avaliaÇÃo do conhecimento adquirido sobre … · 2019-06-10 · de fluoretos em odontologia...
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ANA PAULA THOMAS
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE FLUORETOS POR ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
LONDRINA 2018
ANA PAULA THOMAS
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE FLUORETOS POR ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia. Orientador: Prof. Dr. Pablo Guilherme Caldarelli
LONDRINA 2018
ANA PAULA THOMAS
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE FLUORETOS POR ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Odontologia.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________ Orientador: Prof. Dr. Pablo Guilherme Caldarelli
Universidade Estadual de Londrina - UEL
____________________________________ Prof. Ms. Maura Sassahara Higasi
Universidade Estadual de Londrina - UEL
Londrina, _____de ___________de _____.
Dedico esse trabalho primeiramente a
Deus, por ter me dado forças e saúde
para superar todas as dificuldades, ao
curso dе Odontologia dа Universidade
Estadual de Londrina е às pessoas
com quem convivi ao longo desses
anos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador Professor Dr. Pablo Guilherme
Caldarelli, não só pela constante orientação neste trabalho, mas sobretudo pela sua
humildade ao repassar todo o seu conhecimento.
Agradeço à Professora Ms. Maura Sassahara Higasi, dispondo com
muita atenção e carinho do seu tempo e por prontamente aceitar ser banca deste
trabalho.
Aos meus pais Dirceu Luíz Thomas e Nedi Schenkel Thomas,
pessoas das quais me inspiro todos os dias, que nunca pouparam esforços para que
esse sonho tornasse realidade e sempre dedicaram as suas vidas pela felicidade de
suas filhas.
A minha irmã querida Thaís Camila Thomas, que esteve presente
em todos os momentos da minha formação, sempre me apoiando e incentivando.
Ao meu namorado Caio Felipe Borelli de Mattos, melhor amigo e
companheiro de todas as horas, sempre me ensinando e ajudando a elaborar cada
etapa desse trabalho.
A minha amiga, dupla e parceira de todos os dias na graduação
Bianca Piscinato Piedade Rosa, na qual sempre me apoiou e me ouviu em todos os
momentos.
A minha colega de turma Talita Roberta Scaraboto pela colaboração
durante a produção deste trabalho, desde o início até o seu término.
Gostaria de agradecer também meus avós Hilda Kalp de Almeida,
Ilka Thomas, Vicente Paulo Thomas e todas as pessoas que atuaram indiretamente
contribuíndo para minha formação.
“A Odontologia é uma profissão que ex ige
dos que a ela se dedicam, o senso estético
de um artista, a destreza manual de um
cirurgião, os conhecimentos científicos de
um médico e a paciência de um monge. É
nobre a missão do cirurgião-dentista!”
PAPA PIO XII (1876-1958)
THOMAS, ANA PAULA. Avaliação do conhecimento adquirido sobre fluoretos por estudantes de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina. 55 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018.
RESUMO
Introdução: A maneira como o profissional em formação apreende os conteúdos
relacionados a abordagem da utilização racional dos fluoretos irá determinar a sua
postura no enfrentamento da doença cárie. Objetivo: Avaliar os conhecimentos
adquiridos sobre fluoretos por estudantes do curso de graduação em Odontologia da
Universidade Estadual de Londrina (UEL). Material e Métodos: Trata-se de uma
pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. Foi utilizado um questionário
estruturado em duas partes. A primeira parte encontra-se relacionada com os dados
do perfil do estudante (gênero, idade, natureza do ensino fundamental e médio,
período do curso em que se encontra matriculado). A segunda parte conta com 10
perguntas objetivas sobre os conhecimentos específicos referentes ao uso racional
de fluoretos em Odontologia (meios de uso, mecanismo de ação, metabolismo e
toxicidade). Como elemento constituinte desse questionário, foram projetadas
imagens de casos clínicos para abordagem do diagnóstico e tratamento. Além disso,
foi coletado o Projeto Pedagógico de Curso (PPC) (matriz curricular e programas de
aprendizagem) do curso de Odontologia da UEL. Foi realizada análise estatística
descritiva dos dados. Resultados: Os resultados encontrados apontam para a
necessidade de adequações curriculares dos conteúdos relacionados ao uso
racional de fluoretos no curso de Odontologia da UEL.
Palavras-chave: Conhecimento; Flúor; Educação em Odontologia; Ensino.
THOMAS, ANA PAULA. Evaluation of acquired knowledge about fluorides by students of Dentistry of the State University of Londrina. 55 sheets. Course Completion Work (Graduation in Dentistry) - State University of Londrina, Londrina, 2018.
ABSTRACT
Introduction: The way in which the training professional apprehends the content
related to approach the rational use of fluorides will determine their posture in coping
with caries disease. Objective: To evaluate the knowledge acquired about fluorides
by students of the undergraduate course in Dentistry of the State University of
Londrina (UEL). Material and Methods: This is a quantitative, descriptive and cross-
sectional study. Obtained through a structured questionnaire in two parts. The first
part is related to the data of the profile of the student (gender, age, nature of
elementary and secondary education, period of the course in which it is enrolled).
The second part has 10 objective questions about the specific knowledge regarding
the rational use of fluorides in dentistry (means of use, mechanism of action,
metabolism and toxicity). As a constituent element of this questionnaire, clinical
cases images were designed to approach diagnosis and treatment. In addition, the
Pedagogical Course Project (PPC) (curricular matrix and learning programs) was
collected from the UEL Dentistry course. A comparative statistical analysis of
proportions was performed between the 1st, 3rd and 5th grade classes, in order to
obtain information about the improvement of knowledge during the undergraduate
course. Results: The results found point to the need for curricular adaptations of
contents related to the rational use of fluorides in the UEL Dentistry course.
Key words: Knowledge; Fluorine; Education in Dentistry; Teaching.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Imagens utilizadas nas questões de caso clínico I (A), II (B), III (C) e IV
(D)...............................................................................................................................28
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Avaliação do conhecimento adquirido sobre o uso de Fluoretos em
diferentes períodos, porcentagens de acertos...........................................................26
Gráfico 2 – Avaliação do conhecimento sobre diagnóstico de casos clínicos
aplicados aos estudantes de Odontologia da 1ª, 3ª e 5ª série da UEL......................28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Perfil dos estudantes participantes da pesquisa......................................25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATF Aplicação Tópica de Flúor
CD Cirurgião-Dentista
CPO-D Índice de Cariados, Perdidos e Obturados em dentes permanentes
FA Fluorapatita
HA Hidroxiapatita
IES Instituição de Ensino Superior
pH Potencial Hidrogeniônico
PPC Projeto Pedagógico do Curso
ppm Partes por Milhão
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UEL Universidade Estadual de Londrina
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................13
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... .15
2.1 Considerações sobre o flúor na forma ionizada..........................................15
2.2 Atuação do fluoreto no elemento dental......................................................15
2.3 Fluoretação das águas de abastecimento público......................................16
2.4 Dentifrício fluoretado....................................................................................17
2.5 Géis fluoretados...........................................................................................18
2.6 Vernizes e espumas fluoretadas..................................................................18
2.7 Cariostático..................................................................................................19
3 OBJETIVO...................................................................................................21
4 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................22
4.1 Local da pesquisa........................................................................................22
4.2 Obtenção de dados através do material da pesquisa .................................22
4.3 Características gerais da população do estudo...........................................22
4.4 Critérios de inclusão e exclusão..................................................................23
4.5 Análise dos Dados.......................................................................................23
5 RESULTADOS............................................................................................25
6 DISCUSSÃO................................................................................................30
7 CONCLUSÃO..............................................................................................36
REFERÊNCIAS...........................................................................................37
APÊNDICES.................................................. ............................................ .44
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................. .45
APÊNDICE B – Questionário......................................................................47
ANEXOS ................................................................................................... .51
ANEXO A – Parecer do Comitê de Ética ................................................... .52
13
1. INTRODUÇÃO
A cárie dentária ainda é um problema de saúde pública no Brasil e
no mundo. Estratégias preventivas embasadas no uso de fluoreto provocaram, nas
últimas décadas, uma diminuição em nível populacional dessa doença. Assim, o
flúor tem sido considerado o principal responsável pelo declínio mundial de cárie que
tem ocorrido desde a década de 60 (BRATTHALL et al., 1996; NARVAI et al., 1999;
CURY et al., 2004).
Neste contexto, quando os esforços se voltaram para a prevenção,
recomendava-se a ingestão de fluoreto durante a formação dos dentes para que
esses se tornassem mais resistentes aos ácidos produzidos pelas bactérias do
biofilme dental quando o açúcar fosse ingerido (TRUHLAR, 1997). Hoje, sabe-se que
o flúor é um fator determinante positivo, agindo diretamente sobre o processo de
des-remineralização mediante sua presença constante na cavidade bucal, ou seja, a
partir de mecanismos de atuação local (TENUTA; CURY, 2010).
As modificações nos conceitos da doença cárie e na importância do
uso do fluoreto para seu controle – antes tido como importante quando incorporado
ao mineral dos dentes – tiveram mudanças tão drásticas que ainda hoje não foram
totalmente incorporadas nos currículos dos cursos de Odontologia.
Outro paradigma encontra-se relacionado à utilização de dentifrícios
sem flúor ou com baixa concentração de flúor em crianças, o qual tem sido bastante
discutido. Isso se deve ao fato de que na década de 90 em um cenário em que a
prevalência da cárie dentária estava em redução e a de fluorose em aumento na
população americana, iniciou-se uma discussão de que o risco à fluorose dental
pudesse se sobrepor ao efeito anticárie conseguido pelos dentifrícios fluoretados
(HOROWITZ, 1995). Assim, foi empiricamente sugerido a utilização de dentifrícios
sem flúor ou com concentração reduzida na primeira infância, embora fosse
reconhecido que a ingestão de flúor pelo dentifrício não era o único responsável pelo
aumento dos índices de fluorose.
Atualmente, revisões sistemáticas da literatura têm concluído que o
efeito na redução da prevalência da cárie dentária está fortemente associado ao uso
de dentifrícios que possuam uma concentração de pelo menos 1000 ppm de flúor
(WALSH et al., 2010). Assim, baseado no conhecimento disponível na literatura
14
científica mundial, os dentifrícios sem flúor ou com baixa concentração de flúor não
apresentam evidência de sua eficácia na prevenção da cárie dentária em crianças
(QUEIROZ et al., 2008; CURY et al., 2010b; SANTOS et al., 2013) e não devem ser
recomendados.
Os conteúdos relacionados ao uso de fluoreto como estratégia
preventiva no controle da doença cárie são recorrentes em diferentes ciclos de
formação profissional (básico, clínico e de saúde coletiva) nos currículos das IES no
Brasil (NÓBILO et al., 2014). Esse fato pode, de certa forma, influenciar
negativamente a adoção de práticas e recomendações padronizadas em relação à
doença e seu tratamento em uma mesma instituição. O estudante de Odontologia
deve ser capaz de selecionar adequadamente o meio de uso de fluoretos (auto-uso
ou aplicação profissional), após realização da avaliação de risco à doença cárie.
Neste contexto, ele deve ter conhecimento profundo suficiente sobre os diferentes
meios de utilização racional do flúor, assim como conhecer suas especificações,
indicações, benefícios e riscos (BOTTENBERG et al., 2011).
Assim, considerando a existência de paradigmas e a inconsistência
na padronização de práticas e recomendações, torna-se importante ressaltar que a
maneira como o profissional em formação apreende os conteúdos relacionados a
abordagem da cárie dentária e a utilização racional dos fluoretos irá determinar a
sua postura no enfrentamento da doença, por isto a necessidade de se investigar os
aspectos concernentes ao ensino da temática (NÓBILO et al., 2014).
15
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Considerações sobre o flúor na forma ionizada
O Flúor é um elemento químico localizado na Família 7A da tabela
periódica, classificando-o como pertencente à família dos halogênios (alta
eletronegatividade, ou seja, tendência em atrair elétrons). Na sua configuração
eletrônica o átomo de flúor possui sete elétrons em sua camada de valência, dessa
forma, necessita de um elétron para adquirir a estabilidade de um gás nobre (de
acordo com a Regra do Octeto, onde define que oito elétrons na camada de
valência conferem maior estabilidade a um átomo). Assim, o flúor
possui NOX (número de oxidação) de -1 expressando tendência em fazer apenas
uma ligação química, sendo em molécula orgânica ou inorgânica, após a ligação
essa molécula é nomeada de fluoreto (F-).
O elemento flúor é um componente natural da biosfera sendo o 13º
elemento mais abundante da crosta terrestre, encontrado em várias concentrações
no solo e em fontes naturais águas. Considerado importante para todos os tecidos
mineralizados do corpo e o seu uso apropriado traz benefícios para a integridade
óssea e dentária. Tendo impacto positivo e relevante sobre a saúde bucal e geral.
Aproximadamente 99% do flúor encontrado no corpo humano encontram-se nos
tecidos duros (WHITFORD, 1990).
2.2 Atuação do Fluoreto no elemento dental
O flúor não interfere nos fatores incumbidos da doença cárie, isto é,
a formação de biofilme e a biotransformação de açúcares em ácido. Embora não
interfira na iniciação da doença, ele é eficiente em reduzir a sua progressão, sendo
um fenômeno essencialmente físico-químico. O açúcar é transformado em ácido
pelo biofilme dental atingindo um pH crítico, dissolvendo a hidroxiapatita (HA), na
presença do flúor ocorre a formação de fluorapatita (FA), um mineral menos solúvel.
Essa quantidade de flúor encontrada no esmalte formado é próxima
de 10% de FA, porcentagem da qual não diminui consideravelmente a ação dos
ácidos de origem bacteriana. Entretanto, a FA é um mineral menos solúvel, tendo
maior resistência comparado à HA durante os fenômenos de desmineralização e
remineralização. Consequentemente, numa certa faixa de pH, haverá dissolução de
16
HA (meio é subsaturante) e, concomitante, quando o pH retorna ao normal ocorre
precipitação de FA (meio super-saturante), contrabalanceando a perda mineral da
estrutura dental e, retardando o desenvolvimento de lesões de cárie (CURY, 2001;
BRASIL, 2014).
2.3 Fluoretação das águas de abastecimento público
As águas de abastecimento público, quando fluoretadas, retratam
uma das principais e mais importantes táticas de saúde pública no mundo para o
controle da cárie dentária, considerando a abrangência coletiva, beneficiando todos
os grupos socioeconômicos e com um excelente custo-benefício (CENTERS FOR
DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 1999).
A técnica de fluoretação das águas de abastecimento público
consiste na adição controlada 4de um composto de flúor com a finalidade de
aumentar a concentração do mesmo para um teor predeterminado e desta forma
atuar no controle da cárie dentária (BRASIL, 2009). Na descontinuação temporária
ou definitiva da fluoretação ou caso os teores de flúor ficarem abaixo do
recomendado, ocasionará a perda do benefício. Nessas situações de interrupção da
medida, após cinco anos, o aumento na prevalência a lesões de cárie pode ser de
aproximadamente 27% e 35% para a dentição decídua e permanente,
respectivamente (CURY, 1992).
Na regulamentação brasileira pela Resolução Nº 6.050, de 24 de
maio de 1974, sendo devidamente regulamentada pelo Decreto Federal nº 76.872,
de 22 de dezembro de 1975 (BRASIL, 2004), que dispõe sobre a obrigatoriedade da
fluoretação, é estabelecido que a quantidade ideal de flúor presente na água de
abastecimento público, na maior parte do território brasileiro, é de 0,7ppm ou
0,7mg/L sendo o valor máximo é 1,5ppm, ou seja, 1,5 mg de fluoreto por litro de
água. Uma concentração próxima de 1 mg/L promove uma máxima redução no
índice CPO-D e ultrapassando o teor 1,5 mg/L não ocorre uma melhora significativa
neste índice, entretanto, predispõe a um aumento na ocorrência de fluorose dentária
(KOZLOWSKI; PEREIRA, 2003).
Todavia, a Portaria do Ministério da Saúde nº 635/BSB, de 26 de
dezembro de 1975, aprova e determina normas e padrões a serem seguidos, desde
que dentro desse índice, a concentração do íon flúor a ser utilizado será dado de
17
acordo com as médias das temperaturas máximas anuais de cada região para a
correta implantação da fluoretação das águas de abastecimento (BRASIL, 1975).
2.4 Dentifrício fluoretado
Composto basicamente por água, abrasivos, detergentes,
conservantes, umectantes, ligantes, flavorizantes e agentes terapêuticos como o
flúor (CURY, 2015), os dentifrícios fluoretados passaram a ser responsável por 50%
do consumo total de flúor em 1988 (CURY, 1989) e a partir do ano de 1990 próximo
de 100% dos dentifrícios comercializados no Brasil passaram a ter flúor em sua
composição, com o consumo brasileiro per capita sendo 1,4 g/dia (CURY, 1997).
O dentifrício fluoretado é predominantemente tópico e não deve ser
ingerido. Considerado o mais importante sistema de distribuição de flúor
(CAVALCANTI et al., 1986), oferecendo frequência regular de exposição ao fluoreto,
quando utilizados ao menos duas vezes ao dia (CURY, 1989), age sobre as
superfícies dentárias, conferindo uma reposição contínua de fluoreto no dente
(MARINHO, 2006). O mecanismo de ação ocorre principalmente na interface
placa/esmalte, por meio da remineralização de lesões iniciais de cárie e na
diminuição da solubilidade do esmalte dentário.
As normas que regulamentam os dentifrícios fluoretados no Brasil
(Resolução nº 79 de 28 de agosto de 2000) (BRASIL, 2004) determinam que tenham
no máximo 0,15% de F (1.500 ppm), sem considerar parêmetros mínimos e tipos de
agentes de fluoretação (CURY; CALDARELLI e TENUTA, 2015). Atualmente,
revisões sitemáticas da literatura tem recomendadoa utilizaçao de dentifricios com
concentrações de pelo menos 1000 ppm de flúor a partir do aprecimento do primeiro
dente na cavidade bucal (WALSH et al., 2010).
Sarmiento e Ando (1996) citam também que a quantidade
recomendada pela literatura mundial por escovação é de 0,3 a 0,5g de dentifrício,
desenvolvendo uma técnica chamada de Transversal, que consiste na aplicação de
creme dental na escova neste sentido sobre as cerdas da escova dentária infantil,
demonstrando ser uma técnica segura e simples. Desta forma, o profissional
cirurgião-dentista tem um papel fundamental para orientar as famílias sobre a
introdução de dentifrícios e qual a quantidade adequada em cada idade (FELDENS
et al., 2001).
18
2.5 Géis e espumas fluoretadas
Os níveis de concentrações de fluoretos nesses produtos variam
próximo a 9.000 ppm de F (neutro), entretanto concentrações maiores (12.300 ppm,
quando acidulado) podem ser indicadas em programadas escolares realizadas sob
supervisão de um profissional, preconizando também a aplicação semestral ou anual
nessa concentração (1,23%), porém aplicações semestrais tem demonstrado uma
eficácia maior em relação ao anual (CURY, 1989). Atualmente também tem sido
amplamente utilizado espumas e mousses, que tem características semelhantes aos
géis fluoretados.
Este método é classificado como seguro, todavia por precaução,
deve-se manter o paciente em posição ereta, utilizar moldeiras sempre limitando a
quantidade de gel aplicada na moldeira de 2,5 mL e essencialmente fazer o paciente
expelir o excesso do produto após a retirada das moldeiras (LECOMPTE, 1987).
Segundo Larsen et al. (1985), quando o paciente ingerir
acidentalmente poderá acarretar náuseas, ressaltando que quando aplicadas com
auxílio de moldeiras, em crianças com idade pré escolar, deve-se monitorar
constantemente, pois ocorre risco de ingestão do gel. Em relação a toxicidade
croônica,não existe risco para a fluorose dentária (efeito colateral único conhecido
da exposição crônica ao flúor), pois apesar da concentração do gel ser alta, indica-
se uma baixa frequência de exposição (CURY; TENUTA, 2010).
2.6 Vernizes e espumas fluoretadas
Os primeiros vernizes fluoretados foram produzidos na década de
60, como forma de otimizar e ter uma maior efetividade na aplicação tópica,
prolongando o contato com a superfície dentária, promovendo reservatórios de flúor
e lenta liberação, proporcionando um aumento da sua concentração na cavidade
bucal do paciente, sem aumentar a duração da consulta odontológica (SOARES;
VALENÇA, 2003; CARVALHO et al., 2010).
Produzidos de forma natural ou sintética e possuem sais de fluoretos
dissolvido em etanol (SALAZAR, 2008). Segundo Bruin e Arends (1987), os vernizes
fluoretados aumentam o tempo de contato entre a superfície do esmalte dental e o
material, permanecendo aderido por longos períodos (12 horas ou mais) por
possuírem uma base resinosa, funcionando como reservatório (tendo uma liberação
19
lenta destes íons) evitando a dissipação imediata de flúor após a sua aplicação e,
além disso, agem como uma barreira mecânica (MARINHO, 2004). Os vernizes
fluoretados proporcionam níveis de flúor mais elevados (aproximandamente 22.500
ppm de F) e persistestes, tanto na saliva quanto no esmalte, quando comparados a
outros meios tópicos, não implicando em uma maior efetividade clínica, pois os
resultados de redução, obtidos nos índices de cárie dos vernizes, são semelhantes
quando comparados com soluções de géis fluoretados.
O verniz fluoretado normalmente é bem tolerado a água, conferindo
a propriedade de adesão ao dente, reproduzindo seu efeito mesmo na presença de
saliva. Sua atuação é por meio da liberação do etanol à saliva e devido à
incorporação simultânea de água, dá-se condições para que a resina insolúvel forme
uma película básica no tecido dentário, ocorrendo liberação de flúor de forma lenta e
gradativa (PINTO, 1993).
Em pacientes com histórico de lesões de cárie ou com alta ativade,
recomenda-se duas aplicações anuais, no mínimo. Quando em programas de saúde
pública e coletiva, as recomendações são de duas a quatro aplicações anuais,
necessitando de profilaxia prévia dos dentes (escovação) e posteriormente realizar
isolamento relativo (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION,
1999).
2.7 Cariostático
O uso do cariostático (diamino fluoreto de prata) é relatado desde
longa data, tanto na prevenção quanto na paralisação das lesões de cárie,
principalmente envolvendo dentina (SANTOS et al., 2008). Historicamente, no
estado do Paraná, sua utilização encontra-se relacionada como uma das principais
estratégias na estruturação do Programa de Atenção Precoce à Saúde Bucal (Bebê-
Clínica), que surgiu no ano de 1985 por meio do curso de Odontologia da
Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP) (WALTER; NAKAMA, 1994; SCARPELLI et al., 1996; BALDANI et al.,
2003). Trata-se de uma opção atrativa para o controle de lesões de cárie cavitadas
em dentina, por se tratar de um produto com aplicação simples, rápida e de baixo
custo (GAO et al., 2016; SOUSA et al., 2016). Além disso, revisões sistemáticas da
literatura apontam que o diamino fluoreto de prata tem mostrado superioridade em
20
relação ao uso de vernizes fluoretados (ROSENBLATT et al., 2009; GAO et al.,
2016).
Apresenta na composição hidróxido de amônia, nitrato de prata,
hidróxido de cálcio, ácido fluorídrico e solvente e as concentrações comercializadas
no Brasil são de 10%, 12%, 30% e 38%. As propriedades do diamino fluoreto de
prata são de tornar o esmalte dental mais resistente, inibir a formação de biofilme,
diminuir a produção ácida dos microrganismos na dentina cariada, diminuir a
população de Streptococcus mutans e obliterar os canalículos dentinários expostos,
estabelecendo uma ação cariostática e impedindo o desenvolvimento de lesões de
cárie (DITTERICH et al., 2006).
Montandon (2000) realizou um estudo comparando três
concentrações do diamino fluoreto de prata (10%, 12% e 30%) e nitrato de prata a
2% em relação ao seu efeito antimicrobiano. E concluiu que quanto maior a
concentração da solução cariostática, maior é o seu efeito antibacteriano. Todavia,
Montandon (1987) em outro estudo, realizou o tratamento de cavidades profundas
de cárie com o diamino fluoreto de prata a 38%. Houve um maior comprometimento
pulpar com o aparecimento de abscesso quando utilizado diamino fluoreto de prata a
38%, enquanto que na concentração de 10% não se percebeu tais alterações.
Guedes-Pinto (1999), ressalta que antes da aplicação do diamino
fluoreto de prata, deve-se informar aos pais/responsáveis que na área em que o
processo da cárie estiver presente, ocorrerá o escurecimento. Guedes preconizou
uma técnica para a aplicação do cariostático, que consiste primeiramente em
profilaxia com pedra-pomes e água dos dentes, remoção da dentina amolecida com
curetas, lavagem e secagem da cavidade, proteção dos tecidos moles com vaselina
ou manteiga de cacau (para evitar a pigmentação destes tecidos), isolamento
relativo com roletes de algodão e secagem do campo operatório, aplicação do
produto com auxílio de bolinha de algodão, cotonete umedecido ou microbrush por 3
minutos.
Caso ocorrer contato desta substância com tecido mole, por
exemplo, a gengiva, formando uma área esbranquiçada, deve-se neutralizar com
solução salina a 3%. Se ocorrer contato do produto com a pele e roupas,
recomenda-se lavar com água, amônia ou água oxigenada. Para melhorar a eficácia
21
do tratamento, as reaplicações devem ser feitas trimestralmente, maximizando assim
a ação cariostática da solução.
Sugere-se aos profissionais que conversem com os pais sobre as
vantagens e limitações das aplicações do cariostático nos dentes das crianças e
compartilhem com eles a decisão sobre a indicação do tratamento para cada caso
específico (SOUSA et al., 2016; OLIVEIRA, 2017).
22
3. OBJETIVO
Avaliar os conhecimentos adquiridos sobre o uso racional de
fluoretos por estudantes do curso de graduação em Odontologia da UEL.
23
4. MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. O
estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UEL (número do Parecer:
2.782.732) (Anexo A). A participação dos voluntários (estudantes do curso de
Odontologia) foi realizada de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras do
Conselho Nacional de Saúde (Resolução nº 466/12), após a coleta de assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A).
4.1 Local da pesquisa
A pesquisa foi realizada na Clínica Odontológica Universitária (COU)
da Universidade Estadual de Londrina - UEL.
4.2 Obtenção de dados através do material da pesquisa
Os dados foram obtidos por meio de um questionário estruturado em
duas partes. A primeira parte encontra-se relacionada com os dados do perfil do
estudante (gênero, idade, natureza do ensino fundamental e médio, período do curso
em que se encontra matriculado). A segunda parte conta com 10 perguntas objetivas
sobre os conhecimentos específicos referentes ao uso racional de fluoretos em
Odontologia (meios de uso, mecanismo de ação, metabolismo e toxicidade) (Apêndice
B). Como elemento constituinte desse questionário, foram projetadas imagens de
casos clínicos para abordagem do diagnóstico e tratamento. As imagens utilizadas no
teste são oriundas do banco de imagens de casos clínicos do pesquisador responsável
e também de materiais didáticos. Estima-se que o questionário seja respondido em
média no tempo de 30 a 45 minutos. Os dados que permitiam a identificação dos
participantes da pesquisa foram mantidos em sigilo.
Além disso, foi coletado o Projeto Pedagógico de Curso (PPC)
(matrizes curriculares e programas de aprendizagem) do curso de Odontologia da
Universidade Estadual de Londrina (UEL) auxiliando na discussão dos resultados
encontrados.
4.3 Características gerais da população do estudo
24
Participaram do estudo 115 discentes, sendo essa amostra composta
por estudantes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina
devidamente matriculados na 1ª série, 3ª série e 5ª série, sendo escolhido, de forma
aleatória, 30 estudantes por turma. A faixa etária da amostra da pesquisa é de 18 a 25
anos de idade e a distribuição por sexo composta de 21,6% homens e 78,4% mulheres.
4.4 Critérios de inclusão e exclusão
Os critérios de inclusão do estudo foram: estudantes devidamente
matriculados na 1ª, 3ª ou 5ª série do curso de Odontologia da Universidade Estadual
de Londrina, durante o segundo semestre letivo de 2018.
Os critérios de exclusão foram: estudantes menores de 18 anos, não
assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), além dos estudantes
ausentes por motivo de doença ou licença durante o período da coleta. Os dados que
permitiam a identificação dos participantes da pesquisa foram mantidos em sigilo.
4.5 Análise dos dados
Os dados foram tabulados utilizando o programa Microsoft Office Excel® e
apresentados por meio de análise descritiva das turmas da 1ª, 3ª e 5ª série.
25
5. RESULTADOS
Os resultados obtidos na primeira etapa do estudo, definindo perfil
da amostra, encontram-se descrito na Tabela 1.
Tabela 1 – Perfil dos estudantes participantes da pesquisa.
Fonte: o próprio autor
Verifica-se uma predominância do sexo feminino em todas as séries
avaliadas. Em relação à faixa etária, na 1ª série, a maioria dos alunos apresentam
idade abaixo de 20 anos e na 3ª e 5ª série, idades entre 21 a 24 anos. Ao
avaliarmos se estudou o ensino fundamental e médio em escola pública ou privada,
verificou-se uma predominância de alunos do primeiro ano estudou em escola
privada, no terceiro ano, a maioria dos alunos cursaram o ensino fundamental em
escola privada e o ensino médio em escola pública e no quinto ano, a maioria
estudou em escola pública.
26
Na segunda etapa da pesquisa, os alunos responderam 10
perguntas objetivas sobre os conhecimentos adquiridos específicos referentes ao
uso racional de Fluoretos em Odontologia e após as correções, obteve-se as
porcentagens de acerto de cada questão nas três séries avaliadas, como
apresentado no Gráfico 1, onde observou-se uma predominância de acerto dos
alunos que estão cursando o 3º ano da graduação.
Gráfico 1 – Avaliação do conhecimento sobre o uso de Fluoretos em estudantes de
Odontologia da 1ª, 3ª e 5ª série da UEL.
Fonte: O próprio autor
Na pergunta de número 1, os estudantes foram abordados sobre o
mecanismo de ação do fluoreto no controle da cárie dentária, onde a resposta
correta é que o fluoreto tem a capacidade de ativar a precipitação de minerais
perdidos pela estrutura dental, aumentando o processo de remineralização, obteve-
se uma porcentagem de acertos de 16,13% na primeira série, 88,89% na terceira
série e de 87,18% no quinta série.
A questão número 2 abordava sobre os meios de uso de fluoreto em
Odontologia, na qual esperava-se que os graduandos respondessem que vernizes
27
fluoretados, géis e espumas são considerados meios profissionais de uso de
fluoretos, obteve-se uma porcentagem de acertos de 41,94% na primeira série,
97,78% na terceira série e de 69,23% na quinta série.
A pergunta de número 3, aborda sobre conhecimentos específicos
de dentifrícios floretados, onde a resposta correta é que eles devem conter, no
mínimo, 1000 ppm F para garantir o efeito anticárie. A porcentagem de acertos dos
alunos foram de 3,23% na primeira série, 15,56% na terceira série e de 35,90% na
quinta série.
A pergunta de número 4, aborda sobre os conhecimentos
relacionados a aplicação tópica de flúor (ATF), onde esperava-se que os alunos
respondessem que a ATF tem como objetivo formar um reservatório de flúor na
superfície dental. Após as análises de acertos, verificou-se um acerto de 9,68%,
68,89% e 56,41% na 1ª, 3ª e 5ª série respectivamente.
Na questão de número 5, foi abordado sobre a toxicidade do
fluoreto, onde a resposta correta era que o fluoreto ingerido e absorvido, durante a
formação dos dentes, a partir de qualquer meio de uso crônico ou diário de flúor, é
fator e risco para a fluorose dental, obteve-se uma porcentagem de acerto de
48,39% na 1ª série e 66,67% tanto na 3ª série quanto na 5ª série.
Na pergunta de número 6, os estudantes foram questionados sobre
as recomendações de uso de fluoreto, onde, dentro das opções, esperava-se que
respondessem que dentifrícios fluoretados, contendo pelo menos 1000 ppm de flúor
solúvel, devem ser utilizados por crianças de todas as idades. Nesta questão,
nenhum aluno da primeira série acertou e obteve-se 13,33% e 25,64% de acertos na
3ª e 5ª série respectivamente.
28
Figura 1: Imagens utilizadas nas questões de caso clínico I (A), II (B), III (C) e IV (D).
Fonte: O próprio autor
Gráfico 2 – Avaliação do conhecimento sobre diagnóstico de casos clínicos
aplicados aos estudantes de Odontologia da 1ª, 3ª e 5ª série da UEL.
Fonte: O próprio autor
Nas perguntas de número 7, 8, 9 e 10 foram realizados projeções de
casos clínicos (Figura 1). No primeiro e no segundo caso clínico (pergunta 7 e 8),
A B
C D
29
pedia-se o correto diagnóstico, segundo o Índice de Dean, sendo que no primeiro
caso a resposta correta Código 0 (normal) e no segundo caso, Código 2 (muito leve).
Neste caso, obtive-se na questão 7, acertos de 9,68%, 4,44% e 2,56% no primeiro,
terceiro e quinto ano, respectivamente e na questão de número 8, acertos de
19,35% no primeiro ano, 66,67% no segundo ano e 28,21% no quinto ano (Gráfico
2).
Na pergunta de número 9 e 10 (terceiro e quarto caso clínico),
também de casos clínicos, pedia-se o correto diagnótico das imagens projetadas,
onde esperava-se que os alunos respondessem lesão de cárie ativa no terceiro caso
clínico e fluorose dentária no quarto caso clínico. Os acertos dessas questões foram
de 3,23% e 70,97% do primeiro ano, 37,78% e 84,44% no terceiro ano e de 25,64%
e 87,18% no quinto ano, respectivamente (Gráfico 2).
30
6. DISCUSSÃO
No curso de Odontologia da UEL, a partir do segundo semestre da
primeira série conteúdos sobre flúor são abordados. Na terceira série o conteúdo é
ministrado dentro de um módulo específico de Cariologia (Seminário Integrados).
Isso justifica a escolha da amostra, presente nesta pesquisa, ser aplicadas nessas
séries. Em relação à quinta série destaca-se a importância de avaliar o
conhecimento adquirido durante o período da graduação para abordagem clínica da
doença cárie.
Em relação ao mecanismo de ação dos fluoretos, os alunos do
terceiro e quinto ano responderam de forma eficaz, obtendo quase 90% de acertos
(88,89% e 87,18%, respectivamente) enquanto o primeiro ano, no qual foi avaliado o
conhecimento adquirido durante o ensino fundamental e médio apenas, acertaram
16,13%, demonstrando assim, a necessidade da abordagem do assunto na
graduação.
Sobre o mecanismo de ação do fluoreto, segundo Cury (1996), no
período pré-eruptivo ocorre uma atenuação na solubilidade do esmalte em ácido
devido a incorporação de flúor ao cristal de hidroxiapatita e, no período pós-eruptivo,
tem-se uma promoção de remineralização e repressão de lesões cariosas iniciais
ocorrendo também inibição da glicólise, processo pelo qual as bactérias cariogênicas
metabolizam carboidratos fermentáveis.
O esmalte dentário é composto por cristais de hidroxiapatita,
distribuídos e formando os prismas de esmalte. Encontra-se espaços (lacunas) entre
estes prismas, nomeados de espaços interprismáticos, no qual circulam o fluido do
esmalte, através destas vias de circulação, existe uma troca de concentrações
(difusão) entre a saliva e o esmalte. Dessa forma, quando tem-se um aumento das
concentrações no fluido do esmalte (produção de ácidos), haverá a tendência de
íons Cálcio deixarem o esmalte e se difundirem para a saliva (desmineralização) e,
quando cessar a ativade cariogênica, no momento em que a concentração de Cálcio
da saliva for maior que a do fluido do esmalte, o fluxo desse íon ocorerá no sentido
contrário, da saliva para o esmalte (remineralização). Quando existir concentração
em torno de 1ppm de flúor, teremos uma aceleração da remineralização em
aproximadamente 5 vezes (BUZALAF, 1996).
31
Na pesquisa, quando abordados sobre meios de utilização de
fluoreto em Odontologia, os discentes do terceiro ano responderam de forma
compatível com a atual literatura, totalizando quase 100% de acertos (97,78%),
porém, principalmete o primeiro ano, atuou em convergência dos autores em suas
respostas, onde os alunos do primeiro ano e quinto ano atingiram 41,94% e 69,23%
de acertos, respectivamente.
A literatura tem apontado inconsistências e recomendações
divergentes quanto ao uso de dentifrícios e outros meios de uso de flúor por
instituições governamentais brasileiras (SANTOS et al., 2010) e programas de
intervenção precoce em saúde bucal de Instituições de Ensino Superior (IES) do
país (SÃO PAULO, 2000; CHEDID; CURY, 2004).
Além da água e dos dentifrícios fluoretados, outras formas de
utilização de fluoretos também vêm sendo muito empregadas, tanto como meios
preventivos de âmbito populacional quanto para uso individual. Dentre os meios
complementares para uso de flúor, destacam-se as soluções para bochechos, géis,
espumas, vernizes, cariostáticos (diamino fluoreto de prata) e associações de meios.
É importante ressaltar que todos esses meios, independentemente da forma de
utilização, aumentam a concentração de flúor na cavidade bucal, interferindo no
processo de desmineralização e remineralização (TENUTA; CURY, 2016).
No presente estudo, quando abordados sobre os assuntos de uso do
dentifrício fluoretado e as recomendações de uso de fluoretos em Odontologia, a
maioria dos discentes responderam erroneamente, de forma contrária ao que diz na
literatura. Onde pedia-se sobre dentifrício contendo flúor, esperava-se que
assinalassem a alternativa que cita conter no mínimo 1000 ppm de F para garantir o
efeito anticárie, porém teve uma grande margem de erro, onde os alunos do primeiro
terceiro e quinto ano acertaram apenas 3,23%, 15,56% e 35,90% respectivamente.
E sobre recomendações do fluoreto, na qual a resposta correta seria
que os dentifrícios fluoretados contendo pelo menos 1000 ppm de flúor devem ser
utilizados por crianças de todas as idades, os graduandos obtiveram uma margem
de erro ainda maior, onde a primeira série não teve acertos nessa questão, a terceira
série acertaram 13,33% e a quinta série 25,64% de acertos apenas.
Usualmente a concentração de flúor adicionada aos dentifrícios,
para que tenha efeito sobre a doença cárie em populações, é em torno de 1.000 -
32
1.500 ppm. As normas que regulamentam os dentifrícios no território brasileiro
(Resolução nº 79 de 28 de agosto de 2000) somente determinam que possua no
máximo 0,15% de F (1.500 ppm) (BRASIL, 2004; CURY; CALDARELLI; TENUTA,
2015).
O flúor presente nos dentifrícios ou de qualquer forma de seu uso, é
importante para crianças e adultos, agindo tanto em esmalte quanto em dentina.
Estudo executado com voluntários acima de 50 anos de idade demonstrou que
quando utilizado dentifrício fluoretado na higiene oral em relação à escovação com
pasta não-fluoretada, ocorreu uma diminuição de 41% e de 67% de cárie em
esmalte e dentina radicular, respectivamente (CURY, 2001).
Marinho et al. (2004) realizaram uma pesquisa com 70 análises,
verificando a influência das concentrações do flúor e frequência de uso nos diversos
níveis de cárie inicial e concluíram que ocorreu uma redução da prevalência de cárie
de 21% a 28%. Apuraram que o efeito protetor do dentifrício fluoretado amplificou
em voluntários com níveis iniciais mais altos de cárie, com uma concentração e
frequência maior de uso de flúor (ocorreu um aumento de 14% quando comparado a
frequência de uma e duas vezes por dia de uso de dentifrício fluoretado) e com
escovação supervisionada.
Chaves e Vieira da Silva (2002) realizaram um estudo sobre o
impacto causado pelo dentifrício fluoretado no controle da cárie dental. Pesquisa
realizada com onze comparativos entre a escovação com dentifrício com flúor em
sua composição e um grupo que utilizaram dentifrício não fluoretado. Sendo que
desses grupos, nove deles utilizaram dentifrício com concentrações entre 1.000 e
1.500 ppm. Concluiram que dois desses estudos apresentaram o efeito esperado,
mas sem relevância estatística. Os demais confirmaram o pressuposto de que o
dentifrício fluoretado é mais efetivo quando comparado ao dentifrício sem flúor,
ocorrendo uma redução da cárie dentária de 5% a 38%. As maiores reduções de
cárie foram vistas nos grupos que utilizaram a escovação supervisionada, exceto no
estudo de Hodge et al (1980) que mostrou uma redução de apenas 9%.
Cruz (1996) realizou um estudo verificando a efetividade dos
dentifrícios fluoretados e o seu possível mecanismo de ação cariostática. Concluiu
que eles desempenham um significante controle da cárie, participando ativamente
nos processos des-re e que uma boa prática de higiene oral potencializa a ação do
33
flúor.
Nessa pesquisa, indo ao encontro de autores atuais, onde citam que
seu efeito é majoritariamente tópico e ocorre principalmente na interface
placa/esmalte, atuando na remineralização de lesões iniciais de cárie após a
formação de um reservatório de flúor na superfície dental e também diminuindo a
solubilidade do esmalte dental (MARINHO et al, 2006), apenas os alunos do terceiro
ano obtiveram um melhor desempenho, aproximadamente 70% (68,89%) acertaram
a questão. Os graduandos do primeiro ano acertaram somente 9,68% e o quinto ano
56,41%, sendo, em especial este último, inferior à terceira série, mesmo tendo mais
vivência clínica.
Após a aplicaçao tópica de fluor (ATF) na superfície do elemento
dental, forma-se uma camada de Fluoreto de Cálcio (CaF2) sobre o mesmo e, logo
após os íons Cálcio (Ca++) e Fosfato (PO4-) da saliva irão depositam-se sobre o
CaF2, formando uma película protetora composta de fosfato de cálcio, revestindo o
fluoreto de cálcio, diminuindo sua solubilização no meio bucal (CURY, 1992; CURY;
TENUTA, 2008).
Ao ingerir açúcar, tendo um desafio cariogênico, ocorre a diminuição
do pH da saliva, dissolvendo essa película protetora de fosfato e mostrando o CaF2
no qual será parcialmente solubilizado e, após sua liberação, o íon flúor passa agir,
diminuindo a desmineralização e iniciando a remineralização do esmalte. Quando o
pH retornar ao normal, a parte do CaF2 que permaneceu na superfície do dente,
novamente será revestido por cálcio e fosfato, estando capacitado a participar de um
novo ciclo de des-re. Portanto, é necessário a manutenção frequente de
concentrações baixas de flúor na cavidade bucal, pois o CaF2 funciona como um
reservatório contínuo de fluoreto, exercendo de forma contínua o controle e a
prevenção da cárie dentária (CURY, 1992; CURY; TENUTA, 2008).
Os alunos também foram abordados sobre toxicidade do flúor, onde
esperava-se que respondessem que o fluoreto ingerido e absorvido, durante a
formação dos dentes, a partir de qualquer meio de uso crônico ou diário de flúor, é
fator e risco para a fluorose dental. As séries mais avançadas, terceiro e quinto ano,
obtiveram 66,67% de acertos, enquando o primeiro ano atigiram 48,39% de acerto
apenas.
O uso do fluoreto tem sido considerado um agente de proteção,
34
utilizado para a atenuação expressiva na prevalência da doença cárie (ALVES et al.,
2012). Todavia, apesar dos seus benefícios, ingeri-lo acima das doses consideradas
seguras, no período de formação dos dentes, pode levar à fluorose dentária
(BALDANI, 2008). O profissional cirurgião-dentista, além de conhecer as diferentes
formas e apresentações do fluoreto, deve ter conhecimento adequado, para que
sinta segurança na prescrição das concentrações adequadas e indicando o seu uso
de forma racional.
Distúrbio na formação do elemento dental associado à ingestão de
flúor de forma crônica e em excesso denomina-se fluorose dentária. Surge no
período de formação do dente, afetando a sua estética. Dean denominou "fluorose
dentária" para os dentes manchados, sendo um sinal de intoxicação aguda ou
crônica de flúor na época da formação dentária (MARCELINO et al., 1999;
BRANDÃO et al., 2002)
Segundo Sampaio (2005), fluorose dentária constitui-se em uma
opacidade do esmalte decorrente da ingestão prolongada de flúor durante a
formação dos dentes, o grau dessas alterações é dose dependente de flúor em que
a criança esta sendo e também do tempo de duração da dose. O seu diagnóstico
dá-se através de o esmalte apresentar-se internamente poroso, podendo ser
observados clinicamente como linhas esbranquiçadas quando em casos de fluorose
leve e, em níveis mais severos, o esmalte dentário se apresenta completamente
esbranquiçado, contendo falhas ou depressões podendo expor o tecido dentinário.
O período de risco para causar fluorose nos dentes permanentes
ocorre desde o nascimento até os 6 anos de idade, porém o período de maior
comprometimento estético vai até os 2 ou 3 anos, fase em que os incisivos
permanentes estão sendo formados, devendo a prevenção ser mais realçada
(SAMPAIO, 2005).
Quando os graduandos foram avaliados referente aos casos
clínicos, resultou em uma porcentagem muito baixa de acertos, demonstrando o
desconhecimento sobre o Índice de Dean e inclusive lesões de cárie. Quando
argumentados sobre a classificação da fluorose, apenas o terceiro ano obteve uma
margem de acertos melhorada, onde atingiram 66,67% de acertos na segunda
questão de casos clínicos, enquanto as demais turmas não chegaram à 30%.
Também nas perguntas resultantes das projeções de imagens, quando pedia-se o
35
correto diagnóstico (diagnóstico diferencial), obtiveram uma melhora nesses
números, principalmente no último quesito, no qual o quinto ano atingiu a margem
de, aproximadamente, 90% de acertos, resultado este melhor que as demais séries.
Nas questões referentes à resolução de casos clínicos, foi abordado
sobre o Índice de Dean na versão proposta pela OMS, em 1999 (DEAN, 1934), onde
aborda os seguintes instrumentos de medida: Código 0 (normal) o esmalte
superficial é liso, brilhante e normalmente de cor branca bege pálida; Código 1
(questionável) quando o esmalte apresentar leves aberrações na translucidez de
esmalte normal, podendo variar desde pequenos traços esbranquiçados até
manchas ocasionais; Código 2 (muito leve) definido como pequenas áreas opacas,
de cor branca e porosas dispersas irregularmente sobre o dente, porém envolvendo
menos de 25% da superfície dentária vestibular; Código 3 (leve) onde a opacidade
branca do esmalte é mais extensa do que o código 2, mas recobrindo menos de
50% da superfície dentária; Código 4 (moderado), onde define que a superfície do
esmalte dentário apresenta um desgaste acentuado e manchas marrons, com
frequência alteração da anatomia do dente e Código 5 (severo) demonstrando que a
superfície do esmalte está muito afetada e a hipoplasia é tão acentuada que a
anatomia geral do dente pode ser afetado. Áreas com fóssulas ou desgastes e as
manchas marrons estão presentes e espalhadas por toda parte e nesse código, o
elemento dental frequentemente apresenta uma aparência de corrosão.
36
7. CONCLUSÃO
Apesar das informações abordadas no decorrer da graduação,
obteve-se uma expressiva parte dos alunos que ainda não possui domínio sobre o
uso racional do flúor, para que assim possa recomendá-lo com segurança na sua
prática clínica diária.
Pode-se observar uma deficiência de conhecimento sobre o flúor
entre os grupos avaliados. Os estudantes do curso de Odontologia da UEL,
cursando o terceiro ano mostraram maior conhecimento, mesmo em relação aos
alunos do primeiro e inclusive com os do quinto ano, que possuem mais vivência
clínica e experiência com os pacientes. Podendo-se justificar pelo fato do conteúdo
de Cariologia (ministrada dentro do módulo de Seminários Integrados II), onde é
abordado o uso racional de fluoretos, acontecer no meio do curso (primeiro semestre
do terceiro ano), possibilitando que estes alunos tenham memória recente sobre o
assunto abordado.
Conclui-se então, que é necessário adequar a matriz curricular,
trabalhando o conteúdo de forma longitudinal no curso de Odontologia da
Universidade Estadual de Londrina, integrando eixos das Ciências Básicas aplicadas
à Odontologia, Ciências Odontológicas e Odontologia em Saúde Coletiva.
37
REFERÊNCIAS
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44
APÊNDICES
45
APÊNDICE A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
- TCLE -
“AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE FLUORETOS EM
ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA - UEL”
Prezado(a):
Gostaríamos de convidá-lo (a) para participar da pesquisa “AVALIAÇÃO DO
CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE FLUORETOS EM ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL”, a ser realizada na Clínica
Odontológica Universitária da Universidade Estadual de Londrina (COU/UEL). O
objetivo da pesquisa é avaliar os conhecimentos adquiridos sobre fluoretos em
estudantes do curso de graduação em Odontologia da Universidade Estadual de
Londrina - UEL.
Sua participação é muito importante e consiste em responder um questionário com
10 perguntas objetivas a respeito dos seus conhecimentos sobre o uso de fluoretos
em Odontologia. O questionário poderá ser respondido de forma rápida e objetiva
não ultrapassando 45 minutos. Esclarecemos que sua participação é totalmente
voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer
momento, sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa.
Esclarecemos, também, que suas informações serão utilizadas somente para os fins
desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de
modo a preservar a sua identidade.
Esclarecemos ainda, que você não pagará e nem será remunerado(a) por sua
participação. Garantimos, no entanto, que todas as despesas decorrentes da
pesquisa serão ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente de sua
participação. Os possíveis desconfortos e riscos previsíveis desse estudo são:
possibilidade de desconforto ao responder o questionário, estresse e cansaço ao
responder às perguntas. Caso os participantes manifestem algum desconforto em
decorrência do preenchimento do questionário, será oferecido a possibilidade de
interromper imediatamente sua participação no estudo. Os benefícios diretos do
46
estudo são: melhoria do processo ensino-aprendizagem e a possível oferta aos
estudantes de disciplinas especiais, programas de formação complementar e grupos
de estudos sobre a temática. Os dados que permitem a identificação dos
participantes da pesquisa serão mantidos em sigilo.
Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos poderá nos
contatar (Prof. Dr. Pablo Guilherme Caldarelli. Endereço: Rua Juiz de Fora, 230,
Hedy, Londrina-PR. Tel: (043) 99912-1645. E-mail: [email protected] ou
procurar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da
Universidade Estadual de Londrina, situado junto ao LABESC – Laboratório
Escola, no Campus Universitário, telefone 3371-5455, e-mail: [email protected]).
Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas
devidamente preenchida, assinada e entregue a você.
Londrina, ____ de ________________de 2018.
____________________________________________________
Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Pablo Guilherme Caldarelli
RG: 9.826.512.0
Eu, ________________________________________________________________,
tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo
em participar voluntariamente da pesquisa descrita acima.
Assinatura (ou impressão dactiloscópica):__________________________________
Data:_____/_____/____________
Obs.: Caso o participante da pesquisa seja menor de idade, o texto deve estar voltado para os pais e deve ser
incluído ainda, campo para assinatura do menor e do responsável.
47
APÊNDICE B
Questionário
PARTE I
Nome:
_______________________________________________________________
Gênero: ( )Masculino ( )Feminino Idade: _____ anos
Ensino Fundamental: ( )Público ( )Privado
Ensino Médio: ( )Público ( )Privado
Cursando: ( )1º ( )3º ( )5º ano do curso de Odontologia da UEL
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
PARTE II
Com base nos conhecimentos sobre o uso de fluoretos em Odontologia, assinale a
alternativa correta. Cada questão apresenta apenas uma alternativa correta.
Questão 11. Sobre o mecanismo de ação do fluoreto no controle da cárie dentária, assinale a
alternativa correta:
a) o fluoreto tem um papel significativo no controle dos fatores causais da doença cárie.
b) o fluoreto tem um significativo papel antimicrobiano na cavidade bucal.
c) o fluoreto tem a capacidade de ativar a precipitação de minerais perdidos pela estrutura dental,
aumentando o processo de remineralização.
d) o efeito do fluoreto é capaz de impedir totalmente a perda mineral.
e) a ingestão de fluoreto torna os dentes mais resistentes à cárie dentária.
Questão 12. Sobre os meios de uso de fluoreto em Odontologia, assinale a alternativa correta:
a) soluções para bochecho, géis e espumas são considerados meios comunitários de uso de
fluoreto.
b) dentifrícios fluoretados são considerados meios profissionais de uso de fluoretos.
c) vernizes fluoretados e materais liberadores de flúor são considerados meios individuais (auto-
uso) de fluoretos.
d) vernizes fluoretados, géis e espumas são considerados meios profissionais de uso de fluoretos.
e) água fluoretada e materiais liberadores de flúor são considerados meios comunitários de uso de
fluoretos.
48
Questão 13. Sobre o uso de dentifrícios fluoretados, assinale a alternativa correta:
a) dentifrícios fluoretados só devem ser utilizados após os 3 anos de idade, considerando o risco de
fluorose dental.
b) fluorose dental pode ser evitada utilizando um dentifrício com 500 ppm F.
c) dentifrícios devem conter no mínimo 1000 ppm F para garantir o efeito anticárie.
d) o uso de dentifrícios fluoretados na primeira infância pode causar problemas renais.
e) dentifrícios fluoretados não são considerados fatores de risco para fluorose dental.
Questão 14. Sobre a aplicação tópica de flúor (ATF), assinale a alternativa correta.
a) a ATF tem como objetivo formar um reservatório de flúor na superfície dental.
b) o fluoreto de cálcio (CaF2) formado durante a ATF sofre acelerada dissolução na cavidade bucal.
c) produtos acidulados para ATF são menos reativos com a estrutura dental que os produtos
neutros.
d) soluções fluoretadas na concentração de 0,05% de NaF são indicadas para uso semanal
enquanto as soluções fluoretadas na concentração de 0,2% de NaF são indicadas para uso
diário.
e) a ATF é considerada fator de risco para a fluorose dental.
Questão 15. Sobre a toxicidade do fluoreto, assinale a alternativa correta:
a) a fluorose dental decorrente da exposição à água fluoretada e/ou creme dental é de grau
moderado, o qual não compromete a qualidade de vida das pessoas acometidas.
b) o fluoreto ingerido e absorvido, durante a formação dos dentes, a partir de qualquer meio de uso
crônico ou diário de flúor, é fator e risco para a fluorose dental.
c) Os riscos envolvidos no uso de produtos fluoretados de aplicação profissional dizem respeito à
intoxicação crônica por flúor.
d) a dose provavelmente tóxica (DPT) representa a maior dose de risco de intoxicação aguda por
flúor.
e) a toxicidade aguda diz respeito à ingestão de uma pequena quantidade de fluoreto durante um
período prolongado de tempo.
Questão 16. Sobre as recomendações de uso de fluoreto, assinale a alternativa correta.
a) é imprescindível o uso de fluoreto por meio sistêmico, como os suplementos fluoretados.
b) é importante que a gestante utilize medicamentos ou suplementos contendo flúor para beneficiar
os dentes do bebê.
c) dentifrícios fluoretados contendo pelo menos 1000 ppm de flúor solúvel devem ser utilizados por
crianças de todas as idades.
d) a aplicação profissional de flúor (ATF) deve ser feita em todos os pacientes.
49
e) a aplicação profissional de flúor (ATF) é indicada apenas para crianças de 6 a12 anos de idade
com risco de desenvolvimento de cárie dentária.
Questão 17. Analise a imagem abaixo e assinale a alternativa que contenha o correto diagnóstico,
considerando o Índice de Dean.
a) código 0 = Normal
b) código 1 = Questionável
c) código 2 = Muito leve
d) código 3 = Leve
e) código 4 = Moderado
Necessidade de tratamento: ( X ) Não ( ) Sim
Se sim, qual? ______________________________________________________________________
Questão 18. Analise a imagem abaixo e assinale a alternativa que contenha o correto diagnóstico,
considerando o Índice de Dean.
a) código 0 = Normal
b) código 1 = Questionável
c) código 2 = Muito leve
d) código 4 = Moderado
e) código 5 = Severa
Necessidade de tratamento: ( X ) Não ( ) Sim
Se sim, qual? ______________________________________________________________________
50
Questão 19. Analise a imagem abaixo e assinale a alternativa que contenha o correto diagnóstico.
a) amelogênse imperfeita
b) lesão de cárie ativa
c) lesão de cárie inativa
d) hipoplasia do esmalte
e) fluorose dentária
Necessidade de tratamento: ( ) Não ( X ) Sim
Se sim, qual? ______________________________________________________________________
Tratamento não restaurador. Controle da doença e aplicação tópica de flúor (dentifrícios e meios
profissionais).
Questão 20. Analise a imagem abaixo e assinale a alternativa que contenha o correto diagnóstico.
a) amelogênse imperfeita
b) lesões de cárie ativas
c) lesões de cárie inativas
d) hipoplasias do esmalte
e) fluorose dentária
Necessidade de tratamento: ( X ) Não ( ) Sim
Se sim, qual? ______________________________________________________________________
Muito obrigada pela sua participação!...
51
ANEXOS
52
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA - UEL
ANEXO A
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE CÁRIE
DENTÁRIA E FLUORETOS EM ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL
Pesquisador: Pablo Guilherme Caldarelli
Área Temática:
Versão: 2
CAAE: 91841418.7.0000.5231
Instituição Proponente: CCS - COU - Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 2.782.732
Apresentação do Projeto:
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal com o objetivo de avaliar os
conhecimentos adquiridos sobre cárie dentária e fluoretos em estudantes do curso de
graduação em Odontologia da Universidade Estadual de Londrina. Será utilizado um
questionário estruturado em duas partes. A primeira parte encontra-se relacionada com os
dados do perfil do estudante (gênero, idade, natureza do ensino fundamental e médio, período
do curso em que se encontra matriculado). A segunda parte conta com 20 perguntas objetivas
sobre os conhecimentos específicos referentes à doença cárie (conceitos, etiologia, diagnóstico
e tratamento) e ao uso racional de fluoretos em Odontologia. Além disso, será coletado o
Projeto Pedagógico de Curso (PPC) (matriz curricular e programas de aprendizagem) do curso
de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina - UEL. Será realizada análise descritiva
da amostra geral e comparativa de proporções (qui-quadrado; p < 0,05) entre as turmas da 1ª,
3ª e 5ª série, com o intuito de obter as informações acerca do aprimoramento do conhecimento
durante o curso de graduação.Participarão do estudo cerca de 150 indivíduos, sendo essa
amostra composta por estudantes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de
Londrina devidamente matriculados na 1ª série (50 estudantes), 3ª série (50 estudantes) e 5ª
série (50 estudantes). Estima-se que a faixa etária da amostra da pesquisa seja de 18 a 23 anos
de idade e a distribuição por sexo seja de 20% homens e 80% mulheres.
53
Objetivo da Pesquisa:
Avaliar os conhecimentos adquiridos sobre cárie dentária e fluoretos em estudantes do curso de
graduação em Odontologia da Universidade Estadual de Londrina - UEL.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Objetivo da Pesquisa:
Riscos
a) Possíveis desconfortos e riscos previsíveis: possibilidade de desconforto ao responder o
questionário; estresse e cansaço ao responder às perguntas.
Benefícios
b) Benefícios diretos: não há benefícios diretos na participação desta pesquisa.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Trata-se de um estudo relevante para área pois, espera-se que os resultados revelem o grau e a
apropriação de conhecimento dos estudantes de Odontologia da Universidade Estadual de
Londrina - UEL sobre a doença cárie e o uso racional de fluoreto durante o processo de
formação. Com isso pretende-se propor adequações curriculares e abordagens didático-
pedagógicas que se mostrarem necessárias.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Informações básicas do projeto - ok Folha de rosto - ok
Declaração do Colegiado do curso - ok Projeto na íntegra - ok
TCLE - ok
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
O pesquisador realizou as adequações solicitadas no projeto e TCLE, solucionando as
pendências. Portanto o projeto está aprovado.
Considerações Finais a critério do CEP:
Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
54
Tipo
Documento
Arquivo Postagem Autor Situação
Informações Básicas
PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P
15/07/2018 Aceito
do Projeto ROJETO_1160228.pdf
19:02:28
TCLE / Termos de
TCLEResposta.doc
15/07/2018 Pablo Guilherme
Aceito
Assentimento / 19:00:06 Caldarelli
Justificativa de Ausência
Projeto Detalhado /
ProjetodePesquisaResposta.docx
15/07/2018 Pablo Guilherme
Aceito
Brochura 18:59:51 Caldarelli Investigador
Outros RespostaParecer.doc
15/07/2018 Pablo Guilherme
Aceito
18:58:33 Caldarelli
Outros DeclaracaoColegiado.pdf
18/06/2018 Pablo Guilherme
Aceito
15:12:35 Caldarelli
Outros InstrumentodeColeta.docx
18/06/2018 Pablo Guilherme
Aceito
15:11:56 Caldarelli
Folha de Rosto FolhadeRosto.pdf 18/06/2018 Pablo Guilherme
Aceito
15:10:59 Caldarelli
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
LONDRINA, 24 de Julho de 2018
Assinado por:
Alexandrina Aparecida Maciel Cardelli
(Coordenador)