bachelard gaston - a intuição do instante [livro]

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  • 8/20/2019 BACHELARD Gaston - A Intuição Do Instante [Livro]

    1/98

    ados Inte acionais Catal�o Publi o (CIP)(Oara Brasileira do Lv S Brasil)

    2• .

    Bachelard, Gaston1 1 2A tu ção d sta teI Gast Ba elard ; traduçã

    A ton o de Padua Da- 2• - Camp na SP : VerusEd tora2010

    T tulo r g nal L' tu t on de nsta tB bl raf aISBN97 ·85·7686 010 5

    Instante (F lo f a)2 Tem • ce ão I. Titulo

    07 0720

    d ces para cat l o s stemát co1. I stante I tu ção F l f a115

    DD 115

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    GASTON BACHELARD

    A intuição do instante2• edição

    Tra u

    Antonio d Padua D nesi

    VERUS

    SAPIENTI

  • 8/20/2019 BACHELARD Gaston - A Intuição Do Instante [Livro]

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    Título original'int ition dr l'in tant

    EditoraRa a Ca t

    Coordenado Ed oriaAn aula Gom

    Copi esqueAna Paula Gom

    Re vis oCarl s Eduard Sigrist

    Diagramaç oDai ne Ave no

    p P oj to gráfcoAn ré S.Tavares a Silva

    Copyright O E itions STOCK,1931, 1992 1 93

    To os os ireitosr erv dos, n Brasil p rVer s Edit ra Nenhu a a e d ta ob ode se

    r pr duzid u transm t da o qualquer fo mae/ u quai quer eios (eletrônico ou mecânco,i indo fot cópe g vação) ou qu d emq quer siste ou b o d d dos semper i • s r ta d edito

    Vmus E T R LTDA.Rua B ne icto Ari stid s Ribei , 55Jd. San a Genebra - 13084-753

    a pinas/SP - BrasilFon /Fax: (1 ) 3 1

    eru v rus itor co .brw . r d tor; com br

  • 8/20/2019 BACHELARD Gaston - A Intuição Do Instante [Livro]

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    Sumário

    Pre cio 7

    Introd ção . 1

    CAP UL 1O nstante 5

    APÍT 2

    O obl ma o háb o e s on ín o 57

    A ÍT3A deia do p ogresso e a

    n uição o tem o escont nuo 73

    Conclusão 89

    NEX

    nstante poético e instante m tafsico 93

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    Prefácio

    O título o iginal d sta ob a d Bach la d éL'intuition de l'inst nt- Etude sur l S lo de G ston Roupnel.O histo iado francês G s

    ton Roupn l ( 1872-1946) notab izou s po s u studo da tó ia social da F ança, p incipalm nt po suaHistoire de l c mpagnefrançaise,na qual já stá p s nt uma abo dag m gi

    st utu a qu o ap oxima da col d s Annal s A pd uma histó ia total, como p conizada po Roupn l, t m

    cont pa tida a m no st utu a d t mpo possív l mia, o instant A cont aposiç o nt a histó ia como totae o ins nte como f agm nto mínimo solv -s , a a Roun ma eta sic .O d lin amento d ss eta sica s o otivo de S lo no conjunto d su ob a.

    Ent etanto, o p obl ma do inst nte d como e é coci o, ou seja, o p obl m da intuição, n o d v s qualina loso a f anc sa, ap nas como co ent , mas tambémo f n ante.

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    I NT UIÇAO DO INS NTE

    É c to p ss g m m is con cid d int iç oloso nc s é ocogi od D sc t s (1596 1650), p

    põ int iç o como o nd m nto do con cim nto pn o posso d vid d so Ent t nto, ind n c iH go d S o Víto (1096 1 14 1) já havi coloc do intcomo cont posiç o nt m tot lid d o inst nt ,

    con mpla io int iç o do ol cont mpl tivo

    n cim nto último sob tot lid d in nit d dA conj nç o nt o inst nt t d d Acon mpla ioo último p sso do con cim nto, p c dido p lcog itio -s i à obs v ç o s nsív l à im gin ç o pm dita

    io - s i m x o cion l c jo ápic

    con cim nto do divino S sáss mos os ol os d H gS o Víto le D sc t s j lg í mos ocogi o, mbod to co o nt i ão é inmed tat o.A co t mpla ox e e -p m m t sic m is p o nd dic l po ém st v , isto é conc b o m ndo n o como pt ,

    o contin id d , m smo, sc ns o d obs v ç o s ncont p ão de DRo pn l p o ost d um t l m t sic cont

    n lid de n o é o con cim nto d D s, m s d stótot lid d . Q ndo desvi mos d cont pl ç o d v n

    istó o nfo d int ç o s p nd mo nos cd t diç o, os v lo s s p átic s c lt is cs mp m inst nt s p t çõ s, q s constituí m tos, os q is, po m, c b m o signi c do d v lomo n vis o nitiv d H go d S o Víto , sin l

    inst nt tot lid d d istó i ncont m s p incconj nção n int iç o do inst nt , o s j , int iç o nãoto único o d st nto, como s nt nç c t s n m

    de co c ê e róp o de et

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    PREFACIO

    ta como Ro pn l q r propor m q o m ndo é o s mpr s nt d m modo radical o instant .

    O tro caminho d nidad ntr consciência tota idoi p posto por H nri B r on (1859 1941) notadam nt

    s a obra mais conh cidaA evolução criadora.Porém já m strabalho nicialEnsaio sobre os dados im di tos d consciência,n-contra á como dado m d ato o t po ps cológ co, or l

    m ado de d ração psicológica, s ndo o ns an a conjuntr a duração co ac ada ou s ja , a nda não x r ss

    a du ação dist nd da x r ssa m alav as, n eros slos. D ss odo o instant b rgson ano é u a scolha da h t og n dad do aranhado d s gn cados o

    a consc ênc a l g ss a xpr ssão ho ogênea, cosív l contáv l compatív l co o t mpo xt rno m ccompart lhado p las p ssoas p rm tindo p opor um signiúnico o principal ao instant O instant assim é a síntcontraposição ntr a totalidad h t ro ên a da consc ên

    a xpr ssão homogên a d u si ni cado.A ta sica d S lo cha a ach lard a ess d ba soa nt ição o instan e, nf ntando as d f nç� e cr lação a gson Rou n l A ca inho da ca act r zaç

    ntu ção eta s ca e da in uição oé ca ach la d s

    ará do at mát co ta é lóso o nr Po nca , qu a intu ção era, ais qu u onto de a t da xplicaa c ntelha da cr ação da nv nção n c ssár a tan o àq anto à o€s a

    PAULO DETARSO GOM

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    lntrodução

    Quando u a alma s nsív l culta s l bra d s us sforpara d s nhar, d acordo co s u próprio d stino int l ct

    as grand s linhas da Razão, quando studa, p la ória, a htória d sua própria cultura, la s dá conta d qu , na basc rt zas ínti as, ca s pr a l brança d um ignorâncias nci . No r ino do próprio conh cim nto há, assi , u roriginal : o d t r uma orig ; o d faltar à glória d s r in t

    poral; o d não d sp rtar a si smo para p r an c r comsi m s o, as sp rar do mundo obscuro a lição d luzE qu água lustra ncontrar mos não so nt r no

    ção do frescor acional, as ta bé o dir to ao t rno r tordo o da Ra ão? Qu Siloé, arcando nos co o igno d

    R zão pura, porá ord o bastant nosso espí ito p a p rmitir co pr nd r a orde supr a das co sas? Que gça d vi no dará o pode d outorgar o princ pio o epr nc pio do p ns to e, co çando nos ve dad

    1 1

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    A INTUIÇ O DO INST NTE

    nu ens en o novo, de e o e nós, a nós, e nó o es í o, a ef do C ado ?É ess fon e de Juvênc

    n elec u l que Roupnel ocu , co o bo fe ce odos os do n os do es í o e do co ação. A ás dele, ncnós s os de nej a v nha de avele a, se dúv d

    eencon a e os odas s ág s v vas, não sent r os co en es su e râne s de u ob a fund . Pelo eno

    rí os de d ze e que on os deSiloe recebemos os impul-sos ais e cazes e que e s n e a nte novos Rou nel para o lósofo que quer ed a os proble as da d ação e

    ns nte, do háb o e da v d .P e o, ess o e u foco sec e o. Não s be

    que que f o c lo e cl d de. Não ode os xe ue o s o se o nou cl o o b s n e sco o o le M s que ferenç f z? Que el vensof n o, que venh d legr , odo ho e e n vs o de lu , a ho e que ele compre nde subitam nt

    ó ens ge , ho e que o conhec en o, lum xão, desvend o es o e o s eg s e a onodo Des no, o o ento ve d de a en e s n é co e

    lo o dec s vo, o c ando consc ênc do orn nd ss o sucesso do ens en oÉ í que se s u

    d fe enc l do conheci ento, o uxo newtoni n que nos pe e ceber co o o es í to su ge d gnorânc a, a indo gên o hu no n curv desc elo og esso d co e n elec u l cons s e e n e v vo e vo

    n e o conhec en o n scen e, e f e dele fon e

    vel e noss n u ção e e desenh , co h s ó sde nossos e os e equívocos, o odelo obje vo de u vlho e s cl . Ao longo de odo o l v o de Rou ne

    o o v lo dess ç o e s s en e de u n u çã

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    INTRODUÇAO

    oc lta . S o a tor não nos mostra s a font i i a, n misso nos pod mos n ana a r s ito da nidad da o

    dad d s a int ição.O li ismo q condu ss d a losco q é oeconstit i o si no d s a intimidad o qmo scr v R nan o q s diz d si é s m r o silirismo porq int iram nt spontân o, nc r a ma fo

    rs asão q c rtam nt jamais cons ui íamos t ans

    a a nosso st do. S ia n c ssá io vi todo o livlo linha linh a co n quanto o ca áte estac sc nta d cla a Aliás, l S lo , s te s nte que s stá diant d o de u o t , d u s

    o d m historiado q ainda s n a s u lós

    mom nto m smo m q s a ditação soli tária lh nta mais b la das r comp nsas losó cas a d voltar a alms írito ara ma int ição ori inal .

    Nossa tar fa rinci al nos st dos q s s m sclar c r ssa int ição nova mostra s int r ss m t

    nt s d iniciar nossa osição al mas o s rvaçõrão út is ara j sti car o método q scolh os

    Nosso o j tivo não é r s r o liv d Ro n lSilou li ro ico m p nsa nto m fatos M lho s ia

    ol ê lo qu su o. Enquanto os o ances de Rou neanimados o ma v rdad i a al ia do o, o utência nu osa d alavras rit os, é notá l qu l ncont ado m s oea fras cond nsada, colhida no â ago

    da intuição Desd lo o nos r c q , qui, x lica licitar. R tomamos ois, as int içõ s dSilo tão to quan-

    to ossí l d s a font m nha o nos m s ui s os ani ação qu ss s intuiçõ s ode ia daà e i

    1 Souv ri s d' f{l c t de j rm ss ,Prefcio 111.

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    A INTUIÇ O DO IN STAN E

    tação losó ca. F ze os dela, d rante vár os eses, a oe o rcabo ço de nossas constr ções. Al ás, a nt ç

    se rova, se v venc a. E se v venc a lt l cando se ood cando se as cond ções e se so. Sa el B tler d

    razão : Se a verdade não sól a o bastante para se a des at remos e a m ate s é de m esp cie be

    rob sta" .2 Pelas de orma ões e imp semos às teses de R

    el pode se á talvez medir s a verdade ra or a. Se io s co toda a l berdade das nt ç�es deSiloe e, nal ente,a s q e u a ex os ç o objet va, o e a resenta os a

    nossa ex er ênc a do l vro.Todav a, se nossos arabescos defor a e de as a o t

    çado de Ro nel, se re se o erá rest t ir a n dade rnando e à fonte ster osa do l vro. Aí se encontrará, a e os ost a se re a es a nt ção A ás

    nos z3 que o tít lo estranho de s a obra só te ve dantel gên a ara ele es o. Não será sso conv dar o olo a ta bé , no l a e s a l t a, s a ró

    ster oso re úg o de s a ersonal dade? Recebe se eobra a l ção estranha ente e oc o ante e pessoal q econ r a a n da e n novo lano. D ga os n a alaSiloe a l ção de sol ão. E s or q e s a nt a

    f n a, e s o q e ela conserva, ac a da d s ersãoa ít los a esar do jogo não ra de as ado grande e no

    co entár os , a n a e de s a força ínt a.To e os ortanto, esde já, as nt ções d ret vas se

    l a os a seg r a orde o l vro São essas ntnos a ão as chaves a s conven entes ara abr r as ú

    e s ect vas e q e a ob a se esenvo ve.

    2 L 'ie1' l abitudr p 17trad. L rbaud .. Si/o , p.8.

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    C A P Í T U L O

    O instante

    i íneo, o vivaz e o belo hojA LARM

    Ter mos perdido a é a memória de nosso e conMas nos reencon reos

    ara tiOS separarmos e nos encontrarmos de noAli onde os mor os se reencontram: nos lábios dos i o

    SAMUE BUTLER

    A ideia etafsica decisiva do livro de Roupn l é esta :t mp

    só tem uma realidade , a do Instante.Noutras palavras, o tempo éuma r al dad ncerrada no instant susp nsa ntre ois das.O t mpo pod rá s m dúv da r nas r mas pr ro t

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    A I NTUIÇ O DO INSTANTE

    o N o o o ta ou o 12 a açãoO a

    o .É a ol dão valo ta co a deu a ol o e o d a t ental con r a ola to do n tante: por a espéc e de v olênc ate o l itado ao n tante no ola não apenas dosta b ó s o ,j q pe nos o pa ado

    Já o l ar d a d tação e a meditação doa ta f aa q alq ta � , e , ortaofo d a t a a r ação d q o te po e apresen

    ta t ol t o co o a co c ê c a de a a a a o o for a ão o fa ta a do

    l ão o f t ro; a , a d t do, pa a be ca ob q va o x l ca , c o pgu l o t r te do eal. Co o al a à arca do ta t r te? Ma

    co o o ta t t d xa e

    ó o a o c ê c o o co o ão ver q e o ta te p e ente o ú co q al s v venc a a r alidad ? S t v o d l

    g da, er a c ssá io pa t r d ó mo er. To os, o s, de nício, o o pensa ento

    o ga a co t a o b a ça o q acaba o d xa o u o , o q o ta t

    t ga"É o ó do q " , z o Ro"O a t q acaba d o

    a a o t a q t c o o a o xt o E o o coo a a va o fu u o, a o o

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    O INSTANTE

    aproxima d n s como os Mundos os Céus u ainda snoram."1

    Roupn acr sc nta um argum nto u amos concom o único intuito d ac ntuar ainda mais s u p ns mN o h grau n ssa mort u é tan o o fu uro uan o

    sado". Para r forçar o isol m nto do ins a u se qu há graus na mo u o u st ais morto ue

    é o u acaba d d sapar c r. . D fato a m di aç o do insnos con nc d u o s u cim nto é ainda mais nítidu d str i um passado mais próxi o, da m sma sorte

    inc rt za é ainda mais mocionant por u colocada nodo p nsam nto u ai ir, no sonho u so icita os m

    s ntimos já s r nganador Do passado mais dis an to d u a p r anência tota m nt for al u r mos udar, u fantas a algo co r nt só ido pod rá tal z

    n i r as o instante u acaba d soar não o pocons rvar com sua indi idua idad como u ser co pleÉn ce s i e e o e b anç compl a Como o u o m s c e condofutu o traído ·uan o sobr ém o ins an e l n nt e

    en e u rido fecha os olhos imedia men e se senue o idad hostil o ins ant seguin e ssa " noss

    E e car ter dramá co o ins nt é l e s ce pr ssen ir sua r alid d . O u gos a í mos e s

    u n ssa ruptura do s r a ideia do d scon ínuo s iforma incont st . Obj tar s á al z u ess s ins anticos s param duas duraçõ s ais monótonas. Mas chamad monótona r ar toda olução u não xamina os

    at nção apaixonada Se nosso cor ç o oss p o o e po e o e e o

    I Sih> ',p. I08

    1 7

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    instant s s o a u po doador s spo iador s qunovidad c nt o t ágica, s mpr r p ntina, n o c ssa

    t a a d scontinuidad ss ncia do T mpo

    11

    Po ém ssa consag aç o do instant co o l m nto t mp

    p i o dial só pod , vid nt nt , s d nitiva s fo po conf ontada co as noçõ s d ins� ant d du aç o. D sdlogo, p sa dSiloe n o apr s ntar n nhum t aço po ê ico,l ito n o pod d ixa d voca as t s s b rgsonianas .Vneste t abalho nos p opo os a ta fa d con a todos os pmentos de um l ito at nto, cump nos nuncia todas as ções nasc m d nossas l b anças dos t as b gsoni

    iás, é ta v z opondo a t s d Roupn à d B r on qu cp nd os hor a in uiç o qu apr s nta os aqui

    Eis, nt o, o plano qu va os cu p ir nas páginas quse em.

    L b a os a ssência da t o ia da du aç o d s ne os o mais cla a nt possív l os dois t mos da opos

    1 A loso a d gson é uma loso a da d ç o.2) A loso a de o pn l é ma loso a do instant .

    Em seguida, b sca mos indica os fo ços d concile t ntamos op a pessoal ente, mas n o da os nossa

    são à dout ina int m diá ia nos t v po um momS a delin amos, é po u la acod uito natu al nt , s

    do pa ec , ao spí ito d l ito clético po u pota da sua d cis o.En m após uma xposiç o d nossos p óp ios d bat

    emos e a nosso ve a pos ç o mais cla a, mais p d n

    1 8

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    O INSTANTE

    a que corresponde à consciência mais direta do tempo é aia teoria roupne iana.

    Examinemos, pois, para come ar, a posi ão bergsonianaDe acordo om Bergson , temos uma experiência íntima e

    direta da dura ão. Essa dura ão é mesmo um dado imediato consciência . Decerto e a pode ser subsequentemente e abora

    objetivada, deformada. Os sicos, por exemp o, com todas suas abstra ões, fazem de a um tempo uniforme e sem vida, setermo nem descontinuidade. Entregam, então o tempo inteirmente desumanizado aos matemáticos. Penetrando no pensamento desses p fetas do abstrato, o tempo reduz se a uma sim

    p es variáve geométrica, a variáve por exce ência, doravmais apropriada para a análise do possíve que para o examerea . De fato, a continuidade é, para o matemático, mais o equema da possibi idade pura que o caráter de uma rea id d

    Ent o, para Bergson, o que é o instante? Nad mais que u

    corte ar cia que ajuda o pensamento esquemático do geômtra.A inte igên ia, em sua inaptidão para seguir o vita imiza o tempo num presente sempre fa tí io. Esse presente é u

    mero nada que não onsegue sequer separar rea mente o pasado e o futuro. Parece com efeito, que o passado eva suas f

    as para o futuro, e parece também que o futuro é ne essáripara dar passagemà for as do passado e que um único e mesmoimpu so vita so idariza a duraç o O pensamento frag en

    ida, n o deve ditar suas regras à vida . Tota mente imersa sua contemp a ão do ser estático do ser espacia a intede e empenhar se em não desconhecer a rea idade do futurFina mente a loso a bergsonian reúne de forma ndissoo passado e o futuro Assim é preciso tomar o tempo em sb oco p r tom o em sua realid de. tempo está n pró

    1 9

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    I NTUIÇAO DO INST NTE

    ont do imp lso ital . A ida pod r c b r il straçõ s int n as, mas é a d raç o q xplica rdad iram nt a

    E ocada a int iç o b rgsoniana, jamos d q lado, ctra la, as di c ldad s o s ac m lar.

    Eis, em prim iro l gar, ma r p rc ss o da crítica b rgniana à r alidad do instan .

    Com i o, s o instant é ma alsa c s ra, o passad

    t ro h o d s r b m di c is d disting ir, porq s o pr ar i cialm nt s parados. C mp , nt o, tomar a d rcomo ma nidad ind str tí l . Daí todas as cons q ênc

    loso a b rgsoniana: m cada m d nossos atos, no m nonossos g stos, pod r s ia apr nd r o carát r acabado do

    s sboça, o m no com ço, o s r todo o s d i r no imso do g rme.

    Mas adm amos q s possa mis rar d iti am nado f u o. N ssa hipótes , m di c ldad os p r c

    se a se pa q e q r l r a o m o mp ego i

    bergso ia .T ndo tri ado ao pro ar a irrealidad do i s, como alar mos do começo d m ato? Q potência

    br nat ral, sit ada fora da d raç o, ará nt o o a or d car com m sig o d cisi o ma hora c da q , para dd , ap sar d do, co çar? Como ssa do rina dos c

    ços, c ja i portâ cia r os a loso a o p l a,há dep rman c r obsc ra n ma loso a oposta q n ga o aloinstan n o? S m dú ida, para tomar a ida por s m ios cr scim nto, m s a asc ns o, t m s toda a possibicom B r on, d mostrar q as palavrasantes depois nc rram

    ap nas m s ntido d ponto d r rência , já q ntr osado e o t ro s s gu m ol ç o q m s s cl s a g ra con ín a . Mas, s passarmos ao domí io da

    açõ s br cas, m q o a o criador s inscr abr p

    20

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    O INSTANTE

    como não compr nd r qu uma nova ra s abr s mpr um abso uto? Ora, toda vo u ão, na m dida m qu é d c

    é pontuada por instant s criador s.Ess conh cim nto do instant criador, ond o ncontra

    mos mais s guram nt q no uxo d nossa consciência? Né aí u o impulso vita s mostra mais ativo? Por u tr montar a a guma potênci surda scondida f lho

    ou nos m s u próprio impulso u n o o concluiu n m s u r ocon nuou, nquanto s d s n lam sob nossos o hono pr s nt ativo os m acid nt s d nossa própria cultmil t ntativas d nos r novar d nos criar? Vo t mos, poponto d partida id a sta, concord mos m tomar como cam

    d xp riência nosso próprio spírito m s u sfor o d concim nto. O conh cim nto é, por xc ência, uma obra t mra . T nt mos, ntão, apartar nosso spírito dos a os da cdas prisõ s mat riais. Tão ogo o ib ramos na proporçã

    u o lib ramos, p rc b mos qu r c b m incid n

    a linha d s u sonho s qu bra m mi s gm ntos susp nnúl picos. O spírito sua obra d conh cim nto aprta s como uma a d instant s tidam nt s parados.É scrv ndo a história u o psicó ogo arti cia m nt comohistoriador, coloca n la o vínculo da duraç o. No f ndo d n

    m smos ali ond a grat idade t m s ntido o cl rop rc b mos a causa idad qu daria for aà duraç o é um p -b ma complicado indir to p curar as causas m um spíno qua só nasc m id ias.

    Em suma, não importa o qu s p ns da duraç o m

    apr ndida na intui ão b rgsonian , a qua n o t mos a prs o de hav r xamin do por int iro numas poucas páginas- énec ss rio p lo m nos ao do da d raç o conceder

    idade d cisiv aoi1 sta e.

    2 1

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    A INTUIÇÃO DO INSTANTE

    T r mos, al ás, a oport nidad d r tomar o d bat ca t oria d ma d raç o tomada comodado imediato da cons-

    ciência Para isso mostrar mos, ti izando as int içõ s dn l, como s pod constr ir a d raç o com instant s s mraç o, o q dará a prova d um modo int iram nt posq r mos cr r do c rát r m ta sico primordial do inst

    , por cons g int , do carát r indir to m diato da d r

    Mas retomemos desde logo m xposiç o posi t va o método bergson ano nos tor z doravant l nçar mexam psicológico D v mos nt o concl r com o pnIdeia q temos do pres nt é d ma pl n t d d m

    dênc a pos tiva sing lar s. Insta mo nos n l com nosona idad compl ta Som nt ali, por l n l , é 2 sensação d xistênci E há ma id ntidad abso tasentimento do pr s nt o s ntim nto da vida" 2

    Será n c ssário, por cons g int , do ponto d vista da

    pr a vida, b scar compr nd r o passado p lo pr s ntd m mp nho inc ssant d xp icar o pr s nt p lo Por c rto, d pois disso a s nsaç o da d r ç o d v rá sr cida . V mos tomá a, por ora, como m fato: d aç osensação como s o r s, t o complexa nto s o tras

    faç mos nenh m ce imôni o s bl nhar se c rát r pm nt contraditório: a d ração é f ta d instantes s m dcomo r ta é f ita d pontos m dim ns o No f ndose contr di erem, é preciso s entidades at m na m

    on do s r S estab c r os e a d r ção é m d

    tivo e sec ndário, sempre m is o m nos factício, como poria a il s o q t mos sobr la contradiz r noss xp

    2 Ibidem.

    2 2

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    O INSTANTE

    i d a doi an e?Tod s ss s r ss l s s o f i s qui pn o nos cus d círculo icioso for l qu ndo o os

    p l r s no s n ido go s nos r os o s n ido To das ss s pr c u õ s, pod os diz r com Roupn l

    Nossos atos de aten ão são ep sód os sensor ais xtraí ocont n dade denom na d ra ão Mas a trama contín

    de nosso espí to ord desenhos descontín os de atos sa da constr ão la or osa e artifc al nosso spírito. a to za a afr ar a d ra ão T do m nós lhe contradt do e he arr ína a óg caE, ali s, nosso nstinto é mais b mclarec do sobre sso o q e nossa razão O s ntim nto q

    o pass o é o ma n ga ão ma s uiçãoq nosso spír to conc d a a pretensa d ra ão qs r n qual l já não s ia é um cré ito s m p

    Con ém sublinhar d passag m, o lugar do ato d aten

    n xp riênci doinstanteÉ

    u d f o n o xist rdar n idênci s n o n on d n consciênci qup nh d cidir u ato

    A o qu s d s n ol por rás do o ntra já no nio d s cons quênci s ógic ou sic n p ssiv s

    u iz i por n qu dis ingu loso d Roupnd B rgson:aflos a bergsoniana é umaflos a da ação; a flosofroupneliana é umaflos a do ato.P r B rgson u a ão é spr u d s nrol r con ínuo qu s si u n r a d cis o j ti o ambos mais ou m nos s u máticos uma ds mpr origin l r al . Para um partidário d Roupn l, umé an s d tudo uma d cis o instantân a é ssa d cis

    · ' Op. cit , p I 09.

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    A I NTU IÇ O DO IN STA NTE

    nc rr a toda a car a d or n idad . F ndo s s cao ato d a impu são cânica apr s ntar s s pr

    a com osiç o d duas ord ns in nit i ais di r nt s vcom r r até o l m t punt orm o instant qu d cidla. Uma p rcuss o por x mp o, xp ica s por uma

    nita nt rand qu s d s nvo v nu t po in nitat curto S ria possív a iás analisar o d s nro ar c

    a ma d cis o m t rmos d d cisõ s s balt rnas. V r sm o im nto variado o único q� com toda razão B rg

    cons d ra r a continua s guindo os s os princípioso z m com çar. Mas a obs rvação das d scontinuidadd s nro ar torna s cada v z ais di ci , à m dida qu

    qu s gu o to é con ada a auto atis os or ânicos nconsci nt s. Eis por qu nos cab r ontar, para s ntir otante os atos claros da consciência.

    Q ndo ch garmos às úl imas pág nas d st nsaio tece de r nt nd r as r laçõ s do t mpo do

    e ol ssa conc pção at l at va da xp riênciante V r mos ntão qu a da n o pod s r compr n

    m con em l ç o ss a; com r ndê l é mais q efe me e m l o á l El n o corr ao longo dcos no e xo de m em o o je o q c b ria

    ca l.É

    m form m os à la dos nstant s do t mpé s m r num instant q la ncontra s a r alidad priAss m s nos voltarmos para o núcl o da vidência ps coem s ns ç o já n o é s o o r xo o r spostcom lex do to o untário s pr simp s, quando a a

    r duz a vida a único m nto a um l m nto isoladoc b r mos qu o instant é o carát r v rdad iram nt co do em o Q o m s rof d m n n tr

    d o o e m s el se e Só e ç

    24

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    O INSTANTE

    o ato é instantâneo. Co o n o dizer ent o q e, reciproca ete,o instantâneo é o ato?To e os ma ideia pobre, red za o

    aa instante e a i na o espírito. Ao contrário, o po so do ser é já o nada.

    Co o, pois, n o ver q e a nat reza do ato, por m singar encontro verba , é ser at a ? E co o n o ver, e se

    q e a ida é o descont n o dos atos?É essa int iç o e Ro p

    nel nos ap esenta em termos partic larmente claros:

    Pode se dizer que duração é a vid Sem dúvid Mas éao menos situar a vida no â bito dodescontínuo que a conté

    n for a agr ssiva que a nifest . Ela já não é aquela

    uidade uida de f ôme os org nicos que s esco va uoutros confundindo se unid d funcion l O ser estrg r de lembranças at riais, n o ass de um ábito e si mO que ode haver de er anente no ser é a express o nãou causa imóvel e constante, mas de uma justa osiç o de

    tados fugidios e incessantes, cada um dos quais co sua baslitári e cuj ligadu a, que nada m is é que um ábi to, cou i divíduo.�

    Se ú ao escre e a epope a a e ol ção e

    a neg igenc r os acidentes. Ro pne , como h sto ian c oso não po ia ignor r q e cada ação, por simples qo e ecess a ente cont n id de o e i ital armos h stó a da em se s pormenores, eremos m h stór a como as outras, cheia de repet ções desneces

    anacronismos, esboços, fracassos e recomeç s. Entre os acidtes, Bergson rete e apenas os atos re o cionários nos q

    • Ibid em .

    2 5

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    A INTUIÇ O DO INSTAN E

    pulso v ta s c nd a nos qua s a árvor g n ra os d v rg nt s Para traçar tal a r sco não h

    s dad d d s nhar os d talh s val d z r não hdad d d s nhar os obj tos El d v a r sultar pt la pr ss nant qu é o l vroL'évolution créatríce[ d br sA evolução criadora,Martins Font s 2005] Essa ntu çãoda é ma s a ag d u a al a qu o r trato das c

    Po o lóso o qu pr t nd d scr v r a h�stór a das cosas os s s v vos do spír to átoo por áto o célula pocélul , p nsa nto por p nsa nto d v cons gufatos s os outros porqu tos s o atos, por u

    tos, o e os tos s o ter n , s t nco o e ess r entecomeçar o abso to o n sc eÉ e so o s es e e stó e cp e so s ndo o e s u oaciden-te omo p in ípio.

    N evolu o verd nt cr ador , st e e s un o qual u c dent stá n

    tent t v e voluç o.

    Ass n ssas cons quênc as r lativasà volução d v dao sua pr ra or a intu t va, v os qu a intu

    po l d Roupn l x ta nt o nv rso da ntui

    na.A t s d r a long r su a os co u duplo opos o das s outr nas:

    • ar B r son v rd d r l d do to; o nst nt p n s u abstração d spro

    l dade. El é posto do xt r or p la nt l gêco pr nd o d v r d rc n o stados óvse t í os ent o b st nt b o t po b rgsu a et pret sobr a qu l t v ss os coloc do

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    O INSTANTE

    b lizar o nstant co o u nad , co o u v z o ctu ponto br nco.

    • Para Roupn l, a v rdad r r lidad do t po é o na duração é p as u a construção, d sprov da d r al

    bsoluta. Ela é f ta do xt r or, p la ór a , potênag nação por xc lênc a, qu qu r sonhar r v v

    não co pr nd r. R pr s nta a os, ntão, bastant b

    t po roupn l ano por u a r t branca, nt ra ntpotênc a, m poss b l dad , n qual d r p nt , cac d nt impr visív l, v ss nscr v r s um ponsí bolo d u a r l dad opaca.

    Not s , l ás, qu ss d spos ção l n ar dos nst nu s ndo, tanto para Roupn l co o para B rgson, u rc o da ag nação. B rgson vê, n ssa duração qu s dno s aço, u o nd r to p ra d r o t po. Mas opr n o d u t po não r pr s nta o valor u a d

    o, e s r n c ss r o r ontar do t po t ns v là ur ont v . A n a qu , t s scont nua ad pt s

    d : n l s s a nt ns lo nú ro e Ín

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    A I NTU IÇ O DO INSTA NTE

    conciliação, r unir sob um m smo squ ma as vantag ns d bas as doutrinas. Ess id al clético acabou por r v lar s

    tis atório. Ent tanto como nos p pus mos s d m nós mmosas r açõ s in i vas manadas das in içõ s m stras d vao l itor a con dência porm norizada d nosso racasso

    Qu eríamos inicialmente conferir uma dimensão ao instan-t , f zer le um pécie de átomo t mporal q con er v s e

    m i mo c rta d r ão Di í mo q um acontecii olado devia ter uma brev hi tória l ica com r rência m mo, no ab ol to d u vol ção int rn . Compre nq e começo podia er r l ti o m ident de ori et rn , m p r brilh r, e poi para clinar morrer,

    mo q e atribuí o r, por i ol do q e o e, d te po A mití mo qu o ideal d vida o a vid do e mero mas r i indicá amo para o mero da aurorvoo nupcial, eu t o d vid ínt ma. Q ríamo empret nto, e ração fo e ri e a prof n e i e

    se .E a foi o a pr imei a po ição no que conce e ao imta nte,que seria n ão um pequeno fr agm nto do co tínuo be -

    noEi o e pr en í o , e g id , do e po ro p

    no I gin v o e o to o tempo ai ão po i

    e, o , nte , e não podi f n e o o oOi pe iri e pre e a fu o er impre c í e oin t , l o o c en olhiSilocconvencer Numa outr n a ub tânci que l long d s r tautológica tran f rir s ão m di cu ad

    inst nt para outro, as qualidad s a l mbrança ; o perte n nca há explic r o evir. Se, poi , a novi e eao vir t m e tudo ganhar trib indo e e a novip pr o Te po: não o r e no o m empo nifo

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    O INSTANTE

    é o instante que renovando se re ete o serà liberd e ouoportu idade i icial do devi iás por seu ataque o in

    impõe se pro tame te inteirame te; ele é o ator da sínteser Nessa teoria o i sta te salva arda necessariamenteta to sua individualidade O proble a de saber se os átotemporais se tocavam ou se eram separados por u nada parcia nos secundário. Ou elhor dado que aceitáva os a con

    tuição dos áto os temporais éramos levados a pensá loslada ente e para a clareza eta sica da intuição nos dávconta de que u vazio era necessário quer ele exist de fquer não para i aginar correta ente o áto o te poral recia nos então vantajoso condensar o te po ao redor emí-

    cleos de açãonos quais o ser se reencontrava e parte colhendo stério de Siloé o que se requer de invenção e de energpara tornar se e progredir

    En aproxi ando as duas doutrinas chegáva os a bergsonis o rag entado a u i pulso vital que se r c o

    em i pulsões a um pluralis o temporal que aceitando dções diversas te pos individuais nos parecia apresentar de análise tão exíveis quanto ricos

    Porém é muito raro que as intuições eta sicas construdas nu ideal eclético ten a o ç dur doura U a intu

    fecun a deve dar pri a p va de sua uni de o ta nos ape ce er de que, po nossa concili ção haví os ras di culda es das u s doutrin s. Era preciso esco hercabo de nossos desenvolvi entos, as na base es a das ituições

    Agora, portanto va os dizer co o p ssa os daatomizaçãodo te po,e que nos detivér os ari m tização t mpo lb-soluta, ta qual Roupnel a a pe e pto ia ente

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    A INTUIÇ ÃO DO INSTANTE

    Pri iro, o que nos havia s duzido o qu nos l vara ao pass qu acaba os d ntrar fora a falsa conc pção

    ord das ntidad s ta sicas: s m p rd r o contato cot s b rgsoniana, gostaría os d colocar a duração no próp

    spaço do t po To áva os ssa du ção, s discussão, coa única qualidad do t po, co o um sinôni o do t po. Rconh ça os: isso não passa d um post lado. Não pr cisa

    ajuizar s u valor s ão m função da clar za do alcancconstr ção qu ss postulado favor . Mas s mpr t modir ito,a priori,d partir d u postulado dif r nt t ntar uconstrução nova na qual a duração s ja d duzida, não poslada

    oré essa consid raçãoa pri ri não bastaria, natura ntpara nos r conduzir à intuição d Roupn l. A favor da concção da duração b rgsoniana, co f ito havia ainda todas as pvas ue B rgson r uniu sobre a obj tividad da duração dúvida, Bergson instava nos a s ntir a duração nós, nu

    riência ínti a e pessoal. as não arava aí. El nos osva obj tiva nt qu éra os solidários d u único i pulsarrastados todos or u a s a vaga. S nosso tédio ou nosimpaciência alongava a hora se a al gria abr viava o dia, ai p ssoal a vida dos outros nos r conduzia à justa apr cia

    da Duração. Bastava colocar o nos diant d uma xp riênsi pl s u torrão d açúcar qu s dissolv nu copo dágua ara co pr nd r os qu , a nosso s nti nto da durção, corr spondia u a duração obj tiva absoluta. O b rgsnis o pr t n ia aqui, portanto, alcançar o don nio da did

    s pr cons rvando a vidê cia da intuição ínti a . Tínha nossa al a u a co unicação i d ata co a qualidad toral do s r, co a ssência de s u d vir, as o r ino da qu

    ti a do t po por indir tos qu s ja nossos ios d e

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    O INSTANTE

    d lo, ra a sa vaguarda da obj tividad do d vir.Tudo, porpar cia salva ardar a pri tividad da Duração: a vidência

    itiva as p vas dis rsivas.is, agora, omo ossa própria o ança na t s b rgso

    a s abalo .

    D sp rta os d nossos sonhos do át cos p la cr tica

    t iniana da uração obj t va.B d pr ssa nos par c u vi nt qu ssa cr t ca

    o absoluto daquilo qu dura, ao s o t po qu consvava, co o v r os, o absoluto daqu lo qu é val dizabsoluto do instant .

    O qu o p nsa nto E nst n cha de elat vo lapso te po, é o co pr nto" do t po Ess conto s r v la r lativo a s u étodo dição D z

    faz ndo u a viag d ida volta no spa o a u a v locialta o bastant , r ncontrar a os a T rra nv lh cida algu

    culos, ao passo qu t a os arcado ap nas algu as horr lóg o que l va os na vi ge B nos longa seria ge nec ssária para ajusta à nossa i paciência o t o Be gson postula co o o e nec ss o pa ssolve

    e úca no copo de gu

    Al s, ca e su l nha e e logo que n o se trat aqo-go v o e cálculo A elat v a e o lapso e te o ps e ov ento , o av nte, u o c e tí co Se

    s os te o i eito e ecus a ss sp to a l ç oter os d r t nos uvida da int v n o das

    sicas na e p r ência da dissolução do açúcar da int rff tiva do t po nas variáv is xp ri ntais. Por x pl

    dos concorda qu ssa xp riência d d ssolução põ a t p ratura? Pois b para a ciênc a od rna, la põ

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    A I NTUIÇ O DO INSTA NTE

    nt jogo re at v dad do t po. ão s eva a cparc al nt conta, é pr ciso to á la por nt iro.

    Assi po s, sub ta nt , co a r lativ dad , tudo quzia r sp ito às provas xt rnas d ma Duração única, pripio claro d ord ação dos acont cim ntos, s via arruinO M ta sico d via d bruçar s sobr s u t mpo local,

    s m sua própria d ração íntima O mu do ão o r c

    ao m nos im diatam t garant a d conv rgênc a para nd raçõ s ind viduais, vividas na nti idad da consciêncEis, porém, o qu m r c agora s r obs rvado:o nstante es

    tabel c o com bastante p ec são pe manece na out num bs l .Pa a confer r ess valo d absoluto, b sts d ra o nst nt s u estado sintético, co o u pont

    sp o t po. outr s pa avras, é prec so to r o s r c s tese apo da s ltanea nte no espa o no te

    E o po to de e contro do lugar e do presenteh c e Io u n e al e oje . N ssas d as t ass o po to se d ta a u e o d s dur ões ou u

    esp o; ss s fó ulas su t a ndo se por u do use p ec s ensej r u estudo nte ra ente re t vo

    ão do espa o. Mas, d sd qu s concord e so dar os do s adv b os, e s ue o v os r c b en sua potênc ade a so to.

    est e ato ug r e n ste to o e to, e s ond stane d d c r ev dent c s ; e s onde sucesse es o e ento e se o s u de. A p t s o de co o a e s s t e e de o s aco teccal zados e pontos d f rent s do spa o é r futada pe a

    tr n de E nst n. Ser a n cessár a, para stabe ecer ssn dade u a p r ênc na ua pudéss os fund no ét r o O fracasso de ch son pro e os esperar al zar ssa p r ênc a . C p e po sir i d re m te s

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    O INSTANTE

    lta idad m dois l ar s div rsos , por co s quênciatar dida da d ração q s para i stant s dif r t s a

    d ição s pr r lativada si lta idad Não há conconcia ass g rada q ão s acompa h d u a coi cidê

    Voltamos assim à ossa i c rsão o do nio do f nôco ssa co vicção d u a duração só s a lo ra d do arti cial, nu a at osf ra d conv çõ s d niçõ s

    vias d qu s a idad v som nt da n ralidapr iça d osso xa . Ao co trário, o i stant r v lac tív l d pr cisão obj tividad ; s ti os l a arcaxid z do absol to

    Va os tão faz r doinstante o c tro d cond sação ar dor do qua colocaría os u a du ção va sc t xatat o qu falta d co tí uo para pôr u átomo d t o ilado r l vo sobr o nada para dar à cavidad do Nadaduas ras falaz s, co for s olh dir ção ao passados volt na dir ção do futuro?

    Ess fo ant s e adotar e , s o ro s o o o to d vista lara t disti to d Ro l no s

    a t v .D a os, ois, a ra ão qu ons o o a onv r

    Q ando ainda tínha os fé n duração b r soniana , p

    stud l , nos p va os d pu l , por on d s oj la do dado, nossos sforços d pa av pr

    o s o obstáculo : nunca cons uía os v nc r o caráterpródi a h t ro n idad da duração. Natural nt , acus vap nas nossa i aptidão para ditar para nos d spr nd r d

    d tal da ovidad qu nos assaltava . Nunca co s up rd r nos o su ci nt para tornar a nos har, nu ca loos lcança s ir ss u o unifor no qual du

    d s nro ava a históri s istória , u a i cidência s

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    id t s T ríamos pr rido um d vir qu oss um voéu límpido, vo qu ão d slo ass ada ao qual ada s

    s ss o impulso o vazio m suma o d vir m sua pusimpli idad o d r m sua solidão Qua tas v z s p u

    o d vir l m tos tão laros tão o r t s qua to aqqu Spinoza colhia na m ditaç o do s r!

    Mas, ant nossa impotê ia para contrar m nós m s

    ssas grand s linhas unifor s, ss s grand s traços simpllos quais o impulso vital d v d s ar o d vir éramos lnatu al t a bus ar a ho og n idad da duração l im ta

    nos a fragm ntos cada v z os xt sos. Mas ra s ps o fracasso: a duraç o n o s li i tava a durar la vivia

    p qu no u oss o frag ento consid rado, u xam m ccópico bastava para l r nel u a ultiplicidad d acontem ntos: s pr os bordados jamais o pa o; s mpr as so

    r xos no sp lho mov diço do rio jamais o uxo límA dura o, como a substância, só os via antas as . Dure substância d s penha smo, uma m relaç o à outra

    a rec proca d s sp radora, a bula do nganador nganao d vir o fenô e o d subst cia subs i o fedo devir.

    Po e ent o n o acei ar co o eta sica ent ie e i u la o e po o i e e o ue e u iv e e po e e ô e o?O e po s se ob e v pelos i ur o ve e os o o s sentida pelos i sta e

    é u oei e i es o e ho po de pou w de perspe iv solidariza de or a ais ou e

    s reita1'

    " Guyau já dizia, de um po to de vista,é verdade maispsicológico que o nos-o: A ide a do tempo [ . . .J se eduz a um efeito deperspectiva (L JCuescd

    l'idée du t mps,P e c o).

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    O INSTANTE

    Por que se percebe bem que agor a é preciso descer até os pontos temporais sem nenhu a di ensão individual. A linha

    que reúne os pontos e esquematiza a duração não passa de umaf nção panorâm ca e ret spectiva, cujo caráter subjetivo indi-r to s cundário mostrar os a s guir

    S m q r r d s nvolv r longam nt provas psicológicasd qu mos si pl sm nt o ca t r psicológico do p bl a Ap

    c ba o nos pois d qu a xp riênciamediata do t mpo nãoé a xp riên ia tão ugaz tão di cil tão co pl xa da dur

    as a xp riência displic nt do instant , apr ndido sco o i óv l Tudo quanto é si pl s tudo quanto é fort enós, tudo quanto é duradouro s o é o do d u inst nt

    Para co bater d sd já no t rr no ais di cil, s lin epor x mplo qu a l rança da duração stá ntr as l mças nos duradouras L bra o nos d t r sido não pord t r durado. A distância no t po d for a p rsp ctiva co pri nto porqu a duraç o d p nd s pr d m po

    d vista iás o qu é a l brança pura da loso a b rgsons não uma imag to ada s u isola nto? S tivésst mpo, numa obra ais longa para studar o pro l a a loclização t poral das l branças n o t ría os di culdad

    ostrar co o las s situa al co o ncontra arti cial

    nt a ord nossa istória ínti a Todo o xc lenlivro d Hal wachs sobr os quadros soci is a e ória" nprovaria qu nossa ditaç o n o dispõ d tra a psilógica sólida squ l to d duraç o orta q pudéssn tural ent , psicologica nte n solid o d nossa próconsciência, xar o lugar da l r nça evocada No f ndo,

    os n c ssidad de apr nd r e reapr nder nossa própria cnologia , para st studo r corre os aos uadros sinóticv rdad iros r su os das coincidências ais acid ntaisÉ assi

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    A I NTUIÇ O DO INSTA N E

    qu , no a s hu ld dos coraçõ s, v m nscr v r s a hdos r is Conh c r a os nossa própr a h stór a, ou p l

    nos nossa própr a h stór a star a ch ia d anacronis os,s os nos at ntos à H stór a cont mporân a.É p la l çãotão ns n cante quanto a d u pr sid nt da R públ clocal za os co rap d z pr c são uma dada l brança

    a não s rá sso a prova d qu não cons rva os o n

    v stíg o das duraçõ s d untas? A ór a, guard ã do tguarda ap nas o i stant ; la não c s rva nada, absolutanada, d nossa s nsação complicada actíc a qu é a du

    A ps colo a da vontad da at nção ssa vontad dt l ênc a pr para nos ual nt para admit r co o

    t s d trabalho a co c pção roupn l an do nstant sração N ssa ps colo a, é já b c rto qu a duração só

    nterv r n reta nt ; vê s co toda ac l dad qué u a con ão pr ord al: co a ur ção, po e s talv z

    r a esp ra, as n o a própr a at nção, qu r c b tod

    valor e ntens ade nu ún co nstanteEsse pro le a da at nção apr s ntou s natural nt

    es o n vel das d taçõ s qu d s nvolv os a propós tu a o De fato, v sto qu p ssoal nte não podía os or u to te po nossa aten o ness na deal que repr s

    o eu despojado, devía os ser tentados fra ntar a uraçao r t o e nossos atos atenç o. A nda aqu , d ant oo de pr v sto, t ntan o r ncontrar o r no a nt

    nua e crua, perc ber a os de r p nt qu ssa at nção es os traz , por s u própr o func onam nto, aquelas l

    sa e frá e s nov dad s de u p nsa nto s h stór a pensa ento se pensa entos Ess p nsa ento nt ra en erra o nocogitocartes ano n o dura Ele só t a v dêne seu caráte nstant neo; só to u a consc ênc a cla

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    O INSTANTE

    s o porqu é vazio solitário. Então l aguarda numa ração qu é ap nas um nada d p sam nto por cons gu

    u nada tivo o ataqu do mundo. O mundo lh traz uconhec m nto ainda num instant cundo qu a consc a at nta será nr qu c da por um conh c m nto obj t

    Al ás co o a at nç o t m a n c ss dade o poder deto ar, la stá m ss nc a, nte ram nt m suas r to

    at nção tamb m u a s ri d com ços é ita dos r nentos do spír to qu r gr ssa à consc nc a quando o tarca nstant s. Al d sso s l váss mos nosso xamstr to domínio m qu a at nção s torna d cis o v r

    o qu há d ulgurant nu a vontad qu v m conv r

    a vidência dos motivos a al gria do ato S ria n tão qud amos alar d condiçõ s propriam nt instantân as . Econdiçõ s são rigorosam nt pr li inar s ou m lhor préciais por s r m ant rior s ao qu os g ôm t s chamam ddiçõ s in ciais do movim nto. E é n sso qu las são m ta

    m nt n o abstratam nt nstantâ as. Cont mplandod toca a v r is oinstante do mal nscr v r s no r a , ao paqu um b rgson ano s pr v m a cons d ra a traj tór

    al, por estr to q e s j o xa e que e e faz da duraç o dúv da, o sa to ao s d sencadear, d s nro a u a duraç

    acordo co as le s s cas s o óg cas, e s q regujuntos co p xos. Houv porém ant s do p c sso co pl cdo pulso o instant s p s cr noso da d c são

    D r sto s voltar os ssa at ção p ra o sp táculnos c rca s m v z d at nç o ao p nsam nto ínt mtomar os como at nção à v da, p rc b r mos m d atamqu la nasc s mpr d u a co nc d ncia. A coinc d no

    ín mo d nov dad n c ssár o para xar nosso spíritopod ía os dar atenç o a u processo de d s nvolv m nto

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    qual a duração fosse o ú co pri cípio de or e ação e d fereção dos aco tecime tos. Requer se o ovo par que o pe

    me to i terve ha requer se o ovo para que co sciê ca rme e a vida progrida Ora em pri cípio a ovidade é

    e teme te sempre i sta tâ eaPor m o que permitiria a lis r melhor a psicologia

    vo tade da evidê cia da ate ção é o po to do espaço te

    I fel zme te par que ess a ál se se tor sse clar e cobatória ser a prec so que a l ngu ge losó c ou li gu gem comum tivesse assi lado as doutr as da Rel

    de. Sente se desde logo que essa assimilação co eçouestá lo ge de ter acabado. Acredit mos co tudo que é

    c m ho que se poderá realiz r a fusão do atom s o espco o atomismo tempor l. Qua to ma s ínt m for ess futanto s se compree derá o mérito da tese de Roup el.Éass m que se pree derá mel or seu c ráter conc to. O compxo esp ço tempo co sciê cia é o ato smo de tripla essê

    é a mô ada a rmada em sua tripla solidão sem comu icacom as coisas sem comu ic ção co o passado sem comcação co as l as lhei s

    M s to os esses pressupostos vão p recer t nto s fr

    qu nto tê contr s mu tos os á tos de pens mento pressão. Percebemos mu to be aliás que a co vicção ãosupl ntada repe ti e te e que o terre o ps cológico poa gurar se par u tos le tores pouco prop c o esstigações meta s cas.

    Que é que esperáv os o acu ular todas ess s razões? Sples ente ostrar que se necessár o ce t rí os o conos terrenos a s desfavoráve s Mas a pos ção meta s c blema , no as co tas ais forte.É para lá que v mos gora

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    A I NTU IÇÃO DO INSTANTE

    o ob o q o o c q r i ç o ão

    o o , q o o Se dú id o u ção o e o o

    do o õe e u a t se co , por is o po hoco i i s co , s co é que o a uição g . od par ce pob , s co

    h r q q , d o to , co go

    iás, se i roduzi mos princípio u bel ç cedâ eo da medição do tempo, teremos, uero crer, i ado cu úl im , sem dú id , o e a c tic os sper .

    Fo ul mos ess crí c tão bru lme te u o poE s e e, d r os ão ocê ão ode eit

    o m o ouco u di i ão do e o m r o e t o ocê i , como o o do ho

    t i o , q o i to g

    oi , u ç o. N o o f s g o ob o , to q o o , oque e . E c ão, o ê fo ç o e

    u o t m o o. A ção o ologi o q o x .

    Si , v as e ão í, es o e o, so es orço p renov o. T o odelas co o são. M fu ção do lósofo ão

    r o i o d l vr s o ie t ex ido co c o p p ti o s e o e a i

    Não de e el , co o o poe , " u en o i uro bo {M )? q q o q o

    o fo q o

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    O INSTAN E

    r dical em spectos espaciais perceberão que o terre o i co ão est mos es rma os e os ise tarão se

    dessa acusação de círculo icioso verb las o problem d medid perm nece e é e ide tem

    í que crítica e e parecer ecisi a; u a ez que semede ração, porque e te u a gra eza Traz,porta to, o sig oclaro e sua rea a e.

    Vej os e tão, se se g o é rea os ostrar co o, o so e , e eri co oc r se,

    roup elia a a apreciação a uração

    Que é pois, que co fere ao tempo sua aparê cia e co

    nui e?É o f to e po ermos segu do p rece impo oorteo q s mos,design r um fe me o que i lustra o i

    t nte rbitr ri me te desi do Terí mos ssim certez nosso to de conhecimento est entre e uma plen libd de de exame Noutr s p la r s, prete emos colocar

    tos e iber a e u a i a co tí uap is aqualq momentpodem s experime ta a cácia de nossos at sDe tu o isso e ocerteza, as e a is que isso.

    Va o exprimir o es o pe sa e to u a guage go f r t , quà pr , l , p rece

    a pr a expr ão. r os :t d s v z s ue ispo erem s ex rim nt r a ácde n ss s t s.Eis, a or , u a objeção. Se á que o pr eiro o o e

    expr r ão supõe tacita e te a co ti ui e e ose ão ser essa co ti ui a e suposta co o evide te que t

    port mos para co ta da uração? Ma que gara tia temotão, da co ti ui a e assi atribuí a a ós es os? Bastariao rit o osso er esco exo co respo esse aumrit o oCos os p ra qu o o exa ti se êx to a ca pa

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    INTUIÇAO DO INST NTE

    ais si p es ente, para p var a arbitrariedade e nosso corbastaria ue ossaocas ãod aç o íntima corr spondess a u

    ocasi o do u v rso e su a, ue u a coincidência se a rse num ponto do espaço te po consciência A si tal éso argu nto aior todas as vezesnos parec pois na tese dt mpo descontínuo o sin nimo xato da pa avrasempreto adana tese do te po contínuo Se nos per itire essa traduç

    toda a ing age do contínuo nos será ntreg e pe o usosa chave. �

    A vi a, a iás, o o a à nossa disposiç o u a ueza digiosa e i sta tes qu e fa e da pe epção ue oe a pa e be inde ida. Ap cebe o nos e ue pode

    gasta uito ais, donde a c ença de ue pode ía os gastar ontar.É aí ue reside nossa i pr s o d con nuidad ínt

    Quando co pr ende os a i port ncia de u a conco i-tâ ia ue se expri e por u acordo de instantes a int rprção do sincronis o torna se evidente na hipótese do desco

    tínuo oupne iano e ta bé a ui se ve traçar u paraentre as intuições d Bergson e as de Roupn :

    Dois fenô enos serão sincr nicos, dirá o lósofo bergsoniano, se estivere se p e de aco do. T ata se de ajustar osvi es e as açõ s.

    Dois fe ô e os se ão si ô i os, d á o ósofo o, s to as as vezes e que o pri eiro estiver p esesegun o estive igua e te. T ata se e ajusta as etoos atos.

    Qua é a fó u a ais pru ente?

    Dizer, o Be gson, ue o si c onis o or espo de a des vo vi entos pa a e os é u t apassa u pou o aobjet vas, é estender o do ínio de nossa ve i ação. Re

    os ess ext apo ação eta si a ue a r uontínuo em si,

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    O INSTANTE

    b o a st ja os, s , so ent dia t do d sco tíossa x i ncia . O sinc onis o a a ec , tão s m

    ação conco dant dos instantes ca s,ja ais co odida, d algu ti o g o ét ico, d a d ção co tín

    Nest onto, é ováv l e nos int o a co oobjeção: es o ad tindo ue o nô eno d conj nto s

    ja susc tív l d exa sob o exato es ue a t o al daada cin atográ ca, você n o ode igno a , di nos ão

    na alidad a divisão do t o an c s e oou s o dese ável, s uise os segui o d s nvolvi ntenô e o todas as s as sinuosidad s; cit nos ão

    t aci matóg a o e d sc v o d vi o d iléssegundo. Po , ntão, s ía os int o idos na divit o?

    A a ão la l nossos dv sá ios ost la mas t mo é s s coloca s xa no n

    a vida d conj nto, s da na c va do i lso vitalo viv os a d ração u pa c contín a a xa e c scó ico, so os l vados, lo xa dos d talh s, a consi

    d ação f açõ s se no s das nidad s lhe os

    Mas o obl a da ia d s tido s co sid ásscon t ção al do t o a a ti dos insta t s, v zvisão do t o, s ctícia, a a ti da d ação V

    ntão q o t o lo g d ividi s o s do to co tí o s lti lic o sq das c

    o d ci n é ic siás a lav _ j é a íg osso v , se

    voc i a t o i f ção t co o Co t sf ação o ag a to d ois ú os i t i os o a

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    A INTU IÇ O DO INSTANTE

    no inador não divide verdadeiramente o numerador Entre op rtidários do contínuo tempo l e nós, sob esse asp c o aritm

    ico do problem , a diferença é a seguinte: nossos dversápartem do numerador, qu tomam como uma quan idad o

    ogênea contínua e sobretudo como um quan idade dadimediatamente p ra as necessidades da nálise; dividem

    dado" p lo denom nador, qu desse modo é entregue à arbi

    riedade do xa e, arbitrari dade anto m ior quan o mais é o xam ; es pod ria mesmo r e r dissol er" a dur çs lev ss m longe dem is a aná ise in nitesimal.

    Nós, ao contrário, partimos do deno nador, que é a mar-ca da riqueza de instantes do fen meno base da comparaç

    el é conhecido naturalmente com mais nura u tentamco f i o, que seria absurdo ter menos nura no apare o

    diç o qu o f ô no m dir. Com b s nisso, perguos en ão quan as ezes, a sse f nô o n en e esc no r spo d u a zaç o d u f ô o s

    os êxi os do sinc o is o nos d o, e m, o um rado d frAs du s fr çõ s ssi ons i uídas podem r o s

    o M s o s o o s r í as d mesm i .

    os o obj o á i

    ê i os, o s á n ssá io qu u s rioso so comp sso fora e acima dos dois ri mos comp rados? Nopala ras, não é de temer, di nos ão, que sua análise u iliz

    i am nt a pa avraenquanto, qu o ê não pronun iou? Toda di cu dade da tese roupneliana está com efeito, em evi

    pa r s r d s da ps o og usu l d dur ção Mz, s quis r os exerci ar os m di ç o do do fno r o s nt s p ra o f ôm no pob s an

    o ador p a o do o o rso, r

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    O INSTANTE

    q e e pode pre cindir n o ó da palav as e s scita ade d raç o o q e eria apena cesso ve al as

    da ideia da próp ia d raç o o q e prova q e ne e do nioq al reinava co o enhora e a ó pode se e pregada coer va

    Ma para aior clareza trace os esq e a da corpondência; depois o e e e es e a faça os as d as le

    a el e ling age e d ação e ela e ling age in ta tes,s mpr p rm n c 1 do, p r ss dupl l i r , nn l n .

    S ponha o e o fenô eno acroscópico eja ep e etado pela p i ei a inha de pontos:

    1 )

    Co ocamo e e ponto em no preoc par o co te a o porq e pa a nó n o é aí q e a d raç o as me

    tido o eu e q e a vi to q e pa a nó o inte a o coé o nada e o nada natural ente n o te ai co pri eto" q e d raç o.

    S ponha o e o fenô eno ais na ente escandidoseja e ese tado se p e co as es as essalvas pela s

    da linh e ontos:

    2)

    Co pa e os o dois e q e aSe le os à anei a o pa ti á ios do contín o de

    pa a baixo leit ra ro pne iana poré diremo q ee q a -to o fenô eno 1 e produz a vez o fenô eno 2 e prodtrê vezes. Apelare os pa a d ç o e do ina as sé

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    duração a ual ossa palavraenqua toassu e se i o, o ase esclarec rá do ú ios cada vez ais g ssei s, co o a u

    les o o, da hora, do dia . . .Se a o con rário ler os o incronis o à a eira dos p

    tidários absolu os do descon ínuo de baixo para ci a dire,uma vez em cada três,ao e ô enos de apariçõe nu ro

    sas ( e ô e os ue s o os ais próxi os do e po real) co

    respo de u e ô e o de e po acroscópico.As uas lei uras s o o u do equivale es as a pri eira

    é u pouco gura a e ais, e a segu a es á ais próxi x o pri i ivo.Esclareça os o o pe same o por u a e á ora. Na

    s r o u o, há i s ru os u s cala o frcia, s é falso iz r ue sempre há u i s ru o ocaO u o é r gula o por u co pa so usical i pos o pelcadê cia dos i s a es. Se pudésse os ouvir todos os i s

    a reali de, co pree ería os ue ão é a colcheia ue é

    a co rag en os da í i a, as é a ú i a uerepe e col-cheia.Édessa repe iç o ue a ce a i pressão de co ti i

    Co pre d s , pois, ue a ri ueza r l iva e i s aprepara a espéci e ida rela iv o po. Para pfazer a co a exa a e ossa or u a e poral, edir, s

    o s r pe e e ós es os seria preciso viver e o os os i s s o Te po.É ssa o ali a uo ri o ver iro s o r o o po s oé a o o o ia r p ição s r co r ri i

    a ração v zia , por co s g i e, p r . F o u

    par ção u éric com a o ali a dos i s a s, o cori ueza e poral d u a vida ou e e ô e o par iculaassu iria, ão, se ido absol o, segu o a a eira pel

    ssa ri u za é iliza a, ou, es, s gu o a a ira p la

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    O INSTANTE

    não alcanç sua alização.Mas, co o s b sbso ut nos r cusada, d v os cont nta nos co b l nçosl tivos.

    Ei ,po t nto, qu s p pu conc pçãod du ção-riqu zaqu d v p st o s os s viços qu duxt nsão. Pod sv qu l va cont não ap nasos f tos,as t b , sob tudo, as ilusõ s o qu , psico ogic

    f lando, d u a i po tânci d cisiv , po qu vid do

    ito ilusão ant s d s r p ns nto. Co p nd os b mqu nossas ilusõ s constant s, inc ssant nt r ncodas, á n o são ilusão pu a e qu , ao dita nosso ap x a os da v dade La Fontain t azão quando nola d s ilusõ s qu nunc nos ng n o nos n s

    O u o igo d s t ic s ci nt c od ntãcont , o o to n g ns Silo , conci i , co pl t n o s , o spí ito o co çãoO qu f1Zo c át f tivo d u ção, l g o o d s

    o ção o s o o ç o s ho utiliz

    ho ns nto o co o ho i ti .A

    t cu d , vid d sc d viv , o co ção scÉ do n o u p d o o íso. Sig os o tiva d nossa indolênci : o áto o i adi xist co fcia, utiliz u g and nú ro d instant s, po não ut

    todos os instant s .Já a c lula viva é ais va us utiliz so nt u f ação das possibi id d s t po ais qsão nt gu s p los áto os que constitu . Quanto ao psa nto, po l p os i gu s qu l utiliz a

    lt ag ns t v s das qu is uito poucos inst nt s vê à

    ciênci ! S nti o ntão u u do sof i ento qu ndo saem busc dos insta1 es perdidos.b o o q l s hoc s qu s c o co o o i o o inoco , s sinos d ição cuj b t não

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    O INSTANTE

    r al. O pass do é ão vazio uan o o fu uro. O fu uro so r o uan o o p ssado O ins an não o é udu ç o

    s u s io,não i p l u força u s i oou o o Enão duas f s, é i i o úni o. Por is u i-

    mos a ssência, não ncon rar os l r iz ulidad su ci n n c ssária para p nsar u a dir ção

    Aliás uando se qu r, sob a inspiração d Roupn l, x

    ar s na m d ação do Ins an , perc b s u o prp assa, por ue só se sai d um ins n e para r ncon rar oa consciência é consciência do ins an , e a consciência do

    ante é consciência duas fór ulas ão vizin as u nos cam na ais próxi a d s r cíproc s a r a u a assi ilaçã

    da co s iênci pura d r idade pora . U a v z rad nu di ação so i á i , a o s iê i a i odo ins n isolado.

    É rado no isol n o do i s an u o pr c b u o og ida pobr , s pur . Essa o

    eidad do ins an , d r s o, nad prova on r a anisqu r sul dos agrupam n os ue p r r ncon rdividu lidad d s duraçõ s, ão b assinal d po BNou ras palavr s, co o o próprio ins an nada á uper a pos ular uma ur ção, pois já não á n da u p

    xplic r i dia a n a r zão d ossa xp riênci an o, é r al da uilo u cha a os d pass do fucu pr nos n ar cons ruir a p rsp c iva dos ins an s signa n s o p ss do o fu uro.

    O a, u ndo s scu sinfoni os i s s, s nfr s s u or , as f s s u o b são rr s adi ç o o ssado. M s ss fug pa o p ss do, lo

    o s u r i s é o iv . U ix i u s l iv n o i si

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    O INSTAN E

    !ativa de e progre o. O o vido ic e c t o eelodia, a e como term ará a fra e co eç . Nó p é

    o of t ro do om como pr ve o o f t e r jria oltamo toda a o a força para o f t ro i e ies a ten ão q e az no a d ração a al. Co o i Gya , é o -

    a i te ção q e orde a ver a eirame te o f t ro co o per pectiva da q al omo o centr de projeção"É preci o e-

    ejar, é preci o q erer, é preci o e e der a ão e camcriar o f t ro. O f t ro ão éaquilo q e vem em noss d rma aq lo em direção ao q al nos dir gimos."KO e t o o c:ce o f e tão i c i o o p ó io e e e

    A i , co í o o o o co o o Há

    aq i ma persis ência etafórica q e teremo de e c arecconheceremo e tão q e a embra ça do pas ado e a prevdo f t ro e f ndam em á ito E, co o o pa ado ãode ma e rança e o f t ro nada mai é q e a p eva rmaremo q e pa ado e f t ro ão ape a , o f o,

    E se há ito estão longe de er imediato e precoce . Eara tere q e azem com q e o Tempo no p ç mo aq eles q e azem com q e o Tempo e de i eie eguas per pectiva do pa ado e do f t , ão ão, a o o vprieda e de primei o aspec o. O ó ofo d ve ecoapoiando e ica ente a rea ida e te por a i eme e ao Pe ame to, a rea i a e doInsta te.

    Vere o q e é e e po to q e e co a oc lda e eSilo .M e as di c a e po e provi dpreco ce idas do leitor. Se egurarmo forteme te a d ata da corre te q e va o xar, compree de emo el o

    eg id , o cadeame to do arg me to . Ei , porta to

    • Guyau,op cit., p. 33.

    5 1

  • 8/20/2019 BACHELARD Gaston - A Intuição Do Instante [Livro]

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    d s concl sões, p rentemente contrárias, q e teremos de cociliar:

    1) A du aç o ão fo ç i ; o t o a só xii a o i i o o, i i

    o o, o .2) E n o, o é u ug onâ i

    os in ta s e, co o , o er s� ia dizer q e l ua sa o o o s diz u u co t m u voz. Ma s

    s do n o assa d m hábito presente, e esse esta o pres do assado é ainda ma metá ora Com e eito, ra

    o bi o n o e á inscri o numa maté ia, n m espaç

    po ra a s hábito todo sono o q e permaer mos crer, essencialmente elativo. O hábito q e, p

    nó , é ensam n o é de ia o aéreo para s r egi tsi o i eri a orm r n a ériaÉ u jogo u

    co i ua, u a f as u i que v r começa o

    a u a si fonia a ua desemp nha m papo os é a si q n a mos so i ariza , pelo ha a o o fu u o. Na u , o a o o futuo é no só o. E o oi a a o

    o i i . O fu u o o a a um r ú i

    f u ica qu avança é sai a. U a ú i a fMun o ó se pro onga or ma curtís ima p raçãosinfoni q e se cria, o t só é sseg rado por ns pouccom assos H m namen e, a dis imet ia do pas a o

    u o é a ica E ós, o passa o é uma voz u nco o. Da o si uma força ao q já n o assa

    fo ma, o melhor, da os u a fo ú i a à p u i afo a . Po í , o a o u ã

    i a . Po é o fu u o o u s ja no

    5 2

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    O I NSTANTE

    é uma per pectiva em profundidade Não e e d demente nenhum víncu o ó do com o eal Daí dize os

    e e está no eio de Deu

    udo is o se e clarecerá, talvez, se pude os esu i ogundo te da loso a upneliana Fal os do á o nel o es uda em pri ei o lug Se su e e os o

    no so exa e, foi porque neg ção solu d e ls do é o pos ul do te ú el q e cu p e d i c

    e v li a di culd de q e á e ssi l s id s cso re o á ito. E su a, no c pítulo seguin e nos p gre os co o se pode conc li psicologi us l o á

    uma te e que não recon ece no passado u a ção di e e idiata o re o in tante presente

    VI

    Todavia, ante de iniciar e e capí ulo, pode í os, se ano o objeto procurar no do únio da ciência conte orânrazõe para forta ecer a in uição do te po descon ínuo Ronel não deixou de t aça p alelo e e s ese de

    ode n dos fenô nos de ç o ó es dosqum1ta.�No fundo, a con a il d de da ene gi tô c f i p

    o se ais it é ic que geo e i . Ess coexpr e is co f equênci s q e co u çõ s e lge e quantas vezes uplanta pouco a po co lingu ge equanto t mpo.

    Aliás, o o en o e que esc e i , Rou el o opreve toda a extensão que assu ia s teses d descon

    • Cf Si/"e, p. 1 2 1

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    e e o l , i co o fo a e e o CoI i o Soly, e 1 927 . Se le o t é o t a l o

    e o o e a e í ic ô ica , e e o q e e a o ele e o f e a de a e tatí tic . Q

    e e e ece e : e ét ,quanta,g o e e e gi ? O e cloc a i i i i li e? Não é o e o

    eali a e e o l e i e e co a o ele e

    ili a o elo c o. A i , c� cei o e tatí ico o ies fec o to do cada q a e e i o ento e

    i de e ê cia, é co ce í el.Ha e ia ig al ente i te e ante lelo t aça

    o le a a e i tê cia o iti a o áto o e s a a ife

    e e in tâ ea . E ce o a ec os, i te ete e o fe ô e o e adiação i e o q e o á o

    xi e o o e o e q e . Se c e ce a o q ça e e ei c , e e e o

    o o o e l e co e o i e e e í o e

    g ili o ão elocid e , a i l õe .Po o la o, o t o e a i o â ci o ico eci e to, f e ia e o q a o á e f ági

    ção, e e e oca , o c á e i to eal o "i te loa oi i tante . P co ce çõe e tístic

    i te lo ent e oi i t te é e a i e alo ili e; q a to ai e a e o g , aio é a cq e i ta te e a te i á lo.É e a ace t ção c ace q e lhe mede a grandeza.A du çã va ia a duração ptem o e te, então g a de a de ba i idade. O átoq a do ei de i a i , a a e i tê ci e e

    odo e o o i l ão e e e i a a e e elé o ão e e e gi ão eco oo co, e e e o l, o e ci q e ele o

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    O INSTAN E

    r r pós m longo repo so N verd de, l é ap asu b -q edo b ndon do; menos ainda, é pe as u aeg a de jogo

    teir mente orm l q e org niz mer s possib ldades A x stênciaretorn rá o átomo com a ch nce; no traspalavras, o áto-

    o receberá o dom de m instante ecundo, as o c b ápoc so,como m novid de essenci , de co do co asl s do

    cálc lo d s pr b bil d des, porq e é preciso q c do ou

    o Univ rso te h , em tod s s s s p rtes, p t lha da rd empor porq e o possível é m tent ção q e o real spre c b por ceit r

    A ás, o c so obrig sem vinc l r u a cess dad t Compreende se, então, q e o tempo que não t t

    m nt u a ação al po sa c usa a u ão u a aç o m it s vezes átomo per an ce at o ua to o átvizinhos irradiam, a vez d ag tor s a a s p ra esse átomo á te pos ador cido sol do O pa t a probab d d da aç o, ão p a

    ção A duração ão ag à a a d u au " 1 à

    nei de um acaso.A u a do princípio de cau li xp-se melhor na linguagem da nu e ação dos atos qutw l g eome ria das ações que du m.

    Mas todas essas pr as c tí c s stão fora da p sestigação Se sse os desen olvê l s d s a í os o

    objet o visado O u quer os p a u oé p nas u a tare a e l be tação pel i tu ção Co o do o tín o nos o o r quê c é dub tútil nte etar as coisas co ntu ção s No qu s se da fo ç d o o s çõé

    1" Uerg n , p.cit . , p 17

    5 5

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    nt r ss qu x st ult plic r s ntu çõ s db s d loso d ciênc . Nós s os c os su

    l ndo o l vro d Roupn l, co l ção d nd p ndêt va qu s r c b o s d s volv r u a ntu ção dÉ pla d alét ca das ntu çõ s qu s pod l nçar ão ds r sco d s r por las ofuscado.A ntu ção do t po d scotínuo to ada no aspecto losó co, ajuda o l tor qu

    gu r, nos s v r dos do os �s c ênc as sicção d s t s s d d scont nu d dÉ o t po qu é a s d cd p nsar sob forma d scontínuaÉ,po s, a d tação d ssa dcont nu dad t poral r al zada p loInstante isolado qu nosabr rá os c nhos a s d r tos par u a p dagog do

    tí uo.

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    C A P I T U L O 2

    O problema do hábitoe o tem p o descont nuo

    Tda alma é ma lodia que co vém renoAl RMÉ

    À prime r v st , como d cáv os, o problem do hábrece nsolúvel com b se n tese tempor q e c b os de d

    volver. De f to, eg os pers stê c r l do p ss do; os q e o p ss do st v te r me te morto q do o novo rm v o re l. E s q e, em co for d de com q e se cost ma f zer do háb to, s remos obr g dos r

    o hábito esse leg do de m p ss do ef to forç

    confere o ser m g r estável sob o e r ovente. Pose, po s, rece r q e est j os e red d p ssver como, segu do Ro p l co co ç esse terr o

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    A IN TUIÇÃO DO IN STANTE

    !, o os ncont s g n s i s s nsó c s f c n s.

    O ó o Ro n l n ic o c át su tnos go n st o áto o d s s u

    o s ço o T o ti p rti o dos d spojos ss s o s spoli o s o T plo. 1É ue, co f ito, o t -u g o à t buí o s ço co

    nos o o t u ue d sf ch mos contr rt b í à u ção, to co o u cntínuo to.

    Rou n l, o áto o te p op ied des esp ci isd s so t t o n t nt qu nto t i s uí c s

    , o to o n o s s bst nt c to n o u

    q s o g nto o o qén s s x o no s çoO l no o áto o só f z o g n z

    on s s os, co o s o g n z nst nO s ço já n o é s não o t o u t z forç s e soli ri o s . Olhu esnão g is sob o

    qui o u oou o g sobre o gor .O ser u é visto d for está dupl m nte blo ue do nl dão o inst nt o onto.A ss soli ão sic r dob

    cr sc nt , co o ss os, so idão d consciênci s t nt n o s r o n Co o n o r í um

    ci nto s ntuições l bnizi n s? L bniz nega s i t ti os s s ist ibuí os no sp çol o, on st b l ci su un , no seio n , cont nu d , r liz lt o n s l bso to o ongo do u l s ilust

    f t concor ânci e tod s s ôn d s. Encontr s Sílo

    u n g ção su l ent r, solid ri d dretado s

    1 Silor, p. 1 27 .

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    O PROBLEMA DO H BI O E O TEMPO DESCON NUO

    s t o o s r pass o.M s, ain a u v z, s ssso i i -os instant s o t po o é n i , s

    outr os t rmos, n o é auraç o u iga i iatnt os ins-ta t sr u i os m grupos s gu o rtos princípios,to na s

    ais n ss rio e nun a ostrar o o u a so i arião ireta, o t mpora , se man e ta o der o s . E su ,

    t os n ont ar u prin ípio para subs tuir h ó

    h r oni p st b i .É isso u t n , nosso vt s s roup ianas a sp ito o h bito.

    Nosso p ob a s á nt o ost r, i o o háb to ain a é con bív , s o u n o o ss u poio nu p ss o pos ul o, fo g ui

    co o i ta nt caz. E s gui a t os o tss h bi to, ni o agora n intuiç o os instant s isoxp i a ao m s o tempo a p rma ên ia o s r s u p og

    Ma ant s abramos um parê t s .

    S o sa posição é i i , a nossos a v rs ios é, tr rio, spa tosa a i i a .V ja os, por x p o, coé simp s pa a o p nsam o r a ista, para o p a"r a iz u o. P i iro, o s é a substân a, a substânc

    o s o o, g ç s niçõ s, o su o

    i s o su o t o vi . O pass o ix u çté ia; co o , pois, u xo no p s nt ; stá, po tanp vivo a ri nt . S s f l o g , o fu u oco o p o i nt o s f c

    u é ula r b a ons v a b a ç Qu ntoé s us o xpli á o, v sto qu é q x c

    iz r u o ér b é a r v os s u s oto s p n u o há to c s o co oc o à

    o s p os sfo ços gos O h o f c

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    A INTUIÇ O DO NSTANTE

    é ia do se , a po o de o ga iza a solida iedade do ado f t o. No f do, qual é apalavra-orçaque es la e e oda es

    sa psi ologia ealis a?É a pa avra que traduz u ainscrição.Quado se diz q e o passado o o hábito estão i sc i os a att do está explicado a q estão deixo de existir

    Deve os ser ais exigentes para conosco U a i s iça nosso ve , ão exp ica n da. Form le os i icial en e

    objeções cont a a ação terial do insta te p ese te sobi s a tes f os, co o aq eles q eÔ ger e se ia s sce ível deexercer na trans ssão das for as vitais. Co o obse a Ro p-nel, é se dúvida

    uma conveniência de linguagem rticularmente cil invgerm n de todas as romess s q e o indiví o re lizará esitar nele o atrimônio reunido dos hábitos q e realiza ãosuas formas e funções. Mas, quando dizemos que o tot l hábitos está contido nogermen, temos de nos entender qu nto a

    sentido d exp essão, o , antes, qu nto ao valor da im gemseria mais erigoso q e i gina ogermen como m continentec jo conteúdo se i conjunto de riedades. Es ssodo bstrato e do conc eto é im ossível e, de esto, não n d 2

    É c rioso aproxi ar dessa crítica u a objeção e a sicap ese tada por Koyré e s a a álise do pe sa e to ísti

    Gostarí mos de insistir, contu o, n concepção do germe que se

    reencontra oculta ou expressa em toda doutrina organicista .A

    i ideiado germe é, com efeito u mysterium. Ela concentra por

    z Op cit , p.34.

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    O PROBLEMA DO H BI O E O TEMPO DESCONT NUO

    assi dizer todas as articularidades do ame to ota É uma verdadeira u ião dos co trários ou smo do

    traditórios. O ger é oderíamos diz o que ão éo que ainda não é o que a e as será.E o é orque do co t árnão oderia vir a sê lo. Não o é porque do co trário cria a sê lo? O ge e é ao es o te o amatériaque evolui ea potênciaque a faz evoluir O germe age sobre si mesmoÉ uma

    caus sui-

    se não a de seu ser elo e os a de seu desenmento Pa ece que o e tendi ento não é ca az de a reense conceito: o cí culo o nico vida, ara a lógica lineafor a se necessa ia ente nu círculo vicioso 3

    A razão de a confu ão cheia de con adiçõe ovédúvida, de e have e unido dua de niçõe dife en e daânci ue deve con e o e o e o o e e o d vi

    tante eal e a duração pen amen o, o conc e o e o cono , a a dizê lo melho co Rou nel , o conc e o e o ab

    Se na ge ação do e e vivo ainda ue e o abe u plano no ativo não se con egue co eende c

    a en e a ação do in an e esent o e o in anq ão ais pruden e e deve ia ser uando e o tula a inç o de

    mil ac nteci en o con u o e aralhado do an matéria enc rre da de at lizar o te po desaparecido!E rimei o luga , o que a célula ne vo a egi a

    o acon eci en o e não ou o ? De anei a ai não há u a ação no a iva ou e é ica o o od o hcon va u eg a e u a fo a? No f n o, é mo de e O a i o du aç n ix d

    ·'A. Koyré, Boclrm ,p 1 3 1 .

    6 1

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    A I NTUIÇAO DO INST NTE

    olong s çõ s t o is. Qu b net o, ontinui g du d ção d d scon

    ç o u n c i t nt gu dd du ç o, o inst nte o ício p en sce Segt nto d do to se repetindo q e m h ito se Os p rtid rios do tempo descontín o são tes imp essio

    el novid d dos inst ntes f c ndos u conf e o

    su e bi id de su c ci ; é sob tudo elo tbito u l s gost i d ex li sü funç o s ci , ssi como é o t u do co do violino u d to so u se seg e O bito só ode uti iz ene gs su s gundo u i tmo ti ul .É t lvez ness s nti

    u s od inte t fó ul ou n li n :" A n gia nãoss u g nd e ó i ".4 Co f ito, l só él l e ó i , l é ó i u it oP nós, o ábito é, o t nto, se e u to st

    su novid d ; s ons uên i s o desenvolvimento d

    são nt eg s h bitos sub lt nos, s dúvid enos d spende , é eles ene gi ó i ob d tos p i ei s e os do n m. S muel Bu er j obsu e ó i é f t d inci l nt o du s fo

    te o ost s, d novid e d tin , los in

    obj tos nos s o ou os is f ili s, ou os enos i s" 5A nosso v , di nt dess s du s fo ç s, o se sintéti u di ti m nt , d bo g do de ni íbito o o ssi il ção otin i d u novid de. M

    ss noção tin , não st os int duzin o u

    ção inf io , o u nos x o i u s ção c• Si/o , p. 10.

    5 tler, L vie cl l' 1 bitudrtrad L rbaud,p 1 4 9

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    O PROBLEMA DO H BITO E O TEMPO DESCONT[NUO

    cioso. N ão, pois intervém aqui uma que ão d rela ividade de pontos de vista, e, quando se leva seu exame ao domínio da

    otin , percebe e ue el se bene ci , me m sorte q e ohábitos intelectu ismais vos,do impul o fo rneci o pel novi-

    de d cal dos in stantes. Ex mine se o j ogo o hábito hier r-uiza o ve se ue u apti ão só continu sen o

    se se esfo ça p se ult ap ss , se é u p og so. S

    não que toca hoje e ho ue onte , ele se b n on tos m nos c a Se e t usente da ob , seu edos o

    o o h bito de orr r sob o te do.É efe v ente aa uecomanda a mão Cu p e, pois, ap eende o h bito e seu

    i ento para capt o e su essên i ; ele é s i , po

    re ento de ce so, a síntese da novid e e d otin ,síntese é ealizada pelos inst ntes fecundo .�

    Co preende e assi ue a r ndes c i ções cde u se vivo, po exe plo re e em de início u a

    i e lg odo f esc , p óp i p col e novi

    féÉ

    p l v ue ve ob pen e Butle : Qu nto exp ic co o eno p cel de té i pô e i p ede tant fé ponto e se eve consi e la o eço dVidaou ete ina e que con i te e af, eis u coi i pos íve , e tudo ue se pode izer é ue e fé f z p te a

    cia es a de todas s cois s e não epou sob e n d "E a étudo,di o , por ue tua no p óp io nível da síedo instante mas, ubstancial ente, el éada,por ue p e-

    tende t nscender a e idade do inst nte Ain a ui, apectativa e novid de N da eno tradicion ue f na vi .O se ue e ofe ece à vi , e su e b i g ez e nov

    ' Cf. idem op. c i t . pp 1 50 1 57 Ide m op c i t ,p 128.

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    A IN UIÇ O DO INSTAN E

    e tá me mo di po to a to r o pre ente como u pro ede futu A maior da forças é a ingenuidade Roupnel ub n

    precis ente o estado de recol i ento em que se encontr germe de onde vai air a vida Ele c pr endeu tudo quanhav a de liberdade a r ada num o ço absoluto O germé, se dúvida, um ser qu m rt s asp tos i ta, que rec

    eça, ma ó pode reco eçar v rdadeira ente na exuberân

    cia de um início. Iniciar é su verdadeir unç o Ogermenn otra con igo outra coi a en o u iníêo de p cri ção celuNoutra palavra ,o ger en é o início do hábito d viver.Se le ou continuid de n p p g ç o de u e pécie, é porque n

    a'leitu é g eira; toma o o indivíduos co o testemun

    da evoluç o, quando el o eus ator s Com tod o, Rnel de carta todo o princípio ais ou en materialip po to para a segurar u a continuid de or al do ere

    o "Pode ter parecido , diz ele,

    q e c oc n os co o se osme não cons ísse ele entodescon ín os. Invest os o g e d he n dos e posse le ho vesse ss s do e es M s dec e os de

    odas q e a eor a das par ículas representa vas nada ecom a teoria presente Não é necess r o in roduzir no ga eta

    entos que teriam ido constantes legatários do ss do e eteratores do f t ro Par dese penha o papel que lhe atribuo gameta não prec sa dasicelasde N geli , dasgê 1 lasde D indosp gen sde De Vries, doplasma ermi ativode Weissm nn. Elese b sta si mesmo só depende de s a subs ânc atual ,

    virtude t al e de s a ora, e vive e morre nteiramente coco tem orâneoA eranç que l e é articu ar, e que ele rec

    • :ifoe, p. 33.

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    O PROBLEMA DO H BITO E O TEMPO DESCONT NU

    h , e não a r c b do s r at al. Foi ele que a construiz o apaixonado, como se as c amas de amor em que n

    o o vess m despojado d todasa suas servidões funcion is ab l cido em s potência orig nal restituído às suas i

    cias iniciais ')

    No fundo, mais ue a continuidade da i , c

    nuidade do nascimento ue con é ex ca .É í ue ode medi a e dadei a otênc o se . Ess o ,

    emos, o eto no à be de o oss e , q s múlti as nascidas da o dão do se .

    Mas esse onto a a ece á, ta ez, co s c eza

    ue ti e mos desen ol ido, alendo nos dos te s do td scont nuo, nossa teor a meta sica do háb to.

    11

    P ra ns de c areza, formu emos nossa tese o ondo a i etamente s t realistas.Costuma s dize ue o hábito estáins ri o no s r. A no

    e , seria melhor ize , e egando a nguagem os getras, ue o hábito estáexscrito ao ser

    Primei o o indi íduo, na medida em ue com exo, cresponde a uma simultaneidade de ações instant neas; só e

    ont a a si me mo na orção em ue essas ções s mu tecomeçam. Ex imi amos isso bastante b , t ue um indi íduo, tomado na soma de suas ua idades e e

    d vir, cor esponde a uma ha monia de t o tempo

    • Op. cit , p.38.

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    A INTUIÇ O DO INSTANTE

    f to, é pe o itmo que se compreende á me or ess contd de do desco tí uo que nos c be go est be ece p

    g os pi ácu os do se e de ine r su u nid de. O ritmo to si êncio, d mesm sorte que o se transpõe o v zio temq e sep os inst ntes O ser con n a p lo hábito, assimo tempo dura pe a densidade reg ar dos instantes s m d rÉ pe o menos nesse sen do que interpr tamos a tese roupn

    i n :

    O indivíd o é a ex ressão não de u a causa constante as u a justa osição de le branças incessantes fxadas ela atée cuja ligadura não assa, e própri , de u hábito que se so

    õe a todos os de ais. O ser já não é senão u estranho lugde e branças; e quase se oderia dizer que a er anênciaque ele se acredita dotado nada ais é que a ex ressão do hábt