os animais vistos polos galegos: análise das expresións
Post on 11-Jan-2023
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Escola Internacional de Doutoramento
Andrea González Pereira
TESE DE DOUTORAMENTO
Os animais vistos polos galegos: análise das expresións figuradas
galegas que retratan o mundo animal.
Dirixida pola doutora: María Álvarez de la Granja
2017
Escola Internacional de Doutoramento
María Álvarez de la Granja
FAI CONSTAR
Que o presente traballo, titulado Os animais vistos polos galegos: análise das
expresións figuradas galegas que retratan o mundo animal, que presenta Andrea
González Pereira para a obtención do título de Doutora, foi elaborado baixo a súa
dirección no programa de doutoramento en Lingüística Galega pola Universidade
de Vigo.
Vigo, 18 de maio de 2017.
A Directora da tese de doutoramento.
AGRADECEMENTOS
Gustaríame dedicarlles estas liñas a todas aquelas persoas, que dun xeito ou doutro,
me axudaron a levar a cabo este traballo, especialmente
A María Álvarez de la Granja, orientadora e amiga, por facerse cargo da dirección
da miña tese de xeito tan impecable e por guiarme académica e psicoloxicamente
en cada etapa deste traballo.
A Xosé María Gómez Clemente por aceptar ser o titor desta tese e por darme
sempre tan bos consellos.
Ó departamento de Filoloxía Galega e Latina e ó grupo de investigación
Tecnoloxías e Aplicacións da Lingua Galega (TALG) da Universidade de Vigo,
por proporcionárenme os recursos necesarios para desenvolver este traballo.
Ó persoal da Área de Normalización Lingüística da Universidade de Vigo, polas
súas achegas e suxestións.
A Xesús Ferro Ruibal, por todas as pescudas realizadas que tanto me axudaron a
na interpretación de certas expresións figuradas.
Ós meus pais, Alfonso e Maribel, polo seu apoio incondicional e por confiar en
min en todo momento.
Ó meu compañeiro, Carlos, polo alento en todas as horas, por apoiarme tanto con
este traballo e por despexar sempre as pedras que atopei no camiño.
A Verónica, por estar sempre.
Ós informantes anónimos que participaron tan xenerosamente neste traballo, sen
as súas achegas esta investigación non estaría completa; e de xeito especial, ós
nosos maiores por atesourar e compartir comigo un coñecemento tan valioso.
Ós membros do tribunal, por aceptaren formar parte deste proxecto.
ÍNDICE
1 Introdución .......................................................................................................... 1
1.1 Obxectivos ......................................................................................................... 1
1.2 Estrutura do traballo ........................................................................................... 2
2 A linguaxe figurada ............................................................................................ 6
2.1 As teorías sobre a linguaxe figurada .................................................................. 7
2.1.1 Primeiras achegas ó concepto de linguaxe figurada ................................... 8
2.1.2 A lingüística cognitiva e a linguaxe figurada ........................................... 15
2.1.2.1 Definición e orixes da lingüística cognitiva ............................... 15
2.1.2.2 Algunhas ideas clave na lingüística cognitiva ............................ 19
2.1.2.2.1 A categorización conceptual e a teoría dos prototipos ..... 19
2.1.2.2.2 Coñecemento lingüístico e coñecemento enciclopédico .. 22
2.1.2.2.3 Corporeización e modelos cognitivos .............................. 24
2.1.2.2.4 A teoría conceptual da metáfora....................................... 27
2.1.2.2.5 Principais achegas da teoría da linguaxe figurada
convencional con relación á teoría conceptual da metáfora .............. 32
2.1.3 Remate ...................................................................................................... 35
2.2 A funcionalidade da linguaxe figurada ............................................................ 37
2.3 A motivación das expresións figuradas ........................................................... 43
2.4 Expresións figuradas construídas con referentes animais ................................ 50
2.4.1 Tipos de expresións figuradas construídas con referentes animais .......... 50
2.4.2 A motivación nas expresións figuradas construídas con referentes animais
.............................................................................................................................55
2.5 Estudos previos arredor das expresións figuradas galegas construídas con
referentes animais ....................................................................................................... 60
3 Corpus e metodoloxía ....................................................................................... 67
3.1 Criterios de selección das expresións tiradas de fontes escritas ...................... 67
3.1.1 Canto ó seu referente ................................................................................ 67
3.1.2 Canto á súa morfoloxía ............................................................................. 68
3.1.3 Canto ás obras consultadas ....................................................................... 69
3.2 As enquisas ...................................................................................................... 71
3.2.1 Punto de partida ........................................................................................ 72
3.2.2 O noso modelo de enquisa: obxectivos e criterios de confección ............ 74
3.3 O tratamento informático dos datos ................................................................. 79
3.4 Criterios de presentación das expresións no corpus ........................................ 80
3.5 Metodoloxía de análise das expresións ............................................................ 84
4 Os animais vistos polos galegos: análise dos valores atribuídos ós animais
nas expresións figuradas e nas enquisas ..................................................................... 91
4.1 Caracterización ................................................................................................ 92
4.1.1 Carácter/condición .................................................................................... 92
4.1.2 Características físicas ............................................................................. 102
4.2 Relacións ........................................................................................................ 106
4.2.1 Home-animal .......................................................................................... 106
4.2.2 Animal-animal ........................................................................................ 108
4.3 Valoración ...................................................................................................... 108
4.4 Recompilación ............................................................................................... 109
4.5 Resultados das enquisas ................................................................................. 111
5 Can/cadela ....................................................................................................... 133
5.1 Descrición ...................................................................................................... 133
5.2 Retrato do can a través das expresións figuradas galegas.............................. 136
5.2.1 Caracterización ....................................................................................... 137
5.2.1.1 Carácter/condición .................................................................... 137
5.2.1.2 Características físicas ............................................................... 154
5.2.2 Relacións ................................................................................................ 158
5.2.2.1 Home-animal ............................................................................ 158
5.2.2.2 Animal-animal .......................................................................... 163
5.2.3 Valoración .............................................................................................. 164
5.3 Recompilación e análise das enquisas ........................................................... 165
6 Gato/gata ......................................................................................................... 172
6.1 Descrición ...................................................................................................... 172
6.2 Retrato do gato a través das expresións figuradas galegas ............................ 174
6.2.1 Caracterización ....................................................................................... 175
6.2.1.1 Carácter/condición .................................................................... 175
6.2.1.2 Características físicas ............................................................... 186
6.2.2 Relacións ................................................................................................ 189
6.2.2.1 Home-animal ............................................................................ 189
6.2.2.2 Animal-animal .......................................................................... 190
6.2.3 Valoración .............................................................................................. 192
6.3 Recompilación e análise das enquisas ........................................................... 192
7 Burro/burra ..................................................................................................... 199
7.1 Descrición ...................................................................................................... 199
7.2 Retrato do burro a través das expresións figuradas galegas .......................... 201
7.2.1 Caracterización ....................................................................................... 202
7.2.1.1 Carácter/condición .................................................................... 202
7.2.1.2 Características físicas ............................................................... 210
7.2.2 Relacións ................................................................................................ 211
7.2.2.1 Home-animal ............................................................................ 211
7.2.3 Valoración .............................................................................................. 214
7.3 Recompilación e análise das enquisas ........................................................... 216
8 Conclusións ..................................................................................................... 223
9 Referencias bibliográficas .............................................................................. 229
9.1 Dicionarios, vocabularios, enciclopedias e corpus ........................................ 229
9.1.1 Fontes de extracción das expresións figuradas ....................................... 229
9.1.2 Dicionarios ideolóxicos, temáticos e conceptuais .................................. 229
9.1.3 Enciclopedias .......................................................................................... 230
9.1.4 Dicionarios de símbolos ......................................................................... 231
9.1.5 Outras fontes de consulta ........................................................................ 231
9.2 Obras de consulta ........................................................................................... 232
ANEXO 1: EXPRESIÓNS FIGURADAS CON REFERENTES ANIMAIS ............. 248
ANEXO 2: EXPRESIÓNS FIGURADAS CONSTRUÍDAS CON PALABRAS
RELACIONADAS CON MÁIS DUN ANIMAL ........................................................ 342
ANEXO 3: ÁMBITOS TEMÁTICOS EMPREGADOS ............................................. 363
ANEXO 4: ÁMBITOS TEMÁTICOS DESTACADOS CON RELACIÓN A CADA
REFERENTE ANIMAL .............................................................................................. 366
ANEXO 5: MODELO DE ENQUISA FRASEOLÓXICA .......................................... 397
1
1 INTRODUCIÓN
A través do léxico dunha lingua os falantes expresan a súa visión particular do mundo
que os rodea. Esta visión pode ser ben diferente dependendo da realidade que o ser
humano perciba, da cultura e das tradicións asociadas ó lugar onde habite e da época na
que este se atope.
As expresións figuradas serven de base para coñecer ben un pobo e unha cultura, posto
que constitúen un reflexo fiel dos modos de vida de cada lugar, así como da súa historia.
A través da linguaxe figurada, que ten como principal recurso a metáfora, o ser humano
é capaz de comprender e de expresar determinadas realidades, que son frecuentemente
abstractas:
We have seen that metaphor pervades our normal conceptual system. Because so many
of the concepts that are important to us are either abstract or not clearly delineated in our
experience (the emotions, ideas, time etc.), we need to get a grasp on them by means of
other concepts that we understand in clearer terms (spatial orientations, objects etc.).
Lakoff e Johnson, 1980: 115
Este recurso permite conceptualizar esas realidades máis abstractas a través doutras máis
próximas e, polo tanto, facilmente recoñecibles na vida diaria. Unha destas realidades
próximas para os galegos e que lles permite conceptualizar e expresar certas ideas é o
ámbito animal. Partimos da premisa de que os animais representan en Galicia unha fonte
rica de creación de expresións figuradas que axudan a comprender e expresar diferentes
tipos de realidades, entre elas especialmente as de índole abstracta. Centrámonos, pois,
neste estudo, nas expresións figuradas que se forman mediante o emprego de referentes
animais e que lles serven ós seres humanos para manifestar determinados sentimentos,
desexos, estados, características físicas ou morais etc.
1.1 Obxectivos
O noso obxectivo principal é saber cal é a visión ou concepto que teñen os galegos dos
animais que funcionan como referentes das expresións figuradas que eles mesmos
empregan. Deste xeito, pretendemos dar luz sobre aquelas características que os galegos
resaltan dos animais para expresar de xeito figurado diferentes conceptos. Para levar a
cabo este obxectivo abrimos dúas vías principais de investigación: por unha banda
extraemos as expresións figuradas que se forman con referentes animais dunha serie de
2
obras lexicográficas da lingua galega (xerais e especializadas en fraseoloxía); por outra
banda, realizamos 300 enquisas orais e electrónicas que nos permitiron recoller máis
expresións figuradas, así como determinar a valoración directa que os galegos fan dos
animais a través dunha serie de preguntas. Unha vez recollidas as expresións figuradas
analizámolas e catalogámolas, de acordo cos criterios específicos que se explicarán no
capítulo 3, para poder coñecer a valoración que fan os galegos de cada un dos animais
que funcionan como referentes das ditas expresións.
Como segundo obxectivo, pretendemos ofrecer un repertorio de expresións figuradas con
referentes animais en que se indique o significado figurado de cada expresión, a fonte da
que foi extraída e a característica que resaltaron os galegos dese animal para crear a
expresión figurada. Este repertorio recóllese en forma de anexo neste traballo,
concretamente nos anexos 1 e 2.
Por outra parte, as enquisas realizadas permítennos acadar tres obxectivos máis:
- Saber se o retrato e a caracterización dos animais que fan os informantes se
corresponde co obtido a partir das expresións que conforman as obras
lexicográficas ou varía cara a outro significado ou connotación.
- Comprobar se algunhas das expresións recollidas previamente nas obras
lexicográficas permanecen aínda vivas na fala e coñecer novas expresións ou
variantes que non se recollen nas obras consultadas.
- Establecer se existen diferenzas en función da idade á hora de seleccionar
expresións ou de atribuírlles valores ós animais.
Ó longo deste traballo tentamos dar resposta ás preguntas que subxacen a cada un destes
obxectivos a través da análise das expresións figuradas galegas construídas con referentes
animais e do estudo da valoración específica que fan os galegos de cada animal nas
enquisas orais e electrónicas.
1.2 Estrutura do traballo
No apartado sobre o marco teórico (capítulo 2) presentamos as principais contribucións
que se fixeron ó coñecemento e estudo da linguaxe figurada ó longo da historia, dende a
interpretación aristotélica da metáfora ata as achegas feitas pola lingüística cognitiva.
Repasamos os principios xerais polos que se rexe a lingüística cognitiva: a categorización
conceptual e teoría dos prototipos; a diferenciación entre coñecemento lingüístico e
3
coñecemento enciclopédico; a corporeización e os modelos cognitivos; e a teoría
conceptual da metáfora. Apoiámonos para a nosa posterior argumentación nos
fundamentos que establece a lingüística cognitiva e, máis concretamente, nos procesos de
conceptualización da realidade que presenta a teoría conceptual da metáfora, pero
introducimos tamén as principais achegas formuladas pola teoría da linguaxe figurada
convencional que naceron para completar as posibles eivas que podía presentar a teoría
conceptual da metáfora. Amosamos as principais funcións que ten a linguaxe figurada
para o ser humano e os seus diferentes graos de motivación. Finalmente, centrámonos nas
expresións figuradas construídas con referentes animais e nos tipos de motivación que as
orixinan. Rematamos este capítulo teórico coa descrición dos traballos previos que se
realizaron en lingua galega arredor da temática das expresións figuradas construídas con
referentes animais.
Dedicamos outro capítulo (capítulo 3) á descrición do corpus de traballo e a metodoloxía
que seguimos tanto para a recolleita de expresións figuradas como para a súa análise. Este
capítulo estrutúrase en cinco apartados diferenciados: 1) criterios de selección das
expresións tiradas de fontes escritas, 2) as enquisas, 3) o tratamento informático dos datos,
4) criterios de presentación das expresións no corpus e 5) metodoloxía de análise das
expresións.
No capítulo 4 mostramos a totalidade de ámbitos temáticos que obtivemos das expresións
figuradas recollidas e analizamos aqueles que presentan un maior número de incidencia
de aparición. Despois, constrastamos estes datos coa valoración que fan os informantes
nas enquisas orais e electrónicas. O obxectivo deste capítulo é establecer cales son os
valores máis representativos do nosos corpus, isto é, aqueles valores que os galegos lles
atribúen máis frecuentemente ós animais e cales son os animais que destacan como
caracterizadores desas valoracións.
Os capítulos 5, 6 e 7 céntranse no retrato que fan os galegos de tres grupos de animais
concretos, seleccionados de entre aqueles cos que se crean máis expresións figuradas en
lingua galega: can, cadela (1611), gato, gata (90) e o burro, burra (72). Cada un destes
tres capítulos estrutúrase en tres apartados diferenciados: primeiro realizamos unha
descrición enciclopédica do animal co obxectivo de xuntar datos científicos sobre a súa
caracterización física e psicolóxica; en segundo lugar, analizamos as expresións figuradas
1 Número de expresións figuradas asociadas a este animal no noso corpus.
4
recollidas coa finalidade de trazar o retrato que os galegos fan de cada animal concreto;
por último, recompilamos os resultados obtidos desta análise e comparámolos coa
valoración directa que fan os galegos de cada animal nas enquisas orais e electrónicas,
para poder establecer coincidencias ou diverxencias.
O capítulo 8 funciona como un compendio das ideas máis representativas ás que
chegamos durante o desenvolvemento do traballo. Nel presentamos as respostas ós
obxectivos inicialmente propostos.
Canto ós anexos, os anexos 1 e 2 recollen a totalidade de expresións figuradas construídas
con referentes animais que extraemos tanto de obras lexicográficas como de enquisas
orais e electrónicas (1317 expresións figuradas). Presentamos no anexo 1 aquelas
expresións que se refiren a un animal en concreto, ben porque se fai explícito o seu nome
nelas ([sucio] coma un porco ‘úsase para ponderar o aspecto sucio de alguén’) ben porque
designan unha realidade (acción, parte do corpo, hábitat...) que só é propia dese animal
(cachola ‘cabeza das persoas’). Deste xeito, debaixo de cada referente animal
distribuímos as expresións figuradas correspondentes a cada un, desagregadas en
etiquetas temáticas que marcan a valoración que fan deles os galegos. Ademais,
engadimos a definición figurada da expresión e a(s) fonte(s) da(s) que foron tiradas.
Contamos, neste anexo, cunha totalidade de 107 referentes animais.
No anexo 2 recollemos aquelas expresións figuradas construídas con referentes que
gardan relación, dun xeito ou doutro, con dous ou máis animais (por exemplo, fociño
‘parte da cara das persoas que comprende a boca e o nariz ou, nalgúns sitios, só o nariz’,
pois fociño designa literalmente unha parte do corpo asociada a varios animais diferentes).
Ó igual ca no anexo 1, as expresións figuradas distribúense debaixo de cadanseu referente,
desagregadas en etiquetas temáticas, cunha definición figurada e coa(s) fonte(s) da(s) que
foron tiradas as ditas expresións. Neste anexo contamos con 40 referentes distintos.
No anexo 3 presentamos a totalidade de ámbitos temáticos baixo os que se etiquetan as
expresións que figuran nos anexos 1 e 2. Trátase de 159 ámbitos temáticos
correspondentes á caracterización dos animais (109 referidos ó seu carácter ou condición
e 37 que aluden ás características físicas que os galegos destacan de cada animal); 11
ámbitos temáticos para as relacións que se establecen entre persoas e animais e entre
animais (7 para o primeiro caso e 4 para o segundo); e 2 ámbitos temáticos que atenden
á valoración sen maior tipo de concreción que fan os galegos dos animais (boa valoración
e mala valoración).
5
No anexo 4 ordenamos a totalidade de referentes animais das expresións figuradas
recollidas atendendo a un criterio de frecuencia. Debaixo de cada referente animal
distribuímos os ámbitos temáticos sobre os que se asenta cada expresión e o número de
expresións que se asocian a cada un deles. Con esta presentación pretendemos ofrecer
unha panorámica dos valores comportados por cada animal nas expresións figuradas
galegas que recollemos.
Por último, presentamos no anexo 5 o modelo de enquisa que creamos para a extracción
de expresións figuradas construídas con referentes animais, así como para coñecer a
valoración que os galegos fan de cada animal.
6
2 A LINGUAXE FIGURADA
As unidades fraseolóxicas2 son instrumentos que adoitan empregar os falantes para
lexicalizar unha serie de contidos frecuentemente abstractos e cheos de matices que lles
serven para comprender e expresar situacións da súa vida diaria. Moitas destas unidades
presentan mecanismos figurativos (botar lume polos ollos ‘estar cheo de ira ou de
carraxe’3), polo que constitúen un campo de investigación adecuado para o estudo da
linguaxe figurada dun idioma (Álvarez de la Granja, 2008: 7). Así como o son tamén
aquelas unidades monoverbais (odre ‘persoa que come máis do que necesita’4) que, a
través de recursos figurativos, moldean a realidade para comprender e expresar
determinados aspectos do pensamento. Deste xeito, tanto se se trata de unidades
fraseolóxicas como de unidades monoverbais, interésanos afondar nos casos concretos en
que se produce unha translación dun significado literal nun significado figurado.
A linguaxe figurada representa unha parte esencial do mecanismo de comprensión da
mente humana, unha ferramenta que dá forma a moitas realidades, frecuentemente
abstractas, converténdoas en feitos palpables, próximos e recoñecidos polos seres
humanos. As expresións figuradas, aquelas que manifestan unha idea en termos doutra
valéndose dunha imaxe que se afasta do significado recto da expresión en si (canciño
cego, ‘persoa fiel e submisa’), das que as metáforas son probablemente o exemplo máis
representativo, funcionan como un utensilio que axuda a encaixar os conceptos na mente
do ser humano, para interiorizalos en clave doutros a través dun proceso de
conceptualización5 e, así, comprendelos:
Metaphor is the main mechanism through which we comprehend abstract concepts and
perform abstract reasoning. Much subject matter, from the most mundane to the most
abstruse scientific theories, can only be comprehended via metaphor. Metaphor is
fundamentally conceptual, no linguistic, in nature. Metaphorical language is a surface
manifestation of conceptual metaphor. Though much of our conceptual system is
2 Toda combinación de dúas ou máis palabras que presenta fixación dos seus compoñentes, que non segue
un proceso de formación regular e produtivo, que posúe unidade conceptual e/ou funcional e que se vincula
cunha situación dada (Álvarez de la Granja, 2003:11 ). Pode obterse máis información sobre os tipos de
unidades que contemplamos neste traballo no apartado 3.1.2 do capítulo 3. 3 DFG, 2008: s.v. lume. 4 GDXL, 2009: s.v. odre. 5 Entendemos a conceptualización como un proceso de manipulación da información que obtemos a través
da nosa visión do mundo para poder chegar a construír as chamadas categorías conceptuais, conceptos
mentais que serven para organizar a nosa mente (Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 51 e Inchaurralde e
Vázquez, 2000: 14).
7
metaphorical, a significant part of it is nonmetaphorical. Metaphorical understanding is
grounded in nonmetaphorical understanding.
Metaphorical allows us to understand a relatively abstract or inherently unstructured
subject matter in terms of a more concrete, or at least more highly structured subject
matter.
Lakoff, 1993: 244
Antes de centrármonos propiamente nas características e na funcionalidade da linguaxe
figurada, consideramos pertinente facer un repaso pola investigación lingüística neste
eido. Para isto, creamos dous bloques diferenciados dentro do estudo da linguaxe figurada
ó longo da historia: por unha parte resumiremos as primeiras achegas ó concepto de
metáfora ou de linguaxe figurada dende a época clásica ata 1980 e, pola outra,
centrarémonos nos estudos que se desenvolveron, principalmente nos anos 80, da man da
lingüística cognitiva.
2.1 As teorías sobre a linguaxe figurada
Neste apartado resumiremos as principais contribucións ó coñecemento sobre a linguaxe
figurada. Non pretendemos facer unha inmersión profunda na historia do pensamento
metafórico, pero si construír unha panorámica que sintetice as ideas clave que foron
xurdindo ó longo da historia; nocións que sentaron as bases para comprender o
pensamento metafórico do ser humano.
Comezaremos coa interpretación aristotélica da metáfora na época clásica e
continuaremos coas achegas feitas por outros autores nos séculos XVIII, XIX e XX. Para
rematar, repasaremos a visión da linguaxe figurada na lingüística cognitiva6, que
comezou a desenvolverse especialmente a partir de 1980.
O que nos interesa resaltar na seguinte panorámica é o feito de que a linguaxe metafórica
pasase de ser vista como unha figura poética, moi vinculada á destreza do escritor, poeta
ou orador, a ser concibida como un elemento fundamental no proceso de comprensión e
razoamento que leva a cabo o ser humano.
6 Realizamos un estudo amplo da lingüística cognitiva para poder comprender, dende esta óptica, o
funcionamento da mente humana na creación de linguaxe figurada. O noso obxectivo será unir todas as
pezas que compoñen a engrenaxe do pensamento cognitivo e describir o xeito de entender o mundo a
través de procedementos cognitivos.
8
2.1.1 Primeiras achegas ó concepto de linguaxe figurada
A seguir presentaremos os principais estudos que se desenvolveron ó redor da linguaxe
figurada dende a época clásica ata os anos 80, cando se pon en marcha a engrenaxe que
dará lugar ós estudos de lingüística cognitiva.
Ricoeur (1980 [1975]: 17-95)7 realiza unha análise pormenorizada do que a retórica
clásica define como metáfora. Segundo este autor, foi Aristóteles o primeiro que definiu
o concepto de metáfora no século IV antes de Cristo, e esta definición foi a que
condicionou os posteriores estudos sobre ela:
Metáfora es la traslación de un nombre ajeno, o desde el género a la especie, o desde la
especie al género, o desde una especie a otra especie, o según la analogía. (...) Entiendo
por analogía el hecho de que el segundo término sea al primero como el cuarto al tercero;
entonces podrá usarse el cuarto en vez del segundo o el segundo en vez del cuarto; y a
veces se añade aquello a lo que se refiere el término substituido. Así, por ejemplo, la copa
es a Dioniso como el escudo a Ares; [el poeta] llamará, pues, a la copa «escudo de
Dioniso», y al escudo, «copa de Ares». O bien, la vejez es a la vida como la tarde al día;
llamará, pues, a la tarde «vejez del día» (…) y a la vejez, «tarde de la vida» u «ocaso de
la vida».
Aristóteles, ed. e trad. García Yebra, 1992: 204-205
Nesta definición de metáfora apréciase unha amplitude xenérica que engloba a
sinécdoque, a metonimia, a ironía, a lítote, isto é, calquera desprazamento do sentido
literal ó figurado (Ricoeur 1980 [1975]: 256).
Ricoeur (1980 [1975]: 28-30) subliña certos trazos importantes desta definición:
A metáfora afecta ó nome ou á palabra, mais non ó discurso.
A metáfora é definida en termos de movemento, de maneira que se aplica a toda
unha transposición de termos.
A metáfora caracterízase por ser unha transposición dun nome alleo, un nome
caracterizado por designar outra cousa ou por pertencer a outra categoría, a un
obxecto determinado ó que non lle corresponde ese nome.
7 Empregamos a tradución de Agustín Neira, La metáfora viva, de 1980. O orixinal, Le métafore vive, de
Ricoeur publicouse en 1975.
9
Turner (1997: 47), pola súa banda, apunta que Aristóteles interpretaba, xa daquela, que
as expresións metafóricas estaban ancoradas conceptualmente á realidade, de xeito que
as transferencias lingüísticas estarían motivadas por unha relación conceptual de
categoría (xénero-especie / especie-xénero) ou de analoxía. Para Turner, Aristóteles cría
que a transferencia conceptual inducía á transferencia lingüística. A metáfora era vista
por este autor, xa que logo, como a transferencia a unha cousa do nome doutra (Chamizo
Domínguez, 1998: 13). Por outra banda, Ricoeur (1980 [1975]: 55-56) afirma que
Aristóteles percibira xa a idea de que a metáfora describe o abstracto baixo os trazos do
concreto.
Aristóteles aprecia, por outra parte, que a comparación é unha metáfora desenvolvida: «la
comparación dice “esto es como aquello”; la metáfora: “esto es aquello”» (Ricoeur, 1980
[1975]: 42). Dito isto, dado que a comparación é concibida como unha metáfora
desenvolvida, parece claro que Aristóteles vía a metáfora como unha comparación
implícita, aínda que condensada nunha palabra (Gibbs, 1994: 211). Para o autor, a
metáfora tiña un papel importantísimo na poética, posto que era un indicio de talento do
escritor: «hacer buenas metáforas es percibir la semejanza» (García Yebra, 1992: 214).
Segundo explica Ricoeur (1980 [1975]: 45), para Aristóteles a arte da metáfora consistía
nunha percepción de semellanzas entre aspectos abstractos e outros máis concretos, o cal
se confirma pola súa relación coa comparación, que manifesta na linguaxe a referencia
que actúa na metáfora, sen ser anunciada.
Mais aínda que Aristóteles xa percibira a idea de que a metáfora describe o abstracto a
través de características propias de algo concreto, a metáfora seguiu sendo tratada na
retórica clásica como un adorno do discurso, unha visión que se seguiu mantendo durante
a Idade Media e boa parte da Idade Moderna (Ricoeur, 1980 [1985]: 55-76).
No século XVIII ve a luz o libro de Giambattista Vico Scienza nuova8 (1744) que, entre
outros temas, aborda a interpretación do pensamento metafórico. Dous séculos antes de
que o fixesen Lakoff e Johnson (1980), Vico dáse de conta de que a metáfora é un
fenómeno mental; entre outras cousas porque son os sentidos do ser humano as únicas
vías para coñecer os elementos que o rodean (1995 [1744]: 181).
Algo que nos parece importante destacar con respecto a este autor e que, ó noso xeito de
ver, confirma o seu carácter visionario de cara ós estudos cognitivistas dos anos 80, é que
8 Empregamos aquí a tradución de Rocío de la Villa, Ciencia nueva (1995).
10
se refire á linguaxe figurada como un mecanismo de comprensión da mente humana que
leva a cabo o noso cerebro para comprender e explicar mellor a realidade. Para Vico a
«lingua poética», entendida como linguaxe figurada, naceu xa nos primeiros tempos
debido á pobreza da lingua e á necesidade das persoas de explicarse a través de imaxes,
semellanzas, comparacións, metáforas etc. (1995 [1744]: 228): «el hombre al entender
despliega su mente y comprende las cosas, pero cuando no las entiende hace a partir de
si las cosas y, transformándose en ellas, lo convierte». Esta é unha idea que retomarán,
anos despois, autores como Max Black (1962); Le Guern (1980), Dirven (1985) e Warren
(2002), entre outros.
No século XIX, Fontanier (1830) estuda e desenvolve a idea de que a metáfora é unha
relación entre pensamentos, concretamente no seu libro Les figures du discours. Ricoeur
(1980 [1975]: 76-88), explica que Fontanier se decata desta conexión existente entre dous
pensamentos porque define a metáfora como a presentación dunha idea baixo o signo
doutra. Ademais, Fontanier diferencia entre ‘sentido literal’ e ‘sentido espiritual’ (o que
chamariamos hoxe ‘sentido literal’ e ‘sentido metafórico ou figurado’):
El sentido literal se funda en las palabras tomadas al pie de la letra y entendidas según su
acepción en el uso ordinario: es, en consecuencia, el que se presenta de modo inmediato
a la conciencia de los que escuchan las palabras. (...) El sentido espiritual, indirecto o
figurado9, de un conjunto de palabras es aquel que el sentido literal hace nacer en la
conciencia por las circunstancias del discurso, por el tono de la voz o por la conexión
entre las ideas expresadas y las implícitas (o subliñado é noso).
Ricoeur, 1980 [1975]: 79
Certamente, Fontanier percibira, no século XIX, un intercambio de contextos entre o
literal e o figurado. Mais será Richards no século XX (1936), concretamente no seu libro
The Philosophy of Rhetoric, quen propoña a teoría da interacción na metáfora, ó percibir
que o principio fundamental desta é manter activos de xeito simultáneo dous pensamentos
relacionados con dúas cousas distintas dentro dunha mesma palabra ou expresión (1965
[1936]: 93). Fronte á teoría tradicional da metáfora, que a definía como un desprazamento
do significado de dúas palabras, Richards especifica, na liña de Fontanier, que se trata
9 Nótese que Fontanier emprega a voz ‘figurado’ como sinónima de ‘espiritual’ na definición de ‘sentido
espiritual’.
11
dun préstamo entre pensamentos, unha transacción semántica de dous contextos (1965
[1936]: 94-95).
Richards (1965 [1936]: 96) introduce dúas voces técnicas para nomear estas dúas
realidades que, segundo o autor, corresponden ás dúas metades dunha metáfora: tenor
(idea subxacente que queremos transmitir) e vehículo (idea baixo a cal se percibe a
primeira). Deste xeito, para Richards (1965 [1936]: 117) o significado dunha expresión
metafórica sería o resultante da interacción destes dous pensamentos. Por exemplo, na
expresión Xan é un touro os pensamentos que estarían activos á vez serían a fortaleza de
Xan (tenor) e a resistencia do animal (vehículo) (Nubiola, 2000: 75). Ricoeur (1980
[1975]: 120) explica que, con estas achegas, Richards abriu o camiño no estudo do
funcionamento semántico da metáfora e, logo, outros autores foron ocupando e
organizando este campo de estudo.
A mediados do século XX, Paul Henle (1958) ofrece unha nova formulación para a
definición de metáfora feita por Aristóteles, na que non limita a noción de cambio de
sentido ás palabras por si soas, senón que a amplía a calquera signo e, aínda máis, a todo
un discurso. O autor introduce, ademais, un elemento que nos parece importante: o
carácter icónico da metáfora. Tal e como explicamos anteriormente, Aristóteles definía a
metáfora como a translación dun nome alleo dun xénero a una especie, dunha especie a
un xénero, dunha especie a outra especie ou como aquela que se produce mediante unha
analoxía. Henle describe o cuarto tipo de metáfora proposto séculos antes por Aristóteles,
a que se establece mediante unha analoxía, como un paralelo entre pensamentos no que
unha situación se presenta ou se describe en termos doutra que é semellante, de xeito que
o carácter icónico especifica este tipo de metáfora entre o resto dos tropos. Henle toma a
definición de icona que dera Charles S. Peirce10 (1893- 1903) e defínea como aquel
elemento que fai que un signo signifique en virtude da súa semellanza con algo. De
maneira que a iconicidade mantén latente unha dualidade interna entre dous conceptos,
xa que un concepto se emprega para representar o outro (1958: 177).
10 Charles S. Peirce establece unha diferenciación entre os modelos simbólicos e icónicos de significación
dun signo. O autor explica que un signo é un símbolo na medida en que significa segundo unha regra
arbitraria, na medida en que ese signo é convencional. Por outro lado, un signo será unha icona cando
significa en virtude dunha similitude. Un exemplo de icona sería un mapa que representa os países posto
que é similar ó obxecto representado, mentres que un símbolo sería unha balanza que representa, seguindo
unhas leis convencionalizadas da sociedade, a xustiza. Trátase dunha diferenciación na que traballarán
Dobrovols’kij e Piirainen (2005) un século despois. Pode verse unha síntese das principais achegas de
Peirce, traducidas por Sara Barrena (2005) en: http://www.unav.es/gep/IconoIndiceSimbolo.html
12
Na década dos 60 do século XX destaca a figura de Max Black. O autor propón, no seu
libro Models and Metaphors: Studies in Language and Philosophy11 (1962), unha versión
modificada da teoría da interacción formulada por Richards vinte e seis anos antes.
Richards (1936) propuña que o fundamento da metáfora era o de manter activos de xeito
simultáneo dous pensamentos relacionados. Black (1966 [1962]: 48-49) vai máis alá e
expón o que el chama ‘enfoque interactivo da metáfora’ que consiste en interpretar un
deses pensamentos activos como foco da metáfora (o enunciado efectivo) e o outro como
o marco que a rodea (todo un sistema de asociacións12). Un dos exemplos que ofrece
Black (1966 [1962]: 49-50) é a expresión metafórica o home é un lobo. O autor explica
que que o foco sería o feito de chamar lobo a unha persoa, mentres que o marco evoca o
sistema de lugares comúns relativos a lobo, polo que se esa persoa é un lobo fai presa nos
demais animais, é feroz, pasa fame, atópase en loita constante etc., e cada unha destas
asercións ten que adaptarse a home.
A idea que parece ser máis importante no traballo de Black (dende o punto de vista da
análise cultural e textual) é, segundo explica Bustos (1994: 67), o feito de que varias
metáforas se poidan agrupar nun alto nivel de abstracción en familias, ou temas (unha
serie de nocións abstractas elaboradas a partir de entidades concretas), de xeito que as
diferentes expresións metafóricas poidan ser consideradas como variacións dun mesmo
tema metafórico. As principais achegas deste enfoque interactivo que ofrece Black (1966
[1962]: 53-54) sintetízanse nas seguintes asercións:
O enunciado metafórico ten dous asuntos distintos: un principal e o outro
subsidiario.
A mellor maneira de considerar estes asuntos é como un ‘sistema de cousas’ e
non como ‘cousas’.
A metáfora funciona aplicándolle ó asunto principal un sistema de ‘implicacións
acompañantes’ característico do subsidiario.
A metáfora selecciona, acentúa, suprime e organiza os trazos característicos do
asunto principal ó implicar enunciados sobre el que normalmente se aplican ó
asunto subsidiario13.
11 A versión que nós consultamos foi Modelos y metáforas (1966). 12 Este concepto retomarano, como veremos máis adiante, os lingüistas cognitivos na década dos 80 a través
do nome de sistematicidade metafórica (Lakoff e Johnson, 1980: 7). 13 Como veremos máis adiante, os autores cognitivistas retomarán esta premisa dándolle o nome de
focalización (Lakoff e Johnson,1980: 10).
13
En 1967, Marcus B. Hester, no seu libro The Meaning of Poetic Metaphor14, destaca que
o trazo fundamental da linguaxe poética é a fusión do sentido (entendido como
significado) cunha infinidade de imaxes evocadas no recordo das persoas (Ricoeur, 1980
[1975]: 285). Tal e como afirma Ricoeur (1980 [1975]: 310-311) «para hablar como M.
Hester, el ver metafórico es un “ver como” (seeing as)». Resulta interesante a perspectiva
de Hester no que se refire a esas «imaxes evocadas no recordo das persoas», pois encaixa
adecuadamente na liña cognitivista que veremos máis adiante, na que se nos explicará
como os seres humanos tentamos buscar na nosa mente un modelo ou unha imaxe que lle
dea sentido a aquilo que observamos por vez primeira. De maneira que esas imaxes
mentais do ser humano poderían ser os recordos ós que se refire Hester.
Polo que respecta ó que se coñecerá anos máis tarde como teoría cognitiva da metáfora,
Geck (2003: 57) sinala, apoiándose en autores como Jäkel (1997)15 e Liebert (1992)16,
que os traballos que realizou Harald Weinrich17 arredor dos anos 60 sobre a metáfora
gardan moitas similitudes cos estudos que realizarían en 1980 Lakoff e Johnson. Jäkel
(1997) e Liebert (1992) (apud Geck, 2003) viron en Weinrich un precursor europeo da
teoría cognitiva da metáfora nos seus traballos sobre aspectos do eido semántico
publicados entre os anos 1958 e 1976. Entre os puntos principais que sinala Geck (2003:
57) correspondentes ós estudos de Weinrich destacan:
A caracterización da metáfora como fenómeno lingüístico corrente e non como
un adorno poético.
O baseamento da metáfora nas relacións de pensamento subxectivas que realiza o
ser humano ó establecer unha analoxía correspondente entre o campo doante da
14 Hester apoia o seu estudo sobre a metáfora nas análises feitas pola crítica literaria anglosaxoa que se
aplicaban máis á linguaxe poética en xeral cá metáfora en particular. O autor resalta tres aspectos
fundamentais destas análises: a linguaxe poética fusiónase entre «o sentido e os sentidos»; a dualidade de
sentidos que se dá na linguaxe poética produce un ente pechado en si mesmo que o distingue da linguaxe
ordinaria, máis referencial; a linguaxe poética artella unha experiencia que se caracteriza por ser ficticia,
grazas a este peche en si mesma (Ricoeur, 1980 [1975]: 283-285). 15Jäkel, O. (1997): Metaphern in abstrakten Diskurs-Domänen: Eine kognitiv-linguistische Untersuchung
anhand der Bereiche Geistestätigkeit, Wirtschaft und Wissenschaft und Kulturwissenschaft. Frankfurt am
Main: Peter Lang. 16 Liebert, W.A. (1992): Metaphernbereiche der deutschen Alltagssprache. Kognitive Linguistik und die
Perspektiven einer Kognitiven Lexikographie. Frankfurt am Main: Peter Lang. 17 Estes autores refírense a obras como:
- Phonologische Studien zur romanischen Sprachgeschichte (1958). Münster Westfalen:
Aschendorffsche Verlagsbuchhandlung.
- Tempus: Besprochene und erzählte Welt (1968), en: L'Homme, t. 8, núm.1, 102-106.
- Lenguaje en textos (1976 [1981]) (trad.Francisco Meno Blanco). Madrid: Gredos.
14
imaxe e o campo receptor da imaxe (o que actualmente coñecemos como dominio
fonte e o dominio meta, respectivamente18).
O tratamento do concepto modelo de pensamento para expresar determinadas
situacións da vida diaria (concepto que anos máis tarde pasará a chamarse modelo
cognitivo).
De xeito xeral, traemos aquí o esquema que Jäkel (1997: 139) (apud Geck, 2003) elaborou
para reproducir as similitudes nas investigacións que realizara Weinrich nos anos 60 e as
de Lakoff e Johnson nos 80. Jäkel contrapón os conceptos empregados polos distintos
autores do seguinte xeito:
Weinrich Lakoff e Johnson
campo de imaxes metáfora conceptual
metáfora expresión metafórica
modelo de pensamento modelo cognitivo
campo doante da imaxe dominio orixe
campo receptor da imaxe dominio meta
Para rematar, tanto Geck (2003) como Jäkel (1997) coinciden, á vista dos resultados
obtidos nas súas investigacións, na confirmación de que foi Weinrich o precursor das
bases centrais da teoría cognitiva da metáfora. Resaltan, tamén, a falta de conciencia
histórica americana, sen pretender minguar, afirma Geck (2003: 61), o mérito da
formulación de Lakoff e Johnson, só, como moito, a orixinalidade da súa tese
fundamental.
Como se pode apreciar, a concepción da metáfora mudou considerablemente co paso do
tempo, pasou de ser simplemente o nome dun recurso poético que embelecía os textos a
ser concibida como algo moito máis complexo: unha maneira de conceptualizar a
realidade diaria das persoas. Ademais Chamizo Domínguez (1998) afirma que é moi
ilustrativo disto último o feito de que a metáfora se estudase tradicionalmente en libros
18 O dominio fonte (ou dominio orixe) é a imaxe palpable que serve de base para a construción dunha
expresión figurada, mentres que o dominio meta (dominio destino) representa o significado figurado que
se quere exteriorizar (vid. Kövecses, 2000). Desenvolveremos estes dous conceptos polo miúdo no
apartado 2.1.2.2.4, dedicado á teoría conceptual da metáfora.
15
que adoitaban levar títulos do tipo Tratado dos tropos, Retórica, As figuras do discurso
ou Filosofía da retórica; mentres que nos títulos das publicacións que viron a luz a partir
dos anos 70 encontramos palabras relacionadas con conceptos como ‘significado’,
‘coñecemento’ ou ‘vida’: La métaphore vive (1975); Metaphors We Live By (1980); A
Cognitive Theory of Metaphor (1985); Metaphor: Its Cognitive Force and Linguistic
Structure (1987); Metaphor and Thought (1993), ou «What Metaphors Mean» (2001).
Algúns destes títulos insírense no marco da lingüística cognitiva, que se desenvolveu a
partir dos anos 80. Nela, como veremos a seguir, comézase a estudar a linguaxe
metafórica como un recurso de creación de redes e esquemas conceptuais, unhas redes e
esquemas que permiten conceptualizar determinadas realidades mediante expresións que
literalmente se empregan para referirse a outras realidades distintas. Segundo explica
Chamizo Domínguez (1998) esta será a achega fundamental ó estudo da metáfora de
autores como Lakoff e Johnson (1980), entre outros.
2.1.2 A lingüística cognitiva e a linguaxe figurada
No apartado que segue, centrarémonos nos estudos que se levaron a cabo ó redor da
linguaxe figurada a partir de 1980, momento en que comeza a desenvolverse a lingüística
cognitiva. Falaremos das súas orixes e das principais liñas de investigación desta
disciplina teórica. Por último, repasaremos algúns conceptos que consideramos clave da
lingüística cognitiva e que teñen que ver coa estruturación de ideas na mente humana
mediante a relación entre conceptos. Faremos este repaso a través da visión de varios
estudosos da materia (Schank e Abelson, 1977; Lakoff e Johnson, 1980; Johnson-Laird,
1980; Talmy, 1983; Fillmore, 1985; Lakoff, 1990 [1987]; Johnson, 1987; Langacker,
1987; Fauconnier, 1994; Cifuentes, 1994; Cuenca e Hilferty, 1999; Geck, 2003;
Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela, 2012, entre outros). Cremos que esta revisión axudará
a comprender as complexas operacións mentais que realizamos na creación de expresións
figuradas.
2.1.2.1 Definición e orixes da lingüística cognitiva
Referímonos á lingüística cognitiva como unha corrente teórica que estuda as relacións
existentes entre o pensamento e a linguaxe dende un punto de vista experiencialista, isto
é, a experiencia corpórea das persoas garda unha relación directa co seu pensamento
conceptual (Cuenca e Hilferty, 1999: 14-15). Así, esta teoría defende que a linguaxe é
16
parte dun sistema cognitivo que comprende a percepción, as emocións, a categorización
da realidade, os procesos de abstracción e o razoamento.
Este método de estudo da linguaxe deu os seus primeiros pasos a finais do século XX
(máis concretamente a mediados da década dos 70) cando un grupo de estudosos comezou
a cuestionar a teoría da linguaxe que Noam Chomsky desenvolvera anos atrás. Chomsky,
á súa vez, cuestionara tamén, en 1959, a corrente condutista a través dunha crítica ó libro
de Skinner Verbal Behavior (1957). O condutismo, que tiña como máximos
representantes a Burrhus Frederic Skinner e a John Broadus Watson, explicaba o
comportamento humano, incluído o lingüístico, a través de asociacións de estímulo-
resposta, sen recorrer ós construtos mentais humanos (Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela,
2012: 13-14). A crítica de Chomsky ó libro de Skinner introduciu o chamado
«mentalismo» no panorama das ciencias cognitivas:
La teoría de Chomsky sobre el lenguaje asumía que la facultad lingüística humana es de
naturaleza fundamentalmente sintáctica. Para Chomsky la esencia del lenguaje consiste
en la capacidad humana de combinar una serie de elementos finitos, las palabras, de
manera tal que se puedan expresar una infinidad de mensajes lingüísticos. ¿Como es
posible que podamos hacer esto? Debido a que conocemos las maneras en que las
palabras pueden ser combinadas.
Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela (2012: 14)
Deste xeito, para Chomsky, o obxectivo de estudo dos lingüistas debía ser o conxunto de
regras de natureza mental que establecen como combinar as palabras da linguaxe humana.
Tales regras podían chegar a ser algo complexas (Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela, 2012:
14), pero algunhas delas eran innatas para o ser humano. Chomsky defende que o ser
humano nace dotado dun conxunto de informacións previas que lle son innatas (ó que
chama a gramática universal) e que lle permiten aprender distintas linguas do mundo;
ademais, explica que todos estamos dotados dun módulo cerebral autónomo que se
encarga de procesar a información lingüística. Mais todos estes aspectos que estuda a
gramática xenerativa non son suficientes a ollos dos estudosos que entran en escena a
mediados dos 70, xa que, para eles, a gramática xenerativa esquecía a perspectiva
semántica na súa explicación da linguaxe. Ademais, un dos problemas fundamentais que
apreciaban os cognitivistas nos estudos de Chomsky era o papel secundario que este lle
asignaba á interacción do ser humano co ambiente así como á imaxinación, que, de acordo
cos cognitivistas, xoga un importante papel na razón humana (Nubiola, 2000: 82).
17
A lingüística cognitiva, da man de autores como George Lakoff, Ronald Langacker,
Charles Fillmore e Leonard Talmy, entre outros, apareceu, xa que logo, como un
paradigma lingüístico alternativo á lingüística xenerativa, aínda que comezase o seu
camiño dentro da corrente xenerativista, máis concretamente no que se dera en chamar,
nun primeiro momento, «semántica xenerativa». A semántica xenerativa, segundo sinalan
Cuenca e Hilferty (1999:19-20), foi unha «rama heterodoxa do xenerativismo
chomskyano», que apareceu como unha posible interpretación da gramática que
Chomsky deseñou no libro Aspects of the Theory of Syntax (1965). Lembremos que neste
libro se aprecia un xiro cognitivo, fronte ó condutismo imperante, no momento en que
Chomsky vincula a mente do falante cos procesos gramaticais; de maneira que a
gramática ten que existir na mente dos seres humanos.
Estes estudosos víronse atraídos polo aspecto cognitivo do xenerativismo e as súas
propostas iniciais ían encamiñadas á reformulación do concepto de estrutura profunda19
para dotala dunha base semántica e, deste xeito, acomodala mellor ás diferenzas entre as
linguas do mundo. Os estudosos da semántica xenerativa propuñan unha visión da
linguaxe que non se adecuaba ás bases da gramática xenerativa, posto que cuestionaba a
centralidade e a autonomía da sintaxe. Finalmente, a semántica xenerativa non triunfou,
cando menos non con este nome, pero si serviu para sentar as bases do que hoxe se coñece
como lingüística cognitiva. Deste xeito, a lingüística cognitiva pode entenderse como
unha teoría alternativa ó xenerativismo chomskyano, aínda que, tal e como explican
Cuenca e Hilferty (1999: 21-22), esta última lle foi dando, co tempo, maior importancia
a aspectos do significado e tendeu a incorporar no seu obxecto de estudo fenómenos
relacionados coa variación e coa tipoloxía lingüística:
La oposición ―real, consciente e insistentemente destacada, quizás incluso
magnificada― entre el cognitivismo y el generativismo, probablemente no es más que el
resultado de dos miradas diferentes, de dos puntos de partida distintos, que nos ofrecen
dos cuadros distintos ―uno figurado y el otro abstracto― de esa realidad tan compleja,
próxima y al tiempo inalcanzable que es la capacidad humana del lenguaje.
Cuenca e Hilferty, 1999: 22
19 Chamada por Chomsky (1971: 224) estrutura latente (ou subxacente), determina a interpretación
semántica de cada oración. Por outra parte, a estrutura patente (ou superficial) sería, para Chomsky, a
que determinaría a forma fonética.
18
A aparición da lingüística cognitiva trouxo consigo liñas de estudo dedicadas á
comprensión da natureza das operacións mentais que realiza o ser humano, relacionadas
co razoamento, a memoria, a organización do coñecemento e o procesamento e a
produción lingüística (Mendoza Ibañez, 2001: en liña). Fauconnier (1999), nun texto que
semella ser un manifesto introdutorio á lingüística cognitiva, aclara que esta nova corrente
xa non ten en conta as propiedades internas da lingua, como ocorría coa gramática
xenerativa, senón que constitúe en si mesma un medio de revelación e explicación dos
aspectos xerais da cognición humana. Gaña importancia o contexto no que se sitúa a
linguaxe por riba da linguaxe mesma:
Language is only the tip of a spectacular cognitive iceberg, and when we engage in any
language activity, be it mundane or artistically creative, we draw unconsciously on vast
cognitive resources, call up innumerable models and frames, set up multiple connections,
coordinate large arrays of information, and engage in creative mappings, transfers, and
elaborations.
Fauconnier, 1999: en liña
Gibbs (1996: 49) explica que a adhesión do adxectivo cognitiva é necesario para entender
o funcionamento desta disciplina, posto que se caracteriza por incorporar datos doutras
disciplinas cognitivas e por buscar correspondencias entre o pensamento conceptual, a
experiencia corpórea e a estrutura lingüística, á vez que tenta descubrir os contidos reais
da cognición humana.
No marco desta teoría téñense estudado aspectos relacionados coa adquisición da
linguaxe, mais tamén outros que se refiren á explicación dos procesos mentais que leva a
cabo a mente humana na comprensión da realidade, tales como a categorización
conceptual (a conceptualización da realidade) á que se refire Gibbs e os tipos de relacións
que existen entre o coñecemento especificamente lingüístico e o coñecemento do mundo
(a realidade palpable para o ser humano). Podemos entender, xa que logo, que «para la
lingüística cognitiva el lenguaje es un instrumento de conceptualización, es decir, un
instrumento para expresar el significado, que, a su vez, se sirve de mecanismos generales
de la cognición» (Cuenca e Hilferty, 1999: 179). Un dos postulados máis importantes da
lingüística cognitiva e, segundo explican Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela (2012), o que
lle dá o seu nome, é a premisa de que a linguaxe é unha capacidade integrada na cognición
xeral:
19
Si se parte de la base de que la capacidad lingüística no se puede entender de manera
autónoma e independiente, se hace entonces necesario explorar las relaciones entre el
lenguaje y otras facultades cognitivas como la percepción, la memoria o la
categorización, en busca de mecanismos cuyo funcionamiento pueda aportar
explicaciones y soluciones al problema del cómo funciona realmente el lenguaje.
Ibarretxe-Antuñano e Valenzuela, 2012: 16-17
2.1.2.2 Algunhas ideas clave na lingüística cognitiva
Na lingüística cognitiva conflúen, segundo explican Cuenca e Hilferty (1999: 22-23),
diferentes liñas de investigación organizadas nunha «estrutura radial», isto é, un espazo
de integración de diferentes enfoques cun certo grao de cruzamento entre eles ou «unha
suma de teorías que tratan distintos aspectos da linguaxe» (Ibarretxe-Antuñano e
Valenzuela, 2012: 24). Estes diferentes enfoques son pequenas teorías dentro dunha teoría
maior, como é a cognitiva.
Neste apartado revisaremos os principios xerais que constitúen a base da lingüística
cognitiva, nos que nos imos basear posteriormente para argumentar o noso traballo.
2.1.2.2.1 A categorización conceptual e a teoría dos prototipos
Segundo a lingüística cognitiva o ser humano realiza un proceso cognitivo de
catalogación da realidade para poder comprendela, para entendela mellor. A este proceso
de operacións cognitivas complexas dáselle o nome de categorización:
La categorización es un mecanismo de organización de la información obtenida a partir
de la aprehensión de la realidad que es, en sí misma, variada y multiforme. La
categorización nos permite simplificar la infinitud de lo real a partir de dos
procedimientos elementales de signo contrario o, mejor dicho, complementario: la
generalización o abstracción y la discriminación.
Cuenca e Hilferty, 1999: 32
Segundo explican estes autores, o resultado deste proceso de clasificación da realidade
son as categorías cognitivas (ou conceptuais): «conceptos mentais que se almacenan no
noso cerebro» (1999: 32). Inchaurralde e Vázquez (2000: 14) explican que estes
conceptos mentais pertencen a un conxunto como totalidade e ilustran o proceso de
categorización cos tipos de música:
20
Las categorías conceptuales son conceptos de un conjunto como totalidad. Siempre que
percibimos algo, automáticamente tendemos a categorizarlo. Por ejemplo, cuando oímos
una pieza musical, automáticamente la categorizamos como rock o como música clásica,
o como algo más. Así, el mundo no es algún tipo de realidad objetiva, sino que está
siempre conformado por nuestra actividad de categorización, es decir, por nuestra
percepción, por nuestro conocimiento, por nuestra actitud humana; en definitiva, por
nuestra experiencia humana.
Inchaurralde e Vázquez, 2000: 14
Moitos estudosos da lingüística cognitiva sitúan a obra de Lakoff Women, Fire and
Dangerous Things (1987) como un dos libros fundamentais, mesmo fundacionais, deste
eido da lingüística (Cuenca e Hilferty, 1999: 26). O autor presenta o libro como un intento
de probar que o pensamento humano se organiza e estrutura en categorías. Sitúa o seu
discurso baixo o punto de vista experiencialista da razón humana e contrapono a aquel
máis tradicional, o obxectivista. Nesta obra, Lakoff móvese baixo a idea de que a mente
é máis que un simple espello da natureza, máis que unha máquina procesadora de
símbolos, pois o ser humano ten a capacidade de comprender e de pensar de xeito figurado
e de establecer categorías que o axuden a identificar mellor os conceptos abstractos do
mundo. Para levar a cabo a súa explicación sobre a importancia que ten a categorización
na mente humana, toma como exemplo a categorización lingüística dos conceptos e
entidades do mundo que fai a lingua dyirbal (lingua indíxena australiana), baseándose
nun traballo que realizara anos antes Dixon (1982) . Na lingua dyirbal os substantivos van
precedidos por outros elementos que funcionan como clasificadores da entidade que
definen. Eses elementos varían dependendo de se a palabra fai referencia ós homes ou á
maioría dos animais (bayi); ás mulleres, ó lume, á auga e a outros animais perigosos
(balan) ; ás plantas (balam); ou ó resto de entidades como pedras, partes do corpo, ruídos
etc. (bala). Partindo desta base, Lakoff explica que a maioría de categorizacións que fai
o ser humano son automáticas e inconscientes e que, ó movernos polo mundo,
categorizamos automaticamente xente, animais e obxectos físicos tanto naturais coma
artificiais (1990: 6). Ademais, puntualiza que o ser humano non só categoriza cousas, é
dicir, elementos físicos, senón que unha grande parte das categorizacións que fai teñen
que ver con entidades abstractas, isto é, non corporais:
We categorize events, actions, emotions, spatial relationships, social relationships, and
abstract entities of an enormous range: governments, illnesses, and entities in both
21
scientific and folk theories, like electrons and colds. Any adequate account of human
thought must provide an accurate theory for all our categories, both concrete and abstract.
Lakoff, 1990 [1987]: 6
Ludwig Wittgenstein (1953) foi un dos primeiros autores que apuntou que as categorías
que crea o ser humano se sitúan no plano cognitivo. O autor reparou en que, nestas
categorías, uns elementos son máis centrais ca outros (polo que son heteroxéneas) e que
se establece unha relación entre elementos dunha mesma categoría a través do que chama
«semellanzas de familia». Trátase dunha rede de semellanzas entre entidades que se
entrelazan e que nos permiten identificar un obxecto ou ser dentro dunha categoría sen
ter que coñecer todas as súas características (1953: 32).
Anos máis tarde, a psicóloga Eleanor Rosch (1978) elabora a teoría dos prototipos, sobre
a que se apoia, como veremos, a semántica cognitiva. Esta teoría ofrece un modelo de
categorización da realidade estruturado en membros prototípicos e membros periféricos,
dentro de cada categoría conceptual. Rosch argumenta que as categorías conceptuais
están estruturadas ó redor dos mellores exemplos, os prototipos das categorías, e que
outros elementos son asimilados a unha categoría determinada de acordo cos trazos que
os asemellan ó prototipo desa categoría (Cruse, 2000: 132). Rosch (1978: 27-48) define
o prototipo como ‘aquel exemplar que mellor se recoñece dunha categoría concreta, o
elemento máis representativo e distintivo da mesma’. O prototipo, segundo explica a
autora, sería aquel elemento que comparte máis características co resto de membros da
categoría cognitiva.
Kleiber (1994: 48-51) explica que, a raíz das críticas xurdidas no marco da lingüística
cognitiva, se axusta a definición de prototipo para pasar a definirse como ‘aquel exemplar
idóneo que se asocia máis frecuentemente cunha categoría’, isto é, ‘aquel exemplar que
os falantes adoitan empregar nun numero de veces maior’. Ademais, Rosch estableceu
dúas dimensións da categorización humana: a vertical e a horizontal. A primeira baséase
no grao de especificidade ou xeneralidade con que se organizan os membros dunha
categoría: nivel superordinado (animal), nivel básico (can) e nivel subordinado (can de
palleiro). Rosch e o seu equipo descobren que o nivel máis importante para a cognición
humana é o nivel básico, posto que recolle un óptimo nivel de discriminación e de
xeneralización, o que provoca un máximo contido informativo. Polo que se refire á
dimensión horizontal, esta baséase no feito de que as estruturas de coñecemento que
22
presenta o ser humano están relacionadas entre si, posto que se pensamos nun elemento
como a á dunha ave o que gardará unha maior relación conceptual con ela serán as plumas
e non a pel do animal, pero non todas as aves teñen ás (pensemos no pingüino), polo que
os seres humanos adoitamos escoller como membros centrais da categoría cognitiva ave
aqueles que teñen plumas, como por exemplo un paxaro (Ibarretxe-Antuñano et al., 2012:
52-57). Este mesmo tipo de correlacións aplícanse á organización das categorías baseadas
nun prototipo. As «semellanzas de familia» que detectara anos antes Wittgenstein (1953)
son as que determinan cal será o membro prototípico dunha categoría cognitiva, pois será
o que máis semellanzas presente con cada un dos membros dunha mesma categoría. Deste
xeito, dentro dunha mesma categoría cognitiva, un membro A pode compartir un trazo
cun membro C, pero non necesariamente cun membro B (Rosch e Mervis, 1975: 575).
Segundo explica Kosslyn (1978: 253), os prototipos dunha categoría adoitan
representarse a través de imaxes prototípicas e exemplifica esta afirmación mediante o
caso do «can prototípico» no que pensa o ser humano nun primeiro momento. Sinala que
este can adoita ser imaxinado como negro, de tamaño medio e de pelo curto. Os demais
cans serían catalogados, xa que logo como membros periféricos dentro da categoría
cognitiva can que comparten entre si trazos semellantes, semellanzas de familia.
As categorías non teñen uns límites definidos senón que estes adoitan ser difusos, polo
que o paso dunha categoría a outra é gradual e son estes membros periféricos os que
marcan os límites onde se comeza a esvaecer unha categoría e onde empezan a apreciarse
trazos que identifican os membros doutra categoría cognitiva.
Para a lingüística cognitiva o ser humano establece estas categorías conceptuais
baseándose na súa experiencia directa coa realidade, de maneira que diferentes
experiencias poden crear diferentes categorías nunha mesma realidade. Cada sociedade
establecerá o membro prototípico dunha categoría, e os seus membros periféricos, de
acordo coa súa experiencia coa súa realidade inmediata.
2.1.2.2.2 Coñecemento lingüístico e coñecemento enciclopédico
A semántica cognitiva estuda o significado dende un punto de vista interno, posto que
entende que os significados son «creados» por un suxeito conceptualizador e, xa que logo,
están na súa mente. Este suxeito conceptualizador establece, como acabamos de ver,
categorías e fai distincións entre os membros máis relevantes de cada unha delas
(Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 43). Deste xeito, para a semántica cognitiva o
23
significado é o resultado dun proceso mental e os significados das expresións lingüísticas
correspóndense coas representacións mentais que realizan os suxeitos a partir, en boa
medida, da súa experiencia corporal.
Ibarretxe-Antuñano et al. (2012: 48) destacan que, para poder chegar a entender que é o
significado na semántica cognitiva é preciso distinguir entre coñecemento lingüístico e
coñecemento enciclopédico, que dan lugar, respectivamente, ó significado lingüístico e ó
significado enciclopédico. Os autores explican que ata a chegada dos estudos da
semántica cognitiva se asumía que esta división do significado era necesaria para
caracterizar o significado dunha expresión:
En esta versión tradicional, toda expresión tiene una parte que es su parte central y que
los hablantes almacenan en su «lexicón mental»; en este lexicón, cada palabra tiene
asociada una determinada definición, que basta para caracterizarla y para distinguirla del
resto de opciones léxicas. El resto de información adicional que tengamos sobre esa
determinada palabra o concepto no forma parte de esa definición de tipo más lingüístico
y por lo tanto, pertenece a lo que se puede denominar «conocimiento extra-lingüístico» o
«conocimiento del mundo». La semántica se debe ocupar de este conocimiento nuclear
de cada palabra, mientras que otro tipo de conocimiento adicional que pueda ser evocado
por el uso concreto y contextual de una palabra pertenece al terreno de la pragmática. El
significado lingüístico de una palabra es así distinto de otros tipos de significados
potencialmente asociados a la misma, como significados contextuales, culturales o
sociales.
Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 48-49
Mais a semántica cognitiva rexeita totalmente esta distinción entre significados, posto
que defende que non é posible establecer unha diferenciación exacta entre semántica e
pragmática, dado que os límites son moi difusos. Para os cognitivistas, cada vez que unha
persoa emprega unha palabra ou unha expresión é necesario recorrer ó coñecemento do
mundo dunha maneira ampla e maleable e non sempre é necesario coñecer todo o
significado lingüístico dun concepto para podelo utilizar. Un exemplo que demostra que
non sempre necesitamos a información do significado lingüístico para poder usar un
concepto é o caso de can, que presenta o significado lingüístico de ‘mamífero carnívoro
doméstico da familia dos cánidos, do que existen múltiples razas de características
diversas e que, pola súa intelixencia e lealdade, é utilizado polo home na caza, para gardar
rabaños, casas ou outras propiedades, así como para moitas outras funcións’ (DRAG,
24
2012: s. v. can), un significado que non necesitamos para saber qué é un can, para utilizar
esta palabra e para entender un enunciado en que se empregue esa palabra.
Deste xeito, a semántica cognitiva defende que podemos comprender un enunciado como
este sen necesidade de coñecer todo o referente a cada un dos coñecementos lingüísticos
que o integran (Ibarretxe-Antuñano et al., 2012: 50). Para a lingüística cognitiva o
coñecemento do mundo estrutúrase, como veremos a continuación, en modelos
cognitivos.
2.1.2.2.3 Corporeización e modelos cognitivos
Johnson (1987) aborda, na súa obra The Body in the Mind, o concepto da corporeización
do significado (embodiment). O autor presenta a hipótese da corporeización coa intención
de resaltar a importancia do corpo humano en relación cos procesos mentais e racionais.
Deste xeito, a interacción corporal que o ser humano ten coa súa contorna é o que provoca
que este cree esquemas e principios cognitivos que serán os que despois formarán parte
do seu sistema mental ou conceptual (Muñoz Tobar, 2010: 94). Estes esquemas de imaxe
ou esquemas corporeizados (embodied schemata) supoñen para Johnson (1987: 19 e 28)
o punto de partida para que o ser humano chegue a comprender a súa experiencia, xa que,
grazas a eles, as persoas crean unha estrutura esquemática comprensible para representar
esa experiencia. Trátase de patróns que se repiten na nosa experiencia sensorial e motora
(Turner, 1996: 17-18). Estes esquemas están corporeizados porque xorden da nosa
experiencia corporal (das nosas interaccións corporais cos elementos cos que
convivimos), pero poden ser empregados tamén para a comprensión de realidades
abstractas a través de proxeccións metafóricas ou figurativas (Johnson, 1987: 65-100). O
esquema de imaxe é, xa que logo, un patrón abstracto da nosa experiencia porque retén
na súa estrutura o máis característico das experiencias particulares vividas polas persoas
(Muñoz Tobar, 2010: 97). Un dos exemplos de esquema de imaxe proposto por Johnson
é o «esquema do camiño» (Johnson, 1987: 114-115) que se estrutura nos tres puntos
básicos que pode presentar un percorrido: orixe, percorrido e chegada/meta. Así, unha
metáfora conceptual20 do tipo PURPOSES ARE PHYSICAL GOALS (OS PROPÓSITOS SON METAS
FÍSICAS) (1987: 117) réxese por este esquema, de maneira que existe un punto de partida
20 Pode verse ó respecto o apartado 2.1.2.2.4 en que analizamos máis detalladamente a teoría conceptual da
metáfora.
25
(o propósito en si), un percorrido (as accións que se realizan para chegar a ese propósito)
e unha meta (a consecución do propósito inicial).
Para Lakoff (1990 [1987]: 68) estes esquemas serían un dos tipos do que el denomina
modelos cognitivos idealizados (Idealized Cognitive Models [ICMs]): «(…) we organize
our knowledge by means of structures called idealized cognitive models, or ICMs, and
(…) category structures and prototype effects are by-products of that organization». Deste
xeito, a función principal dun modelo cognitivo idealizado é a de organizar o noso
coñecemento do mundo. O autor explica que é unha estrutura cognitiva que representa a
realidade dende unha perspectiva concreta, trátase do resultado dun proceso de
idealización da realidade que vivimos (1990 [1987]: 68).
Outros autores, que tamén afondaron nesta cuestión, danlle o nome de dominios
cognitivos (Langacker, 1987), marcos (Fillmore, 1985), esquemas (Talmy, 1983),
escenarios (Schank e Abelson, 1977), modelos mentais (Johnson-Laird, 1980) e espazos
mentais (Fauconnier, 1994). Sexa cal sexa a interpretación exacta que se lles dea, o
denominador común de todos estes termos, tal e como o explica Cifuentes (1994: 42), é
que designan un tipo de coñecemento base (ou mesmo un complexo conceptual) cunha
estrutura interna ben organizada, que serve para caracterizar unha noción ou concepto de
algo. Estes marcos, espazos, dominios etc., serven, basicamente, para representar o noso
coñecemento do mundo dun xeito sinxelo, pois os conceptos sitúanse agrupados ó redor
dunha idea clave, que pode estar relacionada co tempo, a actividade intelectual, a linguaxe
etc. Dise que estes modelos están idealizados por constituíren estruturas tipo, isto é,
abstraccións que xorden da experiencia humana (Geck, 2003: 25).
Segundo afirma Geck (2003: 25-32) estes modelos conceptuais estrutúranse en cinco
tipos básicos: os modelos proposicionais, os modelos que seguen esquemas de imaxes, os
modelos metonímicos, as proxeccións metafóricas e os modelos simbólicos. Deste xeito
o ser humano xulgará a súa experiencia segundo o grao de axuste a un destes modelos
cognitivos idealizados. Seguindo a clasificación que fai Geck, ofreceremos unha breve
descrición de cada un deles:
Os modelos proposicionais: especifican elementos, as súas propiedades e as
relacións existentes entre eles. Un dos exemplos que fornece Geck para este caso
é o do LUME que, como di (2003: 26), «comprendería su PELIGROSIDAD y otros
aspectos» como podería ser, por exemplo, a CALOR.
26
Os modelos de esquemas de imaxes: especifican imaxes esquemáticas que se
relacionan directamente co noso mundo físico, poden ser traxectorias, perfís,
contedores etc. Peña Cervel (2012: 70), seguindo unha definición fornecida por
Johnson (1987: 13), explica estes esquemas como «un patrón dinámico recurrente
de nuestras interacciones perceptuales y nuestros patrones motores que
proporciona una estrutura coherente y significativa a nuestra experiencia física a
un nivel preconceptual». Explica, ademais, que estes modelos cognitivos poden
fornecer o dominio fonte dalgunhas metáforas, como xa sinalamos. Un novo
exemplo disto podemos atopalo nas metáforas orientacionais propostas por
Lakoff e Johnson: «HAPPY IS UP; SAD IS DOWN (FELIZ É ARRIBA; TRISTE É
ABAIXO)> I’m feeling up; He's really low these days» (síntome arriba; el está moi
baixo estes días) (1980: 15).
Os modelos metonímicos: estes modelos representan un dominio por unha parte
dese mesmo dominio. Trátase dun modelo que posúe unha estrutura PARTE-TODO
sobre a que se dá unha proxección de forma que a PARTE substitúe ó TODO. Geck
(2003: 286) propón varias metonimias que encaixan noutras principais, por
exemplo: «LOS SÍNTOMAS FÍSICOS DE UNA EMOCIÓN POR LA EMOCIÓN» como
principio metonímico baixo o que se crean as seguintes metonimias: «SENTIR
VERGÜENZA ES BAJAR LA CABEZA > no tener cara para bajar la vista / SENTIR
VERGÜENZA ES EVITAR EL CONTACTO VISUAL > caerse la cara de vergüenza etc.»
(2003: 287).
Os modelos metafóricos: trátase de proxeccións, que Lakoff e Johnson (1980)
chaman mappings, dun modelo de esquema de imaxes ou proposicional propio
dun dominio sobre a estrutura doutro dominio distinto. Geck (2003: 30) define
este modelo cognitivo metafórico como o conxunto de metáforas coas que
conceptualizamos un determinado dominio ou área do saber e dá exemplos como
o modelo metafórico do CONDUTO (proposto por Michael J. Reddy) no caso da
comunicación, de xeito que entendemos a comunicación como unha actividade
que consiste en meter as nosas ideas dentro das palabras, para entregarllas
posteriormente ó noso interlocutor, que as abre e lles extrae o contido, isto é, as
ideas que introduciramos previamente nelas. Estes modelos derívanse, engaden
Ungerer e Hans-Jörg (1996), da interacción que se dá entre as clases xerais de
obxectos ou seres vivos en que dividimos o mundo cando nos fixamos nel e as
categorías abstractas coas que conceptualizamos a nosa experiencia. Os autores
27
afirman que estas clases xerais funcionan como modelos de orixe, deste xeito o
ser humano pode entender as categorías abstractas en termos de categorías máis
concretas. Mellado Blanco (2013: 41) explica que mediante a análise dos
modelos metafóricos pódese ver como se estrutura e funciona o lexicón mental
das persoas.
Os modelos simbólicos: foron introducidos tardiamente na clasificación inicial
dos modelos que propuxo Lakoff (1987) e defínense como elementos lingüísticos
que se asocian a elementos conceptuais dentro dun modelo cognitivo idealizado
(Geck, 2003: 30). Segundo Geck, os modelos simbólicos aparecen cando os
modelos simplemente conceptuais (e independentes das palabras concretas das
linguas concretas) se relacionan con material lingüístico concreto. Os modelos
simbólicos serían pois modelos cognitivos que se poden detectar na propia
linguaxe. Tal e como exemplifica Geck (2003), seguindo a Lakoff (1987):
La categoría de substantivo comprende «mejores ejemplos» (best examples) o
elementos centrales, que son aquellos que tienen como referente objetos
concretos de nivel básico (personas, lugares, cosas). Estos serían substantivos
prototípicos. Por el contrario, serían elementos radiales de la categoría
«sustantivo» aquellos que designan conceptos abstractos o sustantivos que son
«componentes únicos» de fraseologismos como, por ejemplo, esp. musarañas (en
quedarse mirando las musarañas), fr. fur (en au fur et mesure), al. Fettnäpfchen
(Fettnäpfchen treten).
Geck, 2003:31
2.1.2.2.4 A teoría conceptual da metáfora
Como adiantamos en apartados anteriores, en 1980 Lakoff e Johnson publican Metaphors
We Live By, unha obra fundamental para o estudo da linguaxe figurada; pois a partir da
súa publicación a metáfora comeza a ocupar un lugar central na lingüística cognitiva e,
con isto, na ciencia cognitiva xeral (Geck, 2003: 33). Os autores sosteñen neste libro que
os procesos do pensamento humano son maioritariamente metafóricos e que a metáfora
proporciona coherencia a unha gama de experiencias a través da correlación que existe
entre dous dominios: un normalmente de carácter concreto e outro abstracto (1980: 147).
Lakoff e Johnson deixan claro en Metaphors We Live By que, dado que as categorías do
noso pensamento son en grande medida metafóricas e o noso razoamento cotián leva
consigo implicacións e deducións metafóricas, a racionalidade ordinaria é basicamente
28
imaxinativa pola súa propia natureza (Nubiola, 2000: 81). Deste xeito, os seres humanos
poden comprender mellor determinados conceptos a través dunha «ecuación metafórica»:
«the essence of metaphor is understanding and experiencing one kind of thing in terms of
another» (Lakoff e Johnson,1980: 5).
Con base nestas afirmacións, Lakoff e Johnson (1980), e máis tarde Lakoff e Turner
(1989), desenvolven a teoría conceptual da metáfora,. Esta teoría describe a metáfora
como un fenómeno de pensamento segundo o cal un dominio se presenta
conceptualmente en termos doutro (Lakoff, 1993:202), polo que se reforza a idea de que
as construcións metafóricas non son simplemente figuras literarias senón que tamén son
válidas para procesar a información abstracta mediante conceptos máis concretos e
sinxelos (Cuenca e Hilferty, 1999: 24).
Lakoff e Johnson presentan a metáfora, en Metaphors We Live By, como algo totalmente
novo, que, segundo afirman autores como Nubiola (2000), non volverá a ser o mesmo
dende o momento da publicación do seu libro:
(...) el foco y resultado principal de su investigación viene a ser que “metáfora” es el
nombre que damos a nuestra capacidad de usar los mecanismos motores y perceptivos
corporales como base para construcciones inferenciales abstractas, de forma que la
metáfora es la estructura cognitiva esencial para nuestra comprensión de la realidad. El
lenguaje metafórico sería entonces una consecuencia, un reflejo, de la capacidad de
pensar metaforicamente, que es nuestra manera más común de pensar.
Nubiola, 2000: 83
A teoría da metáfora postula a existencia dunha serie de mecanismos regulares e estables,
que existen na mente do ser humano e que posibilitan a xeración de metáforas conceptuais
(Kekić, 2008: 108), que nacen agrupadas nos modelos ou dominios cognitivos dos que
falabamos anteriormente. O concepto de metáfora conceptual é un elemento clave para a
lingüística cognitiva e defínese como un fenómeno de cognición (de pensamento) no que
unha área semántica ou dominio se presenta conceptualmente en termos doutro. Con
relación a isto, as expresións metafóricas son concibidas na lingüística cognitiva como
manifestacións dunha metáfora conceptual (Lakoff, 1993: 237).
Cando facemos uso dunha metáfora conceptual empregamos o noso coñecemento dun
campo conceptual concreto e que adoita estar próximo á nosa experiencia palpable, para
estruturar outro campo conceptual máis abstracto (Lakoff e Johnson, 1980: 14 e Lakoff,
29
1993: 206). O primeiro dos campos recibe o nome de dominio fonte (ou dominio orixe)
porque é a orixe da estrutura conceptual que importamos da nosa experiencia diaria (unha
realidade ben coñecida por nós), mentres que o segundo campo é o dominio meta ou
dominio destino, porque é o concepto, frecuentemente abstracto, ó que pretendemos
chegar (Kövecses, 2000: 4).
As metáforas conceptuais estrutúranse do seguinte xeito: O DOMINIO META É O DOMINIO
FONTE, de maneira que o verbo ser debe ser entendido como unha abreviatura do
conxunto de experiencias en que se basea a metáfora conceptual e en cuxos termos a
entendemos (Lakoff e Johnson, 1980: 20). Un exemplo podemos velo na metáfora
conceptual que propoñen Lakoff e Johnson ARGUMENT IS WAR (UNHA DISCUSIÓN É UNHA
GUERRA), a través da que se conceptualiza unha discusión en termos dunha guerra.
Segundo os autores, esta metáfora conceptual xera expresións metafóricas como Your
claims are indefensible (as súas afirmacións son indefendibles); He attacked every weak
point in my argument (atacou cada punto débil do meu argumento); I've never won an
argument with him (nunca gañei unha discusión con el) etc.
É importante entender que as metáforas conceptuais se rexen polos principios da
sistematicidade e da unidireccionalidade. Son sistemáticas porque o feito de que
conceptualicemos as discusións como guerras inflúe na forma que adoptan tales
discusións e na maneira en que falamos, é dicir, as expresións metafóricas que
empregamos enlázanse mediante asociacións sistemáticas (un conxunto de proxeccións)
coa metáfora conceptual da que proveñen. Así, ó ser ARGUMENT IS WAR un concepto
metafórico sistemático a linguaxe que usamos para falar arredor dese concepto é tamén
sistemática: attack a position (atacar unha posición), indefensible (indefendible), strategy
(estrategia), new line of attack (nova liña de ataque) etc (Lakoff e Johnson, 1980: 7).
Ademais, as metáforas conceptuais son, tamén, unidireccionais posto que só a estrutura
do dominio fonte se proxecta sobre o dominio meta, pero nunca ó revés. Así, por exemplo,
podemos conceptualizar o tempo como diñeiro mediante a metáfora conceptual que
propoñen os autores TIME IS MONEY (O TEMPO É DIÑEIRO), pero nunca poderiamos
conceptualizar o diñeiro como tempo (*MONEY IS TIME > *O DIÑEIRO É TEMPO).
Outro concepto clave da teoría da metáfora é o de focalización. Segundo explican Lakoff
e Johnson (1980: 10) a mesma sistematicidade que nos permite entender un concepto en
termos doutro (por exemplo entender unha discusión en termos dunha guerra), tamén
oculta outros aspectos do concepto. O feito de permitir que nos enfoquemos nun aspecto
30
concreto dun concepto metafórico (por exemplo aquel que se refire á loita dos que teñen
unha discusión) fai que non focalicemos outros aspectos do concepto que son
inconsistentes con esa metáfora conceptual (por exemplo, os aspectos cooperativos dunha
discusión). Do mesmo xeito, cando conceptualizamos o tempo como diñeiro (O TEMPO É
DIÑEIRO) non resaltamos outros aspectos ou características do tempo, que si son
destacadas noutras conceptualizacións da mesma idea: o TEMPO É UN OBXECTO EN
MOVEMENTO (o tempo voa), O TEMPO É UN RECURSO LIMITADO (non teño tempo para iso),
O TEMPO É UN AXENTE DESTRUTOR (a marca do tempo) e O TEMPO É REVELADOR DA
VERDADE (o tempo dirao) (Lakoff e Johnson, 1980: 8). Xa que logo, este principio de
focalización serve para explicar que distintos dominios fonte poidan desembocar nun
mesmo dominio meta; de xeito que con cada un dos dominios fonte se focaliza un aspecto
particular do dominio meta.
Lakoff e Johnson formulan tres tipos básicos de metáforas conceptuais, todas elas
vinculadas coa experiencia cotiá dos seres humanos:
Metáforas estruturais: son casos en que un concepto dado se estrutura
metaforicamente en termos doutro (Lakoff e Johnson, 1980: 15). Os autores
ofrecen varios exemplos deste tipo de metáfora conceptual, entre eles: LOVE IS A
JOURNEY (O AMOR É UNHA VIAXE), ARGUMENT IS WAR (UNHA DISCUSIÓN É UNHA
GUERRA), TIME IS MONEY (O TEMPO É DIÑEIRO) (1980: 115) etc. Son exemplos de
expresións metafóricas estruturais: mira o lonxe que chegamos xuntos / estamos
nunha encrucillada / esta relación non vai a ningures; sigo defendendo a miña
posición / as súas afirmacións son indefendibles / nunca gañei unha discusión
con el; estou a perder o tempo / non teño tempo para ti / grazas polo seu tempo.
Metáforas orientacionais: son aquelas nas que entra en xogo unha orientación
espacial, de xeito que o ser humano entende (e logo expresa) a realidade en
termos físicos relacionados coa súa experiencia no mundo. Os exemplos de
metáfora conceptual orientacional que propoñen os autores son HAPPY IS UP
(FELIZ É ARRIBA), SAD IS DOWN (TRISTE É ABAIXO) (Lakoff e Johnson, 1980: 15).
Son exemplos de expresións metafóricas orientacionais: isto levantoume o ánimo
e anda moi baixo estes días.
Metáforas ontolóxicas: segundo Lakoff e Johnson este tipo de metáforas
permítennos entender as nosas experiencias en termos de obxectos e substancias
31
uniformes. Explican, ademais, que unha vez identificadas as nosas experiencias
como obxectos ou substancias (en calquera caso algo «material») podemos
referirnos a elas, clasificalas, categorizalas, agrupalas, cuantificalas etc., e así,
razoar sobre elas (1980: 25). Algúns exemplos que achegan son THE MIND IS A
MACHINE (A MENTE/CEREBRO É UNHA MÁQUINA); THE MIND IS A BRITTLE OBJECT
(A MENTE/O CEREBRO/A CABEZA É UN OBXECTO FRAXIL); VISUAL FIELD IS A
CONTAINER (O CAMPO VISUAL É UN CONTEDOR) etc. Son exemplos de expresións
metafóricas ontolóxicas: forxar unha idea21; estar un pouco oxidado; romper a
cabeza pensando unha solución.
En Metaphors We Live By, Lakoff e Johnson analizan fundamentalmente as metáforas
convencionais, isto é, aquelas que xa están lexicalizadas22 na lingua, estruturan o sistema
conceptual ordinario nunha cultura e se reflicten na súa linguaxe cotiá (1980: 139). Ó
contrario do que acontecía na tradición literaria, en que se privilexiaban as metáforas
poéticas ou máis creativas, Lakoff e Johnson céntranse nas metáforas convencionais pois,
explican, o feito de que estean fixadas convencionalmente no léxico dunha lingua non as
fai menos vivas (1980: 55). Este tipo de expresións están tan presentes na lingua que en
moitas ocasións os falantes non somos conscientes do seu carácter figurado, por exemplo:
estasme facendo perder o tempo (1980: 7), é preciso tomar un punto de vista realista
(1980: 64) ou o asunto aínda está no aire (1980: 137). Expresións coma estas son para
os autores o reflexo de conceptos metafóricos sistemáticos que estruturan os nosos
pensamentos e accións. Así e todo, dedican un pequeno apartado do seu libro para tratar,
de maneira máis superficial, as metáforas novas. Estas metáforas novas non forman parte
do noso sistema conceptual convencional, son metáforas imaxinativas, que crean novos
significados (1980: 139) e non están lexicalizadas nunha lingua. Segundo os autores, as
metáforas novas poden chegar a proporcionarnos unha nova comprensión da nosa
experiencia. Poden dar un novo significado á nosa vida pasada, á nosa actividade cotiá e
a todo o que cremos e coñecemos. O único exemplo que achegan de metáfora nova é
LOVE IS A COLLABORATIVE WORK OF ART (O AMOR É UNHA OBRA DE ARTE EN
COLABORACIÓN). Segundo os autores, as implicacións desta metáfora conceptual xorden
das nosas crenzas e experiencias do que significa unha obra de arte en colaboración. As
nosas visións persoais do traballo e da arte dan lugar a estas implicacións na dita metáfora
21 Vid. Álvarez de la Granja (2011). 22 Funcionan como unidades léxicas autónomas dunha lingua.
32
conceptual. Os autores conclúen que as metáforas novas lle dan sentido á nosa experiencia
do mesmo xeito en que o fan as metáforas convencionais: proporcionan unha estrutura
coherente, son sistemáticas e destacan certos aspectos da metáfora conceptual e ocultan
outros. Do mesmo xeito que as metáforas convencionais, non son simplemente unha
cuestión da linguaxe senón un medio de estruturar o noso sistema conceptual, as nosas
actitudes e as nosas accións.
Pero Lakoff e Johnson (1980) non só estudaron a metáfora como elemento estruturador
da nosa experiencia, tamén deron cabida no seu estudo ós procesos metonímicos.
Segundo explican os autores (1980: 36) a metonimia ten unha capacidade referencial
(referímonos a un «algo» a través doutro «algo»), mentres que a metáfora é un xeito de
concibir unha cousa en termos doutra. A diferenza do que sucede na metáfora, na que se
vinculan dominios diferentes, na metonimia establécese unha proxección entre elementos
que pertencen ó mesmo dominio conceptual (Geck, 2003: 63). Algúns exemplos de
metonimias son (Lakoff e Johnson, 1980: 36-39)
A PARTE POLO TODO
Precisamos un par de corpos fortes para o noso equipo > xente forte.
Hai un montón de boas cabezas na universidade > xente intelixente.
Precisamos sangue novo na nosa organización > xente nova.
O PRODUTOR POLO PRODUTO
Comprou un Ford > un coche da marca Ford
Ten un Picasso na súa casa > un cadro pintado por Picasso
Non me gusta ler a Heidegger > os libros que escribe Heidegger
INSTITUCIÓN POLAS PERSOAS RESPONSABLES
O Senado cre que o aborto é ilegal > os senadores
Non aprobo as condicións do goberno > dos membros do goberno
O Exército quere restituír o proxecto > os altos mandos do exército
Etc.
2.1.2.2.5 Principais achegas da teoría da linguaxe figurada convencional con relación
á teoría conceptual da metáfora
A teoría da linguaxe figurada convencional que desenvolven Dobrovols’kij e Piirainen
(2005a) nace para completar a visión da linguaxe figurada que ofrecen Lakoff e Johnson
(1980) na teoría conceptual da metáfora.
33
Tal e como observamos ata agora, a teoría conceptual da metáfora postula a existencia
dunha serie de mecanismos regulares e estables, inherentes ó ser humano, que posibilitan
a creación da linguaxe figurada. Para Lakoff e Johnson a experiencia directa e corporal
do ser humano é a que axuda a comprender, a través da creación de diferentes metáforas
conceptuais (de tipo estrutural, orientacional ou ontolóxico), determinadas realidades de
carácter frecuentemente abstracto. Como explicamos, Lakoff e Johnson céntranse sobre
todo no estudo das metáforas convencionais, pero tamén dedican un pequeno apartado do
seu libro (1980) ó tratamento das metáforas novas. Para os autores tanto as metáforas
novas como as convencionais estrutúranse do mesmo xeito na nosa mente e serven para
entender unha idea en termos doutra baseándonos na nosa experiencia corporal.
Dobrovols’kij e Piirainen (2005a) ven a necesidade de desenvolver unha nova teoría que
complete, dalgún xeito, algúns aspectos que quedan sen tratar na teoría conceptual da
metáfora: aqueles que teñen que ver co compoñente cultural das linguas. Os autores
explican que as metáforas conceptuais ou modelos metafóricos da lingüística cognitiva
baséanse principalmente en condicións universais, na habilidade humana de xerar e
conceptualizar o mundo en termos da experiencia directa (ante todo da experiencia
corporal) e recoñecen que tales condicións son en boa medida independentes de cada
cultura particular, posto que non están arraigadas en códigos semióticos que se
conformaran ó longo do desenvolvemento cultural dunha sociedade concreta. Establecen
como exemplo as metáforas conceptuais «DESDICHA ES ABAJO» e «LAS DIFICULTADES SON
TRABAS PARA EL MOVIMIENTO» (Dobrovols’kij e Piirainen, 2000: 31).
Dobrovols’kij e Piirainen defenden que hai moitos fenómenos que non poden ser
interpretados a través do coñecemento do mundo que nos proporciona a experiencia
corporal posto que están determinados pola cultura de cada lugar. A cultura, segundo din,
é o coñecemento compartido sobre diferentes códigos semióticos, sobre proxeccións
convencionalizadas do mundo e non sobre o mundo directamente (2000: 31-32). Poñen
de exemplo as culturas europeas actuais nas que a serpe está asociada á falsidade, á
malicia e á crueldade. Con respecto a isto, sinalan que noutras culturas (como as do antigo
mundo grego ou certas culturas de Extremo Oriente) a serpe é considerada un ser sagrado.
A asociación da serpe con conceptos coma o da falsidade ou, pola contra, con outros coma
a boa sorte, non se basea no coñecemento do mundo (referido ás características zoolóxicas
deste animal), senón en tradicións culturais diferentes, que se fundamentan, á súa vez,
34
nun coñecemento cultural diferenciado. A interpretación procederá, xa que logo, do
coñecemento duns valores culturais asociados coa serpe.
A teoría da linguaxe figurada convencional que desenvolven Dobrovols’kij e Piirainen
está deseñada para detectar as implicacións culturais que están detrás das expresións
figuradas convencionais e a importancia que ten a cultura de cada sociedade para o
procesamento conceptual das realidades abstractas (2005b: 21). Dobrovols’kij e Piirainen
explican que as expresións figuradas convencionais teñen unha función diferente e un
valor cognitivo e comunicativo tamén diferente con respecto ás expresións novas. O único
elemento que teñen en común estes dous tipos de expresións, segundo explican os autores,
é a súa orixe, posto que empregan frecuentemente os mesmos modelos metafóricos, pero
o seu valor na comprensión dunha situación é moi diferente (2005b: 29). As metáforas
lexicalizadas son, para Dobrovols’kij e Piirainen, as que agochan o coñecemento cultural
dunha lingua. Os autores distinguen cinco tipos de aspectos culturais que subxacen ás
expresións figuradas convencionais e que adoitan estar conectados entre si (2005a: 214):
O coñecemento da interacción social dentro dunha comunidade dada, o que inclúe
todos os aspectos das experiencias e comportamentos sociais.
As imaxes pertencentes a unha cultura, isto é, aspectos que teñen que ver coa
cultura material de cada lugar, tanto os aparellos como outros elementos do
ambiente material.
A «dependencia textual» dunha cultura. Isto é, a relación cultural que se dá con
certos textos que poden ser identificados coas súas fontes, normalmente citas ou
alusións.
Dominios conceptuais ficticios: crenzas, lendas, concepcións pre-científicas do
mundo, supersticións, aspectos relixiosos etc.
Símbolos culturais. Nas expresións que conteñen un símbolo, o coñecemento
cultural relevante atinxe a un único constituínte da expresión e non á expresión
figurada no seu conxunto.
Un punto importante desta teoría é a idea de que existe unha estrutura conceptual
específica subxacente ó significado dunha expresión figurada convencional, que os
autores chaman «compoñente da imaxe» (image component). Esta estrutura conceptual
que resulta da interacción entre o significado literal e o significado «real» da expresión,
é un elemento esencial do contido dunha expresión figurada (Dobrovols’kij e Piirainen,
2005b: 26).
35
By image component we understand a specific conceptual structure mediating between
the lexical structure and the actual meaning of figurative units. Hence, the content plane
of a figurative unit not only consists of a pure «meaning», i.e. actual sense denoting an
entity in the world, but also includes traces of the literal reading underlying the actual
meaning This distinguishes figurative units from non-figurative ones. Figurative units
possess a second conceptual level at which they are associated with the sense denoted by
their literal form.
Dobrovols’kij e Piirainen, 2005a: 14
A cultura parece ser, xa que logo, un aspecto fundamental para ter en conta na
interpretación que facemos da realidade a través da linguaxe figurada. Dobrovol’skij e
Piirainen defenden, como acabamos de comprobar, a necesidade de implicar o
compoñente cultural na teoría da metáfora, que xa fora sinalada, por outra parte, na
semántica cognitiva anos antes por Lakoff e Turner (1989: 66).
Nun primeiro achegamento a estas dúas formas de concibir a linguaxe figurada, pode
parecer que Lakoff e Johnson e Dobrovols´kij e Piirainen teñan posturas enfrontadas con
respecto á mesma materia. A universalidade dos mecanismos cognitivos da metáfora dos
primeiros parece colidir cos aspectos específicos de cada cultura que perciben nela os
segundos (Kekic, 2008: 109). Porén o feito de que existan unha serie de mecanismos
universais e sistemáticos que sirvan para conceptualizar certas realidades da nosa vida
diaria non impide que incluamos, tamén, unha serie de códigos convencionalizados e
específicos da cultura de cada lugar. De acordo con esta premisa, basearemos a nosa
análise das expresións figuradas galegas construídas con referentes animais no principio
de universalidade dos mecanismos cognitivos que desenvolveron Lakoff e Johnson, pero
tamén nos códigos semióticos propios da nosa cultura que propoñen Dobrovols’kij e
Piirainen.
2.1.3 Remate
Despois de describir as principais vertentes de investigación da lingüística cognitiva
comprobamos que, para o tema que nos ocupa neste traballo de investigación, un dos
conceptos básicos que debemos ter en conta é o de conceptualización. Lakoff (1990
[1987]: 280-281) describe esta capacidade como a competencia da que dispoñemos os
seres humanos para crear estruturas simbólicas que se relacionan con outras estruturas
preconceptuais da vida cotiá, dos acontecementos vinculados coa nosa experiencia física
36
e que finalmente se ve reflectida na linguaxe. Ademais, somos capaces de proxectar
metaforicamente as estruturas dun dominio físico a outro máis abstracto e os procesos
metafóricos establécense como operacións cognitivas que nos permiten chegar á
comprensión deste último dominio (Warren, 2002: 113). Por iso, a experiencia que
adquiren os seres humanos cos elementos que forman parte da súa realidade palpable
xoga un papel fundamental na conceptualización desta:
The idea of conceptualizing capacity is central to the experientialist enterprise. Such a
capacity would take preconceptual structures of experience as input and use them to
motivate concepts that accord with those preconceptual structures. Such a capacity would
explain (a) how we acquire our concepts, (b) how concepts are linked to preconceptual
structures, (c) why concepts have the peculiar properties they have, and (d) how we can
understand our present concepts and how we can come to understand even very different
conceptual systems.
Lakoff, 1990 [1987]: 303
Interésanos, xa que logo, o elemento corpóreo do que fala a lingüística cognitiva no
proceso de conceptualización, pois entende que o pensamento humano ten unha base
tanxible isto é, baséase na experiencia corporal que viven as persoas. En palabras de Croft
(1990: 164): «the structure of language reflects in some way the structure of experience,
that is to say, the structure of the world, including (in most functionalists view) the
perspective imposed on the world by the speaker».
A adopción dun enfoque experiencialista para estudar os fenómenos que implican a
linguaxe figurada axuda a procesalos e a comprendelos mellor (Gibbs, 1994). Kövecses
(2005: 18) entende que existe unha correlación moi clara entre a experiencia corporal
humana e a conceptualización metafórica; el emprega a metáfora conceptual MORE IS UP
(MÁIS É ARRIBA), formulada anos atrás por Lakoff e Johnson (1980) para exemplificar o
dito, e sinala:
That metaphor is in thought, and not just in language, is a major claim of the cognitive
linguistic view of metaphor. According to this view, the conceptual system (including
conceptual metaphors) is based on the body and the brain. With respect to metaphor, the
key suggestion is that abstract thought is based on correlations in bodily experience that
result in well-established neuronal connections in the brain.
Kövecses, 2005: 26
37
Lakoff (1990 [1987]: 377) explica que os aspectos relacionados coas emocións constitúen
un bo exemplo de conceptos que resultan abstractos para o ser humano e, porén, teñen
unha base obvia na nosa experiencia corporal. Fala, por exemplo, como xa fixera anos
atrás xunto con Johnson (Lakoff e Johnson, 1980), do sentimento da ira, que o ser humano
entende frecuentemente como algo físico a través da premisa «emotional effects are
understood as physical effects» (Lakoff, 1990 [1987]: 388-391), mediante a que
concibimos a ira, por exemplo, como lume : That kindled my ire > iso acendeu a miña
ira / He was consumed by his anger > foi consumido pola súa ira (Lakoff, 1990 [1987]:
391). O feito de que o ser humano sexa quen de comparar eventos e apreciar os contrastes
e as discrepancias entre eles revélase fundamental para o proceso cognitivo e a
estruturación da súa experiencia (Langacker, 1987: 101).
Partimos, pois, neste traballo, da premisa de que o sistema conceptual humano se basea
en boa medida en relacións metafóricas. Consideramos que a experiencia é un aspecto
clave para a creación de expresións figuradas, pois ningunha expresión figurada se pode
entender adecuadamente independentemente do seu fundamento na experiencia (Lakoff
e Johnson, 1980: 19). As persoas conceptualizan ideas con base nesas experiencias da
vida cotiá, crean esquemas de imaxes que son básicos para a construción posterior de
expresións figuradas (Kövecses et al., 2002: 145). Así e todo, seguimos tamén as ideas
da teoría da linguaxe figurada convencional propostas por Dobrovols’kij e Piirainen
(2005) naquelas expresións figuradas que non se basean (ou non só se basean) no
coñecemento do mundo que proporciona a experiencia corporal humana, senón que veñen
determinadas por aspectos propios da nosa cultura.
Na seguinte sección centrarémonos con máis detalle na funcionalidade que ten a linguaxe
figurada para o ser humano, algo que xa foi parcialmente esbozado nas páxinas
precedentes.
2.2 A funcionalidade da linguaxe figurada
Para explicar a funcionalidade da linguaxe figurada tomamos como punto de partida a
teoría conceptual da metáfora desenvolvida por Lakoff e Johnson (1980). Como dixemos,
estes autores defendían que os procesos do pensamento humano son maioritariamente
38
metafóricos e que a metáfora é a encargada de proporcionarlles coherencia ás
experiencias que viven os seres humanos23.
Con respecto a esta maneira de entender o pensamento humano clasificado en imaxes, a
semántica cognitiva, tal e como puidemos comprobar, entende que a linguaxe metafórica
que empregamos se corresponde con representacións mentais que realizamos a partir da
nosa experiencia corporal, e que Lakoff (1990 [1987]) considera un tipo de modelo
cognitivo idealizado. Lakoff e Turner (1989), que estudaron o funcionamento do
pensamento metafórico, describírono como unha ferramenta que os seres humanos
empregamos para comprender o mundo en que vivimos. Consideran a metáfora como un
instrumento omnipresente na mente humana, que impregna os nosos pensamentos e que
mesmo resulta ser unha parte fundamental destes, das nosas accións e da nosa linguaxe
cotiá.
Ortega y Gasset (2001 [1924]: en liña) defendía, antes de que o fixeran os lingüistas
cognitivos, que a linguaxe metafórica constitúe un instrumento mental imprescindible,
concretamente na linguaxe científica. O autor explicaba que se trata dun procedemento
intelectual mediante o que conseguimos aprehender o que está máis lonxe da nosa
potencia conceptual, como un suplemento ó noso «brazo intelectivo», unha cana de pescar
que nos axuda a atrapar conceptos. Deste xeito, di, a través do máis próximo e o que
mellor dominamos, podemos acadar contacto mental co máis remoto.
Así, os seres humanos facemos uso da linguaxe figurada para expresar, e ante todo
comprender, determinadas realidades que son para nós opacas, novas ou que representan
algún tipo de tabú nunha sociedade concreta.
Chamizo Dominguez (1998: 60) explica que unha metáfora nace debido á necesidade
comunicativa de quen cre que ten algo novo que dicir e que compartir coa sociedade, xa
sexa porque esa realidade é verdadeiramente nova ou porque existe unha forma inédita
de vela. O autor destaca que este feito leva consigo o descubrimento dunha verdade sobre
«o que as cousas son verdadeiramente» ou, polo menos, o que as cousas son para o
falante; un tema que xa tratara anos atrás Max Black24. A linguaxe metafórica resulta,
pois, especialmente útil para facilitar a comprensión e a asimilación de novos discursos
23 Esta idea fora defendida xa na década dos 70 por Coseriu (1977: 80), aínda que no seo da corrente
estruturalista. O autor afirmaba que o coñecemento lingüístico é, en grande medida, un coñecemento
metafórico; un coñecemento que vén dado mediante imaxes a través das que o ser humano intenta clasificar
a realidade. Isto é o que Coseriu chamou, nun sentido amplo, «metáfora» (1977: 81). 24 Vid. Black 1966 e 1954-1955.
39
(Ortega y Gasset, 2001 [1924]: en liña) e a súa incorporación ós modelos cognitivos que
rexen unha comunidade de falantes concreta (Fernández Ferreiro, 2007: 3660). Deste
xeito, exteriorizamos e facemos palpables os nosos pensamentos mediante o uso de
expresións figuradas para reflectir unha realidade nova, por exemplo, no ámbito da
informática. O espazo informático, como unha nova realidade que se deu a coñecer no
século XX, acolle innumerables metáforas conceptuais coas súas correspondentes
expresións figuradas que lle permitiron ó ser humano comprendela e expresala. Unha
metáfora conceptual estendida neste ámbito é A INTERNET É UN OCÉANO. A través dela
podemos concibir a web como un océano ou mar de información en que os usuarios ou
internautas (navegantes) consultan a información nela (navegan) seguindo diferentes
ligazóns ou vínculos (rutas); e mesmo poden atopar algún hacker informático ou intruso
informático (pirata) que frustre o seu propósito e provoque un problema (Sal Paz, 2009:
en liña). Isto levaríanos a outra metáfora conceptual no eido da Internet: OS PROBLEMAS
INFORMÁTICOS SON ENFERMIDADES. A través dela entendemos que un atranco informático
é unha enfermidade (virus) que require de determinados coidados (poñer en corentena),
pero tamén prevencións (antivirus) (Pérez i Brufau, 2007: en liña).
A linguaxe figurada funciona, ademais , como un vehículo de comprensión das realidades
máis afastadas ó entendemento humano a partir doutras máis concretas, próximas e
coñecidas (Ullmann, 1965: 243). Ortega y Gasset (2001 [1924]: en liña) refírese a elas
como «realidades escorregadizas» que escapan ás nosas tenaces intelectuais. Estas
realidades que chamamos afastadas ou escorregadizas adoitan ser de natureza abstracta,
polo que un bo exemplo delas son as emocións, os sentimentos e outros procesos mentais
de carácter intelectual asociados coa linguaxe científica. Os esquemas corporeizados
(embodied schemata), estruturas esquemáticas tiradas da nosa experiencia corporal,
propostos por Johnson (1987) e dos que falamos no apartado 2.1.2.2.3, funcionan como
un vehículo para que o ser humano comprenda e exprese estas realidades abstractas. Así,
as persoas proxectamos os movementos, accións e interaccións do noso corpo coa
realidade do plano físico ó plano mental. Chamizo Dominguez (1998: 118) sinala a
importancia destes esquemas corporais no proceso de conceptualización da realidade e
basea a súa explicación no feito de que quizais o ser humano non teña outra maneira de
coñecer o abstracto se non é apoiándose en coñecementos máis concretos, pois a
racionalidade dos seres humanos parece ser indisociable da súa corporalidade. A isto
mesmo fai referencia Ortega y Gasset (2001 [1924]: en liña) cando explica que non todos
40
os obxectos son igualmente aptos para que as persoas os pensemos, para que teñamos
deles unha idea de perfil ben definido e claro, senón que, di, o noso espírito tenderá a
apoiarse en obxectos fáciles e accesibles para poder pensar os difíciles e esquivos.
Ademais engade: «el espíritu, psique o como quiera llamarse al conjunto de los
fenómenos de conciencia, se da siempre fundido con el cuerpo y al querer pensarlo aparte
se ha tendido siempre a corporizarlo» (Ortega y Gasset, 2001 [1924]: en liña).
Chamizo Dominguez (1992) estuda algúns tipos de metáforas a través das que o ser
humano conceptualiza o proceso mental do coñecemento ou comprensión segundo os
esquemas metafóricos básicos da visión, a audición, o tacto e, en menor medida, o gusto
e o olfacto. Algúns dos exemplos que dá son COÑECER É VER (no veo lo que quieres decir
porque tu argumento es oscuro / mi perspectiva me ofrece un punto de vista adecuado
para clarificar una tesis tan opaca) (1992: 847); COÑECER É TOCAR (no he cogido tu
argumento / estoy sopesando las ideas que leí ayer en un artículo) (1992: 848); COÑECER
É GUSTAR/SABOREAR (no me saben bien tus ideas / me han sido de mucho provecho las
ideas que degusté ayer en la conferencia) (1992: 849); COÑECER É OÍR (esas ideas son
inauditas / sus creencias me suenan a música celestial) e COÑECER É ULIR (me huelen mal
esas ideas / este ambiente intelectual es irrespirable) (1992: 849). Este tipo de esquemas
e as posteriores expresións figuradas que se crean a partir deles, funcionan perfectamente,
explica o autor (1992: 844), polo feito de que se basean nos sentidos principais que
emprega o ser humano para relacionarse co mundo exterior.
Por outra banda, son frecuentes, tamén, as metáforas e outros recursos figurativos en
ámbitos de interdición lingüística (Coseriu, 1977: 90), isto é, naqueles casos en que se
vedan palabras nunha lingua porque as realidades que describen son consideradas tabú.
Montero (1981) ofrece varios exemplos en galego: a morte (pasar a mellor vida) (1981:
124), a tolemia (varrérselle o sentido [a alguén]) (1981: 169), o embarazo (estar en
estado) (1981: 209), ser fillo dunha muller solteira (fillo de tras do valado) (1981: 215),
ser vello (entrado en anos) (1981: 249) etc. Estas realidades adoitan estar relacionadas
con supersticións e crenzas, pero tamén con outras razóns de índole emotiva e social como
a cortesía, as boas maneiras, a decencia ou a amabilidade, de xeito que se evitan
expresións ou palabras que poden ser consideradas demasiado crúas, descorteses ou
indecentes (Coseriu, 1977: 90-91).
O tabú é un fenómeno vinculado co plano sociolingüístico das expresións metafóricas e
pode ser documentado en calquera sociedade e en calquera época, aínda que os obxectos
41
ou realidades consideradas tabú poidan cambiar (Mokienko, 2000: 337). Dado que os
obxectos tabú existen en calquera grupo humano, tamén existen mecanismos para
denominalos en calquera lingua (Allan e Burridge, 1991: 6). Estes mecanismos ou usos
figurativos para denominar o tabú adoitan ser eufemismos (atenuación de palabras tabú
ou malsoantes) e, tamén, disfemismos (substitución da denominación dalgún obxecto,
que no seu contexto dado é natural, por outro máis vulgar, familiar ou mesmo malsoante),
que poden ser tratados como hipónimos da metáfora25. Chamizo Domínguez (2008: 35)
pon como exemplo o eufemismo castelán pasar a mejor vida26 para a realidade conceptual
de ‘morrer’, que ten algúns disfemismos correspondentes: estirar la pata ou estar criando
malvas. Estes, como disfemismos que son, non se poderían empregar en todos os
contextos posto que teñen a característica de ser malsoantes.
Coseriu (1977: 90) referiuse ó tabú lingüístico como un fenómeno que se debe,
esencialmente, á crenza en certa maxia das palabras, a certa identificación entre o nome
e a cousa nomeada. Deste xeito, considérase que nomear unha cousa coa palabra que lle
corresponde propiamente pode resultar perigoso, porque o simple feito de nomeala pode
traer consigo a cousa mesma (Coseriu,1977: 91), que non adoita ser beneficiosa para o
ser humano27. O autor enumera os «denotata» que están máis suxeitos ó tabú lingüístico
(a partir do traballo desenvolvido por W. Havers28): os animais (oso, lobo, serpe, raposo,
rato, sapo, cervo, lebre, donicela, abella), certas partes do corpo como a man, e
particularmente a man esquerda; certos fenómenos coma o lume; o sol e a lúa, as
enfermidades e os defectos físicos, a morte, os deuses e os demos.
De acordo co que acabamos de ver, a linguaxe figurada é quen de suplir a insuficiencia
expresiva da lingua literal, porque esta non dispón, en moitos casos, de termos adecuados
para poder expresar certos conceptos ou para conseguir determinados obxectivos de
índole emotiva e social29. Xa Coseriu (1977: 75) nos anos 70 reparou na creación
25 Allan e Burridge (1991: 11-26) explican que o eufemismo funciona como unha alternativa a unha
expresión non desexada pola sociedade, coa finalidade de evitar certas connotacións negativas; e o
disfemismo nace tendo como referente o propio eufemismo, pero co paso do tempo o seu significado xa
non resulta ambiguo e ten a súa referencia directa no obxecto tabú. 26 En Mokienko (2000: 337) podemos ver tamén algunhas combinacións eufemísticas co significado común
‘morrer’: terminar a vida / terminar o seu século / terminar os seus días / a vida apagouse etc. Pola súa
parte Coseriu (1977: 93) explica que se adoitan empregar expresións como finou ou foi con Deus cando se
trata dun ser achegado, mentres que se se trata de persoas máis afastadas pódense usar outro tipo de
expresións. 27 Véxase, como exemplo, o caso coñecido de mustela > donicela (Coseriu, 1977: 93). 28 Havers, V. (1946): Nevere Literatur zum Sprachtabu. Viena: Academia das Ciencias de Viena. 29 O problema da pobreza da lingua e a necesidade de expresarse que teñen os seres humanos a través da
«lingua poética» xa fora tratado por Giambattista Vico (1744).
42
constante da linguaxe, e explicouna a través do argumento de que a lingua literal non é
suficiente para que o ser humano se exprese en cada caso particular, pois, di, as nosas
intuicións (o contido cognoscitivo ó que temos que dar forma de linguaxe) non son nunca
idénticas a outras anteriores, senón que van mudando e os seres humanos sentimos a
necesidade de expresalas. Por iso, a linguaxe metafórica se presenta, tamén, como un
mecanismo para ampliar o lexicón dunha lingua, un procedemento lingüístico xeral que
se dá en todas as linguas naturais, de xeito que se crean denominacións novas (que ás
veces coexisten bastante tempo coas antigas) e conforman un modelo de comprensión
para o concepto que designan (vid. Max Black, 1962; Le Guern, 1980; Dirven, 1985;
Warren, 2002, entre outros).
Le Guern (1980: 77-82) explica que cando os seres humanos queren designar unha
realidade para a que non existe unha voz precisa, vense obrigados a empregar a linguaxe
figurada, polo que entende a metáfora como consecuencia da pobreza dos medios da
linguaxe literal. Mediante a creación deste tipo de expresións podemos manifestar ideas
que, en principio, resultarían máis difíciles de expresar utilizando unha linguaxe literal.
Trátase dun medio compacto de información que permite expresar unha idea facilmente
e con poucas palabras, pero dándolle unha maior expresividade e enriquecemento ó noso
discurso (Gibbs, 1994: 124-125). Un exemplo da función denominativa que ten a linguaxe
metafórica en ausencia dun termo apropiado na lingua literal podemos atopala na
expresión «ollo de boi» que designa un tipo de ventá redonda, a través da analoxía
evidente que establece o ser humano entre a forma da ventá e o ollo do animal; noutros
casos a linguaxe metafórica funciona como un recurso de economía lingüística, por
exemplo «cola» que substitúe a «fila de espera», unha perífrase que pode resultar
demasiado longa (Le Guern, 1980: 78).
A linguaxe metafórica permite, pois, nomear realidades para as que a lingua,
simplemente, non subministra a voz axeitada, xa sexa porque a realidade é abstracta, nova
ou supón algún tipo de tabú social. Le Guern (1980: 82) explica a este respecto que a
creación destas metáforas, unida ó proceso de lexicalización, é un medio importante de
enriquecemento do vocabulario dunha lingua. Pero cómpre non esquecer o feito de que
mediante a linguaxe figurada non só designamos conceptos senón que tamén imaxinamos
o mundo30 Coseriu (1977: 95) refírese exactamente a isto cando di: «Estas y otras razones
30 Vid.Luque Nadal, 2012: 15 .
43
facilitan, indudablemente, la difusión de la creación metafórica, pero, como ya se ha
señalado, de ninguna manera pueden explicar la creación misma, que es actividad libre
de la fantasía».
2.3 A motivación das expresións figuradas
A motivación dunha expresión figurada é o proceso de unión da nosa experiencia cotiá
coa realidade abstracta, nova ou tabú que queremos expresar a través dela, un enlace
existente entre o significado literal e o significado figurado (Luque Nadal, 2012: 10). É o
interruptor que fai de ponte entre o dominio fonte e o dominio meta, o elemento que dá
sentido ó paso do primeiro dominio ó segundo. Dende o punto de vista da teoría
conceptual da metáfora, a motivación é o nexo conceptual que se dá entre a imaxe que se
esconde detrás do significado literal e o significado figurado (Lakoff, 1990 [1987]: 346).
Dentro do marco da teoría da linguaxe figurada convencional, Dobrovol’skij e Piirainen
(2005a: 355) definen a motivación como unha «historia» asociada ás expresións
figuradas, unha ponte conceptual que se establece entre a imaxe real e a figurada. Todas
estas definicións concordan na idea dun nexo, unha ponte, un interruptor etc. existente
entre o significado literal e o significado figurado, mais no paso dun tipo de significado a
outro existe unha escala semántica que vai determinar o grao de opacidade ou de
transparencia dunha expresión figurada.
Existen diferentes grados de motivación das expresións figuradas, diferentes estadios de
percepción da vinculación existente entre o significado literal da expresión e o significado
figurado que transmite (Álvarez de la Granja, 2008: 7). Deste xeito, de acordo co tipo de
información que motive unha expresión figurada concreta o seu significado poderá ser
opaco para certas persoas ou transparente. Dobrovol’skij e Piirainen (2005a: 87 e 2010:
75-80) establecen dous tipos principais de motivación semántica das expresións
figuradas:
Motivación metafórica (ou icónica) (metaphoric / iconic motivation): é un tipo de
motivación que vén dado a través dunha relación de semellanza ou contigüidade
entre o lado literal e o figurado. Dáse a través dos coñecementos que o ser humano
adquire do mundo no que vive mediante a percepción e a experiencia directa coa
realidade. As expresións figuradas con este tipo de motivación experiencial son
as máis transparentes para o falante. Un dos exemplos que empregan os autores
(2005: 335-336) para mostrar este tipo de motivación é one must howl with the
44
wolves (*‘hai que ouvear coma os lobos’, que en galego corresponde a na terra
dos lobos hai que ouvear coma eles). Neste caso o referente escollido para a
creación da expresión figurada é unha característica do animal percibida polas
persoas a través da experiencia, o ouveo do animal e a súa organización en grupos.
A través desta imaxe literal as persoas expresamos unha situación abstracta: o
proceso de adaptación dunha persoa a un lugar novo, ou simplemente
descoñecido, no que non sabe como actuar. Este refrán figurado aconsella actuar
como as demais persoas para lograr unha boa adaptación, do mesmo xeito que os
lobos ouvean todos ó mesmo tempo.
Motivación simbólica (symbol-based motivation): trátase dunha motivación
baseada en símbolos do coñecemento cultural de cada comunidade, que vén dado
a través de crenzas colectivas e da propia aprendizaxe do ser humano. As
expresións figuradas motivadas simbolicamente adoitan ser semanticamente máis
opacas, en comparación coas anteriores, para un falante alleo á cultura na que se
crea a expresión figurada. Esta opacidade pode ser gradual dependendo do
coñecemento cultural do que dispoña cada falante. Un exemplo de expresión con
motivación simbólica sería a wolf in sheep's clothing31 (* ‘lobo con pel de
carneiro’; que en galego corresponde a lobo con pelica de carneiro/ovella).
Dobrovol’skij e Piirainen (2005a: 337) explican que esta expresión está
directamente conectada cun código cultural, en que se contrastan os símbolos da
‘maldade’ (lobo) e da ‘bondade’ (carneiro) respectivamente. Tales funcións
simbólicas do lobo ancóranse en diversos códigos culturais e adoitan ser
representadas en contos populares e fábulas (Dobrovol’skij e Piirainen, 2010: 78-
79).
A estas dúas motivacións, segundo explican os autores, debe sumárselle un terceiro tipo,
que non é exactamente semántico, a motivación intertextual (ou intertextualidade como
factor de motivación). Trátase dun factor que tamén ten a súa importancia para a base
cultural das expresións figuradas. Dobrovol’skij e Piirainen (2010) entenden a
intertextualidade como a relación que existe entre unha unidade figurada e un texto cunha
31 Guerra (2011: 465) explica que esta expresión provén da Biblia e é unha referencia ós ladróns que se
escondían baixo as pelicas dos carneiros para así poder atacar os rabaños. A metáfora servía, di, para alertar
os cristiáns acerca dos malos profetas. Intervén tamén aquí, xa que logo, a motivación intertextual (que
veremos a continuación), mais como explican Dobrovol’skij e Piirainen (2005a: 337) o lobo e a ovella
funcionan como símbolos da maldade e da bondade respectivamente en moitas culturas e en moitas outras
expresións, polo que habería que interpretalo como unha motivación simbólica en primeira instancia.
45
fonte claramente identificable. Os autores afirman que existe un grande número de
expresións figuradas que se remontan a un texto preexistente e que adoita ser, ademais,
facilmente identificable: a Biblia, as obras de Shakespeare ou a literatura clásica. Poñen
o exemplo de «a/the Trojan horse» (cabalo de Troia) para expresar o engano por parte
dunha persoa ou facer referencia a un perigo oculto nalgún obxecto (2010: 79). O texto
co que se identifica esta expresión é a Odisea de Homero (s. VIII a. C.)32, en que se conta
que os gregos introduciron un grande cabalo de madeira na cidade fortificada de Troia a
xeito de agasallo. Pola noite saíron do cabalo centos de soldados e masacraron a cidade,
o que lles permitiu gañar a batalla de Troia. En galego rexistramos, tamén, a expresión
cabalo de Troia co significado de ‘recurso enganoso co que se pretende conseguir algo
de maneira indirecta’33.
Así e todo, Piirainen (2012: 50) explica que varios tipos de motivación poden estar
presentes ó mesmo tempo nunha expresión figurada. A autora pon o exemplo de to be in
seventh heaven (estar no sétimo ceo) que presenta o significado figurado de ‘estar
extremadamente feliz por causa dun feito bo sucedido recentemente’. Nesta expresión
figurada únense varios tipos de motivación: está motivada metaforicamente a través da
metáfora conceptual FELIZ É ARRIBA; ten unha motivación simbólica no emprego do
número sete que intensifica o número de ceos (un enriba de outro) e, polo tanto, intensifica
tamén o significado da felicidade; por último, a motivación intertextual vén dada polos
textos relixiosos que identifican o ceo coa morada de Deus e, polo tanto, como un lugar
bo (Piirainen, 2012: 50-51).
Con relación á linguaxe figurada motivada metafórica ou iconicamente, Kövecses (2005:
10) aborda o tema da universalidade metafórica entre culturas. O autor argumenta, dende
a perspectiva da teoría da metáfora de Lakoff e Johnson (1980), que as metáforas
universais son aquelas que se relacionan directamente coa experiencia corporal humana,
as experiencias diarias, palpables, que rematan dando lugar ó que el chama cultura
sensitiva. Esta cultura sensitiva sería a que acollería, segundo explica Kövecses (2000:
161-162), os tipos de metáforas conceptuais que se retratan na teoría conceptual da
metáfora. Por exemplo: A IRA É UN FLUÍDO QUENTE DENTRO DUN RECIPIENTE, a través da
que se conceptualiza o estado irado das persoas en varios idiomas e culturas diferentes
32 Nesta obra faise referencia ó cabalo de Troia, aínda que de xeito breve. Máis tarde chegaron outros textos,
entre os que destaca a Eneida de Virgilio (s. I a. C.) en que se ofrecen relatos máis amplos sobre o
acontecemento. 33 López Taboada e Soto Arias (2008): s. v. cabalo.
46
mediante expresións figuradas como fasme ferver o sangue (You make my blood boil)
(Kövecses, 1990: 53). O autor explica que esta similitude entre culturas na
conceptualización da ira é atribuíble, con toda probabilidade, ás similitudes no corpo
humano e ó seu funcionamento, á súa resposta, nun estado irado. A corporeización parece
ser, xa que logo, un compoñente clave para unha conceptualización intercultural similar
dun mesmo dominio. Así pois, para este caso concreto da ira, Kövecses (2000: 161-162)
cre que a coincidencia na conceptualización desta realidade entre linguas se debe ó
resultado da bioloxía humana compartida, máis ca a unha simple coincidencia ou a que
fose transmitida dunha cultura ás demais34. Outros exemplos de metáforas conceptuais
que o autor considera universais e que se caracterizan por compartir unha cultura sensitiva
común serían LIVE IS A JOURNEY (‘A VIDA É UNHA VIAXE’) ou DESIRE IS HEAT (‘O DESEXO
É CALOR’), entre outros (Kövecses, 2005: 11-12).
A universalidade metafórica é un aspecto que debemos ter en conta na análise das
expresións figuradas que estudaremos neste traballo, pero tamén o son os códigos
convencionalizados e específicos da nosa cultura. Deste xeito, e posto que o obxectivo
principal do noso traballo é coñecer a valoración que fan os galegos dos animais a través
das expresións figuradas galegas que empregan, interésanos afondar nos aspectos da
linguaxe figurada propios de cada cultura. En primeiro lugar, abordaremos o concepto de
cultura a través da definición que ofrecen dela Teliya et al. (1998):
By culture, we understand the ability of members of a speech community to orientate
themselves with respect to social, moral, political, and so on values in their empirical and
mental experience. Cultural categories (such as Time and Space, Good and Evil, etc.) are
conceptualized in the subconscious knowledge of standards, stereotypes, mythologies,
rituals, general habits, and other cultural patterns.
Teliya et al., 1998: 57
Para o desenvolvemento e consolidación dunha cultura determinada é importante que
todos os individuos que pertenzan a ela compartan uns valores sociais e morais. Estes
valores compartidos serven para conceptualizar a realidade dun mesmo xeito nunha
34 O autor explica, a través dun estudo contrastivo entre a linguaxe figurada do inglés, o chinés, o xaponés
e o húngaro, que existen enlaces sistemáticos entre culturas que poden levar a modelos culturais
conceptualizados a través dun mesmo esquema mental. Trátase de modelos que adoitan estar relacionados
con sentimentos e emocións (Kövecses, 2000: 161-162).
47
mesma cultura, trátase das proxeccións convencionalizadas das que falan Dobrovol’skij
e Piirainen (2000: 32).
Como explica Luque Nadal (2012: 10), a cultura aparece plasmada na linguaxe figurada
con maior forza e extensión que en calquera outro elemento da lingua. Os habitantes dun
pobo, fillos dunha mesma cultura, dunha mesma tradición cultural, teñen interiorizados
os conceptos abstractos que compoñen a súa realidade, así como tamén os referentes que
serven de base para a creación de expresións figuradas:
Los sentidos figurados de las palabras tienen una importancia fundamental para
comprender las dimensiones culturales del lenguaje (...). Ello implica que las miles de
acepciones y sentidos figurados crean un mapa peculiar de acepciones a través de los
cuales los hablantes de cada lengua perciben la realidad.
Luque Nadal, 2012: 47
As experiencias compartidas nunha cultura adoitan funcionar como fonte de creación
metafórica e é, precisamente, a metáfora o primeiro dispositivo do que botan man os seres
humanos para poder representar as súas experiencias (Gibbs, 1994: 192). Deste xeito,
para coñecer ben un pobo e unha cultura resulta necesario mergullarse na súa linguaxe
figurada, pois constitúe unha pegada fiel dos modos de vida dos seus habitantes, o espello
máis rico das correlacións que se dan entre linguaxe e cultura (Teliya et al., 1998: 55).
O mesmo Kövecses (2005: 4) aclara que as experiencias universais non teñen por que
derivar, en todos os casos, en metáforas tamén universais senón que cada cultura crea as
súas propias imaxes metafóricas ancoradas en modelos cognitivos culturais. Esta cultura
propia está baseada nun elemento fundamental ó que autores como Dobrovol’skij (2000:
63-78), Kekić (2008: 108-109), Teliya et al. (1998: 55-75), entre outros, se refiren como
«especificidade nacional»35, segundo o cal a cultura dun pobo queda plasmada nas
construcións figuradas da súa lingua con todos e cada un dos seus matices. Tales matices
propios dunha cultura son os que proporcionan a información cultural necesaria para que
35 Dobrovol’skij (2000) explica que para un falante existen dúas concepcións do que é a especificidade
nacional: o enfoque comparativo ou contrastivo, en que se comparan as lecturas simbólicas das expresións
figuradas entre linguas (por exemplo o emprego simbólico do número 8 na fraseoloxía xaponesa parécese
funcionalmente ó uso do 7 na fraseoloxía inglesa) e o enfoque introspectivo, en que se aplica a intuición
dos falantes nativos que caracterizan certos fenómenos como «seus e exclusivamente seus» (estritamente
nacionais). Dobrovol’skij (2000: 65) deduce, dun estudo para medir o nivel da especificidade nacional
nos falantes a través da súa intuición lingüística, que os factores máis significativos para a percepción
intuitiva dun fraseoloxismo como unha peculiaridade nacional son as particularidades da súa estrutura
formal (atendendo á forma non estándar e ás peculiaridades lingüísticas de cada rexión).
48
poidamos formar un modelo cognitivo na nosa mente: elementos exclusivos ou moi
característicos da cultura material ou espiritual dun pobo; convencións sociais, xestos,
realidades consideradas tabú, normas sociais relacionadas coa cortesía, supersticións,
crenzas, alusión a feitos históricos propios dese pobo, presenza de voces exclusivas, ou
mesmo, xa pouco frecuentes na lingua dese pobo e topónimos ou antropónimos propios
ou que só se rexistran nese lugar. Deste xeito, os modelos cognitivos que existen para se
referir a dominios particulares dependen, en última instancia, dos chamados modelos
culturais (Ungerer e Schmid, 1996: 49-52). Así, aínda que unha mesma realidade poida
ser común a varios lugares da terra (determinados animais, elementos da natureza,
situacións etc.) as cargas culturais e emocionais poden ser, tamén, distintas para xentes
diferentes36 e, polo tanto, xerar unha linguaxe figurada tamén diferente.
Kövecses (2005: 286) atopa dúas causas que explicarían estas diferenzas na construción
de expresións figuradas entre culturas: experiencias diferentes en cada comunidade (por
exemplo referidas á historia, ó contexto social, á xeografía, ó clima, á fauna e flora propias
de cada lugar37 etc.) e unha aplicación dos procesos cognitivos tamén diferente con
respecto á distinta focalización que realizan os falantes cando conceptualizan a realidade.
Por este motivo, non é de estrañar que comunidades singulares de falantes, cunha
tradición cultural diferenciada, presenten expresións figuradas construídas co mesmo
referente e, porén, ofrezan significados distintos.
Así e todo, tamén dentro dunha mesma cultura poden existir diferentes
conceptualizacións da realidade a través dun mesmo referente (Kövecses, 2000: 173),
como ocorre, por exemplo, coa galiña, que en galego vehicula os significados de
‘promiscuidade nunha muller’ en [puta] coma unha galiña e [máis puta] cás galiñas/ca
unha galiña38, pero tamén a covardía en galiña (‘ser un covarde’).
Resulta imprescindible, xa que logo, coñecer as distintas voces que existen en cada cultura
para nomear a realidade, pero tamén, a súa historia política e social, a relixión, as ideas,
a civilización material e o seu espazo vital (Coseriu, 1977: 99). Todos estes son aspectos
36 Vid. Gibbs, 1994 e Luque Nadal, 2012. 37 No caso dos animais, por exemplo, non son os mesmos os que habitan en África, onde o león e os insectos
aparecen como referentes maioritarios en expresións figuradas, que os que habitan en países árabes, onde
a cabra e camelo son dous dos referentes que máis aparecen na fraseoloxía deanimalística (Pamies Bertrán,
2012: 294). Por outra parte, as expresións figuradas que teñen a chuvia como referente en lingua galega son
moito máis numerosas cás que presenta o castelán, debido ó clima húmido e oceánico de Galicia (Ferro
Ruibal, 1996: en liña). 38 Para coñecer as fontes das que foron tiradas as expresións figuradas que se ofrecen como exemplos pode
consultarse o anexo 1.
49
que axudan a comprender a linguaxe figurada de cada cultura, posto que son coma un
pouso no que van quedando os grans dos seus costumes. Teliya et al. (1998: 75) defenden
que a linguaxe figurada funciona como lingua de cultura xa que se presenta como o
recipiente onde se condensa a información cultural de toda unha sociedade. Con base
nisto, Gibbs (1994: 261-264) achega a idea de que a metáfora podería ser concibida como
algo que forma parte da cultura e non dos cimentos da cognición. Pola nosa parte, como
xa sinalamos no apartado 2.1.2.2.5, non cremos que sexan dúas posturas opostas. As
expresións figuradas nacen da experiencia diaria dos seres humanos ó enfrontárense a
determinadas realidades ou circunstancias. No momento en que necesitan comprender
unha situación organizan a súa mente en modelos conceptuais que os axudan nese
traballo. Pero a linguaxe figurada une, necesariamente, esquemas cognitivos co
coñecemento empírico cultural de cada comunidade (Dobrovol’skij e Piirainen, 2000: 50
e Nubiola, 2004: en liña). Tal e como recoñeceron os propios Lakoff e Johnson (1980:
57), non existe unha liña de separación entre o físico e o cultural, senón que o sistema
conceptual humano debería ser tratado como un continuum no que se sitúan as nocións
máis relacionadas coa nosa corporeidade e outras máis vinculadas a crenzas e valores
culturais específicos.
Luque Nadal engade:
En resumen, la metáfora no es exclusivamente un fenómeno lingüístico, pero desde luego
pertenece al ámbito del lenguaje, del pensamiento, de la práctica social y cultural, y
también al cerebro y al cuerpo humano. Por tanto, hay que hablar de la metáfora en
términos lingüísticos, conceptuales, socio-culturales, neurológicos y corporales.
Luque Nadal, 2012: 21
Os animais forman parte da cultura de todos os pobos e, polo tanto, constitúen un referente
moi empregado na construción de expresións figuradas que lles serven ós falantes de
todas as linguas para expresaren determinadas realidades da vida diaria. Neste tipo de
expresións figuradas podemos percibir a valoración dos animais que fai cada cultura. En
moitos casos destaca neles características compartidas con outras culturas, aínda que
existen tamén outros valores que só se aprecian nalgunhas delas.
A continuación centrarémonos nas expresións figuradas construídas con referentes
animais, ofreceremos unha tipoloxía e deterémonos naquelas expresións que supoñen un
50
proceso de humanización do animal e naqueloutras en que se produce a animalización do
ser humano.
2.4 Expresións figuradas construídas con referentes animais
O ser humano sempre conviviu en estreita relación con distintos tipos de animais, dende
as civilizacións máis antigas ata os nosos días, por iso é común que exista, en todas as
linguas, un grande número de expresións figuradas construídas con referentes animais
para describir situacións da nosa vida cotiá (Piñel, López: 1999: 412). Segundo explica
Dal Maso (2013: 96) as regularidades que o ser humano constata na res animalia, e tamén
noutras entidades non animadas, pode chegar a cristalizarse en imaxes mentais claras e
intuitivas.
Este tipo de expresións son o froito da interpretación que fan os seres humanos do
comportamento e dos costumes dos animais (Dobrovol’skij e Piirainen, 2005a: 325).
Extraen unha serie de esquemas conceptuais a partir do coñecemento da súa conduta, así
como doutros coñecementos culturais relacionados con eles, para poder comprender e
expresar a realidade mediante expresións figuradas en que funcionan como referentes
(Marques, 2013).
2.4.1 Tipos de expresións figuradas construídas con referentes animais
Existen dous tipos básicos de expresións figuradas construídas con referentes animais,
por unha banda as expresións que supoñen unha humanización ou antropomorfización e,
pola outra, as que supoñen unha animalización ou zoomorfización.
O primeiro fenómeno, tamén coñecido como personificación, está presente naquelas
expresións figuradas que reflicten os distintos modos en que unha comunidade dota os
animais (aínda que tamén outras entidades, como os obxectos39) de atributos e
características propias dos humanos (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña). Este tipo de
expresións figuradas implican o contido conceptual OS ANIMAIS SON PERSOAS.
39 Ullmann (1965: 242-243) fala de metáforas antropomórficas: metáforas en que os elementos inanimados
son vistos con calidades ou características humanas. Pon exemplos como los pulmones (lungs) de una
ciudad / las manecillas (hands) de un reloj / la boca (mouth) de un río etc. e sinala que os usos metafóricos
doutras partes do corpo como o pé ou a perna son virtualmente ilimitados. O autor especifica, ademais, que
un dos primeiros pensadores que reparou na frecuencia das metáforas antropomórficas foi o filósofo italiano
Giambattista Vico (1744) no seu libro Scienza Nuova, ó que xa aludimos en 2.1.1, no que explicaba, entre
outras cousas, que a maior parte de expresións que se refiren a obxectos están tomadas do corpo humano e
dos seus sentidos de xeito que o home se converte na vara de medir do universo.
51
Lakoff e Johnson (1980: 27) explican que se trata dun mecanismo que axuda a
comprender unha ampla variedade de experiencias con entidades non humanas en termos
de motivacións, características e actividades humanas. Un exemplo son os chamados
zoónimos profesionais: paxaro carpinteiro (Iñesta Mena, 1998: 101). Lakoff e Turner
(1989: 194) apuntan que o feito de atribuírlles características humanas ós animais é un
procedemento tan habitual para as persoas que, en moitos casos, existen dificultades para
identificar esas caracterizacións como metafóricas. Ofrecen exemplos como: Pigs are
dirty, messy, and rude / Lions are courageous and noble / Foxes are clever / Dogs are
loyal, dependable, and dependent / Cats are fickle and independent / Wolves are cruel
and murderous / Gorillas are aggressive and violent40. Así, na expresión galega pensando
morreu un burro atribúenselle ó animal características comportamentais propias das
persoas para, figuradamente, recomendar actuar e non perder o tempo en pensamentos
varios.
Como se pode apreciar nos exemplos, moitas das características que o ser humano lles
atribúe ós animais requiren de conciencia, de valor moral (por exemplo, a crueldade:
Wolves are cruel and murderous), algo do que os animais carecen, pois só actúan por
instinto. Así o explican Lakoff e Turner:
Animals act instinctively, and different kinds of animals have different kinds of
instinctive behavior. We comprehend their behavior in terms of human behavior, and we
use the language of human character traits to describe such behavior. Cleverness, loyalty,
courage, rudeness, dependability, and fickleness are human character traits, and when we
attribute such character traits to animals we are comprehending the behavior of those
animals metaphorically in human terms.
Lakoff e Turner, 1989: 194
Deste xeito, cando caracterizamos os animais como persoas (OS ANIMAIS SON PERSOAS)
enfatizamos o seu comportamento racional, moral, estético etc. (Lakoff e Turner, 1989:
193-194); é dicir, todas aquelas características que son propias do ser humano e que
reflectimos no animal.
40 Os porcos son sucios, desordenados e groseiros / Os leóns son valentes e nobres / Os raposos son listos
/ Os cans son leais, fiables e dependentes / Os gatos son caprichosos e independentes / Os lobos son crueis
e asasinos / Os gorilas son agresivos e violentos.
52
Un segundo tipo de expresións figuradas construídas con referentes animais é o que
implica a animalización ou zoomorfización do ser humano ou de obxectos. Coñécense
como metáforas zoomorfas e reflíctense en unidades léxicas chamadas zoomorfismos.
Trátase dun proceso de metaforización que se dá ó aplicarlle as calidades propias dun
animal a un ser humano ou a un obxecto (Cruz Cabanillas e Tejedor Martínez, 1998). Ó
contrario do que ocorre coas expresións que supoñen a humanización dos animais, os
zoomorfismos distínguense por empregar o nome dun animal en sentido figurado para
caracterizar unha persoa ou unha cousa a través dunha metáfora conceptual como AS
PERSOAS/OS OBXECTOS SON ANIMAIS (Zajčenko (1983) (apud. Suárez Cuadros, 2006: 24).
Iñesta Mena (1998: 101) fala dun uso metafórico ou alegórico do nome dun animal para
caracterizar algo ou alguén.
Echevarría Isusquiza (2003: en liña) especifica que existen dúas vertentes da metáfora
zoomorfa: a animalizadora, referida a humanos41, e a animadora, referida a obxectos42.
Centrarémonos aquí nos casos en que se animaliza ó ser humano, aqueles en que se
establece unha relación entre a aparencia, as actitudes e o comportamento do animal e as
persoas. Echevarría Isusquiza (2003: en liña) describe os casos de metáfora zoomorfa
animalizadora como aqueles que implican o contido AS PERSOAS SON ANIMAIS, que
encontramos en unidades léxicas en que recoñecemos un primeiro sentido referido ó
animal (dominio fonte) e un segundo sentido que fai referencia ó ser humano (dominio
meta). Explica a autora que a metáfora zoomorfa é unha das máis frecuentes no léxico de
todas as linguas debido a que a proximidade dos animais co ser humano fai que estes
sexan o espello en que se miran as persoas. Kövecses ve nas pinturas rupestres dos nosos
antepasados o inicio do proceso de animalización das persoas: «For example, in cave
drawings people may be represented as animals. We would say today that this was the
beginning of the use of the PEOPLE ARE ANIMALS conceptual metaphor» (2005: 25).
Deste xeito, o ser humano caracterízase como un animal, reflicte os seus hábitos, a súa
forma de ser, a súa aparencia e demais aspectos do comportamento animal. Así, chamarlle
a alguén burro de carga (‘persoa que traballa moito e moi duramente’ [DFG/GDXL])
supón unha animalización do ser humano, pois implica a construción dunha imaxe mental
en que a persoa é vista coma un animal que leva un grande peso ás costas.
41 Nazarenko e Iñesta Mena (1998: 101): ser perro viejo. 42 Nazarenko e Iñesta Mena (1998: 101): cortar el bacalao.
53
Echevarría Isusquiza (2003: en liña): explica que a metáfora conceptual AS PERSOAS SON
ANIMAIS é unha das máis empregadas no léxico español, tanto polo número de expresións
que xera como pola riqueza dos subtipos ou modalidades con que se presenta. O principio
de sistematicidade proposto por Lakoff e Johnson (1980), do que falamos no apartado
2.1.2.2.4, explica que a partir da metáfora conceptual AS PERSOAS SON ANIMAIS se
orixinen outras modalidades de creación figurada que se asocian sistematicamente con
esta metáfora conceptual primaria. A seguir presentamos as modalidades de creación
figurada que se xeran a partir da metáfora conceptual AS PERSOAS SON ANIMAIS (animal
‘persoa que se comporta con brusquidade e violencia’; burro ‘que ten poucos
coñecementos ou ten dificultades para comprender as cousas’; vaca ‘persoa moi grosa’)
nas expresións figuradas galegas que analizamos:
- AS PARTES DO CORPO DUNHA PERSOA SON AS PARTES DO CORPO DUN ANIMAL. Por
exemplo: fociño ‘parte da cara dunha persoa que comprende o nariz e mais a
boca’; pata ‘pé ou perna dunha persoa’; gadoupa ‘man grande e forte’; cachola
‘cabeza das persoas’ etc.
- OS RUÍDOS DUNHA PERSOA SON OS RUÍDOS DUN ANIMAL. Por exemplo: ladrar
‘criticar ferozmente’; bufar ‘rosmar, protestar entre dentes’; rinchar ‘rir ás
gargalladas’; orneo ‘choro alto e sen motivo’ etc.
- A VIVENDA DUNHA PERSOA É A VIVENDA DUN ANIMAL. Por exemplo: cortello ‘casa
na que está todo revolto e desordenado’; niño ‘casa ou fogar familiar; lar,
vivenda’; curuxeira/curuxeiro ‘aldea ou casal situado nun lugar esgrevio e
penedoso’ etc.
- AS ACCIÓNS DUNHA PERSOA SON ACCIÓNS DUN ANIMAL. Por exemplo: curuxar
‘fitar, mirar fixamente e cos ollos moi abertos’; escornar ‘enfrontarse con algo
superior ás forzas de un’; fozar ‘andar en algo alterando a súa disposición’ etc.
Outras metáforas conceptuais que se enlazan co concepto metafórico AS PERSOAS SON
ANIMAIS, mais a través de asociacións sistemáticas menos directas cás anteriores, son
- OS ANIMAIS PARTICIPAN DAS REACCIÓNS E ESTADOS FISIOLÓXICOS DO CORPO
HUMANO (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña). Por exemplo: aformigar/formigar
‘experimentar unha sensación entre o proído e as cóxegas nunha parte do corpo’.
- OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON
ANIMAIS (que á súa vez provén da modalidade de creación figurada AS PERSOAS
54
ALBERGAN ANIMAIS) (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña). Por exemplo:
coller/ter o burro ‘incomodarse’.
- A IRA É UN ANIMAL PERIGOSO DENTRO DUNHA PERSOA ( que provén da metáfora
conceptual estudada por Kövecses (1990: 62) AS PAIXÓNS SON BESTAS DENTRO
DUNHA PERSOA, unha especificación de OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO,
PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON ANIMAIS ). Un exemplo atopámolo na
expresión figurada galega: botarlle o can [a alguén] (‘atacalo de obra ou de
palabra, recibilo mal ou botalo fóra).
Segundo explican Lakoff e Turner (1989: 193-194), cando caracterízamos unha persoa
como un animal, a través da metáfora conceptual AS PERSOAS SON ANIMAIS, o que
enfatizamos son os instintos propios do animal na figura do ser humano. Deste xeito, tal
e como destaca Ullmann (1965: 243), as imaxes animais transfírense á esfera humana e
adquiren con frecuencia connotacións humorísticas, irónicas, pexorativas ou mesmo
grotescas, de maneira que o ser humano pode ser comparado cunha innumerable
variedade de animais (can, gato, porco, burro, rato, rata, ganso, león etc.) e así
comportarse, a ollos dos demais, di Ullmann (1965: 243), «de un modo gatuno, perruno,
borreguil etc.».
O noso corpus de expresións figuradas galegas construídas con referentes animais
compóñeno expresións nas que se produce a animalización do ser humano (bo peixe
‘persoa coa que hai que ter coidado’), algunhas, máis residuais en que se animaliza un
aspecto meteorolóxico (poñer o tempo cara de can ‘empeorar as condicións
meteorolóxicas’), outras en que se orixina unha personificación do animal (díxolle o corvo
á pega : bótate alá/saca para alá, que es negra!, * ‘refírese a quen despreza alguén sen
se dar conta que presenta as mesmas características negativas que critica’) e unha grande
parte de expresións en que se percibe a animalización do ser humano, máis de xeito
implícito tamén unha personificación do animal ([listo] coma un moucho ‘*43moi listo’),
posto que o ser humano se ve comparado co animal pero tamén se lle atribúen ó animal
características propias do razoamento humano.
Ademais destes tipos de expresións figuradas, no noso corpus rexistramos outras en que
non se produce animalización nin personificación, pero que, ó conteren referencias a
43 Como se explicará no capítulo dedicado ó corpus e á metodoloxía de análise das expresións figuradas
(vid. capítulo 3) empregamos un asterisco cando a definición figurada da expresión é nosa.
55
animais, nos permiten extraer a valoración que fan os galegos destes (por exemplo, coller
o porco teixo polo rabo ‘equivocarse’, que nos presenta o teixugo como un animal
agresivo).
A seguir trataremos a cuestión da motivación con relación ás expresións figuradas
construídas con referentes animais.
2.4.2 A motivación nas expresións figuradas construídas con referentes
animais
Como acabamos de ver, o mundo animal constitúe para o ser humano unha fonte rica de
información para a creación de expresións figuradas que destacan certas calidades dos
animais. Con base na interpretación que fan as persoas do comportamento animal
establécese un vínculo, unha motivación entre a imaxe real e a figurada (Ullmann, 1965:
243-244).
A linguaxe figurada construída con referentes animais, tamén chamada deanimalística,
adoita estar motivada polo aspecto, os costumes, os ruídos e outras particularidades que
o ser humano lles atribúe a estes (Velasco Menendez, 2008: 182). Deste xeito, as
características que o ser humano destaca no animal a través de construcións figuradas
adoitan vir motivadas por dúas vías principais: o aspecto físico e o aspecto
comportamental. A este respecto Dobrovol’skij e Piirainen (2005a) estableceron, como
xa comentamos no apartado 2.3, dous tipos principais de motivación semántica das
expresións figuradas (a motivación metafórica ou icónica e a motivación simbólica); os
autores engaden tamén a motivación intertextual, un tipo de motivación non semántica.
Se trasladamos esta diferenciación ó estudo das expresións que se constrúen con
referentes animais observamos que as expresións motivadas metaforicamente son
aquelas que se refiren a aspectos físicos e comportamentais dos animais: [ter a boca] coma
un burro ‘boca grande’ e [dar un couce] coma unha burra / [dar couces] coma os burros
‘dise cando unha persoa fai algo malo a outra que non o esperaba’. Deste xeito, unha
expresión figurada pode xerarse independentemente en cada cultura motivada pola
experiencia directa que teñen as persoas cos animais. Estas reparan en determinadas
características físicas dos animais e no seu xeito de actuar (co ser humano, con outros
animais etc.) e tales características funcionan como fonte de creación de expresións
figuradas que os seres humanos empregan para comprender determinadas realidades da
súa vida diaria. Os animais, sobre todo os domésticos, son referentes de infinidade de
56
expresións figuradas en moitas linguas debido a que ocupan un papel importante nos
fogares de todo o mundo. Tal e como explica Kekić (2008) resulta lóxico que existan
expresións figuradas similares ou, mesmo, idénticas entre distintas linguas e culturas,
froito dunha mesma interpretación do comportamento animal:
Los animales con los que el hombre ha tenido más contacto suelen ofrecer similitud en
las metáforas, lo cual sugiere que podrían haber surgido de la misma experiencia
cotidiana compartida por diferentes culturas, aunque tampoco es imposible que sean
préstamos.
Kekić, 2008: 126
As expresións motivadas simbolicamente refírense a características do animal
orixinadas a través de fenómenos culturais. Estes fenómenos refírense, como xa
comentamos, a coñecementos culturais, costumes influídos por crenzas colectivas e á
aprendizaxe común dunha determinada sociedade, mostras dun imaxinario colectivo
transmitido de xeración en xeración (ave de mal agoiro ‘persoa que anuncia malos
presaxios’ / burro ‘persoa moi traballadora’). Ademais, estas expresións seguen
funcionando aínda hoxe, tanto se a realidade que as motivou segue existindo coma se non
(Nazarenko e Iñesta Mena, 1998: 101). Por exemplo, en galego segue funcionando aínda
hoxe a expresión [cargar/traballar] coma unha/un burra/burro (‘moito e moi duramente’)
a pesar de que os traballos agrícolas que se realizaban en Galicia con este animal hai
tempo que se levan facendo con máquinas e o burro deixou de ser, na práctica, o referente
directo do traballo no campo.
No capítulo que Dobrovol’skij e Piirainen dedican ó estudo de metáforas e símbolos
animais (2005a: 323), explican que, normalmente, a interpretación cultural que o ser
humano fai dos animais adoita estar baseada na observación do seu comportamento, algo
que pode inducir, din, á posibilidade de interpretar algúns casos de uso simbólico como
motivados pola experiencia directa, pero en realidade son casos ben diferenciados. As
persoas escollemos un animal en concreto como representante, por exemplo, da estulticia,
baseándonos no seu comportamento, nos seus actos. Agora ben, cando o animal é xa
portador por si só do valor cultural, de maneira que se o illamos da expresión este segue
mantendo as mesmas connotacións, entón estaremos ante valores motivados
simbolicamente (Kekić, 2008: 112); lembremos, por exemplo, as imaxes en que as
persoas consideradas pouco intelixentes son representadas con orellas de burro.Certas
expresións figuradas poden coincidir en varias culturas por estaren baseadas nun símbolo
57
compartido por estas. Kekić (2008: 127) explica que a metáfora cultural é un dos motivos
para esta coincidencia, posto que ó longo da historia a humanidade atribuíulles certas
características e valores ós animais que derivaron en valores simbólicos e estes foron
repartidos ás distintas culturas a partir dunha antiga cultura común, de xeito que puideron
xerar unha converxencia lingüística.
A intertextualidade de certas expresións figuradas é outro factor de motivación para ter
en conta nas expresións con referentes animais. Deste xeito, unha expresión pertencente
a un texto amplamente coñecido, xerado nunha cultura concreta, pode espallarse a outras
culturas. Estas fontes textuais das que proceden este tipo de expresións figuradas son os
escritos da literatura clásica, a Biblia, as fábulas, os contos de tradición oral, as obras de
ficción etc. (Piirainen, 2012: 54). Pamies Bertrán (2012: 293) explica que os animais
foron venerados dende tempos prehistóricos, converténdose en deuses zoomorfos no
antigo Exipto, posteriormente en compañeiros de divindades na mitoloxía grega e romana
ou tamén dos santos en representacións haxiográficas católicas. Tamén foron inspiradores
de fábulas (sirvan de exemplo as fábulas de Esopo ou de La Fontaine44) nas que lle foron
atribuídas a cada animal actitudes humanas, así como de supersticións que os fan
portadores tanto da boa sorte coma da desgraza. Existen, así, expresións metafóricas
construídas con referentes animais que coinciden en distintas culturas por teren como
referentes os animais das fábulas e contos infantís en que se presenta un retrato da «forma
de ser» de cada un deles. Un exemplo de intertextualidade atopámolo na expresión galega
están verdes! Dixo a raposa45 * ‘expresión que se emprega cando alguén finxe desprezar
algo polo feito de non podelo ter’, que ten a súa motivación na fábula A raposa e as uvas
de Esopo (1999: 27). Nesta fábula relátase a historia dunha raposa famenta que, ó ver que
non pode acadar un acio de uvas, descúlpase dicindo que aínda están verdes para podelas
comer.
44 Ullmann (1965: 243) explica que a imaxinería popular cos animais brota da mesma actitude cás
numerosas obras literarias con protagonistas animais, entre as que nomea as fábulas de Esopo e La Fontaine,
a grega Batracomiomaquia (guerra das ras e os ratos) ou mesmo a Animal Farm de Orwell. Explica, tamén,
que as imaxes animais se atopan entre os artificios máis antigos do estilo literario e pon o exemplo de
Homero cando chama á deusa Hera: «la de los ojos de buey». 45 Esta expresión, recollida a través de enquisas, parece ser un acurtamento dunha expresión maior que
rexistra Correas (2000: 88) para o castelán: ansí dijo la zorra a las uvas, no pudiéndolas alcanzar, que no
estaban maduras. O autor explica a orixe e a definición da expresión do seguinte xeito: «Disimulación de
la zorra cuando no pudo alcanzar las uvas porque estaban altas; aplícase cuando se hace “de la necesidad
virtud” y se disimula al deseo de lo que no se puede haber». Na expresión castelá a motivación intertextual
é máis facilmente recoñecible ca na galega.
58
Como acabamos de ver, certas expresións figuradas con referentes animais poden ser
comúns a varias culturas, xa sexa por unha mesma interpretación conceptual da realidade,
por unha motivación cultural compartida ou por seren expresións relacionadas cun texto
amplamente coñecido en varias culturas. Pero aínda que coincidan certos zoomorfismos
en varias linguas (como ocorre con frecuencia no galego e no castelán46), existen tamén,
como comentamos, exemplos característicos dunha cultura determinada. Por exemplo, en
galego adoitamos asociar a preguiza co can (can ‘nugalla, preguiza, falta de vontade para
traballar’), pero concretámola, aínda máis, coa figura do can de palleiro ([levar] unha vida
coma un can de palleiro ‘preguiza’), can prototípico da casa galega47. Este sería, pois, un
exemplo de expresión do que certos autores, entre os que se atopa Dobrovol’skij (2000:
63-78), identifican co factor de especificamente nacional, dado que contén un elemento
exclusivo ou moi característico da cultura material galega: o can de palleiro (Ferro Ruibal,
2008: 173).
Luque Nadal (2012) entende que a xustificación de que nunha cultura se escollan certos
animais e non outros para portar determinados valores está no maior ou menor grao de
familiaridade dos falantes con eses referentes animais, independentemente de que estean
ou non presentes no seu medio natural:
(...) los valores asociados a cada entidad, objeto o animal suelen variar bastante de un
idioma a otro. Esto se explica, por ejemplo, en el caso de los animales, porque el animal
en cuestión es más familiar en un medio y en una cultura que en otras. Un ejemplo de
esto es el ‘rinoceronte’, que es un animal exótico tanto para los franceses como para los
españoles pero que en España no tiene connotación metafórica alguna, mientras que los
franceses lo asocian a un individuo tonto.
Luque Nadal, 2012: 40
Coseriu (1977) explica que cada colectividade humana carga os animais que a rodean de
connotacións simbólicas, posto que son unha forma de cultura reflectida pola linguaxe e
establecen unha relación lóxica cos hábitos e tradicións propios de cada comunidade
lingüística. Se, por exemplo, observamos o que acontece nas culturas europea e xaponesa
co referente da serpe, vemos que, na primeira delas, a serpe remite simbolicamente á
malicia, á falsidade e á crueldade, mentres que na cultura xaponesa algunhas serpes
46 Cast. [(más) astuto/a] como un/a zorro/a / que un/a zorro/a / [astuto] como un raposo (vid. Seco, 2004 e
Correas, 2000) / gal. [ser/astuto/listo/pillo] coma un raposo/golpe (LFCEG/DFXG/ DFM). 47 Vid. capítulo 5.
59
representan a boa sorte e son consideradas un ben sagrado (Angelova Nénkova, 2008:
26).
Na mesma liña, Morales Muñiz (1996: 235) explica que os animais nas culturas
occidentais e orientais presentan unha significación moi dispar. Sinala que mentres que
en Occidente certos animais son considerados maléficos ou negativos para o ser humano,
en Oriente resultan ser todo o contrario:
La serpiente, en Oriente, es símbolo de vida; el mono resulta, para los chinos, portador
de salud, de éxito y de protección, así como de felicidad y larga vida. El cuervo, símbolo
de mal agüero para los occidentales, tiene una excelente reputación para los pieles rojas
americanos. El cocodrilo, símbolo de sabiduría para egipcios e hindúes, es un monstruo
de maldad para los Bestiarios medievales.
Morales Muñiz, 1996: 235
Con relación a isto, Kekić (2008) explica que o feito de que se xeren expresións figuradas
distintas dunha lingua a outra e de que teñan, tamén, cargas simbólicas distintas se debe
á unha elección diferente por parte das comunidades lingüísticas das características
obxectivas e subxectivas que se poden observar nos animais.
Martín Zorraquino (1986: 1260) engade que a tradición cultural intervén coma un filtro
dentro do idioma na selección do nome do animal para crear unha expresión figurada e,
ademais, mantén esta capacidade selectiva ou «filtradora» para reducir as notas
significantes do nome que designa o animal en cuestión, no sentido de que restrinxe os
trazos semánticos do dito nome nunha dirección determinada. Pero tamén pode ocorrer
que un mesmo animal conteña notas semánticas diverxentes entre si no seo dunha mesma
cultura. Un exemplo disto, podemos atopalo nas expresións galegas [estar] coma un can
á boa vida (‘comodidade’) e levar unha vida de cans (‘mala vida’) que representan
valores opostos. Este feito fai que a tarefa interpretativa de certas expresións figuradas
resulte difícil para unha persoa que non pertenza a esa cultura determinada (Zorraquino,
1986: 1263).
A seguir faremos un repaso polos traballos galegos, previos á nosa investigación, que
tratan as expresións figuradas construídas con referentes animais.
60
2.5 Estudos previos arredor das expresións figuradas galegas
construídas con referentes animais
Neste apartado describiremos os traballos que se levaron a cabo ata o día de hoxe
relacionados, de maneira máis ou menos directa, con expresións figuradas galegas
construídas con referentes animais. Con este repaso pretendemos situar a nosa
investigación na correspondente liña de estudo.
O primeiro traballo do que temos constancia é o artigo publicado en 1948 por Vicente
Risco co título de «Contribución al estudio del lobo en la tradición popular gallega».
Neste artigo, Risco realiza un amplo repaso sobre a visión que teñen os galegos do lobo
a través de crenzas, contos de tradición oral e, tal e como sinala o autor, unhas poucas
expresións correntes. Un exemplo destas poucas expresións incluídas no artigo é seica
vichel [sic] lo lobo que, segundo o autor, se emprega «cuando uno está despeinado o con
los pelos de punta» (1948: 101). A través da descrición do comportamento do lobo co
home e con outros animais, dos seus hábitos nocturnos, da forza da súa mirada e do apoio
da súa argumentación en crenzas e contos populares galegos, Risco traza a valoración que
se fai do lobo en Galicia. O autor conclúe que na tradición popular galega o lobo é o
principal inimigo do home entre todos os demais animais, un ser maléfico e demoníaco;
un animal dotado de poderes máxicos e que está nunha guerra permanente co ser humano.
Aínda que neste traballo existen poucas mostras de expresións figuradas co lobo como
referente, consideramos que se trata dunha achega importante en canto ó estudo cultural
que se fai da figura deste animal en Galicia e, xa que logo, da súa valoración.
No ano 1967 Xesús Alonso Montero publica o artigo «Denominaciones gallegas de la
culebra, el zorro y el lobo. Una incursión en la lingüística de tabú y de la
expresividad». Nel, o autor trata o caso de certos nomes de animais considerados
perigosos que funcionan como tabús lingüísticos en galego debido á crenza popular de
que o seu uso atraería estes seres ós núcleos de poboación. Alonso Montero reúne unha
serie de formas eufemísticas que evitan a denominación directa, 20 que designan a cobra
(a do veneno, a pezoña, a retorta...), 69 para o raposo (o do rabo, o señorito, o furafollas
...) e 78 para o lobo (o amigo, o Xan, o danzante...), todas elas ordenadas alfabeticamente
e cunha indicación da súa localización xeográfica. O autor aclara que a explicación de
que o raposo conte con menos interdicións lingüísticas que o lobo responde ó feito de
que, cando menos no momento en que se recolleron as formas, o primeiro era menos
61
temido có segundo. Algo que contrasta, di, co acontecido en toda España en tempos
anteriores en que o raposo era máis temido que o lobo, polo que se lle atribuíron nomes
como o de vulpeja, cuxo cognado galego, golpe, aínda está vivo en certas zonas de
Galicia.
Alonso Montero completa este traballo cunha análise etimolóxica das voces máis comúns
e compara os resultados galegos coas formas adoptadas noutras linguas. A través das
interdicións lingüísticas asignadas a cada animal e das formas empregadas para
designalos pódese trazar a valoración que fan os galegos deles.
En 1968 Hilda Otero Pérez presenta a súa tese de doutoramento titulada Formaciones
Expresivas en Gallego. I Voces de animales. Trátase dun traballo amplo, distribuído en
varios volumes, en que se ofrecen «formacións expresivas» galegas de todo tipo; mais é
este primeiro volume, Voces de animales, o que garda relación coa temática que
investigamos. O traballo de Otero Pérez recolle diferentes nomes galegos de animais
(coas súas variantes dialectais), os sons que estes emiten e outros termos que gardan
relación con eles. En ocasións a autora describe as características xerais do animal, aínda
que non se trata dun criterio regular. Neste traballo ofrécese o nome do animal en galego,
seguido das súas variantes dialectais e, en ocasións, os refráns, locucións e cantigas
populares en que se nomea ese animal en cuestión. Danse, tamén, explicacións sobre a
formación das palabras que designan cada animal a través do apoio en referencias
lexicográficas. A aparición de expresións figuradas nesta tese é escasa, pois non se centra
exactamente nese eido da linguaxe, senón que está orientada, máis ben, cara a análise de
voces (verbos e substantivos principalmente) que se insiren dentro do campo semántico
dos animais para describilos. A descrición que se ofrece deles achega certa información
dos valores que os galegos lle atribúen a cada animal.
En 1986 Isabel González publica o artigo «Os animais domésticos na poesía galega de
Rosalía». Nel describe o tratamento que se lles dá ós animais domésticos nos distintos
poemas que compoñen a obra galega de Rosalía de Castro. González analiza a aparición
do gando vacún, do gando mular, do gando lanar, do can e o gato, do porco e doutros
animais, coma o coello e o rato. A autora localiza numerosas comparacións entre homes
e animais, sobre todo as formadas a través da figura do can. Así mesmo, detecta o uso de
varias expresións figuradas como canciño cego, cara de can, terco coma un carneiro etc.
A autora conclúe que é o can o animal doméstico máis citado na poesía galega de Rosalía
de Castro e explica que probablemente se deba á súa maior proximidade co ser humano.
62
Deste estudo extráense, tamén, certas valoracións dos animais que, a través dos versos de
Rosalía, fan os galegos. Por exemplo: a tristura da ovella, a fidelidade do can, a
lambonería do gato, a teimosía do carneiro etc.
En 1997 Elisa Gómez López presenta o seu traballo de fin de carreira O campo semántico
dos animais na fraseoloxía galega: estudo comparativo. A autora analiza unha serie de
locucións galegas con referentes animais e compáraas coas correspondentes locucións
españolas e inglesas. Gómez López obtén e analiza 381 locucións galegas con referentes
animais (dun corpus de 4628 expresións), 282 locucións españolas (dun corpus de 8000)
e 239 locucións inglesas (dun corpus de 7200). Os obxectivos que pretende acadar nesta
investigación céntranse na análise da importancia que ten o campo semántico dos animais
na creación fraseolóxica (tanto figurada como non figurada) das linguas, concretamente,
nas locucións; no tratamento da fraseoloxía como un dos aspectos da lingua máis difíciles
de traducir e na creación dun instrumento de axuda ós tradutores de galego e doutras
linguas en relación co discurso repetido do campo semántico dos animais. A autora
conclúe que este campo semántico ten unha grande importancia na creación fraseolóxica
das tres linguas analizadas. Apunta que foi en lingua galega onde atopou máis casos de
locucións en que se inclúen animais, seguida do castelán e do inglés. Explica, tamén, que
os animais máis frecuentes nas locucións galegas foron o can (49), o gato (21), o burro
(20), o boi (15), a cabra (12), a vaca (12), o porco (12), o galo (11), a galiña (11), o paxaro
(10), a mosca (9) e o peixe (8). Rexistra, ademais, outras locucións con animais que
presentan unha menor incidencia de aparición. A autora apunta que é a lingua galega a
que máis recorre a nomes xenéricos, como gando, para a creación de locucións.
En 2001 Acuña Trabazo e Garrosa Gude publican o artigo «Achegamento ó estudio
comparativo dos nomes de animais, das doenzas e doutros elementos relacionados
coas crenzas en Galicia», un estudo en que os autores realizan algunhas calas no léxico
galego, concretamente nas denominacións dos animais, dos fenómenos atmosféricos e
das doenzas. Acuña e Garrosa establecen unha relación entre o léxico patrimonial galego
e as crenzas da cultura popular. Baséanse, para a súa análise, en mostras da literatura
popular. No apartado dedicado ós nomes que os galegos lles dan ós animais diferencian
entre animais queridos (xoaniña e mantis relixiosa) e animais temidos (garduña e
donicela) e explican que a creación dos distintos nomes que se lles dan a estes animais en
Galicia vén motivada polas crenzas que os galegos relacionan con cada un deles. Trátase
63
dunha achega pequena, en canto ó ámbito temático dos animais, pero a través dela
podemos percibir os tipos de valoración que os galegos fan dos animais estudados.
En 2008 Ferro Ruibal publica o artigo «A comparación fraseolóxica galega como
radiografía lingüística», en que analiza arredor de 3500 locucións e fórmulas
comparativas, as máis repetidas no Tesouro Fraseolóxico Galego (TFG48). O autor
aborda estas construcións galegas dende diferentes ópticas, a semántica, a gramatical, a
psicolóxica e a sociolóxica, e a partir delas pretende establecer conclusións sobre a visión
que os galegos teñen da realidade. Entre os 20 referentes ou comparandos máis repetidos
no TFG o autor rexistra varios animais (can; gato; galiña, pito, pita, galo; vaca, boi;
porco; burro; lobo; sapo; peixe e cuco) e identifica as características positivas, negativas
e neutras que os galegos lles atribúen a partir das construcións que crean. Un punto deste
estudo que nos parece interesante para o tema que nos ocupa é a identificación de
comparanzas galegas autóctonas por conteren elementos exclusivos ou moi
característicos da nosa cultura material, entre os que destacan animais coma o can de
palleiro.
En 2010 Ferro Ruibal e Benavente Jareño publican O libro da vaca. Trátase dunha ampla
monografía que conta con 12 000 entradas léxicas, 5000 fraseolóxicas (tanto figuradas
como non figuradas) e 1300 elementos da tradición oral galega (principalmente cantigas
e contos) referidas exclusivamente ó gando vacún e ós seus produtos e subprodutos. A
organización do libro atende a un criterio veterinario: características, fisioloxía, anatomía,
a alimentación da vaca, a súa reprodución, enfermidades, actividades do gando co
gandeiro etc. Mais nel trátanse tamén aspectos do gando vacún ancorados na tradición
cultural de Galicia: a fraseoloxía vacúa, o gando vacún como referencia mental, as crenzas
que gardan relación con el, as cantigas etc. O material fraseolóxico que ofrecen os autores
neste libro constitúe unha achega importante ó ámbito temático da fraseoloxía bovina, e
o libro en xeral permite extraer unha valoración completa da visión que teñen os galegos
destes animais.
48 Corpus fraseolóxico que permanece en construción (no momento de elaboración deste traballo) no Centro
Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades (CIRP). Nel recóllese a fraseoloxía galega extraída
do traballo de campo propio da área fraseolóxica do CIRP, pero tamén outras construcións fraseolóxicas
extraídas de obras lexicográficas (especializadas ou non), así como de gravacións e obras literarias. O
material extraído data dende o último terzo do século XX ata a actualidade (vid. Ferro Ruibal, 2006: 179).
64
Entre as conclusións de índole cultural que ofrecen, os autores destaca a consideración da
vaca como un animal case totémico en Galicia, que resulta ser unha referencia mental
colectiva na nosa comunidade.
Neste mesmo ano, 2010, Martínez Blanco e Veiga Alonso publican o artigo «Fraseoloxía
galega de peixes e outros animais mariños», un traballo no que se recollen e estudan
fraseoloxismos (figurados e non figurados) do ámbito mariño e en que os referentes son
principalmente peixes, pero tamén outros animais que viven no mar. O obxectivo que
perseguen os autores con este traballo é a recolleita de expresións fraseolóxicas galegas
relacionadas co ámbito dos peixes e outros animais mariños para poder describilos a partir
da súa fraseoloxía.
Martínez Blanco e Veiga Alonso establecen sete grupos de locucións en función do seu
sentido semántico: caracterización de individuos (bo peixe), caracterización de estados
(coma o peixe/troita na auga), caracterización de accións (andar á lapa), fenómenos
meteorolóxicos (haber arroaces no mar), significados que teñen que ver coa
rendibilidade e o proveito (valer máis a salsa que o peixe), carencia de valor (comer
arolas) e o que os autores definen como «outros casos» (botar outra sardiña, que outro
ruín vén da viña). En canto ós refráns, os autores analizan refráns literais (en xaneiro a
raia val carneiro) e figurados (o que troitas quer pescar, as calzas ten que mollar).
Neste traballo dispóñense as expresións fraseolóxicas segundo os grupos antes
mencionados xunto co seu significado e dáse unha pequena explicación das
características dos animais que puideron levar á creación das ditas expresións, polo que
se pode percibir con claridade cal é a valoración que os galegos fan deles.
Tamén en 2010 sae publicado o artigo de Groba Bouza «A cabalo regalado non se lle
mira o dente. Compilación da fraseoloxía galega equina actual». Trátase dunha
recompilación de 1951 unidades fraseolóxicas galegas que teñen os équidos como
referentes (cabalo, egua, burro, burra, mulo, mula, besta...). As expresións ordénanse de
acordo co criterio alfabético e clasifícanse en locucións (andar a cabalo), fórmulas (alá
vai o burro coas noces!), dialoxismos (-Non son reló de repetición. -Pero eres burra de
contestación), wellerismos (díxolle o burro ás coles: pax vobis), frases proverbiais (eu
cunha cabezada de palla, o Chiquito a cabalo de min, i-o Mariano chamando, ¡canto
rimos!), refráns (a albarda debe ser conforme ó burro) e refráns con topónimo e ditos
tópicos (en Lugo, nin boa besta nin bo burro). As definicións e outras aclaracións que
teñen que ver coas unidades fraseolóxicas sitúanse en notas ó rodapé.
65
O obxectivo que persegue o autor con esta achega é a recompilación de toda a fraseoloxía
galega actual (sexa ou non figurada) que ten os équidos como referentes.
Un ano despois, en 2011, Groba Bouza analiza e interpreta o contido da «Compilación de
fraseoloxía galega actual» no artigo titulado «Onde hai eguas poldros nacen. A
realidade vista dende os equinos». O autor pretende mostrar, neste novo estudo, os
fundamentos sobre os que se asentan as 1951 unidades fraseolóxicas con referentes
equinos recollidas un ano antes; aínda que engade tamén, entre os exemplos, algunhas
paremias novas recollidas despois da publicación do primeiro traballo. A partir delas,
Groba Bouza realiza unha descrición da morfoloxía e fisioloxía equinas, do seu
comportamento e de determinadas situacións que se vinculan coas relacións do ser
humano co animal.
O autor conclúe que, a pesar do crecente despoboamento de equinos no rural galego
(debido á introdución de nova maquinaria agrícola, pero tamén ó abandono do campo
cara ás cidades) a pegada que estes animais deixaron na lingua galega, concretamente na
súa fraseoloxía, é moi profunda e seguen a funcionar a día de hoxe como referentes para
a creación de unidades fraseolóxicas.
En 2013 Novo Folgueira presenta a tese de doutoramento Os insultos en galego. Estudo
lingüístico. Este traballo é, en esencia, un dicionario de insultos e outras expresións con
significados figurados construídos con referentes animais coas súas correspondencias en
castelán e portugués, precedido dun estudo introdutorio. Tal e como afirma o autor (2013:
138), inicialmente, pretendía abranguer exclusivamente o ámbito dos insultos; mais ó
atopar usos non ofensivos de insultos, alcumes e outras palabras aplicadas de forma
figurada a unha persoa, decidiu abrir o criterio e recoller tamén «outros apelativos e
palabras con significados figurados aplicados a persoas» (Novo Folgueira, 2013: 138).
O autor conclúe que a lingua galega presenta un carácter propio para a creación do insulto,
con base na comparativa realizada coas linguas portuguesa e castelá. Di, ademais que o
campo semántico dos animais resulta especialmente atractivo para este tipo de expresións,
«por basearse en propiedades dos bichos, na súa simboloxía ou na mesma relación cos
humanos» (2013: 134).
No momento da redacción deste traballo estes son os estudos dos que temos constancia
que gardan relación, dun xeito ou doutro, coas expresións figuradas que se constrúen con
referentes animais e coa valoración que fan os galegos destes últimos. Trátase dun elenco
66
de traballos reducido, de tal modo que a nosa investigación, mediante a recompilación e
análise deste tipo de expresións figuradas galegas, pretende contribuír ó coñecemento dun
campo de estudo pouco desenvolvido na lingüística galega.
67
3 CORPUS E METODOLOXÍA
Dedicamos este capítulo a describir a creación do corpus de traballo e a metodoloxía que
seguimos tanto para a súa elaboración como para a análise das expresións figuradas
seleccionadas.
Nos apartados que seguen expoñeremos os criterios que adoptamos para recompilar as
expresións extraídas de fontes escritas (de acordo co tipo de referente da expresión, coa
súa morfoloxía e co tipo de obras consultadas). Describiremos, tamén, o procedemento
que seguimos para crear unha enquisa fraseolóxica coa que poder ampliar e enriquecer o
noso corpus de traballo, así como para comparar os datos obtidos cos extraídos das
expresións figuradas tiradas de fontes escritas.
Por último, mostraremos o tratamento informático dos datos obtidos, os criterios de
presentación das expresións no noso corpus e a metodoloxía de análise que seguimos.
3.1 Criterios de selección das expresións tiradas de fontes escritas
3.1.1 Canto ó seu referente
Para a creación do corpus de traballo seleccionamos aquelas expresións figuradas que se
forman tomando como referentes os animais. Recollemos expresións que nos permitisen
extraer ideas sobre a visión que os galegos teñen de cada animal. Así pois, todas as
expresións teñen como referente un animal, sexa mediante unha alusión explícita en que
se empregue o seu nome (onde irás boi, que non ares!), sexa por alusións implícitas ó
animal a través dos lugares onde vive ([estar/ser] coma un/o cortello), dos ruídos que
emite (ladrar), de accións concretas realizadas por animais (soltar un couce), das partes
do seu corpo (romper os cornos), dos grupos ou colectivos que estes adoitan formar (ser
da mesma camada), dos aparellos que levan (perder os estribos) etc.
Como sinalamos no capítulo 1 deste traballo, a nosa finalidade principal é descubrir, a
través das expresións figuradas, o retrato que os seres humanos crean de cada animal. Así
pois, as expresións recollidas refírense a aspectos do seu comportamento, o que as persoas
interpretamos como carácter ou condición do animal, á relación que existe entre o home
e o animal e a aspectos que dan indicios da valoración que facemos os galegos dos
animais. De acordo con isto, optamos por omitir as expresións nas que os animais son
concibidos simplemente como un alimento (o coello por San Xoán e a perdiz por Navidá),
nas que se fai referencia á súa morte ([berrar] coma un marrán na mesa de matar), a
68
aspectos biolóxicos ([coller/ter (algo)] máis ca unha burra peidos) ou a enfermidades
comúns neles ([adoecer] coma os cans da rabia). En calquera caso, si incluímos
excepcionalmente algunha expresión con este tipo de referentes se consideramos que
permite extraer algunha característica que as persoas lle atribuímos prototipicamente ó
animal en cuestión. Así, por exemplo, forma parte do noso corpus a expresión [morrer]
coma moscas, posto que nos indica que a mosca é un insecto que vive en agrupacións
xunto cos seus semellantes, unha característica que o ser humano ten en conta para crear
expresións figuradas co valor de ‘en cantidade’.
Por último, optamos por non recoller, tampouco, as expresións cuxa forma nos revela
unha máis que probable restrición diatópica no seu emprego (corvos na area, chuvia en
Cedeira / gaivotas no con, peixes en Coira / para porcos, na Cañiza, que nunca foron
lavados).
3.1.2 Canto á súa morfoloxía
As expresións figuradas que recollemos presentan unha morfoloxía variada en tanto que
poden ser unidades monoverbais, constituídas por unha soa palabra, de distintas
categorías gramaticais (burro / galopar / bestial), ou entidades fraseolóxicas
pluriverbais, constituídas por dúas ou máis palabras (burro de carga / en/na terra de/dos
lobos, ouvea/hai que ouvear coma todos/coma eles / ter aires de boa ovella).
Atendendo á caracterización feita por Álvarez de la Granja (2003: 11) entendemos por
unidade fraseolóxica toda combinación de dúas ou máis palabras que presenta fixación
dos seus compoñentes, que non segue un proceso de formación regular e produtivo, que
posúe unidade conceptual e/ou funcional e que se vincula cunha situación dada. Dentro
das unidades fraseolóxicas pluriverbais, e continuando coa clasificación feita por Álvarez
de la Granja (2003: 20-24), forman parte do noso corpus as locucións e os enunciados
fraseolóxicos. As primeiras son elementos oracionais que non constitúen actos de fala de
seu senón que se insiren noutros actos de fala e que se clasifican tendo en conta o seu
funcionamento no discurso e o feito de poderen ser substituídas por elementos oracionais
monolexicais. As segundas, en cambio, si constitúen actos de fala de seu e non necesitan
combinarse con ningún elemento do discurso (vid. Zuluaga, 1980). No noso corpus
rexistramos os seguintes tipos de locucións cun significado figurado: substantivas (cabra
tola, boi de arado, burro de carga ...), adxectivas (de fociños, de avestruz,...), adverbiais
(a poutadas) e verbais (ter o burro á porta, durmir sen can, coller/ter o burro, ...). Entre
69
as locucións, cómpre mencionar ademais a existencia de numerosas expresións de
carácter comparativo ([malo] coma as cobras, [rir] coma os coellos, [ter a cama] coma
un cubil...).
Canto ós enunciados fraseolóxicos, un dos tipos que recollemos é o refrán, un enunciado
fraseolóxico lexicalizado que encerra un valor de verdade xeral válida en calquera tempo,
que goza de autonomía sintáctica e textual e adoita ser de autoría anónima (Arnaud, 1991:
12) (en/na terra de/dos lobos, ouvea/hai que ouvear coma todos/coma eles). Os refráns
que forman parte do noso corpus son figurados, pero ó longo da análise faremos
referencia, ocasionalmente, a algúns refráns literais que, aínda que non presenten unha
imaxe figurada, si dan conta de características do comportamento animal, da relación que
este presenta co home e con outros animais ou da valoración que fan os galegos del e que
nos serven de apoio á nosa argumentación49.
Outros enunciados fraseolóxicos que recollemos son as fórmulas, enunciados que non
presentan valor de verdade xeral, pero si teñen un significado pragmático e situacional
(Zuluaga, 1980: 207) (ladra, can, que para iso gañas o pan!) e os dialoxismos,
constituídos por unha frase impersoal seguida dun comentario xeralmente irónico
(Casares, 1992 [1950]: 195) que se interpretan como un único enunciado (aínda que se
perciben trazos de diálogo) (¡palabra!, díxolle o lobo á cabra).
3.1.3 Canto ás obras consultadas
A selección das expresións candidatas a formar parte deste corpus levámola a cabo a partir
do baleirado de refraneiros, dicionarios especializados en fraseoloxía e dicionarios xerais
galegos. Recollemos e analizamos aquelas expresións figuradas que cumprisen as
características citadas anteriormente.
Como primeiro paso buscamos en refraneiros e dicionarios especializados en fraseoloxía
galega, para despois completar a información cos dicionarios de carácter xeral. Os
primeiros foron o Refraneiro galego básico (Ferro Ruibal, 1995) (RGB), o Refraneiro
galego máis frecuente (Ferro Ruibal, 2002) (RGMF), o Dicionario fraseolóxico galego
(Martínez Seixo, 2000) (DFXG); o Dicionario fraseolóxico do mar (Rivas, 2005)
49 Un exemplo podemos atopalo no subapartado dedicado á maldade que se encontra no capítulo 5,
correspondente a can,cadela, en que se inclúen os refráns literais home coxo e can rabelo, renega del coma
do demo / de home coxo e can rabeno, ¡líbrenos Deus coma do demo!; home pequeno e can rabelo, para
fodelo; home lampo e can rabelo desconfía del/deles coma do demo.
70
(DFXM), o Dicionario de fraseoloxía galega (López Taboada e Soto Arias, 2008) (DFG)
e a achega feita por Ferro Ruibal (2006), en forma de artigo, de 9713 «Locucións e
fórmulas comparativas ou elativas galegas» (LFCEG), extraídas do Tesouro Fraseolóxico
Galego (TFG).
Coas 861 expresións resultantes deste baleirado construímos unha listaxe de 126 nomes
de animais que funcionaban como referentes das mesmas. A partir destes nomes,
buscamos novos usos e expresións figuradas construídas con cada un dos animais nas
entradas e subentradas dos dicionarios de carácter xeral. Consideramos importante o
baleirado de dicionarios xerais para poder localizar expresións figuradas monoverbais
(burro, porco, cabra...) que, en principio, non adoitan aparecer en dicionarios
fraseolóxicos, así como, no seu caso, para completar o repertorio fraseolóxico extraído
dos dicionarios especializados. Para esta busca escollemos o Gran dicionario Xerais da
lingua (Carballeira Anllo, 2009) (GDXL), editado en papel con 100 000 entradas e que
ofrece un amplo abano de elementos fraseolóxicos. Despois, fixemos a mesma busca no
Dicionario da Real Academia Galega (2012) (DRAG), editado de xeito dixital e
composto por 50 000 entradas50 (no momento de extracción das expresións).
Nestes dicionarios xerais tamén buscamos voces creadas a partir da raíz do nome do
animal e que posúen un sentido figurado: abelloar (‘falar facendo ruído; alborotar,
algarear, barullar’ [GDXL / DRAG] / ‘encirrar, provocar unha persoa ou un animal para
que realice unha determinada acción’ [GDXL] / ‘provocar inquietude’ [GDXL] /
‘alborotarse, perder a calma, a serenidade e a compostura’ [GDXL]), aformigar/formigar
(‘experimentar unha sensación entre o proído e as cóxegas nunha parte do corpo’ [GDXL
/ DRAG] / ‘haber moita cantidade e moito movemento de persoas ou animais’ [GDXL /
DRAG] / ‘adormecer unha extremidade’ [GDXL]) ou formigo (‘fedello, persoa moi
inqueda’ [GDXL] / ‘intranquilidade provocada polo desexo de algo; comechume’
[GDXL] / ‘sensación de proído ou cóxegas’ [GDXL/DRAG].
Co obxectivo de atopar outras expresións figuradas que se referisen de maneira indirecta
ós animais, acudimos ó Dicionario conceptual galego (Quintáns Suárez, 1997) (DCG)
coa listaxe de animais que xa posuïamos. Despois de procurar os nomes destes animais
no DCG elaboramos unha listaxe paralela con palabras que se inserían dentro do campo
semántico de cada animal: vivendas (tobo), partes do corpo (pata), accións (ornear) e
50 Aínda que o número de entradas é menor ca no dicionario anterior, consideramos importante o seu
baleirado por ter carácter académico.
71
denominacións xenéricas (gando). Con estes datos puidemos atopar outros usos figurados
con referentes animais mediante unha nova busca nos refraneiros e dicionarios antes
citados e completar, deste xeito, as expresións figuradas extraídas de fontes escritas.
O número de expresións figuradas extraídas destas fontes escritas foi de 1192 (254
expresións monoverbais; 231 locucións non comparativas; 511 locucións comparativas;
164 refráns; 22 fórmulas; 10 dialoxismos).
Aínda que empregamos estas obras como fonte de información para a extracción das
expresións, utilizamos tamén outras para contrastar e interpretar aquelas que en principio
nos resultaron dubidosas. Buscamos estas construcións en refraneiros como o Refraneiro
galego e outros materiais da tradición oral (Vázquez Saco, 2003), o Refraneiro galego
(Taboada Chivite, 2000) e nos dicionarios de carácter xeral que se recollen no Dicionario
de dicionarios51 (Santamarina Fernández, 2003).
3.2 As enquisas
Como xa comentamos nos obxectivos deste traballo, cremos que as enquisas son unha
fonte de información da que non podiamos prescindir nesta investigación. Un traballo
dedicado á recolleita e ó estudo de expresións figuradas non se debe centrar só en fontes
escritas, senón que é conveniente incluír, tamén, datos extraídos da «lingua viva».
Partimos da premisa de que a oralidade é o contexto principal de uso de moitas expresións
figuradas, polo que decidimos recoller e analizar mediante enquisas as expresións
figuradas galegas con referentes animais que adoitan empregar os falantes galegos, así
como coñecer de primeira man as características que estes lles atribúen ós animais.
Ferro Ruibal (1997: 212) explica, para o caso concreto dos refráns (aínda que se podería
trasladar a idea a todas as expresións figuradas en xeral), que «un refrán (…) non é un
refrán por figurar nun libro de refráns, senón por circular oralmente entre os falantes, por
ser consabido». O autor manifesta a necesidade de «rescatar a oralidade como premisa
científica» e distingue a paremioloxía histórica ou escrita da paremioloxía
contemporánea ou oral:
Podemos, polo tanto, distinguir entre nós dous tipos de paremioloxía: a Paremioloxía
histórica ou escrita, erudita ou arqueolóxica, que traballa con coleccións escritas sobre
as que fai non só crítica textual, senón tamén análise metalingüística, estética,
51 Para coñecer máis sobre estas obras poden verse os prólogos respectivos incluídos neste dicionario en
http://sli.uvigo.gal/DdD/documentos/ddd_prologos.pdf
72
etimolóxica; e a Paremioloxía contemporánea ou oral, que recolle as paremias
actualmente vivas, con especial atención ó nacemento de novas ou á desautomatización
de vellas paremias, para, con ese novo corpus, establecer índices de frecuencia, censo de
paremias mortas, mínimos proverbiais, niveis de exportación e importación, áreas de
difusión e que pode atender tamén a unha parte pragmática (como revitalizar os procesos
de creación e circulación paremiolóxica para contrarrestar o avance da fala plana e
esquelética das modernas cidades).
Ferro Ruibal, 1997: 212
O autor insiste na importancia de establecer métodos novos de recolleita paremiolóxica
que, dalgún xeito, garantan o uso das paremias. Nunha recolleita fraseolóxica de tipo
«tradicional», é importante crear un contexto idóneo para que xurda a linguaxe
fraseolóxica. Para iso, adoitase gravar o informante durante varias horas, introducíndoo
en distintos temas, ata que agromen as expresións que se procuran. Neste tipo de enquisas
é tamén relevante que os informantes se sintan cómodos coa persoa entrevistadora, que
lle teñan confianza. Esta é a maneira de que se relaxen e comecen a falar sen gardar as
distancias con ela, de que empreguen construcións figuradas e refráns no contexto que
mellor lles acaian.
Como acabamos de indicar, esta tarefa require moitas horas de traballo se se desexa
recoller un número suficiente de expresións figuradas que permita realizar unha análise
exhaustiva e, máis aínda, se se pretende que as expresións se vinculen cun eido de estudo
determinado como é o caso do ámbito dos animais. Por tal motivo, decidimos utilizar un
método de recolleita diferente: creamos unha enquisa que nos permitiu guiar as persoas
informantes para obter as respostas que procurabamos.
3.2.1 Punto de partida
Posto que a recolleita fraseolóxica a través de conversas gravadas supuña un traballo
prolongado no tempo e non garantía que obtivésemos as expresións figuradas que
procurabamos, deseñamos a nosa propia enquisa. Trátase dunha enquisa orientada á
extracción de expresións figuradas construídas con referentes animais e ó coñecemento
da valoración que adoitan facer as persoas dos animais. Somos conscientes de que a
enquisa é un método menos exhaustivo que a entrevista oral, pero cremos que si cumpre
uns parámetros mínimos de obxectividade e fiabilidade.
73
Antes de crear a nosa propia enquisa, investigamos sobre a existencia dalgunha similar
en lingua galega para poder ter un referente ou un punto de partida sobre o que traballar.
Comprobamos que non existía un modelo de enquisa preestablecido para traballar con
este tipo de expresións, pois as formas que procurabamos eran moi concretas e estaban
centradas nun eido moi específico. Por iso acudimos a traballos máis xerais, que
abarcasen outros campos de estudo no eido fraseolóxico. Nesta busca achamos a
investigación que levou a cabo Vidal Castiñeira (2003) para recoller o mínimo
paremiolóxico galego da zona de Viana do Bolo (Ourense).
Aínda que o traballo da autora tiña unha finalidade distinta á nosa e ela só se centraba na
recolleita de refráns, pareceunos que a opción de empregar un método estatístico, como
o que ela utilizara, podía ser viable para acadar os obxectivos que perseguiamos.
Decidimos, xa que logo, tomar algunhas ideas do modelo de enquisa que Vidal
Castiñeira52 lles presentou ós seus informantes e, a partir delas, creamos a nosa propia
enquisa adaptada ó tipo de expresións que pretendiamos conseguir.
Vidal Castiñeira realizou dúas enquisas distintas, a primeira coa finalidade de recadar
datos para a segunda. Na primeira enquisa pediulles ás persoas informantes (75 alumnos
e alumnas de instituto de entre 14 e 20 anos) que citasen, nun intervalo de tempo de 15
minutos, todos os refráns que recordasen. Despois, repetiron este mesmo exercicio con
tres informantes de idade avanzada (64, 85 e 87 anos) «cunha boa competencia
fraseolóxica, tanto pola súa idade como por ter vivido a maior parte da súa vida na aldea»
(Vidal Castiñeira, 2003: 80). A autora sinala que, nos dous exercicios, os informantes
tiveron a dificultade de ter que recordar refráns fóra de contexto. Por este motivo, para o
caso dos informantes anciáns, leulles unha listaxe de refráns recollidos nun concello
veciño, co obxectivo de contrarrestar ese inconveniente e que puidesen recordar, así, os
refráns que coñecían.
Despois de realizar estes dous exercicios, que se insiren na primeira das enquisas, a autora
seleccionou os 50 refráns máis repetidos dunha listaxe de 348 que puido extraer de todas
as persoas informantes. A partir deses 50 refráns que presentaban máis incidencia,
realizou a segunda enquisa. Nela preguntoulles a 50 informantes de todas as idades sobre
o seu nivel de coñecemento, comprensión e uso deses refráns e sobre a forma en que os
aprenderan. Finalmente, introduciu unha pregunta aberta relacionada coa utilidade dos
52 Este modelo centrábase nos traballos que Albig (1931) e Permiakov (1989) levaron a cabo para achar o
mínimo paremiolóxico do inglés e do ruso respectivamente.
74
refráns na vida cotiá. Co resultado destas dúas enquisas puido elaborar un exemplo de
mínimo paremiolóxico do galego, centrado na zona de Viana do Bolo.
Ademais de escoller como punto de partida o traballo de Vidal Castiñeira, modelamos a
nosa enquisa baixo os parámetros principais da lingüística cognitiva. Bebemos da
influencia desta disciplina lingüística no sentido de que formulamos as preguntas
baseándonos na codificación mental das persoas, no xeito que ten o ser humano de
interpretar o mundo a través da formación de esquemas mentais, da vinculación da
linguaxe cunha experiencia palpable. Para iso seguimos o discurso de autores como
Rosch (1978); Lakoff e Johnson (1980); Johnson-Laird (1980); Lakoff (1990 [1987]);
Johnson (1987); Langacker (1987); Lakoff e Turner (1989); Gibbs (1992, 1994, 1996 e
1999), entre outros estudosos da materia. O elemento principal no que nos centramos ó
revisar a súa obra foi o da representación mental en que, segundo afirman estes autores,
se organiza a mente humana (vid. capítulo 2). Esta estrutúrase en conceptos que se
vinculan entre si para poder, finalmente, visualizar o mundo que nos rodea dun xeito máis
gráfico, máis claro e fácil de comprender e expresar.
Pensamos que este enfoque cognitivo era necesario para establecer un modelo de pregunta
axeitado, que reflectise os esquemas mentais que posuían os informantes con respecto ós
animais.
3.2.2 O noso modelo de enquisa: obxectivos e criterios de confección
Os obxectivos que pretendemos conseguir coa enquisa son os seguintes:
- Determinar se o retrato e a caracterización dos animais que fan os informantes se
corresponde co obtido a partir das expresións que extraemos das obras
lexicográficas ou se varía cara a outro valor ou significado.
- Comprobar se algunhas das expresións recollidas previamente nas obras
lexicográficas permanecen aínda vivas na fala e coñecer máis variantes ou
expresións novas que non se rexistren nas fontes escritas consultadas.
- Establecer se existen diferenzas en función da idade á hora de seleccionar
expresións ou de atribuírlles valores ós animais.
Deseñamos un modelo de enquisa que se puidese cubrir de xeito oral (mediante unha
entrevista persoal ós informantes) e outro similar para cubrir electronicamente. A enquisa
electrónica (EE), por unha banda, permitía chegar ó maior número de lugares posible e,
75
por outra banda, axudaba a abarcar diferentes franxas de idade, con especial incidencia
nas persoas máis novas (afeitas a este tipo de ferramentas). Coa enquisa oral (EO), en
cambio, tiñamos a posibilidade de poderlles realizar a entrevista a aquelas persoas que
non estivesen familiarizadas coas novas tecnoloxías, moi especialmente xente de idade
avanzada, ou que, simplemente, preferisen este medio para realizala. Ademais, a
comunicación persoal co informante permitía propiciar, dalgún xeito, o contexto idóneo
para preguntar por unha expresión determinada ou extraer a imaxe que a persoa
entrevistada tiña dun animal en concreto.
En segundo lugar, escollemos o tipo de preguntas que se formularían na enquisa con base
nos obxectivos que pretendiamos acadar. Por iso, decidimos introducir campos que nos
proporcionasen información sobre os datos persoais máis xerais dos informantes (idade,
hábitat, estudos etc.), a imaxe que teñen dos animais, a valoración que fan destes e o
recoñecemento ou non de determinadas expresións que se rexistran nas obras
lexicográficas, así coma un campo dedicado á introdución de expresións que puidesen
coñecer e que non se incluísen xa na enquisa.
Unha vez establecidas as bases sobre as que se asentaría a enquisa, comezamos a elaborala
valéndonos das expresións figuradas e refráns que previamente recolleramos nas obras
lexicográficas. Mais, dado que resultaría moi complexo preguntarlles ós informantes por
cada un dos animais que compoñen o noso corpus de traballo, fixemos unha selección
dos máis representativos. Para isto, escollemos os animais que presentaban un maior
número de incidencia de aparición no corpus. Establecemos o límite en 40 aparicións por
animal ou grupos de animais da mesma especie53.
Os grupos de animais que se rexistraban máis de 40 veces no corpus foron can, cadela
(142)54; gato, gata (75); burro, burra (68); boi, vaca, touro, becerro, cuxo, xovenco, xato
(67); lobo, loba (62); porco, porca (48); galo, galiña, pito, pita, polo (42) e carneiro,
ovella, año (40). Así, centramos a enquisa nas 544 expresións resultantes deste filtrado
por animais máis representativos.
53 Entendemos por especie «un conxunto de seres vivos que se distinguen doutros por unha serie de
características comúns» (DRAG: s.v. especie). Deste xeito reunimos nun mesmo grupo boi, vaca, touro,
becerro, cuxo, xovenco, xato; pero tamén os casos de razas propias dentro dun grupo de animais, por
exemplo: galgo, can palleiro ou can perdigueiro dentro do grupo can, cadela. 54 Este dato representa o número de aparicións do grupo de animais, é dicir, o resultado de sumar as
expresións nas que aparecen, neste caso concreto, can, cadela (ou un tipo de can, por exemplo: galgo)
como referentes. No resto dos exemplos seguimos o mesmo procedemento.
76
Dividimos o formulario en cinco apartados diferenciados entre si, cada un deles cunha
finalidade concreta. A seguir describimos os apartados na mesma orde en que figuran na
enquisa:
- Datos persoais: o encabezamento da enquisa foi pensado para que os informantes
facilitasen a súa idade, o sexo, a procedencia55, o hábitat co que se identificaban
máis e o concello56.
- Nomear animais: seleccionamos 10 características (relacionadas co carácter que
se lle atribúe ó animal, coa valoración que o ser humano fai del e con aspectos que
dan conta da relación entre o home e o animal) que se correspondían cos ámbitos
temáticos máis representativos, os que aparecían con máis frecuencia no grupo
das 544 expresións figuradas seleccionadas. Os resultados desta selección foron
os seguintes ámbitos temáticos: ‘agresividade’, ‘intelixencia’, ‘estulticia’,
‘arrogancia’, ‘preguiza’, ‘falsidade’, ‘covardía’, ‘fidelidade’, ‘boa vida’ e ‘mala
vida’. Os informantes debían nomear un ou varios animais que se correspondesen
con esas características. Aceptábase calquera animal e este podíase repetir en
tantos apartados como a persoa entrevistada o considerase necesario.
O obxectivo desta pregunta centrábase en saber como vían os habitantes galegos
os animais e comprobar se a súa visión coincidía coa extraída das expresións
figuradas e refráns que formaban parte do noso corpus. Ademais, atendendo á
variable da idade, poderiamos determinar en que medida as persoas de menor
idade nomeaban máis animais foráneos que as persoas de maior idade.
- Completar expresións: os informantes debían completar 10 locucións
comparativas ás que lles faltaba o animal ó que se facía referencia nestas. O
55 Os informantes debían responder se eran ou non nativos de Galicia. No caso de ser afirmativa a resposta,
debían indicar se estiveran fóra algún tempo de xeito continuado e, no caso de ser negativa, debían indicar
o número de anos que levaban residindo nesta comunidade. Estes datos servirían de variable para
determinar, de ser o caso, o grao de fiabilidade das expresións galegas obtidas posteriormente destes
informantes. 56 Para o caso do hábitat, pareceunos, que hoxe por hoxe, resultaba máis lóxico formular a pregunta desta
forma debido ó abundante abandono do rural en favor das grandes cidades. Deste xeito, aínda que un
informante residise nun núcleo urbano, se creceu e viviu boa parte da súa vida no rural era probable que
se sentise máis identificado con este hábitat en lugar do actual. Ademais, as expresións figuradas que
puidese coñecer construídas con referentes animais, procederían, moi probablemente, do hábitat rural.
Para o caso do concello, decidimos non formular unha pregunta do tipo «concello no que vive», polo
mesmo motivo ca no caso do hábitat. Así, ó preguntar só «concello» a persoa sentiría a liberdade de
escribir o concello co que se sentise máis identificada. Por outro lado, ó ir esta pregunta situada a
continuación da do hábitat, o informante podería dar por suposto, en caso de dúbida, que unha pregunta
se complementaba coa outra.
77
criterio que escollemos para seleccionar estas expresións, e non outras, foi o da
complementariedade. Isto é, seleccionamos as locucións comparativas que
complementaban os ámbitos temáticos da segunda pregunta. Desta maneira
pretendiamos non solapar a información e que aparecesen, quizais, outros animais
que os informantes puideran non mencionar con anterioridade. Empregamos
expresións comparativas en que figurase ben un adxectivo ([manso] coma...) ben
un verbo ([correr] coma...) ou unha locución ([caer de pé] coma...).
Con esta pregunta, ademais de comprobar se os informantes ofrecían ou non
locucións comparativas coincidentes coas que xa tiñamos rexistradas no noso
corpus, podiamos coñecer outras valoracións que fixesen dos diferentes animais
segundo a súa escolla para completar cada locución comparativa.
- Recoñecer expresións: pedíuselles ás persoas entrevistadas que apuntasen se oíran
algunha vez unha serie de expresións concretas, entre as que se atopaban locucións
non comparativas, refráns, dialoxismos e fórmulas. Decidimos modificar
lixeiramente esta pregunta, dependendo se se trataba dunha enquisa oral ou
electrónica.
Nas enquisas orais a persoa entrevistada debía explicar brevemente o significado
da expresión ou o contexto no que esta se dicía. Deste xeito, poderiamos
comprobar se a recoñecía e a reproducía co mesmo significado co que se rexistraba
nas obras escritas ou se, a pesar de recoñecer a expresión, a empregaba con outro
significado que non estivese recollido nestas fontes.
As enquisas electrónicas, pola contra, non propiciaban unha situación adecuada
para que o informante escribise, un por un, o significado de todas as expresións.
Ademais, corriamos o risco de que a enquisa puidese parecer demasiado longa e
o informante decidise non cubrila. Por iso, ideamos un formato intermedio.
Empregamos as mesmas 10 expresións que escollemos para a enquisa oral e
formulamos a pregunta desagregada en tres opcións pechadas: coñézoa e úsoa,
coñézoa pero non a uso e non a coñezo
O criterio que seguimos para seleccionar as expresións que se inclúen nesta
pregunta foi o da frecuencia de aparición en obras lexicográficas, isto é,
escollemos as expresións que se recollían en máis fontes escritas. O obxectivo que
se pretendeu acadar con esta pregunta foi, principalmente, saber se as expresións
78
que máis aparecen nas obras lexicográficas (cos animais que seleccionamos) son
recoñecidas entre a poboación xeral.
- Achegar expresións: o informante debía achegar expresións figuradas e/ou refráns
literais que non apareceran previamente na enquisa e que se construísen cos
referentes animais xa citados ou con outros que non se nomearan. O noso
obxectivo foi recoller construcións aínda vivas na fala que non figurasen nas obras
lexicográficas, formacións neolóxicas ou variantes das expresións xa existentes.
Ademais, desta maneira poderiamos comprobar se aquelas que recollemos das
fontes escritas aínda son utilizadas pola poboación galega. A pesar de ser esta
unha idea tomada do traballo que realizou Vidal Castiñeira (2003), nas enquisas
orais non empregamos o mesmo método que a autora para que os informantes
proporcionasen a información que se lles pedía. Pola contra, guiamos as persoas
informantes, cando non recordaban expresións, con preguntas como: ten ou tiña
animais na casa que axudaban no traballo diario?, e por que axudaban con esa
tarefa?, por que non?, como se comportaban con vostede? etc. Desta maneira,
podían acabar xurdindo expresións figuradas que tomasen como referente a forza
do animal, o seu carácter etc. Procedemos desta maneira co obxectivo de non
condicionar as respostas das persoas informantes coa lectura doutras expresións.
- Nomear adxectivos: seleccionamos as cinco parellas de animais máis repetidas
nas expresións do noso corpus (can/cadela; burro/burra; boi/vaca; gato/gata;
lobo/loba) e pedímoslles ás persoas informantes que nomeasen un ou varios
adxectivos que, na súa opinión, reflectisen as características máis destacables dos
animais desas parellas. O feito de empregar un adxectivo permitíanos, a través da
concordancia, atribuírlle a valoración ó macho ou á femia en cada caso.
- Datos finais: neste apartado final da enquisa volvían aparecer algunhas preguntas
relacionadas cos datos persoais dos informantes. Optamos por presentar o bloque
das cuestións persoais en dous apartados: un ó comezo, como xa comentamos, e
o outro, contra o final da enquisa. O motivo non foi outro que o de conseguir a
relaxación da persoa informante respondendo cuestións que non implicasen un
esforzo mental. Os datos que se formularon nesta parte estaban relacionados coa
lingua coa que o informante aprendeu a falar, a súa lingua habitual e o nivel de
estudos (non foi á escola; estudos básicos; estudos medios; estudos universitarios;
outras situacións). Estas variables permitíannos coñecer datos relacionados coa
79
adquisición das expresións (mediante a oralidade ou a través da escola) e a
fiabilidade con respecto á lingua (para comprobar a existencia ou non de posibles
interferencias lingüísticas).
Somos conscientes de que este modelo de enquisa pode resultar un tanto escaso en canto
ó numero e ó ámbito temático das preguntas. Mais, despois da realización de varias probas
orais cunha enquisa maior, comprobamos que as persoas entrevistadas cansaban no medio
da enquisa e continuaban o exercicio sen mostrar o mesmo interese co que comezaran.
Por iso, decidimos perfilar as nosas preguntas e ofrecer un cuestionario máis curto e
dinámico para obter mellores resultados.
En total realizamos 300 enquisas, das que 250 foron de carácter electrónico e 50 orais. Os
informantes das ditas enquisas pertencen ás catro provincias galegas, con especial
incidencia das provincias da Coruña e Pontevedra. O noso modelo de enquisa oral figura
no anexo número 5 deste traballo e o electrónico pode consultarse no enderezo:
https://docs.google.com/forms/d/1zsdspRj0k2V4gWXg8Tiz8c0xoVjM8N2uHN6TNhg
0Jks/viewform?c=0&w=1
3.3 O tratamento informático dos datos
Para poder realizar un tratamento informático rigoroso das expresións figuradas recollidas
creamos unha base de datos que permitise asignar varias etiquetas a cada unha das
expresións. Esta etiquetaxe facilitaría localizar as expresións por calquera dos seus
constituíntes, así como facer os filtros e recontos necesarios dun xeito sinxelo. Cada
expresión foi catalogada de acordo coas seguintes etiquetas ou campos:
- Expresión: lema propio.
- Lema: palabra pola que aparece no dicionario ou dicionarios consultados.
- Tipo de referente que vén inserido na expresión: animal, ruído, parte do corpo,
vivenda, acción etc.
- Animal: ser vivo ó que se fai referencia na expresión.
- Definición: definición da expresión nos distintos dicionarios que a recollen,
paráfrase do significado da expresión ou definición que achegan os informantes
das enquisas.
80
- Ámbito temático57: ámbito temático en que se insire a expresión.
- Fonte(s): dicionario ou dicionarios en que figura a expresión, así como as fontes
identificadas coas enquisas orais e electrónicas.
- Tipo de fonte: lexicográfica, enquisa oral ou enquisa electrónica.
- Tipo de expresión: unidade monoverbal, refrán, locución comparativa, locución
non comparativa, fórmula e dialoxismo.
- Varia: campo reservado para anotacións complementarias que axuden a aclarar o
significado da expresión ou a vinculala con outra sinónima ou, simplemente, para
comentarios sobre calquera aspecto que sexa pertinente.
A continuación móstrase un exemplo de clasificación, extraído do noso corpus de
traballo:
- Expresión: [testudo/teimoso/terco/obcecado] coma un carneiro
- Lema: carneiro58/teimosía59
- Tipo de referente: animal
- Animal: carneiro
- Definición: ‘ser moi testán’
- Ámbito temático: caracterización (carácter = teimosía)
- Fonte(s): DFG60/LFCEG/EE
- Tipo de expresión: locución comparativa
3.4 Criterios de presentación das expresións no corpus
Normalmente, os criterios de lematización das expresións complexas e, en xeral, das
expresións figuradas non son excesivamente sistemáticos nos dicionarios (pode verse ó
respecto Álvarez de la Granja, 1997). Tentamos, neste traballo, superar esas deficiencias
empregando uns criterios de lematización sistemáticos e regulares, o que implica que o
57 Para completar este campo foi necesario crear unha base de datos paralela na que inserimos unha serie
de ámbitos temáticos, axudándonos de obras especializadas nesta materia. As ditas obras pódense consultar
na bibliografía deste traballo, concretamente en 9.1.2 Dicionarios ideolóxicos, temáticos e conceptuais. 58 DFG 59 LFCEG 60 Como se poderá comprobar no apartado 3.5 deste capítulo, marcamos en letra grosa a fonte da que foi
tirada a definición de cada expresión.
81
lema que aquí se ofrece non sempre vai coincidir co proporcionado polo dicionario ou
dicionarios de onde recollemos a expresión.
Os dicionarios adoitan incluír verbos no lema dalgunhas expresións figuradas
(esencialmente ser ou estar, aínda que non só) que, aínda que frecuentes no emprego de
tales expresións, non son necesarios para o seu uso. Por exemplo, o DRAG ofrece ser un
can vello, co valor de ‘ser astuto e precavido ou ter moita experiencia nun determinado
asunto ou en xeral’. Pero en realidade a locución can vello pode empregarse noutras
construcións distintas á indicada, tal e como comprobamos no seguinte fragmento:
A seu carón, maiestático e solemne, can vello desta mesma camada, o cardenal Hipólito,
tamén irmán de don Afonso, vestido de gran cerimonia, lucindo ampla capa de púrpura
coas beiras e os baixos bordados de ouro (a cursiva é nosa).
Victor Freixanes, 1988: 20
Como se pode ver, o verbo ser (e o artigo un) non están fixados na citada expresión, polo
que esta se lematiza no noso corpus simplemente como can vello (tal e como fai, por outro
lado, o GDXL).
Algunhas das expresións máis problemáticas canto á lematización son as locucións
comparativas, posto que ás veces figuran nos dicionarios coa base de comparación (falso
coma unha burra vella ‘hipócrita’, no GDXL) e outras veces sen ela (coma un can ‘coma
se non se tratase dun ser humano’, tamén no GDXL). Para evitar estas discrepancias
optamos por introducir, entre corchetes e en letra redonda, a base da comparación máis
frecuente, de modo que, nos exemplos indicados, os lemas van ser respectivamente [falso]
coma unha burra vella e [tratar] coma un can. Se a base da comparación non se adoita
facer explícita, incorporamos entre corchetes os verbos ser ou estar, segundo corresponda
([estar] coma unha cabra). Os únicos casos en que non incorporamos a base da
comparación son aqueles en que o símil funciona como un cuantificador, por exemplo:
coma un burro (*‘fai referencia a unha grande cantidade de algo’). Neste caso, dado que
a base da comparación podería ser «traballar», «estudar», «comer», «beber» etc. e á falta
dun verbo que aglutinase todas esas formas optamos por lematizar o símil sen base da
comparación (coma un burro).
Por outra parte, o feito de que existan distintas variantes dunha mesma expresión (levarse
coma can e gato, levarse coma os cans e mailos gatos, andar coma o can e o gato etc.)
dificulta o proceso de lematización das expresións. Para caracterizarmos as unidades
82
fraseolóxicas como sinónimas ou variantes, tomamos como base os criterios que establece
Álvarez de la Granja (1999: 46) a este respecto. Tratamos como variantes dúas expresións
cando estas comparten a mesma imaxe figurada, por exemplo: ceibar os cans na/pola
bouza / meter os cans na bouza. Os significados literais destas dúas expresións están,
como se pode apreciar, moi próximos. A pesar da diferenza de sentido que poida existir
entre ceibar e meter ou entre por e en, a imaxe que se agocha tras as dúas expresións é a
mesma. Ademais, nun discurso dado poderíanse empregar calquera das dúas variantes e
o significado do enunciado non mudaría en absoluto (‘sementar discordia; encirrar a
alguén con mala intención; incitar a outros a que fagan algo’), pois as dúas expresións
figuradas comparten a mesma imaxe e o mesmo significado figurado.
En cambio, existen outras expresións nas que se percibe un significado literal máis
afastado; pero que son sinónimas en canto ó significado figurado que achegan: verse en
pelicas de can (‘pasar apuros, ter dificultades’) / levar unha vida de cans (* ‘vivir con
moitas dificultades’). Consideramos estas expresións como sinónimas e non como
variantes, porque a imaxe que transmiten é distinta. Deste xeito, aparecen no noso corpus
en lemas diferenciados e compútanse máis dunha vez, mentres que as variantes se agrupan
no mesmo lema e computan como unha única expresión.
As unidades fraseolóxicas que se forman sobre unha base de comparación presentan unha
casuística especial ó respecto da variación e a sinonimia. As bases adoitan compartir
trazos con independencia de que teñan diferente significado. Así, por exemplo, no noso
corpus recollemos a expresión comparativa coma un galgo combinada con bases
diferentes como andar, correr, andar lixeiro ou alancar. As catro bases, aínda non sendo
sinónimas, son verbos de movemento e nos catro casos a expresión coma un galgo
proporciona un valor de velocidade. Por este motivo optamos por unificar este tipo de
expresións comparativas no noso corpus agrupándoas nun único lema
([correr/andar/andar lixeiro/alancar] coma un/os galgo/s).
Tentamos agrupar as variantes da maneira máis sinxela posible en cada caso, unificando
as expresións dunha forma abreviada. A seguir mostramos as convencións fixadas para a
lematización das variantes:
- Separamos cunha barra inclinada (/) e sen espazos as palabras que se poden
substituír na expresión, de maneira que o lector entenda que a dita expresión
funciona co mesmo significado con calquera das palabras ofrecidas: [astuto/ser]
coma un raposo/golpe.
83
- Empregamos as parénteses () para introducir palabras ou expresións que poden
aparecer completando a unidade ou non: [escapar/fuxir] coma gato escaldado
(polas brasas). Debe entenderse que a expresión pode formularse como
escapar/fuxir coma gato escaldado ou como escapar/fuxir como gato escaldado
polas brasas.
- Se a expresión corre o risco de aparecer sobrecargada de signos gráficos, non
cumprindo o obxectivo de simplicidade que perseguimos, optamos por separar as
dúas expresións completas cunha barra inclinada e mais cun espazo a cada lado (
/ ); pero considerándoas sempre como variantes: [estar/facer (tanta) falta] coma
os cans na misa/igrexa / [pintar menos] que os cans na misa.
Ademais, como xa explicamos, os adxectivos que se toman como base dunha
comparación figuran entre corchetes e escritos con tipografía redonda ([egoísta] coma un
porco). Nos casos en que o adxectivo admite variación de xénero, por razóns de espazo e
de acordo coa nosa tradición lexicográfica, optamos por escoller a forma masculina como
representante tanto do masculino coma do feminino (vid. Ferro Ruibal, 2006: 180). Así,
enténdese que [testán/teimoso] coma unha mula tamén funciona como [testana/teimosa]
coma unha mula. No caso de que a expresión só se empregue en feminino, así irá
rexistrada: [fera/pórse/botarse] coma unha gata (contra alguén). Para o caso concreto das
expresións monoverbais constituídas polo nome dun animal adoptamos o mesmo criterio:
lematizamos a expresión co xénero masculino (burro) cando pode ser utilizada en
calquera dos dous xéneros sen variar o seu significado. No caso de que a expresión só se
formule no feminino así irá especificado (lagarta).
En canto ós actantes das expresións, incluímos ás veces no lema o complemento indirecto,
o directo e, nalgunha ocasión, o suxeito, sempre entre corchetes e en letra redonda.
Facémolo así nos seguintes casos: cando consideramos que o actante é necesario para
comprender a formación sintáctica da expresión (botarlle o can [a alguén]), cando no
noso corpus rexistramos a mesma expresión con e sen actante (baixar da burra e baixar
da burra [a alguén]) e cando o actante é tan restrinxido que, de non engadilo, perderíase
información semántica que consideramos necesaria para comprender o significado e uso
da expresión (parecer [o mar] un boi deitado).
Polo que respecta á lingua estándar, no caso de que o referente animal da expresión
figurada sexa unha voz non aceptada ou pouco recomendada pola Real Academia Galega
84
(normalmente por tratarse dun castelanismo ou dunha voz dialectal), esta forma mantense
no lema da expresión sen ningunha marca gráfica. Porén, no encabezamento das táboas
que figuran como anexos 1 e 2 deste traballo marcamos cun asterisco (*) as voces de
animais que non están recollidas no Dicionario da Real Academia Galega, co obxectivo
de mostrar a súa incidencia cuantitativa no corpus (por exemplo: Táboa 1:
ABELLA/ABELLÓN/AVESPA/*AVISPA/ABESOURO; Táboa 85: POLBO/*PULPO;
Táboa 64: LURA/*CALAMAR etc.).
No entanto, para evitar lemas demasiado complexos, cando rexistramos variantes de tipo
formal (bicho ~ becho) nunha mesma expresión, optamos por lematizar coa voz
recomendada polo Dicionario da Real Academia Galega (neste caso concreto: bicho).
A totalidade das 1317 expresións figuradas recollidas, lematizadas segundo os criterios
indicados, agrúpanse nun repertorio final (anexos 1 e 2).
3.5 Metodoloxía de análise das expresións
Unha vez recollidas todas as expresións figuradas con referentes animais en fontes
escritas (dicionarios e vocabularios) e orais (enquisas) e catalogadas nunha base de datos,
procedemos á súa análise.
O primeiro paso para comezar co estudo das expresións foi a asignación dos ámbitos
temáticos ós que se adscribía cada unha delas, que se estableceron a diferentes niveis de
xeneralización, como detallaremos inmediatamente, ó analizar a estrutura das táboas
recollidas nos anexos 1 e 2. Así, por exemplo, á expresión [fero] coma gato de sobrado
asígnanselle tres etiquetas temáticas:
Ámbito temático xeral: ‘caracterización’
Ámbito temático intermedio: ‘carácter/condición’
Ámbito temático concreto: ‘agresividade/fereza/voracidade’
Cómpre destacar que, de acordo cos dicionarios temáticos consultados, empregamos,
maioritariamente, substantivos para designar os diferentes ámbitos temáticos concretos
(‘agresividade’, ‘fereza’, ‘teimosía’, ‘ledicia’, ‘fealdade’, ‘delgadeza’ etc.); aínda que
tamén existen casos en que usamos expresións máis complexas (‘boa valoración’, ‘mala
valoración’ e ‘ruído harmonioso’) por non atopar un substantivo apropiado para dar conta
de determinadas características concretas.
85
Unha vez feita a asignación temática, organizamos as expresións figuradas de acordo cos
animais que funcionaban como referentes. Desta maneira dispuxemos grupos de animais
da mesma especie (por exemplo, un grupo no que se aglutinan as expresións con
referentes como boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro). O obxectivo desta
agrupación foi establecer un índice de incidencia daqueles grupos de animais máis
repetidos no corpus de traballo. Somos conscientes de que os valores portados por cada
un deles poden ser distintos, mais cremos que este agrupamento facilita, precisamente, a
comparación entre animais e pon de relevo as concomitancias e diferenzas entre eses
valores.
As expresións figuradas con referentes animais que compoñen o noso corpus están
recollidas no anexo 1 deste traballo. No anexo 2, presentamos as expresións figuradas
construídas con palabras que se poden relacionar con dous ou máis animais (por exemplo:
fociño). Estes dous anexos poden funcionar como glosario da totalidade de expresións
figuradas que compoñen o noso corpus de traballo. Cada un deles está distribuído nunha
serie de táboas en que se insire o nome do animal, ou da palabra relacionada cos animais,
seguindo un criterio alfabético. As expresións figuradas correspondentes desagréganse
nos tres ámbitos temáticos principais que establecemos para a análise: caracterización
(expresións figuradas que mostran aspectos do carácter/condición que os seres humanos
lle atribuímos ó animal, así como as características físicas que destacamos nel), relacións
(expresións figuradas que amosan as relacións existentes entre o home e o animal ou entre
os animais) e valoración (expresións figuradas que mostran a valoración xeral que os
galegos fan dos animais e que non permiten unha concreción maior). Salvo para os casos
de valoración xeral, nos ámbitos temáticos correspondentes á caracterización do animal
e ás relacións que se dan entre este e as persoas ou outros animais, establecemos tres
niveis de especificación semántica. Por exemplo:
Caracterización
o Carácter/condición
Agresividade
Caracterización
o Características físicas
Fealdade
Relacións
o Home-animal
86
Maltrato
Relacións
o Animal-animal
Inimizade
As especificacións semánticas de terceiro nivel (por exemplo, ‘agresividade’) ordénanse
nas táboas segundo o criterio de frecuencia, isto é, sitúase en primeiro lugar aquelas
especificacións semánticas baixo as que se insiren máis expresións , e así sucesivamente.
Por exemplo, no caso do burro, dentro do apartado da caracterización (concretamente no
referido á condición do animal), teremos en primeiro lugar as expresións que se refiren á
súa ‘estulticia’, por seren estas as máis numerosas. As expresións que se encadran en cada
especificación semántica de terceiro nivel seguen a seguinte orde: en primeiro lugar
sitúanse as locucións comparativas e despois as non comparativas (ambos os dous grupos
ordenados segundo un criterio alfabético).
Cada unha das expresións figuradas que compoñen as táboas ten asignadas tres etiquetas:
expresión, significado e fonte. É importante comprender que o significado que se ofrece
na táboa é o significado figurado de cada expresión, que empregamos frecuentemente
para extraer o ámbito temático en que situamos a unidade:
- Expresión: burro cego
- Significado figurado: ‘persoa moi pouco intelixente, moi torpe ou parva’
(DFXG).
- Ámbito temático: ‘estulticia’.
Con todo, en ocasións non existe un vínculo entre o significado figurado e a etiqueta
temática que lle asignamos á expresión. É a forma literal desta a que nos permite extraer
a característica que os seres humanos lle atribuímos ó animal. Por exemplo:
- Expresión: outro can na merenda!
- Significado figurado: ‘dise para indicar que unha persoa actúa igual de mal ca
outra ou que un feito é igual de inconveniente ca outro consabido’ (DFG).
- Ámbito temático: ‘gula’.
No caso das expresións comparativas, é a base de comparación, canda o significado
figurado, o que nos permite establecer o ámbito temático:
87
- Expresión: [fero/ter un xenio] coma un can (doente/de palleiro).
- Significado figurado: ‘expresión que pondera a fereza dun comportamento ou
unha forma de ser irada, irascible’ (DFG, LFCEG).
- Ámbito temático: ‘agresividade/ira/fereza’.
Por outra parte, existen casos en que repetimos unha mesma expresión baixo varios
ámbitos temáticos. Trátase daquelas das que se poden extraer diversas características.
Fixémonos no exemplo can que moito lambe tira o sangue. Esta expresión, que presenta
o significado de *‘quen moito adula agocha segundas intencións’, presentámola baixo os
ámbitos temáticos de ‘agresividade’ e ‘falsidade’, pois dela poden extraerse tanto a
característica da falsidade, na primeira parte («can que moito lambe») como da
agresividade do animal, na segunda parte («tira o sangue»). As expresións repetidas irán
marcadas tipograficamente coa letra R en superíndice: can que moito lambe tira o
sangueR. Xa que logo, estas expresións repítense as veces que sexan necesarias de acordo
con cada caso nas táboas que funcionan como glosario, pero non se computan máis dunha
vez no número total de expresións que compoñen o corpus deste traballo. Pola contra,
repetimos e computamos as veces que sexa preciso unha expresión dentro do corpus
cando presenta máis dun significado figurado. Un caso de repetición é, por exemplo,
ladrar (‘criticar ferozmente’ / ‘falar berrando sen sentido’).
Canto ó significado das expresións figuradas, adoitamos transcribir aquel que se ofrece
na obra da que foron extraídas. Cando unha mesma expresión se rexistra en máis dunha
fonte, escollemos para a nosa táboa o significado que cremos que achega unha
información máis completa e clara. Nestes casos, as siglas da obra da que foi tirada a
definición márcanse en letra grosa. Por exemplo, no seguinte caso a definición ofrecida
foi extraída do DFG:
Agresividade/ira/fereza
Expresión Significado Fonte
ceibar/meter os cans na/pola
bouza/no río
‘sementar discordia;
encirrar a alguén con
mala intención; incitar a
outros a que fagan algo’
DFG, DFXM, DRAG,
GDXL
Táboa 1. Fragmento da táboa 20: can/cadela. Anexo 1.
88
Para aquelas expresións que só figuran no LFCEG, RGMF e no RGB, o que ofrecemos
no apartado do significado é a etiqueta ou etiquetas que lle(s) da(n) nome ó(s) ámbito(s)
temático(s) en que as sitúa o autor da obra:
Fealdade Expresión Significado Fonte [(tan) feo] coma un burro ‘fealdade’ LFCEG
Táboa 2. Fragmento da táboa 14: burro/burra. Anexo 1.
Se esta etiqueta non achega nada relevante que favoreza a comprensión da expresión (por
exemplo, a expresión que ofrecemos a continuación que inclúe a voz cabalo e aparece
baixo a etiqueta temática ‘cabalo’ [RGMF] ou ‘regalo’ [RGB]) buscamos noutras fontes
que non fosen consultadas previamente (refraneiros e dicionarios galegos ou doutras
linguas, artigos, blogs...) e que nos poidan achegar unha definición adecuada para a
expresión. Indicamos a fonte orixinal cunha nota ó rodapé:
Boa valoración Expresión Significado Fonte a cabalo regalado/dado non lle
mires o dente/dentado/legado / a
cabalo regalado non se lle mira
o dente/dentado / o cabalo
regalado, cólleo cos ollos
pechados
‘aconsella aceptar os
regalos de bo grado e sen
poñer ningún reparo, pois
considérase descortés
analizar a calidade do
obsequio, así coma
resaltar os seus defectos
ou erros’1
RGMF, RGB, EE
1 Definición tirada e traducida do Refranero multilingüe (Centro Virtual Cervantes) (2016)
Táboa 3. Fragmento da táboa 15: cabalo/egua/faco/poldro. Anexo 1.
Para os casos en que non atopamos ningunha etiqueta ou definición axeitada para unha
expresión concreta, facemos unha paráfrase do seu significado baseada nas nosas lecturas
e no noso coñecemento cultural. Indicamos que o significado que ofrecemos é noso
mediante un asterisco (*) ó comezo da definición:
Utilidade Expresión Significado Fonte o can de boa raza pensa no pan e
na cazaR
* ‘refírese a que quen é
responsable e centrado
pensa no ocio e tamén no
traballo’
RGMF
Táboa 4. Fragmento da táboa 20: can/cadela. Anexo 1.
89
Do mesmo xeito, os significados das expresións que teñen como única fonte as enquisas
orais e/ou electrónicas61 seguen o mesmo proceso que as definicións anteriores. Así pois,
ofrecemos o significado que apunta o informante (unha vez contrastado noutras fontes)
cando consideramos que é suficiente e claro, e ofrecemos outra definición (xa sexa
extraída doutras fontes ou creada por nós) cando o informante non ofrece ningún
significado ou este é escaso, marcándoa sempre cun asterisco (*).
Coa finalidade de coñecer os ámbitos temáticos que sobresaen das expresións recollidas
no noso corpus e os animais que as vehiculan, expoñemos, no capítulo 4, a totalidade dos
ámbitos temáticos cos que etiquetamos as expresións dos 107 referentes animais que
aparecen representados nas expresións figuradas analizadas (que se poden consultar no
anexo 1 deste traballo). No dito capítulo ordenamos os ámbitos temáticos segundo os tres
niveis de especificación semántica que xa tratamos: caracterización, relacións e
valoración. Ó lado de cada ámbito temático figuran as expresións que se vinculan con el,
o número de animais e os nomes concretos dos animais que funcionan como referentes
das expresións situadas baixo ese ámbito temático concreto. Neste mesmo capítulo
facemos unha valoración global dos resultados obtidos.
Por último, decidimos analizar polo miúdo (dedicándolles cadanseu capítulo) as
expresións figuradas correspondentes a tres parellas de animais especialmente
representativos do noso corpus: can, cadela (161), gato, gata (90) e burro, burra (7262).
En cada un destes capítulos realizamos, en primeiro lugar, unha descrición enciclopédica
do animal (extraída, esencialmente, de dúas enciclopedias animais, Burnie (2002) e
Macdonald (2001)) coa finalidade de recadar datos científicos sobre a súa caracterización
física e psicolóxica, así como sobre os primeiros indicios da súa domesticación.
Pescudamos, tamén, información sobre estes animais nunha enciclopedia galega
universal, Perozo (1999), para recadar, ademais, outros datos que vincularan o animal
61 Na pregunta V das enquisas orais e electrónicas pedíuselles as persoas informantes que ofrecesen
expresións figuradas con referentes animais. Nalgúns casos, por elección propia, os informantes ofreceron
tamén a definición das expresións que achegaron. 62 Cómpre aclarar que, realmente, o terceiro lugar ocúpao o grupo de animais constituído por boi, vaca,
becerro, cuxo, xato, xovenco, touro, con 76 expresións figuradas. Mais decidimos non dedicarlles un
capítulo específico neste traballo por ser un grupo de animais amplamente analizado en galego por Ferro
Ruibal e Benavente Jareño (2010). Na súa análise recollen certos valores que coinciden cos que nós
extraemos das expresións figuradas analizadas (‘mansedume/docilidade’, ‘paciencia’, ‘fereza/brutalidade’,
‘desconcerto, ‘sacralidade’, ‘laboriosidade’, ‘ruídos’, ‘grandura’, ‘gordura’, ‘utilidade’ etc. ), non só no que
respecta á valoración que fan os galegos deste grupo de animais senón tamén a aspectos fraseolóxicos e
simbólicos. Por este motivo, decidimos dedicarlle o terceiro capítulo de análise de expresións figuradas ó
grupo de expresións formado por burro, burra e así poder achegar datos novos sobre a valoración que fan
os galegos dos animais a partir das construcións figuradas que empregan.
90
directamente coa cultura galega. En segundo lugar, analizamos as expresións figuradas
que teñen ese animal concreto como referente para descubrir a valoración que fan os
galegos del. Esta segunda parte de cada capítulo está dividida nos tres ámbitos temáticos
principais de que falamos (caracterización, relacións e valoración) e, dentro de cada un
deles, desenvolvemos a análise das expresións asociadas ós diferentes subámbitos
temáticos ou nives de especificación semántica. Por último, contrastamos os datos obtidos
da análise das expresións figuradas coa valoración que fan os informantes deses mesmos
animais nas enquisas orais e electrónicas. Pretendemos describir, así, a imaxe que teñen
os galegos de cada animal a partir das expresións figuradas que eles mesmos constrúen.
91
4 OS ANIMAIS VISTOS POLOS GALEGOS: ANÁLISE DOS
VALORES ATRIBUÍDOS ÓS ANIMAIS NAS EXPRESIÓNS
FIGURADAS E NAS ENQUISAS
Neste capítulo presentaremos, en primeiro lugar, os ámbitos temáticos resultantes da
análise das expresións figuradas galegas construídas con referentes animais. Con el
pretendemos mostrar os valores que os galegos lles atribúen máis frecuentemente ós
animais con base nas construcións figuradas en que os empregan como referentes.
Ordenaremos esta presentación de acordo coas categorías de caracterización
(desagregada en carácter/condición e características físicas), relacións (separada en
home-animal e animal-animal) e valoración. Os subámbitos temáticos que se recollen en
cada categoría presentan unha orde alfabética. En cada un deles ofrecemos o número de
expresións figuradas que se insiren nel xunto cos animais que funcionan como referentes
de tales expresións. De acordo co explicado no capítulo 3, dedicado ó corpus e á
metodoloxía de traballo, no noso corpus agrupamos os animais pertencentes á mesma
especie, por exemplo boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro, polo que na primeira
fila das táboas que presentamos a continuación deberase entender a palabra animal como
sinónima de grupo de animal. Esta agrupación por especie animal permítenos establecer
un índice de incidencia dos grupos de animais máis repetidos nas expresións figuradas
galegas, aínda que en ocasións soamente un dos animais que compoñen o grupo porte o
valor indicado, tal e como ocorre, por exemplo, co subámbito temático de ‘sacralidade’
en que só vaca vehicula este valor. Separamos os grupos de animais mediante unha dobre
barra vertical (‖).
Nas distintas táboas dos anexos 1 e 2 decidimos agrupar algúns valores transmitidos polas
diferentes expresións debido á súa proximidade e dificultade de establecer límites claros
entre uns e outros. Así sucede, por exemplo, con ‘bondade/mansedume’ en relación con
boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco e touro. Tales agrupamentos realizáronse á vista
dos valores portados polas expresións concretas de cada táboa, de modo que poden variar
para cada unha delas. Por exemplo, no caso de año, carneiro, cordeiro, ovella e pécora,
‘mansedume’ agrúpase, non con ‘bondade’, senón con ‘docilidade, submisión e
obediencia’. Á hora de confeccionar a táboa que presentamos a seguir, optamos por xuntar
todos aqueles grupos de valores que tiñan algún elemento común, de modo que no caso
indicado agrupamos ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’, dada a
92
presenza de ‘bondade’ en ambos os dous grupos. Remitimos ós anexos 1 e 2 para obter
unha visión máis precisa dos valores concretos portados por cada animal.
Xa que o noso obxectivo é ofrecer unha mostra dos valores máis representativos do noso
corpus e dos animais empregados para vehiculalos, marcaremos en letra grosa aqueles
subámbitos temáticos que sobresaen por riba dos outros por teren 20 ou máis expresións
asociadas con eles. Despois da análise de cada categoría principal (caracterización,
relacións e valoración) faremos un comentario dos datos extraídos.
Por último, ofreceremos as valoracións directas dos animais que achegan os informantes
das nosas enquisas orais e electrónicas co obxectivo de saber se se corresponden co obtido
a partir das expresións figuradas do corpus.
4.1 Caracterización
4.1.1 Carácter/condición
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Adaptación 1 1 camaleón
Aforro 1 1 formiga
Agresividade/ira/fereza/voracidade 138 23 abella, abellón,
abesouro, avespa,
*avispa ‖ alacrán ‖
año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ bexato,
buxato ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖
cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ can,
cadela ‖ cobra, serpe ‖
corvo ‖ formiga ‖
galo, galiña, pito,
pita, polo ‖ gato, gata
‖ hiena ‖ león ‖
lobicán,*lubicán ‖
lobo, loba ‖ porco,
cocho, porca ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro,
*zorra ‖ sapo ‖
teixugo, porco teixo ‖
93
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
víbora ‖ xabaril,
porco bravo, *jabalí
Amorosidade 4 2 pombo, pomba ‖ rula,
rola
Aproveitamento 3 2 cuco ‖ sambesuga,
samesuga
Arrogancia/fachenda/presunción 13 2 cuco ‖ galo, galiña,
pito, pita, polo
Astucia/malicia 31 14 cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ cuco‖
galo, galiña, pito,
pita, polo ‖ gato, gata
‖ lagarto, lagarta ‖
laverca ‖ lebre ‖ lince
‖ *lirón (leirón) ‖
lobo, loba ‖ lura,
*calamar ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro,
*zorra ‖ rata ‖ rato
Atracción 1 1 cuco
Atrevemento 2 2 gato, gata ‖ lagarto,
lagarta
Autoridade 9 1 galo, galiña, pito,
pita, polo
Avaricia 3 2 lura, *calamar ‖ rata
Benquerenza 2 2 can, cadela ‖ mono,
mona
Boa memoria 1 1 elefante
Bondade/mansedume/docilidade/submisión/
obediencia
25 6 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖
coello, coella ‖ merlo
‖ parrulo, pato
Coidado 1 1 pega
Covardía 11 5 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ avestruz ‖
can, cadela ‖ galo,
galiña, pito, pita, polo
‖ macaco
94
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Desconcerto/perplexidade 4 2 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro
Desconfianza 1 1 laverca
Descontrol 1 1 cabalo, egua, faco,
poldro
Desorde/desleixo 2 1 galo, galiña, pito,
pita, polo
Dominio 2 2 can, cadela ‖ macho,
mula
Egoísmo 1 1 porco, cocho, porca
Escasa adaptabilidade 2 1 galo, galiña, pito,
pita, polo
Esquiveza 1 1 cobra, serpe
Estulticia 29 8 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖
galo, galiña, pito,
pita, polo ‖ macaco ‖
mascato ‖ porco,
cocho, porca ‖ toupa,
toupeira, *topo
Falsidade 37 13 anguía, *anguila ‖
año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖
cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ can,
cadela ‖ cobra, serpe ‖
gato, gata ‖ lobo, loba
‖ macho, mula ‖ merlo
‖ teixugo, porco teixo
‖ raposo, raposa,
golpe, *zorro, *zorra
Fidelidade/servilismo 6 1 can, cadela
Fogosidade 3 1 gato, gata
95
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Fortuna 6 2 burro, asno, burra ‖
gato, gata
Gula 50 6 boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco,
touro ‖ burro, asno,
burra ‖ can, cadela ‖
gato, gata ‖ porco,
cocho, porca ‖ rato
Humildade 2 1 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora
Indefensión 1 1 mosca
Infidelidade 1 1 cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio
Ingratitude 3 2 cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ gato,
gata
Inmoralidade 5 3 mono, mona ‖ porco,
cocho, porca ‖ rata
Inocencia 5 4 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖
macho, mula ‖
parrulo, pato
Inocuidade 1 1 mosca
Inquedanza 2 1 galo, galiña, pito,
pita, polo
Insensatez 13 4 cabalo, egua, faco,
poldro ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ can,
cadela ‖ mono, mona
Insignificancia 6 4 gato, gata ‖ mosca ‖
sapo ‖ rata
Insolencia 1 1 laverca
Intelixencia/sabedoría 38 20 abella, abellón,
abesouro, avespa,
96
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
*avispa ‖ aguia ‖ boi,
vaca, becerro, cuxo,
xato, xovenco, touro ‖
can, cadela ‖ cobra,
serpe ‖ coello, coella ‖
cuco ‖ curuxa ‖
donicela, doniña,
*denociña, *donosiña
‖ esquío, *ardilla ‖
gaivota ‖ grilo ‖
laverca ‖ lebre ‖ lince
‖ *lirón (leirón) ‖
lobo, loba ‖ moucho ‖
pega ‖ rato
Intromisión 1 1 laverca
Inxenuidade 1 1 gato, gata
Laboriosidade 7 5 abella, abellón,
abesouro, avespa,
*avispa ‖ araña ‖
burro, asno, burra ‖
can, cadela ‖ formiga
Languidez 1 1 boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco,
touro
Ledicia 12 10 carricanta ‖ cotovía ‖
cuco ‖ gato, gata ‖
laverca ‖ mono, mona
‖ pega ‖ periquito ‖
rula, rola ‖ xílgaro
Liberdade 6 3 boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco,
touro ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖
perdiz
Lixeireza 4 2 bubela ‖ galo, galiña,
pito, pita, polo
Maldade/ruindade/crueldade 32 11 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ can,
cadela ‖ cobra, serpe ‖
gato, gata ‖ hiena ‖
lobo, loba ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro,
97
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
*zorra ‖ sapo ‖ víbora
‖ voitre
Molestia 10 3 abella, abellón,
abesouro, avespa,
*avispa ‖ carracha ‖
mosca
Morte/fin 4 1 cuco
Noctambulismo 4 2 can, cadela ‖ gato,
gata
Noxo 1 1 carracha
Orgullo 2 2 aguia ‖ año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora
Paciencia 2 2 boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco,
touro ‖ gato, gata
Perigo 6 3 araña ‖ curuxa ‖
donicela, doniña,
*denociña, *donosiña
Pobreza 6 3 araña ‖ miñoca ‖ rata
Precariedade/mala vida 17 2 cabalo, egua, faco,
poldro ‖ can, cadela
Precaución 9 4 galo, galiña, pito,
pita, polo ‖ gato, gata
‖ lebre ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro,
*zorra
Preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida 38 15 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
cabalo, egua, faco,
poldro ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ can,
cadela ‖ cobra, serpe ‖
cuco ‖ galo, galiña,
pito, pita, polo ‖ gato,
gata ‖ lagarto, lagarta
‖ mono, mona ‖
porco, cocho, porca ‖
raposo, raposa, golpe,
*zorro, *zorra ‖ sapo
98
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Prevención 1 1 rato
Promiscuidade 14 7 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ can,
cadela ‖ galo, galiña,
pito, pita, polo ‖
lagarto, lagarta ‖ lebre
‖ raposo, raposa,
golpe, *zorro, *zorra
Queixa 3 1 galo, galiña, pito,
pita, polo
Ridiculez 3 1 mono, mona
Roubo 8 4 cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖
garduño, garduña ‖
gato, gata ‖ rato
Rudeza/brutalidade 24 8 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ arroaz,
*arroás ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖
cabalo, egua, faco,
poldro ‖ cabrón,
castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖
cachalote ‖ porco,
cocho, porca
Sacralidade 1 1 boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco,
touro
Seriedade 1 1 moucho
Sixilo 1 1 raposo, raposa, golpe,
*zorro, *zorra
Sociabilidade 3 1 pombo, pomba
Soidade/independencia 13 7 can, cadela ‖ curuxa ‖
gato, gata ‖ moucho ‖
perdiz ‖ porco, cocho,
99
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
porca ‖ teixugo, porco
teixo
Teimosía/insistencia 16 8 año, carneiro,
cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖
can, cadela ‖ macho,
mula ‖ mono, mona ‖
porco, cocho, porca ‖
teixugo, porco teixo
Tolemia 4 2 cabrón, castrón,
cabuxo, cabra,
cabuxa, chiba,
cabrito, curcio ‖ grilo
Tristeza 1 1 moucho
Valentía 9 4 can, cadela ‖ lebre ‖
león ‖ lobo, loba
Vida 2 1 cuco
Táboa 5. Ámbitos temáticos referidos ó carácter e condición dos animais.
Neste primeiro apartado dedicado ó carácter e condición dos animais, percibimos que
dominan, de xeito xeral, os valores referidos ás características negativas (tales como a
‘agresividade/ira/fereza/voracidade’, ‘covardía’, ‘desorde/desleixo’, ‘estulticia’,
‘falsidade’, ‘insignificancia’, ‘molestia’, ‘precariedade/mala vida’ etc.), que supoñen un
50,60 % do total destes 77 valores. Outras características, que podemos considerar neutras
ou positivas/negativas segundo os casos (como ‘atracción’, ‘coidado’, ‘inocuidade’,
‘liberdade’, ‘noctambulismo’, ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’
etc.) supoñen un 28,42 % do total, mentres que as características claramente positivas
(como ‘boa memoria’, ‘fortuna’, ‘intelixencia/sabedoría’, ‘laboriosidade’, ‘sacralidade’
etc. ) supoñen o 20,98 %, sendo as que menor incidencia teñen neste apartado referido ó
carácter ou condición do animal. Con todo, as porcentaxes ofrecidas deben tomarse como
meramente orientativas e aproximadas, na medida en que a consideración dos valores
como negativos, positivos e neutros non deixa de ser subxectiva e matizable para cada
expresión concreta.
Por outra parte, rexistramos 10 valores que sobresaen entre os demais por estar vinculados
con 20 ou máis expresións figuradas e que, polo tanto, representan as características que
100
máis frecuentemente lles atribúen os galegos ós animais a través das construcións que
empregan. Estes valores son ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ (138 expresións e 23
animais); ‘gula’ (50 expresións e 6 animais); ‘intelixencia/sabedoría’ (38 expresións e
20 animais), ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ (38 expresións e 15 animais);
‘falsidade’ (37 expresións e 13 animais); ‘maldade/ruindade/crueldade’ (32 expresións
e 11 animais); ‘astucia/malicia’ (31 expresións e 14 animais); ‘estulticia’ (29 expresións
e 8 animais); ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’ (25 expresións
e 6 animais) e ‘rudeza/brutalidade’ (24 expresións e 8 animais).
Para vehicular estes valores, os galegos adoitan fixarse en comportamentos instintivos
dos animais ([bater co pé no chan] coma un carneiro colludo ‘rebelarse’; [maleducado/ir
criado] coma un porco ‘úsase para ponderar a mala educación de alguén’), nos seus gustos
([durar] coma manteiga en/no nariz/fociño de/do can ‘fugacidade’), na súa aprendizaxe
con respecto á vida doméstica (o boi vello vai/anda polo/no rego / boi vello, pola
rilleira/rilleiro / o boi vello de seu leva o rego ‘dise da persoa experimentada que sabe
actuar en consecuencia’), nos seus hábitos (mentres o can dorme, o lobo mata e come *
‘úsase para contrapoñer unha persoa preguiceira a outra traballadora’), na súa forma de
actuar cos humanos ou con outros animais ([ser/manso] coma un boi (machado) ‘ser de
moi bo natural, ser moi manso’; facerse a gata morta ‘actuar con finximento e malicia’)
etc. Na maior parte das expresións figuradas que portan estes valores dáse un proceso de
animalización do ser humano, de maneira que as características que se destacan do animal
pasan a cualificar tamén o ser humano (cabrón ‘persoa maliciosa ou malintencionada’;
[ter máis maldade] ca sete raposas ‘ruindade’); mesmo se animalizan certos sentimentos
ou estados de ánimo (cabuxo ‘enfado que dura pouco tempo’; estar/ter co/o cabuxo ‘estar
enfadado’; can ‘nugalla, preguiza, falta de vontade para traballar’).
Os animais que escollen os galegos para vehicular estes valores máis representativos son
de natureza variada, pois rexistramos animais próximos ó eido doméstico63, animais
63 Os animais que catalogamos como próximos ó eido doméstico son aqueles que viven ó carón do home
(can, gato, porco, galiña ...), e tamén os que antano o fixeron, aínda que hoxe sexan menos frecuentes (boi
ou burro). Tamén interpretamos como próximos ó eido doméstico aqueles animais que non resulten estraños
dentro das casas (mosca, abella, araña, rato ...) ou nos seus arredores máis inmediatos, de forma que as
persoas estean acostumadas a velos diariamente (formiga, pega, gaivota, sapo, ...). É importante entender
que a nosa clasificación de animais domésticos ou próximos ó ser humano é moi ampla, posto que quixemos
ter en conta a realidade da Galicia rural, imaxe sobre a que se crean a maioría das expresións figuradas con
referentes animais que analizamos, na que os seres humanos conviven a diario tanto cos animais que se
crían no recinto doméstico como con aqueles máis próximos a el. Deixamos a un lado modas extravagantes
que consideran domésticos outro tipo de animais (camaleón, serpe...) que na nosa clasificación
recoñecemos como exóticos ou salvaxes dependendo de se son animais propios de Galicia ou non.
101
salvaxes e animais exóticos. Os grupos de animais próximos ó eido doméstico que
recollemos son abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa ‖ año, carneiro, cordeiro,
ovella, pécora ‖ boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro, asno, burra ‖
cabalo, egua, faco, poldro ‖ cabrón, castrón, cabuxo, cabra, cabuxa, chiba, cabrito,
curcio ‖ can, cadela ‖ coello, coella ‖ corvo ‖ formiga ‖ gaivota ‖ galo, galiña, pito, pita,
polo ‖ gato, gata ‖ grilo ‖ lagarto, lagarta ‖ laverca ‖ macho, mula ‖ merlo ‖ parrulo, pato
‖ pega ‖ porco, cocho, porca ‖ rato ‖ sapo ‖ toupa, toupeira, *topo. De xeito xeral, estes
animais pertencentes ó ámbito doméstico e que están presentes na vida diaria dos galegos
sérvenlles, xunto con outros salvaxes e algún exótico, para conceptualizar os 10 valores
que citamos anteriormente, pero só en dous destes valores se empregan exclusivamente
os animais próximos ó eido doméstico; trátase de
‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/ obediencia’ e ‘gula’.
Os animais salvaxes que vehiculan estes dez valores máis representativos son aguia ‖
alacrán ‖ anguía, *anguila ‖ arroaz, *arroás ‖ bexato, buxato ‖ cachalote ‖ cobra, serpe ‖
cuco ‖ curuxa ‖ donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖ lebre ‖ *lirón
(leirón) ‖ lobicán,*lubicán ‖ lobo, loba ‖ lura, *calamar ‖ mascato ‖ moucho ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ rata ‖ teixugo, porco teixo ‖ víbora ‖ voitre ‖ xabaril, porco
bravo, *jabalí. Os animais salvaxes aparecen representados en 8 dos 10 valores con máis
incidencia no noso corpus: ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’; ‘intelixencia/sabedoría’;
‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’; ‘falsidade’; ‘maldade/ruindade/crueldade’;
‘astucia/malicia’; ‘estulticia’ e ‘rudeza/brutalidade’.
Canto ós animais exóticos que escollen os galegos para vehicular estes valores,
rexistramos: hiena ‖ león ‖ lince ‖ macaco ‖ mono, mona. En comparación cos animais
próximos ó eido doméstico e os salvaxes, os exóticos teñen unha incidencia de aparición
menor nas expresións figuradas galegas, algo que non é de estrañar posto que, como xa
comentamos, as persoas adoitan fixarse nos elementos que teñen máis próximos para
crear expresións figuradas. Os valores que portan estes animais son os de
‘agresividade/ira/fereza/voracidade’; ‘estulticia’; ‘intelixencia/sabedoría’;
‘maldade/ruindade/crueldade’; ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ e
‘astucia/malicia’.
Os animais máis representados en cada un dos 10 valores que destacamos son lobo, loba
> ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’; can, cadela e gato, gata > ‘gula’; can, cadela >
‘intelixencia/sabedoría’; can, cadela > ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’; gato,
gata e lobo, loba > ‘falsidade’; víbora > ‘maldade/ruindade/crueldade’; raposo, raposa,
102
golpe, *zorro, *zorra > ‘astucia/malicia’; burro, asno, burra > ‘estulticia’; año, carneiro,
cordeiro, ovella, pécora > ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’ e
porco, cocho, porca > ‘rudeza/brutalidade’.
4.1.2 Características físicas
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Agudeza visual 2 1 lince
Altura 1 1 quenlla
Aspereza 1 1 ourizo, ourizo cacho
Ausencia de movemento 1 1 ostra
Axilidade 19 11 anguía, *anguila ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato, xovenco,
touro ‖ cabrón, castrón, cabuxo,
cabra, cabuxa, chiba, cabrito,
curcio ‖ cobra, serpe ‖ corzo ‖
donicela, doniña, *denociña,
*donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖
garduño, garduña ‖ gato, gata ‖
mono, mona ‖ parrulo, pato
Beleza 4 4 laverca ‖ mono, mona ‖ pombo,
pomba ‖ rula, rola
Bo ouvido 3 2 can, cadela ‖ porco, cocho, porca
Bo olfacto 1 1 can, cadela
Cansazo 1 1 raposo, raposa, golpe, *zorro,
*zorra
Cegueira/mala visión 4 2 mascato ‖ toupa, toupeira, *topo
Cor 7 5 corvo ‖ escaravello ‖ laverca ‖
merlo ‖ pombo, pomba
Debilidade 1 1 gorrión
Delgadeza 13 9 araña ‖ arenque ‖ bacallau ‖ can,
cadela ‖ longueirón ‖ miñoca,
lombriga ‖ quenlla ‖ sardiña ‖
troita
Fealdade 13 11 burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖
corvo ‖ lamprea ‖ lobo, loba ‖
macaco ‖ moucho ‖ oso ‖ ourizo,
ourizo cacho ‖ sapo ‖ teixugo,
porco teixo
Fertilidade 3 1 coello, coella
Fortaleza 16 10 boi, vaca, becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖ burro, asno,
burra ‖ cabalo, egua, faco,
103
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
poldro ‖ elefante ‖ león ‖ lobicán,
*lubicán ‖ lobo, loba ‖ oso ‖
porco, cocho, porca ‖ xabaril,
porco bravo, *jabalí
Gordura 17 10 arroaz, *arroás ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato, xovenco,
touro ‖ foca ‖ gato, gata ‖ londra ‖
marraxo ‖ porco, cocho, porca ‖
ra ‖ sapo ‖ teixugo, porco teixo
Grandura 20 10 arroaz, *arroás ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato, xovenco,
touro ‖ burro, asno, burra ‖
cabalo, egua, faco, poldro ‖
elefante ‖ lobo, loba ‖ oso ‖
porco, cocho, porca ‖ sapo ‖
xabaril, porco bravo, *jabalí
Hábitat 8 5 curuxa ‖ galo, galiña, pito, pita,
polo ‖ *pulpo (polbo) ‖ toupa,
toupeira, *topo ‖ rata
Lentitude 11 7 araña ‖ boi, vaca, becerro, cuxo,
xato, xovenco, touro ‖ caracol ‖
*caracola, buguina ‖ formiga ‖
sapo ‖ tartaruga, *tortuga,
sapoconcho
Movemento 29 12 cangrexo ‖ choco ‖ cobra, serpe ‖
coello, coella ‖ congro ‖ formiga
‖ lagarto, lagarta ‖ lesma ‖ lura ,
*calamar‖ miñoca, lombriga ‖
porco, cocho, porca ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro, *zorra
Parte do corpo 1 1 porco, cocho, porca
Pequenez 13 8 abella, abellón, abesouro,
avespa, *avispa ‖ formiga ‖ galo,
galiña, pito, pita, polo ‖ mincha ‖
pisco ‖ pulga ‖ rato ‖ sapo
Resistencia 7 5 burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖
gato, gata ‖ sapo ‖ teixugo, porco
teixo
Ruído 40 15 abella, abellón, abesouro,
avespa, *avispa ‖ año, carneiro,
cordeiro, ovella, pécora ‖ boi,
vaca, becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖ burro, asno,
burra ‖ cabalo, egua, faco,
poldro ‖ can, cadela ‖ cobra,
serpe ‖ galo, galiña, pito, pita,
polo ‖ gato, gata ‖ grilo ‖ lobo,
104
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
loba ‖ merlo ‖ papagaio, *loro,
*cotorra ‖ pega ‖ porco, cocho,
porca
Ruído harmonioso 8 7 calandra ‖ canario ‖ *golondrina
(andoriña) ‖ laverca ‖ reiseñor,
ruisinol ‖ rula, rola ‖ xílgaro
Silencio 3 3 cuco ‖ mosca ‖ rato
Sucidade 14 5 bubela ‖ can, cadela ‖ galo,
galiña, pito, pita, polo ‖ gato,
gata ‖ porco, cocho, porca
Suxeición 5 4 lapa ‖ lesma ‖ *pulpo (polbo) ‖
sambesuga, samesuga
Torpeza 3 2 cabalo, egua, faco, poldro ‖ sapo
Velocidade 23 13 cabalo, egua, faco, poldro ‖ can,
cadela ‖ cobra, serpe ‖ corzo ‖
donicela, doniña, *denociña,
*donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖
formiga ‖ gato, gata ‖ lebre ‖
lobo, loba ‖ pisco ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖
troita
Táboa 6. Ámbitos temáticos referidos ás características físicas dos animais.
Canto ás características físicas que os galegos destacan dos animais para crear expresións
figuradas, sobresaen valores de tipo neutro (como ‘altura’, ‘ausencia de movemento’,
‘cor’, ‘hábitat’, ‘parte do corpo’, ‘ruído’, ‘movemento’, ‘silencio’ etc.) que representan o
45,17 % do total das 31 características físicas extraídas. O 29,03 % son valores que
consideramos positivos (como ‘agudeza visual’, ‘axilidade’, ‘beleza’, ‘bo ouvido’, ‘bo
olfacto’, ‘resistencia’ etc.) e o 25,80 % restante responde a valores negativos (como
‘aspereza’, ‘cansazo’, ‘fealdade’, ‘sucidade’ etc.).
Entre estes 31 valores que os galegos lles asignan ós animais referidos ás características
físicas, destacan, con 20 ou máis expresións figuradas, os de ‘ruído’ (40 expresións e 15
animais); ‘movemento’ (29 expresións e 12 animais); ‘velocidade’ (23 expresións e 13
animais) e ‘grandura’ (20 expresións e 10 animais). Os tipos de ruídos que os galegos
salientan nestas expresións son aqueles que adoitan emitir os animais, próximos ó eido
doméstico maioritariamente64, que viven ó seu redor e que eles empregan esencialmente
64 Só rexistramos un animal exótico na listaxe de animais que os galegos empregan como referentes de
‘ruído’: papagaio, *loro, *cotorra.
105
para animalizar o comportamento verbal dunha persoa, por exemplo: abelloar,
abesourar, (abelloar/abesourar ‘molestar con exceso de ruído ou con palabras pouco
agradables’), balar (ovella que bala/berra, bocado que perde ‘perder o tempo’), bruar
([berrar/bruar] coma un touro * ‘berrar unha persoa’), bufar ([bufar] coma un gato *
‘refírese ó estado de enfado de alguén’), cacarexar, cascarexar (cacarexar/cascarexar
‘falar alto e con voz aguda’), ornear (ornear ‘dicir burradas en voz alta’), ladrar
([ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) * ‘berrar dominado pola
ira’), miar, miañar (miar/miañar ‘laiarse unha persoa’), ouvear, oulear (ouvear/oulear
‘emitir sons agudos e fortes ou palabras en voz moi alta’) etc. Neste ámbito domina sobre
os demais animais o grupo formado por abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa.
Canto ós tipos de movementos que os galegos destacan nos animais, rexistramos maneiras
prototípicas de moverse de cada animal ([andar coas pernas arrastro] coma (o) un
cangrexo * ‘andar arrastrando os pés’), movementos repetitivos dun animal a ollos do ser
humano ([dar máis voltas] ca unha raposa * ‘estar en continuo movemento’), resultados
dos movementos dun animal ([deixar rastro] coma a lesma * ‘deixar pegadas, indicios’)
ou outro tipo de accións propias dos animais (fozar ‘andar en algo alterando a súa
disposición’). Deste xeito, o ser humano compárase cun animal e conceptualiza os seus
propios movementos a través dos movementos animais; aínda que tamén se dan outro
tipo de situacións: casos en que o movemento do ser humano ten unha interpretación
metafórica ([arrastrarse] coma as miñocas/miocas ‘humillarse’) e outros en que o
movemento do animal é o referente dun estado físico no ser humano (aformigar/formigar
‘experimentar unha sensación entre o proído e as cóxegas nunha parte do corpo’). Os
galegos reparan tanto en animais próximos ó eido doméstico (coello, coella ‖ formiga ‖
lagarto, lagarta ‖ lesma ‖ miñoca, lombriga ‖ porco, cocho, porca) coma salvaxes
(cangrexo ‖ choco ‖ cobra, serpe ‖ congro ‖ lura , *calamar‖ raposo, raposa, golpe,
*zorro, *zorra) para conceptualizar este tipo de situacións da súa vida diaria. Non
atopamos indicios do emprego de animais exóticos en expresións co referente do
movemento. O animal que destaca sobre os demais como referente de movemento para
os galegos é a formiga.
Con respecto ó ámbito temático da velocidade, os galegos adoitan compararse con
animais veloces para conceptualizar a súa propia velocidade, tanto asociada á velocidade
física da persoa ([correr/andar/andar lixeiro/alancar] coma un/os galgo/s / que nin os
galgos ‘expresión que pondera a velocidade de alguén’) como a accións cotiás que se
106
realizan con présa ([bulir] coma un formigueiro * ‘realizar unha actividade con moita
rapidez’). Ademais, existen determinados casos en que a velocidade do animal escollido
como referente da expresión serve para facer referencia a distancias que as persoas
consideran curtas (a carreira dunha lebre ‘distancia máis ben curta’) ou a avances fugaces
no tempo ([correr/pasar (os días)] coma o cabalo ‘fugacidade, rapidez’). O valor de
‘velocidade’ é vehiculado por animais próximos ó eido doméstico (cabalo, egua, faco,
poldro ‖ can, cadela ‖ formiga ‖ gato, gata ‖ pisco) e animais salvaxes (cobra, serpe ‖
corzo ‖ donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ esquío, *ardilla ‖ lebre ‖ lobo, loba ‖
raposo, raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ troita), aínda que apreciamos o predominio dos
segundos sobre os primeiros. Así e todo, sobresaen dous grupos de animais na creación
de expresións figuradas galegas co valor da velocidade que pertencen ó ámbito
doméstico: can, cadela e gato, gata (co mesmo número de incidencia de aparición no
corpus). Deste xeito, aínda que os galegos escollan máis animais salvaxes como referentes
das expresións figuradas que vehiculan este valor, crean máis expresións figuradas con
referentes do ámbito doméstico. Non achamos casos do emprego de animais exóticos para
transmitir este valor nas expresións figuradas galegas analizadas.
Por último, para conceptualizar a grandura os galegos empregan principalmente animais
próximos ó espazo doméstico (boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro,
asno, burra ‖ cabalo, egua, faco, poldro ‖ porco, cocho, porca ‖ sapo), posto que son
referentes cos que conviven e cos que primeiro establecen comparacións de tamaño. Así
e todo, tamén empregan como referentes animais salvaxes (arroaz, *arroás ‖ lobo, loba ‖
oso ‖ xabaril, porco bravo, *jabalí) e, en menor medida, exóticos (elefante). O animal
que os galegos empregan como referente dun maior número de expresións figuradas para
conceptualizar a grandura é o grupo formado por burro, asno, burra.
4.2 Relacións
4.2.1 Home-animal
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Control 1 1 gato, gata
Dominio 2 2 can, cadela ‖ macho, mula
Inutilidade 1 1 mosca
Maltrato 39 5 boi, vaca, becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro ‖ burro, asno,
107
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
burra ‖ can, cadela ‖ macho,
mula ‖ mono, mona
Molestia 10 3 abella, abellón, abesouro,
avespa, *avispa ‖ carracha ‖
mosca
Semellanza 1 1 can, cadela
Utilidade 32 7 año, carneiro, cordeiro, ovella,
pécora ‖ boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco, touro ‖
burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖
galo, galiña, pito, pita, polo ‖
gato, gata ‖ porco, cocho, porca
Táboa 7. Ámbitos temáticos referidos ás relacións que se establecen entre o home e o animal.
Polo que respecta ás relacións que destacan os galegos entre o ser humano e o animal,
rexistramos 7 características das que 3 son negativas (‘inutilidade’, ‘maltrato’ e
‘molestia’), 3 neutras (‘control’, ‘dominio’ e ‘semellanza’) e 1 positiva (‘utilidade’).
Destes 7 valores destacan especialmente os de maltrato (39 expresións e 5 animais) e
utilidade (32 expresións e 7 animais).
Naquelas expresións figuradas en que se percibe unha relación de maltrato entre o ser
humano e os animais destacan, maioritariamente, os próximos ó eido doméstico65 (boi,
vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖ macho,
mula). Ademais, chama especialmente a atención o grande número de expresións
figuradas (39) que se xeran a partir da imaxe de cinco grupos de animais. O grupo animal
máis empregado polos galegos como referente do maltrato é burro, asno, burra.
Para o caso das expresións nas que o referente é a utilidade do animal para os seres
humanos, todos os grupos animais empregados pertencen ó ámbito doméstico (año,
carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖ boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ burro,
asno, burra ‖ can, cadela ‖ galo, galiña, pito, pita, polo ‖ gato, gata ‖ porco, cocho, porca).
O referente máis empregado para vehicular este valor é boi, vaca, becerro, cuxo, xato,
xovenco, touro.
65 Dos cinco grupos de animais que se empregan como referentes do maltrato, catro deles son considerados
próximos ó espazo doméstico e un exótico: mono, mona.
108
4.2.2 Animal-animal
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Agrupación 25 11 abella, abellón, abesouro,
avespa, *avispa ‖ año, carneiro,
cordeiro, ovella, pécora ‖
escaravello ‖ formiga ‖ grilo ‖
lobo, loba ‖ mosca ‖ piollo ‖
pombo, pomba ‖ rula, rola ‖ sapo
Inimizade 15 3 can, cadela ‖ gato, gata ‖ rato
Respecto 4 3 can, cadela ‖ corvo ‖ lobo, loba
Rivalidade 1 1 gato, gata
Táboa 8. Ámbitos temáticos referidos ás relacións que se establecen entre animais.
Canto ás relacións que os galegos destacan entre animais detectamos 2 características
negativas (‘inimizade’ e ‘rivalidade’), 1 positiva (‘respecto’) e 1 neutra (‘agrupación’).
Destes catro valores sobresae especialmente o de ‘agrupación’ (25 expresións e 11
animais). Os animais que empregan os galegos para vehicular este valor son
maioritariamente do eido doméstico e entre eles destaca a presenza de varios insectos
(abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa ‖ año, carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖
escaravello ‖ formiga ‖ grilo ‖ mosca ‖ piollo ‖ pombo, pomba ‖ rula, rola ‖ sapo), aínda
que tamén detectamos casos en que se escolle un grupo de animais salvaxes: lobo, loba.
O referente animal que máis sobresae con este valor entre as expresións figuradas
analizadas é formiga.
4.3 Valoración
SUBÁMBITO TEMÁTICO Nº DE
EXPRESIÓNS
Nº DE
ANIMAIS
ANIMAIS
Boa valoración 6 4 cabalo, egua, faco, poldro ‖ gato,
gata ‖ león ‖ xoaniña
Mala valoración 34 15 año, carneiro, cordeiro, ovella,
pécora ‖ burro, asno, burra ‖ can,
cadela ‖ corvo ‖ curuxa ‖
escaravello ‖ gato, gata ‖ miñoca
‖ macho, mula ‖ ourizo, ourizo
cacho ‖ pega ‖ piollo ‖ porco,
cocho, porca ‖ pulga ‖ rato
Táboa 9. Ámbitos temáticos referidos á valoración do animal por parte do ser humano sen un grao de
concreción.
109
Canto á valoración que presenta un menor grao de concreción no noso corpus, destaca
especialmente a ‘mala valoración’ (34 expresións e 15 animais) que se fai dos animais
nas expresións figuradas analizadas. A práctica totalidade de animais que se empregan
para vehicular este valor pertence ó ámbito doméstico e ás súas proximidades (año,
carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖ burro, asno, burra ‖ can, cadela ‖ corvo ‖ escaravello
‖ gato, gata ‖ miñoca ‖ macho, mula ‖ ourizo, ourizo cacho ‖ pega ‖ piollo ‖ porco, cocho,
porca ‖ pulga ‖ rato) e só rexistramos un salvaxe (curuxa). O animal que acumula máis
expresións co valor de ‘mala valoración’ é o grupo formado por burro, asno, burra.
4.4 Recompilación
Os galegos crean expresións figuradas con referentes animais que nos permiten extraer
maioritariamente valores referidos ó carácter e condición atribuído ó animal. Estes
valores supoñen un 63,12 % do total. Como xa sinalamos, os galegos reparan en aspectos
diversos do comportamento animal para poder conceptualizar situacións propias do ser
humano a través da comparación con aqueles. Algúns destes aspectos son reaccións
instintivas do animal, que as persoas interpretan como trazos do seu carácter:
‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ ([estar] coma a ovella na boca do lobo ‘dificultade
grave’), ‘rudeza/brutalidade’ ([maleducado/ir criado] coma un porco ‘úsase para ponderar
a mala educación de alguén’), ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’
([comportarse/entregarse] coma unha ovella ‘comportarse docilmente, sen opoñer
resistencia’), ‘maldade/ruindade/crueldade (cabrón ‘persoa maliciosa ou
malintencionada’) etc.; outros teñen a súa orixe en comportamentos que son habituais
nestes animais e que as persoas interpretan frecuentemente como unha condición do
animal: ‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ ([levar unha vida] coma un can de
palleiro ‘preguiza’), ‘intelixencia/sabedoría’ (lobo tardeiro non volve baleiro * ‘refírese
a que aquel que sabe esperar recibe a súa recompensa’), ‘falsidade’ ([facer o durmido]
coma as raposas ‘finximento’) etc. Dentro destes valores referidos ó carácter e condición
dos animais, destacan maioritariamente os animais próximos ó eido doméstico (67,54 %),
mentres que os salvaxes (25,75 %) e os exóticos (6,71 %) se empregan en menos ocasións.
A observación do comportamento (humano e/ou animal) determina a presenza nas
expresións doutras características referidas á relación que os seres humanos teñen cos
animais, como o ‘maltrato’ ([moucir] coma nun burro ‘golpear’), o ‘control’ (eu mando
ó meu gato e o meu gato manda ó seu rabo ‘autoridade’), a ‘utilidade’ ([ser] coma ir á/de
caza sen can ‘expresión para indicar que se perde o tempo’) etc. Do mesmo xeito que
110
determina, tamén, a plasmación nas expresións figuradas de valores vinculados á relación
destes animais con outros animais, como a ‘inimizade’ ([de acordo] coma can e gato
‘aplícase ós que se levan mal’ ), o ‘respecto’ (nunca o can morde a cadela * ‘refírese a
unha relación de respecto mutuo’), a ‘agrupación’ ([estar] coma un formigueiro
‘aglomeración’) e a ‘rivalidade’ (calquera gato sente que outro o rabuñe ‘molestia’). A
maioría dos animais que se rexistran nas expresións figuradas galegas situadas baixo o
ámbito temático das ‘relacións’ (home-animal e animal-animal) pertencen a espazos
domésticos ou próximos (91,90 %), mentres que os animais salvaxes (5,40 %) e exóticos
(2,7 %) teñen un índice de aparición menor. Os valores que teñen a súa orixe nas relacións
que se dan entre o animal e o ser humano e entre animais supoñen un 9,01 % do total dos
valores analizados.
Canto ás características físicas, os galegos distinguen certos aspectos físicos nos animais
a través da observación das súas accións e do seu aspecto: ‘axilidade’
([brincar/choutar/saltar] coma un cabrito (tolo)/coma os cabritos ‘brincar’), ‘bo ouvido’
([ouvir /oír máis] ca un can fanado ‘ouvir moi ben’), ‘ruído’(miar/miañar ‘laiarse unha
persoa’), ‘beleza’ ([guapa] coma unha pomba ‘beleza’), ‘fealdade’ ([feo/ser] coma un
corvo ‘fealdade’), ‘gordura’ ([ter] cintura de boi ‘gordura’) etc. Por este motivo é común
que nas expresións figuradas encontremos de xeito maioritario animais do eido
doméstico, pois son os que conviven diariamente cos seres humanos. Os animais
próximos ó eido doméstico nos que se fixan os galegos para construír expresións
figuradas que vehiculan características físicas teñen un índice de aparición no noso corpus
dun 58,02 %, mentres que os salvaxes se rexistran nun 37,03 % das veces e os exóticos
un 4,95 %. Os valores que se relacionan coas características físicas que os galegos
destacan dos animais supoñen un 26,23 % do total dos valores analizados.
Polo que se refire ás expresións que portan valores sen un grao de concreción exacto, ‘boa
valoración’ (ser a xoaniña (dos ollos) [de alguén] ‘ser unha persoa moi querida e
apreciada’) e ‘mala valoración’ (levar un burro ‘sufrir unha desilusión’), os animais
empregados como referentes son maioritariamente do ámbito doméstico e das súas
proximidades (89,48 %), mentres que os salvaxes (5,26 %) e os exóticos (5,26 %) teñen
un índice de aparición moi baixo. O ámbito temático de ‘valoración’ supón un 1,64 %
con respecto ó total dos ámbitos temáticos analizados no noso corpus.
Como se pode comprobar, os animais empregados como referentes das expresións
galegas analizadas son maioritariamente domésticos (can, cadela ‖ gato, gata ‖ porco,
111
cocho, porca ‖ galo, galiña, pito, pita, polo ‖ etc.), pero tamén existe certa incidencia de
animais salvaxes (lobo, loba ‖ raposo, raposa, golpe,*zorro, *zorra’ ‖ xabaril, porco
bravo, *jabalí etc. ) e animais exóticos (elefante ‖ hiena ‖ león ‖ papagaio, *loro, *cotorra
etc.). Así ocorre tamén nas construcións figuradas doutras linguas coma o castelán
(Sevilla Muñoz, 1998: 226), o francés (Snider, 1992: 161) ou o portugués (Guerra, 2011:
510) en que os animais próximos ó ámbito doméstico son escollidos máis frecuentemente
que os animais salvaxes e exóticos para conceptualizar a realidade a través deste tipo de
expresións.
Non detectamos ningunha pauta que estableza o emprego de cada un destes tres tipos de
animais para representar valores especificamente negativos, positivos ou neutros. Algo
que si apuntan outros autores como Newmark (1985: 306) para o inglés ou Snider (1992:
162) para o francés ó determinaren que o grao de domesticación dun animal está
directamente asociado co grao de desvalorización dese animal por parte do ser humano,
de maneira que canto máis próximo se atope o animal ó ser humano máis características
negativas verá este sobre aquel. O que si percibimos é que son os próximos ó ámbito
doméstico os que funcionan como referentes de practicamente todos os valores e que son
os únicos que se empregan para vehicular o valor da ‘utilidade’; algo que resulta lóxico,
pois, habitualmente, son os animais que conviven coas persoas aqueles que lles resultan
máis útiles. Por último, percibimos que existe unha maior incidencia xeral de valores
negativos (43,44 %) que os galegos lles asignan ós animais, fronte ós valores positivos
(23,77 %) e os neutros (32,79 %), que teñen un índice de aparición menor.
4.5 Resultados das enquisas
Contrastaremos, agora, os valores obtidos da análise das expresións figuradas analizadas
coa valoración directa que achegan os informantes das enquisas orais e electrónicas nas
preguntas II, III e VI66. Cómpre recordar que as preguntas formuladas nas ditas enquisas
foron elaboradas a partir dos referentes animais con máis incidencia de aparición no
66 Na pregunta II das enquisas orais e electrónicas os informantes debían nomear un ou varios animais que
se correspondesen con 10 características específicas (‘agresivo’, ‘intelixente’, ‘parvo’, ‘arrogante/chulo’,
‘preguiceiro’, ‘falso’, ‘covarde’, ‘fiel’, ‘que leva boa vida’ e ‘que leva mala vida’), establecidas a partir dos
ámbitos temáticos máis representativos do noso corpus. Canto á pregunta número III, debíanse completar
10 locucións comparativas ás que lles faltaba o referente da comparación, de maneira que dependendo do
animal que escollesen poderiamos establecer a valoración que facían dos mesmos. Polo que respecta á
pregunta VI, as persoas informantes debían achegar un ou varios adxectivos que, na súa opinión, reflectisen
as características máis destacadas dos animais de cinco parellas seleccionadas previamente. O criterio que
adoptamos para a selección foi a incidencia de aparición destes animais no corpus. Para máis información
vid. 3.2.2
112
corpus de partida, conformado a partir de referencias escritas (can, cadela ‖ gato, gata ‖
burro, burra ‖ boi, vaca, touro, becerro, cuxo, xovenco, xato ‖ lobo, loba ‖ porco, porca ‖
galo, galiña, pito, pita, polo ‖ carneiro, ovella, año). Por este motivo, centrarémonos na
análise daqueles valores destacados nas expresións figuradas cos referentes animais
seleccionados. Co obxectivo de recoñecer as coincidencias que se poidan dar,
marcaremos en letra grosa os animais proporcionados polos informantes que concorden
cos que portan os mesmos valores nas expresións figuradas analizadas. Ademais,
marcaremos en letra cursiva aqueles animais que só se nomean unha vez para cada un
dos valores, co obxectivo de coñecer a frecuencia de asignación dos valores a cada
animal.
Pregunta II. Nomear animais (vid. anexo 5, pregunta II):
Animais agresivos → abella, abellón, abesouro, avespa, *avispa ‖ aguia ‖ año,
carneiro, cordeiro, ovella, pécora ‖ bexato, buxato ‖ balea ‖ bisonte ‖ boi, vaca,
becerro, cuxo, xato, xovenco, touro ‖ cabalo ‖ can, cadela ‖ cobra, serpe ‖
congro ‖ corvo ‖ crocodilo ‖ donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ elefante ‖
escorpión ‖ furón ‖ gaivota ‖ galo, galiña ‖ ganso ‖ garduña ‖ gato, gata ‖ golfiño
‖ hiena ‖ hipopótamo ‖ león ‖ lince ‖ leopardo, pantera ‖ lobo, loba ‖ marta ‖ mono,
mona ‖ oca ‖ oso ‖ pomba ‖ porco, cocho, porca ‖ puma ‖ quenlla, tiburón ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ rinoceronte ‖ tabán ‖ teixugo, porco teixo ‖ tigre
‖ xabaril, porco bravo, *jabalí. O 76,33 % do total dos informantes das enquisas
asígnanlle o valor de ‘agresividade’ ós animais que rexistramos nas expresións
figuradas analizadas e que aquí identificamos a través da letra grosa, mentres que
o 23,67 % restante escollen os demais animais.
Animais intelixentes → abella ‖ arroaz ‖ balea ‖ buxato ‖ vaca ‖ burro ‖ cabalo ‖
cabra ‖ can, cadela ‖ chimpancé ‖ cobra, serpe ‖ coello ‖ corvo ‖ cuco ‖ curuxa ‖
donicela, doniña, *denociña, *donosiña ‖ elefante ‖ esquío, *ardilla ‖ formiga ‖
furón ‖ gaivota ‖ gato ‖ golfiño ‖ león ‖ lince ‖ lobo ‖ mono, mona ‖ morcego ‖
moucho ‖ orangután ‖ oso ‖ pega ‖ *loro ‖ porco ‖ *pulpo (polbo) ‖ raposo, raposa,
golpe, *zorro, *zorra ‖ rata ‖ rato ‖ tigre ‖ *jabalí ‖ xílgaro. O 64 % dos
informantes asígnanlle o valor de ‘intelixencia’ ós mesmos animais que funcionan
como referentes das expresións figuradas, mentres que o 36 % restante escolle
outros animais como portadores dese valor.
113
Animais parvos, pouco intelixentes → año, carneiro, ovella ‖ araña ‖ arroaz ‖
babosa ‖ boi, vaca ‖ burro, asno ‖ canario ‖ caracol ‖ cebra ‖ centola ‖ *coballa
(cobaia) ‖ coello ‖ corzo ‖ formiga ‖ galo, galiña, pita, ‖ gato ‖ hámster ‖ mula ‖
marmota ‖ medusa ‖ mono ‖ mosca ‖ mosquito ‖ ñu ‖ *cotorra ‖ parrulo, pato ‖ pavo
‖ pomba ‖ *pingüino (pingüín) ‖ porco, cocho ‖ raposo ‖ ra ‖ rato ‖ sapo ‖ sardiña
‖ tartaruga ‖ toupa, toupeira, *topo ‖ xirafa. O 68 % dos informantes escollen os
mesmos animais que vehiculan a ‘estulticia’ nas expresións figuradas analizadas,
mentres que o 32 % restante asígnalle este valor a outros animais.
Animais chulos, arrogantes: aguia ‖ carneiro ‖ babuíno ‖ boi, vaca, touro ‖ bubela
‖ burro ‖ cabalo, egua ‖ castrón, cabra ‖ can ‖ canario ‖ cangrexo ‖ cervo ‖ cisne ‖
serpe ‖ corvo ‖ cuco ‖ curuxa ‖ donicela ‖ dromedario ‖ *ardilla (esquío) ‖ faisán ‖
falcón ‖ *flamenco (flamengo) ‖ gaivota ‖ galo, galiña, pita ‖ gato ‖ golfiño ‖ león
‖ leopardo, pantera ‖ llama ‖ lobo, loba ‖ macaco ‖ mandril ‖ mono, mona ‖ moucho
‖ oca ‖ *loro (papagaio) ‖ parrulo, pato ‖ pavo real ‖ pega ‖ *pingüino (pingüín) ‖
sacabeira ‖ pita do monte ‖ pombo, pomba ‖ quenlla, tiburón ‖ raposo, raposa,
golpe, *zorro, *zorra ‖ tigre ‖ xabaril ‖ xirafa. Para este ámbito temático de
‘arrogancia’ os informantes decántanse maioritariamente (75 %) pola escolla
doutros animais que non coinciden cos extraídos daquelas expresións figuradas
que se sitúan no ámbito temático da ‘fachenda/arrogancia/presunción’, soamente
o 25 % das respostas coincide cos animais que funcionan como referentes das
ditas expresións.
Animais preguiceiros: ovella ‖ boi, vaca, becerro ‖ burro ‖ can67 ‖ caracol ‖ cigarra
‖ coala ‖ cobra ‖ coello ‖ corvo ‖ cuco ‖ *ardilla (esquío) ‖ falcón ‖ foca ‖ gaivota ‖
galiña, pita ‖ gato ‖ hipopótamo ‖ lagarto ‖ león ‖ leirón, *lirón ‖ marmota ‖
mincha, caramecha ‖ mofeta ‖ mono ‖ moucho ‖ oso ‖ ourizo, ourizo cacho ‖ porco,
cocho ‖ rata ‖ sapo ‖ tartaruga ‖ toupeira ‖ xirafa. O 57,33 % dos informantes
identifica coa ‘preguiza’ os mesmos animais que funcionan como referentes das
expresións figuradas con ese valor, mentres que o 42,67 % restante destaca como
preguiceiros os demais animais.
Animais falsos, que dan que desconfiar: abella ‖ alacrán ‖ araña ‖ carneiro, ovella
‖ touro ‖ burro, burra ‖ cabra ‖ cabalo, egua ‖ can ‖ cobra, serpe ‖ coello ‖ corvo
67 Os informantes especifican nunha ocasión a raza de can palleiro como preguiceiro, no resto dos casos
empregan o xenérico can.
114
‖ cuco ‖ donicela, doniña ‖ gaivota ‖ galo, galiña ‖ gato ‖ hiena ‖ león ‖ llama ‖ lobo
‖ mula ‖ mono ‖ oca ‖ parrulo ‖ píntega ‖ pomba ‖ porco ‖ tiburón ‖ tigre ‖ raposo,
raposa, golpe, *zorro, *zorra ‖ rata ‖ rato ‖ víbora ‖ voitre ‖ xabaril, xirafa. O 72
% dos informantes recoñecen como ‘falsos’ os mesmos animais que figuran baixo
este ámbito temático no noso corpus de expresións figuradas, mentres que o 28 %
restante asígnanlle este valor a outros animais.
Animais covardes, medorentos: burro ‖ carneiro, ovella, cordeiro ‖ avestruz ‖
cabalo ‖ can ‖ caracol ‖ coello ‖ corvo ‖ corzo ‖ donicela ‖ esquío, *ardilla ‖ gaivota
‖ galiña, pita‖ garza ‖ gato, gata ‖ grilo ‖ hámster ‖ hiena ‖ lagarto ‖ lobo ‖ mono ‖
moucho ‖ ourizo, ourizo cacho ‖ parrulo ‖ pega ‖ pomba ‖ porco ‖ ra ‖ raposo ‖ rata
‖ rato ‖ reiseñor ‖ sapo ‖ serpe ‖ tartaruga ‖ toupa ‖ vaca ‖ xílgaro. Os informantes
das enquisas coinciden na asignación do valor de ‘covardía’ ós animais que
funcionan como referentes dese valor nas expresións figuradas nun 33 %, mentres
que escollen outros animais nun 67 % dos casos.
Animais fieis: can, cadela ‖ burro ‖ cabalo ‖ coello ‖ gato ‖ golfiño ‖ ovella ‖ porco
‖ *pulpo (polbo) ‖ tigre ‖ vaca. Canto ó valor da ‘fidelidade’, os informantes
asígnanlle este valor, nun 95,66 % dos casos, ó can, de acordo coas expresións
figuradas correspondentes. O 4,34 % restante valoran como ‘fieis’ outros animais.
Animais que levan a mellor vida: *ardilla (esquío) ‖ boi, vaca, touro‖ cabalo ‖
bolboreta ‖ can ‖ canario ‖ cobra ‖ gaivota ‖ galiña, pita ‖ gato ‖ golfiño ‖ león ‖
lagarto ‖ miñoca ‖ mono ‖ oso ‖ *loro (papagaio) ‖ parrulo ‖ pega ‖ porco ‖ raposo.
O 64 % dos informantes coinciden coas expresións figuradas na asignación da
‘boa vida’ ós mesmos animais, mentres que o 36 % restante destaca esta
característica noutros animais.
Animais que levan a peor vida: abella ‖ andoriña ‖ araña ‖ avella ‖ boi, vaca, xato,
touro ‖ burro ‖ cabalo ‖ can ‖ cobra, serpe ‖ coello ‖ cervo ‖ cucaracha ‖ elefante ‖
escaravello ‖ formiga ‖ gaivota ‖ galiña, pita, pito ‖ hiena ‖ lagarto ‖ león ‖ leopardo
‖ macho, mula ‖ miñoca ‖ mono ‖ mosca ‖ mosquito ‖ ñu ‖ oca ‖ pingüín ‖ porco ‖
rata ‖ rato ‖ sardiña ‖ tigre ‖ toupa ‖ xabaril. Neste caso, a coincidencia de
asignación do valor de ‘mala vida’ entre as respostas das enquisas e as expresións
figuradas está nun 22,66 %. Os demais informantes, 77,34 %, asígnanlle este valor
a outros animais.
115
Despois de analizar as respostas ofrecidas polos informantes na pregunta II das enquisas,
comprobamos que o índice de coincidencia de animais que portan os mesmos valores cás
expresións figuradas analizadas está nun 74,04 %. Xa que logo, a través de preguntas
directas os galegos asígnanlles ós animais, de xeito maioritario, os mesmos valores que
podemos extraer das expresións figuradas analizadas. O 25,96 % das respostas restantes
atribúenlle estes valores a animais variados (próximos ó ámbito doméstico, salvaxes e
exóticos), aínda que son moitos os casos, como se pode comprobar, en que o animal só
se nomea unha vez para cada valor concreto.
Consideramos importante analizar o parámetro da idade para determinar o tipo de animais
seleccionados polos informantes como portadores destes valores, por iso establecemos
dúas franxas de idade na análise: a primeira de 13 a 50 anos e, a segunda, de 51 a 86 anos.
Os informantes incluídos na primeira franxa de idade empregan maioritariamente animais
próximos ó eido doméstico (66,94 %) para vehicular estes valores, aínda que tamén
recorren a animais salvaxes (22,04 %) e exóticos (11,02 %). Con respecto ós informantes
de 51 a 86 anos, percibimos que tamén empregan maioritariamente animais do ámbito
doméstico (69,67 %), e fan un uso menor dos animais considerados salvaxes (22,54 %) e
exóticos (7,79 %). Aínda que existe coincidencia na selección de animais do eido
doméstico por riba dos salvaxes e exóticos nos dous grupos de idade, son os informantes
de idade máis avanzada os que máis animais próximos ó ámbito doméstico escollen.
Por outra parte, tamén cremos importante reparar no tipo de hábitat das persoas
informantes, xa que pode determinar o uso maioritario dun tipo de animais sobre outro.
Os enquisados que se identifican máis co ámbito urbano empregan normalmente animais
próximos ó eido doméstico (61,21 %) para vehicular estes valores, mentres que recorren
ós salvaxes (25,10 %) e ós exóticos (13,69 %) en menos ocasións. Os informantes que
pertencen a un hábitat rural tamén empregan os animais próximos a espazos domésticos
(69,66 %) en maior medida que os salvaxes (21,64 %) e os exóticos (8,7 % ). Existe,
ademais, un grupo de enquisados que se identifica tanto cun hábitat rural como urbano e
o emprego que fan dos animais para vehicular estes valores é o seguinte: próximos ó
ámbito doméstico (66,67 %), salvaxes (27,78 %) e exóticos (5,55 %). Como se pode
comprobar, repítese novamente o patrón de selección dos animais da contorna doméstica
sobre os salvaxes e exóticos, mais son os informantes que se identifican con ámbitos
rurais (ou rurais/urbanos) os que recorren máis frecuentemente a animais próximos ó
espazo doméstico que os que pertencen a grupos urbanos.
116
A seguir mostraremos as expresións orixinais incluídas na pregunta III das enquisas orais
e electrónicas, así como as respostas que ofreceron os informantes para completar a parte
das expresións que non se mostraba nas enquisas (vid. anexo 5, pregunta III). Tal e como
procedemos no apartado anterior, marcaremos en letra grosa as coincidencias achadas
entre as enquisas e as expresións figuradas galegas recollidas, e en letra cursiva aqueles
animais que só se nomean unha vez para cada un dos valores.
Pregunta III. Completar expresións:
EXPRESIÓN ORIXINAL EXPRESIÓN ACURTADA RESPOSTAS DOS
INFORMANTES
[gordo] coma unha vaca/un
boi / un burro / o gato dun
abade
[gordo] coma (un/unha)
...
bacallau ‖ balea ‖ boi, vaca,
becerro, xato, touro ‖ burro ‖
cabalo ‖ coello ‖ elefante ‖
foca ‖ hipopótamo ‖ londra ‖
mandril ‖ morsa ‖ porco ‖ oso
‖ teixugo
[ter sete vidas] coma un gato [ter sete vidas] coma
(un/unha)... gato
[puta] coma unha cadela / as
galiñas/unha galiña
[puta] coma (unha)... araña ‖ *ardilla (esquío) ‖
burra ‖ cadela ‖ cabra ‖ coella
‖ corza ‖ donicela ‖ galiña ‖
gata ‖ mona ‖ perdiz ‖ raposa ‖
serpe [manso] coma un boi / un año
/ un cordeiro / unha ovella
[manso] coma
(un/unha)... año, cordeiro, ovella ‖ boi
(de machado) ‖ burro ‖ cabalo
‖ can ‖ coala ‖ coello ‖ galiña ‖
ganso ‖ gato ‖ mula ‖ pato ‖
pomba ‖ xirafa [sucio] coma o pau dun
galiñeiro / un porco
[sucio] coma (un/unha)... bubela ‖ can ‖ castrón ‖ galiña
‖ hipopótamo ‖ mofeta ‖ pau
dun galiñeiro ‖ pomba ‖
porco ‖ xabaril, porco bravo ‖
rato ‖ rata ‖ vaca
[pasar máis fame] ca un can
(sen dono) (de caza) /
[esfameado] coma un lobo
[pasar máis fame] ca
(un/unha)...
araña ‖ burro ‖ can (de
palleiro/dun cego/sen
dono/das perdices) / galgo ‖
galiña, pito ‖ *gamusino68 ‖
grilo ‖ lobo (no inverno) ‖
mono ‖ ovella ‖ pato ‖ porco
(da fruxe) ‖ raposo, raposa ‖
rata ‖ rato
[forte] coma un boi / un touro [forte] coma (un/unha)... boi, vaca, becerro, toura,
touro ‖ burro ‖ cabalo ‖
*camello (camelo) ‖ castrón ‖
elefante ‖ formiga ‖ gorila ‖
león ‖ mula ‖ oso ‖ rinoceronte
‖ tigre ‖ xabaril
68 ‘Animal imaginario cuyo nombre se usa para dar bromas a los cazadores novatos’ (DRAE, 2014: s.v.
gamusino).
117
EXPRESIÓN ORIXINAL EXPRESIÓN ACURTADA RESPOSTAS DOS
INFORMANTES
[feo] coma un burro / un can
/ o lobo
[feo] coma (un/unha)... alacrán ‖ araña ‖ bufo ‖ burro,
asno ‖ can ‖ cabalo ‖ cabra,
chibo ‖ carneiro ‖ carracha ‖
coello ‖ corvo ‖ crocodilo ‖
cucaracha ‖ escaravello ‖
*gamusino ‖ ganso ‖ garduña
‖ gorila ‖ hiena ‖ hipopótamo ‖
lagarto ‖ lesma ‖ lorcho ‖
mofeta ‖ mono ‖ morcego ‖
moucho ‖ mula ‖ ollomol,
*besugo ‖ orangután ‖
ornitorrinco ‖ oso ‖ ourizo,
ourizo cacho, cachourizo ‖
ovella ‖ pato ‖ peixe sapo ‖
píntega, sacabeira ‖ porco ‖ ra
‖ raposo ‖ rata ‖ rato ‖
rinoceronte ‖ sapo ‖ serpe ‖
tigre ‖ toupa, toupeira ‖ troita
‖ vacaloura ‖ xabaril, xabarín
‖ xato
[correr] coma unha cadela/un
galgo / un gato polas
brasas/ascuas / máis có lobo
[correr] coma
(un/unha)...
anduriña ‖ *ardilla ‖ avestruz
‖ cabalo ‖ cabra ‖ can, galgo ‖
coello ‖ donicela ‖ gacela ‖
galiña ‖ gamo ‖ gato ‖ lebre ‖
leopardo ‖ lince ‖ raposo ‖ rato
‖ víbora ‖ xabarín
caer de pé coma un/os gato/os caer de pé coma
(un/unha)...
can ‖ gato ‖ porco
Táboa 10. Respostas dos informantes á pregunta III das enquisas.
Como se pode comprobar, en case todos os casos os informantes mencionan os nomes
dos animais que figuran nas expresións comparativas galegas, só rexistramos dous casos
en que non recoñecen o animal como portador do valor indicado na expresión: trátase de
lobo para o valor de ‘fealdade’ e ‘velocidade’ e de gato para o valor de ‘gordura’.
Ademais, o único caso en que os galegos recoñecen un único animal para completar a
expresión figurada é o gato en [ter sete vidas] coma un gato. A porcentaxe de coincidencia
de animais entre as respostas ofrecidas polos informantes e cada unha das expresións
figuradas polas que se pregunta nas enquisas resúmese a seguir:
EXPRESIÓN ORIXINAL
PORCENTAXE DE
INFORMANTES QUE
RELACIONAN A
EXPRESIÓN COS MESMOS
ANIMAIS
PORCENTAXE DE
INFORMANTES QUE
RELACIONAN A EXPRESIÓN
CON OUTROS ANIMAIS
[gordo] coma unha vaca/un
boi / un burro / o gato dun
abade
62,66 % 37,34 %
[ter sete vidas] coma un gato 100 % 0 %
118
EXPRESIÓN ORIXINAL
PORCENTAXE DE
INFORMANTES QUE
RELACIONAN A
EXPRESIÓN COS MESMOS
ANIMAIS
PORCENTAXE DE
INFORMANTES QUE
RELACIONAN A EXPRESIÓN
CON OUTROS ANIMAIS
[puta] coma unha cadela / as
galiñas/unha galiña 80,33 % 19,67 %
[manso] coma un boi / un año
/ un cordeiro / unha ovella 41,66 % 58,34 %
[sucio] coma o pau dun
galiñeiro / un porco 87 % 13 %
[pasar máis fame] ca un can
(sen dono) (de caza) /
[esfameado] coma un lobo
59 % 41 %
[forte] coma un boi / un touro 42 % 58 % [feo] coma un burro / un can
/ o lobo 13 % 87 %
[correr] coma unha cadela/un
galgo / un gato polas
brasas/ascuas / máis có lobo
18,66 % 81,34 %
caer de pé coma un/os
gato/os 91 % 9 %
Táboa 11. Porcentaxes de coincidencias de animais entre a pregunta III das enquisas e as expresións
figuradas seleccionadas.
Por outra parte, os informantes ofrecen numerosos animais como candidatos para
completar esas expresións e, ó igual que ocorría para a pregunta II das ditas enquisas, son
de índole variada (próximos ó eido doméstico, salvaxes e exóticos). O 47,77 % deses
animais (grafados en letra cursiva) só aparecen representados unha vez, como se pode
comprobar na táboa 10.
Se nos fixamos, novamente, na idade dos informantes percibimos que aqueles que se
sitúan entre os 13 e os 50 anos empregan maioritariamente animais próximos ó ámbito
doméstico (81,19 %), sobre os salvaxes (9,18 %) e os exóticos (9,63 %). Canto ós
enquisados que se sitúan na franxa de idade de entre 51 e 86 anos, tamén empregan de
xeito maioritario os animais de espazos domésticos (83,92 %) para vehicular os valores
citados e, en menor medida, outros animais salvaxes (9,41 %) e exóticos (6,67 %). De
novo, volven ser os animais relacionados co eido doméstico os máis empregados tanto
polos informantes de menor idade coma polos de maior idade, aínda que son estes últimos
os que máis recorren a eles para completar cada unha destas 10 expresións.
Polo que se refire ó hábitat co que máis se identifican os informantes, aqueles que
escolleron o urbano, volven empregar, como ocorría na pregunta II, os animais de espazos
domésticos (78,6 %) en maior medida que os salvaxes (10,57 %) ou os exóticos (10,83
%). De igual maneira, os enquisados que se identifican co hábitat rural adoitan escoller
119
os animais próximos ó eido doméstico (82,98 %) para a creación de expresións, antes que
os salvaxes (8,44 %) e os exóticos (8,58 %). Por último, aqueles enquisados que
manifestaron identificarse tanto co ámbito rural coma co urbano empregan, tamén, os
animais relacionados coa contorna doméstica (82,36 %) de xeito maioritario, sobre os
salvaxes (5,88 %) ou os exóticos (11,76 %). Como se pode comprobar, os tres grupos
empregan maioritariamente animais de tipo doméstico para completar estas expresións,
aínda que volven ser os enquisados que se identifican cun hábitat rural, ou rural/urbano,
os que máis animais próximos ó espazo doméstico usan para completar estas expresións.
Presentaremos, agora, os datos correspondentes ó nivel de coñecemento / uso por parte
dos enquisados das 10 expresións figuradas do noso corpus que se recollían en máis fontes
escritas: ser un can sen dono; caer da burra; ser un can vello; chámalle burro ó cabalo!;
palabra! Díxolle o lobo á cabra; outra vaca no millo!; muda o lobo os dentes mais non
as mentes; botar o carro diante dos bois; acabarselle a vaca leiteira a alguén e na terra
dos lobos hai que ouvear coma todos (vid. anexo 5, pregunta IV). Posto que esta pregunta
foi formulada de xeito diferente nas enquisas electrónicas e nas enquisas orais, segundo
explicamos en 3.2.2, extraeremos os resultados por separado.
Os datos das enquisas electrónicas mostran que o 41,96 % das respostas corresponden
á opción «coñézoa e úsoa», o 29,84 % á escolla «coñézoa pero non a uso» e o 28,2 % a
«non a coñezo», polo que o coñecemento e uso das expresións figuradas polas que foron
preguntados os enquisados é superior ás demais opcións. A seguir ofrecemos un gráfico
en que se mostran as procentaxes concretas das respostas dos informantes para cada unha
destas expresións:
120
Gráfico 1. Nivel de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas electrónicas.
O parámetro da idade parece ser definitorio á hora de recoñecer estas 10 expresións
figuradas do noso corpus que se recollían en máis fontes lexicográficas, de xeito que son
os informantes de maior idade (de 51 a 86 anos) os que máis din coñecer e usar algunha
destas expresións sobre os informantes de menor idade (de 13 a 50 anos). Aqueles que se
sitúan entre os 51 e os 86 anos din «coñecer e usar» estas expresións figuradas nun 52,86
%, dos casos, «coñecelas pero non usalas» nun 26,94 % e «non coñecelas» nun 20,2 %.
Mentres que os informantes das enquisas que teñen idades comprendidas entre os 13 e os
50 anos escollen a opción «coñézoa e úsoa» nun 39,3 % dos casos, «coñézoa pero non a
uso» nun 30,55 % e «non a coñezo» nun 30,15 %. Como se pode comprobar, nos dous
grupos de idade prima o coñecemento e o uso das expresións seleccionadas pero é no
primeiro deles no que o recoñecemento das expresións é porcentualmente maior. A seguir
mostramos unha táboa que recolle a porcentaxe de recoñecemento de cada unha das
expresións figuradas con respecto á variable da idade dos informantes:
EXPRESIÓN
COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON
A USA
NON A COÑECE
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
ser un can sen dono 11,44 % 26,53 % 67,66 % 73,47 % 20,9 % 0 %
caer da burra 92,54 % 97,96 % 5,47 % 2,04 % 1,99 % 0 %
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
Ser un can sen dono
Caer da burra
Ser un can vello
Chámalle burro ó cabalo!
Palabra!Díxolle o lobo á cabra
Outra vaca no millo!
Muda o lobo os dentes mais non as mentes
Botar o carro diante dos bois
Acabárselle a vaca leiteira a alguén
En terra de lobos, hai que ouvear coma todos
Recoñecemento das expresións nas enquisas electrónicas
Non coñece Coñece pero non usa Coñece e usa
121
EXPRESIÓN
COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON
A USA
NON A COÑECE
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
ser un can vello 48,76 % 73,48 % 42,79 % 22,44 % 8,45 % 4,08 %
chámalle burro ó
cabalo!
50,75 % 63,26 % 31,84 % 28,58 % 17,41 % 8,16 %
palabra! Díxolle o
lobo á cabra
2,49 % 4,08 % 23,38 % 24,49 % 74,13 % 71,43 %
outra vaca no millo! 73,63 % 83,68 % 17,91 % 12,24 % 8,45 % 4,08 %
muda o lobo os dentes
mais non as mentes
1,49 % 6,12 % 25,87 % 34,69 % 72,64 % 59,19 %
botar o carro diante
dos bois
70,15 % 87,76 % 22,39 % 12,24 % 7,46 % 0 %
acabarselle a vaca
leiteira a alguén
7,96 % 18,37 % 40,29 % 38,77 % 51,75 % 42,86 %
na terra dos lobos hai
que ouvear coma todos
33,83 % 67,35 % 27,86 % 20,41 % 38,31 % 12,24 %
Táboa 12. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas electrónicas de acordo coa
variable da idade.
De acordo coa variable do hábitat dos informantes, comprobamos que os que se
identifican cun hábitat rural presentan unha porcentaxe de «coñecemento e uso» das
expresións figuradas seleccionadas dun 43,99 %, mentres que o 29,51 % correspóndese
coa opción «coñézoa pero non a uso» e o 26,5 % «non as coñece». En canto ós
informantes do hábitat urbano, as respostas correspondentes á opción «coñezoa e úsoa»
sitúanse nun 40,06 %, as que coinciden coa escolla «coñézoa pero non a uso» nun 30,2
% e «non a coñezo» nun 29,74 %. Deste xeito, tanto os informantes do hábitat rural coma
os do urbano presentan unha porcentaxe alta de coñecemento e uso destas expresións
figuradas, mais son os primeiros os que recoñecen as expresións nun número máis
elevado de veces (se ben os valores porcentuais entre un hábitat e outro achéganse
considerablemente). Na seguinte táboa ofrecemos os valores porcentuais do
recoñecemento de cada unha das expresións de acordo coa variable do hábitat dos
informantes:
EXPRESIÓN
COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON
A USA
NON A COÑECE
URBANO RURAL URBANO RURAL URBANO RURAL
ser un can sen dono 11,02 % 17,88 % 70,87 % 66,68 % 18,11 % 15,44 %
caer da burra 92,91 % 94,31 % 5,51 % 4,06 % 1,58 % 1,63 %
122
EXPRESIÓN
COÑÉCEA E ÚSAA COÑÉCEA PERO NON
A USA
NON A COÑECE
URBANO RURAL URBANO RURAL URBANO RURAL
ser un can vello 57,48 % 49,6 % 36,22 % 41,46 % 6,3 % 8,94 %
chámalle burro ó
cabalo!
48,03 % 58,54 % 31,5 % 30,89 % 20,47 % 10,57 %
palabra! Díxolle o
lobo á cabra
2,36 % 3,25 % 22,04 % 25,2 % 75,6 % 71,55 %
outra vaca no millo! 69,3 % 82,12 % 19,68 % 13,82 % 11,02 % 4,06 %
muda o lobo os dentes
mais non as mentes
2,36 % 2,44 % 23,62 % 31,71 % 74,02 % 65,85 %
botar o carro diante
dos bois
70,87 % 76,43 % 21,26 % 19,51 % 7,87 % 4,06 %
acabarselle a vaca
leiteira a alguén
10,24 % 9,76 % 39,37 % 40,65 % 50,39 % 49,59 %
na terra dos lobos hai
que ouvear coma
todos
35,43 % 45,53 % 31,5 % 21,14 % 33,07 % 33,33 %
Táboa 13. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas electrónicas de acordo coa
variable do hábitat.
Polo que se refire ós datos extraídos das enquisas orais, o 71 % das respostas dos
informantes correspóndense coa opción «oíuna algunha vez» e o 29 % con «non a oíu».
Con todo, no 54 % das respostas os informantes explican o significado da expresión e no
46 % non as poden explicar, polo que, aínda que sexa considerablemente maior a
porcentaxe daqueles que «oíron algunha vez» as expresións figuradas, non sempre son
capaces de explicar o seu significado. A seguir mostramos un gráfico en que se recollen
os datos porcentuais destas respostas para cada unha das expresións polas que foron
preguntados os enquisados.
123
Gráfico 2. Nivel de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais.
De acordo coa variable da idade dos informantes, aqueles que se sitúan na franxa de idade
de 13 a 50 anos escollen a opción «oíuna algunha vez» nun 64,7 % dos casos e «non a
oíu» nun 35,3 %. Por outra parte, nun 56, 47 % das respostas ofrecen unha definición das
expresións e nun 43,53 % non o fan. En canto ós informantes de idades comprendidas
entre os 51 e os 86 anos, escollen a opción «oíuna algunha vez» nun 74,24 % dos casos e
«non a oíu» nun 25,76 %. Nesta franxa de idade, o 52,72 % corresponde ás respostas que
ofrecen unha definición da expresión e o 47,28 % ás que non. Deste xeito, comprobamos
que o recoñecemento destas expresións figuradas é maior entre as persoas de máis idade,
pero son ós informantes máis novos os que ofrecen un maior número de respostas cunha
definción das expresións.
Na seguinte táboa ofrecemos os datos porcentuais correspondentes ó recoñecemento de
cada unha das expresións figuradas polas que os enquisados foron preguntados:
EXPRESIÓN
OÍUNA NON A OÍU PODE
EXPLICALA
NON PODE
EXPLICALA
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
ser un can
sen dono
58,82
%
75,76
%
41,18
%
24,24
%
35,29
%
48,48
%
64,71
%
51,52
%
caer da
burra
100
%
96,97
%
0 % 3,03 % 82,35
%
87,88
%
17,65
%
12,12
%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Ser un can sen dono
Caer da burra
Ser un can vello
Chámalle burro ó cabalo!
Palabra!Díxolle o lobo á cabra
Outra vaca no millo!
Muda o lobo os dentes mais non as mentes
Botar o carro diante dos bois
Acabárselle a vaca leiteira a alguén
En terra de lobos, hai que ouvear coma todos
Recoñecemento das expresións nas enquisas orais
Non pode explicala Pode explicala Non a oíu Oíuna algunha vez
124
EXPRESIÓN
OÍUNA NON A OÍU PODE
EXPLICALA
NON PODE
EXPLICALA
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
13-50
ANOS
51-86
ANOS
ser un can
vello
88,24
%
84,85
%
11,76
%
15,15
%
88,24
%
60,61
%
11,76
%
39,39
%
chámalle
burro ó
cabalo!
76,47
%
66,67
%
23,53
%
33,33
%
47,05
%
36,36
%
52,95
%
63,64
%
palabra!
Díxolle o
lobo á cabra
11,76
%
18,18
%
88,24
%
81,82
%
29,41
%
15,15
%
70,59
%
84,85
%
outra vaca
no millo!
100
%
87,88
%
0 % 12,12
%
41,18
%
48,48
%
58,82
%
51,52
%
muda o lobo
os dentes
mais non as
mentes
23,53
%
42,42
%
76,47
%
57,58
%
35,29
%
30,3
%
64,71
%
69,7
%
botar o carro
diante dos
bois
88,23
%
96,97
%
11,77
%
3,03
%
82,35
%
75,76
%
17,65
%
24,24
%
acabarselle
a vaca
leiteira a
alguén
47,05
%
90,91
%
52,95
%
9,09
%
58,82
%
57,58
%
41,18
%
42,42
%
na terra dos
lobos hai que
ouvear coma
todos
52,95
%
81,81
%
47,05
%
18,19
%
64,7
%
66,67
%
35,3
%
33,33
%
Táboa 14. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais de acordo coa variable
da idade.
Polo que respecta á variable do hábitat, o 70,75 % das respostas daqueles que se
identifican cun hábitat rural correspóndese coa opción «oíuna algunha vez», mentres que
o 29,25 % restante pertence á escolla «non a oíu». Entre as respostas destes informantes,
no 56,25 % dos casos ofrécese unha definición da expresión e no 43,75 % non. En canto
ás respostas dos informantes que se identifican cun hábitat urbano, o 71,67 % das mesmas
correspóndese coa opción «oíuna algunha vez» e o 28,33 restante con «non a oíu».
Ademais, no 55 % das respostas pertencentes a informantes do hábitat urbano ofrécese
unha definición das expresións e no 45 % non se ofrece. Nas enquisas orais, atopamos,
tamén, un grupo de informantes que se identifican tanto cun hábitat rural coma urbano.
Estes marcan a opción «oíuna algunha vez» nun 72,5 % dos casos por riba de «non a oíu»,
que ten unha porcentaxe de 27,5 %. Canto á explicación das expresións figuradas, o 45
% das respostas destes informantes levan consigo a definición das expresións, mentres
que o 55 % non a leva.
125
Apreciamos, xa que logo, que son os informantes pertencentes ó hábitat rural-urbano os
que identifican un maior número de expresións figuradas, aínda que con niveis
porcentuais moi próximos ás respostas dos informantes dos hábitats urbano e rural. Polo
que se refire á explicación desas expresións, o grupo que rexistra un maior nivel de
definicións ofrecidas e o formado polos enquisados do hábitat rural.
A continuación ofrecemos as táboas 15 e 16, que conteñen os valores porcentuais do
recoñecemento de cada unha das 10 expresións do noso corpus que se recollen en máis
fontes lexicográficas de acordo coa variable do hábitat dos informantes:
EXPRESIÓN
OÍUNA NON A OÍU PODE
EXPLICALA
NON PODE
EXPLICALA
RUR. URB. RUR. URB. RUR. URB. RUR. URB.
ser un can
sen dono
70
%
66,67
%
30
%
33,33
%
45
%
16,67
%
55
%
83,33
%
caer da
burra
97,5
%
100
%
2,5
%
0
%
82,5
%
100
%
17,5
%
0
%
ser un can
vello
82,5
%
100
%
17,5
%
0
%
72,5
%
83,33
%
27,5
%
16,67
%
chámalle
burro ó
cabalo!
72,5
%
50
%
27,5
%
50
%
42,5
%
16,67
%
57,5
%
83,33
%
palabra!
Díxolle o
lobo á cabra
12,5
%
33,33
%
87,5
%
66,67
%
17,5
%
33,33
%
82,5
%
66,67
%
outra vaca
no millo!
90
%
100
%
10
%
0
%
52,5
%
16,67
%
47,5
%
83,33
%
muda o lobo
os dentes
mais non as
mentes
37,5
%
50
%
62,5
%
50
%
35
%
33,33
%
65
%
66,67
%
botar o carro
diante dos
bois
95
%
83,33
%
5
%
16,67
%
80
%
66,67
%
20
%
33,33
%
acabarselle
a vaca
leiteira a
alguén
77,5
%
66,67
%
22,5
%
33,33
%
62,5
%
50
%
37,5
%
50
%
na terra dos
lobos hai que
ouvear coma
todos
72,5
%
66,67
%
27,5
%
33,33
%
72,5
%
33,33
%
27,5
%
66,67
%
Táboa 15. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais de acordo coa variable
do hábitat.
126
EXPRESIÓN
HÁBITAT RURAL-URBANO
OÍUNA NON A OÍU PODE
EXPLICALA
NON PODE
EXPLICALA
ser un can sen dono 75 % 25 % 75 % 25 %
caer da burra 100 % 0 % 100 % 0 %
ser un can vello 100 % 0 % 25 % 75 %
chámalle burro ó cabalo! 75 % 25 % 50 % 50 %
palabra! Díxolle o lobo á cabra 75 % 25 % 25 % 75 %
outra vaca no millo! 100 % 0 % 25 % 75 %
muda o lobo os dentes mais non as
mentes
0 % 100 % 0 % 100 %
botar o carro diante dos bois 100 % 0 % 75 % 25 %
acabarselle a vaca leiteira a
alguén
75 % 25 % 25 % 75 %
na terra dos lobos hai que ouvear
coma todos
75 % 25 % 50 % 50 %
Táboa 16. Porcentaxe de recoñecemento das expresións figuradas nas enquisas orais de acordo coa variable
do hábitat
Por último, mostraremos os datos obtidos a partir da pregunta VI das enquisas orais e
electrónicas (vid. anexo 5, pregunta VI). Con ela pretendemos coñecer a valoración que
fan os galegos dos cinco animais máis repetidos no corpus inicial de expresións figuradas,
polo que se lles pediu ós informantes que empregasen un ou varios adxectivos para
cualificalos.
Pregunta VI. Nomear adxectivos:
BOI, VACA:
Caracterización
127
o Carácter/condición: ‘mansos/obedientes’ (6769); ‘traballadores’
(3770); ‘pacientes’ (6); ‘bravo’71 (5); ‘lambóns’ (5); ‘teimudos’
(472); ‘tenros/agarimosos’ (373); ‘preguiceiros’ (374); ‘parvos’ (3);
‘bruto’ (3); ‘intelixente’ (275); ‘sufridos’ (2); ‘perigoso’ (1);
‘valentes’ (1); ‘aburridos’ (1); ‘fieis’ (1); ‘mala’ (1).
o Características físicas: ‘fortes’ (7576); ‘gordos’ (3377); ‘grandes’
(24); ‘lentos’ (1978); ‘resistentes’ (4); ‘fermosos’ (279);
‘silenciosos’ (1); ‘torpes’ (1).
Relacións
o Home-animal: ‘útiles’ (3680).
Valoración: ‘marabillosa’ (1)
Polo que se refire ás características que os galegos destacan do carácter e condición da
parella formada por boi, vaca, os valores que coinciden entre as enquisas e as expresións
figuradas analizadas son os de ‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’
(67), ‘paciencia’ (6), ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ (5), ‘gula’ (5), ‘teimosía’ (4),
‘preguiza/indolencia/ociosidade/boa vida’ (3), ‘estulticia’ (3), ‘rudeza/brutalidade’ (3) e
‘intelixencia/sabedoría’ (2). Ademais, podemos establecer unha relación semántica (>)
entre certas características que resaltan os informantes das enquisas con outros valores
que se rexistran nas expresións figuradas: ‘perigo’ (1) (>
‘agresividade/ira/fereza/voracidade’) e ‘sufrimento’ (2) e ‘laboriosidade’ (37) (>
‘maltrato’81 [relacións: home-animal]). Percibimos, tamén, que outros valores tirados das
69 11 respostas refírense especificamente ó animal femia e 21 ó animal macho, as demais respostas abarcan
os dous sexos. 70 21 respostas especifican o boi como portador deste valor, as demais respostas refírense ós dous sexos. 71 Subliñamos o morfema de xénero para indicar que o informante cualifica co adxectivo achegado ó macho
ou á femia en cada caso concreto. 72 Destas catro respostas unha delas refírese explicitamente ó boi, outra á vaca e as outras dúas ós dous
sexos. 73 Destas tres respostas, unha refírese soamente á vaca, as demais fan referencia ós dous sexos. 74 Dúas destas tres respostas refírense ó animal femia. 75 As dúas respostas refírense soamente á vaca. 76 18 respostas están centradas unicamente na figura do boi, as demais presentan o adxectivo en plural, polo
que entendemos que fan referencia ós dous sexos. 77 Seis respostas fan referencia á vaca e outras seis ó boi, as demais presentan o adxectivo en plural. 78 Unha destas 19 respostas refírese ó boi, as demais valoran ós dous sexos. 79 Unha destas dúas respostas fai referencia soamente á vaca, a outra refírese a ambos ou dous sexos. 80 13 respostas refírense á vaca e dúas ó boi, as demais presentan o adxectivo en plural. 81 Como se pode comprobar no anexo 1 (táboa 11), baixo o subámbito temático de ‘maltrato’ recollemos
expresións cuxa imaxe é a do animal que sofre (puxa o boi polo arado, mal do seu grado / o boi turra do
128
expresións figuradas analizadas non teñen presenza nas enquisas realizadas:
‘desconcerto/perplexidade’, ‘liberdade’, ‘falsidade’, ‘languidez’ e ‘sacralidade’. De igual
maneira, existen características que os informantes lles atribúen ó boi e á vaca que non
teñen representación nos valores tirados das expresións figuradas analizadas:
‘tenrura/agarimo’ (3), ‘valentía’ (1), ‘aburrimento’ (1) e ‘fidelidade’ (1). Por último,
detectamos nas enquisas o valor de ‘maldade’ (1) que contrasta directamente con
‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’. Nótese, de calquera xeito, que,
agás no caso de ‘tenrura/agarimo’, os valores indicados son citados por un único
informante.
Canto ás características físicas do boi e a vaca, os informantes salientan algunhas que
coinciden coas extraídas das expresións figuradas: ‘fortaleza’ (75), ‘gordura’ (33),
‘grandura’ (24) e ‘lentitude’ (19). Noutros casos as súas respostas gardan certa relación
(>) cos valores extraídos das expresións figuradas: ‘resistencia’ (4) (> ‘fortaleza’) e
‘torpeza’(1) (> ‘grandura’ e ‘lentitude’). Ó igual que acontecía coas características
referidas ó carácter e condición do animal, existen valores asociados ás características
físicas destes animais que se presentan nas expresións figuradas analizadas, pero non na
valoración que fan os informantes: ‘ruído’ e ‘axilidade’82. Do mesmo xeito, os
informantes das enquisas engaden os valores de ‘fermosura’ (2) e de ‘silencio’ (1) que
non son trazos representativos das expresións figuradas analizadas. Ademais, este último
valor contrasta co valor de ‘ruído’ que se extrae das expresións figuradas.
Entre os valores referidos ás relacións que se establecen entre o home e o animal, os
informantes das enquisas só ofrecen o valor de ‘utilidade’ (36), que coincide cun dos
extraídos nas expresións figuradas analizadas. Nestas últimas engádese, ademais, o valor
de ‘maltrato’.
No apartado referido á valoración do animal sen un maior grao de concreción, os
informantes cualifican á vaca como ‘marabillosa’ (1), mentres que das expresións
figuradas analizadas non extraemos características que se relacionen coa valoración
directa que fan as persoas destes animais.
arado, mais non é do seu agrado * ‘dise de quen realiza un traballo á forza, obrigado por outra persoa’)
ou que traballa duramente ([facer traballar] coma un boi ‘obrigado a traballar duramente, de forma
escravista’; [traballar/dar a todo] coma a vaca do pobre / [ser] coma a vaca do pobre, que ten que andar ás
dúas mans ‘traballar moi duramente, sen descanso’). 82 No caso concreto de ‘axilidade’ é un dato esperable, xa que é unha calidade que se lle atribúe
explicitamente ós xovencos na expresión figurada que rexistramos ([choutar] coma un xovenco ‘brincar’),
unha voz que non aparece na pregunta formulada na enquisa.
129
Para rematar, cremos que aqueles valores que destacan por ser opostos semanticamente
ós extraídos das expresións figuradas analizadas, nomeadamente ‘maldade’
(≠‘bondade/mansedume/docilidade/submisión/obediencia’) e ‘silencio’ (≠ ‘ruído’), teñen
a súa orixe en experiencias individuais dos informantes cos animais. No primeiro dos
casos trátase dunha informante de 81 anos do ámbito rural e, no segundo, dun informante
de 47 anos do ámbito urbano. Como se pode observar, son dous perfís ben distintos e é
probable que a interpretación da primeira estea relacionada co trato directo co animal e a
do segundo non.
LOBO, LOBA
Caracterización
o Carácter/condición: ‘agresivos/voraces’ (10383); ‘perigosos’ (35);
‘astutos’ (33); ‘intelixentes’ (2884); ‘indómitos’ (27); ‘malos/ruíns’
(1285); ‘independentes/solitarios’ (9); ‘depredadores/cazadores’
(7); ‘falsos’ (7); ‘valentes’ (7); ‘libres’ (5); ‘promiscua’ (3);
‘curiosos’ (3); ‘desconfiados’ (3); ‘aproveitados’ (2);
‘sobreviventes’ (2); ‘prudentes’ (1); ‘territoriais’ (1);
‘impredicibles’ (1); ‘nocturnos’ (1); ‘preguiceiros’ (1)
o Características físicas: ‘fortes’ (586); ‘fermosos’ (4); ‘veloces’ (4);
‘impoñentes’ (3); ‘áxiles’ (3); ‘elegantes’ (2); ‘ouveadores’ (1);
‘fracos’ (1); ‘cansa’ (1); ‘sucios’ (1); ‘grandes’ (1)
Relacións
o Home-animal: ‘incomprendidos’ (2); ‘mal vistos’ (1)
o Animal-animal: ‘gregarios’ (15); ‘protectores’ (387); ‘fieis coa súa
parella’ (2)
Valoración: ‘admirables’ (1); ‘marabillosos’ (1); ‘misteriosos’ (1)
83 Cinco das respostas céntranse exclusivamente no lobo e seis respostas na loba, nas demais non se aprecian
diferenzas de xénero. 84 Unha destas 28 respostas fai referencia só ó animal macho, as demais refírense ós dous sexos. 85 Unha das respostas especifica o animal macho como portador deste valor, as demais refírense ós dous
sexos. 86 Un destes cinco valores está exclusivamente referido á loba, os demais caracterizan tanto ó lobo como á
loba. 87 Un destes tres valores refírese unicamente ó animal femia, os demais caracterizan os dous sexos.
130
Polo que se refire á valoración do carácter e condición do lobo e da loba que realizan os
informantes das enquisas, percibimos que existen as seguintes coincidencias con relación
ás expresións figuradas analizadas: ‘agresividade/ira/fereza/voracidade’ (103),
‘astucia/malicia’ (33), ‘intelixencia/sabedoría’ (28), ‘maldade/ruindade’ (12), ‘falsidade’
(7), ‘valentía’ (7); polo que os informantes reproducen a totalidade dos valores destacados
nas expresións figuradas que analizamos neste eido. Así e todo, atribúenlle a este animal
outros valores que, por unha banda, gardan relación cos tirados das expresións figuradas
analizadas: ‘perigosos’ (35), ‘indómitos’ (27) e ‘depredadores/cazadores’ (7) (>
‘agresividade/ira/fereza/voracidade’); e, pola outra, acrecentan os valores asociados con
este grupo de animais: ‘liberdade’ (5); ‘promiscuidade’ (3); ‘curiosidade’ (3);
‘desconfianza’ (3); ‘aproveitamento’ (2); ‘supervivencia’ (2); ‘prudencia’ (1);
‘territorialidade’ (1); ‘impredicibilidade’ (1); ‘noctambulismo’ (1) e ‘preguiza’ (1). Por
último, nas enquisas sinálase o valor de ‘independencia/soidade’ (9) que, como veremos,
contrasta co valor de ‘agrupación’ (relacións: animal-animal) presente tanto nas propias
enquisas como nas expresións figuradas analizadas.
Canto ás características físicas deste animal, observamos coincidencias entre a valoración
que se fai del nas expresións figuradas analizadas e as enquisas realizadas: ‘fortaleza’ (5),
‘velocidade’ (4), ‘ruído’ (1) e ‘grandura’ (1)88. Os informantes cualifícano, ademais,
como ‘impoñente’ (3), un valor que pode gardar relación coa ‘grandura’ do animal e que,
polo tanto, pode repercutir na imaxe que as persoas crean do lobo89. O único valor
rexistrado nas expresións figuradas analizadas que non ten representación nas enquisas
orais e electrónicas é o de ‘fealdade’. Do mesmo xeito, os informantes asígnanlle certos
valores ó lobo que non se detectan nas expresións: ‘axilidade’ (3), ‘elegancia’ (2),
‘delgadeza’ (1), ‘cansazo’ (1) e ‘sucidade’ (1). Por último, detectamos nas enquisas o
valor de ‘fermosura’ (4) que se opón (≠) directamente a ‘fealdade’.
Polo que respecta ás relacións que se establecen entre o home e o animal, os informantes
das enquisas cualifican o lobo de ‘incomprendido’ (2) e ‘mal visto’ (1), mentres que nas
expresións figuradas analizadas non detectamos ningún valor que se axuste a este
88 Existe coincidencia entre o ámbito temático ‘grandura’ e a caracterización de ‘grande’ que fan do lobo
os informantes; pero cómpre salientar que as expresións figuradas que teñen o lobo como referente e que
se sitúan no noso corpus baixo a etiqueta ‘grandura’ refírense á súa boca e, máis concretamente, ós seus
dentes [ter dentes] coma (os dunha) a/unha loba / [ter dentame] coma a loba * ‘ter os dentes grandes’. 89 Cómpre ter en conta que o lobo galego non é moi grande, a diferenza do que acontece noutras latitudes
(Perozo, 1999: 230), isto tal vez explique que nas expresións figuradas galegas que analizamos non
recollamos este valor de ‘grandura’ asociado ó animal.
131
subámbito temático. Canto ás relacións que de dan entre animais, os informantes sinalan
tres valores que gardan relación (>) cos dous achados nas expresións figuradas analizadas:
‘gregarios’ (15) (> ‘agrupación’), ‘protectores’ (3) e ‘fieis coa súa parella’ (2) (>
‘respecto’).
Por último, os enquisados valoran directamente estes animais como ‘admirables’ (1),
‘marabillosos’ (1) e ‘misteriosos’ (1), mentres que das expresións figuradas analizadas
non tiramos ningún tipo de valoración directa deste tipo.
Cremos que as valoracións opostas que detectamos nas enquisas con respecto ás
expresións figuradas analizadas responden a dous feitos diferenciados. Polo que se refire
ó valor de ‘independencia/soidade’ (≠ ‘agrupación’) pensamos que a explicación a esta
oposición se encontra no hábitat co que se identifican os informantes, pois oito dos nove
enquisados pertencen a un hábitat urbano90, o que determina o descoñecemento dos
hábitos do animal na vida salvaxe. Por outra parte, a severa persecución da que foi e aínda
é obxecto o lobo, por mor dos seus ataques ó gando doméstico, relegouno a zonas
despoboadas e remotas das serras galegas. Hoxe en día os lobos galegos viven máis
dispersos, en parellas ou mesmo en solitario, e non se adoitan agrupar en mandas para
cazar (Perozo, 1999:230). O coñecemento da situación actual que vive o lobo, unido á
imaxe televisiva do animal cazando en solitario ou ouveando só á lúa (en determinadas
películas e documentais) poderían estar detrás, tamén, do valor de
‘independencia/soidade’ que apuntan os informantes. Canto ó valor de ‘fermosura’ (≠
‘fealdade’), este responde a valoracións subxectivas dos informantes, do mesmo xeito que
unha valoración subxectiva pode estar, tamén, detrás da expresión fixa que determina o
valor da fealdade no animal. Este valor de fealdade, que se extrae das expresións [feo]
coma o lobo (‘fealdade’) ou [ter unha boca] coma un lobo (‘boca fea’), probablemente foi
creado polas persoas que, antano, vían o seu gando ameazado polo lobo. Deste xeito, para
aquelas en que ese temor xa non existe a valoración pode mudar en fermosura,
probablemente en relación cunha certa idealización do lobo como animal misterioso e a
partir das imaxes televisivas do lobo solitario que ouvea á lúa.
Canto á valoración que fan os galegos das parellas de animais can, cadela / gato, gata /
burro, burra, ofrecemos a seguir tres capítulos (5, 6 e 7) en que realizamos unha análise
90 A única enquisada que di pertencer a un hábitat rural ten 20 anos, polo que a súa experiencia con este
animal salvaxe podería ser moi reducida.
132
detallada das expresións figuradas galegas que se constrúen con estes referentes animais
e contrastámola coas valoracións que fan os informantes das enquisas orais e electrónicas.
133
5 CAN/CADELA
5.1 Descrición
O can91 (Canis lupus familiaris) é un mamífero carnívoro pertencente á familia canidae.
Os membros desta familia (da que tamén forman parte o lobo e a raposa, entre outros)
caracterízanse fisicamente por posuír un corpo musculoso e resistente, cuns membros
inferiores fortes e unhas grandes maxilas capaces de despezar con facilidade as súas
presas. Poden detectar estas facilmente grazas ó seu fociño longo e rematado en punta,
que lles proporciona un órgano olfactivo ben desenvolvido. O seu ouvido tamén é
aguzado, pois as súas orellas, polo xeral grandes e erectas, facilitan esta tarefa (Burnie,
2002: 178). Canto á súa conduta, trátase dun animal oportunista e con grande
adaptabilidade a calquera medio (Burnie, 2002: 180). A súa vida media, así e todo, é de
12 a 13 anos e dependendo das razas, poden chegar incluso ata os 20 anos de vida (Perozo,
1999: 316).
A palabra can adoita empregarse para facer referencia á raza doméstica (Canis familiaris).
Trátase dun dos animais que leva máis anos vivindo ó carón do ser humano. A evidencia
máis antiga da súa domesticación provén dos restos arqueolóxicos dunha mandíbula
canina, desenterrada en Alemaña e que foi datada en 14 000 anos aproximadamente
(Macdonald, 2001: 41). Segundo mostran os datos xenéticos, este animal foi no seu día
un lobo salvaxe. Mais a hipótese da orixe do can non deixou indiferentes os investigadores
da materia, posto que existen, cando menos, dúas teorías sobre como se puido producir
esa evolución de lobo a can:
1) Durante moitos anos creuse que os homes da antigüidade adoptaran o lobo salvaxe
e domesticaran as súas crías para iren moldeando, pouco a pouco, o animal, ata
convertelo no que hoxe coñecemos como can doméstico.
Mais esta hipótese non convence outros estudosos, entre os que se atopan os
biólogos Raymond Coppinger e Lorna Coopinger (2002). Estes defenden que a
teoría da adopción do lobo salvaxe por parte dos humanos é practicamente
imposible, posto que, explican, un lobo debe adoptarse antes de que faga os 13
días de vida e non se coñecen datos de que ninguén fose capaz de domesticar un
de máis de dúas semanas. Os autores exemplifican isto cun experimento feito polo
91 Se non se especifica o contrario entenderase de aquí en diante can como can/cadela.
134
biólogo Erik Zimen en Alemaña, pois nunca tivo éxito cando tratou de socializar
crías de lobos en catividade despois dos 19 días de vida (2002: 42).
2) Coppinger e Coopinger (2002) explican que foi no mesolítico cando se deron os
factores propicios para que o lobo se convertera en can. Os autores sinalan que a
evolución de lobo a can tivo que ver cos residuos que comezou a producir o home
hai 15 000 anos, cando pasou a ser sedentario. Os biólogos cren que, coa creación
dos primeiros poboados da Idade de Pedra, se xerou un nicho ecolóxico.
Comezaron a amontoarse novos residuos de animais e desperdicios humanos que
probablemente provocaron o achegamento de animais salvaxes, coma o lobo, na
procura de alimento (2002: 58). Os datos que recadaron apuntan que os lobos se
achegaron a esta especie de vertedoiros incitados polo cheiro e supoñen que, unha
vez alí, comezarían as disputas polo acceso ós alimentos. Entón, produciríase unha
selección natural entre os máis eficientes, os que poderían ocupar ese nicho, e os
que non. Deste xeito, a permanencia do lobo no poboado deberíase a un só factor:
permaneceron aqueles que gardaron co ser humano unha distancia de fuga menor
para poder acceder ós alimentos. Non evolucionaron, en cambio, aqueles que se
afastaron do poboado nada máis percibir a presenza humana. Deste xeito, os lobos
dividíronse en dous grupos xenéticos: os que evolucionaron en can co paso dos
anos e os que non.
Os restos de hai 14 000 anos confirman que ese novo animal que xorde, coñecido como
«protocan» (Copinguer e Copinguer, 2002: 37), era moi distinto do lobo: presentaba un
cranio reducido (probablemente porque, ó ser preeiro, xa non precisaba tanta capacidade
cranial como para a caza en manda), tiña o fociño máis curto, os dentes máis pequenos e
distintos dun depredador e o corpo máis pequeno (pois xa non precisaba abater grandes
presas). Foi deste xeito como o lobo pasou a converterse en algo similar ó can doméstico
que coñecemos hoxe.
Coopinger e Coopinger (2002: 21) definen a transformación do lobo en can como un feito
simplemente impresionante; tanto que hoxe por hoxe son os cans os que viven en grupos
numerosos de especies (arredor duns 400 000 000 en todo o mundo), mentres que o lobo
está en perigo de extinción en varios países (existen uns 400 000 no mundo).
Tendo en conta os milleiros de anos que leva este animal compartindo experiencias co
ser humano, resulta lóxico que pasase a desempeñar un papel importante na vida das
persoas e que sexa o máis antigo dos animais domésticos que posuímos (Santos, 1945:
135
161). A relación do ser humano co can non ten comparación con ningunha outra clase de
animal, ningún outro animal evoca o mesmo conxunto de emocións ou serve de base para
relacións de tanta tenrura coma o can para o ser humano (Fennel, 2013: 22). Sérvelle de
utilidade en moitas tarefas, como ir á caza (con razas especializadas de cans), vixiar
rabaños de ovellas, gardar a casa ou simplemente facerlle compaña (vid. Burnei, 2002).
Todos estes son trazos que se presentan soamente no can doméstico e non coinciden co
comportamento de ningún outro animal. A diferenza doutros animais que conviven co ser
humano, o can continúa acompañando as persoas nas vivendas dende a súa
domesticación92. En moitas casas mesmo é considerado un membro máis da familia93,
posto que é un animal sociable.
O can prototípico da casa galega, como se poderá comprobar nas expresións figuradas
que ofrecemos a continuación, é o can de palleiro. Trátase dunha raza autóctona galega
de aspecto semellante ó do lobo, cunha constitución robusta e un tamaño medio94. Este
can indoeuropeo comparte unha orixe común cos pastores belgas, holandeses ou alemáns,
pois foi cruzado con estas razas, especialmente coa última delas (Fernández Rodríguez,
et al., 2001: 180). Ó can de palleiro encomendábanselle en Galicia as funcións de gardar
a casa e mais de auxiliar o gandeiro nos traballos do campo cos animais, como un
integrante máis da casa labrega95. Recibe o seu nome en alusión ó palleiro onde adoitaba
durmir. Explícao así, entre outros96, Rodríguez González (1958-1961):
92 Contrariamente ó que aconteceu coa vaca ou co boi, moi presentes na sociedade galega de antano e que
agora case non teñen ningunha presenza nas casas de familia rurais, pois viron practicamente reducida a
súa aparición a explotacións gandeiras ou actividades similares con fins económicos (vid. Benavente Jareño
e Ferro Ruibal, 2010). 93 Exemplos desta relación de índole familiar poden verse en
http://revista.consumer.es/web/ga/20120301/mascotas/76351.php ou en
http://www.gatocan.com/AntesAdoptar.php 94 Vid. DRAG, 2016: s. v. can. 95 A desaparición do sistema de explotación tradicional da terra e a competencia doutras razas fixeron que
os exemplares de can de palleiro fosen a menos e quedaran reducidos a uns poucos espallados pola xeografía
galega. Na década dos 90, a Xunta de Galicia estableceu un programa de recuperación da raza que leva a
cabo coa axuda do Club Can de Palleiro (vid. Corporación Radio e Televisión de Galicia, 2012 e 2015). 96 Fernández Rodríguez, et al. (2001); Alonso e Fernández (2001) e Consellería de Medio Rural da Xunta
de Galicia (2015: en liña).
136
Can de palleiro, perro del país, generalmente grande, de orejas casi siempre erguidas, que
es comunísimo entre nuestros aldeanos y está destinado a guardar la casa, la EIRA, el
corral y la huerta de su dueño. Es muy osado; tiene por lo general su cama en el
PALLEIRO, de donde le viene su nombre. Algunos cogen los erizos (ourizos cachos) con
gran maestría, aunque no sin lastimarse más de una vez.
Rodríguez González, 1958-1961: s. v. can
Así e todo, tamén se lle adoita chamar can de palleiro, can palleiro ou can palleirán ó
can común do país, que non ten raza definida e que xa está moi cruzado97 (García
González, 1985: en liña).
Por estas razóns, non é de estrañar que apareza o nome de can de palleiro en varias das
expresións figuradas galegas construídas con referentes animais, posto que no momento
de escoller o can como referente, o máis lóxico para os galegos é elixir o can que teñen
máis preto, aquel co que conviven (xa se refiran á raza propia do país ou ó can sen raza
definida, moi cruzado).
A seguir centrarémonos no retrato que fan os galegos do can a partir das expresións
figuradas que eles mesmos constrúen empregándoo como referente.
5.2 Retrato do can a través das expresións figuradas galegas
O can é o animal que se repite con máis frecuencia no noso corpus, pois aparece como
referente de 161 expresións figuradas. A partir da análise destas construcións
pretendemos descubrir cal é a visión que teñen os galegos do animal e, polo tanto, a
valoración que fan del.
Nos seguintes apartados desagregaremos os ámbitos temáticos en que se encadran as
expresións figuradas que teñen o can como referente e tentaremos ofrecer un perfil
completo da valoración que fan os galegos deste animal.
Tal e como se comentou no apartado 3.5 da metodoloxía de análise das expresións
figuradas, dividimos os ámbitos temáticos en tres seccións: caracterización, relacións e
valoración.
97 Vid. tamén o GDXL, 2009: s. v. can.
137
5.2.1 Caracterización
5.2.1.1 Carácter/condición
A característica que sobresae por riba de todas as que dan conta do carácter ou da
condición do can é a agresividade. Sexa pola súa natureza carnívora ou polos lazos que
o can comparte co lobo, o seu comportamento connatural adoita ser interpretado como
agresivo para o ser humano. Deste xeito, créanse expresións figuradas que teñen como
referente a agresividade do can e nas que, normalmente, se dá un proceso de
animalización do ser humano a través das metáforas conceptuais A PERSOA IRADA É UN
ANIMAL e A CONDUTA FURIOSA É A CONDUTA DUN ANIMAL AGRESIVO (Kövecses, 2000).
Con base nestas metáforas conceptuais atopamos, no noso corpus, expresións figuradas
creadas a partir das metáforas conceptuais máis concretas A PERSOA IRADA É UN CAN e A
CONDUTA FURIOSA É A CONDUTA DUN CAN:
[apupar] coma un can (‘acoso, ataque, perigo, burla’)
[arregañar] os dentes coma un can de palleiro (*‘ensinar os dentes como xesto de
enfado’)
[duro] coma un can (‘dureza’, ‘insensibilidade’)
[fero/ter un xenio] coma un can (doente/de palleiro) (‘expresión que pondera a
fereza dun comportamento ou unha forma de ser irada, irascible’)
[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) (*‘berrar dominado
pola ira’)
[lanzarse/botarse] coma un can (de presa) (*‘responder agresivamente’)
[levarse/discutir/reñer] coma cans (‘levarse mal entre eles, pelexar continuamente’)
[perigoso] coma o can preso á cadea (‘perigoso’)
[poñerse] coma unha cadela (*‘enfadarse moito, estar irascible’)
[poñerse] dun xenio coma can que lle quitan o óso (‘ira’)
[rabear] coma un can na corda (‘ira’)
cadela (‘muller irascible ou de mal xenio’)
can (‘home de mal xenio’)
Por outra parte, Kövecses (1990: 62) afonda na metáfora conceptual AS PAIXÓNS SON
BESTAS DENTRO DUNHA PERSOA e explica que existen variantes dentro desta metáfora
conceptual para cada unha desas paixóns ou sentimentos. Seguindo esta argumentación
ofrece a metáfora conceptual A IRA É UN ANIMAL PERIGOSO DENTRO DUNHA PERSOA
138
(Kövecses, 1990: 62-64), que no noso corpus está representada a través dun can (A IRA É
UN CAN DENTRO DUNHA PERSOA):
botarlle o can [a alguén] (‘atacar de obra ou de palabra, recibir mal ou botar fóra [a
alguén]’)
Noutras ocasións, unha parte do corpo do animal serve para representar o carácter ou a
forma de ser do mesmo, a través dunha imaxe experiencial, isto é, sacada da experiencia
diaria das persoas a partir da visión do comportamento animal.
[acedo/agre] coma o rabo de/dun can / [saber] coma o rabo do can (‘amargor’)
Este exemplo, en concreto, representa o ‘amargor’ nalgunha cousa ou nalgunha persoa a
partir do comportamento irascible do animal, comportado a través desta parte do corpo.
Non é casualidade que se empregue precisamente o rabo do can como referente do seu
comportamento irascible, posto que é esta parte do corpo, xunto coas orellas, a que lle
serve para mostrar as súas emocións; é, polo tanto, unha das partes máis expresivas do
animal.
Outras expresións representan algún tipo de perigo animalizado na figura do can, de
maneira que se deixa ver unha situación perigosa debido á agresividade ou voracidade
que o ser humano lle atribúe:
ceibar/meter os cans na/pola bouza/no río (‘sementar discordia; encirrar a alguén con
mala intención; incitar a outros a que fagan algo’)
espertar o can que dorme98 (‘buscar problemas, complicacións’)
Como se pode apreciar, o ser humano retrata o can como un ser agresivo baseándose nas
súas características físicas e no seu comportamento coas persoas ou con outros animais.
Os xestos faciais e os ruídos que fai o animal dan lugar, tamén, a expresións nas que se
pon de manifesto a súa agresividade:
[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) (*‘berrar dominado
pola ira’)
[arregañar] os dentes coma un can de palleiro (*‘ensinar os dentes como xesto de
enfado’)
cara de can (‘expresión de desgusto, hostilidade ou reprobación’)
ladrar (‘criticar ferozmente’)
98 Existe un refrán que recomenda precaución contra os ataques a través desta mesma imaxe figurada: o can
que dorme non o espertes [RGB].
139
ladrar (‘falar berrando sen sentido ningún’)
poñer o tempo cara de can (‘empeorar as condicións meteorolóxicas’)
Como explica Burnie (2002: 179), tanto o can coma os animais carnívoros en xeral
adoitan comunicarse cos seus iguais a través de cheiros, sinais visuais e vocalizacións; e
engade: «quando os animais se encontram frente a frente, a postura, a expressão facial e
o som servem para transmitir inúmeras informações, incluindo ameaças, submissões,
convites a parceiros e avisos de perigo». Así pois, as persoas ven a súa agresividade
reflectida na cara (cara de can) ou nas súas vocalizacións (ladrar). As expresións que se
forman tomando como referentes os xestos dun animal corresponden ó que Santos
Domínguez e Espinosa Elorza (1996: 205) denominan unha metonimia xeneralizada que
se sintetiza como A EXPRESIÓN DA CARA É A EXPRESIÓN DO SENTIMENTO, neste caso
concreto trasladada ó ámbito dos animais.
Tamén outras accións instintivas do can, como o feito de tornar as moscas a base de
dentadas no aire, sitúan a seguinte expresión figurada baixo o ámbito temático da
agresividade/voracidade:
o meu can pillou unha mosca e se a pillou tamén a comeu / o meu can pillou unha mosca,
cando pillará outra? (‘díselle a alguén cando manifesta fachenda por un éxito
esporádico; tamén se usa cando algo bo acontece de xeito casual’)
Existen tamén, coma esta última expresión, outras que, sen designaren no seu significado
figurado a agresividade, implican no entanto a fosilización e fixación en unidades léxicas
de comportamentos do can que frecuentemente se vinculan coa agresividade ou a
voracidade: [roer] igual ca un can (‘morder’); can que morde non ladra en van
(‘evidencia’); (Santa Lucía!)/(San Silvestre!) se é un can, mórdeche!/se fose un can,
mordíache (‘dise cando un busca algo que ten diante dos ollos’).
Noutras expresións o can preséntase como o estereotipo do animal perigoso ou agresivo,
ben porque se foxe del, [fuxir] coma dos cans (* ‘fuxir de algo que se considera
perigoso’), ben por representar un alto nivel de perigosidade ou agresividade, non haber
can que lle ladre [a alguén] (‘dise de quen é persoa soberbia, arrogante ou de quen é
difícil de dominar’) ou arrimar(se) os cans ás paredes99 (‘expresión de ameaza: dise de
alguén que mete medo’).
99 Nesta expresión pódese apreciar moi ben a concepción que o ser humano ten do can coma un animal
agresivo e, polo tanto, perigoso. O feito de que os cans se arrimen ás paredes implica que aquilo do que se
fala é moi perigoso, mesmo máis do que o é un can.
140
Este comportamento agresivo do can leva o ser humano a caracterizalo como un ser
malvado e ruín, posto que a agresión implica dano cara a alguén, do mesmo xeito que o
fan as accións perversas (Sanz Martín, 2012: 133)100. Rexistramos dúas expresións
galegas nas que se caracteriza o can como un ser malo ou ruín:
ser unha cadela coma un can (‘ser ruín’)
saír o can sen rabo (‘levar un chasco’)
Atendendo a estas expresións figuradas, podemos dicir que, dalgún xeito, para os galegos
o can actúa dunha maneira ruín e levado por malas intencións. Esta interpretación pode
ter a súa orixe no comportamento agresivo do que falabamos anteriormente, de maneira
que a agresividade do can se interprete como maldade. De ser así, este feito gardaría
relación coas explicacións que ofrece Hatalovà (2007: 169) para as construcións chinesas
nas que presenta o simbolismo asociado ó can, pois a autora explica que se a ferocidade
do can se enfatiza este servirá como metáfora dun home malvado.
Así e todo, na primeira das expresións o significado de ruindade, proporcionado pola
definición que se dá na fonte escrita da que tiramos a expresión (vid. anexo 1, táboa 20),
establécese a través dunha comparación entre o comportamento da cadela e o do can, de
xeito que se produce unha animalización do ser humano a través dunha metáfora
conceptual dobre: A PERSOA BONDADOSA É UNHA CADELA e A PERSOA RUÍN É UN CAN.
A segunda expresión resulta máis indirecta en canto ó valor que adquire o referente
animal. En principio, o feito de que o can non teña rabo, non ten por que estar relacionado
coa maldade, posto que a definición que ofrece o DFG (‘levar un chasco’) podería aludir
simplemente a un defecto físico. Mais se comparamos esta expresión cos seguintes refráns
literais que localizamos nos refraneiros, veremos que a maldade si é unha calidade que se
relaciona con este animal cando xa non ten rabo ou este é moi pequeno:
home coxo e can rabelo, renega del coma do demo / de home coxo e can rabeno,
¡líbrenos Deus coma do demo! (RGB)
home pequeno e can rabelo, para fodelo (RGMF)
home lampo e can rabelo desconfía del/deles coma do demo (RGMF)
Carré Alvarellos (1928-1931: en liña) define ‘rabelo/rabeno’ como «Sátiro. Ser fantástico
o mitológico que corría los campos en busca de mujeres de las que abusaba». Así o explica
100 A autora explica que ese é o motivo para que unha das acepcións da palabra perro en castelán teña o
significado de «persona vil o despreciable» (Sanz Martín, 2012: 133).
141
tamén Reigosa (2000: 210) que engade, ademais, que este ser garda relación con outros
personaxes europeos coma o Meco ou o Busgoso e que o feito de que se lle chame
‘rabeno’ procede, probablemente, da imaxe dese violador co seu membro por fóra,
metaforicamente o seu rabo. Por outra parte, Carré Alvarellos (1951: en liña) define
tamén ‘rabelo’ como «avieso, torcido, de malas intenciones». Estas connotacións
negativas puideron verse transportadas ó significado máis literal de ‘rabeno/rabelo’, isto
é, «que non ten rabo ou o ten moi pequeno» (DRAG, 2016: s.v. rabeno), polo que un
animal que presenta esas características no seu rabo pasa a ser considerado pola
poboación galega como un animal malo ou ruín. Nos tres refráns literais que ofrecemos
pódese ver claramente como a maldade non é atribuíble a calquera can senón
precisamente a aquel que é rabeno/rabelo.
Deste xeito, e tendo en conta estes refráns, consideramos que o can pode funcionar tamén
como referente de maldade/ruindade na locución saírlle o can sen rabo (a alguén). Con
todo, son poucas as expresións que atopamos en galego nas que se faga explícita a súa
maldade e relacionámolas con este valor dun xeito implícito, axudándonos doutros
refráns. Pero se miramos a outras tradicións culturais, como por exemplo a rusa, veremos
que o can garda máis relación coa maldade do que en galego. Así o explican Pamies et
al. (1998: 74): «en ruso el perro representa de forma muy recurrente y productiva al
mismísimo Diablo; perro y diablo se utilizan indistintamente». Mesmo explican os
autores que poden utilizarse os dous personaxes indistintamente en modismos
semellantes, de maneira que o demo se animaliza en can, pero segue conservando o
mesmo «nivel de maldade». Resulta curioso que nesta lingua tanto a figura de deus coma
a do demo poidan ser substituídas pola do can, tanto na sabedoría coma na maldade, esta
última pola facultade satánica que cren os rusos que posúe este animal (1998: 74-75). Na
cultura portuguesa o can tamén se relaciona coa figura do demo, concretamente o can
negro. Segundo explica Mãças (1950: 300) para os portugueses o demo adoita
metamorfosearse nun can negro, de maneira que este animal se vincula directamente coa
maldade.
Relacionada co ámbito temático da maldade está a falsidade que os galegos lle atribúen
ó can mediante construcións que, maioritariamente, retratan o seu xeito de actuar
falsamente e que, mesmo en ocasións, deixan ver a súa ingratitude cara ó amo:
[ser] coma facer o coxear dos cans (‘finximento’)
142
can que moito lambe tira o sangue (* ‘refírese ó feito de que quen moito adula agocha
segundas intencións’)
facer o coxear dos cans (‘finximento’)
malia o can que se esquece de quen lle dá o pan! (‘ingratitude’)
Esta imaxe do can como un animal no que non se pode confiar tamén está presente noutras
linguas, como por exemplo en inglés. Proba disto son as palabras que se crean a partir do
substantivo dog (can) e que fan referencia a un comportamento falso. Nesta lingua «co
sufixo –er, fórmase o verbo coloquial to dogguer (enganar, engaiolar, enlear –
especialmente nunha transacción) e, a partir do verbo, atopamos o substantivo
correspondente doggery (engano, mentira, pantomima; ou mesmo, parvada, estupidez,
tolada, disparate)» (Nogueira Santos, 2006: 174).
O can, ademais de ser referente da agresividade, da maldade e da falsidade, tamén mostra
unha natureza voraz representada no noso corpus baixo a etiqueta gula. O feito de que o
can se presente en lugares onde se garda a comida ou onde sabe que lle dan de comer está
relacionado con ese comportamento oportunista co que o caracteriza Burnie (2002: 180).
Ademais, ten o costume de eructar despois de comer ata a saciedade e, por outra parte,
cando regurxita adoita comer aquilo que el mesmo vomitou (vid. Mariño Ferro, 1996).
Este tipo de accións do can, xunto co feito de estar comendo continuamente, fan que o
ser humano o caracterice como un ser lambón, un referente da gula. Hatalovà (2007: 169)
engade, ademais, que esta constancia do can para obter alimentos se utiliza como metáfora
para as persoas avarentas. Segundo explica Snider (1993: 163) os franceses escollen
tamén o can como referente da avaricia. En galego, a diferenza do francés, non se percibe
avaricia nas expresións figuradas que teñen o can como referente, simplemente se
caracteriza como un animal larpeiro.
Son variadas as expresións en que o can aparece como un animal lambón, que rouba a
comida dos seus donos ou que mesmo presenta un carácter interesado coas persoas para
sacar beneficios relacionados coa comida. Nalgunhas delas o ser humano vese
animalizado nun can a través da metáfora conceptual O QUE COME MOITO É UN CAN,
procedente da metáfora conceptual superior O QUE COME MOITO É UN ANIMAL (vid. Iñesta
Mena e Pamies Bertrán, 2002):
[ir] coma un can (‘fartura’)
can ceboleiro (‘[despectivamente] persoa que lle gusta comer a conta dos demais’)
143
Noutras, prodúcese a identificación ou a comparación entre o can interesado pola comida
e o individuo interesado en obter algún beneficio:
can merendeiro101 garda mal o palleiro (* ‘dise de quen vai de casa en casa levando
contos, aproveitando para ser convidado sen pedilo, e descoida a casa propia’)
chámame can e bótame pan (‘úsase para indicar que non importan as ofensas se con elas
se consegue algún beneficio’)
dálle ó rabo o can non por ti senón polo pan / o can baila polo pan / polo pan/diñeiro
baila/vai o can (e polo pan se llo dan/para ver se llo dan) (* ‘refírese a quen fai algo
por comenencia propia’)
moitos cans para un (só) óso/para a barbada (‘dise de cando algo é difícil de conseguir
por seren moitos a procuralo’)
o home e o can van por onde lle dan (* ‘refírese a quen fai algo por comenencia
propia’)
Vemos, de xeito xeral, como o obxecto de desexo do ser humano é identificado coa
comida do can:
o can afeito ó touciño, anque lle pele o fociño (* ‘refírese ás persoas que fan cousas que
lles gustan aínda que sexan prexudiciais’)
Este «obxecto» de desexo pode ser tamén a muller. A gula do can relaciónase coa lascivia
do home polas mulleres a través da metáfora conceptual O OBXECTO DO DESEXO SEXUAL
É COMIDA (Kövecses, 1990: 129):
can de moitos cuncos (‘home que anda con máis dunha muller’)
Noutras expresións fixas non se identifica a gula do animal cos intereses do ser humano,
pero si se establece unha asociación entre o can e a comida. A recorrencia desta asociación
reforza a idea da gula como trazo caracterizador do can:
[durar] coma manteiga en/no nariz/fociño de/do can (‘fugacidade’)
alá vai o can coas noces/coa bica toda! (‘expresión de forte contrariedade cando algo é
desbaratado’)
non busques o pan na cama do can (* ‘invita a non levar a cabo unha angueira que
resultará inútil’)
101 Rodríguez González (1958-1961: s. v. can) recolle a expresión figurada can merendeiro: «dícese del
hombre que va de casa en casa llevando cuentos, aprovechando horas propicias para ser invitado a tomar
algo sin pedirlo él». Deste xeito can merendeiro é unha expresión fixa que se pode empregar por si soa de
xeito metafórico, aínda que no noso caso, non a rexistráramos nas fontes consultadas para a elaboración do
corpus.
144
o can de boa raza pensa no pan e na caza (* ‘refírese a que quen é responsable e
centrado pensa no ocio e tamén no traballo’)
ó can que lambe a cinsa non lle fíes a fariña (‘precaución’)
outro can na merenda! (‘dise para indicar que unha persoa actúa igual de mal ca outra
ou que un feito é igual de inconveniente ca outro consabido’)
O carácter interesado que os galegos lle atribúen ó can con relación á súa gula102 vese
claramente en expresións como dálle ó rabo o can non por ti senón polo pan, o can baila
polo pan / polo pan/diñeiro baila/vai o can (e polo pan se llo dan/para ver se llo dan) ou
o home e o can van por onde lle dan. Mariño Ferro (1996: 368) explica que, por este
motivo, o can foi escollido como representante da adulación: «el perro, con zalamerías
halaga al que le da pan, sin distinción alguna entre méritos y deméritos, y aún a veces
muerde a quien no lo merece, e incluso a quien le da de comer, si no lo abandonara. Por
todo ello, mucho se asemeja al adulador».
A intelixencia e, sobre todo, a sabedoría son outros dos valores que recoñecen as persoas
na figura do can. Santos (1945) indica que esta característica explica en boa medida por
que este animal chegou a ser considerado o mellor amigo do home:
O cão não possui de certo a mesma inteligência que o homen, porém, há momentos em
que êle parece considerar-se seu igual, senão superior a êle. Os cães pré-históricos,
durante milhões de anos, desenvolveram o volume do seu cérebro. É um dos caracteres
que tem permitido ao cão não sòmente sobreviver, mas se tornar nosso melhor amigo
entre as criaturas do reino animal.
Santos, 1945: 161
O comportamento do animal con relación ó ser humano xoga un papel importante para a
asignación deste valor, pois o can obedece as persoas, as súas ordes e peticións, a
diferenza do que acontece con outros animais que viven ó seu redor, como pode ser, por
exemplo, o gato. Ademais o can posúe, como veremos no ámbito temático da fidelidade,
unha grande memoria, xa que adoita recordar o camiño á casa por moi lonxe que se atope
(Mariño Ferro, 1996:368).
102 Este carácter lambón do can vese reflectido, tamén, noutras culturas a través de fábulas e contos infantís
que así retratan o animal. Un exemplo podemos atopalo na fábula de Esopo «O can que levaba un anaco de
carne» (Esopo, 1999: 90).
145
Como diciamos, nas expresións galegas está presente sobre todo a idea de sabedoría, que
se asocia coa característica da vellez:
a can vello non hai cus cus (tus tus) (*‘a sabedoría é unha característica que se adquire
cos anos’)
a cazador novo, can vello (*‘da inexperiencia das persoas aprovéitanse os máis
experimentados’)
can vello (‘ser cauto e advertido pola experiencia da vida’)
can vello, se non corre, busca (*‘refírese a que aquel que é experimentado saberá como
actuar en todas as circunstancias’)
non hai mellor caza cá que se fai con cans vellos (*‘fai referencia a que as cousas saen
mellor se se fan con xente experimentada’)
o can vello, se ladra, dá consello (*‘invita a seguir o consello de alguén de avanzada
idade’)
A existencia destas expresións explícase polo feito de que os cans de máis idade
responden mellor ante determinadas situacións, como por exemplo as que gardan relación
coa caza. Así, tal e como se pode observar, en moitas destas expresións aparece a figura
do can vello asociada á caza tanto de xeito directo (a cazador novo, can vello; non hai
mellor caza que a que se fai con cans vellos) coma indirecto (can vello se non corre
busca).
Este feito contrasta co que sucede noutras linguas, como por exemplo o inglés, en que a
palabra dog en sentido figurado designa por si soa unha persoa con experiencia e
sabedoría (Nogueira Santos, 2006: 173), neste caso, sen necesidade de engadirlle a
palabra old.
Así e todo, rexistramos tamén outra expresión en galego na que o can funciona,
indirectamente, como referente da intelixencia, mais non exactamente da sabedoría, a
través do seu comportamento:
non busques o pan na cama do can (*‘invita a non levar a cabo unha angueira que
resultará inútil’)
O can adoita enterrar os alimentos para que outros animais non llos coman e, deste xeito,
poder comelos el noutro momento. Esta forma de agochar e, ó mesmo tempo, racionar a
comida explica a existencia da expresión citada, que remite, pois, de maneira indirecta, a
un comportamento intelixente do animal.
146
Por outra parte, e como se poderá comprobar máis adiante, o can destaca tamén como
referente da ‘velocidade’ (principalmente o galgo, unha raza de can moi veloz). A
característica da intelixencia, así coma outras características morais ou mentais do ser
humano, adoita estar vinculada cunha serie de imaxes metafóricas que veñen dadas a
través de características físicas. Para o ser humano, as persoas intelixentes son aquelas
que máis rápido comprenden as cousas, de xeito que unha mente áxil e rápida é unha
mente privilexiada e que sobresae por riba das demais. A rapidez mental asóciase coa
rapidez física, de maneira que os animais máis veloces son considerados intelixentes:
La rapidez con que las personas inteligentes comprenden aquello que ven o que se les
explica determina que este rasgo sea recurrente en la caracterización de los individuos
con alto nivel de inteligencia. A este respecto, son frecuentes las correlaciones o las
comparaciones con elementos o animales rápidos, tanto para designar la misma agudeza
mental (chispa) como, sobre todo, para hacer referencia al individuo inteligente.
Álvarez de la Granja, 2011: 387
A expresión chámalle can á cadela (‘fórmula que se emprega para indicar que alguén
saíu máis listo do que parecía’) alude á maior intelixencia do animal femia con respecto
ó macho. Esta expresión contrasta con outras moitas expresións de carácter machista que
se poden atopar na fraseoloxía das linguas, tamén na lingua galega, (vid. Calero
Fernández, 1990), en que se adoita primar a figura do macho por riba da femia. Cremos
que neste caso pode ter que ver co comportamento directo da cadela, que se mostra máis
obediente e responde mellor ós procesos de adestramento do que o fai o can.
Atopamos, tamén, outros valores asociados ó carácter do can que o retratan como un ser
insensato, teimudo e en ocasións mesmo dominante co seu amo. O primeiro valor vese
representado a través de partes do corpo ou accións coas que se animaliza o ser humano:
cabeza de can (‘persoa lixeira ou aloucada’) e ladrar (‘que fala demais e sen xeito’). A
teimosía preséntase a través da imaxe do can aldeán que fai, a ollos dos galegos, certas
cousas que non teñen sentido, como por exemplo enterrar un óso sen roelo pero sen
deixarllo, tampouco, para outro can: [facer/ser] coma o can do hortelán (que nin come/roe
nin deixa comer/roer103) (‘dise cando unha persoa non pode ou non quere facer algo, nin
deixa que outro o faga’).
103 Trátase dunha imaxe que se atopa na fábula de Esopo (1815: 237) «O can envexoso», en que un can non
deixa que un boi coma unha presada de feo que ten diante, pero tampouco a come el; ó igual que non roe o
147
Pero, ademais de teimudo, o can pode mesmo chegar a ser dominante co seu amo, como
mostra a expresión ó cabo do ano o can manda no seu amo (* ‘refírese ó poder que acaban
adquirindo co tempo algunhas persoas’), posto que o vínculo que se establece entre os
dous é tan estreito que mesmo pode chegar a mudar a orde natural da xerarquía dos
elementos do mundo e os animais pasar a ocupar o posto que normalmente está reservado
para os humanos.
Mais, dentro deste vínculo que se establece entre o home e o can, atopamos outros valores
como o da fidelidade (lealdade) ou, mesmo, o servilismo (vid. Vyshnya e García Jove,
2005) do segundo cara ó primeiro. Dise que a fidelidade é a principal das virtudes que o
can lle profesa ó seu amo. Mariño Ferro (1996: 367) mostra, baseándose en distintos
bestiarios (como o Toscano ou o Valdense), que a fidelidade ou lealdade do can cara ó
seu amo (incluso despois de morto este) está representada en infinidade de culturas, polo
que pasou a converterse xa nun símbolo cultural. O autor explica que, como símbolo de
fidelidade, o can aparece esculpido ós pés das figuras medievais nos sepulcros, para
continuar sendo un compañeiro fiel máis alá da vida e unha guía no camiño dos mortos.
Comenta, por outra parte, que o amor que lle profesa este animal ó amo chega ata o punto
de seguilo alí onde vaia, algo que se asocia, tamén, coa memoria do animal: «expresión
de fidelidad y amor en su insistencia en regresar a la casa de sus amos. A veces logra
encontrar su hogar incluso después de ser llevado a tierras extranjeras, con lo cual
demuestra poseer una excelente memoria» (Mariño Ferro, 1996: 368).
Hatalovà (2007: 170) explica que no simbolismo chinés existe unha oposición clara entre
o gato e o can, pois mentres que o primeiro é frío, duro de corazón e falto de emocións, o
segundo é fiel e veraz. Ademais, engade que a devoción do can polo ser humano é un
símbolo de fidelidade e lealdade (2007: 182), algo que coincide tamén na nosa cultura.
Así, o ser humano vese animalizado nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA
FIEL É UN CAN:
[fiel] coma un can / [máis leal] que un can (‘ser moi fiel’)
[servir a alguén] coma un can (‘(servir) moi fielmente’)
Sanz Martín (2012: 132) explica que a imaxe da fidelidade do can polo amo se xera a
través da noción de dependencia do animal polo ser humano e que crea, tamén, unha
óso que leva con el, pero tampouco deixa que outros cans o fagan. Existe, pois, unha motivación
intertextual.
148
situación conceptualizada onde o can é inseparable do seu amo. Pon como exemplo a
expresión castelá perrito faldero, na que se presenta a imaxe do can pegado á saia da súa
ama. En galego vese reflectida esta mesma imaxe en expresións como:
[andar/ir apegado] coma un can ó cu / [andar atrás de alguén] coma un can
(perdigueiro104)/o mesmo que un can / [andar] coma un can detrás de alguén (‘dise da
persoa que segue continuamente a outra’)
[ser] coma can de sufaldra (‘dise da persoa que acompaña continuamente a outra de
maneira pegañenta e/ou servil’)
canciño cego (‘ser moi fiel e submiso’)
Como se pode apreciar, nalgunhas definicións que aluden á submisión ou ó servilismo, a
fidelidade adquire unha connotación negativa. Pasa, incluso, a considerarse unha
«submisión de servo, de escravo» (Mariño Ferro,1996: 368). Nogueira Santos (2006: 171)
explica, a este respecto, que aínda que vén de lonxe a tradición de ver o can como
encarnación da fidelidade, «ás veces esta dedicación pode tomar formas abxectas» e pon
como exemplo o caso do can «que lle lambe105 as botas ó dono que o maltrata».
Asociado coa fidelidade atópase o valor que demos en chamar benquerenza, posto que
se evidencia o carácter cariñoso que os galegos lle atribúen ó can a través da expresión
[cariñento] coma un can (‘agarimo, amor, obediencia’), na que a motivación é o
comportamento do animal co seu amo ou coas persoas en xeral. Nesta expresión en
concreto o ser humano animalízase nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA
CARIÑOSA É UN CAN.
O can funciona, tamén, nas expresións figuradas galegas como referente da preguiza ou
da ociosidade. A imaxe do animal deitado serve para que o ser humano conceptualice
realidades como a comodidade, a tranquilidade ou, simplemente, a felicidade da boa vida.
Moitas das expresións que vehiculan estas imaxes constrúense a través da metáfora
conceptual A FELICIDADE É UN ANIMAL QUE VIVE BEN (vid. Kövecses, 2000), para a que os
104 O perdigueiro é unha raza de can galega especializada na caza de pluma (máis concretamente, perdiz,
arcea e paspallás). Non parece ser unha coincidencia que se empregue este can concreto para esta expresión,
pois trátase dun animal de carácter dócil, obediente e agarimoso. Presenta grande coraxe e valentía nos
labores de caza, ademais de dispoñer dun olfacto excepcional, pois é un buscador activo, tanto ventando a
peza abatida como rastrexándoa (vid. Fernández Rodríguez et al., 2001). Esta última característica do
animal reforza a imaxe da expresión [andar atrás de alguén] coma un can (perdigueiro). 105O significado figurado que presenta o verbo lamber en galego (‘afagar, gabar, adular en exceso’) (vid.
GDXL, 2009: s. v. can) probablemente teña a súa orixe neste comportamento do can cara ó seu amo, posto
que se emprega para facer referencia a certas accións de adulación, que poden mesmo implicar algún
comportamento falso. Neste sentido cómpre lembrar que tanto a falsidade coma a adulación son
características que os galegos lle atribúen ó can.
149
galegos escollen a figura do can (de xeito maioritario) e crean expresións a través da
metáfora conceptual A PERSOA QUE VIVE BEN É UN CAN:
[estar] coma o can á boa vida (‘comodidade’)
[estar] coma o can sen alma (‘tranquilidade’)
[estirarse] coma un can (*‘estar ocioso, sen facer nada’)
[estar deitado] coma o can (*‘estar ocioso, sen facer nada’)
[levar unha vida] coma un can de palleiro (‘preguiza’)
[ser] coma o can: onde lle fan a cama alí/aí se deita (‘conformarse’)
[ter máis sorte] ca un can deitado (* ‘ter moita sorte’)
[traballador] coma un can de palleiro (‘preguiza’)
[traballar] coma un can deitado (‘estar sen facer nada’)
[vivir] no mundo coma os cans (‘vivir ben’)
estírate can que mañá imos de caza (* ‘fai referencia a cando unha persoa se
espreguiza’)
levar vida de can (‘boa vida’)
mentres o can dorme, o lobo mata e come (*‘úsase para contrapoñer unha persoa
preguiceira a outra traballadora’)
Os hábitos diarios do animal parecen ser a fonte principal do ser humano para crear
expresións figuradas con este significado. Tal e como explica Mariño Ferro (1996: 367)
a preguiza é outra das características que destacamos neste animal, «acusación que
entendemos perfectamente al ver al animal tumbado indolentemente durante horas»;
engade ademais que «un perro adormilado aparece en la representación de la pereza de la
Mesa de los siete pecados capitales del Bosco». O referente principal destas expresións
será, pois, a imaxe do can deitado durmindo na porta da casa, debaixo do palleiro ou ó
sol, en todo caso sen facer nada que as persoas consideren útil.
O proceso de animalización pode darse tamén a través da metáfora conceptual OS
SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON ANIMAIS
(Echevarría Isusquiza, 2003: en liña), que no noso caso concreto se subespecificaría como
OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS SON UN
CAN:
can (‘nugalla, preguiza, falta de vontade para traballar’)
150
Máis, curiosamente, a pesar de ser o can un animal que se emprega como referente en
expresións que denotan preguiza, tamén o é dunha expresión (no noso corpus) que denota
laboriosidade. Na seguinte expresión o ser humano vese animalizado nun can a través da
metáfora conceptual A PERSOA QUE TRABALLA É UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies
Bertrán, 2002: 217); neste caso concreto, A PERSOA QUE TRABALLA É UN CAN:
[traballador] coma un can de palleiro (‘ser moi traballador’)
Pensamos que o feito de que o referente da expresión sexa o can de palleiro é,
precisamente, o que explica esta connotación. Como xa se comentou, o can escollido en
Galicia para gardar a casa, pero tamén, para colaborar nos traballos da condución do
gando foi a raza palleira (Alonso e Fernández, 2001: 192-193). Atendendo a esta
realidade, resulta lóxico que se lle atribúa a condición de ‘animal traballador’ e que sexa
o can palleiro o representante prototípico para os galegos da categoría ‘can traballador’.
Outros valores contrarios semanticamente son os que se refiren ó can como un animal
covarde, pero tamén valente. As imaxes referidas á covardía do animal veñen dadas
basicamente por dúas vías: o medo do animal ante o maltrato que sofre por parte do ser
humano106 e a inquietude que experimenta en presenza doutros animais maiores ca el.
Aquelas expresións en que se animaliza o ser humano nun can créanse baixo a metáfora
conceptual A PERSOA COVARDE É UN CAN:
[fuxir] coma can con vincha ó rabo (‘expresión que pondera a rapidez ou velocidade con
que un escapa ou foxe’)
[fuxir] coma un can perdigueiro cando ventea ó lobo (*‘fuxir dunha situación perigosa’)
[ir/estar/quedar/fuxir/marchar] coma o can co rabo entre as pernas / fuxir/marchar/saír
co rabo entre as pernas (‘irse avergonzado, escarnecido’)
[saír] coma un can cando lle atan unha lata ó rabo (‘anoxo’)
mal ladra o can, cando ladra de medo (‘medo’)
En oposición a esta covardía atopamos o valor da valentía na expresión:
ser unha cadela coma un can (‘ser moi atrevido’)
Nesta expresión compárase á cadela co can dándolle o significado de ‘ser persoa moi
atrevida’. Probablemente o animal macho funciona como referente do atrevemento
porque adoita ser máis agresivo coas persoas ou con outros animais cás femias. A cadela,
106 As expresións que se refiren ó maltrato repítense no apartado correspondente desta análise.
151
que acostuma ser máis tranquila, compárase co can cando presenta un comportamento
pouco habitual nela e máis parecido ó do macho.
A promiscuidade ou o feito de levar unha vida «licenciosa» son características que os
galegos lle atribúen ó can, de maneira que crean expresións que comportan este valor a
través da metáfora conceptual A PERSOA PROMISCUA É UN CAN:
[puta/viciosa/saída] coma unha cadela / [máis saída] ca unha cadela en celo (* ‘muller
de carácter promiscuo’)
[poñerse] coma cadelas (* ‘ter un comportamento promiscuo’)
[ser] coma un can (*‘andar un home na procura de mulleres’)
andar de can (‘andar un home na procura de mulleres’)
cadela (‘muller de comportamento deshonesto’)
fillo dun can (* ‘fillo de solteira’)
Consideramos que todas estas expresións comparten unha imaxe común: a de liberdade.
O can adoita ser visto como un animal libre, mesmo libertino, que fai vida nocturna e só
volve ó fogar ó amencer. Villegas (1966: 119) apunta que nesta vida «tan libre» que levan
os cans está a orixe da expresión no seas perro, empregada na fala costarriqueña para
aconsellarlle a unha persoa que non debe ser tan licenciosa na súa vida ou nos seus
modais. Así o demostran, tamén, outras expresións do noso corpus nas que o can funciona
como referente do noctambulismo ([andar] coma un can (cando lle soltan a correa)
‘andar de noite por aí’ / andar de can ‘saír de noite ata a madrugada’ / vir á hora do can
‘chegar a altas horas da madrugada ou ó amencer’). A liberdade do animal unida ós seus
hábitos nocturnos dan lugar á imaxe que agocha a expresión fillo dun can (* ‘fillo de
solteira’). Cómpre apuntar que este tipo de comportamento no can obsérvano os
habitantes das aldeas, en que os cans gozan dunha maior liberdade para saír que aqueles
que viven nos pisos das grandes cidades, pois estes últimos dependen exclusivamente do
seu amo para iso.
As expresións que empregan o animal en feminino para facer referencia a este
comportamento ([puta/viciosa/saída] coma unha cadela / [poñerse] coma cadelas /
cadela) veñen dadas, probablemente, polo comportamento da cadela cando ten o celo e a
similitude que pode chegar a establecer o ser humano coas mulleres promiscuas. Aguirre
del Río (1858: en liña) ofrece a definición figurada de cadela como «muger a quien acen
el amor una porción de hombres a un tiempo y a quienes ella aceta; mujer que demuestra
mucho su lujuria» e Mariño Ferro (1996) sinala:
152
En su comportamiento sexual se basan algunos símbolos y creencias. La sociedad
tradicional se fijó, por supuesto, en que «una perra en estro107 puede aparearse
sucesivamente con diversos perros». De ahí que el nombre de perra, como el de loba o
zorra, se emplee como sinónimo de prostituta o de mujer fácil. Aristóteles anota también
que en esos días presentan «una hinchazón del órgano genital».
Mariño Ferro, 1996: 368
Os cans son animais que se aparean moi a miúdo, pero, tal e como di Mariño Ferro (1996:
369), o que máis contribuíu á súa sona de luxuriosos é a duración da cópula. O ser humano
interpreta, novamente, o comportamento natural do can, neste caso o seu instinto de
reprodución, como unha forma de ser ou de carácter.
En contraposición a este comportamento atopamos no corpus algunhas expresións nas
que o can funciona como referente da soidade, expresións en que o ser humano se
animaliza nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE ANDA SOA É UN CAN:
[andar] coma o can sen dono (‘liberdade’)
(o) can no/de palleiro non quere compañeiro (‘dise de quen non comparte as cousas, de
quen se quere só’)
can sen dono (‘dise das persoas que sempre andan soas sen amigos’)
Nelas retrátase o animal como un ser independente e con preferencias solitarias, a pesar
de que socializa tanto co ser humano coma cos demais animais (Macdonald, 2001: 40-
41). Mais, probablemente, esta característica da soidade veña dada por un motivo que lle
é alleo ó can, como é o abandono ó que adoito o somete o ser humano. Así, as expresións
[andar] coma o can sen dono e can sen dono serían o resultado deste comportamento do
ser humano co can, pois, como explica Sanz Martín (2012: 132), a noción de dependencia
do can cara ó seu amo xera unha escena de soidade no sentido de que existe unha situación
conceptualizada en que o animal sofre terriblemente no momento en que carece de dono.
Exemplifica a súa explicación mediante a expresión perrito sin dueño, equivalente
español do can sen dono galego.
Un caso distinto é a expresión (o) can no/de palleiro non quere compañeiro, agora
analizada a partir do seu segundo significado figurado: ‘dise de quen non comparte as
cousas, de quen se quere só’. A orixe desta expresión non estaría relacionada coa
dependencia do can cara ó seu amo, senón co comportamento reservado (e mesmo
107 ‘Período de celo o ardor sexual de los mamíferos’ (DRAE, 2014: s. v. estro).
153
desconfiado cos estraños) que caracteriza o can de palleiro galego (Alonso e Fernández,
2001: 192).
Un ámbito que si se podería relacionar co abandono do can é o que dá conta da
precariedade ou mala vida que este leva. Existe, no noso corpus, un número elevado de
expresións que denotan esta característica, algo que contrasta co feito de que o mesmo
animal se empregue tamén como imaxe da boa vida, tal e como xa sinalamos. As
expresións que supoñen a animalización do ser humano nun can créanse a través da
metáfora conceptual A PERSOA QUE LEVA MALA VIDA É UN CAN. A partir desta metáfora
créanse outras como:
A PERSOA ABANDONADA É UN CAN:
[andar] coma o can dos ovos (‘andar pedindo algo de alguén, andar en busca da compaña
de alguén’)
[vivir / andar tirado] coma un can (de palleiro) / coma cans (‘sen a axuda de ninguén’)
en todas partes hai cans descalzos (‘dise para indicar que as cousas negativas non son
exclusivas dun lugar; senón comúns a todos’)
ida sen volta, coma o can pola porta! (‘expulsión’, ‘marcha definitiva’)
A PERSOA CANSA É UN CAN:
[canso] coma un can (‘cansazo’)
A PERSOA QUE DESEXA ALGO É UN CAN:
[devecer] coma un can (* ‘desexar algo con moita ansiedade’)
A PERSOA QUE ESTÁ/VIVE INCÓMODA É UN CAN:
[estar] coma un can (‘incomodidade’)
[levar/pasar/ser] unha vida coma un can (de palleiro) / [pasalas] coma un can
(‘problemas’, ‘incomodidade’)
A PERSOA QUE PASA FAME É UN CAN
[pasar máis fame] ca un can (sen dono) (de caza) / [ter unha fame] coma un can (‘pasar
moita fame’)
fame de can (‘grande apetito’)
A PERSOA QUE SOFRE É UN CAN
[ter unha dor] coma un can (‘pasar moita dor’)
A PERSOA QUE PASA DIFICULTADES É UN CAN
levar unha vida de cans (*‘vivir con moitas dificultades’)
154
verse en pelicas de can (‘pasar apuros, ter dificultades’)
Tal e como explica Sanz Martín (2012: 132) a escena subxacente a este tipo de expresións,
ou cando menos, á maioría delas, é a vida que levan os cans que están tirados na rúa,
abandonados á súa sorte. Falcão Pastore (2009: 97) explica, mediante a expresión inglesa
lead a dog’s life e mais a súa análoga portuguesa ter vida de cão, que o can é un símbolo
da servidume cara ó seu amo e é capaz dos peores e máis difíciles sacrificios por el, por
iso a imaxe que agocharía esta expresión, di, é a do animal exhausto. Sexa como for, todo
parece indicar que a orixe das expresións nas que o can funciona como referente da
precariedade e da mala vida está no vínculo de dependencia co ser humano, pois cando
se ve privado da súa axuda e atención sofre as peores situacións. Isto explicaría por que
o can funciona como representante simbólico de toda clase de aspectos lamentables ou
sinistros da condición humana (Bertrán, Iñesta e Lozano,1998: 73).
Existen, ademais, outras expresións figuradas en que o can funciona como referente da
mala vida sen supoñeren a animalización do ser humano. Todas elas fan referencia ó mal
tempo, sexa mediante a comparación entre os días fríos e os cans ou mediante a alusión
á exposición directa do animal ó tempo frío:
[estar/facer] un día (frío) coma un can/cadelo (‘dise cando o frío é moi intenso’)
[ir un frío/ir tanto frío] que non paran (nin) os cans /que nin os cans paran (‘dise cando
o frío é moi intenso’)
(facer un dia) de cans (‘moi malo)
5.2.1.2 Características físicas
A continuación mostraremos aquelas expresións nas que a imaxe figurada se crea a partir
das características físicas que o ser humano destaca no animal.
A velocidade é unha das características físicas máis apreciadas polos seres humanos no
can (Perozo, 1999: 316) e así o demostran as construcións figuradas galegas en que se
animaliza o ser humano a través da metáfora conceptual A PERSOA RÁPIDA É UN CAN,
realización máis concreta da metáfora xeralA PERSOA RÁPIDA É UN ANIMAL (Iñesta Mena
e Pamies Bertrán, 2002: 201). Nas expresións metafórica encontramos tanto a forma
xenérica (can/cadela) como unha raza de can concreta (galgo108):
108 ‘Can de corpo fino e estilizado, de cor leonada clara e manchas escuras, de potente musculatura, moi
rápido e lixeiro [que se usa na caza e en carreiras] (GDXL, 2009: s.v. galgo).
155
[andar nas carreiras] coma os cans (* ‘andar apurado’)
[correr/andar/andar lixeiro/alancar] coma un/os galgo/s / que nin os galgos (‘expresión
que pondera a velocidade de alguén’)
[correr] coma unha cadela (‘correr moito’)
A velocidade do can sérvelle tamén ós galegos para medir as distancias, concretamente
as curtas, a través de expresións como a seguinte: a carreiriña dun can (‘unha distancia
curta’).
Ademais, a grande velocidade que acada a raza de can galgo, permítelle ós galegos crear
expresións como botarlle/iscarlle un galgo (‘dise cando algo se perdeu de forma
irreparable, ou cando algo se percibe xa como inalcanzable’): por moito que se persiga
algo que xa se perdeu, nunca se poderá recuperar, aínda que se faga coa raza de can máis
veloz que coñecemos.
Pero ademais de ser un animal veloz, o can é tamén un referente da resistencia. Na
seguinte expresión o ser humano vese animalizado nun can a través da metáfora
conceptual A PERSOA RESISTENTE É UN CAN, da que se extraería o primeiro significado
figurado (dos dous que posúe a expresión):
[duro] coma un can (‘dureza’, ‘insensibilidade’)
Como se poderá ver máis adiante no apartado dedicado á relación home-animal (5.2.2.1),
e como xa comentamos en 5.2.1.1 cando falamos do valor de precariedade e mala vida
asociado ó can, considérase un animal resistente por aguantar os malos tratos do ser
humano e pola mala vida que adoita levar. Os cans que viven sós, na rúa, e sen os coidados
que lle pode proporcionar unha persoa, deben aturar as inclemencias do tempo, a fame e
os perigos que poden estar asociados con ataques doutros animais ou do ser humano. Por
outra parte, como apuntamos no apartado dedicado á descrición do can, é un animal que
destaca pola súa resistencia, unha característica común a todos os membros da familia
Canis lupus (Burnie, 2002: 180).
Atendendo, tamén, ás características físicas do can, comprobamos que funciona como
referente da delgadeza nas expresións figuradas galegas que recollemos. Nelas, o ser
humano vese animalizado nun can a través da metáfora conceptual A PERSOA DELGADA É
UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 189); para este caso concreto A PERSOA
DELGADA É UN CAN:
[delgado] coma un can/unha cadela (‘moi delgado’)
156
[estar] coma un can polas pernas (‘mirrado’)
[máis fraco] que un can de palleiro (‘mirrado’)
Cremos que esta característica garda unha relación directa coa mala vida que os galegos
lle atribúen ó can, pois os estados de abandono provocan ese estado físico no animal.
Nestoutros casos, a característica física que se emprega como referente para a construción
de expresións figuradas é o ruído, ou os tipos de ruídos, que emite o can:
[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os) can(s) (de palleiro/lunático) (*‘berrar dominado pola
ira’)
[laiarse] coma un can (* ‘queixarse a través de sons agudos’)
ladrar (‘que fala de máis e sen xeito’)
ladrar (‘falar a berros, con enfado ou cólera’)
É moi común que se animalice o ser humano mediante ruídos e sons que emiten os
animais, de feito son moi produtivos para a creación de paremias e expresións figuradas
en xeral (vid. Mazars e Jurado, 1999) simbolizando, así, unha faceta característica do
animal ó que se lle atribúe o son concreto. Nese caso, o ser humano animalízase a través
do ouveo do can e mais do seu ladrido, aínda que se lle apoñan nomes caracterizadores
como renxer ou laiarse. Nestas expresións podemos ver como os ruídos do can se
interpretan como sons desagradables polo seu volume (‘berrar’, ‘falar a berros’), polo seu
ton (‘sons agudos’) ou por ser excesivos (‘falar de máis’).
Outras das calidades físicas que o ser humano valora neste animal son o bo olfacto e o
bo ouvido, dúas características que fan que sexa un animal moi apreciado para
actividades coma a caza, pois a conxunción destas dúas destrezas unidas á súa velocidade
fan do can un perfecto cazador (vid. Mariño Ferro, 1996). Este mesmo autor (1996: 368)
pon en relación a destreza que o can presenta para seguir pistas valéndose destes dous
sentidos coa habilidade dedutiva dun espírito sagaz; algo que se relaciona directamente
coa intelixencia do animal, da que falamos en parágrafos anteriores.
Nas expresións que reflicten as características citadas o ser humano animalizase nun can
a través das metáforas conceptuais O QUE TEN BO OÍDO É UN CAN e O QUE TEN BOA
INTUICIÓN É UN CAN:
[ouvir/oír] máis ca un can fanado (‘ouvir moi ben’)
[ventar algo] coma o can a perdiz (‘advertir’)
157
Na primeira das expresións enfatízase a importancia do ouvido no can sen dentes: ó
faltarlle o seu principal medio de defensa, debe agudizar máis esa calidade física que o
caracteriza. Na segunda expresión faise referencia ó seu grande olfacto e ó feito de que o
ser humano o empregue para os labores da caza, neste caso concreto da perdiz.
Como ocorre con outros animais (burro, corvo, lobo, moucho, oso, ourizo, sapo, teixugo,
...), o can funciona, tamén, como referente da fealdade para os galegos. Na seguinte
expresión animalízase o ser humano nun can facendo uso da metáfora conceptual A
PERSOA FEA É UN CAN:
[feo/cativo/ser] coma un can / feo para can (‘moi feo’)
Probablemente, a orixe destas expresións estea asociada coa mala valoración que os
galegos fan do can (como poderemos ver no apartado de valoración), tratándoo mesmo
como algo insignificante. Por outro lado, o mundo animal en xeral sérvelle ó ser humano
para construír expresións figuradas que connotan características negativas (Bertrán,
Iñesta e Lozano, 1998), non só no referido a aspectos comportamentais senón tamén a
aspectos físicos xerais (Guerra, 2011: 511). E aínda que existen expresións en que é a
beleza a característica que destaca no animal ([guapa] coma unha pomba ‘beleza’) o máis
habitual é que a comparación física dun ser humano cun animal resulte negativa ([feo]
coma un moucho ‘moi feo’; [feo/ser] coma un corvo ‘fealdade’; [feo] coma a cabeza dun
sapo ‘fealdade’; [feo] coma un ourizo cacho / [máis feo] ca un ourizo cacho ‘moi feo’;
bicho ‘persoa de aspecto ridículo’ etc.). Deste xeito, non é estraño que o can funcione
como referente da fealdade e doutras características negativas en xeral.
Por último, destaca no noso corpus o valor de sucidade, que se lle atribúe ó can mediante
a expresión [cheirar] coma un can (‘cheirar mal’). Nela vemos o ser humano animalizado
nun can a través da metáfora conceptual O QUE CHEIRA MAL É UN CAN.
Normalmente, adoita ser o porco109 (e en menor medida tamén a bubela110) o animal máis
empregado para construír expresións que se refiren á sucidade de algo ou de alguén; pero
tendo en conta, de novo, a mala vida que leva o can e as situacións de precariedade e
109 [sucio] coma un porco: ‘úsase para ponderar o aspecto sucio de alguén’ (DFG) / porco/a: ‘que non se
limpa e que non limpa o seu hábitat, ou que ensucia máis do normal ou do necesario’ (DRAG) / porco/a,
cocho/a: ‘persoa que está ou anda sucia ou mal amañada; porco, marrán, porcallán, porcalleiro’ (GDXL,
DRAG). 110 [cheirar/feder] coma un/unha bubelo/a / [máis cheirento] ca un bubelo: ‘cheirar moi mal’ (DFG,
LFCEG).
158
abandono ás que se enfronta, resulta lóxico que o ser humano o relacione, tamén a el, co
mal cheiro.
5.2.2 Relacións
Neste apartado centrarémonos na análise das expresións figuradas en que se reflicten as
relacións que se establecen entre o home e o can, así como entre este e outros animais.
5.2.2.1 Home-animal
Polo que se refire ó ámbito temático das relacións que se establecen entre o ser humano
e o can, destaca principalmente o maltrato do primeiro sobre o segundo. O can é visto
polos galegos como un animal que padece maltrato físico e, mesmo, psicolóxico (Ferro
Ruibal, 2008: 143). Trátase dunha das características que ten relacionado dende hai centos
de anos o can e o ser humano.
Na actualidade probablemente non se dean xa de xeito tan acentuado e tan frecuente estas
situacións de maltrato do can por parte dos seus donos, pero o certo é que antigamente si
eran moi habituais111. A proba disto podemos atopala nas expresións figuradas que
rexistramos en galego. Nestas expresións prodúcese a animalización do ser humano nun
can, de xeito xeral, a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE SOFRE MALTRATO É UN
CAN (aínda que tamén se poderían crear metáforas conceptuais máis concretas en cada
unha das imaxes que se agochan detrás de cada expresión figurada):
[andar] coma o can na corda (‘disciplina’)
[botar] coma os cans da misa / [acabar] coma os cans na misa (‘derrota’)
[cañar] coma a un can (‘golpear’)
[correr] coma un can / [irse/marchar corrido] coma un can (‘tratalo con desprezo sen
consideración’)
[deixar quedar/tirado] coma un can (‘abandono’)
[fuxir] coma can con vincha ó rabo (‘expresión que pondera a rapidez ou velocidade con
que un escapa ou foxe’)
[saír] coma un can cando lle atan unha lata ó rabo (‘anoxo’)
111 Rodríguez González (1958-1961: s. v. can): explica que antigamente en Galicia adoitaban levar paus os
cans doentes ou danados (os que padecían a enfermidade da rabia), pois os aldeáns temían ser mordidos
por eles e contraer a enfermidade. O autor afirma acerca do can danado: «En la comarca donde aparece
siembra tal pánico, que inmediatamente surgen los hombres armados de palos, hoces y otros aperos de
labranza para perseguirlo y matarlo». É probable que se agoche esa imaxe en moitos das expresións
figuradas galegas en que o can é o referente do maltrato, aínda que non se explicite que se trate dun can
doente.
159
[tratar/poñer] coma un can (de palleiro)/os cans / [tratar] coma se fora un can (‘coma se
non se tratase dun ser humano, con aldraxe’)
can que vai a onde non o chaman leva paus (‘entremeterse’)
de balde andan os cans e tíranlle pedras (‘gratuidade’)
Como se extrae destas expresións figuradas, o can non é sempre ben recibido polos seres
humanos, a pesar de serlle un animal fiel ó seu amo, caracterizado tamén como cariñoso
e traballador (tal e como comentamos no apartado dedicado ó carácter e a condición deste
animal). No entanto, o can tamén funciona como referente de gula, polo que supoñemos
que en épocas de fame sería innecesario en fogares galegos nos que a comida non
abundaba e, polo tanto, era castigado polo seu comportamento ([andar] coma o can na
corda) ou directamente abandonado ([deixar quedar/tirado] coma un can). De igual xeito,
o can saía a paus de moitos lugares onde entraba, pois podía roubar comida ou resultaba
«impropio» nalgúns deles, como as igrexas ([correr] coma un can / [irse/marchar corrido]
coma un can; [botar] coma os cans da misa / [acabar] coma os cans na misa; [tratar/poñer]
coma un can (de palleiro)/os cans / [tratar] coma se fora un can; can que vai a onde non
o chaman leva paus; de balde andan os cans e tíranlle pedras). Probablemente teñan aí
tamén a súa orixe as imaxes de abandono que se poden tirar das expresións nas que o can
funciona como referente da mala vida.
Outras expresións reflicten o mal trato recibido por parte dos nenos quen, para
divertírense, adoitaban atarlle vinchas de vaca inchadas ou latas ó rabo ([fuxir] coma can
con vincha ó rabo; [saír] coma un can cando lle atan unha lata ó rabo).
Por outra parte, e como xa comentamos, o can é o animal doméstico por excelencia e,
polo tanto, aquel que máis achegado está ó ser humano. Por este motivo resulta moi
probable que o home descargue a súa ira nel ([cañar] coma a un can), polo simple feito
de ser o que está sempre ó seu lado; e mesmo así, como destaca Nogueira Santos (2006:
171), «o can lámbelle as botas ó dono que o maltrata».
Mais, a pesar de ser un referente do maltrato, o can tamén se presenta nas expresións
figuradas como un animal útil para os galegos. As persoas utilizan o can para varias
funcións, entre as que destacan, como xa comentamos, as de gardar rabaños e casas,
prestar o seu servizo na caza e, de xeito máis innovador, guiar persoas invidentes, detectar
drogas, rescatar vítimas de catástrofes etc. (Perozo, 1999: 316). Así o explican, tamén,
para as culturas española e ucraína, Vyshnya e García Jove (2005: 196): «Su papel en la
vida humana siempre había sido eminente sin ninguna exageración, pues al perro se le
160
encomendaban las tareas de guardar el domicilio, de pastorear, de cazar, de cuidar a los
niños y con el paso del tiempo, de ser lazarillo de los ciegos etc.»
A natureza gardiá que caracteriza este animal vén representada dende moi antigo na
mitoloxía grega mediante a figura do mítico Can Cerbero, que gardaba as portas do
Hades. Nalgúns lugares do mundo esta defensa non só se producía en vida, senón que
continuaba despois da morte dos seus donos. É o caso, por exemplo, da cultura mexicana,
na que o can funcionaba antigamente de guía no paso dos mortos ó inframundo112:
Los antiguos mejicanos criaban canes especialmente destinados a acompañar y guiar a
los muertos en el más allá. Se enterraba con el cadáver «un perro color león –es decir de
sol– que acompañaba al difunto como Xolotl, el dios-perro, había acompañado al sol en
su viaje bajo tierra». (...) Aún hoy, en Guatemala, los indios lacandón depositan en las
cuatro esquinas de sus tumbas cuatro figurillas de perro, hechas de hojas de palma.
Chevalier, 1988: 816
Aínda hoxe, despois de tantos anos, os cans son vistos tamén como un símbolo de defensa
nos seus fogares. Na cultura oriental o can funciona como símbolo da defensa, ata o
extremo de que se especifica que un «bo can» é aquel que garda a casa (Hatalovà,
2007:167). Sanz Martín (2012: 133) explica que a idea de protección se vincula á noción
de fereza, xa que a imaxe do can protexendo o seu amo, ou o seu territorio, retrata un
animal en estado de cólera, empregando a súa agresividade para desenvolver a tarefa
defensiva113.
112 Na cultura galega o can tamén garda certa relación co mundo dos mortos, concretamente o Can do Urco.
Segundo explican Reigosa et al. (2000: 246) é un can vinculado co Can Cerbero gardián do Orco. Adoita
verse en noites escuras e de treboada. Ten medio corpo de lobo e o outro medio de serpe, con escamas duras
e moita forza no rabo. Canto ós seus costumes os autores explican que «se arrastra polos camiños, berra,
láiase, repta polas congostras, minas abandonadas, sumidoiros, os seus ouveos e alaridos semellan de can,
cabra, paxaro ou gato». Este can sae do mar e, despois de deixarse ver por aquelas persoas que van morrer
ou que han ter a morte moi próxima volve somerxerse no mar. A voz Orco, urco, é sinónima de zampón,
papón, coco para asustar os nenos; segundo Reigosa et.al. (2000: 246) correspóndese co español ogro, «un
home deforme, cruel e enorme devorador de pícaros». O can é avisador da morte, tamén, a través do seu
ouveo. En Galicia existe unha superstición que lle atribúe ó can o poder de saber cando vai morrer algún
veciño. Cóntase que os ouveos dos cans polas noites son o preludio da morte de alguén. Ademais, tamén
se di que os cans adoitan poñer o cu ou mover o rabo para o lado que coincide co lugar onde vive aquel que
vai morrer. Por todo isto, en Galicia está moi estendida a crenza de que o can ten a capacidade de ventar a
morte (Rodríguez López, 2001 [1910]: 99, Varela Vázquez, 2008: 31; Fraguas Fraguas, 1965: 242 e
Rodríguez González, 1958-1961: s. v. can ). Torres e Rivas (2008: 336-337) explican a relación dos ouveos
do can coa morte polo feito de que estes lembran os choros dos familiares nun enterro ou velorio. Na cultura
portuguesa (Mãças, 1950: 312-315) o ouveo nocturno do can preludia a fuxida dun fillo da casa, mentres
que se un can negro persegue a alguén de noite será preludio de morte. 113 Cómpre salientar, atendendo á natureza do can, que é un animal moi territorial, como tamén o é o seu
antepasado o lobo. Este instinto territorial podemos velo nos seus hábitos de ouriñar e defecar para marcar
161
Os galegos ven útil este animal para gardar as súas vivendas, pois a natureza afectuosa e
a impoñente presenza física que posúen certos cans proporciónalles ás persoas unha
importante sensación de seguridade (Fennel, 2013: 96). É un bo animal para realizar este
labor dada a súa fidelidade cara ó amo e a súa agresividade cara ás persoas alleas á
vivenda familiar. A esta agresividade úneselle a forza que ten o animal na mandíbula para
atacar a calquera que se achegue e o ladrido co que avisa os donos da presenza de alguén:
Con su ladrido amenaza y ahuyenta a los enemigos y defiende la casa. Cuándo, en una
fábula de Fedro, el lobo le pregunta al perro cuál es el servicio que presta al hombre, el
can responde: «Guardar la puerta y defender la casa de ladrones». De los perros dice
San Isidro: «Aman a sus dueños, cuyas casas defienden».
Mariño Ferro, 1996: 366
En Galicia é especialmente idónea para gardar a casa114 a raza de can de palleiro,
denominado «can do país» por ser, como xa comentamos, a propia de Galicia (Perozo,
1999: 316). Fernández Rodríguez et al.(2001) descríbeno do seguinte xeito:
Can pastor e de garda, polivalente, pois tanto vai coas vacas, arreándoas e gardándoas,
como tamén coida da casa. Gardián de proverbial intelixencia, presenta un carácter forte
e reservado cos estraños, sendo, ademais, valente e trabador, características que o fan un
gran colaborador na condución e garda do gando. Unha gran fidelidade ó seu amo [sic.],
coa xente da casa tórnase doce e tranquilo.
Fernández Rodríguez et al., 2001: 183-185
As expresións figuradas que rexistramos en galego nas que se percibe a utilidade que ven
os galegos no can para gardar a casa son
cada can ladra no seu palleiro (*‘cadaquén debe ocuparse dos asuntos propios’)
can ladrador pouco/non é mordedor / can que ladra nunca morde / o can que máis ladra
non é o que máis traba (* ‘dise cando aquel que ameaza e se mostra colérico non é o máis
perigoso, pois fai pouco ou só bravatas’)
can merendeiro garda mal o palleiro (*‘dise de quen vai de casa en casa levando contos,
aproveitando para ser convidado sen pedilo, e descoida a casa propia’)
os límites das súas áreas, pois os cheiros transmiten un sinal moi claro a outros animais que serve para que
non invadan o seu territorio (Fennel, 2013: 141). 114 Fernández Rodríguez, et al. (2001: 181) explican que, orixinariamente, o can de palleiro foi can pastor
e de garda do gando e da casa, pero dadas as súas características morfolóxicas e de estabilidade psíquica,
podería chegar a desenvolver funcións de can policía, en catástrofes, socorro de feridos, guía, rastrexador
de droga etc.
162
can que moito ladra, ruín é para a casa (*‘dá conta da pouca valía de alguén que pretende
aparentar o contrario’)
durmir sen can (‘non ter medo, ser valente e decidido’)
ladra, can, que para iso gañas o pan! (‘agradecemento’)
ou o can mente ou vén xente (*‘dise cando se teñen indicios ou sospeitas de que sucede
algo’)
Outra utilidade do can para as persoas é a de axudalas no labor da caza, pois a súa
velocidade, o seu ouvido e o seu olfacto constitúen as características físicas idóneas para
esta angueira. Son varias as razas de can destinadas á caza115, de feito entre as máis de
340 razas de can que existen no mundo, o grupo daqueles que se destinan ó labor da caza
é o máis numeroso. Estes cans son animais idóneos para acompañar os cazadores de
escopeta e poden clasificarse, de xeito xeral, en tres grupos: os cans de mostra (que sinalan
a posición da peza manténdose inmóbiles), os cobradores (especializados en recuperar
pezas unha vez abatidas) e os rastrexadores (que perseguen a peza entre a vexetación ou
a fan saír do seu tobo facendo uso do seu carácter teimudo e agresivo; deste xeito logran
sacar dos tobos, por exemplo, raposos ou teixugos) (Perozo, 1999: 316).
As expresións rexistradas en galego que mostran a utilidade do can para a caza son
[ser] coma ir á/de caza sen can (‘expresión para indicar que se perde o tempo’)
o can de boa raza pensa no pan e na caza (*‘refírese a que quen é responsable e centrado
pensa no ocio e tamén no traballo’)
Está utilidade tamén se pode percibir noutras expresións xa citadas no ámbito temático
da sabedoría en que se destacaba a habilidade do can para a caza: a cazador novo, can
vello ou non hai mellor caza cá que se fai con cans vellos.
En contraposición, rexístranse tamén outras expresións que teñen como referente a
inutilidade do can, normalmente por teren minguadas as capacidades físicas máis
apreciadas neles:
[valer] menos cás orellas dun can cheas de auga (*‘non valer nada’)
can ladrador que non ten forza ¡ai, se se descoida! (‘ameaza’)
115 En Galicia destacan o guicho ou quisquelo (especializado en caza de coello de monte), o perdigueiro
galego (especializado na caza de perdiz, arcea e paspallás) e o podengo galego (para a caza de coello, lebre
e raposo) (Fernández Rodríguez et al., 2001).
163
Outra expresión que reflicte a relación de proximidade entre o home e animal é a que se
encadra no ámbito temático da semellanza (cal o dono, tal o can / cal é o can, tal é o
dono: * ‘designa un parecido, físico ou doutra índole, entre dúas persoas ou cousas’). A
orixe desta expresión non se atopa necesariamente en semellanzas reais do can co seu
amo, senón na percepción das persoas que deriva da proximidade entre eles e dos fortes
lazos que se establecen frecuentemente entre o home e o animal.
5.2.2.2 Animal-animal
Entre as expresións figuradas nas que se mostra a relación do can con outro animal
destaca, principalmente, a inimizade. As expresións que rexistramos supoñen a
animalización do ser humano nun can e, tamén, nun gato, polo que se crean mediante
distintas metáforas conceptuais que derivan da metáfora conceptual AS PERSOAS QUE SE
LEVAN MAL SON ANIMAIS:
AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON CANS E GATOS:
[de acordo] coma can e gato (‘aplícase ós que se levan mal’)
[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o) can(s) e (o)(mailo) gato(s) (‘levarse mal entre
eles, pelexar continuamente’)
amigos coma o can e o gato, que comen no mesmo prato (‘amizade perigosa’)
sogra e nora e can e gato non comen ben nun mesmo prato / o can e o gato non os
poñas no mesmo prato (‘inimizade’)
AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON CANS:
[levarse/discutir/reñer] coma cans (‘levarse mal entre eles, pelexar continuamente’)
As expresións figuradas que teñen como referentes o can e mailo gato baséanse na mala
relación doméstica que adoita existir entre estas dúas especies de animais, por tratarse,
ademais, de dous animais domésticos comúns nos fogares galegos. Sanz Martín (2012:
130) explica que esta relación prototípica se debe a que os dous son os mellores
representantes da categoría de animais domésticos e á consideración do can como o
depredador por excelencia do gato. Así, a autora explica que a locución castelá como el
perro y el gato se emprega para expresar que dúas persoas non só non se entenden senón
que mostran unha antipatía recíproca e, mesmo, unha violencia mutua. Certamente, non
todos os cans e os gatos se levan mal, pero as expresións que retratan unha relación de
inimizade proveñen dunha situación conceptualizada en que cans e gatos son concibidos
como inimigos (Sanz Martín, 2012: 131). Sanz Martín explica, tamén, que estas
164
asociacións semánticas entre o can e o gato poden estar vinculadas coa oposición que se
dá nas conceptualizacións que fan os falantes dun e doutro animal:
De acuerdo con las respuestas de nuestros informantes, hay una asociación directa de los
perros hacia la ternura (33%), la compañía (26,67%), la amistad (23,33%) y la fidelidad
(43,33%), mientras que el gato es asociado con los sentidos opuestos, es decir, la
independencia (23,33%), lo huraño (16,67%), indiferencia (16,67%) y hasta la ingratitud
(6,67). De esta manera, los hablantes suelen asociar al perro con la dependencia hacia el
hombre, mientras que el gato es relacionado con la independencia. Así, los significados
de perro y gato conforman una especie de binomio antitético.
Sanz Martín, 2012:131
Máis esta relación de inimizade apréciase tamén entre cans ([levarse/discutir/reñer] coma
cans). A imaxe que xera esta expresión figurada atópase nas pelexas de cans que se
adoitan dar por causa do alimento ou polo cortexo dunha femia. Estes enfrontamentos
entre iguais están relacionados tamén co carácter dominante e territorial do animal
(Fennel, 2013: 141).
En contraposición a esta inimizade atopamos un exemplo de respecto ou compañeirismo
entre animais da mesma especie. A expresión na que se ve reflectida esta característica
temática é
nunca o can morde a cadela (‘refírese a unha relación de respecto mutuo’)
Ó contrario do que acontece coas expresións que reflicten un comportamento de
rivalidade ou agresivo entre dous animais, nesta expresión establécese unha relación de
paridade e de respecto mutuo entre o can e a cadela. O can e mais a cadela, en conxunto,
non se empregan en galego como referentes da inimizade, pois non se presentan como
inimigos senón, máis ben, como compañeiros. Así, os galegos utilizamos esta expresión
para facer referencia a calquera relación na que debe estar presente o respecto entre iguais.
5.2.3 Valoración
Por último, atopamos unha serie de expresións figuradas que teñen como referente a mala
valoración que fan os galegos do can:
[estar/facer (tanta) falta] coma os cans na misa /igrexa / [pintar menos] que os cans na
misa (‘expresión que indica que alguén está a estorbar ou está de máis nun determinado
lugar’)
165
[facer caso] coma ó can (‘menosprezo’)
[non querer] nin os cans (‘non querer ninguén algo por non ter valor’)
[oír] como quen oe ladrar un can / [facer tanto caso] como se ladrara un can / [facer]
coma se cantara/ladrara un can (‘proceder sen prestar atención nin tomar en
consideración a quen se di ou aquilo que se di’)
[ser] coma darllo/quen llo dá a un can / [ser] coma quen lle bota o alcacén a un can
(‘inutilidade’)
máis vale can vivo que león morto (*‘indica que é preferible ter pouco que nada’)
non ser un/ningún can (‘ser digno de respecto e de consideración’)
os que van onde non os chaman son os cans (‘expresión con que unha persoa manifesta
a vontade de non inmiscirse en algo’)
Nestas expresións o can é visto polos galegos como un ser insignificante ([facer caso]
coma ó can; [oír] como quen oe ladrar un can / [facer tanto caso] como se ladrara un can
/ [facer] coma se cantara/ladrara un can), que non ten valor ningún ([non querer] nin os
cans; non ser un/ningún can), mesmo que está de máis en lugares nos que hai persoas
([estar/facer (tanta) falta] coma os cans na misa /igrexa / [pintar menos] que os cans na
misa; os que van onde non os chaman son os cans).
Ademais, na expresión máis vale can vivo que león morto pode apreciarse facilmente a
mala valoración do can na sociedade. O feito de que se contrapoña o león (rei da selva,
animal poderoso, forte, ...) ó can leva implícita unha valoración negativa deste último. O
can pasa a representar aquí características totalmente opostas ás do león: animal
insignificante, feble e relacionado coa pobreza e o abandono, figuradamente case que o
representante da plebe.
Como xa comentamos, a motivación desta mala valoración que os galegos fan do can
garda relación coas expresións nas que este funciona como referente da precariedade e a
mala vida.
5.3 Recompilación e análise das enquisas
Tal e como adiantamos ó comezo deste capítulo, o animal máis empregado en lingua
galega para a construción de expresións figuradas con referentes animais é o can. Este
feito concorda tamén co que ocorre noutras linguas europeas coma o castelán, o alemán
(vid. Piñel López, 1997), o portugués, o inglés (vid. Nogueira Santos, 2006), o ucraíno
(vid. Nazarenko e Iñesta Mena, 1998) ou o serbio (vid. Kekić, 2008), entre outras; en que
166
o can sobresae por riba doutros animais nas construcións figuradas que se crean con
referentes animais. É un dato esperable se temos en conta que na cultura europea o can é
o animal doméstico por excelencia, entre outras cousas, por ser tamén o máis antigo (Piñel
López, 1997: 265).
A partir da análise das 161 expresións figuradas galegas que teñen o can como referente
comprobamos que o vínculo que se establece entre os galegos e o can é o permite explicar
moitas asociacións semánticas, xeradas a partir da idea da dependencia do can con
relación ó amo (Sanz Martín, 2012: 133). Polo que se refire ó ámbito temático da
caracterización do can percibimos que os galegos destacan os seguintes trazos con
respecto ó seu carácter ou condición: ‘agresividade’ (29)116, ‘precariedade/mala vida’
(16), ‘gula’ (15), ‘preguiza’ (14), ‘intelixencia’ (8), ‘promiscuidade’ (6),
‘fidelidade/submisión’ (6) ‘covardía’ (5), ‘falsidade’ (4), ‘soidade’ (3), ‘noctambulismo’
(3), ‘maldade’ (2), ‘insensatez’ (2), ‘benquerenza’ (1), ‘teimosía’ (1), ‘valentía’ (1),
‘dominio’ (1) e ‘laboriosidade’(1).
Con respecto ás características físicas os galegos reparan na ‘velocidade’ do can (5), nos
‘ruídos’ que emite (4), na súa ‘delgadeza’ (3) (en ocasións extrema debido á precariedade
da vida que leva); nos sentidos do ‘ouvido’ (1) e o ‘olfacto’ (1) tan ben desenvolvidos, na
súa ‘resistencia’ (1) e, por último, en dúas características que se vinculan directamente
coa mala valoración: a ‘fealdade’ (1) e a ‘sucidade’ (1).
Canto ás relacións que se establecen entre o ser humano e o can, destaca a ‘utilidade’
(11) do can para o home, seguida do ‘maltrato’ (10) por parte deste último e a
‘semellanza’ (1) que ás veces se percibe entre eles, tirada das asociacións que adoitan
facer os galegos entre os cans e os seus donos. Con respecto ás relacións que se establecen
entre o can e outros animais, destaca a ‘inimizade’ (5), tanto entre cans coma entre cans
e gatos e o ‘respecto’ (1), desta volta entre o can e a cadela.
Por último, en r elación coa valoración xeral que fan os galegos do can, cómpre destacar
a ‘mala valoración’ (8) que fan del a través das expresións figuradas recollidas.
Se nos centramos, agora, na caracterización que fan os galegos do can a través da pregunta
VI das enquisas orais e electrónicas, en que se lles pide que nomeen un ou varios
adxectivos que caractericen o can e a cadela, atopamos os seguintes resultados:
116 Incidencia de aparición no corpus de expresións que indican esta característica.
167
Caracterización
o Carácter/condición: ‘fieis’(256117), ‘intelixentes’(31), ‘cariñosos’(25),
‘mansos/dóciles’(9), ‘alegres/rebuldeiros’ (9),‘promiscuos’ (8118),
‘bos/nobres’ (7), ‘obedientes’(5), ‘feros/agresivos’(5), ‘preguiceiros’(4),
‘submisos’(4), ‘falsos’ (3119), ‘inquietos’ (3), ‘pacientes’(2), ‘pobres’(2),
‘esfameados’(1), ‘manipuladores’(1), ‘dominantes’(1120), ‘ladróns’(1),
‘sufridores’(1), ‘laverca’(1) e ‘humildes’ (1).
o Características físicas: ‘ladradores’(1), ‘veloces’(1), ‘áxiles’(1)
‘bonitos/belos’ (1).
Relacións
o Home-animal: ‘amigos/compañeiros’ (30121) ‘gardiáns/defensores’
(11122).
Valoración: ‘marabillosos’ (1).
Na pregunta II da mesma enquisa, en que se lle ofrecen ós informantes unha serie de
adxectivos e frases verbais para os que teñen que nomear animais, o can caracterízase
como: ‘fiel’ (287), ‘intelixente’ (149), ‘que leva a mellor vida’ (101), ‘que leva a peor
vida’ (60123) ‘agresivo’ (34), ‘preguiceiro’ (27124),‘covarde/medorento’ (13125),
‘falso/que dá que desconfiar’ (12), ‘parvo/pouco intelixente’ (7) e
‘arrogante/fachendoso/chulo’ (7).
Por último, outra das preguntas que formulamos nas enquisas orais e electrónicas, e que
nos vale aquí para coñecer a valoración que fan os galegos do can, é a número III. Nela
ofrecíanse 10 expresións comparativas incompletas ([gordo] coma..., [feo] coma...,
[manso] coma... etc.) para as que os informantes debían introducir o nome dun ou varios
animais. Así, os galegos ós que se lles preguntou caracterizaron o can como: ‘animal que
117 Número de enquisas en que aparece esta valoración do can. 118 Destas oito veces que se repite o adxectivo, seis son para caracterizar a cadela e dúas o can. 119 Dúas das veces en que aparece este adxectivo é para facer referencia á cadela. 120 Adxectivo centrado especificamente no animal macho. 121 Un adxectivo destes trinta está destinado especificamente ó feminino cadela. 122 Un adxectivo destes once está destinado especificamente ó feminino cadela. 123 En tres das respostas especifícase concretamente can de palleiro. 124 Nunha destas respostas especifícase can de palleiro. 125 Nunha destas respostas especifícase can de palleiro.
168
pasa fame’ (168126), ‘manso’ (58), ‘veloz’ (52127), ‘feo’ (27), ‘promiscuo’ (11128), ‘cae de
pé’ (2) e ‘sucio’ (1).
En canto ás características que se refiren ó carácter e á condición do can, atopamos
coincidencias entre as expresións figuradas analizadas e as enquisas realizadas nos
valores de: ‘fidelidade/submisión’ (547129), ‘precariedade/mala vida’ (229130),
‘intelixencia’ (180), ‘fereza/agresividade’ (39), ‘preguiza’ (31), ‘cariño/benquerenza’
(25), ‘promiscuidade’ (19), ‘falsidade’ (15), ‘covardía’ (13) e ‘dominio’ (1). Ademais,
existen valores asociados ó can nas enquisas que gardan moita ou algunha relación (>)
coas expresións figuradas analizadas: ‘boa vida’ (101) (> ‘preguiza/ociosidade’);
‘alegre/rebuldeiro’ (9) (> ‘insensatez’); ‘obediencia’ (5) (> ‘fidelidade’); ‘pobreza’ (2) e
‘sufrimento’ (1) (> ‘precariedade/mala vida’); ‘laverca’ (1) (> ‘intelixencia’) e
‘manipulación’ (1) (> ‘dominio’). Outros valores, que extraemos da análise das
expresións figuradas, non se ven representados nas respostas que os informantes ofrecen
nas enquisas. Trátase de valores como: ‘laboriosidade’, ‘maldade’, ‘noctambulismo’,
‘soidade’, ‘teimosía’ e ‘valentía’. Tamén ocorre o caso contrario, en que os informantes
das enquisas ofrecen valores do can que non se ven representados nas expresións que
analizamos: ‘arrogancia/fachenda’ (7), ‘inquietude’ (3), ‘paciencia’ (2), ‘humildade’ (1)
e ‘roubo’ (1). Por último, nas enquisas apúntanse características do can opostas (≠) ás
recollidas a partir das expresións figuradas: ‘mansedume/docilidade’ (67) (≠
‘agresividade’); ‘bondade/nobreza’ (7) (≠ ‘maldade’), e ‘estulticia’ (7) (≠ ‘intelixencia’).
Polo que se refire ás características físicas, os valores que coinciden entre as expresións
figuradas e as enquisas son os de ‘velocidade’ (53), ‘fealdade’ (27), ‘ruído’ (1) e
‘sucidade’ (1). Nas enquisas acrecéntanse, ademais, os valores de ‘axilidade’ (3131) e de
‘beleza’ (1) (≠ ‘fealdade’). Os valores que se rexistran nas expresións figuradas e que non
teñen representación nas enquisas son ‘bo olfacto’, ‘bo ouvido’, ‘delgadeza’ e
‘resistencia’.
No que respecta ás relacións que se dan entre o home e o animal existe unha coincidencia
entre as expresións figuradas e as enquisas: a ‘utilidade’ (11) do can para a caza ou para
126 Nove veces noméase explicitamente o can de palleiro e unha o galgo. 127 48 das respostas refírense concretamente á raza de can galgo. 128 Todas as respostas se refiren á cadela. 129 Esta cifra representa a suma dos valores nas tres preguntas das enquisas. 130 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘esfameado’, ‘que leva a peor vida’ e ‘animal que
pasa fame’. 131 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘áxil’ (1) e ‘cae de pé’ (2).
169
gardar a casa. Ademais, nas expresións figuradas retrátase o ‘maltrato’ do ser humano
sobre o can e a ‘semellanza’ entre eles. No caso das enquisas só atopamos, ademais do
valor de ‘utilidade’, o de ‘compañeirismo’ (30). Canto ás relacións que se dan entre o can
e outros animais, só rexistramos valores nas expresións figuradas (‘inimizade’,
‘respecto’), mentres que nas enquisas non se ofrece ningún.
Por último, a valoración xeral que fan os galegos do can nas expresións figuradas está
representada a través da característica de ‘mala valoración’, mentres que nas enquisas un
dos informantes caracterízao a través do adxectivo ‘marabilloso’ (1). Existe, pois unha
oposición (≠) entre o valor extraído das expresións e o fornecido polo informanteDe
forma maioritaria, a caracterización que os galegos fan do can a través das expresións
figuradas que constrúen concorda cos valores que os informantes lle atribúen nas enquisas
orais e electrónicas. Así e todo, existen algunhas oposicións semánticas nos valores
achegados nas enquisas con respecto ós extraídos das expresións figuradas: destacan
sobre todo a ‘bondade/nobreza’, e a ‘mansedume/docilidade’, que contrastan cos valores
de ‘maldade’ e ‘agresividade’ que se extraen das expresións figuradas analizadas. Aínda
que nas enquisas tamén se recolle o valor da estulticia (7), este trazo está moito menos
presente có da intelixencia (180), de modo que podemos concluír unha esencial
coincidencia a este respecto na valoración extraídas das enquisas e das expresións.
Cremos que a explicación de que se caracterice o can como ‘bo’ ou ‘nobre’ (7) e sobre
todo como ‘manso’ ou ‘dócil’ (67), antes ca como fero ou agresivo (39), contrastando
ademais cos valores extraídos das expresións figuradas (‘maldade’ e ‘agresividade’) ten
que ver esencialmente coa radical modificación da consideración do can e das súas
condicións de vida nos últimos tempos: o can pasou de ser esencialmente un animal útil
para o traballo (garda da casa, caza...) a ser maioritariamente unha mascota, un animal de
compañía. As expresións figuradas que retratan a ‘agresividade’ do can aséntanse sobre
todo en imaxes procedentes de escenarios rurais do pasado, onde o comportamento e a
relación cos cans eran moi distintos dos actuais. O feito de que dos 77 informantes que
caracterizan o can como ‘manso/dócil’, 38 se identifíquen cun ámbito rural e 29 cun
urbano mostra que esta modificación na visión do can non é exclusiva do ámbito urbano
e se trasladou tamén para o hábitat rural, o que non obsta, por suposto, para que en moitas
casas do campo galego o can siga sendo un animal útil para a caza, a garda da casa ou do
gando.
170
Ademais, nas enquisas non recollemos directamente a característica de ‘maltrato’, quizais
porque, como xa comentamos, hoxe en día esa práctica non é tan habitual como o era no
pasado, tal e como o reflicten as expresións figuradas galegas. Mais os informantes si fan
referencia á mala vida que leva o can e destacan especialmente o can do país, isto é, o can
de palleiro. Tamén sobresae esta raza en valores como a ‘covardía’ e a ‘preguiza’.
Se observamos, agora, os datos extraídos por Ferro Ruibal (2008: 143) a partir da análise
de 363 expresións comparativas galegas en que aparece a figura do can, comprobamos
que este presenta as características positivas de ‘cariñoso’, ‘fiel’ e ‘de olfacto fino’, as
características neutras de ‘vive sen traballo’ e ‘gregario’ e as características negativas de
‘padece maltrato físico e psicolóxico’, ‘famento’, ‘agresivo’, ‘feo’, ‘cheira mal’, ‘triste’,
‘vive en soidade’, ‘morre en soidade e con dor’, ‘promiscuo’ e ‘inimigo do gato’. Se ben
as últimas dúas características poden ser negativas ou non dependendo da óptica dende a
que se mire, o certo é que, nunha primeira ollada, abundan as características negativas
por riba das que Ferro Ruibal considera positivas e neutras. Todos estes valores, agás o
de ‘triste’, rexistrámolos tamén no noso corpus.
Percibimos que o can é o referente en galego de expresións que portan significados
distantes e mesmo opostos nalgúns casos: ‘preguiza’ e ‘laboriosidade’; ‘covardía’ e
‘valentía’; ‘intelixencia/sabedoría’ e ‘insensatez’; ‘utilidade’ e ‘mala valoración’ e ‘boa
vida’ e ‘mala vida’. Con base nisto, a valoración do can que fai o galego pode resultar
contraditoria, mais non é a única lingua na que isto ocorre. Xa no século XX, Rozan
(1902:159-160) explicaba que o can era un exemplo en francés de lealdade para o ser
humano e sobresaía por riba doutros animais pola súa bondade, sociabilidade e un
marabilloso instinto moi próximo á intelixencia; porén, o seu nome converteuse nun
insulto. Tamén dá conta disto Piñel López (1997: 265) para o castelán e o alemán, pois
explica que, o can representa valores como a fidelidade ou o compañeirismo, pero, pola
contra, representa tamén a soidade, o abandono, o desamparo e a mala vida.
Bertrán, Iñesta e Lozano (1998: 76) apuntan que na cultura anglosaxoa, na que se sente
unha grande devoción polo can, coexisten expresións moi pexorativas baseadas na súa
imaxe xunto con outras meliorativas. Este aspecto tamén o destaca Nogueira Santos
(2006) cando sinala que tanto en portugués coma en inglés o can é usado como un termo
despectivo, «como metáfora daquela persoa ou cousa que é inferior» (2006: 171), pero é
un ser moi estimado na sociedade inglesa, tanto que raia a idolatría (véxase como exemplo
a seguinte expresión inglesa que sinala o autor Love me, love my dog). Se ben é certo que
171
Nogueira Santos apunta que as expresións pexorativas serían de orixe americana e non
inglesa, tamén aclara que o inglés recorre a certas razas de can para ofrecer unha visión
pexorativa.
No Extremo Oriente, o símbolo do can é, tamén, ambivalente: benéfico por ser o
compañeiro próximo do home e o gardián que vixía a súa casa; pero tamén maléfico,
impuro e desprezable por estar emparentado co lobo e co chacal (Chevalier, 1988: 365-
369). Bertrán, Iñesta e Lozano engaden:
El hecho de que en culturas actuales como la anglosajona o la rusa, donde el perro es a
menudo mejor tratado que las personas, la lengua muestre una valoración negativamente
estable asociada a las expresiones basadas en el perro, parece a primera vista justificar la
hipótesis de que, más que de una cuestión de uso, dicho rasgo valorativo fuese parte
integrante del significado de esta palabra, influyendo así en sus reglas semánticas de
combinatoria.
Bertrán, Iñesta e Lozano, 1998: 77
Coincidimos cos autores na idea de que a valoración negativa que se creou do can hai
anos foi tan forte, que hoxe por hoxe pasou a formar parte do significado da palabra can.
Defendemos, por outro lado, que a valoración que fan os habitantes de Galicia do can está
asociada co seu comportamento e coa interpretación que o ser humano fai del na
convivencia diaria. Deste xeito, o galego constrúe expresións que resaltan, por exemplo,
a preguiza do can a través da imaxe deste animal deitado sen facer nada, pero tamén crea
outras que denotan a súa laboriosidade, relacionadas co servizo que este lle presta ó dono,
por exemplo nos labores gandeiros.
Mediante a análise destas expresións comprobamos que a poboación galega escolle o can
con maior frecuencia ca outros animais domésticos para conceptualizar e expresar
diferentes situacións da súa vida diaria, que mesmo ás veces son contraditorias entre si.
172
6 GATO/GATA
6.1 Descrición
O gato132 doméstico (Felis catus) é un mamífero carnívoro pertencente á familia dos
félidos. Os membros desta familia caracterízanse por ter un corpo delgado e musculado,
os dentes e as garras ben desenvolvidos, os sentidos espertos (con ollos grandes que lles
permiten avaliar correctamente as distancias e unhas pupilas que teñen a capacidade de
dilatarse para proporcionarlles unha perfecta visión nocturna), os reflexos rápidos e unha
coloración de pelo que lles serve de camuflaxe para a caza (Burnie, 2002: 208).
O gato ten as orellas grandes, móbiles e en forma de funil, o que lle permite absorber os
sons producidos polas súas presas. Os seus bigotes, longos e moi sensibles, sérvenlle para
manter a orientación durante a noite e, así, poder cazar con efectividade. Ten o olfacto
moi desenvolvido, xa que no padal posúe o chamado órgano de Jacobson, un órgano
auxiliar do sentido do olfacto que lle dá a capacidade de detectar olores sexuais (Burnei,
2002: 208). Antes de facer os 12 meses de idade, os gatos están xa preparados para
procrear e poden facelo durante toda a súa vida, que dura arredor de 9 ou 10 anos. As
femias son as que adoitan provocar os machos con berros desentoados (Valladares, 1884:
en liña).
O gato doméstico (caseño ou caseiro133) procede da especie Felis silvestris (gato montés),
que se escindiu en distintas razas hai milleiros de anos. Os primeiros indicios da súa
domesticación atopáronse en Exipto134, cunha antigüidade aproximada de 4000 anos
(Perozo, 1999: 496). Crese que os traballadores agrícolas exipcios o acolleron como un
eficaz cazador de roedores que protexía as súas colleitas de gran, polo que acabaron
dándolle acubillo e protección nas súas vivendas (Mariño Ferro, 1996: 170). A medida en
que os exipcios descubrían as habilidades e a beleza do gato, foi medrando un fondo
132 Se non se especifica o contrario entenderase de aquí en diante gato como gato/gata. 133 Rodríguez González (1958-1961: en liña) defíneo como «gato que se aficiona a la casa en que vive y
que por lo general no sale de ella, aunque tenga ocasión para hacerlo». 134 A doutora Leslie Lyons levou a cabo unha investigación xenética dos gatos na Escola universitaria da
Universidade de Davis (California) co obxectivo de descubrir en que lugar do mundo se comezaron a
domesticar. Despois de recoller mostras xenéticas de exemplares felinos de todo o mundo, puido determinar
que todos os gatos analizados descenden dun reducido grupo de antepasados situados en Exipto, posto que
a variedade xenética dos gatos exipcios se atopa en cada un dos gatos analizados do resto dos paises (Kemp,
2008: en liña).
173
respecto cara a el que se transformou en veneración135, de maneira que era momificado,
ó igual que se facía coas persoas, co obxectivo de que o seu espírito chegase intacto á
outra vida (Kemp, 2008: en liña).
A domesticación do gato viuse motivada, xa que logo, pola súa destreza na caza e polo
servizo que esta capacidade lle proporcionaba ó ser humano. Así, en plena romanización,
o gato estaba xa completamente establecido como un animal doméstico (Macdonald,
2001: 38). Sábese que na Idade Media os primeiros exploradores levaban gatos nas súas
embarcacións para mantelas limpas de roedores que puidesen arruinar as súas provisións.
Desta maneira, a medida en que se colonizaban novos mundos, os felinos chegaban cada
vez a máis lugares (Kemp, 2008: en liña).
A boa valoración do animal polas súas dotes cazadoras estendeuse dende Exipto a outras
partes do mundo, pero non así a súa veneración. En Europa o gato conta cunha historia
un tanto escura procedente das crenzas que se estenderon na Idade Media e que o
vinculaban co mundo das tebras; probablemente polos seus hábitos nocturnos e a imaxe
dos seus ollos brillantes na escuridade (Mariño Ferro, 1996: 171). Existía, entón, unha
superstición que identificaba os gatos negros co demo e os relacionaba coas bruxas como
seguidoras deste. Segundo explica Guerra (2011: 486) na cultura occidental crese que os
gatos son animais estimados polas bruxas e dise que estas os usaban para zugarlles a alma
ós bebés acabados de nacer136. De feito, na antigüidade, adoitábaselles atribuír ós gatos a
morte misteriosa dos bebés (hoxe en día ben coñecida como a morte súbita infantil) e
críase que acumulaban as vidas que roubaban. Cóntase, ademais, que cando condenaban
as persoas acusadas de herexía á forca mataban tamén os seus gatos, por consideralos
demoníacos (Kemp, 2008: en liña).
Co paso do tempo, as supersticións e crenzas asociadas co gato foron mudando en cada
cultura a medida en que mudaba tamén a mentalidade da poboación. Así e todo, o gato
non deixou de ser un animal ó que se lle atribúen capacidades sensoriais un tanto
especiais. En Galicia asóciase coas predicións meteorolóxicas e con certas enfermidades,
tal e como explica Rodríguez González (1958-1961):
135 Suárez Cuadros (2006: 165) engade que a sociedade exipcia sentía un grande respecto por estes animais,
pois consideraban que eran os bos espíritos do fogar; de maneira que lles construían templos e regalaban
as súas imaxes bañadas en ouro e prata. 136 Mariño Ferro (1996: 171) explica que en Portugal existe a crenza de que as bruxas, como seguidoras de
Satán, se encarnaban en gatos para levar a cabo as súas vilanías. Miañaban nos tellados das casas en que
había nenos pequenos ós que zugarlles as almas.
174
En la Galicia campesina tiénese al gato por animal meteorológico; y debido a esta común
creencia se considera que muchos de sus actos en algunos días indican el estado del
tiempo con más seguridad que un buen barómetro. Así cuando corre mucho por la casa
es señal de viento; y cuando se lava la cara es anuncio de visita o de lluvia próxima.
Suponen los supersticiosos que tragando un pelo de gato se produce la epilepsia, y que si
se come algo que el gato hubiera probado, se adquiere el asma o alguna enfermedad de
las llamadas gafentas, y hay también quienes creen que un gato completamente negro137
da buena suerte en una casa.
Rodríguez González, 1958-1961: en liña
En Galicia crese que o gato é, tamén, responsable de certas doenzas infantís, contraídas
polos nenos a través do seu alento (Mariño Ferro, 1996: 172). Mais a pesar disto, os
galegos aprecian dende antigo a utilidade deste animal para a caza de roedores, causantes
de grandes danos materiais nas casas galegas (Valladares Núñez, 1884: en liña).
Por outro lado, o gato adoita aparecer en fábulas e contos infantís (vid. La Fontaine, 1966
ou Seoane, 1999) representado como un ser malvado e infame que se vale da súa
aparencia mansa (por estar dotado dun manto suave e aveludado que o fai parecer un ser
inofensivo) para enganar hipocritamente os outros animais.
A seguir centrarémonos no retrato que crean os galegos do gato a través das expresións
figuradas que o teñen como referente.
6.2 Retrato do gato a través das expresións figuradas galegas
O gato é o segundo animal que máis veces se rexistra no noso corpus de expresións
figuradas (vid. anexo 1). Despois do can, o gato funciona como referente de 90 expresións
figuradas.
Nos seguintes apartados desagregaremos os ámbitos temáticos asignados ás expresións
figuradas galegas que levan o gato como referente e tentaremos dar un perfil completo da
valoración que os galegos fan del.
137 Fraguas Fraguas (1965:243) explica, tamén, que en Galicia trae boa sorte ter un gato negro na casa,
aínda que tamén existe a crenza de que se un tropeza cun gato negro fóra da casa terá mala sorte en asuntos
económicos ou monetarios.
175
6.2.1 Caracterización
6.2.1.1 Carácter/condición
A gula é a primeira característica que os galegos destacan do gato. Do mesmo xeito que
ocorría co can, tamén outros animais serven como referentes de expresións figuradas que
conceptualizan a gula a través da metáfora conceptual O QUE COME MOITO É UN ANIMAL
(Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 166). A partir desta créase outra metáfora
conceptual máis concreta en que o ser humano se ve animalizado nun gato: O QUE COME
MOITO É UN GATO. Así, os galegos crean expresións como:
[larpeiro] coma un gato (* ‘moi larpeiro’)
[gordo] coma o gato dun abade (‘gordura’)
A imaxe que se agocha detrás da primeira expresión é a dun gato que está sempre a comer,
mentres que na segunda é a dun gato gordo despois de moita comida. Deste xeito, o gato
funciona nesta segunda expresión como referente de dous valores, da gordura (vid.
6.2.1.2) e, de forma máis indirecta, da gula. En Galicia os abades, e os cargos da Igrexa
en xeral, foron persoas moi poderosas que se enriqueceron á costa dos campesiños (tanto
polos aforamentos das terras como polas doazóns que os cristiáns lles facían ás igrexas e
mosteiros) (Fraguas Fraguas, 1980: 168-170; Risco, 1971: 103-104 e Villares, 1995: 77-
80). Por este motivo nunca lles faltaba a comida138 e a abundancia era tanta que mesmo o
seu animal de compañía se alimentaba moi ben.
Outras expresións nas que o gato funciona como referente da gula créanse mediante a
imaxe do animal que observa a comida e que, probablemente, espera un descoido do amo
para botarlle o dente. As seguintes expresións figuradas xéranse a partir da metáfora
conceptual O QUE DEVECE POR ALGO/ALGUÉN É UN GATO, en que o ser humano se ve
animalizado nun gato:
[devecer] coma gato pola manteiga (‘desexo’)
[mirar] coma o gato ás sardiñas (‘desexo’)
Noutros casos non existe unha referencia directa ó gusto pola comida ou ás súas
consecuencias, pero séguese identificando o animal coa gula, posto que as imaxes sobre
138 En galego rexistramos tamén a expresión [beber/comer/vivir] coma un abade (‘ben e abundantemente;
estupendamente, de marabilla’, DFG: s. v. abade).
176
as que se crean as expresións retratan a fugacidade da comida nas poutas do gato, os
gustos do animal ou a dificultade de atopar comida intacta cerca del:
[durar tanto] coma a manteiga no fociño do gato (‘durar pouco’)
[fuxir de alguén] coma o gato da sardiña (* ‘non ter ningún medo’)
[ser] coma quen busca a manteiga no fociño do gato (‘dificultade’)
Por outra parte, os galegos fíxanse no hábito que ten o gato de comer continuamente e
válense desa imaxe para crear a expresión:
comerlle a lingua o gato (‘expresión irónica para se referir a alguén que garda un silencio
prolongado ou se nega a falar’)
Segundo explica Cazal (1997: 43), nunha recompilación e clasificación que fai dos refráns
de Correas relacionados co gato doméstico, a característica de «lambón» é a máis
destacada no refraneiro español. O autor achega varios exemplos a través dos que mostra
que o gato adoita ser caracterizado pola súa adicción á comida (Bien se lava el gato
después de harto; Dijo el gato al unto: «Bien te lo barrunto»; Olla sin sal no es manjar;
al gato se puede dar; Muera gata y muera harta etc.).
Por último, o gato é tamén referente da gula polo hábito de roubarlles a comida ós seus
amos. Nas seguintes expresións establécese a relación entre a gula do gato e a convivencia
coas persoas:
ás veces a carne está no prato por falta de gato (*‘indica que algo deixa de producirse
non por méritos da persoa, senón por falta de oportunidades’)
non está a carne no garabato por falta de gato / anque a sardiña está no prato, non é por
falta de gato (* ‘indica que algo deixa de producirse non por falta de oportunidades, senón
polos méritos ou a virtude de alguén’)
ó gato por ser lambón non o botes da túa mansión (* ‘recomenda non precipitarse nas
decisións’)
perdón polo gato ladrón/lambón (‘dise para desculparse, mais dun xeito humorístico.
Tamén o pode dicir a persoa á que se lle piden desculpas para tirarlle importancia ós
feitos’)
polo rabo da culler vai/sube o gato á ola/ó pote (‘fai referencia ás persoas que non deixan
escapar unha oportunidade para medrar ou obter algún beneficio’
sardiña/carne que leva o gato tarde ou nunca volve ó prato / sardiña que o gato leva,
perdida está/ gandida vai (* ‘refírese a unha situación que xa non ten remedio’)
un ollo ó prato e outro ó/no gato (* ‘estar atento a dúas cousas ó mesmo tempo’)
177
Cazal (1997: 43-44) explica que o carácter ladrón do gato está moi representado no
refraneiro español, mesmo facendo unha comparativa do animal con outros grupos de
persoas ás que tamén se caracteriza como ladroas (Venteros y gatos, todos son latros).
Engade que o gato rouba polos descoidos do ser humano (Lo mal guardado lleva el gato;
Come el gato lo que halla a mal recaudo) (polo rabo da culler vai/sube o gato á ola/ó
pote) e por iso os refráns recomendan estar á espreita (Un ojo al plato y otro al gato) (un
ollo ó prato e outro ó/no gato), pero sen precipitarse (Al gato por ser ladrón no lo eches
de tu mansión) (ó gato por ser lambón non o botes da túa mansión) xa que, como veremos
no apartado dedicado ás relacións entre o gato e o ser humano, este animal sérvelles ás
persoas para manter a casa limpa de roedores.
Noutras ocasións, os refráns fan referencia ó roubo, indicando o que podería ocorrer de
estar presente un gato: ás veces a carne está no prato por falta de gato; non está a carne
no garabato por falta de gato / anque a sardiña está no prato, non é por falta de gato.
As equivalencias castelás destas expresións galegas preséntaas Cazal (1997: 44): A las
veces está la carne en el plato por falta de gato /Por falta de gato está la carne en el
garabato / Estáse la asadura en la clavera, porque el gato no va a ella).
Precisamente a imaxe do animal roubándolles a comida ós seus amos é a que se atopa
detrás das expresións perdón polo gato ladrón (que tamén funciona como referente da
gula na variante perdón polo gato lambón) e [roubar/ladrón] coma un/os gato/s (‘ladrón’),
que animaliza o ser humano nun gato a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE
ROUBA É UN GATO. Estas expresións figuradas representan o roubo no carácter ou
condición do animal. Así mesmo, o carácter atrevido que os galegos lle atribúen ó gato
a través da expresión gato (‘persoa atrevida e desvergonzada’) (A PERSOA ATREVIDA OU
DESVERGONZADA É UN GATO) podería estar relacionado con este costume de roubar a
comida dos donos.
O gato funciona, tamén, como referente de falsidade para os galegos. En ocasións este
significado aparece asociado a comportamentos falsamente devotos (Cazal139, 1997: 44):
cara de beato e unllas de gato/ unllas de gato e cara de beato (* ‘refírese a unha persoa
hipócrita, que non mostra as súas verdadeiras intencións cara ós demais’)
139 O autor mostra os seguintes exemplos do refraneiro de Correas, que gardan relación (algúns máis directa
ca outros) coa expresión figurada galega que rexistramos (cara de beato e unllas de gato/ unllas de gato e
cara de beato): Gato segoviano, colmillos agudos y fíngese santo; Palabras de santo y uñas de gato;
Deciros he palabras de santo y echaros he las uñas como gato; De hombre que anda manso como gato, y
de viento que entra por horado, Dios te guarde.
178
Outra mostra do trazo da falsidade atribuída ó gato encontrámola nun dialoxismo. Neste
caso escóllese a figura do gato e mais da sardiña para mostrar unha relación de falsa
amizade:
bos días! díxolle o gato ás sardiñas (*‘adoita dicirse cando unha persoa mostra un
comportamento hipócrita cara a outra’)
Cazal (1997: 44) apunta que moitas das expresións relacionadas coa hipocrisía ou a
falsidade do animal en castelán empregan preferentemente a gata140 como referente. En
galego non rexistramos tal preferencia polo animal femia, pero si existen expresións en
que é a gata o referente da falsidade:
facer a gata (‘aparentar que se fai’)
facerse a gata morta (‘actuar con finximento e malicia’)
Outros exemplos en que se escolle o comportamento do animal, mais sen implicacións de
sexo, para caracterizalo como falso son
gárdate do gato que non miaña! (‘aparencia de bondade’, ‘hipocrisía’)
gatada (‘acción feita con astucia e disimulo para enganar a alguén’)
o gato acariña co rabo e rabuña coas unllas (‘refrán que critica ás persoas que se
comportan de xeito hipócrita, afagando por diante e atacando por detrás’)
Segundo explica Mariño Ferro (1996: 172) o feito de que se lle atribúa un carácter falso
ó gato garda relación coas crenzas propias da cultura occidental que o vinculan co demo,
polo que o comportamento do animal se identifica directamente cos enganos daquel.
Con relación ó valor da falsidade do gato rexistramos a característica da ingratitude, que
se lle atribúe a través de expresións en que o ser humano se ve animalizado nun gato (A
PERSOA INGRATA É UN GATO):
a amistade do gato boa é, se non rabuña / bo amigo é o gato, se non rabuñara (* ‘fai
referencia á ingratitude de alguén’)
facerlle festas á gata/gato e saltarvos á cara/rabuñaravos (*‘retrata a ingratitude dunha
persoa ante outra que realizou unha boa acción cara a ela’)
As características da maldade e da ruindade relaciónanse directamente coas anteriores.
Para os galegos o gato é un animal que actúa levado por malas intencións e así o reflicten
140 Ofrece exemplos como: La gata de Juan Ramos, cierra los ojos y abre las manos, La gata de Mari
ramos que se hacía mortecina para cazar los ratos; La gata de Mari Ramos, que está muerta y caza los
ratos; La gata de Mari Ramos que se tapaba los ojos por no ver los ratos.
179
as expresións figuradas que crean. Na seguinte expresión o ser humano animalízase nun
gato mediante a metáfora conceptual A PERSOA MALVADA/RUÍN É UN GATO:
[ser] coma un gato con borralla (‘ruindade’)
A imaxe que vehicula esta expresión é a dun gato emborrallado, isto é, sucio e escuro
pola propia borralla que leva enriba. Como vimos no apartado dedicado á descrición do
gato, este é un animal relacionado dende a Idade Media co demo141 (a encarnación do
mal) e como tal, atrae a mala sorte (Mariño Ferro, 1996: 172). En Galicia son os gatos
negros os que traen esa mala sorte ou mal agoiro, por ser tamén o negro a cor do demo.
Así, o gato será portador de mala sorte para unha persoa que o atope fóra da súa casa.
Pero se ademais de atopar un gato negro tamén se lle dá morte, reflectirá nesa persoa o
agoiro da morte (Reigosa et al., 2000: 131). Relacionado con isto, Suárez Cuadros (2006:
166) explica que na maioría dos países de Europa, Asia e América, os gatos de cor escura,
principalmente negra, tamén son considerados malignos. Apunta que existen infinidade
de supersticións relacionadas con eles, así como lendas e contos de tradición oral en que
os seres malvados se transforman en gatos negros.
Por outra parte, cada cultura asocia diferentes valores ás distintas cores. Tal e como
explica Luque Nadal (2012: 131) na cultura occidental a cor negra é símbolo de loito,
morte, angustia, desesperación, mal humor, pesimismo, maldade, mala sorte, do macabro,
do demoníaco etc., todas elas asociacións negativas. Dobrovol’skij e Piirainen (2000: 37)
apuntan que a cor negra é o símbolo do mal en diversos códigos culturais e que por tal
motivo moitas crenzas populares identifican os animais negros (poñen como exemplo o
gato e a serpe) como portadores do mal augurio.
Na nosa opinión, o feito de que se lle atribúa a maldade a un gato con borralla (de cor
escura) pode gardar relación con este tipo de crenzas.
Ademais de relacionar a maldade do animal coa cor negra, os galegos tamén a vinculan
coa cor roxa:
gata roxa/vermella, tal as fai tal as coida/pensa (*‘recomenda andar con conta con
determinadas persoas de dubidosa bondade’)
141 Torres Queiruga e Rivas García (2008: 334) explican que son moitas as crenzas que contan que Satanás
se transforma en animais coma a cobra, a serpe, o gato, o castrón etc. En calquera caso, nun animal que
coma el, sexa negro, nocturno, peludo, traidor ou cheirento. Por outra parte, en Fisterra (A Coruña) existe
a crenza de que aquel que ve un gato negro nunha encrucillada á media noite, o que en realidade está a ver
é o demo transformado en gato que se dispón a esconder un tesouro (Mariño Ferro, 1996: 171).
180
A explicación que ofrece Cazal (1997: 42) sobre o odio ou rexeitamento cara ós de cabelo
roxo está relacionada co mundo relixioso, posto que Xudas, o apóstolo que traizoou a
Xesús segundo conta a Biblia, tiña o cabelo desa cor, de maneira que esta connotación se
estendeu, tamén, ós animais domésticos. Por outra parte, como comprobamos na
descrición do gato, este é un animal que se relacionou coas bruxas dende a Idade Media.
Algúns libros antigos, que se servían de crenzas populares para contrastar a súa
información, identificaban as bruxas con aquelas mulleres que posuían o cabelo vermello
e os ollos verdes142. É probable que os gatos de cor rubia se identifiquen tamén coas
bruxas, pois, do mesmo xeito que se cre que o demo se transforma en gato, tamén as
bruxas o fan para levar a cabo as súas vilanías (Mariño Ferro, 1996: 171). Xa que logo,
todas as crenzas e ideas negativas da sociedade relacionadas coas bruxas revértense tamén
nos gatos de cor rubia.
A característica da astucia coa que os galegos caracterizan o gato garda relación coa
maldade ou a perversidade, posto que as persoas asocian frecuentemente os actos
malvados cunha mente astuta para levalos a cabo. Así, crean expresións como:
gatada (‘acción feita con astucia e disimulo para enganar a alguén’)
Noutras ocasións a astucia do gato destaca por riba da doutros animais que acostuman
presentarse como os seus inimigos:
moito sabe o rato pero máis sabe o gato (‘picardía’)
A astucia está directamente ligada coa intelixencia e esta garda relación coa característica
física da velocidade (característica que, como comprobaremos cando tratemos os aspectos
físicos do gato, os galegos tamén lle atribúen). Para o ser humano as persoas intelixentes
son aquelas que máis rápido comprenden as cousas. Por iso, como xa comentamos no
capítulo do can, a rapidez mental se asocia coa rapidez física, de maneira que os animais
máis veloces son considerados intelixentes (Álvarez de la Granja, 2011: 387).
A precaución e a prudencia son outras das características que destacan os galegos neste
animal. Nas seguintes expresións figuradas galegas dáse un proceso de animalización do
ser humano nun gato a través da metáfora conceptual A PERSOA PRECAVIDA/PRUDENTE É
UN GATO:
142 É o caso do libro Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas) publicado en 1486 por Henrich Kramer
e Jakob Sprenger, un libro que foi considerado durante séculos a biblia da caza de bruxas. Pode verse máis
información ó respecto no documental Malleus Maleficarum de National Geographic:
https://www.youtube.com/watch?v=Bt1NddkM_UE
181
[andar/ir/correr/erguerse/ser] coma o gato polas brasas/ascuas (‘andar/ir con
precaución’)
gato escaldado (‘ser persoa avisada, escarmentada’)
gato escaldado á auga fría ten medo / gato escaldado da auga fría foxe / ó gato escaldado
a auga fría faille dano / ó gato escaldado a auga fría lle fai mal / gato escaldado foxe da
auga (*‘refírese a que cando unha persoa sufriu unha humillación ou algo similar queda
escarmentada’)
Esta prudencia coa que se caracteriza o gato está vinculada probablemente coa relación
de maltrato que sempre sufriu por parte do ser humano. Tal e como explica Cazal (1997:
45-46), o gato adoitaba concentrar todas as culpabilidades do universo doméstico. Deste
xeito, as malas experiencias sufridas polo animal serían o motivo da súa precaución.
Relacionada coas técnicas de caza do gato, está a característica da paciencia. A imaxe
deste animal agardando pacientemente (a ollos do ser humano) a súa presa é a fonte de
creación da seguinte expresión figurada que animaliza o ser humano nun gato mediante
a metáfora conceptual A PERSOA QUE ESPERA PACIENTEMENTE É UN GATO:
[agardar] coma o gato ó rato (‘espreita’)
O gato é, ademais, un referente de fortuna para os galegos. Esta característica apréciase
en expresións como:
[ter sete vidas] coma un gato (‘saír ileso de situacións graves’)
[ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete vidas/folgos] coma un/o/os gato/micho/s (asañados)
(‘durar moito unha persoa’)
caer de pé coma o/s/un gato/s (‘fortuna’)
nacer de pé coma o(s) gato(s) (‘dise de quen ten moita sorte’)
sete vidas ten o gato (*‘dise de alguén que ten boa sorte na vida, concretamente, cando
se libra de situacións difíciles’)
Nestas expresións dáse a animalización do ser humano nun gato a través da metáfora
conceptual A PERSOA AFORTUNADA É UN GATO. É sabido que o gato é un animal que parece
ter moita sorte por saír ileso de certas situacións perigosas, tanto provocadas polo ser
humano como por outros animais (Cazal, 1997: 42). Poida que a explicación de que se lle
atribúan varias vidas ó gato estea en parte nas crenzas que o retratan como o ladrón de
almas infantís. Deste xeito, as vidas que acumula o animal serían as que lles roubou
previamente ós cativos (vid. Guerra, 2011: 486 e Mariño Ferro, 1996: 171).
182
Por outra parte, nas expresións en que se fai referencia ás vidas que ten o gato destaca o
número sete. Este número representa a perfección en varias culturas por ser o número de
días que ten a semana (algo que fai que simbolice a totalidade do espazo e do tempo), as
cores que se poden ver no arco da vella, os planetas coñecidos e outros datos que apunta
Guerra (2011):
Sete eram as maravilhas do mundo, os mares conhecidos, os pecados capitais, e também
o número de esferas celestes – o sétimo Céu era o Paraíso propriamente dito. Deus criou
o mundo em seis dias e buscou repouso no sétimo dia, daí os sete dias da semana e o
shabat dos judeus.
Guerra, 2011: 486
Chevalier (1988: 941-947) explica que na Biblia o número sete é moi representativo e
repítese frecuentemente (só no Antigo Testamento se repite 77 veces). Por iso, en culturas
de relixión católica, como é o caso da galega, escóllese o número sete como
representación da perfección.
Nogueira Santos (2006: 166) explica que tanto os portugueses coma os ingleses conciben
o gato como un animal dotado dunha extraordinaria capacidade de sobrevivir ás
vicisitudes e de escapar dos perigos e engade que «aqueles atribúenlle sete vidas ou sete
fôlegos, mentres que para estes the cat has nine lives. Esta desvantaxe de dous anos do
gato portugués poderá deberse máis ó sentido cabalístico do número sete cá xenerosidade
do inglés para co gato». Piñel López (1997: 266) explica que tanto no castelán como no
alemán resáltase a característica de afortunado no gato e emprégase como referente en
expresións que denotan a boa sorte das persoas que saen «airosas e indemnes de trances
peligrosos»; a única diferenza é que en castelán se emprega a expresión tener siete vidas
como los gatos, tal e como acontece en galego e portugués, mentres que en alemán son
nove as vidas que se lle atribúen.
Outras expresións en que o gato funciona como referente da fortuna constrúense a partir
da imaxe do animal caendo sempre de pé. Este feito débese ás magníficas características
físicas das que está dotado, pois a súa biodinámica adáptase perfectamente ó medio e fai
del un supervivente a ollos do ser humano. Cando un gato cae ó baleiro, o cerebro
transmítelle instantaneamente ó seu corpo a orde de relaxarse e voltearse para caer sobre
as patas (Kemp, 2008: en liña); algo que o ser humano valora por ser unha característica
única do gato, entre os demais animais domésticos que coñece.
183
Probablemente a conxunción do carácter máxico atribuído ó gato con estas características
físicas, que garanten a súa supervivencia en situacións en que os seres humanos ou outros
animais morrerían, explican que se converta nun referente da fortuna tanto na sociedade
galega como noutras culturas.
Outra característica do gato na que se fixan os galegos é a preguiza. Cualifícano como
un animal preguiceiro e ocioso probablemente porque ten o costume de estar deitado ó
sol ou ó carón do lume e porque, ó contrario do que acontece con outros animais propios
da casa galega (o burro, a vaca, o boi, a galiña...), non ten unha «función doméstica»
determinada (aínda que se presupoña que é o encargado de aniquilar os roedores da casa).
As expresións que denotan esta característica son as seguintes
[andar/estar folgado /preguiceiro] coma un gato (‘preguiza’)
[estar] coma o gato borrallento / micho esborrallado143 (‘comodidade’)
[estar] coma o gato panza arriba (*‘estar sen facer nada’)
[mornear ó sol] coma un gato (* ‘deitarse ó sol’)
facer a gata/gatada (‘faltar á escola’)
Estas expresións constrúense a través da metáfora conceptual A PERSOA PREGUICEIRA É
UN GATO.
A fogosidade é outra das características do gato destacadas polos galegos. Tal e como
explica Valladares Núñez (1884: en liña) os gatos «son muy dados al amor y, en él, las
hembras quienes provocan á los machos con gritos desentonados», o que explicaría que
a figura da gata femia se faga explícita en varias das expresións que denotan fogosidade.
O comportamento da gata, que morde ó macho na noca ou no ventre como xogo de
excitación, tamén pode xustificar a aparición do animal femia como referente.
Así, nas seguintes construcións figuradas pódese ver como o ser humano aparece
animalizado nun gato a través da metáfora conceptual A PERSOA FOGOSA É UN GATO:
[andar (ás celeiras)] coma as gatas (xaneiras) (* ‘andar na procura de parella amorosa’)
[andar á xaneira] coma os gatos / [andar] coma os gatos á xaneira/en xaneiro / [andar]
coma gatos cando andan á xaneira/os gatos en xaneiro / [andar tan rabichado] coma o
gato no xaneiro (* ‘andar na procura de parella amorosa’)
143 En Valladares Núñez (1984: s.v. borralleiro) observamos que esta palabra se adoita aplicar á persoa,
can ou gato que esta continuamente xunto ó lume ou a cinza; e que anda continuamente entre as olas. Do
mesmo xeito, en Rodríguez González (1958-1961: s.v. borralleiro) caracteriza con esta palabra á persoa
que non sae do lume e que lle gusta quentarse canda el.
184
gata polbeira (‘muller que non se atén, no plano sexual, ós usos morais ou sociais
establecidos’)
Por outra parte, os galegos ven o gato como un ser agresivo e crean expresións nas que o
ser humano se animaliza neste animal a través da metáfora conceptual A PERSOA
AGRESIVA É UN GATO; que á súa vez provén doutras como A PERSOA IRADA É UN ANIMAL
ou A CONDUTA FURIOSA É A CONDUTA DUN ANIMAL AGRESIVO (Kövecses, 2000):
[fero] coma gato de sobrado144 (* ‘moi fero’)
Esta fereza do gato agóchase, tamén, detrás da expresión:
[acedo] coma o rabo de/ dun gato (‘moi acedo [alimentos que xa non serven para comer,
que están derramados porque están acedos]’)
O feito de que se caracterice o rabo do gato como «acedo» fai que ese mesmo significado
se traslade de xeito metafórico ós alimentos145.
Existen tamén algunhas expresións que mostran o comportamento do gato con outras
persoas ou con outros animais e que translocen agresividade:
[agadañar/rabuñar] coma un/o micho/gato (* ‘mostrarse agresivo con alguén’)
[agarrarse] coma dous gatos (‘liorta’)
[defenderse] coma un gato boca arriba146 (*‘defenderse contra un ataque’)
tarde se arrepinte o rato, cando xa está na boca do gato (‘remedio serodio’)
Noutros casos é a gata a que se emprega concretamente como referente da fereza ou da
agresividade:
[fera/alporizada/pórse/botarse] coma unha gata [contra alguén] (‘agresividade’, ‘fero’,
‘ira’)
amor das gatas entra e sae a rabuñadas / os amores dos gatos comezan maiando e
acaban rabuñando (* ‘fai referencia ás relacións amorosas difíciles’)
144 Cazal (1997:45) caracteriza o gato como un animal arisco, áspero e mal tratable a partir da expresión
castelá ser como gato de desván. 145 Neste caso concreto podería pensarse que a expresión provén da planta medicinal que recibe o nome de
rabo de gato e que ten numerosas propiedades terapéuticas (Lorenzo Fernández, 1962: 164), mais o feito
de que a expresión figurada se forme empregando un indefinido ([acedo] coma o rabo dun gato) identifica
o animal como referente da expresión e non a planta. Este é o motivo polo que cremos que é o
comportamento do animal e non o sabor acedo da planta o referente desta expresión, aínda que non
descartamos o feito de que a expresión figurada se puidese formar, primixeniamente, a partir do nome da
planta e, co paso do tempo, os galegos pasasen a identificar o animal na expresión. 146 Sanz Martín (2012: 130) explica que a locución como gato boca arriba ten a súa motivación no
enfurecemento que experimentan os gatos ó seren colocados boca arriba.
185
Os ruídos que emite o gato son tamén evocadores da súa agresividade para os galegos, de
maneira que estes constrúen expresións en que se animaliza o ser humano nun gato
mediante o referente do ruído do animal e que serven para mostrar o enfado dunha persoa:
[bufar] coma un gato (*‘mostrar alguén o seu enfado’)
[facer fu] coma o gato (‘ira’)
Outro elemento que evoca a agresividade do animal son as súas uñas (Cazal, 1997: 41).
Estas destacan por ser grandes, curvas e retráctiles, ideais para capturar presas e para que
o gato se poida defender (Burnie, 2002: 208). Os galegos reparan nesta parte do corpo do
animal para construíren expresións en que se animaliza o ser humano nun gato, mediante
a imaxe do animal defendéndose: o gato saca as unllas, cando llas buscan/cando llas ha
mester (‘indica que hai que defenderse cando é necesario’).
Mais a pesar de ser o gato un referente de agresividade para os galegos tamén o é de
ledicia e de inxenuidade, concretamente cando este aínda é cachorro:
[contento] coma micho con axóuxere (‘ledicia’)
[ser á boa fe /abofé] coma os gatos pequenos (‘inxenuidade’)
Deste xeito o ser humano vese animalizado nun gato a través das metáforas conceptuais
A PERSOA CONTENTA É UN GATO PEQUENO e A PERSOA INXENUA É UN GATO PEQUENO,
respectivamente.
Outra característica correspondente ó carácter ou condición do gato é a de soidade, ligada
á súa independencia. Tal e como explica Sanz Martín (2012: 33) o gato, en contraste co
can, que adoita ser un animal dependente do seu amo, asóciase frecuentemente coa
independencia. Esta é unha idea que se relaciona directamente co desapego felino cara ó
amo, algo que, segundo di a autora, «genera la situación conceptualizada en la que el
animal suele salir del ámbito doméstico». Os galegos son conscientes deste carácter
independente do gato e dos seus costumes solitarios (Perozo, 1999:496) e así o reflicten
na expresión:
gato celeiro non quere compañeiro (‘indica a soidade de alguén’)
Esta expresión reflicte, tamén, de xeito indirecto, os costumes solitarios de caza do
animal. O gato celeiro é aquel que caza precisamente no celeiro, lugar onde se gardan as
colleitas147 nas casas galegas e, polo tanto, onde entran os ratos.
147 DRAG, 2012: s. v. celeiro.
186
Outra característica do gato destacada polos galegos, e que garda certa relación coa da
independencia, é a de noctambulismo. A idea conceptualizada de que os gatos, por seren
independentes, adoitan saír máis que outros animais do ámbito doméstico está asociada ó
nocturno e á oscuridade (Sanz Martín, 2012: 134). Deste xeito, o gato é seleccionado
antes que calquera outro animal doméstico para facer referencia á noite e á confusión que
produce a súa escuridade:
de noite todos os gatos son pardos (‘expresión que indica que na escuridade todo se
confunde’)
Mariño Ferro (1996: 170) explica que o gato demostra un apego especial cara á casa dos
amos e non adoita abandonala, cando menos non durante moito tempo, sen ningún motivo
aparente. Sinala que na cultura occidental se cre que o feito de que o gato abandone o
fogar por un grande espazo de tempo, ou de xeito definitivo, é preludio da morte de alguén
dos que viven nesa casa. Así e todo, o autor explica que o gato, aínda que caseiro, non
soporta o feito de vivir pechado, pois é un animal independente que ama a liberdade e
adoita saír polas noites; de aí a relación do animal coa noctambulismo.
Por último, destaca a condición de insignificancia que os galegos lle atribúen ó gato
mediante a expresión:
catro gatos (‘moi pouca xente’)
Neste caso prodúcese unha animalización do ser humano a través da metáfora conceptual
A PERSOA INSIGNIFICANTE É UN GATO (Brumme, 2006: 11). A motivación da expresión
podería atoparse no comportamento independente do gato, tal e como defende Sanz
Martín (2012: 33), posto que ó ser este un animal que abandona frecuentemente o fogar,
con máis asiduidade ca outros animais domésticos, o ser humano identifícao con alguén
que pode aparecer en calquera sitio. Por outra parte, esta caracterización do animal está
ligada coa ‘mala valoración’ que fan os galegos del e que veremos no apartado
correspondente.
6.2.1.2 Características físicas
A continuación mostraremos as expresións figuradas das que podemos extraer
características físicas que o ser humano destaca no gato.
Este animal caracterízase en primeiro lugar por ser veloz, xa que está dotado dunhas
potentes patas que o propulsan a unha velocidade aproximada de 48,28 quilómetros por
187
hora (Kemp, 2008: en liña). Por iso, os galegos constrúen expresións figuradas en que o
gato funciona como referente da velocidade de maneira que, en moitas ocasións, unha
persoa que foxe, ou que simplemente camiña apurada, se animaliza nun gato a través da
metáfora conceptual A PERSOA RÁPIDA É UN GATO (proveniente da metáfora conceptual
superior A PERSOA RÁPIDA É UN ANIMAL, vid. Iñesta e Pamies, 2002: 201):
[(andar) apurado/á presa] coma un gato (con sete148 liviáns) (*‘levar moita présa’)
[escapar/fuxir/ir/ter medo] coma gato escaldado (polas/por/sobre brasas) (‘facelo ás
présas, xeralmente para evitar un risco’)
[saír facendo fu] coma o gato (‘fuxida’)
[saltar] coma un gato (‘rápido’)
a fu de gato (* ‘fai referencia a quen vai a toda velocidade’)
Outra das características físicas do gato destacadas nas expresións figuradas galegas é a
súa axilidade. Nestas expresións o ser humano animalízase nun gato mediante a metáfora
conceptual A PERSOA ÁXIL É UN GATO:
[áxil] coma un gato (* ‘moi áxil’)
[agatuñar/subir] coma un/os gato/s (de pena en pena) (* ‘agatuñar ou subir con grande
axilidade’)
[poñerse de pé] coma os gatos (‘flexibilidade’)
[saltar] coma un gato (‘rápido’)
Unha calidade física do animal, que ademais está intimamente relacionada co ámbito
temático da fortuna, é a da resistencia. Deste xeito, polo mesmo motivo que os galegos
consideran afortunado ó gato, tamén o consideran resistente, posto que sae ileso das
situacións máis perigosas. Os galegos crean expresións figuradas en que destacan a
resistencia do gato e animalizan o ser humano a través da metáfora conceptual A PERSOA
RESISTENTE É UN GATO:
[ter sete vidas] coma un gato (‘saír ileso de situacións graves’)
[ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete vidas/folgos] coma un/o/os gato/micho/s (asañados)
(‘durar moito unha persoa’)
sete vidas ten o gato (* ‘dise de alguén que ten boa sorte na vida, concretamente, cando
se libra de situacións difíciles’)
148 De novo, volve ser o número sete, número da perfección na cultura occidental, o escollido (neste caso
para contabilizar o número de liviáns que ten o gato).
188
Esta calidade parece ser o resultado da conxunción das súas magníficas características
físicas (equilibrio, axilidade, velocidade, ouvido, visón nocturna, destreza para a caza),
que o converten nun animal realmente resistente, unha característica que o aparta, con
diferenza, doutros animais domésticos da casa galega.
Outra característica física que os galegos destacan do gato e a súa sucidade. Deste xeito,
nas expresións figuradas galegas o gato funciona como referente da sucidade a partir da
imaxe do animal emborrallado, por andar continuamente xunto ó lume da lareira e as
cinzas desta, buscando a calor149: [estar] coma o gato borrallento / micho esborrallado
(‘sucidade’). Nesta expresión prodúcese a animalización do ser humano a través da
metáfora conceptual A PERSOA SUCIA/EMBORRALLADA É UN GATO. Mais a sucidade do
gato tamén se ve representada nas expresións figuradas galegas a través dos seus hábitos
de limpeza150. A imaxe do gato que lambe as partes do seu corpo para asearse é
interpretada polos galegos como unha limpeza insuficiente, de xeito que crean expresións
en que o ser humano se ve animalizado nun gato (A PERSOA QUE SE LAVA MAL É UN GATO)
cando a súa limpeza se considera, tamén, insuficiente:
[lavarse] coma (os) gatos (‘lavarse á présa e só superficialmente’)
a limpeza do gato (‘dise cando un se lava mal ou cando a limpeza é insuficiente’)
Por outra parte, o gato é para os galegos un referente da gordura, algo que se relaciona
estreitamente co seu carácter lambón. Mais, neste caso concreto, o que determina ou non
a gordura do animal son os coidados e atencións que lle poida proporcionar o ser humano.
Como comentamos no apartado dedicado á gula, antigamente as persoas con máis poder
económico nunha aldea ou vila eran os abades, polo que había nas súas vivendas fartura
dabondo como para alimentar ben os animais domésticos. Así cobra sentido a expresión
[gordo] coma o gato dun abade (‘gordura’). Nela, o ser humano vese animalizado nun
gato a partir da metáfora conceptual A PERSOA GORDA É UN GATO.
Para rematar este apartado sobre as características físicas, destacamos dúas expresións
figuradas galegas que se forman tomando como referentes os ruídos do gato,
concretamente ‘bufar’ e ‘miar/miañar’. Como xa comentamos, os sons que emiten os
149 Vid. Rodríguez González, 1958-1961: s.v. borralleiro . 150 Mariño Ferro (1996: 172) sinala que en Cantabria se interpreta o aseo do gato como preludio da chuvia,
mentres que noutros lugares da xeografía española, como Galicia, Salamanca, Estremadura ou Aragón,
anuncia unha visita na casa. Esta interpretación concorda coa dos nosos veciños portugueses. Mãças (1950:
315) explica que, na cultura portuguesa, se o gato se lava coa pata por diante das orellas anuncia unha
«visita sem cerimónia», mentres que se o fai coa pata por detrás das orellas será unha «visita de cerimónia»;
explica, tamén, que se este se lava empregando a pata dereita, a visita na casa será dun home.
189
animais son moi produtivos na creación de expresións figuradas, de maneira que se lle
atribúe un son concreto a unha faceta característica do animal; esta serve despois para
caracterizar o ser humano a través dunha expresión figurada. Neste caso concreto,
destácase a característica de ‘enfado’ e de ‘queixa’:
[bufar] coma un gato (* ‘refírese ó estado de enfado de alguén’)
miar/miañar (‘laiarse unha persoa, miañar’)
6.2.2 Relacións
Neste apartado centrarémonos nas expresións figuradas que se forman tomando como
referentes as relacións que se establecen entre o home e o animal, así como as que se dan
entre o gato e outros gatos ou entre este e os demais animais.
6.2.2.1 Home-animal
Entre as expresións que retratan unha relación entre o ser humano e o animal destaca a
utilidade que os galegos ven no gato, a pesar de non ser concibido como un animal moi
traballador, posto que, como vimos, tamén é referente da preguiza. Pero o certo é que o
gato lle é útil ó ser humano, como xa comentamos, para desfacerse de roedores. Tal e
como explica Rodríguez González (1958-1961: en liña), «el gato se encuentra en la
compañía del hombre porque éste lo necesita para oponerlo a otro enemigo doméstico
más incómodo, cual es el ratón, difícil de ahuyentar o extirpar». Cazal (1997: 49) indica
que hai séculos, en España, a relación do gato co home se podía reducir só á súa utilidade,
pois considerábao unha «máquina de cazar ratos»151. Fraguas (1965: 243) caracteriza o
gato como o «gardián dos fogares» e destaca precisamente nel esa función de cazar ratos.
Certas características físicas que posúe o gato, como a velocidade, a axilidade, a visión
nocturna e unha excelente audición152 fan del un magnífico e eficaz cazador (Kemp, 2008:
en liña). Tal e como explica Burnie (2002: 208), ten diferentes técnicas de caza moi
desenvolvidas, pois tanto pode perseguir activamente a súa presa como esconderse e
151 Cazal (1997: 49) engade que o gato tiña, xa no século XVII, o defecto de ser ladrón e explica que a
cantidade de refráns que existen en castelán nos que se evidencia o gato como ladrón parecen indicar que
o ser humano non o alimentaba precisamente para estimular as súas dotes de cazador, polo que a súa
utilidade aumentaba. 152 Os gatos son capaces de ouvir frecuencias máis altas incluso que os cans, o que lles permite detectar os
sons ultrasónicos emitidos polos roedores e outras presas pequenas. Por outra parte, os reflectores dos seus
ollos aumentan a cantidade de luz que lles traspasa a retina, o que permite que teñan unha capacidade de
visión nocturna excelente para localizar as presas (Kemp, 2008: en liña).
190
esperar a que a vítima veña ó seu encontro; incluso pode combinar os dous métodos.
Ademais, o seu pelo sérvelle de camuflaxe para non ser visto pola súa presa.
Nas expresións figuradas que rexistramos en galego co referente da utilidade do gato
prodúcese unha animalización do ser humano nun gato a través das metáforas conceptuais
A PERSOA QUE VIXÍA CON ATENCIÓN É UN GATO e A PERSOA QUE USA MEDIOS IMPROPIOS É
UN GATO CON BOTAS/LUVAS, respectivamente:
[gardar a casa] coma un gato (‘vixiar’)
gato con botas/guantes/luvas non caza (rato/s) (‘refírese a que para cada tarefa hai que
contar cos medios necesarios e non pretender refinamentos impropios e inútiles, máis
aínda cando non se está acostumado a eles’)153
Aínda dentro deste ámbito temático da utilidade rexistramos algunhas expresións
figuradas que se forman tomando como referente a non utilidade do animal, precisamente
cando se ven minguadas as súas habilidades para a caza:
gato que moito miaña nunca moito caza/poucos ratos caza / gato maiador, nunca foi
rateador/nunca bo cazador / gato maiador non é bo cazador (*‘expresión de crítica a
quen fala moito pero despois non leva a cabo os seus plans’)
Tanto as expresións que fan referencia á utilidade como as que denotan a inutilidade deste
animal están relacionadas coa súa destreza para a caza. Deste xeito, o gato seralle útil ó
ser humano se caza de maneira efectiva, pero será inútil se non desenvolve ese labor.
Outra das relacións que se establece entre o ser humano e o gato é a do control, unha
vinculación entre ambos os dous, en que o ser humano representa a superioridade e/ou
autoridade sobre o gato. A partir desta relación os galegos conceptualizan unha situación
en que se dá unha xerarquía similar:
eu mando ó meu gato e o meu gato manda ó seu rabo (‘autoridade’)
6.2.2.2 Animal-animal
Entre as expresións figuradas nas que se mostra a relación do gato con outro animal
destaca, principalmente, a inimizade. A súa relación co can é, como comentamos no
capítulo dedicado a este animal, o exemplo prototípico de inimizade, posto que o feito de
153 Mariño Ferro (1996: 173) sinala que «En Galicia y en Francia se dice que el gato sin bigotes no caza
ratones» e argumenta que a explicación que dá sentido a esta expresión está en que o bigote lles serve para
orientarse na oscuridade e así poder cazar mellor. Nas expresións que rexistramos no noso corpus faise
referencia ás botas ou ás luvas do animal, mais non ós seus bigotes. Deste xeito, nelas tómase como
referente o carácter cazador do gato comportado a través das súas garras e non do seu olfacto.
191
que sexan os mellores representantes da categoría de animais domésticos (Sanz Martín,
2012: 130) e de que con frecuencia mostren agresividade mutua fai que os galegos os
escollan para crear expresións que denotan algún tipo de animadversión entre persoas. As
expresións galegas que teñen como referente a inimizade do can e mailo gato créanse
mediante a imaxe destes animais pelexando. Nelas dáse a animalización do ser humano a
través da metáfora conceptual AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON ANIMAIS e, máis
concretamente, AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON CANS E GATOS:
[de acordo] coma can e gato (‘aplícase ós que se levan mal’)
[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o) can(s) e (o)(mailo) gato(s) (‘levarse mal entre
eles, pelexar continuamente’)
amigos coma o can e o gato, que comen no mesmo prato (‘amizade perigosa’)
sogra e nora e can e gato non comen ben nun mesmo prato / o can e o gato non os poñas
no mesmo prato (‘inimizade’)
Este tipo de expresións que reflicten a inimizade xorden, tamén, da imaxe do gato co rato,
por ser o primeiro o depredador natural do segundo (Cazal, 1997: 47). Así, en galego
atopamos expresións en que os seres humanos se animalizan en gatos e ratos a través da
metáfora conceptual AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON GATOS E RATOS: o rato e o gato
non comen no mesmo prato (‘inimizade’).
Noutros casos, créanse expresións figuradas co referente do gato e mais do rato a partir
da imaxe da liberación que sente o segundo cando o primeiro falta da casa:
cando o gato non está, os ratos bailan / na casa que non hai gatos, campan os ratos/non
faltan ratos (*‘fai referencia á ausencia dunha autoridade, ó arriscado que resulta, ás
veces, desatender unha responsabilidade ou simplemente baixar a garda’)
Todas estas expresións figuradas teñen en común unha situación conceptualizada en que
existe unha relación antagónica entre dous animais (Sanz Martín, 2012: 130) que ademais
son comúns na casa galega, xa sexa entre o can e o gato ou entre o gato e o rato. Porén,
rexistramos, tamén, un caso en que a inimizade se ve representada a través de dous
animais iguais e en que o ser humano se ve animalizado nun gato a través da metáfora
conceptual AS PERSOAS QUE SE LEVAN MAL SON GATOS:
[agarrarse] coma dous gatos (‘liorta’)
Ó igual que acontece nas relacións de inimizade que se dan entre cans
([levarse/discutir/reñer] coma cans) é frecuente que o ser humano presencie pelexas entre
192
dous gatos, xa sexa pola comida ou polo cortexo dunha femia, e a partir desa imaxe cree
expresións figuradas que retratan unha situación de inimizade entre persoas.
Un ámbito temático que garda relación coa inimizade é o da rivalidade. A rivalidade,
entendida como unha ‘relación de competencia existente entre rivais’ (RAG, 2012: s. v.
rivalidade), adoita darse entre seres que, en principio, teñen as mesmas posibilidades de
saíren gañadores nunha situación dada. Así, os galegos crean expresións figuradas como
calquera gato sente que outro o rabuñe (‘molestia’) en que se animaliza o ser humano
nun gato a partir da metáfora conceptual AS PERSOAS RIVAIS SON GATOS.
6.2.3 Valoración
Por último, os galegos crean expresións figuradas en que se percibe tanto a boa
valoración como a mala valoración do gato, aínda que en ambos os dous casos por
contraste con outros seres. O primeiro valor achégase a través da expresión figurada máis
vale ser cabeza de rato ca rabo de gato (‘superioridade xerárquica’). A expresión
significa ‘máis vale ser o primeiro dos últimos que o último dos primeiros’, o que implica
unha valoración positiva do gato fronte ó rato. Pero cando o gato se contrapón ó home,
neste caso a través da expresión un home é un home e un gato é un bicho (* ‘fai referencia
a unha persoa valente’), o gato, evidentemente, sae perdendo.
6.3 Recompilación e análise das enquisas
O gato é o segundo animal con máis número de incidencia de aparición nas expresións
figuradas galegas que rexistramos no noso corpus. A partir da análise destas 90 expresións
figuradas comprobamos que os galegos destacan os seguintes valores do carácter ou da
condición do gato: ‘gula’ (15), agresividade/fereza/voracidade’ (11), ‘falsidade’ (7),
‘preguiza/ociosidade’ (5), ‘fortuna’ (5), ‘fogosidade’ (3), ‘precaución’ (3),
‘maldade/ruindade’ (2), ‘astucia’ (2), ‘roubo’ (2), ‘ingratitude’ (2), ‘paciencia’ (1),
‘atrevemento’ (1), ‘ledicia’ (1), ‘inxenuidade’ (1)154, ‘soidade/independencia’ (1),
‘noctambulismo’ (1) e ‘insignificancia’ (1).
Canto ás características físicas os galegos resaltan no gato a ‘velocidade’ (5), a
‘axilidade’ (4), a ‘resistencia’ (3) , a ‘sucidade’ (3), os ‘ruídos’ (2) e a ‘gordura’ (1).
Polo que se refire ás relacións que se dan entre o gato e o ser humano salientamos a
‘utilidade’ (3) do animal en canto á caza e o ‘control’ (1) do ser humano sobre o animal.
154 As características da ‘ledicia’ e da ‘inxenuidade’ asócianse con exemplares felinos de curta idade.
193
Canto ás relacións que se dan entre o gato e outros animais destaca a ‘inimizade’ (7)
(normalmente co can, pero tamén co rato e con outros gatos). Ademais, entre gatos
rexistramos a característica da ‘rivalidade’ (1).
Por último, canto á valoración directa do gato, os galegos destacan tanto a ‘mala
valoración’ (1) como a ‘boa valoración’ (1) do animal mediante a comparación deste co
ser humano e co rato, respectivamente.
Se comparamos os nosos datos cos extraídos do estudo feito tamén sobre o galego por
Ferro Ruibal (2008: 144), vemos que todos os trazos destacados polo autor están presentes
na nosa análise. O autor caracteriza o gato como ‘afortunado’, con ‘resistencia física’,
‘áxil’, ‘larpeiro’. ‘preguiceiro’, ‘agresivo’, ‘ladrón’ e ‘inimigo do can’.
Atendendo, agora, á clasificación que fan os galegos do gato a través da pregunta VI das
nosas enquisas orais e electrónicas, en que se lles pide ós enquisados que ofrezan un ou
varios adxectivos que caractericen tanto o gato coma a gata, recompilamos os seguintes
valores asociados con este animal:
Caracterización
o Carácter/condición: ‘independentes’ (57), ‘intelixentes’ (45), ‘falsos’
(38), ‘preguiceiros’ (23), ‘desconfiados’ (19), ‘cariñosos/tenros’ (18),
‘mansos/dóciles’ (16), ‘feros/agresivos’ (10), ‘esquivos’ (10),
‘presumidos’ (10), ‘astutos’ (7), ‘egoístas’ (6), ‘parvos’ (5), ‘malos’ (4),
‘puta/buscona’ (4155), ‘interesados’ (3), ‘nocturnos’ (3), ‘curiosos’ (3),
‘alegres’ (3), ‘ingratos’ (3), ‘pasan boa vida’ (3), ‘prudentes’ (3),
‘covardes’ (2), ‘afortunados’ (2), ‘ladróns’ (2), ‘fieis’ (2), ‘enigmáticos’
(2), ‘hipócritas’ (1), ‘caprichosos’ (1), ‘impredicibles’ (1), ‘rebuldeiros’
(1), ‘rebelde’ (1), ‘protectora’ (1156), ‘valentes’ (1).
o Características físicas: ‘áxiles’ (34), ‘limpos’ (9), ‘fermosos’ (4),
‘resistentes’ (3), ‘veloces’ (3), ‘sucios’ (1), ‘ruidosos’ (1).
Relacións
o Home-animal: ‘cazadores’ (11), ‘compañeiros’ (6), ‘inútiles’ (2).
155 Todas estas respostas caracterizan o animal femia. 156 Esta resposta caracteriza concretamente a gata.
194
Na pregunta II desta mesma enquisa, en que se lles pide ós informantes que nomeen
animais a partir dunha serie de adxectivos ou frases verbais, os galegos asígnanlle ó gato
os seguintes valores: ‘leva a mellor vida’ (105), ‘preguiceiro’ (100), ‘falso’ (95),
‘arrogante/fachendoso’ (60), ‘intelixente’ (37), ‘covarde/medorento’ (32), ‘fiel’ (9),
‘agresivo’ (8), ‘parvo’ (5), ‘leva a peor vida’ (3).
Por último, a partir da pregunta III da dita enquisa, en que as persoas informantes deben
completar con nomes de animais 10 expresións comparativas incompletas, extraemos os
seguintes valores que os galegos asocian co gato: ‘ten sete vidas’ (299), ‘cae de pé’ (274),
‘manso’ (200), ‘pasa fame’ (3), ‘veloz’ (3), ‘promiscua’ (2157).
Polo que respecta ás características referidas ó carácter e condición do gato, observamos
que os datos extraídos destas enquisas coinciden coas expresións figuradas analizadas nos
valores de: ‘falsidade’ (134158), ‘preguiza/ociosidade’ (123), ‘soidade/independencia’
(57), ‘fereza/agresividade’ (18), ‘astucia’ (7), ‘fogosidade’ (6), ‘maldade/ruindade’ (4),
‘ledicia’ (4), ‘precaución’ (3), ‘ingratitude’ (3), ‘noctambulismo’ (3), ‘fortuna’ (2159) e
‘roubo’ (2). Existen, tamén, certos valores do gato sinalados polos enquisados que gardan
relación (>) coas características extraídas das expresións figuradas analizadas: ‘boa vida’
(108) (> ‘preguiza/ociosidade’); ‘intelixencia’ (82) (> ‘astucia’); ‘fame’ (3) (> ‘gula’);
‘valentía’ (1) (> ‘atrevemento’) e ‘rebeldía’ (1) (> ‘soidade/independencia’).
Ademais, algúns valores extraídos da análise das expresións figuradas, aínda que pouco
representados nelas, non teñen equivalencia na valoración que fan os informantes do gato
nas enquisas. Falamos de valores como: ‘insignificancia’, ‘inxenuidade’ e ‘paciencia’
(lembremos que o trazo da inxenuidade se asocia en realidade coas crías de gato). Do
mesmo xeito, os informantes das enquisas destacan características do gato que non se ven
representadas nas expresións figuradas analizadas: ‘arrogancia/presunción/fachenda’
(70), ‘covardía’ (34), ‘desconfianza (19), ‘esquiveza’ (10), ‘egoísmo’ (6), ‘curiosidade’
(3), ‘interese’ (3), ‘enigma’ (2), ‘impredicibilidade’ (1), ‘capricho’ (1) e ‘protección’
(1)160.
Por outra parte, rexistramos nas enquisas valoracións do gato que se opoñen (≠) ás
características que extraemos das expresións figuradas analizadas:
157 Fan referencia ó animal femia. 158 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘hipócrita’ (1) e ‘falso’ (133). 159 O valor da fortuna garda relación, tamén, coas 299 respostas que asocian ó gato co feito de ter sete
vidas. 160 Referido unicamente á gata.
195
‘mansedume/docilidade’ (216) (≠ ‘agresividade/fereza’); ‘cariño/tenrura’ (18) (≠
‘agresividade/fereza’); ‘fidelidade’ (11) (≠ falsidade’) e ‘mala vida’ (3) (≠ ‘ociosidade’).
Tamén dentro das propias enquisas orais e electrónicas rexistramos caracterizacións do
gato opostas como a ‘boa vida’ (108) ≠ ‘mala vida’ (3) e a ‘astucia’ (7) ≠ ‘estulticia’ (10).
Canto ás características físicas, os valores que coinciden entre as enquisas e as expresións
figuradas analizadas son a ‘axilidade’ (308161), a ‘resistencia’ (302162), a ‘velocidade’ (6),
os ‘ruídos’ (1) e a ‘sucidade’ (1). A única característica física que rexistramos nas
expresións figuradas que non ten representación nas enquisas realizadas é a ‘gordura’.
Por outra parte, nas enquisas sinálase a característica da ‘fermosura’ (4), que non ten
representación nas expresións figuradas, e a da ‘limpeza’ (9), que contrasta (≠) coa
‘sucidade’ da que o gato é referente nas expresións figuradas analizadas e tamén, de xeito
máis minoritario, nas enquisas.
Polo que se refire ás relacións que se establecen entre o ser humano e o gato só un dos
valores das enquisas coincide cos extraídos das expresións figuradas analizadas: a
‘utilidade’ (11) deste para a caza. O resto dos valores que se refiren ás relacións entre
humanos e gatos non coinciden entre as expresións figuradas (‘control’) e as enquisas
(‘compañeiro’ (6), ‘inútil’ (2)). As características que dan conta das relacións que se dan
entre o gato e outros animais, así como as que valoran o gato sen maior nivel de
concreción, só teñen representación nas expresións figuradas analizadas.
O que nos chama especialmente a atención desta comparativa son as oposicións
semánticas entre as características apuntadas polos informantes das enquisas
(centrámonos concretamente nas que se repiten cinco veces ou máis) e as extraídas das
expresións figuradas,así como a ampla representación nas enquisas dalgúns trazos
ausentes na nosa análise. Falamos de valores como ‘mansedume/docilidade’ (216),
arrogancia/presunción/fachenda’ (70) ‘covardía’ (34), desconfianza (19), ‘cariño/tenrura’
(18), esquiveza’ (10), ‘fidelidade’ (11), ‘ ‘estulticia’ (10), ‘limpeza’ (9)
,compañeirismo’(6) ‘e ‘egoísmo’ (6).
As imaxes do gato sobre as que se asentan as expresións figuradas analizadas extráense,
como tamén ocorría coas expresións que tiñan o can como referente, de escenarios rurais
do pasado, en que o gato era un cazador de ratos con hábitos de vida en boa medida
161 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘áxil’ (34) e ‘cae de pé’ (274). 162 Esta cantidade é o resultado da suma dos valores de ‘resistente’ (3) e ‘ten sete vidas’ (299).
196
diferentes dos actuais. Hoxe en día, o mesmo que sucedía co can, o gato é esencialmente
unha mascota, un animal de compañía, de xeito que convive co seu amo dun xeito máis
estreito ca en tempos pasados (especialmente, aínda que non só, na sociedade urbana).Por
tal motivo collen sentido valores como o de ‘compañeirismo’ fronte ó da ‘independencia’,
o de ‘cariño/tenrura’ e mansedume/docilidade fronte a ‘agresividade/fereza’ ou o de
‘fidelidade’ fronte a ‘falsidade’ (lémbrese, con todo, que a independencia, a agresividade
e a fidelidade están tamén moi presentes nas enquisas).
Cremos, por outro lado, que a abondosa presenza do trazo da
arrogancia/presunción/fachenda nas enquisas (ou mesmo, a presenza da esquiveza, da
desconfianza ou do egoísmo), fronte á súa ausencia nos valores extraídos das expresións
figuradas, pode explicarse apelando a unha xustificación similar. Cando o animal se
converte nunha mascota, nun animal de compañía, o trazo da independencia, ou mesmo
da ingratidude, que se lle atribúe ó animal pode ser interpretado como arrogancia (ou
egoísmo, esquiveza, desconfianza) en relación co compañeiro humano. No ámbito rural
en que se xeraron as expresións, pola contra, tal intepretación tería menos sentido, posto
que o gato era esencialmente un cazador de ratos, non un animal que debía facer compañía
ó seu amo.
A covardía atribuída ó gato nas enquisas pode atopar tamén a súa explicación na
modificación dos hábitos. O gato, animal cazador, percíbese na sociedade galega como
un animal agresivo, depredador de ratos. Ó converterse en animal de compañía e
minimizarse en boa medida esa dimensión cazadora, poden potenciarse no imaxinario
galego outros comportamentos considerados covardes, esencialmente os relativos á
fuxida instintiva do gato diante do can. A perda para moitos da referencia cazadora do
gato, en que mostra a súa habilidade e «astucia», así como a potenciación da dimensión
doméstica, en que o gato se mostra moitas veces pouco «obediente» co amo (fronte ó can,
vid. infra a cita de Nogueira Santos), tamén pode estar na base da atribución ó animal por
parte dalgúns falantes do trazo da estulticia.
No que respecta á característica da ‘limpeza’, que non se reflicte nas expresións figuradas
galegas, pero si nas enquisas orais e electrónicas, se observamos a procedencia dos
informantes comprobamos que das nove respostas que se deron, seis corresponden a
persoas que afirman vivir nun ámbito urbano e tres nun ámbito rural. A imaxe do animal
lambéndose é o que motiva o trazo da limpeza na caracterización do animal e, se a isto
engadimos o feito de non vivir nun medio en que este se poida ensuciar, non cabería a
197
imaxe do gato sucio, algo que si ocorre nun ámbito rural en que adquiren sentido
expresións como [estar] coma o gato borrallento / micho esborrallado para representar o
ámbito temático da sucidade. Así e todo, existen aínda coincidencias abondas entre as
características asignadas ó gato nas enquisas e as tiradas das expresións figuradas, que
nos permiten afirmar que a valoración que fan os galegos do gato non mudou
excesivamente; aínda que xa se poden apreciar certos cambios. Por outra parte, chama a
atención a asignación da característica de ‘enigmático’ (2), nas enquisas, que non ten
representación nas expresións figuradas que analizamos. Cremos que é un indicio de que
os galegos, tal e como acontece noutras culturas163, aínda relacionan o gato con certas
crenzas e supersticións, que se vinculan frecuentemente co escurantismo ou co
inframundo (vid. Rodríguez González, 1958-1961).
Por último, como nalgún caso xa tivemos ocasión de comprobar ó longo da exposición,
certos valores extraídos das expresións figuradas galegas que acabamos de analizar, así
como das enquisas, podemos atopalos, tamén, noutras linguas. Nogueira Santos (2006:
166-167) explica que da fraseoloxía inglesa e portuguesa se extraen os valores de
‘arteiro’, ‘mañoso’ e que ‘fai cousas ás agachadas con moita axilidade’. Ademais, o autor
compara o comportamento do gato co do can e explica a grande diferenza comportamental
que existe entre ambos os dous animais domésticos:
Reticente a someterse ó exhibicionismo do home, o gato non se presta a tales
manifestacións de servil obediencia –a súa independencia e dignidade repudian, con
olímpica indiferenza, os aplausos, as louvanzas, as recompensas que estes espectáculos
prometen. Este contraste entre a obediencia do can e a rebeldía do gato está captado con
palabras sinxelas na nursery rhyme que comeza con estes dous versos: The Dog will come
when he is called / The Cat will walk away...
Nogueira Santos, 2006:175
Para o caso do castelán, Cazal (1997: 43) mostra, a partir da análise de refráns españois,
que o gato se caracteriza, tamén, como ‘lambón’, ‘ladrón’, ‘hipócrita’, ‘traizoeiro’,
‘perigoso’, ‘sucio’, ‘parvo’164 e ‘arisco’. En menor medida aparecen outros valores como
o de ‘limpo’165, ‘hábil’ e ‘prudente’. Sanz Martín (2012: 128) concorda co anterior, pois
na súa análise das unidades léxicas do castelán perro e gato, asígnalle ó gato os valores
163 Vid. Kemp, 2008; Guerra, 2011; Busquets i Molas, 1987; Mãças, 1950, entre outros. 164 Este valor dáse, segundo explica o autor, no caso de ser femia o animal. 165 Novamente se se trata do animal femia.
198
de ‘ladrón’ e ‘hipócrita’, e acrecenta, ademais, o valor de ‘astucia’. Ó igual que Nogueira
Santos (2006), a autora ofrece unha pequena comparativa entre os valores que se asocian
ó can e ó gato e sinala cales son os máis frecuentes para cada un deles:
De acuerdo con nuestros informantes, el perro se asocia principalmente con la fidelidad
(43%), el juego (36,63%), la compañía (26,67%) y la amistad (23%). Por otro lado, el
gato es vinculado en primer lugar con el desapego o independencia (23,33%); en segundo
lugar, con el carácter juguetón (20%); y en tercer lugar, con la agilidad, la indiferencia y
el temperamento huraño (16,6%).
Sanz Martín, 2012: 129
Estes datos mostran que a interpretación que fan os galegos do comportamento do gato é
similar á que se fai noutras linguas próximas, como o castelán e o portugués. Ademais,
certos valores coinciden, tamén, con linguas máis afastadas do galego como son o inglés
e o alemán, tal e como tivemos ocasión de comprobar.
199
7 BURRO/BURRA
7.1 Descrición
O burro166 (Equus asinus) é un mamífero ungulado pertencente á familia dos équidos.
Trátase dun animal que pode chegar a medir ata 160 cm de altura na cruz167, que posúe
un pelame gris ou gris acastañado e unha cabeza grande coas orellas longas. O seu
pescozo disponse de forma case horizontal con crinas curtas e rizadas, os seus pezuños
son finos e a cola é longa e rematada nun pincel de pelos (Perozo, 1999: 117).
O burro tal e como hoxe o coñecemos procede da domesticación da especie salvaxe Equus
africanus, propia do norte de África (Perozo, 1999: 117), que se levou a cabo arredor do
ano 3000 a. C. (Burnie, 2002: 226). Todo parece indicar que, trala súa domesticación, se
foi asentando en varios países de África ata chegar ós países da ribeira do Mediterráneo,
polo que non tardou moito tempo máis en chegar ó noroeste peninsular (Mandianes, 2002:
15). Unha vez domesticado, este animal empregouse en varios lugares do mundo. En
Galicia foi introducido como animal de carga, de monta, ou de forza tractora para os
traballos agrícolas no século XIX, aínda que xa no século XVIII era común en terras
castelás (Casal Vila, 2003: s. v. burro).
O antropólogo Manuel Mandianes (2002) explica a grande importancia que chegou a ter
o burro na nosa comunidade e como, coa chegada de diversas maquinarias agrícolas, foi
desaparecendo das casas galegas:
O burro, dende hai milleiros de anos ata os anos cincuenta, foi un punto de referencia
para moitas xeracións, moi especialmente para os habitantes do mundo rural. Dende os
anos cincuenta ata os nosos días, case desapareceu de moitos lugares, mesmo daqueles
para os que fora un útil indispensable. Non só foi un referente necesario, un instrumento
de traballo, un compañeiro do home, habitante de todos os camiños, senón tamén un
soporte simbólico de realidades máis profundas, do que está detrás das aparencias: o lado
visible dunha realidade invisible. O burro iniciou a súa retirada cos arados, os sachos, os
carros e co tempo mítico perante a mecánica. Chegado un momento, o home moderno
non tiña tempo para percorrer os camiños nin medir o tempo a ritmo de burro e
abandonouno.
Mandianes, 2002: 97
166 Se non se especifica o contrario entenderase de aquí en diante burro como burro/burra 167 ‘Punto de unión entre o espiñazo e a cadeira’ (GDXL, 2009: s.v. cruz).
200
A raza autóctona de Galicia denomínase burro fariñeiro (Groba Bouza, 2011: 151).
Trátase dun exemplar de burro pequeno, pois a súa alzada á cruz oscila entre os 100 e os
120 centímetros e o seu peso varía entre os 120 e os 180 quilos (Pose Nieto, 2008: 305).
Ten unha pelaxe bicolor, cunha combinación de branco e negro ou gris cinsento, que se
coñece como capa torda ou ruza168. A finalidade dos nosos devanceiros ó seleccionaren a
raza durante centos de anos foi conseguir un exemplar robusto, pero de pouca alzada de
acordo ó rendemento que se esperaba del; un animal apropiado para os traballos para os
que estaba destinado, tal e como explica Pose Nieto (2008):
Galicia tradicionalmente caracterizouse polo minifundismo agrario e por unha xeografía
irregular, motivo polo cal a especie asnal foi especialmente apreciada e enormemente
vinculada ós labores agrícolas de pouca entidade, xeralmente a carga ó lombo, xa que os
agricultores preferían realizar os labores de arrastre e de tiro pesado con xugadas de bois
ou de vacas. En xeral o asno usábase, e aínda se segue usando, para transportar pequenas
cargas de comida para o gando ou para arar reducidas superficies de terras destinadas á
produción de patacas, fabas, nabos ou millo. Para estas actividades eran preferidos os
asnos de pequeno porte, pola súa facilidade de carga respecto a outros de maior alzada,
pois en moitas ocasións os labores agrícolas eran realizados polas mulleres, xa que os
homes normalmente traballaban fóra da casa ou estaban emigrados.
Pose Nieto, 2008: 306-307
Ademais, o uso do burro foi xeneralizado como medio de transporte, principalmente de
gran e fariña, dende as casas ata os muíños de auga. Precisamente desa imaxe do animal
cargado de fariña procede o nome de burro fariñeiro (Pose Nieto, 2008: 307). Con todo,
o burro levaba a cabo tamén outros labores, que podían ser diferentes dependendo do
lugar da xeografía galega na que se atopase: en zonas do interior empregábase, ademais
de para os traballos agrícolas, para a extracción de leña como animal de tiro; nas zonas
urbanas eran os que axudaban as leiteiras a repartir o leite; e na costa usábase para a
extracción de algas que despois se depositaban nos areais a xeito de fertilizante (Pose
Nieto, 2008: 307). Hoxe en día estes son labores que caeron en desuso, por distintos
factores que lle son alleos ó animal (como a evolución nas ferramentas de traballo, ou o
cambio de vida do rural ó urbano), pero que repercuten directamente no censo de burros
que van quedando no noso país.
168 Vid. GDXL, 2009: s.v. tordo e ruzo.
201
Actualmente son moi poucos os burros que existen en Galicia e, menos aínda, os
exemplares da raza autóctona. A Asociación de criadores de cabalo de Pura Raza Galega
(PuRaGa) estimou que entre os anos 2003 e 2004 existían en Galicia uns 180 exemplares
de burro fariñeiro169. En 2012 conseguiron localizar entre 50 e 100 exemplares da raza
fariñeira e, dende entón, tentan recuperala mediante cruzamentos para garantir a súa
conservación. Ademais, explica Pose Nieto (2008: 307), na actualidade, aínda que de
xeito illado, o burro está sendo usado como compañeiro en rutas turísticas, como montura
para pequenas excursións e en actividades de asnoterapia.
Malia a situación que vive hoxe o burro en Galicia, tal e como o explica Groba Bouza
(2011: 174), a pegada que este animal deixou na nosa lingua e na nosa cultura foi moi
profunda, tanto que os galegos aínda o empregan como referente para conceptualizar a
súa realidade cotiá a través de expresións figuradas.
7.2 Retrato do burro a través das expresións figuradas galegas
O burro é o animal que rexistramos en cuarta posición, de acordo co índice de incidencia
de expresións en que aparece como referente, cun total de 72 expresións figuradas. Como
xa comentamos no capítulo dedicado á metodoloxía do traballo (vid. capítulo 3),
decidimos dedicarlle o terceiro capítulo de análise de expresións á parella formada por
burro, burra en lugar do grupo formado por boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco,
touro. Cremos que a valoración que fan os galegos do gando bovino queda amplamente
reflectida no traballo que levaron a cabo Benavente Jareño e Ferro Ruibal (2010). Así
pois, consideramos que o grupo de expresións que contiñan burro, burra era o mellor
candidato para un terceiro e último capítulo de análise de expresións figuradas que
contribuíse, mediante información nova, a coñecer a valoración que fan os galegos dos
animais a través das expresións figuradas que empregan.
Nos seguintes apartados desagregaremos os ámbitos temáticos en que se dividen as
expresións figuradas que teñen o burro como referente e tentaremos dar un perfil
completo da valoración que fan os galegos del.
169 Información tirada da Asociación de criadores do cabalo de Pura Raza Galega
(http://www.puraga.es/gal/burro_farineiro.php) (9/11/2016).
202
7.2.1 Caracterización
7.2.1.1 Carácter/condición
A característica da estulticia é a que destaca con diferenza sobre os demais trazos
relativos ó carácter ou á condición do burro nas expresións figuradas analizadas. Nas
seguintes expresións prodúcese a animalización do ser humano nun burro mediante o
emprego da metáfora conceptual A PERSOA ESTULTA É UN BURRO:
[tan listo/esperto] coma un burro (* ‘pouco listo, pouco intelixente’)
asno/burro/burrico/burricán (‘que ten poucos coñecementos ou ten dificultades para
comprender as cousas’)
burra aceiteira (‘[ironicamente] ter poucas luces’)
burro cego (‘persoa moi pouco intelixente, moi torpe ou parva’)
burro lavado, xabón perdido / o que lava a cabeza da burra perde o xabón e a lavadura
(* ‘fai referencia a un esforzo inútil, normalmente relacionado co feito de querer instruír
unha persoa estulta ou alguén que se nega a recibir calquera tipo de ensinanza’)
chámalle burro ó cabalo! (‘dise ironicamente para se referir a alguén que aparenta ser
máis parvo do que é’)
ir de burra e volver de albarda (‘non aprender nada’)
máis vale burro vivo ca sabio morto (* ‘refírese a que é mellor conformarnos co que
temos’)
picar de burro para besta (‘úsase para ponderar a ignorancia de alguén’)
val máis pan duro que consello de burro (* ‘aconsella non facer caso a alguén pouco
intelixente’)
Do mesmo xeito, os ruídos propios dun burro vehiculan, tamén, o valor da estulticia:
orneadas/orneos/palabras/patadas de burro non chegan ó ceo (‘dise cando alguén di
unha parvada ou tenta ofender ou molestar, para dar a entender que non se lle fai caso’)
ornear (‘dicir burradas en voz alta’).
Rexistramos, ademais, outras expresións que xorden da conceptualización de accións ou
actos propios de persoas ignorantes a través da imaxe do burro:
burrada/asnada/asneira (‘dito ou feito que é mostra de ignorancia ou de pouca
intelixencia’)
burrería (‘realizar un acto propio de persoas pouco sabidas’)
203
Ademais, localizamos unha expresión non animalizadora coa que se caracteriza o burro
como estulto a través dunha personificación, en que se lle atribúen características propias
do ser humano ó burro, neste caso o razoamento:
pensando morreu un burro (‘dise cando convén actuar e non seguir perdendo o tempo en
pensamentos varios’)
Do mesmo xeito que a rapidez mental se asocia coa rapidez física (Álvarez de la Granja,
2011: 386-387), tal e como puidemos comprobar nos capítulos en que se resaltaba esta
característica no can ou no gato, a lentitude física asóciase coa lentitude mental. Por iso,
os animais de movementos lentos, como é o caso do burro, adoitan ser caracterizados
polas persoas como estultos.
Por outra parte, tamén o campo semántico da visión se adoita asociar directamente co da
intelixencia, cando aquela é boa, e coa estulticia, en caso de falta ou escaseza. Así, a
agudeza visual é interpretada como agudeza intelectual a través da metáfora conceptual
A COMPRENSIÓN INTELECTUAL É VISIÓN (Santos Domínguez e Espinosa Elorza, 1996:
126). Os seres humanos concibimos frecuentemente a intelixencia como luz, de maneira
que aquel que é lúcido, clarividente ou que ten as ideas claras é unha persoa intelixente
(Álvarez de la Granja, 2011: 387). Posto que COMPRENDER É VER, as persoas crean
expresións como xa vexo o que me dis para indicar que entenden algo. Do mesmo xeito,
a persoa que ten poucas luces será alguén estulto, polo que se está a conceptualizar a
realidade da estulticia a través da metáfora conceptual antagónica NON COMPRENDER É
NON VER (Santos Domínguez e Espinosa Elorza, 1996: 129). A partir dela, créanse outras
expresións como non vexo o que me estás a dicir para indicar que non se comprende nada
ou ten unha venda diante dos ollos para indicar que algo impide coñecer a verdade. Polo
que se refire ó campo semántico dos animais, en galego existen expresións figuradas que
empregan o referente da aguia, un animal de excelente agudeza visual170, para representar
a intelixencia e a toupeira, que pacede atrofia nos ollos171, para a estulticia: aguia (‘persoa
de moita perspicacia e viveza’ GDXL) e toupa/toupeira (‘persoa pouco espelida’ GDXL).
No caso concreto do burro, atopamos a expresión burro cego, en que se reduplica a
referencia á estulticia mediante o adxectivo cego.
Piñel López (1999: 414) explica, nun estudo contrastivo de refráns que se constrúen con
animais en castelán e alemán, que o burro é o animal que protagoniza o maior número de
170 DRAG, 2012: s.v. aguia. 171 GDXL, 2009: s.v. toupeira.
204
refráns nas dúas linguas analizadas; principalmente en castelán, di, «debido al papel tan
importante que ha desempeñado durante siglos en las tareas agrícolas, sobre todo en las
zonas más deprimidas y pobres que no podían adquirir caballos y en las que los asnos
cumplían las labores propias de los caballos». A autora comproba que o burro serve de
referente para a construción de expresións maioritariamente negativas nas que destaca o
valor da ignorancia e da obstinación. Explica a autora que o burro é o animal prototípico
para representar a estupidez172, e que o seu nome se emprega en case todos os idiomas
como insulto dirixido ás persoas que presentan pouca lucidez mental ou pouco
entendemento.
Como acabamos de ver, os galegos tamén empregan este animal para crear expresións
que denotan a estulticia. O motivo polo que escollen o burro de xeito maioritario entre os
que se atopan no espazo doméstico podería vir dado por dúas vías. Por unha banda, e de
acordo co indicado, o burro convértese en referente da estulticia pola súa lentitude física.
Por outra banda, podemos acudir á interpretación que fan os galegos do comportamento
do burro. Veno como un animal dócil, que se acomoda a todas as tarefas domésticas sen
opoñer resistencia, sen envorcar a carga que transporta; e que a pesar do maltrato que
sofre por parte dos seus amos (vid. infra) tampouco tenta escapar cando anda solto
(Mandianes, 2002: 60). Deste xeito, interpretan o seu comportamento como estulto, e por
iso crean expresións nas que serve como referente para caracterizar alguén pouco
intelixente e sen vontade propia173. Así o explica, tamén, Piñel López (1999: 414) para o
castelán: «Representa la ignorancia, madre de la obstinación. Estúpido y obstinado, le da
lo mismo lo bueno que lo malo, se muestra insensible a los golpes o a los reproches, a
diferencia de los restantes animales».
Pero aínda que o burro funcione como referente da estulticia, o certo é que é un animal
dotado de intelixencia pois, tal e como explica Mandianes (2002: 88), todos os asnos
poden ser domados facilmente para o paseo, son capaces de responder ó seu nome e,
ademais, gozan da compaña das persoas, sinais que mostran, segundo o autor, a
intelixencia deste animal. Así o explicou, tamén, Cascajero (1998: 15) nun estudo que
172 Chevalier (1988: 144) destaca que o burro é o símbolo da ignorancia na cultura occidental. 173 Mariño Ferro (1996: 36) explica que o asno na cultura occidental está considerado equivocamente como
un ser estúpido. Isto débese, di, ó feito de que «soporta ser despreciado y apaleado toda su vida, en gran
parte debido a su lentitud». Ademais, engade que no Bestiario de Oxford o animal descríbese como lento e
desprovisto de intelixencia, de maneira que a súa lentitude física se relaciona directamente coa lentitude
mental coa que o caracterizan as persoas.
205
realizou sobre a simboloxía do burro na antigüidade a través de fontes escritas e orais do
castelán. Nel, o autor apunta que a intelixencia do burro tende a facer que o seu
adestramento sexa máis complexo que o do cabalo ou o do mulo. As fases do proceso de
aprendizaxe do burro son máis rápidas que as dos outros dous animais, polo que as
excesivas repeticións rematan por aburrilo e frustralo. Esta actitude, segundo explica o
autor, é interpretada polo adestrador inexperto como estulticia do animal, polo que o culpa
a el dos seus propios fracasos.
Aínda que non rexistrásemos en galego ningunha expresión figurada en que se tome o
burro como referente da intelixencia, os galegos tamén o caracterizan, como se poderá
ver ó final deste capítulo, como un animal intelixente (aínda que nun número de veces
inferior á característica da estulticia). Esta idea está presente noutras linguas como o
castelán (Martín Zorraquino, 1986:1261) ou o ucraíno (Vyshnya e García Jove, 2005:194)
en que se levaron a cabo estudos sobre as expresións construídas con este animal e nas
que o burro simboliza a estupidez, pero tamén a intelixencia.
Relacionada coa ignorancia e a estulticia atopamos a característica da
teimosía/insistencia. Tal e como explica Piñel López (1999: 414) a ignorancia é a nai da
obstinación, polo que alguén ignorante adoita ser obstinado e teimudo. A autora apunta
que o burro é normalmente considerado polas persoas un animal teimudo, xa que
entenden, a partir da observación do seu comportamento, que resulta inútil calquera
acción por parte do ser humano para que mude de parecer (1999: 414). Groba Bouza
(2011: 157) indica que a ignorancia e mais a teimosía son características que se lle adoitan
atribuír tanto ó burro coma á mula, e especifica que son dous aspectos da interpretación
do comportamento equino que máis fraseoloxía teñen producido en galego.
As seguintes expresións resaltan a teimosía ou insistencia do burro e nelas dáse a
animalización do ser humano nun burro mediante a metáfora conceptual A PERSOA
TEIMUDA/INSISTENTE É UN BURRO. Os referentes que o ser humano escolle para a creación
destas expresións son os ruídos e o propio animal:
[testudo/terco/testón/teimoso/testán/testarudo] coma unha burra/ coma un/os burro/s
(‘ser moi testudo’)
non levarán por ben o burro á auga, se el non ten gana (* ‘refírese a que non se pode
convencer a alguén de algo cando se nega a facelo’)
206
(e) a burra déitase! (* ‘dise cando alguén se deita ou se rende174)
ornear (‘chorar ou queixarse sen parar’)
Noutras ocasións o proceso de animalización do ser humano nun burro dáse a través da
metáfora conceptual OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES
MENTAIS SON ANIMAIS (Echevarría Isusquiza, 2003: en liña), que para este caso concreto
se subespecificaría como OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E
FACULTADES MENTAIS SON UN BURRO:
baixar da burra / caer da burra / caer do burro (abaixo/embaixo) (‘decatarse do erro no
que se estaba; caer na conta, por fin, de algo que non se daba entendido’)
baixar da burra [a alguén] (‘convencer de algo a alguén que estaba obstinado no
contrario’)
coller/ter o burro (‘incomodarse’)
A agresividade é outra das características que os galegos destacan no animal. Trátase
dun trazo que quizais garde relación coa súa teimosía, pois baséase no comportamento do
animal cos seres humanos: normalmente vólvese agresivo cando non quere seguir as
ordes do amo ou simplemente se incomoda por algo. Sirvan de exemplo as seguintes
expresións en que o ser humano se animaliza nun burro a través da metáfora conceptual
A PERSOA AGRESIVA É UN BURRO:
[dar un couce] coma unha burra / [dar couces] coma os burros (‘dise cando unha persoa
fai algo malo a outra que non o esperaba’)
amor dos burros entra a couces e a dentadas (* ‘fai referencia ás relacións amorosas
difíciles’)175
chanzas con burros acaban en couces (* ‘refírese a que cando se fan bromas con
determinadas persoas, a situación pode acabar mal’)
Como se pode comprobar, en todas as expresións que caracterizan o burro como agresivo
destacan os seus couces, que son o recurso habitual que empregan estes animais para
defenderse, tal e como explica Mariño Ferro (1996: 38).
O carácter falso co que os galegos caracterizan o burro, e máis concretamente a burra,
pode gardar relación coa agresividade do animal, de maneira que dá couces cando un
menos o espera (Groba Bouza, 2011: 157). Así construímos expresións como [falso]
174 Definición tirada de Groba Bouza (2014: 400). 175 Groba Bouza (2011: 157) explica que o cortexo equino semella unha acción violenta, pois antes da
cópula pode haber couces e mordeduras entre macho e femia. Ademais, engade tamén que cando os animais
se atopan en liberdade os sementais loitan ata a extenuación por seren os que cubran as femias.
207
coma unha burra vella / [máis falso] ca unha burra vella (‘hipócrita’) en que
animalizamos o ser humano nunha burra a través da metáfora conceptual A PERSOA FALSA
É UNHA BURRA. Cremos, ademais, que nestas expresións ten especial importancia o
adxectivo vella. Tal e como ocorría no caso do can (can vello ‘ser cauto e advertido pola
experiencia da vida’) este adxectivo acrecenta a valoración concreta que os galegos fan
do animal na expresión, neste caso a falsidade.
Outro ámbito que garda relación coa agresividade do animal, pero tamén co seu gran
tamaño, que lle proporciona a forza necesaria para os traballos no campo, é o da
rudeza/brutalidade. Os galegos crean expresións como burrada (‘acción bruta ou
inhumana’) ou burro (‘persoa falta de delicadeza e amabilidade’) en que se animaliza o
ser humano e as súas accións na figura e nas accións dun burro a través da metáfora
conceptual A PERSOA BRUTA É UN BURRO.
Pero a pesar de que o burro sexa caracterizado polos galegos como un animal agresivo e
bruto, tamén lle apoñen a característica de manso. Con relación a este valor, Guerra
(2011: 413) explica que os burros simbolizan a paz e a mansedume na tradición cristiá e
apunta que foron dúas as circunstancias que contribuíron para que se creara este
simbolismo: a viaxe que fixo María a Belén nun burro nos últimos momentos do seu
embarazo e a entrada triunfal de Xesús, xa adulto, en Xerusalén o Domingo de Ramos,
montado tamén nun burro. Cremos que esta valoración, ademais, está vinculada co feito
de ser o burro un animal que, normalmente, non opón demasiada resistencia ós traballos
que lle encomenda o seu amo (Mandianes, 2002: 60); aínda que, como observamos, cando
si o fai é caracterizado como agresivo. Así, temos a expresión galega non morrer da
cornada dun burro (‘dise de quen toma moitas precaucións’), que pon de relevo a
mansedume do animal, ó establecer un contraste entre este e o acto violento da cornada,
que o burro, por razóns obvias, é incapaz de dar.
Relacionada cos traballos agrícolas para os que se empregaba o burro en Galicia atopamos
a característica da laboriosidade na expresión burro176 (‘persoa moi traballadora’), que
animaliza o ser humano nun burro a través da metáfora conceptual A PERSOA QUE
TRABALLA É UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 217) e, máis
concretamente, A PERSOA QUE TRABALLA É UN BURRO.
176 Existen outras expresións no noso corpus en que o burro funciona como referente secundario do traballo
([cargar/traballar] coma un burro); pero por ser o ‘maltrato’ do home sobre o animal o referente primario
das expresións figuradas, estas serán analizadas no apartado correspondente ó ‘maltrato’.
208
O burro tamén funciona en galego como referente da gula para a creación de expresións
figuradas. Pode facelo mediante alusións implícitas ó tamaño do animal, como no caso
de [cheo] coma un burro (* ‘fai referencia á fartura despois de comer en abundancia’), en
que se produce unha animalización do ser humano a través da metáfora conceptual O QUE
COME MOITO É UN ANIMAL (Iñesta Mena e Pamies Bertrán, 2002: 166), un burro
concretamente. Ou tamén pode funcionar como referente da gula mediante expresións
que denotan un comportamento lambón do animal:
alá vai o burro coas noces! (‘expresión de forte contrariedade cando algo é desbaratado’)
díxolle o burro ás coles: pax vobis! (* ‘fai referencia ó asoballamento entre clases
sociais’)
voltou a burra ó trigo! (* ‘fai referencia a que unha persoa actúa igual de mal ca outra ou
que un feito é igual de inconveniente ca outro’)
Por último, existe unha expresión no noso corpus en que a burra funciona como referente
da fortuna: vir a burra branca co diñeiro (‘vir a fortuna’). Cremos que a explicación para
esta expresión figurada podería estar en dous tipos de motivación: a intertextual, en que
estarían presentes referencias relixiosas, e a icónica, en que se destacaría a cor non
habitual do animal.
Na Biblia observamos que o burro era un animal moi apreciado polos hebreos, unha
cabalería rexia por excelencia. No libro da Xénese (49) descríbese a escena da chegada
do rei dos xudeus montado nun burro; por outra parte no evanxeo de San Marcos (11)
retrátase a chegada de Xesús a Xerusalén montado nun burro, mais non como símbolo de
humildade ou pobreza, senón como un símbolo real, polo apreciado do animal. No
evanxeo de San Mateo (2) observamos que é un burro o que transporta a Xesús meniño
na súa fuxida a Exipto por mor da matanza de nenos que está a levar a cabo Herodes, e
polo tanto o animal asóciase á boa sorte de Xesús. O burro vincúlase, tamén, coa relixión
cristiá polas marcas que ten no corpo. Tal e como explica Benavente Jareño177, os burros
teñen un listón negro ou escuro ó longo do espiñazo, que se cruza con dúas bandas negras
que baixan polo centro das escápulas, formando unha cruz nas agullas. Mariño Ferro
(1985: 89) sinala que certas crenzas cristiás explican que esa cruz apareceu no lombo do
animal dun xeito misterioso despois da entrada de Xesús en Xerusalén montado nun
177 Comunicación persoal co autor.
209
animal desta clase178. O autor engade que, en Dorsetshire (hoxe coñecido como Dorset,
no suroeste de Inglaterra), curaban a tose convulsiva dando paseos en burro debido ó
poder de curación que posuía a cruz do lombo do animal. Todos estes datos mostran o
aprecio dos cristiáns polo burro e a boa sorte coa que o asocian.
Polo que se refire á cor do animal, tal e como explicamos anteriormente, os burros son
ordinariamente de pelo gris e só adoitan presentar algún recuncho de pelo branco (no
bandullo ou na contorna dos ollos), de maneira que o feito de atopar unha burra branca é
algo tan infrecuente que queda asociado á boa sorte179 ou á fortuna (Ferro Ruibal e
Benavente Jareño180). Por outra parte, existiría tamén unha oposición simbólica da
pobreza vs. a fortuna (agora asociada co diñeiro), xa que o burro é o animal das casas
galegas sen recursos, por tratarse dunha cabalaría barata e que non supón grandes custos
para o seu mantemento (en contraposición ó cabalo, por exemplo). Xa que logo, o feito
de que sexa unha burra branca a que «veña co diñeiro», e non unha burra torda como é
o habitual, deixa ver o extraordinario da expresión: o burro só funciona como referente
da fortuna cando non ten a súa aparencia habitual. Por último, non debemos esquecer os
valores positivos que adoita portar a cor branca na cultura occidental fronte a outras cores
máis escuras, como a negra, que se asocian a aspectos negativos (Szalek, 2005: 89). Proba
disto son, por exemplo, expresións galegas como branquear (‘converter en legal o diñeiro
conseguido en actividades ilícitas’181), en que o branco se identifica co legal, ou estar
negro (‘estar ou considerar algo difícil, ter ou verlle poucas posibilidades de solución’182).
Tal e como explica Szalek (2005: 90), a cor branca simboliza, en termos xerais, a luz, a
pureza, a bondade, a inocencia e a boa sorte, mentres que o negro é a cor do sombrío, do
impuro, do mal, do pesimismo, da mala sorte, da morte etc. Cremos que estes valores
simbólicos asociados ó branco tamén estan representados na expresión vir a burra branca
co diñeiro.
178 A cruz está presente noutros animais da mesma especie (coma o cabalo ou a mula), pero tal e como
explica Mariño Ferro (1996: 38): «En el burro esa cruz está especialmente marcada y representa la cruz
de Cristo». 179 En galego existen outras expresións figuradas en que un animal, polo feito de ter outra cor non
habitual nel, funciona como referente de significados positivos: merlo branco ‘ser unha persoa moi boa’
(GDXL). 180 Comunicación persoal cos autores. 181 GDXL, 2009: s.v. branquear. 182 DRAG, 2012: s. v. negro.
210
7.2.1.2 Características físicas
Unha das características físicas nas que reparan os galegos cando crean expresións
figuradas co burro como referente é a súa grandura, ou a grandura de certas partes do
seu corpo. Nas seguintes expresións figuradas o ser humano vese animalizado nun burro
a través da metáfora conceptual A PERSOA GRANDE É UN BURRO e A PERSOA QUE TEN AS
ORELLAS/A BOCA GRANDE/S É UN BURRO:
[botar/ter orellas] coma unha burra / [ter (as) orellas (grandes)] coma un burro (* ‘ter as
orellas moi grandes’)
[grande] coma un burro (‘gordura’)
[ter a boca] coma un burro (‘boca grande’)
Atopamos, por outra parte, a personificación do animal na seguinte expresión en que se
lle atribúen ó burro funcións propias do ser humano, como a fala. Nesta expresión séguese
destacando a grandura do animal, concretamente das súas orellas, mediante a
comparación con outros animais similares:
díxolle o burro ó mulo ¡tírate alá orelludo! (* ‘refírese a que non se pode criticar a alguén
cando se teñen os mesmos defectos’)
Existe, tamén, outra expresión figurada en que non se dan procesos de animalización nin
personificación, pero na que este animal segue a funcionar como referente da grandura:
non ver un burro a tres/catro pasos (‘haber moi pouca ou nula visibilidade’)183
A partir da grandura do burro desenvólvense outras metáforas que relacionan cantidades
significativamente grandes de algo co tamaño deste animal:
burrada (‘cantidade moi grande’)
coma un burro (‘moito’)
Outros dous valores que destacan os galegos do burro son a resistencia e a fortaleza. O
burro é para os galegos un animal resistente e útil para os traballos que requiren forza
tractora, firmeza para levar grandes pesos e, sobre todo, capacidade de aguantar grandes
esforzos. Cascajero (1998: 15) explica que os burros son máis lonxevos e máis resistentes
ás enfermidades cós cabalos; ademais, son superiores a eles tamén na resistencia á fatiga
porque teñen máis enerxía. Esta resistencia no animal maniféstase na expresión galega
[ter a saúde] coma un burro (‘saúde boa’), en que o ser humano se ve animalizado en
183 O gran tamaño do seu corpo serve para reforzar, nesta expresión figurada concreta, o significado de
‘falta de visisbilidade’ (Groba Bouza, 2011: 151).
211
burro mediante a metáfora conceptual A PERSOA RESISTENTE/CON BOA SAÚDE É UN BURRO.
Do mesmo xeito, a grande forza do animal para cargar grandes pesos184 é a que motiva a
expresión [ter unha forza] coma un burro (* ‘ter moita forza’) en que o ser humano se
animaliza nun burro a través da metáfora conceptual A PERSOA FORTE É UN BURRO.
Tamén os ruídos que produce o animal, fortes orneos, que son molestos e estridentes a
ollos do ser humano (Mariño Ferro, 1996: 38), funcionan como referentes na creación de
expresións figuradas en que se adoita producir a animalización da persoa nun burro
mediante metáforas conceptuais como A PERSOA QUE BERRA É UN BURRO, A PERSOA QUE
SE QUEIXA É UN BURRO ou A PERSOA QUE DI COUSAS SEN SENTIDO É UN BURRO:
[berrar/griñir] coma un/os burro/s (* ‘berrar forte’)
ornear (‘chorar ou queixarse sen parar’)
ornear (‘dicir burradas en voz alta’)
orneo (‘choro alto e sen motivo’)
Por último, o burro é un animal que funciona para os galegos como referente da fealdade.
Xa sexa polas súas orellas desproporcionadas, a súa grande boca ou os seus movementos
torpes, en galego, pero tamén noutras linguas coma o alemán e o castelán (Piñel López,
1999: 414), o ser humano adoita verse animalizado nun burro para expresar a grande
fealdade de alguén (A PERSOA FEA É UN BURRO):
[(tan) feo] coma un burro (‘fealdade’)
7.2.2 Relacións
Canto ás relacións do animal, non rexistramos ningunha expresión figurada que tivese
como referente a relación que se establece entre este e outros animais, pero si localizamos
en galego expresións figuradas que teñen como referente a relación que se dá entre o
home e o burro. Como mostraremos a continuación existen dous subámbitos temáticos
dentro das relacións home-animal que serven de referentes para a creación de expresións
figuradas.
7.2.2.1 Home-animal
Entre as relacións que se dan entre o ser humano e o burro destaca, cun número elevado
de expresións figuradas, o maltrato que o primeiro exerce sobre o segundo, de maneira
184 Poden verse ó respecto as expresións catalogadas baixo a etiqueta ‘maltrato’, que presentan a imaxe do
animal cargando grandes pesos.
212
que, en moitas destas expresións, o ser humano se ve animalizado nun burro mediante
metáforas conceptuais diversas. Nas seguintes expresións o maltrato que o home exerce
sobre o burro preséntase de maneira indirecta, mediante referencias ó traballo realizado
por este animal e ós seus resultados:
A PERSOA MOI CARGADA/QUE TRABALLA SEN DESCANSO É UN BURRO:
[(andar/ir) cargado] coma un burro (‘moi cargado’)
[cargar] coma un burro (‘pescar moito’)
[cargar/traballar] coma unha/un burra/burro (‘moito e moi duramente’)
burro de carga (‘persoa que traballa moito e moi duramente’)
sofre o burro a carga mais non a sobrecarga (* ‘fai referencia a que a resistencia,
tanto física coma mental, ten os seus límites e pódese chegar ó esgotamento se se
cometen excesos’)
A PERSOA CANSA É UN BURRO:
[canso] coma un burro (* ‘moi canso’)
burro cansado (‘persoa con pouco ánimo para emprender algo’)
Nas seguintes expresións, o maltrato do burro preséntase de forma directa a través da
imaxe da persoa maltratando o animal. Ademais percíbese a animalización do ser humano
a través da metáfora conceptual A PERSOA MALTRATADA É UN BURRO:
[moucir] coma nun burro (‘golpear’)
[ser] coma o burro do arrieiro (‘abuso’)
cando o burro vén ó lugar todos o queren montar (‘abuso’)
Rexistramos, tamén, outras expresións galegas que non se basean directamente nas
metáforas conceptuais citadas, pero nas que se inclúen imaxes que amosan o maltrato do
animal:
a burro frouxo, arrieiro tolo que lle malle o lombo (* ‘aconsella tratar de malas maneiras
ás persoas de comportamento difícil, faltas de delicadeza, para que reaccionen’)
a burro pardo, arrieiro arroutado (*‘aconsella tratar de malas maneiras ás persoas de
comportamento difícil, faltas de delicadeza, para que reaccionen’)
burro do xitano, en vendo o pau, alonga o paso (* ‘refírese a que aqueles que están
advertidos polas malas experiencias pasadas saben como actuar nas futuras’)
non poder dar no burro e dar na albarda (‘castigar o inocente por non se atrever co
culpable’)
o que non pode mallar no burro, malla na albarda (‘abuso’)
213
Piñel López (1999: 414) destaca, tamén, a presenza do maltrato inflixido polos seres
humanos sobre o burro na análise comparativa que realiza das expresións construídas con
referentes animais en español e alemán. A autora explica que, ante a imposibilidade de
que o burro aprenda ou obedeza (posto que, como observamos, é considerado un animal
estulto e teimudo), a sabedoría popular aconsella o uso da violencia185, algo que aconteceu
tamén na cultura galega.
Pero os galegos sempre foron ó tempo conscientes da utilidade deste animal. Como xa
comentamos, o burro é un animal de grandes dimensións, forte e resistente; un animal
que poucas veces opón resistencia ás ordes do seu amo e, polo tanto, que realiza os
traballos impostos facilmente e mellor cós outros animais. O burro era útil noutrora para
dúas funcións básicas: a forza tractora no campo e o transporte de alimentos ou persoas
(se non había cabalos). Ademais, non era un animal custoso para os seus donos, posto que
lle abondaba con beber dúas veces ó día, e xantar un quilo de avea e cinco quilos de
forraxe ou herba, que ademais podía encontrar nas beiras dos camiños (Mandianes, 2002:
88).
Segundo explica Mandianes (2002: 19), antigamente, no Oriente Próximo, onde se
criaron os mellores exemplares de burros, quen posuía un rabaño deles gozaba de
prestixio social, mesmo estaba regulado o seu comercio pola utilidade que supoñía para
os campesiños. Por outra parte, na zona andina o burro era practicamente a única cabalería
empregada para escalar dende vales ata cimeiras pola súa resistencia; tal e como explica
o autor (2002: 75): «ata o principio dos anos 70 só este tipo de cabalerías era quen de
pasar polos camiños do val do Colca, no corazón dos Andes peruanos, situado a máis de
4000 metros de altitude». En Galicia o burro foi útil ata que chegaron os tractores e tamén
os coches, pois as persoas atoparon outro método máis efectivo aínda para desenvolver
os traballos que ata o momento eran propios do animal:
185 Cascajero (1998: 16-31) apunta que o burro se converteu xa dende a antigüidade nun símbolo de
explotación en España. O autor sinala que dende sempre os campesiños explotaron ó máximo as prestacións
do burro nas tarefas cotiás, ata tal punto que o mundo antigo non se podería concibir sen eles.
214
Cando chegou o tractor, acabou o que se daba, o burro deixou de prestar servicio. O
tractor non foi a peste, foi a morte súpeta. Aínda así, moitas casas seguían a ter un burro
para carretar os feixes. Logo, o tractor fíxose tan común que as casas que continuaban a
traballar a terra, que antes tiñan burro, agora facíanse cun tractor; deste xeito, os burros
desapareceron de vagar. Onde ían co burro agora van co tractor: apañar un feixe de herba,
levar un saco de gran ó muíño; sen embargo, agora a penas hai nada, nin sacos nin feixes.
Rematáronse os burros, hai tractores pero case ninguén traballa a terra.
Mandianes, 2002: 59.
Do mesmo xeito, cando chegaron as estradas fóronse mercando coches nas casas e o burro
tamén se deixou de utilizar como medio de transporte (Mandianes, 2002: 64). Pero a súa
utilidade de outrora segue quedando latente en expresións como [ser] coma un burro
atado a un poste (‘torpeza’) en que se animaliza ó ser humano como ‘torpe’ a través da
metáfora conceptual A PERSOA TORPE É UN BURRO: o feito de ter un burro atado a un poste
supoñía estar desaproveitando o seu potencial para o traballo. Este potencial do burro para
o traballo manifestouse, tamén, noutras expresións como [(andar/ir) cargado] coma un
burro, [cargar] coma un burro, [cargar/traballar] coma unha/un burra/burro, burro de
carga ou sofre o burro a carga mais non a sobrecarga, que recollemos baixo o ámbito
temático de ‘maltrato’.
Ademais, Mandianes (2002: 75) engade que existen outras mostras de que o burro foi un
animal apreciado nas casas galegas, pois tanto el coma outros animais frecuentemente
ben valorados (coma o can ou a vaca) tiñan nome propio e eran considerados parte da
familia, de maneira que, cando se vendía ou morría un deles, sentíase na casa familiar
unha grande tristura.
7.2.3 Valoración
Canto á valoración que fan os galegos do burro rexistramos unicamente a mala
valoración. Nas seguintes expresións o burro caracterizase como un ser desprovisto de
valor ningún, tanto por ser considerado un estorbo como por tratarse dun transporte «de
segunda», comparado co cabalo (un animal mellor valorado polos galegos). En todas elas
prodúcese a animalización do ser humano nun burro mediante a metáfora conceptual A
PERSOA INSIGNIFICANTE/MOLESTA/DE MALA CONDICIÓN É UN BURRO:
215
a carne de burro non é transparente (RESPOSTA: ollos de porco mírano todo) (* ‘dise
cando alguén molesta nun determinado lugar, normalmente diante do noso campo visual’)
cando nace a vasoira, nace o burro que a roa (* ‘fai referencia á unión ou vínculo entre
persoas da mesma categoría ou condición [considerada normalmente baixa])’
de burro abaixo non hai menos besta/monta (* ‘fai referencia á baixa estima que se lle
ten a alguén ou a que non posúe unha boa posición social’)
o burro diante para que non se espante/para que a recua non espante (* ‘dise cando
alguén, ó facer unha enumeración de persoas, se coloca a si mesmo no primeiro lugar’)
val máis andar ca ornear (* ‘indica que é mellor esforzarse para facer unha cousa ben,
que deixala mal para acabar antes e correr o risco de ter que facela de novo’)
A animalización do ser humano nun burro pode vir dada tamén mediante a metáfora
conceptual OS SENTIMENTOS, ESTADOS DE ÁNIMO, PENSAMENTOS E FACULTADES MENTAIS
SON UN BURRO:
levar un burro (‘sufrir unha desilusión’)
As demais expresións figuradas non implican ningún proceso de animalización nin de
personificación, pero a través delas podemos percibir a mala valoración que fan os
galegos do burro:
ter o burro á porta (‘ser obxecto de burla’)
burro (‘[despectivamente] cabalo de pouca calidade’)
Outra expresión figurada en que se percibe a mala valoración que fan os galegos do burro
é máis quero burro que me leva, que cabalo que me deixa (‘eficacia’). O contraste entre
burro e cabalo que se establece nesta expresión só ten sentido nunha sociedade que valora
negativamente o burro e na que o cabalo porta as valoracións positivas, pero que por
razóns prácticas puntualmente pode optar polo animal peor valorado se lle resulta máis
útil. A este respecto, Groba Bouza (2011: 158) explica que os galegos adoitan ver o cabalo
como un ser nobre, probablemente polo status que lle proporciona a figura do xinete que
o monta, mais esta concepción non deixa de ser, tal e como explica o autor, «imaxinería
popular» que non conta, ademais, con ningunha base científica. Sexa como for, mediante
a expresión máis quero burro que me leva, que cabalo que me deixa debemos entender
que é preferible escoller o mellor dos considerados malos, antes do peor dos considerados
bos para desenvolver un labor da maneira máis eficaz posible.
216
7.3 Recompilación e análise das enquisas
Despois analizar as 72 expresións figuradas galegas que teñen o burro como referente,
comprobamos que os galegos destacan as seguintes características do seu carácter ou
condición: ‘estulticia’ (15186), ‘teimosía/insistencia’ (7), ‘gula’ (4), ‘agresividade’ (3),
‘rudeza/brutalidade’ (2), ‘falsidade’ (1187), ‘mansedume’ (1), ‘laboriosidade’ (1) e
‘fortuna’ (1188).
Canto ás características físicas do burro os galegos resaltan os valores de: ‘grandura’
(7), ‘ruído’ (4), ‘fealdade’ (1), ‘resistencia’ (1) e ‘fortaleza’ (1).
Polo que respecta ás relacións que se establecen entre o home e o animal os galegos
salientan as características de: ‘maltrato’ (15) e ‘utilidade’ (1). Non rexistramos
expresións figuradas que teñan como referente a relación que se poida establecer entre o
burro e outros burros ou entre o burro e outros animais.
Por último, no apartado dedicado á valoración do animal sen ningún tipo de concreción,
rexistramos a ‘mala valoración’ (9) do burro por parte dos galegos.
De xeito xeral, estes valores son comportados tanto por burro coma por burra, mais
atopamos dous casos concretos en que só a burra funciona como referente: a ‘falsidade’
([falso] coma unha burra vella / [máis falso] ca unha burra vella) e a ‘fortuna’ (vir a
burra branca co diñeiro). No resto dos casos os valores son atribuídos tanto ó animal
macho coma ó animal femia.
Ferro Ruibal (2008: 145) destaca que o burro ocupa en galego o décimo lugar na listaxe
dos 20 referentes ou comparandos máis repetidos nas expresións comparativas do
Tesouro Fraseolóxico Galego. Son 90 as ocorrencias en que figura este animal, das que
23 pertencen exclusivamente ó substantivo feminino burra. De acordo coas realidades
que empregan os galegos para facer as súas comparacións, así como coas connotacións
que teñen esas realidades, as características que sobresaen do burro nese corpus e que o
autor destaca como positivas son as de ‘paciente’, ‘traballador’, ‘resiste cargas’ e ‘pouco
esperto’ [sic]. O autor destaca como características neutras as de ‘arrisca os dentes’,
‘griñe’, ‘orelludo’, ‘come moito’ e ‘calmoso a comer’. Por último, atópanse as
características que Ferro Ruibal define como negativas: ‘peideiro’, ‘terco’, ‘teimoso’,
186 Incidencia de aparición no corpus de expresións que indican esta característica 187 Valor comportado soamente por burra. 188 Valor comportado soamente por burra.
217
‘coucea a traizón’ e ‘sexualmente activa’. Como se pode comprobar, coinciden coa nosa
catalogación a maioría das particularidades referidas ó comportamento do animal, ás súas
características físicas, á relación que ten co ser humano e á valoración que os galegos fan
del.
Se nos centramos na caracterización que fan os galegos do burro a través da pregunta VI
das enquisas orais e electrónicas, en que os informantes ofrecen unha serie de adxectivos
coa finalidade de caracterizar o burro e a burra, atopamos os seguintes resultados:
Caracterización
o Carácter/condición: ‘traballadores’ (101189), ‘parvos’ (59), ‘teimudos’
(55190), ‘mansos/dóciles’ (29191), ‘tranquilos’ (13), ‘falsos’ (9192),
‘agarimosos’ (8), ‘intelixentes’ (8), ‘pacientes’ (7), ‘tristes’ (5), ‘fieis’ (4),
‘obedientes/submisos’ (4), ‘sacrificados’ (3), ‘parcos’ (3), ‘preguiceiros’ (3),
‘humildes’ (2), ‘simpáticos’ (2), ‘nobres’ (2), ‘indefensos’ (1),
‘independentes’ (1), ‘apoucados’ (1), ‘honrados’ (1), ‘resignados’ (1),
‘quentes’ (1), ‘pasivos’ (1), ‘desconfiados’ (1), ‘tenros’ (1), ‘miserables’ (1).
o Características físicas: ‘fortes’ (16), ‘lentos’ (10), ‘resistentes’ (8), ‘cansados’
(4), ‘torpes’ (3), ‘fermosos’ (3).
Relacións
o Home-animal: ‘maltratados’ (9), ‘útiles’ (2), ‘compañeiros’ (1).
Valoración: ‘valiosos’ (1).
Na pregunta II desta mesma enquisa, en que os informantes responden con nomes de
animais a unha serie de adxectivos e frases verbais, os galegos caracterizan o burro como
un animal que ‘leva a peor vida’ (75), ‘parvo/pouco intelixente’ (56), ‘falso’ (15193),
‘intelixente’ (8), ‘preguiceiro’ (6), ‘covarde’ (3), ‘fiel’ (2), ‘arrogante/fachendoso’ (1).
189 Número de enquisas en que aparece esta valoración do burro. 190 Unha das respostas refírese concretamente ó animal femia, as demais respostas caracterizan os dous
sexos. 191 Unha das respostas refírese concretamente ó animal femia, as demais respostas caracterizan os dous
sexos. 192 Tres das respostas aluden explicitamente á burra, as demais fan referencia ós dous sexos. 193 Unha resposta concreta refírese ó burro fariñeiro e dúas ó animal femia, as demais respostas fan
referencia a ambos os dous sexos.
218
Por último, na pregunta III, en que os informantes completan expresións comparativas
con nomes de animais, destacan no burro os valores de ‘manso’ (20), ‘feo’ (10), ‘pasa
fame’ (5), ‘forte’ (4), ‘gordo’ (3), ‘puta’ (1194).
No que respecta ás características referidas ó carácter e á condición do burro, os
resultados obtidos das enquisas orais e electrónicas coinciden coas expresións figuradas
galegas analizadas nos valores de ‘estulticia’ (115), ‘laboriosidade’(101),
teimosía/insistencia’(55), ‘mansedume/docilidade’ (49) e ‘falsidade’ (24). Ademais,
rexistramos nestas enquisas certas características que, aínda que non se extraian das
expresións figuradas analizadas, si gardan certa relación (>) cos valores que estas
vehiculan: ‘tranquilidade’ (13) , ‘paciencia’ (7), ‘obediencia/submisión’ (4),
‘resignación’ (1) e ‘apoucamento’ (1) (> ‘mansedume/docilidade’); ‘sacrificio’ (3) (>
‘laboriosidade’); ‘fame’ (5) (> gula): ‘precariedade/mala vida’ (75) (> ‘maltrato’).
Existen valores extraídos das expresións figuradas analizadas que non coinciden coa
valoración feita polos informantes nas enquisas: ‘agresividade’, ‘rudeza, brutalidade’ e
‘fortuna’. Do mesmo xeito, achamos outros valores que teñen representación nas
enquisas, pero non nas expresións figuradas analizadas. Trátase de valores como:
‘benquerenza’ (8), ‘tristura’ (5), ‘covardía’ (3), ‘parquidade’ (3), ‘humildade’ (2),
‘nobreza’ (2), ‘simpatía’ (2), ‘quentura/fogosidade’ (2), ‘desconfianza’ (1), ‘honradeza’
(1), ‘indefensión’ (1), ‘independencia’ (1), ‘miseria’ (1), ‘pasividade’ (1),
‘arrogancia/fachenda’ (1) e ‘tenrura’ (1). Por último, rexistramos unha serie de
valoracións nas enquisas orais e electrónicas que se opoñen (≠) ás extraídas das
expresións figuradas analizadas: ‘intelixencia’ (16) (≠ ‘estulticia’), ‘preguiza’ (9) (≠
‘laboriosidade’) e ‘fidelidade’ (6) (≠ ‘falsidade’),
Canto ás características físicas do animal, coinciden entre as enquisas e as expresións
figuradas os valores de ‘fortaleza’ (20), ‘fealdade’ (10) e ‘resistencia’ (8). Non
rexistramos nas enquisas os valores de ‘grandura’ e ‘ruído’ que si tiñan representación
nas expresións figuradas. Pola contra, nestas enquisas detectamos outros valores como a
‘lentitude’ (10), a ‘gordura’ (3) e a ‘torpeza’ (3), que non se rexistran nas expresións
figuradas. Ademais, destaca o valor de ‘fermosura’ (3) (≠ ‘fealdade’) co que se caracteriza
o burro nas enquisas orais e electrónicas. Por último, os informantes das enquisas fan
referencia ó ‘cansazo’ (4) do burro, un valor que garda directa relación (>) coa nosa
194 Este valor asociado ó animal femia.
219
etiqueta de ‘maltrato’, baixo a que situamos expresións como [canso] coma un burro e
burro cansado.
Polo que se refire ás relacións que se dan entre o home e o animal coinciden os valores
de ‘maltrato’ (9) e de ‘utilidade’ (2) que os galegos lle aplican ó burro tanto nas expresións
figuradas recollidas como nas enquisas orais e electrónicas; ademais, acrecéntase, nestas
últimas, o valor de ‘compañeirismo’ (1). Ó igual que nas expresións figuradas, tampouco
recollemos nas enquisas realizadas valores vinculados coa relación do burro con outros
animais.
Por último, a valoración directa do burro que fan os galegos nas enquisas non coincide en
absoluto coa extraída das expresións figuradas, xa que os informantes o caracterizan como
‘valioso’ (1), mentres que nas expresións figuradas detectamos a ‘mala valoración’ do
animal.
Finamente, podemos determinar mediante esta análise que os galegos caracterizan o burro
como un animal estulto, pero útil para o traballo no campo e o transporte, pola súa
resistencia, fortaleza e mansedume; aínda que ás veces mostre o seu carácter teimudo e,
por iso, se comporte de xeito agresivo cos donos ó soltarlles falsamente algún couce. Por
este motivo, os galegos empregan a violencia con el, posto que interpretan que o animal
é preguiceiro e non quere traballar. Trátase, ademais, dun animal grande e robusto, polo
que ás veces pode resultar un pouco brután. Polo mesmo motivo, os seus movementos
son lentos e torpes, pero seguros; pois resulta ser a mellor montura para varios traballos
agrícolas que requiren o paso por terreos difíciles. A pesar de que o animal non supón
moito gasto para os seus donos, os galegos veno como un animal lambón, quizais por
seguir comendo máis do que, a ollos do ser humano, merece. Para os galegos é un animal
mal valorado, que fai ruídos molestos e feo. Así e todo, o burro é tamén ben valorado pola
súa utilidade nas casas galegas, pois aínda que se lle apoñan todos estes defectos tamén
destaca a súa fidelidade (ó igual que no caso do can). Por moito que o maltraten este
resiste pacientemente, cumpre no traballo da casa e non escapa195. Son conscientes,
tamén, da súa intelixencia, pois aprende máis rápido ca outros animais coma o boi, a vaca
ou o cabalo; aínda que esta característica lles poida pasar desapercibida a moitas persoas
195 Mariño Ferro (1996: 37) explica que o burro destaca na cultura occidental por ter un carácter plácido e
paciente, que lle permite soportar os malos tratos coa maior resignación.
220
por ser un animal de movementos lentos, algo que, unido ó feito de deixarse maltratar
polo seu dono, determina a súa consideración de estulto.
Percibimos, como xa comentamos, certas características atribuídas ó animal (tiradas
concretamente das enquisas orais e electrónicas) que difiren das que se viñan dando na
tradición cultural galega. Cremos que o abandono do uso do burro (e do boi, da mula ou
da vaca) para certos traballos agrícolas, así como a progresiva urbanización que sufriu a
Galicia rural, propiciou que hoxe en día os galegos lle atribúan ó burro o valor da
‘preguiza’, pois xa non ten unha función determinada como a que tiña antano; do mesmo
xeito, cobra sentido o valor de ‘compañeirismo’, xa que en moitas casas galegas pasou a
ser un animal máis de compañía. Estes cambios sociolóxicos fan que os galegos vexan o
burro dende unha óptica diferente, aínda que os informantes máis novos recoñezan
expresións figuradas como [traballar] coma un burro e tamén as empreguen196.
Relacionados coa concienciación da sociedade acerca do maltrato que sufriu o burro por
moitos anos e a posta en valor das capacidades do animal para outro tipo de traballos
(como a terapia para persoas con todo tipo de problemas psíquicos) atópanse os valores
de ‘intelixencia’ e ‘fidelidade’. Todos estes factores fan que a realidade de outrora, que
motivou certas expresións figuradas co referente do burro, quede cada día máis afastada.
A pesar diso, as expresións figuradas que acabamos de tratar aínda funcionan na
sociedade actual cos mesmos significados cos que funcionaban cando se crearon e o burro
segue a ser un dos referentes máis empregados na lingua galega para conceptualizar a
realidade a través de expresións figuradas.
Ó igual que ocorre en galego, tamén noutras linguas o burro é un dos animais con máis
presenza na fraseoloxía popular. Así o afirma Kioridis (2008: en liña) no estudo que fai
dos refráns gregos e españois en que aparece reflectido o burro. O autor sinala que, tanto
en grego coma en castelán, existen refráns que proxectan unha imaxe maioritariamente
negativa do animal; unha imaxe que, tal e como explica o autor, «no se corresponde con
sus cualidades ni con el valor extraordinario de las prestaciones que le da al hombre». O
mesmo ocorre en francés, en que o burro adoita ser caracterizado, a partir das súas
expresións figuradas, como un ser humilde, paciente, silencioso e que respecta o seu amo
a pesar dos malos tratos que este lle dá e os castigos que lle impón. Nesta lingua, tal e
como ocorre en galego, o nome do burro foi, dende tempos antigos, sinónimo da
196 É o caso de máis de trinta informantes das enquisas de entre 13 e 30 anos.
221
ignorancia e da estupidez; o animal doméstico que presentaba a peor reputación na
linguaxe figurada francesa (Rozan, 1902: 19-43).
Cascajero (1998: 14) repara na dualidade temática das valoracións que o ser humano fai
do burro e explica que, a pesar da mala valoración que se lle daba a este animal en España,
constituía un auxiliar elemental e básico para os aldeáns; excluídos, iso si, outros animais
máis custosos coma o boi, o mulo ou o cabalo que un campesiño moitas veces non podía
pagar. O autor mostra certas calidades positivas do burro a pesar da súa mala reputación:
Soporta el calor y la sequía mejor que caballos (no muy usados, generalmente, en la
Antigüedad, para el trabajo) y mulos. Era mucho más sobrio y frugal en su alimentación,
más austero, paciente y sufrido, más dócil, manso y obediente, más humilde, laborioso y
quieto, más resistente a la enfermedad, más longevo, más barato, sin necesidad de
herrajes, ni albardas ni cinchas ni aparejos (aunque los agradezca). Superior a ellos,
también, en energía, poder nervioso, tenacidad en el trabajo, temperamento y resistencia
a la fatiga y, sin duda, según nos parece, dotado de mayor inteligencia.
Cascajero, 1998: 15
O burro parece ser, xa que logo, un animal desafortunado tanto na nosa tradición cultural,
coma na doutras linguas. Non deixa de resultar curioso como un animal que presenta
tantas calidades útiles para as persoas, sexa un dos peor valorados, aínda que se recoñeza,
de xeito minoritario, a súa utilidade. Cremos que o punto de partida da mala valoración
que galegos fan do burro, comportada polas características de ‘estulticia’, ‘agresividade’,
‘falsidade’, ‘fealdade’ etc., garda relación co feito de que sexa unha montura barata, a
única que se podían permitir as casas pobres. Normalmente as persoas con máis
posibilidades económicas non tiñan burros, senón outro tipo de monturas máis custosas,
coma cabalos197. A idea de que aquilo que é accesible a todos é de mala calidade, mentres
que ó que só está a disposición duns cantos é de boa calidade, inflúe no feito de que en
Galicia se asocie o burro coa pobreza198, coa precariedade e coa mala vida; aínda que,
como comprobamos, as calidades positivas que presenta o animal sexan moitas. Cremos
que, unha vez que se forma esa imaxe negativa do burro, as demais características que
posúe, que en principio deberían ser valores neutros (como a lentitude), comezan a ser
197 Groba Bouza (2011:158) explica que a suposta ignorancia do burro é un falso estigma da sociedade e
basea a súa explicación na comparación que fan os humanos do burro co cabalo. 198 Mariño Ferro (1996: 37) descríbeo como un animal «Sobrio, poco exigente, trabajador: el animal
apropiado para los pobres. Incluso podríamos decir que pobres y asnos comparten esas cualidades, además
del aspecto humilde que los diferencia, respectivamente, de los señores y de los caballos».
222
interpretadas tamén de xeito negativo e asociadas con outras (coma a estulticia ou a
teimosía). Deste xeito, un animal probadamente intelixente (Mandianes, 2002: 88) remata
por converterse nun símbolo de estulticia na nosa sociedade.
223
8 CONCLUSIÓNS
O resultado da recolleita de expresións figuradas galegas construídas con referentes
animais, a partir das fontes escritas sinaladas e das enquisas realizadas, foi de 1317
expresións. Destas, 264 son expresións monoverbais (cabalón ‘persoa de modais pouco
refinados’), 257 locucións non comparativas (coller o porco polo rabo ‘cometer unha
equivocación’), 575 locucións comparativas ([humilde] coma unha ovella ‘ser moi
humilde’), 180 refráns (o can vello, se ladra, dá consello * ‘invita a seguir o consello de
alguén de avanzada idade’), 27 fórmulas ((e) a burra déitase! ‘dise cando alguén se deita
ou se rende’) e 14 dialoxismos (díxolle o corvo á pega : bótate alá/saca para alá, que es
negra! * ‘refírese a quen despreza alguén sen se dar conta que presenta as mesmas
características negativas que critica’). Ademais, destas 1317 expresións figuradas, 1140
teñen como referente, cada unha delas, un único animal ó que os galegos lle atribúen os
valores que se poden consultar no anexo 1, mentres que as 177 expresións restantes
refírense a dous ou máis animais, como se pode comprobar no anexo 2. A través da análise
destas 1317 expresións figuradas comprobamos que os galegos empregan os referentes
animais para vehicular valores maioritariamente negativos (43,44 %), e, en menor
medida, tamén neutros (32,79 %) e positivos (23,77 %). Esta preponderancia dos valores
negativos concorda perfectamente coa valoración negativa que, de modo xeral, se lle
atribúe ós animais a través de voces xenéricas (animal, besta, bicho ou gando) como se
pode comprobar no anexo 2 deste traballo.
Percibimos que son máis numerosas as expresións que portan valores referidos ó
carácter/condición do animal, pois supoñen un 63,12 % do total. Deste xeito, os galegos
reparan, en primeira instancia, no comportamento dos animais que viven ó seu redor e
crean expresións figuradas que os axudan a conceptualizar realidades frecuentemente
abstractas a partir da súa interpretación daquel (crebar/romper os cornos ‘matinar moito
en algo para procurar solucionalo’). En segunda instancia detectamos expresións
figuradas que teñen como referentes as características físicas que os galegos destacan dos
animais ([pequeno] coma un/os rato/s ‘ser moi pequeno’) e que representan o 26,23 % do
total de expresións. Cun 9,01 % atopamos as expresións figuradas vinculadas coas
relacións que se dan entre o ser humano e o animal ([traballar/dar a todo] coma a vaca do
pobre / [ser] coma a vaca do pobre, que ten que andar ás dúas mans ‘moi duramente, sen
descanso’) e entre os animais ([acudir/ir] coma as moscas arredor do mel ‘acudir en gran
número’). Por último, aquelas expresións que reflicten unha valoración pouco concreta
224
do animal (ave de mal agoiro ‘persoa que anuncia malos presaxios’) posúen unha
porcentaxe dun 1,64 %.
Os animais empregados polos galegos como referentes das expresións figuradas son,
sobre todo, os que están próximos ó eido doméstico (67,08 %), posto que se fixan nas
realidades máis próximas e coñecidas para conceptualizar distintos aspectos da súa vida
diaria. Así e todo, tamén teñen presenza nestas expresións os animais salvaxes (27,16 %)
e, en menor medida, os exóticos (5,76 %).
O animal máis empregado en galego para crear expresións figuradas con referentes
animais é o can. Despois da análise das 161 expresións figuradas que recollemos en
galego con este animal como referente comprobamos que se retratan certos aspectos do
seu carácter e condición: ‘agresividade’ (29), ‘precariedade/mala vida’ (16), ‘gula’ (15),
‘preguiza’ (14), ‘intelixencia’ (8), ‘promiscuidade’ (6), ‘fidelidade/submisión’ (6)
‘covardía’ (5), ‘falsidade’ (4), ‘soidade’ (3), ‘noctambulismo’ (3), ‘maldade’ (2),
‘insensatez’ (2), ‘benquerenza’ (1), ‘teimosía’ (1), ‘valentía’ (1), ‘dominio’ (1) e
‘laboriosidade’(1). En segundo lugar, as expresións figuradas poñen de relevo, tamén, as
seguintes características físicas do can: a ‘velocidade’ (5), os ‘ruídos’ que emite (4), a
‘delgadeza’ (3), o ‘bo ouvido’ (1) , o ‘bo olfacto’ (1), a ‘resistencia’ (1), a ‘fealdade’ (1)
e a ‘sucidade’ (1). Canto ás relacións que se establecen entre o home e o animal
destacamos a ‘utilidade’ (11), o ‘maltrato’ (10) e a ‘semellanza’ (1); e, polo que se refire
ás que se dán entre animais: ‘inimizade’ (5) e ‘respecto’ (1). Por último, destaca o valor
de ‘mala valoración’ (8).
O gato é o segundo animal cun maior número de expresións figuradas no noso corpus,
concretamente funciona como referente de 90 expresións. A través da análise das ditas
expresións comprobamos que os galegos reparan nas seguintes características do seu
carácter e condición: ‘gula’ (15); ‘agresividade/fereza/voracidade’ (11); ‘falsidade’ (7);
‘preguiza/ociosidade’ (5); ‘fortuna’ (5); ‘fogosidade’ (3); ‘precaución’ (3);
‘maldade/ruindade’ (2); ‘astucia’ (2); ‘roubo’ (2); ‘ingratitude’ (2); ‘paciencia’ (1);
‘atrevemento’ (1); ‘ledicia’ (1); ‘inxenuidade’ (1); ‘soidade/independencia’ (1);
‘noctambulismo’ (1) e ‘insignificancia’ (1). Con respecto ás súas características físicas,
os galegos fíxanse en calidades como a ‘velocidade’ (5), a ‘axilidade’ (4), a ‘resistencia’
(3) , a ‘sucidade’ (3), os ‘ruídos’ (2) e a ‘gordura’ (1). As expresións que retratan as
relacións que se dan entre o ser humano e o animal destacan os valores de ‘utilidade’ (3)
e ‘control’ (1); e as que dan conta das relacións entre animais, a ‘inimizade’ (7) e a
225
‘rivalidade’ (1). Canto á valoración sen maior grao de concreción, podemos ver que os
galegos valoran o gato tanto positiva coma negativamente a través das etiquetas de ‘boa
valoración’ (1) e ‘mala valoración’ (1).
Por último, analizamos as 72 expresións figuradas que teñen o burro como referente. Os
resultados desta análise permitíronnos determinar que os galegos valoran o burro coas
seguintes características referidas ó seu carácter e condición: ‘estulticia’ (15),
‘teimosía/insistencia’ (7), ‘gula’ (4), ‘agresividade’ (3), ‘rudeza/brutalidade’ (2),
‘falsidade’ (1), ‘mansedume’ (1), ‘laboriosidade’ (1) e ‘fortuna’ (1). Canto ás
carcaterísticas físicas que se destacan deste animal nas expresións figuradas, detectamos
os valores de: ‘grandura’ (7), ‘ruído’ (4), ‘fealdade’ (1), ‘resistencia’ (1) e ‘fortaleza’ (1).
Polo que respecta ás relacións que se establecen entre o home e o animal os galegos
salientan os valores de ‘maltrato’ (15) e ‘utilidade’ (1). Finalmente, valoran o burro
negativamente sen facer referencia a unha característica concreta do animal, polo que as
expresións que se sitúan neste apartado fano baixo a etiqueta de ‘mala valoración’ (9).
A través da comparativa dos valores portados polos cinco grupos de animais máis
representativos do corpus nas expresións figuradas analizadas (can, cadela; gato, gata;
burro, burra; boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro e lobo, loba) coas respostas
das enquisas orais e electrónicas podemos determinar que, de xeito xeral, a valoración
que fan os galegos destes animais concorda coa recollida, de forma máis directa, nas
enquisas realizadas. Así e todo, rexistramos nestas últimas algunhas oposicións
semánticas con respecto ós valores tirados da análise das expresións figuradas, por
exemplo: can, cadela (‘masedume/docilidade’199 ≠ ‘agresividade/ira/fereza’), gato, gata
(‘limpeza’ ≠ ‘sucidade’), burro, burra (‘preguiza’ ≠ ‘laboriosidade’), boi, vaca, becerro,
cuxo, xato, xovenco, touro (‘silencio’ ≠ ‘ruído’) e lobo, loba (‘independencia/soidade’ ≠
‘agrupación’). Cremos que estas oposicións semánticas responden a unha interpretación
diferente dos animais, propiciada na maior parte das ocasións, pola desruralización e o
cambio nas súas condicións de vida e na súa relación cos seres humanos. As expresións
figuradas analizadas presentan imaxes procedentes de escenarios rurais, en grande
medida do pasado, polo que o comportamento do animal que funciona como referente das
ditas expresións será distinto, ou simplemente interpretado de xeito diferente, ó actual,
moi en especial, aínda que non só, nun ámbito urbano.
199 Os primeiros valores que se sitúan entre parénteses corresponden sempre ás enquisas orais e electónicas
e os segundos, sobre os que se fai a oposición, extráense das expresións figuradas do noso corpus.
226
A análise das enquisas realizadas permítenos concluír que o retrato e caracterización da
totalidade de animais tratados nas ditas enquisas se corresponde, de xeito maioritario, co
obtido da análise das expresións figuradas analizadas. Así, mediante as respostas dos
informantes á pregunta II das ditas enquisas, comprobamos que o índice de coincidencia
de animais que portan os mesmos valores cás expresións figuradas analizadas está nún
74,04 %, e o 25,96 % restante correspóndese coa asignación dos valores tirados das
expresións figuradas a outros animais.
En canto ós tipos de animais seleccionados polos informantes para atribuírlles os valores
máis representativos que se extraen das expresións figuradas analizadas, aqueles que se
sitúan na franxa de idade de 13 a 50 anos adoitan escoller máis animais próximos ó ámbito
doméstico (73,14%), ca salvaxes (16,45 %) ou exóticos (10,41 %). De igual maneira, os
informantes que teñen idades comprendidas entre os 51 e os 86 anos escollen primeiro os
animais domésticos (75,58 %) para atribuírlles os valores seleccionados, antes que os
salvaxes (17,09%) e os exóticos (7,33 %). Son os informantes de maior idade os que
escollen máis animais próximos a espazos domésticos, aínda que a diferenza con respecto
ós máis novos é pouco representativa. Polo que se refire ó parámetro do hábitat dos
informantes, aqueles que pertencen a un hábitat urbano escollen con máis frecuencia os
animais próximos ó eido doméstico (68,9 %) sobre os salvaxes (18,67 %) ou os exóticos
(12,43 %); tal e como acontece con aqueles que viven nun hábitat rural, que lle asignan
estes valores ós animais do eido doméstico (75,18 %) en primeira instancia, sobre os
salvaxes (16,17 %) e os exóticos (8,65%). Aqueles informantes que se identifican tanto
cun hábitat urbano coma rural escollen, tamén, animais do ámbito doméstico (74,28 %)
en máis ocasións que os salvaxes (17,15 %) e exóticos (8,57 %). Como vemos, aínda que
nos tres casos os animais domésticos sexan os máis escollidos para representaren os
valores con máis incidencia de aparición no noso corpus, son os habitantes do rural os
que recorren a eles en máis ocasións.
Polo que se refire ó recoñecemento por parte dos informantes das 10 expresións figuradas
do noso corpus que se rexistran en máis fontes lexicográficas (ser un can sen dono; caer
da burra; ser un can vello; chámalle burro ó cabalo!; palabra! Díxolle o lobo á cabra;
outra vaca no millo!; muda o lobo os dentes mais non as mentes; botar o carro diante
dos bois; acabarselle a vaca leiteira a alguén e na terra dos lobos hai que ouvear coma
todos), comprobamos que, en xeral, o coñecemento destas expresións figuradas é alto. Os
resultados obtidos a partir da pregunta IV das enquisas mostran que, nas enquisas
227
electrónicas o 41,96 % das respostas ofrecidas correspóndense coa opción «coñézoa e
úsoa», o 29,84 % con «coñézoa pero non a uso» e o 28,2 % a «non a coñezo». O parámetro
de idade nestas enquisas mostra que son os informantes de maior idade (de 51 a 86 anos)
os que escollen a opción «coñézoa e úsoa» en máis ocasións, 52,86 %, que os informantes
máis novos (de 50 a 13 anos), 39,3 %. Canto ó parámentro do hábitat dos informantes, os
datos recollidos mostran que os pertencentes a un hábitat rural escollen nun 43,99 % dos
casos a opción «coñézoa e úsoa» sobre o 40,06 % que escollen esta mesma opción no
hábitat urbano. Nas enquisas orais, o 71% das respostas correspóndese coa opción «oíuna
algunha vez» e o 29 % con «non a oíu»; aínda que estes datos mostran que existe un
recoñecemento elevado destas expresións non garanten por completo o seu uso, xa que
un 54 % das respostas introducen tamén a definición da expresión, mentres que o 46 %
restante non as pode definir. O parámetro da idade mostra que, tamén nestas enquisas,
son os informantes de máis idade (de 51 a 86 anos) os que escollen a opción «oíuna
algunha vez» en máis ocasións, 74,24 %, sobre os informantes de menor idade (de 13 a
50 anos), que presentan unha porcentaxe uns puntos menor, 64,7 %. Así e todo, son os
informantes máis novos os que ofrecen un maior número de definicións das expresións
(56,47 %) sobre os de maior idade (52,72 %). Por último, o parámetro do hábitat mostra
que son os informantes que se identifican cun hábitat rural-urbano os que escollen a
resposta «oíuna algunha vez» nun número de veces porcentualmente maior (72,5 %) ca
aqueles que se identifican exclusivamente co hábita rural (70,75 %) ou cun hábitat urbano
(71,67 %); aínda que as cifras estean moi próximas entre si. Destes tres grupos, aquel que
mostra unha porcentaxe de definición das expresións máis alta (56,25 %) é o de
informantes que se identifican co rural. Poderíamos dicir, xa que logo, que os datos
extraídos da pregunta IV das enquisas mostran que adoitan ser os infomantes de máis
idade e que se identifican cun hábitat rural ou rural-urbano os que acostuman coñecer
máis expresións figuradas, aínda que non sempre son quen de ofrecer o significado das
mesmas, algo que fan, nun número de veces maior, os enquisados máis novos.
Como se pode comprobar nos anexos 1 e 2 deste traballo, das 1317 expresións que
compoñen o noso corpus 300 vense representadas nas enquisas realizadas, tanto por ser a
única fonte de extracción (125 expresións), como por presentar variantes das expresións
figuradas extraídas de fontes lexicográficas (111 expresións), ou por coindicir con elas
(64 expresións).
228
Mediante a análise de 1317 expresións galegas construídas con referentes animais
puidemos coñecer cal é a valoración xeral que fan os galegos dos animais, unha
valoración que queda reflectida nas expresións figuradas que eles mesmos empregan. Os
anexos 1 e 2 recollen a totalidade das expresións analizadas, co seu significado figurado
e a fonte da que foron extraídas (xa sexa unha obra escrita ou un informante das enquisas).
Ofrecemos así un recurso a disposición do investigador interesado en que poder consultar,
agrupadas por animais, tanto as expresións xa rexistradas nas fontes lexicográficas como
as extraídas da oralidade. Este marco xeral permitiunos coñecer cales son os animais máis
presentes nas expresións figuradas galegas e a tres deles dedicamos un estudo máis
detallado. A análise realizada, complementada e contrastada cos resultados das enquisas
orais e electrónicas sobre a valoración directa que fan os galegos dos animais, pretende
servir como punto de partida para levar a cabo unha análise máis profunda e completa da
linguaxe figurada expresada a través do ámbito animal. Pretendemos contribuír deste
modo ó desenvolvemento dos estudos sobre a linguaxe figurada galega e ó coñecemento
da visión do mundo, e en particular dos animais, que os galegos reflicten a través dela.
229
9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9.1 Dicionarios, vocabularios, enciclopedias e corpus
9.1.1 Fontes de extracción das expresións figuradas
CARBALLEIRA ANLLO, X. M.ª (coord.) (2009): Gran dicionario Xerais da lingua, 2 vols.
Vigo: Xerais.
FERRO RUIBAL, X. (1995): Refraneiro galego básico. Vigo: Galaxia.
— (2002): Refraneiro galego máis frecuente. Vigo: La Voz de Galicia.
— (2006): «Locucións e fórmulas comparativas ou elativas galegas», Cadernos de
fraseoloxía, 8, 179-265.
LÓPEZ TABOADA, M.ª C. e M.ª R. SOTO ARIAS (2008): Dicionario de fraseoloxía galega.
Vigo: Xerais.
MARTÍNEZ SEIXO, R. A. (dir.) (2000): Dicionario fraseolóxico galego. Vigo: A Nosa
Terra.
REAL ACADEMIA GALEGA (2012): Dicionario da Real Academia Galega [en liña]. [Ref.
do 1 de marzo de 2013]. Dispoñible en: http://www.realacademiagalega.org/
RIVAS, F. (2005): Dicionario fraseolóxico do mar: así falan os mariñaos. Vigo: A Nosa
Terra.
9.1.2 Dicionarios ideolóxicos, temáticos e conceptuais
ALVAR EZQUERRA, M. (dir.) (1995): Diccionario ideológico de la lengua española Vox.
Barcelona: Bibliograf.
BARTOLI-BERTI, P. et al. (2002): Dicionario mais. Da idéia às palavras. Lisboa: Lisboa
Editora.
BÍVAR, A. (1948-1952): Dicionário Geral e Analógico da Língua Portuguesa, 3 vols.
Porto: Edições Ouro.
CASARES, J. (1999 [1942]): Diccionario ideológico de la lengua española: desde la idea
a la palabra, desde la palabra a la idea. Barcelona: Gustavo Gili.
GULLAND, D. M. e HINDS-HOWELL, D. D. (2001): The Penguin Dictionary of English
Idioms. London: Penguin Books.
230
LÓPEZ TABOADA, M.ª C. e M.ª R. SOTO ARIAS (1995): Así falan os galegos: fraseoloxía
da lingua galega, aplicación didáctica. A Coruña: Galinova.
PÉCHOIN, D. (dir.) (1991): Thésaurus Larousse. Des idées aux mots. Des mots aux idées.
Paris: Larousse.
QUINTÁNS SUÁREZ, M. (dir.) (1997): Diccionario conceptual galego, 8 vols. A Coruña:
Xuntanza.
RODRÍGUEZ-VIDA, S. (2004): Diccionario temático de frases hechas. Barcelona:
Columbus.
ROGET P. M. (1852): Thesaurus of English words and phrases, classified and arranged
so as to facilitate the expression of ideas and assist in literary composition.
London: Bloomsbury Books [en liña]. [Ref. do 31 de xaneiro de 2013]. Dispoñible
en: http://archive.org/stream/cu31924014451284#page/n49/mode/2up
SEVILLA MUÑOZ, J. (2004): Diccionario temático de locuciones francesas con su
correspondencia española. Madrid: Gredos.
SIEFRING, J. (ed.) (2004): Oxford Dictionary of Idioms. Oxford: Oxford University Press.
SPEARS, R. A. (1998): NTC’s Thematic Dictionary of American Idioms. Lincolnwood:
NTC Publishing Group.
SYLVESTER MAWSON, C. O. (2000): Roget’s International Thesaurus of English Words
and Phrases [en liña]. [Ref. do 24 de xaneiro de 2013]. Dispoñible en:
http://www.bartleby.com/110/
VERNAY, H. (1991-1996): Dictionnaire onomasiologique des langues romanes.
Tübingen: Max Niemeyer, 6 vols.
9.1.3 Enciclopedias
BURNIE, D. (ed.) (2002): Grande enciclopédia animal. Porto: Civilização.
CASAL VILA, B. (dir.) (2003): Gran enciclopedia galega Silverio Cañada. Lugo: El
Progreso/Diario de Pontevedra.
MACDONALD, D. (ed.) (2001): The New Encyclopedia of Mammals. Oxford: Oxford
University Press.
PEROZO, X. A. (dir.) (1999): Enciclopedia galega universal, t. 4. Vigo: Ir Indo.
231
9.1.4 Dicionarios de símbolos
CHEVALIER, J. (dir.) (1988): Diccionario de los símbolos (trad. de Manuel Silvar e Arturo
Rodríguez). Barcelona: Herder.
REIGOSA, A. et al. (2000): Diccionario dos seres míticos galegos. Vigo: Xerais.
9.1.5 Outras fontes de consulta
AGUIRRE DEL RÍO, L. (1858): Diccionario del dialecto gallego [en liña]. [Ref. do 13 de
agosto de 2015]. Dispoñible en: http://sli.uvigo.es/DdD/
BUITRAGO, A. (2006): Diccionario de dichos y frases hechas. Madrid: Espasa-Calpe.
CARRÉ ALVARELLOS, L. (1928-1931): Diccionario galego-castelán. A Coruña: Lar [en
liña]. [Ref. do 30 de novembro de 2016]. Dispoñible en:
http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=Rabeno&tipo_busca=lema
— (1951): Diccionario galego-castelán. A Coruña: Roel [en liña]. [Ref. do 30 de
novembro de 2016]. Dispoñible en:
http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=rabelo&tipo_busca=lema
CENTRO VIRTUAL CERVANTES (2016): Refranero multilingüe [en liña]. [Ref. do 25 de
maio de 2016]. Dispoñible en:
http://cvc.cervantes.es/lengua/refranero/Busqueda.aspx
CORREAS, G. (2000): Vocabulario de refranes y frases proverbiales. Madrid: Castalia.
DIAS, I. e SCHEMANN, H. (2005): Dicionário Idiomático português-alemão / Idiomatik
Portugiesisch-Deutsch. Braga: Universidade do Minho.
ETXABE, R. (2012): Diccionario de refranes comentado. Madrid: Ediciones La Torre.
RODRÍGUEZ LEÓN, M.ª E. (2003): Pequeno refraneiro alemán-galego [en liña]. [Ref. do
27 de maio de 2016]. Dispoñible en:
http://anl.uvigo.es/opencms/export/sites/anl/anl_gl/documentos/Pequeno_refrane
iro_aleman-galego.pdf
INSTITUTO DA LINGUA GALEGA (2016): Tesouro do léxico patrimonial galego e portugués
[en liña]. [Ref. do 11 de maio de 2016]. Dispoñible en: http://ilg.usc.es/Tesouro/gl
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA (2014): Diccionario de la lengua española [en liña]. [Ref.
do 25 de xullo de 2016]. Dispoñible en: http://dle.rae.es/?id=BOPN2zP
232
RODRÍGUEZ GONZÁLEZ, E. (1958-1961): Diccionario enciclopédico gallego-castellano
[en liña]. [Ref. do 26 de xuño de 2016]. Dispoñible en:
http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=gato&tipo_busca=lema
SANTAMARINA, A. (2003) (coord.): Tesouro informatizado da lingua galega [en liña].
[Ref. do 11 de xuño de 2014]. Dispoñible en: http://ilg.usc.es/TILG/
— (coord.) (2003): Dicionario de dicionarios [en liña]. [Ref. do 14 de novembro de
2013]. Dispoñible en: http://sli.uvigo.es/DdD/
SECO, M. (dir). (2004): Diccionario fraseológico documentado del español actual:
locuciones y modismos españoles. Madrid: Aguilar.
TABOADA CHIVITE, X. (2000): Refraneiro galego, Cadernos de fraseoloxía galega, 2.
TORRES QUEIRUGA, A. e M. RIVAS GARCÍA (coords.) (2008): Dicionario-Enciclopedia do
pensamento galego. Vigo: Xerais/Consello da Cultura Galega.
VALLADARES NÚÑEZ, M. (1884): Diccionario gallego-castellano [en liña]. [Ref. do 26
de xuño de 2016]. Dispoñible en:
http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=gato&tipo_busca=lema
VÁZQUEZ SACO, F. (2003): Refraneiro galego e outros materiais da tradición oral,
Cadernos de fraseoloxía galega, 5.
9.2 Obras de consulta
ACUÑA TRABAZO, A. e J. L GARROSA GUDE (2001): «Achegamento ó estudio comparativo
dos nomes de animais, das doenzas e doutros elementos relacionados coas crenzas
en Galicia», Verba, 49, 7-23.
ALBIG, W. (1931): «Proverbs and Social Control», Sociology and Social Research, 15,
527-535.
ALLAN, K. e K. BURRIDGE (1991): Euphemism and Dysphemism. Oxford: Oxford
University Press.
ALONSO MONTERO, X. (1967-1968): «Denominaciones gallegas de la culebra, el zorro y
el lobo. Una incursión en la lingüística del tabú y de la expresividad», Boletín de
la Comisión Provincial de Monumentos históricos y artísticos de Lugo, núm
66/70, 113-120.
233
ALONSO, M. e M. FERNÁNDEZ (2001): «Plan de recuperación de las razas caninas
autóctonas de Galicia (España)», Archivos de zootecnia, 50, 187-197.
ÁLVAREZ DE LA GRANJA, M. (1997): «As expresións fixas nos diccionarios galegos»,
Cadernos de lingua, 15, 71-95.
— (1999): «Variación e sinonimia nas unidades fraseolóxicas. Caracterización xeral e
propostas de tratamento lexicográfico», Cadernos de lingua, 19, 41-61.
— (2003): «As locucións verbais galegas», Verba, 52.
— (ed.) (2008): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva desde la fraseología.
Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang.
— (2011): «Agudo coma un allo o burro cego. La conceptualización de la inteligencia y
de la estulticia a través del lenguaje figurado gallego», en Kaldieva-Zaharieva, S.
e Zaharieva, R. (eds.): Linguistic studies in honour of Prof. Siyka Spasova-
Mihaylova. Sofía: Bulgarian Academy of Sciences / Institute for Bulgarian
Language, 377-413.
ÁNGELOVA NÉNKOVA, V. (2008): «La comparación, la metáfora y la metonimia: recursos
principales para la creación de las unidades fraseológicas», en M. Álvarez de la
Granja (ed.): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva desde la
fraseología. Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang, 19-28.
ARNAUD, P. J. L. (1991): «Réflexions sur le proverbe», Cahiers de lexicologie, 51, 6-27.
BENAVENTE JAREÑO, P. e X. FERRO RUIBAL (2010): O Libro da vaca: monografía
etnolingüística do gando vacún. Santiago de Compostela: Xunta de Galicia-
Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades.
BLACK, M. (1954-1955): «Metaphor», Proceedings of the Aristotelian Society, 55, 273-
294.
— (1966): Modelos y metáforas. Madrid: Tecnos.
BRUMME, J.(2006): «Las expresiones fijas con animales. El valor simbólico a través de
las lenguas», en 7è Congrés de Lingüística General. Barcelona: Departament de
Lingüística General, Universitat de Barcelona, Publicacions i edicións, UB, 1-19.
BUSQUETS I MOLAS, E. (1987): Els animals segons el poble. Barcelona. Editorial Millà.
BUSTOS, E. (1994): «Pragmática y metáfora», Signa, 3, 57-75.
234
CALERO FERNÁNDEZ, M.ª A. (1990): La imagen de la mujer a través de la tradición
paremiológica española (lengua y cultura). Barcelona: Universitat de Barcelona.
Dispoñible en: http://hdl.handle.net/2445/43136
CASARES, J. (1992 [1950]): Introducción a la lexicografía moderna. Madrid: CSIC.
CASCAJERO, J. (1998): «Apología del asno. Fuentes escritas y fuentes orales tras la
simbología del asno en la Antigüedad», Gerión, 16, 11-38.
CASTRO OTERO, S. et al. (2013): «Outros lances nos laños do Morrazo. Nova recollida de
unidades fraseolóxicas», Cadernos de fraseoloxía galega, 14, 273-286.
CAZAL, F. (1997): «Gatos y gatas en el Vocabulario de refranes y frases proverbiales de
Gonzalo de Correas (1627)», Criticón, 70, 33-52.
CHAMIZO DOMINGUEZ, P.J. (1992): «Procesos mentales y metáforas corporales», Logos.
Anales del Seminario de Metafísica, 1, 839-852.
— (1998): Metáfora y conocimiento. Málaga: Analecta Malacitana/Universidad de
Málaga.
— (2008): «Tabú y lenguaje: las palabras vitandas y la censura lingüística», Thémata.
Revista de filosofía, 40, 31-46.
CHOMSKY, N. (1971): Aspectos de la teoría de la sintaxis. Madrid: Aguilar.
— (1992 [1965]): Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge; Massachusetts: M.I.T.
Press.
CIFUENTES, J. L. (1994): Gramática cognitiva. Fundamentos críticos. Madrid: Eudema.
CONSELLERÍA DO MEDIO RURAL / XUNTA DE GALICIA (2015): Can de palleiro [en
liña].[Ref. do 30 de abril de 2016]. Dispoñible en:
http://mediorural.xunta.gal/areas/gandaria/razas_autoctonas/canina/can_de_palle
iro/?repro
COOPINGER, R. e L. COOPINGER (2002): Dogs: A New Understanding of Canine Origin,
Behaviour and Evolution. Chicago: The University of Chicago Press.
CORPAS PASTOR, G. (1997): Manual de fraseología española. Madrid: Gredos.
CORPORACIÓN DE RADIO E TELEVISIÓN DE GALICIA (CRTVG) (08/07/2012): Labranza.
Santiago de Compostela: Televisión de Galicia. Dispoñible en:
http://www.crtvg.es/tvg/programas/labranza
235
— (27/12/2015): Labranza. Predio de Marco da Curra. Can de palleiro. Santiago de
Compostela: Televisión de Galicia. Dispoñible en:
http://www.crtvg.es/tvg/programas/labranza
COSERIU, E. (1977): Principios de semántica estructural. Madrid: Gredos.
CROFT, W. (1990): Typology and universals. Cambridge [etc.]: University Press.
CRUZ CABANILLAS, I. De la e C. TEJEDOR MARTÍNEZ (1998): «La metaforización de
algunas denominaciones genéricas de animales», en J. L. Cifuentes Honrubia
(ed.): Estudios de Lingüística Cognitiva I. Alicante: Universidad de Alicante, 381-
388.
CUENCA, M. J. e J. HILFERTY (1999): Introducción a la lingüística cognitiva. Barcelona:
Ariel.
DIRVEN, R. (1985): «Metaphor as a basic means for extending the lexicon», en W.
Paprotté e R. Dirven (eds.): The Ubiquity of Metaphor. Amsterdam/Philadelphia:
John Benjamins, 85-119.
DIXON, R. M. W. (1982): Where Have All the Adjectives Gone? Berlin; New York/
Amsterdam: Mouton.
DOBROVOL'SKIJ, D. e E. PIIRAINEN (2000): «Sobre los símbolos: aspectos cognitivos y
culturales del lenguaje figurativo» (trad. de E.M. Iñesta), en A. Pamies Bertrán e
J.D. Luque Durán (eds.): Trabajos de lexicografría y fraseología contrastivas.
Granada: Método, 29-53.
— (2005a): Figurative language: cross-cultural anda cross-linguistic perspectives.
Amsterdam [etc.]: Elsevier.
— (2005b): «Cognitive theory of metaphor and idiom analysis», Jezykoslovije, vol. 6.1,
7-35.
— (2010): «Idioms: motivation and etymology», Yearbook of Phraseology, 1, 73-96.
ECHEVARRÍA ISUSQUIZA, I. (2003): «Acerca del vocabulario español de la animalización
humana», Círculo de Lingüística Aplicada a la Comunicación, 15 [en liña].
[Referencia do 12 de xuño de 2015]. Dispoñible en:
http://pendientedemigracion.ucm.es/info/circulo/no15/echevarri.htm
236
ESOPO (1815): Fábulas de Esopo, filósofo moral; y de otros famosos autores: corregidas
de nuevo. Barcelona: Impr. De Agustín Roca.
— (1999): Fábulas de Esopo (trad. Xoán Carlos Domínguez). Santiago de Compostela:
Xuntanza (colección Clásicos Xuntanza, 7).
FALCÃO PASTORE, P. C. (2009): A simbologia dos animais em expressoes idiomáticas:
inglés-portugues. Uma proposta lexicográfica. São Paulo: Universidade Estadual
Paulista/Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. (Tese de
doutoramento).
FAUCONNIER, G. (1994): Mental Spaces: Aspects of Meaning Construction in Natural
Language. Cambridge: Cambridge University.
— (1999): «Introduction to Methods and Generalizations», en T. JANSSEN e G. REDEKER
(eds.): Scope and Foundations of Cognitive Linguistics. The Hague: Mouton De
Gruyter. Cognitive Linguistics Research Series. Dispoñible en:
http://cogweb.ucla.edu/Abstracts/Fauconnier_99.html
FENNELL, J. (2013): Saber escuchar al perro. Madrid: El Drac.
FERNÁNDEZ FERREIRO, M. (2007): «La (re-)interpretación de metáforas en
sociolingüística», en P. Cano et al. (eds.): Actas del VI Congreso de Lingüística
General, vol. III. Madrid: Arco/Libros, 3657-3669.
FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ, M. et al. (2001): Razas autóctonas de Galicia en perigo de
extinción. Teo: Xunta de Galicia / Servicio de Estudios e Publicacións da
Consellería de Política Agroalimentaria e Desenvolvemento Rural.
FERRO RUIBAL, X. (1996): Cadaquén fala coma quen é. Reflexións verbo da fraseoloxía
enxebre. A Coruña: Real Academia Galega [en liña]. Dispoñible en:
http://academia.gal/documents/10157/27090/Xesus+Ferro+Ruibal.pdf
— (1997): «Deus e mailo Demo no refraneiro galego», Paremia, 6, 208-222.
— (2008): «A comparación fraseolóxica galega como radiografía lingüística», en M.
Álvarez de la Granja (ed.): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva
desde la fraseología. Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang, 129-189.
FILLMORE, C. J. (1975): «An alternative to checklist theories of meaning», Berkeley
Linguistics Society, 1, 123-131.
237
— (1982). «Towards a descriptive framework for spatial deixis», en R. J. Jarvell e W.
Klein (eds.): Speech, place and action: studies in deixis and related topics.
London: Wiley, 31-59.
— (1985): «Frames and the Semantics of Understanding», Quaderni di semantica, vol.6,
2, 222-254.
FILLMORE, C. J. e P. KAY (1995): Construction Grammar. Berkeley: University of
California.
FONTANIER, P. (1830 [1977]): Les figures du discours (introd. por Gérard Genette). Paris:
Flammarion.
FRAGUAS FRAGUAS, A. (1965): «Algunos dichos y creencias acerca de los animales»,
Actas do Congreso Internacional de Etnografía. Lisboa: Juntas de Investigações,
231-253.
— (1980): Historia de Galicia. Madrid: Cupsa / Editorial Planeta.
FREIXANES FERNÁNDEZ, V. (1988): O enxoval da noiva. Vigo: Galaxia.
GARCÍA GONZÁLEZ, C. (1985): «Glosario de voces galegas de hoxe», Verba, anexo 27 [en
liña]. [Ref. do 30 de abril de 2016]. Dispoñible en:
http://sli.uvigo.gal/DdD/ddd_pescuda.php?pescuda=can+de+palleiro&tipo_busc
a=exemplo
GARCÍA YEBRA, V. (ed. e trad.) (1992): Poética de Aristóteles. Madrid: Gredos.
GARCÍA-PAGE, M. (2008a): «Los animales verdaderos y falsos en la fraseolgía», en M.
Álvarez de la Granja (ed.): Lenguaje figurado y motivación: una perspectiva
desde la fraseología. Frankfurt am Main [etc.]: Peter Lang.
— (2008b): Introducción a la fraseología española: estudio de las locuciones. Barcelona:
Anthropos.
GECK, S. (2003): Actividad intelectual y emociones. Dos modelos cognitivos metafóricos
en alemán y español. Valladolid: Universidad, Secretariado de Publicaciones e
Intercambio Editorial.
GIBBS, R.W. (1992): «Categorization and metaphor understanding», Psychological
Review, 99, 572-577.
238
— (1994): The poetics of mind. Figurative thought, language, and understanding.
Cambridge: Cambridge University Press.
— (1996): «What's cognitive about cognitive linguistics?», en E. H. Casad. (ed.):
Cognitive linguistics in the redwoods: the expansion of a new paradigm in
linguistics. Berlin: Mouton de Gruyter, 27-53.
— (1999): «Taking metaphor out of our heads and putting in into the cultural world», en
R. W. Gibbs e G.J. Steen (eds.): Metaphor in Cognitive Linguistics. Amsterdam:
John Benjamins, 145-166.
GÓMEZ LÓPEZ, E. (1997): O campo semántico dos animais na fraseoloxía galega: estudo
comparativo. Vigo: Facultade de Filoloxía e Tradución. (Traballo de fin de
carreira).
GROBA BOUZA, F. (2010): «A cabalo regalado non se lle mira o dente. Compilación da
fraseoloxía equina galega actual», Cadernos de Fraseoloxía Galega, 12, 317-372.
— (2011): «Onde hai eguas, poldros nacen. A realidade vista dende os equinos»,
Cadernos de Fraseoloxía Galega, 13, 149-176.
— (2014): «Nas uñas, nas mans ou nos pés, has salir a quen es. Así se fala na Chan»,
Cadernos de Fraseoloxía Galega, 16, 357-437.
GUERN, M. Le (1980): La metáfora y la metonimia (trad. de A. de Gálvez-Cañero e Pidal).
Madrid: Cátedra.
GUERRA, R. F. (2011): «Os animais na fraseologia brasileira», Revista de Ciências
Humanas Florianópolis, vol. 45, 2, 461-515.
HATALOVÁ, H. (2007): «The dog as a metaphor or symbol in chinese popular
phraseology», Asian and African Studies, 16, 2, 161- 185.
HENLE, P. (ed.) (1958): «Metaphor», en Language, Thought and Culture. Ann Arbor:
University of Michigan Press.
HESTER, M. B (1967): The Meaning of Poetic Metaphor. Mouton: La Haya.
IBARRETXE-ANTUÑANO, I. e J. VALENZUELA (2012): «Lingüística cognitiva: origen,
principios y tendencias», en I. Ibarretxe-Antuñano e J. Valenzuela (dirs.):
Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos, 41-68.
239
IBARRETXE-ANTUÑANO, I. et al. (2012): «La semática cognitiva», en I. Ibarretxe-
Antuñano e J. Valenzuela (dirs.): Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos,
41-68.
INCHAURRALDE, C. e I. VÁZQUEZ (eds.) (2000): Una introducción cognitiva al lenguaje
y la lingüística. Zaragoza: Mira.
IÑESTA MENA, E. e A. PAMIES BERTRÁN (2002): Fraseología y metáfora: aspectos
tipológicos y cognitivos. Granada: Granada Lingüística.
JOHNSON, M. (1987): The Body in the Mind: the Bodily Basis of Meaning, Imagination,
and Reason. Chicago; London: The University of Chicago Press.
JOHNSON-LAIRD, P. N. (1980): «Mental Models in Cognitive Science», Cognitive
Science, 4, 71-115.
JULIÀ LUNA, C. (2013): «Los animales en la categorización de la realidad: análisis
semántico de algunos somatismos que contienen la voz pata», en J. F. Val Álvaro
et al. (eds.): Actas del 10º Congreso General de Lingüística General. Zaragoza:
Universidad de Zaragoza.
KEKIC, K. (2008): «El lenguaje figurado con zoonimos en serbio», Language Design 10,
107-131.
KEMP, D. (dir.) (2008): Science of cats [en liña]. [Ref. do 13 de xullo de 2016]. Dispoñible
en: http://natgeotv.nationalgeographic.es/es
KIORIDIS, I. (2008): «Asnos, burros, γάιδαροι, όνοι: estudio comparativo de su presencia
en los refranes españoles y griegos», Culturas Populares. Revista electrónica, 6
[en liña]. [Ref. do 18 de agosto de 2016]. Dispoñible en:
http://www.culturaspopulares.org/textos6/articulos/kioridis.pdf
KLEIBER, G. (1995): La semántica de los prototipos. Categoría y sentido léxico. Madrid:
Visor Libros.
KOSSLYN, S. M. (1978): «Imagery and Internal Representation», en E. Rosch e B. B.
Lloyd (ed.): Cognition and categorization. Hilsdale : Erlbaum.
KÖVECSES, Z. (1990): Emotion concepts. New York: Springer-Verlag.
240
— (2000): Metaphor and emotion: language, culture, and body in human feeling.
Cambridge: Cambridge University Press; Paris: Editions de la Maison des
sciences de l'homme.
— (2005): Metaphor in culture: universality and variation. Cambridge [etc.]: Cambridge
University Press.
KÖVECSES, Z. et al. (2002): «Language and emotion: the interplay of conceptualisation
with physiology and culture», en R. Dirven e R. Pörings (eds.): Metaphor and
Metonymy in Comparison and Contrast. Berlin/New York: Mouton de Gruyter,
133-159.
LA FONTAINE, J. de (1966): Fables. Chronologie et introduction par Antoine Adam. París:
Garnier-Flammarion.
LAKOFF, G. (1990 [1987]): Women, Fire, and Dangerous Things. What Categories
Reveal about the Mind. Chicago: University of Chicago Press.
— (1993): «The contemporary theory of metaphor», en A. Ortony (ed.): Metaphor and
thought. Cambridge: Cambridge University Press, 202-251.
LAKOFF, G. e M. JOHNSON (1980): Metaphors We Live By. Chicago: University of
Chicago Press.
LAKOFF, G. e M. TURNER (1989): More than cool reason. A fiel guide to poetic metaphor.
Chicago: Chicago Univerrsity Press.
LANGACKER, R. W. (1987): Foundations of Cognitive Grammar: Theoretical
Prerequisites. Stanford: Stanford University Press.
— (1993): «Universal of construal», Berkeley Linguistics Society, 19, 447-463.
LÓPEZ TABOADA, C. e Mª R. SOTO ARIAS (2010): «Sete catas na orixe da fraseoloxía»,
Estudos de Lingüística Galega, 2, 221-233.
LORENZO FERNÁNDEZ, X. (1962): Etnografía: cultura material. Historia de Galiza, vol.
2. Bos Aires: Nós.
LUQUE NADAL, L. (2012): Principios de culturología y fraseología españolas:
creatividad y variación en las unidades fraseológicas. Frankfurt am Main: Peter
Lang.
241
MÃÇAS, D. (1950): Os animais na linguagem portuguesa. Lisboa: Centro de Estudos
Filológicos.
MALDONADO, R. (2012): «La Gramática Cognitiva», en I. Ibarretxe-Antuñano e J.
Valenzuela (dirs.): Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos, 213-247.
MANDIANES, M. (2002): O burro. Vigo: Ir Indo.
MARIÑO FERRO, X. R. (1985): La medicina popular interpretada, vol.1. Vigo: Xerais.
— (1996): El Simbolismo animal: creencias y significados en la cultura occidental.
Madrid: Encuentro.
MARQUES, E. A. (2013): «Esquemas conceituais zoonimicos na fraseología brasileira,
española e francesa», XXVII Congrés international de linguistique et de philologie
romanes. Estrasburgo: ÉliPhi.
MARTÍN ZORRAQUINO, Mª A. (1986): «Sobre algunas expresiones fijas con nombres de
animal en el español coloquial moderno», Estudios en homenaje al Dr. Antonio
Beltrán Martínez. Zaragoza: Universidad de Zaragoza, 1259-1263.
MARTÍNEZ BLANCO, X. e S. VEIGA ALONSO (2010): «Fraseoloxía galega de peixes e
outros animais mariños», Cadernos de Fraseoloxía Galega,12, 155-173.
MASO, E. Dal (2013): «Las hormigas y otros insectos en la fraseología española e
italiana», Language Design, 15, 91-117.
MAZARS DENYS, E. e J. JURADO MERELO (1999): «Les cris des animaux dans quelques
expressions figées françaises en rapport avec le monde humain», Paremia 8, 327-
331.
MELLADO BLANCO, C. (2013): «Tipología de la motivación fraseológica en un corpus
onomasiológico alemán-español», en P. Mogorrón Huerta et al. (eds):
Fraseología, opacidad y traducción. Frankfurt am Main: Peter Lang.
MENDOZA IBAÑEZ, F. (2001): «Lingüística cognitiva: semántica, pragmática y
construcciones», Círculo de lingüística aplicada a la comunicación, 8. [en liña].
Dispoñible en: http://pendientedemigracion.ucm.es/info/circulo/no8/ruiz.htm
MOKIENKO, V. (2000): Fraseoloxía eslava. Manual universitario para a especialidade
da lingua e literatura rusas (trad. de Ekaterina Guerberk). Santiago de
242
Compostela: Xunta de Galicia / Consellería de Educación e Ordenación
Universitaria / Centro Ramón Piñeiro para a Investigación en Humanidades.
MONTERO, E. (1981): El eufemismo en Galicia: su comparación con otras áreas
romances. Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela.
MORALES MUÑIZ, M. D. (1996): «El símbolismo animal en la cultura medieval», Espacio,
Tiempo y Forma, III, Historia Medieval, 9, 229-255.
MUÑOZ TOBAR, C. (2010): «El cuerpo en la mente. La hipótesis de la corporeización del
significado y el dualismo», Revista de Psicología, 18, 91-106.
NAZARENKO, L. e E. M. IÑESTA MENA (1998): «Zoomorfismos fraseológicos», en J. de
D. Luque Durán e A. Pamies Bertrán (eds.): Léxico y fraseología. Granada:
Método, 101-109.
NEWMARK, P. (1985): «The Translation of Metaphor», en P. Wolf e R. Dirven (eds.): The
Ubiquity of metaphor: metaphor in language and thought. Amsterdam;
Philadelphia: John Benjamins, 295- 306.
NOGUEIRA SANTOS, A. (2006): «Faseoloxía comparada portugués-ingles: cão/gato-
dog/cat», Cadernos de Fraseoloxía Galega, 8, 165-175.
NOVO FOLGUEIRA, P. F. (2013): Os insultos en galego. Estudo lingüístico. Santiago de
Compostela: Universidade de Santiago de Compostela. (Tese de doutoramento).
NUBIOLA, J. (2000): «El valor cognitivo de las metáforas», en P. Pérez-Ilzarbe e R. Lázaro
(eds.): Verdad, bien y belleza. Cuando los filósofos hablan de los valores.
Cuadernos de Anuario Filosófico,103. Pamplona: Universidad de Navarra, 73-84.
ORTEGA Y GASSET, J. (2001 [1924]): «Las dos grandes metáforas», Enfocarte, 11 [en
liña]. [Ref. do 5 de abril de 2016]. Dispoñible en:
http://www.enfocarte.com/1.11/filosofia.html
ORTONY, A. (ed.) (1993): Metaphor and thought. Cambridge: Cambridge University
Press.
OTERO PÉREZ, H. (1968): Formaciones expresivas en gallego I. Voces de animales.
Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela.
PAMIES BERTRÁN, A. (2012): «Zoo-symbolism and metaphoric competence», en
Szerszunowicz, J. e Yagi, K. (eds.): Focal Issues on Phraseological Studies.
243
Bialystok (Polska): University of Bialystok (Poland) / Osaka (Japan): Kwansei
Gakuin University, 291-314.
PAMIES BERTRÁN, A. et al. (1998): «El perro y el color negro, o el componente valorativo
en los fraseologismos», en J. de D. Luque Durán e A. Pamies Bertrán (eds.):
Léxico y fraseología. Granada: Método, 71-86.
PEIRCE, C. S. (1893-1903): «El icono, el índice y el símbolo» (trad. de Sara Barrena) [en
liña]. [Ref. do 16 de febreiro de 2017]. Dispoñible en:
http://www.unav.es/gep/IconoIndiceSimbolo.html
PEÑA CERVEL, M. S. e F.J. RUIZ DE MENDOZA IBÁÑEZ (2010): «Los modelos cognitivos
idealizados», en R. Mairal et al. (eds.): Teoría lingüística: métodos, herramientas
y paradigmas. Madrid: Ramón Areces, 231-285.
PEÑA CERVEL, S. (2012): «Los esquemas de imagen», en I. Ibarretxe-Antuñano e J.
Valenzuela (dirs.): Lingüística Cognitiva. Barcelona: Anthropos, 69-96.
PENIN RODRÍGUEZ, D. (2008): «Frases feitas de San Lourenzo de Abelendo», Cadernos
de Fraseoloxía Galega, 10, 255-264.
PEREDA ÁLVAREZ, J. M.ª (1953): Aportaciones léxicas y folklóricas al estudio de la
lengua gallega [en liña]. [Ref. do 27 de maio de 2016]. Dispoñible en:
http://sli.uvigo.es/ddd/ddd_pescuda.php?pescuda=CABRA&tipo_busca=lema
PÉREZ I BRUFAU, R. (2007): «Internet: una xarxa de metàfores», Digithum, 9 [en liña].
[Ref. do 20 de maio de 2016]. Dispoñible en:
http://www.uoc.edu/digithum/9/dt/cat/perez.pdf
PERMIAKOV, G. L. (1989): «On the Question of a Russian Paremiological Minimum»,
Proverbium, 6, 91-102.
PIIRAINEN, E. (1998): «Phraseology and research on symbols», en P. Durčo (ed.):
Phraseology and Paremiology. International Symposium Europhras 97.
Bratislava: Akadémia PZ, 280-287.
— (2012): Widespread Idioms in Europe and Beyong. New York etc.: Peter Lang.
PIÑEL LÓPEZ, R. M. (1997): «El mundo animal en las expresiones alemanas y españolas
y sus connotaciones socioculturales», Revista de Filología Alemana, 5, 259-274.
244
— (1999): «El animal en el refrán, reflejo de una cultura. Estudio contrastivo alemán-
español», Paremia 8, 411-416.
POSE NIETO, H. (2008): «Galicia, terra de équidos», en D. Conde Gómez e J. M. Vázquez
Varela: Os animais domésticos na historia de Galicia. A Coruña: TresCtres.
RICHARDS, I. A. (1965 [1936]): The Philosophy of Rhetoric. Oxford: Oxford University
Press.
RICOEUR, P. (1980 [1975]): La metáfora viva (trad. de Agustín Neira). Madrid: Ediciones
Europa.
RISCO, V. (1948): «Contribución al estudio del lobo en la tradición popular gallega»,
Cuadernos de Estudios Gallegos, IX, 93- 116.
— (1971): Manual de historia de Galicia. Vigo: Galaxia.
RODRÍGUEZ LÓPEZ, J. (2001 [1910]): Supersticiones de Galicia. Valladolid: Maxtor.
ROSCH, E e C. B. MERVIS (1975): «Family resemblances: studies in the internal structure
of categories», Cognitive Psychology, 7, 573-605.
ROSCH, E. (1978): «Principles of Categorization», en E. Rosch e B. Lloyd (eds.):
Cognition and Categorization. Hilsdal: Erlbaum.
ROZAN, C. (1902): Les animaux dans les proverbes. Paris: Ducrop.
RUIZ GURILLO, L. (1997): Aspectos de la fraseología teórica española. Valencia:
Universitat de València.
SAL PAZ, J.C. (2009): «Acerca de la metáfora como recurso de creación léxica en el
contexto digital. Algunas reflexiones», Revista electrónica de estudios filológicos,
18 [en liña]. [Ref. do 24 de maio de 2016]. Dispoñible en:
https://www.um.es/tonosdigital/znum18/secciones/estudio-20-metafora.htm
SANTOS DOMÍNGUEZ, L.A. e R. M.ª ESPINOSA ELORZA (1996): Manual de semántica
histórica. Madrid: Síntesis.
SANTOS, E. (1945): Entre o gambá e o macaco. Belo Horizonte: Editora Itatiaia.
SANZ MARTÍN, B. E. (2012): «Polisemia de los zoónimos perro y gato: valores
antitéticos», Onomázein, 25, 125-137.
245
SCHANK, R. C. e ABELSON, R. P. (1977): Scripts, Plans, Goals and Understanding. An
Inquiry into Human Knowledge Structures. Hillsdale (New Jersey): Lawrence
Erlbaum Associates.
SEOANE PRIETO, R. (1999): Fábulas de Esopo (trad. de Xoán Carlos Domínguez).
Santiago de Compostela: Xuntanza (colección Clásicos Xuntanza, 7).
SEVILLA MUÑOZ, J. (1998): «Estudio onomasiológico de las paremias francesas y
españolas sobre animales», Proverbium, 15, 221-233.
SKINNER, B. F. (1957): Verbal Behavior. Cambridge, Massachusetts: Copley Publishing
Group.
SNIDER, M. (1993): «L'émploi métaphorique des noms d'animaux en Île-de France /
Orleanais et dans le Centre», Actas del XIX Congreso Internacional de Lingüística
y Filología Románica (Santiago de Compostela, 1989), vol. II. A Coruña:
Fundación Pedro Barrié de la Maza, 159-164.
SORIANO, C. (2012): «Lingüística cognitiva: origen, principios y tendencias», en I.
Ibarretxe-Antuñano e J. Valenzuela (coords.): Lingüística Cognitiva. Barcelona:
Anthropos, 97-122.
SUÁREZ CUADROS, S. J. (2006): Análisis comparativo de las unidades fraseológicas que
incluyen algún zoomorfismo en los idiomas Ucraniano y Español. Granada:
Universidad de Granada. (Tese de doutoramento).
SZALEK, J. (2005): «Los colores y su semántica en las expresiones fraseológicas
españolas», Studia Romanica Posnaniensia, 32, 87-96.
TALMY, L. (1983): «How languages structures space», en H.L. Pick e L.P. Acredolo
(eds.): Spatial Orientation. Nova York: Plenum Press, 225-282 [en liña]. [Ref. 18
de marzo de 2015]. Dispoñible en:
http://linguistics.buffalo.edu/people/faculty/talmy/talmyweb/Volume1/chap3.pdf
TELYJA, V. N. et al. (1998): «Phraseology as a Language of Culture: Its Role in the
Representation of a Cultural Mentality», en A. P. Cowie (ed.): Phraseology,
Theory, Analysis, and Applications. New York & Oxford: Oxford University
Press, 55-75.
TURNER, M. (1996): The Literay Mind. Oxford: Oxford University Press.
246
— (1997): «Figure», en Figurative Language and Thougth. Oxford: Oxford University
Press, 44-87.
ULLMANN, S. (1965): Semántica: introducción a la ciencia del significado (trad. de Juán
Martín Ruiz-Werner). Madrid: Aguilar.
UNGERER, F. e H. J.SCHMID. (1996): An Introduction to Cognitive Lingüístics. Londres:
Longman.
VALENZUELA MANZANARES, J. e J. HILFERTY (1992): «Algunos conceptos básicos de la
gramática de construcciones», en C. Martín Vide (ed.): Lenguajes naturales y
lenguajes formales. Actas del VIII congreso de lenguajes naturales y lenguajes
formales. Barcelona: Univesitat de Barcelona, 625-632.
VARELA VÁZQUEZ, M. (2008): Convivencia entre natureza e superstición na tradición
popular galega. Pontevedra: Concello de Valga.
VICO, G. (1995 [1744]): Ciencia nueva (trad. de Rocío de la Villa). Madrid: Tecnos.
VIDAL CASTIÑEIRA, A. (2003): «Aproximación ó mínimo paremiolóxico galego. Unha
proposta didáctica», Cadernos de Fraseoloxía Galega, 4, 79-116.
VILLARES, R. (1995): A historia. Vigo: Galaxia (colección Biblioteca da Cultura Galega,
3).
VILLEGAS, F. (1966): «Los animales en el habla costarricense», Hispania, 49, pp. 118-
120.
VYSHNYA, N. e M.ª A. GARCÍA JOVE (2005): «Simbolismo de las paremias con el
elemento animal en español y ucraniano», Paremia, 14, 193-201.
WARREN, B. (2002): «An alternative account of the interpretation of referential
metonymy and metaphor», en R. Dirven e R. Pörings (eds.): Metaphor and
Metonymy in Comparison and Contrast. Berlin/New York: Mouton de Gruyter,
113-130.
WIERZBICKA, A. (1996): Semantics. Primes and Universals. New York / Oxford: Oxford
University Press.
WITTGENSTEIN, L. (1958): Philosophical investigations (trad. De G. E. M. Anscombe).
Oxford: Basil Blackwell.
ZEKI, S. (1995): Una visión del cerebro (trad. de Joan Soler). Barcelona: Ariel.
248
ANEXO 1: EXPRESIÓNS FIGURADAS CON REFERENTES
ANIMAIS
Este anexo está composto por 108 táboas que recollen as expresións figuradas con
referentes animais que integran o noso corpus, así como a definición e a fonte da que
foron tiradas. Cada unha das táboas está dedicada a un grupo de animais pertencentes á
mesma especie e aparecen nela expresións cuxos referentes poden ser machos, femias ou
as súas crías (por exemplo: boi, vaca, becerro, cuxo, xato, xovenco, touro); así como,
nalgúns casos, razas específicas (por exemplo: can > can de palleiro e galgo). Somos
conscientes de que os valores portados por cada un deles poden ser distintos, mais cremos
que este agrupamento facilita, precisamente, a comparación entre animais e pon de relevo
as concomitancias e diferenzas entre eses valores.
As expresións figuradas que se mostran a continuación están ordenadas seguindo un
criterio de frecuencia de acordo cos ámbitos e subámbitos temáticos ós que pertencen.
Dentro de cada ámbito temático específico, as expresións ordénanse alfabeticamente e en
dous grupos: primeiro as locucións comparativas e despois as non comparativas.
TÁBOA 1: ABELLA/ABELLÓN/ABESOURO/AVESPA/*AVISPA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira
Expresión Significado Fonte [fungar] como funga un abellón ‘ira’ LFCEG
[rosmar] coma un abesouro * ‘emitir sons en sinal de
enfado’
LFCEG
abellar/abelloar ‘encirrar, provocar unha
persoa ou un animal para
que realice unha
determinada acción’
GDXL
abellar ‘provocar inquietude’ GDXL
abelloarse ‘alborotarse, perder a
calma, a serenidade e a
compostura’
GDXL
avespeiro/avespoeiro ‘lugar ou situación no que
poden darse
complicacións ou perigos’
DRAG, GDXL
quen cata o mel na colmea, sofre o
aguillón da abella
* ‘fai referencia a quen
sofre danos por conseguir
algo que desexa’
RGB
1.1.2 Intelixencia
Expresión Significado Fonte
[listo] coma un abellón ‘intelixente’ LFCEG
249
[ser] coma unha avispa ‘ser listo. Ser espelido’ DFXG, LFCEG
avispado ‘ser listo. Ser espelido’ DFXM
1.1.3 Laboriosidade
Expresión Significado Fonte
[traballar] coma unha abella * ‘traballar moito’ EE
abella ‘persoa traballadora e
apañada’
GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte [fungar] como funga un abellónR ‘ira’ LFCEG
[rosmar] coma un abesouroR * ‘emitir sons en sinal de
enfado’
LFCEG
abelloar ‘falar facendo ruído’ GDXL
abelloar/abesourar ‘molestar con exceso de
ruído ou con palabras
pouco agradables’
GDXL
abelloar ‘facer ruído ou barullo’ DRAG
abelloeiro ‘algareiro, moi ruidoso’ GDXL
1.2.2 Pequenez Expresión Significado Fonte [pequeno] coma unha abella ‘raquitismo’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Molestia Expresión Significado Fonte abelloar ‘causarlle molestia a
alguén’
DRAG
abelloar/abesourarR ‘molestar con exceso de
ruído ou con palabras
pouco agradables’
GDXL
abesouro ‘persoa impertinente’ GDXL
2.2 Animal-animal 2.2.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte [acudir] coma as abellas ó mel ‘aglomeración’ LFCEG
unha mala abella revolve unha
colmea/un covo
‘revolución’ RGB
TÁBOA 2: AGUIA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia Expresión Significado Fonte
250
aguia ‘persoa de moita
perspicacia e viveza’
GDXL
1.1.2 Orgullo
Expresión Significado Fonte as aguias non cazan moscas * ‘fai referencia a quen
antepón o seu orgullo
nunha situación
determinada e rexeita
facer algunha cousa por
considerala impropia da
súa categoría ou posición’
RGB
TÁBOA 3: ALACRÁN
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade Expresión Significado Fonte estar feito un alacrán ‘estar furioso, colérico’ DFXG
TÁBOA 4: ANGUÍA/*ANGUILA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Falsidade
Expresión Significado Fonte [ser] coma unha anguila ‘ser falso’ DFXM, LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte [escoarse/escorrerse/escorregarse/
escurrirse/esquiparse] coma unha
anguía / [*escurridizo] coma unha
anguila
* ‘persoa escorregadiza,
que escapa facilmente’
LFCEG
TÁBOA 5: AÑO/CARNEIRO/CORDEIRO/OVELLA/PÉCORA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Mansedume/docilidade/submisión/obediencia Expresión Significado Fonte [comportarse/entregarse] coma unha
ovella
‘comportarse docilmente,
sen opoñer resistencia’
DFG
[comportarse/entregarse] coma unha
ovella
‘seguir a alguén de forma
gregaria’
DFG
251
[fuxir de alguén] coma o lobo das
ovellas * ‘non ter ningún medo’ LFCEG
[ir atrás de alguén] coma ovellas/ [ir]
coma carneiros [tras de alguén] / [ser]
coma os carneiros: para onde vai un
van todos
‘comportarse docilmente,
sen opoñer resistencia’
DFG, LFCEG
[ir atrás de alguén] coma ovellas/[ir]
coma carneiros [tras de alguén] / [ser]
coma os carneiros: para onde vai un
van todos
‘seguir alguén de forma
gregaria’
DFG, LFCEG
[liso/manso] coma un cordeiro ‘manso’ LFCEG
[máis manso] ca unha ovella /
[manso] coma unha ovella
‘obediencia’ LFCEG, EE
[manso/doce/mainiño] coma un
año/añiño
‘ser moi manso’ DFG, DFXG
[submiso] coma unha ovella * ‘refírese ó carácter
submiso de alguén’
EE
[ter] aires de boa ovella ‘modos e maneiras
falsamente afables’
DFG
año ‘persoa de pouco espírito
e de corazón tenro’
GDXL
carneiro ‘carecer de vontade ou
decisión’
DFG
a ovella mansa moitos años a maman * ‘fai referencia á
situación na que alguén se
aproveita dunha persoa
boa de máis’
RGMF, RGB
o año manso mama a súa nai e a
todas as do rabaño/ ovella menga
mama á súa nai e máis á allea
* ‘dise de quen consigue
moitas cousas por ser bo
ou parecelo’
RGB
ovella ‘persoa confiada á
dirección dun pastor
espiritual’
GDXL
ovella melén/melga/menxa ‘persoa de aparencia
mansa pero hipócrita’
DFG
1.1.2 Estulticia
Expresión Significado Fonte [estúpido] coma un carneiro ‘parvo’ LFCEG
ben parva é a ovella que co lobo se
confesa / mal lle vai á ovella que co
lobo se aconsella
* ‘confiar en alguén
hipócrita adoita traer
malas consecuencias’
RGB
non penses que son carneiro, inda que
vista de la
* ‘fai referencia a quen
parece menos listo do que
en realidade é’
RGB
ovella ‘persoa parva’ EO
1.1.3 Inocencia
252
Expresión Significado Fonte [inocente] coma un cordeiro ‘inocencia’ LFCEG
faite ovella e comerate o lobo / o que
se fai ovella, cómeno os lobos
* ‘refírese á situación na
que outras persoas se
aproveitan de alguén de
carácter inocente’
RGB
1.1.4 Falsidade
Expresión Significado Fonte o año manso mama a súa nai e a
todas as do rabaño/ ovella menga
mama á súa nai e máis á alleaR
* ‘dise de quen consigue
moitas cousas por ser bo
ou parecelo’
RGB
ovella melén/melga/menxaR ‘persoa de aparencia
mansa pero hipócrita’
DFG
1.1.5 Humildade
Expresión Significado Fonte [humilde] coma a ovella ‘ser moi humilde’ DFG
[humilde] coma un cordeiro ‘manso’ LFCEG
1.1.6 Teimosía/insistencia
Expresión Significado Fonte [testudo/teimoso/terco/obcecado]
coma un carneiro
‘ser moi testán’ DFG, LFCEG, EE
carneiro ‘persoa que persiste nas
súas ideas ou actitudes’
GDXL
1.1.7 Agresividade
Expresión Significado Fonte [bater co pé no chan] coma un
carneiro colludo
‘rebelarse’ LFCEG
1.1.8 Covardía
Expresión Significado Fonte [acovardados/comportarse] coma
carneiros
‘pondera a estrema
covardía con que se
comporta ou experimenta
unha persoa’
DFG
1.1.9 Orgullo
Expresión Significado Fonte o carneiro arrufado foi por la e saíu
rapado
* ‘fai referencia ás persoas
vaidosas que resultan
prexudicadas no intento
de conseguir aquilo ó que
aspiraban’
RGB
1.1.10 Promiscuidade
Expresión Significado Fonte pécora ‘muller que accede
facilmente a manter
relacións sexuais’
DRAG
1.1.11 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte
253
mala pécora ‘[expresión pexorativa
xeralmente referida á
muller] persoa malvada’
DFG, DRAG
1.1.12 Desconcerto/perplexidade Expresión Significado Fonte [quedar] coma unha ovelliña ‘abraio’ LFCEG
1.1.13 Preguiza
Expresión Significado Fonte [ouvear200] coma as ovellas ‘preguiza’ LFCEG
1.1.14 Rudeza
Expresión Significado Fonte carneiro ‘rudo, de modais pouco
finos ou pouca educación’
DRAG, GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte ovella que bala/berra, bocado que
perde
‘perder o tempo’ RGB, RGMF, EO
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade
Expresión Significado Fonte de hoxe a mañá o carneiro cría la ‘progreso’ RGMF
dende que teño ovellas e crías, todos
me dan os bos días
* ‘fai referencia a unha
situación de amizade
interesada’
RGB
2.2 Animal-animal 2.2.1 Agrupación Expresión Significado Fonte [ser] coma as ovellas, que por onde
vai unha, van todas
‘compaña’ LFCEG
cada ovella quere a súa parella / cada
ovella coa súa parella
‘necesidade das
compañas’
RGB, EE, EO
ovellas tolas, detrás dunha van todas * ‘fai referencia ós que
fan o que din os demais
sen demostrar iniciativa’
RGB
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte
200 Segundo apunta Ferro Ruibal (2006: 247) aínda que o significado máis común de ouvear é ‘berrar certos
animais, coma cans e lobos’, Rivas Quintas (1988) recolle en Dragonte do Bierzo oubear co significado de
‘andar dun lado para outro sen facer nada’. Por outro lado, atopamos que no Tesouro do léxico patrimonial
galego e portugués aparece documentado ouvear como ‘observar sen facer nin dicir nada’ en Ribadeo, por
Baamonde (1977: 95) e, tamén, Rivas Quintas (1988) (apud. Santamarina, 2003) recolle oubear cara a
campiña co significado de ‘albiscar, asexar ou espreitar o horizonte’.
254
ovella negra * ‘persoa que sobresae
entre as demais por
presentar características
comportamentas
consideradas negativas
polo resto’
EO
TÁBOA 6: ARAÑA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Perigo
Expresión Significado Fonte [estar] coma a mosca na tea da araña ‘dificultade grave’ LFCEG
verse en papos de araña ‘estar en serias
dificultades’
DFXG
1.1.2 Pobreza
Expresión Significado Fonte
[pobre/estar pobre] coma as arañas /
[máis pobre] cá(s) araña(s)
‘expresión que pondera a
pobreza’
DFG, DFXG, LFCEG,
DRAG, EE
1.1.3 Laboriosidade
Expresión Significado Fonte araña ‘persoa traballadora’ GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Delgadeza
Expresión Significado Fonte
[fraco] coma as arañas ‘mirrado’ LFCEG
1.2.2 Lentitude
Expresión Significado Fonte araña ‘persoa lenta que non
avanza no traballo’
GDXL
TÁBOA 7: ARENQUE
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Delgadeza
Expresión Significado Fonte [estar] coma un arenque ‘expresión de tipo
comparativo que se
emprega para indicar que
alguén está mirrado’
GDXL
TÁBOA 8: ARROAZ/*ARROÁS
1 Caracterización
255
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte [bruto] coma un arroás ‘moi bruto’ DFXG
1.2 Características físicas
1.2.1 Grandura
Expresión Significado Fonte
arroaz ‘home grande e gordo’ GDXL
1.2.2 Gordura
Expresión Significado Fonte
arroazR ‘home grande e gordo’ GDXL
TÁBOA 9: AVESTRUZ
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Covardía
Expresión Significado Fonte [esconder o pescozo] coma a avestruz * ‘fuxir das
responsabilidades’
EE
de avestruz ‘[aplicado á actitude ou
táctica] que trata de non
ver os perigos ou
problemas reais’
GDXL
TÁBOA 10: BACALLAU
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Delgadeza Expresión Significado Fonte [fraco/gordo/mirrado] coma un/o
bacallau (polo rabo)
‘(estar) extremadamente
delgado’
DFG, DFXG, DFXM,
LFCEG
bacallau ‘persoa dunha delgadeza
extrema’
GDXL
TÁBOA 11:
BOI/VACA/BECERRO/CUXO/XATO/XOVENCO/TOURO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/fereza Expresión Significado Fonte
256
[arremeter] coma un touro (bravo) ‘con bravura, con ímpeto’ DFG
[ir] coma un touro ‘sen recapacitar e
violentamente’
EE
[máis puxante] ca un touro de Fecha * ‘moi agresivo ou fero’ LFCEG
a boi bravo, corda longa/rego longo * ‘recomenda ser
precavido ante certas
persoas ou cousas
perigosas’
RGMF, RGB
amarrar/coller o touro polos cornos ‘facer fronte a un problema
con determinación’
DFG, GDXL, EE, EO
coller o boi polos cornos ‘enfrontarse a un
problema’
DFXM
1.1.2 Bondade/mansedume Expresión Significado Fonte parecer [o mar] un boi deitado * ‘estar moi calmo o mar’ EE
[ser/manso] coma un boi (machado) ‘ser de moi bo natural, ser
moi manso’
DFG, EE, EO
becerro manso mama a súa nai e a
outras catro
‘aparencia de bondade
(hipocrisía, mansedume)’
LFCEG
boi de barro ‘persoa sen malicia’ GDXL
boi de Belén / boi de palla ‘persoa moi boa; persoa
boa de máis’
DFXG, DFXM, DRAG,
GDXL, EE
1.1.3 Gula
Expresión Significado Fonte [bebelas/ser] coma un/o boi ladrón ‘facer caso omiso do que
lle din, finxir non saber ou
non entender nada do
asunto que se trata’
DFG, LFCEG
[encher o bandullo] coma becerros ‘comer moito’ LFCEG
[larpeira] coma unha vaca ladra ‘ser moi larpeira’ DFG
outra vaca (máis) (vai) no millo! (e
non hai quen a torne)
‘dise para indicar que
unha persoa actúa igual de
mal ca outra ou que un
feito é igual de
inconveniente ca outro
consabido’
DFG, DFXG, GDXL,
EE, EO
1.1.4 Preguiza/indolencia
Expresión Significado Fonte [nugallán] coma unha vaca (cansada) ‘preguiza’ LFCEG
[ser] coma un boi de Belén ‘estorbo’ LFCEG
boi de palla ‘indolente; con moi pouca
consideración social’
DFG
o boi ruín escórnase folgando / o boi
ruín nin folgando se descorna / o ruín
boi descórnase folgando
* ‘refírese a quen se fatiga
con calquera esforzo’
RGB
1.1.5 Intelixencia/sabedoría
Expresión Significado Fonte
257
a boi vello non lle busques abrigo
(búscallo ó becerriño)
‘experiencia’ RGMF, RGB
buscarlle a corte ó boi vello ‘pretender aprenderlle ó
que xa sabe’
DFG, GDXL
o boi vello vai/anda polo/no rego / boi
vello, pola rilleira/rilleiro / o boi vello
de seu leva o rego
‘dise da persoa
experimentada que sabe
actuar en consecuencia’
DFG, RGMF, RGB, EO
1.1.6 Desconcerto/perplexidade
Expresión Significado Fonte
[deixar alguén] coma unha vaca nun
teatro
‘desconcertar’ LFCEG
[ollar] coma boi para palacio ‘incomprensión’ LFCEG
[quedar] coma unha vaca mirando
para o tren
‘abraio, sorpresa, pasmo’ LFCEG
1.1.7 Liberdade
Expresión Significado Fonte [andar] solto coma vaca sen choca ‘liberdade’ LFCEG
[libre] coma o boi no monte ‘liberdade’ LFCEG
1.1.8 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte
[bruto] coma un boi de arado * ‘moi bruto’ EO
boi de arado ‘persoa moi bruta’ DFG
1.1.9 Estulticia
Expresión Significado Fonte
boi de arado ‘persoa torpe e parva’ DFG
1.1.10 Paciencia Expresión Significado Fonte [ser] coma o boi de Belén ‘paciencia’ LFCEG
1.1.11 Falsidade Expresión Significado Fonte
becerro manso mama a súa nai e a
outras catroR
‘aparencia de bondade
(hipocrisía, mansedume)’
LFCEG
1.1.12 Languidez Expresión Significado Fonte
[namorarse] coma un boi ‘amor’ LFCEG
1.1.13 Teimosía Expresión Significado Fonte
cabeza de boi * ‘persoa moi teimosa’ EE
1.1.14 Sacralidade
Expresión Significado Fonte
258
vaca sagrada ‘persoa que polo seu
prestixio ou pola súa
situación privilexiada
cerca do poder resulta
intocable’
DFG, GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Gordura Expresión Significado Fonte
[estar/gordo] coma unha vaca ‘construción comparativa
para ponderar a gordura
de alguén’
GDXL, LFCEG, EE, EO
[gordo] coma un becerro * ‘moi gordo’ EO
[gordo/ser] coma un boi ‘gordura’ LFCEG, EO
[máis pesada] ca unha vaca no
colo/en brazos
‘ser moi pesada,
impertinente’
DFG, EE
[ter] cintura de boi ‘gordura’ LFCEG
vaca ‘persoa moi grosa’ GDXL, EE
1.2.2 Fortaleza
Expresión Significado Fonte
[facer algo] coma un boi ‘expresión que pondera a
forza con que se fai algo’
DFG
[forte] coma un boi / [ter unha forza]
coma un boi / [ser máis forzudo] ca un
boi / [ter] máis forza ca un boi
‘ter moita forza’ DFG, LFCEG, EO
[ser/estar/forte] coma un touro / [ter
máis forza] ca un touro
‘fortaleza’ LFCEG, EE, EO
estar feito un touro * ‘estar moi forte’ EE
touro ‘home moi forte e
robusto’
DRAG, GDXL
1.2.3 Ruído
Expresión Significado Fonte
[berrar] coma becerros * ‘berrar unha persoa’ LFCEG
[berrar/bruar] coma un touro * ‘berrar unha persoa’ LFCEG
[bruar] coma un boi (sen capar) * ‘berrar unha persoa’ LFCEG
[muxir] coma un xato * ‘berrar unha persoa’ LFCEG
1.2.4 Grandura
Expresión Significado Fonte
[grande] coma un becerro/cuxo/xato ‘grande’ LFCEG
[ser/grande] coma un touro ‘grande’ LFCEG
[ter os ollos] coma un boi ‘ollos grandes’ LFCEG
1.2.5 Axilidade Expresión Significado Fonte
259
[choutar] coma un xovenco ‘brincar’ LFCEG
1.2.6 Lentitude Expresión Significado Fonte
a paso de boi ‘moi amodo’ GDXL, EE, EO
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade
Expresión Significado Fonte [botar/poñer] o carro diante/antes
dos/cós bois / [poñer] os bois antes có
carro
‘facer unha acción antes
ca outra que por lóxica
debería facerse primeiro’
DFXG, DFXM, LFCEG
[ter] máis leite ca unha vaca ‘aleitar’ LFCEG
acabárselle a vaca leiteira [a alguén] /
parar a vaca de dar leite
‘acabarselle a fonte de
riqueza ou o medio do que
se tiraba proveito’
DFG, DFXG, GDXL
aramos! –dixo a mosca ó boi *‘critica ós que presumen
de levar a cabo un traballo
que fan outros’
RGB
cea os bois! ‘díselle a alguén cando
esaxera moito’
DFG
onde irás boi, que non ares/labres! / a
onde irá o boi que non are, xa que
arar sabe! / a onde irás, boi, que non
ares, senón á cortadoría!
‘úsase para ponderar o
inútil e equivocado dun
posible cambio de lugar
ou de condición’
DFG, RGMF, RGB, EE
muxir a vaca ‘tirar proveito’ DFG, GDXL
perder as vacas ‘perder o tempo (entretido
en algo e deixar de facer
unha cousa que se tiña
previsto)’
DFXG, GDXL
que barbaridá! Que vaca pequena e
canto leite dá
* ‘dise para indicar un
acerto casual por parte de
alguén’
EO
saber con que bois se ara/labra ‘saber moi ben con quen
se trata’
DFG, DFXG, GDXL,
EO
ser as vacas que ten que
coidar/gardar
‘expresión que alude ás
obrigas ou ás
responsabilidades de
alguén’
DFG
vacas fracas ‘época de escaseza’ GDXL
vaca gabada, leite nos cornos ‘dise en sentido irónico
cando
alguén gaba moito unha
persoa que non
merece tantos eloxios’201
EO
vacas gordas ‘época de abundancia’ GDXL
2.1.2 Maltrato
Expresión Significado Fonte
201 Definición tirada de Penin Rodriguez (2008: 264).
260
[andar] coma os bois (no monte) ‘explotación, escravismo’ LFCEG
[brear] coma quen brea nun boi ‘golpear’ LFCEG
[facer traballar] coma un boi ‘obrigado a traballar
duramente, de forma
escravista’
DFG
[traballar/dar a todo] coma a vaca do
pobre / [ser] coma a vaca do pobre,
que ten que andar ás dúas mans
‘traballar moi duramente,
sen descanso’
DFG, LFCEG
[turrar] coma xatos * ‘turrar con forza’ LFCEG
puxa o boi polo arado, mal do seu
grado / o boi turra do arado, mais non
é do seu agrado
* ‘dise de quen realiza un
traballo á forza, obrigado
por outra persoa’
RGMF, RGB
TÁBOA 12: BEXATO/BUXATO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Agresividade
Expresión Significado Fonte [cariñoso] coma o/un bexato/buxato
cos/para os pitos
‘aspereza’, ‘agresividade’,
‘bruto’
LFCEG
TÁBOA 13: BUBELA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Lixeireza
Expresión Significado Fonte [facer] coma a bubela * ‘incumprir unha
promesa ou facer unha
falsa promesa’
LFCEG
[ser] coma a bubela ‘indiscreción’ LFCEG
cabeza de bubela ‘persoa lixeira ou
aloucada’
DFG
1.2 Características físicas
1.2.1 Sucidade Expresión Significado Fonte [cheirar/feder] coma un/unha bubelo/a
/ [máis cheirento] ca un bubelo
‘moi mal’ DFG, LFCEG
[facer] coma a bubela ‘lixar’ LFCEG
261
TÁBOA 14: BURRO/ASNO/BURRA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia Expresión Significado Fonte [tan listo/esperto] coma un burro * ‘pouco listo, pouco
intelixente’
LFCEG
asno/burro/burrico/burricán ‘que ten poucos
coñecementos ou ten
dificultades para
comprender as cousas’
DRAG, GDXL,
EO
burra aceiteira ‘[ironicamente] ter
poucas luces’
GDXL
burrada/asnada/asneira ‘dito ou feito que é
mostra de ignorancia
ou de pouca
intelixencia’
DRAG, GDXL
burrería ‘realizar un acto
propio de persoas
pouco sabidas’
DFXM
burro cego ‘persoa moi pouco
intelixente, moi torpe
ou parva’
DFXG, GDXL
burro lavado, xabón perdido / o que lava a
cabeza da burra perde o xabón e a lavadura
* ‘fai referencia a un
esforzo inútil,
normalmente
relacionado co feito de
querer instruír unha
persoa estulta ou
alguén que se nega a
recibir calquera tipo de
ensinanza’
RGMF, RGB
chámalle burro ó cabalo! ‘dise ironicamente
para se referir a alguén
que aparenta ser máis
parvo do que é’
DFG, DFXG, EE
ir de burra e volver de albarda ‘non aprender nada’ DFXG, GDXL
máis vale burro vivo ca sabio morto * ‘refírese a que é
mellor conformarnos
co que temos’
RGMF, RGB
orneadas/orneos/palabras/patadas de burro non
chegan ó ceo
‘dise cando alguén di
unha parvada ou tenta
ofender ou molestar,
para dar a entender
que non se lle fai caso’
DFXG, RGB, EE
ornear ‘dicir burradas en voz
alta’
GDXL
pensando morreu un burro ‘dise cando convén
actuar e non seguir
perdendo o tempo en
pensamentos varios’
DFG
262
picar de burro para besta ‘úsase para ponderar a
ignorancia de alguén’
DFG
val máis pan duro que consello de burro * ‘aconsella non facer
caso a alguén pouco
intelixente’
RGMF, RGB
1.1.2 Teimosía/insistencia
Expresión Significado Fonte [testudo/terco/testón/teimoso/testán/testarudo]
coma unha burra/ coma un/os burro/s
‘ser moi testudo’ DFG, LFCEG, EE,
EO
baixar da burra / caer da burra / caer do burro
(abaixo/embaixo)
‘decatarse do erro no
que se estaba; caer na
conta, por fin, de algo
que non se daba
entendido’
DFG, DFXG,
DFXM, DRAG,
GDXL, EE, EO
baixar da burra [a alguén] ‘convencer de algo a
alguén que estaba
obstinado no
contrario’
DRAG
coller/ter o burro ‘incomodarse’ DFXG, GDXL
(e) a burra déitase! ‘dise cando alguén se
deita ou se rende’202
EO
non levarán por ben o burro á auga, se el non
ten gana
* ‘refírese a que non
se pode convencer a
alguén de algo cando
se nega a facelo’
RGB
ornear ‘chorar ou queixarse
sen parar’
GDXL, DRAG
1.1.3 Gula Expresión Significado Fonte
[cheo] coma un burro * ‘fai referencia á
fartura despois de
comer en abundancia’
EE
alá vai o burro coas noces! ‘expresión de forte
contrariedade cando
algo é desbaratado’
DFG
díxolle o burro ás coles: pax vobis! * ‘fai referencia ó
asoballamento entre
clases sociais’
RGMF, RGB
voltou a burra ó trigo! * ‘fai referencia a que
unha persoa actúa
igual de mal ca outra
ou que un feito é igual
de inconveniente ca
outro’
EE
1.1.4 Agresividade
Expresión Significado Fonte [dar un couce] coma unha burra / [dar couces]
coma os burros
‘dise cando unha
persoa fai algo malo a
outra que non o
esperaba’
DFXG, LFCEG,
GDXL, EE
202 Definición tirada de Groba Bouza (2014: 400).
263
amor dos burros entra a couces e a dentadas * ‘fai referencia ás
relacións amorosas
difíciles’
RGB
chanzas con burros acaban en couces * ‘refírese a que cando
se fan bromas con
determinadas persoas,
a situación pode
acabar mal’
RGB
1.1.5 Rudeza/brutalidade Expresión Significado Fonte burrada ‘acción bruta ou
inhumana’
GDXL
burro ‘persoa falta de
delicadeza e
amabilidade’
GDXL
1.1.6 Falsidade
Expresión Significado Fonte [falso] coma unha burra vella / [máis falso] ca
unha burra vella
‘hipócrita’ GDXL, EE, EO
1.1.7 Mansedume
Expresión Significado Fonte non morrer da cornada dun burro ‘dise de quen toma
moitas precaucións’
DFG
1.1.8 Laboriosidade Expresión Significado Fonte burro ‘persoa moi
traballadora’
GDXL
1.1.9 Fortuna
Expresión Significado Fonte vir a burra branca co diñeiro ‘vir a fortuna’ GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Grandura Expresión Significado Fonte [botar/ter orellas] coma unha burra / [ter (as)
orellas (grandes)] coma un burro
* ‘ter as orellas moi
grandes’
LFCEG
[grande] coma un burro ‘gordura’ LFCEG, EE
[ter a boca] coma un burro ‘boca grande’ LFCEG
burrada ‘cantidade moi
grande’
GDXL, DRAG
coma un burro ‘moito’ GDXL
díxolle o burro ó mulo ¡tírate alá orelludo! * ‘refírese a que non
se pode criticar a
alguén cando se teñen
os mesmos defectos’
RGB
non ver un burro a tres/catro pasos ‘haber moi pouca ou
nula visibilidade’
DFG, GDXL
1.2.2 Ruído
Expresión Significado Fonte
264
[berrar/griñir] coma un/os burro/s * ‘berrar forte’ LFCEG
ornearR ‘chorar ou queixarse
sen parar’
DRAG, GDXL
ornearR ‘dicir burradas en voz
alta’
GDXL
orneo ‘choro alto e sen
motivo’
DRAG, GDXL
1.2.3 Fealdade Expresión Significado Fonte [(tan) feo] coma un burro ‘fealdade’ LFCEG
1.2.4 Resistencia Expresión Significado Fonte [ter a saúde] coma un burro ‘saúde boa’ LFCEG
1.2.5 Fortaleza
Expresión Significado Fonte [ter unha forza] coma un burro * ‘ter moita forza’ EO
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato Expresión Significado Fonte [(andar/ir) cargado] coma un burro ‘moi cargado’ DFXG, LFCEG,
EE, EO
[canso] coma un burro * ‘moi canso’ EE
[cargar/traballar] coma unha/un burra/burro ‘moito e moi
duramente’
DFG, DFXG, EE,
EO
[cargar] coma un burro ‘pescar moito’ DFXM
[moucir] coma nun burro ‘golpear’ LFCEG
[ser] coma o burro do arrieiro ‘abuso’ LFCEG
a burro frouxo, arrieiro tolo que lle malle o
lombo
* ‘aconsella tratar de
malas maneiras ás
persoas de
comportamento difícil,
faltas de delicadeza,
para que reaccionen’
RGB
a burro pardo, arrieiro arroutado * ‘aconsella tratar de
malas maneiras ás
persoas de
comportamento difícil,
faltas de delicadeza,
para que reaccionen’
RGMF, RGB
burro cansado ‘persoa con pouco
ánimo para emprender
algo’
DFXG, GDXL
burro de carga ‘persoa que traballa
moito e moi
duramente’
DFG, GDXL
265
burro do xitano, en vendo o pau, alonga o paso * ‘refírese a que
aqueles que están
advertidos polas malas
experiencias pasadas
saben como actuar nas
futuras’
RGB
cando o burro vén ó lugar todos o queren
montar
‘abuso’ RGB
non poder dar no burro e dar na albarda ‘castigar o inocente
por non se atrever co
culpable’
GDXL
o que non pode mallar no burro, malla na
albarda
‘abuso’ RGMF
sofre o burro a carga mais non a sobrecarga * ‘fai referencia a que
a resisitencia, tanto
física coma mental,
ten os seus límites e
pódese chegar ó
esgotamento se se
cometen excesos’
RGB
2.1.2 Utilidade
Expresión Significado Fonte [ser] coma un burro atado a un poste ‘torpeza’ LFCEG
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte a carne de burro non é transparente
(RESPOSTA: ollos de porco mírano todo)
* ‘dise cando alguén
molesta nun
determinado lugar,
normalmente diante do
noso campo visual’
RGMF, RGB, EE,
EO
burro ‘[despectivamente]
cabalo de pouca
calidade’
GDXL
cando nace a vasoira, nace o burro que a roa * ‘fai referencia á
unión ou vínculo entre
persoas da mesma
categoría ou condición
(considerada
normalmente baixa)’
RGB
de burro abaixo non hai menos besta/monta * ‘fai referencia á
baixa estima que se lle
ten a alguén ou a que
non posúe unha boa
posición social’
RGMF, RGB
levar un burro ‘sufrir unha desilusión’ GDXL
máis quero burro que me leva, que cabalo que
me deixa
‘eficacia’ RGMF
266
o burro diante para que non se espante/para
que a recua non espante
* ‘dise cando alguén, ó
facer unha
enumeración de
persoas, se coloca a si
mesmo no primeiro
lugar’
RGMF, RGB
ter o burro á porta ‘ser obxecto de burla’ DFG
val máis andar ca ornear * ‘indica que é mellor
esforzarse para facer
unha cousa ben, que
deixala mal para
acabar antes e correr o
risco de ter que facela
de novo’
RGMF
TÁBOA 15: CABALO/EGUA/FACO/POLDRO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1. Rudeza/brutalidade Expresión Significado Fonte cabalón ‘persoa de modais pouco
refinados’
GDXL
cabalón ‘[despectivamente] muller
con modos considerados
socialmente propios do
home’
GDXL, DRAG
poldro ‘rapaz xogador e algo
brutiño’
GDXL
1.1.2 Insensatez
Expresión Significado Fonte [ser] coma poldros ‘insensatez’ LFCEG
bo poldro ‘ser moi traveso,
falcatrueiro’
DFG
poldroR ‘rapaz xogador e algo
brutiño’
GDXL
1.1.3 Descontrol
Expresión Significado Fonte cabalo desbocado * ‘fai referencia á persoa á
que non lle importan as
consecuencias dos seus
actos’
EE
1.1.4 Preguiza
Expresión Significado Fonte [espotreado/apoltronado] coma un
cabalo
* ‘con preguiza’ LFCEG
1.1.5 Precariedade/mala vida
Expresión Significado Fonte
267
[estar a dente] coma egua galega /
faco galego
‘pasar fame’ LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Velocidade Expresión Significado Fonte [correr/pasar (os días)] coma o cabalo ‘fugacidade, rapidez’ LFCEG
1.2.2 Fortaleza Expresión Significado Fonte [forte] coma un cabalo / [ser tan forte]
coma un cabalo / [ter unha forza]
coma un cabalo / [rexo] coma un
cabalo
‘fortaleza’ LFCEG, EO
1.2.3 Ruído Expresión Significado Fonte
rinchar ‘facer ruído cos dentes ó
apertalos’
DRAG, GDXL
rinchar ‘rir ás gargalladas’ GDXL
1.2.4 Grandura
Expresión Significado Fonte cabalón ‘persoa corpulenta’ GDXL
de cabalo ‘moi intenso ou forte’ GDXL
1.2.5 Torpeza
Expresión Significado Fonte [bailar] coma un cabalo ‘bailar mal’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Home-animal
2.1.1 Utilidade Expresión Significado Fonte a cabalo (de) / de a cabalo ‘escarranchado sobre os
ombreiros ou o lombo de
alguén ou sobre unha
cousa’
DRAG
3 Valoración
3.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte a cabalo regalado/dado non lle mires
o dente/dentado/legado / a cabalo
regalado non se lle mira o
dente/dentado / o cabalo regalado,
cólleo cos ollos pechados
‘aconsella aceptar os
regalos de bo grado e sen
poñer ningún reparo, pois
considérase descortés
analizar a calidade do
obsequio, así coma
resaltar os seus defectos
ou erros’203
RGMF, RGB, EE, EO
203 Definición tirada do Refranero multilingüe (Centro Virtual Cervantes) (2016).
268
máis quero burro que me leva, que
cabalo que me deixa
‘eficacia’ RGMF
TÁBOA 16: CABRÓN/CASTRÓN/CABUXO/CABRA/CABUXA/
CHIBA/CABRITO/CURCIO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira Expresión Significado Fonte [ter xenio] coma unha cabra ‘ira’ LFCEG
amarrar o cabuxo ‘esperar a que lles pase o
enfado ós nenos’
EE
cabuxo ‘enfado que dura pouco
tempo’
DRAG
encabuxar ‘enfadar, causar enfado’ GDXL, EE
encabuxar(se) ‘[persoa, en particular
neno] sufrir un cabuxo ou
enfado por non poder
facer o que quere’
DRAG, GDXL
estar/ter co/o cabuxo ‘estar enfadado’ DFG
levar o castrón ó monte! ‘formula expresiva que se
lle dirixe a unha persoa
cando está encabuxada
para que se calme’
GDXL
meter as cabras na horta ‘sementar discordia’ GDXL
1.1.2 Insensatez
Expresión Significado Fonte [saír ó camiño do lobo] coma o curcio
tolo
‘temeridade’ LFCEG
cabra ‘persoa aloucada’ GDXL
cabra tola ‘toleirón, persoa de pouco
siso’
DFXG
cabuxa tola ‘persoa aloucada’ EE
1.1.3 Tolemia
Expresión Significado Fonte [darlle o teo a alguén] coma ás cabras ‘tolemia’ LFCEG
[estar/tolo] coma unha cabra/chiba /
[máis tolo] ca unha cabra / [estar]
peor ca unha cabra
‘estar tolo’ DFG, GDXL, LFCEG,
EE, EO
[ter a cabeza] coma unha cabra tola * ‘refírese a quen sofre
loucura’
EE
1.1.4 Liberdade
Expresión Significado Fonte
269
[andar solto] coma as cabras no
monte
‘liberdade’ LFCEG
[estar] coma a cabra no monte ‘ambientado’ LFCEG
a cabra (sempre) tira ó monte * ‘fai referencia ás
tendencias propias da
conduta dunha persoa, que
adoitan ser herdadas’
EE, EO
1.1.5 Astucia/malicia
Expresión Significado Fonte cabrónR ‘persoa maliciosa ou
malintencionada’
GDXL
cabrito ‘ser un pillabán’ GDXL, EE
facer [algo] de cabrón ‘facelo con malicia’ GDXL
1.1.6 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte cabrón ‘persoa maliciosa ou
malintencionada’
GDXL
cabronada ‘acción malintencionada
ou indigna’
GDXL, DRAG
1.1.7 Ociosidade
Expresión Significado Fonte a cabra co vicio bate (dá) co(s)
corno(s) no cu / a cabra co vicio, no
cu dá cos cornos / a cabra co
vicio/vezo dá co(s) corno(s) no cu
* ‘refírese a que a
ociosidade e o feito de ter
todas as necesidades
cubertas pode conducir a
comportamentos pouco
desexables e que inflúe
para que a sitiación se
torne peor’204
RGMF, RGB, EE, EO
[estar] máis borracha ca unha cabra ‘moi borracha’ DFG
1.1.8 Inocencia
Expresión Significado Fonte [facer] coma a cabra que pariu para o
lobo
‘engano’ LFCEG
1.1.9 Infidelidade
Expresión Significado Fonte cabrón/castrón ‘home ó que a súa parella
lle é infiel,
particularmente cando o
consente’
DRAG, GDXL
1.1.10 Promiscuidade
Expresión Significado Fonte [facer] coma a cabra no monte * ‘liberdade sexual’ LFCEG
1.1.11 Roubo Expresión Significado Fonte
204 Vid. Pereda Álvarez (1953); dispoñible en:
http://sli.uvigo.es/ddd/ddd_pescuda.php?pescuda=CABRA&tipo_busca=lema
270
[ladrón/ser] coma as cabras ‘ladron’ LFCEG
1.1.12 Falsidade
Expresión Significado Fonte [mentir] coma unha cabra ‘mentir moito’ DFG
1.1.13 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte [maleducado/ser] coma unha cabra
sen solta
‘non ter educación, ser
maleducado’
DFXG, LFCEG
1.1.14 Ingratitude
Expresión Significado Fonte [ser] coma a cabra que pariu para o
lobo
‘ingratitude’ LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade Expresión Significado Fonte [áxil] coma unha cabuxa * ‘fai referencia a alguén
que fisicamente está moi
áxil’
EE
[brincar/choutar/saltar] coma un
cabrito (tolo)/coma os cabritos
‘brincar’ LFCEG
[saltar] coma un castrón ‘brincar’ LFCEG
cabrito ‘ser moi áxil’ GDXL
TÁBOA 17: CACHALOTE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte [bruto] coma un cachalote ‘moi bruto’ DFXG
TÁBOA 18: CALANDRA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha calandra ‘cantar ben’ LFCEG
TÁBOA 19: CAMALEÓN
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
271
1.1.1 Adaptación
Expresión Significado Fonte camaleón ‘persoa que cambia de
opinión, actitude etc.,
adoptando en cada
momento a que máis lle
convén segundo as
circunstancias’
DRAG, GDXL
TÁBOA 20: CAN/CADELA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira/fereza Expresión Significado Fonte [acedo/agre] coma o rabo de/dun can /
[saber] coma o rabo do can
‘amargor’ LFCEG
[apupar a alguén] coma un can ‘acoso, ataque, perigo,
burla’
LFCEG
[arregañar os dentes] coma un can de
palleiro
* ‘ensinar os dentes como
xesto de enfado’
LFCEG
[fero/ter un xenio] coma un can
(doente/de palleiro)
‘expresión que pondera a
fereza dun comportamento
ou unha forma de ser
irada, irascible’
DFG, LFCEG
[fuxir] coma dos cans * ‘fuxir de algo que se
considera perigoso’
LFCEG
[ladrar/renxer/ouvear] coma un(os)
can(s) (de palleiro/lunático)
* ‘berrar dominado pola
ira’
LFCEG
[lanzarse/botarse] coma un can (de
presa)
* ‘responder
agresivamente’
LFCEG
[levarse/discutir/reñer] coma cans ‘levarse mal entre eles,
pelexar continuamente’
DFG, LFCEG
[perigoso] coma o can preso á cadea ‘perigoso’ LFCEG
[poñerse] coma unha cadela * ‘enfadarse moito, estar
irascibilidade’
EE
[poñerse dun xenio] coma can que lle
quitan o óso
‘ira’ LFCEG
[rabear] coma un can na corda ‘ira’ LFCEG
[roer] igual ca un can ‘morder’ LFCEG
arrimar(se) os cans ás paredes ‘expresión de ameaza:
dise de alguén que mete
medo’
DFG, GDXL
botarlle o can [a alguén] ‘atacalo de obra ou de
palabra’
DFG, DRAG, GDXL
cadela ‘muller irascible ou de
mal xenio’
DRAG, GDXL, EE
can ‘home de mal xenio’ GDXL, EE
272
can que morde non ladra en van ‘evidencia’ RGMF, RGB
cara de can ‘expresión de desgusto,
hostilidade ou
reprobación’
DFXG, DFXM, EE
ceibar/meter os cans na/pola
bouza/no río
‘sementar discordia;
encirrar a alguén con mala
intención; incitar a outros
a que fagan algo’
DFG, DFXM, DRAG,
GDXL
[duro] coma un can ‘dureza’ ‘insensibilidade’ LFCEG
espertar o can que dorme ‘buscar problemas,
complicacións’
DFG, GDXL
ladrar ‘criticar ferozmente’ DRAG, GDXL
ladrar ‘falar a berros, con enfado
ou cólera’
DRAG, GDXL
non haber can que lle ladre [a alguén] ‘dise de quen é persoa
soberbia, arrogante ou de
quen é difícil de dominar’
DFXG
o can que dorme, non o despertes ‘precaución contra os
ataques’
RGB
o meu can pillou unha mosca e se a
pillou tamén a comeu / o meu can
pillou unha mosca, cando pillará
outra?
‘díselle a alguén cando
manifesta fachenda por un
éxito esporádico; tamén se
usa cando algo bo
acontece de xeito casual’
DFG, DFXG, GDXL,
DRAG, EO
poñer o tempo cara de can ‘empeorar as condicións
meteorolóxicas’ DFXM
(Santa Lucía!) / (San Silvestre!) se é
un can, mórdeche! / se fose un can,
mordíache
‘dise cando un busca algo
que ten diante dos ollos’
DFG, EE
1.1.2 Precariedade/mala vida
Expresión Significado Fonte [andar] coma o can dos ovos ‘andar pedindo algo [de
alguén], andar en busca da
compaña de alguén’
DFXG, LFCEG
[canso] coma un can ‘cansazo’ LFCEG
[devecer] coma un can * ‘desexar algo con moita
ansiedade’
EE
[estar/facer un día (frío]) coma un
can/cadelo
‘dise cando o frío é moi
intenso’
DFG, LFCEG
[estar] coma un can ‘incomodidade’ LFCEG
[ir un frío/ir tanto frío] que non paran
(nin) os cans /que nin os cans paran
‘dise cando o frío é moi
intenso’
DFG, DFXG
[levar/pasar/ser unha vida] coma un
can (de palleiro) / [pasalas] coma un
can
‘problemas’,
‘incomodidade’
LFCEG, EE
[pasar máis fame] ca un can (sen
dono) (de caza) / [ter unha fame]
coma un can
‘pasar moita fame’ DFG, DFXG, DFXM,
EE
273
[ter unha dor] coma un can ‘pasar moita dor’ EE
[vivir / andar tirado] coma un can (de
palleiro) / coma cans
‘sen a axuda de ninguén’ LFCEG, DRAG, GDXL,
EE
en todas partes hai cans descalzos ‘dise para indicar que as
cousas negativas non son
exclusivas dun lugar;
senón comúns a todos’
DFG, GDXL
fame de can ‘grande apetito’ DFXG, DFXM
(facer un dia) de cans ‘moi malo’ GDXL, EO
ida sen volta, coma o can pola porta! ‘expulsión’, ‘marcha
definitiva’
LFCEG
levar unha vida de cans * ‘vivir con moitas
dificultades’
EE
verse en pelicas de can ‘pasar apuros, ter
dificultades’
DFXG, GDXL
1.1.3 Gula
Expresión Significado Fonte [durar] coma manteiga en/no
nariz/fociño de/do can
‘fugacidade’ LFCEG
[ir] coma un can ‘fartura’ LFCEG
alá vai o can coas noces/coa bica
toda!
‘expresión de forte
contrariedade cando algo
é desbaratado’
DFG, EO
can ceboleiro ‘[despectivamente] persoa
que lle gusta comer a
conta dos demais’
GDXL
can de moitos cuncos ‘home que anda con máis
dunha muller’
DFXG
can merendeiro garda mal o palleiro * ‘dise de quen vai de casa
en casa levando contos,
aproveitando para ser
covidado sen pedilo, e
descoida a casa propia’
RGB
chámame can e bótame pan ‘úsase para indicar que
non importan as ofensas
se con elas se consegue
algún beneficio’
DFXG, RGMF, RGB
dálle ó rabo o can non por ti senón
polo pan / o can baila polo pan / polo
pan/diñeiro baila/vai o can (e polo
pan se llo dan/para ver se llo dan)
* ‘refírese a quen fai algo
por comenencia propia’
RGMF, EE
moitos cans para un (só) óso/para a
barbada
‘dise de cando algo é
difícil de conseguir por
seren moitos a procuralo’
DFXG, DFXM, GDXL,
EO
non busques o pan na cama do can * ‘invita a non levar a
cabo unha angueira que
resultará inútil’
RGMF, RGB
274
o can afeito ó touciño, anque lle pele
o fociño
* ‘refírese ás persoas que
fan cousas que lles gustan
aínda que sexan
prexudiciais’
RGB
o can de boa raza pensa no pan e na
caza
* ‘refírese a que quen é
responsable e centrado
pensa no ocio e tamén no
traballo’
RGMF
ó can que lambe a cinsa non lle fíes a
fariña ‘precaución’ RGB
o home e o can van por onde lle dan * ‘refírese a quen fai algo
por comenencia propia’
RGMF
outro can na merenda! ‘dise para indicar que
unha persoa actúa igual de
mal ca outra ou que un
feito é igual de
inconveniente ca outro
consabido’
DFG
1.1.4 Preguiza/ociosidade
Expresión Significado Fonte [estar] coma un can á boa vida ‘comodidade’ LFCEG
[estar] coma o can sen alma ‘tranquilidade’ LFCEG
[estirarse] coma un can * ‘estar ocioso, sen facer
nada’
EE
[estar deitado] coma o can * ‘estar ocioso, sen facer
nada’
EE
[levar unha vida] coma un can de
palleiro
‘preguiza’ LFCEG
[ser] coma o can: onde lle fan a cama
alí/aí se deita
‘conformarse’ LFCEG
[ter máis sorte] ca un can deitado * ‘ter moita sorte’ EE
[traballador] coma un can de palleiro ‘preguiza’ LFCEG
[traballar] coma un can deitado * ‘estar sen facer nada’ EE
[vivir no mundo] coma os cans ‘vivir ben’ LFCEG
can ‘nugalla, preguiza, falta de
vontade para traballar’
GDXL, EE
estírate can que mañá imos de caza * ‘fai referencia a cando
unha persoa se
espreguiza’
EE
levar vida de can ‘boa vida’ EO
mentres o can dorme, o lobo mata e
come
* ‘úsase para contrapoñer
unha persoa preguiceira a
outra traballadora’
RGB
1.1.5 Intelixencia/sabedoría
Expresión Significado Fonte a can vello non hai cus cus (tus tus) * ‘a sabedoría é unha
característica que se
adquire cos anos’
RGMF, RGB
275
a cazador novo, can vello * ‘da inexperiencia das
persoas aprovéitanse os
máis experimentados’
RGMF, RGB
can vello ‘ser cauto e advertido pola
experiencia da vida’
DFG, DFXG, DRAG,
GDXL
can vello, se non corre, busca * ‘refírese a que aquel que
é experimentado saberá
como actuar en todas as
circusntancias’
EE
chámalle can á cadela ‘fórmula que se emprega
para indicar que alguén
saíu máis listo do que
parecía’
GDXL
non busques o pan na cama do can * ‘invita a non levar a
cabo unha angueira que
resultará inútil’
RGMF, RGB
non hai mellor caza cá que se fai con
cans vellos
* ‘fai referencia a que as
cousas saen mellor se se
fan con xente
experimentada’
RGB
o can vello, se ladra, dá consello * ‘invita a seguir o
consello de alguén de
avanzada idade’
RGB
1.1.6 Promiscuidade
Expresión Significado Fonte [puta/viciosa/saída] coma unha cadela
/ [máis saída] ca unha cadela en celo * ‘muller de carácter
promiscuo’
LFCEG, EO
[poñerse] coma cadelas * ‘ter un comportamento
promiscuo’ LFCEG
[ser] coma un can * ‘andar un home na
procura de mulleres’
LFCEG
andar de can ‘andar un home na
procura de mulleres’
DFXG
cadela ‘muller de comportamento
deshonesto’
GDXL
fillo dun can * ‘fillo de solteira’ EE
1.1.7 Fidelidade/servilismo
Expresión Significado Fonte [andar/ir apegado] coma un can ó cu /
[andar atrás de alguén] coma un can
(perdigueiro)/o mesmo ca un can /
[andar] coma un can [detrás de
alguén]
‘dise da persoa que segue
continuamente a outra’
DFG, LFCEG, EE
[fiel] coma un can / [máis leal] ca un
can
‘ser moi fiel’ DFG, LFCEG, EE
[ser] coma can de sufralda ‘dise da persoa que
acompaña continuamente
a outra de maneira
pegañenta e/ou servil’
DFG
[servir a alguén] coma un can ‘(servir) moi fielmente’ DFG
276
canciño cego ‘ser moi fiel e submiso’ DFG
cheirarlle o rabo [a alguén] ‘adulalo servilmente’ DFG
1.1.8 Covardía
Expresión Significado Fonte [fuxir] coma can con vincha ó rabo ‘expresión que pondera a
rapidez ou velocidade con
que un escapa ou foxe’
DFG, LFCEG
[fuxir] coma un can perdigueiro
cando ventea ó lobo
* ‘fuxir dunha situación
perigosa’
LFCEG
[ir/estar/quedar/fuxir/marchar] coma o
can co rabo entre as pernas /
fuxir/marchar/saír co rabo entre as
pernas
‘irse avergonzado,
escarnecido’
DFG, DFXG, DFXM,
LFCEG, EE
[saír] coma un can cando lle atan
unha lata ó rabo
‘anoxo’ LFCEG
mal ladra o can, cando ladra de medo ‘medo’ RGB
1.1.9 Falsidade
Expresión Significado Fonte [ser] coma facer o coxear dos cans ‘finximento’ LFCEG
can que moito lambe tira o sangue * ‘refírese ó feito de que
quen moito adula agocha
segundas intencións’
RGMF, RGB
facer o coxear dos cans ‘finximento’ LFCEG
malia o can que se esquece de quen
lle dá o pan!
‘ingratitude’ RGMF, RGB
1.1.10 Soidade
Expresión Significado Fonte [andar] coma o can sen dono ‘liberdade’ LFCEG
(o) can no/de palleiro non quere
compañeiro
* ‘dise de quen non
comparte as cousas, de
quen se quere só’
RGMF, RGB
can sen dono ‘dise das persoas que
sempre andan soas sen
amigos’
DFG, DRAG, EE
1.1.11 Noctambulismo
Expresión Significado Fonte [andar] coma un can (cando lle soltan
a correa)
‘andar de noite por aí’ EO
andar de can ‘saír de noite ata a
madrugada’
DFXG, EE
vir á hora do can * ‘chegar a altas horas da
madrugada ou ó amencer’
EE
1.1.12 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte ser unha cadela coma un can ‘ser ruín’ LFCEG, GDXL
277
saírlle o can sen rabo [a alguén] ‘levar un chasco’ DFG
1.1.13 Insensatez
Expresión Significado Fonte cabeza de can ‘persoa lixeira ou
aloucada’
DFG
ladrar ‘que fala de máis e sen
xeito’
EE
1.1.14 Benquerenza Expresión Significado Fonte [cariñento] coma un can ‘agarimo, amor,
obediencia’
LFCEG
1.1.15 Teimosía Expresión Significado Fonte [facer/ser] coma o can do hortelán,
(que nin come/roe nin deixa
comer/roer)
‘dise cando unha persoa
non pode ou non quere
facer algo, nin deixa que
outro o faga’
DFG, LFCEG
1.1.16 Valentía
Expresión Significado Fonte ser unha cadela coma un can ‘ser moi atrevido’ GDXL
1.1.17 Dominio
Expresión Significado Fonte ó cabo do ano o can manda no seu
amo
* ‘refírese ó poder que
acaban adquirindo co
tempo algunhas persoas’
RGMF
1.1.18 Laboriosidade
Expresión Significado Fonte [ser] coma un can ‘ser moi traballador’ DFG
1.2 Características físicas
1.2.1 Velocidade
Expresión Significado Fonte [andar nas carreiras] coma os cans * ‘andar apurado’ EE
[correr/andar/andar lixeiro/alancar]
coma un/os galgo/s / que nin os
galgos
‘expresión que pondera a
velocidade de alguén’
DFG, LFCEG, EE
[correr] coma unha cadela ‘correr moito’ LFCEG
a carreira/carreiriña dun/de can ‘unha distancia curta’ DFXG, DFXM, EE, EO
botarlle/iscarlle un galgo [a algo ou a
alguén]
‘dise cando algo se perdeu
de forma irreparable, ou
cando algo se percibe xa
como inalcanzable’
DFG, EE
1.2.2 Ruído
Expresión Significado Fonte [ladrar/renxer/ouvear] coma un(os)
can(s) (de palleiro/lunático)R
* ‘berrar dominado pola
ira’
LFCEG
278
[laiarse] coma un can * ‘queixarse a través de
sons agudos’
EE
ladrarR ‘que fala de máis e sen
xeito’
EE
ladrarR ‘falar a berros, con enfado
ou cólera’
DRAG, GDXL
1.2.3 Delgadeza
Expresión Significado Fonte [delgado] coma un can/unha cadela ‘moi delgado’ DFXG, LFCEG
[estar] coma un can polas pernas ‘mirrado’ LFCEG
[máis fraco] ca un can de palleiro ‘mirrado’ LFCEG
1.2.4 Bo ouvido
Expresión Significado Fonte [ouvir /oír máis] ca un can fanado ‘ouvir moi ben’ DFXG, LFCEG
1.2.5 Bo olfacto
Expresión Significado Fonte [ventar algo] coma o can a perdiz ‘advertir’ LFCEG
1.2.6 Fealdade
Expresión Significado Fonte [feo/cativo/ser] coma un can / feo
para can
‘moi feo’ DFXG, DFXM, LFCEG
1.2.7 Resistencia Expresión Significado Fonte [duro] coma un canR ‘dureza’, ‘insensibilidade’ LFCEG
1.2.8 Sucidade
Expresión Significado Fonte [cheirar] coma un can ‘cheirar mal’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade
Expresión Significado Fonte [ser] coma ir á/de caza sen can ‘expresión para indicar
que se perde o tempo’
GDXL
[valer menos] cás orellas dun can
cheas de auga
* ‘non valer nada’ LFCEG
cada can ladra no seu palleiro * ‘cadaquén debe ocupase
dos asuntos propios’
RGMF
can ladrador pouco/non é mordedor /
can que ladra nunca morde / o can
que máis ladra non é o que máis traba
‘dise cando aquel que
ameaza e se mostra
colérico non é o máis
perigoso, pois fai pouco
ou só bravatas’205
EO
205 Definición tirada do Refranero multilingüe (Centro Virtual Cervantes) (2016).
279
can ladrador que non ten forza ¡ai, se
se descoida!
‘ameaza’ RGB
can merendeiro garda mal o palleiro * ‘dise de quen vai de casa
en casa levando contos,
aproveitando para ser
convidado sen pedilo, e
descoida a casa propia’
RGB
can que moito ladra, ruín é para a
casa
* ‘dá conta da pouca valía
de alguén que pretende
aparentar o contrario’
RGB
durmir sen can ‘non ter medo, ser valente
e decidido’
DFG
ladra, can, que para iso gañas o pan! ‘agradecemento’ RGB
o can de boa raza pensa no pan e na
cazaR
* ‘refírese a que quen é
responsable e centrado
pensa no ocio e tamén no
traballo’
RGMF
ou o can mente ou vén xente * ‘dise cando se teñen
indicios ou sospeitas de
que sucede algo’
RGMF, RGB
2.1.2 Maltrato
Expresión Significado Fonte [andar] coma o can na corda ‘disciplina’ LFCEG
[botar alguén] coma os cans da misa /
[acabar] coma os cans na misa
‘derrota’ LFCEG
[cañar] coma a un can ‘golpear’ LFCEG
[correr alguén] coma un can /
[irse/marchar corrido] coma un can
‘tratalo con desprezo e sen
consideración’
DFG, LFCEG, GDXL
[deixar quedar/tirado a alguén] coma
un can
‘abandono’ LFCEG, EE
[fuxir] coma can con vincha ó rabo ‘expresión que pondera a
rapidez ou velocidade con
que un escapa ou foxe’
DFG, LFCEG
[saír] coma un can cando lle atan
unha lata ó rabo
‘anoxo’ LFCEG
[tratar / poñer] coma un can (de
palleiro)/os cans / [tratar] coma se
fora un can
‘coma se non se tratase
dun ser humano, con
aldraxe’
LFCEG, DRAG, GDXL,
EO
can que vai a onde non o chaman leva
paus
‘entremeterse’ RGMF
de balde andan os cans e tíranlle
pedras
‘gratuidade’ RGB, EO
2.1.3 Semellanza
Expresión Significado Fonte cal o dono, tal o can / cal é o can, tal
é o dono
* ‘designa un parecido,
físico ou doutra índole,
entre dúas persoas ou
cousas’
RGB
280
2.2 Animal-animal 2.2.1 Inimizade
Expresión Significado Fonte [de acordo] coma can e gato ‘aplícase ós que se levan
mal’
LFCEG, DRAG
[levarse/discutir/reñer] coma cans ‘levarse mal entre eles,
pelexar continuamente’
DFG, LFCEG
[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o)
can(s) e (o)(mailo) gato(s)
‘levarse mal entre eles,
pelexar continuamente’
DFG, DFXG, DFXM,
LFCEG, DRAG, GDXL,
EE, EO
amigos coma o can e o gato, que comen
no mesmo prato
‘amizade perigosa’ RGB
sogra e nora e can e gato non comen
ben nun mesmo prato / o can e o gato
non os poñas no mesmo prato
‘inimizade’ RGB, EE
2.2.2 Respecto
Expresión Significado Fonte nunca o can morde a cadela * ‘refírese a unha relación
de respecto mutuo’
RGB
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte [estar/facer (tanta) falta] coma os cans
na misa /igrexa / [pintar menos] cós
cans na misa
‘expresión que indica que
alguén está a estorbar ou
está de máis nun
determinado lugar’
DFG, LFCEG
[facerlle caso a alguén] coma ó can ‘menosprezo’ LFCEG
[oír algo] como quen oe ladrar un can
/ [facer tanto caso de algo] como se
ladrara un can / [facer] coma se
cantara/ladrara un can
‘proceder sen prestar
atención nin tomar en
consideración a quen se di
ou aquilo que se di’
DFG, LFCEG
[ser] coma darllo/quen llo dá a un can
/ [ser] coma quen lle bota o alcacén a
un can
‘inutilidade’ LFCEG
non querer nin os cans ‘non querer ninguén algo
por non ter valor’
GDXL
máis vale can vivo ca león morto * ‘indica que é preferible
ter pouco que nada’
RGB
non ser un/ningún can ‘ser digno de respecto e
consideración’
DFG
os que van onde non os chaman son
os cans
‘expresión con que unha
persoa manifesta a
vontade de non inmiscirse
en algo’
DFG, RGB
TÁBOA 21: CANARIO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
281
1.1.1 Ruído harmonioso Expresión Significado Fonte [cantar] coma un canario ‘cantar ben’ LFCEG
TÁBOA 22: CANGREXO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [andar coas pernas arrastro] coma (o)
un cangrexo
* ‘andar arrastrando os
pés’
LFCEG
[andar/ir/marchar (cara/para atrás)]
coma o(s)/un
cangrexo(s)/caranguexo(s) / [andar a
redacú / recuar] coma os/o cangarexos
/ [andar ó revés] coma o cangrexo
‘úsase para ponderar o
atraso ou a escasa
progresión de alguén’
DFG, DFXM, LFCEG
[atravesado] coma un/os caranguexo/s ‘expresión que pondera o
carácter mal intencionado
dunha persoa’
DFG, LFCEG
TÁBOA 23: CARACOL
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte [levalo todo ó lombo] coma o caracol * ‘non ter máis nada que o
que se leva enriba’
LFCEG
[pecharse] coma o caracol * ‘dise de quen ou do que
é hermético’
LFCEG
1.1.2 Lentitude
Expresión Significado Fonte [lento/andar] coma un caracol ‘lentitude’ LFCEG, EO
TÁBOA 24: *CARACOLA (BUGUINA)
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Lentitude
Expresión Significado Fonte [lento] coma unha caracola ‘lentitude’ LFCEG
TÁBOA 25: CARRACHA
1 Caracterización
282
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Molestia Expresión Significado Fonte [molesto] coma unha carracha * ‘fai referencia á persoa
molesta, que non se arreda
dun’
EE
1.1.2 Noxo
Expresión Significado Fonte [máis noxento] ca unha carracha ‘noxo’ LFCEG
TÁBOA 26: CARRICANTA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia Expresión Significado Fonte [alegre] coma unha carricanta ‘ledicia’ LFCEG
TÁBOA 27: CHOCO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [mareado] coma un choco ‘estar moi mareado’ EE
TÁBOA 28: COBRA/SERPE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade
Expresión Significado Fonte [bufar/andar] coma o lobo no inverno
e coma cobra no verán
‘ira’ LFCEG
[bufar/chiar] coma as cobras/ coma
unha cobra
‘ira’ LFCEG
[erguerse] coma se o picara unha
cobra
* ‘erguerse rapidamente,
de súpeto’
LFCEG
[espetarse cara alguén] coma unha
cobra
‘pelexar’ EE
[pórse] coma as cobras ‘ira’ LFCEG
morderlle unha cobra/cóbrega [a
alguén]
‘sufrir dano, xeralmente
de carácter sentimental’
DFG
283
quitar a cobra coa man doutro ‘causar un dano e tratar de
agachalo’
GDXL
se vas sacar a cóbrega do burato,
esconde ben as mans por se acaso
‘precaución contra os
ataques’
RGB
1.1.2 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte [malo] coma as cobras ‘ruindade’ LFCEG
[peor] ca unha serpe * ‘valora a maldade de
alguén’
EE
[velenoso] coma unha serpe * ‘refírese á maldade de
alguén’
EE, EO
niño de serpes ‘lugar perigoso entre
xente malvada e/ou
maledicente’
DFG
botar/cuspir cobras e sapos (pola
boca)
‘proferir blasfemias,
insultos e inxurias’
DFG, GDXL
1.1.3 Falsidade
Expresión Significado Fonte [falso] coma as cobras ‘moi falso’ DFXG
[ter tanta confianza en alguén] coma
nun saco de cobras
‘desconfianza’ LFCEG
serpe/serpente ‘persoa pérfida’ GDXL, EE
ter mamar de cobra ‘saber pedir as cousas con
moi boas maneiras’
DFXG
1.1.4 Intelixencia
Expresión Significado Fonte [listo] coma unha serpe * ‘persoa intelixente’ EE
[saber máis] cás cobras / [listo/pillo]
coma unha/as cobra/s
‘intelixencia’ LFCEG
1.1.5 Preguiza
Expresión Significado Fonte [nugallán] coma as cobras * ‘fai referencia ás persoas
que pasan o tempo sen
facer nada, deitadas’
EE
1.1.6 Sixilo Expresión Significado Fonte [sixiloso/silencioso] coma unha
serpe/cobra
* ‘fai referencia á persoa
que actúa de maneira que
os demais non detecten a
súa presenza’
EE, EO
1.1.7 Esquiveza
Expresión Significado Fonte [esquivo] coma unha cobra * ‘refírese ás persoas que
evitan o trato coa xente,
que foxen dela’
EE
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte
284
[domearse] coma unha cobra * ‘ser áxil, dobrar o corpo
con facilidade’
LFCEG
[retorcerse] coma unha cobra ‘incomodidade’ LFCEG
[retorcerse/revirarse] coma unha
cobra
‘facer movementos de
contracción bruscos e
violentos; opoñer
resistencia’
DFG
1.2.2 Movemento
Expresión Significado Fonte [andar de/a rasto(s)/arrastiño] coma as
cobras / [arrastrarse] coma unha
cobra/serpe / [vivir arrastrado] coma
as cobras / [(verse) arrastrado] coma
as cóbregas
‘dificultade’, ‘pobreza’ LFCEG, EO
[andar ó revés] coma as cobras ‘errar’ LFCEG
1.2.3 Ruído
Expresión Significado Fonte [bufar/chiar] coma as cobras/ coma
unha cobraR
‘ira’ LFCEG
1.2.4 Velocidade
Expresión Significado Fonte [liscar] coma unha cobra * ‘fuxir rapidamente’ LFCEG
TÁBOA 29: COELLO/COELLA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia
Expresión Significado Fonte [fino] coma un coello ‘intelixencia’ LFCEG
1.1.2 Bondade Expresión Significado Fonte inda o demo ten cara de coello! ‘dise cando algo resulta
chocante ou supón unha
contrariedade’
DFG, GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Fertilidade Expresión Significado Fonte [foder] coma os coellos/unha conexa * ‘dise da muller moi
fértil’
EE, EO
[parir/ter fillos] coma unha coella * ‘dise da muller moi
fértil’
EE, EO
coella ‘muller que ten moitos
fillos’
EE
1.2.2 Movemento Expresión Significado Fonte
285
[rir] coma os coellos ‘rir sen gana,
finxidamente’
DFG, LFCEG
TÁBOA 30: CONGRO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [andar/borracho] coma un congro ‘estar moi bébedo’ DFG, EE
TÁBOA 31: CORVO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade
Expresión Significado Fonte cría corvos e sacaranche/tiraranche
os ollos
‘expresión que se emprega
para comentar a
ingratitude da persoa á
que se fai referencia’
RGMF, RGB, GDXL,
EE
1.2 Características físicas
1.2.1 Cor
Expresión Significado Fonte [haber tanto] coma corvos brancos ‘escaseza’ LFCEG
[negro] coma un corvo / [ser/estar]
máis negro cás ás dun corvo / ca un
corvo / [branquiño] coma as ás dun
corvo
‘moi negro ou de cor
negra moi intensa’
DFXG, LFCEG, GDXL,
EE
naceu un corvo branco! ‘expresión coa que se
indica unha rareza ou
unha casualidade’
GDXL
1.2.2 Fealdade Expresión Significado Fonte [feo/ser] coma un corvo ‘fealdade’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Respecto
Expresión Significado Fonte un corvo a outro non lle tira os ollos * ‘fai referencia ó respecto
mutuo entre persoas’
RGB
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte
286
díxolle o corvo á pega : bótate
alá/saca para alá, que es negra!
* ‘refírese a quen despreza
alguén sen se dar conta
que presenta as mesmas
características negativas
que critica’
RGB, EE
non pode ser o corvo máis negro cás
ás / pouco máis negro pode se-lo
corvo cás alas!
‘esperanza na desgraza’ RGB, LFCEG
TÁBOA 32: CORZO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte [andar/saltar/dar brincos] coma un
corzo
‘andar brincando en
liberdade e con lixeireza;
saltar axilmente’
DFG, LFCEG
1.1.2 Velocidade Expresión Significado Fonte [fuxir/correr] coma un corzo ‘fuxida’ LFCEG, EE
TÁBOA 33: COTOVÍA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia Expresión Significado Fonte [ledo] coma unha cotovía ‘felicidade’ LFCEG
TÁBOA 34: CUCO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Morte/fin
Expresión Significado Fonte cucar ‘rematar, dar por
terminado’
GDXL
cucar ‘morrer’ DRAG
cucar ‘pasar de tempo’ GDXL
ver o cuco ‘ver o perigo moi preto’ DFXG, GDXL
1.1.2 Intelixencia
Expresión Significado Fonte
287
[listo/agudo] coma un/o cuco / [máis
listo] ca un cuco
‘moi listo’ DFXG, LFCEG, EE
[ser] coma un cuco ‘habilidoso, espelido’ GDXL
1.1.3 Aproveitamento
Expresión Significado Fonte [facer] coma o cuco * ‘ser aproveitado’ LFCEG
son da opinión do cuco, paxaro que
nunca anida, pon o ovo en nido alleo
e outro paxaro o cría
‘expresión para indicar a
falta de ganas de traballar,
de que todo llo dean feito
a un’
DFXM
1.1.4 Preguiza/indolencia
Expresión Significado Fonte [nugallán] coma o cuco ‘preguiza’ LFCEG
son da opinión do cuco, paxaro que
nunca anida, pon o ovo en nido alleo
e outro paxaro o críaR
‘expresión para indicar a
falta de ganas de traballar,
de que todo llo dean feito
a un’
DFXM
1.1.5 Vida
Expresión Significado Fonte non ouvir/oír (cantar) o/outro cuco ‘non ir durar moito’ DFXG, DFG, GDXL
xa ouvín cantar máis de catro cucos ‘dío quen xa ten os seus
anos e a súa experiencia
de vida’
DFXG, GDXL
1.1.6 Astucia
Expresión Significado Fonte cuco ‘ser astuto, saber
aproveitar as ocasións’
DFG, DFXG, DRAG,
GDXL
1.1.7 Ledicia
Expresión Significado Fonte [contento/ledo/alegre/
alegrarse/quedar] coma un cuco /
[máis contento/ledo] ca un cuco
‘estar moi contento ou
moi ledo’
DFG, DFXG, DFXM,
LFCEG, GDXL, EO
1.1.8 Atracción
Expresión Significado Fonte cucar ‘cativar, engaiolar, atraer
dun xeito irresistible’
DRAG, GDXL
1.1.9 Fachenda
Expresión Significado Fonte cucar ‘fachendear, facer
ostentación’
GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Silencio
Expresión Significado Fonte [quedar sen voz] coma o cuco ‘silencio’ LFCEG
TÁBOA 35: CURUXA
288
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Soidade/independencia
Expresión Significado Fonte [só/soíño] coma unha curuxa ‘soidade’ LFCEG
curuxa ‘ser moi retraído ou pouco
decidido’
GDXL
1.1.2 Perigo
Expresión Significado Fonte verlle o cu á curuxa ‘coller medo; sentir a
proximidade dun perigo
ou dun animal’
DFG, GDXL, EE, EO
verlle os ollos á curuxa ‘coller medo; sentir a
proximidade dun perigo’
DFG
1.1.3 Intelixencia Expresión Significado Fonte [listo] coma unha curuxa * ‘dise da persoa moi
lista’
EE
1.2 Características físicas
1.2.1 Hábitat
Expresión Significado Fonte curuxeira/curuxeiro ‘aldea ou casal situado
nun lugar esgrevio e
penedoso’
DRAG, GDXL
1.2.2 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte curuxar ‘fitar, mirar fixamente e
cos ollos moi abertos’
GDXL
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte vérselle o rabo á curuxa ‘resultar transparentes as
intencións ou os defectos
que alguén pretendía
disimular’
DFG
TÁBOA 36: DONICELA/DONIÑA/*DENOCIÑA/*DONOSIÑA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Perigo Expresión Significado Fonte bebiades de boa gana, se non fora a
donicela
* ‘expresión que se lle di a
alguén cando se mostra
desconfiado por algo’
RGMF
ó alcalde e á donicela ninguén lles
diga: se eu quixera...
* ‘recomenda ter conta
con certas persoas que
poden resultar perigosas’
RGB
1.1.2 Intelixencia
289
Expresión Significado Fonte [listo] coma unha
donicela/donosiña/denociña / [máis
listo] cá donicela
‘ser moi listo’ DFG, LFCEG, EE
1.2 Características físicas 1.2.1 Axilidade Expresión Significado Fonte [áxil] coma unha donicela/doniña ‘moi áxil’ DFXG, LFCEG
1.2.2 Velocidade Expresión Significado Fonte [ir/ser] coma unha denociña/donicela ‘expresión que pondera a
rapidez, a velocidade
dunha persoa’
DFG, LFCEG
TÁBOA 37: ELEFANTE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Boa memoria
Expresión Significado Fonte ter memoria de elefante * ‘ter moita memoria’ EO
1.2 Características físicas
1.2.1 Grandura Expresión Significado Fonte tanto vai dun anano a un xigante,
como vai dunha formiga a un elefante
* ‘fai referencia a unha
diferenza de tamaño
considerable’
RGB
ter memoria de elefanteR * ‘ter moita memoria’ EO
1.2.2 Fortaleza
Expresión Significado Fonte [ter forza] coma un elefante * ‘ter moita forza’ LFCEG
TÁBOA 38: ESCARAVELLO
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Cor
Expresión Significado Fonte [negro] coma un escaravello ‘negro’, ‘mouro’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte [estar mechos] coma os escaravellos ‘abundancia’ LFCEG
290
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte ó escaravello os seus fillos parécenlle
ouro fino
* ‘refírese a que cando se
ten aprecio por alguén
pásanse por alto os seus
defectos’
RGB
TÁBOA 39: ESQUÍO/*ARDILLA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Intelixencia
Expresión Significado Fonte [agudo/listo/pillo] coma un esquío/
unha ardilla
‘ser moi agudo, moi listo’ DFG, LFCEG, EO
1.2 Características físicas 1.2.1 Axilidade Expresión Significado Fonte [áxil] coma unha ardilla * ‘fai referencia a unha
persoa áxil’
EE
1.2.2 Velocidade Expresión Significado Fonte [ser] coma unha ardilla ‘lixeiro’ LFCEG
TÁBOA 40: FOCA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Gordura
Expresión Significado Fonte [estar] coma unha foca ‘moi gordo’ DFG
estar feito unha foca ‘moi gordo’ DFG
foca ‘persoa que está moi
gorda’
DRAG, GDXL
TÁBOA 41: FORMIGA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Laboriosidade Expresión Significado Fonte [ser/traballador/traballar] coma
unha/as formiga(s)/formiguiña(s)
* ‘fai referencia a unha
persoa traballadora’
EE, EO
formiga/formiguiña ‘persoa moi traballadora e
que ten bo goberno’
GDXL, EE
291
1.1.2 Aforro
Expresión Significado Fonte [aforrar/ser] coma unha formiga * ‘refírese a unha persoa
aforradora’
EE
1.1.3 Agresividade
Expresión Significado Fonte senteime enriba dun formigueiro e
nunca tiven tan mal asentadeiro
/asenteime nun formigueiro: ¡douche ó
diaño o asentadeiro!
* ‘fai referencia a unha
situación de risco’
RGB
1.2 Características físicas
1.2.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [bulir] coma un formigueiro * ‘realizar unha actividade
con moita rapidez’
LFCEG
aformigar/formigar ‘estar inquieto, nervioso,
dando mostras de
desacougo físico ou
moral’
DRAG, GDXL
aformigar/formigar ‘experimentar unha
sensación entre o proído e
as cóxegas nunha parte do
corpo’
DRAG, GDXL
aformigar/formigar ‘haber moita cantidade e
moito movemento de
persoas ou animais’
DRAG, GDXL
formiga ‘conxunto de persoas,
animais ou obxectos en
movemento colocados en
ringleira’
GDXL
formigueiro ‘lugar onde hai moita
xente movéndose’
DRAG, GDXL
formigo ‘sensación incómoda de
ter formigas movéndose
debaixo da pel’
DRAG, GDXL
formigo/formiguiño ‘fedello, persoa moi
inqueda’
GDXL, EE
ter/sentir o formigo/formiguiño ‘estar inquieto, non ter
acougo físico ou moral’
DRAG, GDXL, EE
1.2.2 Pequenez
Expresión Significado Fonte [facer] menos vulto cás barbas dunha
formiga
‘timidez’ LFCEG
formiga ‘ser ou cousa
insignificante’
GDXL
tanto vai dun anano a un xigante,
como vai dunha formiga a un elefante
* ‘fai referencia a unha
diferenza de tamaño
considerable’
RGB
1.2.3 Lentitude
Expresión Significado Fonte
292
[máis lento] ca unha formiga * ‘fai referencia a unha
velocidade moi reducida,
lentitude’
EE
a paso de formiga * ‘refírese a avanzar moi
lentamente’
EE
1.2.4 Velocidade
Expresión Significado Fonte [bulir] coma un formigueiroR * ‘realizar unha actividade
con moita rapidez’
LFCEG
2 Relacións
2.2 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte [estar] coma un formigueiro ‘aglomeración’ LFCEG
[ser/vivir] coma (as) formigas ‘aglomeración’ LFCEG
aformigar/formigarR ‘haber moita cantidade e
moito movemento de
persoas ou animais’
DRAG, GDXL
a formiga tamén quere a súa compañía * ‘fai referencia á
necesidade das compañas’
RGB
cada formiga ó seu formigueiro * ‘fai referencia a quen
cadaquén ten o seu lugar’
EO
formigaR ‘conxunto de persoas,
animais ou obxectos en
movemento colocados en
ringleira’
GDXL
formigueiroR ‘lugar onde hai moita
xente movéndose’
DRAG, GDXL
TÁBOA 42: GAIVOTA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Intelixencia
Expresión Significado Fonte [fino] coma unha gaivota ‘ser moi listo’ DFXM
TÁBOA 43: GALO/GALIÑA/PITO/PITA/POLO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Arrogancia/fachenda/presunción Expresión Significado Fonte
[andar/ir] máis teso ca un galo ‘fachenda’ LFCEG
[fachendoso] coma un galo do curral ‘fachendoso’ LFCEG
[garifeiro] coma galo no buleiro ‘fachenda’ LFCEG
293
[menear a cola] coma unha galiña * ‘querer chamar a atención
a través do aspecto físico’
LFCEG
[presumida] coma unha galiña * ‘fai referencia a quen
presume do seu aspecto
físico’
EE
[ser/soberbia] coma galiña farta de
herba
‘ingratitude’ LFCEG
baixarlle a crista [a alguén] ‘humillalo; dobregar a
altivez ou o orgullo de
alguén’
DFG
cacarexador ‘que pondera con fachenda
as cousas propias’
GDXL
cacarexar/cascarexar ‘ponderar esaxerada ou
reiteradamente as accións
ou as calidades de [algo ou
alguén, especialmente as
propias]’
DRAG, GDXL
erguer a crista ‘mostrarse altivo,
fachendoso’
DFG
erguer o galo ‘mostrarse arrogante’ DFG
galo ‘botaporela, fanfurriñeiro,
persoa arrogante,
presumida e fachendosa’
GDXL, EE
1.1.2 Autoridade
Expresión Significado Fonte chegar ó poleiro ‘acadar unha posición
elevada’
DFG
cada galo canta no seu
galiñeiro/poleiro (e o que é bo, no
seu e no alleo) / cada galo no seu
galiñeiro e cada pola no seu poleiro
* ‘fai referencia a que
cadaquén goberna aquilo
que é seu’
RGMF, RGB, EE
folgade, galiñas, que vos morreu o
galo/ que o galo morreu!
* ‘refírese a unha situación
na que se pode descansar
dunha presión constante’
RGB
galo ‘persoa que manda ou se
impón’
GDXL
galo do curral * ‘persoa que se impón
sobre as demais’
EO
galo do mundo ‘ser o xefe, o que manda
máis’
DFG
poleiro ‘calquera posto elevado ó
que pode chegar unha
persoa’
GDXL
poleiro ‘situación elevada ou
vantaxosa’
GDXL
quen fose galo para ser o dono do
curral
* ‘refírese ó feito de querer
acadar unha posición
privilexiada’
EE
1.1.3 Promiscuidade
Expresión Significado Fonte
294
[andar/ser] coma as/unha
galiña(s)/as pitas
* ‘ter un comportamento
promiscuo’
LFCEG
[puta] coma unha galiña / [máis
puta] cás galiñas/ca unha galiña
* ‘ter un comportamento
promiscuo’
LFCEG, EE, EO
tan contenta vai unha galiña cun
polo coma outra con oito
‘conformidade’ RGB
1.1.4 Queixa
Expresión Significado Fonte [máis queixumeiro] ca unha galiña
choca
‘queixa’ LFCEG
[ser igual] ca unha pita choca ‘achacoso, enfermo’ LFCEG
galiña/pita choca ‘persoa queixumeira’ EE
1.1.5 Precaución
Expresión Significado Fonte alí pon/ten a galiña os ollos onde
pon/ten os ovos / onde a galiña pon
os ovos, alí se van os ollos
* ‘fai referencia ó feito de
extremar as precaucións
con aquelas cousas que son
importantes’
RGB
[andar] coma a galiña a pisar ovos ‘perigoso’ LFCEG
[andar] coma a galiña con ovos/cos
ovos
‘tino, precaución’ LFCEG
1.1.6 Inquedanza
Expresión Significado Fonte [andar] coma a galiña co ovo ‘inquedanza’ LFCEG
[inquedo] coma galiña sen endego ‘inquedanza’ LFCEG
1.1.7 Desorde/desleixo Expresión Significado Fonte [facer] coma as galiñas ‘o que se fai por un lado
desfáise polo outro’ EE
[ser] coma o pito cairo ‘desleixo’ LFCEG
1.1.8 Covardía
Expresión Significado Fonte galiña ‘ser, ou ser considerado por
alguén coma un covarde,
pusilánime’
DFG, GDXL, EE
galear ‘sentirse intimidado ante
unha situación que non se
controla’
EE
1.1.9 Agresividade
Expresión Significado Fonte erguer o galo ‘alterarse’ DFG
subirlle o galo ó poxigo [a alguén] ‘virlle o xenio, alporizarse’ DFG
1.1.10 Estulticia
295
Expresión Significado Fonte [máis parvo] cás galiñas * ‘refírese á pouca
intelixencia de alguén’
EE
[listo] coma unha galiña ‘parvo’ EO
1.1.11 Escasa adaptabilidade
Expresión Significado Fonte [estar] coma galiña en curro/curral
alleo
‘úsase para indicar que
alguén se encontra estraño
nun lugar ou nunha
situación hostil’
DFG, LFCEG
polo nun curral alleo nin sabe onde
come nin dá co poleiro
* ‘fai referencia á situación
en que unha persoa non se
atopa cómoda por estar nun
lugar que non coñece’
RGB
1.1.12 Malicia Expresión Significado Fonte bo polo ‘expresión que indica
desaprobación máis ou
menos severa da actitude,
comportamento etc., dun
rapaz ou dun home’
DRAG, GDXL
1.1.13 Lixeireza
Expresión Significado Fonte cacarexar/cascarexar ‘difundir cousas que deben
ser caladas’
GDXL, DRAG
1.1.14 Preguiza
Expresión Significado Fonte [vivir] coma os galos ‘preguiza’ LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha galiña ‘cantar mal’ LFCEG
cacarexar/cascarexar ‘falar alto e con voz aguda’ GDXL
cacarexada/cascarexada ‘gargallada ou riso
estridente’
GDXL
galo ‘nota falsa que
inadvertidamente emite
quen canta ou fala’
GDXL
ó cantar o galo ‘ó amencer’ GDXL
1.2.2 Pequenez
Expresión Significado Fonte [comer] coma un pito ‘comer moi pouco’ DFXG, DFXM, LFCEG
[estar] coma un pito ‘mirrado’ LFCEG
1.2.3 Hábitat
Expresión Significado Fonte
296
[estar] coma galiña en curro/curral
alleoR
‘úsase para indicar que
alguén se encontra estraño
nun lugar ou nunha
situación hostil’
DFG, LFCEG
polo nun curral alleo nin sabe onde
come nin dá co poleiroR
* ‘fai referencia á situación
en que unha persoa non se
atopa cómoda por estar nun
lugar que non coñece’
RGB
1.2.4 Sucidade
Expresión Significado Fonte [sucio/estar] coma o pau dun
galiñeiro / [haber máis merda] ca no
pau dun galiñeiro
‘moi sucio’ DFXG, LFCEG, EE
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade
Expresión Significado Fonte acabar coa galiña dos ovos de ouro * ‘refírese ó feito de deixar
de tirar proveito de algo’
EE
TÁBOA 44: GARDUÑO/GARDUÑA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Roubo Expresión Significado Fonte [ser] coma garduña ‘roubar’ LFCEG
garduña ‘persoa ladroa’ GDXL
garduñada ‘roubo de pequena
importancia’
GDXL
garduñar ‘roubar, apoderarse dos
bens doutra persoa’
GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte [áxil] coma un garduño ‘expresión que pondera a
axilidade de alguén’
DFG
TÁBOA 45: GATO/GATA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Gula Expresión Significado Fonte [devecer] coma gato pola manteiga ‘desexo’ LFCEG
297
[durar tanto] coma a manteiga no
fociño do gato
‘durar pouco’ LFCEG
[fuxir de alguén] coma o gato da
sardiña
* ‘non ter ningún medo’ LFCEG
[gordo] coma o gato dun abade ‘gordura’ LFCEG
[larpeiro] coma un gato * ‘moi larpeiro’ EE
[mirar] coma o gato ás sardiñas ‘desexo’ LFCEG
[ser] coma quen busca a manteiga no
fociño do gato
‘dificultade’ LFCEG
ás veces a carne está no prato por
falta de gato
*‘indica que algo deixa de
producirse non por
méritos da persoa, senón
por falta de
oportunidades’
RGB
comerlle a lingua o gato ‘expresión irónica para se
referir a alguén que garda
un silencio prolongado ou
se nega a falar’
DFG, DFXM, EE
non está a carne no garabato por falta
de gato / anque a sardiña está no
prato, non é por falta de gato
* ‘indica que algo deixa
de producirse non por
falta de oportunidades,
senón polos méritos ou a
virtude de alguén’
RGB
ó gato por ser lambón non o botes da
túa mansión
* ‘recomenda non
precipitarse nas decisións’
EE
perdón polo gato ladrón/lambón ‘dise para desculparse,
mais dun xeito
humorístico. Tamén o
pode dicir a persoa á que
se lle piden desculpas para
tirarlle importancia ós
feitos’
DFXG
polo rabo da culler vai/sube o gato á
ola/ó pote
‘fai referencia ás persoas
que non deixan escapar
unha oportunidade para
medrar ou obter algún
beneficio’206
RGB
sardiña/carne que leva o gato tarde
ou nunca volve ó prato / sardiña que o
gato leva, perdida está/ gandida vai
* ‘refírese a unha
situación que xa non ten
remedio’
RGMF, RGB
un ollo ó prato e outro ó/no gato * ‘estar atento a dúas
cousas ó mesmo tempo’
RGB
1.1.2 Agresividade/ira/fereza
Expresión Significado Fonte [acedo] coma o rabo de/ dun gato ‘moi acedo [alimentos que
xa non serven para comer,
que están derramados
porque están acedos]’
DFXG, LFCEG
206 Definición tirada do Diccionario de refranes comentado (2012).
298
[agadañar/rabuñar] coma un/o
micho/gato
* ‘mostrarse agresivo con
alguén’
LFCEG
[agarrarse] coma dous gatos ‘liorta’ LFCEG
[bufar] coma un gato * ‘mostrar alguén o seu
enfado’
LFCEG
[defenderse] coma un gato boca
arriba
* ‘defenderse contra un
ataque’
LFCEG
[facer fu] coma o gato ‘ira’ LFCEG
[fera/alporizada/pórse/botarse] coma
unha gata [contra alguén]
‘agresividade’, ‘fero’, ‘ira’ LFCEG, EO
[fero] coma gato de sobrado * ‘moi fero’ LFCEG
o amor das gatas entra e sae a
rabuñadas / os amores dos gatos
comezan maiando e acaban
rabuñando
* ‘fai referencia ás
relacións amorosas
difíciles’
RGB
o gato saca as unllas, cando llas
buscan/cando llas ha mester
‘indica que hai que
defenderse cando é
necesarío’207
RBG
tarde se arrepinte o rato, cando xa
está na boca do gato
‘remedio serodio’ RGB
1.1.3 Falsidade
Expresión Significado Fonte bos días! Díxolle o gato ás sardiñas * ‘adoita dicirse cando
unha persoa mostra un
comportamento hipócrita
cara a outra’
EE
cara de beato e unllas de gato/ unllas
de gato e cara de beato
* ‘refírese a unha persoa
hipócrita, que non mostra
as súas verdadeiras
intencións cara ós demais’
RGMF, RGB
facer a gata ‘aparentar que se fai’ DFG
facerse a gata morta ‘actuar con finximento e
malicia’
DFG
gárdate do gato que non miaña! ‘aparencia de bondade’,
‘hipocrisía’
RGB
gatada ‘acción feita con astucia e
disimulo para enganar a
alguén’
DRAG, GDXL
o gato acariña co rabo e rabuña coas
unllas
‘refrán que critica ás
persoas que se comportan
de xeito hipócrita,
afagando por diante e
atacando por detrás’208
RGB
1.1.4 Preguiza/ociosidade
Expresión Significado Fonte
207 Definición tirada de http://www.ogalego.eu/exercicios_de_lingua/imaxes/animais/frasegato.html 208 Definición tirado do Pequeno refraneiro alemán-galego (2003).
299
[andar/estar folgado /preguiceiro]
coma un gato
‘preguiza’ LFCEG, EE
[estar] coma o gato borrallento /
micho esborrallado
‘comodidade’ LFCEG
[estar] coma o gato panza arriba * ‘estar sen facer nada’ EE
[mornear ó sol] coma un gato * ‘deitarse ó sol’ LFCEG
facer a gata/gatada ‘faltar á escola’ DFG, DFXG
1.1.5 Fortuna
Expresión Significado Fonte [ter sete vidas] coma un gato ‘saír ileso de situacións
graves’
DFXM
[ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete
vidas/folgos] coma un/o/os
gato/micho/s (asañados)
‘durar moito unha persoa’ DFXM, RGB, LFCEG,
EE
caer de pé coma o/s/un gato/s ‘fortuna’ LFCEG, EO
nacer de pé coma o(s) gato(s) ‘dise de quen ten moita
sorte’
DFXG, LFCEG
sete vidas ten o gato * ‘dise de alguén que ten
boa sorte na vida,
concretamente, cando se
libra de situacións
difíciles’
EE
1.1.6 Fogosidade
Expresión Significado Fonte
[andar (ás celeiras)] coma as gatas
(xaneiras)
* ‘andar na procura de
parella amorosa’
LFCEG
[andar á xaneira] coma os gatos /
[andar] coma os gatos á xaneira/en
xaneiro / [andar] coma gatos cando
andan á xaneira/os gatos en xaneiro /
[andar tan rabichado] coma o gato no
xaneiro
* ‘andar na procura de
parella amorosa’
LFCEG
gata polbeira ‘muller que non se atén,
no plano sexual, ós usos
morais ou sociais
establecidos’209
EE
1.1.7 Precaución
Expresión Significado Fonte [andar/ir/correr/erguerse/ser] coma o
gato polas brasas/ascuas
‘andar/ir con precaución’ DFXG, LFCEG, GDXL
gato escaldado ‘ser persoa avisada,
escarmentada’
DFG, EE
209 Definición tirada de Castro Otero et al. (2013).
300
gato escaldado á auga fría ten medo /
gato escaldado da auga (fría)
escapa/foxe / ó gato escaldado a auga
fría faille dano / ó gato escaldado a
auga fría lle fai mal / gato escaldado
foxe da auga
* ‘refírese a que cando
unha persoa sufriu unha
humillación ou algo
similar queda
escarmentada’
RGMF, RGB, EE, EO
1.1.8 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte [ser] coma un gato con borralla ‘ruindade’ LFCEG
gata roxa/vermella, tal as fai tal as
coida/pensa
* ‘recomenda andar con
conta con determinadas
persoas de dubidosa
bondade’
RGMF, RGB
1.1.9 Astucia
Expresión Significado Fonte gatadaR ‘acción feita con astucia e
disimulo para enganar a
alguén’
DRAG, GDXL
moito sabe o rato pero máis sabe o
gato
‘picardía’ RGMF, RGB
1.1.10 Roubo
Expresión Significado Fonte [roubar/ladrón] coma un/os gato/s ‘ladrón’ LFCEG
perdón polo gato ladrón/lambónR ‘dise para desculparse,
mais dun xeito
humorístico. Tamén o
pode dicir a persoa á que
se lle piden desculpas para
tirarlle importancia ós
feitos’
DFXG
1.1.11 Ingratitude
Expresión Significado Fonte a amistade do gato boa é, se non
rabuña / bo amigo é o gato, se non
rabuñara
* ‘fai referencia á
ingratitude de alguén’
RGB
facerlle festas á gata/gato e saltarvos
á cara/rabuñaravos
* ‘retrata a ingratitude
dunha persoa ante outra
que realizou unha boa
acción cara a ela’
RGB
1.1.12 Paciencia
Expresión Significado Fonte [agardar] coma o gato ó rato ‘espreita’ LFCEG
1.1.13 Atrevemento Expresión Significado Fonte gato ‘persoa atrevida e
desvergonzada’
GDXL
1.1.14 Ledicia
Expresión Significado Fonte [contento] coma micho con axóuxere ‘ledicia’ LFCEG
301
1.1.15 Inxenuidade
Expresión Significado Fonte [ser á boa fé /abofé] coma os gatos
pequenos
‘inxenuidade’ LFCEG
1.1.16 Soidade/independencia
Expresión Significado Fonte gato celeiro non quer compañeiro ‘fai referencia á soidade
de alguén’
EO
1.1.17 Insignificancia
Expresión Significado Fonte catro gatos ‘moi pouca xente’ DFG, DRAG, GDXL,
EE
1.1.18 Noctambulismo
Expresión Significado Fonte de noite todos os gatos son pardos ‘expresión que indica que
na escuridade todo se
confunde’
RGMF, RGB, GDXL,
EE
1.2 Características físicas
1.2.1 Velocidade Expresión Significado Fonte [(andar) apurado/á presa] coma un
gato (con sete liviáns)
* ‘levar moita présa’ LFCEG
[escapar/fuxir/ir/ter medo] coma gato
escaldado (polas/por/sobre brasas)
‘facelo ás présas,
xeralmente para evitar un
risco’
DFG, LFCEG, GDXL,
[saír facendo fu] coma o gato ‘fuxida’ LFCEG
[saltar] coma un gato ‘rápido’ EE
(marchar) a fu de gato * ‘fai referencia a quen
vai a toda velocidade’
EE, EO
1.2.2 Axilidade Expresión Significado Fonte [agatuñar/subir] coma un/os gato/s (de
pena en pena)
* ‘agatuñar ou subir con
grande axilidade’
LFCEG
[áxil] coma un gato * ‘moi áxil’ EO
[poñerse de pé] coma os gatos ‘flexibilidade’ LFCEG
[saltar] coma un gatoR ‘rápido’ EE
1.2.3 Resistencia Expresión Significado Fonte [ter sete vidas] coma un gatoR ‘saír ileso de situacións
graves’
DFXM
[ter máis vida/s] ca un gato / [ter sete
vidas/folgos] coma un/o/os
gato/micho/s (asañados)R
‘durar moito unha persoa’ DFXM, RGB, LFCEG,
EE
302
sete vidas ten o gatoR * ‘dise de alguén que ten
boa sorte na vida,
concretamente, cando se
libra de situacións
difíciles’
EE
1.2.4 Sucidade
Expresión Significado Fonte [estar] coma o gato borrallento /
micho esborrallado
‘sucidade’ LFCEG
[lavarse] coma (os) gatos ‘lavarse á présa e só
superficialmente’
DFG, LFCEG
a limpeza do gato ‘dise cando un se lava mal
ou cando a limpeza é
insuficiente’
DFG
1.2.5 Ruído
Expresión Significado Fonte [bufar] coma un gatoR * ‘refírese ó estado de
enfado de alguén’
LFCEG
miar / miañar ‘laiarse unha persoa’ GDXL
1.2.6 Gordura Expresión Significado Fonte [gordo] coma o gato dun abadeR ‘gordura’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade
Expresión Significado Fonte [gardar a casa] coma un gato ‘vixiar’ LFCEG
gato con botas/guantes/luvas non caza
(rato/s)
‘refírese a que para cada
tarefa hai que contar cos
medios necesarios e non
pretender refinamentos
impropios e inútiles, máis
aínda cando non se está
acostumado a eles’210
EE, EO
gato que moito miaña nunca moito
caza/poucos ratos caza / gato
maiador, nunca foi rateador/nunca bo
cazador / gato maiador non é bo
cazador
* ‘expresión de crítica a
quen fala moito pero
despois non leva a cabo os
seus plans’
RGB
2.1.2 Control
Expresión Significado Fonte eu mando ó meu gato e o meu gato
manda ó seu rabo
‘autoridade’ RGB
2.2 Animal-animal 2.2.1 Inimizade
Expresión Significado Fonte
210 Definición tirada do Refranero multilingüe (2016).
303
[agarrarse] coma dous gatosR ‘liorta’ LFCEG
[de acordo] coma can e gato ‘aplícase ós que se levan
mal’
LFCEG, DRAG
[ser/estar/andar/levarse/vivir] coma (o)
can(s) e (o)(mailo) gato(s)
‘levarse mal entre eles,
pelexar continuamente’
DFG, DFXG, DFXM,
LFCEG, DRAG, GDXL,
EE, EO
amigos coma o can e o gato, que comen
no mesmo prato
‘amizade perigosa’ RGB
cando o gato non está, os ratos bailan
/ na casa que non hai gatos, campan os
ratos/non faltan ratos
* ‘fai referencia á
ausencia dunha
autoridade, ó arriscado
que resulta, ás veces,
desatender unha
responsabilidade ou
simplemente baixar a
garda’
EE
o rato e o gato non comen no mesmo
prato
‘inimizade’ RGB
sogra e nora e can e gato non comen
ben nun mesmo prato / o can e o gato
non os poñas no mesmo prato
‘inimizade’ RGB, EE
2.2.2 Rivalidade Expresión Significado Fonte calquera gato sente que outro o
rabuñe
‘molestia’ LFCEG
3 Valoración
3.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte máis vale ser cabeza de rato ca rabo
de gato
‘superioridade xerárquica’ RGB
3.2 Mala valoración Expresión Significado Fonte un home é un home e un gato é un
bicho
* ‘fai referencia a unha
persoa valente’
RGMF, EE
TÁBOA 46: *GOLONDRINA (ANDORIÑA)
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha golondrina ‘cantar ben’ LFCEG
TÁBOA 47: RAPOSO/RAPOSA/GOLPE/*ZORRO/*ZORRA
1 Caracterización
304
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia/malicia
Expresión Significado Fonte [ser/astuto/listo/pillo/pillabán] coma
un/unha raposo/golpe/raposa / [máis
pillo] cá raposa / [máis listo] ca un
raposo
‘moi astuto’ DFXG, DFXM, LFCEG,
EE, EO
[ter máis mañas] ca sete raposas * ‘ser moi atuto’ LFCEG
facer [algo] a/ó/polo zorro ‘de maneira disimulada,
arteiramente’
DFG
a raposa/o raposo cambia/muda de/o
pelo, pero non de/as mañas
* ‘fai referencia á astucia
de alguén’
EE, EO
a raposa muda o pelo, pero non perde
o rabo
* ‘fai referencia á astucia
de alguén’
EO
a zorra perde a la pero non os
costumes
‘dise dunha persoa astuta’ EO
galiñas serán –dixo o zorro– máis
chéiranme a can / galiñas serán, pero
chéiranme a can / Xan será pero
chéirame a can
* ‘expresión que se di
cando se desconfía da
vericidade de algo’
RGB, EE
non sabe/mal sabe o raposo/a raposa
das galiñas que dormen fóra
‘expresión que alude ós
imprevistos ou a aquelas
cousas que fican fóra do
noso coñecemento e
control’
DFG, RGMF, RGB, EE
o raposo vello perde a forza, pero non
a maña
* ‘refírese a que as
persoas maiores perden
facultades físicas pero non
esquecen o xeito en que
aprenderon a desenvolver
certas actividades diarias’
EO
quen trata con raposo, gracias se
lambe algún óso
* ‘fai referencia a unha
amizade perigosa, que
agocha segundas
intencións’
RGB
raposeiro ‘ser astuto, aproveitado’ DFXM, GDXL, DRAG,
EO
raposo ‘persoa astuta’ DRAG, GDXL, EE
sabe máis a raposa/o raposo/o
golpe/o zorro por vella/o ca por
raposa/o/golpe/zorro
* ‘fai referencia á
intelixencia de alguén,
principalmente a adquirida
coa experiencia’
EE, EO
xa ten que madrugar, o que á raposa
ha de enganar!
* ‘expresión que se
emprega para poñer de
manifesto astucia de
alguén sobre os demais’
RGB
1.1.2 Agresividade/voracidade
Expresión Significado Fonte
305
[facer as voltas] coma o raposo ás
galiñas
* ‘acosar a alguén’ LFCEG
[ter máis intención] cá dun raposo
axexando unha pita
* ‘agochar malas
intencións’
LFCEG
[tirarse os mozos ás mozas] coma as
raposas ás pitas
* ‘facerlle as beiras un
home a unha muller’
LFCEG
[tratar] coma os raposos as pitas ‘maltrato’ LFCEG
non fai tanto o raposo nun ano, como
paga nunha hora
* ‘refírese á persoa mala
que paga as maldades
cometidas todas xuntas e,
normalmente, cando
menos o pensa’
RGB
pita que o raposo leva, vai ben
gandida
* ‘fai referencia a unha
situación irremediable’
RGB
poñer o raposo a coidar as pitas /
deixar o galiñeiro ó coidado da
raposa
* ‘refírese a deixar a
alguén nunha situación
perigosa’
EE
1.1.3 Falsidade
Expresión Significado Fonte [facer o durmido] coma as raposas ‘finximento’ LFCEG
[falso] coma unha raposa/ [máis
falso] ca un raposo
* ‘moi falso’ EE, EO
están verdes! Dixo a raposa * ‘expresión que se
emprega cando alguén
finxe desprezar algo polo
feito de que non o pode
ter’
EE
facer [algo] a/ó/polo zorroR ‘de maneira disimulada,
arteiramente’
DFG
pobriñas, ábrenvos tarde e non
comedes, dixo o raposo ás galiñas
* ‘comentario que se fai
de xeito irónico ante unha
situación que para nada
causa pena’
RGMF, RGB
zorro ‘ser unha persoa falsa’ EE
1.1.4 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte [tan zorro] coma o golpe ‘ruindade’ LFCEG
[ter máis maldade] ca sete raposas /
[malo] coma sete raposas
‘ruindade’ LFCEG, EE
a zorra mudará os dentes mais non as
mentes
‘maldade irredimible’ RGB
raposada * ‘fai referencia a unha
acción feita a mala fe’
EE
raposo ‘que actúa con disimulo e
de mala fe’
GDXL
1.1.5 Sixilo
306
Expresión Significado Fonte [entrar] coma o/un raposo na capoeira * ‘actúar con sixilo, ás
agachadas’
LFCEG
1.1.6 Indolencia
Expresión Significado Fonte facerse o zorro ‘evitar facer algo’ DFG
1.1.7 Promiscuidade
Expresión Significado Fonte zorra * ‘muller que actúa cunha
liberdade sexual
considerada excesiva’
EE
1.1.8 Precaución
Expresión Significado Fonte cada raposo garda o seu rabo * ‘refírese a que cadaquén
debe atender os seus
problemas’
RGB
1.2 Características físicas
1.2.1 Velocidade Expresión Significado Fonte [andar] como corren as raposas ‘correr moito’ LFCEG
1.2.2 Cansazo
Expresión Significado Fonte [andar mallado/cansado] igual ca un
zorro/coma un raposo (de arrastrar o
rabo) / [canso] coma un raposo vello
corrido dos cans / [canso] coma unha
raposa
‘cansazo’, ‘extenuación’ LFCEG, EE
1.2.3 Movemento
Expresión Significado Fonte [dar máis voltas] ca unha raposa /
[con máis voltas] ca un raposo
* ‘estar en continuo
movemento’
LFCEG
TÁBOA 48: GORRIÓN
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Debilidade
Expresión Significado Fonte [ser/estar] coma un gorrión ‘debilidade’ LFCEG
TÁBOA 49: GRILO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Tolemia Expresión Significado Fonte
307
[estar máis tolo] ca unha
esporta/cachapa de grilos
‘tolemia’ LFCEG
1.1.2 Intelixencia Expresión Significado Fonte [espelido] coma un grilo * ‘dise da persoa
intelixente’
EE
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte [cantar] coma un grilo ‘cantar mal’ LFCEG
gaiola de grilos ‘unha xuntanza de xente
ruidosa, unha patulea de
xente’
DFG
saír grila [unha cousa]211 ‘frustrarse, saír errada’ DFG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte gaiola de grilosR ‘unha xuntanza de xente
ruidosa, unha patulea de
xente’
DFG
TÁBOA 50: HIENA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Maldade/ruindade Expresión Significado Fonte [ser] coma unha hiena ‘ruindade’, ‘mal
intencionado’, ‘vil’
LFCEG
hiena ‘persoa cruel e
desprezable’
DRAG, GDXL
1.1.2 Agresividade
Expresión Significado Fonte [pórse] coma unha hiena *‘dise de quen mostra un
comportamento agresivo’
EE
TÁBOA 51: LAGARTO/LAGARTA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
211 A vinculación co ruído vén dada, segundo explican López Taboada e Soto Arias (2010), polo costume
dos rapaces de facer saír cunha palliña fina (ou por medio dos ouriños) o grilo da burata para metelo nunha
gaioliña e oílo cantar. Segundo din as autoras, só cantan os machos, de aí que se asociase ó fracaso o feito
de que saíse unha grila.
308
1.1.1 Astucia/malicia
Expresión Significado Fonte lagarta ‘muller maliciosa’ DRAG
lagarteiro ‘que actúa con astucia ou
mesmo con malicia, para
beneficiarse ou tirar
partido de algo’
DRAG, GDXL
1.1.2 Promiscuidade Expresión Significado Fonte lagarta ‘lurpia, muller de mala
vida’
GDXL
1.1.3 Atrevemento
Expresión Significado Fonte lagarta ‘muller atrevida e
desvergoñada’
GDXL
1.1.4 Ociosidade
Expresión Significado Fonte [poñerse ó sol] coma un lagarto /
[estar] coma un lagarto ó sol
* ‘deitarse ó sol’ LFCEG, EO
1.2 Características físicas
1.2.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [inquedo] coma o rabo dun lagarto * ‘estar en continuo
movemento’
LFCEG
TÁBOA 52: LAMPREA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Fealdade
Expresión Significado Fonte [ter unha boca fea] coma unha
lamprea
‘boca fea’ LFCEG
TÁBOA 53: LAPA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Suxeición
Expresión Significado Fonte [ser/agarrarse/agarrado/pegarse/
apegarse a alguén] coma unha lapa /
coma as lapas
‘expresión que pondera a
firmeza con que esa
persoa se agarra, ou o
difícil que lle resulta a
alguén zafarse dese
suxeito’
DFG, LFCEG
309
lapa ‘persoa inoportuna e
molesta que impón a súa
presenza sen ser ben
recibida’
DRAG, GDXL
TÁBOA 54: LAVERCA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia Expresión Significado Fonte [listo] coma unha laverca ‘intelixencia’ LFCEG
laverco ‘moi espelido, moi falador
e que se mete en todo’
DRAG, GDXL
1.1.2 Astucia/malicia
Expresión Significado Fonte laverco ‘persoa astuta e maliciosa’ GDXL
1.1.3 Ledicia
Expresión Significado Fonte [ledo] coma unha laverca ‘ser moi ledo’ DFG
1.1.4 Insolencia Expresión Significado Fonte [descarado] coma unha laverca ‘ser moi descarado’ DFG
1.1.5 Desconfianza Expresión Significado Fonte [andar] coma o laverco ‘desconfiar’ LFCEG
1.1.6 Intromisión
Expresión Significado Fonte laverco ‘moi espelido, moi falador
e que se mete en todo’
DRAG
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [cantar] coma unha laverca ‘cantar ben’ LFCEG
lavercoR ‘moi espelido, moi falador
e que se mete en todo’
DRAG, GDXL
1.2.2 Cor Expresión Significado Fonte [loiro/rubio] coma unha laverca ‘cabelo loiro’ LFCEG
1.2.3 Beleza Expresión Significado Fonte [xeitoso] coma unha laverca * ‘bonito, fermoso’ LFCEG
TÁBOA 55: LEBRE
310
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia/sabedoría
Expresión Significado Fonte [listo/lixeiro] coma unha lebre ‘ser moi listo, vivo ou
agudo’
DFG, LFCEG
a lebre vella logo colle a verea * ‘refírese á experiencia
das persoas adquirida co
tempo’
RGB
1.1.2 Astucia/malicia
Expresión Significado Fonte boa lebre ‘ser astuto ou malicioso
ou comportarse como tal’
DFG
lebre corrida ‘ser arteiro’ DFG
1.1.3 Precaución Expresión Significado Fonte
[estar] coma lebre cos ollos abertos ‘estar vixiante, á espreita’ DFG
[durmir cun ollo aberto/cos ollos
abertos] coma as lebres
‘expresión que pondera o
estado de alerta e
vixilancia con que un
descansa’
DFG, LFCEG
1.1.4 Valentía
Expresión Significado Fonte [afouto] coma as lebres ‘valentía’ LFCEG
1.1.5 Promiscuidade
Expresión Significado Fonte lebre corrida ‘[úsase referido ás
mulleres] ter moita
experiencia cos home’
DFG
1.2 Características físicas
1.2.1 Velocidade
Expresión Significado Fonte [correr/fuxir] coma unha lebre (diante
dos cans)/coma lebres
‘expresión que pondera a
velocidade de alguén’
DFG, LFCEG, GDXL,
EE
a carreira dunha lebre ‘distancia máis ben curta’ DFG
se esperaran/esperasen así as
lebres…!
‘úsase cando a un lle din
que espere e a espera se
presenta xa longa’
DFG, EE
TÁBOA 56: LEÓN
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/fereza Expresión Significado Fonte [botarse] coma dous leóns * ‘atacárense dúas persoas
de forma agresiva’
LFCEG
311
[fero] coma un león ‘fero’ LFCEG
[gardar a casa] coma un león ‘vixiar’ LFCEG
[loitar/defenderse] coma un león ‘expresión que pondera a
valentía, o valor, a fereza
ou a intensidade da loita’
DFG, GDXL
1.1.2 Valentía
Expresión Significado Fonte [gardar a casa] coma un leónR ‘vixiar’ LFCEG
[loitar/defenderse] coma un león ‘expresión que pondera a
valentía, o valor, a fereza
ou a intensidade da loita’
DFG
[valente] coma un león / [máis
valente] ca un león / [ter un corazón]
coma un león
‘expresión que pondera a
valentía, o valor, a fereza
ou a intensidade da loita’
DFG, LFCEG
león ‘persoa atrevida e valente’ GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Fortaleza
Expresión Significado Fonte león ‘persoa robusta’ GDXL
2 Valoración
2.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte entre o rato e o león non hai
comparación
* ‘refírese a que non se
poden comparar dúas
realidades completamente
diferentes’
RGB
máis vale can vivo ca león morto * ‘indica que é preferible
ter pouco que nada’
RGB
TÁBOA 57: LESMA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [deixar rastro] coma a lesma * ‘deixar pegadas,
indicios’
LFCEG
1.1.2 Suxeición Expresión Significado Fonte [pegarse] coma unha lesma ‘compaña’ LFCEG
TÁBOA 58: LINCE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia
312
Expresión Significado Fonte lince ‘ter moita intelixencia,
habilidade ou astucia’
DRAG, GDXL, EE
1.1.2 Astucia
Expresión Significado Fonte linceR ‘ter moita intelixencia,
habilidade ou astucia’
DRAG, GDXL, EE
1.2 Características físicas 1.2.1 Agudeza visual
Expresión Significado Fonte lince ‘persoa de moi boa visión’ GDXL
de lince ‘[ollos, vista] moi agudo’ DRAG
TÁBOA 59: *LIRÓN (LEIRÓN)
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia Expresión Significado Fonte [vivo] coma un lirón ‘picardía’, ‘intelixencia’ LFCEG
1.1.2 Intelixencia
Expresión Significado Fonte [vivo] coma un lirónR ‘picardía’, ‘intelixencia’ LFCEG
TÁBOA 60: LOBICÁN/*LUBICÁN
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/fereza Expresión Significado Fonte [botarse a alguén] coma un lubicán ‘expresión que pondera a
fereza ou a ferocidade’
DFG
1.2 Características físicas
1.2.1 Fortaleza
Expresión Significado Fonte
[forte] coma un lobicán ‘fortaleza’ LFCEG
TÁBOA 61: LOBO/LOBA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/voracidade Expresión Significado Fonte [arrancar] coma un lobo ‘fero’ LFCEG
313
[atanazar/morder/picar] coma un lobo * ‘morder ou agarrar algo
con moita forza’
LFCEG
[botarse a alguén] coma os lobos * ‘atacar con grande
agresividade’
EO
[bufar/andar] coma o lobo no inverno
e coma cobra no verán
‘ira’ LFCEG
[comer] coma un/os lobo/s * ‘refírese ó feito de
comer grandes cantidades
e sen mastigar’
EE, EO
[durar] coma a ovella na boca do lobo ‘durar pouco’ LFCEG
[esfameado] coma un lobo ‘esfameado’ LFCEG
[estar a noite] coma a boca do/dun
lobo / [ser escura/negra/pecha a noite]
coma a boca dun lobo / [vir unha
noite negra] coma a boca do lobo
‘escuridade’, ‘negro’ LFCEG
[estar] coma a ovella na boca do lobo ‘dificultade grave’ LFCEG
[fero] coma un lobo ‘fero’ LFCEG
[fuxir] coma do lobo * ‘escapar de algo
perigoso’
LFCEG
[negro/escuro] coma (a) boca de/do
lobo
‘totalmente escuro’ LFCEG, DRAG, EE
[oír algo] coma quen oe ouvear o(s)
lobo(s) (de lonxe)
‘con total indiferenza, sen
ter en conta o que se
escoita’
DFG
[pórse] coma un lobo ‘expresión que pondera a
agresividade’
DFG, LFCEG
[ser] coma o lobo no eido ‘destruír’ LFCEG, EO
[ser] coma se vise ó lobo ‘medo’ LFCEG
[tirarse ás nenas] coma os lobos ás
ovellas
* ‘andar un home na
procura de mulleres’
LFCEG
aínda me coman os lobos / lobos te
coman! / malos lobos me coman / que
malos lobos me non coman!
‘expresión de imprecación
ou de xuramento’
DFG, GDXL, EO
Dios/Deus nos libre da boca do lobo * ‘fai referencia ó desexo
de que non veña ningunha
desgraza ou
contrariedade’
RGMF, RGB
do contado come o lobo (e ás veces
anda gordo)
‘critica o exceso de celo.
Pode atraer a
malevolencia o feito de
comprobar demasiadas
veces os bens ou as cosas
consideradas valiosas.
Denota tamén que se
adoita perder o que máis
se coida, por moito que se
faga para resgardalo’212
RGB, RGMF
212 Definición tirada do Refranero multilingüe (2016).
314
do taberneiro novo fuxe coma do lobo * ‘aconsella ter conta coa
xente inexperta’
RGMF
estar/meterse na boca do lobo ‘nunha situación perigosa’ GDXL, EE
faite ovella e comerate o lobo / o que
se fai ovella, cómeno os lobos
* ‘refírese á situación na
que outras persoas se
aproveitan de alguén de
carácter inocente’
RGB
lobo famento non ten asento * ‘fai referencia que quen
anhela moito algo non
descansa ata conseguilo’
RGB
lobo tardeiro non volve baleiro * ‘refírese a que aquel que
sabe esperar recibe a súa
recompensa’
RGB
noite de lobos * ‘fai referencia a unha
noite pecha’
EE
mentres o can dorme, o lobo mata e
come
* ‘úsase para contrapoñer
unha persoa preguiceira a
outra traballadora’
RGB
mirarlle/verlle as
orellas/barbas/dentes ó lobo
‘presentir un perigo ou
unha dificultade, apañar
medo’
DFXG, GDXL, EE, EO
onde non ves lobo, cata lobo * ‘aconsella a alguén para
que sexa precavido debido
a un posible perigo
inminente’
RGMF, RGB
o lobo, farto de carne, meteuse a frade ‘fartura’ RGB
o lobo non come tantas ovellas como
se di
‘[expresión que se usa
para comentar unha
posible esaxeración] as
cousas non son
exactamente como se
contan’
DFG
o porco que é para o lobo, non hai
San Antón que o garde
* ‘fai referencia a unha
situación fatal que xa non
ten solución’
RGB
o tempo non o come o lobo * ‘invita a aproveitar o
tempo, considerado algo
valioso que enseguida se
vai’
RGB
o que entre lobos se mete, gandido sae * ‘fai referencia ás
amizades que inflúen
negativamente sobre nós’
RGB
poñer o lobo a coidar das galiñas * ‘deixar a alguén nunha
situación perigosa’
EE
quítalle/sácalle lobos! ‘expresión para indicar
que alguén está
esaxerando’
GDXL
toda a carne come o lobo, menos a
súa, que a lambe
‘agresividade’ RGMF, RGB
saír ó camiño do lobo, coma o curcio
tolo
‘temeridade’ LFCEG
315
(seica) viches o lobo? ‘díselle a quen vai cos
pelos de punta’
DFXG, GDXL
1.1.2 Falsidade
Expresión Significado Fonte [facer] coma a cabra que pariu para o
lobo
‘engano’ LFCEG
[falso] coma un lobo * ‘refírese á falsidade de
alguén cara ós demais’
EE
ben parva é a ovella que co lobo se
confesa / mal lle vai á ovella que co
lobo se aconsella
* ‘confiar en alguén
hipócrita adoita traer
malas consecuencias’
RGB
lobo con pel/pelica de
carneiro/cordeiro/ovella/año
‘persoa que esconde a súa
agresividade ou maldade
baixo unha aparencia
bondadosa’
DFG, GDXL, EE, EO
meterse o lobo (a) frade ‘dise ironicamente para
mostrar certa reticencia
ante a mudanza para
mellor de alguén’
DFG
ó lobo ‘ás agachadas, sen que se
saiba; a traizón’
DFG
¡palabra!, díxolle o lobo á cabra
(para ver se a aloumiñaba)
* ‘fai referencia a unha
persoa mentireira e
hipócrita’
RGMF, RGB, EE
1.1.3 Maldade/crueldade
Expresión Significado Fonte [ter un peito] coma un lobo ‘crueldade’ LFCEG
do lobo un pelo (aínda que sexa do fío
do lombo) / do lobo, un pelo; e aquel,
do medio do lombo
‘[expresión de
conformidade] máis vale
algo que nada’
DFG, RGMF, RGB
lobo ‘persoa moi cruel’ GDXL
muda o lobo os dentes mais non as
mentes / o lobo muda o pelo mais non
o vezo / o lobo cambiará de pelo pero
non de condición
* ‘refírese a que aínda que
as persoas queiran mudar
de forma de ser, sempre
quedará a súa esencia’
RGB, EE
1.1.4 Valentía
Expresión Significado Fonte [fuxir de alguén] coma o lobo das
ovellas * ‘non ter ningún medo’ LFCEG
[terlle tanto medo a alguén] coma o
lobo á(s) cabra(s)
‘non lle temer en
absoluto’
DFG
[ter peito/valor] coma un lobo ‘valentía’ LFCEG
1.1.5 Intelixencia/sabedoría
Expresión Significado Fonte lobo de mar ‘mariñeiro vello e con
moita experiencia’
DFG, DFXM, DRAG,
GDXL
316
lobo tardeiro non volve baleiroR * ‘refírese a que aquel que
sabe esperar recibe a súa
recompensa’
RGB
1.1.6 Astucia
Expresión Significado Fonte cando o lobo vai roubar, lonxe das
casas vaino buscar
‘astucia’ RGB
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte [oulear o vento] coma un lobo * ‘facer ruído o vento’ LFCEG
ouvear/oulear ‘[vento] emitir, ó soprar,
un son semellante ó
ouveo’
DRAG
ouvear/oulear ‘[persoa] emitir sons
agudos e fortes ou
palabras en voz moi alta’
DRAG, GDXL
1.2.2 Fealdade Expresión Significado Fonte [feo] coma o lobo ‘fealdade’ LFCEG
[ter unha boca] coma un lobo ‘boca fea’ LFCEG
1.2.3 Velocidade
Expresión Significado Fonte [correr] máis có lobo ‘correr moito’ LFCEG
1.2.4 Fortaleza
Expresión Significado Fonte [ter un peito] coma un lobo ‘fortaleza’ LFCEG
1.2.5 Grandura
Expresión Significado Fonte [ter dentes] coma (os dunha) a/unha
loba / [ter dentame] coma a loba
* ‘ter os dentes grandes’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Respecto Expresión Significado Fonte nunca un lobo come a outro / nunca o
lobo mata o lobo / cun lobo non se
mata outro / un lobo a outro lobo non
se comen nin se morden / un lobo
nunca comeu a outro
‘as persoas con intereses
idénticos disimulan
mutuamente os seus
defectos’213
RGMF, RGB, EE
o que a loba fai, o lobo non o desfai ‘autoridade’ RGB
2.1.2 Agrupación
Expresión Significado Fonte
213 Definición tirada do Refranero multilingüe (2016).
317
en/na terra de/dos lobos, ouvea/hai
que ouvear coma todos/coma eles
* ‘fai referencia a que hai
que axeitarse ós costumes
dos lugares onde un se
atopa’
RGMF, RGB, EE, EO
lobos da mesma camada ‘persoas do mesmo rango
ou condición moral que se
moven por intereses afíns’
DFG, EE
TÁBOA 62: LONDRA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Gordura
Expresión Significado Fonte [estar] coma unha londra ‘gordura’ LFCEG
TÁBOA 63: LONGUEIRÓN
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Delgadeza
Expresión Significado Fonte parecer un longueirón ‘estar moi delgado,
esmirrado, chuchado’
DFG
TÁBOA 64: LURA, *CALAMAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Avaricia
Expresión Significado Fonte [tacaño] coma unha lura ‘ser moi tacaño’ DFXG
lura ‘ser tacaño’ DFXG
1.1.2 Astucia/malicia
Expresión Significado Fonte estar feito un bo calamar ‘ser persoa de dubidosa
conduta. Ser un pillabán’
DFXM
1.2 Características físicas
1.2.1 Movemento
Expresión Significado Fonte [tacaño] coma unha luraR ‘ser moi tacaño’ DFXG
luraR ‘ser tacaño’ DFXG
TÁBOA 65: MACACO
318
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia Expresión Significado Fonte facer o macaco ‘facer parvadas’ GDXL
1.1.2 Covardía
Expresión Significado Fonte macaco ‘persoa sen carácter, que
se deixa manexar’
DRAG, GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Fealdade Expresión Significado Fonte macaco ‘persoa pequena, fea e
desproporcionada’
DRAG, GDXL
TÁBOA 66: MACHO/MULA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Teimosía/insistencia Expresión Significado Fonte [testán/teimoso/terco] coma unha
mula / [máis terco] ca unha mula
‘ser moi testán’ DFG, DFXG, LFCEG,
GDXL, EE, EO
estar na mula ‘insistir nun tema’ DFXG, GDXL
1.1.2 Falsidade
Expresión Significado Fonte [falso] coma unha mula ‘moi falso, traidor’ DFXG, EE, EO
1.1.3 Inocencia Expresión Significado Fonte mula criada ó pan ‘persoa ignorante e
bondadosa’
DFXG, GDXL
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato
Expresión Significado Fonte [cargado] coma un macho * ‘ir moi cargado’ LFCEG
[cargar] coma un mulo ‘resistencia’ LFCEG
[ser] coma a mula do arrieiro ‘abuso’ LFCEG
[traballar] coma unha mula * ‘refírese ó feito de
traballar duramente e sen
descanso’
EE
2.1.2 Dominio
Expresión Significado Fonte mandar os machos nos arrieiros ‘invertérense as
xerarquías’
GDXL
319
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte meterse na mula rabena ‘peñorar os bens ou pedir
un empréstito’
DFG
TÁBOA 67: MARRAXO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Gordura
Expresión Significado Fonte bo marraxo ‘ser persoa ancha e grosa’ DFXM
TÁBOA 68: MASCATO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia Expresión Significado Fonte mascato ‘home aparvado ou moi
simple’
GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Cegueira/mala visión
Expresión Significado Fonte [ter] unha vista coma un mascato ‘invidente’ LFCEG
TÁBOA 69: MERLO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Falsidade Expresión Significado Fonte bo merlo ‘ser de pouca confianza’ GDXL
1.1.2 Bondade
Expresión Significado Fonte merlo branco ‘ser unha persoa moi boa’ GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Cor
Expresión Significado Fonte merlo branco ‘ser algo moi raro ou
difícil de encontrar’
GDXL
1.2.2 Ruído
Expresión Significado Fonte
320
botar ó merlo/botar o merlo ‘falar, darlle á lingua’ DFG
TÁBOA 70: MINCHA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Pequenez
Expresión Significado Fonte [pequeno] coma unha mincha ‘raquitismo’ LFCEG
mincha ‘cousa, animal ou persoa
de tamaño moi pequeno’
DRAG, GDXL
TÁBOA 71: MIÑOCA/LOMBRIGA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Pobreza
Expresión Significado Fonte [(máis) pobre] cás miocas/miñocas ‘ser moi pobre’ DFG
andar á miñoca/mioca ‘moi pobremente, de
forma miserable’
DFG, DFXG, GDXL
casar/morrer/vivir á miñoca ‘moi pobremente, de
forma miserable’
DFG, GDXL
tremer á miñoca /mioca ‘tremer co frío’ DFG
1.2 Características físicas 1.2.1 Delgadeza Expresión Significado Fonte [delgado/estar/ser] coma unha
lombriga
‘mirrado’ LFCEG
lombriga ‘persoa moi delgada’ GDXL
1.2.2 Movemento
Expresión Significado Fonte [arrastrarse] coma as miñocas/miocas ‘humillarse’ DFG
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte miñoca ‘individuo de pouco valor
ou valía’
GDXL
TÁBOA 72: MONO/MONA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Insensatez
321
Expresión Significado Fonte mono ‘persoa que fai o mono ou
monadas’
DRAG
monada ‘xesto ou acción propia
dun mono, que fai rir pero
que tamén pode resultar
molesta’
DRAG, GDXL
monada ‘parvada, acción propia
dunha persoa pouca
asisada’
GDXL
pintar/facer a/o mona/o ‘facer o parvo, perder o
tempo’
DFG, DRAG
1.1.2 Ledicia
Expresión Significado Fonte facer o mono ‘enredar, divertirse’ GDXL
facer/pintar a mona ‘facer o gracioso’ GDXL
monada ‘aceno que pretende ser
gracioso’
GDXL
1.1.3 Ridiculez
Expresión Significado Fonte [máis pintado] ca unha mona ‘moi pintado’ DFG
facer/pintar a mona ‘facer o ridículo’ GDXL
mono ‘persoa ridícula’ GDXL
1.1.4 Ociosidade
Expresión Significado Fonte [máis aburrido] ca unha mona ‘moi aburrido’ DFG
1.1.5 Teimosía
Expresión Significado Fonte darlle a mona ‘coller unha teima’ DFG
1.1.6 Benquerenza
Expresión Significado Fonte monada ‘xesto cariñoso’ DRAG
1.1.7 Inmoralidade
Expresión Significado Fonte mono ‘persoa de escasa
moralidade’
GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Beleza
Expresión Significado Fonte monada ‘persoa ou cousa bonita e
agradable, que resulta
atractiva’
DRAG, GDXL
1.2.2 Axilidade
Expresión Significado Fonte
322
[ser] coma un mono ‘subir con facilidade a
todas partes’
EO
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato
Expresión Significado Fonte [corrido] coma unha mona / [máis
corrido] ca unha mona
‘avergonzado, burlado’ DFG, LFCEG, GDXL
[correr] coma unha mona ‘expulsión’ LFCEG
coller unha mona ‘coller unha borracheira’ DFG
durmir a mona ‘durmir despois de
emborracharse’
DFG
TÁBOA 73: MOSCA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Molestia
Expresión Significado Fonte [pesado] coma unha/as mosca/s (de
cabalo/burriqueira)
‘ser moi pesado’ DFG
[pegarse] coma unha mosca ‘compaña’ LFCEG
andar coa mosca no cu / ter a mosca
no cu
‘andar sempre ás présas, a
correr’
DFG
mosca ‘persoa pesada e molesta’ GDXL
moscón ‘persoa molesta’ RAG, GDXL
por se as moscas ‘como medida de
prevención’
DFG, GDXL
1.1.2 Insignificancia
Expresión Significado Fonte non matar unha mosca / ser incapaz
de matar unha mosca
‘(non) facer mal, ser
persoa boa e inofensiva’
DFG, DRAG, GDXL
non se pousar unha mosca [en alguén] ‘ter moito poder unha
persoa, de modo que
ninguén se atreve a
contrariala’
DFG, DFXG
non se ver unha mosca ‘[expresión ponderativa]
non se ver ninguén’
DFG
1.1.3 Inocuidade
Expresión Significado Fonte mosca morta ‘ser hipócrita’ DFG, DRAG, GDXL
1.1.4 Indefensión
Expresión Significado Fonte [estar] coma a mosca na tea da araña ‘dificultade grave’ LFCEG
1.2 Características físicas
323
1.2.1 Silencio
Expresión Significado Fonte [máis calado] ca unha mosca ‘silencio’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Inutilidade Expresión Significado Fonte aramos! — díxolle a mosca ó boi *‘critica ós que presumen
de levar a cabo un traballo
que fan outros’
RGB
2.2 Animal-animal 2.2.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte [acudir/ir] coma as moscas arredor do
mel
‘acudir en gran número’ DFG
[caer/morrer] coma moscas ‘caer facilmente e en
cantidade’
DFG, DRAG, GDXL
[chover xente] coma moscas ‘aglomeración’ LFCEG
[haber algo/ter] coma moscas (no mes
de agosto) / coma moscas ó mel
‘haber en gran cantidade’ DFG, LFCEG
[ser/estar] coma moscas (na merda) ‘en gran cantidade’ GDXL, EO
TÁBOA 74: MOUCHO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Soidade
Expresión Significado Fonte [estar metido na casa] coma un
moucho
‘agocharse’ LFCEG
[so/soíño] coma un moucho ‘soidade’ LFCEG
moucho ‘ser pouco falador ou
pouco sociable’
GDXL, EO
1.1.2 Seriedade
Expresión Significado Fonte [estar/ser/serio] coma o/un moucho /
[máis serio] ca un moucho
‘ser pouco animoso,
calado e ensimesmado’
DFG, EE
moucho ‘ser persoa moi seria’ EE
1.1.3 Tristeza
Expresión Significado Fonte [andar/estar] coma un moucho ‘tristeza’ LFCEG
1.1.4 Intelixencia
Expresión Significado Fonte [listo] coma un moucho * ‘fai referencia a unha
persoa moi lista’
EE
324
1.2 Características físicas
1.2.1 Fealdade
Expresión Significado Fonte [feo] coma un moucho ‘moi feo’ DFXG, LFCEG, GDXL,
EO
TÁBOA 75: OSO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Fortaleza
Expresión Significado Fonte [máis forte] ca un oso ‘ser moi forte’ DFG
oso ‘persoa moi forte’ GDXL
1.1.2 Grandura
Expresión Significado Fonte [máis grande] ca un oso ‘ser moi grande’ DFG
oso ‘persoa moi grande’ DFG
1.1.3 Fealdade
Expresión Significado Fonte [feo] coma un oso ‘fealdade’ LFCEG
TÁBOA 76: OSTRA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Ausencia de movemento
Expresión Significado Fonte [aburrirse] coma unha ostra / [máis
aburrido] ca unha ostra
‘aburrirse moito’ DFG, LFCEG
TÁBOA 77: OURIZO/OURIZO CACHO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Fealdade
Expresión Significado Fonte [feo] coma un ourizo cacho / [máis
feo] ca un ourizo cacho
‘moi feo’ DFXG, LFCEG
1.1.2 Aspereza
Expresión Significado Fonte [cariñoso] coma un ourizo ‘aspereza’ LFCEG
2 Valoración
325
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte o ourizo tamén Deus o fixo * ‘expresión que
recomenda o respecto por
todas persoas, e o trato
como iguais’
RGB
TÁBOA 78: PAPAGAIO/*LORO/*COTORRA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Ruído
Expresión Significado Fonte [falar/ser/parolar] coma un loro /
cotorra / papagaio / [falar máis] ca un
loro
‘falar moito’ LFCEG, EE, EO
papagaio ‘persoa moi faladora’ DRAG, GDXL
TÁBOA 79: PARRULO/PATO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Mansedume
Expresión Significado Fonte [manso/ser] coma un pato ‘ser moi manso’ DFG
1.1.2 Inocencia
Expresión Significado Fonte parrulo ‘persoa inxenua e sen
malicia’
DRAG, GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte [nadar] coma un parrulo ‘nadar moi ben.
Desprazarse con
facilidade sobre a auga’
DFXM, LFCEG
TÁBOA 80: PEGA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia
Expresión Significado Fonte [máis alegre] ca unha pega sen rabo ‘moi alegre’ DFXG, GDXL
1.1.2 Intelixencia
Expresión Significado Fonte
326
[listo] coma unha pega * ‘refírese a unha persoa
intelixente’
EE
1.1.3 Coidado
Expresión Significado Fonte onde a pega ten o ollo, alí ten o seu
ovo
* ‘fai referencia a que
cando algo é importante
cómpre protexelo’
RGB
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte di a pega e todos din dela * ‘refírese a unha persoa
faladora, concretamente a
que fala dos demais’
RGB
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte díxolle o corvo á pega: bótate
alá/saca para alá, que es negra!
* ‘refírese a quen despreza
alguén sen se dar conta
que presenta as mesmas
características negativas
que critica’
RGB, EE
TÁBOA 81: PERDIZ
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Soidade
Expresión Significado Fonte [andar] coma a perdiz polo aire ‘soidade’ LFCEG
1.1.2 Liberdade
Expresión Significado Fonte [libre] coma unha perdiz ‘liberdade’ LFCEG
TÁBOA 82: PERIQUITO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Ledicia
Expresión Significado Fonte
[andar] coma un periquito ‘ledicia’ LFCEG
TÁBOA 83: PIOLLO
1 Relacións
1.1 Animal-animal 1.1.1 Agrupación
327
Expresión Significado Fonte [andar bastos] coma piollos ‘abundancia,
aglomeración’
LFCEG
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte [malo/ruín] coma os piollos ‘ruindade’ LFCEG
piolloso/piollento ‘miserable ou inmundo’ RAG, GDXL
TÁBOA 84: PISCO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Pequenez
Expresión Significado Fonte [comer] coma un pisco ‘comer moi pouco’ DFXG, LFCEG
[lixeiro] coma o pisco ‘ser moi lixeiro’ DFG
1.1.2 Velocidade
Expresión Significado Fonte [lixeiro] coma o piscoR ‘ser moi lixeiro’ DFG
TÁBOA 85: *PULPO (POLBO)
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Hábitat
Expresión Significado Fonte [estar máis despistado] ca un pulpo
nun garaxe
‘non prestar atención. Non
estar pendente do que se
está a facer’
DFXM
1.1.2 Suxeición
Expresión Significado Fonte [apegarse a alguén] coma un pulpo ‘compaña molesta’ LFCEG
1.1.3 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte [ser] coma un pulpo ‘ser moi sobón, tocón’ DFXM, LFCEG, EO
TÁBOA 86: POMBO/POMBA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Sociabilidade
Expresión Significado Fonte [sinxelo] coma unha pomba ‘manso’ LFCEG
328
pomba ‘persoa de carácter afable’ GDXL
pomba ‘político ou militar
partidario de posturas
dialogantes co inimigo
para buscar a paz [en
oposición ó falcón,
partidario de posturas
duras e agresivas]’
GDXL
1.1.2 Amorosidade
Expresión Significado Fonte [amarse] coma dous pombos * ‘amarse con
intensidade’
LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Cor
Expresión Significado Fonte [branco/nidio] coma unha/a pomba * ‘moi branco’ LFCEG
1.2.2 Beleza
Expresión Significado Fonte [guapa] coma unha pomba ‘beleza’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte [amarse] coma dous pombosR * ‘amarse con
intensidade’
LFCEG
TÁBOA 87: PORCO/COCHO/PORCA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte [caerlle tan ben/quedar] coma a corbata a
un porco
* ‘resultar impropio para
unha determinada
situación’
LFCEG, EO
[maleducado/ir criado] coma un porco ‘úsase para ponderar a
mala educación de
alguén’
DFG, LFCEG
[ser] coma botar pérolas/perlas ós porcos ‘inutilidade’ LFCEG
animal de bellota ‘persoa bruta’ EO
cocho/porco ‘persoa maleducada’ GDXL
cocho/porco ‘que é malfalado e
emprega palabras bastas’
GDXL
fai/facede corte que porco xa temos /
Deus dea cortello que porcos xa hai (de)
abondo
‘díselle a alguén cando
fai algo que se considera
groseiro ou de mal
gusto’
DFG
329
fozar ‘traballar en calquera
cousa a medias e sen
maña’
DRAG, GDXL
fozar ‘andar en algo alterando
a súa disposición’
DRAG, GDXL, EO
fozón ‘pouco hábil, que fai as
cousas torpemente ou
sen coidado’
GDXL, DRAG
fozón ‘moi desordenado nas
súas cousas [dito da
persoa]’
GDXL, DRAG
non se fixo o mel para o fociño do porco * ‘dá conta dunha
situación ou cousa
inadecuada para certas
persoas’
RGMF, RGB
porco ‘que fere o pudor ou a
honestidade [adxectivo]’
DRAG
1.1.2 Gula
Expresión Significado Fonte [andar] coma o porquiño de Santo
Antonio
‘andar comendo cada día
nunha casa’
DFXG
[comer/darlle cun caldeiro] coma un/os
porco/s
‘comer moito’ LFCEG, EE
[ir cheo] coma un porco ‘fartura’ LFCEG
[ser] coma o porquiño de Santo Antón ‘ser persoa que nada
despreza, todo lle vai
ben [sobre todo
referíndose á comida]’
DFXG
comerlle a lingua o porco [a alguén] ‘dise a quen (ou de quen)
fala moi pouco’
DFXG
onde hai bocadiño, alí está o bacoriño ‘amizade interesada’ RGB
o porco celeiro non quer compañeiro /
bacoriño de/en celeiro non quere
compañeiro
* ‘fai referencia a
aquelas persoas que
prefiren estar soas nunha
determinada situación
para tirar beneficio de
algo’
RGMF, RGB
porco de Santo Antón ‘aplícase á persoa que
come o que non comeron
os máis’
GDXL
roerlle a porca os libros [a alguén] ‘dise do que non estuda
por ser un lacazán’
DFG
1.1.3 Inmoralidade
Expresión Significado Fonte cochada / porcada / porcallada ‘acción innobre ou
inxusta con que se
prexudica a alguén’
DRAG, GDXL
cocho/porco ‘que actúa ou se
comporta sen escrúpulos,
sen nobreza, mesmo
prexudicando os demais’
DRAG, GDXL
330
porco ‘que é indigno dunha
persoa’
GDXL
1.1.4 Agresividade
Expresión Significado Fonte coller o porco polo rabo ‘afrontar o problema con
valentía’
DFXG
coller o porco polo rabo ‘cometer unha
equivocación’
DFG, GDXL
1.1.5 Indolencia/boa vida
Expresión Significado Fonte fozar ‘traballar sen que se vexa
ningun resultado’
GDXL
ben boa vida pasa o porco, e mais dorme
no cortello
* ‘dise de quen non
traballa mais leva unha
boa vida’
LFCEG
1.1.6 Soidade
Expresión Significado Fonte cada porco ó seu cortello ‘cada un que se meta nos
seus asuntos’
DFG
o porco celeiro non quer compañeiro /
bacoriño de/en celeiro non quere
compañeiroR
* ‘fai referencia a
aquelas persoas que
prefiren estar soas nunha
determinada situación
para tirar beneficio de
algo’
RGMF, RGB
1.1.7 Egoísmo
Expresión Significado Fonte [egoísta] coma un porco ‘úsase para ponderar o
acusado egoísmo de
alguén’
DFG
1.1.8 Teimosía
Expresión Significado Fonte [teimoso/teimudo/terco/cabezudo/turrón]
coma un porco / [ser] coma os cochos
‘moi teimoso’ DFXG, LFCEG, EO
1.1.9 Estulticia
Expresión Significado Fonte animal de bellota ‘persoa parva’ EO
1.2 Características físicas
1.2.1 Sucidade
Expresión Significado Fonte [estar] coma un cocho ‘estar sucio’ GDXL
[estar/ser] coma un cortello (dos porcos) ‘[referido a un espazo ou
lugar] estar
completamente
desordenado e sucio’
DFG, LFCEG
[sucio] coma un porco ‘úsase para ponderar o
aspecto sucio de alguén’
DFG
cocho/porco/marrán/porcallán/
porcalleiro
‘persoa que está ou anda
sucia ou mal amañada’
DRAG, GDXL
331
cocho/marrán/porco/porcón/
porcallán/porcallón
‘que fai as cousas con
pouco coidado e
limpeza’
GDXL, DRAG
cortello dos porcos ‘[referido a un espazo ou
lugar] estar
completamente
desordenado e sucio’
DFG
porco ‘que ten sucidade’ DRAG, GDXL
1.2.2 Movemento
Expresión Significado Fonte fozarR ‘andar en algo alterando
a súa disposición’
DRAG, GDXL, EO
fozarR ‘traballar en calquera
cousa a medias e sen
maña’
DRAG, GDXL
fozarR ‘traballar sen que se vexa
ningun resultado’
GDXL
fozón ‘que se mete en todo
[dito da persoa]’
GDXL
fozónR ‘moi desordenado nas
súas cousas [dito da
persoa]’
GDXL, DRAG
fozónR ‘pouco hábil, que fai as
cousas torpemente ou
sen coidado’
GDXL, DRAG
1.2.3 Bo ouvido
Expresión Significado Fonte [oír] coma os cochos *‘oír moi ben’ LFCEG
[oír mellor] ca unha porca parida *‘oír moi ben’ LFCEG
1.2.4 Ruído
Expresión Significado Fonte [roncar/ronquexar] coma un porco/cocho ‘roncar’ LFCEG
1.2.5 Grandura
Expresión Significado Fonte [ser/estar] coma un cocho ‘[expresión de valor
superlativo] moito, de
xeito esaxerado ou
excesivo’
DFG, GDXL
1.2.6 Fortaleza
Expresión Significado Fonte [ter/dar forza] coma o porco no fociño * ‘ter/dar moita forza’ LFCEG
1.2.7 Gordura
Expresión Significado Fonte [estar/gordo] coma un cocho/porco
(cebado/louseño/inglés)
‘estar moi gordo’ LFCEG, GDXL
1.2.8 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte
332
cachola ‘cabeza das persoas’ DRAG
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade Expresión Significado Fonte saírlle a porca capada [a alguén] ‘levar un chasco, resultar
as cousas ó revés de
como se esperaba’
DFG
3 Valoración
3.1 Mala valoración
Expresión Significado Fonte a carne de burro non é transparente
(RESPOSTA: ollos de porco mírano todo)
* ‘dise cando alguén
molesta nun determinado
lugar, normalmente
diante do noso campo
visual’
RGMF, RGB, EE, EO
sempre un ruín porco ha topar unha boa
landra / sempre o porco ruín ha topar
cunha boa castaña / o peor porco come a
mellor landra
‘dise cando ten sorte
alguén que non a
merece’
DFXG, RGMF, RGB
TÁBOA 88: PULGA
1 Caracterización
1.2 Características físicas
1.2.1 Pequenez
Expresión Significado Fonte [pequeno/ser alto] coma unha pulga ‘raquitismo’ LFCEG
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte [malo] coma as pulgas ‘ruindade’ LFCEG
TÁBOA 89: QUENLLA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Altura Expresión Significado Fonte [estar] coma unha quenlla ‘ser moi alto’ DFG
1.1.2 Delgadeza Expresión Significado Fonte [estar] coma unha quenllaR ‘ser moi delgado’ DFG
TÁBOA 90: RA
333
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Gordura
Expresión Significado Fonte [inchado] coma a ra ‘fachenda’ LFCEG
TÁBOA 91: RABADA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte [ter a boca] coma unha rabada ‘ser bocalana; falar moito
ou de máis’
DFG
TÁBOA 92: RATA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia
Expresión Significado Fonte rata ‘ser astuto, ser hábil’ GDXL
1.1.2 Insignificancia
Expresión Significado Fonte nin unha rata ‘ninguén en absoluto’ DFG
1.1.3 Pobreza
Expresión Significado Fonte [pobre] coma unha/as rata/s ‘ser moi pobre’ DFG, LFCEG, EE
1.1.4 Inmoralidade
Expresión Significado Fonte rata ‘ser desprezable’ GDXL
1.1.5 Avaricia
Expresión Significado Fonte rata ‘persoa agarrada’ EE
1.2 Características físicas
1.2.1 Hábitat
Expresión Significado Fonte rata de biblioteca ‘persoa moi amiga de
buscar e investigar nos
libros máis raros e
esquecidos dunha
biblioteca’
GDXL
TÁBOA 93: RATO
334
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia/sabedoría
Expresión Significado Fonte [fino/agudo/esperto/vivo/ser] coma un
rato / [máis fino] ca un rato
‘moi listo’ DFXG, LFCEG
o rato di: ‘que parvo é o home que
come do meu cu e non come da miña
boca’
* ‘expresión que se di
cando alguén é intelixente,
aínda que non o pareza’
EE
o rato vello non cae na rateira * ‘fai referencia ás persoas
con experiencia na vida’
RGB
1.1.2 Gula
Expresión Significado Fonte [presumir] máis ca un rato enriba dun
queixo
‘presumir moito. Ser moi
presumido’
DFXG, LFCEG
[rillar] coma un rato ‘ser comellón’ EE
coméronche/lle a lingua os ratos ‘dise a quen (ou de quen)
fala moi pouco’
DFXG
1.1.3 Prevención
Expresión Significado Fonte [ter] coma o rato na rateira ‘gardar’ LFCEG
1.1.4 Roubo
Expresión Significado Fonte ratear ‘furtar con disimulo’ GDXL
1.1.5 Astucia
Expresión Significado Fonte moito sabe o rato pero máis sabe o
gato
‘picardía’ RGMF, RGB
1.2 Características físicas
1.2.1 Pequenez
Expresión Significado Fonte [pequeno] coma un/os rato/s ‘ser moi pequeno’ DFG, LFCEG
1.2.2 Silencio
Expresión Significado Fonte [calar/caladiño/calado] coma un rato/
coma ratos
‘gardar silencio’ DFG, LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Inimizade
Expresión Significado Fonte [ser] coma o gato e o rato ‘inimizade’ LFCEG
335
cando o gato non está, os ratos bailan
/ na casa que non hai gatos, campan os
ratos/non faltan ratos
* ‘fai referencia á
ausencia dunha
autoridade, ó arriscado
que resulta, ás veces,
desatender unha
responsabilidade ou
simplemente baixar a
garda’
EE
o rato e o gato non comen no mesmo
prato
‘inimizade’ RGB
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte entre o rato e o león non hai
comparación
* ‘refírese a que non se
poden comparar dúas
realidades completamente
diferentes’
RGB
máis vale ser cabeza de rato ca rabo
de gato
‘superioridade xerárquica’ RGB
TÁBOA 94: REISEÑOR
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [cantar] coma un reiseñor/rousinol ‘cantar ben’ LFCEG, EE
TÁBOA 95: RULA/ROLA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Amorosidade
Expresión Significado Fonte [amarse] coma rulas * ‘amarse intensamente’ LFCEG
[amoroso] coma unha rula ‘amabilidade’ LFCEG
miña rola/rula/roliña/ruliña ‘expresión de cariño
aplicada a quen se quere
ben’
DRAG, GDXL
1.1.2 Ledicia
Expresión Significado Fonte [contento/quedar] coma un rulo ‘ledicia’, ‘satisfeito’ LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [cantar] coma a/unha rula ‘cantar ben’ LFCEG
336
1.2.2 Beleza
Expresión Significado Fonte [lindo] coma unha rula * ‘dise da persoa que
destaca pola súa
fermosura’
EE
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte [amarse] coma rulasR * ‘amarse intensamente’ LFCEG
TÁBOA 96: SAMBESUGA/SAMESUGA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Aproveitamento
Expresión Significado Fonte sambesuga/samesuga ‘persoa que se aproveita
doutras vivindo a conta
delas ou quitándolles o
diñeiro pouco a pouco’
DRAG, GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Suxeición
Expresión Significado Fonte [agarrarse] coma unha samesuga ‘compaña molesta’ LFCEG
TÁBOA 97: SAPO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Preguiza
Expresión Significado Fonte [ter unha pachorra] coma un sapo * ‘ter calma’ LFCEG
1.1.2 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte botar/cuspir cobras e sapos (pola
boca)
‘proferir blasfemias,
insultos e inxurias’
DFG, GDXL
1.1.3 Ira
Expresión Significado Fonte [inchado] coma un sapo ‘de mal humor’ DFXG, LFCEG
1.1.4 Insignificancia
Expresión Significado Fonte cando naceu o sapo, naceu a sapa ‘expresa que cadaquén ten
a súa parella en algures,
por eivas que teña’
DFXG, EO
1.2 Características físicas
337
1.2.1 Torpeza
Expresión Significado Fonte [caer espatarrado] coma un sapo * ‘caer de cheo e
espernexar no chan’
LFCEG
[correr/lento] coma o/un sapo pola/na
cinza
‘non ser dilixente, obrar
lentamente nun asunto’
GDXL, LFCEG
1.2.2 Lentitude
Expresión Significado Fonte [correr/lento] coma o/un sapo pola/na
cinzaR
‘non ser dilixente, obrar
lentamente nun asunto’
GDXL, LFCEG
[ser peor] ca un sapo entre as
muruxas
‘lentitude’ LFCEG
1.2.3 Fealdade
Expresión Significado Fonte [feo] coma a cabeza dun sapo ‘fealdade’ LFCEG
cara de sapo * ‘cara fea’ EE
1.2.4 Resistencia
Expresión Significado Fonte [duro] coma un sapo ‘dureza’ LFCEG
1.2.5 Grandura
Expresión Significado Fonte [grande] coma a cabeza dun sapo ‘grande’ LFCEG
1.2.6 Gordura
Expresión Significado Fonte [ir/vir/estar/quedar/cheo] coma un
sapo
‘fartura’ LFCEG
1.2.7 Pequenez
Expresión Significado Fonte [cativo] coma un sapo ‘pequeno’, ‘raquitico’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-Animal 2.1.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte cando naceu o sapo, naceu a sapaR ‘expresa que cadaquén ten
a súa parella en algures,
por eivas que teña’
DFXG, EO
TÁBOA 98: SARDIÑA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Delgadeza
Expresión Significado Fonte
338
[gordo/estar] coma unha sardiña
polo/pola punta do rabo
‘mirrado’ LFCEG, EO
TÁBOA 99: TARTARUGA/*TORTUGA/SAPOCONCHO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Lentitude
Expresión Significado Fonte [correr máis] ca unha tortuga / [lento]
coma unha turtuga
‘correr pouco’ LFCEG, EE
a paso de tortuga *‘moi lento’ EE
tartaruga ‘persoa moi lenta’ GDXL
1.1.2 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte ter máis cunchas ca un sapoconcho * ‘ser unha persoa
experimentada’
LFCEG
TÁBOA 100: TEIXUGO/PORCO TEIXO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade
Expresión Significado Fonte coller un porco teixo polo rabo ‘equivocarse’ GDXL
poñerse/porse teixo ‘arrepoñerse, enfrontarse’ GDXL
1.1.2 Teimosía
Expresión Significado Fonte [*terco] coma un teixugo * ‘fai referencia á teimosía
de alguén’
EE
1.1.3 Soidade/independencia
Expresión Significado Fonte [ser] coma un teixo ‘pouco sociable’ GDXL
1.1.4 Falsidade
Expresión Significado Fonte teixo/teixugo ‘que inspira pouca
confianza’
GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Fealdade
Expresión Significado Fonte [feo] coma un teixugo ‘fealdade’ LFCEG
1.2.2 Gordura
Expresión Significado Fonte [bolecho/gordo] coma un porco
teixo/teixugo
‘gordura’ LFCEG
339
1.2.3 Resistencia
Expresión Significado Fonte [duro] coma un teixugo ‘moi duro, moi resistente’ DFXG, LFCEG, GDXL
TÁBOA 101: TOUPA/TOUPEIRA/*TOPO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Estulticia
Expresión Significado Fonte [cego] coma unha toupa ‘ser incapaz de ver o
evidente’
DFG
[ter menos miras] ca un topo * ‘fai referencia a unha
persoa pouco intelixente’
EE
toupa/toupeira ‘persoa pouco espelida’ GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Cegueira/mala visión
Expresión Significado Fonte [cego/cegar/estar cego] coma unha
toupa
‘ver moi pouco ou non ver
nada’
DFG, DFXG, LFCEG,
EE
[facer] coma o/a toupo/a (que
cambiou/mudou os ollos polo rabo) /
[cambiar / trocar os ollos polo rabo]
coma a toupa / [cambiar o rabo polos
ollos] coma a toupa)
‘saír perdendo nun troco’ DFG, LFCEG, EO
toupa/toupeira ‘persoa que ve moi pouco’ DRAG, GDXL, EE
1.2.2 Hábitat
Expresión Significado Fonte [quedar] coma as toupas ‘marxinado’ LFCEG
toupa/toupeira ‘persoa que vive agochada
durante anos por medo
[especialmente por
motivos políticos]’
GDXL
toupa/toupeira ‘persoa infiltrada nunha
organización para asexar
os seus movementos’
GDXL
TÁBOA 102: TROITA
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Velocidade
Expresión Significado Fonte [irse] coma a troita nadando * ‘irse a grande
velocidade’
LFCEG
1.1.2 Delgadeza
Expresión Significado Fonte
340
[fino] coma unha troita * ‘aspecto fino ou esvelto’ LFCEG
TÁBOA 103: VÍBORA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade
Expresión Significado Fonte víbora ‘persoa maledicente’ DRAG, GDXL
1.1.2 Maldade/ruindade
Expresión Significado Fonte [ser/malo] coma unha víbora ‘ruindade’ LFCEG, EE
[ter a lingua] coma unha víbora ‘dise de quen badúa ou
esbardalla atacando a
alguén’
DFG, DFXG, LFCEG
lingua de víbora ‘lingua ferinte, mordaz’ DFG, EE
niño de víboras ‘grupo de xente mala’ DRAG
víboraR ‘persoa maledicente’ DRAG, GDXL
víbora ‘persoa malvada, de mal
xenio ou mala lingua’
DRAG, GDXL
TÁBOA 104: VOITRE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Maldade/crueldade
Expresión Significado Fonte voitre ‘persoa desalmada e cruel’ GDXL
TÁBOA 105: XABARIL/PORCO BRAVO/*JABALÍ
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Agresividade
Expresión Significado Fonte [ser] coma un porco bravo ‘ira’ LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Fortaleza
Expresión Significado Fonte jabalí ‘home forte’ EE
1.2.2 Grandura
Expresión Significado Fonte jabalí ‘home grande’ EE
341
TÁBOA 106: XÍLGARO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Ledicia
Expresión Significado Fonte [ledicioso] coma un xílgaro ‘ledicia’ LFCEG
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [tocar] coma un xílgaro * ‘interpretar ben unha
peza musical’
LFCEG
TÁBOA 107: XOANIÑA
1 Valoración
1.1 Boa valoración Expresión Significado Fonte ser a xoaniña (dos ollos) [de alguén] ‘ser unha persoa moi
querida e apreciada’
DFG
342
ANEXO 2: EXPRESIÓNS FIGURADAS CONSTRUÍDAS CON
PALABRAS RELACIONADAS CON MÁIS DUN ANIMAL
A seguir presentamos 40 táboas nas que se insiren expresións figuradas construídas con
referentes que gardan relación, dun xeito ou doutro, con dous ou máis animais. Insírense
aquí aqueles referentes que se caracterizan por ser xenéricos (animal, ave, besta, fera,
bicho, paxaro, peixe...), por designar grupos de animais (camada ou bandada), por facer
referencia ás partes do corpo de dous ou máis animais diferentes (bandullo, cuncha,
fociño...) e ás accións que estes realizan (couce, coucear, turrar...); por ser ruídos
emitidos por dous ou máis animais (bradar, bruar, bufar...) e por designaren os lugares
onde estes habitan (cortello, cubil...). Agrupamos en cada táboa as palabras pertencentes
á mesma familia léxica (animal, animalada, animalizar). Introducimos os derivados
directos do substantivo inicial (besta > bestial) pero non os derivados que xorden do
adxectivo (bestial > bestialidade).
No caso de que as palabras se relacionen cun animal específico (cachola, ladrar, miañar,
cacarexar...) as expresións nas que se insiren sitúanse nas táboas dedicadas a cada animal
concreto (porco, can, gato, galiña ...) que se poden consultar no anexo 1 deste traballo.
TÁBOA 1: ANIMAL
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Brutalidade Expresión Significado Fonte [ser] coma animais / coma un animal
(fóra a alma)
‘bruto’ LFCEG
animal ‘persoa que se comporta
con brusquidade e
violencia; besta, brután,
bruto’
DRAG, GDXL
animalizar(se) ‘volver(se) bruto coma un
animal’
GDXL
1.1.2 Insensatez Expresión Significado Fonte animal ‘que actúa sen facer uso
da razón’
DRAG
animalada ‘dito que está fóra de
razón ou de lóxica’
DRAG, GDXL
facer o animal ‘comportarse de xeito
irracional’
GDXL
1.1.3 Estulticia Expresión Significado Fonte
343
animal ‘persoa ignorante, pouco
ou nada instruída’
GDXL
1.1.4 Torpeza Expresión Significado Fonte animalizarse ‘volverse torpe coma un
animal’
GDXL
1.1.5 Laboriosidade
Expresión Significado Fonte [traballar] coma un animal ‘traballar moito’ GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Grandura
Expresión Significado Fonte animalada ‘cantidade moi grande ou
excesiva de algo’
DRAG
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte animalizar ‘facer que unha persoa se
degrade na súa condición
humana ata semellarse a
un animal’
DRAG, GDXL
TÁBOA 2: ARRE/XO
1 Relacións
1.1 Home-animal 1.1.1 Utilidade Expresión Significado Fonte (ou) arre ou xo ‘díselle a alguén para que
tome unha decisión’
DFXG
nin arre nin xo / nin tanto arre que
corra nin tanto xo que pare
‘expresión coa que se
comenta a indefinición
dunha persoa ou unha
cousa. Equivale a nin
unha cousa nin a outra’
DFXG, RGMF, EE
TÁBOA 3: AVE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia Expresión Significado Fonte [listo] coma unha ave ‘ser moi astuto. Moi listo’ DFXM, LFCEG
1.1.2 Ambición Expresión Significado Fonte ave de rapina ‘persoa ambiciosa que
utiliza a violencia para
apropiarse do alleo’
DFG, GDXL
344
1.1.3 Agresividade
Expresión Significado Fonte ave de rapina ‘persoa ambiciosa que
utiliza a violencia para
apropiarse do alleo’
DFG, GDXL
1.1.4 Roubo
Expresión Significado Fonte ave de rapinaR ‘persoa ambiciosa que
utiliza a violencia para
apropiarse do alleo’
DFG, GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte
[áxil] coma unha ave ‘moi áxil e lixeiro’ DFG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte unha ave soila non canta nin chora * ‘todas as persoas
precisan compañía’
RGB
2.1.2 Inimizade Expresión Significado Fonte dúas aves rapiñeiras fan malas
compañeiras
* ‘as persoas ambiciosas
non gardan boa relación
entre si’
RGB
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte ave de mal agoiro ‘persoa que anuncia malos
presaxios’
DFG, GDXL
TÁBOA 4: BANDADA
1 Relacións
1.1 Animal-animal 1.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte bandada ‘grupo numeroso de
persoas que se moven
xuntas’
DRAG, GDXL
TÁBOA 5: BANDULLO
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte
345
bandullo ‘[coloquialmente]
estómago dunha persoa’
DRAG, GDXL
TÁBOA 6: BESTA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte [cariñoso] coma unha besta brava ‘aspereza’ LFCEG
abestar(se) ‘volverse bruto coma un
animal’
DRAG, GDXL
besta (brava) ‘persoa falta de delicadeza
e amabilidade’
DRAG, GDXL
besta parda/negra/moura ‘ser moi bruta;
desapiadada e cruel’
DFG, GDXL
bestial ‘[cousa] que comporta
violencia e crueldade’
DRAG, GDXL
mala besta ‘ser moi bruta;
desapiadada e cruel’
DFG, GDXL
1.1.2 Estulticia Expresión Significado Fonte
[estúpido] coma unha besta ‘parvo’ LFCEG
[ser peor] ca unha besta ‘ser moi parvo, moi
animal’
DFG
besta ‘persoa pouco intelixente’ GDXL
1.1.3 Maldade Expresión Significado Fonte
besta parda/negra/mouraR ‘ser moi bruta;
desapiadada e cruel’
DFG, GDXL
bestialR ‘[cousa] que comporta
violencia e crueldade’
DRAG, GDXL
mala bestaR ‘ser moi bruta;
desapiadada e cruel’
DFG, GDXL
1.1.4 Teimosía Expresión Significado Fonte [testán] coma unha besta * ‘persoa teimuda’ EE
1.1.5 Torpeza
Expresión Significado Fonte
abestar(se) ‘volverse torpe coma un
animal’
DRAG, GDXL
1.1.6 Laboriosidade
Expresión Significado Fonte [traballar] coma unha besta ‘traballar moito’ DFG
1.1.7 Obediencia
Expresión Significado Fonte
346
[facer] coma a besta do arrieiro que
leva viño e bebe auga
‘obediencia’ LFCEG
1.2 Características físicas 1.2.1 Resistencia Expresión Significado Fonte besta ‘persoa de moita
resistencia’
GDXL
1.2.2 Grandura
Expresión Significado Fonte
bestial ‘que é moi bo, moi grande
ou moi intenso’
DRAG, GDXL
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato Expresión Significado Fonte
a besta amatada de lonxe ve vir a
albarda
‘experiencia’ RGB
besta de arrieiro/de carga ‘persoa moi castigada,
moi sufrida’
DFG
2.1.2 Utilidade
Expresión Significado Fonte o que ten besta e anda/vai a pé máis
besta el é
* ‘fai referencia a algo
que resulta ilóxico’
RGMF, RGB
3 Valoración
3.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte
besta negra ‘persoa ou cousa que
provoca especial
rexeitamento ou que
constitúe a principal
dificultade para algo’
DRAG
TÁBOA 7: BICHO/BICHA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Maldade
Expresión Significado Fonte [mala] coma unha bicha * ‘moi mala’ EE
(mal)bicho ‘mala persoa’ GDXL
1.1.2 Malicia
Expresión Significado Fonte bicharía ‘acción propia dunha
persoa maliciosa’
DRAG
1.1.3 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte
347
bicho ‘persoa que ten cara ós
demais a brutalidade dun
bicho’
DRAG
1.1.4 Inquietude
Expresión Significado Fonte
bicho ‘ser un neno moi
argalleiro’
GDXL
1.1.5 Agresividade Expresión Significado Fonte bicho ‘persoa que ten mal xenio
e é pouco amiga de
relacionarse cos demais’
GDXL
1.1.6 Extravagancia
Expresión Significado Fonte bicho raro ‘persoa extravagante’ GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Fealdade Expresión Significado Fonte bicho ‘persoa de aspecto
ridículo’
GDXL
TÁBOA 8: BICO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Enfado
Expresión Significado Fonte estar de bico retorto ‘mostrando anoxo,
enfado’
DFG
torcer/revirar o bico ‘facer xestos de
desaprobación ou enfado
coa cara’
DFG, DRAG, GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte bico ‘parte da cara das persoas
e dalgúns animais
composta polo queixelo,
pola boca e mais polo
nariz’
DRAG, GDXL
calar/pechar o bico ‘non falar, silenciar un
asunto’
DFG, GDXL
non haber onde pousar o bico ‘dise para referirse a unha
situación que se dá por
perdida ou que xa non ten
remedio’
DFXG, GDXL
ter bico de pobre ‘gustarlle o mellor, ter bo
gusto [xeralmente referido
ese «bo gusto» ás
mulleres]’
DFG
348
ter moito bico ‘ter moita labia’ GDXL
ter o bico redondo ‘ser exquisito para comer’ DFG
untarlle o bico [a alguén] ‘subornalo’ DFG
TÁBOA 9: BRADAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Ira
Expresión Significado Fonte bradar ‘berrar moito en
momentos de dor e
carraxe [unha persoa]’
GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte bradar ‘[persoa] lanzar sons
agudos e fortes ou
palabras en voz moi alta’
DRAG
bradarR ‘berrar moito en
momentos de dor e
carraxe [unha persoa]’
GDXL
bradar ‘pedir auxilio a grandes
voces’
GDXL
brado ‘son agudo ou palabras
emitidas con forza e en
voz alta a causa do terror,
medo, dor etc.’
DRAG, GDXL
TÁBOA 10: BUFAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Ira
Expresión Significado Fonte bufar ‘manifestar cólera ou
desesperación [unha
persoa]’
DRAG, GDXL
bufar ‘rosmar, protestar entre
dentes’
GDXL
1.1.2 Fachenda/arrogancia
Expresión Significado Fonte bufar ‘ter moitos fumes’ GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte
349
bufarR ‘manifestar cólera ou
desesperación [unha
persoa]’
DRAG, GDXL
bufarR ‘rosmar, protestar entre
dentes’
GDXL
TÁBOA 11: CAMADA
1 Relacións
1.1 Animal-animal 1.1.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte camada ‘grupo de poboación con
características comúns’
DRAG, GDXL
ser da mesma camada/dunha camada ‘ser da mesma condición
negativa’
DFG, GDXL
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte ser da mesma camada/dunha camadaR ‘ser da mesma condición
negativa’
DFG, GDXL
TÁBOA 12: CORNO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira
Expresión Significado Fonte encornado/escornado ‘desamigado, posto a mal
[con alguén]’
GDXL
encornar(se) ‘sufrir unha alteración do
estado de ánimo que faga
sentir enfado’
DRAG, GDXL
escornar/encornarse ‘romper unha relación
amigable’
GDXL
estar/poñerse/pórse de corno(s) ‘estar incomodado, de mal
humor’
DRAG, GDXL
ir dar cornadas ó tren ‘ir amolar outro [sic]’ GDXL
1.1.2 Teimosía/esforzo
Expresión Significado Fonte crebar/romper os cornos ‘matinar moito en algo
para procurar solucionalo’
DFG
escornar ‘enfrontarse con algo
superior ás forzas de un’
GDXL
escornar ‘teimar, porfiar nun asunto
ou nunha idea’
GDXL
escornar ‘esforzarse moito, física
ou intelectualmente, para
conseguir algo’
DRAG
350
metérselle entre corno e corno /
metérselle nas cornas / metérselle nos
cornos [algo a alguén]
‘empeñarse, obstinarse en
algo; tela gravada na
mente’
DFG, GDXL
1.1.3 Egoísmo
Expresión Significado Fonte ter os cornos grandes ‘ser egoísta’ DFXG, GDXL
1.1.4 Infidelidade
Expresión Significado Fonte poñerlle os cornos [a alguén] ‘ser infiel’ DFG, DRAG, GDXL
TÁBOA 13: CORTELLO
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Sucidade Expresión Significado Fonte cortello ‘lugar sucio e
desordenado’
DRAG, GDXL
1.1.2 Desorde
Expresión Significado Fonte cortelloR ‘lugar sucio e
desordenado’
DRAG, GDXL
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación Expresión Significado Fonte
alborotar o cortello ‘alterar con accións ou
palabras unha
concorrencia de xente’
GDXL
TÁBOA 14: COUCE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade/ira
Expresión Significado Fonte [falar] coma quen dá couces contra o
aguillón
‘falar mal’ LFCEG
couce ‘golpe que dá unha persoa
movendo un pé
violentamente’
GDXL
erguerse ós couces ‘volverse intratable’ DFG
soltar un couce ‘contestar ofensivamente’ GDXL
tirarlle couces [a alguén] ‘dicir despropósitos; dar
malas contestacións’
DFG
1.2 Características físicas 1.2.1 Velocidade
351
Expresión Significado Fonte
dar couces no cu ‘correr moito, fuxir’ GDXL
TÁBOA 15: CRINA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte crina ‘[coloquialmente]
guedella, mata de pelo,
polo xeral, enleado e
desamañado’
GDXL
TÁBOA 16: CUBIL
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Sucidade Expresión Significado Fonte [ter a cama] coma un cubil ‘sucidade’ LFCEG
cubil ‘lugar sucio’ GDXL
1.1.2 Refuxio
Expresión Significado Fonte cubil ‘agocho, refuxio’ RAG, GDXL
TÁBOA 17: CUNCHA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Astucia
Expresión Significado Fonte ter moitas cunchas ‘ser reservado, astuto,
sagaz’
DFG
1.1.2 Intelixencia/sabedoría
Expresión Significado Fonte ter moitas cunchas ‘ter moita experiencia no
mundo’
DFG
TÁBOA 18: ESTRIBO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Descontrol Expresión Significado Fonte
352
perder os estribos ‘perder a paciencia e o
autodominio, obrar sen
xuízo nin razón’
DFG, GDXL, DRAG
TÁBOA 19: FERA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Agresividade Expresión Significado Fonte [estar/poñerse] coma unha fera
(brava) / feita unha fera (brava)
‘estar moi enfadado, cheo
de carraxe’
DFG, LFCEG
fera ‘persoa de temperamento
moi irascible e violento’
DRAG, GDXL
fereza ‘carácter violento e cruel’ GDXL
fero ‘furioso, de mal xenio’ GDXL
fero ‘de mal carácter’ DRAG, GDXL
1.1.2 Maldade
Expresión Significado Fonte fera ‘persoa moi cruel e
desalmada’
GDXL
ferezaR ‘carácter violento e cruel’ GDXL
feroz ‘sen ningunha piedade,
sen ningunha
consideración’
DRAG, GDXL
1.1.3 Valentía/bravura
Expresión Significado Fonte [loitar] coma unha fera ‘con vehemencia, con
bravura’
DFG
fereza ‘actitude de valor e coraxe
coa que se defende unha
cousa’
GDXL
1.2 Características físicas
1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte [bruar] coma unha fera * ‘falar a berros’ LFCEG
TÁBOA 20: FERRADURA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Ingratitude
Expresión Significado Fonte amosar as ferraduras ‘mostrarse desagradecido,
devolver mal por ben’
DFG
1.1.2 Agresividade
Expresión Significado Fonte amosar as ferraduras ‘rebelarse’ DFG
353
TÁBOA 21: FOCIÑO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Enfado
Expresión Significado Fonte de fociños ‘enfadado, enfurruñado’ DFG, DFXG, GDXL
fociñudo ‘[persoa] que sempre ten
unha cara de enfado e
desagrado’
DRAG, GDXL
torcer/virar o fociño ‘dar mostras de desagrado,
poñer mala cara’
DFG, DFXG, DRAG,
GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte afociñar ‘bater de súpeto cun
obstáculo insalvable’
GDXL
afociñar ‘facer que alguén caia de
fociños’
DRAG
afociñar ‘facer que [alguén] bata co
fociño contra algo’
DRAG
afociñar ‘renderse ante unha
dificultade ou obstáculo’
DRAG
afociñar ‘atoparse inesperadamente
con alguén’
DRAG
fociño ‘parte da cara das persoas
que comprende a boca e o
nariz ou, nalgúns sitios, só
o nariz’
DRAG, GDXL
fociñudo/fociñento ‘[persoa] que ten o nariz
ou os labios grandes, ou
os dentes moi saíntes’
DRAG, GDXL
TÁBOA 22: FUNGAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Queixa/enfado Expresión Significado Fonte fungar ‘choromicar, chorar
debilmente e de maneira
monótona’
GDXL
fungar/refungar ‘protestar en voz baixa’ GDXL
fungar/refungar ‘emitir sons confusos ou
palabras incomprensibles,
como mostra de protesta
ou enfado’
DRAG, GDXL
354
fungón ‘que emite sons confusos
ou palabras
incomprensibles como
mostra de enfado ou
protesta’
DRAG, GDXL
fungón ‘que non está de acordo
con nada e rosma por
todo’
GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte fungarR ‘choromicar, chorar
debilmente e de maneira
monótona’
GDXL
fungar/refungarR ‘protestar en voz baixa’ GDXL
fungar/refungarR ‘emitir sons confusos ou
palabras incomprensibles,
como mostra de protesta
ou enfado’
DRAG, GDXL
fungónR ‘que emite sons confusos
ou palabras
incomprensibles como
mostra de enfado ou
protesta’
DRAG, GDXL
fungónR ‘que non está de acordo
con nada e rosma por
todo’
GDXL
TÁBOA 23: GADOUPA
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Torpeza
Expresión Significado Fonte gadoupa ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
1.1.2 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte gadoupaR ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
gadoupada ‘golpe dado cunha man’ DRAG, GDXL
1.1.3 Grandura
Expresión Significado Fonte gadoupaR ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
1.1.4 Fortaleza
Expresión Significado Fonte gadoupaR ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
355
TÁBOA 24: GALOPAR
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Velocidade
Expresión Significado Fonte a galope (tendido) ‘con moita rapidez ou a
toda velocidade’
DFG
galopar ‘andar a gran velocidade’ GDXL
galope ‘carreira longa e rápida
dunha persoa’
GDXL
TÁBOA 25: GANDO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Obediencia/mansedume
Expresión Significado Fonte gando ‘grupo de persoas ó que
hai que guiar, sen vontade
propia’
GDXL
máis tarde ou máis cedo o gando
volve ó seu cortello / tarde ou cedo o
gando vai para a corte ou para o
cortello
* ‘fai referencia a que
todo ten o seu comezo e o
seu fin’
RGB
1.1.2 Rudeza/brutalidade
Expresión Significado Fonte [ser] coma o gando ‘bruto’ LFCEG
2 Relacións
2.1 Animal-animal 2.1.1 Agrupación
Expresión Significado Fonte gandoR ‘grupo de persoas ó que
hai que guiar, sen vontade
propia’
GDXL
TÁBOA 26: NIÑO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Inocencia/inxenuidade Expresión Significado Fonte caer dun niño ‘ser moi inocente, incauto;
inexperto’
DFG
1.2 Características físicas 1.2.1 Refuxio
Expresión Significado Fonte
356
niño ‘abrigo, retiro’ GDXL
niño ‘refuxio ou escondedoiro
de persoas que foxen
[especialmente de
malfeitores]’
DRAG, GDXL
1.2.2 Fogar
Expresión Significado Fonte niño ‘casa ou fogar familiar’ GDXL
TÁBOA 27: PATA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte pata ‘pé ou perna dunha
persoa’
DRAG, GDXL
TÁBOA 28: PAXARO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Intelixencia/astucia Expresión Significado Fonte paxaro ‘home astuto e cauteloso’ DRAG, GDXL
paxaro vello non cae na gaiola * ‘unha persoa intelixente
e experimentada non cae
nas trampas dos demais’
RGB
1.1.2 Roubo Expresión Significado Fonte o primeiro millo é para os/dos
paxaros / a primera vai para os
paxaros
‘[no xogo das cartas] dise
cando se perde a primeira
partida para infundirse
ánimos’
RGMF, RGB, DFXG,
GDXL
por medo ós paxariños, non deixes de
sementar o millo
* ‘recomenda non deixar
de facer plans por medo a
que non se realicen’
RGB
1.1.3 Estulticia Expresión Significado Fonte [listo] coma un paxaro ‘parvo’ LFCEG
1.1.4 Ledicia Expresión Significado Fonte [ledo] coma un paxaro ‘felicidade’ LFCEG
1.1.5 Falsidade
Expresión Significado Fonte
357
paxaro de conta ‘persoa que non inspira
confianza, senón
prevención e cautela’
DFG
1.2 Características físicas
1.2.1 Pequenez
Expresión Significado Fonte [comer] coma un paxariño ‘comer moi pouco’ DFG, LFCEG
paxaro ‘persoa de pouco corpo e
pouco comedora’
GDXL
1.2.2 Ruído
Expresión Significado Fonte contarlle/dicirlle un paxariño [algo a
alguén]
‘alude a un suxeito
informante que non se
quere mencionar’
DFG
1.2.3 Ruído harmonioso
Expresión Significado Fonte [cantar] coma un paxaro/paxariño ‘cantar ben’ LFCEG
1.2.4 Debilidade Expresión Significado Fonte [ser/estar] coma un paxariño ‘debilidade’ LFCEG
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte paxaro de mal agoiro ‘persoa portadora de
malas noticias ou que
prognostica males e
desgrazas’
DFG
TÁBOA 29: PEIXE
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Astucia/malicia Expresión Significado Fonte bo peixe ‘ser persoa pillabana’ DFXM, DRAG, GDXL
1.1.2 Maldade Expresión Significado Fonte peixe ‘persoa que actúa con
mala intención’
DRAG
1.1.3 Mala memoria
Expresión Significado Fonte ter memoria de peixe * ‘ter pouca memoria’ EO
1.2 Características físicas
1.2.1 Axilidade
Expresión Significado Fonte
358
[nadar/moverse] coma un peixe ‘desprazarse con moita
facilidade por riba das
augas’
DFXM, LFCEG
1.2.2 Pequenez
Expresión Significado Fonte ter memoria de peixeR * ‘ter pouca memoria’ EO
2 Valoración
2.1 Mala valoración Expresión Significado Fonte bo peixe ‘persoa coa que hai que
ter coidado’
DFXG, DFXM
TÁBOA 30: PELICA
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte pelica ‘[coloquialmente] pel
dunha persoa’
GDXL
TÁBOA 31: PETEIRO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte peteiro ‘boca’ GDXL
ter moito peteiro ‘falar moito ou de mais’ GDXL
TÁBOA 32: PIAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Queixa Expresión Significado Fonte piar ‘[persoa] anhelar moito
algo ou a alguén’
DRAG
piar ‘[seguido da prep.de]
queixarse, sentirse dunha
parte do corpo’
GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte piarR ‘[persoa] anhelar moito
algo ou a alguén’
DRAG
359
piarR ‘[seguido da prep.de]
queixarse, sentirse dunha
parte do corpo’
GDXL
piar/chiar ‘abrir a boca para falar’ GDXL
TÁBOA 33: *PICO
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Parte do corpo Expresión Significado Fonte calar/cerrar o pico ‘non falar, silenciar un
determinado asunto’
DFG, GDXL
darlle ó pico ‘falar, latricar’ DFG
TÁBOA 34: PLUMAXE
1 Caracterización
1.1 Características físicas
1.1.1 Aparencia Expresión Significado Fonte plumaxe ‘aspecto dunha persoa’ GDXL
TÁBOA 35: POUTA
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Agresividade/ira Expresión Significado Fonte poñer de poutas [a alguén] ‘enfadalo, enchelo de ira’ DFG
1.1.2 Torpeza
Expresión Significado Fonte pouta ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Grandura
Expresión Significado Fonte a poutadas ‘en cantidades
abundantes’
DFG
poutaR ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
1.2.2 Parte do corpo
Expresión Significado Fonte poutaR ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
360
poutada ‘puñado, cantidade que
cabe nunha man’
GDXL
1.2.3 Fortaleza
Expresión Significado Fonte poutaR ‘man grande, forte e
torpe’
DRAG, GDXL
TÁBOA 36: RABO
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Enfado Expresión Significado Fonte andar co rabo pisado / ter o rabo
pisado
‘estar enfadado, de mal
humor’
DFG, DFXG
pisarlle o rabo [a alguén] ‘afectar alguén en algo
que lle produce desgusto;
provocar alguén, procurar
o xeito de molestar
alguén’
DFXG
recacharlle o rabo [a alguén] ‘pór a alguén expresión de
desagrado’
DFXG
1.1.2 Preguiza
Expresión Significado Fonte por non darlle ó rabo, déixalle comer
o cu ás moscas
‘dise para referirse a
alguén que é moi
preguiceiro’
DFXG
1.1.3 Fachenda
Expresión Significado Fonte ir co rabo dereito ‘ir ou pasar moi orgulloso
e envaidecido ou
enfonchado’
DFXG
1.1.4 Inquietude
Expresión Significado Fonte estar a nacer(lle) o rabo ‘ser inquieto, sen
apousento, non ter paraxe’
DFXG
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Maltrato
Expresión Significado Fonte [andar/correr/ir/erguerse/ser/ vir]
coma se lle puñeran a un un foguete
no rabo
‘rapidez’ LFCEG
TÁBOA 37: REMOER/RUMIAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Insistencia
361
Expresión Significado Fonte remoer/rumiar ‘pensar moito nunha
cousa, darlle moitas voltas
no pensamento’
DRAG, GDXL
1.2 Características físicas 1.2.1 Ruído
Expresión Significado Fonte remoer ‘murmurar polo baixo’ GDXL
TÁBOA 38: TETO
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición 1.1.1 Riqueza Expresión Significado Fonte zugar de bo teto ‘estar plantado en terra
fértil’
GDXL
zugar de bo teto ‘vivir a conta doutro’ GDXL
TÁBOA 39: TROTAR
1 Caracterización
1.1 Características físicas 1.1.1 Velocidade Expresión Significado Fonte a trote / ó trote ‘moi rápido, a correr’ DRAG, GDXL
trotar ‘andar moito e con présa’ GDXL, DRAG
1.1.2 Movemento
Expresión Significado Fonte non estar para moitos
(certos/eses/estes) trotes
‘non estar nas condicións
físicas adecuadas para
levar a cabo unha
determinada actividade’
DFG, DRAG, GDXL
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Utilidade
Expresión Significado Fonte de trote/para trote ‘para uso diario e
continuado’
GDXL, DRAG
TÁBOA 40: TURRAR
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Teimosía
363
ANEXO 3: ÁMBITOS TEMÁTICOS EMPREGADOS
Neste apartado presentamos a totalidade de ámbitos temáticos empregados para catalogar
as expresións figuradas que se inclúen no anexo 1 (expresións que se vinculan cun
referente animal concreto) e no anexo 2 (expresións que se vinculan con dous ou máis
referentes animais). Tales ámbitos temáticos foron extraídos dunha serie de dicionarios
ideolóxicos, temáticos e conceptuais (vid. apartado 9.1.2 do capítulo de referencias
bibliográficas) e, de acordo con eles, escollemos maioritariamente os substantivos para
designar as realidades que describen as expresións figuradas (estulticia, velocidade,
maltrato etc.); así e todo, tamén empregamos outras expresións máis complexas nos casos
en que non atopamos un substantivo apropiado (bo ouvido, bo olfacto, mala valoración
etc.).
Tal e como se viu facendo ó longo deste traballo, desagregamos os ámbitos temáticos de
acordo coas etiquetas principais de caracterización (carácter/condición e características
físicas), relacións (home-animal e animal-animal) e valoración.
1 Caracterización
1.1 Carácter/condición
1.1.1 Adaptación
1.1.2 Aforro
1.1.3 Agresividade
1.1.4 Ambición
1.1.5 Amorosidade
1.1.6 Aproveitamento
1.1.7 Arrogancia
1.1.8 Astucia
1.1.9 Atracción
1.1.10 Atrevemento
1.1.11 Autoridade
1.1.12 Avaricia
1.1.13 Benquerenza
1.1.14 Boa memoria
1.1.15 Boa vida
1.1.16 Bondade
1.1.17 Bravura
1.1.18 Brutalidade
1.1.19 Coidado
1.1.20 Covardía
1.1.21 Crueldade
1.1.22 Desconcerto
1.1.23 Desconfianza
1.1.24 Descontrol
1.1.25 Desleixo
1.1.26 Desorde
1.1.27 Docilidade
1.1.28 Dominio
1.1.29 Egoísmo
1.1.30 Enfado
1.1.31 Escasa adaptabilidade
1.1.32 Esforzo
1.1.33 Esquiveza
1.1.34 Estulticia
1.1.35 Extravagancia
1.1.36 Fachenda
1.1.37 Falsidade
1.1.38 Fereza
1.1.39 Fidelidade
1.1.40 Fin
1.1.41 Fogosidade
1.1.42 Fortuna
1.1.43 Gula
1.1.44 Humildade
1.1.45 Indefensión
1.1.46 Independencia
364
1.1.47 Indolencia
1.1.48 Infidelidade
1.1.49 Ingratitude
1.1.50 Inmoralidade
1.1.51 Inocencia
1.1.52 Inocuidade
1.1.53 Inquedanza
1.1.54 Inquietude
1.1.55 Insensatez
1.1.56 Insignificancia
1.1.57 Insistencia
1.1.58 Insolencia
1.1.59 Intelixencia
1.1.60 Intromisión
1.1.61 Inxenuidade
1.1.62 Ira
1.1.63 Laboriosidade
1.1.64 Languidez
1.1.65 Ledicia
1.1.66 Liberdade
1.1.67 Lixeireza
1.1.68 Mala memoria
1.1.69 Mala vida
1.1.70 Maldade
1.1.71 Malicia
1.1.72 Mansedume
1.1.73 Molestia
1.1.74 Morte
1.1.75 Noctambulismo
1.1.76 Noxo
1.1.77 Obediencia
1.1.78 Ociosidade
1.1.79 Orgullo
1.1.80 Paciencia
1.1.81 Perigo
1.1.82 Perplexidade
1.1.83 Pobreza
1.1.84 Precariedade
1.1.85 Precaución
1.1.86 Preguiza
1.1.87 Presunción
1.1.88 Prevención
1.1.89 Promiscuidade
1.1.90 Queixa
1.1.91 Ridiculez
1.1.92 Riqueza
1.1.93 Roubo
1.1.94 Rudeza
1.1.95 Ruindade
1.1.96 Sabedoría
1.1.97 Sacralidade
1.1.98 Seriedade
1.1.99 Sixilo
1.1.100 Sociabilidade
1.1.101 Soidade
1.1.102 Submisión
1.1.103 Teimosía
1.1.104 Tolemia
1.1.105 Torpeza
1.1.106 Tristeza
1.1.107 Valentía
1.1.108 Vida
1.1.109 Voracidade
1.2 Características físicas
365
1.1.1 Agudeza visual
1.1.2 Altura
1.1.3 Aparencia
1.1.4 Aspereza
1.1.5 Ausencia de movemento
1.1.6 Axilidade
1.1.7 Beleza
1.1.8 Bo ouvido
1.1.9 Bo olfacto
1.1.10 Cansazo
1.1.11 Cegueira
1.1.12 Cor
1.1.13 Debilidade
1.1.14 Delgadeza
1.1.15 Desorde
1.1.16 Fealdade
1.1.17 Fertilidade
1.1.18 Fogar
1.1.19 Fortaleza
1.1.20 Gordura
1.1.21 Grandura
1.1.22 Hábitat
1.1.23 Lentitude
1.1.24 Mala visión
1.1.25 Movemento
1.1.26 Parte do corpo
1.1.27 Pequenez
1.1.28 Refuxio
1.1.29 Resistencia
1.1.30 Ruído
1.1.31 Ruído harmonioso
1.1.32 Silencio
1.1.33 Sucidade
1.1.34 Suxeición
1.1.35 Torpeza
1.1.36 Velocidade
1.1.37 Visión
2 Relacións
2.1 Home-animal 2.1.1 Control
2.1.2 Dominio
2.1.3 Inutilidade
2.1.4 Maltrato
2.1.5 Molestia
2.1.6 Semellanza
2.1.7 Utilidade
2.2 Animal-animal
2.2.1 Agrupación
2.2.2 Inimizade
2.2.3 Respecto
2.2.4 Rivalidade
3 Valoración
3.1 Boa valoración
3.2 Mala valoración
ANEXO 4: ÁMBITOS TEMÁTICOS DESTACADOS CON
RELACIÓN A CADA REFERENTE ANIMAL
Neste capítulo presentaremos, de xeito esquemático, os ámbitos temáticos da totalidade
de referentes animais que compoñen o corpus de expresións figuradas deste traballo.
Ordenaremos esta presentación de acordo cun criterio de frecuencia, de maneira que se
sitúan en primeiro lugar os referentes animais que máis presenza teñen nas expresións
figuradas galegas analizadas. Os ámbitos temáticos que se vinculan con cada referente
animal dispóñense de acordo coas categorías de caracterización (carácter/condición e
características físicas), relacións (home-animal e animal-animal) e valoración. Debaixo
de cada unha delas ofrecemos os subámbitos temáticos (ámbitos temáticos específicos)
xunto co número de expresións que se agrupan en cada un deles.
Pretendemos, con este anexo, ofrecer unha mostra dos valores que os galegos lles atribúen
máis frecuentemente ós animais a partir das expresións figuradas galegas analizadas neste
traballo.
1 Can/cadela
1.1 Caracterización
1.1.1 Carácter/condición
Agresividade/ira/fereza (29)
Precariedade/mala vida (16)
Gula (15)
Preguiza/ociosidade (14)
Intelixencia/sabedoría (8)
Promiscuidade (6)
Fidelidade/servilismo (6)
Covardía (5)
Falsidade (4)
Soidade (3)
Noctambulismo (3)
Maldade/ruindade (2)
Insensatez (2)
Benquerenza (1)
Teimosía (1)
Valentía (1)
Dominio (1)
Laboriosidade (1)
1.1.2 Características físicas
Velocidade (5)
Ruído (4)
Delgadeza (3)
Bo ouvido (1)
Bo olfacto (1)
Fealdade (1)
Resistencia (1)
Sucidade (1)
1.2 Relacións
1.2.1 Home-animal
Utilidade (11)
Maltrato (10)
Semellanza (1)
1.2.2 Animal-animal
Inimizade (5)
Respecto (1)
1.3 Valoración
1.3.1 Mala valoración (8)
2 Gato/gata
2.1 Caracterización
2.1.1 Carácter/condición
Gula (15)
Agresividade/ira/fereza (11)
Falsidade (7)
Preguiza/ociosidade (5)
Fortuna (5)
Fogosidade (3)
Precaución (3)
Maldade/ruindade (2)
Astucia (2)
Roubo (2)
Ingratitude (2)
Paciencia (1)
Atrevemento (1)
Ledicia (1)
Inxenuidade (1)
Soidade/independencia (1)
Insignificancia (1)
Noctambulismo (1)
2.1.2 Características físicas
Velocidade (5)
Axilidade (4)
Resistencia (3)
Sucidade (3)
Ruído (2)
Gordura (1)
2.2 Relacións
2.2.1 Home-animal
Utilidade (3)
Control (1)
2.2.2 Animal-animal
Inimizade (7)
Rivalidade (1)
2.3 Valoración
2.3.1 Boa valoración (1)
2.3.2 Mala valoración (1)
3 Boi/vaca/becerro/cuxo/xato/xovenco/touro
3.1 Caracterización
3.1.1 Carácter/condición
Agresividade (6)
Bondade/mansedume (5)
Gula (4)
Preguiza/indolencia (4)
Intelixencia/sabedoría (3)
Desconcerto/perplexidade (3)
Liberdade (2)
Rudeza/brutalidade (2)
Estulticia (1)
Paciencia (1)
Falsidade (1)
Languidez (1)
Teimosía (1)
Sacralidade (1)
3.1.2 Características físicas
Gordura (6)
Fortaleza (5)
Ruído (4)
Grandura (3)
Axilidade (1)
Lentitude (1)
3.2 Relacións
3.2.1 Home-animal
Utilidade (14)
Maltrato (6)
4 Burro/asno/burra
4.1 Caracterización
4.1.1 Carácter/condición
Estulticia (15)
Teimosía/insistencia (7)
Gula (4)
Agresividade (3)
Rudeza/brutalidade (2)
Falsidade (1)
Mansedume (1)
Laboriosidade (1)
Fortuna (1)
4.1.2 Características físicas
Grandura (7)
Ruído (4)
Fealdade (1)
Resistencia (1)
Fortaleza (1)
4.2 Relacións
4.2.1 Home-animal
Maltrato (15)
Utilidade (1)
4.3 Valoración
4.3.1 Mala valoración (9)
5 Lobo /loba
5.1 Caracterización
5.1.1 Carácter/condición
Agresividade/voracidade (39)
Falsidade (7)
Maldade/crueldade (4)
Valentía (3)
Intelixencia/sabedoría (2)
Astucia (1)
5.1.2 Características físicas
Ruído (3)
Fealdade (2)
Velocidade (1)
Fortaleza (1)
Grandura (1)
5.2 Relacións
5.2.1 Animal-animal
Respecto (2)
Agrupación (2)
6 Galo/galiña/pito/pita/polo
6.1 Caracterización
6.1.1 Carácter/condición
Arrogancia/fachenda/presunción (12)
Autoridade (9)
Promiscuidade (3)
Queixa (3)
Precaución (3)
Inquedanza (2)
Desorde/desleixo (2)
Covardía (2)
Agresividade (2)
Estulticia (2)
Escasa adaptabilidade (2)
Malicia (1)
Lixeireza (1)
Preguiza (1)
6.1.2 Características físicas
Ruído (5)
Pequenez (2)
Hábitat (2)
Sucidade (1)
6.2 Relacións
6.2.1 Home-animal
Utilidade (1)
7 Porco/cocho/porca
7.1 Caracterización
7.1.1 Carácter/condición
Rudeza/brutalidade (13)
Gula (9)
Inmoralidade (3)
Agresividade (2)
Indolencia/boa vida (2)
Soidade (2)
Egoísmo (1)
Teimosía (1)
Estulticia (1)
7.1.2 Características físicas
Sucidade (7)
Movemento (6)
Bo ouvido (2)
Ruído (1)
Grandura (1)
Fortaleza (1)
Gordura (1)
Parte do corpo (1)
7.2 Relacións
7.2.2 Home-animal
Utilidade (1)
7.3 Valoración
7.3.1 Mala valoración (2)
8 Año/carneiro/cordeiro/ovella/pécora
8.1 Caracterización
8.1.1 Carácter/condición
Mansedume/docilidade/submisión/obediencia (16)
Estulticia (4)
Inocencia (2)
Falsidade (2)
Humildade (2)
Teimosía/insistencia (2)
Agresividade (1)
Covardía (1)
Orgullo (1)
Promiscuidade (1)
Maldade/ruindade (1)
Desconcerto/perplexidade (1)
Preguiza (1)
Rudeza (1)
8.1.2 Características físicas
Ruído (1)
8.2 Relacións
8.2.1 Home-animal
Utilidade (1)
8.2 Animal-animal
Agrupación (3)
8.3 Valoración
8.3.1 Mala valoración (1)
9 Raposo/raposa/golpe/*zorro/*zorra
9.1 Caracterización
9.1.1 Carácter/condición
Astucia/malicia (14)
Agresividade/voracidade (7)
Falsidade (6)
Maldade/ruindade (5)
Sixilo (1)
Indolencia (1)
Promiscuidade (1)
Precaución (1)
9.1.2 Características físicas
Velocidade (1)
Cansazo (1)
Movemento (1)
10 Cabrón/castrón/cabuxo/cabra/cabuxa/chiba/cabrito/curcio
10.1 Caracterización
10.1.1 Carácter/condición
Agresividade/ira (8)
Insensatez (4)
Tolemia (3)
Liberdade (3)
Astucia/malicia (3)
Maldade/ruindade (2)
Ociosidade (2)
Inocencia (1)
Infidelidade (1)
Promiscuidade (1)
Roubo (1)
Falsidade (1)
Rudeza/brutalidade (1)
Ingratitude (1)
10.1.2 Características físicas
Axilidade (4)
11 Cobra/serpe
11.1 Caracterización
11.1.1 Carácter/condición
Agresividade (8)
Maldade/ruindade (5)
Falsidade (4)
Intelixencia (2)
Preguiza (1)
Sixilo (1)
Esquiveza (1)
11.1.2 Características físicas
Axilidade (3)
Movemento (2)
Ruído (1)
Velocidade (1)
12 Cabalo/egua/faco/poldro
12.1 Caracterización
12.1.1 Carácter/condición
Rudeza/brutalidade (3)
Insensatez (3)
Descontrol (1)
Preguiza (1)
Precariedade/mala vida (1)
12.1.2 Características físicas
Velocidade (1)
Fortaleza (1)
Ruído (2)
Grandura (2)
Torpeza (1)
12.2 Relacións
12.2.1 Home-animal
Transporte (1)
12.3 Valoración
12.3.1 Boa valoración (2)
13 Formiga
13.1 Caracterización
13.1.1 Carácter/condición
Laboriosidade (2)
Aforro (1)
Agresividade (1)
13.1.2 Características físicas
Movemento (9)
Pequenez (3)
Lentitude (2)
Velocidade (1)
13.2 Relacións
13.2.1 Animal-animal
Agrupación (7)
14 Abella/abellón/abesouro/avespa/*avispa
14.1 Caracterización
14.1.1 Carácter/condición
Agresividade (7)
Intelixencia (3)
Laboriosidade (2)
14.1.2 Características físicas
Ruído (6)
Pequenez (1)
14.2 Relacións
14.2.1 Home-animal
Molestia (3)
14.2.2 Animal-animal
Agrupación (2)
15 Mono/mona
15.1 Caracterización
15.1.1 Carácter/condición
Insensatez (4)
Ledicia (3)
Ridiculez (3)
Ociosidade (1)
Teimosía (1)
Benquerenza (1)
Inmoralidade (1)
15.1.2 Características físicas
Beleza (1)
Axilidade (1)
15.2 Relacións
15.2.1 Home-animal
Maltrato (4)
16 Mosca
16.1 Caracterización
16.1.1 Carácter/condición
Molestia (6)
Insignificancia (3)
Inocuidade (1)
Indefensión (1)
16.1.2 Características físicas
Silencio (1)
16.2 Relacións
16.2.1 Home-animal
Inutilidade (1)
16.2.2 Animal-animal
Agrupación (5)
17 Rato
17.1 Caracterización
17.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (3)
Gula (3)
Prevención (1)
Roubo (1)
Astucia (1)
17.1.2 Características físicas
Pequenez (1)
Silencio (1)
17.2 Relacións
17.2.1 Animal-animal
Inimizade (3)
17.3 Valoración
17.3.1 Mala valoración (2)
18 Cuco
18.1 Caracterización
18.1.1 Carácter/condición
Morte/fin (4)
Intelixencia (2)
Aproveitamento (2)
Preguiza/indolencia (2)
Vida (2)
Astucia (1)
Ledicia (1)
Atracción (1)
Fachenda (1)
18.1.2 Características físicas
Silencio (1)
19 Sapo
19.1 Caracterización
19.1.1 Carácter/condición
Preguiza (1)
Maldade/ruindade (1)
Ira (1)
Insignificancia (1)
19.1.2 Características físicas
Torpeza (2)
Lentitude (2)
Fealdade (2)
Resistencia (1)
Grandura (1)
Gordura (1)
Pequenez (1)
19.2 Relacións
19.2.1 Animal-animal
Agrupación (1)
20 Laverca
20.1 Caracterización
20.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (2)
Astucia/malicia (1)
Ledicia (1)
Insolencia (1)
Desconfianza (1)
Intromisión (1)
20.1.2 Características físicas
Ruído harmonioso (2)
Cor (1)
Beleza (1)
21 Lebre
21.1 Caracterización
21.1.1 Carácter/condición
Intelixencia/sabedoría (2)
Astucia/malicia (2)
Precaución (2)
Valentía (1)
Promiscuidade (1)
21.1.2 Características físicas
Velocidade (3)
22 Macho/mula
22.1 Caracterización
22.1.1 Carácter/condición
Teimosía/insistencia (2)
Falsidade (1)
Inocencia (1)
22.2 Relacións
22.2.1 Home-animal
Maltrato (4)
Dominio (1)
22.3 Valoración
22.3.1 Mala valoración (1)
23 León
23.1 Caracterización
23.1.1 Carácter/condición
Agresividade/fereza (4)
Valentía (4)
23.1.2 Características físicas
Fortaleza (1)
23.2 Valoración
23.2.1 Boa valoración (2)
24 Toupa/toupeira/*topo
24.1 Caracterización
24.1.1 Carácter/condición
Estulticia (3)
24.1.2 Características físicas
Cegueira/mala visión (3)
Hábitat (3)
25 Corvo
25.1 Caracterización
25.1.1 Carácter/condición
Agresividade (1)
25.1.2 Características físicas
Cor (3)
Fealdade (1)
25.2 Relacións
25.2.1 Animal-animal
Respecto (1)
25.3 Valoración
25.3.1 Mala valoración (2)
26 Curuxa
26.1 Caracterización
26.1.1 Carácter/condición
Soidade (2)
Perigo (2)
Intelixencia (1)
26.1.2 Características físicas
Hábitat (1)
Parte do corpo (1)
26.2 Valoración
26.2.1 Mala valoración (1)
27 Miñoca/lombriga
27.1 Caracterización
27.1.1 Carácter/condición
Pobreza (4)
27.1.2 Características físicas
Delgadeza (2)
Movemento (1)
27.2 Valoración
27.2.1 Mala valoración (1)
28 Moucho
28.1 Caracterización
28.1.1 Carácter/condición
Soidade (3)
Seriedade (2)
Tristeza (1)
Intelixencia (1)
28.1.2 Características físicas
Fealdade (1)
29 Teixugo/porco teixo
29.1 Caracterización
29.1.1 Carácter/condición
Agresividade (2)
Teimosía (1)
Soidade/independencia (1)
Falsidade (1)
29.1.2 Características físicas
Fealdade (1)
Gordura (1)
Resistencia (1)
30 Araña
30.1 Caracterización
30.1.1 Carácter/condición
Perigo (2)
Pobreza (1)
Laboriosidade (1)
30.1.2 Características físicas
Delgadeza (1)
Lentitude (1)
31 Coello/coella
31.1 Caracterización
31.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (1)
Bondade (1)
31.1.2 Características físicas
Fertilidade (3)
Movemento (1)
32 Lagarto/lagarta
32.1 Caracterización
32.1.1 Carácter/condición
Astucia/malicia (2)
Promiscuidade (1)
Atrevemento (1)
Ociosidade (1)
32.1.2 Características físicas
Movemento (1)
33 Pombo/pomba
33.1 Caracterización
33.1.1 Carácter/condición
Sociabilidade (3)
Amorosidade (1)
33.1.2 Características físicas
Cor (1)
Beleza (1)
33.2 Relacións
33.2.1 Animal-animal
Agrupación (1)
34 Rata
34.1 Caracterización
34.1.1 Carácter/condición
Astucia (1)
Insignificancia (1)
Pobreza (1)
Inmoralidade (1)
Avaricia (1)
34.1.2 Características físicas
Hábitat (1)
35 Rula/rola
35.1 Caracterización
35.1.1 Carácter/condición
Amorosidade (3)
Ledicia (1)
35.1.2 Características físicas
Ruído harmonioso (1)
Beleza (1)
35.2 Relacións
35.2.1 Animal-animal
Agrupación (1)
36 Víbora
36.1 Caracterización
36.1.1 Carácter /condición
Agresividade (1)
Maldade/ruindade (6)
37 Bubela
37.1 Caracterización
37.1.1 Carácter/condición
Lixeireza (3)
37.1.2 Características físicas
Sucidade (2)
38 Donicela/doniña/denociña/donosiña
38.1 Caracterización
38.1.1 Carácter/condición
Perigo (2)
Intelixencia (1)
38.1.2 Características físicas
Axilidade (1)
Velocidade (1)
39 Garduño/garduña
39.1 Caracterización
39.1.1 Carácter/condición
Roubo (4)
39.1.2 Características físicas
Axilidade (1)
40 Grilo
40.1 Caracterización
40.1.1 Carácter/condición
Tolemia (1)
Intelixencia (1)
40.1.2 Características físicas
Ruído (3)
40.2 Relacións
40.2.1 Animal-animal
Agrupación (1)
41 Oso
41.1 Caracterización
41.1.1 Características físicas
Fortaleza (2)
Grandura (2)
Fealdade (1)
42 Pega
42.1 Caracterización
42.1.1 Carácter/condición
Ledicia (1)
Intelixencia (1)
Coidado (1)
42.1.2 Características físicas
Ruído (1)
42.2 Valoración
42.2.1 Mala valoración (1)
43 Merlo
43.1 Caracterización
43.1.1 Carácter/condición
Falsidade (1)
Bondade (1)
43.1.2 Características físicas
Cor (1)
Ruído (1)
44 Tartaruga/*tortuga/sapoconcho
44.1 Caracterización
44.1.1 Características físicas
Lentitude (3)
Parte do corpo (1)
45 Cangrexo
45.1 Caracterización
45.1.1 Características físicas
Movemento (3)
46 Caracol
46.1 Caracterización
46.1.1 Características físicas
Parte do corpo (2)
Lentitude (1)
47 Elefante
47.1 Caracterización
47.1.1 Carácter/condición
Boa memoria (1)
47.1.2 Características físicas
Grandura (1)
Fortaleza (2)
48 Escaravello
48.1 Caracterización
48.1.1 Características físicas
Cor (1)
48.2 Relacións
48.2.1 Animal-animal
Agrupación (1)
48.3 Valoración
48.3.1 Mala valoración (1)
49 Esquío/*ardilla
49.1 Caracterización
49.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (1)
49.1.2 Características físicas
Axilidade (1)
Velocidade (1)
50 Foca
50.1 Caracterización
50.1.1 Características físicas
Gordura (3)
51 Hiena
51.1 Caracterización
51.1.1 Carácter/condición
Maldade/ruindade (2)
Agresividade (1)
52 Lince
52.1 Caracterización
52.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (1)
Astucia (1)
52.1.2 Características físicas
Agudeza visual (2)
53 Lura/*calamar
53.1 Caracterización
53.1.1 Carácter/condición
Avaricia (2)
Astucia/malicia (1)
53.1.2 Características físicas
Movemento (2)
54 Macaco
54.1 Caracterización
54.1.1 Carácter/condición
Estulticia (1)
Covardía (1)
54.1.2 Características físicas
Fealdade (1)
55 Ourizo/ourizo cacho
55.1 Caracterización
55.1.1 Características físicas
Fealdade (1)
Aspereza (1)
55.2 Valoración
55.2.1 Mala valoración (1)
56 Parrulo/pato
56.1 Caracterización
56.1.1 Carácter/condición
Mansedume (1)
Inocencia (1)
56.1.2 Características físicas
Axilidade (1)
57 Piollo
57.1 Relacións
57.1.1 Animal-animal
Agrupación (1)
57.2 Valoración
57.2.1 Mala valoración (2)
58 *Pulpo (polbo)
58.1 Caracterización
58.1.1 Características físicas
Hábitat (1)
Suxeición (1)
Parte do corpo (1)
59 Xabaril/porco bravo/*jabalí
59.1 Caracterización
59.1.1 Carácter/condición
Agresividade (1)
59.1.2 Características físicas
Fortaleza (1)
Grandura (1)
60 Aguia
60.1 Caracterización
60.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (1)
Orgullo (1)
61 Anguía/*anguila
61.1 Caracterización
61.1.1 Carácter/condición
Falsidade (1)
61.1.2 Características físicas
Axilidade (1)
62 Arroaz/arroás
62.1 Caracterización
62.1.1 Carácter/condición
Rudeza/brutalidade (1)
62.1.2 Características físicas
Grandura (1)
Gordura (1)
63 Avestruz
63.1 Caracterización
63.1.1 Carácter/condición
Covardía (2)
64 Bacallau
64.1 Caracterización
64.1.1 Características físicas
Delgadeza (2)
65 Carracha
65.1 Caracterización
65.1.1 Carácter/condición
Molestia (1)
Noxo (1)
66 Corzo
66.1 Caracterización
66.1.1 Características físicas
Axilidade (1)
Velocidade (1)
67 Lapa
67.1 Caracterización
67.1.1 Características físicas
Suxeición (2)
68 Lesma
68.1 Caracterización
68.1.1 Características físicas
Movemento (1)
Suxeición (1)
69 Lobicán/*lubicán
69.1 Caracterización
69.1.1 Carácter/condición
Agresividade/fereza (1)
69.1.2 Características físicas
Fortaleza (1)
70 Mascato
70.1 Caracterización
70.1.1 Carácter/condición
Estulticia (1)
70.1.2 Características físicas
Cegueira/mala visión (1)
71 Mincha
71.1 Caracterización
71.1.1 Características físicas
Pequenez (2)
72 Papagaio/*loro/*cotorra
72.1 Caracterización
72.1.1 Características físicas
Ruído (2)
73 Perdiz
73.1 Caracterización
73.1.1 Carácter/condición
Soidade (1)
Liberdade (1)
74 Pisco
74.1 Caracterización
74.1.1 Características físicas
Pequenez (2)
Velocidade (1)
75 Pulga
75.1 Caracterización
75.1.1 Características físicas
Pequenez (1)
75.2 Valoración
75.2.1 Mala valoración (1)
76 Quenlla
76.1 Caracterización
76.1.1 Características físicas
Altura (1)
Delgadeza (1)
77 Sambesuga/samesuga
77.1 Caracterización
77.1.1 Carácter/condición
Aproveitamento (1)
77.1.2 Características físicas
Suxeición (1)
78 Troita
78.1 Caracterización
78.1.1 Características físicas
Velocidade (1)
Delgadeza (1)
79 Xílgaro
79.1 Caracterización
79.1.1 Carácter/condición
Ledicia (1)
79.1.2 Características físicas
Ruído harmonioso (1)
80 Alacrán
80.1 Caracterización
80.1.1 Carácter/condición
Agresividade (1)
81 *Golondrina (andoriña)
81.1 Caracterización
81.1.1 Características físicas
Ruído harmonioso (1)
82 Arenque
82.1 Caracterización
82.1.1 Características físicas
Delgadeza (1)
83 Bexato/buxato
83.1 Caracterización
83.1.1 Carácter/condición
Agresividade (1)
84 *Caracola (buguina)
84.1 Caracterización
84.1.1 Características físicas
Lentitude (1)
85 Cachalote
85.1 Caracterización
85.1.1 Carácter/condición
Rudeza/brutalidade (1)
86 Calandra
86.1 Caracterización
86.1.1 Características físicas
Ruído harmonioso (1)
87 Camaleón
87.1 Caracterización
87.1.1 Carácter/condición
Adaptación (1)
88 Canario
88.1 Caracterización
88.1.1 Características físicas
Ruído harmonioso (1)
89 Carricanta
89.1 Caracterización
89.1.1 Carácter/condición
Ledicia (1)
90 Choco
90.1 Caracterización
90.1.1 Características físicas
Movemento (1)
91 Congro
91.1 Caracterización
91.1.1 Características físicas
Movemento (1)
92 Cotovía
92.1 Caracterización
92.1.1 Carácter/condición
Ledicia (1)
93 Gaivota
93.1 Caracterización
93.1.1 Carácter/condición
Intelixencia (1)
94 Gorrión
94.1 Caracterización
94.1.1 Características físicas
Debilidade (1)
95 Lamprea
95.1 Caracterización
95.1.1 Características físicas
Fealdade (1)
96 *Lirón (leirón)
96.1 Caracterización
96.1.1 Carácter/condición
Astucia (1)
Intelixencia (1)
97 Londra
97.1 Caracterización
97.1.1 Características físicas
Gordura (1)
98 Longueirón
98.1 Caracterización
98.1.1 Características físicas
Delgadeza (1)
99 Marraxo
99.1 Caracterización
99.1.1 Características físicas
Gordura (1)
100 Ostra
100.1 Caracterización
100.1.1 Características físicas
Ausencia de movemento (1)
101 Periquito
101.1 Caracterización
101.1.1 Carácter/condición
Ledicia (1)
102 Ra
102.1 Caracterización
102.1.1 Características físicas
Gordura (1)
103 Rabada
103.1 Caracterización
103.1.1 Características físicas
Parte do corpo (1)
104 Reiseñor/ruisinol
104.1 Caracterización
104.1.1 Características físicas
Ruído harmonioso (1)
105 Sardiña
105.1 Caracterización
105.1.1 Características físicas
Delgadeza (1)
106 Voitre
106.1 Caracterización
106.1.1 Carácter/condición
Maldade/crueldade (1)
107 Xoaniña
107.1 Valoración
107.1.1 Boa valoración (1)
ANEXO 5: MODELO DE ENQUISA FRASEOLÓXICA
Data: _______________
I. Datos persoais:
- Idade:_______
- Sexo: home / muller
- Procedencia: nativo de Galicia / non nativo de Galicia
No caso de ser nativo de Galicia, estivo fóra algún tempo de xeito
continuado?
Si. Onde?_____________ / Canto tempo?______________
Non
No caso de non ser nativo de Galicia, canto tempo leva nesta
comunidade?_______
- Con que hábitat se identifica máis? rural / urbano
- Concello:______________
II. Nomee un ou varios animais que respondan ás seguintes características. Pode ser
calquera tipo de animal e pode repetir o mesmo animal cando o considere oportuno:
1. Animais agresivos:
2. Animais intelixentes:
3. Animais parvos, pouco intelixentes:
4. Animais arrogantes/fachendosos/chulos:
5. Animais preguiceiros:
6. Animais falsos, que dan que desconfiar:
7. Animais covardes/medorentos:
8. Animais fieis:
9. Animais que levan a peor vida:
10. Animais que levan a mellor vida:
III. Complete as seguintes expresións empregando un ou varios nomes de animais:
1. Gordo coma _______________________________________________
2. Ter sete vidas coma _________________________________________
3. Puta coma ________________________________________________
4. Manso coma_______________________________________________
5. Sucio coma _______________________________________________
6. Pasar máis fame ca _________________________________________
7. Forte coma ________________________________________________
8. Feo coma_________________________________________________
9. Correr coma _______________________________________________
10. Caer de pé coma_____________________________________________
IV. Oíu algunha vez as seguintes expresións ou algunha variante próxima? Se é así pode
explicar brevemente o seu significado ou apuntar en que contexto se din?
Expresión Oíu a
expresió
n
algunha
vez?
Podería explicar o seu significado ou o contexto no
que se di? Se é así, escríbao a continuación de
forma breve.
1. Ser un can
sen dono Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
2. Caer da
burra Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
3. Ser un can
vello Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
4. Chámalle
burro ó
cabalo!
Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
5. Palabra!
Díxolle o
lobo á cabra
Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
6. Outra vaca
no millo! Si Si:
Non
___________________________________________
/ Non
7. Muda o lobo
os dentes
mais non as
mentes
Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
8. Botar o
carro
diante dos
bois
Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
9. Acabársell
e a vaca
leiteira a
alguén
Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
10. Na terra
dos lobos,
hai que
ouvear
coma todos
Si
Non
Si:
___________________________________________
/ Non
V. Escriba algunha expresión ou refrán, que non saíra na enquisa, que se relacione con
can, burro, boi, touro, gato, lobo, galiña, ovella, cabalo, raposo, cobra/serpe, formiga,
cabra... coas súas parellas ou con outros animais:
VI. Nomee un ou varios adxectivos que, na súa opinión, reflictan as características máis
destacables dos animais das seguintes parellas:
- Can / cadela:
- Burro / burra:
- Boi / vaca:
- Gato / gata:
- Lobo / loba:
VII. Por último, complete os seguintes datos:
- Lingua coa que aprendeu a falar:_________________________
- Lingua que fala habitualmente: __________________________
- Nivel de estudos:
non foi á escola / nivel básico / ESO-BUP / Bacharelato-COU /
estudos universitarios / outras situacións (especifique cal):
______________________________________________________________
Grazas polo seu tempo!
top related