analise de obras 14# (recortes).art
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geral:
-A expressão corporal que usam para se comunicar com a outra culturaé muito universal,acenos, danças, gestos comuns (corações com as mãos, dedo do meio). Porém a
comunicação diretaé apenas esporádica e entre uma e outra manifestação podemos perceber
sinais mais espontâneos ou automatizados, pouco ou nada arbritários, que deixam entrever
timidez, ansiedade, expectativa, deboche, curiosidade, vergonha, exibicionismo. Estes sinais,
muitas vezes dizem muito mais do que a comunicação dialógica, intencionada, que
percebemos.
-A carência de jogo de olharesé definitivamente comprometedora nesses diálogos baseadosem ví deo. Com algumas excessões na obra de KG e SR, os participantes das quatro obras
examinadas não conhecem previamente os interatores distantes. Em grande parte dos casos a
conversa não vai além de apresentações e breves comentários (nos casos em que há audio),
quando não há audio as interações se dão mais por gestos, danças e objetos mostrados ouapontados. Mesmo nos casos de A Hole in Space, em que os interlocutores se conhecem
anteriormente, os olhares não se cruzam porque quando a pessoa olha para a projeção ela não
está olhando diretamente para a câmera e mesmo que olhe para a câmera, nela seu olhar se
perde por não ter um ponto que fixa a localização da pessoa com quem dialoga. De acordo
com….***** isso reduz a confiança entre os interlocutores e por isso os conversas se
mantenham em um ní vel muito trivial.
Se na era em que vivemos a tendência, didata pelos interesses das empresas produtores detecnologia,é a homogeneização cultural, a individualização no uso de aparatos eletrônicos, a
tarifação cada vez mais abusiva dos meios de comunicação; A arte telemática pode ter o
potencial de, pontualmente apresentar inversões neste este cenário. Nas três obras citadas os
sujeitos são representados por seu ví deo em tempo real, em tamanho13 Noturno nos Museus foi um evento promovido pela Fundação Municipal de
Cultura de Belo Horizonte, o Centro Cultural do Banco do Brasil em Belo
Horizonte. O evento Diametral CCBB-BHCip!er Cafe foi tam"ém promovido por
Cip!er Caf ée #end in $!e %olf, am"os de O&ina'a, (apão.
1) Mais informações so"re o *ro+eto Diametral em !ttp'''.diametral.info .
visitado por última vez em de março de /1.
natural e, assim sendo, o sujeito nãoésubstituído por seu discurso
ou o conjunto de seus interesses, comoémais corrente nas
relações via Internet. Os participantes da arte telemática não têm o
controle do que ver ão, mas têm o controle do que apresentam e é
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nesta relação de troca e espontaneidade em que háaprendizado,
empatia e, em seu mais alto nível: hibridização cultural.
Segundo Mario Costa1 o sublime tecnol ógico pode ser
e!perimentado de di"erentes maneiras, sendo que uma delas éo
uso da tecnologia para superar o medo que temos da pr ópria
tecnologia enquanto "avorece a superação evolutiva da raçahumana. #artigo O$C
A Hole in Space - KG & SR
%m 1&'( o casal realizou a obra A Hole in Space11 em que
utilizaram a tecnologia de satélite para possibilitar a comunicaçãoentre pessoas na costa oeste e costa leste dos %stados )nidos. *a"achada de dois shoppings "oram projetadas simultaneamente as
pessoas que eram "ilmadas do outro lado do país, assim as
pessoas que passavam pela rua podiam interagir com seus
compatriotas distantes. O resultado desta obra pioneira éque as
pessoas se comunicavam com desconhecidos cantando,
dançando, conversando e acenando, sem inibição, di"erentemente
da condição descrita no começo deste artigo. Os encontros
ocorreram por tr ês dias seguidos, sem nenhum aviso ou indicaçãodo que estava sucedendo. Segundo +abinoitz a distância entre
os interlocutores lhes dei!avaàvontade para interagir com
estranhos, lhes transmitindo segurança. Como os pr óprios artistas
a"irmam a tecnologia que jáe!istia anteriormente era usada
apenas por redes de televisão e por empresas gigantescas, não
permitindo a participação do público comum na construção de seus
conteúdos. Segundo os criadores, a obra criada incialmente é-um
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conte!to sem conteúdo”, logo são os participantes quem produzem
o conteúdo.1 +o/ 0scott ainda acrescenta, sobre esta categoria de
arte telemática, que o sentido da obraédeslocado por cada
interator e o pr ó!imo parte daquele ponto. %sta obra "oi precursorada vídeocon"er ência que hoje temos de " ácil acesso através de
aplicativos como S2/pe, 3acetime e outros. #artigo O$C4
DIAMETRAL
O Coletivo $iametral realizou em julho de (15, durante o *oturno
nos Museus16 um evento onde, durante o crepúsculo, conectou o
pátio central do Centro Cultural de 7elo 8orizonte e o Cipher Ca"e,
localizado em O2inaa, 9apão. O objetivo do coletivoéconectar
lugares opostos no globo terrestre enquanto o sol se põe em um
deles e nasce no outro simultaneamente15. *este evento os
participantes comunicaramse com seus interlocutores através de
cartazes e gestos enquanto realizavam um intercâmbio cultural em
que cada país celebrava o momento com comida e bebida típica de
seu antípoda. #artigo O$C4
- Muitas pessoas tiravam fotos e filmavam de ambos os lados.
-Algumas pessoas em Okinawa pareciam muito cansadas. Um em particular bocejava ?
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-no Brasil, crianças passavam correndo brincando, outras ficavam abraçadas com o paiassistindo, outros fotografavam, outros desenhavam ou interagiam com as pessoas que tinham
ao lado. Houve muita interação com as próprias pessoas que estavam no local (de ambos
lados). Também, de ambos lados as pessoas se colocavam bem próximas umas das outras
(parece que a maioria no japão conhecia uns aos outros, mas no Brasil, mesmo sem se
conhecerem, se colocaram próximas, conversaram e interagiram.
-A (tele)presença daquelas outras pessoas era um assunto, mas apenas alguns interagem como outro lado diretamente, muitos observam. Mas sem dúvida que o ambiente girou em torno do
evento. Mesmo que sem um grande compromisso, sem exigir toda a atenção e interação com o
ví deo.
As pessoas davam muitas sugestões o tempo todo. De mover a câmera, de pedir ajustes de
ví deo. Acatamos várias destas sugestões e assim as pessoas sentiam que participavam mais da
obra, sendo sua presença crucial para o bom andamento.
-Uma mulher que estava com sua filha gesticulava, queria começar“holas" (como em estádio defutebol). Dançou e teve sua correspondência em quase todas estas interações. Do outro lado
os japoneses davam continuidade aos gestos e dançavam com ela, diversas vezes.
-Algumas pessoas se sentaram no“tatame” (adultos, jovens e crianças) e desenharam ouescreveram nos papeis que foram disponibilizados.
-De ambos os lados, as pessoas escreviam e desenhavam? em cartazes e depois os
aproximavam da câmera para que os outros pudessem ler (algumas vezes estas mensagenstampavam todo o quadro)
-Muitas vezes as pessoas fizeram sinais de coração com as mãos de ambos os lados
-Entre as pessoas presentes dos dois lados havia muita diversidade de posturas. Umas ficavam
com os braços cruzados, mãos para trás, mãos no bolso e permaneciam mais passivos,
interagindo pouca ou nenhuma vez. Outros gesticulam muito, fazem sinais, dançam, escrevem
e mostram cartazes, tocam instrumentos (que não ouvimos…), mostram o alimento nas mãos,
etc.
-Em Okinawa, eles se posicionaram de uma forma em que os outros pudessem ser vistos,
alguns se agacharam mais perto da câmera e outros ficaram de pé atrás. Alguns se moviam
muito, trocavam de lugar, outros permaneciam estáticos.
-Em um momento muito especial os interatores em Okinawa trouxeram um grande cartaz
segurado por duas pessoas para perto da câmera, que demorou um ou dois segundos para
focar a imagem que trazia escrito: "Amamos o Brasil” em português, neste momento todos os
brasileiros aplaudiram. Foi muito interessante porque todos tentavam ler a mensagem enquanto
ela estava fora de foco e de repente a mensagem foi captada por todos de uma forma
comovente.
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Oakland Redux
)ma nova versão de A Hole in Space "oi produzida por %llen
Sebastian Chang e Ma/a urantz em Oa2land Cali"ornia em janeiro de (1, recebendo o subtítulo Oakland Redux. 0 obra que
presta uma homenagem a ;it alloa/ e Sherrie +abinoitz trata
desta vez das crescentes di"erenças socioeconômicas nesta
cidade. $i"erentemente da obra original não se tratava de conectar
dois lados opostos do continente, mas sim dois bairros de umamesma cidade. %m Oa2land "oram conectados o bairro +oc2ridge,um -bairro rico de brancos-, e <atino %ast Oa2land, um bairro pobre
de imigrantes onde prevalece população negra e latina, tendo
autos níveis de prostituição, tr á"ico e uso de drogas ilícitas. #artigo
O$C4
No segundo dia foi colocado um cartaz dizendo:
Oakland Redux 2015
A hole in Space!!!
This is going on in front of a hardware store of college avenue
Oakland Redux 2015
If you see someone on the screen;waveor sayhi!!!
(They can hear you)
….Isto está acontecendo em frente a uma loja de hardware da avenida College. Se você ver
alguém na tela,acene ou diaoi!!! (eles podem ouví -los)
É um ponto deônibus em SA (podemos ver oônibus no finalzinho do ví deo)
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Examinamos o ví deo de aproximadamente 18 minutos examinando as interações entre as
pessoas. As pessoas gesticulam muito com as mãos, com o corpo de forma bem natural, mas
também acenam muito e, alguns se agitam muito para chamar a atenção do outro lado, parecem
dançar.
muitas pessoas com as mãos nos bolsos. Mas parece estar frio, pois todos vão bem agasalhados
(é janeiro no hemisfério norte). Do lado de Rockridge tem muita gente com sacolas de compras,ou alguma bebida nas mãos.
A maioria das pessoas que vemos em SAé negra e a maioria das pessoas em Ré branca.
A comunicação verbal entre as pessoasé muito limitada, eles mal conseguem entender uns aos
outros (muito provavelmente por problemas técnicos), mas a comunicação não-verbal diz muito
do que está acontecendo (para os interatores e para quem assiste o ví deo, pois em muitos
momentos não há pessoas do outro lado assistindo as expressões)
Os cumprimentos sempre são acompanhados de gestos de aceno.
primeiro encontro - dia 2 - 3’34 (eye content)
primeiro aceno : 4’42 (R)
primeira comunicação dialógica: 5’16”
menino dança sozinho (SA) (estava assistindo antes encostado no poste): 5’47" *****
pessoas acenando e dançando: 6’37” ***** (R)
pessoas gritando ou acenando: 7’25” - 7’56" - 8’17”
protesto na calçada de frente em San Antonio: 8’29” (uma pessoa em Rockridge, na loja do outro
lado chega na porta e fica assistindo, ou fica esperando as pessoas que estão chegando? parece
olhar em direção a projeção, enquanto os visitantes chegam pela lateral)
9’16”- pessoas chegam e parecem querer interagir (Rockridge), mas do outro lado a pedestre
(San Antonio) não os nota, porque está olhando para o celular. As 9’55" um deles põe a mão na
frente da câmera. Do outro lado uma pessoa repete o gesto. E em seguida faz um dedo do meio
para os outros e eles começam a gesticular com este mesmo gesto, mas parecem estarem
divertindo-se e não fazendo isso com cólera. Então começam todos a rir.
10’32" - três pessoas (Rockridge) chamame 10’46” uma pessoa atende (conversam sobre
estarem vendo uns aos outros, acenam e confirmam). Em (R) vão juntando mais pessoas (5 + 2
depois). A pessoa em SA não se expõe muito mais a câmera (talvez tí mida diante do público que
tem). Algumas das pessoas em R pareciam não se conhecer (devido as distancias entre alguns
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deles e os jogos de olhares… o cara tenta olhar a mulher algumas vezes e esquiva com a cabeça,
depois encosta nela como se a conhecesse, mas ela desvia rapidamente), interagem uns com os
outros, conversando.
13’35” - um homem em (SA) que já estava a algum tempo diante da câmera e depois fica indo e
voltando, esperando que alguém pare também para que possa interagir. Neste momento ele tentainiciar um diálogo com as pessoas do outro lado.
14’ - A mulher que estava junto a pessoa de SA também volta. Ela tem uma muleta (é bastante
obesa).
14’37" - Um homem em SA grita com os pedestres do outro lado para tentar chamar-lhes atenção.
Ele não gesticula, apenas grita (sei lá… parece uma instalação interessante…)
15’41" - Este mesmo homem chega bem perto da câmera e aponta para ela, mostrando a outrohomem. Desta vez o primeiro homem tem sucesso em abordar a pessoa que ia atravessando a
rua e volta acenando. Eles se comprimentam uns aos outros. Dos dois lados os homens fumam,
com excessão do que estavam antes tentando abordar os pedestres. Eles não conseguem ouvir
claramente um ao outro (e eu menos). O homem abordado (R) sai rindo as pressas. E os de SA
parecem se divertir. O primeiro volta a gritar com os que passam do outro lado.
16’58" - Três pessoas em (R). a mulher grita e consegue abordar um pedestre do outro lado. Ele
diz que está esperando oônibus (o som agoraé bem mais ní tido). A mulher o manda afastar e o
outro homem de (R) explica que não podem vê-lo (ele estava perto demais da câmera, e não
podiam ver seu rosto. O cara de SA pergunta brincando se eles têm o melhor perfil dele agora.Eles dizem onde estão.
HELLO Project
VERIFICAR OS LINKS E REFERENCIAS DO ARQUIVO DE PDF
Em 7 de outubro de 2011, o Large Screens and the Transnational Public Sphere e o Art CenterNabi hospedaram a primiera apresentação de HELLO (NÃO CONSIGO INSERIR O NOME EM
COREANO), um evento de dança de participação pública de Rebecca Hilton e Sonho Park que
linkou grandes telas de projeção no Fed Square, em Melbourne e o Arko Art Theatre em Seoul.
Durante uma hora e meia de evento público gratuito cerca de 400 participantes de todas as idades
compareceram. De forma colaborativa, divertia e com um jogo de dança de fácil execução, HELLO
negociou, diferenças idiomaticas, tecnológicas e culturais para testar a possibilidade de uma
esfera pública transnacional.
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Uma de suas principais preocupações era o desenvolvimento de modelos comunicaçõnais que
não dependentes da escrita ou língua falada. Essa preocupação surgiu a partir de experiências de
tecelãs baseadas em trabalhos interativos com grandes telas entre Melbourne e Seoul (incluíndo
os trabalhosSMS_Origins de Cmielewski, Starrs e Hinshaw, eValue,de Leung Joon Choi
PESQUISAR).A ausencia de um idioma comum entre participantes transnacionais demanda
soluções criativas em nível de forma e conteúdo, priorizando aspectos da fiscalidade e intimidadeno desenvolvimento da interface participativa.
O LSTPS (Large Screens and the Transnational Public Sphere) sugeriu incorporar a dança neste
cenário de trocas telemáticas, então a renomada coreágrafa Rebecca Hillton assumiu um papel
chave no projeto. De acordo com ela a dança é uma forma de primazia de elaborar a condição
humana, “Existem muitos idiomas no mundo, mas todos compartilhamos da forma humana.”
Assim como todos os projetos analisados neste artigo, seus autores citamHole in Space,comosua principal influência.
A ideia inicial de Hilton foi de criar uma “dança popular transnacional” entre Coreia e Australia, que
seria coreografada através de movimentos gestuais específicos de pessoas do público dos dois
países. Para ela essa era uma forma de resposta a como o nacionalismo costuma ser uma forma
de nos dividir. Park também é um dos coreógrafos mais respeitados da Coreia. Os dois
compartilharam do desejo de envolver não-dançarinos no projeto.
A primeira etapa do projeto, de fevereiro a julho de 2011, grupos de pessoas de Seoul e
Melbourne foram pedidas para “doar" movimentos que respondessem a uma série de questões
verbais. As perguntas eram como: “Como você descreveria Australia/Korea em um movimento?”;
“Qual é o seu movimento de dança favorito?” e “Como você está se sentindo agora mesmo?”. Em
Seoul, Park trabalhou em um workshop com grupos de crianças, que deveriam expressasse
dançando sem usar palavras. Os movimentos foram catalogados e compõe um banco de dados.
Em seguida Park e Hilton coreografaram quinze segundos de sequências de dança. A sequência
foi feita deliberadamente pequena e fácil de aprender, para poderem traduzí-la em telas de grande
formato.
A ideia original era deixar as pessoas ensinarem umas as outras as sequências de dança em
tempo real, através das telas de projeção. E no final todos dançariam juntos em sincronia.
A metodologia foi em torno do conceito de jogo, baseado nocadáver esquisito,conduzido por um
novo tipo de colaborações que incluía contribuições individuais para criar algo novo, inesperado e
completo. “Nós usamos a ideia principal do jogo Chinise Whispers (PESQUISAR) (ou como é
chamado na França ‘Telefone Arabe’,Telefone sem fio), um jogo em que a partir de informações
poéticas é gerada uma sequências de erros de tradução” Destacando os desvios e erros nacomunicação dentro da estrutura de HELLO, emergiu a simetria entre forma e conteúdo.
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Para facilitar as conexões entre os indivíduos nos dois ambientes foram incorporadas tendas
fechadas, criando um "espaço privado-público” na paisagem urbana. Isso foi feito como uma forma
de lidar com as preocupações com o público coreano ficar reticente em atuar em público. Nestas
tendas os participantes se encontravam com uma tela de projeção onde via o outro participante dooutro país, em tamanho natural.
Aqui posso falar sobre o olhar para o ambiente e o olhar para a expressão, aquilo citado no texto
da Murakbetkova (isso???) onde ela fala que as pessoas da mesma cultura observam o ambiente
para interpretar os acontecimentos (não tem tanto a ver…) e os de cultura diferente prestam mais
atenção aos movimentos corporais. NA VERDADE ESSA RELAÇÃO NÃO ACONTECE AQUI.
As pessoas eram encorajados a aprender o que pudessem da dança que lhes era mostrada e
tinham que ensinar o que pudessem para a próxima pessoa da linha. Cada participante tinha a
oportunidade de compartilhar, aprender e traduzir sequências de movimentos, para que pudessem
coletivamente produzirem uma corrente a qual “Hilton" chama de ‘movement whispers’ (sussurros
de movimentos). Registro de vídeo de dentro das tendas era passado ao vivo nas telas de grande
formato no exterior em Melbourne e Seoul.
As instruções diziam que a pessoa deveria entrar na tenda, onde encontraria uma pessoa em uma
tenda em Seoul, que ela lhe ensinaria uma dança de 15 segundos duas vezes. Que na primeira
vez deveria assistir parado e na segunda tentar imitar os movimentos. Depois que a pessoa que te
ensinou sair da tenda, o participante deveria esperar outra pessoa e deveria tentar ensinar tudo o
que aprendeu. E que não importava se a pessoa não lembra a dança exatamente.
Outra câmera, além da dentro da tenda capturava as expressões das pessoas que assistiam de
fora da tenda em cada país. Um operador de vídeo fazia a seleção de vídeos apresentados aovivo.
O evento começou logo que o sol começou a baixar em Seoul, às 18h, por esse motivo a
visibilidade da tela era ruim nos primeiros 15 minutos do evento. Em Melbourne o evento começou
às 20h e chovia um pouco.