aposto que você não sabia livro

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Aposto que você não sabia...

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Livro paradidático desenvolvido pelos alunos: Ana Paula Ricci de Jesus Carlos Alexandre Maria Torres Eder Ribeiro Martins Loren Karoline Coelho Teixeira Thaís Maciel

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Page 1: Aposto que você não sabia livro

Aposto que você não sabia...

Page 2: Aposto que você não sabia livro

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Centro de Linguagem e Comunicação

Faculdade de Letras

Livro paradidático desenvolvido pelos alunos:

Ana Paula Ricci de Jesus

Carlos Alexandre Maria Torres

Eder Ribeiro Martins

Loren Karoline Coelho Teixeira

Thaís Maciel

Page 3: Aposto que você não sabia livro

Ao longo dos séculos muito se falou a respeito da vinda dos escravos africanos para ao

Brasil, e de como os senhores de engenho usavam da força e do medo como forma de

reprimi-los. Por outro lado os africanos trouxeram uma bagagem cultural rica que

passou a misturar-se aos nossos costumes. De conhecimento desses fatos, surgiram

alguns mitos – criados por ambos os lados – e algumas informações foram esquecidas.

Esse livreto tem como finalidade elencar algumas curiosidades sobre esse período da

história brasileira, bem como estimular a discussão em torno desses mitos, já que

muitos deles influenciam nossa mentalidade e nossos costumes até hoje.

Page 4: Aposto que você não sabia livro

MITO OU VERDADE:

Manga com leite faz mal?

A má reputação dessa mistura não

passa de um mito, fabricado

intencionalmente na época do Brasil

Colonial, pois o leite era raro e caro,

ou seja, exclusivo dos patrões (os

famosos e temidos senhores de

engenho) e eles não queriam que

essa preciosidade fosse consumida

por escravos, então resolveram

inventar essa. Restava aos escravos

se contentarem com os frutos das mangueiras, que, ao contrário do leite, eram abundantes nas

grandes propriedades rurais. Os dois alimentos formam, na verdade, uma combinação bastante

saudável e saborosa.

Page 5: Aposto que você não sabia livro

Brancos e Negros eram

amigos na época da

escravidão?

Crianças brancas e negras

andavam nuas e brincavam até os

cinco ou seis anos de idade e

nenhum notava as diferenças de

cores ou que um era superior a o

outro, tinham os mesmos jogos,

que eram baseados em

personagens fantásticos do

folclore africano. Mas aos sete anos, tudo mudava, pois as crianças negras enfrentava

sua condição de escravidão e precisava começar a trabalhar junto com sua família.

Page 6: Aposto que você não sabia livro

Da onde vem a CAPOEIRA?

A palavra capoeira não é de origem

africana, mas sim do tupi kapu’era. Trazida

para o Brasil por navios negreiros, a

capoeira foi desenvolvida nos quilombos

pernambucanos do século XVI e é inspirada

em um ritual angolano chamado n’golo -

dança da zebra-, uma competição que os rapazes das aldeias faziam para ver quem ficaria com a

moça que atingisse a idade para casar. Com o tempo, a prática se transformou em exibição de

habilidade e destreza. As características de luta e dança adquiridas no país podem classificar esse

exercício como uma manifestação cultural genuinamente brasileira. A capoeira era permitida

pelos Senhores de Engenho, acreditando que isso era apenas uma dança nem imaginavam que na

verdade os escravos estavam praticando e treinando golpes de luta para lutar contra seus donos.

Os Senhores acreditavam que esse povo inferior nunca teria a capacidade de inventar uma

maneira de enganar os brancos.

Page 7: Aposto que você não sabia livro

Existam escravos com trabalhos

um pouco mais leves?

Em algumas regiões, os escravos africanos

eram divididos em três categorias: o

“boçal”, que recusava falar o português e

resistia à cultura europeia; o “ladino”, que

falava o português; e o “crioulo”, o

escravo que nascia no Brasil absorvendo

toda a cultura de nossos colonizadores.

Geralmente, ladinos e crioulos recebiam

melhor tratamento, trabalhos mais brandos

e perspectiva de ascensão social.

Page 8: Aposto que você não sabia livro

Escravas negras conseguiam ser livres?

Muitas escravas eram livres e para conquistar essa liberdade

existiam duas possibilidades: ou vendiam doces e refeições

para garimpeiros e juntavam esse dinheiro por alguns anos

para comprar sua carta de alforria, que custavam mais ou

menos 150 mil réis, ou torciam pela morte de seus donos.

Assim que eram livres, elas possuíam mais tempo para

melhorar sua situação financeira, comprava escravos para

ajudá-las em seus negócios de doces, pensões e etc. Ter

escravos no século 17 não era considerado algo errado,

afinal ter escravos apenas mostrava o quanto sua vida era

farta. As mulheres brancas sentiam inveja das negras, pois

elas não dependiam dos homens para viver bem.

Page 9: Aposto que você não sabia livro

Apenas escravos vinham da

África?

O Brasil já abrigou reis africanos que

vinham se exilar no país quando a

situação de seu reino complicava,

embaixadores negros interessados

em negociar o preço de escravos, e

até mesmo filhos de nobres africanos

que vinham estudar na Bahia, numa

espécie de intercâmbio estudantil.

Um exemplo desse intercâmbio foi

quando o rei Kosoko, de Lagos – que

hoje é a maior cidade da Nigéria-, resolveu dar de presente para seus três filhos uma viagem para

o Brasil. O transporte desses príncipes foi feita através de um navio negreiro.

Page 10: Aposto que você não sabia livro

Como era a viagem dos africanos para o

Brasil?

Os navios negreiros que traziam os escravos da África

até o Brasil eram chamados de tumbeiros, devido à

morte de milhares de africanos durante a travessia.

Estas mortes ocorriam devido aos maus-tratos

sofridos pelos escravos, pelas más condições de

higiene e por doenças causas pela falta de vitaminas,

como no caso do escorbuto.

Page 11: Aposto que você não sabia livro

A Santa Nossa Senhora do Rosário veio da

África?

A Festa de Nossa Senhora do Rosário, a padroeira dos

escravos do Brasil colonial, foi realizada pela primeira

vez em Olinda (PE), no ano de 1645. A santa já era

cultuada na África, levada pelos portugueses como

forma de cristianizar os negros. Eles eram batizados

quando saíam da África ou quando chegavam ao Brasil.

Page 12: Aposto que você não sabia livro

José de Alencar era a favor do trabalho

forçado?

José de Alencar não defende a escravidão a por achar que

os negros tinham um cérebro pior ou eram menos dotados

por Deus, mas porque vê neles um grande potencial de

crescimento e auxílio no progresso do país. “Sem a

escravidão africana e o tráfico que a realizou, a América

seria hoje um vasto deserto”, diz Alencar em uma carta ao

imperador Dom Pedro Segundo. De acordo com o autor de

O Guarani, toda nova civilização da história floresceu por

meio da escravidão de civilização decadente. O trabalho

forçado seria um modo de tirar indivíduos da selva e dar-

lhes a acesso a instrução e iria adquirir qualidades morais

suficientes para ser um novo membro da sociedade.