diagnostico-sindrome de tourette-08-12-19

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16/17 CORREIO BRAZILIENSE Brasília, domingo, 5 de janeiro de 2020 Saúde P PO OR R RENATA RUSKY O envelhecimento vem acompanhado de uma série de dificuldades: o corpo fica mais fraco, e a saúde mais comprome- tida. Uma das condições consideradas naturais da idade é, muitas vezes, a incontinên- cia urinária. Fisioterapeutas, no entanto, lutam para que o problema não seja naturalizado — ou atribuído ao parto, como ocorre com fre- quência. “Um desejo nosso é que a nova gera- ção de idosos não precise de fralda indiscrimi- nadamente”, afirma a fisioterapeuta Andréa Bortolazzo, especialista em saúde da mulher. A incontinência urinária costuma estar rela- cionada a uma disfunção no assoalho pélvico, também chamado de períneo. Embora se fale muito da incontinência especificamente, Andréa explica que a retenção urinária ou fecal também pode significar uma disfunção no períneo. “Muitas pessoas têm o intestino preso e pro- curam nutricionistas para tentar resolver o pro- blema, mas ele pode estar relacionado ao as- soalho pélvico. Não pode haver nem inconti- nência nem retenção”, ensina. Uma pessoa que toma uma quantidade adequada de água, em torno dos 2 litros por dia, de acordo com seu ta- manho e peso, deve urinar, em média, uma vez a cada três horas. Por isso, recomenda-se que toda mulher se submeta a uma avaliação do períneo caso apre- sente sintomas como incontinência ou continên- cia urinária ou fecal e dor na relação sexual (dis- pareunia). Grávidas, a partir de 12 semanas de gestação, também devem ser avaliadas para checar a necessidade de acompanhamento du- rante a gestação e no pós-parto. Um assoalho pélvico saudável pode evitar laceração da vagi- na e necessidade de episiotomia. Fisioterapeutas alertam que exercitar os músculos do assoalho pélvico pode evitar uma série de problemas futuros e ajudar as mulheres a ter uma vida mais saudável

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Page 1: diagnostico-Sindrome de Tourette-08-12-19

16/17 — CORREIO BRAZILIENSE — Brasília, domingo, 5 de janeiro de 2020

Saúde

PPOORR RENATA RUSKY

Oenvelhecimento vem acompanhado deuma série de dificuldades: o corpo ficamais fraco, e a saúde mais comprome-tida. Uma das condições consideradas

naturais da idade é, muitas vezes, a incontinên-cia urinária. Fisioterapeutas, no entanto, lutampara que o problema não seja naturalizado —ou atribuído ao parto, como ocorre com fre-quência. “Um desejo nosso é que a nova gera-ção de idosos não precise de fralda indiscrimi-nadamente”, afirma a fisioterapeuta AndréaBortolazzo, especialista em saúde da mulher.

A incontinência urinária costuma estar rela-cionada a uma disfunção no assoalho pélvico,também chamado de períneo. Embora se falemuito da incontinência especificamente, Andréaexplica que a retenção urinária ou fecal tambémpode significar uma disfunção no períneo.

“Muitas pessoas têm o intestino preso e pro-curam nutricionistas para tentar resolver o pro-blema, mas ele pode estar relacionado ao as-soalho pélvico. Não pode haver nem inconti-nência nem retenção”, ensina. Uma pessoa quetoma uma quantidade adequada de água, emtorno dos 2 litros por dia, de acordo com seu ta-manho e peso, deve urinar, em média, uma veza cada três horas.

Por isso, recomenda-se que toda mulher sesubmeta a uma avaliação do períneo caso apre-sente sintomas como incontinência ou continên-cia urinária ou fecal e dor na relação sexual (dis-pareunia). Grávidas, a partir de 12 semanas degestação, também devem ser avaliadas parachecar a necessidade de acompanhamento du-rante a gestação e no pós-parto. Um assoalhopélvico saudável pode evitar laceração da vagi-na e necessidade de episiotomia.

Fisioterapeutas alertam que exercitaros músculos do assoalho pélvicopode evitar uma série de problemasfuturos e ajudar as mulheres a teruma vida mais saudável