións figuradas analizadas. A práctica totalidade de animais que se empregan

para vehicular este valor pertence ó ámbito doméstico e ás súas proximidades (año,

carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖ burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖ corvo ‖ escaravello

‖ gato, gata ‖ miñoca ‖ macho, mula ‖ ourizo, ourizo cacho ‖ pega ‖ piollo ‖ porco, cocho,

porca ‖ pulga ‖ rato) e só rexistramos un salvaxe (curuxa). O animal que acumula máis

expresións co valor de ‘mala valoración’ é o grupo formado por burro, asno, burra.

4.4 Recompilación

Os galegos crean expresións figuradas con referentes animais que nos permiten extraer

maioritariamente valores referidos ó carácter e condición atribuído ó animal. Estes

valores supoñen un 63,12 % do total. Como xa sinalamos, os galegos reparan en aspectos

diversos do comportamento animal para poder conceptualizar situacións propias do ser

humano a través da comparación con aqueles. Algúns destes aspectos son reaccións

instintivas do animal, que as persoas interpretan como trazos do seu carácter:

‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ ([estar] coma a ovella na boca do lobo ‘dificultade

grave’), ‘rudeza/brutalidade’ ([maleducado/ir criado] coma un porco ‘úsase para ponderar

a mala educación de alguén’), ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’

([comportarse/entregarse] coma unha ovella ‘comportarse docilmente, sen opoñer

resistencia’), ‘maldade/ruindade/crueldade (cabrón ‘persoa maliciosa ou

malintencionada’) etc.; outros teñen a súa orixe en comportamentos que son habituais

nestes animais e que as persoas interpretan frecuentemente como unha condición do

animal: ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ ([levar unha vida] coma un can de

palleiro ‘preguiza’), ‘intelixencia/sabedoría’ (lobo tardeiro non volve baleiro * ‘refírese

a que aquel que sabe esperar recibe a súa recompensa’), ‘falsidade’ ([facer o durmido]

coma as raposas ‘finximento’) etc. Dentro destes valores referidos ó carácter e condición

dos animais, destacan maioritariamente os animais próximos ó eido doméstico (67,54 %),

mentres que os salvaxes (25,75 %) e os exóticos (6,71 %) se empregan en menos ocasións.

A observación do comportamento (humano e/ou animal) determina a presenza nas

expresións doutras características referidas á relación que os seres humanos teñen cos

animais, como o ‘maltrato’ ([moucir] coma nun burro ‘golpear’), o ‘control’ (eu mando

ó meu gato e o meu gato manda ó seu rabo ‘autoridade’), a ‘utilidade’ ([ser] coma ir á/de

caza sen can ‘expresión para indicar que se perde o tempo’) etc. Do mesmo xeito que

110

determina, tamén, a plasmación nas expresións figuradas de valores vinculados á relación

destes animais con outros animais, como a ‘inimizade’ ([de acordo] coma can e gato

‘aplícase ós que se levan mal’ ), o ‘respecto’ (nunca o can morde a cadela * ‘refírese a

unha relación de respecto mutuo’), a ‘agrupación’ ([estar] coma un formigueiro

‘aglomeración’) e a ‘rivalidade’ (calquera gato sente que outro o rabuñe ‘molestia’). A

maioría dos animais que se rexistran nas expresións figuradas galegas situadas baixo o

ámbito temático das ‘relacións’ (home-animal e animal-animal) pertencen a espazos

domésticos ou próximos (91,90 %), mentres que os animais salvaxes (5,40 %) e exóticos

(2,7 %) teñen un índice de aparición menor. Os valores que teñen a súa orixe nas relacións

que se dan entre o animal e o ser humano e entre animais supoñen un 9,01 % do total dos

valores analizados.

Canto ás características físicas, os galegos distinguen certos aspectos físicos nos animais

a través da observación das súas accións e do seu aspecto: ‘axilidade’

([brincar/choutar/saltar] coma un cabrito (tolo)/coma os cabritos ‘brincar’), ‘bo ouvido’

([ouvir /oír máis] ca un can fanado ‘ouvir moi ben’), ‘ruído’(miar/miañar ‘laiarse unha

persoa’), ‘beleza’ ([guapa] coma unha pomba ‘beleza’), ‘fealdade’ ([feo/ser] coma un

corvo ‘fealdade’), ‘gordura’ ([ter] cintura de boi ‘gordura’) etc. Por este motivo é común

que nas expresións figuradas encontremos de xeito maioritario animais do eido

doméstico, pois son os que conviven diariamente cos seres humanos. Os animais

próximos ó eido doméstico nos que se fixan os galegos para construír expresións

figuradas que vehiculan características físicas teñen un índice de aparición no noso corpus

dun 58,02 %, mentres que os salvaxes se rexistran nun 37,03 % das veces e os exóticos

un 4,95 %. Os valores que se relacionan coas características físicas que os galegos

destacan dos animais supoñen un 26,23 % do total dos valores analizados.

Polo que se refire ás expresións que portan valores sen un grao de concreción exacto, ‘boa

valoración’ (ser a xoaniña (dos ollos) [de alguén] ‘ser unha persoa moi querida e

apreciada’) e ‘mala valoración’ (levar un burro ‘sufrir unha desilusión’), os animais

empregados como referentes son maioritariamente do ámbito doméstico e das súas

proximidades (89,48 %), mentres que os salvaxes (5,26 %) e os exóticos (5,26 %) teñen

un índice de aparición moi baixo. O ámbito temático de ‘valoración’ supón un 1,64 %

con respecto ó total dos ámbitos temáticos analizados no noso corpus.

Como se pode comprobar, os animais empregados como referentes das expresións

galegas analizadas son maioritariamente domésticos (can, cadela ‖ gato, gata ‖ porco,

111

cocho, porca ‖ galo, galiña, pito, pita, polo ‖ etc.), pero tamén existe certa incidencia de

animais salvaxes (lobo, loba ‖ raposo, raposa, golpe,*zorro, *zorra’ ‖ xabaril, porco

bravo, *jabalí etc. ) e animais exóticos (elefante ‖ hiena ‖ león ‖ papagaio, *loro, *cotorra

etc.). Así ocorre tamén nas construcións figuradas doutras linguas coma o castelán

(Sevilla Muñoz, 1998: 226), o francés (Snider, 1992: 161) ou o portugués (Guerra, 2011:

510) en que os animais próximos ó ámbito doméstico son escollidos máis frecuentemente

que os animais salvaxes e exóticos para conceptualizar a realidade a través deste tipo de

expresións.

Non detectamos ningunha pauta que estableza o emprego de cada un destes tres tipos de

animais para representar valores especificamente negativos, positivos ou neutros. Algo

que si apuntan outros autores como Newmark (1985: 306) para o inglés ou Snider (1992:

162) para o francés ó determinaren que o grao de domesticación dun animal está

directamente asociado co grao de desvalorización dese animal por parte do ser humano,

de maneira que canto máis próximo se atope o animal ó ser humano máis características

negativas verá este sobre aquel. O que si percibimos é que son os próximos ó ámbito

doméstico os que funcionan como referentes de practicamente todos os valores e que son

os únicos que se empregan para vehicular o valor da ‘utilidade’; algo que resulta lóxico,

pois, habitualmente, son os animais que conviven coas persoas aqueles que lles resultan

máis útiles. Por último, percibimos que existe unha maior incidencia xeral de valores

negativos (43,44 %) que os galegos lles asignan ós animais, fronte ós valores positivos

(23,77 %) e os neutros (32,79 %), que teñen un índice de aparición menor.

4.5 Resultados das enquisas

Contrastaremos, agora, os valores obtidos da análise das expresións figuradas analizadas

coa valoración directa que achegan os informantes das enquisas orais e electrónicas nas

preguntas II, III e VI66. Cómpre recordar que as preguntas formuladas nas ditas enquisas

foron elaboradas a partir dos referentes animais con máis incidencia de aparición no

66 Na pregunta II das enquisas orais e electrónicas os informantes debían nomear un ou varios animais que

se correspondesen con 10 características específicas (‘agresivo’, ‘intelixente’, ‘parvo’, ‘arrogante/chulo’,

‘preguiceiro’, ‘falso’, ‘covarde’, ‘fiel’, ‘que leva boa vida’ e ‘que leva mala vida’), establecidas a partir dos

ámbitos temáticos máis representativos do noso corpus. Canto á pregunta número III, debíanse completar

10 locucións comparativas ás que lles faltaba o referente da comparación, de maneira que dependendo do

animal que escollesen poderiamos establecer a valoración que facían dos mesmos. Polo que respecta á

pregunta VI, as persoas informantes debían achegar un ou varios adxectivos que, na súa opinión, reflectisen

as características máis destacadas dos animais de cinco parellas seleccionadas previamente. O criterio que

adoptamos para a selección foi a incidencia de aparición destes animais no corpus. Para máis información

vid. 3.2.2

112

corpus de partida, conformado a partir de referencias escritas (can, cadela ‖ gato, gata ‖

burro, burra ‖ boi, vaca, touro, becerro, cuxo, xovenco, xato ‖ lobo, loba ‖ porco, porca ‖

galo, galiña, pito, pita, polo ‖ carneiro, ovella, año). Por este motivo, centrarémonos na

análise daqueles valores destacados nas expresións figuradas cos referentes animais

seleccionados. Co obxectivo de recoñecer as coincidencias que se poidan dar,

marcaremos en letra grosa os animais proporcionados polos informantes que concorden

cos que portan os mesmos valores nas expresións figuradas analizadas. Ademais,

marcaremos en letra cursiva aqueles animais que só se nomean unha vez para cada un

dos valores, co obxectivo de coñecer a frecuencia de asignación dos valores a cada

animal.

Pregunta II. Nomear animais (vid. anexo 5, pregunta II):

­ Animais agresivos → abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa ‖ aguia ‖ año,

carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖ bexato, buxato ‖ balea ‖ bisonte ‖ boi, vaca,

becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ cabalo ‖ can, cadela ‖ cobra, serpe ‖

congro ‖ corvo ‖ crocodilo ‖ donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ elefante ‖

escorpión ‖ furón ‖ gaivota ‖ galo, galiña ‖ ganso ‖ garduña ‖ gato, gata ‖ golfiño

‖ hiena ‖ hipopótamo ‖ león ‖ lince ‖ leopardo, pantera ‖ lobo, loba ‖ marta ‖ mono,

mona ‖ oca ‖ oso ‖ pomba ‖ porco, cocho, porca ‖ puma ‖ quenlla, tiburón ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ rinoceronte ‖ tabán ‖ teixugo, porco teixo ‖ tigre

‖ xabaril, porco bravo, *jabalí. O 76,33 % do total dos informantes das enquisas

asígnanlle o valor de ‘agresividade’ ós animais que rexistramos nas expresións

figuradas analizadas e que aquí identificamos a través da letra grosa, mentres que

o 23,67 % restante escollen os demais animais.

­ Animais intelixentes → abella ‖ arroaz ‖ balea ‖ buxato ‖ vaca ‖ burro ‖ cabalo ‖

cabra ‖ can, cadela ‖ chimpancé ‖ cobra, serpe ‖ coello ‖ corvo ‖ cuco ‖ curuxa ‖

donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ elefante ‖ esquío, *ardilla ‖ formiga ‖

furón ‖ gaivota ‖ gato ‖ golfiño ‖ león ‖ lince ‖ lobo ‖ mono, mona ‖ morcego ‖

moucho ‖ orangután ‖ oso ‖ pega ‖ *loro ‖ porco ‖ *pulpo (polbo) ‖ raposo, raposa,

golpe, *zorro, *zorra ‖ rata ‖ rato ‖ tigre ‖ *jabalí ‖ xílgaro. O 64 % dos

informantes asígnanlle o valor de ‘intelixencia’ ós mesmos animais que funcionan

como referentes das expresións figuradas, mentres que o 36 % restante escolle

outros animais como portadores dese valor.

113

­ Animais parvos, pouco intelixentes → año, carneiro, ovella ‖ araña ‖ arroaz ‖

babosa ‖ boi, vaca ‖ burro, asno ‖ canario ‖ caracol ‖ cebra ‖ centola ‖ *coballa

(cobaia) ‖ coello ‖ corzo ‖ formiga ‖ galo, galiña, pita, ‖ gato ‖ hámster ‖ mula ‖

marmota ‖ medusa ‖ mono ‖ mosca ‖ mosquito ‖ ñu ‖ *cotorra ‖ parrulo, pato ‖ pavo

‖ pomba ‖ *pingüino (pingüín) ‖ porco, cocho ‖ raposo ‖ ra ‖ rato ‖ sapo ‖ sardiña

‖ tartaruga ‖ toupa, toupeira, *topo ‖ xirafa. O 68 % dos informantes escollen os

mesmos animais que vehiculan a ‘estulticia’ nas expresións figuradas analizadas,

mentres que o 32 % restante asígnalle este valor a outros animais.

­ Animais chulos, arrogantes: aguia ‖ carneiro ‖ babuíno ‖ boi, vaca, touro ‖ bubela

‖ burro ‖ cabalo, egua ‖ castrón, cabra ‖ can ‖ canario ‖ cangrexo ‖ cervo ‖ cisne ‖

serpe ‖ corvo ‖ cuco ‖ curuxa ‖ donicela ‖ dromedario ‖ *ardilla (esquío) ‖ faisán ‖

falcón ‖ *flamenco (flamengo) ‖ gaivota ‖ galo, galiña, pita ‖ gato ‖ golfiño ‖ león

‖ leopardo, pantera ‖ llama ‖ lobo, loba ‖ macaco ‖ mandril ‖ mono, mona ‖ moucho

‖ oca ‖ *loro (papagaio) ‖ parrulo, pato ‖ pavo real ‖ pega ‖ *pingüino (pingüín) ‖

sacabeira ‖ pita do monte ‖ pombo, pomba ‖ quenlla, tiburón ‖ raposo, raposa,

golpe, *zorro, *zorra ‖ tigre ‖ xabaril ‖ xirafa. Para este ámbito temático de

‘arrogancia’ os informantes decántanse maioritariamente (75 %) pola escolla

doutros animais que non coinciden cos extraídos daquelas expresións figuradas

que se sitúan no ámbito temático da ‘fachenda/arrogancia/presunción’, soamente

o 25 % das respostas coincide cos animais que funcionan como referentes das

ditas expresións.

­ Animais preguiceiros: ovella ‖ boi, vaca, becerro ‖ burro ‖ can67 ‖ caracol ‖ cigarra

‖ coala ‖ cobra ‖ coello ‖ corvo ‖ cuco ‖ *ardilla (esquío) ‖ falcón ‖ foca ‖ gaivota ‖

galiña, pita ‖ gato ‖ hipopótamo ‖ lagarto ‖ león ‖ leirón, *lirón ‖ marmota ‖

mincha, caramecha ‖ mofeta ‖ mono ‖ moucho ‖ oso ‖ ourizo, ourizo cacho ‖ porco,

cocho ‖ rata ‖ sapo ‖ tartaruga ‖ toupeira ‖ xirafa. O 57,33 % dos informantes

identifica coa ‘preguiza’ os mesmos animais que funcionan como referentes das

expresións figuradas con ese valor, mentres que o 42,67 % restante destaca como

preguiceiros os demais animais.

­ Animais falsos, que dan que desconfiar: abella ‖ alacrán ‖ araña ‖ carneiro, ovella

‖ touro ‖ burro, burra ‖ cabra ‖ cabalo, egua ‖ can ‖ cobra, serpe ‖ coello ‖ corvo

67 Os informantes especifican nunha ocasión a raza de can palleiro como preguiceiro, no resto dos casos

empregan o xenérico can.

114

‖ cuco ‖ donicela, doniña ‖ gaivota ‖ galo, galiña ‖ gato ‖ hiena ‖ león ‖ llama ‖ lobo

‖ mula ‖ mono ‖ oca ‖ parrulo ‖ píntega ‖ pomba ‖ porco ‖ tiburón ‖ tigre ‖ raposo,

raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ rata ‖ rato ‖ víbora ‖ voitre ‖ xabaril, xirafa. O 72

% dos informantes recoñecen como ‘falsos’ os mesmos animais que figuran baixo

este ámbito temático no noso corpus de expresións figuradas, mentres que o 28 %

restante asígnanlle este valor a outros animais.

­ Animais covardes, medorentos: burro ‖ carneiro, ovella, cordeiro ‖ avestruz ‖

cabalo ‖ can ‖ caracol ‖ coello ‖ corvo ‖ corzo ‖ donicela ‖ esquío, *ardilla ‖ gaivota

‖ galiña, pita‖ garza ‖ gato, gata ‖ grilo ‖ hámster ‖ hiena ‖ lagarto ‖ lobo ‖ mono ‖

moucho ‖ ourizo, ourizo cacho ‖ parrulo ‖ pega ‖ pomba ‖ porco ‖ ra ‖ raposo ‖ rata

‖ rato ‖ reiseñor ‖ sapo ‖ serpe ‖ tartaruga ‖ toupa ‖ vaca ‖ xílgaro. Os informantes

das enquisas coinciden na asignación do valor de ‘covardía’ ós animais que

funcionan como referentes dese valor nas expresións figuradas nun 33 %, mentres

que escollen outros animais nun 67 % dos casos.

­ Animais fieis: can, cadela ‖ burro ‖ cabalo ‖ coello ‖ gato ‖ golfiño ‖ ovella ‖ porco

‖ *pulpo (polbo) ‖ tigre ‖ vaca. Canto ó valor da ‘fidelidade’, os informantes

asígnanlle este valor, nun 95,66 % dos casos, ó can, de acordo coas expresións

figuradas correspondentes. O 4,34 % restante valoran como ‘fieis’ outros animais.

­ Animais que levan a mellor vida: *ardilla (esquío) ‖ boi, vaca, touro‖ cabalo ‖

bolboreta ‖ can ‖ canario ‖ cobra ‖ gaivota ‖ galiña, pita ‖ gato ‖ golfiño ‖ león ‖

lagarto ‖ miñoca ‖ mono ‖ oso ‖ *loro (papagaio) ‖ parrulo ‖ pega ‖ porco ‖ raposo.

O 64 % dos informantes coinciden coas expresións figuradas na asignación da

‘boa vida’ ós mesmos animais, mentres que o 36 % restante destaca esta

característica noutros animais.

­ Animais que levan a peor vida: abella ‖ andoriña ‖ araña ‖ avella ‖ boi, vaca, xato,

touro ‖ burro ‖ cabalo ‖ can ‖ cobra, serpe ‖ coello ‖ cervo ‖ cucaracha ‖ elefante ‖

escaravello ‖ formiga ‖ gaivota ‖ galiña, pita, pito ‖ hiena ‖ lagarto ‖ león ‖ leopardo

‖ macho, mula ‖ miñoca ‖ mono ‖ mosca ‖ mosquito ‖ ñu ‖ oca ‖ pingüín ‖ porco ‖

rata ‖ rato ‖ sardiña ‖ tigre ‖ toupa ‖ xabaril. Neste caso, a coincidencia de

asignación do valor de ‘mala vida’ entre as respostas das enquisas e as expresións

figuradas está nun 22,66 %. Os demais informantes, 77,34 %, asígnanlle este valor

a outros animais.

115

Despois de analizar as respostas ofrecidas polos informantes na pregunta II das enquisas,

comprobamos que o índice de coincidencia de animais que portan os mesmos valores cás

expresións figuradas analizadas está nun 74,04 %. Xa que logo, a través de preguntas

directas os galegos asígnanlles ós animais, de xeito maioritario, os mesmos valores que

podemos extraer das expresións figuradas analizadas. O 25,96 % das respostas restantes

atribúenlle estes valores a animais variados (próximos ó ámbito doméstico, salvaxes e

exóticos), aínda que son moitos os casos, como se pode comprobar, en que o animal só

se nomea unha vez para cada valor concreto.

Consideramos importante analizar o parámetro da idade para determinar o tipo de animais

seleccionados polos informantes como portadores destes valores, por iso establecemos

dúas franxas de idade na análise: a primeira de 13 a 50 anos e, a segunda, de 51 a 86 anos.

Os informantes incluídos na primeira franxa de idade empregan maioritariamente animais

próximos ó eido doméstico (66,94 %) para vehicular estes valores, aínda que tamén

recorren a animais salvaxes (22,04 %) e exóticos (11,02 %). Con respecto ós informantes

de 51 a 86 anos, percibimos que tamén empregan maioritariamente animais do ámbito

doméstico (69,67 %), e fan un uso menor dos animais considerados salvaxes (22,54 %) e

exóticos (7,79 %). Aínda que existe coincidencia na selección de animais do eido

doméstico por riba dos salvaxes e exóticos nos dous grupos de idade, son os informantes

de idade máis avanzada os que máis animais próximos ó ámbito doméstico escollen.

Por outra parte, tamén cremos importante reparar no tipo de hábitat das persoas

informantes, xa que pode determinar o uso maioritario dun tipo de animais sobre outro.

Os enquisados que se identifican máis co ámbito urbano empregan normalmente animais

próximos ó eido doméstico (61,21 %) para vehicular estes valores, mentres que recorren

ós salvaxes (25,10 %) e ós exóticos (13,69 %) en menos ocasións. Os informantes que

pertencen a un hábitat rural tamén empregan os animais próximos a espazos domésticos

(69,66 %) en maior medida que os salvaxes (21,64 %) e os exóticos (8,7 % ). Existe,

ademais, un grupo de enquisados que se identifica tanto cun hábitat rural como urbano e

o emprego que fan dos animais para vehicular estes valores é o seguinte: próximos ó

ámbito doméstico (66,67 %), salvaxes (27,78 %) e exóticos (5,55 %). Como se pode

comprobar, repítese novamente o patrón de selección dos animais da contorna doméstica

sobre os salvaxes e exóticos, mais son os informantes que se identifican con ámbitos

rurais (ou rurais/urbanos) os que recorren máis frecuentemente a animais próximos ó

espazo doméstico que os que pertencen a grupos urbanos.

116

A seguir mostraremos as expresións orixinais incluídas na pregunta III das enquisas orais

e electrónicas, así como as respostas que ofreceron os informantes para completar a parte

das expresións que non se mostraba nas enquisas (vid. anexo 5, pregunta III). Tal e como

procedemos no apartado anterior, marcaremos en letra grosa as coincidencias achadas

entre as enquisas e as expresións figuradas galegas recollidas, e en letra cursiva aqueles

animais que só se nomean unha vez para cada un dos valores.

Pregunta III. Completar expresións:

EXPRESIÓN ORIXINAL EXPRESIÓN ACURTADA RESPOSTAS DOS

INFORMANTES

[gordo] coma unha vaca/un

boi / un burro / o gato dun

abade

[gordo] coma (un/unha)

...

bacallau ‖ balea ‖ boi, vaca,

becerro, xato, touro ‖ burro ‖

cabalo ‖ coello ‖ elefante ‖

foca ‖ hipopótamo ‖ londra ‖

mandril ‖ morsa ‖ porco ‖ oso

‖ teixugo

[ter sete vidas] coma un gato [ter sete vidas] coma

(un/unha)... gato

[puta] coma unha cadela / as

galiñas/unha galiña

[puta] coma (unha)... araña ‖ *ardilla (esquío) ‖

burra ‖ cadela ‖ cabra ‖ coella

‖ corza ‖ donicela ‖ galiña ‖

gata ‖ mona ‖ perdiz ‖ raposa ‖

serpe [manso] coma un boi / un año

/ un cordeiro / unha ovella

[manso] coma

(un/unha)... año, cordeiro, ovella ‖ boi

(de machado) ‖ burro ‖ cabalo

‖ can ‖ coala ‖ coello ‖ galiña ‖

ganso ‖ gato ‖ mula ‖ pato ‖

pomba ‖ xirafa [sucio] coma o pau dun

galiñeiro / un porco

[sucio] coma (un/unha)... bubela ‖ can ‖ castrón ‖ galiña

‖ hipopótamo ‖ mofeta ‖ pau

dun galiñeiro ‖ pomba ‖

porco ‖ xabaril, porco bravo ‖

rato ‖ rata ‖ vaca

[pasar máis fame] ca un can

(sen dono) (de caza) /

[esfameado] coma un lobo

[pasar máis fame] ca

(un/unha)...

araña ‖ burro ‖ can (de

palleiro/dun cego/sen

dono/das perdices) / galgo ‖

galiña, pito ‖ *gamusino68 ‖

grilo ‖ lobo (no inverno) ‖

mono ‖ ovella ‖ pato ‖ porco

(da fruxe) ‖ raposo, raposa ‖

rata ‖ rato

[forte] coma un boi / un touro [forte] coma (un/unha)... boi, vaca, becerro, toura,

touro ‖ burro ‖ cabalo ‖

*camello (camelo) ‖ castrón ‖

elefante ‖ formiga ‖ gorila ‖

león ‖ mula ‖ oso ‖ rinoceronte

‖ tigre ‖ xabaril

68 ‘Animal imaginario cuyo nombre se usa para dar bromas a los cazadores novatos’ (DRAE, 2014: s.v.

gamusino).

117

EXPRESIÓN ORIXINAL EXPRESIÓN ACURTADA RESPOSTAS DOS

INFORMANTES

[feo] coma un burro / un can

/ o lobo

[feo] coma (un/unha)... alacrán ‖ araña ‖ bufo ‖ burro,

asno ‖ can ‖ cabalo ‖ cabra,

chibo ‖ carneiro ‖ carracha ‖

coello ‖ corvo ‖ crocodilo ‖

cucaracha ‖ escaravello ‖

*gamusino ‖ ganso ‖ garduña

‖ gorila ‖ hiena ‖ hipopótamo ‖

lagarto ‖ lesma ‖ lorcho ‖

mofeta ‖ mono ‖ morcego ‖

moucho ‖ mula ‖ ollomol,

*besugo ‖ orangután ‖

ornitorrinco ‖ oso ‖ ourizo,

ourizo cacho, cachourizo ‖

ovella ‖ pato ‖ peixe sapo ‖

píntega, sacabeira ‖ porco ‖ ra

‖ raposo ‖ rata ‖ rato ‖

rinoceronte ‖ sapo ‖ serpe ‖

tigre ‖ toupa, toupeira ‖ troita

‖ vacaloura ‖ xabaril, xabarín

‖ xato

[correr] coma unha cadela/un

galgo / un gato polas

brasas/ascuas / máis có lobo

[correr] coma

(un/unha)...

anduriña ‖ *ardilla ‖ avestruz

‖ cabalo ‖ cabra ‖ can, galgo ‖

coello ‖ donicela ‖ gacela ‖

galiña ‖ gamo ‖ gato ‖ lebre ‖

leopardo ‖ lince ‖ raposo ‖ rato

‖ víbora ‖ xabarín

caer de pé coma un/os gato/os caer de pé coma

(un/unha)...

can ‖ gato ‖ porco

Táboa 10. Respostas dos informantes á pregunta III das enquisas.

Como se pode comprobar, en case todos os casos os informantes mencionan os nomes

dos animais que figuran nas expresións comparativas galegas, só rexistramos dous casos

en que non recoñecen o animal como portador do valor indicado na expresión: trátase de

lobo para o valor de ‘fealdade’ e ‘velocidade’ e de gato para o valor de ‘gordura’.

Ademais, o único caso en que os galegos recoñecen un único animal para completar a

expresión figurada é o gato en [ter sete vidas] coma un gato. A porcentaxe de coincidencia

de animais entre as respostas ofrecidas polos informantes e cada unha das expresións

figuradas polas que se pregunta nas enquisas resúmese a seguir:

EXPRESIÓN ORIXINAL

PORCENTAXE DE

INFORMANTES QUE

RELACIONAN A

EXPRESIÓN COS MESMOS

ANIMAIS

PORCENTAXE DE

INFORMANTES QUE

RELACIONAN A EXPRESIÓN

CON OUTROS ANIMAIS

[gordo] coma unha vaca/un

boi / un burro / o gato dun

abade

62,66 % 37,34 %

[ter sete vidas] coma un gato 100 % 0 %

118

EXPRESIÓN ORIXINAL

PORCENTAXE DE

INFORMANTES QUE

RELACIONAN A

EXPRESIÓN COS MESMOS

ANIMAIS

PORCENTAXE DE

INFORMANTES QUE

RELACIONAN A EXPRESIÓN

CON OUTROS ANIMAIS

[puta] coma unha cadela / as

galiñas/unha galiña 80,33 % 19,67 %

[manso] coma un boi / un año

/ un cordeiro / unha ovella 41,66 % 58,34 %

[sucio] coma o pau dun

galiñeiro / un porco 87 % 13 %

[pasar máis fame] ca un can

(sen dono) (de caza) /

[esfameado] coma un lobo

59 % 41 %

[forte] coma un boi / un touro 42 % 58 % [feo] coma un burro / un can

/ o lobo 13 % 87 %

[correr] coma unha cadela/un

galgo / un gato polas

brasas/ascuas / máis có lobo

18,66 % 81,34 %

caer de pé coma un/os

gato/os 91 % 9 %

Táboa 11. Porcentaxes de coincidencias de animais entre a pregunta III das enquisas e as expresións

figuradas seleccionadas.

Por outra parte, os informantes ofrecen numerosos animais como candidatos para

completar esas expresións e, ó igual que ocorría para a pregunta II das ditas enquisas, son

de índole variada (próximos ó eido doméstico, salvaxes e exóticos). O 47,77 % deses

animais (grafados en letra cursiva) só aparecen representados unha vez, como se pode

comprobar na táboa 10.

Se nos fixamos, novamente, na idade dos informantes percibimos que aqueles que se

sitúan entre os 13 e os 50 anos empregan maioritariamente animais próximos ó ámbito

doméstico (81,19 %), sobre os salvaxes (9,18 %) e os exóticos (9,63 %). Canto ós

enquisados que se sitúan na franxa de idade de entre 51 e 86 anos, tamén empregan de

xeito maioritario os animais de espazos domésticos (83,92 %) para vehicular os valores

citados e, en menor medida, outros animais salvaxes (9,41 %) e exóticos (6,67 %). De

novo, volven ser os animais relacionados co eido doméstico os máis empregados tanto

polos informantes de menor idade coma polos de maior idade, aínda que son estes últimos

os que máis recorren a eles para completar cada unha destas 10 expresións.

Polo que se refire ó hábitat co que máis se identifican os informantes, aqueles que

escolleron o urbano, volven empregar, como ocorría na pregunta II, os animais de espazos

domésticos (78,6 %) en maior medida que os salvaxes (10,57 %) ou os exóticos (10,83

%). De igual maneira, os enquisados que se identifican co hábitat rural adoitan escoller

119

os animais próximos ó eido doméstico (82,98 %) para a creación de expresións, antes que

os salvaxes (8,44 %) e os exóticos (8,58 %). Por último, aqueles enquisados que

manifestaron identificarse tanto co ámbito rural coma co urbano empregan, tamén, os

animais relacionados coa contorna doméstica (82,36 %) de xeito maioritario, sobre os

salvaxes (5,88 %) ou os exóticos (11,76 %). Como se pode comprobar, os tres grupos

empregan maioritariamente animais de tipo doméstico para completar estas expresións,

aínda que volven ser os enquisados que se identifican cun hábitat rural, ou rural/urbano,

os que máis animais próximos ó espazo doméstico usan para completar estas expresións.

Presentaremos, agora, os datos correspondentes ó nivel de coñecemento / uso por parte

dos enquisados das 10 expresións figuradas do noso corpus que se recollían en máis fontes

escritas: ser un can sen dono; caer da burra; ser un can vello; chámalle burro ó cabalo!;

palabra! Díxolle o lobo á cabra; outra vaca no millo!; muda o lobo os dentes mais non

as mentes; botar o carro diante dos bois; acabarselle a vaca leiteira a alguén e na terra

dos lobos hai que ouvear coma todos (vid. anexo 5, pregunta IV). Posto que esta pregunta

foi formulada de xeito diferente nas enquisas electrónicas e nas enquisas orais, segundo

explicamos en 3.2.2, extraeremos os resultados por separado.

Os datos das enquisas electrónicas mostran que o 41,96 % das respostas corresponden

á opción «coñézoa e úsoa», o 29,84 % á escolla «coñézoa pero non a uso» e o 28,2 % a

«non a coñezo», polo que o coñecemento e uso das expresións figuradas polas que foron

preguntados os enquisados é superior ás demais opcións. A seguir ofrecemos un gráfico

en que se mostran as procentaxes concretas das respostas dos informantes para cada unha

destas expresións:

120

Gráfico 1. Nivel de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas electrónicas.

O parámetro da idade parece ser definitorio á hora de recoñecer estas 10 expresións

figuradas do noso corpus que se recollían en máis fontes lexicográficas, de xeito que son

os informantes de maior idade (de 51 a 86 anos) os que máis din coñecer e usar algunha

destas expresións sobre os informantes de menor idade (de 13 a 50 anos). Aqueles que se

sitúan entre os 51 e os 86 anos din «coñecer e usar» estas expresións figuradas nun 52,86

%, dos casos, «coñecelas pero non usalas» nun 26,94 % e «non coñecelas» nun 20,2 %.

Mentres que os informantes das enquisas que teñen idades comprendidas entre os 13 e os

50 anos escollen a opción «coñézoa e úsoa» nun 39,3 % dos casos, «coñézoa pero non a

uso» nun 30,55 % e «non a coñezo» nun 30,15 %. Como se pode comprobar, nos dous

grupos de idade prima o coñecemento e o uso das expresións seleccionadas pero é no

primeiro deles no que o recoñecemento das expresións é porcentualmente maior. A seguir

mostramos unha táboa que recolle a porcentaxe de recoñecemento de cada unha das

expresións figuradas con respecto á variable da idade dos informantes:

EXPRESIÓN

COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON

A USA

NON A COÑECE

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

ser un can sen dono 11,44 % 26,53 % 67,66 % 73,47 % 20,9 % 0 %

caer da burra 92,54 % 97,96 % 5,47 % 2,04 % 1,99 % 0 %

0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%

Ser un can sen dono

Caer da burra

Ser un can vello

Chámalle burro ó cabalo!

Palabra!Díxolle o lobo á cabra

Outra vaca no millo!

Muda o lobo os dentes mais non as mentes

Botar o carro diante dos bois

Acabárselle a vaca leiteira a alguén

En terra de lobos, hai que ouvear coma todos

Recoñecemento das expresións nas enquisas electrónicas

Non coñece Coñece pero non usa Coñece e usa

121

EXPRESIÓN

COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON

A USA

NON A COÑECE

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

ser un can vello 48,76 % 73,48 % 42,79 % 22,44 % 8,45 % 4,08 %

chámalle burro ó

cabalo!

50,75 % 63,26 % 31,84 % 28,58 % 17,41 % 8,16 %

palabra! Díxolle o

lobo á cabra

2,49 % 4,08 % 23,38 % 24,49 % 74,13 % 71,43 %

outra vaca no millo! 73,63 % 83,68 % 17,91 % 12,24 % 8,45 % 4,08 %

muda o lobo os dentes

mais non as mentes

1,49 % 6,12 % 25,87 % 34,69 % 72,64 % 59,19 %

botar o carro diante

dos bois

70,15 % 87,76 % 22,39 % 12,24 % 7,46 % 0 %

acabarselle a vaca

leiteira a alguén

7,96 % 18,37 % 40,29 % 38,77 % 51,75 % 42,86 %

na terra dos lobos hai

que ouvear coma todos

33,83 % 67,35 % 27,86 % 20,41 % 38,31 % 12,24 %

Táboa 12. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas electrónicas de acordo coa

variable da idade.

De acordo coa variable do hábitat dos informantes, comprobamos que os que se

identifican cun hábitat rural presentan unha porcentaxe de «coñecemento e uso» das

expresións figuradas seleccionadas dun 43,99 %, mentres que o 29,51 % correspóndese

coa opción «coñézoa pero non a uso» e o 26,5 % «non as coñece». En canto ós

informantes do hábitat urbano, as respostas correspondentes á opción «coñezoa e úsoa»

sitúanse nun 40,06 %, as que coinciden coa escolla «coñézoa pero non a uso» nun 30,2

% e «non a coñezo» nun 29,74 %. Deste xeito, tanto os informantes do hábitat rural coma

os do urbano presentan unha porcentaxe alta de coñecemento e uso destas expresións

figuradas, mais son os primeiros os que recoñecen as expresións nun número máis

elevado de veces (se ben os valores porcentuais entre un hábitat e outro achéganse

considerablemente). Na seguinte táboa ofrecemos os valores porcentuais do

recoñecemento de cada unha das expresións de acordo coa variable do hábitat dos

informantes:

EXPRESIÓN

COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON

A USA

NON A COÑECE

URBANO RURAL URBANO RURAL URBANO RURAL

ser un can sen dono 11,02 % 17,88 % 70,87 % 66,68 % 18,11 % 15,44 %

caer da burra 92,91 % 94,31 % 5,51 % 4,06 % 1,58 % 1,63 %

122

EXPRESIÓN

COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON

A USA

NON A COÑECE

URBANO RURAL URBANO RURAL URBANO RURAL

ser un can vello 57,48 % 49,6 % 36,22 % 41,46 % 6,3 % 8,94 %

chámalle burro ó

cabalo!

48,03 % 58,54 % 31,5 % 30,89 % 20,47 % 10,57 %

palabra! Díxolle o

lobo á cabra

2,36 % 3,25 % 22,04 % 25,2 % 75,6 % 71,55 %

outra vaca no millo! 69,3 % 82,12 % 19,68 % 13,82 % 11,02 % 4,06 %

muda o lobo os dentes

mais non as mentes

2,36 % 2,44 % 23,62 % 31,71 % 74,02 % 65,85 %

botar o carro diante

dos bois

70,87 % 76,43 % 21,26 % 19,51 % 7,87 % 4,06 %

acabarselle a vaca

leiteira a alguén

10,24 % 9,76 % 39,37 % 40,65 % 50,39 % 49,59 %

na terra dos lobos hai

que ouvear coma

todos

35,43 % 45,53 % 31,5 % 21,14 % 33,07 % 33,33 %

Táboa 13. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas electrónicas de acordo coa

variable do hábitat.

Polo que se refire ós datos extraídos das enquisas orais, o 71 % das respostas dos

informantes correspóndense coa opción «oíuna algunha vez» e o 29 % con «non a oíu».

Con todo, no 54 % das respostas os informantes explican o significado da expresión e no

46 % non as poden explicar, polo que, aínda que sexa considerablemente maior a

porcentaxe daqueles que «oíron algunha vez» as expresións figuradas, non sempre son

capaces de explicar o seu significado. A seguir mostramos un gráfico en que se recollen

os datos porcentuais destas respostas para cada unha das expresións polas que foron

preguntados os enquisados.

123

Gráfico 2. Nivel de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais.

De acordo coa variable da idade dos informantes, aqueles que se sitúan na franxa de idade

de 13 a 50 anos escollen a opción «oíuna algunha vez» nun 64,7 % dos casos e «non a

oíu» nun 35,3 %. Por outra parte, nun 56, 47 % das respostas ofrecen unha definición das

expresións e nun 43,53 % non o fan. En canto ós informantes de idades comprendidas

entre os 51 e os 86 anos, escollen a opción «oíuna algunha vez» nun 74,24 % dos casos e

«non a oíu» nun 25,76 %. Nesta franxa de idade, o 52,72 % corresponde ás respostas que

ofrecen unha definición da expresión e o 47,28 % ás que non. Deste xeito, comprobamos

que o recoñecemento destas expresións figuradas é maior entre as persoas de máis idade,

pero son ós informantes máis novos os que ofrecen un maior número de respostas cunha

definción das expresións.

Na seguinte táboa ofrecemos os datos porcentuais correspondentes ó recoñecemento de

cada unha das expresións figuradas polas que os enquisados foron preguntados:

EXPRESIÓN

OÍUNA NON A OÍU PODE

EXPLICALA

NON PODE

EXPLICALA

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

ser un can

sen dono

58,82

%

75,76

%

41,18

%

24,24

%

35,29

%

48,48

%

64,71

%

51,52

%

caer da

burra

100

%

96,97

%

0 % 3,03 % 82,35

%

87,88

%

17,65

%

12,12

%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%

Ser un can sen dono

Caer da burra

Ser un can vello

Chámalle burro ó cabalo!

Palabra!Díxolle o lobo á cabra

Outra vaca no millo!

Muda o lobo os dentes mais non as mentes

Botar o carro diante dos bois

Acabárselle a vaca leiteira a alguén

En terra de lobos, hai que ouvear coma todos

Recoñecemento das expresións nas enquisas orais

Non pode explicala Pode explicala Non a oíu Oíuna algunha vez

124

EXPRESIÓN

OÍUNA NON A OÍU PODE

EXPLICALA

NON PODE

EXPLICALA

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

13-50

ANOS

51-86

ANOS

ser un can

vello

88,24

%

84,85

%

11,76

%

15,15

%

88,24

%

60,61

%

11,76

%

39,39

%

chámalle

burro ó

cabalo!

76,47

%

66,67

%

23,53

%

33,33

%

47,05

%

36,36

%

52,95

%

63,64

%

palabra!

Díxolle o

lobo á cabra

11,76

%

18,18

%

88,24

%

81,82

%

29,41

%

15,15

%

70,59

%

84,85

%

outra vaca

no millo!

100

%

87,88

%

0 % 12,12

%

41,18

%

48,48

%

58,82

%

51,52

%

muda o lobo

os dentes

mais non as

mentes

23,53

%

42,42

%

76,47

%

57,58

%

35,29

%

30,3

%

64,71

%

69,7

%

botar o carro

diante dos

bois

88,23

%

96,97

%

11,77

%

3,03

%

82,35

%

75,76

%

17,65

%

24,24

%

acabarselle

a vaca

leiteira a

alguén

47,05

%

90,91

%

52,95

%

9,09

%

58,82

%

57,58

%

41,18

%

42,42

%

na terra dos

lobos hai que

ouvear coma

todos

52,95

%

81,81

%

47,05

%

18,19

%

64,7

%

66,67

%

35,3

%

33,33

%

Táboa 14. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais de acordo coa variable

da idade.

Polo que respecta á variable do hábitat, o 70,75 % das respostas daqueles que se

identifican cun hábitat rural correspóndese coa opción «oíuna algunha vez», mentres que

o 29,25 % restante pertence á escolla «non a oíu». Entre as respostas destes informantes,

no 56,25 % dos casos ofrécese unha definición da expresión e no 43,75 % non. En canto

ás respostas dos informantes que se identifican cun hábitat urbano, o 71,67 % das mesmas

correspóndese coa opción «oíuna algunha vez» e o 28,33 restante con «non a oíu».

Ademais, no 55 % das respostas pertencentes a informantes do hábitat urbano ofrécese

unha definición das expresións e no 45 % non se ofrece. Nas enquisas orais, atopamos,

tamén, un grupo de informantes que se identifican tanto cun hábitat rural coma urbano.

Estes marcan a opción «oíuna algunha vez» nun 72,5 % dos casos por riba de «non a oíu»,

que ten unha porcentaxe de 27,5 %. Canto á explicación das expresións figuradas, o 45

% das respostas destes informantes levan consigo a definición das expresións, mentres

que o 55 % non a leva.

125

Apreciamos, xa que logo, que son os informantes pertencentes ó hábitat rural-urbano os

que identifican un maior número de expresións figuradas, aínda que con niveis

porcentuais moi próximos ás respostas dos informantes dos hábitats urbano e rural. Polo

que se refire á explicación desas expresións, o grupo que rexistra un maior nivel de

definicións ofrecidas e o formado polos enquisados do hábitat rural.

A continuación ofrecemos as táboas 15 e 16, que conteñen os valores porcentuais do

recoñecemento de cada unha das 10 expresións do noso corpus que se recollen en máis

fontes lexicográficas de acordo coa variable do hábitat dos informantes:

EXPRESIÓN

OÍUNA NON A OÍU PODE

EXPLICALA

NON PODE

EXPLICALA

RUR. URB. RUR. URB. RUR. URB. RUR. URB.

ser un can

sen dono

70

%

66,67

%

30

%

33,33

%

45

%

16,67

%

55

%

83,33

%

caer da

burra

97,5

%

100

%

2,5

%

0

%

82,5

%

100

%

17,5

%

0

%

ser un can

vello

82,5

%

100

%

17,5

%

0

%

72,5

%

83,33

%

27,5

%

16,67

%

chámalle

burro ó

cabalo!

72,5

%

50

%

27,5

%

50

%

42,5

%

16,67

%

57,5

%

83,33

%

palabra!

Díxolle o

lobo á cabra

12,5

%

33,33

%

87,5

%

66,67

%

17,5

%

33,33

%

82,5

%

66,67

%

outra vaca

no millo!

90

%

100

%

10

%

0

%

52,5

%

16,67

%

47,5

%

83,33

%

muda o lobo

os dentes

mais non as

mentes

37,5

%

50

%

62,5

%

50

%

35

%

33,33

%

65

%

66,67

%

botar o carro

diante dos

bois

95

%

83,33

%

5

%

16,67

%

80

%

66,67

%

20

%

33,33

%

acabarselle

a vaca

leiteira a

alguén

77,5

%

66,67

%

22,5

%

33,33

%

62,5

%

50

%

37,5

%

50

%

na terra dos

lobos hai que

ouvear coma

todos

72,5

%

66,67

%

27,5

%

33,33

%

72,5

%

33,33

%

27,5

%

66,67

%

Táboa 15. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais de acordo coa variable

do hábitat.

126

EXPRESIÓN

HÁBITAT RURAL-URBANO

OÍUNA NON A OÍU PODE

EXPLICALA

NON PODE

EXPLICALA

ser un can sen dono 75 % 25 % 75 % 25 %

caer da burra 100 % 0 % 100 % 0 %

ser un can vello 100 % 0 % 25 % 75 %

chámalle burro ó cabalo! 75 % 25 % 50 % 50 %

palabra! Díxolle o lobo á cabra 75 % 25 % 25 % 75 %

outra vaca no millo! 100 % 0 % 25 % 75 %

muda o lobo os dentes mais non as

mentes

0 % 100 % 0 % 100 %

botar o carro diante dos bois 100 % 0 % 75 % 25 %

acabarselle a vaca leiteira a

alguén

75 % 25 % 25 % 75 %

na terra dos lobos hai que ouvear

coma todos

75 % 25 % 50 % 50 %

Táboa 16. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais de acordo coa variable

do hábitat

Por último, mostraremos os datos obtidos a partir da pregunta VI das enquisas orais e

electrónicas (vid. anexo 5, pregunta VI). Con ela pretendemos coñecer a valoración que

fan os galegos dos cinco animais máis repetidos no corpus inicial de expresións figuradas,

polo que se lles pediu ós informantes que empregasen un ou varios adxectivos para

cualificalos.

Pregunta VI. Nomear adxectivos:

­ BOI, VACA:

Caracterización

127

o Carácter/condición: ‘mansos/obedientes’ (6769); ‘traballadores’

(3770); ‘pacientes’ (6); ‘bravo’71 (5); ‘lambóns’ (5); ‘teimudos’

(472); ‘tenros/agarimosos’ (373); ‘preguiceiros’ (374); ‘parvos’ (3);

‘bruto’ (3); ‘intelixente’ (275); ‘sufridos’ (2); ‘perigoso’ (1);

‘valentes’ (1); ‘aburridos’ (1); ‘fieis’ (1); ‘mala’ (1).

o Características físicas: ‘fortes’ (7576); ‘gordos’ (3377); ‘grandes’

(24); ‘lentos’ (1978); ‘resistentes’ (4); ‘fermosos’ (279);

‘silenciosos’ (1); ‘torpes’ (1).

Relacións

o Home-animal: ‘útiles’ (3680).

Valoración: ‘marabillosa’ (1)

Polo que se refire ás características que os galegos destacan do carácter e condición da

parella formada por boi, vaca, os valores que coinciden entre as enquisas e as expresións

figuradas analizadas son os de ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’

(67), ‘paciencia’ (6), ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ (5), ‘gula’ (5), ‘teimosía’ (4),

‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ (3), ‘estulticia’ (3), ‘rudeza/brutalidade’ (3) e

‘intelixencia/sabedoría’ (2). Ademais, podemos establecer unha relación semántica (>)

entre certas características que resaltan os informantes das enquisas con outros valores

que se rexistran nas expresións figuradas: ‘perigo’ (1) (>

‘agresividade/ira/fereza/voracidade’) e ‘sufrimento’ (2) e ‘laboriosidade’ (37) (>

‘maltrato’81 [relacións: home-animal]). Percibimos, tamén, que outros valores tirados das

69 11 respostas refírense especificamente ó animal femia e 21 ó animal macho, as demais respostas abarcan

os dous sexos. 70 21 respostas especifican o boi como portador deste valor, as demais respostas refírense ós dous sexos. 71 Subliñamos o morfema de xénero para indicar que o informante cualifica co adxectivo achegado ó macho

ou á femia en cada caso concreto. 72 Destas catro respostas unha delas refírese explicitamente ó boi, outra á vaca e as outras dúas ós dous

sexos. 73 Destas tres respostas, unha refírese soamente á vaca, as demais fan referencia ós dous sexos. 74 Dúas destas tres respostas refírense ó animal femia. 75 As dúas respostas refírense soamente á vaca. 76 18 respostas están centradas unicamente na figura do boi, as demais presentan o adxectivo en plural, polo

que entendemos que fan referencia ós dous sexos. 77 Seis respostas fan referencia á vaca e outras seis ó boi, as demais presentan o adxectivo en plural. 78 Unha destas 19 respostas refírese ó boi, as demais valoran ós dous sexos. 79 Unha destas dúas respostas fai referencia soamente á vaca, a outra refírese a ambos ou dous sexos. 80 13 respostas refírense á vaca e dúas ó boi, as demais presentan o adxectivo en plural. 81 Como se pode comprobar no anexo 1 (táboa 11), baixo o subámbito temático de ‘maltrato’ recollemos

expresións cuxa imaxe é a do animal que sofre (puxa o boi polo arado, mal do seu grado / o boi turra do

128

expresións figuradas analizadas non teñen presenza nas enquisas realizadas:

‘desconcerto/perplexidade’, ‘liberdade’, ‘falsidade’, ‘languidez’ e ‘sacralidade’. De igual

maneira, existen características que os informantes lles atribúen ó boi e á vaca que non

teñen representación nos valores tirados das expresións figuradas analizadas:

‘tenrura/agarimo’ (3), ‘valentía’ (1), ‘aburrimento’ (1) e ‘fidelidade’ (1). Por último,

detectamos nas enquisas o valor de ‘maldade’ (1) que contrasta directamente con

‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’. Nótese, de calquera xeito, que,

agás no caso de ‘tenrura/agarimo’, os valores indicados son citados por un único

informante.

Canto ás características físicas do boi e a vaca, os informantes salientan algunhas que

coinciden coas extraídas das expresións figuradas: ‘fortaleza’ (75), ‘gordura’ (33),

‘grandura’ (24) e ‘lentitude’ (19). Noutros casos as súas respostas gardan certa relación

(>) cos valores extraídos das expresións figuradas: ‘resistencia’ (4) (> ‘fortaleza’) e

‘torpeza’(1) (> ‘grandura’ e ‘lentitude’). Ó igual que acontecía coas características

referidas ó carácter e condición do animal, existen valores asociados ás características

físicas destes animais que se presentan nas expresións figuradas analizadas, pero non na

valoración que fan os informantes: ‘ruído’ e ‘axilidade’82. Do mesmo xeito, os

informantes das enquisas engaden os valores de ‘fermosura’ (2) e de ‘silencio’ (1) que

non son trazos representativos das expresións figuradas analizadas. Ademais, este último

valor contrasta co valor de ‘ruído’ que se extrae das expresións figuradas.

Entre os valores referidos ás relacións que se establecen entre o home e o animal, os

informantes das enquisas só ofrecen o valor de ‘utilidade’ (36), que coincide cun dos

extraídos nas expresións figuradas analizadas. Nestas últimas engádese, ademais, o valor

de ‘maltrato’.

No apartado referido á valoración do animal sen un maior grao de concreción, os

informantes cualifican á vaca como ‘marabillosa’ (1), mentres que das expresións

figuradas analizadas non extraemos características que se relacionen coa valoración

directa que fan as persoas destes animais.

arado, mais non é do seu agrado * ‘dise de quen realiza un traballo á forza, obrigado por outra persoa’)

ou que traballa duramente ([facer traballar] coma un boi ‘obrigado a traballar duramente, de forma

escravista’; [traballar/dar a todo] coma a vaca do pobre / [ser] coma a vaca do pobre, que ten que andar ás

dúas mans ‘traballar moi duramente, sen descanso’). 82 No caso concreto de ‘axilidade’ é un dato esperable, xa que é unha calidade que se lle atribúe

explicitamente ós xovencos na expresión figurada que rexistramos ([choutar] coma un xovenco ‘brincar’),

unha voz que non aparece na pregunta formulada na enquisa.

129

Para rematar, cremos que aqueles valores que destacan por ser opostos semanticamente

ós extraídos das expresións figuradas analizadas, nomeadamente ‘maldade’

(≠‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’) e ‘silencio’ (≠ ‘ruído’), teñen

a súa orixe en experiencias individuais dos informantes cos animais. No primeiro dos

casos trátase dunha informante de 81 anos do ámbito rural e, no segundo, dun informante

de 47 anos do ámbito urbano. Como se pode observar, son dous perfís ben distintos e é

probable que a interpretación da primeira estea relacionada co trato directo co animal e a

do segundo non.

­ LOBO, LOBA

Caracterización

o Carácter/condición: ‘agresivos/voraces’ (10383); ‘perigosos’ (35);

‘astutos’ (33); ‘intelixentes’ (2884); ‘indómitos’ (27); ‘malos/ruíns’

(1285); ‘independentes/solitarios’ (9); ‘depredadores/cazadores’

(7); ‘falsos’ (7); ‘valentes’ (7); ‘libres’ (5); ‘promiscua’ (3);

‘curiosos’ (3); ‘desconfiados’ (3); ‘aproveitados’ (2);

‘sobreviventes’ (2); ‘prudentes’ (1); ‘territoriais’ (1);

‘impredicibles’ (1); ‘nocturnos’ (1); ‘preguiceiros’ (1)

o Características físicas: ‘fortes’ (586); ‘fermosos’ (4); ‘veloces’ (4);

‘impoñentes’ (3); ‘áxiles’ (3); ‘elegantes’ (2); ‘ouveadores’ (1);

‘fracos’ (1); ‘cansa’ (1); ‘sucios’ (1); ‘grandes’ (1)

Relacións

o Home-animal: ‘incomprendidos’ (2); ‘mal vistos’ (1)

o Animal-animal: ‘gregarios’ (15); ‘protectores’ (387); ‘fieis coa súa

parella’ (2)

Valoración: ‘admirables’ (1); ‘marabillosos’ (1); ‘misteriosos’ (1)

83 Cinco das respostas céntranse exclusivamente no lobo e seis respostas na loba, nas demais non se aprecian

diferenzas de xénero. 84 Unha destas 28 respostas fai referencia só ó animal macho, as demais refírense ós dous sexos. 85 Unha das respostas especifica o animal macho como portador deste valor, as demais refírense ós dous

sexos. 86 Un destes cinco valores está exclusivamente referido á loba, os demais caracterizan tanto ó lobo como á

loba. 87 Un destes tres valores refírese unicamente ó animal femia, os demais caracterizan os dous sexos.

130

Polo que se refire á valoración do carácter e condición do lobo e da loba que realizan os

informantes das enquisas, percibimos que existen as seguintes coincidencias con relación

ás expresións figuradas analizadas: ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ (103),

‘astucia/malicia’ (33), ‘intelixencia/sabedoría’ (28), ‘maldade/ruindade’ (12), ‘falsidade’

(7), ‘valentía’ (7); polo que os informantes reproducen a totalidade dos valores destacados

nas expresións figuradas que analizamos neste eido. Así e todo, atribúenlle a este animal

outros valores que, por unha banda, gardan relación cos tirados das expresións figuradas

analizadas: ‘perigosos’ (35), ‘indómitos’ (27) e ‘depredadores/cazadores’ (7) (>

‘agresividade/ira/fereza/voracidade’); e, pola outra, acrecentan os valores asociados con

este grupo de animais: ‘liberdade’ (5); ‘promiscuidade’ (3); ‘curiosidade’ (3);

‘desconfianza’ (3); ‘aproveitamento’ (2); ‘supervivencia’ (2); ‘prudencia’ (1);

‘territorialidade’ (1); ‘impredicibilidade’ (1); ‘noctambulismo’ (1) e ‘preguiza’ (1). Por

último, nas enquisas sinálase o valor de ‘independencia/soidade’ (9) que, como veremos,

contrasta co valor de ‘agrupación’ (relacións: animal-animal) presente tanto nas propias

enquisas como nas expresións figuradas analizadas.

Canto ás características físicas deste animal, observamos coincidencias entre a valoración

que se fai del nas expresións figuradas analizadas e as enquisas realizadas: ‘fortaleza’ (5),

‘velocidade’ (4), ‘ruído’ (1) e ‘grandura’ (1)88. Os informantes cualifícano, ademais,

como ‘impoñente’ (3), un valor que pode gardar relación coa ‘grandura’ do animal e que,

polo tanto, pode repercutir na imaxe que as persoas crean do lobo89. O único valor

rexistrado nas expresións figuradas analizadas que non ten representación nas enquisas

orais e electrónicas é o de ‘fealdade’. Do mesmo xeito, os informantes asígnanlle certos

valores ó lobo que non se detectan nas expresións: ‘axilidade’ (3), ‘elegancia’ (2),

‘delgadeza’ (1), ‘cansazo’ (1) e ‘sucidade’ (1). Por último, detectamos nas enquisas o

valor de ‘fermosura’ (4) que se opón (≠) directamente a ‘fealdade’.

Polo que respecta ás relacións que se establecen entre o home e o animal, os informantes

das enquisas cualifican o lobo de ‘incomprendido’ (2) e ‘mal visto’ (1), mentres que nas

expresións figuradas analizadas non detectamos ningún valor que se axuste a este

88 Existe coincidencia entre o ámbito temático ‘grandura’ e a caracterización de ‘grande’ que fan do lobo

os informantes; pero cómpre salientar que as expresións figuradas que teñen o lobo como referente e que

se sitúan no noso corpus baixo a etiqueta ‘grandura’ refírense á súa boca e, máis concretamente, ós seus

dentes [ter dentes] coma (os dunha) a/unha loba / [ter dentame] coma a loba * ‘ter os dentes grandes’. 89 Cómpre ter en conta que o lobo galego non é moi grande, a diferenza do que acontece noutras latitudes

(Perozo, 1999: 230), isto tal vez explique que nas expresións figuradas galegas que analizamos non

recollamos este valor de ‘grandura’ asociado ó animal.

131

subámbito temático. Canto ás relacións que de dan entre animais, os informantes sinalan

tres valores que gardan relación (>) cos dous achados nas expresións figuradas analizadas:

‘gregarios’ (15) (> ‘agrupación’), ‘protectores’ (3) e ‘fieis coa súa parella’ (2) (>

‘respecto’).

Por último, os enquisados valoran directamente estes animais como ‘admirables’ (1),

‘marabillosos’ (1) e ‘misteriosos’ (1), mentres que das expresións figuradas analizadas

non tiramos ningún tipo de valoración directa deste tipo.

Cremos que as valoracións opostas que detectamos nas enquisas con respecto ás

expresións figuradas analizadas responden a dous feitos diferenciados. Polo que se refire

ó valor de ‘independencia/soidade’ (≠ ‘agrupación’) pensamos que a explicación a esta

oposición se encontra no hábitat co que se identifican os informantes, pois oito dos nove

enquisados pertencen a un hábitat urbano90, o que determina o descoñecemento dos

hábitos do animal na vida salvaxe. Por outra parte, a severa persecución da que foi e aínda

é obxecto o lobo, por mor dos seus ataques ó gando doméstico, relegouno a zonas

despoboadas e remotas das serras galegas. Hoxe en día os lobos galegos viven máis

dispersos, en parellas ou mesmo en solitario, e non se adoitan agrupar en mandas para

cazar (Perozo, 1999:230). O coñecemento da situación actual que vive o lobo, unido á

imaxe televisiva do animal cazando en solitario ou ouveando só á lúa (en determinadas

películas e documentais) poderían estar detrás, tamén, do valor de

‘independencia/soidade’ que apuntan os informantes. Canto ó valor de ‘fermosura’ (≠

‘fealdade’), este responde a valoracións subxectivas dos informantes, do mesmo xeito que

unha valoración subxectiva pode estar, tamén, detrás da expresión fixa que determina o

valor da fealdade no animal. Este valor de fealdade, que se extrae das expresións [feo]

coma o lobo (‘fealdade’) ou [ter unha boca] coma un lobo (‘boca fea’), probablemente foi

creado polas persoas que, antano, vían o seu gando ameazado polo lobo. Deste xeito, para

aquelas en que ese temor xa non existe a valoración pode mudar en fermosura,

probablemente en relación cunha certa idealización do lobo como animal misterioso e a

partir das imaxes televisivas do lobo solitario que ouvea á lúa.

Canto á valoración que fan os galegos das parellas de animais can, cadela / gato, gata /

burro, burra, ofrecemos a seguir tres capítulos (5, 6 e 7) en que realizamos unha análise

90 A única enquisada que di pertencer a un hábitat rural ten 20 anos, polo que a súa experiencia con este

animal salvaxe podería ser moi reducida.

132

detallada das expresións figuradas galegas que se constrúen con estes referentes animais

e contrastámola coas valoracións que fan os informantes das enquisas orais e electrónicas.

133

5 CAN/CADELA

5.1 Descrición

O can91 (Canis lupus familiaris) é un mamífero carnívoro pertencente á familia canidae.

Os membros desta familia (da que tamén forman parte o lobo e a raposa, entre outros)

caracterízanse fisicamente por posuír un corpo musculoso e resistente, cuns membros

inferiores fortes e unhas grandes maxilas capaces de despezar con facilidade as súas

presas. Poden detectar estas facilmente grazas ó seu fociño longo e rematado en punta,

que lles proporciona un órgano olfactivo ben desenvolvido. O seu ouvido tamén é

aguzado, pois as súas orellas, polo xeral grandes e erectas, facilitan esta tarefa (Burnie,

2002: 178). Canto á súa conduta, trátase dun animal oportunista e con grande

adaptabilidade a calquera medio (Burnie, 2002: 180). A súa vida media, así e todo, é de

12 a 13 anos e dependendo das razas, poden chegar incluso ata os 20 anos de vida (Perozo,

1999: 316).

A palabra can adoita empregarse para facer referencia á raza doméstica (Canis familiaris).

Trátase dun dos animais que leva máis anos vivindo ó carón do ser humano. A evidencia

máis antiga da súa domesticación provén dos restos arqueolóxicos dunha mandíbula

canina, desenterrada en Alemaña e que foi datada en 14 000 anos aproximadamente

(Macdonald, 2001: 41). Segundo mostran os datos xenéticos, este animal foi no seu día

un lobo salvaxe. Mais a hipótese da orixe do can non deixou indiferentes os investigadores

da materia, posto que existen, cando menos, dúas teorías sobre como se puido producir

esa evolución de lobo a can:

1) Durante moitos anos creuse que os homes da antigüidade adoptaran o lobo salvaxe

e domesticaran as súas crías para iren moldeando, pouco a pouco, o animal, ata

convertelo no que hoxe coñecemos como can doméstico.

Mais esta hipótese non convence outros estudosos, entre os que se atopan os

biólogos Raymond Coppinger e Lorna Coopinger (2002). Estes defenden que a

teoría da adopción do lobo salvaxe por parte dos humanos é practicamente

imposible, posto que, explican, un lobo debe adoptarse antes de que faga os 13

días de vida e non se coñecen datos de que ninguén fose capaz de domesticar un

de máis de dúas semanas. Os autores exemplifican isto cun experimento feito polo

91 Se non se especifica o contrario entenderase de aquí en diante can como can/cadela.

134

biólogo Erik Zimen en Alemaña, pois nunca tivo éxito cando tratou de socializar

crías de lobos en catividade despois dos 19 días de vida (2002: 42).

2) Coppinger e Coopinger (2002) explican que foi no mesolítico cando se deron os

factores propicios para que o lobo se convertera en can. Os autores sinalan que a

evolución de lobo a can tivo que ver cos residuos que comezou a producir o home

hai 15 000 anos, cando pasou a ser sedentario. Os biólogos cren que, coa creación

dos primeiros poboados da Idade de Pedra, se xerou un nicho ecolóxico.

Comezaron a amontoarse novos residuos de animais e desperdicios humanos que

probablemente provocaron o achegamento de animais salvaxes, coma o lobo, na

procura de alimento (2002: 58). Os datos que recadaron apuntan que os lobos se

achegaron a esta especie de vertedoiros incitados polo cheiro e supoñen que, unha

vez alí, comezarían as disputas polo acceso ós alimentos. Entón, produciríase unha

selección natural entre os máis eficientes, os que poderían ocupar ese nicho, e os

que non. Deste xeito, a permanencia do lobo no poboado deberíase a un só factor:

permaneceron aqueles que gardaron co ser humano unha distancia de fuga menor

para poder acceder ós alimentos. Non evolucionaron, en cambio, aqueles que se

afastaron do poboado nada máis percibir a presenza humana. Deste xeito, os lobos

dividíronse en dous grupos xenéticos: os que evolucionaron en can co paso dos

anos e os que non.

Os restos de hai 14 000 anos confirman que ese novo animal que xorde, coñecido como

«protocan» (Copinguer e Copinguer, 2002: 37), era moi distinto do lobo: presentaba un

cranio reducido (probablemente porque, ó ser preeiro, xa non precisaba tanta capacidade

cranial como para a caza en manda), tiña o fociño máis curto, os dentes máis pequenos e

distintos dun depredador e o corpo máis pequeno (pois xa non precisaba abater grandes

presas). Foi deste xeito como o lobo pasou a converterse en algo similar ó can doméstico

que coñecemos hoxe.

Coopinger e Coopinger (2002: 21) definen a transformación do lobo en can como un feito

simplemente impresionante; tanto que hoxe por hoxe son os cans os que viven en grupos

numerosos de especies (arredor duns 400 000 000 en todo o mundo), mentres que o lobo

está en perigo de extinción en varios países (existen uns 400 000 no mundo).

Tendo en conta os milleiros de anos que leva este animal compartindo experiencias co

ser humano, resulta lóxico que pasase a desempeñar un papel importante na vida das

persoas e que sexa o máis antigo dos animais domésticos que posuímos (Santos, 1945:

135

161). A relación do ser humano co can non ten comparación con ningunha outra clase de

animal, ningún outro animal evoca o mesmo conxunto de emocións ou serve de base para

relacións de tanta tenrura coma o can para o ser humano (Fennel, 2013: 22). Sérvelle de

utilidade en moitas tarefas, como ir á caza (con razas especializadas de cans), vixiar

rabaños de ovellas, gardar a casa ou simplemente facerlle compaña (vid. Burnei, 2002).

Todos estes son trazos que se presentan soamente no can doméstico e non coinciden co

comportamento de ningún outro animal. A diferenza doutros animais que conviven co ser

humano, o can continúa acompañando as persoas nas vivendas dende a súa

domesticación92. En moitas casas mesmo é considerado un membro máis da familia93,

posto que é un animal sociable.

O can prototípico da casa galega, como se poderá comprobar nas expresións figuradas

que ofrecemos a continuación, é o can de palleiro. Trátase dunha raza autóctona galega

de aspecto semellante ó do lobo, cunha constitución robusta e un tamaño medio94. Este

can indoeuropeo comparte unha orixe común cos pastores belgas, holandeses ou alemáns,

pois foi cruzado con estas razas, especialmente coa última delas (Fernández Rodríguez,

et al., 2001: 180). Ó can de palleiro encomendábanselle en Galicia as funcións de gardar

a casa e mais de auxiliar o gandeiro nos traballos do campo cos animais, como un

integrante máis da casa labrega95. Recibe o seu nome en alusión ó palleiro onde adoitaba

durmir. Explícao así, entre outros96, Rodríguez González (1958-1961):

92 Contrariamente ó que aconteceu coa vaca ou co boi, moi presentes na sociedade galega de antano e que

agora case non teñen ningunha presenza nas casas de familia rurais, pois viron practicamente reducida a

súa aparición a explotacións gandeiras ou actividades similares con fins económicos (vid. Benavente Jareño

e Ferro Ruibal, 2010). 93 Exemplos desta relación de índole familiar poden verse en

http://revista.consumer.es/web/ga/20120301/mascotas/76351.php ou en

http://www.gatocan.com/AntesAdoptar.php 94 Vid. DRAG, 2016: s. v. can. 95 A desaparición do sistema de explotación tradicional da terra e a competencia doutras razas fixeron que

os exemplares de can de palleiro fosen a menos e quedaran reducidos a uns poucos espallados pola xeografía

galega. Na década dos 90, a Xunta de Galicia estableceu un programa de recuperación da raza que leva a

cabo coa axuda do Club Can de Palleiro (vid. Corporación Radio e Televisión de Galicia, 2012 e 2015). 96 Fernández Rodríguez, et al. (2001); Alonso e Fernández (2001) e Consellería de Medio Rural da Xunta

de Galicia (2015: en liña).

136

Can de palleiro, perro del país, generalmente grande, de orejas casi siempre erguidas, que

es comunísimo entre nuestros aldeanos y está destinado a guardar la casa, la EIRA, el

corral y la huerta de su dueño. Es muy osado; tiene por lo general su cama en el

PALLEIRO, de donde le viene su nombre. Algunos cogen los erizos (ourizos cachos) con

gran maestría, aunque no sin lastimarse más de una vez.

Rodríguez González, 1958-1961: s. v. can

Así e todo, tamén se lle adoita chamar can de palleiro, can palleiro ou can palleirán ó

can común do país, que non ten raza definida e que xa está moi cruzado97 (García

González, 1985: en liña).

Por estas razóns, non é de estrañar que apareza o nome de can de palleiro en varias das

expresións figuradas galegas construídas con referentes animais, posto que no momento

de escoller o can como referente, o máis lóxico para os galegos é elixir o can que teñen

máis preto, aquel co que conviven (xa se refiran á raza propia do país ou ó can sen raza

definida, moi cruzado).

A seguir centrarémonos no retrato que fan os galegos do can a partir das expresións

figuradas que eles mesmos constrúen empregándoo como referente.

5.2 Retrato do can a través das expresións figuradas galegas

O can é o animal que se repite con máis frecuencia no noso corpus, pois aparece como

referente de 161 expresións figuradas. A partir da análise destas construcións

pretendemos descubrir cal é a visión que teñen os galegos do animal e, polo tanto, a

valoración que fan del.

Nos seguintes apartados desagregaremos os ámbitos temáticos en que se encadran as

expresións figuradas que teñen o can como referente e tentaremos ofrecer un perfil

completo da valoración que fan os galegos deste animal.

Tal e como se comentou no apartado 3.5 da metodoloxía de análise das expresións

figuradas, dividimos os ámbitos temáticos en tres seccións: caracterización, relacións e

valoración.

97 Vid. tamén o GDXL, 2009: s. v. can.

137

5.2.1 Caracterización

5.2.1.1 Carácter/condición

A característica que sobresae por riba de todas as que dan conta do carácter ou da

condición do can é a agresividade. Sexa pola súa natureza carnívora ou polos lazos que

o can comparte co lobo, o seu comportamento connatural adoita ser interpretado como

agresivo para o ser humano. Deste xeito, créanse expresións figuradas que teñen como

referente a agresividade do can e nas que, normalmente, se dá un proceso de

animalización do ser humano a través das metáforas conceptuais A PERSOA IRADA É UN

ANIMAL e A CONDUTA FURIOSA É A CONDUTA DUN ANIMAL AGRESIVO (Kövecses, 2000).

Con base nestas metáforas conceptuais atopamos, no noso corpus, expresións figuradas

creadas a partir das metáforas conceptuais máis concretas A PERSOA IRADA É UN CAN e A

CONDUTA FURIOSA É A CONDUTA DUN CAN:

[apupar] coma un can (‘acoso, ataque, perigo, burla’)

[arregañar] os dentes coma un can de palleiro (*‘ensinar os dentes como xesto de

enfado’)

[duro] coma un can (‘dureza’, ‘insensibilidade’)

[fero/ter un xenio] coma un can (doente/de palleiro) (‘expresión que pondera a

fereza dun comportamento ou unha forma de ser irada, irascible’)

[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) (*‘berrar dominado

pola ira’)

[lanzarse/botarse] coma un can (de presa) (*‘responder agresivamente’)

[levarse/discutir/reñer] coma cans (‘levarse mal entre eles, pelexar continuamente’)

[perigoso] coma o can preso á cadea (‘perigoso’)

[poñerse] coma unha cadela (*‘enfadarse moito, estar irascible’)

[poñerse] dun xenio coma can que lle quitan o óso (‘ira’)

[rabear] coma un can na corda (‘ira’)

cadela (‘muller irascible ou de mal xenio’)

can (‘home de mal xenio’)

Por outra parte, Kövecses (1990: 62) afonda na metáfora conceptual AS PAIXÓNS SON

BESTAS DENTRO DUNHA PERSOA e explica que existen variantes dentro desta metáfora

conceptual para cada unha desas paixóns ou sentimentos. Seguindo esta argumentación

ofrece a metáfora conceptual A IRA É UN ANIMAL PERIGOSO DENTRO DUNHA PERSOA

138

(Kövecses, 1990: 62-64), que no noso corpus está representada a través dun can (A IRA É

UN CAN DENTRO DUNHA PERSOA):

botarlle o can [a alguén] (‘atacar de obra ou de palabra, recibir mal ou botar fóra [a

alguén]’)

Noutras ocasións, unha parte do corpo do animal serve para representar o carácter ou a

forma de ser do mesmo, a través dunha imaxe experiencial, isto é, sacada da experiencia

diaria das persoas a partir da visión do comportamento animal.

[acedo/agre] coma o rabo de/dun can / [saber] coma o rabo do can (‘amargor’)

Este exemplo, en concreto, representa o ‘amargor’ nalgunha cousa ou nalgunha persoa a

partir do comportamento irascible do animal, comportado a través desta parte do corpo.

Non é casualidade que se empregue precisamente o rabo do can como referente do seu

comportamento irascible, posto que é esta parte do corpo, xunto coas orellas, a que lle

serve para mostrar as súas emocións; é, polo tanto, unha das partes máis expresivas do

animal.

Outras expresións representan algún tipo de perigo animalizado na figura do can, de

maneira que se deixa ver unha situación perigosa debido á agresividade ou voracidade

que o ser humano lle atribúe:

ceibar/meter os cans na/pola bouza/no río (‘sementar discordia; encirrar a alguén con

mala intención; incitar a outros a que fagan algo’)

espertar o can que dorme98 (‘buscar problemas, complicacións’)

Como se pode apreciar, o ser humano retrata o can como un ser agresivo baseándose nas

súas características físicas e no seu comportamento coas persoas ou con outros animais.

Os xestos faciais e os ruídos que fai o animal dan lugar, tamén, a expresións nas que se

pon de manifesto a súa agresividade:

[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) (*‘berrar dominado

pola ira’)

[arregañar] os dentes coma un can de palleiro (*‘ensinar os dentes como xesto de

enfado’)

cara de can (‘expresión de desgusto, hostilidade ou reprobación’)

ladrar (‘criticar ferozmente’)

98 Existe un refrán que recomenda precaución contra os ataques a través desta mesma imaxe figurada: o can

que dorme non o espertes [RGB].

139

ladrar (‘falar berrando sen sentido ningún’)

poñer o tempo cara de can (‘empeorar as condicións meteorolóxicas’)

Como explica Burnie (2002: 179), tanto o can coma os animais carnívoros en xeral

adoitan comunicarse cos seus iguais a través de cheiros, sinais visuais e vocalizacións; e

engade: «quando os animais se encontram frente a frente, a postura, a expressão facial e

o som servem para transmitir inúmeras informações, incluindo ameaças, submissões,

convites a parceiros e avisos de perigo». Así pois, as persoas ven a súa agresividade

reflectida na cara (cara de can) ou nas súas vocalizacións (ladrar). As expresións que se

forman tomando como referentes os xestos dun animal corresponden ó que Santos

Domínguez e Espinosa Elorza (1996: 205) denominan unha metonimia xeneralizada que

se sintetiza como A EXPRESIÓN DA CARA É A EXPRESIÓN DO SENTIMENTO, neste caso

concreto trasladada ó ámbito dos animais.

Tamén outras accións instintivas do can, como o feito de tornar as moscas a base de

dentadas no aire, sitúan a seguinte expresión figurada baixo o ámbito temático da

agresividade/voracidade:

­ o meu can pillou unha mosca e se a pillou tamén a comeu / o meu can pillou unha mosca,

cando pillará outra? (‘díselle a alguén cando manifesta fachenda por un éxito

esporádico; tamén se usa cando algo bo acontece de xeito casual’)

Existen tamén, coma esta última expresión, outras que, sen designaren no seu significado

figurado a agresividade, implican no entanto a fosilización e fixación en unidades léxicas

de comportamentos do can que frecuentemente se vinculan coa agresividade ou a

voracidade: [roer] igual ca un can (‘morder’); can que morde non ladra en van

(‘evidencia’); (Santa Lucía!)/(San Silvestre!) se é un can, mórdeche!/se fose un can,

mordíache (‘dise cando un busca algo que ten diante dos ollos’).

Noutras expresións o can preséntase como o estereotipo do animal perigoso ou agresivo,

ben porque se foxe del, [fuxir] coma dos cans (* ‘fuxir de algo que se considera

perigoso’), ben por representar un alto nivel de perigosidade ou agresividade, non haber

can que lle ladre [a alguén] (‘dise de quen é persoa soberbia, arrogante ou de quen é

difícil de dominar’) ou arrimar(se) os cans ás paredes99 (‘expresión de ameaza: dise de

alguén que mete medo’).

99 Nesta expresión pódese apreciar moi ben a concepción que o ser humano ten do can coma un animal

agresivo e, polo tanto, perigoso. O feito de que os cans se arrimen ás paredes implica que aquilo do que se

fala é moi perigoso, mesmo máis do que o é un can.

140

Este comportamento agresivo do can leva o ser humano a caracterizalo como un ser

malvado e ruín, posto que a agresión implica dano cara a alguén, do mesmo xeito que o

fan as accións perversas (Sanz Martín, 2012: 133)100. Rexistramos dúas expresións

galegas nas que se caracteriza o can como un ser malo ou ruín:

ser unha cadela coma un can (‘ser ruín’)

saír o can sen rabo (‘levar un chasco’)

Atendendo a estas expresións figuradas, podemos dicir que, dalgún xeito, para os galegos

o can actúa dunha maneira ruín e levado por malas intencións. Esta interpretación pode

ter a súa orixe no comportamento agresivo do que falabamos anteriormente, de maneira

que a agresividade do can se interprete como maldade. De ser así, este feito gardaría

relación coas explicacións que ofrece Hatalovà (2007: 169) para as construcións chinesas

nas que presenta o simbolismo asociado ó can, pois a autora explica que se a ferocidade

do can se enfatiza este servirá como metáfora dun home malvado.

Así e todo, na primeira das expresións o significado de ruindade, proporcionado pola

definición que se dá na fonte escrita da que tiramos a expresión (vid. anexo 1, táboa 20),

establécese a través dunha comparación entre o comportamento da cadela e o do can, de

xeito que se produce unha animalización do ser humano a través dunha metáfora

conceptual dobre: A PERSOA BONDADOSA É UNHA CADELA e A PERSOA RUÍN É UN CAN.

A segunda expresión resulta máis indirecta en canto ó valor que adquire o referente

animal. En principio, o feito de que o can non teña rabo, non ten por que estar relacionado

coa maldade, posto que a definición que ofrece o DFG (‘levar un chasco’) podería aludir

simplemente a un defecto físico. Mais se comparamos esta expresión cos seguintes refráns

literais que localizamos nos refraneiros, veremos que a maldade si é unha calidade que se

relaciona con este animal cando xa non ten rabo ou este é moi pequeno:

home coxo e can rabelo, renega del coma do demo / de home coxo e can rabeno,

¡líbrenos Deus coma do demo! (RGB)

home pequeno e can rabelo, para fodelo (RGMF)

home lampo e can rabelo desconfía del/deles coma do demo (RGMF)

Carré Alvarellos (1928-1931: en liña) define ‘rabelo/rabeno’ como «Sátiro. Ser fantástico

o mitológico que corría los campos en busca de mujeres de las que abusaba». Así o explica

100 A autora explica que ese é o motivo para que unha das acepcións da palabra perro en castelán teña o

significado de «persona vil o despreciable» (Sanz Martín, 2012: 133).

141

tamén Reigosa (2000: 210) que engade, ademais, que este ser garda relación con outros

personaxes europeos coma o Meco ou o Busgoso e que o feito de que se lle chame

‘rabeno’ procede, probablemente, da imaxe dese violador co seu membro por fóra,

metaforicamente o seu rabo. Por outra parte, Carré Alvarellos (1951: en liña) define

tamén ‘rabelo’ como «avieso, torcido, de malas intenciones». Estas connotacións

negativas puideron verse transportadas ó significado máis literal de ‘rabeno/rabelo’, isto

é, «que non ten rabo ou o ten moi pequeno» (DRAG, 2016: s.v. rabeno), polo que un

animal que presenta esas características no seu rabo pasa a ser considerado pola

poboación galega como un animal malo ou ruín. Nos tres refráns literais que ofrecemos

pódese ver claramente como a maldade non é atribuíble a calquera can senón

precisamente a aquel que é rabeno/rabelo.

Deste xeito, e tendo en conta estes refráns, consideramos que o can pode funcionar tamén

como referente de maldade/ruindade na locución saírlle o can sen rabo (a alguén). Con

todo, son poucas as expresións que atopamos en galego nas que se faga explícita a súa

maldade e relacionámolas con este valor dun xeito implícito, axudándonos doutros

refráns. Pero se miramos a outras tradicións culturais, como por exemplo a rusa, veremos

que o can garda máis relación coa maldade do que en galego. Así o explican Pamies et

al. (1998: 74): «en ruso el perro representa de forma muy recurrente y productiva al

mismísimo Diablo; perro y diablo se utilizan indistintamente». Mesmo explican os

autores que poden utilizarse os dous personaxes indistintamente en modismos

semellantes, de maneira que o demo se animaliza en can, pero segue conservando o

mesmo «nivel de maldade». Resulta curioso que nesta lingua tanto a figura de deus coma

a do demo poidan ser substituídas pola do can, tanto na sabedoría coma na maldade, esta

última pola facultade satánica que cren os rusos que posúe este animal (1998: 74-75). Na

cultura portuguesa o can tamén se relaciona coa figura do demo, concretamente o can

negro. Segundo explica Mãças (1950: 300) para os portugueses o demo adoita

metamorfosearse nun can negro, de maneira que este animal se vincula directamente coa

maldade.

Relacionada co ámbito temático da maldade está a falsidade que os galegos lle atribúen

ó can mediante construcións que, maioritariamente, retratan o seu xeito de actuar

falsamente e que, mesmo en ocasións, deixan ver a súa ingratitude cara ó amo:

[ser] coma facer o coxear dos cans (‘finximento’)

142

can que moito lambe tira o sangue (* ‘refírese ó feito de que quen moito adula agocha

segundas intencións’)

facer o coxear dos cans (‘finximento’)

malia o can que se esquece de quen lle dá o pan! (‘ingratitude’)

Esta imaxe do can como un animal no que non se pode confiar tamén está presente noutras

linguas, como por exemplo en inglés. Proba disto son as palabras que se crean a partir do

substantivo dog (can) e que fan referencia a un comportamento falso. Nesta lingua «co

sufixo –er, fórmase o verbo coloquial to dogguer (enganar, engaiolar, enlear –

especialmente nunha transacción) e, a partir do verbo, atopamos o substantivo

correspondente doggery (engano, mentira, pantomima; ou mesmo, parvada, estupidez,

tolada, disparate)» (Nogueira Santos, 2006: 174).

O can, ademais de ser referente da agresividade, da maldade e da falsidade, tamén mostra

unha natureza voraz representada no noso corpus baixo a etiqueta gula. O feito de que o

can se presente en lugares onde se garda a comida ou onde sabe que lle dan de comer está

relacionado con ese comportamento oportunista co que o caracteriza Burnie (2002: 180).

Ademais, ten o costume de eructar despois de comer ata a saciedade e, por outra parte,

cando regurxita adoita comer aquilo que el mesmo vomitou (vid. Mariño Ferro, 1996).

Este tipo de accións do can, xunto co feito de estar comendo continuamente, fan que o

ser humano o caracterice como un ser lambón, un referente da gula. Hatalovà (2007: 169)

engade, ademais, que esta constancia do can para obter alimentos se utiliza como metáfora

para as persoas avarentas. Segundo explica Snider (1993: 163) os franceses escollen

tamén o can como referente da avaricia. En galego, a diferenza do francés, non se percibe

avaricia nas expresións figuradas que teñen o can como referente, simplemente se

caracteriza como un animal larpeiro.

Son variadas as expresións en que o can aparece como un animal lambón, que rouba a

comida dos seus donos ou que mesmo presenta un carácter interesado coas persoas para

sacar beneficios relacionados coa comida. Nalgunhas delas o ser humano vese

animalizado nun can a través da metáfora conceptual O QUE COME MOITO É UN CAN,

procedente da metáfora conceptual superior O QUE COME MOITO É UN ANIMAL (vid. Iñesta

Mena e Pamies Bertrán, 2002):

[ir] coma un can (‘fartura’)

can ceboleiro (‘[despectivamente] persoa que lle gusta comer a conta dos demais’)

143

Noutras, prodúcese a identificación ou a comparación entre o can interesado pola comida

e o individuo interesado en obter algún beneficio:

can merendeiro101 garda mal o palleiro (* ‘dise de quen vai de casa en casa levando

contos, aproveitando para ser convidado sen pedilo, e descoida a casa propia’)

chámame can e bótame pan (‘úsase para indicar que non importan as ofensas se con elas

se consegue algún beneficio’)

dálle ó rabo o can non por ti senón polo pan / o can baila polo pan / polo pan/diñeiro

baila/vai o can (e polo pan se llo dan/para ver se llo dan) (* ‘refírese a quen fai algo

por comenencia propia’)

moitos cans para un (só) óso/para a barbada (‘dise de cando algo é difícil de conseguir

por seren moitos a procuralo’)

o home e o can van por onde lle dan (* ‘refírese a quen fai algo por comenencia

propia’)

Vemos, de xeito xeral, como o obxecto de desexo do ser humano é identificado coa

comida do can:

o can afeito ó touciño, anque lle pele o fociño (* ‘refírese ás persoas que fan cousas que

lles gustan aínda que sexan prexudiciais’)

Este «obxecto» de desexo pode ser tamén a muller. A gula do can relaciónase coa lascivia

do home polas mulleres a través da metáfora conceptual O OBXECTO DO DESEXO SEXUAL

É COMIDA (Kövecses, 1990: 129):

can de moitos cuncos (‘home que anda con máis dunha muller’)

Noutras expresións fixas non se identifica a gula do animal cos intereses do ser humano,

pero si se establece unha asociación entre o can e a comida. A recorrencia desta asociación

reforza a idea da gula como trazo caracterizador do can:

[durar] coma manteiga en/no nariz/fociño de/do can (‘fugacidade’)

alá vai o can coas noces/coa bica toda! (‘expresión de forte contrariedade cando algo é

desbaratado’)

non busques o pan na cama do can (* ‘invita a non levar a cabo unha angueira que

resultará inútil’)

101 Rodríguez González (1958-1961: s. v. can) recolle a expresión figurada can merendeiro: «dícese del

hombre que va de casa en casa llevando cuentos, aprovechando horas propicias para ser invitado a tomar

algo sin pedirlo él». Deste xeito can merendeiro é unha expresión fixa que se pode empregar por si soa de

xeito metafórico, aínda que no noso caso, non a rexistráramos nas fontes consultadas para a elaboración do

corpus.

144

o can de boa raza pensa no pan e na caza (* ‘refírese a que quen é responsable e

centrado pensa no ocio e tamén no traballo’)

ó can que lambe a cinsa non lle fíes a fariña (‘precaución’)

outro can na merenda! (‘dise para indicar que unha persoa actúa igual de mal ca outra

ou que un feito é igual de inconveniente ca outro consabido’)

O carácter interesado que os galegos lle atribúen ó can con relación á súa gula102 vese

claramente en expresións como dálle ó rabo o can non por ti senón polo pan, o can baila

polo pan / polo pan/diñeiro baila/vai o can (e polo pan se llo dan/para ver se llo dan) ou

o home e o can van por onde lle dan. Mariño Ferro (1996: 368) explica que, por este

motivo, o can foi escollido como representante da adulación: «el perro, con zalamerías

halaga al que le da pan, sin distinción alguna entre méritos y deméritos, y aún a veces

muerde a quien no lo merece, e incluso a quien le da de comer, si no lo abandonara. Por

todo ello, mucho se asemeja al adulador».

A intelixencia e, sobre todo, a sabedoría son outros dos valores que recoñecen as persoas

na figura do can. Santos (1945) indica que esta característica explica en boa medida por

que este animal chegou a ser considerado o mellor amigo do home:

O cão não possui de certo a mesma inteligência que o homen, porém, há momentos em

que êle parece considerar-se seu igual, senão superior a êle. Os cães pré-históricos,

durante milhões de anos, desenvolveram o volume do seu cérebro. É um dos caracteres

que tem permitido ao cão não sòmente sobreviver, mas se tornar nosso melhor amigo

entre as criaturas do reino animal.

Santos, 1945: 161

O comportamento do animal con relación ó ser humano xoga un papel importante para a

asignación deste valor, pois o can obedece as persoas, as súas ordes e peticións, a

diferenza do que acontece con outros animais que viven ó seu redor, como pode ser, por

exemplo, o gato. Ademais o can posúe, como veremos no ámbito temático da fidelidade,

unha grande memoria, xa que adoita recordar o camiño á casa por moi lonxe que se atope

(Mariño Ferro, 1996:368).

102 Este carácter lambón do can vese reflectido, tamén, noutras culturas a través de fábulas e contos infantís

que así retratan o animal. Un exemplo podemos atopalo na fábula de Esopo «O can que levaba un anaco de

carne» (Esopo, 1999: 90).

145

Como diciamos, nas expresións galegas está presente sobre todo a idea de sabedoría, que

se asocia coa característica da vellez:

a can vello non hai cus cus (tus tus) (*‘a sabedoría é unha característica que se adquire

cos anos’)

a cazador novo, can vello (*‘da inexperiencia das persoas aprovéitanse os máis

experimentados’)

can vello (‘ser cauto e advertido pola experiencia da vida’)

can vello, se non corre, busca (*‘refírese a que aquel que é experimentado saberá como

actuar en todas as circunstancias’)

non hai mellor caza cá que se fai con cans vellos (*‘fai referencia a que as cousas saen

mellor se se fan con xente experimentada’)

o can vello, se ladra, dá consello (*‘invita a seguir o consello de alguén de avanzada

idade’)

A existencia destas expresións explícase polo feito de que os cans de máis idade

responden mellor ante determinadas situacións, como por exemplo as que gardan relación

coa caza. Así, tal e como se pode observar, en moitas destas expresións aparece a figura

do can vello asociada á caza tanto de xeito directo (a cazador novo, can vello; non hai

mellor caza que a que se fai con cans vellos) coma indirecto (can vello se non corre

busca).

Este feito contrasta co que sucede noutras linguas, como por exemplo o inglés, en que a

palabra dog en sentido figurado designa por si soa unha persoa con experiencia e

sabedoría (Nogueira Santos, 2006: 173), neste caso, sen necesidade de engadirlle a

palabra old.

Así e todo, rexistramos tamén outra expresión en galego na que o can funciona,

indirectamente, como referente da intelixencia, mais non exactamente da sabedoría, a

través do seu comportamento:

non busques o pan na cama do can (*‘invita a non levar a cabo unha angueira que

resultará inútil’)

O can adoita enterrar os alimentos para que outros animais non llos coman e, deste xeito,

poder comelos el noutro momento. Esta forma de agochar e, ó mesmo tempo, racionar a

comida explica a existencia da expresión citada, que remite, pois, de maneira indirecta, a

un comportamento intelixente do animal.

146

Por outra parte, e como se poderá comprobar máis adiante, o can destaca tamén como

referente da ‘velocidade’ (principalmente o galgo, unha raza de can moi veloz). A

característica da intelixencia, así coma outras características morais ou mentais do ser

humano, adoita estar vinculada cunha serie de imaxes metafóricas que veñen dadas a

través de características físicas. Para o ser humano, as persoas intelixentes son aquelas

que máis rápido comprenden as cousas, de xeito que unha mente áxil e rápida é unha

mente privilexiada e que sobresae por riba das demais. A rapidez mental asóciase coa

rapidez física, de maneira que os animais máis veloces son considerados intelixentes:

La rapidez con que las personas inteligentes comprenden aquello que ven o que se les

explica determina que este rasgo sea recurrente en la caracterización de los individuos

con alto nivel de inteligencia. A este respecto, son frecuentes las correlaciones o las

comparaciones con elementos o animales rápidos, tanto para designar la misma agudeza

mental (chispa) como, sobre todo, para hacer referencia al individuo inteligente.

Álvarez de la Granja, 2011: 387

A expresión chámalle can á cadela (‘fórmula que se emprega para indicar que alguén

saíu máis listo do que parecía’) alude á maior intelixencia do animal femia con respecto

ó macho. Esta expresión contrasta con outras moitas expresións de carácter machista que

se poden atopar na fraseoloxía das linguas, tamén na lingua galega, (vid. Calero

Fernández, 1990), en que se adoita primar a figura do macho por riba da femia. Cremos

que neste caso pode ter que ver co comportamento directo da cadela, que se mostra máis

obediente e responde mellor ós procesos de adestramento do que o fai o can.

Atopamos, tamén, outros valores asociados ó carácter do can que o retratan como un ser

insensato, teimudo e en ocasións mesmo dominante co seu amo. O primeiro valor vese

representado a través de partes do corpo ou accións coas que se animaliza o ser humano:

cabeza de can (‘persoa lixeira ou aloucada’) e ladrar (‘que fala demais e sen xeito’). A

teimosía preséntase a través da imaxe do can aldeán que fai, a ollos dos galegos, certas

cousas que non teñen sentido, como por exemplo enterrar un óso sen roelo pero sen

deixarllo, tampouco, para outro can: [facer/ser] coma o can do hortelán (que nin come/roe

nin deixa comer/roer103) (‘dise cando unha persoa non pode ou non quere facer algo, nin

deixa que outro o faga’).

103 Trátase dunha imaxe que se atopa na fábula de Esopo (1815: 237) «O can envexoso», en que un can non

deixa que un boi coma unha presada de feo que ten diante, pero tampouco a come el; ó igual que non roe o

147

Pero, ademais de teimudo, o can pode mesmo chegar a ser dominante co seu amo, como

mostra a expresión ó cabo do ano o can manda no seu amo (* ‘refírese ó poder que acaban

adquirindo co tempo algunhas persoas’), posto que o vínculo que se establece entre os

dous é tan estreito que mesmo pode chegar a mudar a orde natural da xerarquía dos

elementos do mundo e os animais pasar a ocupar o posto que normalmente está reservado

para os humanos.

Mais, dentro deste vínculo que se establece entre o home e o can, atopamos outros valores

como o da fidelidade (lealdade) ou, mesmo, o servilismo (vid. Vyshnya e García Jove,

2005) do segundo cara ó primeiro. Dise que a fidelidade é a principal das virtudes que o

can lle profesa ó seu amo. Mariño Ferro (1996: 367) mostra, baseándose en distintos

bestiarios (como o Toscano ou o Valdense), que a fidelidade ou lealdade do can cara ó

seu amo (incluso despois de morto este) está representada en infinidade de culturas, polo

que pasou a converterse xa nun símbolo cultural. O autor explica que, como símbolo de

fidelidade, o can aparece esculpido ós pés das figuras medievais nos sepulcros, para

continuar sendo un compañeiro fiel máis alá da vida e unha guía no camiño dos mortos.

Comenta, por outra parte, que o amor que lle profesa este animal ó amo chega ata o punto

de seguilo alí onde vaia, algo que se asocia, tamén, coa memoria do animal: «expresión

de fidelidad y amor en su insistencia en regresar a la casa de sus amos. A veces logra

encontrar su hogar incluso después de ser llevado a tierras extranjeras, con lo cual

demuestra poseer una excelente memoria» (Mariño Ferro, 1996: 368).

Hatalovà (2007: 170) explica que no simbolismo chinés existe unha oposición clara entre

o gato e o can, pois mentres que o primeiro é frío, duro de corazón e falto de emocións, o

segundo é fiel e veraz. Ademais, engade que a devoción do can polo ser humano é un

símbolo de fidelidade e lealdade (2007: 182), algo que coincide tamén na nosa cultura.

Así, o ser humano vese animalizado nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA

FIEL É UN CAN:

[fiel] coma un can / [máis leal] que un can (‘ser moi fiel’)

[servir a alguén] coma un can (‘(servir) moi fielmente’)

Sanz Martín (2012: 132) explica que a imaxe da fidelidade do can polo amo se xera a

través da noción de dependencia do animal polo ser humano e que crea, tamén, unha

óso que leva con el, pero tampouco deixa que outros cans o fagan. Existe, pois, unha motivación

intertextual.

148

situación conceptualizada onde o can é inseparable do seu amo. Pon como exemplo a

expresión castelá perrito faldero, na que se presenta a imaxe do can pegado á saia da súa

ama. En galego vese reflectida esta mesma imaxe en expresións como:

[andar/ir apegado] coma un can ó cu / [andar atrás de alguén] coma un can

(perdigueiro104)/o mesmo que un can / [andar] coma un can detrás de alguén (‘dise da

persoa que segue continuamente a outra’)

[ser] coma can de sufaldra (‘dise da persoa que acompaña continuamente a outra de

maneira pegañenta e/ou servil’)

canciño cego (‘ser moi fiel e submiso’)

Como se pode apreciar, nalgunhas definicións que aluden á submisión ou ó servilismo, a

fidelidade adquire unha connotación negativa. Pasa, incluso, a considerarse unha

«submisión de servo, de escravo» (Mariño Ferro,1996: 368). Nogueira Santos (2006: 171)

explica, a este respecto, que aínda que vén de lonxe a tradición de ver o can como

encarnación da fidelidade, «ás veces esta dedicación pode tomar formas abxectas» e pon

como exemplo o caso do can «que lle lambe105 as botas ó dono que o maltrata».

Asociado coa fidelidade atópase o valor que demos en chamar benquerenza, posto que

se evidencia o carácter cariñoso que os galegos lle atribúen ó can a través da expresión

[cariñento] coma un can (‘agarimo, amor, obediencia’), na que a motivación é o

comportamento do animal co seu amo ou coas persoas en xeral. Nesta expresión en

concreto o ser humano animalízase nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA

CARIÑOSA É UN CAN.

O can funciona, tamén, nas expresións figuradas galegas como referente da preguiza ou

da ociosidade. A imaxe do animal deitado serve para que o ser humano conceptualice

realidades como a comodidade, a tranquilidade ou, simplemente, a felicidade da boa vida.

Moitas das expresións que vehiculan estas imaxes constrúense a través da metáfora

conceptual A FELICIDADE É UN ANIMAL QUE VIVE BEN (vid. Kövecses, 2000), para a que os

104 O perdigueiro é unha raza de can galega especializada na caza de pluma (máis concretamente, perdiz,

arcea e paspallás). Non parece ser unha coincidencia que se empregue este can concreto para esta expresión,

pois trátase dun animal de carácter dócil, obediente e agarimoso. Presenta grande coraxe e valentía nos

labores de caza, ademais de dispoñer dun olfacto excepcional, pois é un buscador activo, tanto ventando a

peza abatida como rastrexándoa (vid. Fernández Rodríguez et al., 2001). Esta última característica do

animal reforza a imaxe da expresión [andar atrás de alguén] coma un can (perdigueiro). 105O significado figurado que presenta o verbo lamber en galego (‘afagar, gabar, adular en exceso’) (vid.

GDXL, 2009: s. v. can) probablemente teña a súa orixe neste comportamento do can cara ó seu amo, posto

que se emprega para facer referencia a certas accións de adulación, que poden mesmo implicar algún

comportamento falso. Neste sentido cómpre lembrar que tanto a falsidade coma a adulación son

características que os galegos lle atribúen ó can.

149

galegos escollen a figura do can (de xeito maioritario) e crean expresións a través da

metáfora conceptual A PERSOA QUE VIVE BEN É UN CAN:

[estar] coma o can á boa vida (‘comodidade’)

[estar] coma o can sen alma (‘tranquilidade’)

[estirarse] coma un can (*‘estar ocioso, sen facer nada’)

[estar deitado] coma o can (*‘estar ocioso, sen facer nada’)

[levar unha vida] coma un can de palleiro (‘preguiza’)

[ser] coma o can: onde lle fan a cama alí/aí se deita (‘conformarse’)

[ter máis sorte] ca un can deitado (* ‘ter moita sorte’)

[traballador] coma un can de palleiro (‘preguiza’)

[traballar] coma un can deitado (‘estar sen facer nada’)

[vivir] no mundo coma os cans (‘vivir ben’)

estírate can que mañá imos de caza (* ‘fai referencia a cando unha persoa se

espreguiza’)

levar vida de can (‘boa vida’)

mentres o can dorme, o lobo mata e come (*‘úsase para contrapoñer unha persoa

preguiceira a outra traballadora’)

Os hábitos diarios do animal parecen ser a fonte principal do ser humano para crear

expresións figuradas con este significado. Tal e como explica Mariño Ferro (1996: 367)

a preguiza é outra das características que destacamos neste animal, «acusación que

entendemos perfectamente al ver al animal tumbado indolentemente durante horas»;

engade ademais que «un perro adormilado aparece en la representación de la pereza de la

Mesa de los siete pecados capitales del Bosco». O referente principal destas expresións

será, pois, a imaxe do can deitado durmindo na porta da casa, debaixo do palleiro ou ó

sol, en todo caso sen facer nada que as persoas consideren útil.

O proceso de animalización pode darse tamén a través da metáfora conceptual OS

SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON ANIMAIS

(Echevarría Isusquiza, 2003: en liña), que no noso caso concreto se subespecificaría como

OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON UN

CAN:

can (‘nugalla, preguiza, falta de vontade para traballar’)

150

Máis, curiosamente, a pesar de ser o can un animal que se emprega como referente en

expresións que denotan preguiza, tamén o é dunha expresión (no noso corpus) que denota

laboriosidade. Na seguinte expresión o ser humano vese animalizado nun can a través da

metáfora conceptual A PERSOA QUE TRABALLA É UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies

Bertrán, 2002: 217); neste caso concreto, A PERSOA QUE TRABALLA É UN CAN:

[traballador] coma un can de palleiro (‘ser moi traballador’)

Pensamos que o feito de que o referente da expresión sexa o can de palleiro é,

precisamente, o que explica esta connotación. Como xa se comentou, o can escollido en

Galicia para gardar a casa, pero tamén, para colaborar nos traballos da condución do

gando foi a raza palleira (Alonso e Fernández, 2001: 192-193). Atendendo a esta

realidade, resulta lóxico que se lle atribúa a condición de ‘animal traballador’ e que sexa

o can palleiro o representante prototípico para os galegos da categoría ‘can traballador’.

Outros valores contrarios semanticamente son os que se refiren ó can como un animal

covarde, pero tamén valente. As imaxes referidas á covardía do animal veñen dadas

basicamente por dúas vías: o medo do animal ante o maltrato que sofre por parte do ser

humano106 e a inquietude que experimenta en presenza doutros animais maiores ca el.

Aquelas expresións en que se animaliza o ser humano nun can créanse baixo a metáfora

conceptual A PERSOA COVARDE É UN CAN:

[fuxir] coma can con vincha ó rabo (‘expresión que pondera a rapidez ou velocidade con

que un escapa ou foxe’)

[fuxir] coma un can perdigueiro cando ventea ó lobo (*‘fuxir dunha situación perigosa’)

[ir/estar/quedar/fuxir/marchar] coma o can co rabo entre as pernas / fuxir/marchar/saír

co rabo entre as pernas (‘irse avergonzado, escarnecido’)

[saír] coma un can cando lle atan unha lata ó rabo (‘anoxo’)

mal ladra o can, cando ladra de medo (‘medo’)

En oposición a esta covardía atopamos o valor da valentía na expresión:

ser unha cadela coma un can (‘ser moi atrevido’)

Nesta expresión compárase á cadela co can dándolle o significado de ‘ser persoa moi

atrevida’. Probablemente o animal macho funciona como referente do atrevemento

porque adoita ser máis agresivo coas persoas ou con outros animais cás femias. A cadela,

106 As expresións que se refiren ó maltrato repítense no apartado correspondente desta análise.

151

que acostuma ser máis tranquila, compárase co can cando presenta un comportamento

pouco habitual nela e máis parecido ó do macho.

A promiscuidade ou o feito de levar unha vida «licenciosa» son características que os

galegos lle atribúen ó can, de maneira que crean expresións que comportan este valor a

través da metáfora conceptual A PERSOA PROMISCUA É UN CAN:

[puta/viciosa/saída] coma unha cadela / [máis saída] ca unha cadela en celo (* ‘muller

de carácter promiscuo’)

[poñerse] coma cadelas (* ‘ter un comportamento promiscuo’)

[ser] coma un can (*‘andar un home na procura de mulleres’)

andar de can (‘andar un home na procura de mulleres’)

cadela (‘muller de comportamento deshonesto’)

fillo dun can (* ‘fillo de solteira’)

Consideramos que todas estas expresións comparten unha imaxe común: a de liberdade.

O can adoita ser visto como un animal libre, mesmo libertino, que fai vida nocturna e só

volve ó fogar ó amencer. Villegas (1966: 119) apunta que nesta vida «tan libre» que levan

os cans está a orixe da expresión no seas perro, empregada na fala costarriqueña para

aconsellarlle a unha persoa que non debe ser tan licenciosa na súa vida ou nos seus

modais. Así o demostran, tamén, outras expresións do noso corpus nas que o can funciona

como referente do noctambulismo ([andar] coma un can (cando lle soltan a correa)

‘andar de noite por aí’ / andar de can ‘saír de noite ata a madrugada’ / vir á hora do can

‘chegar a altas horas da madrugada ou ó amencer’). A liberdade do animal unida ós seus

hábitos nocturnos dan lugar á imaxe que agocha a expresión fillo dun can (* ‘fillo de

solteira’). Cómpre apuntar que este tipo de comportamento no can obsérvano os

habitantes das aldeas, en que os cans gozan dunha maior liberdade para saír que aqueles

que viven nos pisos das grandes cidades, pois estes últimos dependen exclusivamente do

seu amo para iso.

As expresións que empregan o animal en feminino para facer referencia a este

comportamento ([puta/viciosa/saída] coma unha cadela / [poñerse] coma cadelas /

cadela) veñen dadas, probablemente, polo comportamento da cadela cando ten o celo e a

similitude que pode chegar a establecer o ser humano coas mulleres promiscuas. Aguirre

del Río (1858: en liña) ofrece a definición figurada de cadela como «muger a quien acen

el amor una porción de hombres a un tiempo y a quienes ella aceta; mujer que demuestra

mucho su lujuria» e Mariño Ferro (1996) sinala:

152

En su comportamiento sexual se basan algunos símbolos y creencias. La sociedad

tradicional se fijó, por supuesto, en que «una perra en estro107 puede aparearse

sucesivamente con diversos perros». De ahí que el nombre de perra, como el de loba o

zorra, se emplee como sinónimo de prostituta o de mujer fácil. Aristóteles anota también

que en esos días presentan «una hinchazón del órgano genital».

Mariño Ferro, 1996: 368

Os cans son animais que se aparean moi a miúdo, pero, tal e como di Mariño Ferro (1996:

369), o que máis contribuíu á súa sona de luxuriosos é a duración da cópula. O ser humano

interpreta, novamente, o comportamento natural do can, neste caso o seu instinto de

reprodución, como unha forma de ser ou de carácter.

En contraposición a este comportamento atopamos no corpus algunhas expresións nas

que o can funciona como referente da soidade, expresións en que o ser humano se

animaliza nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE ANDA SOA É UN CAN:

[andar] coma o can sen dono (‘liberdade’)

(o) can no/de palleiro non quere compañeiro (‘dise de quen non comparte as cousas, de

quen se quere só’)

can sen dono (‘dise das persoas que sempre andan soas sen amigos’)

Nelas retrátase o animal como un ser independente e con preferencias solitarias, a pesar

de que socializa tanto co ser humano coma cos demais animais (Macdonald, 2001: 40-

41). Mais, probablemente, esta característica da soidade veña dada por un motivo que lle

é alleo ó can, como é o abandono ó que adoito o somete o ser humano. Así, as expresións

[andar] coma o can sen dono e can sen dono serían o resultado deste comportamento do

ser humano co can, pois, como explica Sanz Martín (2012: 132), a noción de dependencia

do can cara ó seu amo xera unha escena de soidade no sentido de que existe unha situación

conceptualizada en que o animal sofre terriblemente no momento en que carece de dono.

Exemplifica a súa explicación mediante a expresión perrito sin dueño, equivalente

español do can sen dono galego.

Un caso distinto é a expresión (o) can no/de palleiro non quere compañeiro, agora

analizada a partir do seu segundo significado figurado: ‘dise de quen non comparte as

cousas, de quen se quere só’. A orixe desta expresión non estaría relacionada coa

dependencia do can cara ó seu amo, senón co comportamento reservado (e mesmo

107 ‘Período de celo o ardor sexual de los mamíferos’ (DRAE, 2014: s. v. estro).

153

desconfiado cos estraños) que caracteriza o can de palleiro galego (Alonso e Fernández,

2001: 192).

Un ámbito que si se podería relacionar co abandono do can é o que dá conta da

precariedade ou mala vida que este leva. Existe, no noso corpus, un número elevado de

expresións que denotan esta característica, algo que contrasta co feito de que o mesmo

animal se empregue tamén como imaxe da boa vida, tal e como xa sinalamos. As

expresións que supoñen a animalización do ser humano nun can créanse a través da

metáfora conceptual A PERSOA QUE LEVA MALA VIDA É UN CAN. A partir desta metáfora

créanse outras como:

A PERSOA ABANDONADA É UN CAN:

[andar] coma o can dos ovos (‘andar pedindo algo de alguén, andar en busca da compaña

de alguén’)

[vivir / andar tirado] coma un can (de palleiro) / coma cans (‘sen a axuda de ninguén’)

en todas partes hai cans descalzos (‘dise para indicar que as cousas negativas non son

exclusivas dun lugar; senón comúns a todos’)

ida sen volta, coma o can pola porta! (‘expulsión’, ‘marcha definitiva’)

A PERSOA CANSA É UN CAN:

[canso] coma un can (‘cansazo’)

A PERSOA QUE DESEXA ALGO É UN CAN:

[devecer] coma un can (* ‘desexar algo con moita ansiedade’)

A PERSOA QUE ESTÁ/VIVE INCÓMODA É UN CAN:

[estar] coma un can (‘incomodidade’)

[levar/pasar/ser] unha vida coma un can (de palleiro) / [pasalas] coma un can

(‘problemas’, ‘incomodidade’)

A PERSOA QUE PASA FAME É UN CAN

[pasar máis fame] ca un can (sen dono) (de caza) / [ter unha fame] coma un can (‘pasar

moita fame’)

fame de can (‘grande apetito’)

A PERSOA QUE SOFRE É UN CAN

[ter unha dor] coma un can (‘pasar moita dor’)

A PERSOA QUE PASA DIFICULTADES É UN CAN

levar unha vida de cans (*‘vivir con moitas dificultades’)

154

verse en pelicas de can (‘pasar apuros, ter dificultades’)

Tal e como explica Sanz Martín (2012: 132) a escena subxacente a este tipo de expresións,

ou cando menos, á maioría delas, é a vida que levan os cans que están tirados na rúa,

abandonados á súa sorte. Falcão Pastore (2009: 97) explica, mediante a expresión inglesa

lead a dog’s life e mais a súa análoga portuguesa ter vida de cão, que o can é un símbolo

da servidume cara ó seu amo e é capaz dos peores e máis difíciles sacrificios por el, por

iso a imaxe que agocharía esta expresión, di, é a do animal exhausto. Sexa como for, todo

parece indicar que a orixe das expresións nas que o can funciona como referente da

precariedade e da mala vida está no vínculo de dependencia co ser humano, pois cando

se ve privado da súa axuda e atención sofre as peores situacións. Isto explicaría por que

o can funciona como representante simbólico de toda clase de aspectos lamentables ou

sinistros da condición humana (Bertrán, Iñesta e Lozano,1998: 73).

Existen, ademais, outras expresións figuradas en que o can funciona como referente da

mala vida sen supoñeren a animalización do ser humano. Todas elas fan referencia ó mal

tempo, sexa mediante a comparación entre os días fríos e os cans ou mediante a alusión

á exposición directa do animal ó tempo frío:

[estar/facer] un día (frío) coma un can/cadelo (‘dise cando o frío é moi intenso’)

[ir un frío/ir tanto frío] que non paran (nin) os cans /que nin os cans paran (‘dise cando

o frío é moi intenso’)

(facer un dia) de cans (‘moi malo)

5.2.1.2 Características físicas

A continuación mostraremos aquelas expresións nas que a imaxe figurada se crea a partir

das características físicas que o ser humano destaca no animal.

A velocidade é unha das características físicas máis apreciadas polos seres humanos no

can (Perozo, 1999: 316) e así o demostran as construcións figuradas galegas en que se

animaliza o ser humano a través da metáfora conceptual A PERSOA RÁPIDA É UN CAN,

realización máis concreta da metáfora xeralA PERSOA RÁPIDA É UN ANIMAL (Iñesta Mena

e Pamies Bertrán, 2002: 201). Nas expresións metafórica encontramos tanto a forma

xenérica (can/cadela) como unha raza de can concreta (galgo108):

108 ‘Can de corpo fino e estilizado, de cor leonada clara e manchas escuras, de potente musculatura, moi

rápido e lixeiro [que se usa na caza e en carreiras] (GDXL, 2009: s.v. galgo).

155

[andar nas carreiras] coma os cans (* ‘andar apurado’)

[correr/andar/andar lixeiro/alancar] coma un/os galgo/s / que nin os galgos (‘expresión

que pondera a velocidade de alguén’)

[correr] coma unha cadela (‘correr moito’)

A velocidade do can sérvelle tamén ós galegos para medir as distancias, concretamente

as curtas, a través de expresións como a seguinte: a carreiriña dun can (‘unha distancia

curta’).

Ademais, a grande velocidade que acada a raza de can galgo, permítelle ós galegos crear

expresións como botarlle/iscarlle un galgo (‘dise cando algo se perdeu de forma

irreparable, ou cando algo se percibe xa como inalcanzable’): por moito que se persiga

algo que xa se perdeu, nunca se poderá recuperar, aínda que se faga coa raza de can máis

veloz que coñecemos.

Pero ademais de ser un animal veloz, o can é tamén un referente da resistencia. Na

seguinte expresión o ser humano vese animalizado nun can a través da metáfora

conceptual A PERSOA RESISTENTE É UN CAN, da que se extraería o primeiro significado

figurado (dos dous que posúe a expresión):

[duro] coma un can (‘dureza’, ‘insensibilidade’)

Como se poderá ver máis adiante no apartado dedicado á relación home-animal (5.2.2.1),

e como xa comentamos en 5.2.1.1 cando falamos do valor de precariedade e mala vida

asociado ó can, considérase un animal resistente por aguantar os malos tratos do ser

humano e pola mala vida que adoita levar. Os cans que viven sós, na rúa, e sen os coidados

que lle pode proporcionar unha persoa, deben aturar as inclemencias do tempo, a fame e

os perigos que poden estar asociados con ataques doutros animais ou do ser humano. Por

outra parte, como apuntamos no apartado dedicado á descrición do can, é un animal que

destaca pola súa resistencia, unha característica común a todos os membros da familia

Canis lupus (Burnie, 2002: 180).

Atendendo, tamén, ás características físicas do can, comprobamos que funciona como

referente da delgadeza nas expresións figuradas galegas que recollemos. Nelas, o ser

humano vese animalizado nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA DELGADA É

UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 189); para este caso concreto A PERSOA

DELGADA É UN CAN:

[delgado] coma un can/unha cadela (‘moi delgado’)

156

[estar] coma un can polas pernas (‘mirrado’)

[máis fraco] que un can de palleiro (‘mirrado’)

Cremos que esta característica garda unha relación directa coa mala vida que os galegos

lle atribúen ó can, pois os estados de abandono provocan ese estado físico no animal.

Nestoutros casos, a característica física que se emprega como referente para a construción

de expresións figuradas é o ruído, ou os tipos de ruídos, que emite o can:

[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) (*‘berrar dominado pola

ira’)

[laiarse] coma un can (* ‘queixarse a través de sons agudos’)

ladrar (‘que fala de máis e sen xeito’)

ladrar (‘falar a berros, con enfado ou cólera’)

É moi común que se animalice o ser humano mediante ruídos e sons que emiten os

animais, de feito son moi produtivos para a creación de paremias e expresións figuradas

en xeral (vid. Mazars e Jurado, 1999) simbolizando, así, unha faceta característica do

animal ó que se lle atribúe o son concreto. Nese caso, o ser humano animalízase a través

do ouveo do can e mais do seu ladrido, aínda que se lle apoñan nomes caracterizadores

como renxer ou laiarse. Nestas expresións podemos ver como os ruídos do can se

interpretan como sons desagradables polo seu volume (‘berrar’, ‘falar a berros’), polo seu

ton (‘sons agudos’) ou por ser excesivos (‘falar de máis’).

Outras das calidades físicas que o ser humano valora neste animal son o bo olfacto e o

bo ouvido, dúas características que fan que sexa un animal moi apreciado para

actividades coma a caza, pois a conxunción destas dúas destrezas unidas á súa velocidade

fan do can un perfecto cazador (vid. Mariño Ferro, 1996). Este mesmo autor (1996: 368)

pon en relación a destreza que o can presenta para seguir pistas valéndose destes dous

sentidos coa habilidade dedutiva dun espírito sagaz; algo que se relaciona directamente

coa intelixencia do animal, da que falamos en parágrafos anteriores.

Nas expresións que reflicten as características citadas o ser humano animalizase nun can

a través das metáforas conceptuais O QUE TEN BO OÍDO É UN CAN e O QUE TEN BOA

INTUICIÓN É UN CAN:

[ouvir/oír] máis ca un can fanado (‘ouvir moi ben’)

[ventar algo] coma o can a perdiz (‘advertir’)

157

Na primeira das expresións enfatízase a importancia do ouvido no can sen dentes: ó

faltarlle o seu principal medio de defensa, debe agudizar máis esa calidade física que o

caracteriza. Na segunda expresión faise referencia ó seu grande olfacto e ó feito de que o

ser humano o empregue para os labores da caza, neste caso concreto da perdiz.

Como ocorre con outros animais (burro, corvo, lobo, moucho, oso, ourizo, sapo, teixugo,

...), o can funciona, tamén, como referente da fealdade para os galegos. Na seguinte

expresión animalízase o ser humano nun can facendo uso da metáfora conceptual A

PERSOA FEA É UN CAN:

[feo/cativo/ser] coma un can / feo para can (‘moi feo’)

Probablemente, a orixe destas expresións estea asociada coa mala valoración que os

galegos fan do can (como poderemos ver no apartado de valoración), tratándoo mesmo

como algo insignificante. Por outro lado, o mundo animal en xeral sérvelle ó ser humano

para construír expresións figuradas que connotan características negativas (Bertrán,

Iñesta e Lozano, 1998), non só no referido a aspectos comportamentais senón tamén a

aspectos físicos xerais (Guerra, 2011: 511). E aínda que existen expresións en que é a

beleza a característica que destaca no animal ([guapa] coma unha pomba ‘beleza’) o máis

habitual é que a comparación física dun ser humano cun animal resulte negativa ([feo]

coma un moucho ‘moi feo’; [feo/ser] coma un corvo ‘fealdade’; [feo] coma a cabeza dun

sapo ‘fealdade’; [feo] coma un ourizo cacho / [máis feo] ca un ourizo cacho ‘moi feo’;

bicho ‘persoa de aspecto ridículo’ etc.). Deste xeito, non é estraño que o can funcione

como referente da fealdade e doutras características negativas en xeral.

Por último, destaca no noso corpus o valor de sucidade, que se lle atribúe ó can mediante

a expresión [cheirar] coma un can (‘cheirar mal’). Nela vemos o ser humano animalizado

nun can a través da metáfora conceptual O QUE CHEIRA MAL É UN CAN.

Normalmente, adoita ser o porco109 (e en menor medida tamén a bubela110) o animal máis

empregado para construír expresións que se refiren á sucidade de algo ou de alguén; pero

tendo en conta, de novo, a mala vida que leva o can e as situacións de precariedade e

109 [sucio] coma un porco: ‘úsase para ponderar o aspecto sucio de alguén’ (DFG) / porco/a: ‘que non se

limpa e que non limpa o seu hábitat, ou que ensucia máis do normal ou do necesario’ (DRAG) / porco/a,

cocho/a: ‘persoa que está ou anda sucia ou mal amañada; porco, marrán, porcallán, porcalleiro’ (GDXL,

DRAG). 110 [cheirar/feder] coma un/unha bubelo/a / [máis cheirento] ca un bubelo: ‘cheirar moi mal’ (DFG,

LFCEG).

158

abandono ás que se enfronta, resulta lóxico que o ser humano o relacione, tamén a el, co

mal cheiro.

5.2.2 Relacións

Neste apartado centrarémonos na análise das expresións figuradas en que se reflicten as

relacións que se establecen entre o home e o can, así como entre este e outros animais.

5.2.2.1 Home-animal

Polo que se refire ó ámbito temático das relacións que se establecen entre o ser humano

e o can, destaca principalmente o maltrato do primeiro sobre o segundo. O can é visto

polos galegos como un animal que padece maltrato físico e, mesmo, psicolóxico (Ferro

Ruibal, 2008: 143). Trátase dunha das características que ten relacionado dende hai centos

de anos o can e o ser humano.

Na actualidade probablemente non se dean xa de xeito tan acentuado e tan frecuente estas

situacións de maltrato do can por parte dos seus donos, pero o certo é que antigamente si

eran moi habituais111. A proba disto podemos atopala nas expresións figuradas que

rexistramos en galego. Nestas expresións prodúcese a animalización do ser humano nun

can, de xeito xeral, a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE SOFRE MALTRATO É UN

CAN (aínda que tamén se poderían crear metáforas conceptuais máis concretas en cada

unha das imaxes que se agochan detrás de cada expresión figurada):

[andar] coma o can na corda (‘disciplina’)

[botar] coma os cans da misa / [acabar] coma os cans na misa (‘derrota’)

[cañar] coma a un can (‘golpear’)

[correr] coma un can / [irse/marchar corrido] coma un can (‘tratalo con desprezo sen

consideración’)

[deixar quedar/tirado] coma un can (‘abandono’)

[fuxir] coma can con vincha ó rabo (‘expresión que pondera a rapidez ou velocidade con

que un escapa ou foxe’)

[saír] coma un can cando lle atan unha lata ó rabo (‘anoxo’)

111 Rodríguez González (1958-1961: s. v. can): explica que antigamente en Galicia adoitaban levar paus os

cans doentes ou danados (os que padecían a enfermidade da rabia), pois os aldeáns temían ser mordidos

por eles e contraer a enfermidade. O autor afirma acerca do can danado: «En la comarca donde aparece

siembra tal pánico, que inmediatamente surgen los hombres armados de palos, hoces y otros aperos de

labranza para perseguirlo y matarlo». É probable que se agoche esa imaxe en moitos das expresións

figuradas galegas en que o can é o referente do maltrato, aínda que non se explicite que se trate dun can

doente.

159

[tratar/poñer] coma un can (de palleiro)/os cans / [tratar] coma se fora un can (‘coma se

non se tratase dun ser humano, con aldraxe’)

can que vai a onde non o chaman leva paus (‘entremeterse’)

de balde andan os cans e tíranlle pedras (‘gratuidade’)

Como se extrae destas expresións figuradas, o can non é sempre ben recibido polos seres

humanos, a pesar de serlle un animal fiel ó seu amo, caracterizado tamén como cariñoso

e traballador (tal e como comentamos no apartado dedicado ó carácter e a condición deste

animal). No entanto, o can tamén funciona como referente de gula, polo que supoñemos

que en épocas de fame sería innecesario en fogares galegos nos que a comida non

abundaba e, polo tanto, era castigado polo seu comportamento ([andar] coma o can na

corda) ou directamente abandonado ([deixar quedar/tirado] coma un can). De igual xeito,

o can saía a paus de moitos lugares onde entraba, pois podía roubar comida ou resultaba

«impropio» nalgúns deles, como as igrexas ([correr] coma un can / [irse/marchar corrido]

coma un can; [botar] coma os cans da misa / [acabar] coma os cans na misa; [tratar/poñer]

coma un can (de palleiro)/os cans / [tratar] coma se fora un can; can que vai a onde non

o chaman leva paus; de balde andan os cans e tíranlle pedras). Probablemente teñan aí

tamén a súa orixe as imaxes de abandono que se poden tirar das expresións nas que o can

funciona como referente da mala vida.

Outras expresións reflicten o mal trato recibido por parte dos nenos quen, para

divertírense, adoitaban atarlle vinchas de vaca inchadas ou latas ó rabo ([fuxir] coma can

con vincha ó rabo; [saír] coma un can cando lle atan unha lata ó rabo).

Por outra parte, e como xa comentamos, o can é o animal doméstico por excelencia e,

polo tanto, aquel que máis achegado está ó ser humano. Por este motivo resulta moi

probable que o home descargue a súa ira nel ([cañar] coma a un can), polo simple feito

de ser o que está sempre ó seu lado; e mesmo así, como destaca Nogueira Santos (2006:

171), «o can lámbelle as botas ó dono que o maltrata».

Mais, a pesar de ser un referente do maltrato, o can tamén se presenta nas expresións

figuradas como un animal útil para os galegos. As persoas utilizan o can para varias

funcións, entre as que destacan, como xa comentamos, as de gardar rabaños e casas,

prestar o seu servizo na caza e, de xeito máis innovador, guiar persoas invidentes, detectar

drogas, rescatar vítimas de catástrofes etc. (Perozo, 1999: 316). Así o explican, tamén,

para as culturas española e ucraína, Vyshnya e García Jove (2005: 196): «Su papel en la

vida humana siempre había sido eminente sin ninguna exageración, pues al perro se le

160

encomendaban las tareas de guardar el domicilio, de pastorear, de cazar, de cuidar a los

niños y con el paso del tiempo, de ser lazarillo de los ciegos etc.»

A natureza gardiá que caracteriza este animal vén representada dende moi antigo na

mitoloxía grega mediante a figura do mítico Can Cerbero, que gardaba as portas do

Hades. Nalgúns lugares do mundo esta defensa non só se producía en vida, senón que

continuaba despois da morte dos seus donos. É o caso, por exemplo, da cultura mexicana,

na que o can funcionaba antigamente de guía no paso dos mortos ó inframundo112:

Los antiguos mejicanos criaban canes especialmente destinados a acompañar y guiar a

los muertos en el más allá. Se enterraba con el cadáver «un perro color león –es decir de

sol– que acompañaba al difunto como Xolotl, el dios-perro, había acompañado al sol en

su viaje bajo tierra». (...) Aún hoy, en Guatemala, los indios lacandón depositan en las

cuatro esquinas de sus tumbas cuatro figurillas de perro, hechas de hojas de palma.

Chevalier, 1988: 816

Aínda hoxe, despois de tantos anos, os cans son vistos tamén como un símbolo de defensa

nos seus fogares. Na cultura oriental o can funciona como símbolo da defensa, ata o

extremo de que se especifica que un «bo can» é aquel que garda a casa (Hatalovà,

2007:167). Sanz Martín (2012: 133) explica que a idea de protección se vincula á noción

de fereza, xa que a imaxe do can protexendo o seu amo, ou o seu territorio, retrata un

animal en estado de cólera, empregando a súa agresividade para desenvolver a tarefa

defensiva113.

112 Na cultura galega o can tamén garda certa relación co mundo dos mortos, concretamente o Can do Urco.

Segundo explican Reigosa et al. (2000: 246) é un can vinculado co Can Cerbero gardián do Orco. Adoita

verse en noites escuras e de treboada. Ten medio corpo de lobo e o outro medio de serpe, con escamas duras

e moita forza no rabo. Canto ós seus costumes os autores explican que «se arrastra polos camiños, berra,

láiase, repta polas congostras, minas abandonadas, sumidoiros, os seus ouveos e alaridos semellan de can,

cabra, paxaro ou gato». Este can sae do mar e, despois de deixarse ver por aquelas persoas que van morrer

ou que han ter a morte moi próxima volve somerxerse no mar. A voz Orco, urco, é sinónima de zampón,

papón, coco para asustar os nenos; segundo Reigosa et.al. (2000: 246) correspóndese co español ogro, «un

home deforme, cruel e enorme devorador de pícaros». O can é avisador da morte, tamén, a través do seu

ouveo. En Galicia existe unha superstición que lle atribúe ó can o poder de saber cando vai morrer algún

veciño. Cóntase que os ouveos dos cans polas noites son o preludio da morte de alguén. Ademais, tamén

se di que os cans adoitan poñer o cu ou mover o rabo para o lado que coincide co lugar onde vive aquel que

vai morrer. Por todo isto, en Galicia está moi estendida a crenza de que o can ten a capacidade de ventar a

morte (Rodríguez López, 2001 [1910]: 99, Varela Vázquez, 2008: 31; Fraguas Fraguas, 1965: 242 e

Rodríguez González, 1958-1961: s. v. can ). Torres e Rivas (2008: 336-337) explican a relación dos ouveos

do can coa morte polo feito de que estes lembran os choros dos familiares nun enterro ou velorio. Na cultura

portuguesa (Mãças, 1950: 312-315) o ouveo nocturno do can preludia a fuxida dun fillo da casa, mentres

que se un can negro persegue a alguén de noite será preludio de morte. 113 Cómpre salientar, atendendo á natureza do can, que é un animal moi territorial, como tamén o é o seu

antepasado o lobo. Este instinto territorial podemos velo nos seus hábitos de ouriñar e defecar para marcar

161

Os galegos ven útil este animal para gardar as súas vivendas, pois a natureza afectuosa e

a impoñente presenza física que posúen certos cans proporciónalles ás persoas unha

importante sensación de seguridade (Fennel, 2013: 96). É un bo animal para realizar este

labor dada a súa fidelidade cara ó amo e a súa agresividade cara ás persoas alleas á

vivenda familiar. A esta agresividade úneselle a forza que ten o animal na mandíbula para

atacar a calquera que se achegue e o ladrido co que avisa os donos da presenza de alguén:

Con su ladrido amenaza y ahuyenta a los enemigos y defiende la casa. Cuándo, en una

fábula de Fedro, el lobo le pregunta al perro cuál es el servicio que presta al hombre, el

can responde: «Guardar la puerta y defender la casa de ladrones». De los perros dice

San Isidro: «Aman a sus dueños, cuyas casas defienden».

Mariño Ferro, 1996: 366

En Galicia é especialmente idónea para gardar a casa114 a raza de can de palleiro,

denominado «can do país» por ser, como xa comentamos, a propia de Galicia (Perozo,

1999: 316). Fernández Rodríguez et al.(2001) descríbeno do seguinte xeito:

Can pastor e de garda, polivalente, pois tanto vai coas vacas, arreándoas e gardándoas,

como tamén coida da casa. Gardián de proverbial intelixencia, presenta un carácter forte

e reservado cos estraños, sendo, ademais, valente e trabador, características que o fan un

gran colaborador na condución e garda do gando. Unha gran fidelidade ó seu amo [sic.],

coa xente da casa tórnase doce e tranquilo.

Fernández Rodríguez et al., 2001: 183-185

As expresións figuradas que rexistramos en galego nas que se percibe a utilidade que ven

os galegos no can para gardar a casa son

cada can ladra no seu palleiro (*‘cadaquén debe ocuparse dos asuntos propios’)

can ladrador pouco/non é mordedor / can que ladra nunca morde / o can que máis ladra

non é o que máis traba (* ‘dise cando aquel que ameaza e se mostra colérico non é o máis

perigoso, pois fai pouco ou só bravatas’)

can merendeiro garda mal o palleiro (*‘dise de quen vai de casa en casa levando contos,

aproveitando para ser convidado sen pedilo, e descoida a casa propia’)

os límites das súas áreas, pois os cheiros transmiten un sinal moi claro a outros animais que serve para que

non invadan o seu territorio (Fennel, 2013: 141). 114 Fernández Rodríguez, et al. (2001: 181) explican que, orixinariamente, o can de palleiro foi can pastor

e de garda do gando e da casa, pero dadas as súas características morfolóxicas e de estabilidade psíquica,

podería chegar a desenvolver funcións de can policía, en catástrofes, socorro de feridos, guía, rastrexador

de droga etc.

162

can que moito ladra, ruín é para a casa (*‘dá conta da pouca valía de alguén que pretende

aparentar o contrario’)

durmir sen can (‘non ter medo, ser valente e decidido’)

ladra, can, que para iso gañas o pan! (‘agradecemento’)

ou o can mente ou vén xente (*‘dise cando se teñen indicios ou sospeitas de que sucede

algo’)

Outra utilidade do can para as persoas é a de axudalas no labor da caza, pois a súa

velocidade, o seu ouvido e o seu olfacto constitúen as características físicas idóneas para

esta angueira. Son varias as razas de can destinadas á caza115, de feito entre as máis de

340 razas de can que existen no mundo, o grupo daqueles que se destinan ó labor da caza

é o máis numeroso. Estes cans son animais idóneos para acompañar os cazadores de

escopeta e poden clasificarse, de xeito xeral, en tres grupos: os cans de mostra (que sinalan

a posición da peza manténdose inmóbiles), os cobradores (especializados en recuperar

pezas unha vez abatidas) e os rastrexadores (que perseguen a peza entre a vexetación ou

a fan saír do seu tobo facendo uso do seu carácter teimudo e agresivo; deste xeito logran

sacar dos tobos, por exemplo, raposos ou teixugos) (Perozo, 1999: 316).

As expresións rexistradas en galego que mostran a utilidade do can para a caza son

[ser] coma ir á/de caza sen can (‘expresión para indicar que se perde o tempo’)

o can de boa raza pensa no pan e na caza (*‘refírese a que quen é responsable e centrado

pensa no ocio e tamén no traballo’)

Está utilidade tamén se pode percibir noutras expresións xa citadas no ámbito temático

da sabedoría en que se destacaba a habilidade do can para a caza: a cazador novo, can

vello ou non hai mellor caza cá que se fai con cans vellos.

En contraposición, rexístranse tamén outras expresións que teñen como referente a

inutilidade do can, normalmente por teren minguadas as capacidades físicas máis

apreciadas neles:

[valer] menos cás orellas dun can cheas de auga (*‘non valer nada’)

can ladrador que non ten forza ¡ai, se se descoida! (‘ameaza’)

115 En Galicia destacan o guicho ou quisquelo (especializado en caza de coello de monte), o perdigueiro

galego (especializado na caza de perdiz, arcea e paspallás) e o podengo galego (para a caza de coello, lebre

e raposo) (Fernández Rodríguez et al., 2001).

163

Outra expresión que reflicte a relación de proximidade entre o home e animal é a que se

encadra no ámbito temático da semellanza (cal o dono, tal o can / cal é o can, tal é o

dono: * ‘designa un parecido, físico ou doutra índole, entre dúas persoas ou cousas’). A

orixe desta expresión non se atopa necesariamente en semellanzas reais do can co seu

amo, senón na percepción das persoas que deriva da proximidade entre eles e dos fortes

lazos que se establecen frecuentemente entre o home e o animal.

5.2.2.2 Animal-animal

Entre as expresións figuradas nas que se mostra a relación do can con outro animal

destaca, principalmente, a inimizade. As expresións que rexistramos supoñen a

animalización do ser humano nun can e, tamén, nun gato, polo que se crean mediante

distintas metáforas conceptuais que derivan da metáfora conceptual AS PERSOAS QUE SE

LEVAN MAL SON ANIMAIS:

AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON CANS E GATOS:

[de acordo] coma can e gato (‘aplícase ós que se levan mal’)

[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o) can(s) e (o)(mailo) gato(s) (‘levarse mal entre

eles, pelexar continuamente’)

amigos coma o can e o gato, que comen no mesmo prato (‘amizade perigosa’)

sogra e nora e can e gato non comen ben nun mesmo prato / o can e o gato non os

poñas no mesmo prato (‘inimizade’)

AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON CANS:

[levarse/discutir/reñer] coma cans (‘levarse mal entre eles, pelexar continuamente’)

As expresións figuradas que teñen como referentes o can e mailo gato baséanse na mala

relación doméstica que adoita existir entre estas dúas especies de animais, por tratarse,

ademais, de dous animais domésticos comúns nos fogares galegos. Sanz Martín (2012:

130) explica que esta relación prototípica se debe a que os dous son os mellores

representantes da categoría de animais domésticos e á consideración do can como o

depredador por excelencia do gato. Así, a autora explica que a locución castelá como el

perro y el gato se emprega para expresar que dúas persoas non só non se entenden senón

que mostran unha antipatía recíproca e, mesmo, unha violencia mutua. Certamente, non

todos os cans e os gatos se levan mal, pero as expresións que retratan unha relación de

inimizade proveñen dunha situación conceptualizada en que cans e gatos son concibidos

como inimigos (Sanz Martín, 2012: 131). Sanz Martín explica, tamén, que estas

164

asociacións semánticas entre o can e o gato poden estar vinculadas coa oposición que se

dá nas conceptualizacións que fan os falantes dun e doutro animal:

De acuerdo con las respuestas de nuestros informantes, hay una asociación directa de los

perros hacia la ternura (33%), la compañía (26,67%), la amistad (23,33%) y la fidelidad

(43,33%), mientras que el gato es asociado con los sentidos opuestos, es decir, la

independencia (23,33%), lo huraño (16,67%), indiferencia (16,67%) y hasta la ingratitud

(6,67). De esta manera, los hablantes suelen asociar al perro con la dependencia hacia el

hombre, mientras que el gato es relacionado con la independencia. Así, los significados

de perro y gato conforman una especie de binomio antitético.

Sanz Martín, 2012:131

Máis esta relación de inimizade apréciase tamén entre cans ([levarse/discutir/reñer] coma

cans). A imaxe que xera esta expresión figurada atópase nas pelexas de cans que se

adoitan dar por causa do alimento ou polo cortexo dunha femia. Estes enfrontamentos

entre iguais están relacionados tamén co carácter dominante e territorial do animal

(Fennel, 2013: 141).

En contraposición a esta inimizade atopamos un exemplo de respecto ou compañeirismo

entre animais da mesma especie. A expresión na que se ve reflectida esta característica

temática é

nunca o can morde a cadela (‘refírese a unha relación de respecto mutuo’)

Ó contrario do que acontece coas expresións que reflicten un comportamento de

rivalidade ou agresivo entre dous animais, nesta expresión establécese unha relación de

paridade e de respecto mutuo entre o can e a cadela. O can e mais a cadela, en conxunto,

non se empregan en galego como referentes da inimizade, pois non se presentan como

inimigos senón, máis ben, como compañeiros. Así, os galegos utilizamos esta expresión

para facer referencia a calquera relación na que debe estar presente o respecto entre iguais.

5.2.3 Valoración

Por último, atopamos unha serie de expresións figuradas que teñen como referente a mala

valoración que fan os galegos do can:

[estar/facer (tanta) falta] coma os cans na misa /igrexa / [pintar menos] que os cans na

misa (‘expresión que indica que alguén está a estorbar ou está de máis nun determinado

lugar’)

165

[facer caso] coma ó can (‘menosprezo’)

[non querer] nin os cans (‘non querer ninguén algo por non ter valor’)

[oír] como quen oe ladrar un can / [facer tanto caso] como se ladrara un can / [facer]

coma se cantara/ladrara un can (‘proceder sen prestar atención nin tomar en

consideración a quen se di ou aquilo que se di’)

[ser] coma darllo/quen llo dá a un can / [ser] coma quen lle bota o alcacén a un can

(‘inutilidade’)

máis vale can vivo que león morto (*‘indica que é preferible ter pouco que nada’)

non ser un/ningún can (‘ser digno de respecto e de consideración’)

os que van onde non os chaman son os cans (‘expresión con que unha persoa manifesta

a vontade de non inmiscirse en algo’)

Nestas expresións o can é visto polos galegos como un ser insignificante ([facer caso]

coma ó can; [oír] como quen oe ladrar un can / [facer tanto caso] como se ladrara un can

/ [facer] coma se cantara/ladrara un can), que non ten valor ningún ([non querer] nin os

cans; non ser un/ningún can), mesmo que está de máis en lugares nos que hai persoas

([estar/facer (tanta) falta] coma os cans na misa /igrexa / [pintar menos] que os cans na

misa; os que van onde non os chaman son os cans).

Ademais, na expresión máis vale can vivo que león morto pode apreciarse facilmente a

mala valoración do can na sociedade. O feito de que se contrapoña o león (rei da selva,

animal poderoso, forte, ...) ó can leva implícita unha valoración negativa deste último. O

can pasa a representar aquí características totalmente opostas ás do león: animal

insignificante, feble e relacionado coa pobreza e o abandono, figuradamente case que o

representante da plebe.

Como xa comentamos, a motivación desta mala valoración que os galegos fan do can

garda relación coas expresións nas que este funciona como referente da precariedade e a

mala vida.

5.3 Recompilación e análise das enquisas

Tal e como adiantamos ó comezo deste capítulo, o animal máis empregado en lingua

galega para a construción de expresións figuradas con referentes animais é o can. Este

feito concorda tamén co que ocorre noutras linguas europeas coma o castelán, o alemán

(vid. Piñel López, 1997), o portugués, o inglés (vid. Nogueira Santos, 2006), o ucraíno

(vid. Nazarenko e Iñesta Mena, 1998) ou o serbio (vid. Kekić, 2008), entre outras; en que

166

o can sobresae por riba doutros animais nas construcións figuradas que se crean con

referentes animais. É un dato esperable se temos en conta que na cultura europea o can é

o animal doméstico por excelencia, entre outras cousas, por ser tamén o máis antigo (Piñel

López, 1997: 265).

A partir da análise das 161 expresións figuradas galegas que teñen o can como referente

comprobamos que o vínculo que se establece entre os galegos e o can é o permite explicar

moitas asociacións semánticas, xeradas a partir da idea da dependencia do can con

relación ó amo (Sanz Martín, 2012: 133). Polo que se refire ó ámbito temático da

caracterización do can percibimos que os galegos destacan os seguintes trazos con

respecto ó seu carácter ou condición: ‘agresividade’ (29)116, ‘precariedade/mala vida’

(16), ‘gula’ (15), ‘preguiza’ (14), ‘intelixencia’ (8), ‘promiscuidade’ (6),

‘fidelidade/submisión’ (6) ‘covardía’ (5), ‘falsidade’ (4), ‘soidade’ (3), ‘noctambulismo’

(3), ‘maldade’ (2), ‘insensatez’ (2), ‘benquerenza’ (1), ‘teimosía’ (1), ‘valentía’ (1),

‘dominio’ (1) e ‘laboriosidade’(1).

Con respecto ás características físicas os galegos reparan na ‘velocidade’ do can (5), nos

‘ruídos’ que emite (4), na súa ‘delgadeza’ (3) (en ocasións extrema debido á precariedade

da vida que leva); nos sentidos do ‘ouvido’ (1) e o ‘olfacto’ (1) tan ben desenvolvidos, na

súa ‘resistencia’ (1) e, por último, en dúas características que se vinculan directamente

coa mala valoración: a ‘fealdade’ (1) e a ‘sucidade’ (1).

Canto ás relacións que se establecen entre o ser humano e o can, destaca a ‘utilidade’

(11) do can para o home, seguida do ‘maltrato’ (10) por parte deste último e a

‘semellanza’ (1) que ás veces se percibe entre eles, tirada das asociacións que adoitan

facer os galegos entre os cans e os seus donos. Con respecto ás relacións que se establecen

entre o can e outros animais, destaca a ‘inimizade’ (5), tanto entre cans coma entre cans

e gatos e o ‘respecto’ (1), desta volta entre o can e a cadela.

Por último, en r elación coa valoración xeral que fan os galegos do can, cómpre destacar

a ‘mala valoración’ (8) que fan del a través das expresións figuradas recollidas.

Se nos centramos, agora, na caracterización que fan os galegos do can a través da pregunta

VI das enquisas orais e electrónicas, en que se lles pide que nomeen un ou varios

adxectivos que caractericen o can e a cadela, atopamos os seguintes resultados:

116 Incidencia de aparición no corpus de expresións que indican esta característica.

167

Caracterización

o Carácter/condición: ‘fieis’(256117), ‘intelixentes’(31), ‘cariñosos’(25),

‘mansos/dóciles’(9), ‘alegres/rebuldeiros’ (9),‘promiscuos’ (8118),

‘bos/nobres’ (7), ‘obedientes’(5), ‘feros/agresivos’(5), ‘preguiceiros’(4),

‘submisos’(4), ‘falsos’ (3119), ‘inquietos’ (3), ‘pacientes’(2), ‘pobres’(2),

‘esfameados’(1), ‘manipuladores’(1), ‘dominantes’(1120), ‘ladróns’(1),

‘sufridores’(1), ‘laverca’(1) e ‘humildes’ (1).

o Características físicas: ‘ladradores’(1), ‘veloces’(1), ‘áxiles’(1)

‘bonitos/belos’ (1).

Relacións

o Home-animal: ‘amigos/compañeiros’ (30121) ‘gardiáns/defensores’

(11122).

Valoración: ‘marabillosos’ (1).

Na pregunta II da mesma enquisa, en que se lle ofrecen ós informantes unha serie de

adxectivos e frases verbais para os que teñen que nomear animais, o can caracterízase

como: ‘fiel’ (287), ‘intelixente’ (149), ‘que leva a mellor vida’ (101), ‘que leva a peor

vida’ (60123) ‘agresivo’ (34), ‘preguiceiro’ (27124),‘covarde/medorento’ (13125),

‘falso/que dá que desconfiar’ (12), ‘parvo/pouco intelixente’ (7) e

‘arrogante/fachendoso/chulo’ (7).

Por último, outra das preguntas que formulamos nas enquisas orais e electrónicas, e que

nos vale aquí para coñecer a valoración que fan os galegos do can, é a número III. Nela

ofrecíanse 10 expresións comparativas incompletas ([gordo] coma..., [feo] coma...,

[manso] coma... etc.) para as que os informantes debían introducir o nome dun ou varios

animais. Así, os galegos ós que se lles preguntou caracterizaron o can como: ‘animal que

117 Número de enquisas en que aparece esta valoración do can. 118 Destas oito veces que se repite o adxectivo, seis son para caracterizar a cadela e dúas o can. 119 Dúas das veces en que aparece este adxectivo é para facer referencia á cadela. 120 Adxectivo centrado especificamente no animal macho. 121 Un adxectivo destes trinta está destinado especificamente ó feminino cadela. 122 Un adxectivo destes once está destinado especificamente ó feminino cadela. 123 En tres das respostas especifícase concretamente can de palleiro. 124 Nunha destas respostas especifícase can de palleiro. 125 Nunha destas respostas especifícase can de palleiro.

168

pasa fame’ (168126), ‘manso’ (58), ‘veloz’ (52127), ‘feo’ (27), ‘promiscuo’ (11128), ‘cae de

pé’ (2) e ‘sucio’ (1).

En canto ás características que se refiren ó carácter e á condición do can, atopamos

coincidencias entre as expresións figuradas analizadas e as enquisas realizadas nos

valores de: ‘fidelidade/submisión’ (547129), ‘precariedade/mala vida’ (229130),

‘intelixencia’ (180), ‘fereza/agresividade’ (39), ‘preguiza’ (31), ‘cariño/benquerenza’

(25), ‘promiscuidade’ (19), ‘falsidade’ (15), ‘covardía’ (13) e ‘dominio’ (1). Ademais,

existen valores asociados ó can nas enquisas que gardan moita ou algunha relación (>)

coas expresións figuradas analizadas: ‘boa vida’ (101) (> ‘preguiza/ociosidade’);

‘alegre/rebuldeiro’ (9) (> ‘insensatez’); ‘obediencia’ (5) (> ‘fidelidade’); ‘pobreza’ (2) e

‘sufrimento’ (1) (> ‘precariedade/mala vida’); ‘laverca’ (1) (> ‘intelixencia’) e

‘manipulación’ (1) (> ‘dominio’). Outros valores, que extraemos da análise das

expresións figuradas, non se ven representados nas respostas que os informantes ofrecen

nas enquisas. Trátase de valores como: ‘laboriosidade’, ‘maldade’, ‘noctambulismo’,

‘soidade’, ‘teimosía’ e ‘valentía’. Tamén ocorre o caso contrario, en que os informantes

das enquisas ofrecen valores do can que non se ven representados nas expresións que

analizamos: ‘arrogancia/fachenda’ (7), ‘inquietude’ (3), ‘paciencia’ (2), ‘humildade’ (1)

e ‘roubo’ (1). Por último, nas enquisas apúntanse características do can opostas (≠) ás

recollidas a partir das expresións figuradas: ‘mansedume/docilidade’ (67) (≠

‘agresividade’); ‘bondade/nobreza’ (7) (≠ ‘maldade’), e ‘estulticia’ (7) (≠ ‘intelixencia’).

Polo que se refire ás características físicas, os valores que coinciden entre as expresións

figuradas e as enquisas son os de ‘velocidade’ (53), ‘fealdade’ (27), ‘ruído’ (1) e

‘sucidade’ (1). Nas enquisas acrecéntanse, ademais, os valores de ‘axilidade’ (3131) e de

‘beleza’ (1) (≠ ‘fealdade’). Os valores que se rexistran nas expresións figuradas e que non

teñen representación nas enquisas son ‘bo olfacto’, ‘bo ouvido’, ‘delgadeza’ e

‘resistencia’.

No que respecta ás relacións que se dan entre o home e o animal existe unha coincidencia

entre as expresións figuradas e as enquisas: a ‘utilidade’ (11) do can para a caza ou para

126 Nove veces noméase explicitamente o can de palleiro e unha o galgo. 127 48 das respostas refírense concretamente á raza de can galgo. 128 Todas as respostas se refiren á cadela. 129 Esta cifra representa a suma dos valores nas tres preguntas das enquisas. 130 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘esfameado’, ‘que leva a peor vida’ e ‘animal que

pasa fame’. 131 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘áxil’ (1) e ‘cae de pé’ (2).

169

gardar a casa. Ademais, nas expresións figuradas retrátase o ‘maltrato’ do ser humano

sobre o can e a ‘semellanza’ entre eles. No caso das enquisas só atopamos, ademais do

valor de ‘utilidade’, o de ‘compañeirismo’ (30). Canto ás relacións que se dan entre o can

e outros animais, só rexistramos valores nas expresións figuradas (‘inimizade’,

‘respecto’), mentres que nas enquisas non se ofrece ningún.

Por último, a valoración xeral que fan os galegos do can nas expresións figuradas está

representada a través da característica de ‘mala valoración’, mentres que nas enquisas un

dos informantes caracterízao a través do adxectivo ‘marabilloso’ (1). Existe, pois unha

oposición (≠) entre o valor extraído das expresións e o fornecido polo informanteDe

forma maioritaria, a caracterización que os galegos fan do can a través das expresións

figuradas que constrúen concorda cos valores que os informantes lle atribúen nas enquisas

orais e electrónicas. Así e todo, existen algunhas oposicións semánticas nos valores

achegados nas enquisas con respecto ós extraídos das expresións figuradas: destacan

sobre todo a ‘bondade/nobreza’, e a ‘mansedume/docilidade’, que contrastan cos valores

de ‘maldade’ e ‘agresividade’ que se extraen das expresións figuradas analizadas. Aínda

que nas enquisas tamén se recolle o valor da estulticia (7), este trazo está moito menos

presente có da intelixencia (180), de modo que podemos concluír unha esencial

coincidencia a este respecto na valoración extraídas das enquisas e das expresións.

Cremos que a explicación de que se caracterice o can como ‘bo’ ou ‘nobre’ (7) e sobre

todo como ‘manso’ ou ‘dócil’ (67), antes ca como fero ou agresivo (39), contrastando

ademais cos valores extraídos das expresións figuradas (‘maldade’ e ‘agresividade’) ten

que ver esencialmente coa radical modificación da consideración do can e das súas

condicións de vida nos últimos tempos: o can pasou de ser esencialmente un animal útil

para o traballo (garda da casa, caza...) a ser maioritariamente unha mascota, un animal de

compañía. As expresións figuradas que retratan a ‘agresividade’ do can aséntanse sobre

todo en imaxes procedentes de escenarios rurais do pasado, onde o comportamento e a

relación cos cans eran moi distintos dos actuais. O feito de que dos 77 informantes que

caracterizan o can como ‘manso/dócil’, 38 se identifíquen cun ámbito rural e 29 cun

urbano mostra que esta modificación na visión do can non é exclusiva do ámbito urbano

e se trasladou tamén para o hábitat rural, o que non obsta, por suposto, para que en moitas

casas do campo galego o can siga sendo un animal útil para a caza, a garda da casa ou do

gando.

170

Ademais, nas enquisas non recollemos directamente a característica de ‘maltrato’, quizais

porque, como xa comentamos, hoxe en día esa práctica non é tan habitual como o era no

pasado, tal e como o reflicten as expresións figuradas galegas. Mais os informantes si fan

referencia á mala vida que leva o can e destacan especialmente o can do país, isto é, o can

de palleiro. Tamén sobresae esta raza en valores como a ‘covardía’ e a ‘preguiza’.

Se observamos, agora, os datos extraídos por Ferro Ruibal (2008: 143) a partir da análise

de 363 expresións comparativas galegas en que aparece a figura do can, comprobamos

que este presenta as características positivas de ‘cariñoso’, ‘fiel’ e ‘de olfacto fino’, as

características neutras de ‘vive sen traballo’ e ‘gregario’ e as características negativas de

‘padece maltrato físico e psicolóxico’, ‘famento’, ‘agresivo’, ‘feo’, ‘cheira mal’, ‘triste’,

‘vive en soidade’, ‘morre en soidade e con dor’, ‘promiscuo’ e ‘inimigo do gato’. Se ben

as últimas dúas características poden ser negativas ou non dependendo da óptica dende a

que se mire, o certo é que, nunha primeira ollada, abundan as características negativas

por riba das que Ferro Ruibal considera positivas e neutras. Todos estes valores, agás o

de ‘triste’, rexistrámolos tamén no noso corpus.

Percibimos que o can é o referente en galego de expresións que portan significados

distantes e mesmo opostos nalgúns casos: ‘preguiza’ e ‘laboriosidade’; ‘covardía’ e

‘valentía’; ‘intelixencia/sabedoría’ e ‘insensatez’; ‘utilidade’ e ‘mala valoración’ e ‘boa

vida’ e ‘mala vida’. Con base nisto, a valoración do can que fai o galego pode resultar

contraditoria, mais non é a única lingua na que isto ocorre. Xa no século XX, Rozan

(1902:159-160) explicaba que o can era un exemplo en francés de lealdade para o ser

humano e sobresaía por riba doutros animais pola súa bondade, sociabilidade e un

marabilloso instinto moi próximo á intelixencia; porén, o seu nome converteuse nun

insulto. Tamén dá conta disto Piñel López (1997: 265) para o castelán e o alemán, pois

explica que, o can representa valores como a fidelidade ou o compañeirismo, pero, pola

contra, representa tamén a soidade, o abandono, o desamparo e a mala vida.

Bertrán, Iñesta e Lozano (1998: 76) apuntan que na cultura anglosaxoa, na que se sente

unha grande devoción polo can, coexisten expresións moi pexorativas baseadas na súa

imaxe xunto con outras meliorativas. Este aspecto tamén o destaca Nogueira Santos

(2006) cando sinala que tanto en portugués coma en inglés o can é usado como un termo

despectivo, «como metáfora daquela persoa ou cousa que é inferior» (2006: 171), pero é

un ser moi estimado na sociedade inglesa, tanto que raia a idolatría (véxase como exemplo

a seguinte expresión inglesa que sinala o autor Love me, love my dog). Se ben é certo que

171

Nogueira Santos apunta que as expresións pexorativas serían de orixe americana e non

inglesa, tamén aclara que o inglés recorre a certas razas de can para ofrecer unha visión

pexorativa.

No Extremo Oriente, o símbolo do can é, tamén, ambivalente: benéfico por ser o

compañeiro próximo do home e o gardián que vixía a súa casa; pero tamén maléfico,

impuro e desprezable por estar emparentado co lobo e co chacal (Chevalier, 1988: 365-

369). Bertrán, Iñesta e Lozano engaden:

El hecho de que en culturas actuales como la anglosajona o la rusa, donde el perro es a

menudo mejor tratado que las personas, la lengua muestre una valoración negativamente

estable asociada a las expresiones basadas en el perro, parece a primera vista justificar la

hipótesis de que, más que de una cuestión de uso, dicho rasgo valorativo fuese parte

integrante del significado de esta palabra, influyendo así en sus reglas semánticas de

combinatoria.

Bertrán, Iñesta e Lozano, 1998: 77

Coincidimos cos autores na idea de que a valoración negativa que se creou do can hai

anos foi tan forte, que hoxe por hoxe pasou a formar parte do significado da palabra can.

Defendemos, por outro lado, que a valoración que fan os habitantes de Galicia do can está

asociada co seu comportamento e coa interpretación que o ser humano fai del na

convivencia diaria. Deste xeito, o galego constrúe expresións que resaltan, por exemplo,

a preguiza do can a través da imaxe deste animal deitado sen facer nada, pero tamén crea

outras que denotan a súa laboriosidade, relacionadas co servizo que este lle presta ó dono,

por exemplo nos labores gandeiros.

Mediante a análise destas expresións comprobamos que a poboación galega escolle o can

con maior frecuencia ca outros animais domésticos para conceptualizar e expresar

diferentes situacións da súa vida diaria, que mesmo ás veces son contraditorias entre si.

172

6 GATO/GATA

6.1 Descrición

O gato132 doméstico (Felis catus) é un mamífero carnívoro pertencente á familia dos

félidos. Os membros desta familia caracterízanse por ter un corpo delgado e musculado,

os dentes e as garras ben desenvolvidos, os sentidos espertos (con ollos grandes que lles

permiten avaliar correctamente as distancias e unhas pupilas que teñen a capacidade de

dilatarse para proporcionarlles unha perfecta visión nocturna), os reflexos rápidos e unha

coloración de pelo que lles serve de camuflaxe para a caza (Burnie, 2002: 208).

O gato ten as orellas grandes, móbiles e en forma de funil, o que lle permite absorber os

sons producidos polas súas presas. Os seus bigotes, longos e moi sensibles, sérvenlle para

manter a orientación durante a noite e, así, poder cazar con efectividade. Ten o olfacto

moi desenvolvido, xa que no padal posúe o chamado órgano de Jacobson, un órgano

auxiliar do sentido do olfacto que lle dá a capacidade de detectar olores sexuais (Burnei,

2002: 208). Antes de facer os 12 meses de idade, os gatos están xa preparados para

procrear e poden facelo durante toda a súa vida, que dura arredor de 9 ou 10 anos. As

femias son as que adoitan provocar os machos con berros desentoados (Valladares, 1884:

en liña).

O gato doméstico (caseño ou caseiro133) procede da especie Felis silvestris (gato montés),

que se escindiu en distintas razas hai milleiros de anos. Os primeiros indicios da súa

domesticación atopáronse en Exipto134, cunha antigüidade aproximada de 4000 anos

(Perozo, 1999: 496). Crese que os traballadores agrícolas exipcios o acolleron como un

eficaz cazador de roedores que protexía as súas colleitas de gran, polo que acabaron

dándolle acubillo e protección nas súas vivendas (Mariño Ferro, 1996: 170). A medida en

que os exipcios descubrían as habilidades e a beleza do gato, foi medrando un fondo

132 Se non se especifica o contrario entenderase de aquí en diante gato como gato/gata. 133 Rodríguez González (1958-1961: en liña) defíneo como «gato que se aficiona a la casa en que vive y

que por lo general no sale de ella, aunque tenga ocasión para hacerlo». 134 A doutora Leslie Lyons levou a cabo unha investigación xenética dos gatos na Escola universitaria da

Universidade de Davis (California) co obxectivo de descubrir en que lugar do mundo se comezaron a

domesticar. Despois de recoller mostras xenéticas de exemplares felinos de todo o mundo, puido determinar

que todos os gatos analizados descenden dun reducido grupo de antepasados situados en Exipto, posto que

a variedade xenética dos gatos exipcios se atopa en cada un dos gatos analizados do resto dos paises (Kemp,

2008: en liña).

173

respecto cara a el que se transformou en veneración135, de maneira que era momificado,

ó igual que se facía coas persoas, co obxectivo de que o seu espírito chegase intacto á

outra vida (Kemp, 2008: en liña).

A domesticación do gato viuse motivada, xa que logo, pola súa destreza na caza e polo

servizo que esta capacidade lle proporcionaba ó ser humano. Así, en plena romanización,

o gato estaba xa completamente establecido como un animal doméstico (Macdonald,

2001: 38). Sábese que na Idade Media os primeiros exploradores levaban gatos nas súas

embarcacións para mantelas limpas de roedores que puidesen arruinar as súas provisións.

Desta maneira, a medida en que se colonizaban novos mundos, os felinos chegaban cada

vez a máis lugares (Kemp, 2008: en liña).

A boa valoración do animal polas súas dotes cazadoras estendeuse dende Exipto a outras

partes do mundo, pero non así a súa veneración. En Europa o gato conta cunha historia

un tanto escura procedente das crenzas que se estenderon na Idade Media e que o

vinculaban co mundo das tebras; probablemente polos seus hábitos nocturnos e a imaxe

dos seus ollos brillantes na escuridade (Mariño Ferro, 1996: 171). Existía, entón, unha

superstición que identificaba os gatos negros co demo e os relacionaba coas bruxas como

seguidoras deste. Segundo explica Guerra (2011: 486) na cultura occidental crese que os

gatos son animais estimados polas bruxas e dise que estas os usaban para zugarlles a alma

ós bebés acabados de nacer136. De feito, na antigüidade, adoitábaselles atribuír ós gatos a

morte misteriosa dos bebés (hoxe en día ben coñecida como a morte súbita infantil) e

críase que acumulaban as vidas que roubaban. Cóntase, ademais, que cando condenaban

as persoas acusadas de herexía á forca mataban tamén os seus gatos, por consideralos

demoníacos (Kemp, 2008: en liña).

Co paso do tempo, as supersticións e crenzas asociadas co gato foron mudando en cada

cultura a medida en que mudaba tamén a mentalidade da poboación. Así e todo, o gato

non deixou de ser un animal ó que se lle atribúen capacidades sensoriais un tanto

especiais. En Galicia asóciase coas predicións meteorolóxicas e con certas enfermidades,

tal e como explica Rodríguez González (1958-1961):

135 Suárez Cuadros (2006: 165) engade que a sociedade exipcia sentía un grande respecto por estes animais,

pois consideraban que eran os bos espíritos do fogar; de maneira que lles construían templos e regalaban

as súas imaxes bañadas en ouro e prata. 136 Mariño Ferro (1996: 171) explica que en Portugal existe a crenza de que as bruxas, como seguidoras de

Satán, se encarnaban en gatos para levar a cabo as súas vilanías. Miañaban nos tellados das casas en que

había nenos pequenos ós que zugarlles as almas.

174

En la Galicia campesina tiénese al gato por animal meteorológico; y debido a esta común

creencia se considera que muchos de sus actos en algunos días indican el estado del

tiempo con más seguridad que un buen barómetro. Así cuando corre mucho por la casa

es señal de viento; y cuando se lava la cara es anuncio de visita o de lluvia próxima.

Suponen los supersticiosos que tragando un pelo de gato se produce la epilepsia, y que si

se come algo que el gato hubiera probado, se adquiere el asma o alguna enfermedad de

las llamadas gafentas, y hay también quienes creen que un gato completamente negro137

da buena suerte en una casa.

Rodríguez González, 1958-1961: en liña

En Galicia crese que o gato é, tamén, responsable de certas doenzas infantís, contraídas

polos nenos a través do seu alento (Mariño Ferro, 1996: 172). Mais a pesar disto, os

galegos aprecian dende antigo a utilidade deste animal para a caza de roedores, causantes

de grandes danos materiais nas casas galegas (Valladares Núñez, 1884: en liña).

Por outro lado, o gato adoita aparecer en fábulas e contos infantís (vid. La Fontaine, 1966

ou Seoane, 1999) representado como un ser malvado e infame que se vale da súa

aparencia mansa (por estar dotado dun manto suave e aveludado que o fai parecer un ser

inofensivo) para enganar hipocritamente os outros animais.

A seguir centrarémonos no retrato que crean os galegos do gato a través das expresións

figuradas que o teñen como referente.

6.2 Retrato do gato a través das expresións figuradas galegas

O gato é o segundo animal que máis veces se rexistra no noso corpus de expresións

figuradas (vid. anexo 1). Despois do can, o gato funciona como referente de 90 expresións

figuradas.

Nos seguintes apartados desagregaremos os ámbitos temáticos asignados ás expresións

figuradas galegas que levan o gato como referente e tentaremos dar un perfil completo da

valoración que os galegos fan del.

137 Fraguas Fraguas (1965:243) explica, tamén, que en Galicia trae boa sorte ter un gato negro na casa,

aínda que tamén existe a crenza de que se un tropeza cun gato negro fóra da casa terá mala sorte en asuntos

económicos ou monetarios.

175

6.2.1 Caracterización

6.2.1.1 Carácter/condición

A gula é a primeira característica que os galegos destacan do gato. Do mesmo xeito que

ocorría co can, tamén outros animais serven como referentes de expresións figuradas que

conceptualizan a gula a través da metáfora conceptual O QUE COME MOITO É UN ANIMAL

(Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 166). A partir desta créase outra metáfora

conceptual máis concreta en que o ser humano se ve animalizado nun gato: O QUE COME

MOITO É UN GATO. Así, os galegos crean expresións como:

­ [larpeiro] coma un gato (* ‘moi larpeiro’)

­ [gordo] coma o gato dun abade (‘gordura’)

A imaxe que se agocha detrás da primeira expresión é a dun gato que está sempre a comer,

mentres que na segunda é a dun gato gordo despois de moita comida. Deste xeito, o gato

funciona nesta segunda expresión como referente de dous valores, da gordura (vid.

6.2.1.2) e, de forma máis indirecta, da gula. En Galicia os abades, e os cargos da Igrexa

en xeral, foron persoas moi poderosas que se enriqueceron á costa dos campesiños (tanto

polos aforamentos das terras como polas doazóns que os cristiáns lles facían ás igrexas e

mosteiros) (Fraguas Fraguas, 1980: 168-170; Risco, 1971: 103-104 e Villares, 1995: 77-

80). Por este motivo nunca lles faltaba a comida138 e a abundancia era tanta que mesmo o

seu animal de compañía se alimentaba moi ben.

Outras expresións nas que o gato funciona como referente da gula créanse mediante a

imaxe do animal que observa a comida e que, probablemente, espera un descoido do amo

para botarlle o dente. As seguintes expresións figuradas xéranse a partir da metáfora

conceptual O QUE DEVECE POR ALGO/ALGUÉN É UN GATO, en que o ser humano se ve

animalizado nun gato:

­ [devecer] coma gato pola manteiga (‘desexo’)

­ [mirar] coma o gato ás sardiñas (‘desexo’)

Noutros casos non existe unha referencia directa ó gusto pola comida ou ás súas

consecuencias, pero séguese identificando o animal coa gula, posto que as imaxes sobre

138 En galego rexistramos tamén a expresión [beber/comer/vivir] coma un abade (‘ben e abundantemente;

estupendamente, de marabilla’, DFG: s. v. abade).

176

as que se crean as expresións retratan a fugacidade da comida nas poutas do gato, os

gustos do animal ou a dificultade de atopar comida intacta cerca del:

­ [durar tanto] coma a manteiga no fociño do gato (‘durar pouco’)

­ [fuxir de alguén] coma o gato da sardiña (* ‘non ter ningún medo’)

­ [ser] coma quen busca a manteiga no fociño do gato (‘dificultade’)

Por outra parte, os galegos fíxanse no hábito que ten o gato de comer continuamente e

válense desa imaxe para crear a expresión:

­ comerlle a lingua o gato (‘expresión irónica para se referir a alguén que garda un silencio

prolongado ou se nega a falar’)

Segundo explica Cazal (1997: 43), nunha recompilación e clasificación que fai dos refráns

de Correas relacionados co gato doméstico, a característica de «lambón» é a máis

destacada no refraneiro español. O autor achega varios exemplos a través dos que mostra

que o gato adoita ser caracterizado pola súa adicción á comida (Bien se lava el gato

después de harto; Dijo el gato al unto: «Bien te lo barrunto»; Olla sin sal no es manjar;

al gato se puede dar; Muera gata y muera harta etc.).

Por último, o gato é tamén referente da gula polo hábito de roubarlles a comida ós seus

amos. Nas seguintes expresións establécese a relación entre a gula do gato e a convivencia

coas persoas:

­ ás veces a carne está no prato por falta de gato (*‘indica que algo deixa de producirse

non por méritos da persoa, senón por falta de oportunidades’)

­ non está a carne no garabato por falta de gato / anque a sardiña está no prato, non é por

falta de gato (* ‘indica que algo deixa de producirse non por falta de oportunidades, senón

polos méritos ou a virtude de alguén’)

­ ó gato por ser lambón non o botes da túa mansión (* ‘recomenda non precipitarse nas

decisións’)

­ perdón polo gato ladrón/lambón (‘dise para desculparse, mais dun xeito humorístico.

Tamén o pode dicir a persoa á que se lle piden desculpas para tirarlle importancia ós

feitos’)

­ polo rabo da culler vai/sube o gato á ola/ó pote (‘fai referencia ás persoas que non deixan

escapar unha oportunidade para medrar ou obter algún beneficio’

­ sardiña/carne que leva o gato tarde ou nunca volve ó prato / sardiña que o gato leva,

perdida está/ gandida vai (* ‘refírese a unha situación que xa non ten remedio’)

­ un ollo ó prato e outro ó/no gato (* ‘estar atento a dúas cousas ó mesmo tempo’)

177

Cazal (1997: 43-44) explica que o carácter ladrón do gato está moi representado no

refraneiro español, mesmo facendo unha comparativa do animal con outros grupos de

persoas ás que tamén se caracteriza como ladroas (Venteros y gatos, todos son latros).

Engade que o gato rouba polos descoidos do ser humano (Lo mal guardado lleva el gato;

Come el gato lo que halla a mal recaudo) (polo rabo da culler vai/sube o gato á ola/ó

pote) e por iso os refráns recomendan estar á espreita (Un ojo al plato y otro al gato) (un

ollo ó prato e outro ó/no gato), pero sen precipitarse (Al gato por ser ladrón no lo eches

de tu mansión) (ó gato por ser lambón non o botes da túa mansión) xa que, como veremos

no apartado dedicado ás relacións entre o gato e o ser humano, este animal sérvelles ás

persoas para manter a casa limpa de roedores.

Noutras ocasións, os refráns fan referencia ó roubo, indicando o que podería ocorrer de

estar presente un gato: ás veces a carne está no prato por falta de gato; non está a carne

no garabato por falta de gato / anque a sardiña está no prato, non é por falta de gato.

As equivalencias castelás destas expresións galegas preséntaas Cazal (1997: 44): A las

veces está la carne en el plato por falta de gato /Por falta de gato está la carne en el

garabato / Estáse la asadura en la clavera, porque el gato no va a ella).

Precisamente a imaxe do animal roubándolles a comida ós seus amos é a que se atopa

detrás das expresións perdón polo gato ladrón (que tamén funciona como referente da

gula na variante perdón polo gato lambón) e [roubar/ladrón] coma un/os gato/s (‘ladrón’),

que animaliza o ser humano nun gato a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE

ROUBA É UN GATO. Estas expresións figuradas representan o roubo no carácter ou

condición do animal. Así mesmo, o carácter atrevido que os galegos lle atribúen ó gato

a través da expresión gato (‘persoa atrevida e desvergonzada’) (A PERSOA ATREVIDA OU

DESVERGONZADA É UN GATO) podería estar relacionado con este costume de roubar a

comida dos donos.

O gato funciona, tamén, como referente de falsidade para os galegos. En ocasións este

significado aparece asociado a comportamentos falsamente devotos (Cazal139, 1997: 44):

­ cara de beato e unllas de gato/ unllas de gato e cara de beato (* ‘refírese a unha persoa

hipócrita, que non mostra as súas verdadeiras intencións cara ós demais’)

139 O autor mostra os seguintes exemplos do refraneiro de Correas, que gardan relación (algúns máis directa

ca outros) coa expresión figurada galega que rexistramos (cara de beato e unllas de gato/ unllas de gato e

cara de beato): Gato segoviano, colmillos agudos y fíngese santo; Palabras de santo y uñas de gato;

Deciros he palabras de santo y echaros he las uñas como gato; De hombre que anda manso como gato, y

de viento que entra por horado, Dios te guarde.

178

Outra mostra do trazo da falsidade atribuída ó gato encontrámola nun dialoxismo. Neste

caso escóllese a figura do gato e mais da sardiña para mostrar unha relación de falsa

amizade:

­ bos días! díxolle o gato ás sardiñas (*‘adoita dicirse cando unha persoa mostra un

comportamento hipócrita cara a outra’)

Cazal (1997: 44) apunta que moitas das expresións relacionadas coa hipocrisía ou a

falsidade do animal en castelán empregan preferentemente a gata140 como referente. En

galego non rexistramos tal preferencia polo animal femia, pero si existen expresións en

que é a gata o referente da falsidade:

­ facer a gata (‘aparentar que se fai’)

­ facerse a gata morta (‘actuar con finximento e malicia’)

Outros exemplos en que se escolle o comportamento do animal, mais sen implicacións de

sexo, para caracterizalo como falso son

­ gárdate do gato que non miaña! (‘aparencia de bondade’, ‘hipocrisía’)

­ gatada (‘acción feita con astucia e disimulo para enganar a alguén’)

­ o gato acariña co rabo e rabuña coas unllas (‘refrán que critica ás persoas que se

comportan de xeito hipócrita, afagando por diante e atacando por detrás’)

Segundo explica Mariño Ferro (1996: 172) o feito de que se lle atribúa un carácter falso

ó gato garda relación coas crenzas propias da cultura occidental que o vinculan co demo,

polo que o comportamento do animal se identifica directamente cos enganos daquel.

Con relación ó valor da falsidade do gato rexistramos a característica da ingratitude, que

se lle atribúe a través de expresións en que o ser humano se ve animalizado nun gato (A

PERSOA INGRATA É UN GATO):

­ a amistade do gato boa é, se non rabuña / bo amigo é o gato, se non rabuñara (* ‘fai

referencia á ingratitude de alguén’)

­ facerlle festas á gata/gato e saltarvos á cara/rabuñaravos (*‘retrata a ingratitude dunha

persoa ante outra que realizou unha boa acción cara a ela’)

As características da maldade e da ruindade relaciónanse directamente coas anteriores.

Para os galegos o gato é un animal que actúa levado por malas intencións e así o reflicten

140 Ofrece exemplos como: La gata de Juan Ramos, cierra los ojos y abre las manos, La gata de Mari

ramos que se hacía mortecina para cazar los ratos; La gata de Mari Ramos, que está muerta y caza los

ratos; La gata de Mari Ramos que se tapaba los ojos por no ver los ratos.

179

as expresións figuradas que crean. Na seguinte expresión o ser humano animalízase nun

gato mediante a metáfora conceptual A PERSOA MALVADA/RUÍN É UN GATO:

­ [ser] coma un gato con borralla (‘ruindade’)

A imaxe que vehicula esta expresión é a dun gato emborrallado, isto é, sucio e escuro

pola propia borralla que leva enriba. Como vimos no apartado dedicado á descrición do

gato, este é un animal relacionado dende a Idade Media co demo141 (a encarnación do

mal) e como tal, atrae a mala sorte (Mariño Ferro, 1996: 172). En Galicia son os gatos

negros os que traen esa mala sorte ou mal agoiro, por ser tamén o negro a cor do demo.

Así, o gato será portador de mala sorte para unha persoa que o atope fóra da súa casa.

Pero se ademais de atopar un gato negro tamén se lle dá morte, reflectirá nesa persoa o

agoiro da morte (Reigosa et al., 2000: 131). Relacionado con isto, Suárez Cuadros (2006:

166) explica que na maioría dos países de Europa, Asia e América, os gatos de cor escura,

principalmente negra, tamén son considerados malignos. Apunta que existen infinidade

de supersticións relacionadas con eles, así como lendas e contos de tradición oral en que

os seres malvados se transforman en gatos negros.

Por outra parte, cada cultura asocia diferentes valores ás distintas cores. Tal e como

explica Luque Nadal (2012: 131) na cultura occidental a cor negra é símbolo de loito,

morte, angustia, desesperación, mal humor, pesimismo, maldade, mala sorte, do macabro,

do demoníaco etc., todas elas asociacións negativas. Dobrovol’skij e Piirainen (2000: 37)

apuntan que a cor negra é o símbolo do mal en diversos códigos culturais e que por tal

motivo moitas crenzas populares identifican os animais negros (poñen como exemplo o

gato e a serpe) como portadores do mal augurio.

Na nosa opinión, o feito de que se lle atribúa a maldade a un gato con borralla (de cor

escura) pode gardar relación con este tipo de crenzas.

Ademais de relacionar a maldade do animal coa cor negra, os galegos tamén a vinculan

coa cor roxa:

­ gata roxa/vermella, tal as fai tal as coida/pensa (*‘recomenda andar con conta con

determinadas persoas de dubidosa bondade’)

141 Torres Queiruga e Rivas García (2008: 334) explican que son moitas as crenzas que contan que Satanás

se transforma en animais coma a cobra, a serpe, o gato, o castrón etc. En calquera caso, nun animal que

coma el, sexa negro, nocturno, peludo, traidor ou cheirento. Por outra parte, en Fisterra (A Coruña) existe

a crenza de que aquel que ve un gato negro nunha encrucillada á media noite, o que en realidade está a ver

é o demo transformado en gato que se dispón a esconder un tesouro (Mariño Ferro, 1996: 171).

180

A explicación que ofrece Cazal (1997: 42) sobre o odio ou rexeitamento cara ós de cabelo

roxo está relacionada co mundo relixioso, posto que Xudas, o apóstolo que traizoou a

Xesús segundo conta a Biblia, tiña o cabelo desa cor, de maneira que esta connotación se

estendeu, tamén, ós animais domésticos. Por outra parte, como comprobamos na

descrición do gato, este é un animal que se relacionou coas bruxas dende a Idade Media.

Algúns libros antigos, que se servían de crenzas populares para contrastar a súa

información, identificaban as bruxas con aquelas mulleres que posuían o cabelo vermello

e os ollos verdes142. É probable que os gatos de cor rubia se identifiquen tamén coas

bruxas, pois, do mesmo xeito que se cre que o demo se transforma en gato, tamén as

bruxas o fan para levar a cabo as súas vilanías (Mariño Ferro, 1996: 171). Xa que logo,

todas as crenzas e ideas negativas da sociedade relacionadas coas bruxas revértense tamén

nos gatos de cor rubia.

A característica da astucia coa que os galegos caracterizan o gato garda relación coa

maldade ou a perversidade, posto que as persoas asocian frecuentemente os actos

malvados cunha mente astuta para levalos a cabo. Así, crean expresións como:

­ gatada (‘acción feita con astucia e disimulo para enganar a alguén’)

Noutras ocasións a astucia do gato destaca por riba da doutros animais que acostuman

presentarse como os seus inimigos:

­ moito sabe o rato pero máis sabe o gato (‘picardía’)

A astucia está directamente ligada coa intelixencia e esta garda relación coa característica

física da velocidade (característica que, como comprobaremos cando tratemos os aspectos

físicos do gato, os galegos tamén lle atribúen). Para o ser humano as persoas intelixentes

son aquelas que máis rápido comprenden as cousas. Por iso, como xa comentamos no

capítulo do can, a rapidez mental se asocia coa rapidez física, de maneira que os animais

máis veloces son considerados intelixentes (Álvarez de la Granja, 2011: 387).

A precaución e a prudencia son outras das características que destacan os galegos neste

animal. Nas seguintes expresións figuradas galegas dáse un proceso de animalización do

ser humano nun gato a través da metáfora conceptual A PERSOA PRECAVIDA/PRUDENTE É

UN GATO:

142 É o caso do libro Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas) publicado en 1486 por Henrich Kramer

e Jakob Sprenger, un libro que foi considerado durante séculos a biblia da caza de bruxas. Pode verse máis

información ó respecto no documental Malleus Maleficarum de National Geographic:

https://www.youtube.com/watch?v=Bt1NddkM_UE

181

­ [andar/ir/correr/erguerse/ser] coma o gato polas brasas/ascuas (‘andar/ir con

precaución’)

­ gato escaldado (‘ser persoa avisada, escarmentada’)

­ gato escaldado á auga fría ten medo / gato escaldado da auga fría foxe / ó gato escaldado

a auga fría faille dano / ó gato escaldado a auga fría lle fai mal / gato escaldado foxe da

auga (*‘refírese a que cando unha persoa sufriu unha humillación ou algo similar queda

escarmentada’)

Esta prudencia coa que se caracteriza o gato está vinculada probablemente coa relación

de maltrato que sempre sufriu por parte do ser humano. Tal e como explica Cazal (1997:

45-46), o gato adoitaba concentrar todas as culpabilidades do universo doméstico. Deste

xeito, as malas experiencias sufridas polo animal serían o motivo da súa precaución.

Relacionada coas técnicas de caza do gato, está a característica da paciencia. A imaxe

deste animal agardando pacientemente (a ollos do ser humano) a súa presa é a fonte de

creación da seguinte expresión figurada que animaliza o ser humano nun gato mediante

a metáfora conceptual A PERSOA QUE ESPERA PACIENTEMENTE É UN GATO:

­ [agardar] coma o gato ó rato (‘espreita’)

O gato é, ademais, un referente de fortuna para os galegos. Esta característica apréciase

en expresións como:

­ [ter sete vidas] coma un gato (‘saír ileso de situacións graves’)

­ [ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete vidas/folgos] coma un/o/os gato/micho/s (asañados)

(‘durar moito unha persoa’)

­ caer de pé coma o/s/un gato/s (‘fortuna’)

­ nacer de pé coma o(s) gato(s) (‘dise de quen ten moita sorte’)

­ sete vidas ten o gato (*‘dise de alguén que ten boa sorte na vida, concretamente, cando

se libra de situacións difíciles’)

Nestas expresións dáse a animalización do ser humano nun gato a través da metáfora

conceptual A PERSOA AFORTUNADA É UN GATO. É sabido que o gato é un animal que parece

ter moita sorte por saír ileso de certas situacións perigosas, tanto provocadas polo ser

humano como por outros animais (Cazal, 1997: 42). Poida que a explicación de que se lle

atribúan varias vidas ó gato estea en parte nas crenzas que o retratan como o ladrón de

almas infantís. Deste xeito, as vidas que acumula o animal serían as que lles roubou

previamente ós cativos (vid. Guerra, 2011: 486 e Mariño Ferro, 1996: 171).

182

Por outra parte, nas expresións en que se fai referencia ás vidas que ten o gato destaca o

número sete. Este número representa a perfección en varias culturas por ser o número de

días que ten a semana (algo que fai que simbolice a totalidade do espazo e do tempo), as

cores que se poden ver no arco da vella, os planetas coñecidos e outros datos que apunta

Guerra (2011):

Sete eram as maravilhas do mundo, os mares conhecidos, os pecados capitais, e também

o número de esferas celestes – o sétimo Céu era o Paraíso propriamente dito. Deus criou

o mundo em seis dias e buscou repouso no sétimo dia, daí os sete dias da semana e o

shabat dos judeus.

Guerra, 2011: 486

Chevalier (1988: 941-947) explica que na Biblia o número sete é moi representativo e

repítese frecuentemente (só no Antigo Testamento se repite 77 veces). Por iso, en culturas

de relixión católica, como é o caso da galega, escóllese o número sete como

representación da perfección.

Nogueira Santos (2006: 166) explica que tanto os portugueses coma os ingleses conciben

o gato como un animal dotado dunha extraordinaria capacidade de sobrevivir ás

vicisitudes e de escapar dos perigos e engade que «aqueles atribúenlle sete vidas ou sete

fôlegos, mentres que para estes the cat has nine lives. Esta desvantaxe de dous anos do

gato portugués poderá deberse máis ó sentido cabalístico do número sete cá xenerosidade

do inglés para co gato». Piñel López (1997: 266) explica que tanto no castelán como no

alemán resáltase a característica de afortunado no gato e emprégase como referente en

expresións que denotan a boa sorte das persoas que saen «airosas e indemnes de trances

peligrosos»; a única diferenza é que en castelán se emprega a expresión tener siete vidas

como los gatos, tal e como acontece en galego e portugués, mentres que en alemán son

nove as vidas que se lle atribúen.

Outras expresións en que o gato funciona como referente da fortuna constrúense a partir

da imaxe do animal caendo sempre de pé. Este feito débese ás magníficas características

físicas das que está dotado, pois a súa biodinámica adáptase perfectamente ó medio e fai

del un supervivente a ollos do ser humano. Cando un gato cae ó baleiro, o cerebro

transmítelle instantaneamente ó seu corpo a orde de relaxarse e voltearse para caer sobre

as patas (Kemp, 2008: en liña); algo que o ser humano valora por ser unha característica

única do gato, entre os demais animais domésticos que coñece.

183

Probablemente a conxunción do carácter máxico atribuído ó gato con estas características

físicas, que garanten a súa supervivencia en situacións en que os seres humanos ou outros

animais morrerían, explican que se converta nun referente da fortuna tanto na sociedade

galega como noutras culturas.

Outra característica do gato na que se fixan os galegos é a preguiza. Cualifícano como

un animal preguiceiro e ocioso probablemente porque ten o costume de estar deitado ó

sol ou ó carón do lume e porque, ó contrario do que acontece con outros animais propios

da casa galega (o burro, a vaca, o boi, a galiña...), non ten unha «función doméstica»

determinada (aínda que se presupoña que é o encargado de aniquilar os roedores da casa).

As expresións que denotan esta característica son as seguintes

­ [andar/estar folgado /preguiceiro] coma un gato (‘preguiza’)

­ [estar] coma o gato borrallento / micho esborrallado143 (‘comodidade’)

­ [estar] coma o gato panza arriba (*‘estar sen facer nada’)

­ [mornear ó sol] coma un gato (* ‘deitarse ó sol’)

­ facer a gata/gatada (‘faltar á escola’)

Estas expresións constrúense a través da metáfora conceptual A PERSOA PREGUICEIRA É

UN GATO.

A fogosidade é outra das características do gato destacadas polos galegos. Tal e como

explica Valladares Núñez (1884: en liña) os gatos «son muy dados al amor y, en él, las

hembras quienes provocan á los machos con gritos desentonados», o que explicaría que

a figura da gata femia se faga explícita en varias das expresións que denotan fogosidade.

O comportamento da gata, que morde ó macho na noca ou no ventre como xogo de

excitación, tamén pode xustificar a aparición do animal femia como referente.

Así, nas seguintes construcións figuradas pódese ver como o ser humano aparece

animalizado nun gato a través da metáfora conceptual A PERSOA FOGOSA É UN GATO:

­ [andar (ás celeiras)] coma as gatas (xaneiras) (* ‘andar na procura de parella amorosa’)

­ [andar á xaneira] coma os gatos / [andar] coma os gatos á xaneira/en xaneiro / [andar]

coma gatos cando andan á xaneira/os gatos en xaneiro / [andar tan rabichado] coma o

gato no xaneiro (* ‘andar na procura de parella amorosa’)

143 En Valladares Núñez (1984: s.v. borralleiro) observamos que esta palabra se adoita aplicar á persoa,

can ou gato que esta continuamente xunto ó lume ou a cinza; e que anda continuamente entre as olas. Do

mesmo xeito, en Rodríguez González (1958-1961: s.v. borralleiro) caracteriza con esta palabra á persoa

que non sae do lume e que lle gusta quentarse canda el.

184

­ gata polbeira (‘muller que non se atén, no plano sexual, ós usos morais ou sociais

establecidos’)

Por outra parte, os galegos ven o gato como un ser agresivo e crean expresións nas que o

ser humano se animaliza neste animal a través da metáfora conceptual A PERSOA

AGRESIVA É UN GATO; que á súa vez provén doutras como A PERSOA IRADA É UN ANIMAL

ou A CONDUTA FURIOSA É A CONDUTA DUN ANIMAL AGRESIVO (Kövecses, 2000):

­ [fero] coma gato de sobrado144 (* ‘moi fero’)

Esta fereza do gato agóchase, tamén, detrás da expresión:

­ [acedo] coma o rabo de/ dun gato (‘moi acedo [alimentos que xa non serven para comer,

que están derramados porque están acedos]’)

O feito de que se caracterice o rabo do gato como «acedo» fai que ese mesmo significado

se traslade de xeito metafórico ós alimentos145.

Existen tamén algunhas expresións que mostran o comportamento do gato con outras

persoas ou con outros animais e que translocen agresividade:

­ [agadañar/rabuñar] coma un/o micho/gato (* ‘mostrarse agresivo con alguén’)

­ [agarrarse] coma dous gatos (‘liorta’)

­ [defenderse] coma un gato boca arriba146 (*‘defenderse contra un ataque’)

­ tarde se arrepinte o rato, cando xa está na boca do gato (‘remedio serodio’)

Noutros casos é a gata a que se emprega concretamente como referente da fereza ou da

agresividade:

­ [fera/alporizada/pórse/botarse] coma unha gata [contra alguén] (‘agresividade’, ‘fero’,

‘ira’)

­ amor das gatas entra e sae a rabuñadas / os amores dos gatos comezan maiando e

acaban rabuñando (* ‘fai referencia ás relacións amorosas difíciles’)

144 Cazal (1997:45) caracteriza o gato como un animal arisco, áspero e mal tratable a partir da expresión

castelá ser como gato de desván. 145 Neste caso concreto podería pensarse que a expresión provén da planta medicinal que recibe o nome de

rabo de gato e que ten numerosas propiedades terapéuticas (Lorenzo Fernández, 1962: 164), mais o feito

de que a expresión figurada se forme empregando un indefinido ([acedo] coma o rabo dun gato) identifica

o animal como referente da expresión e non a planta. Este é o motivo polo que cremos que é o

comportamento do animal e non o sabor acedo da planta o referente desta expresión, aínda que non

descartamos o feito de que a expresión figurada se puidese formar, primixeniamente, a partir do nome da

planta e, co paso do tempo, os galegos pasasen a identificar o animal na expresión. 146 Sanz Martín (2012: 130) explica que a locución como gato boca arriba ten a súa motivación no

enfurecemento que experimentan os gatos ó seren colocados boca arriba.

185

Os ruídos que emite o gato son tamén evocadores da súa agresividade para os galegos, de

maneira que estes constrúen expresións en que se animaliza o ser humano nun gato

mediante o referente do ruído do animal e que serven para mostrar o enfado dunha persoa:

­ [bufar] coma un gato (*‘mostrar alguén o seu enfado’)

­ [facer fu] coma o gato (‘ira’)

Outro elemento que evoca a agresividade do animal son as súas uñas (Cazal, 1997: 41).

Estas destacan por ser grandes, curvas e retráctiles, ideais para capturar presas e para que

o gato se poida defender (Burnie, 2002: 208). Os galegos reparan nesta parte do corpo do

animal para construíren expresións en que se animaliza o ser humano nun gato, mediante

a imaxe do animal defendéndose: o gato saca as unllas, cando llas buscan/cando llas ha

mester (‘indica que hai que defenderse cando é necesario’).

Mais a pesar de ser o gato un referente de agresividade para os galegos tamén o é de

ledicia e de inxenuidade, concretamente cando este aínda é cachorro:

­ [contento] coma micho con axóuxere (‘ledicia’)

­ [ser á boa fe /abofé] coma os gatos pequenos (‘inxenuidade’)

Deste xeito o ser humano vese animalizado nun gato a través das metáforas conceptuais

A PERSOA CONTENTA É UN GATO PEQUENO e A PERSOA INXENUA É UN GATO PEQUENO,

respectivamente.

Outra característica correspondente ó carácter ou condición do gato é a de soidade, ligada

á súa independencia. Tal e como explica Sanz Martín (2012: 33) o gato, en contraste co

can, que adoita ser un animal dependente do seu amo, asóciase frecuentemente coa

independencia. Esta é unha idea que se relaciona directamente co desapego felino cara ó

amo, algo que, segundo di a autora, «genera la situación conceptualizada en la que el

animal suele salir del ámbito doméstico». Os galegos son conscientes deste carácter

independente do gato e dos seus costumes solitarios (Perozo, 1999:496) e así o reflicten

na expresión:

­ gato celeiro non quere compañeiro (‘indica a soidade de alguén’)

Esta expresión reflicte, tamén, de xeito indirecto, os costumes solitarios de caza do

animal. O gato celeiro é aquel que caza precisamente no celeiro, lugar onde se gardan as

colleitas147 nas casas galegas e, polo tanto, onde entran os ratos.

147 DRAG, 2012: s. v. celeiro.

186

Outra característica do gato destacada polos galegos, e que garda certa relación coa da

independencia, é a de noctambulismo. A idea conceptualizada de que os gatos, por seren

independentes, adoitan saír máis que outros animais do ámbito doméstico está asociada ó

nocturno e á oscuridade (Sanz Martín, 2012: 134). Deste xeito, o gato é seleccionado

antes que calquera outro animal doméstico para facer referencia á noite e á confusión que

produce a súa escuridade:

­ de noite todos os gatos son pardos (‘expresión que indica que na escuridade todo se

confunde’)

Mariño Ferro (1996: 170) explica que o gato demostra un apego especial cara á casa dos

amos e non adoita abandonala, cando menos non durante moito tempo, sen ningún motivo

aparente. Sinala que na cultura occidental se cre que o feito de que o gato abandone o

fogar por un grande espazo de tempo, ou de xeito definitivo, é preludio da morte de alguén

dos que viven nesa casa. Así e todo, o autor explica que o gato, aínda que caseiro, non

soporta o feito de vivir pechado, pois é un animal independente que ama a liberdade e

adoita saír polas noites; de aí a relación do animal coa noctambulismo.

Por último, destaca a condición de insignificancia que os galegos lle atribúen ó gato

mediante a expresión:

­ catro gatos (‘moi pouca xente’)

Neste caso prodúcese unha animalización do ser humano a través da metáfora conceptual

A PERSOA INSIGNIFICANTE É UN GATO (Brumme, 2006: 11). A motivación da expresión

podería atoparse no comportamento independente do gato, tal e como defende Sanz

Martín (2012: 33), posto que ó ser este un animal que abandona frecuentemente o fogar,

con máis asiduidade ca outros animais domésticos, o ser humano identifícao con alguén

que pode aparecer en calquera sitio. Por outra parte, esta caracterización do animal está

ligada coa ‘mala valoración’ que fan os galegos del e que veremos no apartado

correspondente.

6.2.1.2 Características físicas

A continuación mostraremos as expresións figuradas das que podemos extraer

características físicas que o ser humano destaca no gato.

Este animal caracterízase en primeiro lugar por ser veloz, xa que está dotado dunhas

potentes patas que o propulsan a unha velocidade aproximada de 48,28 quilómetros por

187

hora (Kemp, 2008: en liña). Por iso, os galegos constrúen expresións figuradas en que o

gato funciona como referente da velocidade de maneira que, en moitas ocasións, unha

persoa que foxe, ou que simplemente camiña apurada, se animaliza nun gato a través da

metáfora conceptual A PERSOA RÁPIDA É UN GATO (proveniente da metáfora conceptual

superior A PERSOA RÁPIDA É UN ANIMAL, vid. Iñesta e Pamies, 2002: 201):

­ [(andar) apurado/á presa] coma un gato (con sete148 liviáns) (*‘levar moita présa’)

­ [escapar/fuxir/ir/ter medo] coma gato escaldado (polas/por/sobre brasas) (‘facelo ás

présas, xeralmente para evitar un risco’)

­ [saír facendo fu] coma o gato (‘fuxida’)

­ [saltar] coma un gato (‘rápido’)

­ a fu de gato (* ‘fai referencia a quen vai a toda velocidade’)

Outra das características físicas do gato destacadas nas expresións figuradas galegas é a

súa axilidade. Nestas expresións o ser humano animalízase nun gato mediante a metáfora

conceptual A PERSOA ÁXIL É UN GATO:

­ [áxil] coma un gato (* ‘moi áxil’)

­ [agatuñar/subir] coma un/os gato/s (de pena en pena) (* ‘agatuñar ou subir con grande

axilidade’)

­ [poñerse de pé] coma os gatos (‘flexibilidade’)

­ [saltar] coma un gato (‘rápido’)

Unha calidade física do animal, que ademais está intimamente relacionada co ámbito

temático da fortuna, é a da resistencia. Deste xeito, polo mesmo motivo que os galegos

consideran afortunado ó gato, tamén o consideran resistente, posto que sae ileso das

situacións máis perigosas. Os galegos crean expresións figuradas en que destacan a

resistencia do gato e animalizan o ser humano a través da metáfora conceptual A PERSOA

RESISTENTE É UN GATO:

­ [ter sete vidas] coma un gato (‘saír ileso de situacións graves’)

­ [ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete vidas/folgos] coma un/o/os gato/micho/s (asañados)

(‘durar moito unha persoa’)

­ sete vidas ten o gato (* ‘dise de alguén que ten boa sorte na vida, concretamente, cando

se libra de situacións difíciles’)

148 De novo, volve ser o número sete, número da perfección na cultura occidental, o escollido (neste caso

para contabilizar o número de liviáns que ten o gato).

188

Esta calidade parece ser o resultado da conxunción das súas magníficas características

físicas (equilibrio, axilidade, velocidade, ouvido, visón nocturna, destreza para a caza),

que o converten nun animal realmente resistente, unha característica que o aparta, con

diferenza, doutros animais domésticos da casa galega.

Outra característica física que os galegos destacan do gato e a súa sucidade. Deste xeito,

nas expresións figuradas galegas o gato funciona como referente da sucidade a partir da

imaxe do animal emborrallado, por andar continuamente xunto ó lume da lareira e as

cinzas desta, buscando a calor149: [estar] coma o gato borrallento / micho esborrallado

(‘sucidade’). Nesta expresión prodúcese a animalización do ser humano a través da

metáfora conceptual A PERSOA SUCIA/EMBORRALLADA É UN GATO. Mais a sucidade do

gato tamén se ve representada nas expresións figuradas galegas a través dos seus hábitos

de limpeza150. A imaxe do gato que lambe as partes do seu corpo para asearse é

interpretada polos galegos como unha limpeza insuficiente, de xeito que crean expresións

en que o ser humano se ve animalizado nun gato (A PERSOA QUE SE LAVA MAL É UN GATO)

cando a súa limpeza se considera, tamén, insuficiente:

­ [lavarse] coma (os) gatos (‘lavarse á présa e só superficialmente’)

­ a limpeza do gato (‘dise cando un se lava mal ou cando a limpeza é insuficiente’)

Por outra parte, o gato é para os galegos un referente da gordura, algo que se relaciona

estreitamente co seu carácter lambón. Mais, neste caso concreto, o que determina ou non

a gordura do animal son os coidados e atencións que lle poida proporcionar o ser humano.

Como comentamos no apartado dedicado á gula, antigamente as persoas con máis poder

económico nunha aldea ou vila eran os abades, polo que había nas súas vivendas fartura

dabondo como para alimentar ben os animais domésticos. Así cobra sentido a expresión

[gordo] coma o gato dun abade (‘gordura’). Nela, o ser humano vese animalizado nun

gato a partir da metáfora conceptual A PERSOA GORDA É UN GATO.

Para rematar este apartado sobre as características físicas, destacamos dúas expresións

figuradas galegas que se forman tomando como referentes os ruídos do gato,

concretamente ‘bufar’ e ‘miar/miañar’. Como xa comentamos, os sons que emiten os

149 Vid. Rodríguez González, 1958-1961: s.v. borralleiro . 150 Mariño Ferro (1996: 172) sinala que en Cantabria se interpreta o aseo do gato como preludio da chuvia,

mentres que noutros lugares da xeografía española, como Galicia, Salamanca, Estremadura ou Aragón,

anuncia unha visita na casa. Esta interpretación concorda coa dos nosos veciños portugueses. Mãças (1950:

315) explica que, na cultura portuguesa, se o gato se lava coa pata por diante das orellas anuncia unha

«visita sem cerimónia», mentres que se o fai coa pata por detrás das orellas será unha «visita de cerimónia»;

explica, tamén, que se este se lava empregando a pata dereita, a visita na casa será dun home.

189

animais son moi produtivos na creación de expresións figuradas, de maneira que se lle

atribúe un son concreto a unha faceta característica do animal; esta serve despois para

caracterizar o ser humano a través dunha expresión figurada. Neste caso concreto,

destácase a característica de ‘enfado’ e de ‘queixa’:

­ [bufar] coma un gato (* ‘refírese ó estado de enfado de alguén’)

­ miar/miañar (‘laiarse unha persoa, miañar’)

6.2.2 Relacións

Neste apartado centrarémonos nas expresións figuradas que se forman tomando como

referentes as relacións que se establecen entre o home e o animal, así como as que se dan

entre o gato e outros gatos ou entre este e os demais animais.

6.2.2.1 Home-animal

Entre as expresións que retratan unha relación entre o ser humano e o animal destaca a

utilidade que os galegos ven no gato, a pesar de non ser concibido como un animal moi

traballador, posto que, como vimos, tamén é referente da preguiza. Pero o certo é que o

gato lle é útil ó ser humano, como xa comentamos, para desfacerse de roedores. Tal e

como explica Rodríguez González (1958-1961: en liña), «el gato se encuentra en la

compañía del hombre porque éste lo necesita para oponerlo a otro enemigo doméstico

más incómodo, cual es el ratón, difícil de ahuyentar o extirpar». Cazal (1997: 49) indica

que hai séculos, en España, a relación do gato co home se podía reducir só á súa utilidade,

pois considerábao unha «máquina de cazar ratos»151. Fraguas (1965: 243) caracteriza o

gato como o «gardián dos fogares» e destaca precisamente nel esa función de cazar ratos.

Certas características físicas que posúe o gato, como a velocidade, a axilidade, a visión

nocturna e unha excelente audición152 fan del un magnífico e eficaz cazador (Kemp, 2008:

en liña). Tal e como explica Burnie (2002: 208), ten diferentes técnicas de caza moi

desenvolvidas, pois tanto pode perseguir activamente a súa presa como esconderse e

151 Cazal (1997: 49) engade que o gato tiña, xa no século XVII, o defecto de ser ladrón e explica que a

cantidade de refráns que existen en castelán nos que se evidencia o gato como ladrón parecen indicar que

o ser humano non o alimentaba precisamente para estimular as súas dotes de cazador, polo que a súa

utilidade aumentaba. 152 Os gatos son capaces de ouvir frecuencias máis altas incluso que os cans, o que lles permite detectar os

sons ultrasónicos emitidos polos roedores e outras presas pequenas. Por outra parte, os reflectores dos seus

ollos aumentan a cantidade de luz que lles traspasa a retina, o que permite que teñan unha capacidade de

visión nocturna excelente para localizar as presas (Kemp, 2008: en liña).

190

esperar a que a vítima veña ó seu encontro; incluso pode combinar os dous métodos.

Ademais, o seu pelo sérvelle de camuflaxe para non ser visto pola súa presa.

Nas expresións figuradas que rexistramos en galego co referente da utilidade do gato

prodúcese unha animalización do ser humano nun gato a través das metáforas conceptuais

A PERSOA QUE VIXÍA CON ATENCIÓN É UN GATO e A PERSOA QUE USA MEDIOS IMPROPIOS É

UN GATO CON BOTAS/LUVAS, respectivamente:

­ [gardar a casa] coma un gato (‘vixiar’)

­ gato con botas/guantes/luvas non caza (rato/s) (‘refírese a que para cada tarefa hai que

contar cos medios necesarios e non pretender refinamentos impropios e inútiles, máis

aínda cando non se está acostumado a eles’)153

Aínda dentro deste ámbito temático da utilidade rexistramos algunhas expresións

figuradas que se forman tomando como referente a non utilidade do animal, precisamente

cando se ven minguadas as súas habilidades para a caza:

gato que moito miaña nunca moito caza/poucos ratos caza / gato maiador, nunca foi

rateador/nunca bo cazador / gato maiador non é bo cazador (*‘expresión de crítica a

quen fala moito pero despois non leva a cabo os seus plans’)

Tanto as expresións que fan referencia á utilidade como as que denotan a inutilidade deste

animal están relacionadas coa súa destreza para a caza. Deste xeito, o gato seralle útil ó

ser humano se caza de maneira efectiva, pero será inútil se non desenvolve ese labor.

Outra das relacións que se establece entre o ser humano e o gato é a do control, unha

vinculación entre ambos os dous, en que o ser humano representa a superioridade e/ou

autoridade sobre o gato. A partir desta relación os galegos conceptualizan unha situación

en que se dá unha xerarquía similar:

­ eu mando ó meu gato e o meu gato manda ó seu rabo (‘autoridade’)

6.2.2.2 Animal-animal

Entre as expresións figuradas nas que se mostra a relación do gato con outro animal

destaca, principalmente, a inimizade. A súa relación co can é, como comentamos no

capítulo dedicado a este animal, o exemplo prototípico de inimizade, posto que o feito de

153 Mariño Ferro (1996: 173) sinala que «En Galicia y en Francia se dice que el gato sin bigotes no caza

ratones» e argumenta que a explicación que dá sentido a esta expresión está en que o bigote lles serve para

orientarse na oscuridade e así poder cazar mellor. Nas expresións que rexistramos no noso corpus faise

referencia ás botas ou ás luvas do animal, mais non ós seus bigotes. Deste xeito, nelas tómase como

referente o carácter cazador do gato comportado a través das súas garras e non do seu olfacto.

191

que sexan os mellores representantes da categoría de animais domésticos (Sanz Martín,

2012: 130) e de que con frecuencia mostren agresividade mutua fai que os galegos os

escollan para crear expresións que denotan algún tipo de animadversión entre persoas. As

expresións galegas que teñen como referente a inimizade do can e mailo gato créanse

mediante a imaxe destes animais pelexando. Nelas dáse a animalización do ser humano a

través da metáfora conceptual AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON ANIMAIS e, máis

concretamente, AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON CANS E GATOS:

­ [de acordo] coma can e gato (‘aplícase ós que se levan mal’)

­ [ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o) can(s) e (o)(mailo) gato(s) (‘levarse mal entre

eles, pelexar continuamente’)

­ amigos coma o can e o gato, que comen no mesmo prato (‘amizade perigosa’)

­ sogra e nora e can e gato non comen ben nun mesmo prato / o can e o gato non os poñas

no mesmo prato (‘inimizade’)

Este tipo de expresións que reflicten a inimizade xorden, tamén, da imaxe do gato co rato,

por ser o primeiro o depredador natural do segundo (Cazal, 1997: 47). Así, en galego

atopamos expresións en que os seres humanos se animalizan en gatos e ratos a través da

metáfora conceptual AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON GATOS E RATOS: o rato e o gato

non comen no mesmo prato (‘inimizade’).

Noutros casos, créanse expresións figuradas co referente do gato e mais do rato a partir

da imaxe da liberación que sente o segundo cando o primeiro falta da casa:

­ cando o gato non está, os ratos bailan / na casa que non hai gatos, campan os ratos/non

faltan ratos (*‘fai referencia á ausencia dunha autoridade, ó arriscado que resulta, ás

veces, desatender unha responsabilidade ou simplemente baixar a garda’)

Todas estas expresións figuradas teñen en común unha situación conceptualizada en que

existe unha relación antagónica entre dous animais (Sanz Martín, 2012: 130) que ademais

son comúns na casa galega, xa sexa entre o can e o gato ou entre o gato e o rato. Porén,

rexistramos, tamén, un caso en que a inimizade se ve representada a través de dous

animais iguais e en que o ser humano se ve animalizado nun gato a través da metáfora

conceptual AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON GATOS:

­ [agarrarse] coma dous gatos (‘liorta’)

Ó igual que acontece nas relacións de inimizade que se dan entre cans

([levarse/discutir/reñer] coma cans) é frecuente que o ser humano presencie pelexas entre

192

dous gatos, xa sexa pola comida ou polo cortexo dunha femia, e a partir desa imaxe cree

expresións figuradas que retratan unha situación de inimizade entre persoas.

Un ámbito temático que garda relación coa inimizade é o da rivalidade. A rivalidade,

entendida como unha ‘relación de competencia existente entre rivais’ (RAG, 2012: s. v.

rivalidade), adoita darse entre seres que, en principio, teñen as mesmas posibilidades de

saíren gañadores nunha situación dada. Así, os galegos crean expresións figuradas como

calquera gato sente que outro o rabuñe (‘molestia’) en que se animaliza o ser humano

nun gato a partir da metáfora conceptual AS PERSOAS RIVAIS SON GATOS.

6.2.3 Valoración

Por último, os galegos crean expresións figuradas en que se percibe tanto a boa

valoración como a mala valoración do gato, aínda que en ambos os dous casos por

contraste con outros seres. O primeiro valor achégase a través da expresión figurada máis

vale ser cabeza de rato ca rabo de gato (‘superioridade xerárquica’). A expresión

significa ‘máis vale ser o primeiro dos últimos que o último dos primeiros’, o que implica

unha valoración positiva do gato fronte ó rato. Pero cando o gato se contrapón ó home,

neste caso a través da expresión un home é un home e un gato é un bicho (* ‘fai referencia

a unha persoa valente’), o gato, evidentemente, sae perdendo.

6.3 Recompilación e análise das enquisas

O gato é o segundo animal con máis número de incidencia de aparición nas expresións

figuradas galegas que rexistramos no noso corpus. A partir da análise destas 90 expresións

figuradas comprobamos que os galegos destacan os seguintes valores do carácter ou da

condición do gato: ‘gula’ (15), agresividade/fereza/voracidade’ (11), ‘falsidade’ (7),

‘preguiza/ociosidade’ (5), ‘fortuna’ (5), ‘fogosidade’ (3), ‘precaución’ (3),

‘maldade/ruindade’ (2), ‘astucia’ (2), ‘roubo’ (2), ‘ingratitude’ (2), ‘paciencia’ (1),

‘atrevemento’ (1), ‘ledicia’ (1), ‘inxenuidade’ (1)154, ‘soidade/independencia’ (1),

‘noctambulismo’ (1) e ‘insignificancia’ (1).

Canto ás características físicas os galegos resaltan no gato a ‘velocidade’ (5), a

‘axilidade’ (4), a ‘resistencia’ (3) , a ‘sucidade’ (3), os ‘ruídos’ (2) e a ‘gordura’ (1).

Polo que se refire ás relacións que se dan entre o gato e o ser humano salientamos a

‘utilidade’ (3) do animal en canto á caza e o ‘control’ (1) do ser humano sobre o animal.

154 As características da ‘ledicia’ e da ‘inxenuidade’ asócianse con exemplares felinos de curta idade.

193

Canto ás relacións que se dan entre o gato e outros animais destaca a ‘inimizade’ (7)

(normalmente co can, pero tamén co rato e con outros gatos). Ademais, entre gatos

rexistramos a característica da ‘rivalidade’ (1).

Por último, canto á valoración directa do gato, os galegos destacan tanto a ‘mala

valoración’ (1) como a ‘boa valoración’ (1) do animal mediante a comparación deste co

ser humano e co rato, respectivamente.

Se comparamos os nosos datos cos extraídos do estudo feito tamén sobre o galego por

Ferro Ruibal (2008: 144), vemos que todos os trazos destacados polo autor están presentes

na nosa análise. O autor caracteriza o gato como ‘afortunado’, con ‘resistencia física’,

‘áxil’, ‘larpeiro’. ‘preguiceiro’, ‘agresivo’, ‘ladrón’ e ‘inimigo do can’.

Atendendo, agora, á clasificación que fan os galegos do gato a través da pregunta VI das

nosas enquisas orais e electrónicas, en que se lles pide ós enquisados que ofrezan un ou

varios adxectivos que caractericen tanto o gato coma a gata, recompilamos os seguintes

valores asociados con este animal:

Caracterización

o Carácter/condición: ‘independentes’ (57), ‘intelixentes’ (45), ‘falsos’

(38), ‘preguiceiros’ (23), ‘desconfiados’ (19), ‘cariñosos/tenros’ (18),

‘mansos/dóciles’ (16), ‘feros/agresivos’ (10), ‘esquivos’ (10),

‘presumidos’ (10), ‘astutos’ (7), ‘egoístas’ (6), ‘parvos’ (5), ‘malos’ (4),

‘puta/buscona’ (4155), ‘interesados’ (3), ‘nocturnos’ (3), ‘curiosos’ (3),

‘alegres’ (3), ‘ingratos’ (3), ‘pasan boa vida’ (3), ‘prudentes’ (3),

‘covardes’ (2), ‘afortunados’ (2), ‘ladróns’ (2), ‘fieis’ (2), ‘enigmáticos’

(2), ‘hipócritas’ (1), ‘caprichosos’ (1), ‘impredicibles’ (1), ‘rebuldeiros’

(1), ‘rebelde’ (1), ‘protectora’ (1156), ‘valentes’ (1).

o Características físicas: ‘áxiles’ (34), ‘limpos’ (9), ‘fermosos’ (4),

‘resistentes’ (3), ‘veloces’ (3), ‘sucios’ (1), ‘ruidosos’ (1).

Relacións

o Home-animal: ‘cazadores’ (11), ‘compañeiros’ (6), ‘inútiles’ (2).

155 Todas estas respostas caracterizan o animal femia. 156 Esta resposta caracteriza concretamente a gata.

194

Na pregunta II desta mesma enquisa, en que se lles pide ós informantes que nomeen

animais a partir dunha serie de adxectivos ou frases verbais, os galegos asígnanlle ó gato

os seguintes valores: ‘leva a mellor vida’ (105), ‘preguiceiro’ (100), ‘falso’ (95),

‘arrogante/fachendoso’ (60), ‘intelixente’ (37), ‘covarde/medorento’ (32), ‘fiel’ (9),

‘agresivo’ (8), ‘parvo’ (5), ‘leva a peor vida’ (3).

Por último, a partir da pregunta III da dita enquisa, en que as persoas informantes deben

completar con nomes de animais 10 expresións comparativas incompletas, extraemos os

seguintes valores que os galegos asocian co gato: ‘ten sete vidas’ (299), ‘cae de pé’ (274),

‘manso’ (200), ‘pasa fame’ (3), ‘veloz’ (3), ‘promiscua’ (2157).

Polo que respecta ás características referidas ó carácter e condición do gato, observamos

que os datos extraídos destas enquisas coinciden coas expresións figuradas analizadas nos

valores de: ‘falsidade’ (134158), ‘preguiza/ociosidade’ (123), ‘soidade/independencia’

(57), ‘fereza/agresividade’ (18), ‘astucia’ (7), ‘fogosidade’ (6), ‘maldade/ruindade’ (4),

‘ledicia’ (4), ‘precaución’ (3), ‘ingratitude’ (3), ‘noctambulismo’ (3), ‘fortuna’ (2159) e

‘roubo’ (2). Existen, tamén, certos valores do gato sinalados polos enquisados que gardan

relación (>) coas características extraídas das expresións figuradas analizadas: ‘boa vida’

(108) (> ‘preguiza/ociosidade’); ‘intelixencia’ (82) (> ‘astucia’); ‘fame’ (3) (> ‘gula’);

‘valentía’ (1) (> ‘atrevemento’) e ‘rebeldía’ (1) (> ‘soidade/independencia’).

Ademais, algúns valores extraídos da análise das expresións figuradas, aínda que pouco

representados nelas, non teñen equivalencia na valoración que fan os informantes do gato

nas enquisas. Falamos de valores como: ‘insignificancia’, ‘inxenuidade’ e ‘paciencia’

(lembremos que o trazo da inxenuidade se asocia en realidade coas crías de gato). Do

mesmo xeito, os informantes das enquisas destacan características do gato que non se ven

representadas nas expresións figuradas analizadas: ‘arrogancia/presunción/fachenda’

(70), ‘covardía’ (34), ‘desconfianza (19), ‘esquiveza’ (10), ‘egoísmo’ (6), ‘curiosidade’

(3), ‘interese’ (3), ‘enigma’ (2), ‘impredicibilidade’ (1), ‘capricho’ (1) e ‘protección’

(1)160.

Por outra parte, rexistramos nas enquisas valoracións do gato que se opoñen (≠) ás

características que extraemos das expresións figuradas analizadas:

157 Fan referencia ó animal femia. 158 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘hipócrita’ (1) e ‘falso’ (133). 159 O valor da fortuna garda relación, tamén, coas 299 respostas que asocian ó gato co feito de ter sete

vidas. 160 Referido unicamente á gata.

195

‘mansedume/docilidade’ (216) (≠ ‘agresividade/fereza’); ‘cariño/tenrura’ (18) (≠

‘agresividade/fereza’); ‘fidelidade’ (11) (≠ falsidade’) e ‘mala vida’ (3) (≠ ‘ociosidade’).

Tamén dentro das propias enquisas orais e electrónicas rexistramos caracterizacións do

gato opostas como a ‘boa vida’ (108) ≠ ‘mala vida’ (3) e a ‘astucia’ (7) ≠ ‘estulticia’ (10).

Canto ás características físicas, os valores que coinciden entre as enquisas e as expresións

figuradas analizadas son a ‘axilidade’ (308161), a ‘resistencia’ (302162), a ‘velocidade’ (6),

os ‘ruídos’ (1) e a ‘sucidade’ (1). A única característica física que rexistramos nas

expresións figuradas que non ten representación nas enquisas realizadas é a ‘gordura’.

Por outra parte, nas enquisas sinálase a característica da ‘fermosura’ (4), que non ten

representación nas expresións figuradas, e a da ‘limpeza’ (9), que contrasta (≠) coa

‘sucidade’ da que o gato é referente nas expresións figuradas analizadas e tamén, de xeito

máis minoritario, nas enquisas.

Polo que se refire ás relacións que se establecen entre o ser humano e o gato só un dos

valores das enquisas coincide cos extraídos das expresións figuradas analizadas: a

‘utilidade’ (11) deste para a caza. O resto dos valores que se refiren ás relacións entre

humanos e gatos non coinciden entre as expresións figuradas (‘control’) e as enquisas

(‘compañeiro’ (6), ‘inútil’ (2)). As características que dan conta das relacións que se dan

entre o gato e outros animais, así como as que valoran o gato sen maior nivel de

concreción, só teñen representación nas expresións figuradas analizadas.

O que nos chama especialmente a atención desta comparativa son as oposicións

semánticas entre as características apuntadas polos informantes das enquisas

(centrámonos concretamente nas que se repiten cinco veces ou máis) e as extraídas das

expresións figuradas,así como a ampla representación nas enquisas dalgúns trazos

ausentes na nosa análise. Falamos de valores como ‘mansedume/docilidade’ (216),

arrogancia/presunción/fachenda’ (70) ‘covardía’ (34), desconfianza (19), ‘cariño/tenrura’

(18), esquiveza’ (10), ‘fidelidade’ (11), ‘ ‘estulticia’ (10), ‘limpeza’ (9)

,compañeirismo’(6) ‘e ‘egoísmo’ (6).

As imaxes do gato sobre as que se asentan as expresións figuradas analizadas extráense,

como tamén ocorría coas expresións que tiñan o can como referente, de escenarios rurais

do pasado, en que o gato era un cazador de ratos con hábitos de vida en boa medida

161 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘áxil’ (34) e ‘cae de pé’ (274). 162 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘resistente’ (3) e ‘ten sete vidas’ (299).

196

diferentes dos actuais. Hoxe en día, o mesmo que sucedía co can, o gato é esencialmente

unha mascota, un animal de compañía, de xeito que convive co seu amo dun xeito máis

estreito ca en tempos pasados (especialmente, aínda que non só, na sociedade urbana).Por

tal motivo collen sentido valores como o de ‘compañeirismo’ fronte ó da ‘independencia’,

o de ‘cariño/tenrura’ e mansedume/docilidade fronte a ‘agresividade/fereza’ ou o de

‘fidelidade’ fronte a ‘falsidade’ (lémbrese, con todo, que a independencia, a agresividade

e a fidelidade están tamén moi presentes nas enquisas).

Cremos, por outro lado, que a abondosa presenza do trazo da

arrogancia/presunción/fachenda nas enquisas (ou mesmo, a presenza da esquiveza, da

desconfianza ou do egoísmo), fronte á súa ausencia nos valores extraídos das expresións

figuradas, pode explicarse apelando a unha xustificación similar. Cando o animal se

converte nunha mascota, nun animal de compañía, o trazo da independencia, ou mesmo

da ingratidude, que se lle atribúe ó animal pode ser interpretado como arrogancia (ou

egoísmo, esquiveza, desconfianza) en relación co compañeiro humano. No ámbito rural

en que se xeraron as expresións, pola contra, tal intepretación tería menos sentido, posto

que o gato era esencialmente un cazador de ratos, non un animal que debía facer compañía

ó seu amo.

A covardía atribuída ó gato nas enquisas pode atopar tamén a súa explicación na

modificación dos hábitos. O gato, animal cazador, percíbese na sociedade galega como

un animal agresivo, depredador de ratos. Ó converterse en animal de compañía e

minimizarse en boa medida esa dimensión cazadora, poden potenciarse no imaxinario

galego outros comportamentos considerados covardes, esencialmente os relativos á

fuxida instintiva do gato diante do can. A perda para moitos da referencia cazadora do

gato, en que mostra a súa habilidade e «astucia», así como a potenciación da dimensión

doméstica, en que o gato se mostra moitas veces pouco «obediente» co amo (fronte ó can,

vid. infra a cita de Nogueira Santos), tamén pode estar na base da atribución ó animal por

parte dalgúns falantes do trazo da estulticia.

No que respecta á característica da ‘limpeza’, que non se reflicte nas expresións figuradas

galegas, pero si nas enquisas orais e electrónicas, se observamos a procedencia dos

informantes comprobamos que das nove respostas que se deron, seis corresponden a

persoas que afirman vivir nun ámbito urbano e tres nun ámbito rural. A imaxe do animal

lambéndose é o que motiva o trazo da limpeza na caracterización do animal e, se a isto

engadimos o feito de non vivir nun medio en que este se poida ensuciar, non cabería a

197

imaxe do gato sucio, algo que si ocorre nun ámbito rural en que adquiren sentido

expresións como [estar] coma o gato borrallento / micho esborrallado para representar o

ámbito temático da sucidade. Así e todo, existen aínda coincidencias abondas entre as

características asignadas ó gato nas enquisas e as tiradas das expresións figuradas, que

nos permiten afirmar que a valoración que fan os galegos do gato non mudou

excesivamente; aínda que xa se poden apreciar certos cambios. Por outra parte, chama a

atención a asignación da característica de ‘enigmático’ (2), nas enquisas, que non ten

representación nas expresións figuradas que analizamos. Cremos que é un indicio de que

os galegos, tal e como acontece noutras culturas163, aínda relacionan o gato con certas

crenzas e supersticións, que se vinculan frecuentemente co escurantismo ou co

inframundo (vid. Rodríguez González, 1958-1961).

Por último, como nalgún caso xa tivemos ocasión de comprobar ó longo da exposición,

certos valores extraídos das expresións figuradas galegas que acabamos de analizar, así

como das enquisas, podemos atopalos, tamén, noutras linguas. Nogueira Santos (2006:

166-167) explica que da fraseoloxía inglesa e portuguesa se extraen os valores de

‘arteiro’, ‘mañoso’ e que ‘fai cousas ás agachadas con moita axilidade’. Ademais, o autor

compara o comportamento do gato co do can e explica a grande diferenza comportamental

que existe entre ambos os dous animais domésticos:

Reticente a someterse ó exhibicionismo do home, o gato non se presta a tales

manifestacións de servil obediencia –a súa independencia e dignidade repudian, con

olímpica indiferenza, os aplausos, as louvanzas, as recompensas que estes espectáculos

prometen. Este contraste entre a obediencia do can e a rebeldía do gato está captado con

palabras sinxelas na nursery rhyme que comeza con estes dous versos: The Dog will come

when he is called / The Cat will walk away...

Nogueira Santos, 2006:175

Para o caso do castelán, Cazal (1997: 43) mostra, a partir da análise de refráns españois,

que o gato se caracteriza, tamén, como ‘lambón’, ‘ladrón’, ‘hipócrita’, ‘traizoeiro’,

‘perigoso’, ‘sucio’, ‘parvo’164 e ‘arisco’. En menor medida aparecen outros valores como

o de ‘limpo’165, ‘hábil’ e ‘prudente’. Sanz Martín (2012: 128) concorda co anterior, pois

na súa análise das unidades léxicas do castelán perro e gato, asígnalle ó gato os valores

163 Vid. Kemp, 2008; Guerra, 2011; Busquets i Molas, 1987; Mãças, 1950, entre outros. 164 Este valor dáse, segundo explica o autor, no caso de ser femia o animal. 165 Novamente se se trata do animal femia.

198

de ‘ladrón’ e ‘hipócrita’, e acrecenta, ademais, o valor de ‘astucia’. Ó igual que Nogueira

Santos (2006), a autora ofrece unha pequena comparativa entre os valores que se asocian

ó can e ó gato e sinala cales son os máis frecuentes para cada un deles:

De acuerdo con nuestros informantes, el perro se asocia principalmente con la fidelidad

(43%), el juego (36,63%), la compañía (26,67%) y la amistad (23%). Por otro lado, el

gato es vinculado en primer lugar con el desapego o independencia (23,33%); en segundo

lugar, con el carácter juguetón (20%); y en tercer lugar, con la agilidad, la indiferencia y

el temperamento huraño (16,6%).

Sanz Martín, 2012: 129

Estes datos mostran que a interpretación que fan os galegos do comportamento do gato é

similar á que se fai noutras linguas próximas, como o castelán e o portugués. Ademais,

certos valores coinciden, tamén, con linguas máis afastadas do galego como son o inglés

e o alemán, tal e como tivemos ocasión de comprobar.

199

7 BURRO/BURRA

7.1 Descrición

O burro166 (Equus asinus) é un mamífero ungulado pertencente á familia dos équidos.

Trátase dun animal que pode chegar a medir ata 160 cm de altura na cruz167, que posúe

un pelame gris ou gris acastañado e unha cabeza grande coas orellas longas. O seu

pescozo disponse de forma case horizontal con crinas curtas e rizadas, os seus pezuños

son finos e a cola é longa e rematada nun pincel de pelos (Perozo, 1999: 117).

O burro tal e como hoxe o coñecemos procede da domesticación da especie salvaxe Equus

africanus, propia do norte de África (Perozo, 1999: 117), que se levou a cabo arredor do

ano 3000 a. C. (Burnie, 2002: 226). Todo parece indicar que, trala súa domesticación, se

foi asentando en varios países de África ata chegar ós países da ribeira do Mediterráneo,

polo que non tardou moito tempo máis en chegar ó noroeste peninsular (Mandianes, 2002:

15). Unha vez domesticado, este animal empregouse en varios lugares do mundo. En

Galicia foi introducido como animal de carga, de monta, ou de forza tractora para os

traballos agrícolas no século XIX, aínda que xa no século XVIII era común en terras

castelás (Casal Vila, 2003: s. v. burro).

O antropólogo Manuel Mandianes (2002) explica a grande importancia que chegou a ter

o burro na nosa comunidade e como, coa chegada de diversas maquinarias agrícolas, foi

desaparecendo das casas galegas:

O burro, dende hai milleiros de anos ata os anos cincuenta, foi un punto de referencia

para moitas xeracións, moi especialmente para os habitantes do mundo rural. Dende os

anos cincuenta ata os nosos días, case desapareceu de moitos lugares, mesmo daqueles

para os que fora un útil indispensable. Non só foi un referente necesario, un instrumento

de traballo, un compañeiro do home, habitante de todos os camiños, senón tamén un

soporte simbólico de realidades máis profundas, do que está detrás das aparencias: o lado

visible dunha realidade invisible. O burro iniciou a súa retirada cos arados, os sachos, os

carros e co tempo mítico perante a mecánica. Chegado un momento, o home moderno

non tiña tempo para percorrer os camiños nin medir o tempo a ritmo de burro e

abandonouno.

Mandianes, 2002: 97

166 Se non se especifica o contrario entenderase de aquí en diante burro como burro/burra 167 ‘Punto de unión entre o espiñazo e a cadeira’ (GDXL, 2009: s.v. cruz).

200

A raza autóctona de Galicia denomínase burro fariñeiro (Groba Bouza, 2011: 151).

Trátase dun exemplar de burro pequeno, pois a súa alzada á cruz oscila entre os 100 e os

120 centímetros e o seu peso varía entre os 120 e os 180 quilos (Pose Nieto, 2008: 305).

Ten unha pelaxe bicolor, cunha combinación de branco e negro ou gris cinsento, que se

coñece como capa torda ou ruza168. A finalidade dos nosos devanceiros ó seleccionaren a

raza durante centos de anos foi conseguir un exemplar robusto, pero de pouca alzada de

acordo ó rendemento que se esperaba del; un animal apropiado para os traballos para os

que estaba destinado, tal e como explica Pose Nieto (2008):

Galicia tradicionalmente caracterizouse polo minifundismo agrario e por unha xeografía

irregular, motivo polo cal a especie asnal foi especialmente apreciada e enormemente

vinculada ós labores agrícolas de pouca entidade, xeralmente a carga ó lombo, xa que os

agricultores preferían realizar os labores de arrastre e de tiro pesado con xugadas de bois

ou de vacas. En xeral o asno usábase, e aínda se segue usando, para transportar pequenas

cargas de comida para o gando ou para arar reducidas superficies de terras destinadas á

produción de patacas, fabas, nabos ou millo. Para estas actividades eran preferidos os

asnos de pequeno porte, pola súa facilidade de carga respecto a outros de maior alzada,

pois en moitas ocasións os labores agrícolas eran realizados polas mulleres, xa que os

homes normalmente traballaban fóra da casa ou estaban emigrados.

Pose Nieto, 2008: 306-307

Ademais, o uso do burro foi xeneralizado como medio de transporte, principalmente de

gran e fariña, dende as casas ata os muíños de auga. Precisamente desa imaxe do animal

cargado de fariña procede o nome de burro fariñeiro (Pose Nieto, 2008: 307). Con todo,

o burro levaba a cabo tamén outros labores, que podían ser diferentes dependendo do

lugar da xeografía galega na que se atopase: en zonas do interior empregábase, ademais

de para os traballos agrícolas, para a extracción de leña como animal de tiro; nas zonas

urbanas eran os que axudaban as leiteiras a repartir o leite; e na costa usábase para a

extracción de algas que despois se depositaban nos areais a xeito de fertilizante (Pose

Nieto, 2008: 307). Hoxe en día estes son labores que caeron en desuso, por distintos

factores que lle son alleos ó animal (como a evolución nas ferramentas de traballo, ou o

cambio de vida do rural ó urbano), pero que repercuten directamente no censo de burros

que van quedando no noso país.

168 Vid. GDXL, 2009: s.v. tordo e ruzo.

201

Actualmente son moi poucos os burros que existen en Galicia e, menos aínda, os

exemplares da raza autóctona. A Asociación de criadores de cabalo de Pura Raza Galega

(PuRaGa) estimou que entre os anos 2003 e 2004 existían en Galicia uns 180 exemplares

de burro fariñeiro169. En 2012 conseguiron localizar entre 50 e 100 exemplares da raza

fariñeira e, dende entón, tentan recuperala mediante cruzamentos para garantir a súa

conservación. Ademais, explica Pose Nieto (2008: 307), na actualidade, aínda que de

xeito illado, o burro está sendo usado como compañeiro en rutas turísticas, como montura

para pequenas excursións e en actividades de asnoterapia.

Malia a situación que vive hoxe o burro en Galicia, tal e como o explica Groba Bouza

(2011: 174), a pegada que este animal deixou na nosa lingua e na nosa cultura foi moi

profunda, tanto que os galegos aínda o empregan como referente para conceptualizar a

súa realidade cotiá a través de expresións figuradas.

7.2 Retrato do burro a través das expresións figuradas galegas

O burro é o animal que rexistramos en cuarta posición, de acordo co índice de incidencia

de expresións en que aparece como referente, cun total de 72 expresións figuradas. Como

xa comentamos no capítulo dedicado á metodoloxía do traballo (vid. capítulo 3),

decidimos dedicarlle o terceiro capítulo de análise de expresións á parella formada por

burro, burra en lugar do grupo formado por boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco,

touro. Cremos que a valoración que fan os galegos do gando bovino queda amplamente

reflectida no traballo que levaron a cabo Benavente Jareño e Ferro Ruibal (2010). Así

pois, consideramos que o grupo de expresións que contiñan burro, burra era o mellor

candidato para un terceiro e último capítulo de análise de expresións figuradas que

contribuíse, mediante información nova, a coñecer a valoración que fan os galegos dos

animais a través das expresións figuradas que empregan.

Nos seguintes apartados desagregaremos os ámbitos temáticos en que se dividen as

expresións figuradas que teñen o burro como referente e tentaremos dar un perfil

completo da valoración que fan os galegos del.

169 Información tirada da Asociación de criadores do cabalo de Pura Raza Galega

(http://www.puraga.es/gal/burro_farineiro.php) (9/11/2016).

202

7.2.1 Caracterización

7.2.1.1 Carácter/condición

A característica da estulticia é a que destaca con diferenza sobre os demais trazos

relativos ó carácter ou á condición do burro nas expresións figuradas analizadas. Nas

seguintes expresións prodúcese a animalización do ser humano nun burro mediante o

emprego da metáfora conceptual A PERSOA ESTULTA É UN BURRO:

­ [tan listo/esperto] coma un burro (* ‘pouco listo, pouco intelixente’)

­ asno/burro/burrico/burricán (‘que ten poucos coñecementos ou ten dificultades para

comprender as cousas’)

­ burra aceiteira (‘[ironicamente] ter poucas luces’)

­ burro cego (‘persoa moi pouco intelixente, moi torpe ou parva’)

­ burro lavado, xabón perdido / o que lava a cabeza da burra perde o xabón e a lavadura

(* ‘fai referencia a un esforzo inútil, normalmente relacionado co feito de querer instruír

unha persoa estulta ou alguén que se nega a recibir calquera tipo de ensinanza’)

­ chámalle burro ó cabalo! (‘dise ironicamente para se referir a alguén que aparenta ser

máis parvo do que é’)

­ ir de burra e volver de albarda (‘non aprender nada’)

­ máis vale burro vivo ca sabio morto (* ‘refírese a que é mellor conformarnos co que

temos’)

­ picar de burro para besta (‘úsase para ponderar a ignorancia de alguén’)

­ val máis pan duro que consello de burro (* ‘aconsella non facer caso a alguén pouco

intelixente’)

Do mesmo xeito, os ruídos propios dun burro vehiculan, tamén, o valor da estulticia:

­ orneadas/orneos/palabras/patadas de burro non chegan ó ceo (‘dise cando alguén di

unha parvada ou tenta ofender ou molestar, para dar a entender que non se lle fai caso’)

­ ornear (‘dicir burradas en voz alta’).

Rexistramos, ademais, outras expresións que xorden da conceptualización de accións ou

actos propios de persoas ignorantes a través da imaxe do burro:

­ burrada/asnada/asneira (‘dito ou feito que é mostra de ignorancia ou de pouca

intelixencia’)

­ burrería (‘realizar un acto propio de persoas pouco sabidas’)

203

Ademais, localizamos unha expresión non animalizadora coa que se caracteriza o burro

como estulto a través dunha personificación, en que se lle atribúen características propias

do ser humano ó burro, neste caso o razoamento:

­ pensando morreu un burro (‘dise cando convén actuar e non seguir perdendo o tempo en

pensamentos varios’)

Do mesmo xeito que a rapidez mental se asocia coa rapidez física (Álvarez de la Granja,

2011: 386-387), tal e como puidemos comprobar nos capítulos en que se resaltaba esta

característica no can ou no gato, a lentitude física asóciase coa lentitude mental. Por iso,

os animais de movementos lentos, como é o caso do burro, adoitan ser caracterizados

polas persoas como estultos.

Por outra parte, tamén o campo semántico da visión se adoita asociar directamente co da

intelixencia, cando aquela é boa, e coa estulticia, en caso de falta ou escaseza. Así, a

agudeza visual é interpretada como agudeza intelectual a través da metáfora conceptual

A COMPRENSIÓN INTELECTUAL É VISIÓN (Santos Domínguez e Espinosa Elorza, 1996:

126). Os seres humanos concibimos frecuentemente a intelixencia como luz, de maneira

que aquel que é lúcido, clarividente ou que ten as ideas claras é unha persoa intelixente

(Álvarez de la Granja, 2011: 387). Posto que COMPRENDER É VER, as persoas crean

expresións como xa vexo o que me dis para indicar que entenden algo. Do mesmo xeito,

a persoa que ten poucas luces será alguén estulto, polo que se está a conceptualizar a

realidade da estulticia a través da metáfora conceptual antagónica NON COMPRENDER É

NON VER (Santos Domínguez e Espinosa Elorza, 1996: 129). A partir dela, créanse outras

expresións como non vexo o que me estás a dicir para indicar que non se comprende nada

ou ten unha venda diante dos ollos para indicar que algo impide coñecer a verdade. Polo

que se refire ó campo semántico dos animais, en galego existen expresións figuradas que

empregan o referente da aguia, un animal de excelente agudeza visual170, para representar

a intelixencia e a toupeira, que pacede atrofia nos ollos171, para a estulticia: aguia (‘persoa

de moita perspicacia e viveza’ GDXL) e toupa/toupeira (‘persoa pouco espelida’ GDXL).

No caso concreto do burro, atopamos a expresión burro cego, en que se reduplica a

referencia á estulticia mediante o adxectivo cego.

Piñel López (1999: 414) explica, nun estudo contrastivo de refráns que se constrúen con

animais en castelán e alemán, que o burro é o animal que protagoniza o maior número de

170 DRAG, 2012: s.v. aguia. 171 GDXL, 2009: s.v. toupeira.

204

refráns nas dúas linguas analizadas; principalmente en castelán, di, «debido al papel tan

importante que ha desempeñado durante siglos en las tareas agrícolas, sobre todo en las

zonas más deprimidas y pobres que no podían adquirir caballos y en las que los asnos

cumplían las labores propias de los caballos». A autora comproba que o burro serve de

referente para a construción de expresións maioritariamente negativas nas que destaca o

valor da ignorancia e da obstinación. Explica a autora que o burro é o animal prototípico

para representar a estupidez172, e que o seu nome se emprega en case todos os idiomas

como insulto dirixido ás persoas que presentan pouca lucidez mental ou pouco

entendemento.

Como acabamos de ver, os galegos tamén empregan este animal para crear expresións

que denotan a estulticia. O motivo polo que escollen o burro de xeito maioritario entre os

que se atopan no espazo doméstico podería vir dado por dúas vías. Por unha banda, e de

acordo co indicado, o burro convértese en referente da estulticia pola súa lentitude física.

Por outra banda, podemos acudir á interpretación que fan os galegos do comportamento

do burro. Veno como un animal dócil, que se acomoda a todas as tarefas domésticas sen

opoñer resistencia, sen envorcar a carga que transporta; e que a pesar do maltrato que

sofre por parte dos seus amos (vid. infra) tampouco tenta escapar cando anda solto

(Mandianes, 2002: 60). Deste xeito, interpretan o seu comportamento como estulto, e por

iso crean expresións nas que serve como referente para caracterizar alguén pouco

intelixente e sen vontade propia173. Así o explica, tamén, Piñel López (1999: 414) para o

castelán: «Representa la ignorancia, madre de la obstinación. Estúpido y obstinado, le da

lo mismo lo bueno que lo malo, se muestra insensible a los golpes o a los reproches, a

diferencia de los restantes animales».

Pero aínda que o burro funcione como referente da estulticia, o certo é que é un animal

dotado de intelixencia pois, tal e como explica Mandianes (2002: 88), todos os asnos

poden ser domados facilmente para o paseo, son capaces de responder ó seu nome e,

ademais, gozan da compaña das persoas, sinais que mostran, segundo o autor, a

intelixencia deste animal. Así o explicou, tamén, Cascajero (1998: 15) nun estudo que

172 Chevalier (1988: 144) destaca que o burro é o símbolo da ignorancia na cultura occidental. 173 Mariño Ferro (1996: 36) explica que o asno na cultura occidental está considerado equivocamente como

un ser estúpido. Isto débese, di, ó feito de que «soporta ser despreciado y apaleado toda su vida, en gran

parte debido a su lentitud». Ademais, engade que no Bestiario de Oxford o animal descríbese como lento e

desprovisto de intelixencia, de maneira que a súa lentitude física se relaciona directamente coa lentitude

mental coa que o caracterizan as persoas.

205

realizou sobre a simboloxía do burro na antigüidade a través de fontes escritas e orais do

castelán. Nel, o autor apunta que a intelixencia do burro tende a facer que o seu

adestramento sexa máis complexo que o do cabalo ou o do mulo. As fases do proceso de

aprendizaxe do burro son máis rápidas que as dos outros dous animais, polo que as

excesivas repeticións rematan por aburrilo e frustralo. Esta actitude, segundo explica o

autor, é interpretada polo adestrador inexperto como estulticia do animal, polo que o culpa

a el dos seus propios fracasos.

Aínda que non rexistrásemos en galego ningunha expresión figurada en que se tome o

burro como referente da intelixencia, os galegos tamén o caracterizan, como se poderá

ver ó final deste capítulo, como un animal intelixente (aínda que nun número de veces

inferior á característica da estulticia). Esta idea está presente noutras linguas como o

castelán (Martín Zorraquino, 1986:1261) ou o ucraíno (Vyshnya e García Jove, 2005:194)

en que se levaron a cabo estudos sobre as expresións construídas con este animal e nas

que o burro simboliza a estupidez, pero tamén a intelixencia.

Relacionada coa ignorancia e a estulticia atopamos a característica da

teimosía/insistencia. Tal e como explica Piñel López (1999: 414) a ignorancia é a nai da

obstinación, polo que alguén ignorante adoita ser obstinado e teimudo. A autora apunta

que o burro é normalmente considerado polas persoas un animal teimudo, xa que

entenden, a partir da observación do seu comportamento, que resulta inútil calquera

acción por parte do ser humano para que mude de parecer (1999: 414). Groba Bouza

(2011: 157) indica que a ignorancia e mais a teimosía son características que se lle adoitan

atribuír tanto ó burro coma á mula, e especifica que son dous aspectos da interpretación

do comportamento equino que máis fraseoloxía teñen producido en galego.

As seguintes expresións resaltan a teimosía ou insistencia do burro e nelas dáse a

animalización do ser humano nun burro mediante a metáfora conceptual A PERSOA

TEIMUDA/INSISTENTE É UN BURRO. Os referentes que o ser humano escolle para a creación

destas expresións son os ruídos e o propio animal:

­ [testudo/terco/testón/teimoso/testán/testarudo] coma unha burra/ coma un/os burro/s

(‘ser moi testudo’)

­ non levarán por ben o burro á auga, se el non ten gana (* ‘refírese a que non se pode

convencer a alguén de algo cando se nega a facelo’)

206

­ (e) a burra déitase! (* ‘dise cando alguén se deita ou se rende174)

­ ornear (‘chorar ou queixarse sen parar’)

Noutras ocasións o proceso de animalización do ser humano nun burro dáse a través da

metáfora conceptual OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES

MENTAIS SON ANIMAIS (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña), que para este caso concreto

se subespecificaría como OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E

FACULTADES MENTAIS SON UN BURRO:

­ baixar da burra / caer da burra / caer do burro (abaixo/embaixo) (‘decatarse do erro no

que se estaba; caer na conta, por fin, de algo que non se daba entendido’)

­ baixar da burra [a alguén] (‘convencer de algo a alguén que estaba obstinado no

contrario’)

­ coller/ter o burro (‘incomodarse’)

A agresividade é outra das características que os galegos destacan no animal. Trátase

dun trazo que quizais garde relación coa súa teimosía, pois baséase no comportamento do

animal cos seres humanos: normalmente vólvese agresivo cando non quere seguir as

ordes do amo ou simplemente se incomoda por algo. Sirvan de exemplo as seguintes

expresións en que o ser humano se animaliza nun burro a través da metáfora conceptual

A PERSOA AGRESIVA É UN BURRO:

­ [dar un couce] coma unha burra / [dar couces] coma os burros (‘dise cando unha persoa

fai algo malo a outra que non o esperaba’)

­ amor dos burros entra a couces e a dentadas (* ‘fai referencia ás relacións amorosas

difíciles’)175

­ chanzas con burros acaban en couces (* ‘refírese a que cando se fan bromas con

determinadas persoas, a situación pode acabar mal’)

Como se pode comprobar, en todas as expresións que caracterizan o burro como agresivo

destacan os seus couces, que son o recurso habitual que empregan estes animais para

defenderse, tal e como explica Mariño Ferro (1996: 38).

O carácter falso co que os galegos caracterizan o burro, e máis concretamente a burra,

pode gardar relación coa agresividade do animal, de maneira que dá couces cando un

menos o espera (Groba Bouza, 2011: 157). Así construímos expresións como [falso]

174 Definición tirada de Groba Bouza (2014: 400). 175 Groba Bouza (2011: 157) explica que o cortexo equino semella unha acción violenta, pois antes da

cópula pode haber couces e mordeduras entre macho e femia. Ademais, engade tamén que cando os animais

se atopan en liberdade os sementais loitan ata a extenuación por seren os que cubran as femias.

207

coma unha burra vella / [máis falso] ca unha burra vella (‘hipócrita’) en que

animalizamos o ser humano nunha burra a través da metáfora conceptual A PERSOA FALSA

É UNHA BURRA. Cremos, ademais, que nestas expresións ten especial importancia o

adxectivo vella. Tal e como ocorría no caso do can (can vello ‘ser cauto e advertido pola

experiencia da vida’) este adxectivo acrecenta a valoración concreta que os galegos fan

do animal na expresión, neste caso a falsidade.

Outro ámbito que garda relación coa agresividade do animal, pero tamén co seu gran

tamaño, que lle proporciona a forza necesaria para os traballos no campo, é o da

rudeza/brutalidade. Os galegos crean expresións como burrada (‘acción bruta ou

inhumana’) ou burro (‘persoa falta de delicadeza e amabilidade’) en que se animaliza o

ser humano e as súas accións na figura e nas accións dun burro a través da metáfora

conceptual A PERSOA BRUTA É UN BURRO.

Pero a pesar de que o burro sexa caracterizado polos galegos como un animal agresivo e

bruto, tamén lle apoñen a característica de manso. Con relación a este valor, Guerra

(2011: 413) explica que os burros simbolizan a paz e a mansedume na tradición cristiá e

apunta que foron dúas as circunstancias que contribuíron para que se creara este

simbolismo: a viaxe que fixo María a Belén nun burro nos últimos momentos do seu

embarazo e a entrada triunfal de Xesús, xa adulto, en Xerusalén o Domingo de Ramos,

montado tamén nun burro. Cremos que esta valoración, ademais, está vinculada co feito

de ser o burro un animal que, normalmente, non opón demasiada resistencia ós traballos

que lle encomenda o seu amo (Mandianes, 2002: 60); aínda que, como observamos, cando

si o fai é caracterizado como agresivo. Así, temos a expresión galega non morrer da

cornada dun burro (‘dise de quen toma moitas precaucións’), que pon de relevo a

mansedume do animal, ó establecer un contraste entre este e o acto violento da cornada,

que o burro, por razóns obvias, é incapaz de dar.

Relacionada cos traballos agrícolas para os que se empregaba o burro en Galicia atopamos

a característica da laboriosidade na expresión burro176 (‘persoa moi traballadora’), que

animaliza o ser humano nun burro a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE

TRABALLA É UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 217) e, máis

concretamente, A PERSOA QUE TRABALLA É UN BURRO.

176 Existen outras expresións no noso corpus en que o burro funciona como referente secundario do traballo

([cargar/traballar] coma un burro); pero por ser o ‘maltrato’ do home sobre o animal o referente primario

das expresións figuradas, estas serán analizadas no apartado correspondente ó ‘maltrato’.

208

O burro tamén funciona en galego como referente da gula para a creación de expresións

figuradas. Pode facelo mediante alusións implícitas ó tamaño do animal, como no caso

de [cheo] coma un burro (* ‘fai referencia á fartura despois de comer en abundancia’), en

que se produce unha animalización do ser humano a través da metáfora conceptual O QUE

COME MOITO É UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 166), un burro

concretamente. Ou tamén pode funcionar como referente da gula mediante expresións

que denotan un comportamento lambón do animal:

­ alá vai o burro coas noces! (‘expresión de forte contrariedade cando algo é desbaratado’)

­ díxolle o burro ás coles: pax vobis! (* ‘fai referencia ó asoballamento entre clases

sociais’)

­ voltou a burra ó trigo! (* ‘fai referencia a que unha persoa actúa igual de mal ca outra ou

que un feito é igual de inconveniente ca outro’)

Por último, existe unha expresión no noso corpus en que a burra funciona como referente

da fortuna: vir a burra branca co diñeiro (‘vir a fortuna’). Cremos que a explicación para

esta expresión figurada podería estar en dous tipos de motivación: a intertextual, en que

estarían presentes referencias relixiosas, e a icónica, en que se destacaría a cor non

habitual do animal.

Na Biblia observamos que o burro era un animal moi apreciado polos hebreos, unha

cabalería rexia por excelencia. No libro da Xénese (49) descríbese a escena da chegada

do rei dos xudeus montado nun burro; por outra parte no evanxeo de San Marcos (11)

retrátase a chegada de Xesús a Xerusalén montado nun burro, mais non como símbolo de

humildade ou pobreza, senón como un símbolo real, polo apreciado do animal. No

evanxeo de San Mateo (2) observamos que é un burro o que transporta a Xesús meniño

na súa fuxida a Exipto por mor da matanza de nenos que está a levar a cabo Herodes, e

polo tanto o animal asóciase á boa sorte de Xesús. O burro vincúlase, tamén, coa relixión

cristiá polas marcas que ten no corpo. Tal e como explica Benavente Jareño177, os burros

teñen un listón negro ou escuro ó longo do espiñazo, que se cruza con dúas bandas negras

que baixan polo centro das escápulas, formando unha cruz nas agullas. Mariño Ferro

(1985: 89) sinala que certas crenzas cristiás explican que esa cruz apareceu no lombo do

animal dun xeito misterioso despois da entrada de Xesús en Xerusalén montado nun

177 Comunicación persoal co autor.

209

animal desta clase178. O autor engade que, en Dorsetshire (hoxe coñecido como Dorset,

no suroeste de Inglaterra), curaban a tose convulsiva dando paseos en burro debido ó

poder de curación que posuía a cruz do lombo do animal. Todos estes datos mostran o

aprecio dos cristiáns polo burro e a boa sorte coa que o asocian.

Polo que se refire á cor do animal, tal e como explicamos anteriormente, os burros son

ordinariamente de pelo gris e só adoitan presentar algún recuncho de pelo branco (no

bandullo ou na contorna dos ollos), de maneira que o feito de atopar unha burra branca é

algo tan infrecuente que queda asociado á boa sorte179 ou á fortuna (Ferro Ruibal e

Benavente Jareño180). Por outra parte, existiría tamén unha oposición simbólica da

pobreza vs. a fortuna (agora asociada co diñeiro), xa que o burro é o animal das casas

galegas sen recursos, por tratarse dunha cabalaría barata e que non supón grandes custos

para o seu mantemento (en contraposición ó cabalo, por exemplo). Xa que logo, o feito

de que sexa unha burra branca a que «veña co diñeiro», e non unha burra torda como é

o habitual, deixa ver o extraordinario da expresión: o burro só funciona como referente

da fortuna cando non ten a súa aparencia habitual. Por último, non debemos esquecer os

valores positivos que adoita portar a cor branca na cultura occidental fronte a outras cores

máis escuras, como a negra, que se asocian a aspectos negativos (Szalek, 2005: 89). Proba

disto son, por exemplo, expresións galegas como branquear (‘converter en legal o diñeiro

conseguido en actividades ilícitas’181), en que o branco se identifica co legal, ou estar

negro (‘estar ou considerar algo difícil, ter ou verlle poucas posibilidades de solución’182).

Tal e como explica Szalek (2005: 90), a cor branca simboliza, en termos xerais, a luz, a

pureza, a bondade, a inocencia e a boa sorte, mentres que o negro é a cor do sombrío, do

impuro, do mal, do pesimismo, da mala sorte, da morte etc. Cremos que estes valores

simbólicos asociados ó branco tamén estan representados na expresión vir a burra branca

co diñeiro.

178 A cruz está presente noutros animais da mesma especie (coma o cabalo ou a mula), pero tal e como

explica Mariño Ferro (1996: 38): «En el burro esa cruz está especialmente marcada y representa la cruz

de Cristo». 179 En galego existen outras expresións figuradas en que un animal, polo feito de ter outra cor non

habitual nel, funciona como referente de significados positivos: merlo branco ‘ser unha persoa moi boa’

(GDXL). 180 Comunicación persoal cos autores. 181 GDXL, 2009: s.v. branquear. 182 DRAG, 2012: s. v. negro.

210

7.2.1.2 Características físicas

Unha das características físicas nas que reparan os galegos cando crean expresións

figuradas co burro como referente é a súa grandura, ou a grandura de certas partes do

seu corpo. Nas seguintes expresións figuradas o ser humano vese animalizado nun burro

a través da metáfora conceptual A PERSOA GRANDE É UN BURRO e A PERSOA QUE TEN AS

ORELLAS/A BOCA GRANDE/S É UN BURRO:

­ [botar/ter orellas] coma unha burra / [ter (as) orellas (grandes)] coma un burro (* ‘ter as

orellas moi grandes’)

­ [grande] coma un burro (‘gordura’)

­ [ter a boca] coma un burro (‘boca grande’)

Atopamos, por outra parte, a personificación do animal na seguinte expresión en que se

lle atribúen ó burro funcións propias do ser humano, como a fala. Nesta expresión séguese

destacando a grandura do animal, concretamente das súas orellas, mediante a

comparación con outros animais similares:

­ díxolle o burro ó mulo ¡tírate alá orelludo! (* ‘refírese a que non se pode criticar a alguén

cando se teñen os mesmos defectos’)

Existe, tamén, outra expresión figurada en que non se dan procesos de animalización nin

personificación, pero na que este animal segue a funcionar como referente da grandura:

­ non ver un burro a tres/catro pasos (‘haber moi pouca ou nula visibilidade’)183

A partir da grandura do burro desenvólvense outras metáforas que relacionan cantidades

significativamente grandes de algo co tamaño deste animal:

­ burrada (‘cantidade moi grande’)

­ coma un burro (‘moito’)

Outros dous valores que destacan os galegos do burro son a resistencia e a fortaleza. O

burro é para os galegos un animal resistente e útil para os traballos que requiren forza

tractora, firmeza para levar grandes pesos e, sobre todo, capacidade de aguantar grandes

esforzos. Cascajero (1998: 15) explica que os burros son máis lonxevos e máis resistentes

ás enfermidades cós cabalos; ademais, son superiores a eles tamén na resistencia á fatiga

porque teñen máis enerxía. Esta resistencia no animal maniféstase na expresión galega

[ter a saúde] coma un burro (‘saúde boa’), en que o ser humano se ve animalizado en

183 O gran tamaño do seu corpo serve para reforzar, nesta expresión figurada concreta, o significado de

‘falta de visisbilidade’ (Groba Bouza, 2011: 151).

211

burro mediante a metáfora conceptual A PERSOA RESISTENTE/CON BOA SAÚDE É UN BURRO.

Do mesmo xeito, a grande forza do animal para cargar grandes pesos184 é a que motiva a

expresión [ter unha forza] coma un burro (* ‘ter moita forza’) en que o ser humano se

animaliza nun burro a través da metáfora conceptual A PERSOA FORTE É UN BURRO.

Tamén os ruídos que produce o animal, fortes orneos, que son molestos e estridentes a

ollos do ser humano (Mariño Ferro, 1996: 38), funcionan como referentes na creación de

expresións figuradas en que se adoita producir a animalización da persoa nun burro

mediante metáforas conceptuais como A PERSOA QUE BERRA É UN BURRO, A PERSOA QUE

SE QUEIXA É UN BURRO ou A PERSOA QUE DI COUSAS SEN SENTIDO É UN BURRO:

­ [berrar/griñir] coma un/os burro/s (* ‘berrar forte’)

­ ornear (‘chorar ou queixarse sen parar’)

­ ornear (‘dicir burradas en voz alta’)

­ orneo (‘choro alto e sen motivo’)

Por último, o burro é un animal que funciona para os galegos como referente da fealdade.

Xa sexa polas súas orellas desproporcionadas, a súa grande boca ou os seus movementos

torpes, en galego, pero tamén noutras linguas coma o alemán e o castelán (Piñel López,

1999: 414), o ser humano adoita verse animalizado nun burro para expresar a grande

fealdade de alguén (A PERSOA FEA É UN BURRO):

­ [(tan) feo] coma un burro (‘fealdade’)

7.2.2 Relacións

Canto ás relacións do animal, non rexistramos ningunha expresión figurada que tivese

como referente a relación que se establece entre este e outros animais, pero si localizamos

en galego expresións figuradas que teñen como referente a relación que se dá entre o

home e o burro. Como mostraremos a continuación existen dous subámbitos temáticos

dentro das relacións home-animal que serven de referentes para a creación de expresións

figuradas.

7.2.2.1 Home-animal

Entre as relacións que se dan entre o ser humano e o burro destaca, cun número elevado

de expresións figuradas, o maltrato que o primeiro exerce sobre o segundo, de maneira

184 Poden verse ó respecto as expresións catalogadas baixo a etiqueta ‘maltrato’, que presentan a imaxe do

animal cargando grandes pesos.

212

que, en moitas destas expresións, o ser humano se ve animalizado nun burro mediante

metáforas conceptuais diversas. Nas seguintes expresións o maltrato que o home exerce

sobre o burro preséntase de maneira indirecta, mediante referencias ó traballo realizado

por este animal e ós seus resultados:

A PERSOA MOI CARGADA/QUE TRABALLA SEN DESCANSO É UN BURRO:

­ [(andar/ir) cargado] coma un burro (‘moi cargado’)

­ [cargar] coma un burro (‘pescar moito’)

­ [cargar/traballar] coma unha/un burra/burro (‘moito e moi duramente’)

­ burro de carga (‘persoa que traballa moito e moi duramente’)

­ sofre o burro a carga mais non a sobrecarga (* ‘fai referencia a que a resistencia,

tanto física coma mental, ten os seus límites e pódese chegar ó esgotamento se se

cometen excesos’)

A PERSOA CANSA É UN BURRO:

­ [canso] coma un burro (* ‘moi canso’)

­ burro cansado (‘persoa con pouco ánimo para emprender algo’)

Nas seguintes expresións, o maltrato do burro preséntase de forma directa a través da

imaxe da persoa maltratando o animal. Ademais percíbese a animalización do ser humano

a través da metáfora conceptual A PERSOA MALTRATADA É UN BURRO:

­ [moucir] coma nun burro (‘golpear’)

­ [ser] coma o burro do arrieiro (‘abuso’)

­ cando o burro vén ó lugar todos o queren montar (‘abuso’)

Rexistramos, tamén, outras expresións galegas que non se basean directamente nas

metáforas conceptuais citadas, pero nas que se inclúen imaxes que amosan o maltrato do

animal:

­ a burro frouxo, arrieiro tolo que lle malle o lombo (* ‘aconsella tratar de malas maneiras

ás persoas de comportamento difícil, faltas de delicadeza, para que reaccionen’)

­ a burro pardo, arrieiro arroutado (*‘aconsella tratar de malas maneiras ás persoas de

comportamento difícil, faltas de delicadeza, para que reaccionen’)

­ burro do xitano, en vendo o pau, alonga o paso (* ‘refírese a que aqueles que están

advertidos polas malas experiencias pasadas saben como actuar nas futuras’)

­ non poder dar no burro e dar na albarda (‘castigar o inocente por non se atrever co

culpable’)

­ o que non pode mallar no burro, malla na albarda (‘abuso’)

213

Piñel López (1999: 414) destaca, tamén, a presenza do maltrato inflixido polos seres

humanos sobre o burro na análise comparativa que realiza das expresións construídas con

referentes animais en español e alemán. A autora explica que, ante a imposibilidade de

que o burro aprenda ou obedeza (posto que, como observamos, é considerado un animal

estulto e teimudo), a sabedoría popular aconsella o uso da violencia185, algo que aconteceu

tamén na cultura galega.

Pero os galegos sempre foron ó tempo conscientes da utilidade deste animal. Como xa

comentamos, o burro é un animal de grandes dimensións, forte e resistente; un animal

que poucas veces opón resistencia ás ordes do seu amo e, polo tanto, que realiza os

traballos impostos facilmente e mellor cós outros animais. O burro era útil noutrora para

dúas funcións básicas: a forza tractora no campo e o transporte de alimentos ou persoas

(se non había cabalos). Ademais, non era un animal custoso para os seus donos, posto que

lle abondaba con beber dúas veces ó día, e xantar un quilo de avea e cinco quilos de

forraxe ou herba, que ademais podía encontrar nas beiras dos camiños (Mandianes, 2002:

88).

Segundo explica Mandianes (2002: 19), antigamente, no Oriente Próximo, onde se

criaron os mellores exemplares de burros, quen posuía un rabaño deles gozaba de

prestixio social, mesmo estaba regulado o seu comercio pola utilidade que supoñía para

os campesiños. Por outra parte, na zona andina o burro era practicamente a única cabalería

empregada para escalar dende vales ata cimeiras pola súa resistencia; tal e como explica

o autor (2002: 75): «ata o principio dos anos 70 só este tipo de cabalerías era quen de

pasar polos camiños do val do Colca, no corazón dos Andes peruanos, situado a máis de

4000 metros de altitude». En Galicia o burro foi útil ata que chegaron os tractores e tamén

os coches, pois as persoas atoparon outro método máis efectivo aínda para desenvolver

os traballos que ata o momento eran propios do animal:

185 Cascajero (1998: 16-31) apunta que o burro se converteu xa dende a antigüidade nun símbolo de

explotación en España. O autor sinala que dende sempre os campesiños explotaron ó máximo as prestacións

do burro nas tarefas cotiás, ata tal punto que o mundo antigo non se podería concibir sen eles.

214

Cando chegou o tractor, acabou o que se daba, o burro deixou de prestar servicio. O

tractor non foi a peste, foi a morte súpeta. Aínda así, moitas casas seguían a ter un burro

para carretar os feixes. Logo, o tractor fíxose tan común que as casas que continuaban a

traballar a terra, que antes tiñan burro, agora facíanse cun tractor; deste xeito, os burros

desapareceron de vagar. Onde ían co burro agora van co tractor: apañar un feixe de herba,

levar un saco de gran ó muíño; sen embargo, agora a penas hai nada, nin sacos nin feixes.

Rematáronse os burros, hai tractores pero case ninguén traballa a terra.

Mandianes, 2002: 59.

Do mesmo xeito, cando chegaron as estradas fóronse mercando coches nas casas e o burro

tamén se deixou de utilizar como medio de transporte (Mandianes, 2002: 64). Pero a súa

utilidade de outrora segue quedando latente en expresións como [ser] coma un burro

atado a un poste (‘torpeza’) en que se animaliza ó ser humano como ‘torpe’ a través da

metáfora conceptual A PERSOA TORPE É UN BURRO: o feito de ter un burro atado a un poste

supoñía estar desaproveitando o seu potencial para o traballo. Este potencial do burro para

o traballo manifestouse, tamén, noutras expresións como [(andar/ir) cargado] coma un

burro, [cargar] coma un burro, [cargar/traballar] coma unha/un burra/burro, burro de

carga ou sofre o burro a carga mais non a sobrecarga, que recollemos baixo o ámbito

temático de ‘maltrato’.

Ademais, Mandianes (2002: 75) engade que existen outras mostras de que o burro foi un

animal apreciado nas casas galegas, pois tanto el coma outros animais frecuentemente

ben valorados (coma o can ou a vaca) tiñan nome propio e eran considerados parte da

familia, de maneira que, cando se vendía ou morría un deles, sentíase na casa familiar

unha grande tristura.

7.2.3 Valoración

Canto á valoración que fan os galegos do burro rexistramos unicamente a mala

valoración. Nas seguintes expresións o burro caracterizase como un ser desprovisto de

valor ningún, tanto por ser considerado un estorbo como por tratarse dun transporte «de

segunda», comparado co cabalo (un animal mellor valorado polos galegos). En todas elas

prodúcese a animalización do ser humano nun burro mediante a metáfora conceptual A

PERSOA INSIGNIFICANTE/MOLESTA/DE MALA CONDICIÓN É UN BURRO:

215

­ a carne de burro non é transparente (RESPOSTA: ollos de porco mírano todo) (* ‘dise

cando alguén molesta nun determinado lugar, normalmente diante do noso campo visual’)

­ cando nace a vasoira, nace o burro que a roa (* ‘fai referencia á unión ou vínculo entre

persoas da mesma categoría ou condición [considerada normalmente baixa])’

­ de burro abaixo non hai menos besta/monta (* ‘fai referencia á baixa estima que se lle

ten a alguén ou a que non posúe unha boa posición social’)

­ o burro diante para que non se espante/para que a recua non espante (* ‘dise cando

alguén, ó facer unha enumeración de persoas, se coloca a si mesmo no primeiro lugar’)

­ val máis andar ca ornear (* ‘indica que é mellor esforzarse para facer unha cousa ben,

que deixala mal para acabar antes e correr o risco de ter que facela de novo’)

A animalización do ser humano nun burro pode vir dada tamén mediante a metáfora

conceptual OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS

SON UN BURRO:

­ levar un burro (‘sufrir unha desilusión’)

As demais expresións figuradas non implican ningún proceso de animalización nin de

personificación, pero a través delas podemos percibir a mala valoración que fan os

galegos do burro:

­ ter o burro á porta (‘ser obxecto de burla’)

­ burro (‘[despectivamente] cabalo de pouca calidade’)

Outra expresión figurada en que se percibe a mala valoración que fan os galegos do burro

é máis quero burro que me leva, que cabalo que me deixa (‘eficacia’). O contraste entre

burro e cabalo que se establece nesta expresión só ten sentido nunha sociedade que valora

negativamente o burro e na que o cabalo porta as valoracións positivas, pero que por

razóns prácticas puntualmente pode optar polo animal peor valorado se lle resulta máis

útil. A este respecto, Groba Bouza (2011: 158) explica que os galegos adoitan ver o cabalo

como un ser nobre, probablemente polo status que lle proporciona a figura do xinete que

o monta, mais esta concepción non deixa de ser, tal e como explica o autor, «imaxinería

popular» que non conta, ademais, con ningunha base científica. Sexa como for, mediante

a expresión máis quero burro que me leva, que cabalo que me deixa debemos entender

que é preferible escoller o mellor dos considerados malos, antes do peor dos considerados

bos para desenvolver un labor da maneira máis eficaz posible.

216

7.3 Recompilación e análise das enquisas

Despois analizar as 72 expresións figuradas galegas que teñen o burro como referente,

comprobamos que os galegos destacan as seguintes características do seu carácter ou

condición: ‘estulticia’ (15186), ‘teimosía/insistencia’ (7), ‘gula’ (4), ‘agresividade’ (3),

‘rudeza/brutalidade’ (2), ‘falsidade’ (1187), ‘mansedume’ (1), ‘laboriosidade’ (1) e

‘fortuna’ (1188).

Canto ás características físicas do burro os galegos resaltan os valores de: ‘grandura’

(7), ‘ruído’ (4), ‘fealdade’ (1), ‘resistencia’ (1) e ‘fortaleza’ (1).

Polo que respecta ás relacións que se establecen entre o home e o animal os galegos

salientan as características de: ‘maltrato’ (15) e ‘utilidade’ (1). Non rexistramos

expresións figuradas que teñan como referente a relación que se poida establecer entre o

burro e outros burros ou entre o burro e outros animais.

Por último, no apartado dedicado á valoración do animal sen ningún tipo de concreción,

rexistramos a ‘mala valoración’ (9) do burro por parte dos galegos.

De xeito xeral, estes valores son comportados tanto por burro coma por burra, mais

atopamos dous casos concretos en que só a burra funciona como referente: a ‘falsidade’

([falso] coma unha burra vella / [máis falso] ca unha burra vella) e a ‘fortuna’ (vir a

burra branca co diñeiro). No resto dos casos os valores son atribuídos tanto ó animal

macho coma ó animal femia.

Ferro Ruibal (2008: 145) destaca que o burro ocupa en galego o décimo lugar na listaxe

dos 20 referentes ou comparandos máis repetidos nas expresións comparativas do

Tesouro Fraseolóxico Galego. Son 90 as ocorrencias en que figura este animal, das que

23 pertencen exclusivamente ó substantivo feminino burra. De acordo coas realidades

que empregan os galegos para facer as súas comparacións, así como coas connotacións

que teñen esas realidades, as características que sobresaen do burro nese corpus e que o

autor destaca como positivas son as de ‘paciente’, ‘traballador’, ‘resiste cargas’ e ‘pouco

esperto’ [sic]. O autor destaca como características neutras as de ‘arrisca os dentes’,

‘griñe’, ‘orelludo’, ‘come moito’ e ‘calmoso a comer’. Por último, atópanse as

características que Ferro Ruibal define como negativas: ‘peideiro’, ‘terco’, ‘teimoso’,

186 Incidencia de aparición no corpus de expresións que indican esta característica 187 Valor comportado soamente por burra. 188 Valor comportado soamente por burra.

217

‘coucea a traizón’ e ‘sexualmente activa’. Como se pode comprobar, coinciden coa nosa

catalogación a maioría das particularidades referidas ó comportamento do animal, ás súas

características físicas, á relación que ten co ser humano e á valoración que os galegos fan

del.

Se nos centramos na caracterización que fan os galegos do burro a través da pregunta VI

das enquisas orais e electrónicas, en que os informantes ofrecen unha serie de adxectivos

coa finalidade de caracterizar o burro e a burra, atopamos os seguintes resultados:

Caracterización

o Carácter/condición: ‘traballadores’ (101189), ‘parvos’ (59), ‘teimudos’

(55190), ‘mansos/dóciles’ (29191), ‘tranquilos’ (13), ‘falsos’ (9192),

‘agarimosos’ (8), ‘intelixentes’ (8), ‘pacientes’ (7), ‘tristes’ (5), ‘fieis’ (4),

‘obedientes/submisos’ (4), ‘sacrificados’ (3), ‘parcos’ (3), ‘preguiceiros’ (3),

‘humildes’ (2), ‘simpáticos’ (2), ‘nobres’ (2), ‘indefensos’ (1),

‘independentes’ (1), ‘apoucados’ (1), ‘honrados’ (1), ‘resignados’ (1),

‘quentes’ (1), ‘pasivos’ (1), ‘desconfiados’ (1), ‘tenros’ (1), ‘miserables’ (1).

o Características físicas: ‘fortes’ (16), ‘lentos’ (10), ‘resistentes’ (8), ‘cansados’

(4), ‘torpes’ (3), ‘fermosos’ (3).

Relacións

o Home-animal: ‘maltratados’ (9), ‘útiles’ (2), ‘compañeiros’ (1).

Valoración: ‘valiosos’ (1).

Na pregunta II desta mesma enquisa, en que os informantes responden con nomes de

animais a unha serie de adxectivos e frases verbais, os galegos caracterizan o burro como

un animal que ‘leva a peor vida’ (75), ‘parvo/pouco intelixente’ (56), ‘falso’ (15193),

‘intelixente’ (8), ‘preguiceiro’ (6), ‘covarde’ (3), ‘fiel’ (2), ‘arrogante/fachendoso’ (1).

189 Número de enquisas en que aparece esta valoración do burro. 190 Unha das respostas refírese concretamente ó animal femia, as demais respostas caracterizan os dous

sexos. 191 Unha das respostas refírese concretamente ó animal femia, as demais respostas caracterizan os dous

sexos. 192 Tres das respostas aluden explicitamente á burra, as demais fan referencia ós dous sexos. 193 Unha resposta concreta refírese ó burro fariñeiro e dúas ó animal femia, as demais respostas fan

referencia a ambos os dous sexos.

218

Por último, na pregunta III, en que os informantes completan expresións comparativas

con nomes de animais, destacan no burro os valores de ‘manso’ (20), ‘feo’ (10), ‘pasa

fame’ (5), ‘forte’ (4), ‘gordo’ (3), ‘puta’ (1194).

No que respecta ás características referidas ó carácter e á condición do burro, os

resultados obtidos das enquisas orais e electrónicas coinciden coas expresións figuradas

galegas analizadas nos valores de ‘estulticia’ (115), ‘laboriosidade’(101),

teimosía/insistencia’(55), ‘mansedume/docilidade’ (49) e ‘falsidade’ (24). Ademais,

rexistramos nestas enquisas certas características que, aínda que non se extraian das

expresións figuradas analizadas, si gardan certa relación (>) cos valores que estas

vehiculan: ‘tranquilidade’ (13) , ‘paciencia’ (7), ‘obediencia/submisión’ (4),

‘resignación’ (1) e ‘apoucamento’ (1) (> ‘mansedume/docilidade’); ‘sacrificio’ (3) (>

‘laboriosidade’); ‘fame’ (5) (> gula): ‘precariedade/mala vida’ (75) (> ‘maltrato’).

Existen valores extraídos das expresións figuradas analizadas que non coinciden coa

valoración feita polos informantes nas enquisas: ‘agresividade’, ‘rudeza, brutalidade’ e

‘fortuna’. Do mesmo xeito, achamos outros valores que teñen representación nas

enquisas, pero non nas expresións figuradas analizadas. Trátase de valores como:

‘benquerenza’ (8), ‘tristura’ (5), ‘covardía’ (3), ‘parquidade’ (3), ‘humildade’ (2),

‘nobreza’ (2), ‘simpatía’ (2), ‘quentura/fogosidade’ (2), ‘desconfianza’ (1), ‘honradeza’

(1), ‘indefensión’ (1), ‘independencia’ (1), ‘miseria’ (1), ‘pasividade’ (1),

‘arrogancia/fachenda’ (1) e ‘tenrura’ (1). Por último, rexistramos unha serie de

valoracións nas enquisas orais e electrónicas que se opoñen (≠) ás extraídas das

expresións figuradas analizadas: ‘intelixencia’ (16) (≠ ‘estulticia’), ‘preguiza’ (9) (≠

‘laboriosidade’) e ‘fidelidade’ (6) (≠ ‘falsidade’),

Canto ás características físicas do animal, coinciden entre as enquisas e as expresións

figuradas os valores de ‘fortaleza’ (20), ‘fealdade’ (10) e ‘resistencia’ (8). Non

rexistramos nas enquisas os valores de ‘grandura’ e ‘ruído’ que si tiñan representación

nas expresións figuradas. Pola contra, nestas enquisas detectamos outros valores como a

‘lentitude’ (10), a ‘gordura’ (3) e a ‘torpeza’ (3), que non se rexistran nas expresións

figuradas. Ademais, destaca o valor de ‘fermosura’ (3) (≠ ‘fealdade’) co que se caracteriza

o burro nas enquisas orais e electrónicas. Por último, os informantes das enquisas fan

referencia ó ‘cansazo’ (4) do burro, un valor que garda directa relación (>) coa nosa

194 Este valor asociado ó animal femia.

219

etiqueta de ‘maltrato’, baixo a que situamos expresións como [canso] coma un burro e

burro cansado.

Polo que se refire ás relacións que se dan entre o home e o animal coinciden os valores

de ‘maltrato’ (9) e de ‘utilidade’ (2) que os galegos lle aplican ó burro tanto nas expresións

figuradas recollidas como nas enquisas orais e electrónicas; ademais, acrecéntase, nestas

últimas, o valor de ‘compañeirismo’ (1). Ó igual que nas expresións figuradas, tampouco

recollemos nas enquisas realizadas valores vinculados coa relación do burro con outros

animais.

Por último, a valoración directa do burro que fan os galegos nas enquisas non coincide en

absoluto coa extraída das expresións figuradas, xa que os informantes o caracterizan como

‘valioso’ (1), mentres que nas expresións figuradas detectamos a ‘mala valoración’ do

animal.

Finamente, podemos determinar mediante esta análise que os galegos caracterizan o burro

como un animal estulto, pero útil para o traballo no campo e o transporte, pola súa

resistencia, fortaleza e mansedume; aínda que ás veces mostre o seu carácter teimudo e,

por iso, se comporte de xeito agresivo cos donos ó soltarlles falsamente algún couce. Por

este motivo, os galegos empregan a violencia con el, posto que interpretan que o animal

é preguiceiro e non quere traballar. Trátase, ademais, dun animal grande e robusto, polo

que ás veces pode resultar un pouco brután. Polo mesmo motivo, os seus movementos

son lentos e torpes, pero seguros; pois resulta ser a mellor montura para varios traballos

agrícolas que requiren o paso por terreos difíciles. A pesar de que o animal non supón

moito gasto para os seus donos, os galegos veno como un animal lambón, quizais por

seguir comendo máis do que, a ollos do ser humano, merece. Para os galegos é un animal

mal valorado, que fai ruídos molestos e feo. Así e todo, o burro é tamén ben valorado pola

súa utilidade nas casas galegas, pois aínda que se lle apoñan todos estes defectos tamén

destaca a súa fidelidade (ó igual que no caso do can). Por moito que o maltraten este

resiste pacientemente, cumpre no traballo da casa e non escapa195. Son conscientes,

tamén, da súa intelixencia, pois aprende máis rápido ca outros animais coma o boi, a vaca

ou o cabalo; aínda que esta característica lles poida pasar desapercibida a moitas persoas

195 Mariño Ferro (1996: 37) explica que o burro destaca na cultura occidental por ter un carácter plácido e

paciente, que lle permite soportar os malos tratos coa maior resignación.

220

por ser un animal de movementos lentos, algo que, unido ó feito de deixarse maltratar

polo seu dono, determina a súa consideración de estulto.

Percibimos, como xa comentamos, certas características atribuídas ó animal (tiradas

concretamente das enquisas orais e electrónicas) que difiren das que se viñan dando na

tradición cultural galega. Cremos que o abandono do uso do burro (e do boi, da mula ou

da vaca) para certos traballos agrícolas, así como a progresiva urbanización que sufriu a

Galicia rural, propiciou que hoxe en día os galegos lle atribúan ó burro o valor da

‘preguiza’, pois xa non ten unha función determinada como a que tiña antano; do mesmo

xeito, cobra sentido o valor de ‘compañeirismo’, xa que en moitas casas galegas pasou a

ser un animal máis de compañía. Estes cambios sociolóxicos fan que os galegos vexan o

burro dende unha óptica diferente, aínda que os informantes máis novos recoñezan

expresións figuradas como [traballar] coma un burro e tamén as empreguen196.

Relacionados coa concienciación da sociedade acerca do maltrato que sufriu o burro por

moitos anos e a posta en valor das capacidades do animal para outro tipo de traballos

(como a terapia para persoas con todo tipo de problemas psíquicos) atópanse os valores

de ‘intelixencia’ e ‘fidelidade’. Todos estes factores fan que a realidade de outrora, que

motivou certas expresións figuradas co referente do burro, quede cada día máis afastada.

A pesar diso, as expresións figuradas que acabamos de tratar aínda funcionan na

sociedade actual cos mesmos significados cos que funcionaban cando se crearon e o burro

segue a ser un dos referentes máis empregados na lingua galega para conceptualizar a

realidade a través de expresións figuradas.

Ó igual que ocorre en galego, tamén noutras linguas o burro é un dos animais con máis

presenza na fraseoloxía popular. Así o afirma Kioridis (2008: en liña) no estudo que fai

dos refráns gregos e españois en que aparece reflectido o burro. O autor sinala que, tanto

en grego coma en castelán, existen refráns que proxectan unha imaxe maioritariamente

negativa do animal; unha imaxe que, tal e como explica o autor, «no se corresponde con

sus cualidades ni con el valor extraordinario de las prestaciones que le da al hombre». O

mesmo ocorre en francés, en que o burro adoita ser caracterizado, a partir das súas

expresións figuradas, como un ser humilde, paciente, silencioso e que respecta o seu amo

a pesar dos malos tratos que este lle dá e os castigos que lle impón. Nesta lingua, tal e

como ocorre en galego, o nome do burro foi, dende tempos antigos, sinónimo da

196 É o caso de máis de trinta informantes das enquisas de entre 13 e 30 anos.

221

ignorancia e da estupidez; o animal doméstico que presentaba a peor reputación na

linguaxe figurada francesa (Rozan, 1902: 19-43).

Cascajero (1998: 14) repara na dualidade temática das valoracións que o ser humano fai

do burro e explica que, a pesar da mala valoración que se lle daba a este animal en España,

constituía un auxiliar elemental e básico para os aldeáns; excluídos, iso si, outros animais

máis custosos coma o boi, o mulo ou o cabalo que un campesiño moitas veces non podía

pagar. O autor mostra certas calidades positivas do burro a pesar da súa mala reputación:

Soporta el calor y la sequía mejor que caballos (no muy usados, generalmente, en la

Antigüedad, para el trabajo) y mulos. Era mucho más sobrio y frugal en su alimentación,

más austero, paciente y sufrido, más dócil, manso y obediente, más humilde, laborioso y

quieto, más resistente a la enfermedad, más longevo, más barato, sin necesidad de

herrajes, ni albardas ni cinchas ni aparejos (aunque los agradezca). Superior a ellos,

también, en energía, poder nervioso, tenacidad en el trabajo, temperamento y resistencia

a la fatiga y, sin duda, según nos parece, dotado de mayor inteligencia.

Cascajero, 1998: 15

O burro parece ser, xa que logo, un animal desafortunado tanto na nosa tradición cultural,

coma na doutras linguas. Non deixa de resultar curioso como un animal que presenta

tantas calidades útiles para as persoas, sexa un dos peor valorados, aínda que se recoñeza,

de xeito minoritario, a súa utilidade. Cremos que o punto de partida da mala valoración

que galegos fan do burro, comportada polas características de ‘estulticia’, ‘agresividade’,

‘falsidade’, ‘fealdade’ etc., garda relación co feito de que sexa unha montura barata, a

única que se podían permitir as casas pobres. Normalmente as persoas con máis

posibilidades económicas non tiñan burros, senón outro tipo de monturas máis custosas,

coma cabalos197. A idea de que aquilo que é accesible a todos é de mala calidade, mentres

que ó que só está a disposición duns cantos é de boa calidade, inflúe no feito de que en

Galicia se asocie o burro coa pobreza198, coa precariedade e coa mala vida; aínda que,

como comprobamos, as calidades positivas que presenta o animal sexan moitas. Cremos

que, unha vez que se forma esa imaxe negativa do burro, as demais características que

posúe, que en principio deberían ser valores neutros (como a lentitude), comezan a ser

197 Groba Bouza (2011:158) explica que a suposta ignorancia do burro é un falso estigma da sociedade e

basea a súa explicación na comparación que fan os humanos do burro co cabalo. 198 Mariño Ferro (1996: 37) descríbeo como un animal «Sobrio, poco exigente, trabajador: el animal

apropiado para los pobres. Incluso podríamos decir que pobres y asnos comparten esas cualidades, además

del aspecto humilde que los diferencia, respectivamente, de los señores y de los caballos».

222

interpretadas tamén de xeito negativo e asociadas con outras (coma a estulticia ou a

teimosía). Deste xeito, un animal probadamente intelixente (Mandianes, 2002: 88) remata

por converterse nun símbolo de estulticia na nosa sociedade.

223

8 CONCLUSIÓNS

O resultado da recolleita de expresións figuradas galegas construídas con referentes

animais, a partir das fontes escritas sinaladas e das enquisas realizadas, foi de 1317

expresións. Destas, 264 son expresións monoverbais (cabalón ‘persoa de modais pouco

refinados’), 257 locucións non comparativas (coller o porco polo rabo ‘cometer unha

equivocación’), 575 locucións comparativas ([humilde] coma unha ovella ‘ser moi

humilde’), 180 refráns (o can vello, se ladra, dá consello * ‘invita a seguir o consello de

alguén de avanzada idade’), 27 fórmulas ((e) a burra déitase! ‘dise cando alguén se deita

ou se rende’) e 14 dialoxismos (díxolle o corvo á pega : bótate alá/saca para alá, que es

negra! * ‘refírese a quen despreza alguén sen se dar conta que presenta as mesmas

características negativas que critica’). Ademais, destas 1317 expresións figuradas, 1140

teñen como referente, cada unha delas, un único animal ó que os galegos lle atribúen os

valores que se poden consultar no anexo 1, mentres que as 177 expresións restantes

refírense a dous ou máis animais, como se pode comprobar no anexo 2. A través da análise

destas 1317 expresións figuradas comprobamos que os galegos empregan os referentes

animais para vehicular valores maioritariamente negativos (43,44 %), e, en menor

medida, tamén neutros (32,79 %) e positivos (23,77 %). Esta preponderancia dos valores

negativos concorda perfectamente coa valoración negativa que, de modo xeral, se lle

atribúe ós animais a través de voces xenéricas (animal, besta, bicho ou gando) como se

pode comprobar no anexo 2 deste traballo.

Percibimos que son máis numerosas as expresións que portan valores referidos ó

carácter/condición do animal, pois supoñen un 63,12 % do total. Deste xeito, os galegos

reparan, en primeira instancia, no comportamento dos animais que viven ó seu redor e

crean expresións figuradas que os axudan a conceptualizar realidades frecuentemente

abstractas a partir da súa interpretación daquel (crebar/romper os cornos ‘matinar moito

en algo para procurar solucionalo’). En segunda instancia detectamos expresións

figuradas que teñen como referentes as características físicas que os galegos destacan dos

animais ([pequeno] coma un/os rato/s ‘ser moi pequeno’) e que representan o 26,23 % do

total de expresións. Cun 9,01 % atopamos as expresións figuradas vinculadas coas

relacións que se dan entre o ser humano e o animal ([traballar/dar a todo] coma a vaca do

pobre / [ser] coma a vaca do pobre, que ten que andar ás dúas mans ‘moi duramente, sen

descanso’) e entre os animais ([acudir/ir] coma as moscas arredor do mel ‘acudir en gran

número’). Por último, aquelas expresións que reflicten unha valoración pouco concreta

224

do animal (ave de mal agoiro ‘persoa que anuncia malos presaxios’) posúen unha

porcentaxe dun 1,64 %.

Os animais empregados polos galegos como referentes das expresións figuradas son,

sobre todo, os que están próximos ó eido doméstico (67,08 %), posto que se fixan nas

realidades máis próximas e coñecidas para conceptualizar distintos aspectos da súa vida

diaria. Así e todo, tamén teñen presenza nestas expresións os animais salvaxes (27,16 %)

e, en menor medida, os exóticos (5,76 %).

O animal máis empregado en galego para crear expresións figuradas con referentes

animais é o can. Despois da análise das 161 expresións figuradas que recollemos en

galego con este animal como referente comprobamos que se retratan certos aspectos do

seu carácter e condición: ‘agresividade’ (29), ‘precariedade/mala vida’ (16), ‘gula’ (15),

‘preguiza’ (14), ‘intelixencia’ (8), ‘promiscuidade’ (6), ‘fidelidade/submisión’ (6)

‘covardía’ (5), ‘falsidade’ (4), ‘soidade’ (3), ‘noctambulismo’ (3), ‘maldade’ (2),

‘insensatez’ (2), ‘benquerenza’ (1), ‘teimosía’ (1), ‘valentía’ (1), ‘dominio’ (1) e

‘laboriosidade’(1). En segundo lugar, as expresións figuradas poñen de relevo, tamén, as

seguintes características físicas do can: a ‘velocidade’ (5), os ‘ruídos’ que emite (4), a

‘delgadeza’ (3), o ‘bo ouvido’ (1) , o ‘bo olfacto’ (1), a ‘resistencia’ (1), a ‘fealdade’ (1)

e a ‘sucidade’ (1). Canto ás relacións que se establecen entre o home e o animal

destacamos a ‘utilidade’ (11), o ‘maltrato’ (10) e a ‘semellanza’ (1); e, polo que se refire

ás que se dán entre animais: ‘inimizade’ (5) e ‘respecto’ (1). Por último, destaca o valor

de ‘mala valoración’ (8).

O gato é o segundo animal cun maior número de expresións figuradas no noso corpus,

concretamente funciona como referente de 90 expresións. A través da análise das ditas

expresións comprobamos que os galegos reparan nas seguintes características do seu

carácter e condición: ‘gula’ (15); ‘agresividade/fereza/voracidade’ (11); ‘falsidade’ (7);

‘preguiza/ociosidade’ (5); ‘fortuna’ (5); ‘fogosidade’ (3); ‘precaución’ (3);

‘maldade/ruindade’ (2); ‘astucia’ (2); ‘roubo’ (2); ‘ingratitude’ (2); ‘paciencia’ (1);

‘atrevemento’ (1); ‘ledicia’ (1); ‘inxenuidade’ (1); ‘soidade/independencia’ (1);

‘noctambulismo’ (1) e ‘insignificancia’ (1). Con respecto ás súas características físicas,

os galegos fíxanse en calidades como a ‘velocidade’ (5), a ‘axilidade’ (4), a ‘resistencia’

(3) , a ‘sucidade’ (3), os ‘ruídos’ (2) e a ‘gordura’ (1). As expresións que retratan as

relacións que se dan entre o ser humano e o animal destacan os valores de ‘utilidade’ (3)

e ‘control’ (1); e as que dan conta das relacións entre animais, a ‘inimizade’ (7) e a

225

‘rivalidade’ (1). Canto á valoración sen maior grao de concreción, podemos ver que os

galegos valoran o gato tanto positiva coma negativamente a través das etiquetas de ‘boa

valoración’ (1) e ‘mala valoración’ (1).

Por último, analizamos as 72 expresións figuradas que teñen o burro como referente. Os

resultados desta análise permitíronnos determinar que os galegos valoran o burro coas

seguintes características referidas ó seu carácter e condición: ‘estulticia’ (15),

‘teimosía/insistencia’ (7), ‘gula’ (4), ‘agresividade’ (3), ‘rudeza/brutalidade’ (2),

‘falsidade’ (1), ‘mansedume’ (1), ‘laboriosidade’ (1) e ‘fortuna’ (1). Canto ás

carcaterísticas físicas que se destacan deste animal nas expresións figuradas, detectamos

os valores de: ‘grandura’ (7), ‘ruído’ (4), ‘fealdade’ (1), ‘resistencia’ (1) e ‘fortaleza’ (1).

Polo que respecta ás relacións que se establecen entre o home e o animal os galegos

salientan os valores de ‘maltrato’ (15) e ‘utilidade’ (1). Finalmente, valoran o burro

negativamente sen facer referencia a unha característica concreta do animal, polo que as

expresións que se sitúan neste apartado fano baixo a etiqueta de ‘mala valoración’ (9).

A través da comparativa dos valores portados polos cinco grupos de animais máis

representativos do corpus nas expresións figuradas analizadas (can, cadela; gato, gata;

burro, burra; boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro e lobo, loba) coas respostas

das enquisas orais e electrónicas podemos determinar que, de xeito xeral, a valoración

que fan os galegos destes animais concorda coa recollida, de forma máis directa, nas

enquisas realizadas. Así e todo, rexistramos nestas últimas algunhas oposicións

semánticas con respecto ós valores tirados da análise das expresións figuradas, por

exemplo: can, cadela (‘masedume/docilidade’199 ≠ ‘agresividade/ira/fereza’), gato, gata

(‘limpeza’ ≠ ‘sucidade’), burro, burra (‘preguiza’ ≠ ‘laboriosidade’), boi, vaca, becerro,

cuxo, xato, xovenco, touro (‘silencio’ ≠ ‘ruído’) e lobo, loba (‘independencia/soidade’ ≠

‘agrupación’). Cremos que estas oposicións semánticas responden a unha interpretación

diferente dos animais, propiciada na maior parte das ocasións, pola desruralización e o

cambio nas súas condicións de vida e na súa relación cos seres humanos. As expresións

figuradas analizadas presentan imaxes procedentes de escenarios rurais, en grande

medida do pasado, polo que o comportamento do animal que funciona como referente das

ditas expresións será distinto, ou simplemente interpretado de xeito diferente, ó actual,

moi en especial, aínda que non só, nun ámbito urbano.

199 Os primeiros valores que se sitúan entre parénteses corresponden sempre ás enquisas orais e electónicas

e os segundos, sobre os que se fai a oposición, extráense das expresións figuradas do noso corpus.

226

A análise das enquisas realizadas permítenos concluír que o retrato e caracterización da

totalidade de animais tratados nas ditas enquisas se corresponde, de xeito maioritario, co

obtido da análise das expresións figuradas analizadas. Así, mediante as respostas dos

informantes á pregunta II das ditas enquisas, comprobamos que o índice de coincidencia

de animais que portan os mesmos valores cás expresións figuradas analizadas está nún

74,04 %, e o 25,96 % restante correspóndese coa asignación dos valores tirados das

expresións figuradas a outros animais.

En canto ós tipos de animais seleccionados polos informantes para atribuírlles os valores

máis representativos que se extraen das expresións figuradas analizadas, aqueles que se

sitúan na franxa de idade de 13 a 50 anos adoitan escoller máis animais próximos ó ámbito

doméstico (73,14%), ca salvaxes (16,45 %) ou exóticos (10,41 %). De igual maneira, os

informantes que teñen idades comprendidas entre os 51 e os 86 anos escollen primeiro os

animais domésticos (75,58 %) para atribuírlles os valores seleccionados, antes que os

salvaxes (17,09%) e os exóticos (7,33 %). Son os informantes de maior idade os que

escollen máis animais próximos a espazos domésticos, aínda que a diferenza con respecto

ós máis novos é pouco representativa. Polo que se refire ó parámetro do hábitat dos

informantes, aqueles que pertencen a un hábitat urbano escollen con máis frecuencia os

animais próximos ó eido doméstico (68,9 %) sobre os salvaxes (18,67 %) ou os exóticos

(12,43 %); tal e como acontece con aqueles que viven nun hábitat rural, que lle asignan

estes valores ós animais do eido doméstico (75,18 %) en primeira instancia, sobre os

salvaxes (16,17 %) e os exóticos (8,65%). Aqueles informantes que se identifican tanto

cun hábitat urbano coma rural escollen, tamén, animais do ámbito doméstico (74,28 %)

en máis ocasións que os salvaxes (17,15 %) e exóticos (8,57 %). Como vemos, aínda que

nos tres casos os animais domésticos sexan os máis escollidos para representaren os

valores con máis incidencia de aparición no noso corpus, son os habitantes do rural os

que recorren a eles en máis ocasións.

Polo que se refire ó recoñecemento por parte dos informantes das 10 expresións figuradas

do noso corpus que se rexistran en máis fontes lexicográficas (ser un can sen dono; caer

da burra; ser un can vello; chámalle burro ó cabalo!; palabra! Díxolle o lobo á cabra;

outra vaca no millo!; muda o lobo os dentes mais non as mentes; botar o carro diante

dos bois; acabarselle a vaca leiteira a alguén e na terra dos lobos hai que ouvear coma

todos), comprobamos que, en xeral, o coñecemento destas expresións figuradas é alto. Os

resultados obtidos a partir da pregunta IV das enquisas mostran que, nas enquisas

227

electrónicas o 41,96 % das respostas ofrecidas correspóndense coa opción «coñézoa e

úsoa», o 29,84 % con «coñézoa pero non a uso» e o 28,2 % a «non a coñezo». O parámetro

de idade nestas enquisas mostra que son os informantes de maior idade (de 51 a 86 anos)

os que escollen a opción «coñézoa e úsoa» en máis ocasións, 52,86 %, que os informantes

máis novos (de 50 a 13 anos), 39,3 %. Canto ó parámentro do hábitat dos informantes, os

datos recollidos mostran que os pertencentes a un hábitat rural escollen nun 43,99 % dos

casos a opción «coñézoa e úsoa» sobre o 40,06 % que escollen esta mesma opción no

hábitat urbano. Nas enquisas orais, o 71% das respostas correspóndese coa opción «oíuna

algunha vez» e o 29 % con «non a oíu»; aínda que estes datos mostran que existe un

recoñecemento elevado destas expresións non garanten por completo o seu uso, xa que

un 54 % das respostas introducen tamén a definición da expresión, mentres que o 46 %

restante non as pode definir. O parámetro da idade mostra que, tamén nestas enquisas,

son os informantes de máis idade (de 51 a 86 anos) os que escollen a opción «oíuna

algunha vez» en máis ocasións, 74,24 %, sobre os informantes de menor idade (de 13 a

50 anos), que presentan unha porcentaxe uns puntos menor, 64,7 %. Así e todo, son os

informantes máis novos os que ofrecen un maior número de definicións das expresións

(56,47 %) sobre os de maior idade (52,72 %). Por último, o parámetro do hábitat mostra

que son os informantes que se identifican cun hábitat rural-urbano os que escollen a

resposta «oíuna algunha vez» nun número de veces porcentualmente maior (72,5 %) ca

aqueles que se identifican exclusivamente co hábita rural (70,75 %) ou cun hábitat urbano

(71,67 %); aínda que as cifras estean moi próximas entre si. Destes tres grupos, aquel que

mostra unha porcentaxe de definición das expresións máis alta (56,25 %) é o de

informantes que se identifican co rural. Poderíamos dicir, xa que logo, que os datos

extraídos da pregunta IV das enquisas mostran que adoitan ser os infomantes de máis

idade e que se identifican cun hábitat rural ou rural-urbano os que acostuman coñecer

máis expresións figuradas, aínda que non sempre son quen de ofrecer o significado das

mesmas, algo que fan, nun número de veces maior, os enquisados máis novos.

Como se pode comprobar nos anexos 1 e 2 deste traballo, das 1317 expresións que

compoñen o noso corpus 300 vense representadas nas enquisas realizadas, tanto por ser a

única fonte de extracción (125 expresións), como por presentar variantes das expresións

figuradas extraídas de fontes lexicográficas (111 expresións), ou por coindicir con elas

(64 expresións).

228

Mediante a análise de 1317 expresións galegas construídas con referentes animais

puidemos coñecer cal é a valoración xeral que fan os galegos dos animais, unha

valoración que queda reflectida nas expresións figuradas que eles mesmos empregan. Os

anexos 1 e 2 recollen a totalidade das expresións analizadas, co seu significado figurado

e a fonte da que foron extraídas (xa sexa unha obra escrita ou un informante das enquisas).

Ofrecemos así un recurso a disposición do investigador interesado en que poder consultar,

agrupadas por animais, tanto as expresións xa rexistradas nas fontes lexicográficas como

as extraídas da oralidade. Este marco xeral permitiunos coñecer cales son os animais máis

presentes nas expresións figuradas galegas e a tres deles dedicamos un estudo máis

detallado. A análise realizada, complementada e contrastada cos resultados das enquisas

orais e electrónicas sobre a valoración directa que fan os galegos dos animais, pretende

servir como punto de partida para levar a cabo unha análise máis profunda e completa da

linguaxe figurada expresada a través do ámbito animal. Pretendemos contribuír deste

modo ó desenvolvemento dos estudos sobre a linguaxe figurada galega e ó coñecemento

da visión do mundo, e en particular dos animais, que os galegos reflicten a través dela.

229

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

9.1 Dicionarios, vocabularios, enciclopedias e corpus

9.1.1 Fontes de extracción das expresións figuradas

CARBALLEIRA ANLLO, X. M.ª (coord.) (2009): Gran dicionario Xerais da lingua, 2 vols.

Vigo: Xerais.

FERRO RUIBAL, X. (1995): Refraneiro galego básico. Vigo: Galaxia.

— (2002): Refraneiro galego máis frecuente. Vigo: La Voz de Galicia.

— (2006): «Locucións e fórmulas comparativas ou elativas galegas», Cadernos de

fraseoloxía, 8, 179-265.

LÓPEZ TABOADA, M.ª C. e M.ª R. SOTO ARIAS (2008): Dicionario de fraseoloxía galega.

Vigo: Xerais.

MARTÍNEZ SEIXO, R. A. (dir.) (2000): Dicionario fraseolóxico galego. Vigo: A Nosa

Terra.

REAL ACADEMIA GALEGA (2012): Dicionario da Real Academia Galega [en liña]. [Ref.

do 1 de marzo de 2013]. Dispoñible en: http://www.realacademiagalega.org/

RIVAS, F. (2005): Dicionario fraseolóxico do mar: así falan os mariñaos. Vigo: A Nosa

Terra.

9.1.2 Dicionarios ideolóxicos, temáticos e conceptuais

ALVAR EZQUERRA, M. (dir.) (1995): Diccionario ideológico de la lengua española Vox.

Barcelona: Bibliograf.

BARTOLI-BERTI, P. et al. (2002): Dicionario mais. Da idéia às palavras. Lisboa: Lisboa

Editora.

BÍVAR, A. (1948-1952): Dicionário Geral e Analógico da Língua Portuguesa, 3 vols.

Porto: Edições Ouro.

CASARES, J. (1999 [1942]): Diccionario ideológico de la lengua española: desde la idea

a la palabra, desde la palabra a la idea. Barcelona: Gustavo Gili.

GULLAND, D. M. e HINDS-HOWELL, D. D. (2001): The Penguin Dictionary of English

Idioms. London: Penguin Books.

230

LÓPEZ TABOADA, M.ª C. e M.ª R. SOTO ARIAS (1995): Así falan os galegos: fraseoloxía

da lingua galega, aplicación didáctica. A Coruña: Galinova.

PÉCHOIN, D. (dir.) (1991): Thésaurus Larousse. Des idées aux mots. Des mots aux idées.

Paris: Larousse.

QUINTÁNS SUÁREZ, M. (dir.) (1997): Diccionario conceptual galego, 8 vols. A Coruña:

Xuntanza.

RODRÍGUEZ-VIDA, S. (2004): Diccionario temático de frases hechas. Barcelona:

Columbus.

ROGET P. M. (1852): Thesaurus of English words and phrases, classified and arranged

so as to facilitate the expression of ideas and assist in literary composition.

London: Bloomsbury Books [en liña]. [Ref. do 31 de xaneiro de 2013]. Dispoñible

en: http://archive.org/stream/cu31924014451284#page/n49/mode/2up

SEVILLA MUÑOZ, J. (2004): Diccionario temático de locuciones francesas con su

correspondencia española. Madrid: Gredos.

SIEFRING, J. (ed.) (2004): Oxford Dictionary of Idioms. Oxford: Oxford University Press.

SPEARS, R. A. (1998): NTC’s Thematic Dictionary of American Idioms. Lincolnwood:

NTC Publishing Group.

SYLVESTER MAWSON, C. O. (2000): Roget’s International Thesaurus of English Words

and Phrases [en liña]. [Ref. do 24 de xaneiro de 2013]. Dispoñible en:

http://www.bartleby.com/110/

VERNAY, H. (1991-1996): Dictionnaire onomasiologique des langues romanes.

Tübingen: Max Niemeyer, 6 vols.

9.1.3 Enciclopedias

BURNIE, D. (ed.) (2002): Grande enciclopédia animal. Porto: Civilização.

CASAL VILA, B. (dir.) (2003): Gran enciclopedia galega Silverio Cañada. Lugo: El

Progreso/Diario de Pontevedra.

MACDONALD, D. (ed.) (2001): The New Encyclopedia of Mammals. Oxford: Oxford

University Press.

PEROZO, X. A. (dir.) (1999): Enciclopedia galega universal, t. 4. Vigo: Ir Indo.

231

9.1.4 Dicionarios de símbolos

CHEVALIER, J. (dir.) (1988): Diccionario de los símbolos (trad. de Manuel Silvar e Arturo

Rodríguez). Barcelona: Herder.

REIGOSA, A. et al. (2000): Diccionario dos seres míticos galegos. Vigo: Xerais.

9.1.5 Outras fontes de consulta

AGUIRRE DEL RÍO, L. (1858): Diccionario del dialecto gallego [en liña]. [Ref. do 13 de

agosto de 2015]. Dispoñible en: http://sli.uvigo.es/DdD/

BUITRAGO, A. (2006): Diccionario de dichos y frases hechas. Madrid: Espasa-Calpe.

CARRÉ ALVARELLOS, L. (1928-1931): Diccionario galego-castelán. A Coruña: Lar [en

liña]. [Ref. do 30 de novembro de 2016]. Dispoñible en:

http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=Rabeno&tipo_busca=lema

— (1951): Diccionario galego-castelán. A Coruña: Roel [en liña]. [Ref. do 30 de

novembro de 2016]. Dispoñible en:

http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=rabelo&tipo_busca=lema

CENTRO VIRTUAL CERVANTES (2016): Refranero multilingüe [en liña]. [Ref. do 25 de

maio de 2016]. Dispoñible en:

http://cvc.cervantes.es/lengua/refranero/Busqueda.aspx

CORREAS, G. (2000): Vocabulario de refranes y frases proverbiales. Madrid: Castalia.

DIAS, I. e SCHEMANN, H. (2005): Dicionário Idiomático português-alemão / Idiomatik

Portugiesisch-Deutsch. Braga: Universidade do Minho.

ETXABE, R. (2012): Diccionario de refranes comentado. Madrid: Ediciones La Torre.

RODRÍGUEZ LEÓN, M.ª E. (2003): Pequeno refraneiro alemán-galego [en liña]. [Ref. do

27 de maio de 2016]. Dispoñible en:

http://anl.uvigo.es/opencms/export/sites/anl/anl_gl/documentos/Pequeno_refrane

iro_aleman-galego.pdf

INSTITUTO DA LINGUA GALEGA (2016): Tesouro do léxico patrimonial galego e portugués

[en liña]. [Ref. do 11 de maio de 2016]. Dispoñible en: http://ilg.usc.es/Tesouro/gl

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA (2014): Diccionario de la lengua española [en liña]. [Ref.

do 25 de xullo de 2016]. Dispoñible en: http://dle.rae.es/?id=BOPN2zP

232

RODRÍGUEZ GONZÁLEZ, E. (1958-1961): Diccionario enciclopédico gallego-castellano

[en liña]. [Ref. do 26 de xuño de 2016]. Dispoñible en:

http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=gato&tipo_busca=lema

SANTAMARINA, A. (2003) (coord.): Tesouro informatizado da lingua galega [en liña].

[Ref. do 11 de xuño de 2014]. Dispoñible en: http://ilg.usc.es/TILG/

— (coord.) (2003): Dicionario de dicionarios [en liña]. [Ref. do 14 de novembro de

2013]. Dispoñible en: http://sli.uvigo.es/DdD/

SECO, M. (dir). (2004): Diccionario fraseológico documentado del español actual:

locuciones y modismos españoles. Madrid: Aguilar.

TABOADA CHIVITE, X. (2000): Refraneiro galego, Cadernos de fraseoloxía galega, 2.

TORRES QUEIRUGA, A. e M. RIVAS GARCÍA (coords.) (2008): Dicionario-Enciclopedia do

pensamento galego. Vigo: Xerais/Consello da Cultura Galega.

VALLADARES NÚÑEZ, M. (1884): Diccionario gallego-castellano [en liña]. [Ref. do 26

de xuño de 2016]. Dispoñible en:

http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=gato&tipo_busca=lema

VÁZQUEZ SACO, F. (2003): Refraneiro galego e outros materiais da tradición oral,

Cadernos de fraseoloxía galega, 5.

9.2 Obras de consulta

ACUÑA TRABAZO, A. e J. L GARROSA GUDE (2001): «Achegamento ó estudio comparativo

dos nomes de animais, das doenzas e doutros elementos relacionados coas crenzas

en Galicia», Verba, 49, 7-23.

ALBIG, W. (1931): «Proverbs and Social Control», Sociology and Social Research, 15,

527-535.

ALLAN, K. e K. BURRIDGE (1991): Euphemism and Dysphemism. Oxford: Oxford

University Press.

ALONSO MONTERO, X. (1967-1968): «Denominaciones gallegas de la culebra, el zorro y

el lobo. Una incursión en la lingüística del tabú y de la expresividad», Boletín de

la Comisión Provincial de Monumentos históricos y artísticos de Lugo, núm

66/70, 113-120.

233

ALONSO, M. e M. FERNÁNDEZ (2001): «Plan de recuperación de las razas caninas

autóctonas de Galicia (España)», Archivos de zootecnia, 50, 187-197.

ÁLVAREZ DE LA GRANJA, M. (1997): «As expresións fixas nos diccionarios galegos»,

Cadernos de lingua, 15, 71-95.

— (1999): «Variación e sinonimia nas unidades fraseolóxicas. Caracterización xeral e

propostas de tratamento lexicográfico», Cadernos de lingua, 19, 41-61.

— (2003): «As locucións verbais galegas», Verba, 52.

— (ed.) (2008): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva desde la fraseología.

Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang.

— (2011): «Agudo coma un allo o burro cego. La conceptualización de la inteligencia y

de la estulticia a través del lenguaje figurado gallego», en Kaldieva-Zaharieva, S.

e Zaharieva, R. (eds.): Linguistic studies in honour of Prof. Siyka Spasova-

Mihaylova. Sofía: Bulgarian Academy of Sciences / Institute for Bulgarian

Language, 377-413.

ÁNGELOVA NÉNKOVA, V. (2008): «La comparación, la metáfora y la metonimia: recursos

principales para la creación de las unidades fraseológicas», en M. Álvarez de la

Granja (ed.): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva desde la

fraseología. Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang, 19-28.

ARNAUD, P. J. L. (1991): «Réflexions sur le proverbe», Cahiers de lexicologie, 51, 6-27.

BENAVENTE JAREÑO, P. e X. FERRO RUIBAL (2010): O Libro da vaca: monografía

etnolingüística do gando vacún. Santiago de Compostela: Xunta de Galicia-

Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades.

BLACK, M. (1954-1955): «Metaphor», Proceedings of the Aristotelian Society, 55, 273-

294.

— (1966): Modelos y metáforas. Madrid: Tecnos.

BRUMME, J.(2006): «Las expresiones fijas con animales. El valor simbólico a través de

las lenguas», en 7è Congrés de Lingüística General. Barcelona: Departament de

Lingüística General, Universitat de Barcelona, Publicacions i edicións, UB, 1-19.

BUSQUETS I MOLAS, E. (1987): Els animals segons el poble. Barcelona. Editorial Millà.

BUSTOS, E. (1994): «Pragmática y metáfora», Signa, 3, 57-75.

234

CALERO FERNÁNDEZ, M.ª A. (1990): La imagen de la mujer a través de la tradición

paremiológica española (lengua y cultura). Barcelona: Universitat de Barcelona.

Dispoñible en: http://hdl.handle.net/2445/43136

CASARES, J. (1992 [1950]): Introducción a la lexicografía moderna. Madrid: CSIC.

CASCAJERO, J. (1998): «Apología del asno. Fuentes escritas y fuentes orales tras la

simbología del asno en la Antigüedad», Gerión, 16, 11-38.

CASTRO OTERO, S. et al. (2013): «Outros lances nos laños do Morrazo. Nova recollida de

unidades fraseolóxicas», Cadernos de fraseoloxía galega, 14, 273-286.

CAZAL, F. (1997): «Gatos y gatas en el Vocabulario de refranes y frases proverbiales de

Gonzalo de Correas (1627)», Criticón, 70, 33-52.

CHAMIZO DOMINGUEZ, P.J. (1992): «Procesos mentales y metáforas corporales», Logos.

Anales del Seminario de Metafísica, 1, 839-852.

— (1998): Metáfora y conocimiento. Málaga: Analecta Malacitana/Universidad de

Málaga.

— (2008): «Tabú y lenguaje: las palabras vitandas y la censura lingüística», Thémata.

Revista de filosofía, 40, 31-46.

CHOMSKY, N. (1971): Aspectos de la teoría de la sintaxis. Madrid: Aguilar.

— (1992 [1965]): Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge; Massachusetts: M.I.T.

Press.

CIFUENTES, J. L. (1994): Gramática cognitiva. Fundamentos críticos. Madrid: Eudema.

CONSELLERÍA DO MEDIO RURAL / XUNTA DE GALICIA (2015): Can de palleiro [en

liña].[Ref. do 30 de abril de 2016]. Dispoñible en:

http://mediorural.xunta.gal/areas/gandaria/razas_autoctonas/canina/can_de_palle

iro/?repro

COOPINGER, R. e L. COOPINGER (2002): Dogs: A New Understanding of Canine Origin,

Behaviour and Evolution. Chicago: The University of Chicago Press.

CORPAS PASTOR, G. (1997): Manual de fraseología española. Madrid: Gredos.

CORPORACIÓN DE RADIO E TELEVISIÓN DE GALICIA (CRTVG) (08/07/2012): Labranza.

Santiago de Compostela: Televisión de Galicia. Dispoñible en:

http://www.crtvg.es/tvg/programas/labranza

235

— (27/12/2015): Labranza. Predio de Marco da Curra. Can de palleiro. Santiago de

Compostela: Televisión de Galicia. Dispoñible en:

http://www.crtvg.es/tvg/programas/labranza

COSERIU, E. (1977): Principios de semántica estructural. Madrid: Gredos.

CROFT, W. (1990): Typology and universals. Cambridge [etc.]: University Press.

CRUZ CABANILLAS, I. De la e C. TEJEDOR MARTÍNEZ (1998): «La metaforización de

algunas denominaciones genéricas de animales», en J. L. Cifuentes Honrubia

(ed.): Estudios de Lingüística Cognitiva I. Alicante: Universidad de Alicante, 381-

388.

CUENCA, M. J. e J. HILFERTY (1999): Introducción a la lingüística cognitiva. Barcelona:

Ariel.

DIRVEN, R. (1985): «Metaphor as a basic means for extending the lexicon», en W.

Paprotté e R. Dirven (eds.): The Ubiquity of Metaphor. Amsterdam/Philadelphia:

John Benjamins, 85-119.

DIXON, R. M. W. (1982): Where Have All the Adjectives Gone? Berlin; New York/

Amsterdam: Mouton.

DOBROVOL'SKIJ, D. e E. PIIRAINEN (2000): «Sobre los símbolos: aspectos cognitivos y

culturales del lenguaje figurativo» (trad. de E.M. Iñesta), en A. Pamies Bertrán e

J.D. Luque Durán (eds.): Trabajos de lexicografría y fraseología contrastivas.

Granada: Método, 29-53.

— (2005a): Figurative language: cross-cultural anda cross-linguistic perspectives.

Amsterdam [etc.]: Elsevier.

— (2005b): «Cognitive theory of metaphor and idiom analysis», Jezykoslovije, vol. 6.1,

7-35.

— (2010): «Idioms: motivation and etymology», Yearbook of Phraseology, 1, 73-96.

ECHEVARRÍA ISUSQUIZA, I. (2003): «Acerca del vocabulario español de la animalización

humana», Círculo de Lingüística Aplicada a la Comunicación, 15 [en liña].

[Referencia do 12 de xuño de 2015]. Dispoñible en:

http://pendientedemigracion.ucm.es/info/circulo/no15/echevarri.htm

236

ESOPO (1815): Fábulas de Esopo, filósofo moral; y de otros famosos autores: corregidas

de nuevo. Barcelona: Impr. De Agustín Roca.

— (1999): Fábulas de Esopo (trad. Xoán Carlos Domínguez). Santiago de Compostela:

Xuntanza (colección Clásicos Xuntanza, 7).

FALCÃO PASTORE, P. C. (2009): A simbologia dos animais em expressoes idiomáticas:

inglés-portugues. Uma proposta lexicográfica. São Paulo: Universidade Estadual

Paulista/Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. (Tese de

doutoramento).

FAUCONNIER, G. (1994): Mental Spaces: Aspects of Meaning Construction in Natural

Language. Cambridge: Cambridge University.

— (1999): «Introduction to Methods and Generalizations», en T. JANSSEN e G. REDEKER

(eds.): Scope and Foundations of Cognitive Linguistics. The Hague: Mouton De

Gruyter. Cognitive Linguistics Research Series. Dispoñible en:

http://cogweb.ucla.edu/Abstracts/Fauconnier_99.html

FENNELL, J. (2013): Saber escuchar al perro. Madrid: El Drac.

FERNÁNDEZ FERREIRO, M. (2007): «La (re-)interpretación de metáforas en

sociolingüística», en P. Cano et al. (eds.): Actas del VI Congreso de Lingüística

General, vol. III. Madrid: Arco/Libros, 3657-3669.

FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ, M. et al. (2001): Razas autóctonas de Galicia en perigo de

extinción. Teo: Xunta de Galicia / Servicio de Estudios e Publicacións da

Consellería de Política Agroalimentaria e Desenvolvemento Rural.

FERRO RUIBAL, X. (1996): Cadaquén fala coma quen é. Reflexións verbo da fraseoloxía

enxebre. A Coruña: Real Academia Galega [en liña]. Dispoñible en:

http://academia.gal/documents/10157/27090/Xesus+Ferro+Ruibal.pdf

— (1997): «Deus e mailo Demo no refraneiro galego», Paremia, 6, 208-222.

— (2008): «A comparación fraseolóxica galega como radiografía lingüística», en M.

Álvarez de la Granja (ed.): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva

desde la fraseología. Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang, 129-189.

FILLMORE, C. J. (1975): «An alternative to checklist theories of meaning», Berkeley

Linguistics Society, 1, 123-131.

237

— (1982). «Towards a descriptive framework for spatial deixis», en R. J. Jarvell e W.

Klein (eds.): Speech, place and action: studies in deixis and related topics.

London: Wiley, 31-59.

— (1985): «Frames and the Semantics of Understanding», Quaderni di semantica, vol.6,

2, 222-254.

FILLMORE, C. J. e P. KAY (1995): Construction Grammar. Berkeley: University of

California.

FONTANIER, P. (1830 [1977]): Les figures du discours (introd. por Gérard Genette). Paris:

Flammarion.

FRAGUAS FRAGUAS, A. (1965): «Algunos dichos y creencias acerca de los animales»,

Actas do Congreso Internacional de Etnografía. Lisboa: Juntas de Investigações,

231-253.

— (1980): Historia de Galicia. Madrid: Cupsa / Editorial Planeta.

FREIXANES FERNÁNDEZ, V. (1988): O enxoval da noiva. Vigo: Galaxia.

GARCÍA GONZÁLEZ, C. (1985): «Glosario de voces galegas de hoxe», Verba, anexo 27 [en

liña]. [Ref. do 30 de abril de 2016]. Dispoñible en:

http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=can+de+palleiro&tipo_busc

a=exemplo

GARCÍA YEBRA, V. (ed. e trad.) (1992): Poética de Aristóteles. Madrid: Gredos.

GARCÍA-PAGE, M. (2008a): «Los animales verdaderos y falsos en la fraseolgía», en M.

Álvarez de la Granja (ed.): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva

desde la fraseología. Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang.

— (2008b): Introducción a la fraseología española: estudio de las locuciones. Barcelona:

Anthropos.

GECK, S. (2003): Actividad intelectual y emociones. Dos modelos cognitivos metafóricos

en alemán y español. Valladolid: Universidad, Secretariado de Publicaciones e

Intercambio Editorial.

GIBBS, R.W. (1992): «Categorization and metaphor understanding», Psychological

Review, 99, 572-577.

238

— (1994): The poetics of mind. Figurative thought, language, and understanding.

Cambridge: Cambridge University Press.

— (1996): «What's cognitive about cognitive linguistics?», en E. H. Casad. (ed.):

Cognitive linguistics in the redwoods: the expansion of a new paradigm in

linguistics. Berlin: Mouton de Gruyter, 27-53.

— (1999): «Taking metaphor out of our heads and putting in into the cultural world», en

R. W. Gibbs e G.J. Steen (eds.): Metaphor in Cognitive Linguistics. Amsterdam:

John Benjamins, 145-166.

GÓMEZ LÓPEZ, E. (1997): O campo semántico dos animais na fraseoloxía galega: estudo

comparativo. Vigo: Facultade de Filoloxía e Tradución. (Traballo de fin de

carreira).

GROBA BOUZA, F. (2010): «A cabalo regalado non se lle mira o dente. Compilación da

fraseoloxía equina galega actual», Cadernos de Fraseoloxía Galega, 12, 317-372.

— (2011): «Onde hai eguas, poldros nacen. A realidade vista dende os equinos»,

Cadernos de Fraseoloxía Galega, 13, 149-176.

— (2014): «Nas uñas, nas mans ou nos pés, has salir a quen es. Así se fala na Chan»,

Cadernos de Fraseoloxía Galega, 16, 357-437.

GUERN, M. Le (1980): La metáfora y la metonimia (trad. de A. de Gálvez-Cañero e Pidal).

Madrid: Cátedra.

GUERRA, R. F. (2011): «Os animais na fraseologia brasileira», Revista de Ciências

Humanas Florianópolis, vol. 45, 2, 461-515.

HATALOVÁ, H. (2007): «The dog as a metaphor or symbol in chinese popular

phraseology», Asian and African Studies, 16, 2, 161- 185.

HENLE, P. (ed.) (1958): «Metaphor», en Language, Thought and Culture. Ann Arbor:

University of Michigan Press.

HESTER, M. B (1967): The Meaning of Poetic Metaphor. Mouton: La Haya.

IBARRETXE-ANTUÑANO, I. e J. VALENZUELA (2012): «Lingüística cognitiva: origen,

principios y tendencias», en I. Ibarretxe-Antuñano e J. Valenzuela (dirs.):

Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos, 41-68.

239

IBARRETXE-ANTUÑANO, I. et al. (2012): «La semática cognitiva», en I. Ibarretxe-

Antuñano e J. Valenzuela (dirs.): Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos,

41-68.

INCHAURRALDE, C. e I. VÁZQUEZ (eds.) (2000): Una introducción cognitiva al lenguaje

y la lingüística. Zaragoza: Mira.

IÑESTA MENA, E. e A. PAMIES BERTRÁN (2002): Fraseología y metáfora: aspectos

tipológicos y cognitivos. Granada: Granada Lingüística.

JOHNSON, M. (1987): The Body in the Mind: the Bodily Basis of Meaning, Imagination,

and Reason. Chicago; London: The University of Chicago Press.

JOHNSON-LAIRD, P. N. (1980): «Mental Models in Cognitive Science», Cognitive

Science, 4, 71-115.

JULIÀ LUNA, C. (2013): «Los animales en la categorización de la realidad: análisis

semántico de algunos somatismos que contienen la voz pata», en J. F. Val Álvaro

et al. (eds.): Actas del 10º Congreso General de Lingüística General. Zaragoza:

Universidad de Zaragoza.

KEKIC, K. (2008): «El lenguaje figurado con zoonimos en serbio», Language Design 10,

107-131.

KEMP, D. (dir.) (2008): Science of cats [en liña]. [Ref. do 13 de xullo de 2016]. Dispoñible

en: http://natgeotv.nationalgeographic.es/es

KIORIDIS, I. (2008): «Asnos, burros, γάιδαροι, όνοι: estudio comparativo de su presencia

en los refranes españoles y griegos», Culturas Populares. Revista electrónica, 6

[en liña]. [Ref. do 18 de agosto de 2016]. Dispoñible en:

http://www.culturaspopulares.org/textos6/articulos/kioridis.pdf

KLEIBER, G. (1995): La semántica de los prototipos. Categoría y sentido léxico. Madrid:

Visor Libros.

KOSSLYN, S. M. (1978): «Imagery and Internal Representation», en E. Rosch e B. B.

Lloyd (ed.): Cognition and categorization. Hilsdale : Erlbaum.

KÖVECSES, Z. (1990): Emotion concepts. New York: Springer-Verlag.

240

— (2000): Metaphor and emotion: language, culture, and body in human feeling.

Cambridge: Cambridge University Press; Paris: Editions de la Maison des

sciences de l'homme.

— (2005): Metaphor in culture: universality and variation. Cambridge [etc.]: Cambridge

University Press.

KÖVECSES, Z. et al. (2002): «Language and emotion: the interplay of conceptualisation

with physiology and culture», en R. Dirven e R. Pörings (eds.): Metaphor and

Metonymy in Comparison and Contrast. Berlin/New York: Mouton de Gruyter,

133-159.

LA FONTAINE, J. de (1966): Fables. Chronologie et introduction par Antoine Adam. París:

Garnier-Flammarion.

LAKOFF, G. (1990 [1987]): Women, Fire, and Dangerous Things. What Categories

Reveal about the Mind. Chicago: University of Chicago Press.

— (1993): «The contemporary theory of metaphor», en A. Ortony (ed.): Metaphor and

thought. Cambridge: Cambridge University Press, 202-251.

LAKOFF, G. e M. JOHNSON (1980): Metaphors We Live By. Chicago: University of

Chicago Press.

LAKOFF, G. e M. TURNER (1989): More than cool reason. A fiel guide to poetic metaphor.

Chicago: Chicago Univerrsity Press.

LANGACKER, R. W. (1987): Foundations of Cognitive Grammar: Theoretical

Prerequisites. Stanford: Stanford University Press.

— (1993): «Universal of construal», Berkeley Linguistics Society, 19, 447-463.

LÓPEZ TABOADA, C. e Mª R. SOTO ARIAS (2010): «Sete catas na orixe da fraseoloxía»,

Estudos de Lingüística Galega, 2, 221-233.

LORENZO FERNÁNDEZ, X. (1962): Etnografía: cultura material. Historia de Galiza, vol.

2. Bos Aires: Nós.

LUQUE NADAL, L. (2012): Principios de culturología y fraseología españolas:

creatividad y variación en las unidades fraseológicas. Frankfurt am Main: Peter

Lang.

241

MÃÇAS, D. (1950): Os animais na linguagem portuguesa. Lisboa: Centro de Estudos

Filológicos.

MALDONADO, R. (2012): «La Gramática Cognitiva», en I. Ibarretxe-Antuñano e J.

Valenzuela (dirs.): Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos, 213-247.

MANDIANES, M. (2002): O burro. Vigo: Ir Indo.

MARIÑO FERRO, X. R. (1985): La medicina popular interpretada, vol.1. Vigo: Xerais.

— (1996): El Simbolismo animal: creencias y significados en la cultura occidental.

Madrid: Encuentro.

MARQUES, E. A. (2013): «Esquemas conceituais zoonimicos na fraseología brasileira,

española e francesa», XXVII Congrés international de linguistique et de philologie

romanes. Estrasburgo: ÉliPhi.

MARTÍN ZORRAQUINO, Mª A. (1986): «Sobre algunas expresiones fijas con nombres de

animal en el español coloquial moderno», Estudios en homenaje al Dr. Antonio

Beltrán Martínez. Zaragoza: Universidad de Zaragoza, 1259-1263.

MARTÍNEZ BLANCO, X. e S. VEIGA ALONSO (2010): «Fraseoloxía galega de peixes e

outros animais mariños», Cadernos de Fraseoloxía Galega,12, 155-173.

MASO, E. Dal (2013): «Las hormigas y otros insectos en la fraseología española e

italiana», Language Design, 15, 91-117.

MAZARS DENYS, E. e J. JURADO MERELO (1999): «Les cris des animaux dans quelques

expressions figées françaises en rapport avec le monde humain», Paremia 8, 327-

331.

MELLADO BLANCO, C. (2013): «Tipología de la motivación fraseológica en un corpus

onomasiológico alemán-español», en P. Mogorrón Huerta et al. (eds):

Fraseología, opacidad y traducción. Frankfurt am Main: Peter Lang.

MENDOZA IBAÑEZ, F. (2001): «Lingüística cognitiva: semántica, pragmática y

construcciones», Círculo de lingüística aplicada a la comunicación, 8. [en liña].

Dispoñible en: http://pendientedemigracion.ucm.es/info/circulo/no8/ruiz.htm

MOKIENKO, V. (2000): Fraseoloxía eslava. Manual universitario para a especialidade

da lingua e literatura rusas (trad. de Ekaterina Guerberk). Santiago de

242

Compostela: Xunta de Galicia / Consellería de Educación e Ordenación

Universitaria / Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades.

MONTERO, E. (1981): El eufemismo en Galicia: su comparación con otras áreas

romances. Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela.

MORALES MUÑIZ, M. D. (1996): «El símbolismo animal en la cultura medieval», Espacio,

Tiempo y Forma, III, Historia Medieval, 9, 229-255.

MUÑOZ TOBAR, C. (2010): «El cuerpo en la mente. La hipótesis de la corporeización del

significado y el dualismo», Revista de Psicología, 18, 91-106.

NAZARENKO, L. e E. M. IÑESTA MENA (1998): «Zoomorfismos fraseológicos», en J. de

D. Luque Durán e A. Pamies Bertrán (eds.): Léxico y fraseología. Granada:

Método, 101-109.

NEWMARK, P. (1985): «The Translation of Metaphor», en P. Wolf e R. Dirven (eds.): The

Ubiquity of metaphor: metaphor in language and thought. Amsterdam;

Philadelphia: John Benjamins, 295- 306.

NOGUEIRA SANTOS, A. (2006): «Faseoloxía comparada portugués-ingles: cão/gato-

dog/cat», Cadernos de Fraseoloxía Galega, 8, 165-175.

NOVO FOLGUEIRA, P. F. (2013): Os insultos en galego. Estudo lingüístico. Santiago de

Compostela: Universidade de Santiago de Compostela. (Tese de doutoramento).

NUBIOLA, J. (2000): «El valor cognitivo de las metáforas», en P. Pérez-Ilzarbe e R. Lázaro

(eds.): Verdad, bien y belleza. Cuando los filósofos hablan de los valores.

Cuadernos de Anuario Filosófico,103. Pamplona: Universidad de Navarra, 73-84.

ORTEGA Y GASSET, J. (2001 [1924]): «Las dos grandes metáforas», Enfocarte, 11 [en

liña]. [Ref. do 5 de abril de 2016]. Dispoñible en:

http://www.enfocarte.com/1.11/filosofia.html

ORTONY, A. (ed.) (1993): Metaphor and thought. Cambridge: Cambridge University

Press.

OTERO PÉREZ, H. (1968): Formaciones expresivas en gallego I. Voces de animales.

Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela.

PAMIES BERTRÁN, A. (2012): «Zoo-symbolism and metaphoric competence», en

Szerszunowicz, J. e Yagi, K. (eds.): Focal Issues on Phraseological Studies.

243

Bialystok (Polska): University of Bialystok (Poland) / Osaka (Japan): Kwansei

Gakuin University, 291-314.

PAMIES BERTRÁN, A. et al. (1998): «El perro y el color negro, o el componente valorativo

en los fraseologismos», en J. de D. Luque Durán e A. Pamies Bertrán (eds.):

Léxico y fraseología. Granada: Método, 71-86.

PEIRCE, C. S. (1893-1903): «El icono, el índice y el símbolo» (trad. de Sara Barrena) [en

liña]. [Ref. do 16 de febreiro de 2017]. Dispoñible en:

http://www.unav.es/gep/IconoIndiceSimbolo.html

PEÑA CERVEL, M. S. e F.J. RUIZ DE MENDOZA IBÁÑEZ (2010): «Los modelos cognitivos

idealizados», en R. Mairal et al. (eds.): Teoría lingüística: métodos, herramientas

y paradigmas. Madrid: Ramón Areces, 231-285.

PEÑA CERVEL, S. (2012): «Los esquemas de imagen», en I. Ibarretxe-Antuñano e J.

Valenzuela (dirs.): Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos, 69-96.

PENIN RODRÍGUEZ, D. (2008): «Frases feitas de San Lourenzo de Abelendo», Cadernos

de Fraseoloxía Galega, 10, 255-264.

PEREDA ÁLVAREZ, J. M.ª (1953): Aportaciones léxicas y folklóricas al estudio de la

lengua gallega [en liña]. [Ref. do 27 de maio de 2016]. Dispoñible en:

http://sli.uvigo.es/ddd/ddd_pescuda.php?pescuda=CABRA&tipo_busca=lema

PÉREZ I BRUFAU, R. (2007): «Internet: una xarxa de metàfores», Digithum, 9 [en liña].

[Ref. do 20 de maio de 2016]. Dispoñible en:

http://www.uoc.edu/digithum/9/dt/cat/perez.pdf

PERMIAKOV, G. L. (1989): «On the Question of a Russian Paremiological Minimum»,

Proverbium, 6, 91-102.

PIIRAINEN, E. (1998): «Phraseology and research on symbols», en P. Durčo (ed.):

Phraseology and Paremiology. International Symposium Europhras 97.

Bratislava: Akadémia PZ, 280-287.

— (2012): Widespread Idioms in Europe and Beyong. New York etc.: Peter Lang.

PIÑEL LÓPEZ, R. M. (1997): «El mundo animal en las expresiones alemanas y españolas

y sus connotaciones socioculturales», Revista de Filología Alemana, 5, 259-274.

244

— (1999): «El animal en el refrán, reflejo de una cultura. Estudio contrastivo alemán-

español», Paremia 8, 411-416.

POSE NIETO, H. (2008): «Galicia, terra de équidos», en D. Conde Gómez e J. M. Vázquez

Varela: Os animais domésticos na historia de Galicia. A Coruña: TresCtres.

RICHARDS, I. A. (1965 [1936]): The Philosophy of Rhetoric. Oxford: Oxford University

Press.

RICOEUR, P. (1980 [1975]): La metáfora viva (trad. de Agustín Neira). Madrid: Ediciones

Europa.

RISCO, V. (1948): «Contribución al estudio del lobo en la tradición popular gallega»,

Cuadernos de Estudios Gallegos, IX, 93- 116.

— (1971): Manual de historia de Galicia. Vigo: Galaxia.

RODRÍGUEZ LÓPEZ, J. (2001 [1910]): Supersticiones de Galicia. Valladolid: Maxtor.

ROSCH, E e C. B. MERVIS (1975): «Family resemblances: studies in the internal structure

of categories», Cognitive Psychology, 7, 573-605.

ROSCH, E. (1978): «Principles of Categorization», en E. Rosch e B. Lloyd (eds.):

Cognition and Categorization. Hilsdal: Erlbaum.

ROZAN, C. (1902): Les animaux dans les proverbes. Paris: Ducrop.

RUIZ GURILLO, L. (1997): Aspectos de la fraseología teórica española. Valencia:

Universitat de València.

SAL PAZ, J.C. (2009): «Acerca de la metáfora como recurso de creación léxica en el

contexto digital. Algunas reflexiones», Revista electrónica de estudios filológicos,

18 [en liña]. [Ref. do 24 de maio de 2016]. Dispoñible en:

https://www.um.es/tonosdigital/znum18/secciones/estudio-20-metafora.htm

SANTOS DOMÍNGUEZ, L.A. e R. M.ª ESPINOSA ELORZA (1996): Manual de semántica

histórica. Madrid: Síntesis.

SANTOS, E. (1945): Entre o gambá e o macaco. Belo Horizonte: Editora Itatiaia.

SANZ MARTÍN, B. E. (2012): «Polisemia de los zoónimos perro y gato: valores

antitéticos», Onomázein, 25, 125-137.

245

SCHANK, R. C. e ABELSON, R. P. (1977): Scripts, Plans, Goals and Understanding. An

Inquiry into Human Knowledge Structures. Hillsdale (New Jersey): Lawrence

Erlbaum Associates.

SEOANE PRIETO, R. (1999): Fábulas de Esopo (trad. de Xoán Carlos Domínguez).

Santiago de Compostela: Xuntanza (colección Clásicos Xuntanza, 7).

SEVILLA MUÑOZ, J. (1998): «Estudio onomasiológico de las paremias francesas y

españolas sobre animales», Proverbium, 15, 221-233.

SKINNER, B. F. (1957): Verbal Behavior. Cambridge, Massachusetts: Copley Publishing

Group.

SNIDER, M. (1993): «L'émploi métaphorique des noms d'animaux en Île-de France /

Orleanais et dans le Centre», Actas del XIX Congreso Internacional de Lingüística

y Filología Románica (Santiago de Compostela, 1989), vol. II. A Coruña:

Fundación Pedro Barrié de la Maza, 159-164.

SORIANO, C. (2012): «Lingüística cognitiva: origen, principios y tendencias», en I.

Ibarretxe-Antuñano e J. Valenzuela (coords.): Lingüística Cognitiva. Barcelona:

Anthropos, 97-122.

SUÁREZ CUADROS, S. J. (2006): Análisis comparativo de las unidades fraseológicas que

incluyen algún zoomorfismo en los idiomas Ucraniano y Español. Granada:

Universidad de Granada. (Tese de doutoramento).

SZALEK, J. (2005): «Los colores y su semántica en las expresiones fraseológicas

españolas», Studia Romanica Posnaniensia, 32, 87-96.

TALMY, L. (1983): «How languages structures space», en H.L. Pick e L.P. Acredolo

(eds.): Spatial Orientation. Nova York: Plenum Press, 225-282 [en liña]. [Ref. 18

de marzo de 2015]. Dispoñible en:

http://linguistics.buffalo.edu/people/faculty/talmy/talmyweb/Volume1/chap3.pdf

TELYJA, V. N. et al. (1998): «Phraseology as a Language of Culture: Its Role in the

Representation of a Cultural Mentality», en A. P. Cowie (ed.): Phraseology,

Theory, Analysis, and Applications. New York & Oxford: Oxford University

Press, 55-75.

TURNER, M. (1996): The Literay Mind. Oxford: Oxford University Press.

246

— (1997): «Figure», en Figurative Language and Thougth. Oxford: Oxford University

Press, 44-87.

ULLMANN, S. (1965): Semántica: introducción a la ciencia del significado (trad. de Juán

Martín Ruiz-Werner). Madrid: Aguilar.

UNGERER, F. e H. J.SCHMID. (1996): An Introduction to Cognitive Lingüístics. Londres:

Longman.

VALENZUELA MANZANARES, J. e J. HILFERTY (1992): «Algunos conceptos básicos de la

gramática de construcciones», en C. Martín Vide (ed.): Lenguajes naturales y

lenguajes formales. Actas del VIII congreso de lenguajes naturales y lenguajes

formales. Barcelona: Univesitat de Barcelona, 625-632.

VARELA VÁZQUEZ, M. (2008): Convivencia entre natureza e superstición na tradición

popular galega. Pontevedra: Concello de Valga.

VICO, G. (1995 [1744]): Ciencia nueva (trad. de Rocío de la Villa). Madrid: Tecnos.

VIDAL CASTIÑEIRA, A. (2003): «Aproximación ó mínimo paremiolóxico galego. Unha

proposta didáctica», Cadernos de Fraseoloxía Galega, 4, 79-116.

VILLARES, R. (1995): A historia. Vigo: Galaxia (colección Biblioteca da Cultura Galega,

3).

VILLEGAS, F. (1966): «Los animales en el habla costarricense», Hispania, 49, pp. 118-

120.

VYSHNYA, N. e M.ª A. GARCÍA JOVE (2005): «Simbolismo de las paremias con el

elemento animal en español y ucraniano», Paremia, 14, 193-201.

WARREN, B. (2002): «An alternative account of the interpretation of referential

metonymy and metaphor», en R. Dirven e R. Pörings (eds.): Metaphor and

Metonymy in Comparison and Contrast. Berlin/New York: Mouton de Gruyter,

113-130.

WIERZBICKA, A. (1996): Semantics. Primes and Universals. New York / Oxford: Oxford

University Press.

WITTGENSTEIN, L. (1958): Philosophical investigations (trad. De G. E. M. Anscombe).

Oxford: Basil Blackwell.

ZEKI, S. (1995): Una visión del cerebro (trad. de Joan Soler). Barcelona: Ariel.

247

ZULUAGA, A. (1980): Introducción al estudio de las unidades fijas. Frankfurt: P.D. Lang.

248

ANEXO 1: EXPRESIÓNS FIGURADAS CON REFERENTES

ANIMAIS

Este anexo está composto por 108 táboas que recollen as expresións figuradas con

referentes animais que integran o noso corpus, así como a definición e a fonte da que

foron tiradas. Cada unha das táboas está dedicada a un grupo de animais pertencentes á

mesma especie e aparecen nela expresións cuxos referentes poden ser machos, femias ou

as súas crías (por exemplo: boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro); así como,

nalgúns casos, razas específicas (por exemplo: can > can de palleiro e galgo). Somos

conscientes de que os valores portados por cada un deles poden ser distintos, mais cremos

que este agrupamento facilita, precisamente, a comparación entre animais e pon de relevo

as concomitancias e diferenzas entre eses valores.

As expresións figuradas que se mostran a continuación están ordenadas seguindo un

criterio de frecuencia de acordo cos ámbitos e subámbitos temáticos ós que pertencen.

Dentro de cada ámbito temático específico, as expresións ordénanse alfabeticamente e en

dous grupos: primeiro as locucións comparativas e despois as non comparativas.

TÁBOA 1: ABELLA/ABELLÓN/ABESOURO/AVESPA/*AVISPA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira

Expresión Significado Fonte [fungar] como funga un abellón ‘ira’ LFCEG

[rosmar] coma un abesouro * ‘emitir sons en sinal de

enfado’

LFCEG

abellar/abelloar ‘encirrar, provocar unha

persoa ou un animal para

que realice unha

determinada acción’

GDXL

abellar ‘provocar inquietude’ GDXL

abelloarse ‘alborotarse, perder a

calma, a serenidade e a

compostura’

GDXL

avespeiro/avespoeiro ‘lugar ou situación no que

poden darse

complicacións ou perigos’

DRAG, GDXL

quen cata o mel na colmea, sofre o

aguillón da abella

* ‘fai referencia a quen

sofre danos por conseguir

algo que desexa’

RGB

1.1.2 Intelixencia

Expresión Significado Fonte

[listo] coma un abellón ‘intelixente’ LFCEG

249

[ser] coma unha avispa ‘ser listo. Ser espelido’ DFXG, LFCEG

avispado ‘ser listo. Ser espelido’ DFXM

1.1.3 Laboriosidade

Expresión Significado Fonte

[traballar] coma unha abella * ‘traballar moito’ EE

abella ‘persoa traballadora e

apañada’

GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte [fungar] como funga un abellónR ‘ira’ LFCEG

[rosmar] coma un abesouroR * ‘emitir sons en sinal de

enfado’

LFCEG

abelloar ‘falar facendo ruído’ GDXL

abelloar/abesourar ‘molestar con exceso de

ruído ou con palabras

pouco agradables’

GDXL

abelloar ‘facer ruído ou barullo’ DRAG

abelloeiro ‘algareiro, moi ruidoso’ GDXL

1.2.2 Pequenez Expresión Significado Fonte [pequeno] coma unha abella ‘raquitismo’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Molestia Expresión Significado Fonte abelloar ‘causarlle molestia a

alguén’

DRAG

abelloar/abesourarR ‘molestar con exceso de

ruído ou con palabras

pouco agradables’

GDXL

abesouro ‘persoa impertinente’ GDXL

2.2 Animal-animal 2.2.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte [acudir] coma as abellas ó mel ‘aglomeración’ LFCEG

unha mala abella revolve unha

colmea/un covo

‘revolución’ RGB

TÁBOA 2: AGUIA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia Expresión Significado Fonte

250

aguia ‘persoa de moita

perspicacia e viveza’

GDXL

1.1.2 Orgullo

Expresión Significado Fonte as aguias non cazan moscas * ‘fai referencia a quen

antepón o seu orgullo

nunha situación

determinada e rexeita

facer algunha cousa por

considerala impropia da

súa categoría ou posición’

RGB

TÁBOA 3: ALACRÁN

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade Expresión Significado Fonte estar feito un alacrán ‘estar furioso, colérico’ DFXG

TÁBOA 4: ANGUÍA/*ANGUILA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Falsidade

Expresión Significado Fonte [ser] coma unha anguila ‘ser falso’ DFXM, LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte [escoarse/escorrerse/escorregarse/

escurrirse/esquiparse] coma unha

anguía / [*escurridizo] coma unha

anguila

* ‘persoa escorregadiza,

que escapa facilmente’

LFCEG

TÁBOA 5: AÑO/CARNEIRO/CORDEIRO/OVELLA/PÉCORA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Mansedume/docilidade/submisión/obediencia Expresión Significado Fonte [comportarse/entregarse] coma unha

ovella

‘comportarse docilmente,

sen opoñer resistencia’

DFG

[comportarse/entregarse] coma unha

ovella

‘seguir a alguén de forma

gregaria’

DFG

251

[fuxir de alguén] coma o lobo das

ovellas * ‘non ter ningún medo’ LFCEG

[ir atrás de alguén] coma ovellas/ [ir]

coma carneiros [tras de alguén] / [ser]

coma os carneiros: para onde vai un

van todos

‘comportarse docilmente,

sen opoñer resistencia’

DFG, LFCEG

[ir atrás de alguén] coma ovellas/[ir]

coma carneiros [tras de alguén] / [ser]

coma os carneiros: para onde vai un

van todos

‘seguir alguén de forma

gregaria’

DFG, LFCEG

[liso/manso] coma un cordeiro ‘manso’ LFCEG

[máis manso] ca unha ovella /

[manso] coma unha ovella

‘obediencia’ LFCEG, EE

[manso/doce/mainiño] coma un

año/añiño

‘ser moi manso’ DFG, DFXG

[submiso] coma unha ovella * ‘refírese ó carácter

submiso de alguén’

EE

[ter] aires de boa ovella ‘modos e maneiras

falsamente afables’

DFG

año ‘persoa de pouco espírito

e de corazón tenro’

GDXL

carneiro ‘carecer de vontade ou

decisión’

DFG

a ovella mansa moitos años a maman * ‘fai referencia á

situación na que alguén se

aproveita dunha persoa

boa de máis’

RGMF, RGB

o año manso mama a súa nai e a

todas as do rabaño/ ovella menga

mama á súa nai e máis á allea

* ‘dise de quen consigue

moitas cousas por ser bo

ou parecelo’

RGB

ovella ‘persoa confiada á

dirección dun pastor

espiritual’

GDXL

ovella melén/melga/menxa ‘persoa de aparencia

mansa pero hipócrita’

DFG

1.1.2 Estulticia

Expresión Significado Fonte [estúpido] coma un carneiro ‘parvo’ LFCEG

ben parva é a ovella que co lobo se

confesa / mal lle vai á ovella que co

lobo se aconsella

* ‘confiar en alguén

hipócrita adoita traer

malas consecuencias’

RGB

non penses que son carneiro, inda que

vista de la

* ‘fai referencia a quen

parece menos listo do que

en realidade é’

RGB

ovella ‘persoa parva’ EO

1.1.3 Inocencia

252

Expresión Significado Fonte [inocente] coma un cordeiro ‘inocencia’ LFCEG

faite ovella e comerate o lobo / o que

se fai ovella, cómeno os lobos

* ‘refírese á situación na

que outras persoas se

aproveitan de alguén de

carácter inocente’

RGB

1.1.4 Falsidade

Expresión Significado Fonte o año manso mama a súa nai e a

todas as do rabaño/ ovella menga

mama á súa nai e máis á alleaR

* ‘dise de quen consigue

moitas cousas por ser bo

ou parecelo’

RGB

ovella melén/melga/menxaR ‘persoa de aparencia

mansa pero hipócrita’

DFG

1.1.5 Humildade

Expresión Significado Fonte [humilde] coma a ovella ‘ser moi humilde’ DFG

[humilde] coma un cordeiro ‘manso’ LFCEG

1.1.6 Teimosía/insistencia

Expresión Significado Fonte [testudo/teimoso/terco/obcecado]

coma un carneiro

‘ser moi testán’ DFG, LFCEG, EE

carneiro ‘persoa que persiste nas

súas ideas ou actitudes’

GDXL

1.1.7 Agresividade

Expresión Significado Fonte [bater co pé no chan] coma un

carneiro colludo

‘rebelarse’ LFCEG

1.1.8 Covardía

Expresión Significado Fonte [acovardados/comportarse] coma

carneiros

‘pondera a estrema

covardía con que se

comporta ou experimenta

unha persoa’

DFG

1.1.9 Orgullo

Expresión Significado Fonte o carneiro arrufado foi por la e saíu

rapado

* ‘fai referencia ás persoas

vaidosas que resultan

prexudicadas no intento

de conseguir aquilo ó que

aspiraban’

RGB

1.1.10 Promiscuidade

Expresión Significado Fonte pécora ‘muller que accede

facilmente a manter

relacións sexuais’

DRAG

1.1.11 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte

253

mala pécora ‘[expresión pexorativa

xeralmente referida á

muller] persoa malvada’

DFG, DRAG

1.1.12 Desconcerto/perplexidade Expresión Significado Fonte [quedar] coma unha ovelliña ‘abraio’ LFCEG

1.1.13 Preguiza

Expresión Significado Fonte [ouvear200] coma as ovellas ‘preguiza’ LFCEG

1.1.14 Rudeza

Expresión Significado Fonte carneiro ‘rudo, de modais pouco

finos ou pouca educación’

DRAG, GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte ovella que bala/berra, bocado que

perde

‘perder o tempo’ RGB, RGMF, EO

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade

Expresión Significado Fonte de hoxe a mañá o carneiro cría la ‘progreso’ RGMF

dende que teño ovellas e crías, todos

me dan os bos días

* ‘fai referencia a unha

situación de amizade

interesada’

RGB

2.2 Animal-animal 2.2.1 Agrupación Expresión Significado Fonte [ser] coma as ovellas, que por onde

vai unha, van todas

‘compaña’ LFCEG

cada ovella quere a súa parella / cada

ovella coa súa parella

‘necesidade das

compañas’

RGB, EE, EO

ovellas tolas, detrás dunha van todas * ‘fai referencia ós que

fan o que din os demais

sen demostrar iniciativa’

RGB

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte

200 Segundo apunta Ferro Ruibal (2006: 247) aínda que o significado máis común de ouvear é ‘berrar certos

animais, coma cans e lobos’, Rivas Quintas (1988) recolle en Dragonte do Bierzo oubear co significado de

‘andar dun lado para outro sen facer nada’. Por outro lado, atopamos que no Tesouro do léxico patrimonial

galego e portugués aparece documentado ouvear como ‘observar sen facer nin dicir nada’ en Ribadeo, por

Baamonde (1977: 95) e, tamén, Rivas Quintas (1988) (apud. Santamarina, 2003) recolle oubear cara a

campiña co significado de ‘albiscar, asexar ou espreitar o horizonte’.

254

ovella negra * ‘persoa que sobresae

entre as demais por

presentar características

comportamentas

consideradas negativas

polo resto’

EO

TÁBOA 6: ARAÑA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Perigo

Expresión Significado Fonte [estar] coma a mosca na tea da araña ‘dificultade grave’ LFCEG

verse en papos de araña ‘estar en serias

dificultades’

DFXG

1.1.2 Pobreza

Expresión Significado Fonte

[pobre/estar pobre] coma as arañas /

[máis pobre] cá(s) araña(s)

‘expresión que pondera a

pobreza’

DFG, DFXG, LFCEG,

DRAG, EE

1.1.3 Laboriosidade

Expresión Significado Fonte araña ‘persoa traballadora’ GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Delgadeza

Expresión Significado Fonte

[fraco] coma as arañas ‘mirrado’ LFCEG

1.2.2 Lentitude

Expresión Significado Fonte araña ‘persoa lenta que non

avanza no traballo’

GDXL

TÁBOA 7: ARENQUE

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Delgadeza

Expresión Significado Fonte [estar] coma un arenque ‘expresión de tipo

comparativo que se

emprega para indicar que

alguén está mirrado’

GDXL

TÁBOA 8: ARROAZ/*ARROÁS

1 Caracterización

255

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte [bruto] coma un arroás ‘moi bruto’ DFXG

1.2 Características físicas

1.2.1 Grandura

Expresión Significado Fonte

arroaz ‘home grande e gordo’ GDXL

1.2.2 Gordura

Expresión Significado Fonte

arroazR ‘home grande e gordo’ GDXL

TÁBOA 9: AVESTRUZ

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Covardía

Expresión Significado Fonte [esconder o pescozo] coma a avestruz * ‘fuxir das

responsabilidades’

EE

de avestruz ‘[aplicado á actitude ou

táctica] que trata de non

ver os perigos ou

problemas reais’

GDXL

TÁBOA 10: BACALLAU

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Delgadeza Expresión Significado Fonte [fraco/gordo/mirrado] coma un/o

bacallau (polo rabo)

‘(estar) extremadamente

delgado’

DFG, DFXG, DFXM,

LFCEG

bacallau ‘persoa dunha delgadeza

extrema’

GDXL

TÁBOA 11:

BOI/VACA/BECERRO/CUXO/XATO/XOVENCO/TOURO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/fereza Expresión Significado Fonte

256

[arremeter] coma un touro (bravo) ‘con bravura, con ímpeto’ DFG

[ir] coma un touro ‘sen recapacitar e

violentamente’

EE

[máis puxante] ca un touro de Fecha * ‘moi agresivo ou fero’ LFCEG

a boi bravo, corda longa/rego longo * ‘recomenda ser

precavido ante certas

persoas ou cousas

perigosas’

RGMF, RGB

amarrar/coller o touro polos cornos ‘facer fronte a un problema

con determinación’

DFG, GDXL, EE, EO

coller o boi polos cornos ‘enfrontarse a un

problema’

DFXM

1.1.2 Bondade/mansedume Expresión Significado Fonte parecer [o mar] un boi deitado * ‘estar moi calmo o mar’ EE

[ser/manso] coma un boi (machado) ‘ser de moi bo natural, ser

moi manso’

DFG, EE, EO

becerro manso mama a súa nai e a

outras catro

‘aparencia de bondade

(hipocrisía, mansedume)’

LFCEG

boi de barro ‘persoa sen malicia’ GDXL

boi de Belén / boi de palla ‘persoa moi boa; persoa

boa de máis’

DFXG, DFXM, DRAG,

GDXL, EE

1.1.3 Gula

Expresión Significado Fonte [bebelas/ser] coma un/o boi ladrón ‘facer caso omiso do que

lle din, finxir non saber ou

non entender nada do

asunto que se trata’

DFG, LFCEG

[encher o bandullo] coma becerros ‘comer moito’ LFCEG

[larpeira] coma unha vaca ladra ‘ser moi larpeira’ DFG

outra vaca (máis) (vai) no millo! (e

non hai quen a torne)

‘dise para indicar que

unha persoa actúa igual de

mal ca outra ou que un

feito é igual de

inconveniente ca outro

consabido’

DFG, DFXG, GDXL,

EE, EO

1.1.4 Preguiza/indolencia

Expresión Significado Fonte [nugallán] coma unha vaca (cansada) ‘preguiza’ LFCEG

[ser] coma un boi de Belén ‘estorbo’ LFCEG

boi de palla ‘indolente; con moi pouca

consideración social’

DFG

o boi ruín escórnase folgando / o boi

ruín nin folgando se descorna / o ruín

boi descórnase folgando

* ‘refírese a quen se fatiga

con calquera esforzo’

RGB

1.1.5 Intelixencia/sabedoría

Expresión Significado Fonte

257

a boi vello non lle busques abrigo

(búscallo ó becerriño)

‘experiencia’ RGMF, RGB

buscarlle a corte ó boi vello ‘pretender aprenderlle ó

que xa sabe’

DFG, GDXL

o boi vello vai/anda polo/no rego / boi

vello, pola rilleira/rilleiro / o boi vello

de seu leva o rego

‘dise da persoa

experimentada que sabe

actuar en consecuencia’

DFG, RGMF, RGB, EO

1.1.6 Desconcerto/perplexidade

Expresión Significado Fonte

[deixar alguén] coma unha vaca nun

teatro

‘desconcertar’ LFCEG

[ollar] coma boi para palacio ‘incomprensión’ LFCEG

[quedar] coma unha vaca mirando

para o tren

‘abraio, sorpresa, pasmo’ LFCEG

1.1.7 Liberdade

Expresión Significado Fonte [andar] solto coma vaca sen choca ‘liberdade’ LFCEG

[libre] coma o boi no monte ‘liberdade’ LFCEG

1.1.8 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte

[bruto] coma un boi de arado * ‘moi bruto’ EO

boi de arado ‘persoa moi bruta’ DFG

1.1.9 Estulticia

Expresión Significado Fonte

boi de arado ‘persoa torpe e parva’ DFG

1.1.10 Paciencia Expresión Significado Fonte [ser] coma o boi de Belén ‘paciencia’ LFCEG

1.1.11 Falsidade Expresión Significado Fonte

becerro manso mama a súa nai e a

outras catroR

‘aparencia de bondade

(hipocrisía, mansedume)’

LFCEG

1.1.12 Languidez Expresión Significado Fonte

[namorarse] coma un boi ‘amor’ LFCEG

1.1.13 Teimosía Expresión Significado Fonte

cabeza de boi * ‘persoa moi teimosa’ EE

1.1.14 Sacralidade

Expresión Significado Fonte

258

vaca sagrada ‘persoa que polo seu

prestixio ou pola súa

situación privilexiada

cerca do poder resulta

intocable’

DFG, GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Gordura Expresión Significado Fonte

[estar/gordo] coma unha vaca ‘construción comparativa

para ponderar a gordura

de alguén’

GDXL, LFCEG, EE, EO

[gordo] coma un becerro * ‘moi gordo’ EO

[gordo/ser] coma un boi ‘gordura’ LFCEG, EO

[máis pesada] ca unha vaca no

colo/en brazos

‘ser moi pesada,

impertinente’

DFG, EE

[ter] cintura de boi ‘gordura’ LFCEG

vaca ‘persoa moi grosa’ GDXL, EE

1.2.2 Fortaleza

Expresión Significado Fonte

[facer algo] coma un boi ‘expresión que pondera a

forza con que se fai algo’

DFG

[forte] coma un boi / [ter unha forza]

coma un boi / [ser máis forzudo] ca un

boi / [ter] máis forza ca un boi

‘ter moita forza’ DFG, LFCEG, EO

[ser/estar/forte] coma un touro / [ter

máis forza] ca un touro

‘fortaleza’ LFCEG, EE, EO

estar feito un touro * ‘estar moi forte’ EE

touro ‘home moi forte e

robusto’

DRAG, GDXL

1.2.3 Ruído

Expresión Significado Fonte

[berrar] coma becerros * ‘berrar unha persoa’ LFCEG

[berrar/bruar] coma un touro * ‘berrar unha persoa’ LFCEG

[bruar] coma un boi (sen capar) * ‘berrar unha persoa’ LFCEG

[muxir] coma un xato * ‘berrar unha persoa’ LFCEG

1.2.4 Grandura

Expresión Significado Fonte

[grande] coma un becerro/cuxo/xato ‘grande’ LFCEG

[ser/grande] coma un touro ‘grande’ LFCEG

[ter os ollos] coma un boi ‘ollos grandes’ LFCEG

1.2.5 Axilidade Expresión Significado Fonte

259

[choutar] coma un xovenco ‘brincar’ LFCEG

1.2.6 Lentitude Expresión Significado Fonte

a paso de boi ‘moi amodo’ GDXL, EE, EO

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade

Expresión Significado Fonte [botar/poñer] o carro diante/antes

dos/cós bois / [poñer] os bois antes có

carro

‘facer unha acción antes

ca outra que por lóxica

debería facerse primeiro’

DFXG, DFXM, LFCEG

[ter] máis leite ca unha vaca ‘aleitar’ LFCEG

acabárselle a vaca leiteira [a alguén] /

parar a vaca de dar leite

‘acabarselle a fonte de

riqueza ou o medio do que

se tiraba proveito’

DFG, DFXG, GDXL

aramos! –dixo a mosca ó boi *‘critica ós que presumen

de levar a cabo un traballo

que fan outros’

RGB

cea os bois! ‘díselle a alguén cando

esaxera moito’

DFG

onde irás boi, que non ares/labres! / a

onde irá o boi que non are, xa que

arar sabe! / a onde irás, boi, que non

ares, senón á cortadoría!

‘úsase para ponderar o

inútil e equivocado dun

posible cambio de lugar

ou de condición’

DFG, RGMF, RGB, EE

muxir a vaca ‘tirar proveito’ DFG, GDXL

perder as vacas ‘perder o tempo (entretido

en algo e deixar de facer

unha cousa que se tiña

previsto)’

DFXG, GDXL

que barbaridá! Que vaca pequena e

canto leite dá

* ‘dise para indicar un

acerto casual por parte de

alguén’

EO

saber con que bois se ara/labra ‘saber moi ben con quen

se trata’

DFG, DFXG, GDXL,

EO

ser as vacas que ten que

coidar/gardar

‘expresión que alude ás

obrigas ou ás

responsabilidades de

alguén’

DFG

vacas fracas ‘época de escaseza’ GDXL

vaca gabada, leite nos cornos ‘dise en sentido irónico

cando

alguén gaba moito unha

persoa que non

merece tantos eloxios’201

EO

vacas gordas ‘época de abundancia’ GDXL

2.1.2 Maltrato

Expresión Significado Fonte

201 Definición tirada de Penin Rodriguez (2008: 264).

260

[andar] coma os bois (no monte) ‘explotación, escravismo’ LFCEG

[brear] coma quen brea nun boi ‘golpear’ LFCEG

[facer traballar] coma un boi ‘obrigado a traballar

duramente, de forma

escravista’

DFG

[traballar/dar a todo] coma a vaca do

pobre / [ser] coma a vaca do pobre,

que ten que andar ás dúas mans

‘traballar moi duramente,

sen descanso’

DFG, LFCEG

[turrar] coma xatos * ‘turrar con forza’ LFCEG

puxa o boi polo arado, mal do seu

grado / o boi turra do arado, mais non

é do seu agrado

* ‘dise de quen realiza un

traballo á forza, obrigado

por outra persoa’

RGMF, RGB

TÁBOA 12: BEXATO/BUXATO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Agresividade

Expresión Significado Fonte [cariñoso] coma o/un bexato/buxato

cos/para os pitos

‘aspereza’, ‘agresividade’,

‘bruto’

LFCEG

TÁBOA 13: BUBELA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Lixeireza

Expresión Significado Fonte [facer] coma a bubela * ‘incumprir unha

promesa ou facer unha

falsa promesa’

LFCEG

[ser] coma a bubela ‘indiscreción’ LFCEG

cabeza de bubela ‘persoa lixeira ou

aloucada’

DFG

1.2 Características físicas

1.2.1 Sucidade Expresión Significado Fonte [cheirar/feder] coma un/unha bubelo/a

/ [máis cheirento] ca un bubelo

‘moi mal’ DFG, LFCEG

[facer] coma a bubela ‘lixar’ LFCEG

261

TÁBOA 14: BURRO/ASNO/BURRA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia Expresión Significado Fonte [tan listo/esperto] coma un burro * ‘pouco listo, pouco

intelixente’

LFCEG

asno/burro/burrico/burricán ‘que ten poucos

coñecementos ou ten

dificultades para

comprender as cousas’

DRAG, GDXL,

EO

burra aceiteira ‘[ironicamente] ter

poucas luces’

GDXL

burrada/asnada/asneira ‘dito ou feito que é

mostra de ignorancia

ou de pouca

intelixencia’

DRAG, GDXL

burrería ‘realizar un acto

propio de persoas

pouco sabidas’

DFXM

burro cego ‘persoa moi pouco

intelixente, moi torpe

ou parva’

DFXG, GDXL

burro lavado, xabón perdido / o que lava a

cabeza da burra perde o xabón e a lavadura

* ‘fai referencia a un

esforzo inútil,

normalmente

relacionado co feito de

querer instruír unha

persoa estulta ou

alguén que se nega a

recibir calquera tipo de

ensinanza’

RGMF, RGB

chámalle burro ó cabalo! ‘dise ironicamente

para se referir a alguén

que aparenta ser máis

parvo do que é’

DFG, DFXG, EE

ir de burra e volver de albarda ‘non aprender nada’ DFXG, GDXL

máis vale burro vivo ca sabio morto * ‘refírese a que é

mellor conformarnos

co que temos’

RGMF, RGB

orneadas/orneos/palabras/patadas de burro non

chegan ó ceo

‘dise cando alguén di

unha parvada ou tenta

ofender ou molestar,

para dar a entender

que non se lle fai caso’

DFXG, RGB, EE

ornear ‘dicir burradas en voz

alta’

GDXL

pensando morreu un burro ‘dise cando convén

actuar e non seguir

perdendo o tempo en

pensamentos varios’

DFG

262

picar de burro para besta ‘úsase para ponderar a

ignorancia de alguén’

DFG

val máis pan duro que consello de burro * ‘aconsella non facer

caso a alguén pouco

intelixente’

RGMF, RGB

1.1.2 Teimosía/insistencia

Expresión Significado Fonte [testudo/terco/testón/teimoso/testán/testarudo]

coma unha burra/ coma un/os burro/s

‘ser moi testudo’ DFG, LFCEG, EE,

EO

baixar da burra / caer da burra / caer do burro

(abaixo/embaixo)

‘decatarse do erro no

que se estaba; caer na

conta, por fin, de algo

que non se daba

entendido’

DFG, DFXG,

DFXM, DRAG,

GDXL, EE, EO

baixar da burra [a alguén] ‘convencer de algo a

alguén que estaba

obstinado no

contrario’

DRAG

coller/ter o burro ‘incomodarse’ DFXG, GDXL

(e) a burra déitase! ‘dise cando alguén se

deita ou se rende’202

EO

non levarán por ben o burro á auga, se el non

ten gana

* ‘refírese a que non

se pode convencer a

alguén de algo cando

se nega a facelo’

RGB

ornear ‘chorar ou queixarse

sen parar’

GDXL, DRAG

1.1.3 Gula Expresión Significado Fonte

[cheo] coma un burro * ‘fai referencia á

fartura despois de

comer en abundancia’

EE

alá vai o burro coas noces! ‘expresión de forte

contrariedade cando

algo é desbaratado’

DFG

díxolle o burro ás coles: pax vobis! * ‘fai referencia ó

asoballamento entre

clases sociais’

RGMF, RGB

voltou a burra ó trigo! * ‘fai referencia a que

unha persoa actúa

igual de mal ca outra

ou que un feito é igual

de inconveniente ca

outro’

EE

1.1.4 Agresividade

Expresión Significado Fonte [dar un couce] coma unha burra / [dar couces]

coma os burros

‘dise cando unha

persoa fai algo malo a

outra que non o

esperaba’

DFXG, LFCEG,

GDXL, EE

202 Definición tirada de Groba Bouza (2014: 400).

263

amor dos burros entra a couces e a dentadas * ‘fai referencia ás

relacións amorosas

difíciles’

RGB

chanzas con burros acaban en couces * ‘refírese a que cando

se fan bromas con

determinadas persoas,

a situación pode

acabar mal’

RGB

1.1.5 Rudeza/brutalidade Expresión Significado Fonte burrada ‘acción bruta ou

inhumana’

GDXL

burro ‘persoa falta de

delicadeza e

amabilidade’

GDXL

1.1.6 Falsidade

Expresión Significado Fonte [falso] coma unha burra vella / [máis falso] ca

unha burra vella

‘hipócrita’ GDXL, EE, EO

1.1.7 Mansedume

Expresión Significado Fonte non morrer da cornada dun burro ‘dise de quen toma

moitas precaucións’

DFG

1.1.8 Laboriosidade Expresión Significado Fonte burro ‘persoa moi

traballadora’

GDXL

1.1.9 Fortuna

Expresión Significado Fonte vir a burra branca co diñeiro ‘vir a fortuna’ GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Grandura Expresión Significado Fonte [botar/ter orellas] coma unha burra / [ter (as)

orellas (grandes)] coma un burro

* ‘ter as orellas moi

grandes’

LFCEG

[grande] coma un burro ‘gordura’ LFCEG, EE

[ter a boca] coma un burro ‘boca grande’ LFCEG

burrada ‘cantidade moi

grande’

GDXL, DRAG

coma un burro ‘moito’ GDXL

díxolle o burro ó mulo ¡tírate alá orelludo! * ‘refírese a que non

se pode criticar a

alguén cando se teñen

os mesmos defectos’

RGB

non ver un burro a tres/catro pasos ‘haber moi pouca ou

nula visibilidade’

DFG, GDXL

1.2.2 Ruído

Expresión Significado Fonte

264

[berrar/griñir] coma un/os burro/s * ‘berrar forte’ LFCEG

ornearR ‘chorar ou queixarse

sen parar’

DRAG, GDXL

ornearR ‘dicir burradas en voz

alta’

GDXL

orneo ‘choro alto e sen

motivo’

DRAG, GDXL

1.2.3 Fealdade Expresión Significado Fonte [(tan) feo] coma un burro ‘fealdade’ LFCEG

1.2.4 Resistencia Expresión Significado Fonte [ter a saúde] coma un burro ‘saúde boa’ LFCEG

1.2.5 Fortaleza

Expresión Significado Fonte [ter unha forza] coma un burro * ‘ter moita forza’ EO

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato Expresión Significado Fonte [(andar/ir) cargado] coma un burro ‘moi cargado’ DFXG, LFCEG,

EE, EO

[canso] coma un burro * ‘moi canso’ EE

[cargar/traballar] coma unha/un burra/burro ‘moito e moi

duramente’

DFG, DFXG, EE,

EO

[cargar] coma un burro ‘pescar moito’ DFXM

[moucir] coma nun burro ‘golpear’ LFCEG

[ser] coma o burro do arrieiro ‘abuso’ LFCEG

a burro frouxo, arrieiro tolo que lle malle o

lombo

* ‘aconsella tratar de

malas maneiras ás

persoas de

comportamento difícil,

faltas de delicadeza,

para que reaccionen’

RGB

a burro pardo, arrieiro arroutado * ‘aconsella tratar de

malas maneiras ás

persoas de

comportamento difícil,

faltas de delicadeza,

para que reaccionen’

RGMF, RGB

burro cansado ‘persoa con pouco

ánimo para emprender

algo’

DFXG, GDXL

burro de carga ‘persoa que traballa

moito e moi

duramente’

DFG, GDXL

265

burro do xitano, en vendo o pau, alonga o paso * ‘refírese a que

aqueles que están

advertidos polas malas

experiencias pasadas

saben como actuar nas

futuras’

RGB

cando o burro vén ó lugar todos o queren

montar

‘abuso’ RGB

non poder dar no burro e dar na albarda ‘castigar o inocente

por non se atrever co

culpable’

GDXL

o que non pode mallar no burro, malla na

albarda

‘abuso’ RGMF

sofre o burro a carga mais non a sobrecarga * ‘fai referencia a que

a resisitencia, tanto

física coma mental,

ten os seus límites e

pódese chegar ó

esgotamento se se

cometen excesos’

RGB

2.1.2 Utilidade

Expresión Significado Fonte [ser] coma un burro atado a un poste ‘torpeza’ LFCEG

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte a carne de burro non é transparente

(RESPOSTA: ollos de porco mírano todo)

* ‘dise cando alguén

molesta nun

determinado lugar,

normalmente diante do

noso campo visual’

RGMF, RGB, EE,

EO

burro ‘[despectivamente]

cabalo de pouca

calidade’

GDXL

cando nace a vasoira, nace o burro que a roa * ‘fai referencia á

unión ou vínculo entre

persoas da mesma

categoría ou condición

(considerada

normalmente baixa)’

RGB

de burro abaixo non hai menos besta/monta * ‘fai referencia á

baixa estima que se lle

ten a alguén ou a que

non posúe unha boa

posición social’

RGMF, RGB

levar un burro ‘sufrir unha desilusión’ GDXL

máis quero burro que me leva, que cabalo que

me deixa

‘eficacia’ RGMF

266

o burro diante para que non se espante/para

que a recua non espante

* ‘dise cando alguén, ó

facer unha

enumeración de

persoas, se coloca a si

mesmo no primeiro

lugar’

RGMF, RGB

ter o burro á porta ‘ser obxecto de burla’ DFG

val máis andar ca ornear * ‘indica que é mellor

esforzarse para facer

unha cousa ben, que

deixala mal para

acabar antes e correr o

risco de ter que facela

de novo’

RGMF

TÁBOA 15: CABALO/EGUA/FACO/POLDRO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1. Rudeza/brutalidade Expresión Significado Fonte cabalón ‘persoa de modais pouco

refinados’

GDXL

cabalón ‘[despectivamente] muller

con modos considerados

socialmente propios do

home’

GDXL, DRAG

poldro ‘rapaz xogador e algo

brutiño’

GDXL

1.1.2 Insensatez

Expresión Significado Fonte [ser] coma poldros ‘insensatez’ LFCEG

bo poldro ‘ser moi traveso,

falcatrueiro’

DFG

poldroR ‘rapaz xogador e algo

brutiño’

GDXL

1.1.3 Descontrol

Expresión Significado Fonte cabalo desbocado * ‘fai referencia á persoa á

que non lle importan as

consecuencias dos seus

actos’

EE

1.1.4 Preguiza

Expresión Significado Fonte [espotreado/apoltronado] coma un

cabalo

* ‘con preguiza’ LFCEG

1.1.5 Precariedade/mala vida

Expresión Significado Fonte

267

[estar a dente] coma egua galega /

faco galego

‘pasar fame’ LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Velocidade Expresión Significado Fonte [correr/pasar (os días)] coma o cabalo ‘fugacidade, rapidez’ LFCEG

1.2.2 Fortaleza Expresión Significado Fonte [forte] coma un cabalo / [ser tan forte]

coma un cabalo / [ter unha forza]

coma un cabalo / [rexo] coma un

cabalo

‘fortaleza’ LFCEG, EO

1.2.3 Ruído Expresión Significado Fonte

rinchar ‘facer ruído cos dentes ó

apertalos’

DRAG, GDXL

rinchar ‘rir ás gargalladas’ GDXL

1.2.4 Grandura

Expresión Significado Fonte cabalón ‘persoa corpulenta’ GDXL

de cabalo ‘moi intenso ou forte’ GDXL

1.2.5 Torpeza

Expresión Significado Fonte [bailar] coma un cabalo ‘bailar mal’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Home-animal

2.1.1 Utilidade Expresión Significado Fonte a cabalo (de) / de a cabalo ‘escarranchado sobre os

ombreiros ou o lombo de

alguén ou sobre unha

cousa’

DRAG

3 Valoración

3.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte a cabalo regalado/dado non lle mires

o dente/dentado/legado / a cabalo

regalado non se lle mira o

dente/dentado / o cabalo regalado,

cólleo cos ollos pechados

‘aconsella aceptar os

regalos de bo grado e sen

poñer ningún reparo, pois

considérase descortés

analizar a calidade do

obsequio, así coma

resaltar os seus defectos

ou erros’203

RGMF, RGB, EE, EO

203 Definición tirada do Refranero multilingüe (Centro Virtual Cervantes) (2016).

268

máis quero burro que me leva, que

cabalo que me deixa

‘eficacia’ RGMF

TÁBOA 16: CABRÓN/CASTRÓN/CABUXO/CABRA/CABUXA/

CHIBA/CABRITO/CURCIO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira Expresión Significado Fonte [ter xenio] coma unha cabra ‘ira’ LFCEG

amarrar o cabuxo ‘esperar a que lles pase o

enfado ós nenos’

EE

cabuxo ‘enfado que dura pouco

tempo’

DRAG

encabuxar ‘enfadar, causar enfado’ GDXL, EE

encabuxar(se) ‘[persoa, en particular

neno] sufrir un cabuxo ou

enfado por non poder

facer o que quere’

DRAG, GDXL

estar/ter co/o cabuxo ‘estar enfadado’ DFG

levar o castrón ó monte! ‘formula expresiva que se

lle dirixe a unha persoa

cando está encabuxada

para que se calme’

GDXL

meter as cabras na horta ‘sementar discordia’ GDXL

1.1.2 Insensatez

Expresión Significado Fonte [saír ó camiño do lobo] coma o curcio

tolo

‘temeridade’ LFCEG

cabra ‘persoa aloucada’ GDXL

cabra tola ‘toleirón, persoa de pouco

siso’

DFXG

cabuxa tola ‘persoa aloucada’ EE

1.1.3 Tolemia

Expresión Significado Fonte [darlle o teo a alguén] coma ás cabras ‘tolemia’ LFCEG

[estar/tolo] coma unha cabra/chiba /

[máis tolo] ca unha cabra / [estar]

peor ca unha cabra

‘estar tolo’ DFG, GDXL, LFCEG,

EE, EO

[ter a cabeza] coma unha cabra tola * ‘refírese a quen sofre

loucura’

EE

1.1.4 Liberdade

Expresión Significado Fonte

269

[andar solto] coma as cabras no

monte

‘liberdade’ LFCEG

[estar] coma a cabra no monte ‘ambientado’ LFCEG

a cabra (sempre) tira ó monte * ‘fai referencia ás

tendencias propias da

conduta dunha persoa, que

adoitan ser herdadas’

EE, EO

1.1.5 Astucia/malicia

Expresión Significado Fonte cabrónR ‘persoa maliciosa ou

malintencionada’

GDXL

cabrito ‘ser un pillabán’ GDXL, EE

facer [algo] de cabrón ‘facelo con malicia’ GDXL

1.1.6 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte cabrón ‘persoa maliciosa ou

malintencionada’

GDXL

cabronada ‘acción malintencionada

ou indigna’

GDXL, DRAG

1.1.7 Ociosidade

Expresión Significado Fonte a cabra co vicio bate (dá) co(s)

corno(s) no cu / a cabra co vicio, no

cu dá cos cornos / a cabra co

vicio/vezo dá co(s) corno(s) no cu

* ‘refírese a que a

ociosidade e o feito de ter

todas as necesidades

cubertas pode conducir a

comportamentos pouco

desexables e que inflúe

para que a sitiación se

torne peor’204

RGMF, RGB, EE, EO

[estar] máis borracha ca unha cabra ‘moi borracha’ DFG

1.1.8 Inocencia

Expresión Significado Fonte [facer] coma a cabra que pariu para o

lobo

‘engano’ LFCEG

1.1.9 Infidelidade

Expresión Significado Fonte cabrón/castrón ‘home ó que a súa parella

lle é infiel,

particularmente cando o

consente’

DRAG, GDXL

1.1.10 Promiscuidade

Expresión Significado Fonte [facer] coma a cabra no monte * ‘liberdade sexual’ LFCEG

1.1.11 Roubo Expresión Significado Fonte

204 Vid. Pereda Álvarez (1953); dispoñible en:

http://sli.uvigo.es/ddd/ddd_pescuda.php?pescuda=CABRA&tipo_busca=lema

270

[ladrón/ser] coma as cabras ‘ladron’ LFCEG

1.1.12 Falsidade

Expresión Significado Fonte [mentir] coma unha cabra ‘mentir moito’ DFG

1.1.13 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte [maleducado/ser] coma unha cabra

sen solta

‘non ter educación, ser

maleducado’

DFXG, LFCEG

1.1.14 Ingratitude

Expresión Significado Fonte [ser] coma a cabra que pariu para o

lobo

‘ingratitude’ LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade Expresión Significado Fonte [áxil] coma unha cabuxa * ‘fai referencia a alguén

que fisicamente está moi

áxil’

EE

[brincar/choutar/saltar] coma un

cabrito (tolo)/coma os cabritos

‘brincar’ LFCEG

[saltar] coma un castrón ‘brincar’ LFCEG

cabrito ‘ser moi áxil’ GDXL

TÁBOA 17: CACHALOTE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte [bruto] coma un cachalote ‘moi bruto’ DFXG

TÁBOA 18: CALANDRA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha calandra ‘cantar ben’ LFCEG

TÁBOA 19: CAMALEÓN

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

271

1.1.1 Adaptación

Expresión Significado Fonte camaleón ‘persoa que cambia de

opinión, actitude etc.,

adoptando en cada

momento a que máis lle

convén segundo as

circunstancias’

DRAG, GDXL

TÁBOA 20: CAN/CADELA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira/fereza Expresión Significado Fonte [acedo/agre] coma o rabo de/dun can /

[saber] coma o rabo do can

‘amargor’ LFCEG

[apupar a alguén] coma un can ‘acoso, ataque, perigo,

burla’

LFCEG

[arregañar os dentes] coma un can de

palleiro

* ‘ensinar os dentes como

xesto de enfado’

LFCEG

[fero/ter un xenio] coma un can

(doente/de palleiro)

‘expresión que pondera a

fereza dun comportamento

ou unha forma de ser

irada, irascible’

DFG, LFCEG

[fuxir] coma dos cans * ‘fuxir de algo que se

considera perigoso’

LFCEG

[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os)

can(s) (de palleiro/lunático)

* ‘berrar dominado pola

ira’

LFCEG

[lanzarse/botarse] coma un can (de

presa)

* ‘responder

agresivamente’

LFCEG

[levarse/discutir/reñer] coma cans ‘levarse mal entre eles,

pelexar continuamente’

DFG, LFCEG

[perigoso] coma o can preso á cadea ‘perigoso’ LFCEG

[poñerse] coma unha cadela * ‘enfadarse moito, estar

irascibilidade’

EE

[poñerse dun xenio] coma can que lle

quitan o óso

‘ira’ LFCEG

[rabear] coma un can na corda ‘ira’ LFCEG

[roer] igual ca un can ‘morder’ LFCEG

arrimar(se) os cans ás paredes ‘expresión de ameaza:

dise de alguén que mete

medo’

DFG, GDXL

botarlle o can [a alguén] ‘atacalo de obra ou de

palabra’

DFG, DRAG, GDXL

cadela ‘muller irascible ou de

mal xenio’

DRAG, GDXL, EE

can ‘home de mal xenio’ GDXL, EE

272

can que morde non ladra en van ‘evidencia’ RGMF, RGB

cara de can ‘expresión de desgusto,

hostilidade ou

reprobación’

DFXG, DFXM, EE

ceibar/meter os cans na/pola

bouza/no río

‘sementar discordia;

encirrar a alguén con mala

intención; incitar a outros

a que fagan algo’

DFG, DFXM, DRAG,

GDXL

[duro] coma un can ‘dureza’ ‘insensibilidade’ LFCEG

espertar o can que dorme ‘buscar problemas,

complicacións’

DFG, GDXL

ladrar ‘criticar ferozmente’ DRAG, GDXL

ladrar ‘falar a berros, con enfado

ou cólera’

DRAG, GDXL

non haber can que lle ladre [a alguén] ‘dise de quen é persoa

soberbia, arrogante ou de

quen é difícil de dominar’

DFXG

o can que dorme, non o despertes ‘precaución contra os

ataques’

RGB

o meu can pillou unha mosca e se a

pillou tamén a comeu / o meu can

pillou unha mosca, cando pillará

outra?

‘díselle a alguén cando

manifesta fachenda por un

éxito esporádico; tamén se

usa cando algo bo

acontece de xeito casual’

DFG, DFXG, GDXL,

DRAG, EO

poñer o tempo cara de can ‘empeorar as condicións

meteorolóxicas’ DFXM

(Santa Lucía!) / (San Silvestre!) se é

un can, mórdeche! / se fose un can,

mordíache

‘dise cando un busca algo

que ten diante dos ollos’

DFG, EE

1.1.2 Precariedade/mala vida

Expresión Significado Fonte [andar] coma o can dos ovos ‘andar pedindo algo [de

alguén], andar en busca da

compaña de alguén’

DFXG, LFCEG

[canso] coma un can ‘cansazo’ LFCEG

[devecer] coma un can * ‘desexar algo con moita

ansiedade’

EE

[estar/facer un día (frío]) coma un

can/cadelo

‘dise cando o frío é moi

intenso’

DFG, LFCEG

[estar] coma un can ‘incomodidade’ LFCEG

[ir un frío/ir tanto frío] que non paran

(nin) os cans /que nin os cans paran

‘dise cando o frío é moi

intenso’

DFG, DFXG

[levar/pasar/ser unha vida] coma un

can (de palleiro) / [pasalas] coma un

can

‘problemas’,

‘incomodidade’

LFCEG, EE

[pasar máis fame] ca un can (sen

dono) (de caza) / [ter unha fame]

coma un can

‘pasar moita fame’ DFG, DFXG, DFXM,

EE

273

[ter unha dor] coma un can ‘pasar moita dor’ EE

[vivir / andar tirado] coma un can (de

palleiro) / coma cans

‘sen a axuda de ninguén’ LFCEG, DRAG, GDXL,

EE

en todas partes hai cans descalzos ‘dise para indicar que as

cousas negativas non son

exclusivas dun lugar;

senón comúns a todos’

DFG, GDXL

fame de can ‘grande apetito’ DFXG, DFXM

(facer un dia) de cans ‘moi malo’ GDXL, EO

ida sen volta, coma o can pola porta! ‘expulsión’, ‘marcha

definitiva’

LFCEG

levar unha vida de cans * ‘vivir con moitas

dificultades’

EE

verse en pelicas de can ‘pasar apuros, ter

dificultades’

DFXG, GDXL

1.1.3 Gula

Expresión Significado Fonte [durar] coma manteiga en/no

nariz/fociño de/do can

‘fugacidade’ LFCEG

[ir] coma un can ‘fartura’ LFCEG

alá vai o can coas noces/coa bica

toda!

‘expresión de forte

contrariedade cando algo

é desbaratado’

DFG, EO

can ceboleiro ‘[despectivamente] persoa

que lle gusta comer a

conta dos demais’

GDXL

can de moitos cuncos ‘home que anda con máis

dunha muller’

DFXG

can merendeiro garda mal o palleiro * ‘dise de quen vai de casa

en casa levando contos,

aproveitando para ser

covidado sen pedilo, e

descoida a casa propia’

RGB

chámame can e bótame pan ‘úsase para indicar que

non importan as ofensas

se con elas se consegue

algún beneficio’

DFXG, RGMF, RGB

dálle ó rabo o can non por ti senón

polo pan / o can baila polo pan / polo

pan/diñeiro baila/vai o can (e polo

pan se llo dan/para ver se llo dan)

* ‘refírese a quen fai algo

por comenencia propia’

RGMF, EE

moitos cans para un (só) óso/para a

barbada

‘dise de cando algo é

difícil de conseguir por

seren moitos a procuralo’

DFXG, DFXM, GDXL,

EO

non busques o pan na cama do can * ‘invita a non levar a

cabo unha angueira que

resultará inútil’

RGMF, RGB

274

o can afeito ó touciño, anque lle pele

o fociño

* ‘refírese ás persoas que

fan cousas que lles gustan

aínda que sexan

prexudiciais’

RGB

o can de boa raza pensa no pan e na

caza

* ‘refírese a que quen é

responsable e centrado

pensa no ocio e tamén no

traballo’

RGMF

ó can que lambe a cinsa non lle fíes a

fariña ‘precaución’ RGB

o home e o can van por onde lle dan * ‘refírese a quen fai algo

por comenencia propia’

RGMF

outro can na merenda! ‘dise para indicar que

unha persoa actúa igual de

mal ca outra ou que un

feito é igual de

inconveniente ca outro

consabido’

DFG

1.1.4 Preguiza/ociosidade

Expresión Significado Fonte [estar] coma un can á boa vida ‘comodidade’ LFCEG

[estar] coma o can sen alma ‘tranquilidade’ LFCEG

[estirarse] coma un can * ‘estar ocioso, sen facer

nada’

EE

[estar deitado] coma o can * ‘estar ocioso, sen facer

nada’

EE

[levar unha vida] coma un can de

palleiro

‘preguiza’ LFCEG

[ser] coma o can: onde lle fan a cama

alí/aí se deita

‘conformarse’ LFCEG

[ter máis sorte] ca un can deitado * ‘ter moita sorte’ EE

[traballador] coma un can de palleiro ‘preguiza’ LFCEG

[traballar] coma un can deitado * ‘estar sen facer nada’ EE

[vivir no mundo] coma os cans ‘vivir ben’ LFCEG

can ‘nugalla, preguiza, falta de

vontade para traballar’

GDXL, EE

estírate can que mañá imos de caza * ‘fai referencia a cando

unha persoa se

espreguiza’

EE

levar vida de can ‘boa vida’ EO

mentres o can dorme, o lobo mata e

come

* ‘úsase para contrapoñer

unha persoa preguiceira a

outra traballadora’

RGB

1.1.5 Intelixencia/sabedoría

Expresión Significado Fonte a can vello non hai cus cus (tus tus) * ‘a sabedoría é unha

característica que se

adquire cos anos’

RGMF, RGB

275

a cazador novo, can vello * ‘da inexperiencia das

persoas aprovéitanse os

máis experimentados’

RGMF, RGB

can vello ‘ser cauto e advertido pola

experiencia da vida’

DFG, DFXG, DRAG,

GDXL

can vello, se non corre, busca * ‘refírese a que aquel que

é experimentado saberá

como actuar en todas as

circusntancias’

EE

chámalle can á cadela ‘fórmula que se emprega

para indicar que alguén

saíu máis listo do que

parecía’

GDXL

non busques o pan na cama do can * ‘invita a non levar a

cabo unha angueira que

resultará inútil’

RGMF, RGB

non hai mellor caza cá que se fai con

cans vellos

* ‘fai referencia a que as

cousas saen mellor se se

fan con xente

experimentada’

RGB

o can vello, se ladra, dá consello * ‘invita a seguir o

consello de alguén de

avanzada idade’

RGB

1.1.6 Promiscuidade

Expresión Significado Fonte [puta/viciosa/saída] coma unha cadela

/ [máis saída] ca unha cadela en celo * ‘muller de carácter

promiscuo’

LFCEG, EO

[poñerse] coma cadelas * ‘ter un comportamento

promiscuo’ LFCEG

[ser] coma un can * ‘andar un home na

procura de mulleres’

LFCEG

andar de can ‘andar un home na

procura de mulleres’

DFXG

cadela ‘muller de comportamento

deshonesto’

GDXL

fillo dun can * ‘fillo de solteira’ EE

1.1.7 Fidelidade/servilismo

Expresión Significado Fonte [andar/ir apegado] coma un can ó cu /

[andar atrás de alguén] coma un can

(perdigueiro)/o mesmo ca un can /

[andar] coma un can [detrás de

alguén]

‘dise da persoa que segue

continuamente a outra’

DFG, LFCEG, EE

[fiel] coma un can / [máis leal] ca un

can

‘ser moi fiel’ DFG, LFCEG, EE

[ser] coma can de sufralda ‘dise da persoa que

acompaña continuamente

a outra de maneira

pegañenta e/ou servil’

DFG

[servir a alguén] coma un can ‘(servir) moi fielmente’ DFG

276

canciño cego ‘ser moi fiel e submiso’ DFG

cheirarlle o rabo [a alguén] ‘adulalo servilmente’ DFG

1.1.8 Covardía

Expresión Significado Fonte [fuxir] coma can con vincha ó rabo ‘expresión que pondera a

rapidez ou velocidade con

que un escapa ou foxe’

DFG, LFCEG

[fuxir] coma un can perdigueiro

cando ventea ó lobo

* ‘fuxir dunha situación

perigosa’

LFCEG

[ir/estar/quedar/fuxir/marchar] coma o

can co rabo entre as pernas /

fuxir/marchar/saír co rabo entre as

pernas

‘irse avergonzado,

escarnecido’

DFG, DFXG, DFXM,

LFCEG, EE

[saír] coma un can cando lle atan

unha lata ó rabo

‘anoxo’ LFCEG

mal ladra o can, cando ladra de medo ‘medo’ RGB

1.1.9 Falsidade

Expresión Significado Fonte [ser] coma facer o coxear dos cans ‘finximento’ LFCEG

can que moito lambe tira o sangue * ‘refírese ó feito de que

quen moito adula agocha

segundas intencións’

RGMF, RGB

facer o coxear dos cans ‘finximento’ LFCEG

malia o can que se esquece de quen

lle dá o pan!

‘ingratitude’ RGMF, RGB

1.1.10 Soidade

Expresión Significado Fonte [andar] coma o can sen dono ‘liberdade’ LFCEG

(o) can no/de palleiro non quere

compañeiro

* ‘dise de quen non

comparte as cousas, de

quen se quere só’

RGMF, RGB

can sen dono ‘dise das persoas que

sempre andan soas sen

amigos’

DFG, DRAG, EE

1.1.11 Noctambulismo

Expresión Significado Fonte [andar] coma un can (cando lle soltan

a correa)

‘andar de noite por aí’ EO

andar de can ‘saír de noite ata a

madrugada’

DFXG, EE

vir á hora do can * ‘chegar a altas horas da

madrugada ou ó amencer’

EE

1.1.12 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte ser unha cadela coma un can ‘ser ruín’ LFCEG, GDXL

277

saírlle o can sen rabo [a alguén] ‘levar un chasco’ DFG

1.1.13 Insensatez

Expresión Significado Fonte cabeza de can ‘persoa lixeira ou

aloucada’

DFG

ladrar ‘que fala de máis e sen

xeito’

EE

1.1.14 Benquerenza Expresión Significado Fonte [cariñento] coma un can ‘agarimo, amor,

obediencia’

LFCEG

1.1.15 Teimosía Expresión Significado Fonte [facer/ser] coma o can do hortelán,

(que nin come/roe nin deixa

comer/roer)

‘dise cando unha persoa

non pode ou non quere

facer algo, nin deixa que

outro o faga’

DFG, LFCEG

1.1.16 Valentía

Expresión Significado Fonte ser unha cadela coma un can ‘ser moi atrevido’ GDXL

1.1.17 Dominio

Expresión Significado Fonte ó cabo do ano o can manda no seu

amo

* ‘refírese ó poder que

acaban adquirindo co

tempo algunhas persoas’

RGMF

1.1.18 Laboriosidade

Expresión Significado Fonte [ser] coma un can ‘ser moi traballador’ DFG

1.2 Características físicas

1.2.1 Velocidade

Expresión Significado Fonte [andar nas carreiras] coma os cans * ‘andar apurado’ EE

[correr/andar/andar lixeiro/alancar]

coma un/os galgo/s / que nin os

galgos

‘expresión que pondera a

velocidade de alguén’

DFG, LFCEG, EE

[correr] coma unha cadela ‘correr moito’ LFCEG

a carreira/carreiriña dun/de can ‘unha distancia curta’ DFXG, DFXM, EE, EO

botarlle/iscarlle un galgo [a algo ou a

alguén]

‘dise cando algo se perdeu

de forma irreparable, ou

cando algo se percibe xa

como inalcanzable’

DFG, EE

1.2.2 Ruído

Expresión Significado Fonte [ladrar/renxer/ouvear] coma un(os)

can(s) (de palleiro/lunático)R

* ‘berrar dominado pola

ira’

LFCEG

278

[laiarse] coma un can * ‘queixarse a través de

sons agudos’

EE

ladrarR ‘que fala de máis e sen

xeito’

EE

ladrarR ‘falar a berros, con enfado

ou cólera’

DRAG, GDXL

1.2.3 Delgadeza

Expresión Significado Fonte [delgado] coma un can/unha cadela ‘moi delgado’ DFXG, LFCEG

[estar] coma un can polas pernas ‘mirrado’ LFCEG

[máis fraco] ca un can de palleiro ‘mirrado’ LFCEG

1.2.4 Bo ouvido

Expresión Significado Fonte [ouvir /oír máis] ca un can fanado ‘ouvir moi ben’ DFXG, LFCEG

1.2.5 Bo olfacto

Expresión Significado Fonte [ventar algo] coma o can a perdiz ‘advertir’ LFCEG

1.2.6 Fealdade

Expresión Significado Fonte [feo/cativo/ser] coma un can / feo

para can

‘moi feo’ DFXG, DFXM, LFCEG

1.2.7 Resistencia Expresión Significado Fonte [duro] coma un canR ‘dureza’, ‘insensibilidade’ LFCEG

1.2.8 Sucidade

Expresión Significado Fonte [cheirar] coma un can ‘cheirar mal’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade

Expresión Significado Fonte [ser] coma ir á/de caza sen can ‘expresión para indicar

que se perde o tempo’

GDXL

[valer menos] cás orellas dun can

cheas de auga

* ‘non valer nada’ LFCEG

cada can ladra no seu palleiro * ‘cadaquén debe ocupase

dos asuntos propios’

RGMF

can ladrador pouco/non é mordedor /

can que ladra nunca morde / o can

que máis ladra non é o que máis traba

‘dise cando aquel que

ameaza e se mostra

colérico non é o máis

perigoso, pois fai pouco

ou só bravatas’205

EO

205 Definición tirada do Refranero multilingüe (Centro Virtual Cervantes) (2016).

279

can ladrador que non ten forza ¡ai, se

se descoida!

‘ameaza’ RGB

can merendeiro garda mal o palleiro * ‘dise de quen vai de casa

en casa levando contos,

aproveitando para ser

convidado sen pedilo, e

descoida a casa propia’

RGB

can que moito ladra, ruín é para a

casa

* ‘dá conta da pouca valía

de alguén que pretende

aparentar o contrario’

RGB

durmir sen can ‘non ter medo, ser valente

e decidido’

DFG

ladra, can, que para iso gañas o pan! ‘agradecemento’ RGB

o can de boa raza pensa no pan e na

cazaR

* ‘refírese a que quen é

responsable e centrado

pensa no ocio e tamén no

traballo’

RGMF

ou o can mente ou vén xente * ‘dise cando se teñen

indicios ou sospeitas de

que sucede algo’

RGMF, RGB

2.1.2 Maltrato

Expresión Significado Fonte [andar] coma o can na corda ‘disciplina’ LFCEG

[botar alguén] coma os cans da misa /

[acabar] coma os cans na misa

‘derrota’ LFCEG

[cañar] coma a un can ‘golpear’ LFCEG

[correr alguén] coma un can /

[irse/marchar corrido] coma un can

‘tratalo con desprezo e sen

consideración’

DFG, LFCEG, GDXL

[deixar quedar/tirado a alguén] coma

un can

‘abandono’ LFCEG, EE

[fuxir] coma can con vincha ó rabo ‘expresión que pondera a

rapidez ou velocidade con

que un escapa ou foxe’

DFG, LFCEG

[saír] coma un can cando lle atan

unha lata ó rabo

‘anoxo’ LFCEG

[tratar / poñer] coma un can (de

palleiro)/os cans / [tratar] coma se

fora un can

‘coma se non se tratase

dun ser humano, con

aldraxe’

LFCEG, DRAG, GDXL,

EO

can que vai a onde non o chaman leva

paus

‘entremeterse’ RGMF

de balde andan os cans e tíranlle

pedras

‘gratuidade’ RGB, EO

2.1.3 Semellanza

Expresión Significado Fonte cal o dono, tal o can / cal é o can, tal

é o dono

* ‘designa un parecido,

físico ou doutra índole,

entre dúas persoas ou

cousas’

RGB

280

2.2 Animal-animal 2.2.1 Inimizade

Expresión Significado Fonte [de acordo] coma can e gato ‘aplícase ós que se levan

mal’

LFCEG, DRAG

[levarse/discutir/reñer] coma cans ‘levarse mal entre eles,

pelexar continuamente’

DFG, LFCEG

[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o)

can(s) e (o)(mailo) gato(s)

‘levarse mal entre eles,

pelexar continuamente’

DFG, DFXG, DFXM,

LFCEG, DRAG, GDXL,

EE, EO

amigos coma o can e o gato, que comen

no mesmo prato

‘amizade perigosa’ RGB

sogra e nora e can e gato non comen

ben nun mesmo prato / o can e o gato

non os poñas no mesmo prato

‘inimizade’ RGB, EE

2.2.2 Respecto

Expresión Significado Fonte nunca o can morde a cadela * ‘refírese a unha relación

de respecto mutuo’

RGB

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte [estar/facer (tanta) falta] coma os cans

na misa /igrexa / [pintar menos] cós

cans na misa

‘expresión que indica que

alguén está a estorbar ou

está de máis nun

determinado lugar’

DFG, LFCEG

[facerlle caso a alguén] coma ó can ‘menosprezo’ LFCEG

[oír algo] como quen oe ladrar un can

/ [facer tanto caso de algo] como se

ladrara un can / [facer] coma se

cantara/ladrara un can

‘proceder sen prestar

atención nin tomar en

consideración a quen se di

ou aquilo que se di’

DFG, LFCEG

[ser] coma darllo/quen llo dá a un can

/ [ser] coma quen lle bota o alcacén a

un can

‘inutilidade’ LFCEG

non querer nin os cans ‘non querer ninguén algo

por non ter valor’

GDXL

máis vale can vivo ca león morto * ‘indica que é preferible

ter pouco que nada’

RGB

non ser un/ningún can ‘ser digno de respecto e

consideración’

DFG

os que van onde non os chaman son

os cans

‘expresión con que unha

persoa manifesta a

vontade de non inmiscirse

en algo’

DFG, RGB

TÁBOA 21: CANARIO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

281

1.1.1 Ruído harmonioso Expresión Significado Fonte [cantar] coma un canario ‘cantar ben’ LFCEG

TÁBOA 22: CANGREXO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [andar coas pernas arrastro] coma (o)

un cangrexo

* ‘andar arrastrando os

pés’

LFCEG

[andar/ir/marchar (cara/para atrás)]

coma o(s)/un

cangrexo(s)/caranguexo(s) / [andar a

redacú / recuar] coma os/o cangarexos

/ [andar ó revés] coma o cangrexo

‘úsase para ponderar o

atraso ou a escasa

progresión de alguén’

DFG, DFXM, LFCEG

[atravesado] coma un/os caranguexo/s ‘expresión que pondera o

carácter mal intencionado

dunha persoa’

DFG, LFCEG

TÁBOA 23: CARACOL

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte [levalo todo ó lombo] coma o caracol * ‘non ter máis nada que o

que se leva enriba’

LFCEG

[pecharse] coma o caracol * ‘dise de quen ou do que

é hermético’

LFCEG

1.1.2 Lentitude

Expresión Significado Fonte [lento/andar] coma un caracol ‘lentitude’ LFCEG, EO

TÁBOA 24: *CARACOLA (BUGUINA)

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Lentitude

Expresión Significado Fonte [lento] coma unha caracola ‘lentitude’ LFCEG

TÁBOA 25: CARRACHA

1 Caracterización

282

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Molestia Expresión Significado Fonte [molesto] coma unha carracha * ‘fai referencia á persoa

molesta, que non se arreda

dun’

EE

1.1.2 Noxo

Expresión Significado Fonte [máis noxento] ca unha carracha ‘noxo’ LFCEG

TÁBOA 26: CARRICANTA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia Expresión Significado Fonte [alegre] coma unha carricanta ‘ledicia’ LFCEG

TÁBOA 27: CHOCO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [mareado] coma un choco ‘estar moi mareado’ EE

TÁBOA 28: COBRA/SERPE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade

Expresión Significado Fonte [bufar/andar] coma o lobo no inverno

e coma cobra no verán

‘ira’ LFCEG

[bufar/chiar] coma as cobras/ coma

unha cobra

‘ira’ LFCEG

[erguerse] coma se o picara unha

cobra

* ‘erguerse rapidamente,

de súpeto’

LFCEG

[espetarse cara alguén] coma unha

cobra

‘pelexar’ EE

[pórse] coma as cobras ‘ira’ LFCEG

morderlle unha cobra/cóbrega [a

alguén]

‘sufrir dano, xeralmente

de carácter sentimental’

DFG

283

quitar a cobra coa man doutro ‘causar un dano e tratar de

agachalo’

GDXL

se vas sacar a cóbrega do burato,

esconde ben as mans por se acaso

‘precaución contra os

ataques’

RGB

1.1.2 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte [malo] coma as cobras ‘ruindade’ LFCEG

[peor] ca unha serpe * ‘valora a maldade de

alguén’

EE

[velenoso] coma unha serpe * ‘refírese á maldade de

alguén’

EE, EO

niño de serpes ‘lugar perigoso entre

xente malvada e/ou

maledicente’

DFG

botar/cuspir cobras e sapos (pola

boca)

‘proferir blasfemias,

insultos e inxurias’

DFG, GDXL

1.1.3 Falsidade

Expresión Significado Fonte [falso] coma as cobras ‘moi falso’ DFXG

[ter tanta confianza en alguén] coma

nun saco de cobras

‘desconfianza’ LFCEG

serpe/serpente ‘persoa pérfida’ GDXL, EE

ter mamar de cobra ‘saber pedir as cousas con

moi boas maneiras’

DFXG

1.1.4 Intelixencia

Expresión Significado Fonte [listo] coma unha serpe * ‘persoa intelixente’ EE

[saber máis] cás cobras / [listo/pillo]

coma unha/as cobra/s

‘intelixencia’ LFCEG

1.1.5 Preguiza

Expresión Significado Fonte [nugallán] coma as cobras * ‘fai referencia ás persoas

que pasan o tempo sen

facer nada, deitadas’

EE

1.1.6 Sixilo Expresión Significado Fonte [sixiloso/silencioso] coma unha

serpe/cobra

* ‘fai referencia á persoa

que actúa de maneira que

os demais non detecten a

súa presenza’

EE, EO

1.1.7 Esquiveza

Expresión Significado Fonte [esquivo] coma unha cobra * ‘refírese ás persoas que

evitan o trato coa xente,

que foxen dela’

EE

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte

284

[domearse] coma unha cobra * ‘ser áxil, dobrar o corpo

con facilidade’

LFCEG

[retorcerse] coma unha cobra ‘incomodidade’ LFCEG

[retorcerse/revirarse] coma unha

cobra

‘facer movementos de

contracción bruscos e

violentos; opoñer

resistencia’

DFG

1.2.2 Movemento

Expresión Significado Fonte [andar de/a rasto(s)/arrastiño] coma as

cobras / [arrastrarse] coma unha

cobra/serpe / [vivir arrastrado] coma

as cobras / [(verse) arrastrado] coma

as cóbregas

‘dificultade’, ‘pobreza’ LFCEG, EO

[andar ó revés] coma as cobras ‘errar’ LFCEG

1.2.3 Ruído

Expresión Significado Fonte [bufar/chiar] coma as cobras/ coma

unha cobraR

‘ira’ LFCEG

1.2.4 Velocidade

Expresión Significado Fonte [liscar] coma unha cobra * ‘fuxir rapidamente’ LFCEG

TÁBOA 29: COELLO/COELLA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia

Expresión Significado Fonte [fino] coma un coello ‘intelixencia’ LFCEG

1.1.2 Bondade Expresión Significado Fonte inda o demo ten cara de coello! ‘dise cando algo resulta

chocante ou supón unha

contrariedade’

DFG, GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Fertilidade Expresión Significado Fonte [foder] coma os coellos/unha conexa * ‘dise da muller moi

fértil’

EE, EO

[parir/ter fillos] coma unha coella * ‘dise da muller moi

fértil’

EE, EO

coella ‘muller que ten moitos

fillos’

EE

1.2.2 Movemento Expresión Significado Fonte

285

[rir] coma os coellos ‘rir sen gana,

finxidamente’

DFG, LFCEG

TÁBOA 30: CONGRO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [andar/borracho] coma un congro ‘estar moi bébedo’ DFG, EE

TÁBOA 31: CORVO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade

Expresión Significado Fonte cría corvos e sacaranche/tiraranche

os ollos

‘expresión que se emprega

para comentar a

ingratitude da persoa á

que se fai referencia’

RGMF, RGB, GDXL,

EE

1.2 Características físicas

1.2.1 Cor

Expresión Significado Fonte [haber tanto] coma corvos brancos ‘escaseza’ LFCEG

[negro] coma un corvo / [ser/estar]

máis negro cás ás dun corvo / ca un

corvo / [branquiño] coma as ás dun

corvo

‘moi negro ou de cor

negra moi intensa’

DFXG, LFCEG, GDXL,

EE

naceu un corvo branco! ‘expresión coa que se

indica unha rareza ou

unha casualidade’

GDXL

1.2.2 Fealdade Expresión Significado Fonte [feo/ser] coma un corvo ‘fealdade’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Respecto

Expresión Significado Fonte un corvo a outro non lle tira os ollos * ‘fai referencia ó respecto

mutuo entre persoas’

RGB

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte

286

díxolle o corvo á pega : bótate

alá/saca para alá, que es negra!

* ‘refírese a quen despreza

alguén sen se dar conta

que presenta as mesmas

características negativas

que critica’

RGB, EE

non pode ser o corvo máis negro cás

ás / pouco máis negro pode se-lo

corvo cás alas!

‘esperanza na desgraza’ RGB, LFCEG

TÁBOA 32: CORZO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte [andar/saltar/dar brincos] coma un

corzo

‘andar brincando en

liberdade e con lixeireza;

saltar axilmente’

DFG, LFCEG

1.1.2 Velocidade Expresión Significado Fonte [fuxir/correr] coma un corzo ‘fuxida’ LFCEG, EE

TÁBOA 33: COTOVÍA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia Expresión Significado Fonte [ledo] coma unha cotovía ‘felicidade’ LFCEG

TÁBOA 34: CUCO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Morte/fin

Expresión Significado Fonte cucar ‘rematar, dar por

terminado’

GDXL

cucar ‘morrer’ DRAG

cucar ‘pasar de tempo’ GDXL

ver o cuco ‘ver o perigo moi preto’ DFXG, GDXL

1.1.2 Intelixencia

Expresión Significado Fonte

287

[listo/agudo] coma un/o cuco / [máis

listo] ca un cuco

‘moi listo’ DFXG, LFCEG, EE

[ser] coma un cuco ‘habilidoso, espelido’ GDXL

1.1.3 Aproveitamento

Expresión Significado Fonte [facer] coma o cuco * ‘ser aproveitado’ LFCEG

son da opinión do cuco, paxaro que

nunca anida, pon o ovo en nido alleo

e outro paxaro o cría

‘expresión para indicar a

falta de ganas de traballar,

de que todo llo dean feito

a un’

DFXM

1.1.4 Preguiza/indolencia

Expresión Significado Fonte [nugallán] coma o cuco ‘preguiza’ LFCEG

son da opinión do cuco, paxaro que

nunca anida, pon o ovo en nido alleo

e outro paxaro o críaR

‘expresión para indicar a

falta de ganas de traballar,

de que todo llo dean feito

a un’

DFXM

1.1.5 Vida

Expresión Significado Fonte non ouvir/oír (cantar) o/outro cuco ‘non ir durar moito’ DFXG, DFG, GDXL

xa ouvín cantar máis de catro cucos ‘dío quen xa ten os seus

anos e a súa experiencia

de vida’

DFXG, GDXL

1.1.6 Astucia

Expresión Significado Fonte cuco ‘ser astuto, saber

aproveitar as ocasións’

DFG, DFXG, DRAG,

GDXL

1.1.7 Ledicia

Expresión Significado Fonte [contento/ledo/alegre/

alegrarse/quedar] coma un cuco /

[máis contento/ledo] ca un cuco

‘estar moi contento ou

moi ledo’

DFG, DFXG, DFXM,

LFCEG, GDXL, EO

1.1.8 Atracción

Expresión Significado Fonte cucar ‘cativar, engaiolar, atraer

dun xeito irresistible’

DRAG, GDXL

1.1.9 Fachenda

Expresión Significado Fonte cucar ‘fachendear, facer

ostentación’

GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Silencio

Expresión Significado Fonte [quedar sen voz] coma o cuco ‘silencio’ LFCEG

TÁBOA 35: CURUXA

288

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Soidade/independencia

Expresión Significado Fonte [só/soíño] coma unha curuxa ‘soidade’ LFCEG

curuxa ‘ser moi retraído ou pouco

decidido’

GDXL

1.1.2 Perigo

Expresión Significado Fonte verlle o cu á curuxa ‘coller medo; sentir a

proximidade dun perigo

ou dun animal’

DFG, GDXL, EE, EO

verlle os ollos á curuxa ‘coller medo; sentir a

proximidade dun perigo’

DFG

1.1.3 Intelixencia Expresión Significado Fonte [listo] coma unha curuxa * ‘dise da persoa moi

lista’

EE

1.2 Características físicas

1.2.1 Hábitat

Expresión Significado Fonte curuxeira/curuxeiro ‘aldea ou casal situado

nun lugar esgrevio e

penedoso’

DRAG, GDXL

1.2.2 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte curuxar ‘fitar, mirar fixamente e

cos ollos moi abertos’

GDXL

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte vérselle o rabo á curuxa ‘resultar transparentes as

intencións ou os defectos

que alguén pretendía

disimular’

DFG

TÁBOA 36: DONICELA/DONIÑA/*DENOCIÑA/*DONOSIÑA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Perigo Expresión Significado Fonte bebiades de boa gana, se non fora a

donicela

* ‘expresión que se lle di a

alguén cando se mostra

desconfiado por algo’

RGMF

ó alcalde e á donicela ninguén lles

diga: se eu quixera...

* ‘recomenda ter conta

con certas persoas que

poden resultar perigosas’

RGB

1.1.2 Intelixencia

289

Expresión Significado Fonte [listo] coma unha

donicela/donosiña/denociña / [máis

listo] cá donicela

‘ser moi listo’ DFG, LFCEG, EE

1.2 Características físicas 1.2.1 Axilidade Expresión Significado Fonte [áxil] coma unha donicela/doniña ‘moi áxil’ DFXG, LFCEG

1.2.2 Velocidade Expresión Significado Fonte [ir/ser] coma unha denociña/donicela ‘expresión que pondera a

rapidez, a velocidade

dunha persoa’

DFG, LFCEG

TÁBOA 37: ELEFANTE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Boa memoria

Expresión Significado Fonte ter memoria de elefante * ‘ter moita memoria’ EO

1.2 Características físicas

1.2.1 Grandura Expresión Significado Fonte tanto vai dun anano a un xigante,

como vai dunha formiga a un elefante

* ‘fai referencia a unha

diferenza de tamaño

considerable’

RGB

ter memoria de elefanteR * ‘ter moita memoria’ EO

1.2.2 Fortaleza

Expresión Significado Fonte [ter forza] coma un elefante * ‘ter moita forza’ LFCEG

TÁBOA 38: ESCARAVELLO

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Cor

Expresión Significado Fonte [negro] coma un escaravello ‘negro’, ‘mouro’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte [estar mechos] coma os escaravellos ‘abundancia’ LFCEG

290

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte ó escaravello os seus fillos parécenlle

ouro fino

* ‘refírese a que cando se

ten aprecio por alguén

pásanse por alto os seus

defectos’

RGB

TÁBOA 39: ESQUÍO/*ARDILLA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Intelixencia

Expresión Significado Fonte [agudo/listo/pillo] coma un esquío/

unha ardilla

‘ser moi agudo, moi listo’ DFG, LFCEG, EO

1.2 Características físicas 1.2.1 Axilidade Expresión Significado Fonte [áxil] coma unha ardilla * ‘fai referencia a unha

persoa áxil’

EE

1.2.2 Velocidade Expresión Significado Fonte [ser] coma unha ardilla ‘lixeiro’ LFCEG

TÁBOA 40: FOCA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Gordura

Expresión Significado Fonte [estar] coma unha foca ‘moi gordo’ DFG

estar feito unha foca ‘moi gordo’ DFG

foca ‘persoa que está moi

gorda’

DRAG, GDXL

TÁBOA 41: FORMIGA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Laboriosidade Expresión Significado Fonte [ser/traballador/traballar] coma

unha/as formiga(s)/formiguiña(s)

* ‘fai referencia a unha

persoa traballadora’

EE, EO

formiga/formiguiña ‘persoa moi traballadora e

que ten bo goberno’

GDXL, EE

291

1.1.2 Aforro

Expresión Significado Fonte [aforrar/ser] coma unha formiga * ‘refírese a unha persoa

aforradora’

EE

1.1.3 Agresividade

Expresión Significado Fonte senteime enriba dun formigueiro e

nunca tiven tan mal asentadeiro

/asenteime nun formigueiro: ¡douche ó

diaño o asentadeiro!

* ‘fai referencia a unha

situación de risco’

RGB

1.2 Características físicas

1.2.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [bulir] coma un formigueiro * ‘realizar unha actividade

con moita rapidez’

LFCEG

aformigar/formigar ‘estar inquieto, nervioso,

dando mostras de

desacougo físico ou

moral’

DRAG, GDXL

aformigar/formigar ‘experimentar unha

sensación entre o proído e

as cóxegas nunha parte do

corpo’

DRAG, GDXL

aformigar/formigar ‘haber moita cantidade e

moito movemento de

persoas ou animais’

DRAG, GDXL

formiga ‘conxunto de persoas,

animais ou obxectos en

movemento colocados en

ringleira’

GDXL

formigueiro ‘lugar onde hai moita

xente movéndose’

DRAG, GDXL

formigo ‘sensación incómoda de

ter formigas movéndose

debaixo da pel’

DRAG, GDXL

formigo/formiguiño ‘fedello, persoa moi

inqueda’

GDXL, EE

ter/sentir o formigo/formiguiño ‘estar inquieto, non ter

acougo físico ou moral’

DRAG, GDXL, EE

1.2.2 Pequenez

Expresión Significado Fonte [facer] menos vulto cás barbas dunha

formiga

‘timidez’ LFCEG

formiga ‘ser ou cousa

insignificante’

GDXL

tanto vai dun anano a un xigante,

como vai dunha formiga a un elefante

* ‘fai referencia a unha

diferenza de tamaño

considerable’

RGB

1.2.3 Lentitude

Expresión Significado Fonte

292

[máis lento] ca unha formiga * ‘fai referencia a unha

velocidade moi reducida,

lentitude’

EE

a paso de formiga * ‘refírese a avanzar moi

lentamente’

EE

1.2.4 Velocidade

Expresión Significado Fonte [bulir] coma un formigueiroR * ‘realizar unha actividade

con moita rapidez’

LFCEG

2 Relacións

2.2 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte [estar] coma un formigueiro ‘aglomeración’ LFCEG

[ser/vivir] coma (as) formigas ‘aglomeración’ LFCEG

aformigar/formigarR ‘haber moita cantidade e

moito movemento de

persoas ou animais’

DRAG, GDXL

a formiga tamén quere a súa compañía * ‘fai referencia á

necesidade das compañas’

RGB

cada formiga ó seu formigueiro * ‘fai referencia a quen

cadaquén ten o seu lugar’

EO

formigaR ‘conxunto de persoas,

animais ou obxectos en

movemento colocados en

ringleira’

GDXL

formigueiroR ‘lugar onde hai moita

xente movéndose’

DRAG, GDXL

TÁBOA 42: GAIVOTA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Intelixencia

Expresión Significado Fonte [fino] coma unha gaivota ‘ser moi listo’ DFXM

TÁBOA 43: GALO/GALIÑA/PITO/PITA/POLO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Arrogancia/fachenda/presunción Expresión Significado Fonte

[andar/ir] máis teso ca un galo ‘fachenda’ LFCEG

[fachendoso] coma un galo do curral ‘fachendoso’ LFCEG

[garifeiro] coma galo no buleiro ‘fachenda’ LFCEG

293

[menear a cola] coma unha galiña * ‘querer chamar a atención

a través do aspecto físico’

LFCEG

[presumida] coma unha galiña * ‘fai referencia a quen

presume do seu aspecto

físico’

EE

[ser/soberbia] coma galiña farta de

herba

‘ingratitude’ LFCEG

baixarlle a crista [a alguén] ‘humillalo; dobregar a

altivez ou o orgullo de

alguén’

DFG

cacarexador ‘que pondera con fachenda

as cousas propias’

GDXL

cacarexar/cascarexar ‘ponderar esaxerada ou

reiteradamente as accións

ou as calidades de [algo ou

alguén, especialmente as

propias]’

DRAG, GDXL

erguer a crista ‘mostrarse altivo,

fachendoso’

DFG

erguer o galo ‘mostrarse arrogante’ DFG

galo ‘botaporela, fanfurriñeiro,

persoa arrogante,

presumida e fachendosa’

GDXL, EE

1.1.2 Autoridade

Expresión Significado Fonte chegar ó poleiro ‘acadar unha posición

elevada’

DFG

cada galo canta no seu

galiñeiro/poleiro (e o que é bo, no

seu e no alleo) / cada galo no seu

galiñeiro e cada pola no seu poleiro

* ‘fai referencia a que

cadaquén goberna aquilo

que é seu’

RGMF, RGB, EE

folgade, galiñas, que vos morreu o

galo/ que o galo morreu!

* ‘refírese a unha situación

na que se pode descansar

dunha presión constante’

RGB

galo ‘persoa que manda ou se

impón’

GDXL

galo do curral * ‘persoa que se impón

sobre as demais’

EO

galo do mundo ‘ser o xefe, o que manda

máis’

DFG

poleiro ‘calquera posto elevado ó

que pode chegar unha

persoa’

GDXL

poleiro ‘situación elevada ou

vantaxosa’

GDXL

quen fose galo para ser o dono do

curral

* ‘refírese ó feito de querer

acadar unha posición

privilexiada’

EE

1.1.3 Promiscuidade

Expresión Significado Fonte

294

[andar/ser] coma as/unha

galiña(s)/as pitas

* ‘ter un comportamento

promiscuo’

LFCEG

[puta] coma unha galiña / [máis

puta] cás galiñas/ca unha galiña

* ‘ter un comportamento

promiscuo’

LFCEG, EE, EO

tan contenta vai unha galiña cun

polo coma outra con oito

‘conformidade’ RGB

1.1.4 Queixa

Expresión Significado Fonte [máis queixumeiro] ca unha galiña

choca

‘queixa’ LFCEG

[ser igual] ca unha pita choca ‘achacoso, enfermo’ LFCEG

galiña/pita choca ‘persoa queixumeira’ EE

1.1.5 Precaución

Expresión Significado Fonte alí pon/ten a galiña os ollos onde

pon/ten os ovos / onde a galiña pon

os ovos, alí se van os ollos

* ‘fai referencia ó feito de

extremar as precaucións

con aquelas cousas que son

importantes’

RGB

[andar] coma a galiña a pisar ovos ‘perigoso’ LFCEG

[andar] coma a galiña con ovos/cos

ovos

‘tino, precaución’ LFCEG

1.1.6 Inquedanza

Expresión Significado Fonte [andar] coma a galiña co ovo ‘inquedanza’ LFCEG

[inquedo] coma galiña sen endego ‘inquedanza’ LFCEG

1.1.7 Desorde/desleixo Expresión Significado Fonte [facer] coma as galiñas ‘o que se fai por un lado

desfáise polo outro’ EE

[ser] coma o pito cairo ‘desleixo’ LFCEG

1.1.8 Covardía

Expresión Significado Fonte galiña ‘ser, ou ser considerado por

alguén coma un covarde,

pusilánime’

DFG, GDXL, EE

galear ‘sentirse intimidado ante

unha situación que non se

controla’

EE

1.1.9 Agresividade

Expresión Significado Fonte erguer o galo ‘alterarse’ DFG

subirlle o galo ó poxigo [a alguén] ‘virlle o xenio, alporizarse’ DFG

1.1.10 Estulticia

295

Expresión Significado Fonte [máis parvo] cás galiñas * ‘refírese á pouca

intelixencia de alguén’

EE

[listo] coma unha galiña ‘parvo’ EO

1.1.11 Escasa adaptabilidade

Expresión Significado Fonte [estar] coma galiña en curro/curral

alleo

‘úsase para indicar que

alguén se encontra estraño

nun lugar ou nunha

situación hostil’

DFG, LFCEG

polo nun curral alleo nin sabe onde

come nin dá co poleiro

* ‘fai referencia á situación

en que unha persoa non se

atopa cómoda por estar nun

lugar que non coñece’

RGB

1.1.12 Malicia Expresión Significado Fonte bo polo ‘expresión que indica

desaprobación máis ou

menos severa da actitude,

comportamento etc., dun

rapaz ou dun home’

DRAG, GDXL

1.1.13 Lixeireza

Expresión Significado Fonte cacarexar/cascarexar ‘difundir cousas que deben

ser caladas’

GDXL, DRAG

1.1.14 Preguiza

Expresión Significado Fonte [vivir] coma os galos ‘preguiza’ LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha galiña ‘cantar mal’ LFCEG

cacarexar/cascarexar ‘falar alto e con voz aguda’ GDXL

cacarexada/cascarexada ‘gargallada ou riso

estridente’

GDXL

galo ‘nota falsa que

inadvertidamente emite

quen canta ou fala’

GDXL

ó cantar o galo ‘ó amencer’ GDXL

1.2.2 Pequenez

Expresión Significado Fonte [comer] coma un pito ‘comer moi pouco’ DFXG, DFXM, LFCEG

[estar] coma un pito ‘mirrado’ LFCEG

1.2.3 Hábitat

Expresión Significado Fonte

296

[estar] coma galiña en curro/curral

alleoR

‘úsase para indicar que

alguén se encontra estraño

nun lugar ou nunha

situación hostil’

DFG, LFCEG

polo nun curral alleo nin sabe onde

come nin dá co poleiroR

* ‘fai referencia á situación

en que unha persoa non se

atopa cómoda por estar nun

lugar que non coñece’

RGB

1.2.4 Sucidade

Expresión Significado Fonte [sucio/estar] coma o pau dun

galiñeiro / [haber máis merda] ca no

pau dun galiñeiro

‘moi sucio’ DFXG, LFCEG, EE

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade

Expresión Significado Fonte acabar coa galiña dos ovos de ouro * ‘refírese ó feito de deixar

de tirar proveito de algo’

EE

TÁBOA 44: GARDUÑO/GARDUÑA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Roubo Expresión Significado Fonte [ser] coma garduña ‘roubar’ LFCEG

garduña ‘persoa ladroa’ GDXL

garduñada ‘roubo de pequena

importancia’

GDXL

garduñar ‘roubar, apoderarse dos

bens doutra persoa’

GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte [áxil] coma un garduño ‘expresión que pondera a

axilidade de alguén’

DFG

TÁBOA 45: GATO/GATA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Gula Expresión Significado Fonte [devecer] coma gato pola manteiga ‘desexo’ LFCEG

297

[durar tanto] coma a manteiga no

fociño do gato

‘durar pouco’ LFCEG

[fuxir de alguén] coma o gato da

sardiña

* ‘non ter ningún medo’ LFCEG

[gordo] coma o gato dun abade ‘gordura’ LFCEG

[larpeiro] coma un gato * ‘moi larpeiro’ EE

[mirar] coma o gato ás sardiñas ‘desexo’ LFCEG

[ser] coma quen busca a manteiga no

fociño do gato

‘dificultade’ LFCEG

ás veces a carne está no prato por

falta de gato

*‘indica que algo deixa de

producirse non por

méritos da persoa, senón

por falta de

oportunidades’

RGB

comerlle a lingua o gato ‘expresión irónica para se

referir a alguén que garda

un silencio prolongado ou

se nega a falar’

DFG, DFXM, EE

non está a carne no garabato por falta

de gato / anque a sardiña está no

prato, non é por falta de gato

* ‘indica que algo deixa

de producirse non por

falta de oportunidades,

senón polos méritos ou a

virtude de alguén’

RGB

ó gato por ser lambón non o botes da

túa mansión

* ‘recomenda non

precipitarse nas decisións’

EE

perdón polo gato ladrón/lambón ‘dise para desculparse,

mais dun xeito

humorístico. Tamén o

pode dicir a persoa á que

se lle piden desculpas para

tirarlle importancia ós

feitos’

DFXG

polo rabo da culler vai/sube o gato á

ola/ó pote

‘fai referencia ás persoas

que non deixan escapar

unha oportunidade para

medrar ou obter algún

beneficio’206

RGB

sardiña/carne que leva o gato tarde

ou nunca volve ó prato / sardiña que o

gato leva, perdida está/ gandida vai

* ‘refírese a unha

situación que xa non ten

remedio’

RGMF, RGB

un ollo ó prato e outro ó/no gato * ‘estar atento a dúas

cousas ó mesmo tempo’

RGB

1.1.2 Agresividade/ira/fereza

Expresión Significado Fonte [acedo] coma o rabo de/ dun gato ‘moi acedo [alimentos que

xa non serven para comer,

que están derramados

porque están acedos]’

DFXG, LFCEG

206 Definición tirada do Diccionario de refranes comentado (2012).

298

[agadañar/rabuñar] coma un/o

micho/gato

* ‘mostrarse agresivo con

alguén’

LFCEG

[agarrarse] coma dous gatos ‘liorta’ LFCEG

[bufar] coma un gato * ‘mostrar alguén o seu

enfado’

LFCEG

[defenderse] coma un gato boca

arriba

* ‘defenderse contra un

ataque’

LFCEG

[facer fu] coma o gato ‘ira’ LFCEG

[fera/alporizada/pórse/botarse] coma

unha gata [contra alguén]

‘agresividade’, ‘fero’, ‘ira’ LFCEG, EO

[fero] coma gato de sobrado * ‘moi fero’ LFCEG

o amor das gatas entra e sae a

rabuñadas / os amores dos gatos

comezan maiando e acaban

rabuñando

* ‘fai referencia ás

relacións amorosas

difíciles’

RGB

o gato saca as unllas, cando llas

buscan/cando llas ha mester

‘indica que hai que

defenderse cando é

necesarío’207

RBG

tarde se arrepinte o rato, cando xa

está na boca do gato

‘remedio serodio’ RGB

1.1.3 Falsidade

Expresión Significado Fonte bos días! Díxolle o gato ás sardiñas * ‘adoita dicirse cando

unha persoa mostra un

comportamento hipócrita

cara a outra’

EE

cara de beato e unllas de gato/ unllas

de gato e cara de beato

* ‘refírese a unha persoa

hipócrita, que non mostra

as súas verdadeiras

intencións cara ós demais’

RGMF, RGB

facer a gata ‘aparentar que se fai’ DFG

facerse a gata morta ‘actuar con finximento e

malicia’

DFG

gárdate do gato que non miaña! ‘aparencia de bondade’,

‘hipocrisía’

RGB

gatada ‘acción feita con astucia e

disimulo para enganar a

alguén’

DRAG, GDXL

o gato acariña co rabo e rabuña coas

unllas

‘refrán que critica ás

persoas que se comportan

de xeito hipócrita,

afagando por diante e

atacando por detrás’208

RGB

1.1.4 Preguiza/ociosidade

Expresión Significado Fonte

207 Definición tirada de http://www.ogalego.eu/exercicios_de_lingua/imaxes/animais/frasegato.html 208 Definición tirado do Pequeno refraneiro alemán-galego (2003).

299

[andar/estar folgado /preguiceiro]

coma un gato

‘preguiza’ LFCEG, EE

[estar] coma o gato borrallento /

micho esborrallado

‘comodidade’ LFCEG

[estar] coma o gato panza arriba * ‘estar sen facer nada’ EE

[mornear ó sol] coma un gato * ‘deitarse ó sol’ LFCEG

facer a gata/gatada ‘faltar á escola’ DFG, DFXG

1.1.5 Fortuna

Expresión Significado Fonte [ter sete vidas] coma un gato ‘saír ileso de situacións

graves’

DFXM

[ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete

vidas/folgos] coma un/o/os

gato/micho/s (asañados)

‘durar moito unha persoa’ DFXM, RGB, LFCEG,

EE

caer de pé coma o/s/un gato/s ‘fortuna’ LFCEG, EO

nacer de pé coma o(s) gato(s) ‘dise de quen ten moita

sorte’

DFXG, LFCEG

sete vidas ten o gato * ‘dise de alguén que ten

boa sorte na vida,

concretamente, cando se

libra de situacións

difíciles’

EE

1.1.6 Fogosidade

Expresión Significado Fonte

[andar (ás celeiras)] coma as gatas

(xaneiras)

* ‘andar na procura de

parella amorosa’

LFCEG

[andar á xaneira] coma os gatos /

[andar] coma os gatos á xaneira/en

xaneiro / [andar] coma gatos cando

andan á xaneira/os gatos en xaneiro /

[andar tan rabichado] coma o gato no

xaneiro

* ‘andar na procura de

parella amorosa’

LFCEG

gata polbeira ‘muller que non se atén,

no plano sexual, ós usos

morais ou sociais

establecidos’209

EE

1.1.7 Precaución

Expresión Significado Fonte [andar/ir/correr/erguerse/ser] coma o

gato polas brasas/ascuas

‘andar/ir con precaución’ DFXG, LFCEG, GDXL

gato escaldado ‘ser persoa avisada,

escarmentada’

DFG, EE

209 Definición tirada de Castro Otero et al. (2013).

300

gato escaldado á auga fría ten medo /

gato escaldado da auga (fría)

escapa/foxe / ó gato escaldado a auga

fría faille dano / ó gato escaldado a

auga fría lle fai mal / gato escaldado

foxe da auga

* ‘refírese a que cando

unha persoa sufriu unha

humillación ou algo

similar queda

escarmentada’

RGMF, RGB, EE, EO

1.1.8 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte [ser] coma un gato con borralla ‘ruindade’ LFCEG

gata roxa/vermella, tal as fai tal as

coida/pensa

* ‘recomenda andar con

conta con determinadas

persoas de dubidosa

bondade’

RGMF, RGB

1.1.9 Astucia

Expresión Significado Fonte gatadaR ‘acción feita con astucia e

disimulo para enganar a

alguén’

DRAG, GDXL

moito sabe o rato pero máis sabe o

gato

‘picardía’ RGMF, RGB

1.1.10 Roubo

Expresión Significado Fonte [roubar/ladrón] coma un/os gato/s ‘ladrón’ LFCEG

perdón polo gato ladrón/lambónR ‘dise para desculparse,

mais dun xeito

humorístico. Tamén o

pode dicir a persoa á que

se lle piden desculpas para

tirarlle importancia ós

feitos’

DFXG

1.1.11 Ingratitude

Expresión Significado Fonte a amistade do gato boa é, se non

rabuña / bo amigo é o gato, se non

rabuñara

* ‘fai referencia á

ingratitude de alguén’

RGB

facerlle festas á gata/gato e saltarvos

á cara/rabuñaravos

* ‘retrata a ingratitude

dunha persoa ante outra

que realizou unha boa

acción cara a ela’

RGB

1.1.12 Paciencia

Expresión Significado Fonte [agardar] coma o gato ó rato ‘espreita’ LFCEG

1.1.13 Atrevemento Expresión Significado Fonte gato ‘persoa atrevida e

desvergonzada’

GDXL

1.1.14 Ledicia

Expresión Significado Fonte [contento] coma micho con axóuxere ‘ledicia’ LFCEG

301

1.1.15 Inxenuidade

Expresión Significado Fonte [ser á boa fé /abofé] coma os gatos

pequenos

‘inxenuidade’ LFCEG

1.1.16 Soidade/independencia

Expresión Significado Fonte gato celeiro non quer compañeiro ‘fai referencia á soidade

de alguén’

EO

1.1.17 Insignificancia

Expresión Significado Fonte catro gatos ‘moi pouca xente’ DFG, DRAG, GDXL,

EE

1.1.18 Noctambulismo

Expresión Significado Fonte de noite todos os gatos son pardos ‘expresión que indica que

na escuridade todo se

confunde’

RGMF, RGB, GDXL,

EE

1.2 Características físicas

1.2.1 Velocidade Expresión Significado Fonte [(andar) apurado/á presa] coma un

gato (con sete liviáns)

* ‘levar moita présa’ LFCEG

[escapar/fuxir/ir/ter medo] coma gato

escaldado (polas/por/sobre brasas)

‘facelo ás présas,

xeralmente para evitar un

risco’

DFG, LFCEG, GDXL,

[saír facendo fu] coma o gato ‘fuxida’ LFCEG

[saltar] coma un gato ‘rápido’ EE

(marchar) a fu de gato * ‘fai referencia a quen

vai a toda velocidade’

EE, EO

1.2.2 Axilidade Expresión Significado Fonte [agatuñar/subir] coma un/os gato/s (de

pena en pena)

* ‘agatuñar ou subir con

grande axilidade’

LFCEG

[áxil] coma un gato * ‘moi áxil’ EO

[poñerse de pé] coma os gatos ‘flexibilidade’ LFCEG

[saltar] coma un gatoR ‘rápido’ EE

1.2.3 Resistencia Expresión Significado Fonte [ter sete vidas] coma un gatoR ‘saír ileso de situacións

graves’

DFXM

[ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete

vidas/folgos] coma un/o/os

gato/micho/s (asañados)R

‘durar moito unha persoa’ DFXM, RGB, LFCEG,

EE

302

sete vidas ten o gatoR * ‘dise de alguén que ten

boa sorte na vida,

concretamente, cando se

libra de situacións

difíciles’

EE

1.2.4 Sucidade

Expresión Significado Fonte [estar] coma o gato borrallento /

micho esborrallado

‘sucidade’ LFCEG

[lavarse] coma (os) gatos ‘lavarse á présa e só

superficialmente’

DFG, LFCEG

a limpeza do gato ‘dise cando un se lava mal

ou cando a limpeza é

insuficiente’

DFG

1.2.5 Ruído

Expresión Significado Fonte [bufar] coma un gatoR * ‘refírese ó estado de

enfado de alguén’

LFCEG

miar / miañar ‘laiarse unha persoa’ GDXL

1.2.6 Gordura Expresión Significado Fonte [gordo] coma o gato dun abadeR ‘gordura’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade

Expresión Significado Fonte [gardar a casa] coma un gato ‘vixiar’ LFCEG

gato con botas/guantes/luvas non caza

(rato/s)

‘refírese a que para cada

tarefa hai que contar cos

medios necesarios e non

pretender refinamentos

impropios e inútiles, máis

aínda cando non se está

acostumado a eles’210

EE, EO

gato que moito miaña nunca moito

caza/poucos ratos caza / gato

maiador, nunca foi rateador/nunca bo

cazador / gato maiador non é bo

cazador

* ‘expresión de crítica a

quen fala moito pero

despois non leva a cabo os

seus plans’

RGB

2.1.2 Control

Expresión Significado Fonte eu mando ó meu gato e o meu gato

manda ó seu rabo

‘autoridade’ RGB

2.2 Animal-animal 2.2.1 Inimizade

Expresión Significado Fonte

210 Definición tirada do Refranero multilingüe (2016).

303

[agarrarse] coma dous gatosR ‘liorta’ LFCEG

[de acordo] coma can e gato ‘aplícase ós que se levan

mal’

LFCEG, DRAG

[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o)

can(s) e (o)(mailo) gato(s)

‘levarse mal entre eles,

pelexar continuamente’

DFG, DFXG, DFXM,

LFCEG, DRAG, GDXL,

EE, EO

amigos coma o can e o gato, que comen

no mesmo prato

‘amizade perigosa’ RGB

cando o gato non está, os ratos bailan

/ na casa que non hai gatos, campan os

ratos/non faltan ratos

* ‘fai referencia á

ausencia dunha

autoridade, ó arriscado

que resulta, ás veces,

desatender unha

responsabilidade ou

simplemente baixar a

garda’

EE

o rato e o gato non comen no mesmo

prato

‘inimizade’ RGB

sogra e nora e can e gato non comen

ben nun mesmo prato / o can e o gato

non os poñas no mesmo prato

‘inimizade’ RGB, EE

2.2.2 Rivalidade Expresión Significado Fonte calquera gato sente que outro o

rabuñe

‘molestia’ LFCEG

3 Valoración

3.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte máis vale ser cabeza de rato ca rabo

de gato

‘superioridade xerárquica’ RGB

3.2 Mala valoración Expresión Significado Fonte un home é un home e un gato é un

bicho

* ‘fai referencia a unha

persoa valente’

RGMF, EE

TÁBOA 46: *GOLONDRINA (ANDORIÑA)

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha golondrina ‘cantar ben’ LFCEG

TÁBOA 47: RAPOSO/RAPOSA/GOLPE/*ZORRO/*ZORRA

1 Caracterización

304

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia/malicia

Expresión Significado Fonte [ser/astuto/listo/pillo/pillabán] coma

un/unha raposo/golpe/raposa / [máis

pillo] cá raposa / [máis listo] ca un

raposo

‘moi astuto’ DFXG, DFXM, LFCEG,

EE, EO

[ter máis mañas] ca sete raposas * ‘ser moi atuto’ LFCEG

facer [algo] a/ó/polo zorro ‘de maneira disimulada,

arteiramente’

DFG

a raposa/o raposo cambia/muda de/o

pelo, pero non de/as mañas

* ‘fai referencia á astucia

de alguén’

EE, EO

a raposa muda o pelo, pero non perde

o rabo

* ‘fai referencia á astucia

de alguén’

EO

a zorra perde a la pero non os

costumes

‘dise dunha persoa astuta’ EO

galiñas serán –dixo o zorro– máis

chéiranme a can / galiñas serán, pero

chéiranme a can / Xan será pero

chéirame a can

* ‘expresión que se di

cando se desconfía da

vericidade de algo’

RGB, EE

non sabe/mal sabe o raposo/a raposa

das galiñas que dormen fóra

‘expresión que alude ós

imprevistos ou a aquelas

cousas que fican fóra do

noso coñecemento e

control’

DFG, RGMF, RGB, EE

o raposo vello perde a forza, pero non

a maña

* ‘refírese a que as

persoas maiores perden

facultades físicas pero non

esquecen o xeito en que

aprenderon a desenvolver

certas actividades diarias’

EO

quen trata con raposo, gracias se

lambe algún óso

* ‘fai referencia a unha

amizade perigosa, que

agocha segundas

intencións’

RGB

raposeiro ‘ser astuto, aproveitado’ DFXM, GDXL, DRAG,

EO

raposo ‘persoa astuta’ DRAG, GDXL, EE

sabe máis a raposa/o raposo/o

golpe/o zorro por vella/o ca por

raposa/o/golpe/zorro

* ‘fai referencia á

intelixencia de alguén,

principalmente a adquirida

coa experiencia’

EE, EO

xa ten que madrugar, o que á raposa

ha de enganar!

* ‘expresión que se

emprega para poñer de

manifesto astucia de

alguén sobre os demais’

RGB

1.1.2 Agresividade/voracidade

Expresión Significado Fonte

305

[facer as voltas] coma o raposo ás

galiñas

* ‘acosar a alguén’ LFCEG

[ter máis intención] cá dun raposo

axexando unha pita

* ‘agochar malas

intencións’

LFCEG

[tirarse os mozos ás mozas] coma as

raposas ás pitas

* ‘facerlle as beiras un

home a unha muller’

LFCEG

[tratar] coma os raposos as pitas ‘maltrato’ LFCEG

non fai tanto o raposo nun ano, como

paga nunha hora

* ‘refírese á persoa mala

que paga as maldades

cometidas todas xuntas e,

normalmente, cando

menos o pensa’

RGB

pita que o raposo leva, vai ben

gandida

* ‘fai referencia a unha

situación irremediable’

RGB

poñer o raposo a coidar as pitas /

deixar o galiñeiro ó coidado da

raposa

* ‘refírese a deixar a

alguén nunha situación

perigosa’

EE

1.1.3 Falsidade

Expresión Significado Fonte [facer o durmido] coma as raposas ‘finximento’ LFCEG

[falso] coma unha raposa/ [máis

falso] ca un raposo

* ‘moi falso’ EE, EO

están verdes! Dixo a raposa * ‘expresión que se

emprega cando alguén

finxe desprezar algo polo

feito de que non o pode

ter’

EE

facer [algo] a/ó/polo zorroR ‘de maneira disimulada,

arteiramente’

DFG

pobriñas, ábrenvos tarde e non

comedes, dixo o raposo ás galiñas

* ‘comentario que se fai

de xeito irónico ante unha

situación que para nada

causa pena’

RGMF, RGB

zorro ‘ser unha persoa falsa’ EE

1.1.4 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte [tan zorro] coma o golpe ‘ruindade’ LFCEG

[ter máis maldade] ca sete raposas /

[malo] coma sete raposas

‘ruindade’ LFCEG, EE

a zorra mudará os dentes mais non as

mentes

‘maldade irredimible’ RGB

raposada * ‘fai referencia a unha

acción feita a mala fe’

EE

raposo ‘que actúa con disimulo e

de mala fe’

GDXL

1.1.5 Sixilo

306

Expresión Significado Fonte [entrar] coma o/un raposo na capoeira * ‘actúar con sixilo, ás

agachadas’

LFCEG

1.1.6 Indolencia

Expresión Significado Fonte facerse o zorro ‘evitar facer algo’ DFG

1.1.7 Promiscuidade

Expresión Significado Fonte zorra * ‘muller que actúa cunha

liberdade sexual

considerada excesiva’

EE

1.1.8 Precaución

Expresión Significado Fonte cada raposo garda o seu rabo * ‘refírese a que cadaquén

debe atender os seus

problemas’

RGB

1.2 Características físicas

1.2.1 Velocidade Expresión Significado Fonte [andar] como corren as raposas ‘correr moito’ LFCEG

1.2.2 Cansazo

Expresión Significado Fonte [andar mallado/cansado] igual ca un

zorro/coma un raposo (de arrastrar o

rabo) / [canso] coma un raposo vello

corrido dos cans / [canso] coma unha

raposa

‘cansazo’, ‘extenuación’ LFCEG, EE

1.2.3 Movemento

Expresión Significado Fonte [dar máis voltas] ca unha raposa /

[con máis voltas] ca un raposo

* ‘estar en continuo

movemento’

LFCEG

TÁBOA 48: GORRIÓN

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Debilidade

Expresión Significado Fonte [ser/estar] coma un gorrión ‘debilidade’ LFCEG

TÁBOA 49: GRILO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Tolemia Expresión Significado Fonte

307

[estar máis tolo] ca unha

esporta/cachapa de grilos

‘tolemia’ LFCEG

1.1.2 Intelixencia Expresión Significado Fonte [espelido] coma un grilo * ‘dise da persoa

intelixente’

EE

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte [cantar] coma un grilo ‘cantar mal’ LFCEG

gaiola de grilos ‘unha xuntanza de xente

ruidosa, unha patulea de

xente’

DFG

saír grila [unha cousa]211 ‘frustrarse, saír errada’ DFG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte gaiola de grilosR ‘unha xuntanza de xente

ruidosa, unha patulea de

xente’

DFG

TÁBOA 50: HIENA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Maldade/ruindade Expresión Significado Fonte [ser] coma unha hiena ‘ruindade’, ‘mal

intencionado’, ‘vil’

LFCEG

hiena ‘persoa cruel e

desprezable’

DRAG, GDXL

1.1.2 Agresividade

Expresión Significado Fonte [pórse] coma unha hiena *‘dise de quen mostra un

comportamento agresivo’

EE

TÁBOA 51: LAGARTO/LAGARTA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

211 A vinculación co ruído vén dada, segundo explican López Taboada e Soto Arias (2010), polo costume

dos rapaces de facer saír cunha palliña fina (ou por medio dos ouriños) o grilo da burata para metelo nunha

gaioliña e oílo cantar. Segundo din as autoras, só cantan os machos, de aí que se asociase ó fracaso o feito

de que saíse unha grila.

308

1.1.1 Astucia/malicia

Expresión Significado Fonte lagarta ‘muller maliciosa’ DRAG

lagarteiro ‘que actúa con astucia ou

mesmo con malicia, para

beneficiarse ou tirar

partido de algo’

DRAG, GDXL

1.1.2 Promiscuidade Expresión Significado Fonte lagarta ‘lurpia, muller de mala

vida’

GDXL

1.1.3 Atrevemento

Expresión Significado Fonte lagarta ‘muller atrevida e

desvergoñada’

GDXL

1.1.4 Ociosidade

Expresión Significado Fonte [poñerse ó sol] coma un lagarto /

[estar] coma un lagarto ó sol

* ‘deitarse ó sol’ LFCEG, EO

1.2 Características físicas

1.2.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [inquedo] coma o rabo dun lagarto * ‘estar en continuo

movemento’

LFCEG

TÁBOA 52: LAMPREA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Fealdade

Expresión Significado Fonte [ter unha boca fea] coma unha

lamprea

‘boca fea’ LFCEG

TÁBOA 53: LAPA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Suxeición

Expresión Significado Fonte [ser/agarrarse/agarrado/pegarse/

apegarse a alguén] coma unha lapa /

coma as lapas

‘expresión que pondera a

firmeza con que esa

persoa se agarra, ou o

difícil que lle resulta a

alguén zafarse dese

suxeito’

DFG, LFCEG

309

lapa ‘persoa inoportuna e

molesta que impón a súa

presenza sen ser ben

recibida’

DRAG, GDXL

TÁBOA 54: LAVERCA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia Expresión Significado Fonte [listo] coma unha laverca ‘intelixencia’ LFCEG

laverco ‘moi espelido, moi falador

e que se mete en todo’

DRAG, GDXL

1.1.2 Astucia/malicia

Expresión Significado Fonte laverco ‘persoa astuta e maliciosa’ GDXL

1.1.3 Ledicia

Expresión Significado Fonte [ledo] coma unha laverca ‘ser moi ledo’ DFG

1.1.4 Insolencia Expresión Significado Fonte [descarado] coma unha laverca ‘ser moi descarado’ DFG

1.1.5 Desconfianza Expresión Significado Fonte [andar] coma o laverco ‘desconfiar’ LFCEG

1.1.6 Intromisión

Expresión Significado Fonte laverco ‘moi espelido, moi falador

e que se mete en todo’

DRAG

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha laverca ‘cantar ben’ LFCEG

lavercoR ‘moi espelido, moi falador

e que se mete en todo’

DRAG, GDXL

1.2.2 Cor Expresión Significado Fonte [loiro/rubio] coma unha laverca ‘cabelo loiro’ LFCEG

1.2.3 Beleza Expresión Significado Fonte [xeitoso] coma unha laverca * ‘bonito, fermoso’ LFCEG

TÁBOA 55: LEBRE

310

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia/sabedoría

Expresión Significado Fonte [listo/lixeiro] coma unha lebre ‘ser moi listo, vivo ou

agudo’

DFG, LFCEG

a lebre vella logo colle a verea * ‘refírese á experiencia

das persoas adquirida co

tempo’

RGB

1.1.2 Astucia/malicia

Expresión Significado Fonte boa lebre ‘ser astuto ou malicioso

ou comportarse como tal’

DFG

lebre corrida ‘ser arteiro’ DFG

1.1.3 Precaución Expresión Significado Fonte

[estar] coma lebre cos ollos abertos ‘estar vixiante, á espreita’ DFG

[durmir cun ollo aberto/cos ollos

abertos] coma as lebres

‘expresión que pondera o

estado de alerta e

vixilancia con que un

descansa’

DFG, LFCEG

1.1.4 Valentía

Expresión Significado Fonte [afouto] coma as lebres ‘valentía’ LFCEG

1.1.5 Promiscuidade

Expresión Significado Fonte lebre corrida ‘[úsase referido ás

mulleres] ter moita

experiencia cos home’

DFG

1.2 Características físicas

1.2.1 Velocidade

Expresión Significado Fonte [correr/fuxir] coma unha lebre (diante

dos cans)/coma lebres

‘expresión que pondera a

velocidade de alguén’

DFG, LFCEG, GDXL,

EE

a carreira dunha lebre ‘distancia máis ben curta’ DFG

se esperaran/esperasen así as

lebres…!

‘úsase cando a un lle din

que espere e a espera se

presenta xa longa’

DFG, EE

TÁBOA 56: LEÓN

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/fereza Expresión Significado Fonte [botarse] coma dous leóns * ‘atacárense dúas persoas

de forma agresiva’

LFCEG

311

[fero] coma un león ‘fero’ LFCEG

[gardar a casa] coma un león ‘vixiar’ LFCEG

[loitar/defenderse] coma un león ‘expresión que pondera a

valentía, o valor, a fereza

ou a intensidade da loita’

DFG, GDXL

1.1.2 Valentía

Expresión Significado Fonte [gardar a casa] coma un leónR ‘vixiar’ LFCEG

[loitar/defenderse] coma un león ‘expresión que pondera a

valentía, o valor, a fereza

ou a intensidade da loita’

DFG

[valente] coma un león / [máis

valente] ca un león / [ter un corazón]

coma un león

‘expresión que pondera a

valentía, o valor, a fereza

ou a intensidade da loita’

DFG, LFCEG

león ‘persoa atrevida e valente’ GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Fortaleza

Expresión Significado Fonte león ‘persoa robusta’ GDXL

2 Valoración

2.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte entre o rato e o león non hai

comparación

* ‘refírese a que non se

poden comparar dúas

realidades completamente

diferentes’

RGB

máis vale can vivo ca león morto * ‘indica que é preferible

ter pouco que nada’

RGB

TÁBOA 57: LESMA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [deixar rastro] coma a lesma * ‘deixar pegadas,

indicios’

LFCEG

1.1.2 Suxeición Expresión Significado Fonte [pegarse] coma unha lesma ‘compaña’ LFCEG

TÁBOA 58: LINCE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia

312

Expresión Significado Fonte lince ‘ter moita intelixencia,

habilidade ou astucia’

DRAG, GDXL, EE

1.1.2 Astucia

Expresión Significado Fonte linceR ‘ter moita intelixencia,

habilidade ou astucia’

DRAG, GDXL, EE

1.2 Características físicas 1.2.1 Agudeza visual

Expresión Significado Fonte lince ‘persoa de moi boa visión’ GDXL

de lince ‘[ollos, vista] moi agudo’ DRAG

TÁBOA 59: *LIRÓN (LEIRÓN)

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia Expresión Significado Fonte [vivo] coma un lirón ‘picardía’, ‘intelixencia’ LFCEG

1.1.2 Intelixencia

Expresión Significado Fonte [vivo] coma un lirónR ‘picardía’, ‘intelixencia’ LFCEG

TÁBOA 60: LOBICÁN/*LUBICÁN

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/fereza Expresión Significado Fonte [botarse a alguén] coma un lubicán ‘expresión que pondera a

fereza ou a ferocidade’

DFG

1.2 Características físicas

1.2.1 Fortaleza

Expresión Significado Fonte

[forte] coma un lobicán ‘fortaleza’ LFCEG

TÁBOA 61: LOBO/LOBA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/voracidade Expresión Significado Fonte [arrancar] coma un lobo ‘fero’ LFCEG

313

[atanazar/morder/picar] coma un lobo * ‘morder ou agarrar algo

con moita forza’

LFCEG

[botarse a alguén] coma os lobos * ‘atacar con grande

agresividade’

EO

[bufar/andar] coma o lobo no inverno

e coma cobra no verán

‘ira’ LFCEG

[comer] coma un/os lobo/s * ‘refírese ó feito de

comer grandes cantidades

e sen mastigar’

EE, EO

[durar] coma a ovella na boca do lobo ‘durar pouco’ LFCEG

[esfameado] coma un lobo ‘esfameado’ LFCEG

[estar a noite] coma a boca do/dun

lobo / [ser escura/negra/pecha a noite]

coma a boca dun lobo / [vir unha

noite negra] coma a boca do lobo

‘escuridade’, ‘negro’ LFCEG

[estar] coma a ovella na boca do lobo ‘dificultade grave’ LFCEG

[fero] coma un lobo ‘fero’ LFCEG

[fuxir] coma do lobo * ‘escapar de algo

perigoso’

LFCEG

[negro/escuro] coma (a) boca de/do

lobo

‘totalmente escuro’ LFCEG, DRAG, EE

[oír algo] coma quen oe ouvear o(s)

lobo(s) (de lonxe)

‘con total indiferenza, sen

ter en conta o que se

escoita’

DFG

[pórse] coma un lobo ‘expresión que pondera a

agresividade’

DFG, LFCEG

[ser] coma o lobo no eido ‘destruír’ LFCEG, EO

[ser] coma se vise ó lobo ‘medo’ LFCEG

[tirarse ás nenas] coma os lobos ás

ovellas

* ‘andar un home na

procura de mulleres’

LFCEG

aínda me coman os lobos / lobos te

coman! / malos lobos me coman / que

malos lobos me non coman!

‘expresión de imprecación

ou de xuramento’

DFG, GDXL, EO

Dios/Deus nos libre da boca do lobo * ‘fai referencia ó desexo

de que non veña ningunha

desgraza ou

contrariedade’

RGMF, RGB

do contado come o lobo (e ás veces

anda gordo)

‘critica o exceso de celo.

Pode atraer a

malevolencia o feito de

comprobar demasiadas

veces os bens ou as cosas

consideradas valiosas.

Denota tamén que se

adoita perder o que máis

se coida, por moito que se

faga para resgardalo’212

RGB, RGMF

212 Definición tirada do Refranero multilingüe (2016).

314

do taberneiro novo fuxe coma do lobo * ‘aconsella ter conta coa

xente inexperta’

RGMF

estar/meterse na boca do lobo ‘nunha situación perigosa’ GDXL, EE

faite ovella e comerate o lobo / o que

se fai ovella, cómeno os lobos

* ‘refírese á situación na

que outras persoas se

aproveitan de alguén de

carácter inocente’

RGB

lobo famento non ten asento * ‘fai referencia que quen

anhela moito algo non

descansa ata conseguilo’

RGB

lobo tardeiro non volve baleiro * ‘refírese a que aquel que

sabe esperar recibe a súa

recompensa’

RGB

noite de lobos * ‘fai referencia a unha

noite pecha’

EE

mentres o can dorme, o lobo mata e

come

* ‘úsase para contrapoñer

unha persoa preguiceira a

outra traballadora’

RGB

mirarlle/verlle as

orellas/barbas/dentes ó lobo

‘presentir un perigo ou

unha dificultade, apañar

medo’

DFXG, GDXL, EE, EO

onde non ves lobo, cata lobo * ‘aconsella a alguén para

que sexa precavido debido

a un posible perigo

inminente’

RGMF, RGB

o lobo, farto de carne, meteuse a frade ‘fartura’ RGB

o lobo non come tantas ovellas como

se di

‘[expresión que se usa

para comentar unha

posible esaxeración] as

cousas non son

exactamente como se

contan’

DFG

o porco que é para o lobo, non hai

San Antón que o garde

* ‘fai referencia a unha

situación fatal que xa non

ten solución’

RGB

o tempo non o come o lobo * ‘invita a aproveitar o

tempo, considerado algo

valioso que enseguida se

vai’

RGB

o que entre lobos se mete, gandido sae * ‘fai referencia ás

amizades que inflúen

negativamente sobre nós’

RGB

poñer o lobo a coidar das galiñas * ‘deixar a alguén nunha

situación perigosa’

EE

quítalle/sácalle lobos! ‘expresión para indicar

que alguén está

esaxerando’

GDXL

toda a carne come o lobo, menos a

súa, que a lambe

‘agresividade’ RGMF, RGB

saír ó camiño do lobo, coma o curcio

tolo

‘temeridade’ LFCEG

315

(seica) viches o lobo? ‘díselle a quen vai cos

pelos de punta’

DFXG, GDXL

1.1.2 Falsidade

Expresión Significado Fonte [facer] coma a cabra que pariu para o

lobo

‘engano’ LFCEG

[falso] coma un lobo * ‘refírese á falsidade de

alguén cara ós demais’

EE

ben parva é a ovella que co lobo se

confesa / mal lle vai á ovella que co

lobo se aconsella

* ‘confiar en alguén

hipócrita adoita traer

malas consecuencias’

RGB

lobo con pel/pelica de

carneiro/cordeiro/ovella/año

‘persoa que esconde a súa

agresividade ou maldade

baixo unha aparencia

bondadosa’

DFG, GDXL, EE, EO

meterse o lobo (a) frade ‘dise ironicamente para

mostrar certa reticencia

ante a mudanza para

mellor de alguén’

DFG

ó lobo ‘ás agachadas, sen que se

saiba; a traizón’

DFG

¡palabra!, díxolle o lobo á cabra

(para ver se a aloumiñaba)

* ‘fai referencia a unha

persoa mentireira e

hipócrita’

RGMF, RGB, EE

1.1.3 Maldade/crueldade

Expresión Significado Fonte [ter un peito] coma un lobo ‘crueldade’ LFCEG

do lobo un pelo (aínda que sexa do fío

do lombo) / do lobo, un pelo; e aquel,

do medio do lombo

‘[expresión de

conformidade] máis vale

algo que nada’

DFG, RGMF, RGB

lobo ‘persoa moi cruel’ GDXL

muda o lobo os dentes mais non as

mentes / o lobo muda o pelo mais non

o vezo / o lobo cambiará de pelo pero

non de condición

* ‘refírese a que aínda que

as persoas queiran mudar

de forma de ser, sempre

quedará a súa esencia’

RGB, EE

1.1.4 Valentía

Expresión Significado Fonte [fuxir de alguén] coma o lobo das

ovellas * ‘non ter ningún medo’ LFCEG

[terlle tanto medo a alguén] coma o

lobo á(s) cabra(s)

‘non lle temer en

absoluto’

DFG

[ter peito/valor] coma un lobo ‘valentía’ LFCEG

1.1.5 Intelixencia/sabedoría

Expresión Significado Fonte lobo de mar ‘mariñeiro vello e con

moita experiencia’

DFG, DFXM, DRAG,

GDXL

316

lobo tardeiro non volve baleiroR * ‘refírese a que aquel que

sabe esperar recibe a súa

recompensa’

RGB

1.1.6 Astucia

Expresión Significado Fonte cando o lobo vai roubar, lonxe das

casas vaino buscar

‘astucia’ RGB

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte [oulear o vento] coma un lobo * ‘facer ruído o vento’ LFCEG

ouvear/oulear ‘[vento] emitir, ó soprar,

un son semellante ó

ouveo’

DRAG

ouvear/oulear ‘[persoa] emitir sons

agudos e fortes ou

palabras en voz moi alta’

DRAG, GDXL

1.2.2 Fealdade Expresión Significado Fonte [feo] coma o lobo ‘fealdade’ LFCEG

[ter unha boca] coma un lobo ‘boca fea’ LFCEG

1.2.3 Velocidade

Expresión Significado Fonte [correr] máis có lobo ‘correr moito’ LFCEG

1.2.4 Fortaleza

Expresión Significado Fonte [ter un peito] coma un lobo ‘fortaleza’ LFCEG

1.2.5 Grandura

Expresión Significado Fonte [ter dentes] coma (os dunha) a/unha

loba / [ter dentame] coma a loba

* ‘ter os dentes grandes’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Respecto Expresión Significado Fonte nunca un lobo come a outro / nunca o

lobo mata o lobo / cun lobo non se

mata outro / un lobo a outro lobo non

se comen nin se morden / un lobo

nunca comeu a outro

‘as persoas con intereses

idénticos disimulan

mutuamente os seus

defectos’213

RGMF, RGB, EE

o que a loba fai, o lobo non o desfai ‘autoridade’ RGB

2.1.2 Agrupación

Expresión Significado Fonte

213 Definición tirada do Refranero multilingüe (2016).

317

en/na terra de/dos lobos, ouvea/hai

que ouvear coma todos/coma eles

* ‘fai referencia a que hai

que axeitarse ós costumes

dos lugares onde un se

atopa’

RGMF, RGB, EE, EO

lobos da mesma camada ‘persoas do mesmo rango

ou condición moral que se

moven por intereses afíns’

DFG, EE

TÁBOA 62: LONDRA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Gordura

Expresión Significado Fonte [estar] coma unha londra ‘gordura’ LFCEG

TÁBOA 63: LONGUEIRÓN

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Delgadeza

Expresión Significado Fonte parecer un longueirón ‘estar moi delgado,

esmirrado, chuchado’

DFG

TÁBOA 64: LURA, *CALAMAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Avaricia

Expresión Significado Fonte [tacaño] coma unha lura ‘ser moi tacaño’ DFXG

lura ‘ser tacaño’ DFXG

1.1.2 Astucia/malicia

Expresión Significado Fonte estar feito un bo calamar ‘ser persoa de dubidosa

conduta. Ser un pillabán’

DFXM

1.2 Características físicas

1.2.1 Movemento

Expresión Significado Fonte [tacaño] coma unha luraR ‘ser moi tacaño’ DFXG

luraR ‘ser tacaño’ DFXG

TÁBOA 65: MACACO

318

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia Expresión Significado Fonte facer o macaco ‘facer parvadas’ GDXL

1.1.2 Covardía

Expresión Significado Fonte macaco ‘persoa sen carácter, que

se deixa manexar’

DRAG, GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Fealdade Expresión Significado Fonte macaco ‘persoa pequena, fea e

desproporcionada’

DRAG, GDXL

TÁBOA 66: MACHO/MULA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Teimosía/insistencia Expresión Significado Fonte [testán/teimoso/terco] coma unha

mula / [máis terco] ca unha mula

‘ser moi testán’ DFG, DFXG, LFCEG,

GDXL, EE, EO

estar na mula ‘insistir nun tema’ DFXG, GDXL

1.1.2 Falsidade

Expresión Significado Fonte [falso] coma unha mula ‘moi falso, traidor’ DFXG, EE, EO

1.1.3 Inocencia Expresión Significado Fonte mula criada ó pan ‘persoa ignorante e

bondadosa’

DFXG, GDXL

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato

Expresión Significado Fonte [cargado] coma un macho * ‘ir moi cargado’ LFCEG

[cargar] coma un mulo ‘resistencia’ LFCEG

[ser] coma a mula do arrieiro ‘abuso’ LFCEG

[traballar] coma unha mula * ‘refírese ó feito de

traballar duramente e sen

descanso’

EE

2.1.2 Dominio

Expresión Significado Fonte mandar os machos nos arrieiros ‘invertérense as

xerarquías’

GDXL

319

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte meterse na mula rabena ‘peñorar os bens ou pedir

un empréstito’

DFG

TÁBOA 67: MARRAXO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Gordura

Expresión Significado Fonte bo marraxo ‘ser persoa ancha e grosa’ DFXM

TÁBOA 68: MASCATO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia Expresión Significado Fonte mascato ‘home aparvado ou moi

simple’

GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Cegueira/mala visión

Expresión Significado Fonte [ter] unha vista coma un mascato ‘invidente’ LFCEG

TÁBOA 69: MERLO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Falsidade Expresión Significado Fonte bo merlo ‘ser de pouca confianza’ GDXL

1.1.2 Bondade

Expresión Significado Fonte merlo branco ‘ser unha persoa moi boa’ GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Cor

Expresión Significado Fonte merlo branco ‘ser algo moi raro ou

difícil de encontrar’

GDXL

1.2.2 Ruído

Expresión Significado Fonte

320

botar ó merlo/botar o merlo ‘falar, darlle á lingua’ DFG

TÁBOA 70: MINCHA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Pequenez

Expresión Significado Fonte [pequeno] coma unha mincha ‘raquitismo’ LFCEG

mincha ‘cousa, animal ou persoa

de tamaño moi pequeno’

DRAG, GDXL

TÁBOA 71: MIÑOCA/LOMBRIGA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Pobreza

Expresión Significado Fonte [(máis) pobre] cás miocas/miñocas ‘ser moi pobre’ DFG

andar á miñoca/mioca ‘moi pobremente, de

forma miserable’

DFG, DFXG, GDXL

casar/morrer/vivir á miñoca ‘moi pobremente, de

forma miserable’

DFG, GDXL

tremer á miñoca /mioca ‘tremer co frío’ DFG

1.2 Características físicas 1.2.1 Delgadeza Expresión Significado Fonte [delgado/estar/ser] coma unha

lombriga

‘mirrado’ LFCEG

lombriga ‘persoa moi delgada’ GDXL

1.2.2 Movemento

Expresión Significado Fonte [arrastrarse] coma as miñocas/miocas ‘humillarse’ DFG

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte miñoca ‘individuo de pouco valor

ou valía’

GDXL

TÁBOA 72: MONO/MONA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Insensatez

321

Expresión Significado Fonte mono ‘persoa que fai o mono ou

monadas’

DRAG

monada ‘xesto ou acción propia

dun mono, que fai rir pero

que tamén pode resultar

molesta’

DRAG, GDXL

monada ‘parvada, acción propia

dunha persoa pouca

asisada’

GDXL

pintar/facer a/o mona/o ‘facer o parvo, perder o

tempo’

DFG, DRAG

1.1.2 Ledicia

Expresión Significado Fonte facer o mono ‘enredar, divertirse’ GDXL

facer/pintar a mona ‘facer o gracioso’ GDXL

monada ‘aceno que pretende ser

gracioso’

GDXL

1.1.3 Ridiculez

Expresión Significado Fonte [máis pintado] ca unha mona ‘moi pintado’ DFG

facer/pintar a mona ‘facer o ridículo’ GDXL

mono ‘persoa ridícula’ GDXL

1.1.4 Ociosidade

Expresión Significado Fonte [máis aburrido] ca unha mona ‘moi aburrido’ DFG

1.1.5 Teimosía

Expresión Significado Fonte darlle a mona ‘coller unha teima’ DFG

1.1.6 Benquerenza

Expresión Significado Fonte monada ‘xesto cariñoso’ DRAG

1.1.7 Inmoralidade

Expresión Significado Fonte mono ‘persoa de escasa

moralidade’

GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Beleza

Expresión Significado Fonte monada ‘persoa ou cousa bonita e

agradable, que resulta

atractiva’

DRAG, GDXL

1.2.2 Axilidade

Expresión Significado Fonte

322

[ser] coma un mono ‘subir con facilidade a

todas partes’

EO

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato

Expresión Significado Fonte [corrido] coma unha mona / [máis

corrido] ca unha mona

‘avergonzado, burlado’ DFG, LFCEG, GDXL

[correr] coma unha mona ‘expulsión’ LFCEG

coller unha mona ‘coller unha borracheira’ DFG

durmir a mona ‘durmir despois de

emborracharse’

DFG

TÁBOA 73: MOSCA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Molestia

Expresión Significado Fonte [pesado] coma unha/as mosca/s (de

cabalo/burriqueira)

‘ser moi pesado’ DFG

[pegarse] coma unha mosca ‘compaña’ LFCEG

andar coa mosca no cu / ter a mosca

no cu

‘andar sempre ás présas, a

correr’

DFG

mosca ‘persoa pesada e molesta’ GDXL

moscón ‘persoa molesta’ RAG, GDXL

por se as moscas ‘como medida de

prevención’

DFG, GDXL

1.1.2 Insignificancia

Expresión Significado Fonte non matar unha mosca / ser incapaz

de matar unha mosca

‘(non) facer mal, ser

persoa boa e inofensiva’

DFG, DRAG, GDXL

non se pousar unha mosca [en alguén] ‘ter moito poder unha

persoa, de modo que

ninguén se atreve a

contrariala’

DFG, DFXG

non se ver unha mosca ‘[expresión ponderativa]

non se ver ninguén’

DFG

1.1.3 Inocuidade

Expresión Significado Fonte mosca morta ‘ser hipócrita’ DFG, DRAG, GDXL

1.1.4 Indefensión

Expresión Significado Fonte [estar] coma a mosca na tea da araña ‘dificultade grave’ LFCEG

1.2 Características físicas

323

1.2.1 Silencio

Expresión Significado Fonte [máis calado] ca unha mosca ‘silencio’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Inutilidade Expresión Significado Fonte aramos! — díxolle a mosca ó boi *‘critica ós que presumen

de levar a cabo un traballo

que fan outros’

RGB

2.2 Animal-animal 2.2.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte [acudir/ir] coma as moscas arredor do

mel

‘acudir en gran número’ DFG

[caer/morrer] coma moscas ‘caer facilmente e en

cantidade’

DFG, DRAG, GDXL

[chover xente] coma moscas ‘aglomeración’ LFCEG

[haber algo/ter] coma moscas (no mes

de agosto) / coma moscas ó mel

‘haber en gran cantidade’ DFG, LFCEG

[ser/estar] coma moscas (na merda) ‘en gran cantidade’ GDXL, EO

TÁBOA 74: MOUCHO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Soidade

Expresión Significado Fonte [estar metido na casa] coma un

moucho

‘agocharse’ LFCEG

[so/soíño] coma un moucho ‘soidade’ LFCEG

moucho ‘ser pouco falador ou

pouco sociable’

GDXL, EO

1.1.2 Seriedade

Expresión Significado Fonte [estar/ser/serio] coma o/un moucho /

[máis serio] ca un moucho

‘ser pouco animoso,

calado e ensimesmado’

DFG, EE

moucho ‘ser persoa moi seria’ EE

1.1.3 Tristeza

Expresión Significado Fonte [andar/estar] coma un moucho ‘tristeza’ LFCEG

1.1.4 Intelixencia

Expresión Significado Fonte [listo] coma un moucho * ‘fai referencia a unha

persoa moi lista’

EE

324

1.2 Características físicas

1.2.1 Fealdade

Expresión Significado Fonte [feo] coma un moucho ‘moi feo’ DFXG, LFCEG, GDXL,

EO

TÁBOA 75: OSO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Fortaleza

Expresión Significado Fonte [máis forte] ca un oso ‘ser moi forte’ DFG

oso ‘persoa moi forte’ GDXL

1.1.2 Grandura

Expresión Significado Fonte [máis grande] ca un oso ‘ser moi grande’ DFG

oso ‘persoa moi grande’ DFG

1.1.3 Fealdade

Expresión Significado Fonte [feo] coma un oso ‘fealdade’ LFCEG

TÁBOA 76: OSTRA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Ausencia de movemento

Expresión Significado Fonte [aburrirse] coma unha ostra / [máis

aburrido] ca unha ostra

‘aburrirse moito’ DFG, LFCEG

TÁBOA 77: OURIZO/OURIZO CACHO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Fealdade

Expresión Significado Fonte [feo] coma un ourizo cacho / [máis

feo] ca un ourizo cacho

‘moi feo’ DFXG, LFCEG

1.1.2 Aspereza

Expresión Significado Fonte [cariñoso] coma un ourizo ‘aspereza’ LFCEG

2 Valoración

325

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte o ourizo tamén Deus o fixo * ‘expresión que

recomenda o respecto por

todas persoas, e o trato

como iguais’

RGB

TÁBOA 78: PAPAGAIO/*LORO/*COTORRA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Ruído

Expresión Significado Fonte [falar/ser/parolar] coma un loro /

cotorra / papagaio / [falar máis] ca un

loro

‘falar moito’ LFCEG, EE, EO

papagaio ‘persoa moi faladora’ DRAG, GDXL

TÁBOA 79: PARRULO/PATO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Mansedume

Expresión Significado Fonte [manso/ser] coma un pato ‘ser moi manso’ DFG

1.1.2 Inocencia

Expresión Significado Fonte parrulo ‘persoa inxenua e sen

malicia’

DRAG, GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte [nadar] coma un parrulo ‘nadar moi ben.

Desprazarse con

facilidade sobre a auga’

DFXM, LFCEG

TÁBOA 80: PEGA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia

Expresión Significado Fonte [máis alegre] ca unha pega sen rabo ‘moi alegre’ DFXG, GDXL

1.1.2 Intelixencia

Expresión Significado Fonte

326

[listo] coma unha pega * ‘refírese a unha persoa

intelixente’

EE

1.1.3 Coidado

Expresión Significado Fonte onde a pega ten o ollo, alí ten o seu

ovo

* ‘fai referencia a que

cando algo é importante

cómpre protexelo’

RGB

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte di a pega e todos din dela * ‘refírese a unha persoa

faladora, concretamente a

que fala dos demais’

RGB

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte díxolle o corvo á pega: bótate

alá/saca para alá, que es negra!

* ‘refírese a quen despreza

alguén sen se dar conta

que presenta as mesmas

características negativas

que critica’

RGB, EE

TÁBOA 81: PERDIZ

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Soidade

Expresión Significado Fonte [andar] coma a perdiz polo aire ‘soidade’ LFCEG

1.1.2 Liberdade

Expresión Significado Fonte [libre] coma unha perdiz ‘liberdade’ LFCEG

TÁBOA 82: PERIQUITO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Ledicia

Expresión Significado Fonte

[andar] coma un periquito ‘ledicia’ LFCEG

TÁBOA 83: PIOLLO

1 Relacións

1.1 Animal-animal 1.1.1 Agrupación

327

Expresión Significado Fonte [andar bastos] coma piollos ‘abundancia,

aglomeración’

LFCEG

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte [malo/ruín] coma os piollos ‘ruindade’ LFCEG

piolloso/piollento ‘miserable ou inmundo’ RAG, GDXL

TÁBOA 84: PISCO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Pequenez

Expresión Significado Fonte [comer] coma un pisco ‘comer moi pouco’ DFXG, LFCEG

[lixeiro] coma o pisco ‘ser moi lixeiro’ DFG

1.1.2 Velocidade

Expresión Significado Fonte [lixeiro] coma o piscoR ‘ser moi lixeiro’ DFG

TÁBOA 85: *PULPO (POLBO)

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Hábitat

Expresión Significado Fonte [estar máis despistado] ca un pulpo

nun garaxe

‘non prestar atención. Non

estar pendente do que se

está a facer’

DFXM

1.1.2 Suxeición

Expresión Significado Fonte [apegarse a alguén] coma un pulpo ‘compaña molesta’ LFCEG

1.1.3 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte [ser] coma un pulpo ‘ser moi sobón, tocón’ DFXM, LFCEG, EO

TÁBOA 86: POMBO/POMBA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Sociabilidade

Expresión Significado Fonte [sinxelo] coma unha pomba ‘manso’ LFCEG

328

pomba ‘persoa de carácter afable’ GDXL

pomba ‘político ou militar

partidario de posturas

dialogantes co inimigo

para buscar a paz [en

oposición ó falcón,

partidario de posturas

duras e agresivas]’

GDXL

1.1.2 Amorosidade

Expresión Significado Fonte [amarse] coma dous pombos * ‘amarse con

intensidade’

LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Cor

Expresión Significado Fonte [branco/nidio] coma unha/a pomba * ‘moi branco’ LFCEG

1.2.2 Beleza

Expresión Significado Fonte [guapa] coma unha pomba ‘beleza’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte [amarse] coma dous pombosR * ‘amarse con

intensidade’

LFCEG

TÁBOA 87: PORCO/COCHO/PORCA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte [caerlle tan ben/quedar] coma a corbata a

un porco

* ‘resultar impropio para

unha determinada

situación’

LFCEG, EO

[maleducado/ir criado] coma un porco ‘úsase para ponderar a

mala educación de

alguén’

DFG, LFCEG

[ser] coma botar pérolas/perlas ós porcos ‘inutilidade’ LFCEG

animal de bellota ‘persoa bruta’ EO

cocho/porco ‘persoa maleducada’ GDXL

cocho/porco ‘que é malfalado e

emprega palabras bastas’

GDXL

fai/facede corte que porco xa temos /

Deus dea cortello que porcos xa hai (de)

abondo

‘díselle a alguén cando

fai algo que se considera

groseiro ou de mal

gusto’

DFG

329

fozar ‘traballar en calquera

cousa a medias e sen

maña’

DRAG, GDXL

fozar ‘andar en algo alterando

a súa disposición’

DRAG, GDXL, EO

fozón ‘pouco hábil, que fai as

cousas torpemente ou

sen coidado’

GDXL, DRAG

fozón ‘moi desordenado nas

súas cousas [dito da

persoa]’

GDXL, DRAG

non se fixo o mel para o fociño do porco * ‘dá conta dunha

situación ou cousa

inadecuada para certas

persoas’

RGMF, RGB

porco ‘que fere o pudor ou a

honestidade [adxectivo]’

DRAG

1.1.2 Gula

Expresión Significado Fonte [andar] coma o porquiño de Santo

Antonio

‘andar comendo cada día

nunha casa’

DFXG

[comer/darlle cun caldeiro] coma un/os

porco/s

‘comer moito’ LFCEG, EE

[ir cheo] coma un porco ‘fartura’ LFCEG

[ser] coma o porquiño de Santo Antón ‘ser persoa que nada

despreza, todo lle vai

ben [sobre todo

referíndose á comida]’

DFXG

comerlle a lingua o porco [a alguén] ‘dise a quen (ou de quen)

fala moi pouco’

DFXG

onde hai bocadiño, alí está o bacoriño ‘amizade interesada’ RGB

o porco celeiro non quer compañeiro /

bacoriño de/en celeiro non quere

compañeiro

* ‘fai referencia a

aquelas persoas que

prefiren estar soas nunha

determinada situación

para tirar beneficio de

algo’

RGMF, RGB

porco de Santo Antón ‘aplícase á persoa que

come o que non comeron

os máis’

GDXL

roerlle a porca os libros [a alguén] ‘dise do que non estuda

por ser un lacazán’

DFG

1.1.3 Inmoralidade

Expresión Significado Fonte cochada / porcada / porcallada ‘acción innobre ou

inxusta con que se

prexudica a alguén’

DRAG, GDXL

cocho/porco ‘que actúa ou se

comporta sen escrúpulos,

sen nobreza, mesmo

prexudicando os demais’

DRAG, GDXL

330

porco ‘que é indigno dunha

persoa’

GDXL

1.1.4 Agresividade

Expresión Significado Fonte coller o porco polo rabo ‘afrontar o problema con

valentía’

DFXG

coller o porco polo rabo ‘cometer unha

equivocación’

DFG, GDXL

1.1.5 Indolencia/boa vida

Expresión Significado Fonte fozar ‘traballar sen que se vexa

ningun resultado’

GDXL

ben boa vida pasa o porco, e mais dorme

no cortello

* ‘dise de quen non

traballa mais leva unha

boa vida’

LFCEG

1.1.6 Soidade

Expresión Significado Fonte cada porco ó seu cortello ‘cada un que se meta nos

seus asuntos’

DFG

o porco celeiro non quer compañeiro /

bacoriño de/en celeiro non quere

compañeiroR

* ‘fai referencia a

aquelas persoas que

prefiren estar soas nunha

determinada situación

para tirar beneficio de

algo’

RGMF, RGB

1.1.7 Egoísmo

Expresión Significado Fonte [egoísta] coma un porco ‘úsase para ponderar o

acusado egoísmo de

alguén’

DFG

1.1.8 Teimosía

Expresión Significado Fonte [teimoso/teimudo/terco/cabezudo/turrón]

coma un porco / [ser] coma os cochos

‘moi teimoso’ DFXG, LFCEG, EO

1.1.9 Estulticia

Expresión Significado Fonte animal de bellota ‘persoa parva’ EO

1.2 Características físicas

1.2.1 Sucidade

Expresión Significado Fonte [estar] coma un cocho ‘estar sucio’ GDXL

[estar/ser] coma un cortello (dos porcos) ‘[referido a un espazo ou

lugar] estar

completamente

desordenado e sucio’

DFG, LFCEG

[sucio] coma un porco ‘úsase para ponderar o

aspecto sucio de alguén’

DFG

cocho/porco/marrán/porcallán/

porcalleiro

‘persoa que está ou anda

sucia ou mal amañada’

DRAG, GDXL

331

cocho/marrán/porco/porcón/

porcallán/porcallón

‘que fai as cousas con

pouco coidado e

limpeza’

GDXL, DRAG

cortello dos porcos ‘[referido a un espazo ou

lugar] estar

completamente

desordenado e sucio’

DFG

porco ‘que ten sucidade’ DRAG, GDXL

1.2.2 Movemento

Expresión Significado Fonte fozarR ‘andar en algo alterando

a súa disposición’

DRAG, GDXL, EO

fozarR ‘traballar en calquera

cousa a medias e sen

maña’

DRAG, GDXL

fozarR ‘traballar sen que se vexa

ningun resultado’

GDXL

fozón ‘que se mete en todo

[dito da persoa]’

GDXL

fozónR ‘moi desordenado nas

súas cousas [dito da

persoa]’

GDXL, DRAG

fozónR ‘pouco hábil, que fai as

cousas torpemente ou

sen coidado’

GDXL, DRAG

1.2.3 Bo ouvido

Expresión Significado Fonte [oír] coma os cochos *‘oír moi ben’ LFCEG

[oír mellor] ca unha porca parida *‘oír moi ben’ LFCEG

1.2.4 Ruído

Expresión Significado Fonte [roncar/ronquexar] coma un porco/cocho ‘roncar’ LFCEG

1.2.5 Grandura

Expresión Significado Fonte [ser/estar] coma un cocho ‘[expresión de valor

superlativo] moito, de

xeito esaxerado ou

excesivo’

DFG, GDXL

1.2.6 Fortaleza

Expresión Significado Fonte [ter/dar forza] coma o porco no fociño * ‘ter/dar moita forza’ LFCEG

1.2.7 Gordura

Expresión Significado Fonte [estar/gordo] coma un cocho/porco

(cebado/louseño/inglés)

‘estar moi gordo’ LFCEG, GDXL

1.2.8 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte

332

cachola ‘cabeza das persoas’ DRAG

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade Expresión Significado Fonte saírlle a porca capada [a alguén] ‘levar un chasco, resultar

as cousas ó revés de

como se esperaba’

DFG

3 Valoración

3.1 Mala valoración

Expresión Significado Fonte a carne de burro non é transparente

(RESPOSTA: ollos de porco mírano todo)

* ‘dise cando alguén

molesta nun determinado

lugar, normalmente

diante do noso campo

visual’

RGMF, RGB, EE, EO

sempre un ruín porco ha topar unha boa

landra / sempre o porco ruín ha topar

cunha boa castaña / o peor porco come a

mellor landra

‘dise cando ten sorte

alguén que non a

merece’

DFXG, RGMF, RGB

TÁBOA 88: PULGA

1 Caracterización

1.2 Características físicas

1.2.1 Pequenez

Expresión Significado Fonte [pequeno/ser alto] coma unha pulga ‘raquitismo’ LFCEG

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte [malo] coma as pulgas ‘ruindade’ LFCEG

TÁBOA 89: QUENLLA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Altura Expresión Significado Fonte [estar] coma unha quenlla ‘ser moi alto’ DFG

1.1.2 Delgadeza Expresión Significado Fonte [estar] coma unha quenllaR ‘ser moi delgado’ DFG

TÁBOA 90: RA

333

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Gordura

Expresión Significado Fonte [inchado] coma a ra ‘fachenda’ LFCEG

TÁBOA 91: RABADA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte [ter a boca] coma unha rabada ‘ser bocalana; falar moito

ou de máis’

DFG

TÁBOA 92: RATA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia

Expresión Significado Fonte rata ‘ser astuto, ser hábil’ GDXL

1.1.2 Insignificancia

Expresión Significado Fonte nin unha rata ‘ninguén en absoluto’ DFG

1.1.3 Pobreza

Expresión Significado Fonte [pobre] coma unha/as rata/s ‘ser moi pobre’ DFG, LFCEG, EE

1.1.4 Inmoralidade

Expresión Significado Fonte rata ‘ser desprezable’ GDXL

1.1.5 Avaricia

Expresión Significado Fonte rata ‘persoa agarrada’ EE

1.2 Características físicas

1.2.1 Hábitat

Expresión Significado Fonte rata de biblioteca ‘persoa moi amiga de

buscar e investigar nos

libros máis raros e

esquecidos dunha

biblioteca’

GDXL

TÁBOA 93: RATO

334

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia/sabedoría

Expresión Significado Fonte [fino/agudo/esperto/vivo/ser] coma un

rato / [máis fino] ca un rato

‘moi listo’ DFXG, LFCEG

o rato di: ‘que parvo é o home que

come do meu cu e non come da miña

boca’

* ‘expresión que se di

cando alguén é intelixente,

aínda que non o pareza’

EE

o rato vello non cae na rateira * ‘fai referencia ás persoas

con experiencia na vida’

RGB

1.1.2 Gula

Expresión Significado Fonte [presumir] máis ca un rato enriba dun

queixo

‘presumir moito. Ser moi

presumido’

DFXG, LFCEG

[rillar] coma un rato ‘ser comellón’ EE

coméronche/lle a lingua os ratos ‘dise a quen (ou de quen)

fala moi pouco’

DFXG

1.1.3 Prevención

Expresión Significado Fonte [ter] coma o rato na rateira ‘gardar’ LFCEG

1.1.4 Roubo

Expresión Significado Fonte ratear ‘furtar con disimulo’ GDXL

1.1.5 Astucia

Expresión Significado Fonte moito sabe o rato pero máis sabe o

gato

‘picardía’ RGMF, RGB

1.2 Características físicas

1.2.1 Pequenez

Expresión Significado Fonte [pequeno] coma un/os rato/s ‘ser moi pequeno’ DFG, LFCEG

1.2.2 Silencio

Expresión Significado Fonte [calar/caladiño/calado] coma un rato/

coma ratos

‘gardar silencio’ DFG, LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Inimizade

Expresión Significado Fonte [ser] coma o gato e o rato ‘inimizade’ LFCEG

335

cando o gato non está, os ratos bailan

/ na casa que non hai gatos, campan os

ratos/non faltan ratos

* ‘fai referencia á

ausencia dunha

autoridade, ó arriscado

que resulta, ás veces,

desatender unha

responsabilidade ou

simplemente baixar a

garda’

EE

o rato e o gato non comen no mesmo

prato

‘inimizade’ RGB

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte entre o rato e o león non hai

comparación

* ‘refírese a que non se

poden comparar dúas

realidades completamente

diferentes’

RGB

máis vale ser cabeza de rato ca rabo

de gato

‘superioridade xerárquica’ RGB

TÁBOA 94: REISEÑOR

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [cantar] coma un reiseñor/rousinol ‘cantar ben’ LFCEG, EE

TÁBOA 95: RULA/ROLA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Amorosidade

Expresión Significado Fonte [amarse] coma rulas * ‘amarse intensamente’ LFCEG

[amoroso] coma unha rula ‘amabilidade’ LFCEG

miña rola/rula/roliña/ruliña ‘expresión de cariño

aplicada a quen se quere

ben’

DRAG, GDXL

1.1.2 Ledicia

Expresión Significado Fonte [contento/quedar] coma un rulo ‘ledicia’, ‘satisfeito’ LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [cantar] coma a/unha rula ‘cantar ben’ LFCEG

336

1.2.2 Beleza

Expresión Significado Fonte [lindo] coma unha rula * ‘dise da persoa que

destaca pola súa

fermosura’

EE

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte [amarse] coma rulasR * ‘amarse intensamente’ LFCEG

TÁBOA 96: SAMBESUGA/SAMESUGA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Aproveitamento

Expresión Significado Fonte sambesuga/samesuga ‘persoa que se aproveita

doutras vivindo a conta

delas ou quitándolles o

diñeiro pouco a pouco’

DRAG, GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Suxeición

Expresión Significado Fonte [agarrarse] coma unha samesuga ‘compaña molesta’ LFCEG

TÁBOA 97: SAPO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Preguiza

Expresión Significado Fonte [ter unha pachorra] coma un sapo * ‘ter calma’ LFCEG

1.1.2 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte botar/cuspir cobras e sapos (pola

boca)

‘proferir blasfemias,

insultos e inxurias’

DFG, GDXL

1.1.3 Ira

Expresión Significado Fonte [inchado] coma un sapo ‘de mal humor’ DFXG, LFCEG

1.1.4 Insignificancia

Expresión Significado Fonte cando naceu o sapo, naceu a sapa ‘expresa que cadaquén ten

a súa parella en algures,

por eivas que teña’

DFXG, EO

1.2 Características físicas

337

1.2.1 Torpeza

Expresión Significado Fonte [caer espatarrado] coma un sapo * ‘caer de cheo e

espernexar no chan’

LFCEG

[correr/lento] coma o/un sapo pola/na

cinza

‘non ser dilixente, obrar

lentamente nun asunto’

GDXL, LFCEG

1.2.2 Lentitude

Expresión Significado Fonte [correr/lento] coma o/un sapo pola/na

cinzaR

‘non ser dilixente, obrar

lentamente nun asunto’

GDXL, LFCEG

[ser peor] ca un sapo entre as

muruxas

‘lentitude’ LFCEG

1.2.3 Fealdade

Expresión Significado Fonte [feo] coma a cabeza dun sapo ‘fealdade’ LFCEG

cara de sapo * ‘cara fea’ EE

1.2.4 Resistencia

Expresión Significado Fonte [duro] coma un sapo ‘dureza’ LFCEG

1.2.5 Grandura

Expresión Significado Fonte [grande] coma a cabeza dun sapo ‘grande’ LFCEG

1.2.6 Gordura

Expresión Significado Fonte [ir/vir/estar/quedar/cheo] coma un

sapo

‘fartura’ LFCEG

1.2.7 Pequenez

Expresión Significado Fonte [cativo] coma un sapo ‘pequeno’, ‘raquitico’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-Animal 2.1.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte cando naceu o sapo, naceu a sapaR ‘expresa que cadaquén ten

a súa parella en algures,

por eivas que teña’

DFXG, EO

TÁBOA 98: SARDIÑA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Delgadeza

Expresión Significado Fonte

338

[gordo/estar] coma unha sardiña

polo/pola punta do rabo

‘mirrado’ LFCEG, EO

TÁBOA 99: TARTARUGA/*TORTUGA/SAPOCONCHO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Lentitude

Expresión Significado Fonte [correr máis] ca unha tortuga / [lento]

coma unha turtuga

‘correr pouco’ LFCEG, EE

a paso de tortuga *‘moi lento’ EE

tartaruga ‘persoa moi lenta’ GDXL

1.1.2 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte ter máis cunchas ca un sapoconcho * ‘ser unha persoa

experimentada’

LFCEG

TÁBOA 100: TEIXUGO/PORCO TEIXO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade

Expresión Significado Fonte coller un porco teixo polo rabo ‘equivocarse’ GDXL

poñerse/porse teixo ‘arrepoñerse, enfrontarse’ GDXL

1.1.2 Teimosía

Expresión Significado Fonte [*terco] coma un teixugo * ‘fai referencia á teimosía

de alguén’

EE

1.1.3 Soidade/independencia

Expresión Significado Fonte [ser] coma un teixo ‘pouco sociable’ GDXL

1.1.4 Falsidade

Expresión Significado Fonte teixo/teixugo ‘que inspira pouca

confianza’

GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Fealdade

Expresión Significado Fonte [feo] coma un teixugo ‘fealdade’ LFCEG

1.2.2 Gordura

Expresión Significado Fonte [bolecho/gordo] coma un porco

teixo/teixugo

‘gordura’ LFCEG

339

1.2.3 Resistencia

Expresión Significado Fonte [duro] coma un teixugo ‘moi duro, moi resistente’ DFXG, LFCEG, GDXL

TÁBOA 101: TOUPA/TOUPEIRA/*TOPO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia

Expresión Significado Fonte [cego] coma unha toupa ‘ser incapaz de ver o

evidente’

DFG

[ter menos miras] ca un topo * ‘fai referencia a unha

persoa pouco intelixente’

EE

toupa/toupeira ‘persoa pouco espelida’ GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Cegueira/mala visión

Expresión Significado Fonte [cego/cegar/estar cego] coma unha

toupa

‘ver moi pouco ou non ver

nada’

DFG, DFXG, LFCEG,

EE

[facer] coma o/a toupo/a (que

cambiou/mudou os ollos polo rabo) /

[cambiar / trocar os ollos polo rabo]

coma a toupa / [cambiar o rabo polos

ollos] coma a toupa)

‘saír perdendo nun troco’ DFG, LFCEG, EO

toupa/toupeira ‘persoa que ve moi pouco’ DRAG, GDXL, EE

1.2.2 Hábitat

Expresión Significado Fonte [quedar] coma as toupas ‘marxinado’ LFCEG

toupa/toupeira ‘persoa que vive agochada

durante anos por medo

[especialmente por

motivos políticos]’

GDXL

toupa/toupeira ‘persoa infiltrada nunha

organización para asexar

os seus movementos’

GDXL

TÁBOA 102: TROITA

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Velocidade

Expresión Significado Fonte [irse] coma a troita nadando * ‘irse a grande

velocidade’

LFCEG

1.1.2 Delgadeza

Expresión Significado Fonte

340

[fino] coma unha troita * ‘aspecto fino ou esvelto’ LFCEG

TÁBOA 103: VÍBORA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade

Expresión Significado Fonte víbora ‘persoa maledicente’ DRAG, GDXL

1.1.2 Maldade/ruindade

Expresión Significado Fonte [ser/malo] coma unha víbora ‘ruindade’ LFCEG, EE

[ter a lingua] coma unha víbora ‘dise de quen badúa ou

esbardalla atacando a

alguén’

DFG, DFXG, LFCEG

lingua de víbora ‘lingua ferinte, mordaz’ DFG, EE

niño de víboras ‘grupo de xente mala’ DRAG

víboraR ‘persoa maledicente’ DRAG, GDXL

víbora ‘persoa malvada, de mal

xenio ou mala lingua’

DRAG, GDXL

TÁBOA 104: VOITRE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Maldade/crueldade

Expresión Significado Fonte voitre ‘persoa desalmada e cruel’ GDXL

TÁBOA 105: XABARIL/PORCO BRAVO/*JABALÍ

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Agresividade

Expresión Significado Fonte [ser] coma un porco bravo ‘ira’ LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Fortaleza

Expresión Significado Fonte jabalí ‘home forte’ EE

1.2.2 Grandura

Expresión Significado Fonte jabalí ‘home grande’ EE

341

TÁBOA 106: XÍLGARO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia

Expresión Significado Fonte [ledicioso] coma un xílgaro ‘ledicia’ LFCEG

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [tocar] coma un xílgaro * ‘interpretar ben unha

peza musical’

LFCEG

TÁBOA 107: XOANIÑA

1 Valoración

1.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte ser a xoaniña (dos ollos) [de alguén] ‘ser unha persoa moi

querida e apreciada’

DFG

342

ANEXO 2: EXPRESIÓNS FIGURADAS CONSTRUÍDAS CON

PALABRAS RELACIONADAS CON MÁIS DUN ANIMAL

A seguir presentamos 40 táboas nas que se insiren expresións figuradas construídas con

referentes que gardan relación, dun xeito ou doutro, con dous ou máis animais. Insírense

aquí aqueles referentes que se caracterizan por ser xenéricos (animal, ave, besta, fera,

bicho, paxaro, peixe...), por designar grupos de animais (camada ou bandada), por facer

referencia ás partes do corpo de dous ou máis animais diferentes (bandullo, cuncha,

fociño...) e ás accións que estes realizan (couce, coucear, turrar...); por ser ruídos

emitidos por dous ou máis animais (bradar, bruar, bufar...) e por designaren os lugares

onde estes habitan (cortello, cubil...). Agrupamos en cada táboa as palabras pertencentes

á mesma familia léxica (animal, animalada, animalizar). Introducimos os derivados

directos do substantivo inicial (besta > bestial) pero non os derivados que xorden do

adxectivo (bestial > bestialidade).

No caso de que as palabras se relacionen cun animal específico (cachola, ladrar, miañar,

cacarexar...) as expresións nas que se insiren sitúanse nas táboas dedicadas a cada animal

concreto (porco, can, gato, galiña ...) que se poden consultar no anexo 1 deste traballo.

TÁBOA 1: ANIMAL

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Brutalidade Expresión Significado Fonte [ser] coma animais / coma un animal

(fóra a alma)

‘bruto’ LFCEG

animal ‘persoa que se comporta

con brusquidade e

violencia; besta, brután,

bruto’

DRAG, GDXL

animalizar(se) ‘volver(se) bruto coma un

animal’

GDXL

1.1.2 Insensatez Expresión Significado Fonte animal ‘que actúa sen facer uso

da razón’

DRAG

animalada ‘dito que está fóra de

razón ou de lóxica’

DRAG, GDXL

facer o animal ‘comportarse de xeito

irracional’

GDXL

1.1.3 Estulticia Expresión Significado Fonte

343

animal ‘persoa ignorante, pouco

ou nada instruída’

GDXL

1.1.4 Torpeza Expresión Significado Fonte animalizarse ‘volverse torpe coma un

animal’

GDXL

1.1.5 Laboriosidade

Expresión Significado Fonte [traballar] coma un animal ‘traballar moito’ GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Grandura

Expresión Significado Fonte animalada ‘cantidade moi grande ou

excesiva de algo’

DRAG

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte animalizar ‘facer que unha persoa se

degrade na súa condición

humana ata semellarse a

un animal’

DRAG, GDXL

TÁBOA 2: ARRE/XO

1 Relacións

1.1 Home-animal 1.1.1 Utilidade Expresión Significado Fonte (ou) arre ou xo ‘díselle a alguén para que

tome unha decisión’

DFXG

nin arre nin xo / nin tanto arre que

corra nin tanto xo que pare

‘expresión coa que se

comenta a indefinición

dunha persoa ou unha

cousa. Equivale a nin

unha cousa nin a outra’

DFXG, RGMF, EE

TÁBOA 3: AVE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia Expresión Significado Fonte [listo] coma unha ave ‘ser moi astuto. Moi listo’ DFXM, LFCEG

1.1.2 Ambición Expresión Significado Fonte ave de rapina ‘persoa ambiciosa que

utiliza a violencia para

apropiarse do alleo’

DFG, GDXL

344

1.1.3 Agresividade

Expresión Significado Fonte ave de rapina ‘persoa ambiciosa que

utiliza a violencia para

apropiarse do alleo’

DFG, GDXL

1.1.4 Roubo

Expresión Significado Fonte ave de rapinaR ‘persoa ambiciosa que

utiliza a violencia para

apropiarse do alleo’

DFG, GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte

[áxil] coma unha ave ‘moi áxil e lixeiro’ DFG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte unha ave soila non canta nin chora * ‘todas as persoas

precisan compañía’

RGB

2.1.2 Inimizade Expresión Significado Fonte dúas aves rapiñeiras fan malas

compañeiras

* ‘as persoas ambiciosas

non gardan boa relación

entre si’

RGB

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte ave de mal agoiro ‘persoa que anuncia malos

presaxios’

DFG, GDXL

TÁBOA 4: BANDADA

1 Relacións

1.1 Animal-animal 1.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte bandada ‘grupo numeroso de

persoas que se moven

xuntas’

DRAG, GDXL

TÁBOA 5: BANDULLO

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte

345

bandullo ‘[coloquialmente]

estómago dunha persoa’

DRAG, GDXL

TÁBOA 6: BESTA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte [cariñoso] coma unha besta brava ‘aspereza’ LFCEG

abestar(se) ‘volverse bruto coma un

animal’

DRAG, GDXL

besta (brava) ‘persoa falta de delicadeza

e amabilidade’

DRAG, GDXL

besta parda/negra/moura ‘ser moi bruta;

desapiadada e cruel’

DFG, GDXL

bestial ‘[cousa] que comporta

violencia e crueldade’

DRAG, GDXL

mala besta ‘ser moi bruta;

desapiadada e cruel’

DFG, GDXL

1.1.2 Estulticia Expresión Significado Fonte

[estúpido] coma unha besta ‘parvo’ LFCEG

[ser peor] ca unha besta ‘ser moi parvo, moi

animal’

DFG

besta ‘persoa pouco intelixente’ GDXL

1.1.3 Maldade Expresión Significado Fonte

besta parda/negra/mouraR ‘ser moi bruta;

desapiadada e cruel’

DFG, GDXL

bestialR ‘[cousa] que comporta

violencia e crueldade’

DRAG, GDXL

mala bestaR ‘ser moi bruta;

desapiadada e cruel’

DFG, GDXL

1.1.4 Teimosía Expresión Significado Fonte [testán] coma unha besta * ‘persoa teimuda’ EE

1.1.5 Torpeza

Expresión Significado Fonte

abestar(se) ‘volverse torpe coma un

animal’

DRAG, GDXL

1.1.6 Laboriosidade

Expresión Significado Fonte [traballar] coma unha besta ‘traballar moito’ DFG

1.1.7 Obediencia

Expresión Significado Fonte

346

[facer] coma a besta do arrieiro que

leva viño e bebe auga

‘obediencia’ LFCEG

1.2 Características físicas 1.2.1 Resistencia Expresión Significado Fonte besta ‘persoa de moita

resistencia’

GDXL

1.2.2 Grandura

Expresión Significado Fonte

bestial ‘que é moi bo, moi grande

ou moi intenso’

DRAG, GDXL

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato Expresión Significado Fonte

a besta amatada de lonxe ve vir a

albarda

‘experiencia’ RGB

besta de arrieiro/de carga ‘persoa moi castigada,

moi sufrida’

DFG

2.1.2 Utilidade

Expresión Significado Fonte o que ten besta e anda/vai a pé máis

besta el é

* ‘fai referencia a algo

que resulta ilóxico’

RGMF, RGB

3 Valoración

3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte

besta negra ‘persoa ou cousa que

provoca especial

rexeitamento ou que

constitúe a principal

dificultade para algo’

DRAG

TÁBOA 7: BICHO/BICHA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Maldade

Expresión Significado Fonte [mala] coma unha bicha * ‘moi mala’ EE

(mal)bicho ‘mala persoa’ GDXL

1.1.2 Malicia

Expresión Significado Fonte bicharía ‘acción propia dunha

persoa maliciosa’

DRAG

1.1.3 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte

347

bicho ‘persoa que ten cara ós

demais a brutalidade dun

bicho’

DRAG

1.1.4 Inquietude

Expresión Significado Fonte

bicho ‘ser un neno moi

argalleiro’

GDXL

1.1.5 Agresividade Expresión Significado Fonte bicho ‘persoa que ten mal xenio

e é pouco amiga de

relacionarse cos demais’

GDXL

1.1.6 Extravagancia

Expresión Significado Fonte bicho raro ‘persoa extravagante’ GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Fealdade Expresión Significado Fonte bicho ‘persoa de aspecto

ridículo’

GDXL

TÁBOA 8: BICO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Enfado

Expresión Significado Fonte estar de bico retorto ‘mostrando anoxo,

enfado’

DFG

torcer/revirar o bico ‘facer xestos de

desaprobación ou enfado

coa cara’

DFG, DRAG, GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte bico ‘parte da cara das persoas

e dalgúns animais

composta polo queixelo,

pola boca e mais polo

nariz’

DRAG, GDXL

calar/pechar o bico ‘non falar, silenciar un

asunto’

DFG, GDXL

non haber onde pousar o bico ‘dise para referirse a unha

situación que se dá por

perdida ou que xa non ten

remedio’

DFXG, GDXL

ter bico de pobre ‘gustarlle o mellor, ter bo

gusto [xeralmente referido

ese «bo gusto» ás

mulleres]’

DFG

348

ter moito bico ‘ter moita labia’ GDXL

ter o bico redondo ‘ser exquisito para comer’ DFG

untarlle o bico [a alguén] ‘subornalo’ DFG

TÁBOA 9: BRADAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Ira

Expresión Significado Fonte bradar ‘berrar moito en

momentos de dor e

carraxe [unha persoa]’

GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte bradar ‘[persoa] lanzar sons

agudos e fortes ou

palabras en voz moi alta’

DRAG

bradarR ‘berrar moito en

momentos de dor e

carraxe [unha persoa]’

GDXL

bradar ‘pedir auxilio a grandes

voces’

GDXL

brado ‘son agudo ou palabras

emitidas con forza e en

voz alta a causa do terror,

medo, dor etc.’

DRAG, GDXL

TÁBOA 10: BUFAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Ira

Expresión Significado Fonte bufar ‘manifestar cólera ou

desesperación [unha

persoa]’

DRAG, GDXL

bufar ‘rosmar, protestar entre

dentes’

GDXL

1.1.2 Fachenda/arrogancia

Expresión Significado Fonte bufar ‘ter moitos fumes’ GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte

349

bufarR ‘manifestar cólera ou

desesperación [unha

persoa]’

DRAG, GDXL

bufarR ‘rosmar, protestar entre

dentes’

GDXL

TÁBOA 11: CAMADA

1 Relacións

1.1 Animal-animal 1.1.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte camada ‘grupo de poboación con

características comúns’

DRAG, GDXL

ser da mesma camada/dunha camada ‘ser da mesma condición

negativa’

DFG, GDXL

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte ser da mesma camada/dunha camadaR ‘ser da mesma condición

negativa’

DFG, GDXL

TÁBOA 12: CORNO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira

Expresión Significado Fonte encornado/escornado ‘desamigado, posto a mal

[con alguén]’

GDXL

encornar(se) ‘sufrir unha alteración do

estado de ánimo que faga

sentir enfado’

DRAG, GDXL

escornar/encornarse ‘romper unha relación

amigable’

GDXL

estar/poñerse/pórse de corno(s) ‘estar incomodado, de mal

humor’

DRAG, GDXL

ir dar cornadas ó tren ‘ir amolar outro [sic]’ GDXL

1.1.2 Teimosía/esforzo

Expresión Significado Fonte crebar/romper os cornos ‘matinar moito en algo

para procurar solucionalo’

DFG

escornar ‘enfrontarse con algo

superior ás forzas de un’

GDXL

escornar ‘teimar, porfiar nun asunto

ou nunha idea’

GDXL

escornar ‘esforzarse moito, física

ou intelectualmente, para

conseguir algo’

DRAG

350

metérselle entre corno e corno /

metérselle nas cornas / metérselle nos

cornos [algo a alguén]

‘empeñarse, obstinarse en

algo; tela gravada na

mente’

DFG, GDXL

1.1.3 Egoísmo

Expresión Significado Fonte ter os cornos grandes ‘ser egoísta’ DFXG, GDXL

1.1.4 Infidelidade

Expresión Significado Fonte poñerlle os cornos [a alguén] ‘ser infiel’ DFG, DRAG, GDXL

TÁBOA 13: CORTELLO

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Sucidade Expresión Significado Fonte cortello ‘lugar sucio e

desordenado’

DRAG, GDXL

1.1.2 Desorde

Expresión Significado Fonte cortelloR ‘lugar sucio e

desordenado’

DRAG, GDXL

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte

alborotar o cortello ‘alterar con accións ou

palabras unha

concorrencia de xente’

GDXL

TÁBOA 14: COUCE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira

Expresión Significado Fonte [falar] coma quen dá couces contra o

aguillón

‘falar mal’ LFCEG

couce ‘golpe que dá unha persoa

movendo un pé

violentamente’

GDXL

erguerse ós couces ‘volverse intratable’ DFG

soltar un couce ‘contestar ofensivamente’ GDXL

tirarlle couces [a alguén] ‘dicir despropósitos; dar

malas contestacións’

DFG

1.2 Características físicas 1.2.1 Velocidade

351

Expresión Significado Fonte

dar couces no cu ‘correr moito, fuxir’ GDXL

TÁBOA 15: CRINA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte crina ‘[coloquialmente]

guedella, mata de pelo,

polo xeral, enleado e

desamañado’

GDXL

TÁBOA 16: CUBIL

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Sucidade Expresión Significado Fonte [ter a cama] coma un cubil ‘sucidade’ LFCEG

cubil ‘lugar sucio’ GDXL

1.1.2 Refuxio

Expresión Significado Fonte cubil ‘agocho, refuxio’ RAG, GDXL

TÁBOA 17: CUNCHA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Astucia

Expresión Significado Fonte ter moitas cunchas ‘ser reservado, astuto,

sagaz’

DFG

1.1.2 Intelixencia/sabedoría

Expresión Significado Fonte ter moitas cunchas ‘ter moita experiencia no

mundo’

DFG

TÁBOA 18: ESTRIBO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Descontrol Expresión Significado Fonte

352

perder os estribos ‘perder a paciencia e o

autodominio, obrar sen

xuízo nin razón’

DFG, GDXL, DRAG

TÁBOA 19: FERA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade Expresión Significado Fonte [estar/poñerse] coma unha fera

(brava) / feita unha fera (brava)

‘estar moi enfadado, cheo

de carraxe’

DFG, LFCEG

fera ‘persoa de temperamento

moi irascible e violento’

DRAG, GDXL

fereza ‘carácter violento e cruel’ GDXL

fero ‘furioso, de mal xenio’ GDXL

fero ‘de mal carácter’ DRAG, GDXL

1.1.2 Maldade

Expresión Significado Fonte fera ‘persoa moi cruel e

desalmada’

GDXL

ferezaR ‘carácter violento e cruel’ GDXL

feroz ‘sen ningunha piedade,

sen ningunha

consideración’

DRAG, GDXL

1.1.3 Valentía/bravura

Expresión Significado Fonte [loitar] coma unha fera ‘con vehemencia, con

bravura’

DFG

fereza ‘actitude de valor e coraxe

coa que se defende unha

cousa’

GDXL

1.2 Características físicas

1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte [bruar] coma unha fera * ‘falar a berros’ LFCEG

TÁBOA 20: FERRADURA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Ingratitude

Expresión Significado Fonte amosar as ferraduras ‘mostrarse desagradecido,

devolver mal por ben’

DFG

1.1.2 Agresividade

Expresión Significado Fonte amosar as ferraduras ‘rebelarse’ DFG

353

TÁBOA 21: FOCIÑO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Enfado

Expresión Significado Fonte de fociños ‘enfadado, enfurruñado’ DFG, DFXG, GDXL

fociñudo ‘[persoa] que sempre ten

unha cara de enfado e

desagrado’

DRAG, GDXL

torcer/virar o fociño ‘dar mostras de desagrado,

poñer mala cara’

DFG, DFXG, DRAG,

GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte afociñar ‘bater de súpeto cun

obstáculo insalvable’

GDXL

afociñar ‘facer que alguén caia de

fociños’

DRAG

afociñar ‘facer que [alguén] bata co

fociño contra algo’

DRAG

afociñar ‘renderse ante unha

dificultade ou obstáculo’

DRAG

afociñar ‘atoparse inesperadamente

con alguén’

DRAG

fociño ‘parte da cara das persoas

que comprende a boca e o

nariz ou, nalgúns sitios, só

o nariz’

DRAG, GDXL

fociñudo/fociñento ‘[persoa] que ten o nariz

ou os labios grandes, ou

os dentes moi saíntes’

DRAG, GDXL

TÁBOA 22: FUNGAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Queixa/enfado Expresión Significado Fonte fungar ‘choromicar, chorar

debilmente e de maneira

monótona’

GDXL

fungar/refungar ‘protestar en voz baixa’ GDXL

fungar/refungar ‘emitir sons confusos ou

palabras incomprensibles,

como mostra de protesta

ou enfado’

DRAG, GDXL

354

fungón ‘que emite sons confusos

ou palabras

incomprensibles como

mostra de enfado ou

protesta’

DRAG, GDXL

fungón ‘que non está de acordo

con nada e rosma por

todo’

GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte fungarR ‘choromicar, chorar

debilmente e de maneira

monótona’

GDXL

fungar/refungarR ‘protestar en voz baixa’ GDXL

fungar/refungarR ‘emitir sons confusos ou

palabras incomprensibles,

como mostra de protesta

ou enfado’

DRAG, GDXL

fungónR ‘que emite sons confusos

ou palabras

incomprensibles como

mostra de enfado ou

protesta’

DRAG, GDXL

fungónR ‘que non está de acordo

con nada e rosma por

todo’

GDXL

TÁBOA 23: GADOUPA

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Torpeza

Expresión Significado Fonte gadoupa ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

1.1.2 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte gadoupaR ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

gadoupada ‘golpe dado cunha man’ DRAG, GDXL

1.1.3 Grandura

Expresión Significado Fonte gadoupaR ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

1.1.4 Fortaleza

Expresión Significado Fonte gadoupaR ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

355

TÁBOA 24: GALOPAR

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Velocidade

Expresión Significado Fonte a galope (tendido) ‘con moita rapidez ou a

toda velocidade’

DFG

galopar ‘andar a gran velocidade’ GDXL

galope ‘carreira longa e rápida

dunha persoa’

GDXL

TÁBOA 25: GANDO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Obediencia/mansedume

Expresión Significado Fonte gando ‘grupo de persoas ó que

hai que guiar, sen vontade

propia’

GDXL

máis tarde ou máis cedo o gando

volve ó seu cortello / tarde ou cedo o

gando vai para a corte ou para o

cortello

* ‘fai referencia a que

todo ten o seu comezo e o

seu fin’

RGB

1.1.2 Rudeza/brutalidade

Expresión Significado Fonte [ser] coma o gando ‘bruto’ LFCEG

2 Relacións

2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación

Expresión Significado Fonte gandoR ‘grupo de persoas ó que

hai que guiar, sen vontade

propia’

GDXL

TÁBOA 26: NIÑO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Inocencia/inxenuidade Expresión Significado Fonte caer dun niño ‘ser moi inocente, incauto;

inexperto’

DFG

1.2 Características físicas 1.2.1 Refuxio

Expresión Significado Fonte

356

niño ‘abrigo, retiro’ GDXL

niño ‘refuxio ou escondedoiro

de persoas que foxen

[especialmente de

malfeitores]’

DRAG, GDXL

1.2.2 Fogar

Expresión Significado Fonte niño ‘casa ou fogar familiar’ GDXL

TÁBOA 27: PATA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte pata ‘pé ou perna dunha

persoa’

DRAG, GDXL

TÁBOA 28: PAXARO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia/astucia Expresión Significado Fonte paxaro ‘home astuto e cauteloso’ DRAG, GDXL

paxaro vello non cae na gaiola * ‘unha persoa intelixente

e experimentada non cae

nas trampas dos demais’

RGB

1.1.2 Roubo Expresión Significado Fonte o primeiro millo é para os/dos

paxaros / a primera vai para os

paxaros

‘[no xogo das cartas] dise

cando se perde a primeira

partida para infundirse

ánimos’

RGMF, RGB, DFXG,

GDXL

por medo ós paxariños, non deixes de

sementar o millo

* ‘recomenda non deixar

de facer plans por medo a

que non se realicen’

RGB

1.1.3 Estulticia Expresión Significado Fonte [listo] coma un paxaro ‘parvo’ LFCEG

1.1.4 Ledicia Expresión Significado Fonte [ledo] coma un paxaro ‘felicidade’ LFCEG

1.1.5 Falsidade

Expresión Significado Fonte

357

paxaro de conta ‘persoa que non inspira

confianza, senón

prevención e cautela’

DFG

1.2 Características físicas

1.2.1 Pequenez

Expresión Significado Fonte [comer] coma un paxariño ‘comer moi pouco’ DFG, LFCEG

paxaro ‘persoa de pouco corpo e

pouco comedora’

GDXL

1.2.2 Ruído

Expresión Significado Fonte contarlle/dicirlle un paxariño [algo a

alguén]

‘alude a un suxeito

informante que non se

quere mencionar’

DFG

1.2.3 Ruído harmonioso

Expresión Significado Fonte [cantar] coma un paxaro/paxariño ‘cantar ben’ LFCEG

1.2.4 Debilidade Expresión Significado Fonte [ser/estar] coma un paxariño ‘debilidade’ LFCEG

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte paxaro de mal agoiro ‘persoa portadora de

malas noticias ou que

prognostica males e

desgrazas’

DFG

TÁBOA 29: PEIXE

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia/malicia Expresión Significado Fonte bo peixe ‘ser persoa pillabana’ DFXM, DRAG, GDXL

1.1.2 Maldade Expresión Significado Fonte peixe ‘persoa que actúa con

mala intención’

DRAG

1.1.3 Mala memoria

Expresión Significado Fonte ter memoria de peixe * ‘ter pouca memoria’ EO

1.2 Características físicas

1.2.1 Axilidade

Expresión Significado Fonte

358

[nadar/moverse] coma un peixe ‘desprazarse con moita

facilidade por riba das

augas’

DFXM, LFCEG

1.2.2 Pequenez

Expresión Significado Fonte ter memoria de peixeR * ‘ter pouca memoria’ EO

2 Valoración

2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte bo peixe ‘persoa coa que hai que

ter coidado’

DFXG, DFXM

TÁBOA 30: PELICA

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte pelica ‘[coloquialmente] pel

dunha persoa’

GDXL

TÁBOA 31: PETEIRO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte peteiro ‘boca’ GDXL

ter moito peteiro ‘falar moito ou de mais’ GDXL

TÁBOA 32: PIAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Queixa Expresión Significado Fonte piar ‘[persoa] anhelar moito

algo ou a alguén’

DRAG

piar ‘[seguido da prep.de]

queixarse, sentirse dunha

parte do corpo’

GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte piarR ‘[persoa] anhelar moito

algo ou a alguén’

DRAG

359

piarR ‘[seguido da prep.de]

queixarse, sentirse dunha

parte do corpo’

GDXL

piar/chiar ‘abrir a boca para falar’ GDXL

TÁBOA 33: *PICO

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte calar/cerrar o pico ‘non falar, silenciar un

determinado asunto’

DFG, GDXL

darlle ó pico ‘falar, latricar’ DFG

TÁBOA 34: PLUMAXE

1 Caracterización

1.1 Características físicas

1.1.1 Aparencia Expresión Significado Fonte plumaxe ‘aspecto dunha persoa’ GDXL

TÁBOA 35: POUTA

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Agresividade/ira Expresión Significado Fonte poñer de poutas [a alguén] ‘enfadalo, enchelo de ira’ DFG

1.1.2 Torpeza

Expresión Significado Fonte pouta ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Grandura

Expresión Significado Fonte a poutadas ‘en cantidades

abundantes’

DFG

poutaR ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

1.2.2 Parte do corpo

Expresión Significado Fonte poutaR ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

360

poutada ‘puñado, cantidade que

cabe nunha man’

GDXL

1.2.3 Fortaleza

Expresión Significado Fonte poutaR ‘man grande, forte e

torpe’

DRAG, GDXL

TÁBOA 36: RABO

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Enfado Expresión Significado Fonte andar co rabo pisado / ter o rabo

pisado

‘estar enfadado, de mal

humor’

DFG, DFXG

pisarlle o rabo [a alguén] ‘afectar alguén en algo

que lle produce desgusto;

provocar alguén, procurar

o xeito de molestar

alguén’

DFXG

recacharlle o rabo [a alguén] ‘pór a alguén expresión de

desagrado’

DFXG

1.1.2 Preguiza

Expresión Significado Fonte por non darlle ó rabo, déixalle comer

o cu ás moscas

‘dise para referirse a

alguén que é moi

preguiceiro’

DFXG

1.1.3 Fachenda

Expresión Significado Fonte ir co rabo dereito ‘ir ou pasar moi orgulloso

e envaidecido ou

enfonchado’

DFXG

1.1.4 Inquietude

Expresión Significado Fonte estar a nacer(lle) o rabo ‘ser inquieto, sen

apousento, non ter paraxe’

DFXG

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato

Expresión Significado Fonte [andar/correr/ir/erguerse/ser/ vir]

coma se lle puñeran a un un foguete

no rabo

‘rapidez’ LFCEG

TÁBOA 37: REMOER/RUMIAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Insistencia

361

Expresión Significado Fonte remoer/rumiar ‘pensar moito nunha

cousa, darlle moitas voltas

no pensamento’

DRAG, GDXL

1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído

Expresión Significado Fonte remoer ‘murmurar polo baixo’ GDXL

TÁBOA 38: TETO

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición 1.1.1 Riqueza Expresión Significado Fonte zugar de bo teto ‘estar plantado en terra

fértil’

GDXL

zugar de bo teto ‘vivir a conta doutro’ GDXL

TÁBOA 39: TROTAR

1 Caracterización

1.1 Características físicas 1.1.1 Velocidade Expresión Significado Fonte a trote / ó trote ‘moi rápido, a correr’ DRAG, GDXL

trotar ‘andar moito e con présa’ GDXL, DRAG

1.1.2 Movemento

Expresión Significado Fonte non estar para moitos

(certos/eses/estes) trotes

‘non estar nas condicións

físicas adecuadas para

levar a cabo unha

determinada actividade’

DFG, DRAG, GDXL

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade

Expresión Significado Fonte de trote/para trote ‘para uso diario e

continuado’

GDXL, DRAG

TÁBOA 40: TURRAR

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Teimosía

362

Expresión Significado Fonte turrar ‘porfiar nunha actitude ou

idea’

DRAG, GDXL

363

ANEXO 3: ÁMBITOS TEMÁTICOS EMPREGADOS

Neste apartado presentamos a totalidade de ámbitos temáticos empregados para catalogar

as expresións figuradas que se inclúen no anexo 1 (expresións que se vinculan cun

referente animal concreto) e no anexo 2 (expresións que se vinculan con dous ou máis

referentes animais). Tales ámbitos temáticos foron extraídos dunha serie de dicionarios

ideolóxicos, temáticos e conceptuais (vid. apartado 9.1.2 do capítulo de referencias

bibliográficas) e, de acordo con eles, escollemos maioritariamente os substantivos para

designar as realidades que describen as expresións figuradas (estulticia, velocidade,

maltrato etc.); así e todo, tamén empregamos outras expresións máis complexas nos casos

en que non atopamos un substantivo apropiado (bo ouvido, bo olfacto, mala valoración

etc.).

Tal e como se viu facendo ó longo deste traballo, desagregamos os ámbitos temáticos de

acordo coas etiquetas principais de caracterización (carácter/condición e características

físicas), relacións (home-animal e animal-animal) e valoración.

1 Caracterización

1.1 Carácter/condición

1.1.1 Adaptación

1.1.2 Aforro

1.1.3 Agresividade

1.1.4 Ambición

1.1.5 Amorosidade

1.1.6 Aproveitamento

1.1.7 Arrogancia

1.1.8 Astucia

1.1.9 Atracción

1.1.10 Atrevemento

1.1.11 Autoridade

1.1.12 Avaricia

1.1.13 Benquerenza

1.1.14 Boa memoria

1.1.15 Boa vida

1.1.16 Bondade

1.1.17 Bravura

1.1.18 Brutalidade

1.1.19 Coidado

1.1.20 Covardía

1.1.21 Crueldade

1.1.22 Desconcerto

1.1.23 Desconfianza

1.1.24 Descontrol

1.1.25 Desleixo

1.1.26 Desorde

1.1.27 Docilidade

1.1.28 Dominio

1.1.29 Egoísmo

1.1.30 Enfado

1.1.31 Escasa adaptabilidade

1.1.32 Esforzo

1.1.33 Esquiveza

1.1.34 Estulticia

1.1.35 Extravagancia

1.1.36 Fachenda

1.1.37 Falsidade

1.1.38 Fereza

1.1.39 Fidelidade

1.1.40 Fin

1.1.41 Fogosidade

1.1.42 Fortuna

1.1.43 Gula

1.1.44 Humildade

1.1.45 Indefensión

1.1.46 Independencia

364

1.1.47 Indolencia

1.1.48 Infidelidade

1.1.49 Ingratitude

1.1.50 Inmoralidade

1.1.51 Inocencia

1.1.52 Inocuidade

1.1.53 Inquedanza

1.1.54 Inquietude

1.1.55 Insensatez

1.1.56 Insignificancia

1.1.57 Insistencia

1.1.58 Insolencia

1.1.59 Intelixencia

1.1.60 Intromisión

1.1.61 Inxenuidade

1.1.62 Ira

1.1.63 Laboriosidade

1.1.64 Languidez

1.1.65 Ledicia

1.1.66 Liberdade

1.1.67 Lixeireza

1.1.68 Mala memoria

1.1.69 Mala vida

1.1.70 Maldade

1.1.71 Malicia

1.1.72 Mansedume

1.1.73 Molestia

1.1.74 Morte

1.1.75 Noctambulismo

1.1.76 Noxo

1.1.77 Obediencia

1.1.78 Ociosidade

1.1.79 Orgullo

1.1.80 Paciencia

1.1.81 Perigo

1.1.82 Perplexidade

1.1.83 Pobreza

1.1.84 Precariedade

1.1.85 Precaución

1.1.86 Preguiza

1.1.87 Presunción

1.1.88 Prevención

1.1.89 Promiscuidade

1.1.90 Queixa

1.1.91 Ridiculez

1.1.92 Riqueza

1.1.93 Roubo

1.1.94 Rudeza

1.1.95 Ruindade

1.1.96 Sabedoría

1.1.97 Sacralidade

1.1.98 Seriedade

1.1.99 Sixilo

1.1.100 Sociabilidade

1.1.101 Soidade

1.1.102 Submisión

1.1.103 Teimosía

1.1.104 Tolemia

1.1.105 Torpeza

1.1.106 Tristeza

1.1.107 Valentía

1.1.108 Vida

1.1.109 Voracidade

1.2 Características físicas

365

1.1.1 Agudeza visual

1.1.2 Altura

1.1.3 Aparencia

1.1.4 Aspereza

1.1.5 Ausencia de movemento

1.1.6 Axilidade

1.1.7 Beleza

1.1.8 Bo ouvido

1.1.9 Bo olfacto

1.1.10 Cansazo

1.1.11 Cegueira

1.1.12 Cor

1.1.13 Debilidade

1.1.14 Delgadeza

1.1.15 Desorde

1.1.16 Fealdade

1.1.17 Fertilidade

1.1.18 Fogar

1.1.19 Fortaleza

1.1.20 Gordura

1.1.21 Grandura

1.1.22 Hábitat

1.1.23 Lentitude

1.1.24 Mala visión

1.1.25 Movemento

1.1.26 Parte do corpo

1.1.27 Pequenez

1.1.28 Refuxio

1.1.29 Resistencia

1.1.30 Ruído

1.1.31 Ruído harmonioso

1.1.32 Silencio

1.1.33 Sucidade

1.1.34 Suxeición

1.1.35 Torpeza

1.1.36 Velocidade

1.1.37 Visión

2 Relacións

2.1 Home-animal 2.1.1 Control

2.1.2 Dominio

2.1.3 Inutilidade

2.1.4 Maltrato

2.1.5 Molestia

2.1.6 Semellanza

2.1.7 Utilidade

2.2 Animal-animal

2.2.1 Agrupación

2.2.2 Inimizade

2.2.3 Respecto

2.2.4 Rivalidade

3 Valoración

3.1 Boa valoración

3.2 Mala valoración

ANEXO 4: ÁMBITOS TEMÁTICOS DESTACADOS CON

RELACIÓN A CADA REFERENTE ANIMAL

Neste capítulo presentaremos, de xeito esquemático, os ámbitos temáticos da totalidade

de referentes animais que compoñen o corpus de expresións figuradas deste traballo.

Ordenaremos esta presentación de acordo cun criterio de frecuencia, de maneira que se

sitúan en primeiro lugar os referentes animais que máis presenza teñen nas expresións

figuradas galegas analizadas. Os ámbitos temáticos que se vinculan con cada referente

animal dispóñense de acordo coas categorías de caracterización (carácter/condición e

características físicas), relacións (home-animal e animal-animal) e valoración. Debaixo

de cada unha delas ofrecemos os subámbitos temáticos (ámbitos temáticos específicos)

xunto co número de expresións que se agrupan en cada un deles.

Pretendemos, con este anexo, ofrecer unha mostra dos valores que os galegos lles atribúen

máis frecuentemente ós animais a partir das expresións figuradas galegas analizadas neste

traballo.

1 Can/cadela

1.1 Caracterización

1.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade/ira/fereza (29)

­ Precariedade/mala vida (16)

­ Gula (15)

­ Preguiza/ociosidade (14)

­ Intelixencia/sabedoría (8)

­ Promiscuidade (6)

­ Fidelidade/servilismo (6)

­ Covardía (5)

­ Falsidade (4)

­ Soidade (3)

­ Noctambulismo (3)

­ Maldade/ruindade (2)

­ Insensatez (2)

­ Benquerenza (1)

­ Teimosía (1)

­ Valentía (1)

­ Dominio (1)

­ Laboriosidade (1)

1.1.2 Características físicas

­ Velocidade (5)

­ Ruído (4)

­ Delgadeza (3)

­ Bo ouvido (1)

­ Bo olfacto (1)

­ Fealdade (1)

­ Resistencia (1)

­ Sucidade (1)

1.2 Relacións

1.2.1 Home-animal

­ Utilidade (11)

­ Maltrato (10)

­ Semellanza (1)

1.2.2 Animal-animal

­ Inimizade (5)

­ Respecto (1)

1.3 Valoración

1.3.1 Mala valoración (8)

2 Gato/gata

2.1 Caracterización

2.1.1 Carácter/condición

­ Gula (15)

­ Agresividade/ira/fereza (11)

­ Falsidade (7)

­ Preguiza/ociosidade (5)

­ Fortuna (5)

­ Fogosidade (3)

­ Precaución (3)

­ Maldade/ruindade (2)

­ Astucia (2)

­ Roubo (2)

­ Ingratitude (2)

­ Paciencia (1)

­ Atrevemento (1)

­ Ledicia (1)

­ Inxenuidade (1)

­ Soidade/independencia (1)

­ Insignificancia (1)

­ Noctambulismo (1)

2.1.2 Características físicas

­ Velocidade (5)

­ Axilidade (4)

­ Resistencia (3)

­ Sucidade (3)

­ Ruído (2)

­ Gordura (1)

2.2 Relacións

2.2.1 Home-animal

­ Utilidade (3)

­ Control (1)

2.2.2 Animal-animal

­ Inimizade (7)

­ Rivalidade (1)

2.3 Valoración

2.3.1 Boa valoración (1)

2.3.2 Mala valoración (1)

3 Boi/vaca/becerro/cuxo/xato/xovenco/touro

3.1 Caracterización

3.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (6)

­ Bondade/mansedume (5)

­ Gula (4)

­ Preguiza/indolencia (4)

­ Intelixencia/sabedoría (3)

­ Desconcerto/perplexidade (3)

­ Liberdade (2)

­ Rudeza/brutalidade (2)

­ Estulticia (1)

­ Paciencia (1)

­ Falsidade (1)

­ Languidez (1)

­ Teimosía (1)

­ Sacralidade (1)

3.1.2 Características físicas

­ Gordura (6)

­ Fortaleza (5)

­ Ruído (4)

­ Grandura (3)

­ Axilidade (1)

­ Lentitude (1)

3.2 Relacións

3.2.1 Home-animal

­ Utilidade (14)

­ Maltrato (6)

4 Burro/asno/burra

4.1 Caracterización

4.1.1 Carácter/condición

­ Estulticia (15)

­ Teimosía/insistencia (7)

­ Gula (4)

­ Agresividade (3)

­ Rudeza/brutalidade (2)

­ Falsidade (1)

­ Mansedume (1)

­ Laboriosidade (1)

­ Fortuna (1)

4.1.2 Características físicas

­ Grandura (7)

­ Ruído (4)

­ Fealdade (1)

­ Resistencia (1)

­ Fortaleza (1)

4.2 Relacións

4.2.1 Home-animal

­ Maltrato (15)

­ Utilidade (1)

4.3 Valoración

4.3.1 Mala valoración (9)

5 Lobo /loba

5.1 Caracterización

5.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade/voracidade (39)

­ Falsidade (7)

­ Maldade/crueldade (4)

­ Valentía (3)

­ Intelixencia/sabedoría (2)

­ Astucia (1)

5.1.2 Características físicas

­ Ruído (3)

­ Fealdade (2)

­ Velocidade (1)

­ Fortaleza (1)

­ Grandura (1)

5.2 Relacións

5.2.1 Animal-animal

­ Respecto (2)

­ Agrupación (2)

6 Galo/galiña/pito/pita/polo

6.1 Caracterización

6.1.1 Carácter/condición

­ Arrogancia/fachenda/presunción (12)

­ Autoridade (9)

­ Promiscuidade (3)

­ Queixa (3)

­ Precaución (3)

­ Inquedanza (2)

­ Desorde/desleixo (2)

­ Covardía (2)

­ Agresividade (2)

­ Estulticia (2)

­ Escasa adaptabilidade (2)

­ Malicia (1)

­ Lixeireza (1)

­ Preguiza (1)

6.1.2 Características físicas

­ Ruído (5)

­ Pequenez (2)

­ Hábitat (2)

­ Sucidade (1)

6.2 Relacións

6.2.1 Home-animal

­ Utilidade (1)

7 Porco/cocho/porca

7.1 Caracterización

7.1.1 Carácter/condición

­ Rudeza/brutalidade (13)

­ Gula (9)

­ Inmoralidade (3)

­ Agresividade (2)

­ Indolencia/boa vida (2)

­ Soidade (2)

­ Egoísmo (1)

­ Teimosía (1)

­ Estulticia (1)

7.1.2 Características físicas

­ Sucidade (7)

­ Movemento (6)

­ Bo ouvido (2)

­ Ruído (1)

­ Grandura (1)

­ Fortaleza (1)

­ Gordura (1)

­ Parte do corpo (1)

7.2 Relacións

7.2.2 Home-animal

­ Utilidade (1)

7.3 Valoración

7.3.1 Mala valoración (2)

8 Año/carneiro/cordeiro/ovella/pécora

8.1 Caracterización

8.1.1 Carácter/condición

­ Mansedume/docilidade/submisión/obediencia (16)

­ Estulticia (4)

­ Inocencia (2)

­ Falsidade (2)

­ Humildade (2)

­ Teimosía/insistencia (2)

­ Agresividade (1)

­ Covardía (1)

­ Orgullo (1)

­ Promiscuidade (1)

­ Maldade/ruindade (1)

­ Desconcerto/perplexidade (1)

­ Preguiza (1)

­ Rudeza (1)

8.1.2 Características físicas

­ Ruído (1)

8.2 Relacións

8.2.1 Home-animal

­ Utilidade (1)

8.2 Animal-animal

­ Agrupación (3)

8.3 Valoración

8.3.1 Mala valoración (1)

9 Raposo/raposa/golpe/*zorro/*zorra

9.1 Caracterización

9.1.1 Carácter/condición

­ Astucia/malicia (14)

­ Agresividade/voracidade (7)

­ Falsidade (6)

­ Maldade/ruindade (5)

­ Sixilo (1)

­ Indolencia (1)

­ Promiscuidade (1)

­ Precaución (1)

9.1.2 Características físicas

­ Velocidade (1)

­ Cansazo (1)

­ Movemento (1)

10 Cabrón/castrón/cabuxo/cabra/cabuxa/chiba/cabrito/curcio

10.1 Caracterización

10.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade/ira (8)

­ Insensatez (4)

­ Tolemia (3)

­ Liberdade (3)

­ Astucia/malicia (3)

­ Maldade/ruindade (2)

­ Ociosidade (2)

­ Inocencia (1)

­ Infidelidade (1)

­ Promiscuidade (1)

­ Roubo (1)

­ Falsidade (1)

­ Rudeza/brutalidade (1)

­ Ingratitude (1)

10.1.2 Características físicas

­ Axilidade (4)

11 Cobra/serpe

11.1 Caracterización

11.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (8)

­ Maldade/ruindade (5)

­ Falsidade (4)

­ Intelixencia (2)

­ Preguiza (1)

­ Sixilo (1)

­ Esquiveza (1)

11.1.2 Características físicas

­ Axilidade (3)

­ Movemento (2)

­ Ruído (1)

­ Velocidade (1)

12 Cabalo/egua/faco/poldro

12.1 Caracterización

12.1.1 Carácter/condición

­ Rudeza/brutalidade (3)

­ Insensatez (3)

­ Descontrol (1)

­ Preguiza (1)

­ Precariedade/mala vida (1)

12.1.2 Características físicas

­ Velocidade (1)

­ Fortaleza (1)

­ Ruído (2)

­ Grandura (2)

­ Torpeza (1)

12.2 Relacións

12.2.1 Home-animal

­ Transporte (1)

12.3 Valoración

12.3.1 Boa valoración (2)

13 Formiga

13.1 Caracterización

13.1.1 Carácter/condición

­ Laboriosidade (2)

­ Aforro (1)

­ Agresividade (1)

13.1.2 Características físicas

­ Movemento (9)

­ Pequenez (3)

­ Lentitude (2)

­ Velocidade (1)

13.2 Relacións

13.2.1 Animal-animal

­ Agrupación (7)

14 Abella/abellón/abesouro/avespa/*avispa

14.1 Caracterización

14.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (7)

­ Intelixencia (3)

­ Laboriosidade (2)

14.1.2 Características físicas

­ Ruído (6)

­ Pequenez (1)

14.2 Relacións

14.2.1 Home-animal

­ Molestia (3)

14.2.2 Animal-animal

­ Agrupación (2)

15 Mono/mona

15.1 Caracterización

15.1.1 Carácter/condición

­ Insensatez (4)

­ Ledicia (3)

­ Ridiculez (3)

­ Ociosidade (1)

­ Teimosía (1)

­ Benquerenza (1)

­ Inmoralidade (1)

15.1.2 Características físicas

­ Beleza (1)

­ Axilidade (1)

15.2 Relacións

15.2.1 Home-animal

­ Maltrato (4)

16 Mosca

16.1 Caracterización

16.1.1 Carácter/condición

­ Molestia (6)

­ Insignificancia (3)

­ Inocuidade (1)

­ Indefensión (1)

16.1.2 Características físicas

­ Silencio (1)

16.2 Relacións

16.2.1 Home-animal

­ Inutilidade (1)

16.2.2 Animal-animal

­ Agrupación (5)

17 Rato

17.1 Caracterización

17.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (3)

­ Gula (3)

­ Prevención (1)

­ Roubo (1)

­ Astucia (1)

17.1.2 Características físicas

­ Pequenez (1)

­ Silencio (1)

17.2 Relacións

17.2.1 Animal-animal

­ Inimizade (3)

17.3 Valoración

17.3.1 Mala valoración (2)

18 Cuco

18.1 Caracterización

18.1.1 Carácter/condición

­ Morte/fin (4)

­ Intelixencia (2)

­ Aproveitamento (2)

­ Preguiza/indolencia (2)

­ Vida (2)

­ Astucia (1)

­ Ledicia (1)

­ Atracción (1)

­ Fachenda (1)

18.1.2 Características físicas

­ Silencio (1)

19 Sapo

19.1 Caracterización

19.1.1 Carácter/condición

­ Preguiza (1)

­ Maldade/ruindade (1)

­ Ira (1)

­ Insignificancia (1)

19.1.2 Características físicas

­ Torpeza (2)

­ Lentitude (2)

­ Fealdade (2)

­ Resistencia (1)

­ Grandura (1)

­ Gordura (1)

­ Pequenez (1)

19.2 Relacións

19.2.1 Animal-animal

­ Agrupación (1)

20 Laverca

20.1 Caracterización

20.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (2)

­ Astucia/malicia (1)

­ Ledicia (1)

­ Insolencia (1)

­ Desconfianza (1)

­ Intromisión (1)

20.1.2 Características físicas

­ Ruído harmonioso (2)

­ Cor (1)

­ Beleza (1)

21 Lebre

21.1 Caracterización

21.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia/sabedoría (2)

­ Astucia/malicia (2)

­ Precaución (2)

­ Valentía (1)

­ Promiscuidade (1)

21.1.2 Características físicas

­ Velocidade (3)

22 Macho/mula

22.1 Caracterización

22.1.1 Carácter/condición

­ Teimosía/insistencia (2)

­ Falsidade (1)

­ Inocencia (1)

22.2 Relacións

22.2.1 Home-animal

­ Maltrato (4)

­ Dominio (1)

22.3 Valoración

22.3.1 Mala valoración (1)

23 León

23.1 Caracterización

23.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade/fereza (4)

­ Valentía (4)

23.1.2 Características físicas

­ Fortaleza (1)

23.2 Valoración

23.2.1 Boa valoración (2)

24 Toupa/toupeira/*topo

24.1 Caracterización

24.1.1 Carácter/condición

­ Estulticia (3)

24.1.2 Características físicas

­ Cegueira/mala visión (3)

­ Hábitat (3)

25 Corvo

25.1 Caracterización

25.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (1)

25.1.2 Características físicas

­ Cor (3)

­ Fealdade (1)

25.2 Relacións

25.2.1 Animal-animal

­ Respecto (1)

25.3 Valoración

25.3.1 Mala valoración (2)

26 Curuxa

26.1 Caracterización

26.1.1 Carácter/condición

­ Soidade (2)

­ Perigo (2)

­ Intelixencia (1)

26.1.2 Características físicas

­ Hábitat (1)

­ Parte do corpo (1)

26.2 Valoración

26.2.1 Mala valoración (1)

27 Miñoca/lombriga

27.1 Caracterización

27.1.1 Carácter/condición

­ Pobreza (4)

27.1.2 Características físicas

­ Delgadeza (2)

­ Movemento (1)

27.2 Valoración

27.2.1 Mala valoración (1)

28 Moucho

28.1 Caracterización

28.1.1 Carácter/condición

­ Soidade (3)

­ Seriedade (2)

­ Tristeza (1)

­ Intelixencia (1)

28.1.2 Características físicas

­ Fealdade (1)

29 Teixugo/porco teixo

29.1 Caracterización

29.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (2)

­ Teimosía (1)

­ Soidade/independencia (1)

­ Falsidade (1)

29.1.2 Características físicas

­ Fealdade (1)

­ Gordura (1)

­ Resistencia (1)

30 Araña

30.1 Caracterización

30.1.1 Carácter/condición

­ Perigo (2)

­ Pobreza (1)

­ Laboriosidade (1)

30.1.2 Características físicas

­ Delgadeza (1)

­ Lentitude (1)

31 Coello/coella

31.1 Caracterización

31.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (1)

­ Bondade (1)

31.1.2 Características físicas

­ Fertilidade (3)

­ Movemento (1)

32 Lagarto/lagarta

32.1 Caracterización

32.1.1 Carácter/condición

­ Astucia/malicia (2)

­ Promiscuidade (1)

­ Atrevemento (1)

­ Ociosidade (1)

32.1.2 Características físicas

­ Movemento (1)

33 Pombo/pomba

33.1 Caracterización

33.1.1 Carácter/condición

­ Sociabilidade (3)

­ Amorosidade (1)

33.1.2 Características físicas

­ Cor (1)

­ Beleza (1)

33.2 Relacións

33.2.1 Animal-animal

­ Agrupación (1)

34 Rata

34.1 Caracterización

34.1.1 Carácter/condición

­ Astucia (1)

­ Insignificancia (1)

­ Pobreza (1)

­ Inmoralidade (1)

­ Avaricia (1)

34.1.2 Características físicas

­ Hábitat (1)

35 Rula/rola

35.1 Caracterización

35.1.1 Carácter/condición

­ Amorosidade (3)

­ Ledicia (1)

35.1.2 Características físicas

­ Ruído harmonioso (1)

­ Beleza (1)

35.2 Relacións

35.2.1 Animal-animal

­ Agrupación (1)

36 Víbora

36.1 Caracterización

36.1.1 Carácter /condición

­ Agresividade (1)

­ Maldade/ruindade (6)

37 Bubela

37.1 Caracterización

37.1.1 Carácter/condición

­ Lixeireza (3)

37.1.2 Características físicas

­ Sucidade (2)

38 Donicela/doniña/denociña/donosiña

38.1 Caracterización

38.1.1 Carácter/condición

­ Perigo (2)

­ Intelixencia (1)

38.1.2 Características físicas

­ Axilidade (1)

­ Velocidade (1)

39 Garduño/garduña

39.1 Caracterización

39.1.1 Carácter/condición

­ Roubo (4)

39.1.2 Características físicas

­ Axilidade (1)

40 Grilo

40.1 Caracterización

40.1.1 Carácter/condición

­ Tolemia (1)

­ Intelixencia (1)

40.1.2 Características físicas

­ Ruído (3)

40.2 Relacións

40.2.1 Animal-animal

­ Agrupación (1)

41 Oso

41.1 Caracterización

41.1.1 Características físicas

­ Fortaleza (2)

­ Grandura (2)

­ Fealdade (1)

42 Pega

42.1 Caracterización

42.1.1 Carácter/condición

­ Ledicia (1)

­ Intelixencia (1)

­ Coidado (1)

42.1.2 Características físicas

­ Ruído (1)

42.2 Valoración

42.2.1 Mala valoración (1)

43 Merlo

43.1 Caracterización

43.1.1 Carácter/condición

­ Falsidade (1)

­ Bondade (1)

43.1.2 Características físicas

­ Cor (1)

­ Ruído (1)

44 Tartaruga/*tortuga/sapoconcho

44.1 Caracterización

44.1.1 Características físicas

­ Lentitude (3)

­ Parte do corpo (1)

45 Cangrexo

45.1 Caracterización

45.1.1 Características físicas

­ Movemento (3)

46 Caracol

46.1 Caracterización

46.1.1 Características físicas

­ Parte do corpo (2)

­ Lentitude (1)

47 Elefante

47.1 Caracterización

47.1.1 Carácter/condición

­ Boa memoria (1)

47.1.2 Características físicas

­ Grandura (1)

­ Fortaleza (2)

48 Escaravello

48.1 Caracterización

48.1.1 Características físicas

­ Cor (1)

48.2 Relacións

48.2.1 Animal-animal

­ Agrupación (1)

48.3 Valoración

48.3.1 Mala valoración (1)

49 Esquío/*ardilla

49.1 Caracterización

49.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (1)

49.1.2 Características físicas

­ Axilidade (1)

­ Velocidade (1)

50 Foca

50.1 Caracterización

50.1.1 Características físicas

­ Gordura (3)

51 Hiena

51.1 Caracterización

51.1.1 Carácter/condición

­ Maldade/ruindade (2)

­ Agresividade (1)

52 Lince

52.1 Caracterización

52.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (1)

­ Astucia (1)

52.1.2 Características físicas

­ Agudeza visual (2)

53 Lura/*calamar

53.1 Caracterización

53.1.1 Carácter/condición

­ Avaricia (2)

­ Astucia/malicia (1)

53.1.2 Características físicas

­ Movemento (2)

54 Macaco

54.1 Caracterización

54.1.1 Carácter/condición

­ Estulticia (1)

­ Covardía (1)

54.1.2 Características físicas

­ Fealdade (1)

55 Ourizo/ourizo cacho

55.1 Caracterización

55.1.1 Características físicas

­ Fealdade (1)

­ Aspereza (1)

55.2 Valoración

55.2.1 Mala valoración (1)

56 Parrulo/pato

56.1 Caracterización

56.1.1 Carácter/condición

­ Mansedume (1)

­ Inocencia (1)

56.1.2 Características físicas

­ Axilidade (1)

57 Piollo

57.1 Relacións

57.1.1 Animal-animal

­ Agrupación (1)

57.2 Valoración

57.2.1 Mala valoración (2)

58 *Pulpo (polbo)

58.1 Caracterización

58.1.1 Características físicas

­ Hábitat (1)

­ Suxeición (1)

­ Parte do corpo (1)

59 Xabaril/porco bravo/*jabalí

59.1 Caracterización

59.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (1)

59.1.2 Características físicas

­ Fortaleza (1)

­ Grandura (1)

60 Aguia

60.1 Caracterización

60.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (1)

­ Orgullo (1)

61 Anguía/*anguila

61.1 Caracterización

61.1.1 Carácter/condición

­ Falsidade (1)

61.1.2 Características físicas

­ Axilidade (1)

62 Arroaz/arroás

62.1 Caracterización

62.1.1 Carácter/condición

­ Rudeza/brutalidade (1)

62.1.2 Características físicas

­ Grandura (1)

­ Gordura (1)

63 Avestruz

63.1 Caracterización

63.1.1 Carácter/condición

­ Covardía (2)

64 Bacallau

64.1 Caracterización

64.1.1 Características físicas

­ Delgadeza (2)

65 Carracha

65.1 Caracterización

65.1.1 Carácter/condición

­ Molestia (1)

­ Noxo (1)

66 Corzo

66.1 Caracterización

66.1.1 Características físicas

­ Axilidade (1)

­ Velocidade (1)

67 Lapa

67.1 Caracterización

67.1.1 Características físicas

­ Suxeición (2)

68 Lesma

68.1 Caracterización

68.1.1 Características físicas

­ Movemento (1)

­ Suxeición (1)

69 Lobicán/*lubicán

69.1 Caracterización

69.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade/fereza (1)

69.1.2 Características físicas

­ Fortaleza (1)

70 Mascato

70.1 Caracterización

70.1.1 Carácter/condición

­ Estulticia (1)

70.1.2 Características físicas

­ Cegueira/mala visión (1)

71 Mincha

71.1 Caracterización

71.1.1 Características físicas

­ Pequenez (2)

72 Papagaio/*loro/*cotorra

72.1 Caracterización

72.1.1 Características físicas

­ Ruído (2)

73 Perdiz

73.1 Caracterización

73.1.1 Carácter/condición

­ Soidade (1)

­ Liberdade (1)

74 Pisco

74.1 Caracterización

74.1.1 Características físicas

­ Pequenez (2)

­ Velocidade (1)

75 Pulga

75.1 Caracterización

75.1.1 Características físicas

­ Pequenez (1)

75.2 Valoración

75.2.1 Mala valoración (1)

76 Quenlla

76.1 Caracterización

76.1.1 Características físicas

­ Altura (1)

­ Delgadeza (1)

77 Sambesuga/samesuga

77.1 Caracterización

77.1.1 Carácter/condición

­ Aproveitamento (1)

77.1.2 Características físicas

­ Suxeición (1)

78 Troita

78.1 Caracterización

78.1.1 Características físicas

­ Velocidade (1)

­ Delgadeza (1)

79 Xílgaro

79.1 Caracterización

79.1.1 Carácter/condición

­ Ledicia (1)

79.1.2 Características físicas

­ Ruído harmonioso (1)

80 Alacrán

80.1 Caracterización

80.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (1)

81 *Golondrina (andoriña)

81.1 Caracterización

81.1.1 Características físicas

­ Ruído harmonioso (1)

82 Arenque

82.1 Caracterización

82.1.1 Características físicas

­ Delgadeza (1)

83 Bexato/buxato

83.1 Caracterización

83.1.1 Carácter/condición

­ Agresividade (1)

84 *Caracola (buguina)

84.1 Caracterización

84.1.1 Características físicas

­ Lentitude (1)

85 Cachalote

85.1 Caracterización

85.1.1 Carácter/condición

­ Rudeza/brutalidade (1)

86 Calandra

86.1 Caracterización

86.1.1 Características físicas

­ Ruído harmonioso (1)

87 Camaleón

87.1 Caracterización

87.1.1 Carácter/condición

­ Adaptación (1)

88 Canario

88.1 Caracterización

88.1.1 Características físicas

­ Ruído harmonioso (1)

89 Carricanta

89.1 Caracterización

89.1.1 Carácter/condición

­ Ledicia (1)

90 Choco

90.1 Caracterización

90.1.1 Características físicas

­ Movemento (1)

91 Congro

91.1 Caracterización

91.1.1 Características físicas

­ Movemento (1)

92 Cotovía

92.1 Caracterización

92.1.1 Carácter/condición

­ Ledicia (1)

93 Gaivota

93.1 Caracterización

93.1.1 Carácter/condición

­ Intelixencia (1)

94 Gorrión

94.1 Caracterización

94.1.1 Características físicas

­ Debilidade (1)

95 Lamprea

95.1 Caracterización

95.1.1 Características físicas

­ Fealdade (1)

96 *Lirón (leirón)

96.1 Caracterización

96.1.1 Carácter/condición

­ Astucia (1)

­ Intelixencia (1)

97 Londra

97.1 Caracterización

97.1.1 Características físicas

­ Gordura (1)

98 Longueirón

98.1 Caracterización

98.1.1 Características físicas

­ Delgadeza (1)

99 Marraxo

99.1 Caracterización

99.1.1 Características físicas

­ Gordura (1)

100 Ostra

100.1 Caracterización

100.1.1 Características físicas

­ Ausencia de movemento (1)

101 Periquito

101.1 Caracterización

101.1.1 Carácter/condición

­ Ledicia (1)

102 Ra

102.1 Caracterización

102.1.1 Características físicas

­ Gordura (1)

103 Rabada

103.1 Caracterización

103.1.1 Características físicas

­ Parte do corpo (1)

104 Reiseñor/ruisinol

104.1 Caracterización

104.1.1 Características físicas

­ Ruído harmonioso (1)

105 Sardiña

105.1 Caracterización

105.1.1 Características físicas

­ Delgadeza (1)

106 Voitre

106.1 Caracterización

106.1.1 Carácter/condición

­ Maldade/crueldade (1)

107 Xoaniña

107.1 Valoración

107.1.1 Boa valoración (1)

ANEXO 5: MODELO DE ENQUISA FRASEOLÓXICA

Data: _______________

I. Datos persoais:

- Idade:_______

- Sexo: home / muller

- Procedencia: nativo de Galicia / non nativo de Galicia

No caso de ser nativo de Galicia, estivo fóra algún tempo de xeito

continuado?

Si. Onde?_____________ / Canto tempo?______________

Non

No caso de non ser nativo de Galicia, canto tempo leva nesta

comunidade?_______

- Con que hábitat se identifica máis? rural / urbano

- Concello:______________

II. Nomee un ou varios animais que respondan ás seguintes características. Pode ser

calquera tipo de animal e pode repetir o mesmo animal cando o considere oportuno:

1. Animais agresivos:

2. Animais intelixentes:

3. Animais parvos, pouco intelixentes:

4. Animais arrogantes/fachendosos/chulos:

5. Animais preguiceiros:

6. Animais falsos, que dan que desconfiar:

7. Animais covardes/medorentos:

8. Animais fieis:

9. Animais que levan a peor vida:

10. Animais que levan a mellor vida:

III. Complete as seguintes expresións empregando un ou varios nomes de animais:

1. Gordo coma _______________________________________________

2. Ter sete vidas coma _________________________________________

3. Puta coma ________________________________________________

4. Manso coma_______________________________________________

5. Sucio coma _______________________________________________

6. Pasar máis fame ca _________________________________________

7. Forte coma ________________________________________________

8. Feo coma_________________________________________________

9. Correr coma _______________________________________________

10. Caer de pé coma_____________________________________________

IV. Oíu algunha vez as seguintes expresións ou algunha variante próxima? Se é así pode

explicar brevemente o seu significado ou apuntar en que contexto se din?

Expresión Oíu a

expresió

n

algunha

vez?

Podería explicar o seu significado ou o contexto no

que se di? Se é así, escríbao a continuación de

forma breve.

1. Ser un can

sen dono Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

2. Caer da

burra Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

3. Ser un can

vello Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

4. Chámalle

burro ó

cabalo!

Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

5. Palabra!

Díxolle o

lobo á cabra

Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

6. Outra vaca

no millo! Si Si:

Non

___________________________________________

/ Non

7. Muda o lobo

os dentes

mais non as

mentes

Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

8. Botar o

carro

diante dos

bois

Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

9. Acabársell

e a vaca

leiteira a

alguén

Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

10. Na terra

dos lobos,

hai que

ouvear

coma todos

Si

Non

Si:

___________________________________________

/ Non

V. Escriba algunha expresión ou refrán, que non saíra na enquisa, que se relacione con

can, burro, boi, touro, gato, lobo, galiña, ovella, cabalo, raposo, cobra/serpe, formiga,

cabra... coas súas parellas ou con outros animais:

VI. Nomee un ou varios adxectivos que, na súa opinión, reflictan as características máis

destacables dos animais das seguintes parellas:

- Can / cadela:

- Burro / burra:

- Boi / vaca:

- Gato / gata:

- Lobo / loba:

VII. Por último, complete os seguintes datos:

- Lingua coa que aprendeu a falar:_________________________

- Lingua que fala habitualmente: __________________________

- Nivel de estudos:

non foi á escola / nivel básico / ESO-BUP / Bacharelato-COU /

estudos universitarios / outras situacións (especifique cal):

______________________________________________________________

Grazas polo seu tempo!