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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA EDUARDO CAIRO OLIVEIRA CORDEIRO LUISA NAKAYAMA MADEIRA CONHECIMENTO TÉORICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR TERESINA 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA

EDUARDO CAIRO OLIVEIRA CORDEIRO

LUISA NAKAYAMA MADEIRA

CONHECIMENTO TÉORICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

TERESINA 2019

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EDUARDO CAIRO OLIVEIRA CORDEIRO

LUISA NAKAYAMA MADEIRA

CONHECIMENTO TÉORICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

Trabalho de conclusão de curso

elaborado como requisito parcial

para obtenção do grau de

Bacharelado em Medicina do

Centro Universitário

UNINOVAFAPI

Orientadora: Prof.ª. Dra. Adélia Dalva da Silva

Oliveira

TERESINA

2019

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela presença constante em minha vida e pela força e sabedoria em todos os

momentos, mesmo diante de muitos obstáculos e das dificuldades.

A minha família que sempre esteve ao meu lado e participou da realização deste sonho,

em especial meus pais, Adélia Dalva da Silva Oliveira e John Kennedy Cordeiro, a vocês que

me deram a vida e ensinaram-me a vivê-la com dignidade e respeito. Obrigada por me tornar a

pessoa que sou hoje, pela dedicação e pelo compromisso com a minha educação.

A minha avó, Cleonina Maria da Silva Oliveira, que me acompanhou em todos os

momentos e que sempre esteve ao meu lado.

A instituição UNINOVAFAPI que permitiu que eu concluísse o curso com

competência e valor pela pessoa humana.

Ao corpo docente que fez parte da minha formação, obrigado pelos ensinamentos e

orientações ao logo dessa trajetória.

A minha orientadora, Adélia Dalva da Silva Oliveira, obrigada pelos ensinamentos e

incentivo, por acreditar que seria capaz alcançar meus objetivos.

A todos os meus parentes e amigos de turma que entraram na minha jornada acadêmica

e que qme ajudaram quando precisei.

Eduardo Cairo Oliveira Cordeiro

A Deus pelas graças e bênçãos concedidas a mim e a minha família todos os dias, e

por mais essa vitória.

Aos meus pais, Luiz Carlos Torres Madeira e Marcia Nakayama, pelo diário exemplo

de força e determinação, que me moldaram e fizeram a mulher que sou hoje.

Aos meus irmãos, pela oportunidade de crescer na convivência de pessoas humanas e

iluminadas, cheias de amor e compaixão.

À minha família, em especial minhas tias, Eliane e Elizabeth, pelo constante carinho e

apoio.

Ao meu namorado, Ezekyel, pela paciência e amor que demosntrou durante todo o

processo da minha formação.

À minha orientadora, Adélia Dalva da Silva Oliveira, pela dedicação e paciência, além

da confiança depositada neste trabalho.

Aos amigos de turma, por me acompanharem nessa jornada e torná-la mais alegre e

leve.

Luisa Nakayama Madeira.

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RESUMO

A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a parada súbita e inesperada da circulação

sistêmica. Quando isso ocorre, faz-se necessário iniciar imediatamente as manobras de

reanimação cardiopulmonar (RCP). Para isso, é necessário preparo técnico e científico. O

estudo objetivou avaliar o conhecimento teórico dos estudantes de medicina sobre PCR e RCP.

Trata-se de um estudo decritivo, exploratório com abordagem quantitativa. Os dados foram

coletados por meio de um formulário. Os resultados evidenciaram que a maioria era mulher

(50,62%) com faixa etária entre 20 e 25 anos (56,25%); 70,63% sabem detectar os sinais da

PCR; 66,25% conhecem padrões de ritmo chocáveis na PCR; 55% sabem a postura para

realização de compressões; 63,75 % sabem a conduta após diagnóstico de PCR; 51,25% não

compreendem a relação compressão-ventilação durante RCP; 57,5% não sabem como colocar

pás do desfibrilador externo automático; 71,88% não acertaram a carga recomendada em

desfibrilador monofásico; 68,13% não sabem a conduta em SAV; 50,62% não acertaram a via

que não se devem ser administradas com fármacos durante a PCR e 68,13% não sabem qual

fármaco não é usado na PCR. Conclui-se que os acadêmicos de medicina tem conhecimento

mediano acerca da temática, sugerindo promoção de cursos para treinamento teórico-prático.

Palavras-chave: Suporte básico de vida. Ranimação cardiopulmonar. Parada Cardíaca.

SUMMARY

Cardiorespiratory arrest (CRP) is defined as the sudden and unexpected stoppage of the

systemic circulation. When this occurs, it is necessary to initiate cardiopulmonary resuscitation

(CPR) maneuvers immediately. For this, technical and scientific preparation is necessary. The

study aimed to evaluate the theoretical knowledge of medical students about CRP and CPR. It

is a descriptive, exploratory study with a quantitative approach. The data were collected through

a form. The results showed that the majority were women (50.62%) with ages ranging from 20

to 25 years (56.25%); 70.63% are able to detect PCR signals; 66.25% know of shocking pacing

patterns in the PCR; 55% know the posture to perform compression; 63.75% know the conduct

after diagnosis of CRP; 51.25% do not understand the compression-ventilation relationship

during CPR; 57.5% do not know how to place automatic external defibrillator blades; 71.88%

did not achieve the recommended load in a single-phase defibrillator; 68.13% do not know the

conduct in SAV; 50.62% did not correct the route that they should not be administered with

drugs during the PCR and 68,13% do not know which drug is not used in the PCR. It is

concluded that medical students have a medium knowledge about the subject, suggesting the

promotion of courses for theoretical-practical training.

Keywords: Basic life support. Cardiopulmonary Ranciception. Cardiac arrest.

RESUMEN

La parada cardiorrespiratoria (PCR) se define como la parada súbita e inesperada de la

circulación sistémica. Cuando esto ocurre, es necesario iniciar inmediatamente las maniobras

de reanimación cardiopulmonar (RCP). Para ello, es necesario preparación técnica y científica.

El estudio objetivó evaluar el conocimiento teórico de los estudiantes de medicina sobre PCR

y RCP. Se trata de un estudio descriptivo, exploratorio con abordaje cuantitativo. Los datos

fueron recolectados a través de un formulario. Los resultados evidenciaron que la mayoría era

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mujer (50,62%) con rango de edad entre 20 y 25 años (56,25%); 70,63% saben detectar las

señales de la PCR; 66,25% conocen patrones de ritmo impactantes en la PCR; 55% saben la

postura para la realización de compresiones; El 63,75% sabe la conducta después del

diagnóstico de PCR; El 51,25% no comprende la relación compresión-ventilación durante RCP;

57,5% no saben cómo colocar las paletas del desfibrilador externo automático; 71,88% no

acertaron la carga recomendada en desfibrilador monofásico; El 68,13% no sabe la conducta en

SAV; 50,62% no acertaron la vía que no se deben administrar con fármacos durante la PCR y

el 68,13% no saben qué fármaco no se utiliza en la PCR. Se concluye que los académicos de

medicina tienen conocimiento mediano acerca de la temática, sugiriendo promoción de cursos

para entrenamiento teórico-práctico.

Palabras-clave: Soporte básico de vida. Ranimación cardiopulmonar. Paro cardiaco.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6

1.1 Objeto de Estudo 7

1.2 Questão norteadora 7

1.3 Objetivos 7

1.3.1 Objetivo Geral 7

1.3.2 Objetivos Específicos 7

1.4 Justificativa e relevância 7

2

2.1

2.2

3

3.1

3.2

3.3

3.4

3.5

3.6

4

5

6

REFERENCIAL TEMÁTICO

Parada cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar

Capacitação de leigos e profissionais da saúde em RCP

MÉTODOS

Tipo de Estudo

Local do Estudo

População base-amostra

Coleta de dados: instrumentos e procedimentos

Organização e Análise dos Dados

Aspectos Éticos e legais

RESULTADOS

DISCUSSÃO

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

APÊNDICES

ANEXOS

9

9

10

11

11

11

11

12

13

13

14

16

20

21

24

31

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1 INTRODUÇÃO

A reanimação cardiopulmonar (PCR) é a cessação súbita, inesperada, da circulação

sistêmica, atividade ventricular útil e ventilatória de um indivíduo. Nesse cenário, inicia-se a

reanimação cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação na vítima precocemente para restabelecer a

oxigenação e a circulação (FALCAO; FEREZ; AMARAL, 2016).

A RCP decorre de várias doenças ou situações clínicas, podendo estar associada a

episódio de obstrução das artérias coronárias e arritmias cardíacas ou a um evento terminal

evolutivo de muitas outras enfermidades. Caracteriza-se por quatro padrões de alteração do

ritmo cardíaco, sendo o mais comum a fibrilação ventricular, seguida da taquicardia ventricular

sem pulso, assistolia e atividade elétrica sem pulso (OLIVEIRA et al., 2013).

Na parada cardiorrespiratória as chances de sobrevivência após o evento variam de 2%

a 49% dependendo do ritmo cardíaco inicial e do início precoce da reanimação. O sucesso da

reanimação, além de ser tempo dependente, pois a melhora do índice de sobrevivência está

diretamente ligada ao tempo entre a ocorrência da PCR e o início das manobras de reanimação

cardiopulmonar, também está relacionado à harmonia, sincronismo, capacitação da equipe para

o atendimento e estrutura organizada (BELLAN; ARAÚJO; ARAÚJO, 2010).

A assistência ao paciente vítima de PCR é composta por um conjunto de manobras

emergenciais, chamado de reanimação cardiopulmonar, que tem como objetivo, manter

artificialmente o fluxo arterial ao cérebro e a outros órgãos vitais até que ocorra o retorno da

circulação espontânea. Nesse sentido, a American Heart Association (AHA) propõe diretrizes

sobre RCP incluem a identificação rápida dos sinais clínicos de PCR, acionamento da equipe

de emergência, realização de compressões torácicas imediatas e de alta qualidade e

desfibrilação precoce (AHA, 2015).

A literatura específica na área da educação médica apresenta como principais

destaques nos últimos anos os trabalhos desenvolvidos pela Associação Brasileira de Educação

Médica (Abem) através de fóruns específicos para o internato de Medicina, além da

apresentação de relatórios com a síntese elaborada durante os espaços coletivos de discussão.

(BARRETO; MARCO, 2014)

Dessa forma, os presentes assuntos são incessantemente trabalhados e desenvolvidos

com os alunos durante a graduação, e mais especificamente, no período de formação prática, o

internato.

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1.1 Objeto do estudo

Conhecimento teórico dos estudantes de medicina sobre parada cardiorrespiratória e

reanimação cardiopulmonar.

1.2 Questão norteadora

Qual o conhecimento teórico dos estudantes de medicina sobre parada

cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar?

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Avaliar o conhecimento teórico dos estudantes de medicina sobre parada

cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar

1.3.2 Específicos

Caracterizar a amostra do estudo de acordo com sexo, faixa etária e capacitação na área da

urgência.

Identificar o conhecimento teórico dos estudantes relacionados à: detecção da parada

cardiorrespiratória, condutas imediatas após a parada, padrões de ritmo na parada,

sequência do suporte básico de vida, postura corporal do socorrista na compressão torácica

externa, relação compressão/ventilação, posição das pás na desfibrilação, carga em joules

na desfibrilação, em que consiste o suporte avançado de vida, vias de administração de

fármacos, quais os fármacos são utilizados na parada e finalidade dos fármacos.

Relacionar as características sócio-demográficas com as variáveis do conhecimento

teórico.

1.4 Justificativa e relevância

Considerando que grande parte do sucesso da reanimação se deve ao rápido

reconhecimento e ao imediato início das manobras de RCP e à precoce desfibrilação, tanto a

população leiga quanto profissionais de saúde devem saber atuar satisfatoriamente diante de

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uma vítima de parada cardiorrespiratória (PCR).

Considerando que os estudantes de medicina dos dois últimos anos de formação já

receberam orientação teórica sobre a realização de uma reanimação adequada e sabendo que

este tema está presente no dia a dia do profissional médico e precisa ser de inteira compreensão

deste.

Reconhecendo a relevância do tema, a presente pesquisa buscará avaliar o

conhecimento dos estudantes de medicina sobre a parada cardiorrespiratória e reanimação

cardiopulmonar, pois este conhecimento está diretamente relacionado a situações vivenciadas

no estágio obrigatório e também na sua vida profissional.

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2 REFERENCIAL TEMÁTICO

2.1 Parada Cardiorrespiratória e Reanimação Cardiopulmonar

A parada cardiorrespiratória é definida como a cessação da atividade mecânica do

coração, confirmada pela ausência de sinais de circulação. Para tentar reestabelecer a circulação

espontânea do paciente, devem ser realizadas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, as

quais fazem parte de uma intervenção rápida, apropriada, coordenada e padronizada, para que

se alcance o sucesso em sua reversão. É uma situação de emergência, com dados

epidemiológicos distintos, conforme o ambiente de sua ocorrência, se extra ou intra-hospitalar

(GONZALEZ et al., 2013).

A ressuscitação cardiopulmonar baseia-se na realização de manobras específicas básicas,

como descritas no Suporte Básico de Vida (SBV) precoce, que consistem no reconhecimento e

na tentativa de correção imediata da falência dos sistemas respiratório e/ou cardiovascular, até

a chegada de uma equipe especializada (GONZALEZ et al., 2013).

A RCP tem por finalidade fazer com que o coração e o pulmão voltem a funcionar de

acordo com seu padrão de normalidade, e por ser entendida como um conjunto de manobras

destinadas a garantir a oxigenação para todos os órgãos e tecidos, principalmente ao coração e

cérebro. Esse fenômeno nos permite inferir que se a manobra não for realizada corretamente,

poderá haver uma necrose nos tecidos musculares do coração, a diminuição ou ausência de

oxigenação no cérebro, levando assim o paciente a óbito ou até lesões irreversíveis cerebrais

(AHA, 2015).

Entretanto o cenário de uma PCR deve ser de conhecimento de toda equipe de saúde,

incluindo os acadêmicos internistas, visto que estes podem ser os primeiros a presenciá-la.

Nesse sentido, alguns aspectos são fundamentais na qualificação do acadêmico que atua em

situações de emergência, como conhecimento científico e habilidade para transmitir segurança

ao grupo, de forma a atuar com objetividade, sincronia e atribuindo a correta função da sua

equipe. O desenvolvimento e aperfeiçoamento desses aspectos dar-se-á, dentre outros, mediante

estudo e educação continuada, o que, sem dúvida, pode garantir um atendimento de qualidade

e com menores riscos ao cliente (LUZIA; LUCENA, 2009).

O acadêmico de medicina internista é membro da equipe de saúde de seus locais de

estágio, e possui papel substancial no atendimento a uma PCR, pois a sintonia da equipe é

primordial para que a rapidez no atendimento seja preservada. A proximidade da equipe que o

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internista tem com os pacientes aumentam a possibilidade de o mesmo identificar um possível

episódio de PCR, e iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar de maneira eficaz é

imprescindível para o sucesso do atendimento (PEREIRA et al., 2015).

2.2 Capacitação de leigos e profissionais da saúde em RCP

A Parada Cardíaca Súbita é um grave problema de saúde pública, constituindo uma das

principais causas de morte no mundo. A ausência de treinamento do público leigo e da equipe

de saúde contribui para a manutenção dos elevados índices de insucesso na RCP. O maior

desafio, sobretudo no Brasil, é ampliar o acesso ao ensino de RCP, estabelecendo processos

para a melhora contínua de sua qualidade, minimizando o tempo entre a RCP e a aplicação do

primeiro choque pelo desfibrilador (GONZALEZ et al, 2013).

Os colapsos súbitos decorrentes de paradas cardíacas que são atendidos de forma rápida

e eficaz possuem maior chance de sobrevida e de ausência de sequelas. Os indivíduos que

sofrem parada cardíaca súbita dependem de um pronto suporte básico de vida, pois as chances

de sobrevivência diminuem em 7 a 10% a cada minuto transcorrido após uma parada sem

desfibrilação, caso indicada. Nesse sentido, a capacitação de leigos e da equipe de saúde para

atendimento nessas situações é fundamental para salvar vidas (GONZALEZ et al, 2013).

É consenso na literatura que o treinamento precoce em manejo de PCR favorece a

retenção de conhecimentos e também reforça o conceito da obrigação social de ajudar os

outros. Além disso, a educação continuada é estratégia excelente para alcançar um grande

público e possibilitar o aumento da sobrevida da parada cardíaca testemunhada por espectadores

na comunidade (MEISSNER; KLOPPE; HANEFELD, 2012).

Os acadêmicos de medicina internistas possuem o conhecimento teórico repassados

durante a graduação, assim como, em parte, buscam treinamento prático no decorrer de seus

últimos ano de formação. Porém, mesmo os acadêmicos com treinamento prévio em SBV ou

SAV tem desempenho aquém do esperado em questionários objetivos baseados nos guidelines

da AHA de 2010 (TAVARES et al, 2015).

O melhor entendimento de eventuais barreiras que impedem a realização de uma RCP de

alta qualidade podem resultar em ações que aumentem as taxas de RCP, sobretudo no ambiente

extra-hospitalar. Dessa maneira, tendo em vista a relevância dos dados, foi decidido investigar

o conhecimento de estudantes de medicina internistas sobre seus conhecimentos em RCP e PCR

(GONZALEZ et al, 2013).

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3 MÉTODOS

3.1 Tipo de estudo

Para avaliar o conhecimento teórico dos estudantes de medicina sobre parada

cardiorrespiratória e reanimação cardiopulmonar, foi desenvolvida uma pesquisa de campo,

descritiva, exploratória, com abordagem quantitativa.

Segundo Gil (2010), a pesquisa descritiva descreve as características de determinadas

populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas

padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

A pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema (explicitando).

Podendo envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no

problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso

(GIL, 2010).

Para Kaurk, Manhães e Medeiros (2010) a abordagem quantitativa considera o que pode

ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-

las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas.

3.2 Local da pesquisa

Este estudo foi desenvolvido em uma instituição de ensino superior de Teresina.

3.3 População-base e amostra

A população base incluída no cálculo foi 272 alunos regularmente matriculados no

internato. A amostra do estudo foi constituída por 160 alunos, obtidos por meio da fórmula do

tamanho amostral finito, com erro de 5% e nível de confiança de 95%, conforme cálculo abaixo:

n = N.Z2.p.(1-p)/Z².p.(1-p)+e².(N-1)

Onde:

n = amostra calculada

N = população

Z = variável normal padronizada associada ao nível de confiança

p = verdadeira probabilidade do evento

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e = erro amostral.

A amostra foi selecionada por meio probabilístico casual simples sem repetição. A

seleção foi feita por meio do software Bio Stat 5.0.

O Bio Stat é um programa estatístico pratico e de fácil manuseio na avaliação de

informação originadas através da pesquisa. Para Ayres et al. (2007), o Bio Stat solidifica-se

como ferramenta didática quase obrigatória devida, sobretudo, à facilidade de sua aplicação e

interpretação dos fenômenos biológicos, sejam de ordem observacional, quer de natureza

experimental.

3.4 Coleta de dados: instrumentos e procedimentos

Os dados foram coletados por meio de um formulário (APÊNDICE A) sendo a primeira

parte constituída por questões relacionadas as características sócio demográficas, quanto ao

sexo, faixa etária, período do curso e capacitação realizada na área de urgência, a segunda por

questões norteadoras visando a obter dados sobre o conhecimento e a prática destes alunos com

relação à parada e a reanimação cardiopulmonar.

Para isso, foi realizado contato pessoal com o participante, pelos pesquisadores, a fim de

oficializar o convite.

Aos estudantes que aceitaram participar da pesquisa foi entregue o formulário e

esclarecidos os objetivos do estudo. Os pesquisadores solicitaram que os mesmos devolvessem

os formulários respondidos após 7 dias.

3.5 Organização e análise dos dados

Os dados coletados foram digitados em planilha de Excel e posteriormente importados

para o software SPSS versão 20.0, que consiste em um programa de análise estatística, sendo

uma ferramenta de informática que permite realizar cálculos estatísticos complexos e visualizar

em poucos segundos os resultados.

3.6 Aspectos éticos e legais

Esta pesquisa obedeceu a Resolução nº 466/12 que trata das pesquisas envolvendo

seres humanos (BRASIL, 2012b).

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Todos os participantes foram informados dos objetivos da pesquisa e após

concordarem em participar, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

(APÊNDICE B).

Os dados foram coletados após autorização do local da pesquisa e aprovação do

Comitê de Ética do Centro Universitário Uninovafapi, sob o parecer 2.858.330 (ANEXO A).

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4 RESULTADOS

Após a coleta de dados com 160 participantes, os resultados foram apresentados nas

seguintes tabelas.

Tabela 1 – Características da amostra do estudo (PI), 201. (n=160)

Variáveis n (%)

Sexo

Feminino

Masculino

81

79

50,62

49,38

Faixa Etária (anos)

20 a 25

26 a 31

32 a 37

38 a 43

≥ 43

90

50

16

03

01

56,25

31,25

10

1,88

0.62

Fizeram curso de SBV

Não

Sim

112

48

60

30

Fizeram curso de SAV

Não

Sim

121

39

75,62

24,38

Fonte: Pesquisa direta.

De acordo com a tabela 1, a maioria dos entrevistados era mulher (50,62%), faixa etária

entre 20 e 25 anos (56,25%). A maioria dos entrevistados referiu não ter realizado curso prático

em SBV (60%), e uma percentagem ainda maior referiu não ter realizado curso prático em SAV

(75,62%). Os números de participantes que realizaram curso prático de SBV tiveram correlação

positiva com a quantidade de participantes que realizaram curso prático de SAV.

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Tabela 2 – Distribuição das respostas dos acadêmicos sobre RCP/ PCR. Teresina (PI), 2019 n=160

Fonte: Pesquisa direta.

A Tabela 2, demonstra que 113 (70,63%) dos entrevistados conseguem detectar os

sintomas da parada cardiorrespiratória, 106 (66,25%) afirmam conhecer os padrões de ritmos

chocáveis, 88 (55%) relatam conhecer a postura corporal para a realização da compressão

torácica externa, 102 (63,75%) conhecem a conduta após o diagnóstico da Parada

cardiorrespiratória, 78 (48,75%) entendem a relação compressão ventilação durante a

Ressuscitação Cardiopulmonar, 68 (42,5%) sabem identificar a posição da colocação das pás

de um desfibrilador, 115 (71,88%) não souberam responder a carga recomendada durante a

desfibrilação em desfibrilador monofásico, 51 (31,87%) compreendem a conduta em suporte

avançado de vida, 81 (50,62%) não reconhecem a via que não deve ser administrado fármaco

durante a parada e 109 (68,13%) não sabem qual o fármaco não mais utilizado durante a parada

cardiorrespiratória.

A taxa de acertos entre todos os acadêmicos entrevistados foi de cerca de 48,88%. Entre

os acadêmicos que realizaram curso prático de SBV, a taxa de acertos foi de 57%, e entre os

internistas que realizaram curso prático de SAV, a taxa de acertos foi de 67%.

Tipo de Questões

Acertou

n (%)

Errou

n (%)

Não sabe

n (%)

Detecção de PCR 113 (70,63) 47 (29,37) ----

Padrões de ritmo chocados na PCR 106 (66,25) 54 (33,75) ----

Postura corporal para realização CTE 88 (55) 72 (45) ----

Conduta imediata após diagnóstico de PCR 102 (63,75) 58 (36,25) ----

Relação compressão ventilação durante a RCP 78 (48,75) 82 (51,25) ----

Posição da colocação das pás do desfibrilador 68 (42,5) 92 (57,5) ----

Carga recomendada durante a desfibrilação em desfibrilador

monofásico

45 (28,12) 115 (71,88) ----

Conduta em SAV 51 (31,87) 109 (68,13) ----

Vias que não devem ser administradas com fármacos durante

a PCR

79 (49,38) 81 (50,62) ----

Fármaco que não é mais utilizado durante a PCR 51 (31,87) 109 (68,13) ----

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5 DISCUSSÃO

Os resultados das características dos entrevistados apontam para uma predominância do

sexo feminino (50,62%) sobre o sexo masculino (49,38%), além de grande concentração de

respostas para a faixa etária de 20-25 anos (56,25%). Isso mostra a crescente conquista das

mulheres nos mais determinados espaços, e como estas passaram a dominar um ambiente antes

predominantemente masculino. Esse resultado concorda com os achados de demografia médica

do Brasil, que mostra o crescimento da parcela jovem feminina entre a população médica

(SCHEFFER et al., 2018).

A faixa etária predominante mostra como a formação médica faz-se cada vez mais

cedo. Um trabalho que antes era exercício de pofissionais mais velhos. Segundo Scheffer et al.

(2018), a idade média dos médicos brasileiros tem decaído, apontada em 45,4 anos, mostrando

um rejuvenescimento da medicina brasileira, a tendência é resultado principalmente do aumento

da entrada de novos médicos em função da abertura de mais cursos de Medicina.

Nos dados apresentados na tabela 2, verificou-se que 113 dos acadêmicos internistas

entrevistados sabem detectar a parada cardiorrespiratória, relatando como principal sinal da

mesma a ausência de pulsos carotídeos ou femorais, sendo esta a pergunta com maior taxa de

acertos. Ainda assim, 47 dos entrevistados não souberam responder corretamente à pergunta,

suciscitando a necessidade de uma melhor abordagem do tema durante a graduação. De acordo

com a American Heart Association (AHA) e as diretrizes 2015, os sinais e sintomas da PCR

são ausência de pulsos carotídeos ou femorais, inconsciência e ausência de movimentos

ventilatórios (apneia) ou respiração agônica (gasping). Se esses sinais não forem detectáveis

precocemente isso poderá comprometer a vida do paciente.

Considerou-se alto o índice de erros na detecção da PCR. Tendo em vista a literatura,

no tocante aos fatores limitantes do prognóstico pós PCR estão diretamente relacionados ao

diagnóstico, considerando o intervalo de tempo entre o evento e a reanimação. Quando o

intervalo de tempo é inferior a quatro minutos, a taxa de sobrevida é de 75%; entre quatro e 12

minutos é de 15% e após 15 minutos é de apenas 5% (FERNANDES et al., 2016). Dessa forma,

evidencia-se a importância desse conhecimento para o diagnóstico precoce e,

consequentemente, aumento da sobrevida e melhora no prognóstico do paciente.

A literatura aponta que muitos estudantes das diversas áreas de saúde vivenciam

situações de atendimento de emergência durante sua carreira, mas, por vezes, estão inaptos a

atuar em tais situações (PAZIN et al., 2010). Segundo Pillow et al. (2014), um total de 36,8%

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de estudantes de medicina evita participar de reanimações por não se sentirem preparados para

agir corretamente. Portanto, torna-se imprescindível que os futuros médicos recebam mais

treinamentos, teóricos e práticos, para que possam atuar com confiança nessas situações (LAMI

et al. 2016).

Em relação aos padrões de ritmos chocáveis na PCR, a maioria dos acadêmicos

(66,25%) demonstrou conhecimento ao responder que taquicardia ventricular sem pulso e

fibrilação ventricular são os padrões de ritmo que necessitam de desfibrilação. Houve os que

consideraram a assistolia como ritmo chocavel, sendo que a mesma apresenta total ausência de

atividade ventricular contrátil associada à inatividade elétrica cardíaca, considerada um ritmo

muitas vezes terminal. Tanto a atividade elétrica sem pulso (AESP) quanto à assistolia são

ritmos em que a desfibrilação não está indicada.

Com relação à postura corporal para realização compressão torácica externa, 88

acadêmicos internistas souberam responder corretamente, resultado aquém do esperado por se

tratar de um conhecimento imprescindível para a realização de RCP de alta qualidade. Ressalta-

se que uma postura inadequada poderá reduzir o número de compressões aplicada por minuto,

prejudicando a realização do procedimento e, consequentemente, o êxito na reanimação.

Sobre as condutas imediatas a serem tomadas após o diagnóstico da PCR, notou-se

que 63,75% dos participantes acertaram, resultado aquém do esperado, pois a PCR é uma

condição de emergência que deve ser abordada da maneira correta imediatamente após sua

confirmação. A respeito da compressão e ventilação durante a RCP foi possível analisar que 82

dos acadêmicos não reconheceram 30/2 como a relação atualizada de compressão/ventilação.

Esses dados conferem com a pesquisa produzida por Tavares et al. (2015), no qual foi possível

constatar que mesmo os estudantes que tinham treinamento prévio não obtiveram taxa de

sucesso satisfatória em questionário baseado em guidelines de 2015 da American Heart

Association.

Quanto ao posicionamento das pás do desfibrilador, a maioria dos participantes

demonstrou baixo conhecimento, sendo que 68 dos entrevistados distingue que a posição

correta dos eletrodos é na borda esternal direita alta e ápice cardíaco. Desta forma assim que o

desfibrilador estiver pronto, posicione as pás direcionada para adulto do desfibrilador no tórax

desnudo e seco do paciente (TRAEBERT et al., 2017). Vale ressaltar que as pás do desfibrilador

são autoexplicativas. Os eletrodos quando colocados de forma errônea não apresentam análise

correta do ritmo fazendo com que o choque não seja deflagrado.

Quando questionados a respeito da carga recomendada durante a desfibrilação em

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desfibrilador monofásico constatou-se que 115 dos acadêmicos internistas não souberam

responder que a carga recomendada durante a desfibrilação é equivalente a 360 joules. A

alternativa mais assinalada foi a de que a carga recomendada para aparelho monofásico sera de

200 joules, sendo que essa carga é de desfibrilador bifásico. A taxa de erros, demonstrando o

conhecimento incorreto sobre SBV converge com os resultados de Pergola e Araujo (2009),

quando realizado com população leiga.

Para a sequência recomendada no Suporte Avançando de Vida (SAV) o resultado

mostrou que apenas 51 dos entrevistados acertaram. O SAV tem como objetivo manter o grau

de circulação do sangue oxigenado, para a prevenção da viabilidade do coração e do cérebro.

De acordo com Tobase et al. (2017), os suportes básicos são determinantes no aumento das

taxas de sobrevivência, pois o sucesso da reanimação depende, principalmente, da efetividade

das ações iniciais. O estudo verificou o impacto positivo da capacitação em Suporte Básico de

Vida na prática dos profissionais da atenção primária à saúde (JÚNIOR et al., 2016). Essas

questões refletem a valorização do aprendizado do SBV na prática profissional.

Considerando as vias de administração de fármacos que não devem ser utilizadas

durante a parada, verificou-se que 49,38% dos participantes acertaram que a via intramuscular

não deve ser escolha durante a PCR. Por ser uma via de absorção mais lenta, quando comparada

a via endovenosa e a intraóssea esta via é considerada inapropriada. Parte dos participantes

errou ao responder que a via intratraqueal seria a via contraindicada, porém esta é uma via

alternativa para administração de determinadas medicações.

Quando abordados sobre o fármaco que não é mais utilizado durante a PCR o número

de acertos mostrou-se baixo, cerca de 31,87%, já que a maioria dos acadêmicos não soube

marcar que atropina não é mais utilizada, mesmo havendo estudos disponíveis que sugerem que

o uso rotineiro da atropina durante AESP ou assistolia não tem benefício (FALCÃO et al.,

2011).

O gráfico aponta que o conhecimento acerca da parada cardiorrespiratória e

ressuscitação cardiopulmonar é insuficiente, demonstrando que os participantes

predominantemente detém conhecimento regular sobre o assunto. Ressalta-se que as

habilidades desses acadêmicos são avaliadas não somente se reconhecem os sinais que a vítima

de PCR apresenta, mas também se está apto a realizar as manobras de RCP o mais rápido e

adequadamente possível.

Os resultados mostram que o conhecimento teórico revisado durante a graduação não

foi suficiente para fixar o conhecimento necessário pra conduzir um caso de PCR. Nota-se ainda

que a taxa de acertos de acadêmicos que participaram de cursos práticos de SBV ou SAV foi

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de cerca de 10 a 20% maior que a taxa de acertos da amostra total. Existem evidências na

literatura que indicam a maior retenção de conhecimento em acadêmicos que possuem

treinamento prático. Pande et al. (2014) avaliou habilidades de estudantes do primeiro período

de Medicina após palestra teórica com demonstração e após treinamento prático. Após a

palestra, apenas 7% dos estudantes realizaram as etapas corretamente, enquanto que após o

treinamento prático, 74% realizaram as etapas corretamente, corroborando com os resultados

deste estudo.

É importante frisar que a PCR é um tipo de atendimento não raro no cotidiano de

acadêmicos internistas, mas ainda é comum que os estudantes não tenham tido a oportunidade

de manusear itens básicos do atendimento, tampouco tenha se encontrado na posição de

socorrista. No entanto, a frequência desse tipo de emergência não justifica o conhecimento

insuficiente encontrado nesta pesquisa entre os acadêmicos. Pois é papel da equipe de saúde

iniciar as manobras e fazer todos os procedimentos até a chegada de profissional habilitado,

devendo este atendimento ser padronizado e realizado com máxima rapidez e eficiência, tal

conhecimento deve ser obtido desde a graduação. O resultado do atendimento à PCR é

diretamente ligado à rapidez e qualidade do serviço prestado pela equipe (SANTOS, 2018).

Nesse sentido, torna-se importante destacar que é essencial ao acadêmico de medicina

possuir o conhecimento sobre PCR/RCP, uma vez que o diagnóstico rápido e a tomada de

conduta correta aumentam de sobremaneira a sobrevida da vítima. Isto porque a sobrevivência

a PCR irá depender desde o reconhecimento imediato dos sinais, a solicitação de ajuda, início

imediato das manobras de RCP, rápida e adequada aplicação da desfibrilação e cuidados após

parada com a administração de medicamentos (SANTOS, 2018). Com isso, é evidente que uma

equipe adequadamente treinada e esclarecida sobre a PCR/RCP é primordial para diminuir o

número de episódios deste fenômeno, reforçando a necessidade de se investir em educação

continuada para esses profissionais (DUARTE et al., 2018).

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6 CONCLUSÃO

Conclui-se que os acadêmicos de medicina, em sua maioria adulto jovem do sexo

feminino, apesar de terem acesso ao conhecimento teórico-prático durante a graduação, detém

conhecimento mediano acerca do assunto em estudo.

O estudo mostra a necessidade da promoção continuada da capacitação desses

acadêmicos e futuros profissionais, para um atendimento de emergência melhor e mais eficaz.

Quanto às limitações da pesquisa, evidencia-se a baixa adesão dos alunos ao

questionário, restringindo a amostra em estudo. Porém, foi possível evidenciar que a parte

teórica de PCR precisa ser melhor abordada, pois a taxa de acerto nesse quesito foi inferior a

50%.

Espera-se com este estudo que seja estimulado e promovido mais cursos de preparação

continuada sobre PCR, visto que os alunos que participaram de curso de SBV ou SAV

conseguiram uma taxa de acertos maior.

É importante frisar que a preparação teórico-prática não pode ser vista apenas de forma

transversal, e que o estudo continuado é a melhor forma de aprendizado eficaz.

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APÊNDICES

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FORMULÁRIO DA PESQUISA INTITULADA “CONHECIMENTO

TÉORICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE PARADA

CARDIORRESPIRATÓRIA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR”

1 CARACTERIZAÇÃO DO PARTICIPANTE

Sexo: ( ) Feminino ( ) masculino

Faixa Etária (anos): ( ) 20 a 25 ( ) 26 a 31 ( ) 32 a 37 ( ) 38 a

43 ( ) 43 ou + Já participou de curso de SBV (Suporte Básico

de Vida)? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, há quanto tempo?

Já participou de curso de SAV (Suporte Avançado de Vida)? ( ) Sim

( ) Não.

Se sim, há quanto tempo? Se

sim, há quanto tempo?

2 CONHECIMENTO SOBRE PCR/RCP

Para responder as questões abaixo, você deve assinalar apenas a alternativa

que julgar correta (Considere todas as respostas para uma PCR em adulto)

2.1 Como você detecta uma parada cardiorrespiratória (PCR).

☐ ausência de resposta da vítima

☐ ausência de movimentos respiratórios

☐ ausência de pulsos carotídeos e ou femorais

☐ ausência de respiração ou com gasping

☐ não sei

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2.2 Qual a sua conduta imediata após o diagnóstico de uma PCR?

☐ reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência

☐ Rápida desfibrilação

☐ retificar vias aéreas

☐ iniciar ventilação artificial

☐ não sei

2.3 Qual o padrão de ritmo não encontrado na PCR?

☐ taquicardia ventricular sem pulso/fibrilação ventricular

☐ atividade elétrica sem pulso

☐ Bradiarritmia /assistolia

☐ Taquicardia ventricular com pulso

☐ não sei

2.4 Como deve ser a postura corporal para realizar a compressão torácica externa

(CTE)?

☐ Usar o peso dos braços

☐ braços formando ângulo de 90 graus com o tórax do paciente

☐ manter cotovelos dobrados

☐ comprimir apenas com uma mão

☐ não sei

2.5 Qual deve ser a relação compressão-ventilação durante a RCP com um socorrista?

☐ 15:2

☐ 30:2

☐ 5:1

☐ 30:1

☐ não sei

2.6 Na desfibrilação, com o uso do qual a posição que você utiliza para a

colocação dos eletrodos (pás)?

☐ borda esternal direita alta e ápice cardíaco

☐ no centro do peito

☐ região torácica esquerda e direita, sendo a direita abaixo do apêndice xifóide

☐ não sei

2.7 Qual a carga, recomendada, que deve ser utilizada durante a

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desfibrilação em um aparelho monofásico?

☐ 120 Joules

☐ 200 Joules

☐ 300 Joules

☐ 360Joules

☐ não sei

2.8 No que consiste o SAV?

☐ manutenção do suporte básico de vida

☐ desfibrilação precoce

☐ entubação e terapêutica farmacológica

☐ compressão torácica externa

☐ não sei

2.9 Quais das vias abaixo não deve ser escolha para a administração de

fármacos durante a PCR?

☐ via endovenosa

☐ via intratraqueal

☐ via intra-óssea

☐ via intramuscular

2.10 Qual o fármacos que não é mais utilizado durante a RCP?

☐ Epinefrina

☐ atropina

☐ lidocaína

☐ amiodarona

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ANEXOS

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