curso de administração municipal

Upload: remo1972

Post on 13-Apr-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    1/59

    Diogo

    Lerdellc

    de Mello

    urso

    de

    Administra o

    Municipal

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    2/59

    os

    Profs Bmcdicto Silva e H enry Reining Ir.

    em reconhecimento pelo gra nde estmulo que dles

    tenho recebido para o estudo da Administrao Pblica

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    3/59

    A P R E S E N T A A O

    A presente monografia encerra

    um

    programa de Curso de

    Administrao Municipal, originriamente elaborado para ser

    executado para treinamento de funcionrios municipais, pelo Depar

    tame1Jto

    de Assistncia Tcnica aos Municpios do Paran, e um

    estudo sbre os fundamentos do ensino

    da

    administraio pblica.

    Seu autor, DR.

    DIOGO

    LORDELLO

    DE

    .MELLO um jovem e

    Vigoroso cientista poltico, que acaba de completar, na Universidade

    da Califrllia do Sul, sob os ausPcios conjulltos do 11Istituto de

    Negcios Interamericanos, do Govrno

    do

    Estado do Paran e

    da Fundao Getlio Vargas, um curso de Administrao Pblica.

    presente trabalho

    em

    grande parte, resultado das

    pesquisas a que procedeu na coleta de I/IO/erial,-para a sua tese

    de doutoramento.

    Dividido em duas partes, consta a primeira dos objetivos

    do programa de

    um

    Curso de Administrao M ullicipal e seu desen

    volvimento prtico, com o plano de 6 aulas, rmde so estruturados

    os assuntos

    de

    maior intersse e necessidade no campo em refe

    rncia. Assim esquematiza de forma lgica e bem delineada os

    itens que, desenvolvidos, se transformaro em aulas, abrangendo

    temas da evoluo histrica

    do

    Brasil e estudando comparativa

    mente os nveis de govrno local nos Estados Unidos e em nosso pas.

    A segunda parte um sumrio

    da

    posio da Administrao

    Pblica como disciplina autnoma e suas inter-relaes com as

    outras cincias sociais. Baseia-se o autor na experincia norte

    americana, procurando, porm, tanto quanto possvel, oferecer

    sugestes dentro

    da

    problemtica brasileira. Assim por exemplo,

    a o

    se deter no ensino da administrao pblica, desce nossa reali-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    4/59

    dade, onde, segltndo Nl', os currculos de administrao pblica

    devem pr011l0'l'er o aperfeioamento do sistema de ingresso no ser

    vio pblico, "afravl:s

    da

    prcgao contllua da necessidade de um

    verdadeiro sistema de 1IIrito".

    Jllfcn'ssa-se o

    autor

    tclo

    problema da seleo e orientao dos

    estudantes,

    c0111Parando

    o mtodo norte-americano e o sistema

    adotado

    11

    I1rasil.

    Focali::;a

    a situai'o atual dos

    programas

    de

    admillisfra,io P'hlica cm. 'vigor nas maiores universidades norte-

    americanas. classificando

    e

    quatro categorias as matrias

    admi-

    nistradas. dc acrdo com a sua importllcia dentro do aspecto geral

    do

    ensino. Obedecendo

    ao

    esquema

    que se prope, apresenta o

    que considera currculo ideal", cuja dificuldade de realizao

    grande

    lia prpria Amrica e quase

    impossvel

    no estgio alual

    do sistc;:za universitrio brasileiro.

    A necessidade

    paIJhe i'd

    de um CIIrso frtlldamcHtal de adminis-

    trao pblica

    nos

    curriot/os

    das

    uninrsidades

    objeto

    de

    in te

    n ~ s s do DR.

    DIOGO

    Lo mELLO DE MELLO que salienta os prejll::os

    advindos da i jJ/or,ncia quase absoluta dos profissionais liberais

    quanto a prillcif'ios jZiIldalllelltais de administrao pziblica.

    A seguir passa o autor a estudar os problemas da

    adminis-

    trao 1I1ltnicipal, preconi:::alzdo a organi::ao de currculo para

    futuros administradores J1unicipais, de forma a lhes

    permitir

    uma

    viso de conjunto da ad1llinistrao pblica no nvel em que

    vo

    operar.

    relu assunto ahordado, pela

    for11la

    com que seu autor se

    dcbma

    interessado sbrc os

    temas

    desenvolvidos, o presente

    Caderno de ""ldl/zillistra,lo continua o call1inho iniciado:

    de

    oferecer aos estlldiosos matria e elemel/tos de debate.

    BENEDICTO SILVA

    Rio,

    dc:::elllbro, 195

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    5/59

    N D I E

    PARTE I: PROGRAMA

    DE

    UM CURSO DE AD:\IINIS

    TRAO

    MUNICIPAL

    3

    I OBJETIVOS

    3

    PROGRAMA 6

    Desenvolvimento 7

    PARTE

    H: FUNDAMENTOS DO EXSINO DE

    A mnN IS

    TRAO PBLICA 25

    I

    DJTRODUO 25

    H A ADMINISTRAO PBLICA cmw U:H

    CAMPO

    DEFINIDO

    DO CONHECDIENTO Z

    Administrao

    como

    arte

    e como

    cincia

    26

    Funo

    executiva

    e

    funo

    administrativa

    26

    Possibilidade do

    ensino

    da

    administrao

    pblica 27

    Posio da administrao pblica no

    quadro

    das cincias 28

    A administrao pblica e

    as

    cincias sociais 28

    Subordinao

    da

    administrao pliblica ao direito admi

    nistrativo e seus efeitos negativos 29

    IH IDIAS

    FUNDAMENTAIS DA EDUCAO PARA A

    ADMINISTRAO

    PBLICA 31

    Educao e treinamento 31

    Objetivos da

    educao

    para a administrao pblica . . 31

    Tendncias 32

    Treinamento

    no

    servio:

    tendncias

    e

    objetivos

    34

    Objetivos O problema brasileiro 36

    IV SELEO E

    ORIENTAO

    DOS ESTUDANTES 38

    Prticas norte americanas 38

    O problema no Brasil 39

    Colocao para o estudante 40

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    6/59

    2

    v

    CADERNOS

    DE

    ADMINISTRAO PBLICA

    PROGRAMA

    Situao

    atual

    Classificao das matrias

    O

    currculo

    ideal

    O prob1ema do

    currculo ideal

    no

    Brasil

    n c l u s ~

    da.

    ~ d ? J i n i s t r a o

    pblica

    nos diversos

    cursos

    unlversltanos

    4

    4

    42

    44

    45

    46

    VI - ADMINISTRAO

    MUNICIPAL

    47

    Posio da administrao municipal

    47

    A administrao municipal e as universidades

    48

    Sugesto

    para o

    Brasil

    49

    INDICAES

    BIBLIOGRFICAS 51

    NOTA

    o preser;te trabalho

    foi

    escrito originalmente em ingls como

    parte dos estudos do autor para a cadeira de CurricIIlutn Problems

    ill F ulic

    Administration do curso de doutorado de Administrao

    Phlica da Uniyersidade da Califrnia do Sul em Los ngeles

    e traduzido posteriormente pelo prprio

    autor

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    7/59

    PARTE I

    PROGRAMA DE

    U

    CURSO DE

    ADMINISTRAO MUNICIPAL

    O JETIVOS

    o

    programa que se segue foi

    organizado para o fim especfico

    de ser executado pelo Departa

    mento de Assistncia Tcnica

    aos Municpios do Paran

    para

    o treinamento de funcionrios

    municipais.

    O pensamento do autor foi o

    de reunir no programa o ensi

    namento daqueles princpios e

    daquelas tcnicas de que o nosso

    administrador municipal

    ter de

    se servir

    para

    administrar racio

    nalmente a sua comuna. Por

    administrador municipal enten

    demos, aqui, no smente o pre

    feito, mas ainda os funcionrios

    de maior categoria na hierarquia

    administrati,'a do municpio.

    Dentre sses deve-se tah'ez des

    tacar o secretrio da prefeitura.

    Faltam-nos, ainda, dados positi

    vos sbre o papel real dsse fun

    cionrio

    na

    administrao muni-

    cipal, mas tudo indica que na

    prefeitura tpica brasileira le

    o funcionrio mais importante,

    a quem cabe coordenar as ati

    vidades administrativas dos de

    mais funcionrios. Nessas con

    dies, de supor-se que o se

    cretrio municipal esteja em po

    sio de condicionar o pensa

    mento administrativo de tda a

    hierarquia da administrao mu

    nicipal, inclusi e a do prprio

    prefeito, que no raro

    deixa aos

    seus cuidados a maior parte dos

    assuntos rotineiros da sua admi

    nistrao.

    O programa foi, assim, ela

    borado tendo em vista, de um

    lado, sse papel preponderante

    do secretrio municipal e, do

    outro, a esperana de que a

    maioria dos funcionrios comis

    sionados pelos municpios para

    receber treinamento no Depar-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    8/59

    CADERNOS

    E

    DMINISTR O PBLIC

    tam'nto de Assistncia Tcnica

    aos Municpios do

    Paran

    seria

    constituda de secretrios e pre

    feitura e de outros funcionrios

    de igual categoria. A inteno

    a de usar a influncia dsses

    funcionrios

    para

    a motivao

    dos demais em favor das tcni

    cas e dos princpios modernos

    da

    administrao municipal. O

    programa , em grande parte,

    um

    programa de idias - idias

    bsicas e capazes de conduzir

    ao aqules que as aceitarem.

    Tal

    nfase a respeito de idias

    no torna o

    programa

    necess

    riamente terico. Alm das duas

    horas de aulas tericas esto pre

    vistos trabalhos prticos de di

    versos tipos para

    complementa

    o da teoria. O ensino da ad

    ministrao pblica pode, alis,

    valer-se de inmeras tcnicas

    auxiliares hoje largamente usa

    das nos Estados Unidos com o

    maior xito. Dentre elas pode

    mos mencionar, rpidamente. as

    seguintes: visitas a reparties

    pbl:cas, controladas por meio

    de relatrios preparados pe\')s

    alunos; estudos de

    casos

    admi

    nistrati os;

    conferncias e pa

    lestras por funcionrios pblicos

    sbre as atividades de sua espe

    cializao; mesas-redondas com

    a participao de administrado-

    res e outras autoridades pbli

    cas;

    trabalhos de campo e ou

    tros trabalhos de pesquisa; se

    minrios e participao em reu

    nies e congressos de adminis

    trao.

    Talvez o

    programa

    que cons

    titui a parte I parea um tanto

    ambicoso e muito avanado

    para

    o treinamento dos secretrios de

    prefeitura e de outros funcion

    rios de nossas prefeituras do in

    terior. A isso responderemos.

    dizendo que o professor poder

    tornar o assunto to fcil ou to

    difcil quanto quiser. No nega

    mos, porm, que as idias con

    tidas no programa sejam avan

    adas em relao s prticas e

    filosofia correntes na nossa ad

    ministrao municipal.

    J

    ex-

    pressamos acima o nosso ponto

    de vista de que a tarefa mais

    urgente do ensino

    da

    adminis

    trao pblica no Brasil consiste

    em condiconar a hierarquia go

    ernamental e os lderes educa

    tivos para a aceitao dos prin

    cpios bsicos que regem a ad

    ministrao racional. O aperfei

    oamento das n055as prticas

    administrativas deve comear

    pela aceitao de idias funda

    mentais, como as que do corpo

    a tais conceitos como o do sis-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    9/59

    CURSO DE ADMINISTRAO

    MUNICIPAL

    5

    tema

    do

    mrito, o das relaes

    pblicas, o da administrao de

    mocrtica, o do esprito de pes

    quisa, etc. A vontade de

    agir

    de acrdo com tais idias pois,

    ( ssencial para que se possam pr

    em prtica aqules conceitos.

    Alm disso, ste ser apenas

    um dos cursos a serem ofereci

    dos como parte do programa de

    treinamento do Departamento

    de Assistncia Tcnica aos Mu

    nicpios do

    Paran

    Outros

    de

    carter mais especializado e mais

    prtico sero necessrios a qual

    quer programa dessa natureza.

    Aqules podero consistir de

    ampliaes de partes do progra

    ma em discusso, tais como Con-

    tabilidade :\Iunicipal, Adminis

    trao Financeira, Tcnica Or-

    amentria, Administrao do

    Pessoal e Urbanismo e Plane

    jamento :\1unicipal.

    Finalmente, ao elaborar ste

    programa esforamo-nos por no

    perder de vista a realidade bra

    sileira. Talvez essa tenha sido

    a nossa maior dificuldade, no

    apenas

    por

    se

    tratar

    de terreno

    prticamente virgem em traba

    lho dessa natureza, mas ainda

    porque a falta de dados basea

    dos em pesquisas sbre a admi

    nistrao municipal brasileira

    quase total. Esperamos, contu

    do, no

    ter

    ficado muito longe

    dessa realidade.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    10/59

    PROGR M

    N

    mero

    de

    aulas: 65.

    Durao de cada aula:

    2

    h

    afora o seminrio).

    PARTE I

    Introduo

    4 horas)

    1 Govrno e administra-

    o - 4 h

    PARTE II

    Noes gerais dI govrno local

    16 horas)

    1 Desenvolvimento hist

    rico do govrno local - 2 h.

    2 -

    Desenvolvimento hist

    rico do govrno local no Brasil

    - 4

    h.

    3 - Estrutura

    do govrno

    municipal no Brasil - 6

    h.

    4 - Estudo comparativo do

    govrno local no Brasil e nos

    Estados Unidos - 4 h.

    PARTE

    III

    reas de estudo em administra-

    o

    municipal

    100 horas)

    1 -

    Organizao, administra

    o e direo - 30 h

    2 - Planejamento - 14 h.

    3 - Relaes humanas em

    chefia e administrao do pes

    soal - 20 h.

    4 - Administrao financeira

    e do material - 20

    h

    5 - Relaes pblicas -

    10

    h

    6 - Noes de direito admi

    nistrativo - 6 h.

    PARTE

    IV

    Funes e servios municipais

    10 horas)

    1

    Aspectos administrativos

    das funes e dos servios mu

    nicipais - 10 h

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    11/59

    CURSO

    DE

    ADMINISTRAO MUNICIPAL

    7

    esenvolvimento

    PARTE

    I

    Introduo

    -

    4 h.

    1 - Govrno e administra

    o - 4

    h

    l a

    aula - Conceito de

    administrao

    Que

    administrao? - Ad

    ministrao pblica semipbli

    ca e privada - Cincia da ad

    ministrao - Contedo da ad

    ministrao pblica - O ensino

    da administrao pblica no

    Brasil e no estrangeiro prin

    cipalmente nos Estados Unidos.

    2.

    a

    aula - Poltica e

    administrao

    Funes polticas e funes

    administrativas - Desenvolvi

    mentos recentes no campo da

    administrao - A eficincia

    como objetivo da administrao

    pblica - Administrao p

    blica e democracia.

    PARTE

    11

    aes gerais de govrno 1

    ca l 16h .

    1 Desenvolvimento hist-

    ria do

    govrno

    local -

    2

    h

    3.

    a

    aula - Origem e evoluo

    das instituies de govrno local

    Origem da vida comunal -

    A cidade - Estados gregos -

    O municipium romano - As

    comunas medievais -

    As

    co

    munas frente aos estados nacio

    nais - Diversificao e flores

    cimento da vida comunal

    na

    Eu-

    ropa moderna.

    2 - Desenvolvimento hist

    rico do govrno local no

    Bra-

    sil - 4 h

    4.

    a

    aula - Origens histricas

    do municpio no rasil

    O municpio desde os tempos

    coloniais at a lei de 828 O

    govrno municipal durante o

    Imprio - Primeiros movimen

    tos em favor da autonomia mu

    nicipal.

    s a aula

    O

    municpio desde

    a Repblica

    O municpio sob o regime re

    publicano at 1937 - Retrocesso

    sob o regime

    da

    carta de 1937

    - O sistema municipal da cons

    tituio de 1946 - O movi

    mento municipalista: seus

    l rde-

    res seus objetivos e suas con

    quistas.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    12/59

    8

    CADERNOS DE DMINISTR O PBLIC

    3 Estrutura do govrno

    municipal no Brasil - 6

    h.

    6.

    a

    aI la - F.strutura poltica e

    admi1listrati7 a

    do

    11 unicpio

    110

    Brasil

    O municpio como unidade de

    O ovrno local Posio do dis

    frito na organizao m u n i ~ p ~ l

    brasileira - Criao, subdIvI

    so, desmembramento e incor

    porao de municpios - Pr.in

    cpios de govrno representativo

    adotados pelo govrno municipal

    - A cmara municipal: seus po

    deres e atribuies - O prefeito

    municipal: suas atribuies es

    peciicas e seu papel como chefe

    do executivo e como lder pol

    tico do municpio. Fontes da or-

    ganizao municipal - Leis or-

    gnicas municipais -

    Estrutura

    administrativa elo municpio -

    Senios

    e funcionrios muni

    cipais - .:\Iodos de nomeao

    elos funcionrios -

    Os

    poderes

    ou faculdades do municpio -

    O poder de polcia: cdigos mu

    nicipais - O pocler de desapro

    priao -

    Ontros

    poderes go

    vernamentais.

    7.

    a

    aula

    -

    Autonomia municipal

    O princpio da autonomia mu

    nicipal na Constituio de 1946

    - Autonomia poltica e auto

    nomia administrativa - Concei

    to de autonomia municipal -

    Interpretao da clusula pe-

    culiar intersse do municpio -

    Leis orgnicas municipais -

    Funo dos departamentos de

    assistncia tcnica dos munic

    pIOS.

    s a

    aula A - Estrutura

    financeira do municpio

    Competncia fiscal das muni

    cipalidades - Evoluo do pro

    blema e perspectivas

    para

    o fu

    turo

    - Autonomia financeira

    elos

    municpios: sua natureza e

    limitaes - Importncia da au

    tonomia financeira para o desen

    volvimento da vida municipal.

    4 - Estudo comparativo do

    govrno local no Brasil e nos

    Estados Unidos - 4 h.

    s a aula - B -

    veis

    de

    govrno local nos dois pases

    A simplicidade e uniformidade

    do sistema brasileiro em con

    traste com a diversificao do

    sistema dos Estados Unidos -

    O condado, a cidade e o distrito

    especial - Distino entre go

    vrno

    rural

    e govrno urbano

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    13/59

    CURSO DE ADMINISTRAO

    MUNICIPAL

    9

    nos

    Estados

    Cnidos - O es

    prito local e seu impacto no go

    \ rno local.

    9 a

    aula

    -

    Tipos

    de govnlO

    lucal 1/0S

    Estados Unidos

    Separao

    entre

    poIticu e ad

    ministrao - Conselhos e co

    misses - O sistema de cmara

    e prefeito e o de cmara e ge

    rente -

    Futuro

    do sistema ge

    renciaI - O plano do adminis

    trador-chefe como sistema de

    conciliao e

    sua

    aplicahilidade

    ao Brasil - Apreciao valora

    \ 0. elo go\'rno local

    r:o

    Brasil

    e nos

    Estados

    Cnidos.

    10.

    a

    aula

    -

    Funes do govmo

    local nos dois pases

    Bombeiros, polcia e educao

    como funes locais nos Estados

    Cnidos - Outras funes lo

    cais - Aumento de encargos lo

    cais como fator de revigoramento

    do municpio brasileiro.

    PARTE III

    reas de estudo

    em

    adminis-

    trao

    mllnicipal

    -

    100 h

    1 - Organizao, administra

    o e direo - 30 h.

    l1.

    a

    al/ (/

    ll1lrod/ 1IO

    ao

    estudo

    da

    matria

    Obj

    eto e

    f i i 1 ~

    do estudo

    da

    matria -

    Importncia

    do as

    sunto

    p:ua

    a

    a d J l i n i ~ t r a o

    mu-

    nicipal - DeiiniiJes e termino

    logia.

    12.

    a

    aula - OriYI'JIl e c011lpor-

    tamel/to das orgalli:::a(cs

    Cd/J1llistru

    I iL ilS

    C r i : H ~ o das organizaces e de

    ter11lillai'io de sua

    pstrutura

    e

    seus objetiyos - Obteno

    de

    apoio - Qllcst'JCS ticas -

    Or-

    r.;anizao formal e infn11al -

    Inflt:ncias interna.; e cxternas

    - A praga

    da burocracia e a

    nccessidade de se dcsem'olver o

    esprito profissional do servidor

    pblico - Integrao da orga

    niz:lo e do funcionrio na vida

    da

    comunidade.

    13

    a

    aula - EStrutltrG

    das

    organi:::aes

    Agrupamento. seus fins e pro

    cessos - Agruj):11l1ento geogr

    fico, por f ~ : I 1 ; I O

    por

    processo,

    por

    tempo, por erluipamento e

    por clientela - Critrio para

    determinaco das atividades b

    sicas - >Funes, subfunes,

    atividades e operaes no mbito

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    14/59

    10

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA

    municipal - A padronizao

    como chave

    para a identificao

    de cargos e atribuies -

    Or-

    ganogramas suas vantagens e

    limitaes - Grupos sociais de

    uma organizao sua identifi

    cao e sua lealdade - O lder

    e seu papel na organizao.

    14.

    a

    aula

    -

    Funes de linha e

    tUII JCS

    de assessoramento

    Conceito de organizao em

    linha - Vantagens e desvanta

    gens ds

    se

    tipo de organizao

    - Alcance de contrle - Con

    ceito de funes de assessora

    mento - Reduo da carga de

    trabalho do chefe executivo por

    meio dos servios de assessoria

    - Tipos de servios de assesso

    ria - Administrao funcional

    e o assessor tcnico - Organi

    zaes mistas - Mitos em trno

    das \lues de assessoramento.

    15

    a

    aula - Previso e

    planejamcnto

    Definies - Tipos de plane

    jamento - Importncia e difi

    culdades de previso - Plane

    jamento administrativo - Pla

    nejamento como um instrumento

    de administrao - Estgios do

    planejamento - Consistncia

    dos planos - Resistncia ao

    planejamento - Consecuo de

    apoio para os planos administra

    tivos e implementao dos pla

    nos.

    16.

    a

    aula

    -

    Autoridadc dele-

    gao e liderana

    A interpretao tradicional em

    confronto com a interpretao

    psicolgica da autoridade -

    Aceitao e limites da autorida

    de - Decises conjuntas e au

    toridade - Autoridade e hierar

    quia - Autoridade posio e

    prestgio - Estrutura das rela

    es de

    autoridade

    unidade de

    comando e autoridade de acr

    do com as responsabilidades -

    Integrao administrativa

    Conceito de delegao - Pro-

    blemas e patologia da delegao

    - Delegao superviso e lide

    rana - Tcnicas de delegao

    -

    O que se pode e o que no se

    pode delegar - Reorganizao

    das funes do prefeito e dos

    chefes de departamento luz

    das tcnicas de delegao.

    17.

    a

    aula

    -

    Coordena{o e

    confrle

    Coordenao e delegao

    Coordenao e contrle - Im

    portncia da conferncia como

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    15/59

    CURSO DE ADMINISTRAO

    MUNICIP L

    tcnica de coordenao - Es-

    trutura e coordenao - Co

    ordenao como uma das

    fun

    ces executivas mais importan

    tes - Importncia do relatrio

    como tcnica de coordenao.

    18.

    a

    aula - Comunicaes

    Importncia das comunicaes

    para as organizaes administra

    tivas - Aumento do sistema de

    comunicaes: comunicaes for

    mais e informais -

    Barreiras

    fsicas e psicolgicas - Distn

    cia geogrfica distncia social

    problemas de linguagem e o

    boato - Comunicaes nos dois

    sentidos e sua importncia para

    a administrao democrtica -

    Organizao do sistema de co

    municaes - Canais hierrqui

    cos e no hierrquicos - O pro

    blema da aprovao prvia -

    Uso de conferncias e comits

    - Problemas tcnicos - Meios

    prticos para se obter eficincia

    de comunicaes.

    19.

    a

    aula

    -

    M ecnica

    de

    orgalli aio

    Critrios para uma boa orga

    nizao administrativa - De

    finio da autoridade e respon

    sabilidade do pessoal - Divi-

    so do trabalho - A hierarquia

    - Preparao e contedo de or-

    ganogramas manuais administra

    tivos e regimentos internos.

    20.

    a

    aula

    -

    Reorgalli ao

    Causas determinantes da ne

    cessidade de reorganizao -

    Importncia especial do proble

    ma para os governos municipais

    brasileiros - Ausncia de pro-

    gramas como objetivos da admi

    nistrao local no Brasil - Fa-

    tres determinantes das mudan

    as nas organizaes: mudana

    da alta administrao variao

    das tendncias sociais e eco

    nmicas deficincias de funcio

    namento - Deciso para re

    organizao e consecuo de

    apoio necessrio - Investigao

    de falhas e defeitos da organi

    zao - Atitudes em relao ao

    cargo do chefe executivo - Me

    cnica

    da

    reorganizao -

    Prin-

    cipais problemas da reorganiza

    o municipal no Brasil.

    2

    a

    aula

    -

    nlise adlninis-

    trativa

    A

    I nfroduo

    -

    mbito

    e fins da anlise administrativa

    - Contedo - Atitude geral em

    relao anlise de

    uma

    situa

    o administrativa - Tipos e

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    16/59

    2

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA

    estudos que podem ser feitos

    pelo analista - Tcnicas e pro

    cessos de anlise.

    B Levalltamentos adl/linis

    tratiz os

    -

    Fins

    e extenso -

    Planejamento preliminar e in

    formaes essenciais - Coleta

    de dados - Interpretao dos

    dados e preparao das solues

    - Preparao do relatrio final

    e apresentao das recomenda

    es.

    22.

    a

    aI/la - nlise adminis-

    trativa

    C)

    Sim

    plificaodo traba

    lho - Definio de trmo -

    Fins e importncia - Tabelas

    de distribuio de trabalho sua

    preparao e seu valor.

    23.

    a

    aula

    trativa

    nlise adminis-

    D)

    Simplificao do traba

    lho cont.) - Fluxogramas -

    Como se prepara. se preenche e

    se analisa um fluxograma -

    Transformao das informaes

    obtidas em ao - Acompanha

    mento dos resultados.

    E Volume de trabalho -

    Fins

    - Tcnica - Utilizao.

    24-.

    a

    aula - nlise adminis

    trath a

    F Utili:::ao de espao -

    L tilizao de espao nos escri

    trios -

    Padres

    de utilizao

    e arranjo do equipamento -

    reas mnimas para funcion

    rios Consideraes psicolgi-

    caso

    25.

    a

    aula -

    nlise

    adminis-

    trativa

    G) Construo e anlise de

    forn;ulrios

    -

    Finalidade dos

    formulrios - Simplificao e

    comhinao dos formulrios -

    Regras

    para a construo de for

    mulrios - ndices - Ttulos

    numerao e linhas - Espaa

    mento F ormulrios para

    guichs - Uso de sinais de

    conferncia e outros refinamen

    tos - Construo de

    um

    j go

    de formulrios para uma prefei

    tura - Papis geralmente usa

    dos no servio pblico suas ca

    ractersticas e suas relaes com

    o prohlema de construo de

    formulrios.

    2 - Planejamento - 14 h.

    6

    a

    aula -

    Introduo

    ao Pla

    ne jal/lento

    Ligeira recapitulao do con

    ceito de planejamento -

    Plani-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    17/59

    CURSO DE ADMINISTRAO

    MUNICIPAL

    3

    ficao e planejamento adminis

    trativo - Planejamento eco

    nmico, social, cultural e urbano

    - O processo do planejamento

    - Estgios do planejamento -

    Planejamento

    e oramento -

    Planejamento regional e sua im

    portncia para o Brasil - O

    plano Salte - Planejamento fi

    nanceiro a longo prazo no nvel

    municipal.

    27.

    a

    aula - Planejamento rural

    Importncia

    do planejamento

    rural

    para

    o desenvolvimento

    da

    vida municipal brasileira - Res

    ponsabilidade dos municpios

    por

    servios nas zonas rurais - Dis

    posies constitucionais sbre a

    aplicao de rendas em benef

    cios de ordem rural - Plane

    jamento da

    utilizao dessas ren

    das

    para

    obras de saneamento,

    educao, sade, estradas e fo

    mento agrcola - Posio do

    distrito no planejamento

    rural

    - Representao rural nos r-

    gos municipais de planejamento.

    28.

    a

    aula

    urb no

    Planejamento

    Conceito e campo de ao do

    planejamento urbano - Origem,

    localizao e desenvolvimento

    nas cidades - Ei'oluo do pla

    nejamento urbano no Brasil e

    no estrallb eiro - Dois aspectos

    de planejamento: formulao e

    implementa;[o dos planos -

    Elementos de plano urbano -

    O plano de utilizao da

    terra

    - Servios e instalaes - O

    prohlema do trabalho - O pla

    no diretor - Implementao do

    plano: problemas de execuo.

    29.

    a

    aI la - Coleta

    de

    dados

    para o plal cjamcllto

    O le\'al1tamento e seus elemen

    tos - Consideraes de ordem

    fisica, social, econmica, finan

    ceira e legal -

    :\Iapas, estudos

    demogrficos, estudos

    da

    base

    econ., l1ica

    e dos recursos da co

    munidade -

    Iapas

    e lei'anta

    f:entos de utilizao da

    terra

    e

    uas tcnicas.

    30.

    a

    aula - O plano diretor

    Preparao do plano diretor

    - Perodo a ser abrangido e

    elementos a serem includos -

    :Vlapas e outros dados -

    Impor-

    tncia e prioridade dos projetos

    - Seqncia a ser obedecida

    na

    execuo de

    um

    projeto - As

    pecto de financiamento a longo

    prazo do plano diretor.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    18/59

    4

    CADERNOS DE ADMINISTRAO

    PBLIC

    P aula

    - Edifcios

    pblicos

    e bele::a urbanstica

    Localizao dos edifcios p

    blicos - Disperso de edifcios

    e centros cvicos - Localizao

    de mercados praas

    play-

    grou/lds e campos de esportes

    - Planejamento de escolas -

    Aparncia de edifcios pblicos

    e particulares - Aparncia das

    ruas: nomes sinalizao de

    tr-

    fego cartazes anncios e arbo

    rizao.

    32.

    a

    aula - Orgalli:::ao e admI-

    nistrao dos servios de

    planejamento

    Teoria

    bsica - Participao

    dos cidados no planejamento

    urbano e rural - Objetivos

    orientao e procedimentos dos

    rgos de planejamento -

    Pes-

    soal tcnico -

    ecessidade de

    rgos centrais e regionais de

    planejamento e colaborao ds

    ses rgos com os rgos locais

    - Papel dos Departamentos de

    Assistncia Tcnica aos munic

    pios no planejamento municipal.

    3 - Relaes humanas em

    chefia e administrao do pes

    soal - 20 h

    33

    a

    aula

    -

    Relaes humanas

    1 111

    chefia

    A Introduo

    -

    Conceito

    de relaes humanas - Posio

    das cincias sociais nas moder

    nas teorias de administrao.

    B O chefe e a natureza -

    mana -

    Diferenas entre indi

    vduos -

    Fatres

    culturais -

    Teoria da administrao demo

    crtica - Os principais proble

    mas dos chefes no Brasil.

    C

    Organi:::ao e chefia

    Organizao como

    uma

    funo

    de chefia - Princpios de chefia

    e organizao - Princpios de

    organizao formal - Aspectos

    econmicos da chefia - Aspec

    tos humanos da chefia.

    34.

    a

    aula

    -

    Relaes humanas

    em chefia

    -

    spectos sociais

    da chefia

    A Organiza.o

    informal

    Sua caracterizao suas causas

    e seus ingredientes - Aspectos

    inconvenientes de excessiva in

    formalidade nas organizaes

    administrativas brasileiras

    Trabalho de equipe e motivao

    - O lder nato - Posio e

    prestgio na organizao formal

    e na informal.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    19/59

    CURSO

    DE DMINISTR O

    MUNICIPAL

    5

    B

    COlilunicaes -

    Impor-

    tncia do prohlema para os che

    fes

    - Aspectos fsicos e psico

    lgicos da questo - Informa

    o - Comunicao a duas

    mos.

    C

    Estcr,-otipos e preconcci

    tos - Estercotipos e preconcei

    tos mais comuns - Chaves e

    preconceitos burocrticos

    Conflito de estereotipos - Eli

    m:nao de dificuldades por pre

    conceitos e estereotipos.

    D Conflito, cooperao e

    moral

    - Aspectos positivos e

    negativos dos conflitos - Con

    flitos provenientes de prerroga-

    tivas dos chefes - Cooperao

    e suas tcnicas - Conceitos de

    importncia do moral.

    35.

    a

    aul-a - Relaes humanas

    em

    chefia

    A

    Motivao - Descober

    tas recentes e tendncias atuais

    - Aplicabilidade dessas desco

    bertas no Brasil.

    B Liderana - Conceito e

    tipos de liderana - Patologia

    da liderana.

    C

    Moth ao

    e illceJltivao

    - Incentivos econmicos e no

    econmicos -

    Fatres

    sociais e

    ambientais - Incentivos legais:

    promoo e estabilidade no car-

    go - Problemas especiais pro

    vcnientes do atual sistema do

    servio civil brasileiro.

    D Participao - Suspei

    o ideolg:ca - Areas de par

    ticipao - ~ o d o s de se pro

    mover a participao dos fun

    cionrios - Participao e de

    legao - Participao e admi

    nistrao democrtica.

    36

    a

    Gula - As ,ec:os

    :1.': '-(0.

    da

    chefia

    A

    Lotao -

    Avaliao de

    eficincia e orientao de fun

    cionrios - Dificuldades

    para

    um bom sistema de avaliao de

    merecimento no Brasil.

    B

    O

    chefe

    C 1l1 um

    clnico

    - Casos de

    a d m i n i s t r a ~ J

    de

    pessoal - Aconselhamento e

    suas tcnicas - Como obter a

    confiana do funcionrio.

    C

    DisciPlina

    - A autori

    dade e a oportunidade para

    exer-

    ccio de disciplina - Como dis

    ciplinar - O caso de protegi

    dos polticos - Papel do supe

    rior no processo disciplinar e de

    qUClxas

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    20/59

    6

    CADERNOS

    DE ADMINISTRAO

    PBLICA

    37.

    a

    aula - Administrao

    do

    pNsoal

    A Problemas de adminis-

    trao de pessoal - Evoluo

    importncia e objetivos da ad

    ministrao de pessoal - Cum

    plicidade e prestgio da fun

    o pblica - Sistemas de ad

    ministrao de pessoal - O sis

    tema do mrito como problema

    fundamental da administrao

    de pessoal 110 Brasil.

    B

    Organi aiio

    para

    a

    ad

    1fiinistraiio

    de

    pessoal - A

    ne

    cessidade de rgo de pessoal -

    Natureza funes e centraliza

    o de rgo de pessoal no nvel

    municipal.

    38.

    a

    aula

    A

    Classificao dos car-

    gos - Conceito de cargo e

    de funo - Importncia da

    classificao de cargos para a

    administrao do pessoal - O

    cargo e o conceito de psto ou

    posio pessoal do funcionrio

    - Princpios bsicos e usos da

    classificao de cargos - De

    senvolvimento e instalao de

    um plano de classificao de

    car-

    gos - Administrao do plano

    - Padronizao e classificao

    de cargos - O plano de classi-

    ficao de cargos do Estado do

    Rio Grande do Sul.

    B

    Plano de pagamento

    Importncia do problema -

    Classificao de cargos e plano

    de pagamento - Dificuldades

    no estabelecimento de um plano

    de pagamento - Remunerao

    e suas diversas espcies -

    Fa-

    ses do plano de pagamento -

    Tcnica de padronizao de ven

    cimentos - Instalao e admi

    nistrao do plano de pagamento

    - Sistema de pessoal vigente no

    Brasil.

    39.

    a

    aula

    A Recrutamento e sele-

    o

    -

    Conceito e importn

    cia do recrutamento - Dife

    rena entre recrutamento e

    seleo - Poltica de recruta

    mento - rea de recrutamento

    para

    o servio municipal -

    \I-

    todos de recrutamento.

    B

    Seleo -

    Seleo e o

    sistema do mrito - Processo

    de seleo - Tipos de exame

    - Entrevista pessoal.

    C

    Lotao e estgio pro-

    batrio - Conceito de lota

    o Problemas de rela

    es humanas no processo de

    lotao - Seleo e lotao -

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    21/59

    CURSO

    DE

    ADMINISTRAO MUNICIPAL

    7

    Fases do processo de lotao -

    O

    rgo de pessoal e o problema

    da lotao - Conceito de est

    gio probatrio - Seleo, lota

    o e estgio probatrio -

    Du-

    rao de estgio probatrio -

    Estgio probatrio e estabilidade

    no cargo - Papel do rgo do

    pessoal no processo probatrio

    O processo probatrio como

    um instrumento da chefia.

    40

    a

    aula

    A Avaliao do mereci-

    mento - K ecessidade da ava

    liao do merecimento - Re

    quisitos e problemas de um

    bom sistema de fichas de mere

    cimento - l\Itodos de avalia

    o: fichas de produo, exames

    peridicos, tabelas de mereci

    mento, formulrios de avaliao

    e de merecimento - Resistn

    cia avaliao de merecimento

    - Padronizao de cargos e ava

    liao de merecimento - Admi

    nistrao do sistema.

    B

    Promoo

    - CO lceito

    de promoo - Promoo e au

    mento de salrio ( classe) -

    Problema da promoo - M

    todos de promoo: o sistema do

    mrito e o problema da antigui

    dade - Treinamento para pro

    moo.

    C Movimentao de pessoal

    - l\Iovimentao voluntria, in

    voluntria e disciplinar - Pa-

    pel do superior e do rgo de

    pessoal na movimentao de pes

    soal - Problemas da movimen

    tao disciplinar.

    41.

    a

    aula

    A Treinamento do pessoal

    - Importncia e necessidade

    do

    treinamento adequado do

    pessoal - Tipos de treina

    mento: treinamento prvio

    entrada no servio pblico e

    treinamento posterior ao ingres

    so - Mtodos de treinamento

    O programa de treinamento

    Funo do rgo de pessoal

    Funo do chefe - Auxlio

    dos Departamentos de Assistn

    cia Tcnica dos Municpios.

    B Poltica de assistncia o

    pessoal - Ambiente de trabalho

    e de sade e assistncia social

    - Condies fsicas de trabalho

    - Programa de preveno de

    acidentes e de segurana do tra-

    balho - Atividades de assistn

    cia e bem-estar social.

    42.

    a

    aula - spectos legais da

    ad l inistraiio do pessoal

    Natureza do problema - Con

    flitos entre a orientao legalista

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    22/59

    8

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA

    e o cnteno da eficincia - Di

    reitos e deveres do funcionrio

    - Disciplina - O problema do

    absentesmo - Penses, aposen

    tadorias e indenizaes -

    Esta-

    tutos dos funcionrios phlicos

    no nvel federal, estadual e mu

    nicipal.

    4 - Administrao financeira

    e do material - 2 h

    43

    a

    aula -

    Introduo

    O papel da administrao fi

    nanceira na administrao muni

    cipal - Administrao financei

    ra e relaes pblicas -

    Impor-

    tncia da contabilidade na admi

    nistrao financeira - Deveres

    dos funcionrios da fazenda -

    Responsabilidade financeira do

    prefeito - Posio financeira

    das municipalidades brasileiras

    diante

    da

    Constituio de 1946

    comparada com a situao ante

    nor

    algumas estatsticas signi

    ficativas - Problemas financei

    ros das municipalidades brasi

    leiras.

    44.

    a

    allla

    - Organi:::a lo do

    departamento de finanas

    PrinC pios gerais - Funes

    financeiras: contabilidade, lan-

    amento. arrecadao, oramen

    to, fiscalizao e tesourana -

    Simplificao, racionalizao das

    funes financeiras - Duplica

    o de esforos dos servios de

    arrecadao

    aparelho arrecada

    dor.

    45

    a

    aula

    -

    ontabilidade un -

    cipal

    Bases legais do sistema de con

    tabilidade municipal: estudo do

    Decreto-Iei n.o 2.416 -

    Organi-

    zao contbil das prefeituras -

    Contabilizao

    da

    despesa -

    Contabilidade da receita - O

    Lalano anual - Relatri0s fi

    nanceIros - Prestao de con

    tas.

    46.

    a

    aula

    -

    Receita

    11l1lllicipal

    Aspectos do problema das re

    ceitas municipais - Fonte da

    receita - Competncia tribut

    ria das municipalidades - Du-

    pla taxao e competncia con

    corrente - Auxlios e subveno

    elo

    Estado

    e do govrno federal

    - Anlise dos problemas de

    rendas municipais - A contri

    buio de melhoria e suas poten

    cialidades como fonte de renda

    municipal.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    23/59

    CURSO DE ADMINISTRAO MUNICIPAL

    9

    47

    a

    aula

    nicipal

    o oramento IU

    A

    Princpios de tcnica

    oramentria mzmicipal

    -

    Ele-

    mentos essenciais do proces

    so oramentrio - Fases de

    elaborao oramentria - Es-

    timativas parciais das unidades

    administrativas - Responsabili

    dade pela elaborao do ora

    mento municipal -

    Prazo or-

    amentrio - O oramento e

    as relaes pblicas: participa

    o dos lderes e grupos cvicos

    na elaborao do oramento -

    Rumos da tcnica oramentria

    do Brasil: o trabalho

    da

    IV con

    ferncia de tcnicos em contabi

    lidade pblica e assuntos fazen

    drios - O trabalho do DASP

    - Conceito de oramento

    base

    de projetos (Performance-budg

    eting - O

    o r m ~ n t o

    como

    instrumento de coordenao e

    contrle.

    48.

    a

    aula

    municipal

    oramento

    B

    M ( cnica do oramento

    - Estimativa das despesas -

    Estimatiya da receita - Revi

    so das estimativas -

    Formu-

    lrios instrues e coleta de da-

    dos para a elaborao oramen

    tria - Votao do oramento

    - Reviso e ao legislativas -

    Execuo oramentria - Im-

    portncia de um bom sistema de

    relatrios para o contrle da exe

    cuo do oramento -

    Presta-

    o de contas e relatrios ao le

    gislativo municipal.

    49.

    a

    aI/la - Lanamento, arre

    cadao e servios de tesouraria

    Estudo

    do cdigo

    tributrio

    municipal - Bases de um bom

    sistema c e lanamento - Ser

    vio de cadastro - Avaliao

    de imveis - Lanamento dos

    demais impostos - Reviso e

    aumento dos lanamentos -

    Iseno

    tributria

    - Contribui

    o de melhoria:

    sua

    tcnica e

    seus problemas - Organizao

    do sen io da arrecadao - Di

    ficuldades da

    arrecadao:

    suas

    causas e corretivos - Mtodos

    e prticas de arrecadao - Or-

    ganizao dos servios de tesou

    raria - Pessoal - Guarda de

    valores - Escriturao e rela

    trios - Pagamentos - Res

    ponsabilidade legal dos tesourei

    ros - Fiscalizao do aparelho

    lanador arrecadador e dos ser

    \-ios de tesouraria.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    24/59

    20

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLIC

    50.; (lita

    li lfUicipal

    D i/ida pblica

    FOr1lw1afio ele uma poltica

    de emprstimo para a municipa

    lidade - Emprstimos a curto

    prQZ0 - Emprstimo por ante

    cipaio da receita - Dvida flu

    t u ~ ; ; t e rocritnrao da dvi

    da p i ~ 1 i C 2 . - Pagamento e re

    c o m e : ~ . ) I'h:'ejan entos

    fi

    n a : C ( ; ; - ( ~ a lorgo prazo: sua im

    p0:-t:;::i: _ para a municipalidade

    em cle::cnvolvimento.

    S1.

    a

    [lllla

    Ad1Jlillistraiio

    de

    Jlia/eria

    A)

    Problemas de adminis

    trailo cle material -Centra l i

    zao de compras: vantagens e

    desvantagens - Processo de

    compras - Coletas de preos

    concorrncia administrativa con

    corrncia pblica

    - Simplifica

    o dos materiais: suas vanta

    gens - Padronizao.

    52.

    a

    auZa -

    Administrao

    de material

    Guarda

    do material -

    Fina

    lidade e \ ~ a n a g e m de estoque -

    Tcnicas de guarda - Caracte

    rsticas dos materiais usados no

    servio pblico municipal -

    Embalagem - Apresentao -

    Recebimento - Inventrio

    Balano - Centralizao da ar

    mazenagem seus problemas van

    tagens e desvantagens.

    5 - Relaes pblicas -

    10

    h

    53? auZa - Introduo

    Conceito de relaes pblicas

    - Desenvolvimento - Papel

    das relaes pblicas no govrno

    democrtico - Relaes p l -

    cas como meio de educao

    c

    vica da comunidade - Relaes

    pblicas nas atividades privadas

    - Relaes pblicas como

    um

    instrumento de administrao e

    como um termmetro

    da

    admi

    nistrao pblica - Informao

    propaganda e relaes pblicas.

    54.

    a aula

    -

    A

    luta Pelo apoio

    do

    pblico

    Fatres sociais psicolgicos e

    polticos na luta das organiza

    es pelo apoio do pblico -

    Tcnicas de obteno de apoio

    do legislativo para a adminis

    trao -

    Uso

    do prestgio de

    superiores e outras pessoas -

    A arte da transigncia - Apoio

    dos grupos locais de trabalho da

    administrao Desenvolvi

    mento da participao dos cida

    dos na vida pblica como fator

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    25/59

    CURSO

    DE AD:MINISTRAO MUNICIPAL

    2

    essencial na luta pelo al"J:o po

    pular.

    55

    a

    (LlIla Rela'es

    j,,;hlicils

    e

    o

    sCI"i'io

    pblico

    Determina?lo (bs I1cc('s"irla

    des da municipalidade no

    setor

    de relaes phlicas - O preo

    da

    impopulariclade -

    Responsa

    bilicla(lc pelas relaes plJlicas

    -

    Identificao

    cios

    diferentes

    ph1icos -

    Atitude em bce

    de

    erros

    ela

    a c 1 l 1 l i n i ~ t r a : o

    -

    :-litos

    e

    preconceitos

    em relau

    ao ser

    vio pblico (lue

    podem ser

    des

    trudos com um bom sistema de

    relaes pblicas.

    56.

    a

    au

    /

    Trc;li lii/cn/o em

    rclaJcs /,/:blicas

    Quem

    de\'e

    ser

    treinado

    -

    Verificao e

    contrle internos

    -

    Contato

    dirio

    C0111

    o pbli

    co -

    Cortesia

    e Loas

    maneiras

    no tratamento

    com o pblico -

    No balco de informaes - : \ 0 5

    guichs

    das reparties p

    blicas - Familiaridade dos fun

    cionrios com

    os

    ~ e r v i o s

    da ad

    ministrao

    - Como tratar os

    queixosos - eso do telefone -

    Correspondncia - Apari"llcia

    das reparties

    e imtahes

    p

    blicas -

    Contatos

    dos

    funcio-

    r : r l r , ~ C0111 o pblico

    fora

    do

    c:\:l,ed:C:lte - l ro

    1

    ilemas espe

    ci:li, (k n b l : , ~ e ~ pblicas das

    j1rd, ;ll1r:t.;.

    57.

    a

    Ui: ') - T,;,:nicos de

    rc u,;cs

    i"blicas

    ()

    relatri,)

    anual:

    seu valor,

    ~ e u s OI) j eti vos, sua

    apresentao

    e

    distribuio

    -

    Sugestes

    para

    {'laborao

    ( :0 relatrio anual

    -

    Outras publica

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    26/59

    22

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA

    B O

    administrador

    em

    face

    da lei

    - O problema da discrio

    administrativa - O poder judi

    cirio e os atos administratiyos.

    C

    O

    servio pblico e o

    funcionrio.

    D

    tos

    legislativos e atos

    administrativos

    - A lei, o de

    creto-lei, o decreto executivo, o

    regulamento, a portaria, o aviso

    e a circular.

    59

    a

    aula

    A ert. ios

    pblicos mUtli-

    cipais

    -

    Alguns conceitos e pro

    blemas fundamentais.

    B Execuo direta e itldi-

    reta dos servios pblicos

    Contratos de obras pblicas.

    C

    Concesso de servios

    pblicos

    - A questo de fisca

    lizao das utilidades pblicas.

    6O

    a

    aula

    A

    Aquisio de bens para

    o servio pblico

    - Exigncias

    legais - Concorrncia pblica,

    coleta de preos - Emprstimos

    pblicos.

    B

    Restries propriedade

    privada

    -

    Domnio eminente -

    Direito de passagem.

    C

    Legislao municipal

    Poder

    de polcia - Cdigos mu

    nicipais: cdigo tributrio de

    postura de obras.

    D

    Assessoria jurdica das

    prefeituras - A necessidade dos

    servios de assessoria-jurdica

    - Auxlio dos Departamentos

    de Assistncia Tcnica aos

    Mu-

    nicpios.

    PARTE IV

    Ftmes e servios mutlici-

    pais

    - 10 h

    1 - Aspectos administrativos

    das funes e servios munici

    pais - 10

    h

    61.

    a

    aula

    A

    Introduo

    - Que so

    runes municipais? - Restri

    es impostas aos municpios na

    realizao de servios pblicos.

    B

    Obras pblicas

    -

    Orga-

    nizao do departamento muni

    cipal de obras pblicas - Co

    operao dos governos federal,

    estadual e de outros municpios

    para

    a execuo de obras pbli

    cas - Planos de estradas inter

    municipais - Aspectos financei

    ros dos programas de estradas e

    de outras obras pblicas - A

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    27/59

    CURSO DE ADMINISTRAO MUNICIPAL

    23

    funo do planejamento do de

    partamento de obras pblicas.

    62.

    a

    aula - Educao cultura

    c recreao

    Problemas municipais relacio

    nados com Educao elemen

    tar - Auxlio federal e esta

    dual - Obrigaes legais da

    municipalidade com referncia

    educao pblica - Posio do

    distrito no programa educacio

    nal do municpio: a escola ru

    ral - Integrao da escola na

    vida da comunidade - Ativi

    dades culturais que podem ser

    realizadas pela municipalidade

    -

    Uso

    dos prdios escolares

    para fins culturais e recreati \ 05

    - Servios mnimos de recrea

    o que devem ser mantidos pela

    municipalidade: parques

    play-

    grollllds e campos de esporte -

    Organizao dos servios edu

    cacionais culturais e recreativos

    da comunidade - Como obter a

    colaborao dos cidados.

    63.

    a

    aula - ade pblica e

    assistncia social

    Organizao dos servios de

    sade pblica e de assistncia

    social do municpio - Coopera

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    28/59

    P RTE

    FUND MENTOS DO ENSINO DE

    DMINISTR O PBLIC

    I

    INTRO UO

    N esta parte do nosso trabalho

    tentaremos sumariar o pensa

    mento hoje dominante nos

    Es-

    tados

    nidos

    acrca

    da

    posio

    da administrao pblica como

    um

    campo definido do conheci

    mento seu lugar entre as cin

    cias sociais e seu ensino tanto

    dentro como fora das universi

    dades. }Ias s nossa discusso

    do assunto baseada na experi

    ncia norte-americana nossas

    sugestes sero muitas vzes fei

    tas em relao ao Brasil e em

    trmos do meio e das necessi

    dades brasileiras.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    29/59

    11

    -

    DMINISTR O

    PBLIC OMO

    UM

    C MPO DEFINIDO DO CONHECIMENTO

    dministrao como arte e

    como cincia

    Durante

    muito tempo deba

    teu-se, nos Estados Unidos e em

    outras partes, sbre a verda

    deira natureza da administrao.

    Hoje,

    se bem que o debate te

    nha diminudo de intensidade,

    h ainda pessoas que questionam

    o

    carter

    cientfico da adminis

    trao.

    Para

    uns trata-se ape

    nas de uma

    arte. Para

    outros,

    uma

    cincia, desele que existe

    um conjunto de princpios que

    podem servir de guia para a ao

    administrativa. A rigidez ds

    ses conceitos temperada pelo

    pensamento daqueles - que es

    to, alis, em maioria - cujo

    ponto de vista consiste em con

    siderar a administrao

    tanto

    uma

    arte como uma cincia.

    E

    cientfica quanto ao mtodo. da

    mesma forma que as demais

    -

    ncias sociais.

    E uma

    arte por

    que, preocupando-se com as re

    laes entre inclivduos mais do

    que

    entre

    coisas, nem sempre po

    cle apresentar regras mecnicas

    e uniformes para o condiciona

    mento do comportamento huma-

    110.

    A discusso, todavia, pare

    ce-nos irrelevante do ponto de

    vista prtico.

    Funo executiva e funo

    administrativa

    Que administrao pblica?

    Cma

    resposta simples, mas sa

    tisfatria, parece-nos aquela se

    gundo a qual a administrao

    pblica consiste na realizao

    elo

    trabalho do govrno

    (1).

    Seu objeto a direo das ati

    vidades governamentais. Dste

    modo a administrao pblica

    1)

    JOHN M. PFIFFNER, ublic

    dministration (Nova York:

    The Ronald

    Press

    Company,

    1946),

    pg.

    4.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    30/59

    CURSO DE ADMINISTRAO MUNICIPAL

    27

    abrange um vasto campo insti

    tucional - o pro esslts admi

    nistrativo do Estado. Esto, as

    sim fora do seu escopo a for

    mulao da poltica do govrno

    e as funes legislativas e judi

    ciais.

    A incluso da funo adminis

    trativa como uma quarta funo

    do Estado sugerida por \VIL

    I.OUGHBY com a finalidade de

    permitir a distino entre as ati

    vidades executivas e as ativida

    des administrativas parece vir

    recebendo a aceitao de alguns

    autores.

    E' de uma

    obra

    recen

    temente publicada na Inglaterra

    ste trecho: Neste livro a ad

    ministrao pblica tomada em

    sentido amplo para

    significar a

    direo dos negcios das entida

    des pblicas: a

    arte

    da formu

    lao

    da

    poltica governamental

    da legislao e da adjudicao

    pertence esfera mais ampla

    da poltica e do govrno do qual

    a administrao pblica ape

    nas um setor (2). Infere-se da

    sentena que existe uma

    rea

    da

    ao governamental que no

    nem administrativa nem legis-

    lativa nem judicial e que opera

    num alto nvel do pro essfts

    poltico-governamental. Identi

    ficamos essa

    rea

    como compre

    endendo a funo executiva.

    Quer distinta quer coincidente

    com a funo executiva do go

    vrno a verdade que a admi

    nistrao pblica tem contedo

    prprio e representa um campo

    do conhecimento humano com

    significado preciso e com car

    ter

    definido.

    Possibilidade do ensino

    da

    administrao pblica

    A discusso sbre a natureza

    da administrao pblica conduz

    naturalmente questo da pos

    sibilidade de seu ensino. Nos

    Estados Unidos pelo menos

    poucas pessoas h hoje que ain

    da

    se apegam velha noo de

    que os conhecimentos e as tc

    nicas administrativas no podem

    ser transmitidos pelo ensino ou

    pelo treinamento

    j

    que depen

    dem de qualidades inatas ou de

    longos anos de experincia.

    Os

    currculos de administrao

    p-

    (2) E. N.

    GLADDEN

    n Introduction to Public dminiBtration

    (Londres:

    Staples

    Press, 1952), :l.a edio.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    31/59

    28

    CADERKOS DE AD1HNISTRAO PBLICA

    blica de

    rios

    tipos hoje encon

    traclos e111 n n i ~ de cem colgius

    e lllli\'crsidades norte-america

    nas, muitos d l e ~ oferecidos

    h

    quase

    trinta

    anos, p r ~ a m (1 ;:ro

    em

    (Iue

    laboram

    aqueles

    que re-

    ., 'd 1 1 ' o

    e i t ~ m

    a j lO. : Uli l 2 ( e c o el1sm

    da

    ac1mini,;trao pblica. A 1-n

    clmo da adn;inistrao pblica

    nos cur:'cubs

    uni,'ersitrios

    se

    est acentuando nos ltimo,; anos

    e tem ating;do outros p a ~ e s ,

    como a

    Frana,

    a Inglaterra,

    l'rto

    1\.ico,

    o Brasil, a Turquia

    e o Lhano (3).

    A mais f07 te razo para a exi

    gncia elo t r c i l n l 1 l ~ n t u (1

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    32/59

    CURSO DE ADMINISTRAO

    MUNICIPAL

    29

    cura,

    entretanto,

    ressaltar cada

    vez mais as inter-relaes entre

    a administrao pblica e as ou-

    tras

    Clencias sociais. especial

    mente a antropologia cultural, a

    sociologia e a psicologia social.

    Desta

    orientao

    tiram

    sua fr

    a os conceitos

    da

    no a teoria

    administrativa, segundo os quais

    o estudo

    da administrao

    dew

    ser feito mediante a in estigao

    dos fatres culturais, sociolgi

    cos e psicolgicos que determi

    nam

    o comportamento dos indi

    vduos e dos

    grupos

    nas situa

    i'ies administrati as, em contras-

    te

    com a orientao tradicional

    de

    carter

    nitidamente prtico e

    normati ista.

    medida que se processa. de

    um

    lado. essa integrao da ad

    ministrao pblica

    C0111

    aquelas

    cincias sociais,

    por outro

    lado

    se vo

    afrouxando

    de tal modo

    os laos que prendem a admi

    nistrao pblica s

    outras

    cin

    cias polticas. que se espera sua

    eventual

    separao. ~

    propor-

    es dsse conflito secessono

    podem ser medidas pela tremen-

    da

    rf'sistncia dos dep:utamC'n

    tos de cinC;\s polticas das uni

    ersidades r ~ { r t e - a m e r i c a n a s s

    tendncias que

    : c

    tm manifes

    tado no sentido da separao do

    ensino da administrao pbli-

    ca.

    Graas a essa resistncia,

    smente

    em seis dos cento e cin

    qenta colgios e universidades

    que presentemente oferecem

    cur-

    ~ o s de

    administrao

    pblica

    a disciplina ensinada em facul

    dades

    ou

    escolas prprias de ad

    ministrao phlica . os de

    mais. a

    prtica

    mais comum con

    siste em se ministrarem aql1les

    cursos no Departamento de Ci-

    ncias Polticas ou, ainda. em di

    ferentes arranjos interdeparta-

    mentais. r\ cincia-me

    no

    s

    deplora o esprito de indepen

    dncia ele sua filha como ainda

    se c ~ f o r a por abater suas aspI

    raes separatistas.

    Subordinado da

    administra-

    o

    pblic

    ao direito admi-

    nistrativo e

    seus efeitos

    negativos

    o

    Bra5il acompanha

    ).

    siste

    ma

    ela

    maioria dos pases a ~ sub

    meter o estudo da administrao

    pblica tutela completa do di

    reito aclministr

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    33/59

    30

    CADERNOS DE ADMINISTRA tO PBLICA

    todo u ~ e n t e dsses programas.

    Alm

    d i s ~ o

    tal prtica acarreta

    uma grande distoro da teoria

    da administrao phlica no af

    que tm os professres de di

    reito administrativo de

    pr

    aquela teoria em conformidade

    com o sistema de relaes legais

    do direito administrativo. A ri

    gidez da mquina administrativa

    dsses pases devida sem dvi

    da

    orientao legalista to ex

    tremada com referncia ao es

    tudo da administrao pblica

    - orientao que tambm se re-

    flete na glorificao da burocra

    cia c da chicanice administrativa

    e no completo domnio dos pro

    cessos administrativos pelas tc

    nicas e chicanas legais.

    A criao

    da

    Escola Brasileira

    de Administrao Pblica

    da

    Fundao Getlio argas e do

    curso de Administrao Pblica

    na Faculdade de Cincias Eco

    nmicas da Universidade de Mi

    nas Gerais inauguraram pois o

    ensino da administrao pblica

    como disciplina independente no

    Brasil.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    34/59

    l

    IDIAS FUNDAMENTAIS DA EDUCAO PARA

    A ADl\HNISTRAO PBLICA

    Educao e treinamento

    Antes

    de

    entrarmos na

    dis

    cusso das idias fundamentais

    que presidem ao ensino da

    ad-

    ministrao pblica faz-se ne

    cessrio o esclarecimento de cer

    tos trmos para melhor compre

    enso do assunto. Inicialmente

    preciso distinguir entre edu

    cao e treinamento para a ad-

    ministrao pblica. Reserva-se

    o trmo

    edllcaiio

    para

    identifi

    car a instruo ministrada ao

    aluno de um colgio ou univer

    sidade e confina-se a expresso

    trcinamc to para designar a ins

    truo dada por

    uma

    agncia go

    vernamental aos seus funcion

    rios ou candidatos a emprgo

    pblico em determinado setor

    administrativo. Faz se

    a distin

    o porque se considera o escopo

    do processo educacional

    da

    uni

    versidade como tendo maior am-

    plitude do que o intersse

    di

    reto especfico e imediato do

    treinamento ministrado por um

    rgo pblico aos seus empre

    gados.

    No

    se

    procura

    com isso

    negar o carter essencialmente

    yocacional da educao para a

    administrao pblica mas to

    somente diferenciar

    entre

    a

    am-

    plitude de objetivos dos dois

    processos.

    Deve-se ainda distinguir de

    um lado entre a educao pr-

    via e a posterior

    entrada

    no

    servio pblico e de outro lado

    entre o treinamento prvio e o

    posterior ou treinamento no ser

    vio.

    Objetivos da educao para

    a administrao pblica

    A questo dos objetivos

    da

    educao

    para

    a administrao

    pblica faz

    parte

    de um proble

    ma

    mais amplo que de

    h

    muito

    se vem discutindo nos crculos

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    35/59

    32

    CADERNOS

    DE

    ADMINISTRAO PBLICA

    educacionais dos Estados

    Uni

    dos e da

    Europa:

    quais os ver

    ladeiros objetivos da educao

    t : n i v e r ~ i t r i a

    e

    pr-uniwrsitria.

    De

    U111

    lado, h os que defen

    dem o ponto de vista de que os

    estudos pr-universitrios e os de

    bacharelado em letras, artes e

    cincias devem

    ter por

    objetivo

    dar ao aluno uma slida cultura

    geral C01110 base

    para

    estudos

    vocacionais posteriores ou como

    preparao para a entrada na

    classe administrativa do servio

    pblico, como o caso,

    por

    exemplo, da

    Inglaterra.

    De ou

    tro lado, h os que advogam o

    vocacionalismo ou profissionalis

    mo desele a entrada do aluno nos

    colgios ou nos cursos pr-uni

    yersitrios. X o caso especfico

    da administrao pblica, h os

    que cleendem

    U111

    currculo em

    bases prticas e os que acredi

    tam que sse currculo deve ser

    tanto prtico como terico.

    endncias

    Parece, entretanto, no haver

    dvida ele que a tendncia

    para

    se c O I ~ i d e r a r a educao

    para

    a

    administrao pblica como sen-

    do essencialmente vocacional.

    1.. ma das maiores autoridades no

    assunto, GEORGE A.

    GRAHAM,

    num l ino atualssimo, apesar de

    escrito h quinze anos 4), de

    fende de modo convincente a

    natureza profissional do estudo

    da administrao pblica no n

    vel de ps-graduao e demons

    tra. ainda, a necessidade de uma

    boa cultura geral como pr-re

    quisito a ser preenchido pelo

    curso de bacharelado. Conse

    qentemente, GRAHAM condena

    o ensino da administrao

    p

    blica neste curso, visto como

    as suas bases educacionais es

    to irremedivelmente compro

    meticlas pela ausncia de um cur

    so

    pr-universitrio liberal, ou

    seja, de cultura geral. Todavia,

    GRAHA:\f

    ressalta a obrigao

    que tm as universidades de su

    prir

    as necessidades de seus es

    tudantes e das comunidades a

    que se propem servir. Talvez

    devesse le ressaltar tambm o

    grande papel que os cursos de

    bacharelado em administrao

    pblica podem desempenhar -

    e esto de fato desempenhando

    no preenchimento das lacunas

    que se verificam nos programas

    4) GEORGE A.

    GRAHAM, Education for ublic dministration

    Chicago: Public Administration Service, 1941).

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    36/59

    CURSO DE ADMINISTRAO MUNICIPAL

    33

    de treinamento em servio das

    agncias governamentais nas re

    gies onde se encontram situa

    das as universidades que man

    tm tais

    cursos. Tal

    o caso

    da

    1..)niversidade

    da

    Califrnia do

    Sul, em Los ngeles, da Uni-

    versidade Americana, em \Vash

    illgton, e das Universidades

    \Vayne, em Detroit, e de Michi

    gan, em Ann Arbor, as quais se

    tm

    destacado pelo grande n-

    mero

    de cursos especializados

    de administrao pblica que

    oferecem.

    ::\

    uitos dsses cursos

    buscam atender precisamente aos

    funcionrios pblicos que ser

    vem nas mltiplas agncias go

    vernamentais situadas naquelas

    grandes reas metropolitanas.

    l: ma tendncia que se tem

    firmado nos

    Estados

    Unidos,

    desde que GRAHAM escreveu seu

    excelente trabalho, consiste no

    intersse crescente do servio

    pblico pelo generalista (5) ,

    em vez do especialista. Essa

    tendncia mostra que o preparo

    universitrio para o servio p-

    blico deve ser de

    natureza

    pro-

    fissional, mas deve estar voltado

    para o desenvolvimento de uma

    mentalidade ecltica no adminis

    trador.

    Isso explica a mudana

    de orientao de certas univer

    sidades,

    C01110

    a da Califrnia do

    Sul, a Cniversidade Americana

    e a de X ova Y ork, que vm des

    le h alguns anos dando nfast.

    aos seus programas de educao

    prvia para o servio pblico,

    atravs do alargamento da

    bas(;

    dos respectivos currculos, com

    a introduo de diversas cadei

    ras de natureza geral. Agindo

    clsse modo. as universidades

    norte-americanas esto apenas

    procurando atender s necessi

    dades do servio pblico do pas

    no que diz respeito carncia

    de administradores com forma

    o de generalistas. A natureza

    peculiar de certas funes

    da

    ad

    ministrao pblica exige espe

    cialistas nessas funes, mas a

    complexidade da

    mquina admi

    nistratiya p r

    s

    tambm res

    salta a necessidade da mente ge

    neralizadora capaz de coordenar

    suas diferentes partes e suas di

    versas funes. Parece, pois,

    que, no futuro, as universidades

    (5) Na falta de

    palavra

    portugusa

    correspondente

    ao

    trmo

    ingls generalist que

    expressa um conceito oposto ao de

    especialista,

    lanamos,

    aqui,

    o neologismo generalista ,

    que nos parece formado

    de acrdo com a ndole

    da

    lni ua.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    37/59

    4

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA

    tero

    qUi;

    se restringir ao papel

    ele preparar arlmini'tradores ge

    l l e r a l i s t a ~ de acrdo, alis, com

    os olJjeti\ os mais amplos da edu

    caflo universitria acima expres

    sos. O treinamento especializa

    do tornar-se-, ento, cada vez

    mais

    uma

    funo dos

    programas

    de treinamento em servio, com

    os quais o servio pblico pro

    curar atender suas necessidades

    imediatas.

    1\'

    o que tange ao problema de

    se saber se a preparao para o

    servio pblico deve ser prtica

    ou terica, ou, ainda, terico

    prtica, a resposta depende da

    atitude que se tem em relao

    admin-istrao pblica como

    disciplina acadmica.

    H,

    ainda,

    alguns cientistas polticos que

    insistem teimosamente

    na

    impos

    sibilidade do ensino da adminis

    trao nas universidades, visto

    como se

    trata

    de matria que s

    se pode aprender com a prtica.

    Se tal posio no pode ser v

    Iidamente defendida

    por

    extre

    mada e contrria aos fatos, de

    '. ,,-se igualmente repelir o extre

    mo

    oposto de uma preparao

    puramente terica. A soluo

    ideal est certamente numa ori

    entao que procure complemen

    tar

    o estudo terico com um pro

    grama de internamento dos estu-

    dantes em reparti

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    38/59

    CURSO E ADMINISTRAO MUNICIPAL

    35

    fisses liberais e cientficas para

    posies administrativas. Fi-

    nalmente, mesmo os administra

    dores que tiveram bom treina

    mento bsico antes de haverem

    ingressado no servio pblico,

    sentem a necessidade de um pro

    grama contnuo de treinamento

    que os prepare para assumIr po

    sies superiores, o que les no

    podem conseguir com a experi

    ncia cotidiana no exerccio de

    suas tarefas (6).

    A distino anteriormente fei

    ta

    entre treinamento prvio e

    treinamento posterior ao ingres

    so no servio pblico encontra

    apoio no relatrio acima, ainda

    que a mesma expresso inglsa

    - in-service training

    - seja

    usada em ambos os casos.

    O

    relatrio, na verdade, distingue

    dois aspectos importantes de um

    programa de treinamento no ser

    vio: o treinamento de futuros

    administradores durante o est

    gio probatrio e o treinamento

    de funcionrios j em pleno

    ' xerccio de suas funes" (7).

    Sugere, ainda, o referido re:

    latrio uma distino

    entre

    in-

    ternos e aprendizes illternes

    and a/ Proztias). Os primei

    ros seriam os estudantes uni ver

    ~ t r o s submetidos a um pero

    do de educao prtica sob a

    superviso e a responsabilidade

    da prpria universidade, e os se

    gundos os estudantes sujeitos a

    um programa de treinamento

    sob a responsabilidade de uma

    repartio pblica como prepara

    o sua entrada definitiva no

    servio pblico. Estudos reali

    zados posteriormente

    por

    emi

    nentes autoridades no campo da

    educao prtica para o servio

    phlico no apoiam, porm, dis

    tino to vigorosa entre inter

    nos e aprendizes. Hoje em dia

    a maioria dos internos recebem

    vencimentos

    da agncia que pa

    trocina seus estudos, ficando, as

    sim, a instituio de ensino

    -

    n de qualquer responsabilida

    de financeira no que concerne

    aprendizagem prtica do aluno.

    Observa-se presentemente nos

    Estados Unidos um esprito de

    cooperao muito maior entre os

    colgios e universidades e as re

    parties pblicas com refern-

    (6)

    THE INTERNATIONAL CITY MANAGERS ASSOCIATION

    Training for Municipal Administration,

    A

    Committee Report (Chicago:

    1936),

    pg.

    15.

    7) Ibid., pgs.

    15-16.

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    39/59

    36

    CADERNOS

    DE A D M I N I S T R A ~ O

    PBLICA

    cia a o ~ programas de treina

    mento de internos \lis, o pr

    prio trein:lll1ento no otn-io se

    est tornando cada vez mais co

    mum. indo desde o treinamento

    em ofcios exchlsivamente mec

    nicos at os cursos de relaes

    11l;manas para cheies.

    Objetivos -

    problema

    brasileiro

    Os

    objetivos da educao e do

    treinamento

    para

    o servio

    p

    blico devem necessriamente le

    ar em considerao as necessi

    dades da administrao pblica.

    Dc\ em, pois, tcr em vista a so

    luo elos problemas mediatos c

    imediatos tanto de determinado

    servio ou repartio como do

    pas em

    gtral. ema

    viso de con

    junto

    da questo sc faz ainda

    mais necessria num pas como

    o Brasil. onde as grandes refor

    mas da administrao phlica de

    vem ter prioridade sbre as re

    formas superficiais. Aquelas de

    pendem, porm, do condiciona

    mento da hierarquia administra

    t in

    e de outros lderes pblicos

    lJrasileiros para a aceitao de

    uma nova filosofia administrati

    n . dentro da qual se d a de

    vida importncia educao para

    o servio pblico e ao treina-

    mento do pessoal nas melhores

    p r c l t i c a ~ t nos melhores mtodos

    a d 1 l 1 i l l . ) t r a t i \ " 0 ~ ele pases mais

    acli:1lltados programa a longo

    prazo, mas que no pode

    ser

    adiado. pois, sendo fundamental,

    llons \ administrao pblica

    de e ser reconhecida como um

    ramo independente das cincias

    polticas e niio como uma parte

    mais ou menos indefinida do

    currculo de direito administra

    tivo. Da o grande valor e a alta

    significao de que se reveste o

    estabelecimento

    da

    Escola Bra-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    40/59

    CURSO

    DE

    ADMINISTRAO MUNICIPAL

    7

    sileira de A d l l i n i ~ t r a o Pbli-

    ca pela

    Fundao

    Getlio Var

    gas em nvel W1iversitrio se

    bem que fora

    da

    estrutura con-

    vencional do nosso sistema de

    ensino superior.

    Outro ponto que merece aten-

    o ao se discutirem os objeti-

    vos gerais do ensino

    da

    Admi-

    nistrao Pblica o que se re-

    fere relao entre os progra

    mas de ensino e os meios cor-

    rentes de ingresso no sen io

    p

    blico

    Ao

    contrrio

    do que se

    passa na Inglaterra e do que se

    deveria passar nos

    Estados

    Uni

    dos em cuja administrao p-

    blica vigoram as melhores pr

    ticas de recrutamento e seleo

    110SS0S currculos de administra-

    o pblica no se devero ajus

    tar

    ao nosso deficiente sistema

    de ingresso no servio pblico

    mas dewm, pelo contrrio pro-

    mover o aperfeioamento dsse

    sIstema atrm s da pregao con-

    tnua

    da necessiclade de um ver-

    dadeiro sistema do

    mrito, Da

    aceitao dsse princpio pelos

    nossos crculos administrativos

    e educacionais

    depender

    em

    grande parte o xito da campa-

    nha

    pelo ensino da administra-

    o pblica

    entre

    ns

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    41/59

    V

    SELEO E

    O R I E N T A ~ O

    DOS ESTUDANTES

    Prticas norte americanas

    A questo da seleo de estu

    dantes

    para

    os cursos de admi

    nistrao pblica nos

    Estados

    Cllidos

    j foi

    respondida, em

    parte, quando mostramos a con

    nnincia. defendida

    por

    vrias

    autoridades, de se restringir o

    ensino da matria nas universi

    dc:des ao nvel de ps-gradua

    50 ou ps-bacharelado, de mo

    do a

    tornar

    possvel a seleo

    de estudantes com boa base de

    cultura geral. Alm dsse re

    quisito fundamental h porm,

    outros fatres a considerar.

    G R A H A ~ f no captulo de sua j

    citada obra dedicado ao proble

    ma do estudante

    8),

    faz inte

    ressantes sugestes a respeito, se

    hem que, como le prprio sa

    lienta, seja impossvel adotar-se

    um critrio cientfico para a so

    luo do problema.

    Aponta

    le

    quatro qualidades que considera

    essenciais

    para

    os candidatos ao

    estudo da administrao pblica:

    inteligncia, personalidade, vita

    lidade intelectual, fsica e moral

    e

    por fim,

    uma

    combinao des

    sas qualidades formando

    um

    certo equilbrio de esprito e

    p ~ r -

    sonalidade.

    As

    prticas de seleo norte

    americanas variam, porm, em

    larga escala devido

    diversidade

    de fatres, que vo desde o uso

    ele testes de aptido e persona

    lidade padronizados at as exi

    gncias estabelecidas

    por

    algu

    mas das

    instibies

    que ofere

    cem blsas de estudo, tais como

    expenencia administrativa no

    servio

    p ~ J i c o

    etc.

    O processo seletivo no pode

    ser dado como propriamente

    conchldo com a admisso do alu

    no

    na

    universidade, mas

    requer

    o ao contnua daqueles que tm

    responsabilidade pela superviso

    de seus estudos. Uma orienta-

    8)

    GRAHAM

    op. cit. capo IH

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    42/59

    CURSO DE DMINISTR O MUNICIP L

    9

    o constante desde o incio se

    faz mister para ajudar o aluno

    a escolher as cadeiras que me

    lhor atendam a seus objetivos e

    a suas aspiraes.

    [ O problema no Brasil

    X o sistema universitrio nor

    te-::m ricano, que d ao estu

    dante ampla liberdade na esco

    lha de parte das cadeiras de seu

    curso, essa orientao do aluno

    pelos seus conselheiros acadmi

    cos assume grande importncia

    rara

    o seu xito no futuro e, con

    seqentemente.

    rara

    o xito da

    prpria universidade . No nosso

    sistema tradicional, que desco

    nhece a flexibilidade de curr

    culo. o problema no existiria.

    Todavia, a criao da Escola

    Brasileira de Administrao P

    blica

    da Fundao

    Getlio Var

    gas introduziu tambm entre ns

    a prtica salutar de se

    dar

    ao

    aluno certo direito de escolha em

    relao a algumas cadeiras. O

    problema do aconselhamento do

    aluno para o exerccio dessa fa

    culdade de escolha passou, poia,

    a existir entre ns e

    ter

    de

    ser

    objeto ele cuidado onde quer que

    a orientao da Fundao Get

    lio

    Vargas

    fr tomada como mo

    dlo. A estar, alis, uma opor-

    tunidade para que os nossos pro

    fessres ~ o s s m demonstrar suas

    qualidades como lderes no

    mel

    acadmico, pois sbre seus om

    bros recair a responsabilidade

    de

    guiar

    aqules que desejam

    contribuir mais eficaz e cons

    cienciosamente para o aperfei

    oamento ele nossa

    mquina

    ad

    ministrativa. E de prever-se que

    novos aspectos das relaes do

    professor com o aluno e com a

    prpria universidade venham a

    surgir

    ento,

    por

    isso que.

    para

    bem aconselhar o aluno na es

    colha e execuo de seu

    progra

    ma de estudos, o professor pre

    cisar de

    manter

    com le um

    contato muito maior do que lhe

    exigido pelo sistema atual.

    Outro aspecto do problema de

    seleo de estudantes para os

    curios

    de Administrao Pblica

    no Brasil resultar do fato de

    que a maioria dsses estudantes,

    pelo menos nos primeiros anos

    de funcionamento do curso, sc

    ro funcionrios pblicos que

    espontneamente se matricula

    ram ou que foram comissionados

    por suas respectivas reparties

    para

    fazer o

    curso.

    X o ltimo

    caso, especialmente, ~ r preci

    so que a seleo do aluno seja

    feita com o maior cuidado, de

    modo a evitar.

    na

    seleo, o pre-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    43/59

    40

    CADERNOS DE

    ADMINISTRAO PBLICA

    domnio do ponto de vista ou

    dos intersses

    da repartio

    s

    bre os requisitos da escola ou do

    curso. Far-se-

    ainda necess

    rio que a orientao do aluno

    funcionrio se revista de cuida

    dos especiais de

    maneira

    a po

    der condicionar o estudante a

    compreender a transio

    por

    v

    zes drstica. entre nossos con

    ceitos tradicionais de administra

    . e a noya filosofia adminis

    trati

    a

    que certamente caracte

    rizar

    o ensino

    das

    novas esco

    las.

    Colocao p r o estud nte

    o

    problema mais srio com

    relao ao estudante de admi

    nistrao pblica entretanto,

    o

    ql1 ':

    diz respeito

    limitao

    que sofre o

    preparo

    acadmico

    para

    o

    sen io

    pblico como ga

    rantia

    cle

    uma carreira.

    Em

    con

    traste

    com os demais cursos

    pro

    fissionais um diploma em admi-

    nistrao pblica no

    tornar

    o

    seu possuidor membro de uma

    profisso pois o grau no lhe

    conferir direito a colocao no

    servio pblico.

    Torna-se,

    pois

    absolutamente indispensvel que

    as universidades e o govrno co

    operem para a formulao de um

    programa

    de colocao por meio

    do qual possa o estudante,

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    44/59

    v

    PROGR M

    Limitamo-nos at agora a

    discutir o porqu o ollde o

    qu m

    e o quando do ensino

    da

    admi

    nistrao pblica.

    E

    tempo

    agora de investigarmos o

    qu

    e o quanto.

    Situao atual

    Um estudo dos programas de

    administrao pblica atualmen

    te em vigor nas vinte ou trinta

    maiores universidades norte

    americanas confirmaria as con

    cluses quanto s idias funda

    mentais e s tendncias revela

    das pela pesquisa feita por

    GRAHAl\I em

    94 (9).

    O ad

    vento

    da

    segunda

    grande

    guerra

    como que paralisou o desenvol

    vimento do ensino

    da

    adminis

    trao pblica nos

    Estados Uni-

    dos de modo que poucas

    mu-

    danas ocorreram desde aqule

    tempo.

    (9) Ibid. parte

    11.

    Quanto aos objetivos que tm

    em vista os programas de admi

    nistrao pblica das universida

    des norte-americanas podem ser

    classificados em quatro tipos.

    Em

    primeiro lugar h as uni

    versidades cujos programas bus

    cam preparar o aluno para in

    gressar

    no servio pblico mas

    dando-lhe uma educao de na

    tureza mais geral do que espe

    cializada. A ste grupo perten

    cem as universidades de

    Har-

    vard Cincinnati Syracusa e

    ~ f i n n e s o t a

    Em segundo lugar

    h as instituies que se preo

    cupam mais com o preparo de

    alunos que j

    so funcionrios e

    cujos

    programas

    de ensino pro

    curam atender

    s necessidades

    das agncias governamentais si

    tuadas na regio. O melhor

    exemplo desta orientao

    da

    do pela Universidade de Wayne

    e pelos cursos conjuntos das uni-

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    45/59

    42

    CADERNOS DE ADMINISTRAO PBLICA

    yersidades de Syracusa e X ova

    Y rk em AJhan)' . Vm em

    ter-

    ceiro lugar aquelas universida

    des

    f e

    atingiram certo equil-

    1 1:0

    entre

    ao

    duas orienta(jes

    a

    teriofl' s, dando igual nfase a

    cada tipo de programa. Tal o

    caso da C li \'ersidade da Cali

    frnia elo Sul, em Los ngeles,

    ela

    Clliyersiclade Americana, em

    \\ ashington, e das universida

    des ele Alabama, ::\Iichigan e N

    ya Y

    ork.

    Por

    ltimo, vem a

    maioria

    elas

    universidades que

    of-:recem cursos de administra

    o pblica e que limitam o seu

    nmero

    a algumas cadeiras de

    natureza geral. As universida

    des de Colmbia, Yale, Chicago,

    \Visconsin e Califrnia so os

    exemplos mais notveis. Con

    ym

    notar

    que, desde a publi

    cao elo livro de

    GRAHAM

    as

    nicas universidades que muda-

    ram a orientao de seus pro

    gramas

    de administrao pblica

    foram as da Califrnia do Sul,

    a Americana e a de Nova Y ork.

    Estas passaram, desde ento, a

    ar

    maior ateno

    preparao

    de futuros administradores, des

    tacando-se hoje pelo equilbrio

    que apresentam seus programas

    sob sse aspecto.

    Classificao das m tri s

    Como

    p o d e l l 1 ) ~ ,

    agora, clas

    sificar as difere1ltes caeleiras e

    os difcn.'ntes c u r ~ U : i que

    c 0 1 l ~ t i -

    tuem um currculo de admillis

    trao phlica ou que so consi

    derados necessrios

    prepara-

    o para o sen'io pblico?

    orientao seguida pela maioria

    das Ulli \'ersidades norte-america

    nas su ere uma classificao em

    quatro categorias: cadeiras b

    sicas, cadeiras auxiliares ou ins

    trumentais. cadeiras principais e

    cadeiras especializadas.

    a Cadeiras bsicas in

    tegrao da administrao p-

    blica nas demais cincias sociais

    e sua posio como uma das ci

    ncias polticas requerem um co

    nhecimento bsico dessas disci

    plinas, sem o qua o estudante

    dificilmente poder compreender

    as mltiplas relaes que exis

    tem

    entre

    elas e a administra

    o pblica. Assim, as cadeiras

    bsicas ideais

    seriam: Antropo-

    logia Cultural, Psicologia So

    cial, Sociologia, Economia Pol

    tica,

    Teoria

    Geral do Estado, Di

    reito Constitucional, Direito

    Ad-

    ministrativo e Govrno Nacio

    nal (federal. estadual e munic

    paI).

    Nesse f'stgio da prepara-

    o do aluno tal\'E'z coubessem,

  • 7/26/2019 Curso de Administrao Municipal

    46/59

    CURSO

    DE

    DMINISTR O

    MUNICIP L

    4

    ainda, a cadeira de Relaes

    Hu-

    manas e a de Introduo Ad-

    ministrao Pblica.

    b

    Cadeiras auxiliares.

    Con

    tabilidade Pblica e Estatstica

    so quase que invarivelmente

    consideradas como disciplinas

    instrumentais para o estudante

    de administrao pblica. Nessa

    classificao poder-se-ia tambm

    incluir a cadeira de Bibliografia

    e Mtodos de Pesquisa. Nos pa

    ses de fala no-inglsa, um bom

    conhecimento de ingls ser cer

    tamente valiosssimo instrumen

    to de estudo que permitir ao

    aluno familiarizar-se com a me

    lhor literatura em matria de ad

    ministrao.

    c Cadeiras principais.

    identificao das cadeiras prin

    cipais

    a matria mais contro

    vertida na discusso dos p