atps analise de investimentos 1

22
FACULDADE ANHANGUERA DE GUARULHOS CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: ANÁLISE DE INVESTIMENTOS TUTOR EAD/PRESENCIAL: CARLOS PIGNATARI AIRTON SILVA FERREIRA RA: 6905402308 DIMY BATISTA FERREIRA RA: 6908425896 HELENA FERREIRA DOS SANTOS WANG RA: 7189542208 ISABEL CRISTINA BATISTA DE SOUSA RA: 6905402330 RONIVALDO FRANCISCO XAVIER RA: 6787417670 GUARULHOS/SP 2015

Upload: anhangueraeducacional

Post on 12-Nov-2023

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FACULDADE ANHANGUERA DE GUARULHOS

CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DISCIPLINA: ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

TUTOR EAD/PRESENCIAL: CARLOS PIGNATARI

AIRTON SILVA FERREIRA RA: 6905402308

DIMY BATISTA FERREIRA RA: 6908425896

HELENA FERREIRA DOS SANTOS WANG RA: 7189542208

ISABEL CRISTINA BATISTA DE SOUSA RA: 6905402330

RONIVALDO FRANCISCO XAVIER RA: 6787417670

GUARULHOS/SP

2015

FACULDADE ANHANGUERA DE GUARULHOS

CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DISCIPLINA: ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

TUTOR EAD/PRESENCIAL: CARLOS PIGNATARI

AIRTON SILVA FERREIRA RA: 6905402308

DIMY BATISTA FERREIRA RA: 6908425896

HELENA FERREIRA DOS SANTOS WANG RA: 7189542208

ISABEL CRISTINA BATISTA DE SOUSA RA: 6905402330

RONIVALDO FRANCISCO XAVIER RA: 6787417670

Atividade prática supervisionada (ATPS) requisitada pela Faculdade Anhanguera de Guarulhos – Centro de Educação a Distância. Avaliação da disciplina de Análise de Investimentos curso Ciências Contábeis sob a orientação do Professor Carlos Pignatari.

1º semestre, período letivo 2015

GUARULHOS/SP

2015

Sumário

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................5

ETAPA 1..................................................................................................................................................6

Os Tipos de Investimento...................................................................................................................6

Informações sobre o negócio.............................................................................................................6

Definição dos produtos......................................................................................................................7

ETAPA 2..................................................................................................................................................7

Conceito de Fluxo de Caixa.................................................................................................................7

Relatório de Fluxo de Caixa Relevante...............................................................................................9

Elaboração de Cálculos e Estimativas.................................................................................................9

INVESTIMENTO INICIAL.........................................................................................................10

ESTIMATIVA DE RECEITAS..................................................................................................10

ESTIMATIVA PARA OS PRÓXIMOS 5 ANOS.....................................................................10

MÃO-DE-OBRA REQUERIDA................................................................................................10

ENCARGOS SOCIAIS..............................................................................................................11

INSUMOS REQUERIDOS........................................................................................................11

DESPESAS TRIBUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES...............................................................11

DEPRECIAÇÃO........................................................................................................................12

ESTRUTURA DE CUSTOS ANUAIS.....................................................................................12

FLUXO DE CAIXA RELEVANTE...........................................................................................12

ETAPA 3................................................................................................................................................13

Viabilidade do projeto......................................................................................................................13

Técnicas de Análise de Investimentos..............................................................................................13

Fluxo de caixa...............................................................................................................................13

PAYBACK..................................................................................................................................15

TIR (taxa interna de retorno)....................................................................................................15

VPL (Valor Presente Líquido)...................................................................................................16

ETAPA 4................................................................................................................................................16

O Efeito da Inflação na Análise de Investimentos.............................................................................16

Avaliação dos Efeitos da Inflação, do Imposto de Renda e da Depreciação.....................................17

Análise de Sensibilidade...................................................................................................................18

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................................20

REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS.................................................................................................................21

SITOGRAFIA..........................................................................................................................................21

INTRODUÇÃO

Dentro do campo da administração financeira destacamos a necessidade de estudo

prévio de qualquer investimento. Os investidores por sua vez jamais aplicariam seu dinheiro

em um projeto sem a certeza de lucro ao final do investimento. A análise de investimentos se

refere ao estudo completo e detalhado dos valores investidos e de seus retornos por

determinados períodos. A análise de investimentos conta com diversas ferramentas poderosas

que auxiliam o analista, demonstram os ganhos do investidor e apontam a viabilidade ou não

do projeto.

Neste trabalho desenvolveremos um projeto de uma confecção de calçados por

encomenda, seus investimentos, custos e seus possíveis retornos durante um prazo de 5 anos.

Através de levantamento de investimento inicial, custos de matéria prima e mão de obra, será

elaborado um projeto e, posteriormente estudado e demonstrado por tabelas todos os valores

que o envolvem. Para tanto serão utilizados todos os recursos e ferramentas possíveis para a

definição de viabilidade e consequente decisão final dos investidores.

O estudo será acompanhado pelo fluxo de caixa relevante que melhor apresenta as

entradas e saídas de numerários no projeto.

Incluiremos ainda um estudo que aponta até que ponto o investimento é viável e a

partir de que momento passa a não mais ser interessante ao investidor.

4

ETAPA 1

Os Tipos de Investimento

Investimentos podem ser de vários tipos, porém conforme o livro texto da disciplina,

basicamente os tipos de investimento são divididos em três.

Investimentos públicos - que em geral, seu objetivo não é gerar retornos financeiros

e sim o bem estar social. Hospitais, escolas, pavimentação de ruas entre outros são exemplos

de investimentos públicos.

Investimentos privados - tem o intuito de gerar retornos monetários a seus

investidores que são pessoas jurídicas e físicas de direito privado. Esses investimentos são os

maiores geradores de empregos e tributos nos países capitalistas. Shopping centers, empresas

de prestação de serviços entre outras são exemplos de investimentos privados.

Investimentos Mistos - nesse caso, basicamente mistura os dois tipos de

investimentos já citado anteriormente, pois os recursos são disponibilizados tanto por

entidades públicas quanto por pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Seu objetivo é

misto, tanto de gerar retorno monetário quanto bem estar social. Banco do Brasil e Petrobrás

são exemplos de investimentos mistos.

Os investimentos são importantes tanto para economia quanto para as organizações.

Para crescer, a economia de qualquer país precisa de um fluxo contínuo de

investimentos, pois se faz necessário aumentar a produção das fábricas, fazendas, unidades

produtivas, que se mede tradicionalmente pelo Produto Interno Bruto (PIB). Se as unidades

produtivas têm capacidade de produção limitada, é necessário criar novas unidades e

aumentar a capacidade das já existentes, para isso é necessário investimento.

No caso das organizações, os investimentos são fundamentais para sua própria

sobrevivência, pelo menos em dois aspectos são influenciadas:

1 - Expansão das organizações, somente através de crescimento as empresas conseguem

gerar retorno para o investidor, e para crescer precisa investir.

2 - Reposição de capital, mesmo as empresas que não estão em expansão, precisam de um

fluxo de investimento, suficiente para repor o desgaste das maquinas e equipamentos, se a

reposição não é feita a organização utilizará os equipamentos e maquinas obsoletos, assim os

produtos e serviços serão mais caros e com menos qualidade que a de seus concorrentes,

assim sua sobrevivência é comprometida.

Informações sobre o negócio

5

Funcionários: 5 (o dono, 1 estilista, 1 controle de qualidade e 2 vendedores) 

Equipamentos e Instalações (máquinas para pranchar, cortar, pespontar e uma mesa de corte

instaladas em uma área mínima de 60 metros quadrados): R$ 48.000,00

Capital de Giro: R$ 20.000,00 

Estoques e Demais Despesas: R$ 30.000,00

Faturamento Médio Mensal (200 pares/mês):  R$ 100.000,00

Prazo de Retorno:  24 meses 

Definição dos produtos

A empresa comercializará sapatos masculinos sob medida e customizados. Em média

os sapatos serão vendidos entre R$ 450,00 e R$ 550,00 cada par.

Em todos os casos, antes de abrir uma empresa, é fundamental buscar informações

com especialistas e planejar o empreendimento. É certo que o mercado interno está aquecido,

mas a concorrência também é acirrada e é preciso estar preparado”, destaca o presidente do

Sebrae, Luiz Barretto.

Segundo o site Como Investir, o mercado financeiro tem muitos produtos diferentes,

cada um com suas características e particularidades. Assim o investidor deve verificar qual

faz parte de seu perfil, e qual é melhor para investir.

Existe o Perfil de Análise do Investidor (API), onde os bancos ajudam o investidor a

descobrir qual o produto deve investir. Geralmente é feito um questionário onde os clientes

respondem sua condição financeira, idade, quantidade de recursos, tempo de investimento,

assim é feito o estudo do perfil do investidor.

No exterior, a API é conhecida como Suitability e é aplicada onde os países tem o

mercado de investimento maduro.

ETAPA 2

Conceito de Fluxo de Caixa

As principais técnicas de análise de investimento se baseiam no conceito de fluxo de

caixa, o qual tem diferenças em relação ao conceito de lucro, que é um conceito contábil.

6

A primeira diferença é que o fluxo de caixa da análise de investimento deverá ser um

fluxo de caixa projetado, ou seja, uma estimativa de ganhos ou perdas futuras, uma vez que o

projeto de investimento ainda não foi implantado, sendo apenas uma possibilidade futura.

Conforme Zdanowicz (2004) o fluxo de caixa consiste no instrumento de programação

financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de

tempo projetado.

Para Herranann (1998 p.154), a montagem da projeção do fluxo de caixa que devemos

considerar os seguintes dados:

Entradas

a) contas a receber

b) empréstimos

c) dinheiro dos sócios

Saídas

a) contas a pagar

b) despesas gerais de administração (custos fixos)

c) pagamento de empréstimos

d) compras à vista

Para os autores Assaf Neto e Silva (2002) é o instrumento que relaciona os ingressos e

saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado

intervalo de tempo.

Pode ser utilizado nos mais variados tipos de organizações, tais como: indústrias,

comércio ou serviços, constituindo-se peça fundamental na gestão financeira.

Existem várias funções dentro da administração financeira para esse tipo de

demonstração de resultados, Silva (2010) destaca os de risco, liquidez, endividamento, fusões

e aquisições, mercados financeiro e de capital, mercados futuros e de opções, eficácia

operacional, valor justo e ainda como um importante documento contábil.

Este contribui de forma expressiva para a gestão financeira, sabendo que grande parte

dos planejamentos das empresas envolve a movimentação de recursos financeiros.

A segunda diferença é sobre como se consideram os valores no tempo. Existem dois

conceitos diferentes quanto á data a ser considerada de determinado valor;

7

Conceito de competência (econômico); é o conceito utilizado nas demonstrações

financeiras (BP e DRE) e adotado pela contabilidade. Esse conceito implica considerar os

valores por apropriação.

Conceito de caixa (financeiro); é o conceito utilizado para o gerenciamento das

operações diárias da empresa e no fluxo de caixa. Esse conceito é adotado pela tesouraria da

empresa e implica considerar os valores por data de pagamento ou recebimento.

Relatório de Fluxo de Caixa Relevante

Conforme o PLT de análise de investimentos todas as principais técnicas de análise de

investimento se baseiam no conceito de fluxo de caixa e contém um formato padrão. Esse

formato é composto basicamente por três partes:

1° Investimento inicial ou nos períodos iniciais: Gera fluxo de caixa (-) negativo

2º Retorno de Caixa do Investimento: Gera fluxo de caixa (+) positivo

3º Valores Residuais: Gera fluxo de caixa (+) porem pode gerar um fluxo de caixa (-) quando

se realiza gastos para compensar danos ambientais.

Nos fluxos de caixa para análise de investimentos, vale o princípio da matemática

financeira de que fluxos no mesmo período podem ser somados ou subtraídos independente

do ramo de atividade, porte ou setor de uma organização, o fluxo de caixa deve ser utilizado

na análise dos investimentos. Segundo, Assaf Neto e Silva (2002, p.39), o fluxo de caixa é o

instrumento de relacionamento dos ingressos e saídas de recursos monetários da empresa em

determinado intervalo de tempo.

O fluxo de caixa facilita a gestão de uma empresa no sentido de saber exatamente qual

o valor a pagar com as obrigações assumidas, quais os valores a receber e qual será o saldo

disponível naquele momento. Denomina-se saldo a diferença entre os recebimentos e os

pagamentos. O fluxo de caixa trata-se de uma estimativa futura, para isso é necessário analisar

o projeto e verificar se é viável ou não. As estimativas podem ser alteradas de acordo com o

desenvolvimento do projeto, tomando todas as previsões de fluxos futuros.

Portanto, um bom fluxo de caixa permite ao investidor reconhecer seus momentos positivos e

negativos para investimentos em outros projetos que também poderão trazer bons retornos

para a empresa. Tal premissa é utilizada de forma a permitir uma justa comparação com

outras opções de investimentos, tais como ações, renda fixa ou outros projetos.

Elaboração de Cálculos e Estimativas

8

INVESTIMENTO INICIAL

DISCRIMINAÇÃO  $ Total

1 - Maquinas e equipamentos 43.000,00

2 - Instalações 5.000,00

3 - Moveis e utensílios 10.000,00

9 - Capital de giro 20.000,00

10 - Estoque Inicial 15.000,00

11 - Eventuais (até 5% do total) 3.000,00

12 - Outros (Despesas pré-operacionais, taxas etc.) 2.000,00

   TOTAL 98.000,00

ESTIMATIVA DE RECEITAS

DISCRIMINAÇÃO Preços Venda Mensal Faturamento Anual

Unitários Quant. Valor Quant. Valor

Produtos          

Sapato Social Luxo 550,00 40 22.000 480 264.000

Sapato Social Styllos 500,00 30 15.000 360 180.000

Sapato Social Classic 480,00 30 14.400 360 172.800

Sapato Linha Freestyle 520,00 30 15.600 360 187.200

Sapato Linha Sport 500,00 30 15.000 360 180.000

Sapato Sport Chick 450,00 40 18.000 480 216.000

           

TOTAL GERAL   200 100.000 2.400 1.200.000

ESTIMATIVA PARA OS PRÓXIMOS 5 ANOS

DISCRIMINAÇÃOAno 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Produtos          

Sapato Social Luxo 264.000 264.000 264.000 264.000 264.000

Sapato Social Styllos 180.000 180.000 180.000 180.000 180.000

9

Sapato Social Classic 172.800 172.800 172.800 172.800 172.800

Sapato Linha Freestyle 187.200 187.200 187.200 187.200 187.200

Sapato Linha Sport 180.000 180.000 180.000 180.000 180.000

Sapato Sport Chick 216.000 216.000 216.000 216.000 216.000

           

TOTAL GERAL 1.200.000 1.200.000 1.200.000 1.200.000 1.200.000

MÃO-DE-OBRA REQUERIDA

DISCRIMINAÇÃO Salário Custo Mensal Custo Anual

Mensal Quant Valor Quant Valor

Diretoria (1) 3.500 1 3.500 1 42.000

Especializada (2) 2.500 2 5.000 2 60.000

Comissões (2) 1.500 2 3.000 2 36.000

Total da Mão de Obra     11.500   138.000

ENCARGOS SOCIAIS

  (%) Custo Mensal Custo Anual

Sobre Honorários 70%   2.450   29.400

Sobre a Mão-de-obra 70%   5.600   67.200

Total dos Encargos     8.050   96.600

INSUMOS REQUERIDOS

DISCRIMINAÇÃO Unid. Custo Mensal Custo Anual

Quant Valor Quant Valor

Matérias-Primas          

Borracha Kilo 50 550 600 6.600

10

Couro Metro 50 3.000 600 36.000

Corvin Metro 30 1.800 360 21.600

Lona Fina Metro 40 1.600 480 19.200

Camurça Metro 20 1.200 240 14.400

Forro Metro 50 700 600 8.400

Salto Par 200 1.600 2.400 19.200

Elástico Metro 40 240 480 2.880

Cadarço Metro 50 60 600 720

Palmilha Par 200 1.500 2.400 18.000

Zíper Peça 50 200 600 2.400

Fivela Peça 40 200 480 2.400

Arrebite Peça 50 60 600 720

           

Mat. Secundários          

Cola Galão 1 80 12 960

Linha Carret 10 40 120 480

Nylon Carret 20 240 240 2.880

Graxa Lata 30 420 360 5.040

Resina Galão 1 300 12 3.600

Verniz Galão 1 70 12 840

Tintas Tubo 10 280 120 3.360

           

Embalagens          

Caixas Peça 200 800 2.400 9.600

Papel Kilo 5 60 60 720

           

T O T A L     15.000,00   180.000,00

11

DESPESAS TRIBUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES

DISCRIMINAÇÃO Alíquota* Valor Mensal Valor Anual

Base Valor Base Valor

ICMS:          

(Compras-crédito) 18% 15.000 2.700 180.000 32.400

(Vendas-débitos) 18% 100.000 18.000 1.200.000 216.000

A recolher     15.300   183.600

           

IPI 0% 100.000 - 1.200.000 -

PIS/PASEP 0,65% 100.000 650 1.200.000 7.800

COFINS 3% 100.000 3.000 1.200.000 36.000

CSSL 1,08% 100.000 1.080 1.200.000 12.960

IRPJ 1,2% 100.000 1.200 1.200.000 14.400

           

TOTAIS     21.230   254.760

(*) Percentuais de acordo com a opção de tributação pelo Lucro Presumido.

DEPRECIAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO Valor Valor Mensal Valor AnualBase (%) Valor (%) Valor

- Máquinas / Equipamentos 40.000 0,83% 333 10% 4.000 - Ferramentas 3.000 1,67% 50 20% 600 - Instalações 5.000 0,83% 42 10% 500 - Computadores 6.000 1,67% 100 20% 1.200 - Móveis e utensílios 4.000 0,83% 33 10% 400

           

Total Geral 58.000   558   6.700 (*) Percentuais de acordo com o regulamento do Imposto de Renda.

ESTRUTURA DE CUSTOS ANUAIS

     DISCRIMINAÇÃO Valor Mensal Valor Anual Custos Fixos    

12

1 - Mão-de-obra Fixa / Honorários 11.500 138.000 2 - Encargos sociais 8.050 96.600 3 - Seguros 200 2.400 4 - Alugueis / leasing 1.500 18.000

5 - Diversos (até 5%, conforme o caso) 1.000 12.000

6 - CUSTOS FIXOS (1+ ...+ 5) 22.250 267.000 7 - Depreciação 558 6.700

8 - CUSTOS FIXOS TOTAIS (6+7) 22.808 273.700 Custos Variáveis:    9 - Embalagem 860 10.320 10 - Insumos Requeridos (exceto embalagem) 14.140 169.680 11 - Despesas tributárias 21.230 254.760

12 - Diversos (até 5%, conforme o caso) 1.000 12.000

13 - CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS (9+...+12) 37.230 446.760

14 - CUSTOS TOTAIS (8+13) 60.038 720.460

FLUXO DE CAIXA RELEVANTE  Mensal Anual 1. Entradas de Caixa Operacionais = (1.2) 100.000 1.200.000 1.2. Receita Recebida 100.000 1.200.000 2. Saídas de Caixa Operacionais = (2.1) + (2.2) + (2.3) 59.480 713.760 2.1. Custos Variáveis totais pagos     2.1.1. Produção, Vendas e Distribuição 16.000 192.000 2.1.2. Tributação   - ICMS (débito das vendas) 18.000 216.000 ICMS (crédito das compras) (2.700) (32.400) PIS (0,65% da Receita Gerada) 650 7.800 COFINS (3% da Receita Gerada) 3.000 36.000 2.2. Custos Fixos Pagos 22.250 267.000 2.3. Imposto de Renda e Contr Social 2.280 27.360 3. Saldo de Caixa Líquido operacional = (1) - (2) 40.520 486.240

ETAPA 3

Viabilidade do projeto

TAXA SELIC anualizada 12,75%.

TAXA SELIC anualizada Liquida 9%

Técnicas de Análise de Investimentos

A avaliação de projetos de investimentos usualmente envolve um conjunto de técnicas

que buscam determinar sua viabilidade econômica e financeira, atendendo uma

determinada Taxa Mínima de Atratividade. Desta forma, geralmente esses parâmetros são

aferidos pelo Payback (prazo de retorno do investimento inicial), pela TIR (Taxa Interna de

Retorno) e/ou pelo VPL (Valor Presente Líquido) (CASAROTTO e KOPPITKE, 2000).13

A Seguir mostraremos os cálculos do VPL, TIR E PAYBACK para o Fluxo de Caixa

Relevante da Empresa:

Fluxo de caixa

ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

-1200000

486240 486240 486240 486240 486240

Series1

FLUXO DE CAIXA VPL, TIR E PAYBACK.

ANO 0 1 2 3 4 5

FLUXO DE

CAIXA FINAL-1.200.000 486.240 486.240 486.240 486.240 486.240

FLUXO DE

CAIXA

ACUMULADO

-1.200.000 -713.760 -227.520 258.720 744.960 1.231.200

VPL 634.223,88 TMA 9% AO ANO

TIR 29,31%

PAYBACK 2,5 Anos

14

TIR 29,31% > TMA 9% – Projeto aceito.

VPL = 634.223,88 POSITIVO – Projeto aceito.

PAYBACK 3º ano – Projeto aceito.

Cálculo do VPL e TIR feito pela calculadora HP12C

1.200.000 CHS g CF0 486.240 g CFj 5 g Nj 9 i f NPV Chegamos ao VPL = 634.223,88 em

seguida pressionando as teclas f IRR chegamos ao TIR = 29,31%

Vamos fazer uma análise das técnicas de avaliação em cima do projeto realizado,

assim como manifestamos de forma numérica, as três formas:

PAYBACKOu período de retorno: avalia o tempo de retorno do investimento inicial do projeto,

ou seja, quanto mais rápido o retorno, menor o payback e melhor o projeto. Com isso, deve-se

definir um tempo máximo aceitável de payback, porém essa definição é muito pessoal, pois

investidor é quem avalia o tempo que estaria disposto a aguardar retorno.

Através do projeto, analisamos o investimento inicial, fluxo de caixa de cada período e os

mesmos acumulados, chegando a um payback no 3º ano, recuperou o investimento inicial

nesse período. Como definimos o período máximo aceitável de 5 anos, o projeto foi aceito

como está demostrado abaixo:

PAYBACK MÁXIMO ACEITÁVEL = 5 ANOS

PAYBACK DO PROJETO = 2,5 ANOS

PROJETO < ACEITÁVEL = Projeto aceito.

TIR (taxa interna de retorno) É um método similar ao VPL, ou seja, utiliza a mesma lógica de cálculo, porém

apresenta resultados em porcentagem e não em valores monetários sendo bastante popular no

meio dos investidores. Após a montagem do fluxo de caixa, calcula-se a TIR adotando uma

TMA, a fim de avaliar se o resultado é compatível com as perspectivas do investidor e, se o

projeto é atraente.

TIR > TMA – ACEITA-SE O PROJETO.

TIR < TMA – REJEITA-SE O PROJETO.15

Contudo, buscamos as informações novamente no fluxo de caixa e adotando uma

TMA de 9%, obtivemos uma TIR de 29,31 %, concluindo nesta técnica que também, o

projeto deve ser aceito.

VPL (Valor Presente Líquido) É um método alternativo ao do payback, a qual visa corrigir as principais deficiências

apresentadas por este. Para esta análise é fundamental adotar uma taxa de desconto, taxa

mínima de atratividade (TMA) para trazer o fluxo de caixa a valor presente. A TMA deve

representar o retorno mínimo exigido, em porcentagem para o investidor concordar em

realizar o projeto. Em geral, representa o custo das oportunidades perdidas, o chamado Custo

de oportunidade, já que esses recursos poderiam ser utilizados em outro investimento. Após a

montagem de fluxo de caixa e suas informações. Adotando uma TMA de 9%, temos um

VPL= 634.223,88, ou seja, o projeto segundo as estimativas é capaz de recuperar o

investimento inicial de R$1.200.000 (um milhão e duzentos mil), além de proporcionar um

retorno de 9% ao ano (TMA), oferecendo ainda um retorno adicional (valor do VPL positivo).

Sendo assim, o projeto deve ser aceito, pois permite um retorno superior ao mínimo exigido.

(TMA).

VPL (+) – ACEITA-SE O PROJETO.

VPL (-) - REJEITA-SE O PROJETO.

ETAPA 4

O Efeito da Inflação na Análise de Investimentos

É muito comum, ao se fazer uma análise de investimento, principalmente se este tiver

período de até 5 anos, não se levar em consideração os efeitos inflacionários. Como a inflação

significa o aumento geral dos preços e do valor da mão de obra, é evidente que seus índices,

mesmo nos baixos patamares que temos hoje em nosso país, causem distorções nos valores

previstos no investimento.

Quando uma análise é montada, é feita uma previsão de determinada quantidade de

produtos que se pretende vender, se estima um preço para estas vendas e se calcula os valores

da matéria prima e da mão de obra a serem empregadas no processo fabril. Porém, os valores

praticados no primeiro ano analisado não serão os mesmos nos anos seguintes.

16

Seguindo os índices atuais de inflação, poderemos apontar uma diferença de mais de

100% do valor previsto no início do projeto se este tiver um prazo de duração de mais de 10

anos.

Portanto é imprescindível que ao se analisar um projeto deve-se sim considerar os

efeitos inflacionários, reajustando a TMA ou a TIR de acordo com a previsão da inflação para

os anos de duração do projeto a fim de eliminar os efeitos negativos ao final do investimento.

O Efeito do Imposto de Renda e da Depreciação na Análise de Investimentos

Outros fatores que devem ser considerados na análise de um investimento são o

Imposto de Renda e a Depreciação.

O Imposto de Renda é a parte cobrada pelo governo federal sobre o valor do lucro

contábil das empresas. Esse imposto sempre vem acompanhado da Contribuição Social sobre

o Lucro Líquido. Ambos significam saída de dinheiro do projeto e representam diminuição do

retorno do valor investido. Assim, muito embora o Lucro Contábil não tenha relevância na

análise do investimento, estes tributos devem ser considerados na montagem do Fluxo de

Caixa.

A Depreciação, diferentemente do Imposto de Renda, não envolve saída de dinheiro,

portanto não influencia diretamente e nem figurará no Fluxo de Caixa. Porém, representa uma

despesa contábil, diminuindo o Lucro Líquido e consequentemente o valor do Imposto de

Renda e da Contribuição Social. Então antes de estabelecer o valor dos tributos a serem

deduzidos do Fluxo de Caixa devemos nos preocupar com o valor da depreciação que

influencia, neste caso, positivamente no valor final, pois reduz o valor destes tributos.

Em alguns casos, quando o projeto prevê forma de tributação que não seja o Lucro

Real (Lucro Presumido ou Simples Nacional, por exemplo), a depreciação não influencia no

valor dos tributos.

Porém, existe ainda um outro aspecto em que a depreciação pode ter caráter relevante,

pois determina a perda do valor dos bens do Ativo por uso ou obsolescência. E, se o projeto

prever a venda de algum ativo ao final de um determinado período há que se considerar a

perda de seu valor.

Avaliação dos Efeitos da Inflação, do Imposto de Renda e da Depreciação

Na etapa 2 acima, explanamos através dos cálculos e estimativas todos os efeitos do

Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e da Depreciação que

17

afetam a análise do nosso projeto. Note que ao transportarmos o valor dos custos fixos para o

quadro do Fluxo de Caixa o valor da depreciação foi desprezado, afinal não representa um

desembolso financeiro, por isso não há de ser ali considerado. Já o Imposto de Renda e a

Contribuição Social foram considerados como despesa do mês e consequentemente afetou o

valor final do nosso Fluxo de Caixa.

Como o enunciado pedia apenas que se repetisse o valor da estimativa anual para os

próximos 5 anos, há que relevar a falta da indexação inflacionária naquele momento. Ora se

sabe que atualmente nosso país passa por um momento de inflação controlada na casa dos

8%. Isso nos leva a ponderar uma estiva neste mesmo índice para os próximos 5 anos.

Diante deste panorama, nossa Estimativa de Receita, em números redondos, seria de

R$ 600.000,00 no primeiro ano, R$ 648.000,00 no segundo, R$ 700.000,00 no terceiro, R$

756.000,00 no quarto e R$ 816.000,00 no quinto. Os custos, as despesas, os tributos e a mão

de obra também sofreriam a mesma elevação. Ao final de 5 anos teríamos uma variação no

fluxo de caixa de 36% a mais que o valor estimado no início do projeto.

Análise de Sensibilidade

Consiste na análise dos riscos e incertezas sobre um projeto econômico. Tem como

objetivo medir a sensibilidade dos indicadores de viabilidade e determinadas variáveis

fundamentais da análise.

Tomando por base a TMA, que é a taxa juros que representa o mínimo que um

investidor aceita ganhar sobre o seu dinheiro investido, calcula-se a viabilidade financeira do

projeto e determina-se o VPL. Em nosso projeto estipulamos uma TMA de 9% baseada em

uma previsão de variação da taxa SELIC e chegamos a um VPL positivo, o que torna o

projeto viável.

Supondo-se que a TMA seja elevada por motivo de alta da inflação, por exemplo, é

necessário que o estudo de viabilidade preveja uma margem de segurança para o investidor.

Partindo do cenário atual da análise mais otimista até o cenário mais pessimista, que

inviabilizaria o projeto, temos:

Cenário TMA VPL1 9% 634.223,88 2 10% 584.756,51 3 11% 537.921,59 4 12% 493.559,27 5 13% 451.520,82 6 14% 411.667,80

18

7 15% 373.871,21 8 16% 338.010,82 9 17% 303.974,43 10 18% 271.657,32 11 19% 240.961,67 12 20% 211.796,04 13 21% 184.074,90 14 22% 157.718,19 15 23% 132.650,98 16 24% 108.803,00 17 25% 86.108,41 18 26% 64.505,42 19 27% 43.936,04 20 28% 24.345,80 21 29% 5.683,53 22 30% - 12.098,90

Diante destes cenários, avaliamos que o projeto suporta um acréscimo na TMA até

29%, a partir daí o projeto passa a ser inviável.

19

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste trabalho concluímos a importância e a necessidade do estudo

aprofundado de um projeto econômico. Estabelecemos como objetivo demonstrar os inúmeros

fatores que envolvem uma aplicação de recursos em determinado projeto. Procuramos ser o

mais simples possível, uma vez que se trata de um assunto complexo que requer extrema

atenção do analista para os mínimos detalhes que podem colocar todo um projeto em risco.

Através do fluxo de caixa, foram demonstradas todas as possíveis movimentações

financeiras ao longo do tempo que o projeto durar. Vimos, através de diferentes análises que

esse projeto é viável e que existe uma boa margem até que ele se torne inviável.

20

REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS

ASSAF NETO, A. e SILVA, César A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas,

1995.

ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do Capital de

Giro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002

BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas,

1995.

FREZATTI, Fábio. Gestão do fluxo de caixa diário – como dispor de um instrumento

fundamental para o gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas, 1997.

HENDRIKSEN, Eldon S. e BREDA, Michael F. Van – Teoria da Contabilidade; tradução de

Antônio Zorrato Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 1999.

HERRNANN JR, Frederico. Custo industrial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática. 4. ed. São Paulo: Atlas,

2003.

MARTINS, Eliseu (org.). Avaliação de Empresas: Da mensuração contábil à econômica. São

Paulo: Editora Atlas, 2001.

OLIVIO, Rodolfo Leandro de Faria. Análise de Investimento. Campinas: Alínea, 2011.

PADOVEZE, Clóvis Luiz. Sistemas de informações contábeis. São Paulo: Atlas, 1988.

QUINTANA, Alexandre Costa, Fluxo de Caixa – Demonstrações Contábeis, Editora Juruá,

Curitiba, 2009.

SILVA, Edson Cordeiro da. Como administrar o fluxo de caixa de empresas. 4ª. Edição, São

Paulo: Editora Atlas, 2010.

SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 5ª Ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2001.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: Uma decisão de Planejamento e controle

financeiro. 10. Ed. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2004

SITOGRAFIA

BANCO CENTRAL DO BRASIL - Histórico das taxas de juros. Disponível em:

http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS Acesso em: 15 Mar. 2015.

http://exame.abril.com.br/pme/noticias/20-ideias-de-negocios-promissores. Acesso em

11/03/2015

http://idg.receita.fazenda.gov.br/ - acesso 24 de março de 2015

21

http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI114182-17152,00-MODA.html.

Acesso em 11/03/2015

http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI149404-17192,00-

IDEIAS+DE+NEGOCIOS.html. Acesso em 11/03/2015

http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI82445-17189,00-

COMO+REALIZAR+O+SEU+SONHO+DE+NEGOCIO.html. Acesso em 11/03/2015

http://www.bcb.gov.br/ - acesso 24 de março de 2015

http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/

conhecimento/revista/rev1101.pdf - acesso 30 de março de 2015

http://www.comoinvestir.com.br/investidores/analise-de-perfil/paginas/default.aspx. Acesso

em 20/03/2015

http://www.ebah.com.br/- acesso 23 de março de 2015

http://www.vendamuitomais.com.br/site/default.asp - acesso 24 de março de 2015

https://docs.google.com/leaf?

id=0B9h_NveLKe7zNjA2MGYxYmUtODY0OS00ZDlhLWI3ZDUtOTQ1OGMyYTJmY2Q

z&hl=ptBR&authkey=CMSI95AI

https://www.youtube.com/channel/UCF-x675QwI6P8JHgT9SIh_Q - acesso 23 de março de

2015

IBRACON - Demonstração dos fluxos de caixa. Disponível em: http://www.ibracon.com.br.

Acesso em: 15 Mar. 2015.

RIBEIRO, Silvio Paula, Uma abordagem pratica sobre indicadores econômicos – financeiros.

Outubro de 2007. Acessado em agosto de 2010. Disponível em:

www.ficms.com.br/web/proffic/arquivos/Material3.doc.

22