aposto que vocês não sabiam

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Pontifícia Universidade Católica de Campinas Centro de Linguagem e Comunicação Faculdade de Letras Disciplina: Projeto 2 - Atividades Práticas Integradoras. Docente: Cyntia Andretta. Proposta de um paradidático. Nomes dos alunos: Ana Paula Ricci de Jesus Ra: 14642847 Carlos Alexandre Maria Torres Ra:14171987 Eder Ribeiro Martins Ra: 14655666 Loren Karoline Coelho Teixeira Ra: 14673172 Thaís Maciel Ra: 14653000 Trabalhará com qual tipo de inclusão? Preconceito, ou discriminação racial com o negro no Brasil. Qual a mensagem você quer transmitir na história? Mostrar aos alunos a construção das historias e mitos dessa época e como isso foi feito para a discriminação do negro. Como irá construir essa mensagem? Livro com curiosidades sobre o tema tratado, cada informação será acompanhada por uma gravura que tenha relação com o que está escrito, para chamar a atenção dos alunos. Idade do público potencial: Alunos do 8° e 9° anos – idade de 13 a 15 anos.

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Page 1: Aposto que vocês não sabiam

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Centro de Linguagem e Comunicação

Faculdade de Letras

Disciplina: Projeto 2 - Atividades Práticas Integradoras.

Docente: Cyntia Andretta.

Proposta de um paradidático.

• Nomes dos alunos:

Ana Paula Ricci de Jesus Ra: 14642847Carlos Alexandre Maria Torres Ra:14171987

Eder Ribeiro Martins Ra: 14655666Loren Karoline Coelho Teixeira Ra: 14673172

Thaís Maciel Ra: 14653000

• Trabalhará com qual tipo de inclusão? Preconceito, ou discriminação racial com o negro no Brasil.

• Qual a mensagem você quer transmitir na história? Mostrar aos alunos a construção das historias e mitos dessa época e como isso foi feito para a discriminação do negro.

• Como irá construir essa mensagem? Livro com curiosidades sobre o tema tratado, cada informação será acompanhada por uma gravura que tenha relação com o que está escrito, para chamar a atenção dos alunos.

• Idade do público potencial: Alunos do 8° e 9° anos – idade de 13 a 15 anos.

Page 2: Aposto que vocês não sabiam

Aposto que vocês não sabiam.

Ao longo dos séculos muito se falou a respeito da vinda dos escravos africanos para ao Brasil, e de como os senhores de engenho usavam da força e do medo como forma de reprimi-los. Por outro lado os africanos trouxeram uma bagagem cultural rica que passou a misturar-se aos nossos costumes. De conhecimento desses fatos, surgiram alguns mitos – criados por ambos os lados – e algumas informações foram esquecidas.

Esse livreto tem como finalidade elencar algumas curiosidades sobre esse período da história brasileira, bem como estimular a discussão em torno desses mitos, já que muitos deles influenciam nossa mentalidade e nossos costumes até hoje.

Page 3: Aposto que vocês não sabiam

MITO OU VERDADE: Manga com leite faz mal?

A má reputação dessa mistura não passa de um mito, fabricado intencionalmente na época do Brasil Colonial, pois o leite era raro e caro, ou seja, exclusivo dos patrões (os famosos e temidos senhores

de engenho) e eles não queriam que essa preciosidade fosse consumida por escravos, então resolveram inventar essa. Restava aos escravos se contentarem com os frutos das mangueiras, que, ao contrário do leite, eram abundantes nas grandes propriedades rurais. Os dois alimentos formam, na verdade, uma combinação bastante saudável e saborosa.

Brancos e Negros eram amigos na época da escravidão?

Crianças brancas e negras andavam nuas e brincavam até os cinco ou seis anos de idade e nenhum notava as diferenças de cores ou que um era superior a o outro, tinham os mesmos jogos, que eram baseados em personagens fantásticos do folclore africano. Mas aos sete anos, tudo mudava, pois as crianças negras enfrentava sua condição de escravidão e precisava começar a trabalhar junto com sua família.

Page 4: Aposto que vocês não sabiam

Da onde vem a CAPOEIRA?

A palavra capoeira não é de origem africana, mas sim do tupi kapu’era. Trazida para o Brasil por navios negreiros, a capoeira foi desenvolvida nos

quilombos pernambucanos do século XVI e é inspirada em um ritual angolano chamado n’golo - dança da zebra-, uma competição que os rapazes das aldeias faziam para ver quem ficaria com a moça que atingisse a idade para casar. Com o tempo, a prática se transformou em exibição de habilidade e destreza. As características de luta e dança adquiridas no país podem classificar esse exercício como uma manifestação cultural genuinamente brasileira. A capoeira era permitida pelos Senhores de Engenho, acreditando que isso era apenas uma dança nem imaginavam que na verdade os escravos estavam praticando e treinando golpes de luta para lutar contra seus donos. Os Senhores acreditavam que esse povo inferior nunca teria a capacidade de inventar uma maneira de enganar os brancos.

Existam escravos com trabalhos um pouco mais leves?

Em algumas regiões, os escravos africanos eram divididos em três categorias: o “boçal”, que recusava falar o português e resistia à cultura europeia; o “ladino”, que falava o português; e o “crioulo”, o escravo que nascia no Brasil absorvendo toda a cultura de nossos colonizadores. Geralmente, ladinos e crioulos recebiam melhor tratamento, trabalhos mais brandos e perspectiva de ascensão social.

Page 5: Aposto que vocês não sabiam

Escravas negras conseguiam ser livres?

Muitas escravas eram livres e para conquistar essa liberdade existiam duas possibilidades: ou vendiam doces e refeições para garimpeiros e juntavam esse dinheiro por alguns anos para comprar sua carta de alforria, que custavam mais ou menos 150 mil réis, ou torciam pela morte de seus donos. Assim que eram livres, elas possuíam mais tempo para melhorar sua situação financeira, comprava escravos para ajudá-las em seus negócios de doces, pensões e etc. Ter escravos no século 17 não era considerado algo errado, afinal ter escravos apenas mostrava o quanto sua vida era farta. As mulheres brancas sentiam inveja das negras pois elas não dependiam dos homens para viver bem.

Apenas escravos vinham da África?

O Brasil já abrigou reis africanos que vinham se exilar no país quando a situação de seu reino complicava, embaixadores negros interessados em negociar o preço de escravos, e até mesmo filhos de nobres africanos que vinham estudar na Bahia, numa espécie de intercâmbio estudantil. Um exemplo desse intercâmbio foi quando o rei Kosoko, de Lagos – que hoje é a maior cidade da Nigéria-, resolveu dar de presente para seus três filhos uma viagem para o Brasil. O transporte desses príncipes foi feita através de um navio negreiro.

Page 6: Aposto que vocês não sabiam

Como era a viagem dos africanos para o Brasil?

Os navios negreiros que traziam os escravos da África até o Brasil eram chamados de tumbeiros, devido à morte de milhares de africanos durante a travessia. Estas mortes ocorriam devido aos maus-tratos sofridos pelos escravos, pelas más condições de higiene e por doenças causas pela falta de vitaminas, como no caso do escorbuto.

A Santa Nossa Senhora do Rosário veio da África?

A Festa de Nossa Senhora do Rosário, a padroeira dos escravos do Brasil colonial, foi realizada pela primeira vez em Olinda (PE), no ano de 1645. A santa já era cultuada na África, levada pelos portugueses como forma de cristianizar os negros. Eles eram batizados quando saíam da África ou quando chegavam ao Brasil.

Page 7: Aposto que vocês não sabiam

José de Alencar era a favor do trabalho forçado?

José de Alencar não defende a escravidão a por achar que os negros tinham um cérebro pior ou eram menos dotados por Deus, mas porque vê neles um grande potencial de crescimento e auxílio no progresso do país. “Sem a escravidão africana e o tráfico que a realizou, a América seria hoje um vasto deserto”, diz Alencar em uma carta ao imperador Dom Pedro Segundo. De acordo com o autor de O Guarani, toda nova civilização da história floresceu por meio da escravidão de civilização decadente. O trabalho forçado seria um modo de tirar indivíduos da selva e

dar-lhes a acesso a instrução e iria adquirir qualidades morais suficientes para ser um novo membro da sociedade.

Bibliografia:

Informações:

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, por Leandro Narloch. http://mundoestranho.abril.com.br/materia/manga-com-leite-faz-mal http://www.historiadigital.org/curiosidades/25-curiosidades-sobre-a-escravidao/ http://arquivo.geledes.org.br/esquecer-jamais/179-esquecer-jamais/22063-25-

curiosidades-sobre-a-escravidao

Imagens: Capa: (http://photos-a.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-frc3/t1.0-0/c0.34.800.533/

s720x720/1474392_463156520461089_253542325_n.jpg) Introdução: (http://www.brasilescola.com/upload/e/Hino-a-Negritude-BRASIL-

ESCOLA.jpg) Manga com leite:

(http://2.bp.blogspot.com/cw254TPt9VU/UOL1Cf64PUI/AAAAAAAAAfs/RlKeMSG_TuI/s640/mito-ou-verdade-manga-com-leite+(1).jpeg)

Crianças: (http://2.bp.blogspot.com/B8xggPonMqI/Tnqh6UkLIOI/AAAAAAAAA4k/jkKAFJ6P9wo/s320/Crian%25C3%25A7as+negra+e+branca.jpg)

Page 8: Aposto que vocês não sabiam

Capoeira: (http://vidasimples.abril.com.br/images/legado/jogo-da-vida.jpg) Diferenças de escravos:

(http://jeitobaiano.atarde.uol.com.br/wpcontent/uploads/2009/09/negrosxpardos.jpg)

Xica da Silva: (http://3.bp.blogspot.com/w9ddz0802w/Th5z18LLtgI/AAAAAAAADa8/JHsvOlGUjcM/s400/7675637.xica_da_silva_tais_500_335.jpg)

Rei Africano: (http://cdn.gq.globo.com.s3.amazonaws.com/wpcontent/uploads/2012/10/mansamuuu610.jpg)

Navio negreiro: (http://www.historiabrasileira.com/files/2009/12/Navio-Negreiro-256x300.jpg)

Nossa Senhora do Rosário: (http://www.encontrapenha.com.br/imgs/imagens-penha/festa-do-rosario.jpg)

José de Alencar: (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ec/Jose_de_Alencar.png)