apostila de metodologia

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FACULDADE APLICADA DE TEOLOGIA E FILOSOFIA METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA APOSTILA BÁSICA PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS Fernando Carlos de Souza

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Page 1: Apostila de Metodologia

FACULDADE APLICADA DE TEOLOGIA E FILOSOFIA METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

APOSTILA BÁSICA PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Fernando Carlos de Souza

Page 2: Apostila de Metodologia

SÃO GONÇALO – RJ - 2010 SUMÁRIO

1. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO POR MÉTODOS....................................03

1.1.Atividade de Leitura...............................................................................04

1.1.1. Leitura de distração.....................................................................05

1.1.2. Leitura de informação..................................................................05

1.1.3. Leitura de formação.....................................................................05

1.2.Conhecimento Científico........................................................................06

1.3.Tipos de Conhecimento.........................................................................06

1.3.1. Conhecimento Empírico...............................................................06

1.3.2. Conhecimento Filosófico..............................................................06

1.3.3. Conhecimento Religioso..............................................................07

1.3.4. Conhecimento Científico..............................................................07

1.3.5. Evolução do Método Científico....................................................08

2. PRÁTICA DO MÉTODO CIENTÍFICO..................................................08

2.1. Resenha................................................................................................09

2.2. Resumo.................................................................................................13

2.3. Projeto de monografia e pesquisa.........................................................14

2.4. Monografia.............................................................................................19

3. ELABORAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO.........................................21

3.1. Orientações Gerais................................................................................21

3.2. Parte pré-textual....................................................................................22

3.3. Parte textual..........................................................................................27

3.4. Parte pós-textual...................................................................................30

4. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E DOS ORIGINAIS ...............................35

4.1. Apresentação Gráfica ..........................................................................35

4.2. Estilo.....................................................................................................35

4.3. Abreviaturas e Siglas............................................................................36

4.4. Ilustrações............................................................................................36

4.5. Gráficos e Tabelas................................................................................37

4.6. Numerais...............................................................................................37

4.7. Citações.................................................................................................38

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................42

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Page 3: Apostila de Metodologia

1. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO POR MÉTODOS

Esta cadeira se apresenta como fundamental para um bom

desenvolvimento do curso de graduação. O aluno no momento da sua

matrícula tem em mente o desenvolver conhecimento para

posteriormente poder aplicá-lo de forma prática e produtível.

Para que essa expectativa seja verdadeira se faz necessário um bom

desempenho acadêmico. Como em qualquer outro lugar para atingirmos

nosso objetivo é preciso passar por um caminho.

MÉTODO = CAMINHO - Grego

LOGIA = ESTUDO – Grego

CIÊNCIA = CONHECIMENTO – Grego

Podemos dizer que Metodologia da Pesquisa Científica é: “o caminho

sistematizado para alcançar o conhecimento”

Uma determinada empresa ao contratar novos vendedores, mais jovens

inclusive, os colocava para treinar e aprender as técnicas de venda com

os vendedores veteranos.

Os novatos acompanhavam os veteranos por algum tempo, viam como

eles agiam, observavam as técnicas, faziam perguntas e depois de

algumas semanas eram colocados em postos de venda.

Acontece que os resultados nunca eram os mesmos dos veteranos. A

despeito da jovialidade, disposição, garra comum aos jovens, eles não

conseguiam obter os mesmos resultados.

A medida que eram cobrados, argumentavam que os veteranos

ensinavam tudo, menos o “pulo do gato”.

Passado algum tempo os diretores dessa empresa resolveram fazer um

seminário intitulado o pulo do gato.

Levaram todos os novatos para um auditório e deram inicio as aulas

sobre o Pulo do Gato.

O palestrante começou a enumerar todos os movimentos, enquanto

apresentava slides, da forma como o gato consegue quase 100% de

aproveitamento nos seus saltos:

- Alinha a cabeça com o solo.

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Page 4: Apostila de Metodologia

- Visualiza a presa e não a perde de vista.

- Se agacha sobre as patas dobradas para ter boa impulsão.

- Estica o rabo para ter bom equilíbrio e sustentação.

- No momento certo desfere o pulo mortal caindo sobre sua presa.

- Ao tocar no solo está completamente equilibrado e de posse do seu

alvo.

- Tranquilamente segue seu caminho.

Os novatos não entenderam a aula de Zoologia felina e ficaram com

cara de dúvida. Então o palestrante perguntou: - alguém já viu um gato

cair de costas?

- não, foi a resposta. Ele continuou: isso é porque ele nunca muda seu

método de pular.

Os novatos queriam inovar nas vendas, mas isso não trouxe bons

resultados.

Precisamos desenvolver o método mais eficiente, segui-lo

sistematicamente, e então alcançaremos um bom resultado.

Quem detem o conhecimento se sente mais seguro, melhora a auto

confiança. Em muitas atividades controla, lidera, gerencia quem é

ignorante. Quem tem o conhecimento tem mais oportunidades e

perspectivas. Por tudo isso precisamos criar o hábito de estudar. Estudar

de forma individual, planejada, constante e debaixo de métodos.

Para termos um bom desempenho nos estudos é importante

compreender o que se leu, ter a capacidade de meditar sobre os pontos

principais, reter e anotar tudo o que é fundamental e dedicar tempo para

essa atividade.

Atividades de Leitura

A leitura sistemática é a melhor forma de alcançar o conhecimento. Hoje,

com o avançar da ciência, da velocidade de informação, de publicações

ao alcance de todos, ficou mais fácil conseguir esses objetivos.

Existem três tipos de leitura diferentes. Cada um tem um determinado

objetivo e precisamos conhecê-los melhor:

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Page 5: Apostila de Metodologia

Leitura de Distração

É aquela que tem a finalidade de passar o tempo, distrair, tirar o

stress, fazer relaxar. Esse modo de leitura não requer esforço e

normalmente trás prazer na leitura. São exemplos: quadrinhos,

piadas, revistas de fofoca, etc.

Leitura de Informação

Como diz o próprio nome tem a finalidade de buscar informação.

Dependendo da informação que se busca, pode desprender mais ou

menos esforço da parte do leitor. Como exemplos podemos citar:

jornais, revistas, artigos publicados na internet, boletins de entidades,

artigos científicos e etc.

Leitura de Formação

Esse é o tipo de leitura que precisamos focar mais. É aquele que leva

ao conhecimento, que gera entendimento. Essa é a leitura que pode

mudar a forma de vida de uma pessoa, abrindo novos campos e

oportunidades.

É uma leitura que requer esforço, concentração, determinação,

capacidade de estabelecer idéias e pensamentos a respeito do

assunto em foco. Podemos usar como exemplos: Enciclopédias,

bons livros de referência, trabalhos científicos e etc.

Conhecimento Científico

Na busca pelo conhecimento precisamos desenvolver os métodos de

estudo capazes de nos conduzir ao sucesso. Podemos citar: Uma

leitura mais pausada acompanhada de uma nova leitura, extrair do

texto as idéias principais, sublinhando cada uma delas, interpretar o

texto explicando a idéia do autor, fazer comparações entre obras e

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Page 6: Apostila de Metodologia

finalmente formar opinião sobre o assunto.

Conhecimento é incorporar um conceito novo, sobre um fato ou

fenômeno qualquer. Conhecimento nasce das relações cotidianas.

Conhecimento nasce da experiências acumuladas ao longo da vida.

Conhecimento nasce através da leitura e do estudo.

Tipos de Conhecimento

Conhecimento Empírico

Conhecimento vulgar, adquirido através de um senso comum, das

experiências diárias, do conhecimento herdado dos antepassados.

Diante de uma fechadura emperrada, o jeitinho para fazer a chave

funcionar é um exemplo de conhecimento empírico. Podemos pensar

que em algum momento um indígena descobriu que determinada

erva servia para um problema de saúde, ou um ruralista do passado

que olhava para o tempo e previa se ia ou não chover.

Em muitos casos através da história o conhecimento empírico

evoluiu, através de pesquisas e comprovações científicas para o

status de ciência.

Conhecimento Filosófico

Tipo de conhecimento baseado na especulação, na curiosidade, na

busca por respostas. É fruto do raciocínio e da reflexão humana.

O conhecimento filosófico observa os fenômenos e especula,

questiona sua origem e propósitos. Ele busca dar sentido aos

fenômenos gerais do universo e ultrapassa os limites formais da

ciência.

Ex. “O homem é a ponte entre o animal e o além-homem”

(Friedrich Nietzsche)

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Page 7: Apostila de Metodologia

Conhecimento Religioso

Alguns autores se reportam a esse conhecimento como “Teológico”.

Prefiro chamá-lo de religioso, fruto da fé humana em uma religião ou

divindade.

Ele procura explicar certos fenômenos através da fé. Não pode ser

confirmado ou negado. Está intimamente ligado a formação religiosa

da pessoa. Sendo assim, o que muitos chamam de superstição

outros chamariam de obras da fé.

Você acredita em reencarnação, intervenções cirúrgicas por

mediunidade, a cura de um câncer por intervenção divina através da

oração, a existência de duendes, etc.

O que leva tantas pessoas, que nós chamamos de fanáticos, a

detonarem explosivos presos ao próprio corpo em lugares públicos

com a finalidade de restabelecer territórios.

Podemos citar listas infindáveis de situações baseadas na fé pessoal

de cada individuo que os leva a atitudes diferentes e em muitos

casos até violentas.

Conhecimento Científico

Conhecimento racional, sistemático, exato, verificável. Sua origem

está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia

científica. Para ser conhecimento científico, o fenômeno precisar ser

observado na sua totalidade e catalogado, com a finalidade de ser

reproduzido por outrem

desde que siga a mesma metodologia. Para se conhecimento

científico, o fenômeno precisa ser repetido em laboratório.

- É racional e objetivo.

- Atém-se aos fatos.

- É analítico.

- Requer exatidão e clareza.

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Page 8: Apostila de Metodologia

- É Comunicável.

- É verificável.

- Depende de investigação metódica

- Busca e aplica leis.

- É explicativo.

- Depende de investigação metódica

- Busca e aplica leis.

- É explicativo.

Ex. - Descobrir uma vacina.

- Observar a lei da gravidade.

- Observar a forma de respiração de um anfíbio.

Evolução do Método Científico

Quando não se podia entender ou explicar os fenômenos da

natureza a reação era de medo. Medo das tempestades ou medo

do desconhecido.

Com o passar do tempo o homem foi se habituando com os

fenômenos e começou a procurar uma explicação mística, algo

baseado na fé pessoal ou de um povo. Então uma grande

tempestade era a ira dos deuses por algum desagrado (vide o ex. do

profeta Jonas na grande tempestade), ou uma boa colheita era a

benevolência dos deuses com o povo.

Logo essas explicações místicas ficaram insuficientes e começaram

a questionar os fenômenos e a indagar sobre eles (conhecimento

filosófico) até que conseguiram estudar e explicar cientificamente

cada fenômeno. Daí o desenvolvimento do conhecimento científico.

Com o catalogar dos resultados houve a continuidade das pesquisas

e o progresso da ciência.

2. PRÁTICA DO MÉTODO CIENTÍFICO

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Page 9: Apostila de Metodologia

Algumas formas de pesquisas e trabalhos científicos são muito

importantes para o bom desenvolvimento do estudante ao longo do

curso. Servem para melhorar sua capacidade critica, analítica,

conclusões e formação de opinião.

Nesta obra vamos abordar alguns trabalhos científicos mais usados na

academia.

2.1. Resenha

A resenha, como trabalho acadêmico, provoca o desencadeamento do

processo de autêntica investigação no estudante de graduação. É até

considerado por alguns estudiosos, como sendo um tipo de trabalho

muito complexo para ser cobrado na graduação. No entanto, as

experiências práticas demonstram que, se bem orientada, a resenha

crítica produz um amadurecimento do aluno, além de iniciá-lo na

verdadeira pesquisa bibliográfica reflexiva. Ela é também um tipo de

atividade em que, o professor deve recomendar um texto que esteja de

acordo com o nível da turma.

Uma resenha geralmente se traduz em uma descrição sintetizada de

uma obra literária, realizada em conjunto com uma análise de cunho

crítico ou opinativo.

A diferença entre resenha e resumo é que a resenha tem uma

análise crítica sobre a obra.

A resenha se parece muito com uma ficha de leitura, mas costuma ser

mais extensa. Ela é um resumo crítico de uma obra, destacando as

principais idéias do autor. Mas atenção: resenhar não significa

simplesmente resumir, como acredita a maioria das pessoas. Um dos

erros básicos de quem faz uma resenha pela primeira vez é esquecer de

fazer referência ao texto que está sendo resenhado. Muitos se prendem

apenas às idéias e se esquecem do autor e do texto.

Seguindo as orientações da ABNT - Associação Brasileira de Normas

Técnicas (1990), que denominou a resenha de resumo crítico,

ANDRADE (1999, pg. 60), apresenta a resenha como:

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Page 10: Apostila de Metodologia

(...) “um tipo do resumo crítico mais abrangente, que permite comentários e opiniões; um tipo de trabalho mais complexo, que exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízos de valor.” (...)

A elaboração de resenhas é importante no desenvolvimento da

mentalidade científica, constituindo-se no primeiro passo para introduzir

o iniciante na pesquisa e na elaboração de trabalhos monográficos.

Ajuda e incentiva o estudante a desenvolver o hábito da leitura, o que,

em Teologia é de suma e vital importância.

Os estudiosos e pesquisadores desenvolveram seus métodos, hoje

alguns destes métodos se tornaram normas, e aqui estamos, falando e

estudando o assunto. SALVADOR (1977, pg. 139), afirma que a

elaboração da resenha crítica exige alguns requisitos básicos:

a) Conhecimento completo da obra;

b) Competência na matéria;

c) Capacidade de juízo de valor;

d) Independência de juízo;

e) Correção e afinação;

f ) Fidelidade ao pensamento do autor.

Exatamente como a Palavra em Provérbios se apresenta: “Retém as

suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de

entendimento é de precioso espírito.” (Provérbios 17:27)Error:

Reference source not found. Perceba as

duas palavras chaves do texto: conhecimento e entendimento. Para

entender você precisa conhecer, e uma das melhores formas de

adquirir conhecimento é através da leitura.

Com isto em mente, vamos então para a parte técnica da resenha, que

basicamente consiste de dois tipos:

Resenha-resumo: que é um texto que se limita a resumir o

conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma

peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou

julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o

objetivo principal é informar o leitor.

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Page 11: Apostila de Metodologia

Resenha-crítica: É um texto que, além de resumir o objeto, faz

uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos

positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de

informação e de opinião, também denominado de recensão

crítica.

Esta critica apreciativa de um trabalho literário, é com certeza, bem

explorado pelos professores da atualidade. A resenha crítica, que como

trabalho acadêmico, seguindo as normas da ABNT, deve apresentar a

seguinte estrutura:

a) Capa;

b) Folha de rosto;

c) Sumário (se necessário);

d) Introdução: o assunto deve ser apresentado no primeiro

parágrafo, partindo de algumas considerações mais genéricas, até

chegar ao ponto em que será dada mais ênfase. A seguir, o autor deve

demonstrar a importância da abordagem, para despertar o interesse do

leitor. Também deve ser apresentado na introdução, o livro ou o texto de

referência definido para a resenha crítica, bem como, os autores que

serão utilizados como apoio nas analises;

e) Apresentação das idéias do texto: o acadêmico deve

apresentar as idéias principais e secundarias, discutidas pelo autor do

livro. Para atingir tal propósito, o acadêmico deverá considerar os

procedimentos recomendados para a produção de um bom texto, quais

sejam: manter uma atitude permanente critica e reflexiva em relação ao

que está lendo; manter a fidelidade ao texto original; ao redigir, usar

frases breves, diretas e objetivas. Havendo-se necessidade, poderá se

fazer transcrições literais, colocando-as neste caso em aspas ou em

itálico, seguidas do número da página em parênteses. Recomenda-se

não seguir as subdivisões do texto original. As idéias principais podem

ser apresentadas num único bloco, encadeadas em uma seqüência

lógica;

f) Apreciação crítica: a partir da compreensão objetiva da

mensagem apresentada pelo livro, capítulo ou artigo, o acadêmico

deverá tomar posição própria as idéias apresentadas, numa tentativa de

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Page 12: Apostila de Metodologia

superar a estrita mensagem transmitida pelo autor do texto, explorar as

idéias expostas, dialogar com o autor concordando ou discordando,

levar em consideração a validade ou aplicabilidade das idéias expostas

pelo mesmo. GALLIANO (1986), afirma que, para uma fundamentação

da resenha critica, é preciso considerar a opinião de outros autores que

também abordam a mesma temática em outros livros, artigos de

periódicos, revistas e jornais. Pode ser considerada também, a

experiência profissional, a visão de mundo, o momento histórico vivido

pelo resenhista.

g) Conclusão: para a elaboração das conclusões finais deve-se

levar em conta os objetivos propostos, apontado as principais reflexões

apresentadas no decorrer do trabalho. O acadêmico expõe claramente seu

ponto de vista mais marcante na apreciação crítica.

h) Referências: devem aparecer todas as obras consultadas para

a produção da resenha crítica, segundo a ABNT.

QUANTO A SUA EXTENSÃO

Os itens d, e, f e g, acima, não devem aparecer sub-divididos na

Resenha. Outrossim, o texto final deve apresentar em seu conteúdo, estas

idéias, se possível em só parágrafo. A resenha crítica, por sua característica

especial, não está sujeita a limite de palavras; cabe ao acadêmico (em seu

papel de resenhista) usar o bom senso.

A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um

resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura

crítica deve estar presente desde a primeira linha, resultando num texto em que

o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram.

O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc.

Deve ser lembrado que os resenhistas, como os críticos em geral,

e porque não, você acadêmico; também se tornam objetos de críticas por parte

dos "criticados" (diretores de cinema, escritores, professores, etc.), que

revidam os ataques qualificando os "detratores da obra" de "ignorantes" (não

compreenderam a obra) e de "impulsionados pela má-fé", mas isto quando da

resenha crítica profissional.

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Page 13: Apostila de Metodologia

2.2. RESUMO

O resumo é o trabalho mais solicitado pelos professores, e quase sempre é

confundido por resenha. Na verdade, alguns mestres chegam mesmo a

intitular o trabalho pedido de Resenha, e o pedem em formato de resumo.

Assim, a Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas

Técnicas, define Resumo, como sendo uma condensação de um texto,

apresentando suas idéias de maneira abreviada, com a finalidade de fornecer

elementos, para que o leitor decida, ou não, consultar o texto original.

Segundo a ABNT, há três modalidades de resumo:

1 – Resumo Indicativo: indica as principais idéias em torno das

quais o texto foi elaborado (adequado a literatura de prospectos, como catálogo

de editoras, de bibliotecas).

2 – Resumo Informativo: apresenta todos os elementos, de forma

sintética, das quais o autor lançou mão para criar o texto. Indispensavelmente

deve conter: o assunto, o problema e, ou, o objetivo, metodologia, as idéias

principais em forma sintética, as conclusões, ressaltando o surgimento de fatos

novos, de contradições, da teoria, das relações e dos efeitos novos verificados,

bem como precisando valores numéricos brutos ou derivados, se for o caso.

3 – Resumo Crítico: é redigido por especialistas e profissionais,

como jornalistas e críticos de leitura, por exemplo; é feito através de uma

analise critica e interpretativa do documento. Pode ser uma atividade solicitada

como forma de exercício no meio acadêmico.

A elaboração de resumos exige mais habilidade de leitura que de

escrita. O resumo permite melhor compreensão das idéias expostas, uma vez

que, para realizá-lo, é necessário apreender a estrutura do parágrafo. O

resumo abrevia o tempo dos pesquisadores; difunde informações de tal modo

que pode influenciar e estimular a consulta do texto completo.

O Resumo deve destacar:

O assunto do trabalho;

O objetivo do texto;

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Page 14: Apostila de Metodologia

A articulação das idéias;

As conclusões do autor da obra resumida;

Ser redigido em linguagem objetiva;

Não apresentar juízo crítico;

Ser inteligível por si mesmo (isto é, dispensar a consulta ao

original);

Evitar a repetição de frases inteiras do original;

Respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados

O resumo deve ser composto de uma seqüência corrente de frases concisas:

A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal

do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a

categoria do tratamento (isto é, memória científica, estudo de casos,

análise da situação etc);

Deve-se dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do

verbo na voz ativa. Ex: Concluiu-se com o presente trabalho...

As palavras-chave e descritores, quando empregados no resumo,

devem ter destaque especial.

        Deve-se evitar:

O uso de parágrafos;

O uso de frases negativas, símbolos e contrações que não sejam de

uso corrente;

Fórmulas, equações, diagramas, etc., que não sejam absolutamente

necessárias, quando seu emprego for imprescindível, defini-las na

primeira vez que aparecem;

Citações de outros autores.

2.3. PROJETO DE PESQUISA

2.3.1. Escolha do Tema.

Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um

tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas

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Page 15: Apostila de Metodologia

questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha:

     a) Fatores internos

        - Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal.

        Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta

atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a

ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a

pesquisa num exercício de tortura e sofrimento.

        - Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa.

        Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de

atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o

tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não

relacionado à pesquisa.

        - O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema

pretendido.

        É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de

conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é

a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área.

b)  Fatores Externos

        - A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e

seus valores acadêmicos e sociais.

        Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um

trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele

tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a

sociedade em geral.

        - O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho.

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Page 16: Apostila de Metodologia

        Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final

da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão

cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo

possível para a conclusão do trabalho.

        - Material de consulta e dados necessários ao pesquisador

        Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material

para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros

autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes

obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo

maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da

pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional

não seja ultrapassado.

2.3.2. Levantamento ou Revisão de Literatura

        O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos

para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de

pesquisa.

        Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de

informações existentes.

2.3.3. Sugestões para o Levantamento de Literatura

       a) Locais de coletas

        Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais

ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.

        b) Registro de documentos

        Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox,

fotografias ou outro meio qualquer.

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Page 17: Apostila de Metodologia

        c) Organização

        Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua

pesquisa.

        O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:

        - Nível geral do tema a ser tratado.

        Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto.

        - Nível específico a ser tratado.

        Relação somente das obras ou documentos que contenham dados

referentes à especificidade do tema a ser tratado.

2.3.4. Problema

        O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois

de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de

uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de

pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema

escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a

abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas

alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta.

Particularmente, prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmação.

     Exemplo:

Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça.

Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade.

2.3.5. Hipótese

        Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma

afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema

levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o

17

Page 18: Apostila de Metodologia

Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a

Hipótese (ou suposição) levantada.

     Exemplo: (em relação ao Problema definido acima)

Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as

mulheres dos processos decisórios.

2.3.6. Justificativa

        A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é

o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser

efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de

suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser

comprovada.

        Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se

tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o

que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a

importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se

levar a efeito tal empreendimento.

2.3.7. Objetivos

        A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com

a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.

        Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos

Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores

consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias.

        Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o

verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo;

permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc..

2.3.8. Metodologia

        A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de

toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.

18

Page 19: Apostila de Metodologia

        É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário,

entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do

trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo

aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

2.3.9. Cronograma

        O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do

trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os

períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos

critérios determinados pelo autor do trabalho.

        Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses,

bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios de

tempo adotados por cada pesquisador.

     Exemplo:

  ATIVIDADES     /     PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 Levantamento de literatura X                  

2 Montagem do Projeto   X                

3 Coleta de dados     X X X          

4 Tratamento dos dados       X X X X      

5 Elaboração do Relatório Final           X X X    

6 Revisão do texto                 X  

7 Entrega do trabalho                   X

2.4. MONOGRAFIA

A monografia será seu TCC. É interessante que você possa já, desde agora,

começar a pensar sobre o que você irá dissertar em sua Monografia.

A ABNT define Monografia desta forma:

(...) É uma dissertação sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade, sobre um mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. Normalmente escrito apenas por uma pessoa. É o principal tipo de texto científico. A monografia é apontada

19

Page 20: Apostila de Metodologia

como trabalho de conclusão para muitos cursos de graduação no Brasil, especialmente aqueles de caráter cientifíco ou humanístico. Para trabalhos de mestrado, são normalmente escritas dissertações; para trabalhos de doutorado, teses. Ao contrário destas, uma monografia não precisa necessariamente apresentar resultados acadêmicos inéditos. (...)

2.4.1. Tema Monográfico

O grande desafio do estudante de graduação é justamente escolher o

tema certo para sua monografia de conclusão de curso. Vou lhes dar

algumas dicas com a finalidade de ajudá-lo nesse projeto:

Escolha um só tema. – Embora possa parecer ridículo, muito alunos

tem tamanhas dúvidas que acabam por elaborar temas tão complexos

que na verdade abordam mais de um assunto.

Escolha um tema que mexa com seu coração. – Isso é, na verdade,

fundamental para o seu sucesso do seu trabalho, pois não vai lhe causar

enfado e cansaço. Ouvi uma frase de autor desconhecido (ao menos pra

mim) “...escolha certo a sua profissão e nunca tenha que trabalhar.”

Quando fazemos algo que gostamos, não precisamos despender grande

esforço.

Escolha um tema de interesse comum. – Tenha em mente a

necessidade da coletividade ao escolher seu assunto. No interesse que

ele vai despertar para que alguém o leia.

Escolha um tema relevante. – Quando levantamos o problema para

justificar nosso tema, precisamos responder com relevância uma

necessidade comum aos nossos leitores

Delimite o tema. – O grande segredo do sucesso em monografias é

justamente esse. Enxugar o tema até ficar de fácil abordagem.

20

Page 21: Apostila de Metodologia

Domine o assunto. – É necessário investir tempo em leitura, pesquisas,

entrevistas, consultas, com a finalidade de dominar completamente o

assunto. Para a partir daí desenvolver o trabalho.

2.4.2. Tipos de Temas

a) Temas históricos e ou antigos

- Bibliografia mais fácil.

- Pesquisa mais acessível.

- Leitura Mais cansativa.

- Material de pesquisa já catalogado

b) Temas Contemporâneos.

- Maior interesse.

- Pesquisa mais difícil.

- Bibliografia reduzida.

- Necessidade de pesquisa de campo.

3. ELABORAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO

3.1 – ORIENTAÇÕES GERAIS

Todo trabalho científico deve possuir as seguintes características,

salvo àqueles elementos onde tais características podem ser quebradas (capas

e folhas de rosto, como que veremos mais adiante):

A organização da apresentação gráfica e textual deve ser feita em

elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

O papel para impressão final deve ser do tipo alta alvura, cor branca,

formato A4 (21 cm x 29,7 cm) e impresso somente de um lado, em cor

preta. Com exceção da Monografia, os outros trabalhos poderão ser

apresentados em papel reciclável (recomendado).

As margens a serem adotadas são 3 cm na margem esquerda e

superior do papel e 2 cm nas partes inferior e direita. Vale observar que,

existem muitas divergências entre os autores acerca destas margens.

21

Page 22: Apostila de Metodologia

A fonte padrão a ser adotada pela Faculdade Aplicada de Teologia e

Filosofia, é a Arial, o tamanho deve ser 12 e o espaçamento utilizado é

de 1,5.

As notas de rodapé devem ser digitadas dentro das margens, ficando

separadas do texto por um espaço em branco e por um filete de 1/3 da

linha, a partir da margem esquerda (já padronizado no programa de

software “Word”).

Com exceção da capa, todas as páginas devem ser numeradas. Nas

páginas pré-textuais (como indicado nos anexos), deve-se utilizar os

números com a fonte Arial de tamanho 10, na parte superior da página e

do lado direito.

3.2. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

CAPA

É a parte externa do trabalho

usada como proteção física. Deve

reproduzir os elementos mais

representativos da folha de rosto, tais

como:

O nome da Universidade, do

Curso, da Disciplina, da Turma e

da Habilitação (Jornalismo ou

Publicidade), em letras

maiúsculas, em negrito, corpo 14,

entrelinhamento simples,

colocados no topo da página,

centralizados;

O nome do trabalho, em letras

maiúsculas, em negrito, corpo 16, entrelinhamento simples,

centralizado no centro da página;

O nome do autor do trabalho, em escrita normal (maiúsculas e

minúsculas), corpo 12, entrelinhamento simples, centralizado logo

abaixo do nome do trabalho;

22

FACULDADE APLICADA DE TEOLOGIA E FILOSOFIA

TÍTULO DO TRABALHONOME DO AUTOR

LOCALDATA

Page 23: Apostila de Metodologia

O local e a data (cidade, mês e ano), em escrita normal (maiúsculas e

minúsculas), corpo 12, entrelinhamento simples, centralizados no pé da

página.

OBS.: em trabalhos mais simples, o aluno pode optar por não fazer uma capa

(a não ser quando exigido pelo professor), fazendo somente um cabeçalho

antes de iniciar o trabalho propriamente dito. O cabeçalho deve conter os

seguintes elementos: nome da Universidade, nome do Curso, nome da

Disciplina, nome do Professor, nome do Aluno e dados de identificação do

mesmo (turma, período e turno); depois de um espaço de um parágrafo, deve

ser colocado o tipo do trabalho e o título. A formatação deve ser justificada,

dentro dos padrões.

FOLHA DE ROSTO

no pé da página.

É a página seguinte à capa,

exigida em trabalhos como projetos e

monografias. Representa a página 1

do trabalho, embora não seja

numerada. Ela deve apresentar os

elementos necessários para a

identificação do trabalho já

apresentados na capa e outros

adicionais. Deve conter:

Nome do autor do trabalho, em

letras maiúsculas, corpo 14,

centralizado na parte superior

da página;

Nome do trabalho, em letras

maiúsculas, corpo 16,

centralizado um pouco acima

do centro da página;

Breve explicação sobre a natureza do trabalho (acadêmico, monografia,

projeto e outros), objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e

23

NOME

TÍTULO DO TRABALHO

Projeto de monografia apresentado como Conclusão no curso de Teologia da Faculdade deAplicada de Teologia e Filosofia.

Orientadora: Prof ª Pr ª Dr ª FULANA

DATA

Page 24: Apostila de Metodologia

outros), nome da instituição a que é submetido, localizado à direita um

pouco abaixo do centro da página (a partir da margem, coloque uma

entrada de 6 cm), em letras maiúsculas/minúsculas, corpo 12,

entrelinhamento simples, justificado;

Nome do professor orientador, com a respectiva titulação (Dr., Ms.) em

letras maiúsculas/minúsculas, corpo 12, alinhado à esquerda, sendo

precedido da palavra “orientador”, em maiúscula, corpo 12;

Local e data (cidade, mês e ano), em escrita normal (maiúsculas e minúsculas),

corpo 12, entrelinhamento simples, centralizados

FOLHA DE GRAU

A folha de grau (ou de

aprovação) deve aparecer após a

folha de rosto e só deverá ser

incluída em trabalhos

monográficos. Nela irá constar,

após a avaliação, a nota obtida no

trabalho, bem como o nome dos

professores membros da banca de

avaliação. Deve conter:

Nome do autor, em letras

maiúsculas, corpo 12,

centralizado na parte superior

da página;

Nome do trabalho, em letras

maiúsculas, corpo 12, negrito,

localizado logo abaixo do

nome do autor do trabalho;

A palavra “Grau”, localizada abaixo do nome do trabalho, em letras

minúsculas, corpo 12, seguida de uma linha para o lançamento da nota;

A palavra “banca examinadora”, localizada abaixo da palavra “grau”,

centralizada, em letras maiúsculas, corpo 12, seguida da relação dos

nomes dos componentes da banca, com espaço para assinatura;

24

Apologildo Herésio

A TELEVISÃO NO BRASIL

Grau: ___________

BANCA EXAMINADORA

_______________________________

Membro da Banca

_______________________________

Membro da Banca

_______________________________

Professor Orientador

Niterói, setembro de 2002

ii

Page 25: Apostila de Metodologia

Local e data (cidade, mês e ano), em escrita normal (maiúsculas e

minúsculas), corpo 12, entrelinhamento simples, centralizados no pé da

página.

Nesta página, a numeração já aparece, mas deve ser colocada

no fim da página, em romanos minúsculos.

SUMÁRIO

É o índice das partes do

trabalho, funcionando como um

esquema do assunto trabalhado.

Elemento obrigatório cujas partes

são acompanhadas do(s) número (s)

da(s) folha(s).

Uma linha pontilhada deve

ser usada para ligar o nome da

seção à folha correspondente.

Apresenta os títulos dos

capítulos ou partes e cada um dos

itens que compõem os diversos

capítulos, bem como o número da

página referente a cada um desses

tópicos no decorrer do trabalho. A

numeração é cumulativa. Assim, se

um capítulo é marcado com o número 1, as suas partes internas serão 1.1, 1.2 e

assim respectivamente.

25

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO.....................................................pg. 4

2 – OBJETIVOS.........................................................pg. 6

2.1 – Objetivos Gerais..............................pg. 6

2.2 – Objetivos Específicos.....................pg. 7

3 – JUSTIFICATIVA...................................................pg. 8

4 – EMBASAMENTO TEÓRICO.................................pg. 9

4.1 – .....................................................pg. 10

4.2 – .....................................................pg. 12

5 – METODOLOGIA....................................................pg. 14

5.1 – Tipo de Pesquisa...............................pg. 16

5.2 – As Fontes...........................................pg. 16

5.3 – Instrumentos de Coleta de Dados...pg. 16

5.4 – Análise dos Dados.............................pg. 16

6 – CRONOGRAMA......................................................pg. 17

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................pg. 18

Page 26: Apostila de Metodologia

DEDICATÓRIA

Trata-se de folha opcional,

em que se dedica a alguém em

especial o trabalho realizado. É

uma página de conteúdo pessoal. A

dedicatória deve ser colocada à

direita da folha, na parte inferior da

página. Ao fim, a numeração em

romanos minúsculos, centralizada.

Sugiro que, esta folha seja

apresentada apenas em trabalhos

monográficos.

AGRADECIMENTOS

Folha opcional e pessoal

onde se registram agradecimentos

à(s) pessoa(s) e/ou instituição(ões)

que colaborou(raram) de forma

relevante para elaboração do

trabalho. Aparece após a

dedicatória. A formatação é do tipo

padrão, com título

(AGRADECIMENTOS)

centralizado, no topo, e o restante

do texto justificado.

26

Dedico este trabalho ao meu pai e minha

mãe, por todo apoio recebido nestes anos de

estudo.

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, ao meu

orientador, pelo estímulo recebido e por sua

generosidade intelectual.

Agradeço também aos meus familiares, pelo

apoio irrestrito e o consolo nas madrugadas acordadas

preparando esse trabalho.

Gostaria de agradecer ainda aos meus

colegas e amigos de turma, pelo bom-humor e

companheirismo.

Finalmente, gostaria de agradecer ao meu

marido Oscar, por tudo que passamos juntos e pela

perseverança ao meu lado.

Page 27: Apostila de Metodologia

RESUMO

Folha obrigatória na

monografia. O resumo deve ser

apresentado com as principais idéias

do trabalho, ou seja, o objeto

estudado, a metodologia usada, a

seqüência lógica do texto, os

resultados e conclusões.

Deve conter até 250 palavras.

Quando se tratar de trabalho de pós-

graduação, o resumo deverá

aparecer também em inglês, com o

título de Abstract.

No topo da página,

centralizado, escreve-se RESUMO,

em maiúsculas. Após um espaço de

um parágrafo, apresenta-se o

resumo, em texto justificado.

3.3. ELEMENTOS TEXTUAIS

Os elementos textuais são os

principais itens de um trabalho e

devem compreender, sempre, uma

divisão lógica que abarque três

momentos: introdução,

desenvolvimento e conclusão. No

entanto, cada tipo de trabalho pode

implicar em uma divisão

diferenciada, em termos de

elementos, ainda que obedecendo à

lógica acima descrita. Assim, os

27

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo introdutório , o

desenvolvimento da .............

1 – GESTÃO DO CONHECIMENTO

De acordo com DRUCKER (2002), a administração

moderna .............

2 – TEORIA DA COMPLEXIDADE

A teoria da complexidade foi desenvolvida a partir

da .............

2.1 – FATOR COMPLEXO

Este trabalho tem como objetivo introdutório , o

desenvolvimento da .............

CONCLUSÃO

Desta forma pode-se concluir que a postura da

complexidade na gestão do conhecimento .............

RESUMO

Esta pesquisa pretende mostrar como se desenvolveu, no Brasil, a história da televisão e sua configuração como o maior veículo de comunicação de massa nacional. Para isso, foram realizados entrevistas e levantamentos bibliográficos acerca do tema, que foi abordado de modo a responder a principal questão apresentada: como a televisão se consolidou no país? Primeiramente, apresentei um pouco da história do veículo em termos mundiais. Depois, procurei demonstrar seus aspectos históricos dentro do quadro brasileiro. Finalmente, com o apoio das entrevistas, demonstrei o caráter ideológico da televisão no Brasil e suas relações com os diversos governos.

Page 28: Apostila de Metodologia

elementos textuais vão variar de

acordo com o tipo de trabalho, como

podemos ver nos exemplos a seguir, que nos interessam mais diretamente:

NA MONOGRAFIA

O texto da monografia deverá ter no máximo 50 páginas, sendo

que 30 páginas é um número ideal. Os elementos textuais de um trabalho de

fim de curso e de uma monografia seguem as seguintes divisões:

Introdução

Parte inicial do texto onde se expõe o assunto como um todo.

Inclui informações sobre a formulação do problema de pesquisa, isto é, sobre a

natureza e importância do problema, sua relação com outros estudos sobre o

mesmo assunto, razões que levam à realização do trabalho, suas limitações e

seu objetivo. Deve esclarecer se o trabalho se constitui numa confirmação de

observações de outros autores ou se contém elementos novos, realçando,

sempre que possível, a fundamentação clara das hipóteses. Não se deve

mencionar na introdução qualquer tipo de conclusão.

Desenvolvimento – Capítulos Temáticos

Em monografia, o desenvolvimento deve ser organizado em

capítulos temáticos nominais e divididos em quantos sejam necessários. O

desenvolvimento é a fundamentação lógica do trabalho, que constitui a parte

principal do texto, contendo a exposição ordenada e pormenorizada do assunto

e dos dados empíricos coletados. Divide-se em seções e subseções, que

variam em função da abordagem do tema e do método, incluindo a exposição

da metodologia, dos resultados e da discussão.

Conclusão

Parte final do texto, decorrente da apresentação das conclusões

correspondentes aos objetivos ou hipóteses iniciais da pesquisa e da discussão

provocada no desenvolvimento da monografia. É sempre de cunho pessoal e

pode constar de exposição das dificuldades em relação à realização da

pesquisa, das lacunas não preenchidas, dos novos problemas surgidos e de

propostas e sugestões decorrentes dos dados coletados e discutidos.

28

RESUMO

Esta pesquisa pretende mostrar como se desenvolveu, no Brasil, a história da televisão e sua configuração como o maior veículo de comunicação de massa nacional. Para isso, foram realizados entrevistas e levantamentos bibliográficos acerca do tema, que foi abordado de modo a responder a principal questão apresentada: como a televisão se consolidou no país? Primeiramente, apresentei um pouco da história do veículo em termos mundiais. Depois, procurei demonstrar seus aspectos históricos dentro do quadro brasileiro. Finalmente, com o apoio das entrevistas, demonstrei o caráter ideológico da televisão no Brasil e suas relações com os diversos governos.

Page 29: Apostila de Metodologia

NO PROJETO DE PESQUISA

O texto do projeto de pesquisa deverá ter 15 páginas. Os

elementos textuais que compõem um projeto de pesquisa (por exemplo, para

uma monografia) são os seguintes:

Introdução

Na introdução, deve-se apresentar o tema e o problema de

pesquisa. É o momento em que o autor contextualiza a situação problema e

expõe o tema a partir da delimitação do assunto a que pretende investigar,

associando-o às tendências científico-metodológicas da pesquisa em

comunicação. A formulação da situação problema pode ser feita de maneira

interrogativa e deverá envolver uma dificuldade teórica ou prática, para qual

deve-se encontrar uma solução.

Objetivos

Consiste em enunciar o que será feito em relação ao tema

escolhido e já delimitado na introdução. Sugere-se a apresentação dos

objetivos divididos em geral e específicos, listando-os um abaixo do outro e

começando com um verbo no infinitivo.

Hipóteses

São respostas provisórias aos problemas apresentados, podendo

ser confirmadas ou refutadas na realização da pesquisa. Dependendo do tipo

de investigação, é possível apresentar as hipóteses em termos de

pressupostos teórico-metodológicos de pesquisa, como, por exemplo,

considerar que a prática jornalística não faz a mediação do fato com o público

de maneira isenta, mas que ela participa da própria construção do fato

enunciado.

Fundamentação teórica

Também chamada de revisão de literatura, a fundamentação

teórica é o momento em que o autor estabelece as bases teóricas que

orientarão a pesquisa. Deve-se considerar o que já foi escrito sobre o assunto,

conhecer as pesquisas já realizadas e teorias que possam fundamentar o

trabalho a ser desenvolvido. O tom do texto deve revelar a sua relação com a

formulação do problema e a construção das hipóteses, podendo-se apresentar

29

Page 30: Apostila de Metodologia

os principais conceitos que nortearam a escola do tema, do problema e das

hipóteses. Ao menos três autores devem ser apresentados na fundamentação

teórica.

Alguns autores sugerem como opção ao “quadro teórico”, em

especial quando o pesquisador ainda está em formação inicial, que seja

adotado o item “revisão da literatura”, consistindo mais em um trabalho de

leitura e fichamento do que uma reflexão analítica sobre os autores lidos, o que

ficaria para uma fase mais adiantada do processo da pesquisa.

Justificativas

É o momento em que o autor apresenta as suas razões de

pesquisa, expondo a relevância social e científica do tema escolhido. É

aconselhável delimitar a importância do assunto escolhido em face de outros

temas.

Metodologia

Delimitação dos métodos de abordagem e procedimento que

serão utilizados na pesquisa, indicando o tipo de pesquisa. O autor deve

apresentar, ainda, o recorte metodológico que integrará o corpus da pesquisa.

Em um projeto de pesquisa com caráter mais aplicativo, deve-se incluir

também, após o tópico “Metodologia”, o item “Recursos”.

Cronograma

É a exposição em forma de tabela das diferentes etapas para a

realização da pesquisa. Recomenda-se listar as seguintes etapas: revisão,

coleta de dados, análise dos dados, redação, revisão geral, entrega da

pesquisa.

Referências bibliográficas

O autor deverá listar as referências bibliográficas utilizadas para a

elaboração do projeto de pesquisa. Em um item separado, o autor deverá listar

as principais referências bibliográficas a serem utilizadas na realização da

pesquisa. A apresentação das referências bibliográficas deverá estar de acordo

com as normas da ABNT, organizadas neste manual.

Obs.: No caso de um anteprojeto, o item “quadro teórico-

conceitual” poderia ser suprimido inicialmente, já que trata-se de um esforço

inicial de pensar o tema e o problema de pesquisa.

30

Page 31: Apostila de Metodologia

3.4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais completam o trabalho. São elementos

pós-textuais: referências, glossário, apêndice (s), anexo (s) e índice (s).

Descreveremos apenas os dois que são mais utilizados nos

trabalhos científicos do curso de Teologia.

3.4.1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Na Referência Bibliográfica, ou “Bibliografia” como preferem

alguns autores, são listados os livros, textos, documentos, artigos, sites, enfim,

todos as f ontes textuais consultadas para a produção do texto do trabalho

científico. Tais itens devem ser colocados em ordem alfabética pelo sobrenome

do autor. Sugerimos também uma divisão entre a bibliografia de livros

propriamente ditos e outras fontes, como periódicos e sites, entre outras.

Existem regras para a apresentação de todas essas fontes, como

detalharemos a seguir.

Livros

Quando citamos um livro devemos disponibilizar as seguintes

informações sobre ele: nome completo do autor, título, local de edição, nome

da editora e data da edição. Essas informações devem ser colocadas na ordem

explicitada abaixo:

Último sobrenome do autor, totalmente em letras maiúsculas,

seguido de vírgula.

Nome e outros sobrenomes do autor, com a primeira letra

maiúscula, seguido de ponto. Esses nomes podem ser

abreviados para a primeira letra seguida de ponto.

Título e subtítulo do livro (quando houver), com as primeiras

letras das palavras mais relevantes em maiúscula, sublinhado

ou marcado por itálico (após escolhido o estilo, este deverá ser

adotado como padrão naquele documento), seguido de ponto.

Local, editora e ano, separados por vírgula e encerrados com

ponto. Local e Editora devem ter a primeira letra em maiúscula.

Pode-se suprimir ou abreviar a palavra editora.

Veja dois exemplos:

31

Page 32: Apostila de Metodologia

BAUMAN, Zygmunt. Globalização. As Conseqüências Humanas. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1999.

BOSI, E. Cultura de Massa e Cultura Popular. Leituras de Operárias. Petrópolis, Editora Vozes, 2000.

OBS.: Quando as referências completas de um texto a ser citado não

estiverem disponíveis, deve-se indicar com o termo “mimeo” a ausência dessas

referências. Exemplo:

STORCH, S. “Raios de sol na aurora de um novo pensar”. Texto mimeo.

Além disso, deve-se usar as expressões S/L (sem local), S/E

(sem editora) e S/D (sem data) para indicar a ausência dessas referências.

Exemplo:

BOSI, E. Cultura de Massa e Cultura Popular. Leituras de Operárias. S/D, S/E., 2000.

Algumas variações:

Dois autores

Os nomes dos autores, obedecendo às mesmas regras acima,

devem ser separados por ponto e vírgula. Exemplo:

BARRETO, Alcyrus V. P.; HONORATO, Cezar T. Manual de Sobrevivência na Selva Acadêmica. Rio de Janeiro, Ed. Objeto Direto, 1999.

Três autores

Os nomes dos autores, obedecendo às mesmas regras acima,

devem ser separados por ponto e vírgula. Exemplo:

BRUYNE, P. de; HERMAN, J.; SCHOUTHEETE, M. de. Dinâmica da Pesquisa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Francisco Alves Editora, 1991.

Mais de três autores

Deve-se usar a expressão latina et al. (que significa “e outros”),

em itálico, logo após o nome do autor principal (em geral, o que encabeça a

lista dos autores). Exemplo:

AMORIM, Paulo Henrique et al. Lições de Jornalismo 1. Rio de Janeiro, Faculdade da Cidade, 1998.

Citações de Dissertações e Teses

Exemplo:

32

Page 33: Apostila de Metodologia

ENNE, Ana Lucia S. “Lugar, meu amigo, é minha Baixada”: memória, história e identidade social na Baixada Fluminense. Tese de Doutorado em Antropologia Social. Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro – PPGAS/MN/UFRJ, 2002.

Capítulo de livros

Do mesmo autor

Exemplo:

CASÉ, Rafael. “Tempos de ouro do rádio”. In: Programa Casé. O Rádio começou aqui. Rio de Janeiro, Ed. Mauad, 1995.

De outro autor

Exemplo:

VERÓN, Eliseo. “Semiosis of mediatization”. In: MENDES, Cândido (coord.) e LARRETA, Enrique Rodrigues (ed.). Media and Social Perception. Rio de Janeiro, Unesco/ISSC/Educam, 1999.

Artigos de revistas

Revistas científicas

Exemplo:

RODRIGUES, Adriano Duarte. “Discurso e Sociabilidade”. In: Revista Contracampo. Revista do Mestrado em Comunicação. Niterói, Universidade Federal Fluminense, v.4, janeiro de 2000, pp. 5-22.

Revistas de circulação

Quando houver autor, segue-se o mesmo modelo acima. Quando

não, cita-se somente o título do texto. Veja os exemplos:

MAINARDI, Diogo. “No país do carnaval”. In: Revista Veja. São Paulo, ed. Abril, ano 36, nº 10, edição 1783, 12/03/2003, p.111.

“Ficou caro demais”. In: Revista Veja. São Paulo, ed. Abril, ano 36, nº 10, edição 1783, 12/03/2003, p. 87.

Artigos de jornais

Seguem as mesmas regras para revistas.

Meio eletrônico

33

Page 34: Apostila de Metodologia

Quando a fonte for o site de forma geral, cita-se o nome do site

(quando houver), o endereço eletrônico completo e a data da consulta.

Exemplo:

Globo on-line. http://www.oglobo.com.br, acesso: 23/03/2002.

Quando a fonte for um artigo ou livro consultado na Internet, a

citação obedecerá os mesmos princípios acima citados. Exemplo:

GARCIA, Maurício e NEVES, Maristela. “Normas para a elaboração de teses, dissertação e monografias”. In: http://www.mgar.vet.br/normas, consulta em 23/03/2003.

Outras fontes

Fitas, CDs, Cdroms e outras fontes devem ser citadas da mesma

forma explicada anteriormente – autor, título e dados de referência.

OBS.: Existem ainda variações a respeito das citações, que não podem ser

incluídas nesta apostila por já caracterizarem um trabalho mais exaustivo que

ultrapassa os objetivos de um manual básico de normas técnicas. De qualquer

forma, quando houver dúvidas, consulte um dos livros sugeridos na Bibliografia

ou mesmo outros títulos de Metodologia que tragam uma parte voltada para a

normatização dos trabalhos científicos.

3.4.2. ANEXOS

São considerados anexos

elementos que ajudem na

compreensão do texto, mas não

podem ser incorporados a ele

diretamente, como imagens, gráficos,

mapas, ilustrações, fotos, exemplos,

entrevistas na íntegra, cópias

integrais de documentos, entre

outros.

Devem ser precedidos por uma

página contendo somente o termo

“Anexos” centralizado no meio da

página. Sempre que possível, devem

34

LISTA DE TABELAS

1 – Tabela com o número de aparelhos receptores de

canais de televisão vendidos em

1950 .................................................. p. 15

2 – Tabela com o número de aparelhos receptores de

canais de televisão vendidos em

2000 ................................................... p. 25

3 – Tabela com audiência das principais

emissoras .............................. p. 30

LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ANPAd – Associação Nacional dos Programas de

Pós-graduação em Administração.

ANPEd – Associação Nacional de Pós-graduação e

Pesquisa em Educação.

CFC – Conselho Federal de Contabilidade.

Page 35: Apostila de Metodologia

ser numerados para facilitar a

consulta posterior. Quando no texto

forem feitas referências a um dos

anexos, deve-se citar o número do

mesmo.

4. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E DOS ORIGINAIS

Para uniformizar a apresentação dos trabalhos científicos do

curso de Teologia, utilizaremos as seguintes normas técnicas:

4.1. APRESENTAÇÃO GRÁFICA

A folha deve apresentar margem de 3 cm à esquerda e em cima,

2 cm à direita e em baixo. O tipo de letra utilizado deve ser Arial, corpo: 12. O

parágrafo deve ser iniciado com a entrada padrão do Word: 1,25 cm na

primeira linha.

O espacejamento no texto corrido e nas transcrições deve ser em

espaço 1,5 (mesmo que haja alguns autores defendem o uso facultativo do

espaço duplo). Entre os parágrafos, seções e subseções, deve-se usar o

espaço triplo (três espaços simples) ou pode-se optar pelo formato do Word de

0,6 cm.

O espacejamento das citações longas, das notas de rodapé, das

referências bibliográficas e dos resumos (em vernáculo ou língua estrangeira)

devem ser simples.

4.2. ESTILO

Existem regras para a aplicação dos estilos sobre o texto. Tais

normas podem ser trocadas, desde que se crie um único padrão para o texto

inteiro. No entanto, recomenda-se a sua adoção, por já consensual e de

domínio público, facilitando a compreensão.

Sublinhado – deve ser usado para destacar partes que

merecem maior atenção do leitor, como palavras mais importantes. Também é

usado para títulos de livros e publicações.

Negrito – idem; usa-se também para títulos e subtítulos.

Também é usado para títulos de capítulos de livros e artigos em periódicos

35

Page 36: Apostila de Metodologia

Itálico – usa-se para palavras estrangeiras. Também usado

para marcar conceitos teóricos mais utilizados. É usado como alternativa ao

sublinhado para destacar o título do livro ou da publicação. Alguns autores

recomendam sua utilização nas citações para destacá-las, embora o padrão

seja o uso de aspas.

“Aspas” – utilizam-se para nomes de filmes, músicas, obras de

arte e outras referências não literárias. Também são utilizadas para as citações

feitas no decorrer dos textos. São uma alternativa ao uso do negrito para

indicar títulos de capítulos de livros e artigos em periódicos. São também

usadas para chamar a atenção para palavras dúbias, gírias e expressões

coloquiais.

4.3 ABREVIATURAS E SIGLAS

Devem ser usadas com critérios. Evite criar abreviaturas, use

somente as existentes e reconhecidas consensualmente (ex.: org., ed., prof.

etc). Quando uma sigla for apresentada pela primeira vez, deve ser precedida

do nome por extenso (ex.: Universidade Estácio de Sá – UNESA).

Títulos não devem conter abreviaturas. Não se usa plural para as

formas abreviadas das palavras (ex: editores = ed., organizadores = org.). Não

se usa ponto nas abreviaturas de unidades de medida e nas siglas (ex.: 1cm,

5m, UNESCO, DNER etc).

Não se abreviam nomes geográficos, a não ser abreviaturas

universalmente aceitas (correto: USA; errado: SP para São Paulo).

Os meses do ano são abreviados pelas três primeiras letras, com

exceção de maio, que não se abrevia.

IMPORTANTE: quando seu trabalho contiver muitas siglas que não são muito

conhecidas, você deve colocar, antes de iniciar os elementos textuais, uma

“Lista de abreviaturas e siglas”, em ordem alfabética.

4.4. ILUSTRAÇÕES

As ilustrações (com exceção de tabelas, quadros e gráficos) são

designadas sempre como “figuras”. Sua indicação pode integrar o texto, ou

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Page 37: Apostila de Metodologia

localizar-se entre parênteses no final da frase. A abreviatura FIG. será usada

sempre no singular, mesmo quando referente a várias figuras.

As figuras devem ser numeradas (1,2,3 etc), em uma seqüência

própria. Podem receber um título (que deve ser breve, mas explicativo) e/ou

uma legenda (que acompanha a ilustração e deve ser colocada logo abaixo do

título). Deve-se evitar a continuação de uma legenda de uma ilustração na

página seguinte. Toda ilustração retirada de alguma fonte anteriormente

publicada deve conter, abaixo da legenda, as informações de crédito.

As ilustrações devem ser centradas na página e colocadas o mais

próximo possível da parte textual que lhe faz referência. Quando as ilustrações

forem de tamanho maior ou em grande número, podem ser colocadas em

anexo, ao fim do trabalho.

Também devem ser colocadas em anexo as imagens que servem

para exemplificar o que está sendo dito, mas não são objeto direto de análise

ou comentário. Quando, no decorrer do texto, for apresentado um grande

número de figuras, uma lista com a numeração das figuras deve ser colocada

após o sumário.

4.5. GRÁFICOS E TABELAS

Gráficos são desenhos constituídos de traços e pontos,

numerados com algarismos arábicos. Seu título é precedido da palavra

GRÁFICO em letras maiúsculas. A citação no texto será pela indicação GRAF.,

acompanhada do número de ordem a que se refere; Tabelas (ou quadros) são,

segundo a ABNT, “apresentações do tipo tabular que não empregam dados

estatísticos”.

Devem ser relacionadas em lista própria, após o sumário. As

tabelas devem ter um título claro e conciso, colocado sobre as mesmas.

Também serão numeradas seqüencialmente em todo o trabalho. Também

devem ser centralizadas e colocadas o mais próximo do texto referente.

Quando extensas, podem ser impressas na posição horizontal da página.

4.6. NUMERAIS

Deve-se escrever por extenso os números de uma só palavra

(um, dezesseis, cem) e usar algarismos para os números de mais de uma

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Page 38: Apostila de Metodologia

palavra. Uma outra possibilidade, também aceita, é escrever os números de 0

a 9 por extenso e a partir de 10 usar os algarismos.

A forma escrita por extenso pode ser empregada para indicar

quantidade aproximada e unidades de ordem elevada (ex.: foram beneficiadas

cerca de oitocentas pessoas; Existem dois milhões de habitantes naquela

cidade).

Deve-se evitar o uso de números no início das frases.

Para expressar porcentagem, use a grafia: número e símbolo

(ex.: 85%). Para referências às páginas e volumes de uma publicação, use

sempre os números cardinais (página 3, volume 11).

Quanto às datas, usa-se o número por extenso para o primeiro

dia do mês, e os cardinais para o restante (30 de julho). Para horas, sempre

deve ser usado o numeral cardinal (ex.: 8:30, 14h 30 minutos).

4.7. CITAÇÕES

Citação é a menção, no texto, de uma informação colhida de

outra fonte, como esclarecimento ao assunto em discussão, ou reforço à idéia

do autor. Deste modo, são textos transcritos (de forma direta ou não) ou

informações retiradas de outras publicações, para as quais sempre devem ser

indicados os créditos. As citações são divididas em quatro tipos:

A – Citação indireta

A citação indireta, também chamada de citação livre, ocorre

quando se reproduzem idéias e informações do documento, sem, entretanto,

transcrever as próprias palavras do autor. Pode ser feita das seguintes formas:

Quando o nome do autor (ou autores) faz parte do texto,

coloca-se, após o nome do mesmo em maiúsculas, a data da publicação

citada, entre parênteses. Exemplo: Como lembra MARTINS (1984), o futuro do

país depende do interesse político do governo. OU: Segundo SOUZA e

MACEDO (1999), a falta de compromisso ético é um dos maiores problemas da

política nacional.

A citação da fonte pode suceder a citação, entre parênteses.

Exemplo: A Comunicação é uma das instituições sociais criadas pelo ser

humano para sua sobrevivência (MAIA, 1989).

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Page 39: Apostila de Metodologia

Quando a citação for de alguma instituição que seja conhecida

por sigla, deve-se citar o nome por extenso acompanhado de sigla na primeira

citação e, a partir daí, usar apenas a sigla.

Quando a citação for referente a documento sem autoria

reconhecida, a citação deve ser feita usando-se a primeira palavra do título, em

letras maiúsculas, seguida de reticências e data entre parênteses. Exemplo:

Conforme previsto em CONSIDERAÇÕES... (1979), as questões deverão ser

corrigidas pelo professor da disciplina.

B – Citação direta

A citação direta – também chamada de textual – é a transcrição

literal de textos escritos por outros autores, ou parte deles. Deve ser

reproduzida entre aspas e destacada dentro do corpo do texto, acompanhada

de informações sobre a fonte: entre parênteses, colocar-se o sobrenome do

autor em maiúscula, a data da publicação, dois pontos, e a página de onde foi

retirada a citação (não se esqueça: plágio é ilegal).

As citações curtas (menos de três linhas) devem vir dentro do

próprio parágrafo em que for citada, acompanhando o texto. Exemplo: A

música acalma o espírito, “pois não há nada mais sublime do que o que nos

fala diretamente à alma” (ANTUNES, 1986 pg 25).

As citações longas (mais de três linhas) devem ser recuadas

na formatação do texto, colocando-se em parágrafo seguinte, com recuo de 4

cm, entrelinhamento simples (1 ponto) e corpo 11 em itálico. Exemplo:

Sobre a função da música, ANTUNES (1986, pg 25) comenta:

(...) “pois não há nada mais sublime do que o que nos fala diretamente à alma, seja por meio de uma canção, de um verso torto ou do olhar de quem amamos. Saber atingir nosso âmago é exercício de contemplação e estudo, ao qual poucos estão destinados a conseguir sucesso. Tristes dos que vivem na superfície.” (...)

OBS.: Quando a citação for extraída de um texto muito longo, o qual deseja-se

cortar, isso deve ser feito utilizando parênteses e reticências entre os trechos.

Exemplo: O rádio, como meio de comunicação de massa, deve ser “ágil e

eficente (...) e ainda atingir setores específicos da população”.

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Page 40: Apostila de Metodologia

C – Citação da Citação

Quando a citação for de um autor já citado por outro autor,

existem duas alternativas para fazer a remissão corretamente:

No próprio texto, citar o sobrenome do auto do documento não

consultado, seguido por expressões como “citado por”, “conforme”, “segundo”,

e o sobrenome do autor (com a data) do texto consultado. Exemplo:

ANTUNES, citado por CASTRO (1988), discute o conceito de indústria cultural,

criticando as posições dos apocalípticos”.

Nas notas, fazer a remissão utilizando a expressão apud

(“citado por”), em itálico, para indicar a relação entre os autores. Exemplo:

ANTUNES, Márcio. A essência da alma. Rio de Janeiro: ed. Azul, 1986 apud

CASTRO, Durval. Contos soltos da alma. São Paulo: Maravilha editora, 1988.

D – Notas de rodapé

As notas de rodapé são anotações colocadas ao pé da página

com a finalidade de esclarecer ou complementar o texto, numeradas em ordem

seqüencial. São escritas em corpo menor (8), entrelinhamento simples. Podem

ser de dois tipos: explicativas (nas quais são apresentadas informações que

completem ou esclareçam o que foi dito no texto propriamente dito) ou

referenciais (em que são indicados os dados bibliográficos referentes ao trecho

citado).

Quando a referência é feita no chamado “modelo americano”, ou

seja, colocando-se o nome do autor e a data da publicação entre parênteses,

após o trecho citado (como já exemplificado anteriormente no item referente às

citações), não há necessidade de fazer a referência no rodapé, pois a

referência estará contida no item pós-textual “Referencial Bibliográfico”.

No entanto, a opção adotada pelo curso de Comunicação Social é

pela referência nas notas. Assim, é preciso seguir as regras indicadas pela

ABNT para referência bibliográfica, como será explicado na próxima parte

desta apostila. De qualquer forma, algumas observações pertinentes devem

ser feitas:

Na primeira vez em que um autor for citado, coloca-se a

referência completa, utilizando-se, para isso, a seguinte ordenação (as regras

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Page 41: Apostila de Metodologia

normativas estarão explicadas no próximo item): SOBRENOME, Nome. Título.

Local, Editora, Ano, página referente à citação.

Quando a referência a um autor for reincidente, ela obedecerá

a outras regras, utilizando-se, para isso, termos normativos de origem latina

(todos devem ser grafados em itálico).

Veja as situações:

Idem

Usa-se “idem” na citação imediatamente seguinte, em que o autor

citado seja o mesmo mas o título for diferente. Pode ser abreviado para “id”.

Exemplo:

SODRÉ, Muniz. O Monopólio da Fala. Petrópolis, Vozes, 1984, p. 57.

Idem, O Social Irradiado. São Paulo, Cortez Editora, 1992, p. 96.

Ibidem

Usa-se “ibidem” na citação imediatamente seguinte, em que o

autor citado e o título sejam os mesmos. Abrevia-se para “ibid”. Exemplo:

SODRÉ, Muniz. O Monopólio da Fala. Petrópolis, Vozes, 1984, p. 57.

Idem, Ibidem, p.100.

Op. cit. (obra citada)

Usa-se “op. cit.” quando um determinado título, já tendo sido

citado, reaparece em uma outra nota, não conseguinte àquela em que ele

havia sido citado. Exemplo:

SODRÉ, Muniz. O Monopólio da Fala. Petrópolis, Vozes, 1984, p. 57.

THOMPSON, John B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis, Vozes, 1995, p. 70.

SODRÉ, op. cit., p 40.

OBS.: Quando já tiver sido citada mais de uma obra do autor ao qual se fará a

referência, é preciso colocar também a data para identificar a que título a nota

se refere. Exemplo:

SODRÉ, op. cit., 1984, p 40.

Apud (citado por)

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Page 42: Apostila de Metodologia

Usa-se “apud” quando a citação for de uma autor, porém a

referência bibliográfica remeter a outro autor, de onde a citação tenha sido

retirada. Assim, por exemplo, você cite no seu texto uma frase ou uma idéia de

Lasswell, mas você não tenha lido essa frase no texto original do próprio

Lasswell, mas em um livro de Armand Matelárt. A referência bibliográfica dessa

citação deve ser feita da seguinte forma:

BIBLIOGRAFIA

LASSWELL apud MATTELART, Armand e MATTELART, Michele. História das Teorias da Comunicação. São Paulo, Edições Loyola, 1999, p. 41.

ANDRADE, MARIA Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. São Paulo, Editora Atlas, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Normas sobre documentação. Rio de Janeiro: 1970.

AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. 8 ed. São Paulo: editora Prazer de Ler. 1992.

BUNGE, Mário. La ciência, su método y su filosofia. Buenos Aires, Editora Siglo Veinte, 1974.

COMITÊ TÉCNICO DE EDITORAÇÃO. Manual para elaboração e normalização de dissertações e teses. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2001.

FERRARI, Alfonso Trujillo. Metodologia da ciência. Rio de Janeiro, Editora Kennedy, 1974.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1999.

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GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa social. São Paulo, Editora 1999.

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Page 43: Apostila de Metodologia

GONZÁLES, Daniel. Pesquisas de Opinião e a Leitura no Brasil. Artigo disponível em: http://www.brasilquele.com.br/texto_ler.php?id=1973&page=13, acesso em: 04-20-2008.

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo, Editora Perspectiva, 1987.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. São Paulo, Editora Atlas, 2000.

MARCANTONIO, A. T.; SANTOS, M. M.; LEHFELD, N. A. Elaboração e Divulgação do Trabalho Científico. São Paulo, Editora Atlas, 1993.

SALVADOR, A. D. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica: elaboração e relatórios de estudos científicos. Porto Alegre: Sulina, 1977.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 15 ed. São Paulo: Cortez Editora, 1989.

SPENER, Philip Jacob. Mudança Para o Futuro: Pia Desideria. Curitiba; Editora Encontro, 1996.

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