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Saúde Bucal Coletiva II
FLUORETOS : SEU PAPEL NO PROCESSO DA DES – REMINERALIZAÇÃO
MÉTODOS SISTÊMICOS E TÓPICOS
Subsaturação com relação a Ca e PO4 ( HA )
Lesão Cariosa
pH do biofilme < 5.5/ > 4.5
Tecido dentário perde Ca e PO4 ( HA ) para o biofilme
se
m f
lúo
r DESMINERALIZAÇÃO NA AUSÊNCIA DO FLÚOR
Alterações no pH da placa após
uso de sacarose
4
4,5
5
5,5
6
6,5
7
0 2 10 15 20 30 40
Minutos
pH
SUBSATURAÇÃO
DESMINERALIZAÇÃO
SUPERSATURAÇÃO
pH Crítico não é o mesmo na presença de Flúor
Presença constante de pequenas quantidades de F no fluido da placa / saliva
Valor de pH Crítico para o Esmalte passa a ser < 4.5
DESMINERALIZAÇÃO NA PRESENÇA DO FLÚOR
Co
m f
lúo
r
FA só
é solúvel em pH
abaixo de 4.5
Biofilme supersaturante com relação a
Ca, PO4 e F (FA)
Com flúor
Redeposição de Ca, PO4 e F no corpo da lesão
MBI Mineral de melhor
qualidade
MBA
F impede a saída de Ca e PO4 do
biofilme
Aumento da eficiência da
redeposição do Ca, PO4/ F
Flúor em Menor concentração
Flúor em Maior concentração
AF Glóbulos Ca F2 /
“poupança”
PRESENÇA CONSTANTE DE PEQUENAS
QUANTIDADES DE FLÚOR NO FLUIDO
DA PLACA / SALIVA : REMINERALIZAÇÃO
• Redução da perda mineral : presença de F apenas
diminui a velocidade de desmineralização , não a paralisa
• Reestruturação do mineral : troca de HA por FA,
basicamente na superfície
Nem todo o mineral perdido é reposto
Perda mineral pode manter-se em estágio subclínico
• Remineralização é ativada pelo F sob o controle
do pH do fluido da placa / saliva.
• Controle da dieta / sacarose
• Aumento do fluxo salivar
• Controle de placa
• Associação com
agente químico
Controle dos Demais Fatores : Redução da Velocidade / Paralisação da Desmineralização
Tratamento da Doença Cárie
Como Patologia Multifatorial
Uso de F Aumenta a Velocidade / Eficiência da Redeposição Mineral : Remineralização
POR QUE NÃO É EFICAZ O USO
ISOLADO DE FLÚOR ?
NÃO INTERFERE COM OS FATORES RESPONSÁVEIS PELA ATIVIDADE DE CÁRIE :
TRANSFORMAÇÃO DA PLACA BÁSICA / MÍNIMA EM CARIOGÊNICA
TRANSFORMAÇÃO DO AÇÚCAR EM ÁCIDO
Resumo da Ação dos Fluoretos no Fluido dos Biofilmes / Placas
• maior concentração de mineral no ecossistema
• abaixamento do pH crítico
• redução da velocidade / paralisação da perda
mineral •
• maior eficiência na redeposição mineral
• redução na produção de ácidos / polissacarídeos / aciduricidade
USO DE FLUORETOS : MÉTODOS
SISTÊMICOS
ÁGUA FLUORETADA
SAL FLUORETADO
SUPLEMENTO PRÉ-NATAL
SUPLEMENTO PÓS- NATAL TÓPICOS
DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS
ATF
BOCHECHOS
MATERIAIS LIBERADORES DE FLÚOR
SISTÊMICOS
ÁGUA FLUORETADA
• Importante medida de Saúde Pública
• Reduções que atingiam até 60% na incidência de
cavidades até as décadas de 80 e 90.
• Atualmente : redução desse percentual devido o uso
de outros métodos de aplicação de flúor e de outras modalidades de controle do processo carioso.
• Método Seguro / Baixo Custo
SAL DE COZINHA
• Indicado pela OPAS para locais que
apresentem problemas no abastecimento público de água.
• Concentração sugerida : 250 mg F/Kg
• Difícil o estabelecimento de uma
concentração padrão para todo o país
SUPLEMENTO PRÉ-NATAL
Costumava ser indicado para gestantes : 1mg / dia
Fundamentação empírica dos
seus benefícios
Não há evidências científicas para sustentar seu
suposto mecanismo de ação
NÃO HÁ BENEFÍCIOS COMPROVADOS
SUPLEMENTO PÓS-NATAL
Indicação para as crianças
De livre comercialização
Não devem ser usados em cidades com água fluoretada
NÃO HÁ SEGURANÇA NA SUA
PRESCRIÇÃO
GRANDE RISCO DE FLUOROSE DENTAL
DENTIFRÍCIOS :
• Uma das principais razões para o declínio de cavidades
observado nas populações jovens na maioria dos países .
• BRASIL – SET / 1988 - 90% DAS VENDAS
• Controla perdas minerais / favorece à redeposição : lesões no esmalte e dentina .
• Monitorar / controlar quantidade na escôva em crianças
até 6 – 7 anos .
• Fluoretos mais usados : NaF E MFP
• USO COMBINADO COM OUTROS MÉTODOS TÓPICOS
TÓPICOS
ENXAGUATÓRIOS / BOCHECHOS :
• INDICAÇÃO INDIVIDUAL DE ACORDO COM O RISCO /
ATIVIDADE DA DOENÇA .
• EM PROGRAMAS COLETIVOS – USO SEMANAL – NaF 0,2%
• PARA O USO INDIVIDUAL – DIÁRIO – NaF 0,05%.
• PODEM SER UTILIZADOS EM ASSOCIAÇÕES COM OUTROS MÉTODOS TÓPICOS
APLICAÇÕES TÓPICAS NO CONSULTÓRIO :
• UTILIZAÇÃO DE ACORDO COM AS NECESSIDADES
INDIVIDUAIS :
PESSOAS COM GRANDE ATIVIDADE / LESÕES DE CÁRIE ATIVAS
CRIANÇAS LOGO APÓS A ERUPÇÃO DENTAL
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SALIVAR
APÓS CIRURGIA PERIODONTAL / REABILITAÇÕES
PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
TRATAMENTOS ORTODÔNTICOS
• SOLUÇÕES
• GÉIS
• VERNIZES
• ESPUMA
A ESCOLHA DO VEÍCULO É FEITA EM FUNÇÃO DA MELHOR APLICATIBILIDADE INDIVIDUAL
VEÍCULOS DISPONÍVEIS :
CONCENTRAÇÕES : 9.000 - 22.300 ppm F
• pH ÁCIDO – MAIOR REATIVIDADE – APLICAÇÃO ATACA
RESINA / OPACIDADE EM PORCELANA
• pH NEUTRO – MAIOR FREQUÊNCIA
Necessidade de Profilaxia :
Efeito Educativo / Nível de Atividade da Doença
• 1 OU 4 MINUTOS ?!
• IMPORTANTE É A FREQUÊNCIA DO USO
PROCEDIMENTO PÓS-APLICAÇÃO :
RECOMENDAÇÃO DE NÃO COMER OU BEBER DURANTE 30 MINUTOS!
TEMPO DE APLICAÇÃO :
GEL COM MOLDEIRA :
CLIENTE DEVE ESTAR ALIMENTADO E NÃO DE ESTÔMAGO VAZIO
• POSICIONADO NA CADEIRA EM 90 º
• ISOLAMENTO RELATIVO COM AUXÍLIO DE SUGADOR
• APLICAÇÃO TÓPICA COM MOLDEIRA / ESCÔVA DENTAL/
PINCEL
• COMPLEMENTAÇÃO COM USO DO FIO DENTAL
• REMOVER ISOLAMENTO
• PEDIR PARA CUSPIR O EXCESSO
APLICAÇÃO DE VERNIZ :
• CLIENTE POSICIONADO NA CADEIRA
• ISOLAMENTO RELATIVO COM AUXÍLIO DE SUGADOR
• APLICAÇÃO TÓPICA COM PINCEL NOS LOCAIS
INDICADOS
• REMOVER ISOLAMENTO
• RECOMENDAÇÕES
MATERIAIS LIBERADORES DE FLÚOR
NÃO EVITAM LESÕES APENAS
REDUZEM PROGRESSÃO
LIBERAÇÃO MAIOR CONCENTRAÇÃO DE FLÚOR NO INÍCIO : VAI SE
REDUZINDO COM O TEMPO
OCORRE RECARGA DE FLÚOR
CRÔNICA
AGUDA
DOSE CERTAMENTE LETAL = 32-64 mgF/Kg
DOSE PROVAVELMENTE TÓXICA
= 5,0 mgF/Kg
MÉTODO DPT
ÁGUA FLUORETADA
0,7 ppmF
71 LITROS
SAL FLUORETADO
300 mgF/Kg
166 GRAMAS
COMPRIMIDOS DE FLÚOR
1 mgF
50 COMP.
NaF 1% - GOTAS 200 GOTAS
CRIANÇA DE 10 Kg - MÉTODOS SISTÊMICOS
MÉTODO DPT
BOCHECHO Na F 0,05% 440 ml.
BOCHECHO Na F 0,2% 110 ml.
DENTIFRÍCIO FLUORETADO 100 g.
ATFP
Solução
80 ml.
ATFP
gel
8 g.
ATFP
verniz
4 ml.
CRIANÇA DE 20 Kg - MÉTODO TÓPICO
Sinais e Sintomas
GASTROINTESTINAIS :
náusea, vômito, diarréia e dor abdominal
NEUROLÓGICOS :
parestesia, depressão do SNC , coma
SISTEMA CARDIO-VASCULAR :
hipotensão, choque, irregularidades cardíacas
QUÍMICA SANGUÍNEA:
acidose, hipocalcemia e hipomagnesemia (NEWBRUM, 1987)
Hipoplasia do esmalte resultante da ingestão de flúor durante a
formação do dente . Afeta a estética e sua severidade depende da
dose ingerida , da duração da exposição e da resposta individual.
DURANTE TODA A FORMAÇÃO DO ESMALTE
TOXICIDADE CRÔNICA
FLUOROSE DENTAL :
INGESTÃO ACIMA DE 0,07 mg F / dia / Kg
• DOSE CRÍTICA :
• PERÍODO DE RISCO :
- Linhas brancas e opacas , horizontais , cruzando todo o esmalte : não acompanham o contorno gengival - Esmalte com a aparência de giz : confluência das estrias - Cúspides com aspecto de flocos de neve : “capuz de neve” - Rompimento mecânico do esmalte hipomineralizado : lesões pigmentadas - Afeta grupo de dentes
ASPECTO CLÍNICO :
Bibliografia Recomendada: • ABOPREV. Promoção de Saúde Bucal. São Paulo : Artes Médicas, 1997 • BUISCHI, Y.P. Promoção de Saúde Bucal na Clínica Odontológica. São Paulo : Artes Médicas / EAP - APCD, 2000. • BARATIERI, L. N. et al. Dentística – Procedimentos Preventivos e Restauradores . São Paulo: Santos, 1995. • BARATIERI, L. N. et al. Odontologia Restauradora – Fundamentos e Possibilidades . São Paulo: Santos, 2003. • KRAMER P. F. et al Promoção de Saúde Bucal em Odontopediatria.São Paulo : Artes Médicas , 1997 • CORRÊA M. S.N. P. Odontopediatria na Primeira Infância . São Paulo : Santos , 1999 • PEREIRA A. C. et al. Odontologia em Saúde Coletiva . Porto Alegre : Artmed , 2003