monografia jairo
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FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS ESUDA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES COMO INSTRUMENTO
DE ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES.
PARA PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS
JAIRO PAIXÃO NASCIMENTO
RECIFE, 2014
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JAIRO PAIXÃO NASCIMENTO
A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES COMO INSTRUMENTO
DE ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES.
PARA PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS
Trabalho apresentado como exigência para a
conclusão da disciplina ESO I do curso de
Ciências Contábeis da Faculdade de Ciências
Humanas Esuda.
ORIENTADOR: Prof. JOSIEL FRANCISCO BARBOSA
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Resumo
Este trabalho foi desenvolvido como objetivo mostrar a importância das
demonstrações contábeis e suas utilidades para as empresas de Pequeno e Médio
porte, e com essas informações as empresas conseguirem melhor resultado no
mercado atual por esta, muito competitivo e uma maior continuidade de seus
negócios e poder ter uma visão futura das suas atividades e poder capacitar
recursos para, melhor ser aplicado no âmbito organizacional.
Neste trabalho foi mostrado as funções e utilidades das Análises das
Demonstrações Contábeis e como é importante para uma visão holística e mais
segura da empresa não, só para os acionista mas, para investidores, fornecedores,
clientes e ate funcionários.
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Abstract
This work was intended to show the importance of the financial statements and their
utilities for businesses Small and medium-sized, and with this information companies
can best result in this current market, very competitive and greater business
continuity and power have a future vision of their activities and power resources to
empower, best be applied in the organizational context.
This work was shown the functions and uses of reviews of financial statements and
how important for a holistic view of the enterprise safer not only for shareholders but
for investors, suppliers, customers and even employees are.
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1 - INTRODUÇÃO
Com o aumento de empresas de Pequeno e médio porte no cenário brasileiro,
com inovações e afins temos que da ênfase nesse aspecto, por isso que venho
por meio desse trabalho pesquisar se as informações das demonstrações
contábeis possuem qualidade para elaboração das analises das demonstrações
contábeis e sua importância para investimentos de terceiros mesmo sem o capital
aberto ou empréstimos que podem ser obtidos pela mesma.
Segundo Chér (1991, p.17), “existem muitos parâmetros para definir as
pequenas e médias empresas, muitas vezes dentro de um mesmo país, como no
Brasil”. Isso mostra que nenhuma definição que se possa ter a respeito de micro e
pequenas empresas serão algo absoluto, mas apenas limitado a determinados
pontos de vista, ou óvbfvrgãos aos quais essas definições estão vinculadas.
Ainda, segundo Chér (1991, p.17), “[...], para se conceituar as pequenas e
médias empresas, algumas variáveis são tradicionalmente utilizadas, tais como
mão de obra empregada, capital registrado, faturamento, quantidade produzida,
etc.
De acordo com Chér as Pequenas e Médias empresas podem ser vista de
varias formas por seu faturamento anual ou números de funcionários mas não se
tem uma forma exata de tal especificação que pode ser uma Pequena e Média
empresa, para uns não pode ser para outros depende do ponto vista de que se
trata e pra que se trata e só assim podemos definir o porte da empresa.
Para Padoveze (2005, p.3), “as empresas nascem a partir de investimentos
nas operações necessárias para vender os produtos e serviços escolhidos”. Nesta
nova visão, para que haja os recursos necessários para que a empresa cresça e
se desenvolva, são necessários investimentos que servirão como parâmetros
iniciais da etapa financeira da empresa.
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1.1 - Caracterização do problema
A importância da qualidade das informações como instrumento de análises das
demonstrações contábeis.
1.2 - Objetivos
1.2.1 – Gerais
Analisar a importância da qualidade das informações como instrumento de análise
das demonstrações contábeis.
1.2.2 - Específicos
• Caracterizar uma empresa de Pequeno e Médio Porte.
• Descrever as demonstrações contábeis como instrumento de tomada de
decisões.
• Analisar os índices de rentabilidade, liquidez e capital de terceiros.
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1.3 - Justificativa
Com o aumento das pequenas e médias empresas este trabalho vem com objetivo
de auxiliar na importância das informações para como instrumento de analises das
demonstrações contábeis e sua veracidade para com elas. E melhorar sua
continuidade no mercado. O tema abordado é importante para o crescimento de um
país e suas riquezas porque quantos mais empresas ativas e gerando receitas e
investimentos melhor é a situação financeira, e qual tão é importante a relação entre
empresas e contadores e sua valorização no mercado.
1.4 - Procedimento metodológico
Este projeto se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica como livros, artigos
científicos e sites de internet onde busca analisar, opiniões já citadas para um maior
entendimento da qualidade das demonstrações contábeis para pequenas e medias
empresas no cenário nacional, é indutiva porque se trata de opiniões já relatadas.
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2 - REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 - CONTABILIDADE
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está
ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à
posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de
que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A
organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em
separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de
propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como
herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris),
denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores,
mesmo que estes não tivessem sido herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há
indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do
comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da
Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o
acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada.
As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre
o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas,
embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo
governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores,
preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de
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aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando
já em maior volume, requerendo registros.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de
que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de
produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade
de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se
pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as
compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de
árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro
(papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente
o registro de informações sobre negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se
refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam
receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas
nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por
governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras
civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria
Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã
até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por
Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à
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teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e
negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do
conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com
o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e
Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra
marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e
continua até os dias de hoje.
PERÍODO ANTIGO
A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o
Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos
quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem.
Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de
processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado
para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos,
metais, escravos, etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma
espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o
homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários
séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em
peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de
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Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente
convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal
cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças
existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se
processa. O nome da conta, "Matrizes" , por exemplo, substituiu a figura gravada,
enquanto o aspecto numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor
monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação",
se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem" .
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro
Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela
de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e
materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo,
o homem já considerava fundamental apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos
de Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em
papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização,
agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o
balanço anual.
Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se,
empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era
confrontada com a despesa.
Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e
seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários
zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a
contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do calendário
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adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma
primitiva, controles administrativos e financeiros.
As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-
se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais,
transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas.
Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de
Vendas Diárias", "Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em
seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata,
denominada "Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador
Comum Monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já
escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma
confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo
egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como
administração pública, privada e bancária.
NA BÍBLIA
Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio
Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu
senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta
do que se tinha! (Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente
inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera
os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.
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Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e
10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para
verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada
(Mateus 18.23-27).
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática
comum.
PERÍODO MEDIEVAL
Em Itália, em 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci" , de Leonardo Pisano.
Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc.,
tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.
Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a
regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da
Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como
moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes
aos navegadores, como Marco Pólo e outros.
A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de
mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos
venezianos, surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro caixa,
que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam,
de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e
obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.
O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural
das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O
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processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital,
alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho
assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram as
primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.
No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando
o valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa
precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que
tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade
de Custos.
No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos
comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de
transporte e dos tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido
entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada;
armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante
analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em
separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos
indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente,
até que fossem transferidos ao exercício industrial.
PERÍODO MODERNO
O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos
importantes que ocorreram neste período:
em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um
enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
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em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,
emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das
inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de
comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os
investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais
que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo,
fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os
empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci,
que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da
Contabilidade.
FREI LUCA PACIOLI
Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas
Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do
crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.
Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas
obras, destacando-se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et
Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre
Contabilidade e Escrituração.
Para Iudícibus (1998) a contabilidade é o método de identificar, mensurar e
comunicar informação, seja econômica, financeira, física ou social permitindo que
seus usuários tomem decisões e julgamentos adequados.
Segundo Marion (2000), a contabilidade é um grande instrumento que auxilia
a administração a tomar decisões na qual coleta, mensura monetariamente e
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registra todos os dados econômicos sumarizando em forma de relatórios ou de
comunicados.
2.2 – Contabilidade Gerencial
Segundo Atkinson, Banker, Kaplan e Young (2008), INDÚSTRIA TÊXTIL. A
procura por informações contábil gerencial pode estar relacionada aos primórdios da
Revolução Industrial, nas tecelagens, no artesanato de armas e em outras
operações manufatureiras. Por exemplo, os registros das tecelagens de inicio do
século XIX mostram que seus gerentes recebiam informações sobre o custo horário
de converter matéria-prima (algodão) em produtos intermediários (fios e linha de
costura) e produtos acabados (tercidos) e o custo por aquilo de produto por
departamento e por operário.
A contabilidade Gerencial, para muitos, é um mero jargão de mais vertente da
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Contabilidade (COSIF). Entretanto este ramo é bastante utilizado e difundido nas
grandes empresas, principalmente nas Multinacionais. Contudo Contabilidade
Gerencial é um dos ramos da contabilidade relacionada à área de controle e
gerenciamento, fornecendo informações para os administradores, isto é, aqueles
que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de
suas operações, em outro sentido a contabilidade gerencial pode ser constatada
como contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de
informações para os acionistas, credores. Mostrando a necessidade de se ter
acesso às informações úteis que possibilitem ao gestor administrar seu negócio de
maneira eficiente.
Padoveze (2010) destaca que: “a função objetiva da contabilidade gerencial
de criação de valor para os acionistas é um conceito objetivo, pois pode ser
mensurado economicamente”. Padoveze (2010), ainda fala que a Contabilidade
Gerencial caracteriza-se pelo segmento da ciência contábil que congrega o conjunto
deinformações já existentes na contabilidade financeira, ou seja, parte das
informações existentes na Contabilidade Financeira e faz complementos
necessários para o uso dos gestores.
Ludícibus (1998), descreve a Contabilidade Gerencial da seguinte forma,
‘‘A contabilidade Gerencial pode ser caracterizada
superficialmente, como um enfoque especial conferido a
várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos
e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade
de Custos, na análise financeira e de balanços.
Colocados numa perspectiva diferente, num grau de
detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e
classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os
gerentes das entidades em seu processo decisório.’’
Portanto a contabilidade gerencial é um processo pelo qual visa identificar,
mensurar, tolerar e avaliar as informações sobre situações econômicas das
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organizações, com a finalidade de abastecer seus diversos usuários de informações
sobre o patrimônio, permitindo que sejam fornecidas informações econômico-
financeiras e sociais para que seus usuários, dessa forma auxiliando no processo de
gestão da empresa para a melhor tomada de decisão gerencial, tornando possível
que os administradores adquiriram uma boa visão em relação à contabilidade
gerencial, que aliada aos sistemas informação oferece uma importante contribuição
para elaboração de futuros planejamentos estratégias, controles, avaliações de
desempenho da companhia.
De acordo com Anthony (1976), Contabilidade Gerencial é a contabilidade
útil á administração na operação da empresa, que em geral não tem escolha senão
aceitar a informação que a empresa fornece, necessitando de certeza que os
relatórios que lêem estão preparados de acordo com as regras básicas, baseando-
se em informação objetiva.
E no que se refere à informação, esta será sempre aprovisionada pelo mesmo
e exclusivo sistema contábil, e sendo armazenada de maneira centralizada ou
difundida, poderá ser tratada então como única, não excessiva, segura, consistente,
etc..., mesmo se derivada de várias áreas, tornando fácil e imediato o fluxo interno
de informações na entidade. Por consoante, todos os seus usuários receberão a
mesma informação, consentido que possam se compreender da melhor forma. Um
outro aspecto-chave está arrolada com a oportunidade da informação, que dizer, se
a informação está sendo impetrada (depois de todo o processo) em tempo hábil,
cabível, permitindo impactar decisões gerenciais. O Modo de gerenciamento em
uma organização está atrelado ás informações contábeis que são mister para o
planejamento, acompanhamento e controle, como um conjunto de informações que
versam dos dados de maneira absoluta para a utilização e visão da gestão
empresarial.
De acordo com Santos (1999), a Contabilidade Gerencial precisa
compreender a origem e o intento dos objetivos e do controle operacional de uma
empresa para analisar sua performance através destes objetivos. É cogente
suplantar as informações contábeis para o fornecimento oportuno e pertinente de
informações de auxílio aos gestores nas tomadas de decisões.
Observa-se, consequentemente, que o processo de tomada de decisão
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finaliza com a opção da melhor ação a ser executada. Para se impetrar esse ponto,
é imperativo que se passe pelas etapas de definição do problema, obtenção dos
fatos, formulações de alternativas, ponderação e decisão. Em todas essas fases a
informação contábil é de enorme relevância. Determinados problemas existem
apenas quando os relatórios contábeis são avaliados regularmente e, com o
orçamento elaborado com alicerce nas informações históricas e projeções contábeis,
pode-se formular e testar as opções para se alcançar à decisão mais acertada.
2.3 – Caracterização de Empresa de Pequeno e Médio porte no Brasil Dizem os livros que uma empresa é um conjunto de meios técnicos, humanos
e financeiros, organizados com vista à concretização de um determinado fim
econômico, o qual passa pelo exercício de uma atividade orientada para a satisfação
das necessidades dos seus vários stakeholders, nomeadamente: os seus clientes
(pela oferta de bens ou serviços), os trabalhadores (através do emprego e da
contraprestação salarial), os acionistas (pela realização do lucro que remunera o
risco incorrido), os credores (pelo reembolso do capital e juros em prazo acordado),
dos fornecedores (pela procura de bens ou serviços), o Estado (pelo cumprimento
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das obrigações fiscais e legais), etc.
Pequenas e médias empresas (PMEs) possuem incontestável importância
socioeconômica para o país, tanto no que diz respeito à produção, empregabilidade
e arrecadação de impostos, como em relação ao estímulo à inovação e
competitividade. Além disso, as PMEs são importantes como suporte às atividades
de grandes empresas, no que diz respeito à terceirização e ao desenvolvimento de
novas tecnologias.
Empresa de Médio porte no Brasil, segundo o IBGE, é caracterizada pela
quantidade de funcionários que ela possui. Se for indústria, é considerada como
media empresas com a 100 a 499 empregados. Caso ela sejas uma empresa
comercial ou de serviços ele poderá ter a 50 a 99 empregados para ser considerada
uma empresa media. Ela também poderá ser considera da media se tiver mais de
R$ 2.400.000,00de receita bruta anual.
Observa-se no Brasil um crescimento de negócios gerados por pequenos
empresários que hoje já representam 99,7% das empresas nacionais, segundo
pesquisa realizada por Machado et al (2009). Dos 1,2 milhões de novos
empreendimentos gerados anualmente no Brasil, 99% são micro e pequenas
empresas e empreendedores individuais. Estes empreendimentos de micro e
pequeno porte geram dois terços do total de empregos formais na iniciativa privada
no país, conforme dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de
São Paulo (SEBRAE, 2011).
Apesar da crescente importância econômica e social das pequenas e médias
empresas brasileiras, ainda é alto o índice de mortalidade das mesmas, sendo que
um dos principais fatores citados para essa ocorrência diz respeito à falta de um
planejamento formal e a limitada visão do que acontece em seu ambiente
(DORNELAS, 2008; PEARCE II et al, 1982). Segundo dados do SEBRAE (2011),
para as empresas brasileiras constituídas em 2006, a taxa de sobrevivência das
mesmas com até 2 anos de vida foi de 73,1%.
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Conforme levantamento realizado pelo SEBRAE (2008) a taxa de mortalidade das
empresas de menor porte ainda chega a 27% no primeiro ano, 38% no segundo ano
e 64% encerram suas atividades antes do sexto ano. Segundo a pesquisa que
considerou empresas sediadas no estado de São Paulo, fatores relacionados ao
ambiente externo, como dados da economia e crises mundiais, também contribuem
para essa estatística que, apesar de elevada, tem apresentado uma queda no
decorrer dos anos: em 1999 era de 35% a taxa de mortalidade de empresas com até
um ano de atividade.
2.4 Especificidades da Pequenas e Médias Empresas
Verifica-se na literatura que diversas particularidades são citadas quando se trata de
pequenas e médias empresas, sendo que muitas delas se repetem nos diferentes
trabalhos e contextos. Leone (1999) possui um estudo que descreve as
especificidades das PMEs e as divide em três grupos: organizacionais, decisionais e
as individuais, sendo que cada um deles possui características próprias.
No grupo de especificidades organizacionais, Leone (1999) considera, entre outras
características, a gestão centralizada, com fraca especialização, estratégia intuitiva e
pouco formalizada. As características decisionais das pequenas e médias empresas
giram em torno da intuição, do curto prazo e do alto grau de autonomia do
proprietário. Com relação às especificidades individuais, a autora (Ibid.) cita
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características do proprietário, tais como a pequena propensão aos riscos, simbiose
do ambiente de trabalho e familiar e onipotência.
Várias das características pesquisadas por Leone (1999) são também observadas
em outros estudos, como os de Almeida e Moreira (2004) e o de Cancellier et al
(2005). Estes autores comentam que empresas de menor porte possuem a tomada
de decisão centrada em poucos indivíduos, forte atuação do proprietário, limitação
de recursos, pouca estruturação de processos, maior flexibilidade para agir e
implantação rápida das decisões.
Para a atual pesquisa é interessante destacar que, em geral, o pequeno empresário
possui limitações de tempo para desenvolver trabalhos relacionados à estratégia em
função do seu envolvimento com tarefas cotidianas, mais operacionais, uma vez que
não conta com muitos colaboradores para tais atividades (ALMEIDA; MOREIRA,
2004; LYBAERT, 1998).
Machado (2006) acrescenta que o empresário de PMEs além da pequena
disponibilidade de tempo, possui um papel multifuncional, pouco conhecimento de
ferramentas estratégicas e de informações mercadológicas. Tais questões podem ir
ao encontro da pequena formalização do planejamento estratégico e a falta de uma
sistemática de planejamento, aspectos que serão abordados adiante.
Porte de empresa
A classificação de porte de empresa adotada pelo BNDES e aplicável a todos os setores está resumida no quadro a seguir:
Classificação Receita operacional bruta anual
Microempresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões
Pequena empresa Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16
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Classificação Receita operacional bruta anual
milhões
Média empresa Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões
Média-grande empresa Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões
Grande empresa Maior que R$ 300 milhões
Quadro 1: Classificação do porte de empresas de comércio e serviço
Porte da Empresa Número de colaboradores Receita bruta anual
Microempresa Até 09 empregados Inferior ou igual a R$ R$433.755,14
Pequena Empresa De 10 a 49 empregados Entre R$ 433.755,15 e R$2.133.222,00
Média Empresa De 50 a 99 empregados Superior a R$2.400.000,00
Grande Empresa Superior a R$300.000.000,00
Fonte: Elaborado a partir de SEBRAE (2011) e IBGE (2011)
Vale destacar que, de acordo com a Medida Provisória 275/05, uma lei de cunho
estritamente tributário, o regime simplificado – SIMPLES, adota critérios diferentes
para enquadramento da micro e pequena empresa (SEBRAE, 2011).
Considerando-se que critérios relacionados às características específicas possuem
certo grau de subjetividade, no atual estudo serão consideradas como PMEs as
empresas que atenderem ao critério de número de colaboradores, apresentados no
25
quadro 1, em função de permitirem maior transparência e facilidade para a
classificação das empresas entrevistadas. Dessa forma, pequenas e médias
empresas serão as que tenham entre 10 e 99 empregados e receita bruta anual
superior a R$433.755,15.
2.5 – Demonstrações e Indicadores Contábeis
Segundo Franco (1992, p. 93) “as principais demonstrações contábeis são
exposições sintéticas dos componentes patrimoniais e de suas variações, a elas
recorremos quanto desejamos conhecer os diferentes aspectos da situação
patrimonial e suas variações.”
Estuda-se a seguir as Demonstrações Contábeis e sistemas de informações,
as principais contas dos relatórios contábeis, como elas são analisadas através da
Análise das Demonstrações Contábeis, principais conceitos, seus usuários, as
técnicas de análises utilizadas e os principais indicadores usados e como são
calculados.
O conjunto das Demonstrações Contábeis exigida pela Lei 11.638/07, alterada
pela Lei 11.941/09 é composto do Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou
Prejuízos Acumulados, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração
dos Fluxos de Caixa. Ainda serão complementadas por notas explicativas, quadros
suplementares e outras informações adicionais relevantes à demanda dos usuários
sobre itens informados no balanço patrimonial e da demonstração de resultado.
Com o passar do tempo, a contabilidade vem evoluindo gradativamente e
tornando-se ainda mais essencial na vida empresarial. Antigamente via-se
acontabilidade somente como obrigação, e não se dava tanto valor, entretanto nos
26
dias atuais as grandes empresas já reconhecem que uma boa gestão de
contabilidade influencia diretamente nos resultados futuros, pois, auxilia na tomada
de decisões dos gestores, baseando-se na informação contábil, avaliando, também,
quais os riscos que determinadas decisões poderá ocasionar, sendo assim, isso
acaba trazendo certa segurança para os empresários, que desejam o mínimo de
imprevistos possíveis.
A ideia central que permite a compreensão do potencial de informação dos
indicadores consiste em explicar que o estágio seguinte de uma cadeia ou processo
é um efeito e possui relatividade com os demais fatores e resultados de uma
empresa ou instituição. Os indicadores sintetizam a informação de um conjunto de
acontecimentos e têm a capacidade de fornecer ao tomador de decisões os
elementos e sinais para agir, seja proativa ou reativamente, contudo estes a
elaboração destes indicadores não adianta informar somente que uma empresa está
dando lucro ou prejuízo. É necessário informar como se comporta ou se comportou
o conjunto de fatores críticos que levam a empresa a auferir lucros ou apurar
prejuízo.
As principais demonstrações contábeis utilizada na tomada de decisão:
balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício e demonstração de
fluxo de caixa. Além das demonstrações contábeis, existem outras ferramentas que
o empresário ou agente interessado na atividade empresarial, dispõe para obter
informações sobre a saúde financeira da empresa. Dentre tais ferramentas
destacam-se as contábeis e financeiras.
Indicadores financeiros “São relações entre contas ou grupos de contas das
demonstrações contábeis, que visam evidenciar determinados aspectos da situação
operacional, financeira, econômicas ou patrimonial de uma empresa’’ (SILVA, 2008)
O objetivo das Demonstrações Contábeis de acordo com Sumário do
Pronunciamento Conceitual Básico da Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis, emitida pelo CPC (Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, (2008), é tornar clara e transparente a situação
patrimonial e financeira atendendo aos seus usuários quanto à segurança nas
avaliações e nas tomadas de decisões. Sendo que as características qualitativas
das Demonstrações Contábeis são quatro: Compreensibilidade, Relevância.
27
Confiabilidade e Comparabilidade. O Ativo, Passivo, Despesas e Receitas são
considerados os elementos das Demonstrações Contábeis. São ainda preparadas
de acordo com o regime de competência.
2.6 - Níveis de Análise das Demonstrações Contábeis
Segundo Marion (2010, p.1), Podemos dividir a Análise das Demonstrações
Contábeis em três níveis:
• Nível Introdutório
• Nível Intermediário
• Nível Avançado
Mas nesse caso usaremos só o nível introdutório, é um nível de análise financeira,
segundo seu grau de complexidade,é INTRODUTÓRIO. Nesse caso, apenas alguns
indicadores básicos são abordados.
Poderíamos dizer que só teremos condições de conhecer a situação econômica –
financeira de uma empresa por meio dos três pontos fundamentais de análise:
Liquidez (situação financeira), Rentabilidade (Situação Econômica) e Endividamento
(Estrutura de Capital).
28
2.7 – Analise das Demonstrações Contábeis
A análise financeira das empresas tem por objetivo prover informações
financeiras aos tomadores de decisões e consiste da análise das demonstrações
contábeis, essencialmente do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração de
Resultado do Exercício (DRE). Apesar disso, outras demonstrações podem auxiliar
bastante em uma análise mais aprofundada. Outro aspecto importante são as Notas
Explicativas que fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis e são
capazes de detalhar aspectos relevantes que contam no Balanço Patrimonial e na
DRE.
Como as demonstrações financeiras são relatórios que possuem uma grande
quantidade de informações diferentes e detalhadas, a análise financeira acaba por
simplificar esse processo, utilizando-se para isto de indicadores financeiros que
relacionam duas ou mais contas. Isso também facilita a análise comparativa entre
diferentes empresas, pois, ao trabalharmos com indicadores, o tamanho das
empresas não irá atrapalhar, podendo-se comparar empresas que possuam
patrimônios em milhares ou em milhões de reais, o que seria impossível se as
demonstrações fossem comparadas diretamente.
Para efeito de análise, foram criados indicadores específicos, de acordo com
os possíveis usuários e de necessidades de análises diferentes. Assim, de acordo
29
com a finalidade da decisão, podemos dividir os usuários da análise financeira em:
• Credores: são aqueles que emprestam recursos para a empresa, seja por meio de
vendas a prazo (fornecedores) seja por empréstimos e financiamentos (bancos,
financeiras) e desejam saber a capacidade de endividamento da empresa, se a
empresa terá capacidade de pagamento dos recursos emprestados, se ela já não
está endividada demais (o que prejudicaria sua situação), ou mesmo se ela será
capaz de gerar recursos para pagar suas dívidas;
• Investidores: desejam saber se a situação da empresa é sólida para investirem e se
a empresa é rentável (para comparar se esta é mais rentável que outras opções de
investimento);
• Gestores: quer ter um detalhamento da situação da empresa, quanto ao seu
endividamento, sua capacidade de pagamentos, sua rentabilidade e até mesmo para
poder acompanhar como o mercado (credores e investidores) a observa.
Na análise das demonstrações contábeis a análise dos indicadores
econômico-financeiro pode ser realizada de várias maneiras distintas. Dentre as
mais utilizadas estão: estática, vertical, horizontal e indicadores absolutos.
Segundo Franco (1992), a determinação da percentagem de cada um dos
elementos em relação ao seu conjunto é chamado de coeficientes e através deles é
estabelecida a relação que tem cada valor com o patrimônio. Estabelecendo
comparações é possível determinar se há excessos em determinados grupos de
contas, tais como despesas. Pode-se determinar o percentual de receitas e também
o percentual do lucro líquido sobre a movimentação econômica total do exercício.
Conforme Assaf Neto (1989) a principal característica que norteia a análise de
balanços é a comparação. Comparam-se valores obtidos em determinado período
com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores
com outros afins. Quando uma conta ou grupo de contas é tratado isoladamente não
retrata adequadamente a importância do valor apresentado e menos ainda seu
comportamento ao longo do tempo. A esse processo de comparação, indispensável
ao conhecimento da situação de uma empresa, é representado pela análise
horizontal e análise vertical.
30
Conforme Blatt (2001) as demonstrações contábeis comunicam fatos
importantes sobre as entidades e os usuários destas demonstrações baseiam-se
nestes elementos para tomar importantes decisões. Estas decisões podem ter
efeitos sobre a economia como um todo ou restringir-se a apenas um investidor,
dependendo se quem tomou a decisão, se está no ambiente interno da entidade, um
diretor decidindo sobre uma nova fábrica; ou a compra de ações na bolsa, caso do
usuário pertencer ao ambiente externo. Confiabilidade e utilidade são essenciais
para uma tomada de decisão bem estruturada. Para isso, as demonstrações devem
ser tanto confiáveis quanto úteis para a tomada de decisões
2.8 - Usos e Usuários das análises Demonstrações Contábeis
Sobre os usos e usuários diz Matarazzo (1992, p.33):
A analise de balanços permite uma visão da
estratégia e dos planos da empresa analisada;
permite estimar a seu futuro, suas limitações e suas
potencialidades. É de primordiais importâncias,
portanto, para todos que pretendem relacionar – se
com uma empresa, quer como fornecedores,
financiadores, acionistas e ate como empregados. A
procura de um bom emprego deveria começar com a
analise financeira da empresa. O que adianta um alto
salário inicial se as perspectivas da empresa não são
boas.
É possível através das demonstrações contábeis atender,
segundo Matarazzo (1992) os seguintes usuários:
a) Fornecedores
Os fornecedores precisam conhecer a capacidade de solvência de seus
clientes. Quem fornece alguma coisa precisa saber se pode contar com o
31
reconhecimento no prazo convencionado. Esta analise é tanto mais simples
quanto cada cliente representa da totalidade da clientela.uma empresa com
poucos clientes terá que fazer uma seleção mais criteriosa. Por outro lado
uma grande loja do comércio não pode fazer uma avaliação muito apurada de
cada um de seus milhares de consumidores.
b) Clientes
Clientes que dependem de poucos fornecedores precisam ter certeza que o
fluxo de matéria prima continuara sendo suprido. O consumidor deveria
analisar quais fornecedores proporcionariam maior segurança.
c) Bancos comerciais e de Investimentos
Bancos comerciais e de investimentos estão entre os grandes usuários da
Análise de balanços basta lembrar que foi por iniciativa Federal Reverse
Board no inicio do século XX, que os balanços passaram a ser exigidos
pelos bancos. Os bancos de investimentos concedem financiamentos a um
numero menor de clientes e a um prazo mais longo, neste caso o
financiamento depende da situação futura do cliente.
d) Sociedade de Crédito Imobiliário
Sociedade de Crédito Imobiliário concedem financiamentos a construtoras
por prazos superiores a um ano, ficando a um meio termo entre um banco
comercial e um banco de investimentos. As Sociedades Crédito
Financiamento e Investimentos concedem credito diretamente aos
consumidores. As lojas que vendem para seus clientes são avalistas destes
empréstimos, e para isso as sociedades precisam conhecer a competência e
capacidade destas para conceder tais linhas de crédito.
e) Concorrente
32
A análise dos concorrentes serve para conhecer a situação das empresas so
setor, decisões como lançar novos produtos, ampliar instalações, saber qual
sua situação frente a seus concorrentes e como se situa com relação à
liquidez e rentabilidade.
2.9 - Metodologia de Análises das Demonstrações Contábeis
Existem diversas metodologias que podem ser utilizadas para realizar o processo de
análises de balanços entre elas, quatro mais comuns são:
a) Análise Horizontal
b) Análise Vertical
c) Análise através de índices
d) Relatório de avaliação
2.9.1 - Análise Horizontal
Segundo Assaf Neto (2007,p. 62), a Análise Horizontal “identifica a
evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo de
determinado período de tempo”. É um tipo de análise que possibilita identificar as
modificações que ocorreram nas contas e nos resultados em determinado período.
Para Marion (2009 p, 10), “quando comparamos os indicadores de
vários períodos (vario semestres, anos...), analisamos a tendência dos índices.
Neste caso chamamos de Análise Horizontal, pois nossos olhos leem no sentido
horizontal”. Esse tipo de análise acontece quando são comparados vários períodos
analisando a tendência dos indicadores. É considerado Análise Horizontal, pois se
faz uma leitura na horizontal.
33
Conforme Iudícibus (2007, p. 80), “a finalidade principal da análise
horizontal é apontar o crescimento de itens dos balanços e das Demonstrações de
resultado (bem como outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de
caracterizar tendência”. Assim, tem-se que a finalidade da Análise Horizontal é
evidenciar o que cresceu nas Demonstrações Contábeis nos períodos, objetivando
saber a tendência.
Andrade (2006, p. 321) conceitua a análise horizontal como uma “forma de
demonstrar a variação orçamentária ou de realização das receitas e despesas
públicas, presentes nos demonstrativos legais, comparativamente e restritos a
períodos predefinidos”. É a maneira de evidenciar as variações ocorridas nos
demonstrativos comparando-se com períodos definidos previamente.
A fórmula para essa análise é:
AH = ( conta do ano atual -1 ) x 100 conta do ano base
2.9.2 - Análise Vertical
Silva J.P. (2010) comenta que essas análises devem ser entendidas
como parte dos instrumentos de trabalho de um analista, ou seja, são auxiliares a
todo processo de análise.
Iudícibos (2007) enfatiza a importância da análise vertical para saber
sobre a participação de cada conta em relação a soma total das contas e evidencia
que esse tipo de análise pode ser usada para verificar a evolução dessas contas no
período.
Andrade (2006) diz que análise Vertical é a análise estrutural do
orçamento ou de execução em relação a variação de porcentagem de cada conta,
ou grupo de contas, no montante total discriminado no orçamento ou na execução
do mesmo, sendo possível evidenciar informações da estrutura orçamentária.
34
As fórmulas para essa análise são:
AV = conta do ativo x 1oo
Atiuvo total
AV = conta passivo x 100
Passivo total
AV = conta DRE x 100
Receita liquida
2.9.3 - Índices de Liquidez
Os índices de Liquidez medem a capacidade da empresa em fazer frente a
seus compromissos de curto prazo, registrados no passivo circulante. ,
Para Groppelli (2002, p.357) “O grau de liquidez de um ativo depende da
rapidez com que ele é transformado em caixa, sem incorrer em perda substancial”.
Na empresa, dinheiro bom é dinheiro aplicado. O administrador precisa movimentar
os recursos existentes, afim de que este gere novos recursos.
Segundo Groppelli (2002, p.357) “em essência, os índices de liquidez testam
o grau de solvência da empresa”.
Se esses índices forem superiores a 1, temos como resposta um lado
positivo, pois cada real devido existe um valor superior em recursos para
pagamento. A mesma lógica é valida quando esses índices forem inferiores a 1, ou
seja, nesse caso, não existem recursos para pagamento.
”Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a
suas obrigações. Sendo de grandeimportância para a administração da continuidade
da empresa, as variações destes índices devem ser motivos de estudos para os
gestores.As informações para o cálculo destes índices são retiradasunicamente do
35
Balanço patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição patrimonial da
entidade, devendo ser atualizadas constantemente para uma correta análise.”
(Lunelli, p.168, Análise das Demonstrações Financeiras)
Marion (2002, p. 83) diz que tais índices “são utilizados para avaliar a capacidade de
pagamento da empresa, isto é, constitui uma apreciação sobre se a empresa tem
capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode
ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.”
2.10 - Índice de Liquidez Geral (LG)
Liquidez geral (LG), segundo Ribeiro (1997) é o quociente que evidencia se
os recursos financeiros aplicados no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo
Prazo são suficientes para cobrir as obrigações totais, ou seja, quanto a empresa
tem de Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo, para cada unidade
monetária de obrigação total.
A principal restrição que se faz a esse índice é a de que a inclusão dos
ativos e dos passivos de longo prazo o torna menos preciso, uma vez que
os prazos de realização dos ativos de longo prazo podem ser diferentes
dos prazos dos vencimentos dos passivos de longo prazo. (CARLETO;
SOUZA, s/d, p. 86).
LG = AC + RLP
PC + ELP
2.10.1 - Índices de Liquidez Corrente
O índice de liquidez corrente é a relação entre o ativo circulante e o passivo
circulante, ou seja, indica aproximadamente a margem de segurança disponível para
36
a empresa satisfazer as dívidas no curto prazo. Na pequena empresa, este índice
pode variar dependendo do setor de atividade e do tipo de empresa. Por isso, para
que o microempresário possa fazer comparações é necessário que o índice obtido
seja comparado com outra empresa similar (GROPPELLI, 2002).
.
Sua fórmula é:
LC = AC PC 2.10.2 - Índices de Liquidez Seca (LS) O índice de liquidez seca exclui o valor dos estoques da parcela de recursos
para pagamento, e concentra-se em ativos mais facilmente conversíveis em caixa,
45
este índice determina se uma empresa pode cumprir suas obrigações com
credores se as vendas caírem drasticamente (GROPPELLI, 2002).
Entretanto, nem sempre um índice de liquidez seca baixo é sintoma de
situação financeira apertada. Um supermercado, por exemplo, cujo investimento em
estoques é alto, e que a maioria absoluta das vendas são feitas á vista, tem um
índice de liquidez seca baixa, e para fins de análise torna-se necessário comparar os
índices obtidos com outros do mesmo setor (MARION, 2005).
.
Este índice indica, segundo Matarazzo (1992), quanto a empresa possui
ativo Liquido para $ 1 de Passivo Circulante. Quanto maior, melhor. Este índice visa
medir o grau de excelência da situação financeira. Se de um lado, estiver abaixo de
determinados padrões do ramo, o pode indicar alguma dificuldade de liquidez,
raramente tal conclusão será mantida quando o índice de Liquidez Corrente for
satisfatório.
A fórmula é:
37
LS = AC - Estoques
PC
2.10.3 - Índice de Liquidez Imediata (LI)
O índice de Liquidez Geral mostra a relação entre o Ativo Circulante mais o
Realizável a Longo Prazo e o Passivo Circulante mais o Exigível a Longo
Prazo, ou
seja, o total de recursos de curto e longo prazo pelo total de obrigações de
curto e
de longo prazo. Este índice mostra a capacidade de pagamento da empresa
no
longo prazo (MARION, 2005).
A fórmula é:
LI = Disponibilidade PC
2.11 - INDICADORES DE RENTABILIDADE
Segundo Matarazzo (1992), termos absolutos não dizem muita coisa, pois
de nada adianta que uma multinacional teve lucros na casa dos bilhões mas a
padaria da esquina lucrou milhares de unidades monetárias.
2.11.1 GIRO DO ATIVO (GA)
De acordo com Blatt (2001) o Índice giro do ativo mede eficiência, quão
efetiva uma empresa é em gerar vendas a partir dos seus ativos.
A fórmula para calculo é:
38
GA = VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL
2.11.2 - MARGEM LÍQUIDA (ML)
Segundo Sóstenes (2010), Esse índice apresenta o percentual de
lucratividade da empresa em relação aos seus produtos.
A fórmula para calculo é:
ML = LUCRO LÍQUIDO X 100 VENDAS LÍQUIDAS
2.11.3 - RENTABILIDADE DO ATIVO (RA)
Segundo Sóstenes (2010), Esse índice mostra normalmente, as empresas
optam por ganhar no giro ou na margem, ou seja, baixam os preços para vender
mais, ganhando na quantidade, ou aumentam os preços para ganharem na margem
de lucro.
A fórmula para calculo é:
RA = LUCRO LÍQUIDO X 100
ATIVO
2.11.4 - RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RLP)
Segundo Sóstenes (2010), Esse índice mostra o quanto de retorno os sócios
estão tendo em relação ao capital aplicado. É através desse índice que os sócios
poderão comparar o rendimento da empresa com o mercado e tomar decisões
referentes à continuação do negocio.
2.12 - Indicadores de Estrutura de Capital
Segundo Sóstenes (2010), Esse grupo de indicadores mostra a relação da
distribuição dos capitais próprios e de terceiros perante os investimentos da
empresa. Dessa forma, esses indicadores estão mais voltados às decisões de
39
financiamentos e investimentos.
A estrutara de capital mostra resultados de decisões financeiras, em termos
de obtenção e aplicação de recursos conforme Blatt (2001).
2.12.1 - Participação de Capital de Terceiros (Pct)
Segundo Sóstenes (2010), Representa o endividamento da empresa com os
terceiros, ou seja, são somados o passivo circulante e o longo prazo e comparado
com os recursos dos sócios. Visa demonstrar o quanto dependente a empresa é de
capital de terceiros.
A fórmula para calculo é:
PCT = (PC+ELP) X 100
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.12.2 - Composição Do Endividamento (Ce)
Segundo Sóstenes (2010), indica qual a relação entre os vencimentos ( curto
e longo prazo) das dividas da empresa, ou seja, analisa a participação de capital de
terceiros.
Este índice indica a percentagem de dividas de curto prazo em relação as
totais e quanto menor, melhor (MATARAZZO, 1992).
A fórmula para calculo é:
CE = PC X 100
PC + ELP
2.12.3 - Imobilização Do Patrimônio Líquido
Segundo Sóstenes (2010), Mostra o quanto do capital próprio (Patrimônio
Líquido) da empresa esta alocado nos investimentos, imobilizado e intangível.
40
A imobilização do patrimônio liquida mostra quanto dos recursos foram
aplicados no ativo permanente para cada $ 100 de PL, quanto maior for índice
resultante da relação, segundo Blatt (2001) menos capital de giro próprio esta sendo
investido do giro dos negócios.
A fórmula para calculo é:
IPL= INVESTIMENTO + IMOBILIZADO + INTANGÍVEL X 100
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.13 – Ambientes Competitivos
A importância do ambiente organizacional para a administração está
vinculada à própria conceituação de organização. Esse construto, que inicialmente
levava em conta apenas aspectos internos das organizações. O conceito de
organização passou a incorporar a idéia de ambiente: segundo Lawrence e Lorsch
(1977, p. 3), por exemplo, a organização pode ser vista como “a coordenação de
diferentes atividades de contribuições individuais com a finalidade de efetuar
transações planejadas com o ambiente”.
Existe um número imenso de indicadores de produtividade e competitividade,
como faturamento bruto, relação faturamento/número de empregados e relação
faturamento/área ocupada. São indicadores financeiros, não-financeiros, setoriais,
regionais, entre vários outros. Porém, é necessário identificar os que mais se
apliquem ao seu negócio, como ferramentas de análise e avaliação.
Alta qualidade, bom serviço, inovação e preço são certamente os fatores-chave para
o sucesso num ambiente competitivo. No entanto, esses atributos são quase
commodities. Sem eles, a empresa está fadada ao fracasso. Com eles, a empresa
entra no caminho do sucesso.
As organizações funcionam dentro de um conjunto de interesses próprios e
gerais que, com outras organizações, formam uma grande rede de relacionamentos,
tornando-se aptas a participarem do complexo competitivo. O que se quer afirmar
41
éque todo processo produtivo e de geração de riquezas só se torna viável através da
participação conjunta de diversos parceiros, escala esta elevada com o efeito do
processo de globalização.
Segundo Kotler (2005), Existem várias estratégias para se obter sucesso em um
ambiente competitivo. “O empreendedor deverá perseguir um conjunto de
ferramentas”
• Qualidade
A alta qualidade é a melhor coisa que podemos oferecer, principalmente quando o
resto do mercado está gerando baixa qualidade. O problema é que, pelo fato de
quase todas as companhias estarem bastante comprometidos com a qualidade, ela
já não é mais uma estratégia vencedora, porém ignorá-la pode ser fatal. O
importante é identificar o nível de qualidade exigido pelo cliente. Qualidade está nos
olhos do cliente e não de quem oferece o produto ou serviço.
• Serviço
Outra possibilidade é ganhar oferecendo um serviço melhor. Esta pode ser uma
estratégia realmente premiada, a menos que o serviço da concorrência também seja
muito bom. O caso é semelhante ao da qualidade. Há tantas opções que o termo
"melhor serviço" não é suficiente. O que nos compete é vencer a concorrência
criando novos tipos de serviço.
Exemplo: Há um hotel que anota tudo que você pediu quando utilizou um de seus
quartos. Da próxima vez em que se hospedar lá, você encontra todas as coisas de
sua preferência. Este é um nível de serviço excepcional.
• Menor preço
A terceira maneira é ganhar por meio de preços menores. O problema é que nunca
se chegará, de fato, ao menor preço, embora temporariamente se consiga isso. Se
você quer que sua empresa seja de alto valor, terá que oferecer mais do que
simplesmente um preço no chão.
42
• Participação no mercado
Também se pode vencer por participação de mercado. Porém, uma maior
participação de mercado requer maiores ambições, a menos que você compre a
participação em vez de conquistá-la. A pergunta é: como obter essa alta
participação? Existem também companhias que têm participação de mercado
constituída por muitos clientes que perdem ano após ano e que vão substituindo, em
um grande rodízio. Elas sempre têm a mesma participação, digamos, 40% do
mercado, mas baseada na rotatividade.
• Personalização
Outra ferramenta é ganhar pela adaptação e personalização. Claro que isso é muito
bom em certas indústrias, se o custo desta adaptação e personalização não for
demasiado alto. Qual seria o custo de oferecer refeições especiais para todos que
viajam em uma linha aérea, por exemplo, com um cardápio completo, em que os
passageiros possam escolher 20 opções de entradas? Esta seria uma
personalização e adaptação ao cliente, mas a um custo muito alto.
• Melhoria contínua do produto
Você também pode ganhar pela melhoria contínua de seus produtos. O problema é
que há alguns produtos que estão no auge do sucesso e eles já não podem
melhorar. Eu não sei como fazer um detergente melhor ou fralda para bebês melhor
do que a que temos agora. Então, como fica essa estratégia, se o produto já está no
apogeu da perfeição?
• Inovação
Em poucas palavras significa uma invenção que chega no mercado. Deve incluir as
atividades técnicas, concepção, desenvolvimento, gestão e que resulta na
comercialização de novos produtos. Inovação pode ser também definida como fazer
mais com menos recursos, por permitir ganhos de eficiência em processos, quer
produtivos quer administrativos ou financeiros, quer na prestação de serviços,
potenciar e ser motor de competitividade.
Competitividade significa obter uma rentabilidade igual ou superior aos rivais no
43
mercado através de um mix de estratégias condizentes ao seu mercado. Se a
rentabilidade de uma empresa, numa economia aberta, é inferior à dos seus rivais, a
médio ou longo prazo estará debilitada até chegar a zero e levá-la ao seu
fechamento. Sendo assim sua futura empresa precisa ser competitiva.
3 - CONCLUSÃO
44
Este trabalho teve como objetivo mostrar a importância das
demonstrações contábeis para pequena e media empresa e seus
usuários como as analises não são obrigatórias ainda nas empresas de
pequeno e médio porte, mas, são de suma importância para o futuro das
mesmas. As informações obtidas com o trabalho de analises das
demonstrações contábeis fornecem aos usuários informações
econômico-financeiras da empresa dos últimos três exercícios,
possibilitando assim uma base para tomada de decisões.
E com tudo as informações por parte das empresas tem que ser
verídicas para uma melhor tomada de decisão por que essas analises
vão afetar seu processo operacional (compra, venda, produção e
investimento). E com isso observamos que as empresas de Pequeno e
Médio porte estão em um crescimento no pais.
Conforme comentam Sandberg et al (2001) o século XXI reúne
muitas oportunidades para empreendedores e novos negócios,
evidenciando que as pequenas e médias empresas podem aproveitar
as oportunidades que a globalização tem a lhes oferecer. Portanto
considera-se que um melhor conhecimento estratégico e a formalização
em planos sistemáticos podem contribuir para o crescimento destas
empresas que já possuem grande representatividade para a economia
brasileira.
45
REFERÊNCIAS
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de-empresas/97655/
MARION, José Carlos. Análises das Demonstrações Contábeis: contabilidade
empresarial. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2010.
http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/tecnologia/sistema-de-informacao-
gerencial/23741/
CHÉR, Rogério. A gerencia das pequenas e médias empresas: o que saber para
administrá-las, 2ed. rev. e ampl. São Paulo: Maltese, 1991.
PADOVEZE, Clóvis, Luís. Introdução à administração financeira. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2005.
abril de 2013..
FABRETTI, Láudio Camargo. Prática tributária da micro, pequena e média empresa,
São Paulo: Atlas, 2003.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/qualidade-informacoes-
contabeis.htm: acesso em 11-10-2013.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Introdução à teoria da contabilidade para o nível
de
graduação. São Paulo: Atlas, 1999.
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