analise do nivel develocidade de deslocamento...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Mariana Fogliatto Fontoura
ANALISE DO NIVEL DE VELOCIDADE DE
DESLOCAMENTO COM E SEM BOLA EM ATLETA DO
SEXO FEMININO DE FUTEBOL DE CAMPO
Curitiba2006
Mariana Fogliatto Fontoura
ANALISE DO NIVEL DE VELOCIDADE DE
DESLOCAMENTO COM E SEM BOLA EM ATLETAS DO
SEXO FEMININO DE FUTEBOL DE CAMPO
Trabalho de Conclusao de Curso de Educa~fio Fisica daFaculdade de Ciencias Biol6gicas e da Saude daUlliversidade Tuiu!i do Parana na disciplina de TOCC-Trabalho Orien!ado de Conclusilo de Curso.
Orien!ador: Professor Doutor Candido S. Pires Neto
Curitiba2006
TERMO DE APROVACAO
A COMISSAO ABAIXO ASSINADA APROVA 0 TRABALHO:
ANALISE DO NIVEL DE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO COM E
SEM BOLA EM ATLETAS DO SEXO FEMININO DE
FUTEBOL DE CAMPO
ELABORADO POR:
Mariana Fogliatto Fontoura
COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTEN<;:AO DE LlCENCIADO EM
EDUCA<;:AO FisICA, APROFUNDAMENTO EM RECREA<;:AO E LAZER
-1Q../-1,L I 2006
COMissAo EXAMINADORA
f1 Prof. Mestre Ney de Lucca Mecking - Coordenador do Curso
CC(~/6L0 ~Prof. Doutar Candido S. Pires Neto - Orientador
\ I\ ( -
./
no Krug - Cadeira de TOCC
SUMARIO
1 INTRODUCAo 07
1.1 JUSTIFICATIVA 07
1.2 PROBLEMA .. 08
1.3 OBJETIVOS....................................................................................................... 08
1.3.1 Objetivo Geral 08
1.3.2 Objetivo Especificos 08
2 REVISAo DE LlTERATURA 09
2.1 Hist6rico do Futebol de Campo Feminino..... 09
2.1.1. Futebol Feminino no Mundo.......................................................................... 10
2.1.2. Futebol Feminino no Brasil............................................................................ 12
2.2 Principais Aspectos do Futebol Feminino 12
2.2.1 Principais regras..... 12
2.2.2 Principais diferen~as anatomico-fisiol6gicas especificas do sexo feminino(dimorfismo sexual} 20
2.2.3 A Capacidade de Oesempenho da Mulher nas Principais Formas deExigemcia Motora..................................................................................................... 25
2.2.4 A Influencia da Capacidade de Oesempenho Esportivo da Mulher Atravesda Menstrua~ao 25
2.2.5 Qualidades fisicas mais exigidas no Futebol.................................................. 26
3 METODOLOGIA 32
3.1 TIPO DE PESQUISA 32
3.2 POPULA<;:Ao E AMOSTRA 32
3.2.1 Populac;ao 32
3.2.2 Amostra . 32
3.3 INSTRUMENTO 32
3.4 MATERIAIS........................................................................................................ 33
3.5 COLETA DE DADOS . 33
3.6 CONTROlE DAS VARIAvEIS 33
4 APRESENTA~AO E DISCUSSAO DE RESULTADOS 34
5 CONCLUSAO E SUGESTOES....... 44
REFERENCIAS .. 46
APENDICE 48
LlSTA DE GRAFICOS
Grafico 1 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola
geral 37
Grafico 2 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola dasgoleiras 37Grafico 3 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das
zagueiras.............................. 38Grafico 4 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola dasvolantes....... 39
Grafico 5 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das
laterais...... 39Grafico 6 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola dasmeio-campistas .
Grafico 7 - Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das
atacantes .
Grafico 8 - Analise do melhor tempo individual de deslocamento de 30 metros
com e sem bola .Grafico 9 - Analise do pior tempo individualde deslocamento de 30 metros come sem bola .
Grafico 10 - Comparayao das medias de tempo de deslocamento de 30 metrossem bola nas diferentes posiyoes .
Grafico 11 - Comparayao das medias de tempo de deslocamento de 30 metros
com bola nas diferentes posiyoes .
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RESUMO
ANALISE DO NIVEL DE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO COM E
SEM BOLA EM ATLETAS DO SEXO FEMININO DE
FUTEBOL DE CAMPO
Autor Mariana Fogliatto FontouraOrientador Prof. Ooutor Candido S. Pires Neto
Curso de Educa9ao FisicaUniversidade Tuiuti do Parana
o presente estudo enfoca um dos varios aspectos que precisam serpesquisados do futebol feminin~, como a velocidade de deslocamento que eum fator determinante para 0 exito desportivo e, p~r conseqOencia, para aavalia980 da eficacia do processo de treinamento. Portanto, 0 objetivo desdeestudo foi investigar0 tempo de deslocamentode 30 metros com e sem bola dasatletasde Futebolde Campoque fazempartedo timeVila HauerEsporteClube.A partir desta concep9ao, buscou-se quantificar os valores alcan9ados pelasatletas do Vila Hauer Esporte Clube atraves desta pesquisa descritiva ecomparativa afim de aprimorar os metodos de treinamento das mesmasbuscando uma melhora na performance do time. A coleta de dados foirealizada durante 0 campeonato metropolitano de Futebol Feminino 2006. Ostestes realizados foram: Corrida de 30 metros com e sem condu980 de bola afim de analisar a diferen~ do tempo medio de deslocamento das atletascomparando os dois testes. Os resultados demonstraram que absolutamentetodas as atletas aumentaram significativamente, p < 0,05, os seus temposdurante 0 deslocamento com bola e que 0 grupo que teve a menor media dediferen9a de tempo de deslocamento com e sem bola foi 0 grupo dasatacantes, assim como 0 pior resultado foi encontrado no grupo das goleiras.Estes resultados evidenciam as diferen9as do tempo de condu980 de bola econduzem a novas pesquisas que abririam uma perspectiva para que sepossa avaliar com base em indices concretos a performance das atletas.
Palavras-chave: futebol feminin~, velocidade, agilidade, condu980 da bola.
1 INTRODUCAo
ANALISE DO NIVEL DE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO COM ESEM BOLA EM ATLETAS DO SEXO FEMININO DE FUTEBOL DE
CAMPO
1.1 JUSTIFICATIVA
Atualmente 0 futebol feminino cresce em varios paises, tendo sido
reconhecido inclusive nos jogos olimpicos como modalidade desportiva. Porem, as
publicac;:6es e pesquisas cientificas existentes, em sua maioria, reportam-se
somente as categorias masculinas, desconsiderando as diferenc;:as fisiol6gicas
existentes entre homens e mulheres. No Brasil a situac;:ao mostra-se mais
emergente, pois 0 numero de artigos voltados para as categorias femininas torna-se
ainda mais raro, tornando 0 presente trabalho atual e necessario para que
futuramente aprimorem-se os programas de treinamento para atletas desta
modalidade.
o Futebol e um esporte que exige a harmonia de varias capacidades fisicas,
tais como forc;:a (forc;:a estatica, forc;:a dinamica, forc;:a maxima, forc;:a rapida,
resistencia da forc;:ae forc;:aexplosiva); resistencia (resistelncia muscular localizada,
resistencia muscular geral, resistencia aer6bica, resistencia anaer6bica, resistencia
dinamica e resistencia estatica); agilidade; flexibilidade; coordenac;:ao motora e
velocidade (velocidade de reac;:ao, velocidade aciclica e velocidade ciclica), esta
ultima objeto de analise neste estudo.
Alem disso ha tambem a velocidade de ac;:aocom bola, que tem como base
as capacidades parciais da velocidade, ou seja, a capacidade de percepc;:ao, de
antecipac;:ao, de decisao e de reac;:ao.E tambem a velocidade de movimentos com
bola que possui componentes tecnicos I coordenativos como 0 toque da bola e as
habilidades tecnicas (BAUER apud WEINECK 2000).
Portanto, justifica-se a realizayao do presente estudo, pela necessidade se
analisar a importancia da velocidade das jogadoras em deslocamento com e sem a
posse da bola ja que as mulheres tem caracteristicas fisicas e fisiol6gicas pr6prias.
1.2 PROBLEMA
Qual 0 tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das atletas de
Futebol de Campo do Time Vila Hauer Esporte Clube?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Investigar 0 tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das
atletas de Futebol de Campo que fazem parte do time Vila Hauer Esporte Clube.
1.3.2 Objetivos Especificos
a) Determinar 0 perfil antropometrico das atletas;
b) Avaliar 0 tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola;
c) Comparar 0 tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola;
d) Comparar os resultados obtidos entre as diferentes posiyoes em campo
das jogadoras. (goleiras, zagueiras, volantes, latera is, meio - campistas e
atacantes) .
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2 REVISAO DE LlTERATURA
2.1 Hist6rico do Futebol de Campo Feminino
Nas Olimpiadas
o torneio de futebol dos Jogos Olimpicos e a competi!(ao mais antiga da
hist6ria. Come!(ou a disputa em 1908 (Londres), mas 56 ganhou relevancia em 1920
(Antuerpia), quando passou a ser encarada como uma especie de Copa do Mundo
da epoca. Depois da cria!(ao da Copa propriamente dita, em 1930, foi perdendo
importancia, principalmente depois da Segunda Guerra quando as sele!(oes que
disputavam as olimpiadas ficaram impedidas de inscrever jogadores profissionais.
Tudo para que 0 futebol olimpico nao tivesse a mesma relevancia de uma Copa do
Mundo. Com isso, por quase 30 anos a competi!(ao foi dominada por paises do leste
europeu, onde, diziam eles, 0 futebol era mais amador. Das 24 medalhas em disputa
eles ficaram com 21. As regras mudaram a partir de 1984, em Los Angeles, quando
foi permitida a inclusao de atletas profissionais nas equipes, exceto aqueles que ja
tivessem disputado uma Copa do Mundo. Duas Olimpiadas depois, em Barcelona,
1992, nova altera!(ao: as sele!(oes 56 poderiam ter jogadores com menos de 23 anos
e, ainda poderiam inscrever 3 jogadores acima dessa idade. Essa regra permanece
ate hoje (WIKIPEDIA, 2006).
o Torneio Pre-Olfmpico come!(ou a ser disputado em 1956. E 0 futebol
feminino estreou em 1996, quando 0 Brasil terminou em 4° lugar (WIKIPEDIA, 2006).
Na Copa do Mundo
De acordo com Teixeira (2006) a Copa do Mundo de Futebol Feminino e a
competi!(ao mais importante no futebol internacional para mulheres. Organizado pela
10
FIFA, 0 orgao controlador do esporte, 0 torneio da Copa do Mundo foi realizado pela
primeira vez em 1991.
o torneio reune 16 sele<;:6esfemininas a cada quatro anos, para competir pelo
campeonato mundial feminino desse esporte. De acordo com Teixeira (2006) a Copa
do Mundo de Futebol Feminino surgiu como ideia dos oficiais da FIFA durante a
Copa do Mundo de 1986 no Mexico. Um dos mais famosos momentos do torneio e
talvez da historia do esporte, foi quando Brandi Chastain tirou sua carnisa e deslizou
de joelhos, mostrando seu sutia esportivo na comemora<;:ao de urn penalti convertido
que decidiu a final contra a China em 1999.
As Copas do Mundo das Mulheres de 1999 e 2003 foram ambas celebradas
nos Estados Unidos; em 2003 a China deveria sediar a competi<;:ao mas foi movida
por causa da epidemia de SARS. Como compensa<;:ao, a China manteve sua
ciassifica<;:ao automatica para a edi<;:ao de 2003 e recebera a edi<;:ao de 2007
(TEIXEIRA,2006).
o proximo pais sede que sera decidido por vota<;:aoe 0 que recebera a Copa
do Mundo de Futebol Feminino de 2011.
2.1.1 Futebol Feminino no mundo;
Assim como em muitos outros campos da sociedade, as mulheres vem
conquistando seu merecido espa<;:o no esporte mais conhecido e adrnirado pelos
brasileiros: 0 futebol.
A Italia foi 0 prirneiro pais a ter uma sele<;:aofeminina profissional, em 1970, e
o Japao, 0 primeiro a ter uma liga profissional de futebol feminino. Em 1991, foi
realizada na China a primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino (TEIXEIRA,
2006).
o futebol foi trazido da Inglaterra para 0 Brasil, em 1894, por Charles Miller e,
desde entao, se tornou um dos esportes mais praticados no pais. 0 curiosa e saber
II
que foi quase 100 anos depois que a pratica do jogo pelas mulheres tornou-se mais
popular no pais (TEIXEIRA, 2006).
De acordo co Teixeira (2006), em 1896, 0 Barao Pierre de Coubertin,
idealizador dos Jogos Olimpicos da Era Moderna, vetou a participac;:ao das mulheres
neste que e 0 maior evento desportivo do planeta. As praticantes do jogo eram muito
discriminadas devido ao aspecto masculino do FuteboL Em vista dos valores
socioculturais da epoca, a mulher era discriminada pela sociedade, que nao a
considerava capaz de proporcionar espetaculos como os que podemos assistir hoje,
grac;:asaos meios de comunicac;:ao.
Apesar do preconceito e das dificuldades enfrentadas, as jogadoras tem
demonstrado excepcional habilidade e capacidade com a bola no pe. Prova disso foi
a excelente participac;:ao na ultima Olimpiada (Atenas 2004), quando a Selec;:ao
Brasileira de futebol feminino conquistou, no dia 26 de agosto, a mais que merecida
medalha de prata que, para as atletas e para os torcedores, teve 0 sabor de uma
medalha de Duro (TEIXEIRA, 2006).
Segundo Teixeira (2006) alem das selec;:6es dos Estados Unidos e da
Alemanha, os times femininos mais tradicionais sao 0 da Noruega, da China e da
Suecia, tendo se destacado, nos ultimos anos, as selec;:6es canadense e brasileira.
Hoje, a cada competic;:ao, a mulher mostra 0 seu valor, somando a sua beleza
interior a um potencial que nao parece ter limites, como e 0 caso das "meninas do
futebol". A cada ano, a cada convocac;:ao de uma Selec;:ao Brasileira, surgem novas
talentos; mulheres que antes nao tinham sequer apoio familiar e que, agora, povoam
os campos de futebol nos quatro cantos do pais.
Em alguns anos, as escolinhas estarao lotadas, as equipes surgirao (como
vem surgindo) e 0 nosso Pais, que tem 0 futebol como grande embaixador, tera mais
orgulho ainda, pois a mulher brasileira 0 estara representando, trazendo ouros,
trofeus e titulos, nos enchendo de orgulho e alegria, a cada Copa do Mundo, a cada
Olimpiada (TEIXEIRA, 2006).
12
2.1.2 Futebol Feminino no Brasil.
No Brasil foram documentadas partidas de Futebol Feminino no Rio de
Janeiro, por volta de 1908 e 1909. As reais evidencias de Futebol Feminino no
estado de Sao Paulo ocorreram em 1921, na disputa entre "Senhoritas
Tremembeenses" e "Senhoritas Cantareirenses", respectivamente times formados
por moradoras dos bairros de Tremembe e Cantareira, na regiao de Sao Paulo
(ROCHA, 2006).
Apenas nos anos 80 e que times como 0 Guarani, de Campinas, SP,
come9aram a despontar profissionalmente entre as mulheres. Em Sao Paulo, hoje
em dia, e promovido 0 Campeonato Paulista de Futebol Feminino, que reline os 46
principais times do estado (ROCHA, 2006).
2.2 Principais Aspectos do Futebol Feminino
2.2.1 Principais regras segundo a FIFA;
Regra 1 - 0 terreno do jogo
o campo de jogo deve ser retangular, com um maximo de 120 meum
minima de 90 m de comprimento, por uma largura maxima de 90 m e minima de 45
m. Em partidas internacionais, essas medidas mudam para 110/100 m de
comprimento e 75/64 m de largura. Deve ser marcado com linhas visiveis de no
maximo 12 cm de largura, sendo chamadas laterais as mais longas e de fundo as
mais curtas. Em cada canto do retangulo deve haver uma bandeirola de no maximo
1,50 m de altura. 0 centro do campo sera marcado com um ponto, em torno do qual
se tra9ara uma circunferencia com 9,15 m de raio. A pequena area sera delimitada
por duas linhas perpendiculares a linha de fundo, tra9adas a 5,50 m de cada trave e
avan9ando 5,50m para dentro do campo, unidas entao por outra linha. A grande
J3
area tera linhas semelhantes, colocadas a 16,50 m de cada trave a avanc;:ando
outros 16,50 m campo adentro. Essa tambem e a area de penalti, penalidade a ser
cobrada de um ponto situado a 11 m do centro do gol. Desse ponto serao trac;:ados,
no exterior de cada grande area, arcos com 9,15 m de raio. E, em cada canto, a
partir da bandeirola, devem ser trac;:adosarcos com 1 m de raio. Na parte central de
cada linha de fundo serao colocadas traves, separadas entre si, interiormente, por
7,32 m, unidas em cima por um travessao colocado a 2,44 m do solo. A largura ou
diametro das traves nao pode exceder 12 cm, e do lado de fora do campo elas
podem ser guarnecidas por redes.
Regra 2 - A bola
A bola dever ser esferica, recoberta de couro ou outro material aprovado e
que nao represente perigo a integridade dos atletas. Sua circunferencia maxima sera
de 69,5 cm, e a minima 68,5 cm; 0 peso dever estar entre 420 e 445 9 no inicio da
partida, e depois de cheia ela deve ter a pressao de 0,8 bar. Sem autorizac;:ao do
arbitro, nao pode ser trocada no transcorrer do jogo.
Regra 3 - Numero de jogadores
o jogo sera disputado por dois times, cada um deles formado por no maximo
11 jogadores, um dos quais atuara como goleiro. Permite-se ate cinco substituic;:oes
por equipe, em partidas amistosas, e duas mais 0 goleiro nas oficiais. Antes do inicio
da partida, 0 juiz deve ser informado dos nomes dos eventuais reservas. Qualquer
atleta podera desempenhar a func;:ao de goleiro, desde que 0 arbitro seja
antecipadamente informado. Caso, no intervalo ou durante 0 jogo, um atleta troque
de posic;:aocom 0 goleiro sem notificar 0 juiz, sera marcado penalti assim que ele
tocar a bola com a mao dentro da grande area.
Regra 4 - Equipamento dos jogadores
Nenhum jogador pode portar objeto perigoso para os demais.
I~
E suas chuteiras terao de obedecer as seguintes exigencias:
1° - as barras serao transversais e planas, com no minima 12,7 mm de largura,
arredondadas nas extremidades da sola;
2° - as cravos substituiveis, montados diretamente nas salas, podem ser de couro,
borracha, aluminio, plastico au material similar, planas e com diametro minima de
12,7 mm. A parte que forma sua base nao pode sobressair mais que 6 a 6,35 mm da
sola. Nao se permitem cravos rosqueaveis em porcas pregadas a sola, nem as que
tenham bordas salientes, relevos au adornos;
3° - cravos fundidos a sola e nao substituiveis devem ser de plastico, borracha,
poliuretano au material macio, devendo haver no minima dez par sola, com diametro
nao inferior a 10 mm; podem ser empregadas combinac;;oes de barras e cravos,
desde que a conjunto respeite as demais regras, e a comprimento nao deve nunca
exceder 19 mm. 0 goleiro deve usar cores que a distingam dos demais.
Regra 5 - Arbitros
Sera designado um juiz para dirigir cada partida, com as seguintes
atribuic;;oes: cuidar da aplicaC;;aodas regras e resolver todos as casas duvidosos,
com decisoes inapelaveis, mas evitando punic;;oesque beneficiem a infrator; anotar
as ocorrencias, cumprindo func;;oes de cronometrista; interromper a jogo quando
houver motivo valida; cuidar da disciplina dos atietas em campo; impedir a entrada
de quaisquer elementos estranhos; expulsar definitivamente, sem advertencia
previa, todo jogador culpado de falta violenta; decidir se a bola corresponde as
exigencias da regra II.
Regra 6 - Arbitros assistentes
Serao designados dais juizes de linha, com a missao de indicar quando a bola
estiver fora de jogo e a que equipe cabera a arremesso lateral, a tiro de meta e a
escanteio - sempre sujeitos a decisao do arbitro. Em caso de intervenc;;ao indevida
au conduta incorreta, serao substituidos. Os juizes de linha usarao bandeirinhas
fornecidas pelo dono do campo.
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Regra 7 - Dura~ao da partida
As partidas terao dois tempos iguais de 45 minutos, exceto acordo em
contrario, e 0 arbitro podera acrescentar 0 tempo que tenha side perdido em
conseqOencia de acidente ou outr~ motivo. A durayao de cada periodo sera
prolongada para a execuyiio de um penalti, e 0 descanso no intervalo - a menos que
assim 0 autorize 0 arbitro - niio podera exceder 15 minutos.
Regra 8 - 0 ioicio do jogo
Antes do inicio de cada partida se escolhera, com 0 auxilio de uma moeda, 0
lade do campo ou 0 chute inicial, cabendo a opyao a equipe vencedora do sorteio. A
um sinal do juiz, 0 jogo comeyara com um chute na bola parada e colocada no
centro do gramado, em direyiio ao campo contrario. Todos os jogadores deverao
estar em seu proprio campo, e os adversarios nao deverao ficar a menos de 9,15 m
da bola no momento do chute inicial. 0 jogador que da a salda nao podera tocar
novamente na bola antes que outro 0 faya.
Depois de marcado um gol, a partida sera reiniciada da mesma forma, por um
jogador adversario daquele que assinalou 0 tento. Apos 0 intervalo, as equipes
trocarao de lado, e 0 chute inicial sera dado pela adversaria daquela que 0 fez no
primeiro tempo. Em caso de infrayao a esta regra, se repetira a saida - exceto se 0
jogador que deu 0 pontape inicial a toque novamente antes de outro, caso em que
se marcara tiro livre indireto. Niio se pode marcar um gol, diretamente de um chute
inicial.
Para reiniciar uma partida interrompida por causas que niio as acima, e
sempre que a bola niio tenha ultrapassado as linhas laterais ou de fundo, 0 arbitro
deixara a bola cair ao chao no local em que esta se encontrava no momento da
interrup,<ao, e ela sera considerada em jogo assim que tocar 0 solo.
Regra 9 - Bola em jogo
A bola esta fora de jogo quando:
10- tiver atravessado inteiramente uma linha lateral ou de fundo, seja por terra ou
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pelo ar;
2° - quando a partida tiver side interrompida pelo arbitro.
A bola estara em jogo:
1° - se permanecer em campo depois de chocar-se com as traves, ou as
bandeirinhas de c6rner, 0 juiz ou os fiscais de linha;
2° - enquanto nao se toma uma decisao sobre uma suposta infrac;:aoas regras.
Regra10 - 0 gol
Ressalvadas as excec;:oes previstas nas regras, se considerara gol quando a
bola ultrapassar total mente a linha de fundo, entre as traves e por baixo do
travessao, sem que tenha side lanc;:ada, levada ou golpeada com a mao ou 0 brac;:o
de um jogador da equipe atacante - exceto 0 goleiro, quando dentro de sua pr6pria
area de penalti. A equipe que marcar maior numero de gols ganhara 0 jogo. Se nao
houver gols, a partida terminara empatada.
Regra 11 - Impedimento
Todo jogador e considerado impedido se estiver mais perto da linha de fundo
adversaria do que a bola - exceto se:
1° - estiver em seu pr6prio campo;
2" - houver pelo menos dois adversarios entre ele e a linha de fundo, mesmo que
estejam na mesma linha;
3° - estiver recebendo a bola de um tiro de meta, um escanteio, um arremesso
lateral ou bola ao chao.
Por toda infrac;:ao a esta regra se concedera um tiro livre indireto a equipe
adversaria, no local onde se cometeu a falta. Nenhum jogador impedido, porem, sera
punido se 0 juiz considerar que ele nao influiu no jogo, perturbou um adversario ou
tentou obter vantagem da posic;:ao.
Regra 12 - Faltas e incorrecoes
Um jogador que cometa intencionalmente uma das nove faltas seguintes sera
punido com tiro livre direto, cobrado do local onde ocorreu:
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1° - chutar ou tentar chutar um adversario;
2° - derrubar ou tentar derruba-Io, usando a perna ou agachando-se atras ou a sua
frente;
3° - saltar sobre um adversario;
4° - atacar violenta ou perigosamente um adversario;
5° - atacar por tras um adversario que nao Ihe fez obstruvao;
6° - atingir ou tentar atingir um adversario;
yo - segura-Io com a mao ou 0 bravo;
8° - empurra-Io;
go _ carregar, golpear ou arremessar a bola com a mao ou 0 bravo. Se qualquer
dessas faltas for cometida por um defensor dentro de sua grande area, sera punido
com um penalti.
o jogador responsavel por uma das seis faltas seguintes, sera punido com um
tiro livre indireto:
1° - jogar de forma perigosa (chutar a bola quando ela estiver com 0 goleiro, por
exemplo);
2° - investir lealmente - isto e, com 0 ombro - sobre um adversario, quando a bola
nao estiver a distancia de jogo dos envolvidos e estes nao intencionam participar da
jogada;
3° - sem tocar na bola, obstruir intencionalmente um adversario, colocando-se como
obstaculo entre ele e a bola;
4° - atacar 0 goleiro, a menos que ele detenha a bola, obstrua um adversario ou
esteja fora da grande area;
5° - sendo goleiro, dar mais de quatro passos com a bola nas maos, toca-Ia antes de
outro jogador depois de te-Ia colocado em jogo, ou retardar a partida;
6° - sendo goleiro, receber a bola atrasada por um companheiro com 0 pe. Sera
passivel de repreensao 0 jogador que entrar em campo, sair dele ou a ele retornar
sem autorizavao do juiz. Nesse caso, se 0 jogo tiver sido interrompido para a
aplicavao da reprimenda, sera reiniciado por meio de um tiro livre indireto por parte
do adversario, do lugar onde estava a bola no momento da paralisavao.
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Tambem com um tiro livre indireto serao punidas as seguintes faltas:
1° - infrayao constantes as regras de jogo;
2° - reclamayao, com palavras ou gestos, a qualquer decisao do arbitro;
3° - conduta incorreta.
Serao passiveis de expulsao os jogadores que:
1° - se mostrarem, segundo a opiniao do arbitro, violentos;
2° - usa rem de linguagem injuriosa ou grosseira;
3° - persistirem nas infrayoes ap6s terem sido advertidos;
4° - derrubaram por tras os adversarios que estiverem correndo com a bola na
direyao do gol;
5° - evitarem gols eminentes desviando a bola com a mao. Partidas interrompidas
para uma expulsao, sem que outra falta tenha side assinalada, serao reiniciadas
com um tiro livre indireto contra a equipe do jogador punido.
Regra 13 - Tiros livres
Os tir~s livres podem ser diretos (nos quais e permitido chutar diretamente a
bola para 0 gol adversario) ou indiretos (nestes, um gol 56 sera valido se a bola for
tocada tambem por outro atleta, alem daquele que cobrou 0 tiro).
Num tiro livre cobrado dentro da pr6pria area de jogo do atleta, todos os
adversarios devem estar fora da area de pelnalti e no minima a 9,15 m da bola, que
entrara em jogo assim que percorrer uma distancia igual a sua circunferelncia e tiver
saido da grande area. 0 goleiro nao podera receber a bola em suas maos com 0
objetivo de coloca-Ia em jogo; se ela nao for atirada diretamente para fora da grande
area a cobranya devera ser repetida.
Se um jogador cobra um tiro livre fora de sua area de penalti, os adversarios
tambem devem estar a 9,15 m da bola, salvo se se encontrarem entre as traves do
gol. 0 jogador que cobra 0 tiro nao podera tocar na bola antes que outro 0 faya - e,
se isso acontecer, um tiro indireto sera concedido a equipe adversaria.
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Regra 14 - 0 pimalti
o penalti sera cobrado de seu ponto pre assinalado, com todos os jogadores -
a excec;:aodo que vai bate-Io - colocados fora da grande area e no minima a 9,15 m
da bola. 0 goleiro adversario devera permanecer sobre sua propria linha de meta,
sem mover os pes, ate que a bola seja chutada.
o cobrador da penalidade devera bater diretamente para a frente, e nao
podera tocar novamente a bola antes que outr~ 0 fac;:a.A bola sera considerada em
jogo assim que percorrer uma distancia igual a sua circunferencia, e 0 gol valera
mesmo que 0 goleiro a toque antes de ultrapassar a linha de meta.
Para toda infrac;:ao a estas regras havera uma penalidade, Se for cometida
pela equipe defensora, sera repetida a cobranc;:a do penalti, caso este nao resulte
em gol; cometida por um atacante, que nao 0 mesmo que cobra 0 penalti, resultara
em anulac;:ao de um eventual gol e na repetic;:ao da cobranc;:a; se 0 infrator for 0
mesmo que cobrou 0 penalti, e 0 fizer depois que a bola estiver em jogo, sera
marcado um tiro livre indireto a favor da equipe adversaria.
Regra 15 - Arremesso lateral
Quando a bola ultrapassar a linha lateral, por terra ou pelo ar, sera posta em
jogo por um adversario daquele que a tocou por ultimo, fazendo-o do ponto onde ela
saiu. 0 cobrador de arremesso lateral devera estar de frente para 0 campo, com os
dois pes sobre a linha lateral ou fora de campo, lanc;:andoa bola sobre a cabec;:acom
as duas maos.
A bola entrara em jogo assim que penetrar em campo, devendo ser tocada
primeiro por outr~ jogador que nao aquele que a arremessou. Nao se pode marcar
um gol diretamente de um lateral, e se este for executado irregularmente revertera
em lateral para a equipe adversaria.
Regra 16 - Chute a gol
Quando a bola sair pela linha de fundo (excluida a parte entre as traves),
tendo side tocada por um jogador da equipe atacante, sera colocada num ponto
20
qualquer da pequena area e lanr;;ada com 0 pe para fora da grande area, por um
jogador defensor - 0 qual nao devera toca-Ia novamente antes que outro 0 tenha
feito. 0 goleiro nao pode receber nas maos a bola de um tiro de meta.
Se a bola nao sair fora da grande area, sera repetida a cobranr;;a. Nao se
pode marcar um gol diretamente dela, e os jogadores adversarios devem estar fora
da grande area ate que 0 chute tenha sido desferido. Punir;;ao: se 0 jogador que
cobra 0 tiro de meta tocar a bola fora da grande area, antes que outro 0 far;;a, sera
marcado um tiro livre indiretamente contra sua equipe.
Regra 17 - Escanteio
Quando a bola transpuser totalmente a linha de fundo, excluida a parte entre
as traves, tendo sido tocada por um jogador da equipe defensora, sera cobrado um
tiro de canto. A bola sera colocada no interior do quarto de circulo, no canto
correspondente a metade do campo por onde saiu a bola. A bandeirinha nao podera
ser afastada, e e possivel assinaiar um gol diretamente de uma cobranr;;a de
escanteio - na qual os adversarios nao deverao estar a menos de 9,15 m da bola a
menos que ela entre em jogo. 0 jogador que cobrar 0 escanteio s6 podera tocar
novamente na bola depois que outro 0 Fizer.A infrar;;ao a esta regra sera pun ida com
tiro livre indireto favoravel a equipe contraria, cobrado do local onde se cometeu a
irregularidade.
2.2.2 Principais diferenc;:as anatomico-fisiologicas especificas do sexo
feminino (dimorfismo sexual);
Homem e mulher nao se diferenciam apenas quanto as caracteristicas
sexuais primarias e secundarias, mas tambem quanto ao que se refere as grandezas
constitucionais, anatomicas e fisiol6gicas (WEINECK, 2000).
De acordo com Wei neck (2000) esta diversidade nao significa, de modo
algum, uma inferioridade de um dos sexos ou a superioridade do ~Utro, mas apenas
21
a expressao de uma distribuic;:ao de tarefas especiais feita pela natureza, que deve
assegurar a manutenc;:ao da especie.
Numa comparac;:ao da capacidade de desempenho esportivo do homem e da
mulher, aparecem as correspondentes diferenc;:as especificas do sexo, que na
grande maioria sao devidas as diferenc;:as geneticas da constituic;:ao corporal e da
func;:aoorgiinica, mas tamMm a convicl(ao s6cio-politica: Nos Jogos Olimpicos de
era moderna em 1896 em Atenas, por exemplo, s6 homens podiam participar, pois
Pierre de Coubertin (0 fundador dos "Novos Jogos") era da opiniao de que 0 esporte
feminino infringia a lei da natureza. Em virtude da igualdade de direitos e decorrente
reduc;:aodos papeis especificos dos sexos (esteri6tipos sexuais) durante os ultimos
anos, abriram-se novas possibilidades para a mulher praticar esportes e tambem
esporte competitiv~. Urn resultado desta mudanc;:asocial e a fulminante melhora da
capacidade de desempenho da mulher, que se expressa, entre outros, numa menor
diferenc;:aentre 0 desempenho de homens e mulheres.
A rapida melhora, ocorrida nos ultimos anos, do desempenho da mulher,
portanto, torna nitido 0 fato de que uma parte das diferenc;:as sexuais e devida a
influencias tradicionais (WEINECK, 2000).
Diferencas Constitucionais
Como mostra a Fig. A, homens e mulheres mostram diferenc;:as
constitucionais caracteristicas.
22
Na media, as mulheres sao 10 - 15 cm menores e 10 - 20 Kg mais leves que
as homens. A menor altura da mulher se deve a maturayao mais rapida do esqueleto
e ao fechamento mais precoce dos discos de crescimentos (WEINECK, 2000).
Pesquisas neste sentido mostram que as meninas, ja no nascimento, apesar
do menor peso, estao em media duas semanas mais adiantadas que as meninos,
no que se refere desenvolvimento 6sseo. Esta dianteira aumenta nos anos seguintes
e chega a ser de dais anos par ocasiao da puberdade, correspondente ao period a
de tempo que a puberdade chega antes nas meninas.
Segundo Wei neck (2000), a causa para isto parece ser a maior
desenvolvimento e a mais intensa atividade secretora dos ovarios femininos na pre-
puberdade, quando comparados aos testiculos masculinos: a produyao de menores
quantidades de estr6geno durante a fase de desenvolvimento pre-puberal do sexo
feminino parece causar tanto uma maturayao mais rapida do esqueleto quanta um
inicio mais precoce da puberdade.
Em geral, pode-se afirmar que, em comparayao ao homem, a mulher possui
uma formayao 6ssea "mais leve" - a esqueleto feminino e mais gracioso e em
media, 25% mais leve que a masculino. Tambem a estrutura dos grandes 05505
tubulares e mais fraca, sendo que na mulher ja ocorrem fraturas mesmo sob a ayao
de forcas reduzidas (WEINECK, 2000).
Como tipico, observamos nas mulheres uma acentuayao do tronco, nos
homens, uma acentuayao das extremidades.
Comparando com a homem, a mulher possui extremidades mais curtas, mas
a tronco tem um comprimento relativamente maior. 0 comprimento do tronco
equivale na mulher a cerca de 38% do comprimento do corpo, no homem, a cerca de
36%. Estas diferenyas de proporyao especificas do sexo causam, na mulher, um
deslocamento do centro de gravidade do corpo para baixo, a que no esporte tem
uma influencia negativa especial mente na corrida e saltos.
A mulher tem ombros mais estreitos que a homem. Em media a largura dos
ombros excede apenas em cerca de 3 cm a largura dos quadris nas mulheres,
enquanto que nos homens, a diferenya e cerca de 15 cm (WEI NECK, 2000).
23
Fig. B - Diferen~asanatomicas.
Na mulher, entre a brayo e a antebrayo existe uma angulayao em forma de x,
e uma super extensao (fig. B). A maior mobilidade ai alcanyada e uma vantagem
principalmente nas modalidades esportivas de expressao (ginastica ritmica
desportiva, ginastica de solo). No atletismo, nas provas de arremesso e lanyamento,
ao contra rio, esta angulayao em forma de x prejudica a desempenho (WEINECK,
2000).
A posiyao em x dos brayos tambem age negativamente nos exercicios de
apoio. Este tambem e a motivo pelo qual as mulheres fazem ginastica em paralelas
assimetricas e nao nas simetricas; uma colocayao mais afastada das barras,
necessaria devido a largura dos quadris, sendo a largura dos ombros relativamente
pequena, dificultaria mais a apoio (WEINECK, 2000).
As maiores diferenyas de esqueleto entre homens e mulheres aparecem na
regiao da bacia 6ssea. (fig. C). na mulher a largura do quadril equivale a 54% do
comprimento do tronco, no homem s6 a 50%. Par isso, a esqueleto do tronco da
mulher tambem pode ser descrito como a largura dos quadris. Na mulher, a bacia e
mais larga e menos ingreme que no homem; a entrada na bacia e transversal e oval
(no homem em forma de corayao). Os ramos do pubio formam, na mulher, um
angulo de 90 -100° , no homem, de 70 - 75° (WEI NECK, 2000).
24
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Fig. C - Dlferen9as anatOmlcas na baCia 6ssea.
Devido it maior largura dos quadris, ocorre na mulher, compensat6riamente, a
formal(ao de uma posil(ao fisiol6gica das pernas em x, 0 que tambem favorece 0 jt!
citado deslocamento do centro de gravidade do corpo para baixo (WEI NECK, 2000).
Tecido Adiposo e Musculatura
Quanto it parcela de tecido adiposo e musculatura, existem acentuadas
diferenl(as entre homens e mulheres.
A mulher apresenta 1,75 vezes mais gordura que 0 homem. A porcentagem
do deposito de gordura na massa corporal total equivale na mulher a 28,2%, no
homem, a 18,2%; assim, a mulher possui uma parcela de gordura cerca de 10%
maior que 0 homem (TITTLE IWUTSCHERK apud WEINEKC, 2000 p.358).
No que se refere it musculatura; a mulher disp6e, de uma menor massa
muscular que 0 homem (WEINECK,2000).
Medidas cardio-circulatorias
Correspondendo a menos massa muscular e corporal total, as medidas do
coral(ao e circulal(ao sao menores na mulher do que no homem, 0 menor tamanho
do coral(ao, leva a mulher, sob carga, a regular a maior necessidade de oxigenio
principalmente atraves de um aumento nao econ6mico da freqOencia cardiaca
(MELLEROWICZ I MELLER apud WEINECK,2000 p.362).
Funcao Respirat6ria e esgotamento de oxig{mio
Pode-se dizer que nas mulheres, as vias respirat6rias, como fossas nasais,
traqUt3ia e bronquios, sao menores, assim como 0 pulmao, tanto em tamanho como
em peso, sendo assim as mulheres tem uma desvantagem no que trata do
aproveitamento de oxigenio em relac;:ao aos homens (HOLLMANN I HETTINGER
apud WEINECK 2000 p. 365).
2.2.3 A Capacidade de Desempenho da Mulher nas Principais Formas
de Exigemcia Motora
A mulher possui desvantagem em relac;:ao aos homens em quase todas as
capacidades fisicas que sao mais exigidas no Futebol. Na resistencia, devido as
menores medidas cardiopulmornares e na forc;:a e velocidade devido a ac;:5es
hormonais (testosterona) muito mais intensas no homem. Ja na agilidade a mulher
possui vantagens sabre as homens pais devido a menor densidade dos tecidos, os
ligamentos e musculos das mulheres sao mais elasticos e mais flexiveis que as dos
homens, com isso possuem uma maior amplitude de movimentac;:ao. Alem disso as
mulheres possuem uma melhor e mais rapida capacidade de descontrac;:ao do
musculo a que ocasiona uma maior agilidade (ISRAEL apud WEINECK 2000 p.368).
2.2.4 A Influencia da Capacidade de Desempenho Esportivo da Mulher
Atraves da MenstruaC;8o
Esporte e Menstruacao
Na maio ria das mulheres, 0 desempenho fisico ideal e alcanc;:ado na fase pos-
menstrual, e imagina-se que isso seja causado pela crescente taxa de estrogeno e a
ativac;:ao do cortex supra-renal, que ocorre paralelamente, provocando maior
secrec;:aode noradrenalina (Bockler apud WEINECK 2000 p. 371).
26
A fase pre-menstrual, especial mente as dias imediatamente antes da
menstruac;ao, e considerada como a fase de reduzida capacidade de desempenho
fisico, neste periodo ha uma reduzida capacidade de concentrac;ao, assim como
fadiga muscular e nervosa mais rapida (KEUL, apud WEINECK 2000 p.371)
Durante a menstruac;ao mesmo, cerca de 70% das mulheres alcanc;am um
desempenho igual au ate mesmo melhor; em 30%, ocorre uma diminuic;ao do
desempenho, mesmo que em proporc;6es reduzidas. A diminuic;ao do desempenho
refere-se principalmente a desempenhos de longa durac;ao. Nos desempenhos de
velocidade, observa-se esporadicamente uma melhora, que deve ser atribuida a
maior sensibilidade do sistema nervoso vegetativo neste period a frente aos
esUmulos (Noecker apud WEI NECK p.371).
2.2.5 Qualidades fisicas mais exigidas no Futebol;
Qualidade au capacidade Fisica pode ser definida como todo atributo
"treinavel" de um organismo, au seja, passivel de adaptac;6es. Toda adaptac;ao
envolve uma qualidade fisica. As principais qualidades fisicas exigidas no Futebol
sao: Forc;a, resistencia, velocidade, agilidade e coordenac;ao motora.
Ao grau de desenvolvimento das capacidades motoras chama-se condic;ao
fisica. Esta pode ser melhorada e desenvolvida atraves do treino au preparac;ao
fisica. 0 seu desenvolvimento e a garantia para a aprendizagem e para a realizac;ao
eficaz dos movimentos desportivos, pais intervem em maior au menor grau em todas
as atividades fisicas, individuais au coletivas.
Forc;a
E a qualidade fisica que permite a musculo au um grupo de musculos produzir
uma tensao, e veneer uma resistencia na ac;ao de empurra, tracionar au elevar
(TUBINO, 1990).
27
Existem varios tipos de forlfa de acordo com a forma de observalfao. Sob a
aspecto do tipo de trabalho do musculo a forlfa pode ser:
Forlfa Estatica: Ocorre quando a forlf8 muscular se iguala a resistemcia
nao havendo, portanto, movimento (DANTAS, 1998);Forlfa Dinamica: E a tipo de qualidade na qual a forlfa muscular se
diferencia da resistemcia produzindo movimento (DANTAS, 1998);Sob a aspecto das principais formas de exigemcia motora envolvidas:
Forlfa Maxima: Representa a maior forlfa disponivel que a sistema
neuromuscular pode mobilizar atraves de uma contralfao maxima
voluntaria.
Forlfa Rapida: Compreende a capacidade do sistema neuromuscular
de movimentar a corpo au parte do corpo au ainda objetos com uma
veiocidade maxima.
Resistencia de Forlfa: Capacidade de resistencia a fadiga em
condilfoes de desempenho prolongado de forlfa (HARRE apud
WEINECK 2000).
Forlfa Explosiva (au potencial: E a capacidade de desenvolver esforlfo
maximo no minima intervalo de tempo passive I (GOMES, 1999);
Resistencia
E a qualidade fisica que permite ao corpo suportar um esforlfo de
determinada intensidade durante um certo tempo.
~clnimice esteUce
Fig. E Dlferentes bpas de reslstllncla e suas subd,v,soes.
28
• Resistencia Muscular Localizada (RML): Refere-se a capacidade de um
determinado musculo ou grupo muscular suportar repetidas contrayoes
(DANTAS, 1998);
• Resistencia Muscular Geral: Envolve mais de 1/6 de toda a musculatura
esqueletica e e limitada principalmente pelo sistema cardiovascular-
respirat6rio (GAISL apud WEINECK 2000);
• Resistemcia Aer6bica: E aquela cuja principal caracteristica e apresentar uma
intensidade pequena e um volume grande, ou seja, um longo tempo de
execuyao da atividade. E a manifestayao global do organismo (DANTAS,
1998). Na resistencia aer6bica, ha oxigenio suficiente a disposiyao para a
queima oxidativa dos portadores de energia (WEINECK, 2000);
• Resistencia Anaer6bia: E aquela observada na realizayao de alta intensidade,
por conseqOemcia de pequena durayao (DANTAS, 1998). Na resistencia
anaer6bia, 0 abastecimento de oxigenio, devido a grande intensidade da
carga e insuficiente para a queima oxidativa, e a energia e obtida
anoxidativamente (WEI NECK, 2000).
• Resistencia Dinamica: Capacidade de resistencia ao cansayo no esforyo
dinamico com 0 emprego de mais de 1/6 a 117 da musculatura total do
esqueleto, durante uma intensidade de movimento superior a 50% da
capacidade maxima da carga circulat6ria e com uma durayao de carga que
oscila entre os tres e cinco minutos.
• Resistencia Estatica: Esta relacionada com a postura( WEI NECK, 2000).
Capacidade de permanecer em determinada posiyao por determinado tempo.
Velocidade
E a capacidade, com base na mobilidade dos processos do sistema nervo-
musculo e da capacidade de desenvolvimento da forya muscular, de completar
ayoes motoras, sob determinadas condiyoes, no menor tempo possivel (FREY apud
WEINECK 2000).
A velocidade pode ser dividida em tres tipos:
29
• Velocidade de Rea<;:ao:E a capacidade de reagir a estimulos externos
com uma demora minima;• Velocidade Aclclica: Trata de movimentos em pequenos espa<;:os, em
a<;:6esisoladas.
• Velocidade Clclica: Comp6e-se de movimentos repetidos em
velocidade ou corridas de velocidade, em espa<;:osamplos, com a<;:6es
para se ganhar espa<;:ona forma de acelera<;:6ese de corridas.
Segundo Benedek & Palfai apud Weineck (2000) a velocidade do jogador de
futebol e uma capacidade verdadeiramente mOltipla, a qual pertencem nao somente
o reagir rapido, a saida e a corrida rapid as, a velocidade no tratamento com a bola, 0
sprint a parada, mas tambem 0 reconhecimento e a utiliza<;:ao rapida de certa
situa<;:ao.
Dentre os requisitos da velocidade em um jogo de futebol, convem notar as
aptidoes secundarias tais como: velocidade de movimento com e sem bola, assim
como a velocidade de a<;:ao.
Segundo WEINECK (2000), a velocidade do jogador de futebol e uma
qualidade fisica complexa formada por diferentes capacidades parciais pSicofisicas:
- Capacidade de percep<;:aode situa<;:aode jogo e sua modifica<;:ao no menor
espa<;:ode tempo possivel = velocidade de percep<;:ao;
- Capacidade de adiantar-se ao desenvolvimento do jogo e, especialmente,
ao comportamento do adversario direto no menor espa<;:o de tempo possivel =velocidade de antecipa<;:ao;
- Capacidade de decidir-se no menor tempo possivel por possibilidade
potencial de a<;:ao= velocidade de decisao;
- Capacidade de reagir na menor unidade de tempo posslvel a situa<;:6esnao
previstas do desenvolvimento do jogo = velocidade de rea<;:ao;
- Capacidade para a realiza<;:aode movimentos clclicos e aciclicos, sem bola,
em ritmo intenso = velocidade de movimentos ciclicos e aciclicos;
30
- Capacidade de realizayao rapida de ayoes especificas do jogo sob pressao
do adversario e do tempo = velocidade de ayao;
- Capacidade de reagir 0 mais rapido e efetivo possivel no jogo, com a
inclusao de suas responsabilidades cognitivas, tecnico-taticas e de condiyao fisica =velocidade - habilidade.
Aiem disso temos tambem a velocidade de ayao com bola, que representa
principalmente um componente coordenativo I tecnico da velocidade no futebol. A
velocidade de ayao com bola tem como base as capacidades parciais da velocidade,
ou seja, a capacidade de percepyao, de antecipayao, de decisao e de reayao. Em
contra partida, a velocidade de movimentos com bola tem componentes tecnico I
coordenativos como 0 toque da bola e as habilidades tecnicas (BAUER apud
WEINECK 2000).
Fig. 0 - Relayllo entre velocidade e precls1io
A velocidade de ayao e a velocidade de movimento mantem reayOes
contrarias entre si. Com 0 aumento da velocidade, existe piora da precisao, como
mostra a Figura D.
Agilidade
E a qualidade fisica que permite mudar a posiyao do corpo no menor tempo
possivel (TUBINO, 1990).
31
A agilidade e a capacidade de coordenar os movimentos de uma forma rapida
e certeira, com 0 objetivo de solucionar tarefas inesperadas que sao conseqOl'lncias
do jogo. Ela e um complexo de fatores fisiol6gicos e psicol6gicos, os quais
representam, por conseguinte, 0 potencial psicofisiol6gico (capacidade de realizayao
de movimentos) (GOMES,1999).
o grau de agilidade determina-se pela capacidade de coordenayao do
jogador na realizayao dos movimentos (GOMES, 1999).
No futebol, a agilidade se refere a capacidade do atleta de mudar de direyao
de forma rapida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ayoes que
enganem 0 adversario na sua frente (BOMPA, 2002).
CoordenaCfao Motora
Coordenayao e a capacidade de realizar movimentos de forma 6tima, com 0
maximo de eficacia e de economia de esforyo. Mente e corpo propiciando a
coordenayao motora que permitira a realizayao de uma serie de movimentos com 0
maximo de eficacia e economia (DANTAS, 1988).
Em geral, sob coordenayao compreende-se a ayao conjunta do sistema
nervoso central e da musculatura esqueletica, dentro de uma seqOencia de
movimento objetivo (WEINECK, 2000).
Podemos dividir as capacidades coordenativas em gerais e especificas. As
capacidades coordenativas gerais resultam da instruyao geral para a movimentayao
em diversas modalidades esportivas. Ja as coordenativas especificas como 0
pr6prio nome ja diz, se refere a movimentayoes especificas de determinados
esportes.
32
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de Pesquisa
Esse trabalho se caracteriza como sendo pesquisa descritiva comparativa,
segundo Thomas e Nelson (2002), com levantamento normativo pois procura reunir
dados de performance ou de conhecimento de uma grande amostra da popula~o, e
apresentar os resultados na forma de padr6es comparativ~s, ou normas. Esta
tecnica de pesquisa descritiva e amplamente utilizada em campos como a medicina,
a pSicologia, 0 aconselhamento e a sociologia.
3.2 Populayao e Amostra
3.2.1 Populayao
A populac;ao do presente trabalho foi formada por jogadoras de Futebol de
Campo do Time Vila Hauer Esporte Clube que estao disputando 0 Campeonato
Metropolitano de Futebol de Campo Feminino em 2006.
3.2.2 Amostra
A amostra foi composta por 18 jogadoras de Futebol de Campo do time Vila
Hauer Esporte Clube escolhidas intencionalmente .
3.3 Instrumento
o instrumento utilizado neste estudo foi 0 teste de deslocamento de 30
metros com e sem bola ( Apendice 2);
33
3.4 Materiais
• Fichas para anotay1io de dados - (apendice 1);
• Protocolo de teste - (apendice 2);
• Croncmetro Instrutherm CO-2800 (centesimal) - (apendice 3);
• Balanya Glicomed com resoluyao de 100g - (apendice 3);
• Bola Penalty Campo Athletic - (apendice 3);
• Cones - (apendice 3);
• Trena - (apendice 3);
• Fita metrica - (apendice 3);
• Caneta;
• Apito.
3.5 Coletas de Dados
Foram coletados os dados antropometricos da massa corporal (kg) e estatura
(cm), conforme a padronizayao de Gordon et al (1988) e tambem os tempos de cada
atleta no deslocamento de 30 metros com e sem bola de acordo com 0 protocolo
pre-estabelecido (Apendice 2) para posterior analise dos dados obtidos.
3.6 Controle das variaveis
Nao foi possfvel avaliar todas as atletas em um mesmo momento, com as
mesmas condiyoes de horario devido a inviabilidade de horarios das pr6prias atletas.
Alem disso nao foi possfvel controlar as idades das jogadoras ja que 0 trabalho esta
baseado em um time sem categorias de base, ou seja, sem separayoes por idade.
34
4 APRESENTACAO E DISCUSSAO DE RESULTADOS
Visando encontrar respostas concretas sobre 0 desempenho das atletas de
Futebol do Vila Hauer Esporte Clube foram coletados varios dados das mesmas
atraves da realiza980 de avalia90es e testes.
QUADRO 2- Dados das variaveis de estudo das atietas.
Melhor tempo geral Melhor tempo Individual
35
Os resultados eneontrados sao demonstrados par meio de tabelas e grilfieos
que serao explieados logo abaixo.
Tabela 1 - Estatlstica descritiva da idade, estatura, massa corporal, IMC e valores obtidosno teste com e sem bola das 18 jogadoras de futeboL
Idade, Estatura, Massa IMC, Teste Sem Teste ComAnos cm Corporal, kg Kg/m2 Bola, s* Bola, s
Media 22,50 1,65 61,18 22,39 4,87 5,81Desvio padrao 4,16 0,06 7,98 2,51 0,23 0,43Amplitude 17,00 0,24 31,80 10,96 0,90 1,82Minimo 13,00 1,51 50,80 18,66 4,44 5,09Maximo 30,00 1,75 82,60 29,62 5,34 6,91s - tempoemcentesimosdesegundos
A media de idade obtida foi de 22,50 anos, com um desvio padrao de 4,16
anos. A maior idade eneontrada foi de 30 anos e a menor foi de 13. A media de
estatura eneontrada foi de 1,65 em com um desvio padrao de 0,06. A menor estatura
foi de 1,51 em e a maior foi de 1,75 em, a que se eneontra dentro da media
eneontrada em jogadoras brasileiras. A media de IMe eneontrado foi de 22,39 Kg/m
com um desvio padrao de 2,51; a menos valor eneontrado foi de 18,66 e a maior foi
de 29,62, com isso pereebemos que existem atletas aeima do peso no time.
Observa-se tambem a media eneontrada do teste de desloeamento de 30 metros
sem bola, que foi de 4,87 segundos e a media do teste de desloeamento com bola
que foi de 5,81 segundos e seus desvio de 0,23 e 0,43 respeetivamente. No teste
sem bola a menor valor eneontrado foi de 4,44 segundos e a maior foi de 5,34, jil no
teste de desloeamento com bola a menor valor eneontrado foi de 5,09 segundos e a
maior foi de 6,91 segundos.
36
Tabela 2 - Teste t dependente de Student entre os tempos do teste com e sem bolaVariaveis Media da Desvio padrao Erro padraode estudo diferenca da diferenya da diferenya GL* Prob
Com bola X Sem bola 0,94 0,40 0,09 10,032 17 0,001
p < 0,05; t tabelado = 2,110; 'GL = graus de liberdade
Na tabela 2 temos a comparayao entre os tempos do teste com e sem bola de
todas as jogadoras. A media de diferenya e de 0,94 segundos e esta diferenya e
significante, pois 0 t calculado e maior que 0 t tabelado. Isto e, 0 tempo do teste sem
bola e muito melhor que 0 tempo do teste com bola.
Tabela 3 - Teste t dependente de Student entre os testes com e sem bola porposic;ao de jogo.
1,46 0,98 0,69 1 2,108 0,2820,96 0,20 0,10 3 9,507 0,002'0,98 0,19 0,11 2 8,621 0,013'0,79 0,51 0,36 1 2,178 0,2741,06 0,04 0,03 1 30,429 0,021'0,71 0,32 0,14 4 4,983 0,008'
Na Tabela 3 estao as comparayoes entre as posiyoes em campo das atietas
no teste com e sem bola. Observa-se que a media de diferenya encontrada no grupo
das goleiras e superior a todas as outras, 0 que indica a menor habilidade das
goleiras na conduyao de bola. E a media de diferenya encontrada no grupo das
atacantes foi a mais baixa, demonstrando que este grupo e 0 que tem maior
habilidade na conduyao de bola. Todos os numeros com aslerisco indicam diferenya
significante entre os testes, pois 0 t calculado e maior que 0 t tabelado (I tab).
37
A partir dai e possivel fazermos diversas anillises por meio dos graticos queseguem abaixo:
Tempo
mehlf tempo garal pial' tempo geral media geraI
GRAFICO 1. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola geral.
o gratic01 nos mostra os melhores e os piores valores obtidos pelas atletas e
a media geral de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola. Observa-se
que a diferenya da media de tempo de deslocamento com e sem bola das atletas e
de 0,94 (noventa e quatro centesimos de segundo), 0 que representa uma diferenya
de 19% no tempo de deslocamento com e sem bola.
Tempo
G1 G2 m~iaL~.nd.: G1 - Gol.lra 1; G2 - Galelra 2
GRAFICO 2. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das goleiras
38
o gratico 2 nos mostra os valores obtidos por cada uma das goleiras e a
media de tempo das duas no deslocamento de 30 metros com e sem bola. Percebe-
se que a diferenya da media de tempo de deslocamento com e sem bola das
goleiras e de 1,47 (um segundo e quarenta e sete centesimos de segundo), 0 que
representa uma diferenya de 30% no tempo de deslocamento com e sem bola.
Tempo (sag.)
Z1 Z2 Z3 Z4 media
Legend.: Z1- bgu.ira 1; Z2 - uguelra 2;Z3 -ugu.ira 3; Z4 - ugu.lra-4
GRAFICO 3. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das zagueiras
o gratico 3 nos mostra os valores obtidos por cada uma das zagueiras e a
media de tempo das quatro no deslocamento de 30 metros com e sem bola. Pode-se
perceber que a diferenya da media de tempo de deslocamento com e sem bola das
zagueiras e de 1,23 (um segundo e vinte e tres centesimos de segundo), 0 que
representa uma diferenya de 27% no tempo de deslocamento com e sem bola.
39
Tompo
V1 V2 V3 media
Legends: Vi· volante 1; V2~ volante 2; V3· volante 3
GRAFICO 4. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das volantes.
o gri3fico 4 nos mostra os valores obtidos por cada uma das volantes e a
media de tempo das tr~s no deslocamento de 30 metros com e sem bola. Pode-se
perceber que a diferen<;:ada media de tempo de deslocamento com e sem bola das
volantes e de 0,98 (noventa e oito centesimos de segundo), 0 que representa uma
diferen<;:ade 20% no tempo de deslocamento com e sem bola.
Tempo
L1 L2 mediaLeg.nda: L1 - latIIral1; L2 - LabJral 2
GRAFICO 5. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das laterais.
40
o grafico 5 nos mostra os valores obtidos por cada uma das laterais e a
media de tempo das duas no deslocamento de 30 metros com e sem bola. Percebe-
se que a diferenya da media de tempo de deslocamento com e sem bola das laterais
e de 0,79 ( setenta e nove centesimos de segundo), 0 que representa uma diferenya
de 17% no tempo de deslocamento com e sem bola.
Tampo (sag.)
M1 M2 media
L&genda: M1 . Mela 1; M2 ~MIlia 2
GRAFICO 6. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das meio-campistas.
o grafico 6 nos mostra os valores obtidos por cada uma das meio-campistas e
a media de tempo das duas no deslocamento de 30 metros com e sem bola. Pode-
se perceber que a diferenya da media de tempo de deslocamento com e sem bola
das meio-campistas e de 1,07 (urn segundo e sete centesimos de segundo), 0 que
representa uma diferenya de 23% no tempo de deslocamento com e sem bola.
41
Tempo (seg.)o sem bola
• com bola
A 1 A2 A3 A4 A5 mediaugenda: A1-AtaCollnt.1;AJ-Atlc.ntl Z; A3- ALlunt. J;
M· .taeam. 4; AI· Ataa.nte ,
GRAFICO 7. Media de tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola das atacantes.
o grcHico 7 mostra os valores obtidos por cada uma das atacantes e a media
de tempo das cinco no deslocamento de 30 metros com e sem bola. Percebe - se
que a diferenc;:ada media de tempo de deslocamento com e sem bola das atacantes
e de 0,71 ( setenta e um centesimos de segundo), 0 que representa uma diferenc;:a
de 14% no tempo de deslocamento com e sem bola.
Tempo (seg.)
Z4 L2
legenda: Z4 . Zagu8ira 4; L2 . Lateral 2
GRAFICO 8. Analise do melhor tempo individual de deslocamento de 30 metros com e sem bola.
Analisando 0 grafico 8 pode-se perceber que a atieta que se destacou no
teste de deslocamento de 30 metros sem bola foi uma zagueira, e no teste de
deslocamento de 30 metros com bola foi uma lateral.
Tempo (se9.)
42
o sem bola• com bola
GRAFICD 9. Analise do pior tempo individual de deslocamento de 30 metros com e sem bola.
V2/A3 Gl
Analisando 0 gratico 9 pode-se perceber que a atleta que se teve 0 pior
resultado no teste de deslocamento de 30 metros sem bola foi uma volante e uma
atacante, e no teste de deslocamento de 30 metros com bola foi uma goleira.
Ugenda: V%-Volante 2; A3.Ata~nte3; G1-Ool,lra1
10 sem bolal
GRAFICD 1O. Compara~o das medias de tempo de deslocamento de 30 metros sem bola nasdiferentes posi<;oes.
A
Legend.: G-Gol8lre; Z-Zagu.lra; V-Volant.; L-l.ateral;M-Mel.; A-Atac.nte
43
De acordo com 0 gratico 10 pode-se perceber que as zagueiras obtiveram a
melhor media de tempo de deslocamento de 30 metros sem bola, seguidas pelas
meio-campistas e depois pelas laterais. Logo ap6s vem goleiras, seguidas pelas
volantes e p~r ultimo as atacantes.
Tempo (S8g.,
\_ com bola\
G z v M A
Legenda: G-Go ••lra; Z-Zagullra; V·Volante; L.•••teral;M·Mel.; A·Ataent.
GRAFICO 11. Comparac;;ao das medias de tempo de deslocamento de 30 metros com bola nasdiferentes posi¢es.
De acordo com 0 grafico 11 pode-se perceber que as laterais obtiveram a
melhor media de tempo de deslocamento de 30 metros com bola, seguidas pelas
zagueiras e depois pelas meio-campistas e atacantes. Logo ap6s vem volantes, e
per ultimo as goleiras.
44
5 CONCLUSAO E SUGESTOES
Apesar das Iimitac;oes de tempo disponfvel e controle da idade, os objetivos
especificos deste estudo, que foram: a) determinar 0 perfil antropometrico das
atletas; b) Avaliar 0 tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola; c)
comparar 0 tempo de deslocamento de 30 metros com e sem bola; d) comparar os
resultados obtidos entre os diferentes grupos de jogadoras (goleiras, zagueiras,
volantes, laterais, meio - campistas e atacantes) forma alcanc;ados. A partir da
observac;ao do tempo de deslocamento em 30 metros com e sem bola, das atletas
do time de Futebol Feminino da Vila Hauer Esporte Clube, foi possivel conciuir que:
- a media de idade das atletas que participaram dos testes foi de 22 anos, 0
IMC medio encontrado foi de 22,39 Kg/m2 , a altura media das atletas foi de 1,65 cm
e a massa corporal teve sua media em 61,18 Kg;
- todas as atletas aumentaram quantitativamente os seus tempos durante 0
deslocamento com bola;
- ao separar-se as atletas por grupos, de acordo com suas posic;oes em
campo, percebeu-se que 0 grupo que teve a menor media de diferenc;a de tempo de
deslocamento com e sem bola foi 0 grupo das atacantes. Ficou demonstrado entao,
uma maior habilidade de deslocamento com bola por parte destas atletas.
- 0 pior resultado foi encontrado no grupo das goleiras, 0 que leva a entender
que este grupo, com uma certa 16gica, e 0 grupo que possui uma menor habilidade
de deslocamento com bola.
- quando realizou-se a analise individual de desempenho das atletas, a atleta
que obteve 0 melhor tempo de deslocamento sem bola foi uma zagueira, 0 que e um
fator positiv~ uma vez que a zagueira tem a func;ao de marcar uma atacante
adversaria e portanto quanto mais rapida esta for, maior a probabilidade de
conseguir marca-Ia e conseqOentemente obter a posse de bola. Ja 0 melhor tempo
de deslocamento com bola foi alcanc;ado por uma lateral.
45
Estes resultados evidenciam as diferenyas do tempo de deslocamento com e
sem bola e conduzem a necessidade de novas pesquisas que possibilitem avaliar
com base em indices concretos a performance das atietas, ja que pesquisas desta
natureza s6 sao encontradas no que se refere ao sexo masculino, e como ja foi dito,
nao levando em considerayao as diferenyas anatomico-fisiol6gicas existentes entre
os dois sexos.
Considerando que as atletas do clube analisado nao dispoem de treinamento
especifico por posiyoes, exceto para goleiras, deduz-se que os resultados
alcanyados pelas atletas, nao foram em funyao de um treinamento pre-estabelecido
no clube e sim pelas suas pr6prias capacidades fisicas desenvolvidas ao longo de
suas vidas, 0 que nos conduz a uma reflexao: Sera que se as atietas fossem
treinadas especificamente para a sua posiyao em jogo os resultados seriam os
mesmos?
Sendo assim, este estudo possibilita refletirmos sobre a importancia de novas
pesquisas que apresentem resultados especificos para atletas do sexo feminino no
futebol de campo e que incidam sobre formas de treinamentos individualizados para
cada posiyao que as jogadoras possam ocupar em campo.
SUGESrCES
Sugiro entao que se realizem novas pesquisas nesta area para que possamos
fazer com que a evoluyao dos treinamentos de Futebol Feminino aconteya de forma
mais rapida e que com isso 0 esporte comece a ser mais valorizado e evidenciado.
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REFERENCIAS
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- - - - - . Treinamento Total para Jovens CampeOes. Sao Paulo: Manole, 2002.
DANTAS, E. H. M. A pratica da prepara~ao fisica. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
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GORDON, C.C; CHUMLEA, W.C e ROCHE, AF. Stature, recumbent length and
weight. In, Lohman, T.G; Roche, AF, Martorel, R. (Eds.) Anthropometric
standardization reference manual. Champaign, iI: Human Kinetics, 1988.
THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Metodos e Pesquisa em Educa~ao Fisica. 3 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
TUBINO, M. J. G. Metodologia Cientifica do Treinamento Oesportivo. Sao Paulo:
Ibrasa, 1990.
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- - - - - . Futebol Total: 0 treinamento ffsico no futebol. Sao Paulo: Phorte,2000.
ROCHA, A. - www.batebola.com ; Acesso em 03/06/06
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WIKIPEDIA - www.pt.wikipedia.org; Acesso em 01/04/06.
FUTEBOLNAREDE - www.futebolnarede.com.br; Acesso em 05/06/06.
PORTALBRASIL - www.portalbrasil.eti.br; Acesso em 05/06/06.
FIFA - www.fifaworlcup.yahoo.com; Acesso em 05/06/06
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APENDICE
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Apendice 1
QUADRO DE COLETA DE DADOS
QUADRO 1 - Oados cineantropometricos, posiy:io em campo e tempos obtidos nos testes com e sem bola.
Nome Posi~iio Idad. Estatura Peso IMe Temposem Tempo comanos em ke Kelm' bola bola
I2345678910111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940
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Apfmdice 2
PROTOCOLO DE TESTE DE 30 METROS
Primeiramente sera explicado para todas as atletas como funcionara 0 teste,logo ap6s as atletas iraQ realizar um breve aquecimento que sera constituido de 7minutos de trote lento e 3 min de alongamento. 0 alongamento ira incluir asmusculaturas de quadriceps, isquios-tibiais, panturrilha, adutores e gluteos.
Preparac;:aopara 0 teste:
Sao colocados 7 cones em linha reta. 0 primeiro cone ira marcar a saida, e acada 5 metros tera um cone ate que se completem os 30 metros, que estaramarcado pelo setimo cone.
Os testes serao realizados na grama e as atletas devem estar de shorts,camiseta e chuteiras.
Inicio do teste:
o teste sera dividido em 2 fases. Cada fase composta por 3 tir~s em que aatleta devera utilizar-se de sua velocidade maxima. Para cada tiro de cada fase aatleta tera um tempo de recuperac;:ao de 1'30· (um minuto e trinta segundos), e parapassar da primeira para a segunda fase 0 tempo de recuperac;:ao sera de 3' (tresminutos).
Na primeira fase a atleta devera se posicionar na linha de saida (marcadapelo primeiro cone), com os pes em afastamento antero-posterior de acordo com suapreferencia. Ao sinal que sera dado (apito), a atleta devera correr utilizando suavelocidade maxima ate cruzar 0 setimo cone que marca 0 tim dos 30 metros.
Na segunda parte a atleta devera se posicionar na linha de saida (marcadapelo primeiro cone), e vai ter em posse uma bola de futebol que ao sinal (apito)devera ser conduzida ate ultrapassar 0 setimo cone que marca 0 tim dos 30metros.A conduc;:ao devera ser feita da seguinte forma: A cada 5 metros a atletadevera dar pelo menos um toque na bola, usando como referencia os cones queestarao colocados de 5 em 5 metros.
o cronometro sempre sera acionado juntamente com 0 sinal (apito) e 56 seraparado quando a atleta ultrapassar 0 setimo cone, tinalizando assim os 30 metros.
Dados:
Sao coletados os dados das 3 repetic;:oes de cad a fase e levados emconsiderac;:ao somente 0 melhor resultado em cada fase.
Ap{mdice 3
Material utilizado para as avalialj:oes e testes
Bola Penalty Campo Athletic CronomClrO Instrutherm CD-2800
Cones Balan~a Glicomed
Trena Fita metrica
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