analise instrumental
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ANÁLISE INSTRUMENTAL
CURSO: QUÍMICA LICENCIATURA
Gráficos - aulas práticas
Darliana Mello Souza
Jaqueline Fabiane Reichert
Priscila Costenaro Bruck
SANTA MARIA, RS, Brasil
2010
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A. COLORIMETRIA
A colorimetria é um método analítico baseado na medida da intensidade
da cor, com a finalidade de determinar a concentração de analitos em
amostras. Embora seja um método quantitativo, com uma margem de erro
analítico relativo entre 2 a 5%, é muito empregado em diversas áreas. Nas
estações tratamento de água potável é o método mais empregado para a
determinação de cloro e de flúor.
O número de aplicações da fotocolorimetria e da calorimetria visual é
muito amplo, pois praticamente todas as espécies químicas que através de
uma reação química adequada são capazes de produzir quantitativamente um
produto solúvel corado cuja concentração pode ser determinada por
colorimetria visual ou fotoelétrica. O instrumento usado é o fotocolorímetro
também chamado de fotômetro de filtro.
Confecção de uma curva analítica para análise de KMnO4 visando
determinação de Mn em aço ou ração animal
1. Escolha do filtro
Filtro Transmitância Absorvância 420 56% 0,25 470 49% 0,31 530 28% 0,55 620 90% 0,04 660 93% 0,03
Valores de transmitância e absorvância para cada filtro
Escolheu-se o filtro com menor transmitância (530 nm), pois isso acarreta
um maior contraste na medida e, conseqüentemente, uma medição mais
precisa.
1. Confecção da curva analítica
Solução Volume (mL) de KMnO4 0,0006 M
Concentração
Final
(mmol/L)
T% A
1 2,8 0,6672 75 0,125 2 4,2 0,1008 66 0,180 3 5,6 0,1344 60 0,222
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4 7 0,168 50 0,301 5 8,4 0,2016 44 0,356 6 9,8 0,2352 41 0,398 7 11,2 0,2688 34 0,468 8 12,6 0,3024 30 0,523
Volume de KMnO4 utilizado, concentração final, transmitância e absorvância para as oito soluções preparadas.
Os valores de absorvância e concentração foram plotados em um gráfico.
O resultado encontrado foi o de uma reta com coeficiente angular positivo, o
que indica que um aumento de concentração, que acarreta um aumento da
absorção pela amostra, o que é esperado, pois quanto maior o número de
espécies absorventes, maior será a absorção.
Gráfico concentração versus absorvância dentro da faixa de menor erro de leitura
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B. COLORIMETRIA
Dosagem Colorimétrica de Fe em medicamento
Método da 1,10 - Fenantrolina
A colorimetria é um método analítico utilizado na determinação da
concentração de analitos em amostras a partir da medida da intensidade da cor
da mesma.
A 1-10-fenantrolina (C12H8N2) é um ligante bidentado usado como agente
quelante para íons metálicos. O Fe(II) reage com a 1-10-fenantrolina em uma
estequiometria 1:3(figura 2).
N N
Fe
NN
NN
N
N
FeSO4 + 3
2+
SO42-
Reação do Fe(II) com 1-10-fenantrolina
O complexo formado apresenta cor alaranjada, que pode ser facilmente
medida pelo colorímetro e relacionada à concentração de ferro(II) na amostra.
Para garantir que todo o ferro presente na amostra esteja no estado de
oxidação +2, é adicionado cloridrato de hidroxilamina (um agente redutor) a
cada solução. Além disso, adiciona-se acetato de sódio às soluções para que o
pH das mesmas se mantenha constante.
Nesse experimento escolheu-se o melhor filtro para realizar as medidas
de concentração de Fe(II). Com o filtro escolhido e usando soluções de
diferentes concentrações, foi confeccionada a curva analítica para o Fe(II). Por
fim, determinou-se a concentração de ferro em uma amostra real de
medicamento anti-anêmico.
1. Escolha do filtro
Filtro Transmitância Absorvância 420 42 0,38 470 16 0,79 530 37 0,43
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620 98 0,008 660 95 0,02
Valores de transmitância e absorvância para cada filtro
O filtro escolhido foi o de 470nm por apresentar menor transmitância e,
portanto, melhor contraste na medição da amostra.
Usando o filtro de 470nm, mediu-se a transmitância e a absorvância das
demais soluções. Os valores medidos para as diversas concentrações e a
curva analítica correspondente são encontrados abaixo:
Concentração Absorvância 2,4 0,337 4 0,552
5,6 0,795 7,2 0,958 8,8 1,155
Gráfico absorvância versus concentração em ppm de ferro(II)
Após a confecção da curva analítica, foram feitas as medidas com a amostra
diluída de medicamento. A transmitância medida foi de 27% e a absorvância foi de
0,57. Substituindo o valor de absorvância na equação da curva analítica, encontramos
que a concentração de Fe(II) na amostra diluída com a qual foi realizada a medida é
3,37ppm. Portanto, a amostra real apresenta concentração igual a 8425ppm, o que
representa 8,43mg de ferro por mL de xarope. O resultado encontrado equivale a
91,58% do indicado no rótulo, ou seja, 8,42% a menos de ferro(II) que a concentração
informada no rótulo do medicamento.
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C. ESPECTROFOTOMETRIA
A espectrofotometria baseia-se na medida da intensidade de luz absorvida
por uma amostra para determinar a concentração de um determinado analito na
mesma. O espectrofotômetro emite uma luz monocromática com energia radiante
P0, que passa pela amostra. A energia radiante do feixe que deixa a amostra é P.
A amostra pode absorver parte da luz, portanto P ≤ P0 .
A intensidade com que a luz é absorvida pela amostra pode ser expressa
pela transmitância (Equação 1) ou pela absorvância (Equação 2).
0P
PT =
(Equação 1)
T
P
PA loglog 0
−=
=
(Equação 2)
A equação que expressa a relação entre a absorvância e a concentração de
uma amostra é conhecida como Lei de Lambert-Beer ou simplesmente Lei de Beer
(Equação 3).
CbA ⋅⋅= ε (Equação 3)
Para confeccionar a curva analítica, geralmente escolhe-se o comprimento
de onda no qual a espécie apresenta máxima absorção, pois nessa região o
equipamento apresenta maior sensibilidade e essa região apresenta formato
achatado, o que indica causa uma pequena variação na medida de absorvância no
caso de o monocromador estar ligeiramente deslocado. A Lei de Beer é seguida
mais rigorosamente se a absorvância é praticamente constante na região do
comprimento de onda selecionado.
Os valores de absorvância obtidos e gráfico correspondente na obtenção do
espectro da solução 0,05 M de Cr(NO3)3 são mostrados a seguir:
λ (nm) A 400 0,773 410 0,784 420 0,711 430 0,613 440 0,46 450 0,353 460 0,252 470 0,187 480 0,16 490 0,166 500 0,197 510 0,247 520 0,31
λ (nm) A 530 0,39 540 0,467 550 0,547 560 0,6 570 0,638 580 0,636 590 0,613 600 0,567 610 0,497 620 0,411 630 0,333 640 0,261 650 0,19
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A partir desse espectro foram escolhidas quatro regiões: uma região de
máxima absorção (410 nm); uma região de mínima absorção (480 nm); uma
porção ascendente (540 nm); e uma porção descendente (630 nm).
A absorvância das demais soluções foram medidas nesses
comprimentos de onda. Os dados obtidos bem como as curvas analíticas
correspondentes são mostradas abaixo:
CONC. A 410 A 480 A 540 A 630 0,01 0,148 0,038 0,08 0,059 0,02 0,28 0,077 0,161 0,115 0,03 0,442 0,099 0,258 0,186 0,04 0,597 0,122 0,358 0,251 0,05 0,784 0,16 0,467 0,333
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D. ESPECTROFOTOMETRIA
Determinação Espectrofotométrica do pKa de um indicador
Mediu-se a absorvância para soluções do indicador azul de bromotimol em
diferentes valores de pH em dois comprimentos de onda. A partir desses gráficos
encontrou-se o ponto isosbéstico (o ponto onde os espectros de absorvância de duas
espécies se cruzam).
No ponto isosbéstico, a concentração do indicador na forma ácida é igual à
concentração do mesmo na forma básica. Segundo a equação de Henderson-
Hasselbach, nessa situação o pH do meio é igual ao pKa da espécie. O aparecimento de
pontos isosbésticos numa solução em que está ocorrendo uma reação química é uma
evidência que existem somente dois componentes, com uma concentração total
constante.
O indicador azul de bromotimol apresenta coloração amarela em meio ácido, azul
em meio básico e verde em meio neutro. A estrutura do azul de bromotimol é
apresentadaa seguir:
estrutura do azul de bromotimol
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Comprimento pH ácido pH neutro
pH alcalino
450 1,014 0,733 0,135 460 0,85 0,64 0,145 470 0,75 0,579 0,184 480 0,629 0,509 0,238 490 0,516 0,446 0,304 500 0,391 0,393 0,39 510 0,288 0,359 0,494 520 0,209 0,344 0,611 530 0,144 0,342 0,738 540 0,099 0,374 0,904 550 0,068 0,424 1,098 560 0,05 0,481 1,276 570 0,036 0,553 1,461 580 0,024 0,618 1,452 590 0,02 0,715 1,63 600 0,016 0,798 1,825 610 0,013 0,868 1,888 620 0,012 0,878 1,876 630 0,011 0,791 1,798 640 0,011 0,628 1,573 650 0,011 0,445 1,196
Ponto isobéstico
Absorvância máxima
forma alcalina
Absorvância máxima
forma ácida
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Pela análise dos espectros obtidos para as soluções 1, 5 e 10, constatou-
se que a absorção máxima para a forma ácida (amarela) ocorre a 450 nm, e
para a forma básica (azul), a 610 nm. Os valores medidos de pH e absorvância
para todas as soluções são mostrados a seguir.
Solução pH A 450 A610 1 0,75 1,014 0,013 2 4,5 1,066 0,01 3 6,37 0,938 0,338 4 6,62 0,88 0,552 5 6,96 0,733 0,868 6 7,24 0,591 1,262 7 7,66 0,43 1,798 8 7,92 0,295 1,862 9 8,46 0,182 1,87
10 13,36 0,135 1,888 Com esses valores é possível construir um gráfico relacionando a absorvância com o pH do meio.
Como as curvas se cruzam no pH em aproximadamente 6,97 podemos
dizer que o pKa do ácido também corresponde a 6,96; já que neste ponto
pH=pKa.
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E. POTENCIOMETRIA
Dosagem de Ácido Acetilsalicílico (AAS) em medicamentos por petenciometria
C8O2H7COOH(alc/aq) + NaOH(aq) C8O2H7COONa(aq) + H2O(l)
Em uma titulação potenciométrica, acompanham-se as diversas etapas e
determina-se o ponto final de um processo de titulação por intermédio da medida do pH.
O ponto de equivalência é revelado por uma acentuada variação do pH. Para a realização
dessas medidas, é necessária a utilização de um eletrodo de vidro combinado de pH
(Figura abaixo). Este eletrodo incorpora, em um mesmo corpo de vidro, um eletrodo
indicador de vidro e um eletrodo de referência de prata/cloreto de prata ou de calomelano
saturado. O eletrodo indicador consiste de uma fina membrana de vidro sensível ao pH,
localizada na extremidade de um tubo, geralmente de vidro, de parede grossa e resistente
que contém pequeno volume de ácido clorídrico diluído, de pH fixo, e saturado com
cloreto de prata. Um fio de prata nessa solução forma um eletrodo de referência de
prata/cloreto de prata, que é conectado a um dos terminais do dispositivo que mede o
potencial. O eletrodo de referência é conectado a outro terminal. Apesar do eletrodo de
referência interno ser parte do eletrodo de vidro, ele não é o elemento sensível ao pH. Em
vez disso, é a fina membrana de vidro na ponta do eletrodo que responde ao pH. À
medida que o pH da solução (na qual está mergulhado o eletrodo de vidro) varia, a
diferença de potencial elétrico através da membrana de vidro também se modifica.
A detecção no ponto final de uma titulação potenciométrica pode ser feita através
da utilização da curva de titulação (variação do pH versus o volume de titulante
adicionado), onde o ponto de equivalência é o ponto onde o coeficiente angular (dpH/dVa)
atinge o valor máximo, e também onde a segunda derivada é zero.
eletrodo de vidro
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Os valores de pH medidos a cada adição de NaOH e seus respectivos volumes são
listados na Tabela a seguir:
vol (mL)
pH ∆pH ∆vol ∆pH / ∆V ∆(∆pH / ∆V) ∆(∆pH / ∆V)/∆V
1 3,4 - - - 2 3,72 0,32 1 0,32 3 4,04 0,32 1 0,32 0,00 0,00
3,5 4,2 0,16 0,5 0,32 0,00 0,00 4 4,41 0,21 0,5 0,42 0,10 0,20
4,5 4,71 0,3 0,5 0,6 0,18 0,36 5 5,26 0,55 0,5 1,1 0,50 1,00
5,5 8,34 3,08 0,5 6,16 5,06 10,12 6 9,91 1,57 0,5 3,14 -3,02 -6,04
6,5 10,41 0,5 0,5 1 -2,14 -4,28 7 10,8 0,39 0,5 0,78 -0,22 -0,44
7,5 11,14 0,34 0,5 0,68 -0,10 -0,20 8 11,32 0,18 0,5 0,36 -0,32 -0,64 9 11,57 0,25 1 0,25 -0,11 -0,11
Com os valores obtidos, construiu-se a curva de titulação, volume de
HCl adicionado versus pH medido.O ponto final da titulação é o ponto próximo
a acentuada variação de pH na curva de titulação.
Curva de titulação
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Para calcular a derivada primeira, fez-se a média para cada par de
volumes da Tabela 1 e calculou-se o valor de ∆pH/∆V, sendo ∆pH a variação
de pH entre leituras consecutivas e ∆V a variação de volume entre adições
consecutivas. Os valores encontrados estão listados acima. Com os valores
obtidos, construiu-se um gráfico volume de NaOH versus ∆pH/∆V.O ponto final
da titulação é considerado onde o coeficiente angular (∆pH/∆V) da curva de
titulação é máximo.
Derivada primeira, ∆pH/∆V, da curva de titulação.
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Calculou-se a derivada segunda, fazendo a média para cada par de volumes
da Tabela acima e calculando-se ∆(∆pH/∆V)/ ∆V, onde ∆(∆pH/∆V) é a variação de
valores consecutivos da segunda coluna da Tabela , e ∆V é a variação de volume
entre valores consecutivos da primeira coluna da Tabela . Com os valores obtidos,
construiu-se um gráfico volume de NaOH versus ∆(∆pH/∆V)/∆V.O ponto final da
titulação corresponde ao volume em que a derivada segunda é 0. Com o gráfico
construído que está logo abaixo é possível estimar-se que o ponto final da titulação
corresponde a 5,8 mL. Com esse valor de volume, calcula-se a concentração da
solução do AAS titulado.
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F. POTENCIOMETRIA
Dosagem de Cl- por potenciometria de precipitação
Os valores de potencial medidos para cada incremento de volume de
titulante e o correspondente gráfico encontram-se a seguir.
Vol (mL) E (mV) ∆E ∆vol ∆E / ∆V 1 110 - - -
1,5 111 1 0,5 2 2 112 1 0,5 2
2,5 113 1 0,5 2 3 113 0 0,5 0
3,5 115 2 0,5 4 4 117 2 0,5 4
4,5 118 1 0,5 2 5 119 1 0,5 2
5,5 120 1 0,5 2 6 122 2 0,5 4
6,5 123 1 0,5 2 7 125 2 0,5 4
7,5 126 1 0,5 2 8 128 2 0,5 4
8,5 130 2 0,5 4 9 132 2 0,5 4
9,5 134 2 0,5 4 10 137 3 0,5 6
10,5 139 2 0,5 4 11 142 3 0,5 6
11,5 145 3 0,5 6 12 149 4 0,5 8
12,5 153 4 0,5 8 13 159 6 0,5 12
13,5 165 6 0,5 12 14 174 9 0,5 18
14,5 188 14 0,5 28 15 223 35 0,5 70
15,5 362 139 0,5 278 16 390 28 0,5 56
16,5 401 11 0,5 22 17 410 9 0,5 18
17,5 415 5 0,5 10 18 420 5 0,5 10
18,5 428 8 0,5 16 Potenciais medidos para cada mL de titulante adicionado
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Derivada primeira da curva de titulação
A partir da análise das derivadas, pode-se estimar o ponto de equivalência em
15,7 mL, volume que representa o ponto de máximo na derivada primeira.
Para essa técnica não são importantes os valores absolutos de potencial, mas
sim a variação deles ao decorrer da titulação.
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Cálculos
M1V1 = M2V2
0,1 mol/L . 15,7 mL = x . 10 mL
X= 0,157 mol/L de NaCl
Isto equivale a a 9,184 g de NaCl /L na amostra analisada.
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G. POTENCIOMETRIA
Dosagem de ferro em uma amostra real, por potenciometria
Uma titulação redox se baseia em uma reação de oxirredução entre
analito e titulante. Para acompanharmos o avanço da reação, colocamos um
par de eletrodos, na mistura reacional e medimos a diferença de potencial,
responsável pelo movimento dos elétrons do eletrodo de referência para o
eletrodo de platina por meio de um potenciômetro.
Um dos eletrodos do par deverá ser de potencial constante, isto é, um
eletrodo de referência. Em razão da estabilidade do eletrodo de referência,
qualquer mudança no potencial do sistema será ocasionada pela contribuição
do outro eletrodo, chamado eletrodo indicador ou de trabalho. O potencial
registrado indica a tendência de que haja uma reação de redução de uma das
espécies na superfície do eletrodo de platina, o que depende da razão entre as
atividades dos íons presentes. Convém lembrar que tanto o potenciômetro
como os eletrodos não influenciam no equilíbrio do sistema.
Na curva de titulação observamos o potencial em função do volume de
titulante adicionado. O ponto de equivalência é indicado por um crescimento
abrupto do potencial. Para calcular o potencial lido usa-se a equação de
Nernst:
Equação de Nernst
O termo logarítmico depende da relação entre as concentrações da forma
reduzida e da forma oxidada da espécie, a qual muda ao longo da titulação.
A variação de potencial próximo ao ponto de equivalência aumenta
quando a diferença de Eº dos dois pares redox também envolvidos na titulação
também aumenta, portanto, resultados mais nítidos são obtidos com agentes
oxidantes e redutores fortes.
Ox
dRe
C
Clog
n
,EE ⋅−=
059100
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O volume no ponto de final é 12,5 mL.
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H. CONDUTOMETRIA
Determinação das Constantes de Ionização de Ácidos orgânicos por
Condutometria Direta
Medidas
Tricloroacético: 2,46 mS
Ácido Acético: 452 µS
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I. CONDUTOMETRIA
Titulação Condutométrica de uma mistura de ácidos
Para eletrólitos fortes, a condutância equivalente aumenta à medida que
a concentração diminui e se aproxima de um valor denominado condutância
equivalente à diluição infinita.
A quantidade dessa condutância equivalente pode ser determinada por
extrapolação. Já para os eletrólitos fracos, não se pode empregar o método de
extrapolação, mas pode-se calcular através da condutância equivalente, a
diluição infinita dos respectivos íons de acordo com a Lei de migração
independente dos íons. Na titulação condutométrica as curvas são traçadas
através da condutância em função do volume do titulante adicionado. As curvas
consistem em regiões lineares antes e depois do ponto final. As duas partes
lineares são extrapoladas para seus pontos de intersecção no ponto final.
Assim como em outras titulações, o ponto final do volume é usado para calcular
a quantidade ou a concentração da análise que foi inicialmente apresentado.
Na determinação utilizada, usaram-se dois ácidos: um forte (que se dissocia
facilmente) e outro fraco (que não se dissocia facilmente).
Volume ٨ µS
1 823 1,5 761 2 692
2,5 630 3 570
3,5 506 4 454
4,5 395 5 349
5,5 316 6 304
6,5 306 7 314
7,5 325 8 336
8,5 348
Volume ٨ µS
9 361 9,5 374 10 390
10,5 406 11 426
11,5 451 12 484
12,5 517 13 553
13,5 584 14 622
14,5 660 15 693
15,5 727 16 758
16,5 795 17 833
![Page 23: Analise Instrumental](https://reader033.vdocuments.mx/reader033/viewer/2022052411/5572142f497959fc0b93f679/html5/thumbnails/23.jpg)
Ponto de neutralização do ácido forte: 5 mL
Ponto de neutralização do ácido fraco: 11, 6 mL
![Page 24: Analise Instrumental](https://reader033.vdocuments.mx/reader033/viewer/2022052411/5572142f497959fc0b93f679/html5/thumbnails/24.jpg)
J. CONDUTOMETRIA
Dosagem e Cl- por condutometria
A condutometria é o método que monitora a capacidade do analito de
conduzir uma corrente elétrica. A medida direta da condutância é de aplicação
limitada em virtude do caráter não seletivo desta propriedade. Aplicação mais
ampla tem a titulação condutométrica, em que as medidas de condutância são
usadas para a localização do ponto final. Em soluções líquidas, a corrente é
conduzida entre os eletrodos pelos íons dissolvidos. A condutância da solução
depende do número e dos tipos de íons na solução. . O tamanho dos íons são
importantes porque determinam a velocidade com que estes podem propagar-
se através da solução. Os íons menores movem-se mais rapidamente do que
os maiores. A carga é significante porque ela determina a quantidade da
atração eletrostática entre o eletrodo e os íons. A condutância específica de
uma solução de um eletrólito depende dos íons presentes, variando a sua
concentração. Quando se dilui a solução de um eletrólito, a condutância
específica diminui, pois há menos íons por mL de solução para conduzir a
corrente. Se a solução se coloca entre dois eletrodos separados e o
suficientemente grandes como para conter totalmente a solução, a condutância
aumenta à medida que a solução se dilui. Isto se deve principalmente a uma
diminuição das ações interiônicas dos eletrólitos fortes e a um aumento na
grade de dissociação dos eletrólitos fracos. Se existe um equivalente grama do
soluto, a condutância dessa solução se denomina condutância equivalente.
Para eletrólitos fortes, a condutância equivalente aumenta à medida que a
concentração diminui e se aproxima de um valor limite, denominado
condutância equivalente à diluição infinita. A quantidade dessa condutância
equivalente pode ser determinada por extrapolação. Já para os eletrólitos
fracos, não se pode empregar o método de extrapolação, mas pode-se calcular
através da condutância equivalente, a diluição infinita dos respectivos íons de
acordo com a Lei de migração independente dos íons.
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volume ٨ µS 1 1438 2 1422 3 1405 4 1390 5 1374 6 1359 7 1344 8 1330 9 1316
10 1302 10,5 1296 11 1288
11,5 1281 12 1275
12,5 1268 13 1261
13,5 1255 14 1248
14,5 1242 15 1239
15,5 1274 16 1308
16,5 1344 17 1380
17,5 1420 18 1457
O ponto de equivalência desta titulação é no volume de 15 mL, através
deste ponto pode-se calcular a respectiva concentração do analito presente na
amostra.
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REFERÊNCIAS
Condutimetria,UFPA, disponível em
<http://www.ufpa.br/ccen/quimica/condutimetria.htm>. Acesso em: 26 mai.2010
Harris, Daniel C.; Análise Química Quantitativa, LTC, Rio de Janeiro, 2005
Química Analítica, disponível em:
<http://www.iq.usp.br/disciplinas/qfl/qfl0238/aula-condutometria.pdf> . Acesso
em: 26 jun.2010
Ohlweiler, Otto Alcides. Química Analítica Quantitativa, LTC, Rio de Janeiro,
1976; vol 3.
Skoog, Douglas A.; Princípios de Análise Instrumental, Bookman, Porto Alegre,
2002