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Projeto Timóteo Apostila do Aluno Como Implantar um Programa de Ação Social na Sua Igreja Apostila do Aluno Projeto Timóteo

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Projeto Timóteo

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Apostila preparada por Pr Mark Edward Greenwood, MTh

Coordenador do Projeto

Dr. John Barry Dyer, PhD

Equipe Pedagógica Marivete Zanoni Kunz

Tereza Jesus Medeiros

Claudeci Costa Nobre

Leonardo Araújo

Projeto Timóteo

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PARTE UM BASES CONCEITUAIS 1. CONCEITOS DE AÇÃO SOCIAL CRISTÃ (ASC)

2. O MÉTODO DE IMPLANTAÇÃO PROPOSTA: CONSCIENTIZAÇÃO E

MOBILIZAÇÃO PARTE DOIS PROGRAMA DE CONSCIENTIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO 3. a) O QUE É MISSÃO?

b) COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS

4. a) RECEIOS, DIFICULDADES E BARREIRAS

b) BASE BÍBLICA PARA A AÇÃO SOCIAL

5. a) A MOTIVAÇÃO

b) AÇÃO SOCIAL E A ESPIRITUALIDADE

6. a) PROBLEMAS SOCIAIS NA IGREJA E NA COMUNIDADE

b) RECURSOS NA IGREJA E NA COMUNIDADE

7. a) O RELACIONAMENTO ENTRE O EVANGELISMO E AÇÃO SOCIAL

b) ESTRUTURA E ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO SOCIAL 8. a) PLANEJAMENTO NOS CINCO DEDOS

b) PLANO DE AÇÃO c) AVALIAÇÃO

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PARTE UM – BASES CONCEITUAIS Lição 1 - CONCEITOS DE AÇÃO SOCIAL CRISTÃ (ASC)

I. Apresentação

Neste manual do Projeto Timóteo, exploramos o tema “Como implantar um Programa de Ação Social na sua Igreja”. PARTE UM do manual traz conceitos importantes sobre ação social cristã (ASC), capacitação e mobilização, que ajudarão o/a leitor na construção da sua visão e prática. PARTE DOIS consta o Programa de Conscientização e Mobilização (PCM), que você pode aplicar nos locais onde ministra, após ter estudado todo o seu conteúdo, refletindo sobre suas próprias respostas aos questionamentos contidos nas dinâmicas de grupo. Junto a esse manual, guarde um caderno para anotar suas idéias, dúvidas e conclusões sobre o conteúdo dos encontros e como irá administrá-los na igreja. II. Conscientização, Mobilização e Ação Entendemos que existem três passos que precisam ser tomados para implantar um novo programa de Ação Social em uma igreja.

Conscientização

Mobilização

Ação

Conscientização é o processo pelo qual as pessoas da igreja venham a entender o que é a Ação Social Cristã, e comecem a desejar se envolver com a mesma. Mobilização é quando um grupo de pessoas da igreja começa a organizar-se e planejar ações sociais. Ação é quando as pessoas de fato fazem algo que pode ser considerado o programa social da igreja. O alvo deste manual é capacitá-lo para poder levar a igreja a passar por estes três passos.

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III. Antes de tudo, precisamos entender: O que é um programa de ação social? Trace aqui a tua resposta a esta pergunta: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A primeira coisa que nós diríamos em resposta a essa pergunta é que um programa social não é a mesma coisa que um instituição social ou ONG. O seu programa pode eventualmente tomar a forma de uma instituição, sim, mas tem muita coisa que se pode fazer na área social sem ser uma instituição, associação registrada, ou ONG. Um programa de ação social pode ser caracterizado simplesmente por ações sociais coordenadas. É comum imaginar que um programa social necessita de uma grande estrutura, como por exemplo, um centro de recuperação para cinqüenta drogados, apoiado por organizações internacionais. Porém, uma irmã visitando presidiárias, levando kits de higiene e recados de parentes distantes, que não têm condições de visitar o presídio, quando ela faz com o apoio oficial da igreja, já constitui um programa social. Isso é muito importante quando você está pensando em iniciar um programa social, pois abre muitas possibilidades para uma igreja que talvez não tenha um número expressivo de pessoas disponíveis para servir como voluntários, gente com dons administrativos ou dinheiro. Para uma instituição registrada estes três fatores são importantes, mas um programa social pode ter uma estrutura muito mais simples, utilizando talvez os dons e tempo de uma ou duas pessoas, até sem necessidade de dinheiro externo. Assim não há necessidade de esperar até juntar certos recursos difíceis: você pode começar já com aquilo que você tem em mãos. Agora, uma coisa que não é um programa de ação social, mesmo que muitas pessoas a chamam de “Uma Ação Social”, é um dia isolado de ações beneficentes em uma certa comunidade, seguido por um ato evangelístico à noite. Um dia desses pode contar com ações de cunho social, tais como corte de cabelo, medição de pressão sanguínea, emissão de documentos e o servir de sopões, porém, muitas vezes o intuito dessas ações não é uma mudança de longo prazo nas condições sociais da comunidade. O alvo é evangelístico, desejando atrair as pessoas pela boa ação. Em si, isso não é necessariamente errado, mas não é um programa de ação social. É um programa evangelístico que utiliza ações beneficentes como uma ferramenta de evangelismo.

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Um programa de ação social, em contraste, existe com a meta principal de trazer uma melhora para as condições de vida das pessoas e comunidades. Estes programas tem impactos espirituais, direta ou indiretamente, e estudaremos isso mais tarde, mas a meta central não é cortar cabelo de alguém para depois pregar-lhe o evangelho. A meta é que a pessoa sempre tenha condições de ir ao barbeiro por conta própria (ou até para abrir uma barbearia) e, quando a igreja trabalhar para isso, que através desta ação a pessoa presencia o amor de Deus. IV. Níveis diferentes de Ação Social Havendo estabelecido a idéia de que um programa social pode tomar muitas formas, do mais simples ministério de amor a mais elaborada organização, agora precisamos pensar um pouco sobre o tipo de impacto que um programa social pode efetuar. Para fazer isso, pensamos em três níveis em que um programa pode atuar1: Auxílio (ou Assistência) social diz respeito a auxílio temporário, curativo; tal como doações de cestas básicas, ou ajuda a uma comunidade após uma calamidade. Planejamento para estas ações pode fazer parte de um programa social. Oportunidade (ou Serviço) social são ações que providenciam oportunidades para pessoas marginalizadas participarem ativamente na sociedade, por exemplo, através de alfabetização para adultos ou cursos profissionalizantes. Transformação social é quando a comunidade engaja-se na transformação das condições sociais em que ela vive. Isso pode ser através de ações comunitárias, mutirões, associações, ou ações políticas, por exemplo, pressionando politicamente para que não haja analfabetismo. Alguns preferem denominar somente este terceiro nível de “Ação Social”, acreditando que os primeiros dois níveis não são, de fato, ação social por não desafiar as situações sociais e políticas que produzem a desigualdade social, que gera as carências das pessoas. Por exemplo, o auxílio (ou assistência) pode criar relacionamentos de dependência mútua entre beneficiados, que acomodam-se, sempre esperando pela ajuda, e os doadores, que doam para poderem sentir-se bem. Esse relacionamento chama-se assistencialismo. Por outro lado, não podemos negar que certas situações demandam assistência. Uma visão exclusiva que nega o valor de assistência deixaria uma pessoa morrer de fome.2 Um perigo de serviço social é que, enquanto ele providencia ferramentas para sobrevivência em uma sociedade movida pelo capitalismo, ele não questiona o fato de que certos aspectos de capitalismo estimulam desigualdade social, e então pobreza.

1 Queiroz, C. P., “Evangelização e responsabilidade social, 30 anos depois”, 34-37

2 Comblin, “Diakonia na Cidade” in Andrade e Sinner (orgs.), 86

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De fato um programa saudável de ação social contempla todos os três níveis de ação: Auxilio, oportunidade, e transformação social. Se uma família está com fome aguda, primeiro dê-lhe de comer, depois providencie oportunidades para uma vida produtiva, terceiro, lute por uma sociedade em que ninguém precisa passar fome. Por isso aqui, consideramos todos os níveis como Ação Social, reconhecendo que, apesar de certos perigos, eles contribuem juntos para aliviar sofrimento e construir uma sociedade melhor. Relate aqui alguma situação de carência, real ou imaginária, que demonstra a relação entre os três níveis de ação social, e a importância de cada um: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ V. Princípios de um programa de Ação Social Cristã eficaz Providenciamos aqui uma relação de elementos que consideramos chave para um programa eficaz, para você verificar se existem no seu programa (um tipo de check-list). [Acreditamos que se implantar o seu programa de acordo com a visão que expomos neste manual, ele terá todos estes elementos, mas é bom guardar a lista para verificar, de vez em quando, ao longo do andamento do programa]:

Oração

Conheça a comunidade, os seus anseios, problemas e desejos (Mateus 11.19)

Conheça os recursos que existem entre os irmãos e na comunidade

(Atos 4.32-37)

Identifique quais problemas e/ou anseios a igreja pode tratar com os recursos que tem

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Priorizar ações

1. Descobrir os pontos de encontro entre as necessidades da comunidade e os recursos já disponíveis na igreja local.

2. Estabelecer qual ação é a mais viável entre as mais urgentes.

3. Começar com essa. Parta para outra quando essa for

estabelecida.

4. Realizar outras ações também uma por uma

5. Sempre utilizar pessoas diferentes para cada ação diferente.

Planejamento (Lucas 14.28-32)

Avaliação (Mateus 11.1-6; 16.13-20)

Envolver membros da comunidade na busca de soluções e na ação, assim fazendo COM, não para ou por (João 5.1-9; 2 Reis 4.1-7, Elias e a Viúva)

Buscar recursos externos (2 Coríntios 8)

Realizar estudos bíblicos constantemente, como parte normal da vida da

igreja, que tratam de questões sociais (Deuteronômio, Levítico 25, Neemias 5, Amos, Malaquias 3.5, Tiago etc., etc., etc., etc…!!!!!)

Buscar ter um impacto nos três níveis de ação:

Auxílio Oportunidade Transformação

Antes de continuar a tua leitura do manual, leia as passagens bíblicas mencionadas no check-list acima. VI. Outras coisas para ler Ao longo do manual fazemos referência a vários livros e autores. Na página seguinte destacamos alguns que ajudariam muito na sua compreensão de Ação Social Cristã, o papel que ela cumpre na missão da igreja, e as várias formas que um programa de Ação Social pode tomar. Recomendamos a leitura de pelo menos três destas obras. Também, para quem tem acesso à internet, vale à pena visitar os seguintes sites: Sobre mobilizando a igreja: http://tilz.tearfund.org/CP/Mobilizando+a+igreja.htm

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A página de Ação Social da Convenção Batista Brasileira: www.batistas.com/acaosocial Uma rede de igrejas praticando Ação Social: www.renas.com.br

ANDRADE, S. (et al)

Saúde, Violência e Graça: A Missão Integral e os Desafios para a Igreja Viçosa: Ultimato, 2003

AZEVEDO, I. B. de O que é Missão Integral? Rio de Janeiro: MK Editora, 2005

CHAPPELL, C. F. Ministério Comunitário Cristão. Rio de Janeiro: UFMBB, 1991

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

Filosofia de Ação Social da Convenção Batista Brasileira. www.batistas.com/acaosocial

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

Pacto das Igrejas Batistas www.batistas.com

MONTEIRO, M. (et al.)

Pastoral Urbana: A co-responsabilidade das igrejas no Nordeste. Viçosa: Ultimato, 2002

PESKETT, H. AND RAMACHANDRA, V.

A mensagem da Missão: A Gloria de Cristo em todo o tempo e espaço. São Paulo: ABU Editora, 2005

YAMAMORI, T., MYERS, B. L., PADILLA, C. R., e RAKE, G. (eds.)

Servindo Com os Pobres na América Latina: Modelos de Ministério Integral. Editora Descoberta.

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Lição 2 - O MÉTODO DE IMPLANTAÇÃO PROPOSTA: CONSCIENTIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO I. Conceituando conscientização e mobilização Faça uma tempestade de idéias, anotando nas linhas seguintes os elementos, na sua opinião, que constituem um bom processo de conscientização e mobilização de uma igreja para Ação Social: _______________________________________________________________

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Acreditamos que neste manual muitas destas questões são abordadas. Você descobrirá métodos para incluí-las em um PCM para sua igreja. Pode ser que não abordamos certas questões que você anotou, mas que, depois de considerar a nossa proposta, você ainda as considere importantes para inclusão no seu PCM. Neste caso, você poderá moldar o programa de acordo com a necessidade. Por outro lado, discutimos elementos importantes que talvez você ainda não tenha pensado, e que precisará aprofundar mais antes de ministrar o assunto na igreja. Em cada sessão, utilize ao máximo o seu caderno de anotações para registrar as suas ideias para referência na hora de ministrar o PCM na sua igreja II. Filosofia da proposta do PCM Os encontros de conscientização e mobilização apresentados em parte dois do manual servem para 1. Elevar o entusiasmo e a conscientização da igreja quanto a sua responsabilidade social 2. Mobilizar igrejas e os seus membros para a Ação Social Cristã (ASC). O curso é baseado em uma pesquisa feita entre pastores batistas, que identificou dificuldades e motivações relacionadas à implantação de ações

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sociais nas suas igrejas. Algumas das questões levantadas, e que são importantes para a conscientização e mobilização da igreja, foram:

Motivação para ação social vem de Deus e da percepção de carências.

Existem muitos receios, preocupações e barreiras em relação à ação social nas igrejas.

É preciso desenvolver uma visão missionária e espiritualidade adequadas.

É importante demonstrar as nítidas bases bíblicas para ação social.

Deve-se refletir em como lidar com os problemas de recursos.

É importante definir o relacionamento entre evangelismo e ação social, e entender como os dois complementam-se.

Reflexão no caráter e figura de Deus pode servir para motivar o cuidado para com outras pessoas e suas necessidades.

As qualidades divinas de amor e justiça estimulam ação, como também uma percepção do outro e da outra como feito/as na imagem de Deus.

Uma liderança pastoral clara em ações sociais é imprescindível.

Um bom relacionamento entre uma igreja e a comunidade ao redor deve ser cultivada para ter um impacto adequado.

Membros da comunidade devem ser incluídos no processo de construção de projetos.

Muitas igrejas são compostas por membros financeiramente pobres, então não contemplar estes como beneficiados das ações sociais de uma igreja serve como uma força desmotivadora.

Os encontros propostos no manual exploram estes temas, entre outros, em uma construção progressiva, participativa, desenhada para levar a igreja a uma ação concreta.

! Anote no seu caderno outras questões que você considera importantes

para abordar em uma conscientização e mobilização de igreja.

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III. Conteúdo dos encontros Cada sessão de conscientização e mobilização é construída em torno de um tema central, representada por uma “pergunta geradora”, e dura entre trinta minutos e uma hora (exceto a primeira, mais longa, que envolve a exibição de um filme). Os temas formam a base para atividades centrais, que abrangem estudos bíblicos, dinâmicas e reflexões participativas, misturando estilos como trabalho em grupo, individual e plenário. Ao longo dos encontros, igrejas constroem um entendimento de Ação Social como um imperativo bíblico e parte integral da missão da igreja no mundo. Além de atividades interativas, encontros de conscientização devem incluir momentos para cafezinhos e/ou refeições. Nestes momentos informais muitas ideias são geradas que mais tarde podem ser integradas a projetos sociais. Por estarmos tratando de uma conscientização cristã, oração e cânticos de louvor são imprescindíveis. A escolha de cânticos com temas relacionados à justiça social pode, inclusive, reforçar a conscientização do grupo.3 Anote aqui alguns cânticos que abordam Justiça Social, que podem ser utilizados em encontros e cultos sobre ASC: _______________________________________________________________

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Outro aspecto importante de mobilização é o contato com pessoas da comunidade que vivem ao redor da igreja, que não fazem parte da igreja. Existem membros nas nossas igrejas que desconhecem as realidades sociais das comunidades. Duas das sessões propostas (sete e oito) sugerem que pessoas da comunidade que não são da igreja sejam incluídas. Sugerimos que sejam organizadas visitas a lares da comunidade, para pastores e membros conhecerem a realidade da comunidade. Tais visitas devem ser seguidas por reflexão em grupo.

3 Colossenses 3:16. Veja: TEL, M., “With Gratitude”, em Theology Today Volume 63.1 (2006).

Princeton: Princeton Theological Seminary, 2006, p 5-10.

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! Anote no seu caderno algumas das pessoas da comunidade que você

acha que poderiam ser incluídas nestes momentos: O curso deve encerrar com algum ato de dedicação. Esse ato deve incluir um momento onde cada participante assina um termo de compromisso, e orações dedicatórias. Se for apropriado, uma celebração da ceia pode fazer parte do ato de dedicação, realçando o nível de compromisso necessário. IV. A arte de boa facilitação A arte de conduzir um encontro de maneira participativa, sem lecionar, chama-se facilitação. Para elevar o nível de participação do/as integrantes, recomendamos que cada mentor/a e mentoreado/a verifique a sua maneira de conduzir os encontros conforme as seguintes recomendações para boas habilidades de facilitação, encontradas na revista Passo a Passo 60, Habilidades me Facilitação [página 13]: “Faça as perguntas abaixo a si próprio cada vez que liderar uma discussão num pequeno grupo. Isto o ajudará a avaliar o desenvolvimento das suas habilidades de facilitação. [Depois de cada encontro] escreva suas respostas e compare-as depois de algum tempo:

Usei atividades para quebrar o gelo ou atividades energizadoras para ajudar as pessoas a se descontraírem? [veja páginas 8 a 9 da revista]

Procurei ter certeza de que todos compreenderam as perguntas e, se necessário, reformulei-as em outras palavras?

Fiquei pouco à vontade por causa do silêncio, enquanto as pessoas pensavam sobre as respostas?

Como lidei com alguém que falou por muito tempo?

Escutei as respostas de todos?

Como incentivei as pessoas caladas a participarem da discussão?

Usei a dramatização de papéis (encenação)?

Como lidei com alguém que sempre respondia às perguntas antes que qualquer outro tivesse a oportunidade de falar?

Como incentivei para que os argumentos úteis fossem discutidos mais a fundo?

Como lidei com a situação, quando eu não entendi as respostas?

Como lidei com a situação, quando achei que os pontos de vistas das pessoas não ajudavam?

Como lidei com as diferenças de opinião?

Levei a discussão a uma conclusão satisfatória?

Como eu poderia fazer isto melhor?”

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Olhando a lista de habilidades acima, escreva aqui dificuldades que você poderá encontrar ao liderar estudos interativos: __________________________________________________________

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...e coisas que serão mais fáceis para você:

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V. Duração e Local do PCM O PCM pode ser ministrado tanto ao longo de um fim de semana, quanto em uma série de encontros semanais, como também em um retiro espiritual convocado especificamente para este fim. O local utilizado pode ser uma igreja, centro comunitário, acampamento, ou centro de conferência. No caso do curso acontecer perto das residências do/as participantes, um esforço especial deve ser feito para servir refeições no local do encontro. Além de providenciar a confraternização, isso previne que pessoas não retornem ao encontro depois de uma refeição tomada em casa. Em todos estes casos, o local e duração do PCM devem ser combinados com o/a pastor/a e participantes. VI. Selecionando participantes Quem participa no PCM será determinado pelo nível de interesse em Ação Social existente na igreja local, e se já funciona algum grupo definido de ministério social. Recomendamos que o/a líder da igreja convide pessoalmente aquelas pessoas consideradas chaves para o sucesso da ação social da igreja, fazendo, ao mesmo tempo, convites gerais a membros da igreja, através dos veículos de comunicação costumeiras. É inegociável que o/a pastor/a da igreja esteja presente. Qualquer ausência da sua parte significa, em primeiro lugar, que não estará a par com a filosofia e metodologia apresentadas (possivelmente criando frustração ou conflito mais

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tarde), e em segundo lugar, que comunicará passivamente ao restante da igreja que este ministério não é importante. Reflita um pouco sobre quais pessoas você poderá convidar para os encontros do PCM, e anote as suas ideias: _______________________________________________________________

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VII. Preparativos e acompanhamento posterior Cada sessão descrita em parte dois do manual necessita de planejamento anterior e boa preparação de todos os materiais necessários para otimizar a participação dos membros da igreja e, quando apropriada, da comunidade. É importante que você aprimora seus conhecimentos das áreas abordadas em cada sessão, para poder reagir inteligentemente às contribuições do/as participantes. Outros preparos anteriores e continuidade posterior podem maximizar a conscientização mobilização e acão no longo prazo. Antes de o curso acontecer o/a pastor/a ou líder deve pregar uma ou mais vezes sobre o tema de Ação Social na igreja onde será ministrado. Se estiver ministrando o curso em uma igreja que não conhece, o/a líder do PCM deve encontrar-se algumas vezes anteriormente com líderes e o/a pastor/a da igreja. Desta maneira o/a líder do PCM pode moldar a ministração de acordo com o contexto. Para o PCM resultar na implantação de um programa social na igreja, é imprescindível que o facilitador trabalhe junto aos líderes da igreja para identificar e consagrar (Atos 6.1-7) o grupo e líder de um ministério social da igreja, cuja responsabilidade é levar a cabo o plano de ação elaborado na sessão treze. VIII. Conscientização contínua Boa comunicação contínua é imprescindível para uma boa conscientização contínua. Líderes do PCM devem constantemente procurar, e providenciar para os pastores, pastoras e outros líderes da igreja, matéria prima para sermões, escolas bíblicas e grupos pequenos. (Algumas sugestões são encontradas na www.batistas.com/acaosocial ) Desta maneira facilitamos uma inclusão de reflexões sobre questões sociais no cotidiano da igreja.4

4 MYERS, Walking with the Poor, p 245-249.

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Relatórios e artigos sobre o desenvolvimento de projetos e ações sociais devem ser sempre disseminados através de boletins dominicais, revistas, cultos administrativos e outras instâncias parecidas. Momentos para celebrar o programa social da igreja devem ser inseridos em cultos dominicais. Tais momentos podem ser, por exemplo, a entrega de certificados a pessoas que tenham completado um curso profissionalizante. Nestes cultos podem ser incluídos momentos de oração a favor os projetos, beneficiados e voluntários. Além de aguçarem a consciência da igreja em relação a sua responsabilidade social, estas ações mantêm Deus no centro das atividades do ministério social. No caso da ministração deste material em alguma igreja onde o/a líder do PCM não seja membro, é importante manter contato com os líderes para encorajá-las, oferecendo também assessoria e avaliação. IX. Redes de apoio Finalmente recomendamos que toda igreja que tenha um ministério social seja incluída em redes de apoio mútuo com outras igrejas afins, como REBAS (para batistas) e RENAS (para evangélicos em geral). Tais redes podem ter um impacto decisivo no sucesso da mobilização da igreja.5 Estas devem ser ativamente promovidas. Quem participa em um grupo de mentoreamento do Projeto Timóteo tem a oportunidade de formar uma rede com outras pessoas do grupo. Outras sugestões de redes encontram - se na lista de sites no fim do caderno. Desenhe no quadro abaixo uma representação da rede de todos os relacionamentos (internos e externos da igreja, com entidades e pessoas da comunidade local, e fora dela - ex. no país, no estado) que farão sua mobilização um sucesso. Primeiro, em uma bolinha no meio da folha faça um desenho, ou escreva ou nome, da igreja/congregação/frente missionário. Agora adicione bolinhas para cada entidade ou pessoa que faz parte da sua rede. Coloque bolinhas mais perto ao centro para os relacionamentos mais estreitos e mais longe para vínculos mais fracos. Ligue as bolinhas umas às outras com setas6:

5 ANDINO, em Servindo Com os Pobres na América Latina,

6 Adaptação de: CARTER, I. M. Mobilização da Igreja. p 8, disponível no site:

http://tilz.tearfund.org/Portugues/PILARES/Mobilização+da+igreja/

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PARTE DOIS – PROGRAMA DE CONSCIENTIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO Nota explicativa Se você estuda em um grupo de mentoreamento do Projeto Timóteo, um/a mentor do Projeto utilizará os capítulos de PARTE DOIS como planos de aula para o grupo. Isso servirá como uma simulação para quando você aplica o programa de capacitação (PCM) no local onde você ministra. Se você está estudando este manual a sós, recomendamos que você faça primeiro o estudo profundo de PARTE DOIS do manual, e depois utilize um grupo pequeno (grupo familiar, núcleo de estudo bíblico, ou equivalente) como cobaia, antes de aplicar o PCM no local onde você ministra. É bastante importante que nenhum projeto social seja planejado e iniciado sem que o/a líder local tenha realizado o PCM no local onde ministra. Pois, ações que você tenha em mente talvez devam ser descartadas para dar lugar a outra ação que reflita a visão coletiva surgida ao longo programa. Cada capítulo a seguir contém duas sessões do PCM. Os planos para cada sessão seguem o mesmo formato:

1. Alvo 2. Material necessário 3. Pergunta Geradora 4. Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate: 5. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas, se e

quando for apropriado: 6. Observações

O alvo e a pergunta geradora são para orientar o/a facilitador (no caso o/a mentoreado/a), e não devem ser compartilhados com as pessoas participantes nos encontros, para não antecipar qualquer etapa da descoberta e aprendizado mútuo. Os planos das sessões são resumidos no seu conteúdo, para encorajar o/a facilitador a aprofundar-se nos assuntos antes de ministrar o PCM. Além do material destacado nos planos de sessão, em cada sessão você necessitará de um kit básico composto de:

Várias folhas de papel tamanho A1 - tipo madeira, embrulho ou flipchart.

Pinceis atômicos

Fita adesiva

Flipchart, cavalete ou quadro branco

Folhas para anotação (suficiente para todas as pessoas)

Canetas e/ou lápis

Dois ou três conjuntos de canetinha ou lápis de cor. Se tiver condições no local onde você vai ministrar o PCM, é uma boa idéia iniciar tudo com uma “sessão especial de cinema”, mostrando um filme que

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estimula uma reflexão sobre ação social cristã e missão. Depois, você pode fazer referência ao filme ao longo dos encontros. Uma boa dica para este filme seria "Uma chama na Escuridão" (a vida de Guilherme Carey. Produzida pela COMEV; disponível no site: http://www.comev.org.br ) Finalmente, ao planejar um encontro, ou encontros, para o PCM, é importante lembrar que o tempo que cada sessão leva é variável. Talvez queira ministrar duas das sessões em uma hora e meia, enquanto outra sessão talvez necessite de mais que isso, ou menos. Exemplo de horários para ministrar o PCM: Com desesseis horas total de duração, no máximo, o PCM pode acontecer ao longo de um evento de dois a três dias.

Sexta à noite Encontro um Mostra de filme

Sábado de manhã

Encontro dois Sessões um e dois do PCM.

Encontro três Sessões três e quatro do PCM.

Sábado à tarde

Encontro quatro Sessões cinco e seis do PCM.

Encontro cinco Sessões sete e oito do PCM.

Sábado à noite Encontro seis Sessões nove e dez do PCM.

Domingo à tarde

Encontro sete Sessão onze e doze do PCM.

Encontro oito Sessão treze e avaliação do PCM.

Como alternativa, os oito encontros podem ser ministrados uma vez por semana, ao longo de oito semanas, ou divididos igualmente em dois fins de semana. Leitura complementar Se quiser entender mais sobre metodologia particpativa proposta, recomendamos as seguintes obras: TEARFUND. “Habilidades em Facilitação”, Passo a Passo 60. Teddington: Tearfund, 2004. Disponível gratuitamente, na íntegra, no site: http://tilz.tearfund.org/Portugues/Passo+a+Passo+51-60/Passo+a+Passo+60/ ANDREOLA, B. A. Dinâmica de Grupo: Jogo da Vida e Didática do Futuro. Petrópolis: Vozes, 2003, 23ª edição. Disponível no site: www.livrariavozes.com

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Lição 3 a) PCM sessão um - O QUE É MISSÃO? Alvo Situar a Ação Social Cristão dentro do contexto da missão de Cristo e da missão que Deus deu à igreja. Material necessário Uma maneira de expor o gráfico da “Cosmovisão de Missão Integral” (veja página seguinte) Pergunta Geradora O que é missão? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate: Quebra-gelo de apresentação pessoal. Por exemplo: cada pessoa fala o nome e o animal com quem mais se identifica. Depois cada vizinho/a tenta repetir o nome e o animal. (Invente outro se quiser). Apresentar o significado de Missão Integral, utilizando uma exposição bíblica, demonstrando que Ação Social Cristã é parte integral da missão que Deus entregou à igreja. Socializar o gráfico “Cosmovisão da Missão Integral”, (encontrado na próxima página), desenhando-o no quadro, ou fazendo uma animação em PowerPoint. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas:

Isaías 11.1-10 A visão da missão do Messias envolve a restauração da vida humana em três aspectos: vv 9 e 10 - restauração do relacionamento dos seres humanos com Deus; vv 3 a 5 - restauração da justiça social na sociedade humana; vv 6 a 8 - restauração de harmonia na criação. (Os três aspectos correspondem ao centro do gráfico Cosmovisão da Missão Integral) Lucas 4.16-21: Jesus afirma que ele cumpre as expectativas messiânicas das visões de Isaias (veja Isaías 61.1-2) Colossenses 1.20: Todas as coisas reconciliadas a Deus, por Cristo (que significa Messias), através da cruz (corresponde à seta de cima no gráfico Cosmovisão da Missão Integral). João 20.21-23: O ministério dos discípulos é visto como a continuação do ministério de Jesus. Efésios 4.10-13 A igreja como Corpo de Cristo (do Messias) é equipada para o ministério cristão (A missão do Messias é a missão da igreja). 1 João 3.16-18: Jesus como exemplo também nos cuidados aos necessitados: Amor em palavra e ação.

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A igreja foi chamada para dar prosseguimento ao ministério do Messias no mundo. O que implica que devemos nos empenhar em obras que visam a restauração da vida humana nos três aspectos apresentados por Isaías: na justiça social, no relacionamento com a criação e no relacionamento com Deus. Observações Estas idéias vão ser bem novas para muitas pessoas, então tome cuidado para verificar que todo mundo entendeu.

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PECADO

Sociedade (relacionamentos humanos)

A pessoa (espiritual, física,

emocional, social, intelectual, psicológica, etc.)

Criação (meio ambiente)

Cosmovisão da Missão Integral

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b) PCM sessão dois - COMPARTILHANDO EXPERIÊNCIAS Alvo Descobrir e valorizar experiências do/as participantes, na área de Ação Social Cristã. Ajudar as pessoas participantes a perceberem os níveis diferentes de atuação na área social Material [Caso necessitar, conforme o seu preparo: bonés com etiquetas; fotos e relatos de projetos e outras ações sociais] Pergunta Geradora Existe alguma Ação Social na igreja, e quais experiências diversas de Ação Social têm os participantes nesta capacitação? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate: “Entregue o giz”7: Afirme o valor de todas as opiniões, pedindo que as pessoas escrevam ou desenhem (dê a opção para cada uma), no quadro ou em folhas de papel madeira:

aquilo que elas (ou a igreja) já faz / têm feito na área social, e/ou

experiências em que elas foram as beneficiadas em ações sociais. Peça que expliquem o que escreveram / desenharam. Em seguida, peça que as pessoas destaquem quais atividades do Carey e da sua equipe (no filme) eles classificariam como Ação Social. Pergunte o quê estas atividades têm a ver com missões e com a missão da igreja deles hoje. Pergunte se alguém entre eles, ou alguém a quem eles conhecem, está na igreja como resultado direto ou indireto de Ação Social. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Baseando-se nessa discussão, explique como as várias ações podem ser classificadas sob os temas “assistência social”, “serviço social” e “transformação social”; explicando a diferença, mas também a importância de cada uma. Se houver tempo, peça que as pessoas analisem as suas experiências de acordo com esta classificação.

7 “Hand over the stick” CHAMBERS, Participatory Workshops. p 9

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Destaque o perigo de assistencialismo, e a importância de sempre progredir do tratamento do sofrimento (assistência), para o lidar com as causas (serviço), chegando na prevenção ou eliminação de problemas sociais (transformação), ou melhor, a construção de sociedades mais justas. Passe mais tempo ouvindo experiências que envolvem uma conversão que veio como resultado de Ação Social, e experiências positivas que fizeram uma real diferença social não obstante nenhuma conversão. Observações Uma dinâmica que ajuda alguns grupos a se expressarem melhor na hora de compartilhar experiências é o seguinte: Coloque três bonés no meio da sala, um com a etiqueta “algo bom”, outro com a etiqueta “algo ruim”, e por final “algo interessante”. Cada pessoa que queira falar algo deve vestir-se com o boné apropriado. Só pode falar alguém de boné, e somente uma pessoa de vez!8 Se não surgir nenhuma experiência entre os participantes, pergunte o que eles ouviram falar de Ação Social Cristã, e depois, você mesmo compartilha experiências próprias, até fotos do seu trabalho, como também alguns estudos de caso que deve levar pré-preparados, caso necessitar. Relacione estes testemunhos com o filme.

8 Adaptação da atividade encontrada em: TEARFUND, Fazendo as pessoas pensar, p 13

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Lição 4 a) PCM sessão três - RECEIOS, DIFICULDADES E BARREIRAS Alvo Reconhecer e identificar receios, dificuldades ou barreiras que existem em relação à Ação Social nas igrejas [por exemplo: muitos receiam falta de recursos]. Descobrir subsídios para combater estas barreiras [para o exemplo: Deus é capaz de providenciar tudo para quem se engaje na obra d’Ele – 2 Coríntios 9.6-15]. Material Uma tarjeta de cartolina para cada participante Pergunta Geradora Existem na igreja receios, dificuldades ou barreiras em relação à Ação Social? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Tarjetas: Participantes escrevem ou desenham em tarjetas os seus receios, dificuldades ou barreiras em relação à Ação Social. Os pensamentos são compartilhados em plenário para que outro/as possam sugerir estratégias, reflexões pessoais e/ou ensinamentos bíblicos para superar estas questões. (Pessoas mais tímidas devem ser encorajadas, mas não forçadas, a compartilhar.) Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Destacar questões que pessoas têm em comum, e as soluções propostas. Se houver tempo, levar as pessoas a refletirem mais sobre passagens bíblicas que surgirem. Oferecer a sua própria perspectiva somente após ouvir os outros. Citar e discutir 1 João 4.18 (“amor perfeito afasta o medo”) e discutir o significado disso para Ação Social Cristã. Observações Se o plenário tiver mais de que 15 pessoas, ou se as pessoas se conhecerem pouco, então divida em grupos pequenos, ou até duplas para esse exercício, tornando-o menos intimidador. Se for utilizar grupos pequenos, então mantenha os mesmos grupos para a próxima sessão (4).

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b) PCM sessão quatro - BASE BÍBLICA PARA A AÇÃO SOCIAL Alvo Ajudar os participantes a construírem uma boa base bíblica para o seu entendimento da Ação Social Material Folhas de A4, impressas com a pergunta indicada abaixo. Pergunta Geradora Quais passagens bíblicas, na opinião delas, poderiam dar uma base para a Ação Social Cristã? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Dividir os presentes em grupos de três ou quatro. Dê a cada grupo uma folha de A4 com a seguinte pergunta impressa: “Identificar três ou quatro passagens bíblicas quem tem algo a ver com Ação Social, e explique o que elas nos ensinam. Faça um esforço para encontrar passagens de diversas partes da Bíblia.” Após dez a quinze minutos cada grupo elege um porta-voz (diferente da pessoa que anotou as idéias do grupo na folha) que compartilhará as idéias do grupo com o plenário. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Alguns textos que podem surgir, são: Efésios 2.8-10: “boas obras” são uma conseqüência desejada da regeneração de uma pessoa em Cristo, resultado da fé salvífica. Atos 2:45, 4:32-37, 6:1-7, 9:39, 20:35 A igreja em Atos cuidava das necessidades das pessoas. Mateus 4:23; 14:13-21 Marcos 10:42-45 Mateus 11:19; João 4:1-42 Durante o seu ministério Jesus cuidava das pessoas necessitadas, como também desafiou as estruturas de desigualdade e injustiça social. Isaías 58: o jejum que Deus requer Tiago 1:27: (verdadeira religião)

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Levítico 25, Deuteronômio 15: Uma ordem social justa é o desejo de Deus para a sociedade humana. Certos setores da Torá são um modelo para tal sociedade. Israel (e então a igreja) deve viver como exemplo. Observações Seja preparado/a para pessoas utilizarem passagens que negam a necessidades para Ação Social na Igreja. Se não conseguir pensar de imediato em uma resposta diplomática, então comunique que vai pensar sobre a questão! Esteja preparado para aprofundar mais as reflexões, como também para levantar outras passagens relevantes que não são mencionadas pelos grupos. Para isso é bom preparar uma “cola” antes; uma lista de várias passagens que falam sobre justiça, os pobres, viúvas, órfãos, jubileu, escravos, libertação etc. Utilize uma chave bíblica para este fim.

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Lição 5 a) PCM sessão cinco - A MOTIVAÇÃO Alvo Refletir sobre os motivos para engajar-se em ação e programas sociais. Reforçar a motivação de participantes no encontro. Material Cola para papel, tesoura, revistas de atualidades. Pergunta Geradora O que motiva as pessoas a se envolverem com Ação Social? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Faça estas perguntas abertas no plenário: Por que você veio a este treinamento? O que te motivou a estar aqui? Após uma conversa curta, dividir os participantes em grupos de seis, dando a cada grupo uma folha grande de papel (tamanho A1 - tipo madeira embrulho ou flipchart), cola, tesoura, pincel atômico e revistas de atualidades (Isto É, Veja, Exame, etc.). Peça a cada grupo que elabore uma colagem sobre aquilo que talvez os motive a envolver-se em Ação Social. Depois que cada grupo tenha feito uma apresentação da sua colagem, pergunte: Como será que Deus se sente em relação estas situações? Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Durante a conversa resultante da dinâmica, introduza pensamentos e passagens bíblicas que tratam do amor e justiça como parte do caráter de Deus e que como seguidores de Cristo nós devemos refletir este caráter. Demonstre como, já que o ser humano é feito na imagem de Deus, nós devemos refletir este aspecto do Seu caráter, e tratar outras pessoas com a honra devida a alguém feito na imagem de Deus.. Êxodo 22:21-27; 23:6-10; Levítico 19:9-16, 34; 25:1-55; Deuteronômio 10:12-20; 14:28-15:18; 24:14-18 Jeremias 22:13-16; 31:34 1 João 3:16-18, 4:8 Mateus 11:19 Gênesis 1:27

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Observações No início, prepare-se para respostas que não demonstrem nenhuma motivação por estar presente, nem por fazer Ação Social; tais como “Pensei que fosse um treinamento em evangelismo.”, ou “O pastor obrigou todos os líderes a estarem presentes.” - entre outras! Estas respostas devem ser relevadas, talvez fazendo algum comentário leve, como “este exercício talvez te ajude a entender porque Ação Social é importante.”

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b) PCM sessão seis - AÇÃO SOCIAL E A ESPIRITUALIDADE Alvo Ajudar participantes a descobrirem que a ação social é uma faceta essencial de uma espiritualidade saudável, que agrada a Deus. Pergunta Geradora Como é que cuidar dos outros é interligado com o nosso relacionamento com Deus? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Em plenário, faça uma reflexão expositiva sobre Marcos 12.28-34, e depois abra para perguntas / respostas / observações dos participantes. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Na conversa entre Jesus e o mestre da lei, podemos entender que amor para com Deus é intimamente vinculado a amor para como próximo. Os textos do Antigo Testamento aos quais essa conversa se refere (Levítico 19, Oséias 6, Miquéias 6.6-8 e Amós 5), demonstram que o “próximo” incluí o estrangeiro pobre, excluído (forasteiro). De fato, o mandamento de amar é utilizado na lei de Deus – Torá – apenas cinco vezes: duas vezes em relação amar a Deus (Deuteronômio 6.5, 10.12), uma vez em relação amar ao compatriota judeu (Levítico 19.18), e surpreendentemente, duas vezes em relação amar o estrangeiro pobre, excluído (Levítico 19.34, e Deuteronômio 10.19).9 Nas passagens citadas pelo mestre da lei (elogiado por Jesus) Deus rejeita os louvores do seu povo por eles não terem cuidado das necessidades das pessoas sofridas e excluídas (Amós 5.21-24). Podemos dizer que uma espiritualidade “vertical” (relacionamento com Deus) é ilegítima se não for acompanhada por uma espiritualidade “horizontal” (relacionamento com os outros) de qualidade. Finalmente, amor a Deus deve ser integral, envolvendo todos os aspectos do ser humano: Espírito (alma), sentimentos (coração), intelecto (mente) e corpo (forças).

9 Os meus comentários aqui são baseados no livro de GRENZER, Primeiro e Segundo Mandamento:

Marcos 12.28-34

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Observações Uma boa maneira de abordar a exposição bíblica seria utilizando o estilo de narrativa bíblica, isso é: Após reler várias vezes, previamente em casa, o texto de Marcos 12.28-34, reconte a história da conversa de Jesus com o moço às pessoas presentes, usando as suas próprias palavras, e depois faça uma série de perguntas estimuladoras, interativas, que extraiam dos participantes o sentido do episódio.10

10

Veja DAY, Jackson. Tips on Bible Story Telling. No site:

http://www.biblestorytelling.org/adults/tips.html

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Lição 6 a) PCM sessão sete - PROBLEMAS SOCIAIS NA IGREJA E COMUNIDADE Deve-se contemplar convidar (ou não) membros da comunidade ao redor da igreja para participarem nesta sessão. Alvo Situar a igreja como parte integrante da comunidade ao redor. Descobrir os problemas sociais enfrentados pela comunidade. Descobrir o potencial da comunidade para desenvolvimento social. Refletir sobre estes problemas e potenciais. Material Somente o kit básico (veja Nota explicativa). Pergunta Geradora O que as pessoas da igreja acham que são os problemas sociais enfrentados pelos membros da igreja e por outros na comunidade? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Mapeamento da Comunidade11: Dividir os presentes em grupos de, no máximo, seis pessoas. Pedir aos grupos para desenharem, no centro de uma folha grande de papel madeira, o que eles consideram ser o ponto central da comunidade deles. A partir daí, progressivamente, eles devem desenhar

as suas casas,

outros locais importantes para a comunidade,

problemas sociais existentes, e

finalmente pontos/aspectos positivos da comunidade. Prossiga lentamente pela dinâmica, explicando cada etapa somente após o grupo completar o desenho da etapa anterior. Quando terminarem, cada grupo apresenta o seu mapa ao plenário. Havendo mais tempo, esta atividade pode ser enriquecida pedindo que as pessoas tragam sucata para construírem uma maquete da comunidade.

11

Adaptação de: CARTER, I. M. Mobilização da Comunidade. p 24-25, disponível no site:

http://tilz.tearfund.org/Portugues/PILARES/Mobilização+da+comunidade/

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Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Além de servir como catalisador para as pessoas refletirem sobre a realidade da comunidade, e para o/a facilitador/a externo conhecer melhor a realidade local, esta atividade ajuda as pessoas perceberem que os membros da igreja fazem parte da comunidade e que a igreja é parte integral da comunidade: Tanto os membros individualmente, quanto a igreja como instituição e coletividade, sofrem com os problemas sociais e desfrutam as coisas positivas da comunidade do mesmo modo que os não-crentes. Na busca de soluções para os problemas, é melhor trabalhar junto com a comunidade, do que a favor ou para a comunidade. Observações FAÇA UM ESFORÇO SOBRE-HUMANO PARA NÃO DAR DICAS sobre aquilo que eles devem desenhar (ex. banco, escola, praça, igreja) Se você der estas dicas você não vai descobrir aquilo que é importante PARA ELES, somente aquilo que você considera importante. De acordo com o grupo, pode ser que tenha pessoas presentes de várias comunidades diferentes. Agrupe-as, então, por comunidade, se for possível. Se alguém estivar sozinho, o/a líder deve sentar-se com essa pessoa para encorajar/auxiliar.

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b) PCM sessão oito - RECURSOS NA IGREJA E NA COMUNIDADE Se membros da comunidade participarem na sessão sete, as mesmas pessoas devem estar presentes nesta sessão. Alvo Descobrir quais recursos, humanos e materiais, a igreja e a comunidade têm para efetuar mudanças práticas e positivas na comunidade. Material Duas folhas de A4 para cada participante. Pergunta Geradora Como a igreja poderia abordar estas necessidades: a quais recursos, humanos e financeiros a igreja tem acesso para Ação Social, e quais tipos de parceria ela contemplaria? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Exercício: “Passos que podemos tomar”: Cada participante traça o contorno do seu pé esquerdo numa folha de A4. Dentro do contorno, cada pessoa deve escrever ou desenhar uma coisa que ela pode fazer para contribuir à melhoria da sua comunidade, ou uma coisa para contribuir a algum projeto sendo contemplado/implantado. (Nesse momento é preciso adaptar a pergunta ao andamento do treinamento até então). Em seguida cada pessoa faz o contorno do outro pé, e desenha/escreve o nome de uma pessoa ou organização, de fora da igreja, a quem elas têm acesso, e que tem o potencial de ser um bom parceiro para Ação Social e/ou do projeto. Depois, todo mundo apresenta os seus pés ao plenário: Cole os mapas da sessão anterior na parede, e peça as pessoas a colarem os seus pés, no chão (ou parede), formando passos em direção ao mapa.

12 Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: A importância desta atividade é de auxiliar o/as participantes a perceberem que ele/as podem contribuir ao trabalho de ação social, a valorizarem o seu potencial, e a visualizarem pessoas/organizações da comunidade que podem ser parceiros de valor.

12

Este exercício foi desenvolvido com colegas no treinamento

de facilitadores dos guias PILARES, em Recife, 2004.

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A questão de dinheiro com certeza surgirá em algum momento, provavelmente o fato de que não se têm! Encoraje os participantes a refletirem sobre maneiras em que podem levantar fundos, e sobre como montar atividades de baixo (ou nenhum) custo financeiro. Talvez seja interessante refletir-se sobre o fato de que muitas vezes a eficácia de um milagre de Jesus dependia da ação e/ou iniciativa do beneficiado. Eles tinham que tomar passos – às vezes literalmente (ex: João 5:1-9 e Lucas 17: 1-11). A igreja não deve apresentar-se como “A igreja bondosa solucionando os problemas dos pobrezinhos”, ao contrário, a ação da igreja será mais eficaz se incluir a comunidade na busca para as soluções. Observações Em um treinamento em que se dispõe de mais tempo, estas reflexões podem ser aprofundadas pensando sobre Romanos 12 (todos têm potencial), ou Neemias 2:1-10 (procurando ajuda fora da igreja – inclusive do governo). Se for apropriado, mostre o quadro “Parcerias Saudáveis”:13

Nas igrejas mais estruturadas, sugira que construam uma data-base dos dons disponíveis dos membros. Os pés podem ser arquivados com este intuito. Em alguma data futura o pastor poderia organizar, durante um culto que tenha enfoque na ação social da igreja, uma pesquisa dos dons e habilidades que os membros dispõem para a obra de ação social. É importante que seja durante o culto para garantir o retorno da pesquisa.

13

SIDER, OLSON AND UNRUH, 229-231, Traduzido e adaptado por M E Greenwood

Parcerias Saudáveis:

• Têm como fundamento confiança e respeito mútuos

• Implicam responsabilidade dos dois lados

• Não ofuscam os dons e recursos da igreja local

• Dependem de transparência na comunicação e prestação

de contas

• Os parceiros têm objetivos centrais compatíveis

• Não impedem a fé ou testemunho evangelístico da Igreja

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Licão 7 a) PCM sessão nove - O RELACIONAMENTO ENTRE O EVANGELISMO E AÇÃO SOCIAL Alvo Refletir, em termos conceituais e práticos, sobre o relacionamento entre ministérios de Ação Social e Evangelismo Material Folhas para discussão, preparadas como descrito abaixo. Uma cópia da tabela “A Integração de Ação Social com Evangelismo” (encontrada abaixo) para cada participante. Pergunta Geradora Como as pessoas imaginam que seria o relacionamento entre o Evangelismo e Ação Social? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Estudo bíblico em três grupos; distribuir folhas preparadas com as perguntas abaixo para todos, porém com textos distintos para cada grupo, da seguinte maneira: Grupo um: Tiago 2:14-17; Neemias 5:1-15; Grupo dois: 1 João 3:16-18; Gálatas 5:16-25; Atos 4:32-37 Grupo três: Mateus 4:23, 5:13-16; Isaías 58:6-12; Gálatas 6:7-10 Perguntas para todos os grupos: 1. O que estes textos mostram sobre o relacionamento entre Evangelismo e Ação Social? 2. Quais as maneiras em que se pode melhor entrelaçar o trabalho evangelístico com as ações sociais da igreja? Depois de responderem, os grupos apresentam ao plenário. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Após a apresentação, compartilhe a tabela sobre como integrar Evangelismo e Ação Social (encontrada abaixo). Enfatize a importância de NÃO fazer ASC com o propósito de aumentar conversões, mas SIM motivado puramente por amor. (Veja Lucas 17:11-19,

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Jesus curou 10 homens, somente um agradeceu, e nem por isso ele parou de curar outras pessoas). Mostre como ASC é uma conseqüência da decisão de seguir a Cristo (Efésios 2:8-10), e que tem o potencial de levar as pessoas a adorarem a Deus (Neemias 5:13; Mateus 5:16). Faça uma menção de ações sociais que podem beneficiar membros de igrejas. Novamente isso demonstra que AS não é uma formar de evangelizar, pois existem irmãos carentes de auxílio social, mas obviamente não de evangelização. Exponha também a idéia de que proclamar a mensagem que Cristo anunciou tem implicações sociais, tanto na denúncia de pecados sociais, quanto na transformação social na vida do indivíduo e da sociedade que seguirem a Cristo. Conversão confere dignidade e transforma vidas (Gálatas 5:16-25). Observações Se tiver tempo, e se sentir a necessidade, explore o conceito de que não fazer ação social pode, em si, ser anti-evangelístico, pois a falta de ação invalida a nossa mensagem de amor e a nossa fé (veja Tiago 2:14-17, 1 João 3:16-18).

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A integração de Ação Social com Evangelismo

(Sider, Olson and Unruh: Traduzido e adaptado por M E Greenwood)

A abordagem evangelística/espiritual em programas de Ação Social Cristã pode ser classificada em cinco tipos, de acordo com a maneira em que a dimensão espiritual for tratada:

Exemplo prático:

1. Tipo Passivo

Quando a dimensão espiritual for:

não verbalizada

não integrada ao programa

não obrigatória

1. O envolvimento da igreja com grupos e associações comunitários 2. Projetos sem conteúdo espiritual, mas que funcionam dentro da igreja

2. Na base do convite

Quando a dimensão espiritual for:

Não verbalizada dentro do programa social;

Verbalizada, sim, nas outras atividades às quais as pessoas são convidadas

Não integrada ao programa

Não obrigatória

1. Convites a estudos bíblicos e cultos oferecidos a beneficiários / participantes de programas sociais

3. Tipo Relacional

Quando a dimensão espiritual for:

Não verbalizada dentro do programa social;

Verbalizada, sim, em conversas informais com trabalhadores do programa

Não integrada dentro do programa social;

Presente em amizades/contato cultivados propositalmente através do programa

Não obrigatória

1. Sala de oração para participantes / beneficiários, com membros da igreja disponíveis para orar com eles 2. Conversas informais pelo espaço do projeto, tomando cafezinho etc, sempre pronto para dar uma explicação da fé que temos (1 Pedro 3.15)

4. Abordagem Integrada-optativa

Quando a dimensão espiritual for:

Verbilizada, exceto para clientes do projeto que expressam o desejo de não participarem em atividades com conteúdo espiritual

Integrada ao programa

Não obrigatória

1. Oração durante reuniões de planejamento, onde não-crentes estão presentes na função de participante ou líder de programa. 2. Realizando formaturas para cursos profissionalizantes durante o culto dominical, levando uma mensagem evangelística relacionada de alguma forma com a profissão relevante

5. Abordagem Integrada-obrigatória

Quando a dimensão espiritual for:

Verbalizada

Integrada

Obrigatória

1. Estudos bíblicos com temas relevantes como parte do currículo de cursos profissionalizantes 2. Momentos de ação de graças, com recipientes de cestas básicas na hora da entrega

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b) PCM sessão dez - ESTRUTURA E ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO SOCIAL Alvo Estimular o início de um planejamento estratégico de ações e projetos, coordenado entre ministro/as de ação social, líderes da igreja e os membros. Estabelecer princípios importantes de inclusão e divisão de tarefas. Material Roupas e acessórios para uma encenação Pergunta Geradora Como estão sendo contempladas a estrutura e administração do ministério social da igreja? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate: Encenação: Dividir participantes em grupos de não mais de que seis pessoas. Coloque uma caixa de roupas e acessórios no meio da sala, e dê dez minutos para as pessoas prepararem uma encenação de três minutos que mostra como elas vão organizar a Ação Social da igreja. Depois de cada apresentação, o plenário faz comentários sobre as idéias de cada grupo. Temas importantes/conteúdo a ser abordado nas conversas: Durante a conversa resultante, enfatize a importância da oração, de planejamento, e de estabelecer datas metas para as ações. Se tiver tempo, faça uma reflexão sobre Atos 6.1-7, destacando os seguintes princípios práticos encontrados no texto:

escutar a voz de grupos excluídos,

escolher líderes com bom caráter espiritual,

envolver a igreja toda em tomadas de decisões,

envolver pessoas do grupo de beneficiados na liderança (ex. Nicolas de Antioquia),

consagrar pessoas para o trabalho de Ação Social, com imposição de mãos.

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Observações Se o programa tornar-se uma instituição com um movimento financeiro de médio ou grande porte, ou se começar empregar pessoas, é recomendável procurar a ajuda de um advogado e/ou contador que tenha experiência com projetos sociais para ajudar legalizar todo o empreendimento. Porém recomendamos que isso seja feita somente se a igreja local tiver gente capaz e disponível para agir nas áreas de diretoria, tesouraria, secretaria e conselho fiscal pois são necessários para o funcionamento de uma organização registrada. De qualquer modo, não importa o tamanho do programa, todo voluntário deve assinar um termo de voluntário, cedendo seus serviços, sem relação empregatícia com a organização (igreja, associação ou projeto). Veja um modelo, e a Lei do Voluntariado, abaixo.

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TERMO DE ADESÃO COM BASE NA LEI DO VOLUNTÁRIO (LEI Nº 9.608/98)

INSTITUIÇÃO: ____________________________________________________________, com sede em _________________________, na rua _________________________________, nº ___________,bairro ______________________________, cep ______________________, no estado de ______________________, inscrito no CNPJ sob o nº_____________________, representada neste ato por seu/sua ____________________________, ___________________________________, _______________________________________, ___________________________________, _______________________________________ , Carteira de Identidade nº ___________________, C.P.F. nº __________________________ , residente e domiciliado na Rua _____________________+_________________, nº ____, bairro _____________________________, Cep _________, Cidade de _________________, no Estado de _______________________________________. VOLUNTÁRIO: ______________________________________________________________________, Carteira de Identidade nº ___________________, C.P.F. nº __________________________ , residente e domiciliado na rua __________________________________________________, nº ____________, bairro ____________________________, Cidade ___________________ , UF: _____ , CEP __________________ . Cláusula 1ª - O objeto do presente Termo que as partes supra qualificadas firmam é o estabelecimento de regras para a atuação do voluntário. Cláusula 2ª - O voluntário se compromete a auxiliar a entidade na execução das aulas de reforço escolar do Projeto Social denominado Espaço Voar. Cláusula 3ª - Seu horário de atividades será de _____________ às ______________ durante ___________ dias por semana. Parágrafo Único – O horário acima estabelecido de pleno acordo entre as partes poderá ser revisto e alterado a qualquer momento, por iniciativa de qualquer das partes, desde que conte com o expresso consentimento da outra. Cláusula 4ª - Poderá o voluntário ser aproveitado em outras atividades da entidade durante a vigência deste instrumento particular, desde que conte com o seu consentimento expresso e sejam os horários compatíveis com a atividade mencionada neste termo de adesão, em sua cláusula 2ª. Cláusula 5ª - As despesas expressamente autorizadas pela entidade e realizadas em benefício desta poderão ser reembolsadas ao voluntário se este assim o desejar. O reembolso será feito mediante assinatura de recibo por parte do voluntário. Parágrafo único - Caso o voluntário não deseje o reembolso, deverá esta manifestação de vontade ser expressa, mediante termo escrito. Cláusula 6ª - O presente instrumento particular tem prazo de duração de _____ meses, tendo início em _________________ e término em _________________, podendo, no entanto, ser rescindido antes do prazo mediante comunicação escrita de uma das partes a outra, com antecedência mínima de ________ (____________) dias, motivando a decisão. Cláusula 7ª - Fica eleito de comum acordo o foro da Comarca de __________________________ com exceção de qualquer outro, por mais especial que seja, para dirimir qualquer dúvida ou litígio decorrente do cumprimento deste instrumento particular. Por fim, consciente está o voluntário que o serviço voluntário, conforme Lei Federal nº 9.608, que segue junto a este Termo, "não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim”.

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Estando as partes plenamente de acordo com o acima exposto, subscrevem o presente em duas vias de igual teor e forma na presença das testemunhas abaixo. ________________, ____de ________________ de ________ _________________________________ (INSTITUIÇÃO)

_________________________________ (VOLUNTÁRIO)

TESTEMUNHAS: 1. ______________________________ Nome: RG: CPF:

2. ______________________________ Nome: RG: CPF:

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Lei do Voluntariado, nº 9.608, de 18/02/98

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Parágrafo único: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. Art. 2º - O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições do seu serviço. Art. 3º - O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único: As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestada o serviço voluntário. Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 117 da Independência e 110 da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Paiva

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Lição 8 a) PCM sessão onze - PLANEJAMENTO NOS CINCO DEDOS Alvo Providenciar um modelo acessível, simples, de planejamento para programas de ação social: O Planejamento nos Cinco Dedos14 Material necessário Fita crepe ou fita gomada. Canetas que escrevam na fita. Uma maneira de expor a gravura abaixo, (papel madeira, PowerPoint, ou outra) Folhas de A4 Pergunta Geradora Quais os elementos importantes de um bom planejamento de programa? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate: Peça para todo mundo enrolar um pedaço de fita em cada dedo de uma mão. Se for canhoto, não mão direita, se for destro, na mão esquerda. Depois todo mundo deve escrever as seguintes perguntas nos dedos, um dedo diferente para cada pergunta: O quê? Como? Quem? Onde? Quando? Exponha a gravura abaixo de uma maneira em que todos possam enxergá-la (por exemplo, copiando a para um pedaço de papel madeira.) Explicar que cada pergunta representa uma etapa do planejamento de um programa, de acordo com as frases na gravura. Dividir o grupo em dois ou três. Os grupos menores devem inventar algum programa social e simular um Planejamento nos Cinco Dedos, usando as perguntas dos dedos como divisões para o planejamento, e respondendo progressivamente às perguntas. Depois os grupos compartilham os resultados do exercício.

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Veja: http://tilz.tearfund.org/Portugues/PILARES/Desenvolvendo+as+capacidades+de+grupos+locais

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Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Em responder à pergunta “O quê?” é muito importante lembrar que o programa de Ação Social que qualquer igreja realiza deve ser baseado nas necessidades expressas pela comunidade (não somente na percepção da igreja) e de acordo com os recursos disponíveis. Na hora de trabalhar os detalhes mais precisas de um planejamento do seu programa, cuidados especiais precisam ser tomados com a questão de recursos e calendário (cronograma). Os recursos financeiros necessários precisam ser calculados fazendo um orçamento. Depois de serem obtidos, recursos financeiros precisam ser controlados através de um livro caixa. Um calendário (cronograma) das atividades também pode ser planejado usando uma planilha de meses, marcando (antes de iniciar qualquer ação) em que mês cada atividade deve acontecer, e se existem possíveis empecilhos para a realização no mês sugerido. O orçamento e o cronograma podem ser feitos usando grades simples; providenciamos exemplos na página seguintes.15

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Veja: ROOTS > Gestão do ciclo de projetos > Seção 2 - Montagem do projeto;

http://tilz.tearfund.org/Portugues/

Quem é o público

alvo?

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Observações Caso você necessite formatar um projeto no modelo clássico de “Planejamento Estratégico”, é preciso adequar as respostas às perguntas dos cincos dedos às seguintes divisões: Título; Justificativa; Público beneficiado; Objetivos; Metas; Resultados esperados; Cronograma; Recursos (humanos, materiais, e financeiros); Parcerias; Monitoramento e Avaliação; Orçamento. [Para mais detalhes, você pode baixar o livro Elaboração de Projetos Sociais, por Cássia Vieira de Melo neste endereço: http://batistas.com/acao_social/Elaboracao_de_Projetos_Sociais_Cassia_Vieira_de_Melo.pdf

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b) PCM sessão doze - PLANO DE AÇÃO Alvo Levar o grupo presente a elaborar um plano de ação, no qual as pessoas se comprometeriam a levar a cabo. Que algo de concreto aconteça após os encontros. Material Duas cópias da tabela para o plano de ação (na próxima página) Um certificado de conclusão do curso, em forma de uma declaração de compromisso a ação, a ser recebido assinado por todo/as presentes (conforme o modelo encontrado abaixo).16 Pergunta Geradora Qual é o plano de ação do grupo? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate Deixe o grupo se virar só agora! Peça que eles preencham uma tabela de “Plano de Ação”, anotando as ações que desejam tomar, a data-meta para cada ação e o resultado desejado de cada ação. Isso não é o planejamento de um projeto em si, mas os passos que o grupo precisa seguir para efetuar a concretização da ação social na igreja, não importa qual forma esta ação tome. Depois o grupo preenche o certificado de conclusão do curso, com um resumo do plano de ação e as suas assinaturas. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Peça que eles façam uma segunda via do plano de ação, explicando que você a guardarão como referência, para você poder verificar o andamento das coisas, sob a sua liderança. Observações Resista a qualquer tentação de dar sugestões ou exemplos. A qualquer pergunta sobre o plano de ação, responda que o plano tem que ser as idéias do grupo, e não de facilitadores. Se o grupo não conseguir formular um plano de ação sozinho é um sinal de que não estão prontos ainda para entrar em ação. Melhor é refletir com o grupo

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CHAMBERS, Participatory Workshops, 49

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sobre isso de que formular um plano de ação baseado nas idéias que não são do grupo.

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Plano de Ação

Para ajudar a colocar em prática aquilo que aprendeu nestes encontros, é importante refletir em como vai implantar as idéias e ações na sua igreja.

Para isso, preencha a seguinte tabela, pensando em: o que você gostaria de realizar, quando, e a meta desta ação.

OBS: Isso não é o planejamento de um projeto social, mas um plano para a implementação das lições aprendidas nos encontros.

Ação Data meta Resultado desejado

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c) PCM sessão treze - AVALIAÇÃO Alvo Avaliar esta série de encontros, para poder melhorar o impacto de futuros encontros do tipo. Identificar questões que os participantes talvez não entendessem, e que então necessitam de maiores esclarecimentos antes de levar o Plano de Ação adiante Material Tarjetas de três cores diferentes, suficientes para cada participante ter uma de cada cor Pergunta Geradora Como estes encontros podem ser aprimorados, para uma melhor conscientização e mobilização da igreja? Dinâmicas catalisadoras / geradoras de debate: Avaliação do tipo “Que bom”, “Que pena”, “Que tal.”.17 Usando uma tarjeta de cor diferente para cada etapa, peça:

1. Que cada participante anote ou desenhe algo no curso que foi bom (Que bom!).

2. Que anotem ou desenhem coisas que foram ruins (Que pena!) 3. Sugestões de algo que possa ser melhorado ou acrescentado ao curso

(Que tal!) Faça este exercício pausadamente, partindo para cada etapa somente após recolher as tarjetas da etapa anterior. Se tiver tempo, os comentários podem ser compartilhados. Temas importantes / conteúdo a ser abordado nas conversas: Avise, antes das pessoas preencherem as tarjetas, que é para avaliar o curso e o/as facilitadores, não o empenho da igreja no treinamento. Observações Lembre-se de que para alguns é muito difícil, ofensivo até, criticar os outros publicamente assim, e que alguns dos participantes podem ser excessivamente defensivo dos facilitadores. È importante evitar isso.

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Sugestão da irmã Enilda, Igreja Batista Aliança, Fortaleza.