rococó - artes decorativas

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Trabalho elaborado por Patrícia Aldeia e Sara Joaquim

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Arte RococóAs artes ornamentais e

decorativas

Trabalho realizado por: Sara JoaquimPatrícia Aldeia

O Rococó pode ser considerado o tempo das artes decorativas, isto é, o tempo em que as “artes aplicadas” – artes subordinadas à ornamentação da arquitectura ou à produção de objectos de carácter funcional – atingiram maior expansão.

Surge em França nos finais do reinado de Luís XIV (cerca de 1715-20).

O Rococó traduz-se num “sistema” estética eminentemente ornamental que se afastou de toda a ordem, regularidade e simetria e se aplicou a toda decoração de interiores, mobiliário, ourivesaria, objectos de uso do quotidiano (daí a importância das artes decorativas: têxteis, ourivesaria, prataria, etc.)

O Rococó é essencialmente, na sua estética, é caprichoso, evasivo, elegante e refinado, pelas cores suaves, pelas linhas delicadas, sinuosas e informais.

Valorizou as “artes menores” como: • Mobiliário (com aplicações de tecidos acolchoados e

embutidos de metal, de lacas da china, de madrepérola, de ébano…)

• Cerâmica• Ourivesaria e prataria • Tapeçaria

Mobiliário

• A cómoda é inteiramente revestida a preciosos painéis de laca japonesa de meados do século XVII, com motivos dourados, em relevo, sobre fundo preto, e aplicações de madrepérola e folha de ouro.

• Os painéis das ilhargas, são decorados com pássaros exóticos em paisagens naturalistas.

Jean Deforges (1737-1757, Paris) - Carvalho e ébano, painéis de laca japonesa, bronze e mármore

• Na parte frontal podemos ver, na gaveta de cima, um dragão entre nuvens à esquerda e uma grossa haste de bambu à direita e, na de baixo, respectivamente, um campo florido e uma cena de luta entre dois animais selvagens.

• A combinação dos diversos tipos de madeira aliada à mestria da execução, dá a ilusão de uma verdadeira obra de pintura.

• O tampo, constituído por estreitas tabuinhas articuladas, enrola-se na parte posterior do móvel, mostrando um interior composto por um estirador, forrado a veludo preto, tendo ao fundo duas prateleiras ladeadas por gavetas.

Jean-Henri Riesener - Paris, 1773 Carvalho e madeiras exóticas, bronze, veludo

• É ainda digna de nota a rica decoração em bronze, finamente cinzelado e dourado, rematando, de cada lado do cilindro, por dois candelabros no mais puro estilo “rocaille”.

Cerâmica

• Este prato é um dos 60 que fazia parte de um “serviço”, decorado com pássaros «das Índias», inspirados em desenhos do naturalista Buffon. Cada um apresenta quatro pássaros, todos diferentes, e identificados no verso. Aqui podemos ver, ao centro, dentro de uma moldura circular uma espécie de tamatiá aquático e, na aba, inseridos em cartelas ovais, abertas num fundo azul noite, preenchido com um friso de motivos repetidos pintados a dourado.

A porcelana “biscuit”

• Porcelana especial que os franceses deram o nome de biscuit. Este foi o material mais usado na produção de pequenas esculturas, ornamentais e jocosas (divertidas), de que acima falámos e que ganharam tal popularidade que, breve, se transformaram numa autêntica industria de artesanato decorativo, sofisticado e caro, destinado ás cortes e à clientela aristocrática. Por isso a porcelana biscuit tornou-se "o verdadeiro e inato material do Rococó”.

Ourivesaria e Prataria

• O exemplar aqui apresentado, cuja tampa é rematada por uma extraordinária composição de despojos de caça representados com grande realismo, é profusamente decorado, no corpo e nas asas, por riquíssimos elementos roccaille em que se destacam concheados, voluptas e motivos florais. No bojo, ao centro, estão representadas as armas da Casa de Aveiras.

• As mesmas armas encontram-se igualmente na bandeja circular, de orla recortada, sobre a qual a terrina assenta, bem como na grande colher que a acompanha. Esta última, rematada por concha ricamente cinzelada, constitui por si só um exemplar magnífico, com a sua comprida e elegante haste em forma de tronco ao longo do qual se desenrola, em espiral, um ramo de folhagem.

Tapeçaria

• Esta tapeçaria pode considerar-se paradigmática do gosto pelas cenas galantes que dominam em grande parte a pintura e as artes decorativas da França de Setecentos.

• Peça essencialmente decorativa, esta tapeçaria de composição graciosa apresenta um grupo de jovens reunidos, ao ar livre, junto a um fundo de arvoredo e de ruínas antigas.

• Este fragmento de tecido de seda, espolinado a sedas policromas e chenille, pode considerar-se um exemplo típico do gosto francês da época de Luís XV com uma composição floral ondulante, rodeado por cordões, borlas e drapeados de grande elegância e efeito decorativo.

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