controle de qualidade anvisa 2012

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Simpósio Gestão da Qualidade em BCTG, ANVISA,

São Paulo, Nov-2012

Fertilização in vitro:

Aspectos Laboratoriais e

Controle de Qualidade Sidney Verza Jr

Biólogo,

Responsável pelo Laboratório de FIV ANDROFERT- Centro de Referência em Reprodução Masculina

Campinas – São Paulo

www.androfert.com.br

Artigos da RDC 23 citados nesta aula:

� Art. 15. A doação de células ... assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ;

� Art. 27. O BCTG deve ser constituído ... de acordo com a RDC n. 50 ...; � Art. 29. O BCTG deve possuir sistema de energia elétrica de

emergência ...; � Art. 38. O laboratório de fertilização in vitro deve possuir: � I-sistema de climatização que mantenha pressão positiva em

relação aos ambientes adjacentes ...; � Art 39. A manipulação das amostras deve ser efetuada em uma área

limpa classificada, no mínimo, como ISO Classe 5 ...; � Art. 41. São requisitos mínimos adicionais dos ambientes e

equipamentos do BCTG: ... manutenção preventiva e corretiva, ...equipamentos de medição calibrados ...;

Artigos da RDC 23 citados nesta aula:

� Art. 42. Todos os procedimentos críticos realizados no BCTG, desde a coleta até a liberação das células, tecidos germinativos e embriões devem ser validados .

� Art.43. Todos os materiais utilizados e que mantenham contato com as células ou tecidos germinativos, devem ser estéreis ... número de lote .

� Art. 45. Deve ser atribuída, a cada amostra coletada, uma identificação numérica ou alfanumérica.

� Art. 51. Deve ser mantido registro diário das condições dos equipamentos...

� Art. 53. O BCTG deve realizar controle microbiológico ... � Art. 58. O BCTG deve manter disponível ... arquivos de documentos e

registros ...; � Art. 59. Os arquivos de registros podem ser mantidos em meio

eletrônico ...

Laboratório de Fertilização in vitro

� Estrutura:

� Construção, materiais e equipamentos em

conformidade com as RDC’s (RDC 50, RDC 23)

� Controle de qualidade:

� Equipamentos, limpeza, check-list diário

� Identificação do doador:

� Escrita/digital/escrita e digital

� Identificação (alfa-numérica) de placas, tubos e todo

material que terá contato com os gametas e embriões

� Incubadoras com portas individuais para cada

doador

LABORATÓRIO DE FIV

� Materiais e

Acessórios � Parede (poliuretano/epoxi)

� Piso (poliuretano)

� Tinta (poliuretano)

� Cantos arredondados em

paredes, piso e teto

� Bancada (aço inox)

� Luvas (nitrile)

� Tapete adesivo

� Roupa para sala limpa

� Papéis

� Canetas, etc.

Estrutura para sala limpa

Salas Limpas

ANDROFERT

Estrutura

Classe >15, Grupo 0

Estrutura

Placas aquecedoras

Temperaturas:

Incubadoras Geladeira Equipamentos

aferidos

Laboratório FIV: Controle de Qualidade

Manutenção preventiva

Laboratório FIV: Controle de Qualidade

Termômetro digital (menos preciso).

Termômetro de mercúrio HB. Graduação:

De 0,1 em 0,1 ºC (mais preciso).

Laboratório FIV: Controle de Qualidade

Controles: ºC, CO2, pH; limpezas, ajustes, calibragens, manutenções.

Laboratório FIV: Controle de Qualidade

�Meio de cultura com

registro;

� Certificado de análise

do meio de cultura:

� Composição;

� Resultado do pH;

� Testes de

embriotoxicidade

(ratos);

� Valores de

osmolaridade;

� Formação de

blastocisto em ratos.

Laboratório FIV: Controle de Qualidade

Uso de datalogger para

monitoramento dos

equipamentos

Uso de datalogger para

monitoramento da entrega

dos meios de cultura

Laboratório FIV: Controle de Qualidade

Documentação

� Consentimentos informados para todos os

procedimentos;

� Fichas com códigos numéricos e identificação

individual;

� Contratos.

Processo de identificação: � Dados provenientes do prontuário clínico, o qual possui as informações necessárias;

� Ficha de micromanipulação dos gametas com dados do doador, das amostras e alíquotas;

� Dados de controle de qualidade dos meios de cultura, preparo do sêmen;

� Campos para rubrica, identificação de responsáveis;

� Identificação da tampa e base da placa de cultura;

Identificação do doador e amostra

Identificação do doador e amostra

Identificação digital: imagens

Identificação digital: prontuário

eletrônico

� Validação da

informação, que fica

salva e bloqueada

para edição;

� Redução/eliminação

do volume de papel

circulante dentro do

Lab. FIV;

� Facilidade no acesso

das informações

(clínca, casa, celular).

Identificação do doador e amostra

Procedimentos no

Laboratório de FIV:

Passo-a-passo desde o preparo dos

meios de cultura até a transferência

embrionária/congelamento.

Preparo dos meios de cultura (Véspera)

� Identificação do doador;

� Materiais atóxicos e

Estéreis;

� Checagem do pH dos

meios de cultivo.

Preparo de meios de cultura

�Geladeira: 4 a 8°C;

�Materiais estéreis.

Laboratório Centro cirúrgico

Captação oocitária

Centro Cirúrgico:Conforme RDC 50, 2002.

Captação oocitária

Captação oocitária

Verificação do líquido folicular e identificação oocitária

DIÂMETRO DO OÓCITO + ZONA PELUCIDA ± 120µM

Ooplasma 100-110µM

Corpúsculo

polar

Zona pelúcida

15-20µM

Espaço perivitelinio

Complexo cumulus

corona radiata

Morfologia do Oócito

Fertilização in vitro

� FIV clássica

� Oócitos são colocados

em contato com

espermatozoides na

mesma gota de meio

de cultura

� Microinjeção do

espermatozoide dentro do

oócito (ICSI – Intracytoplasmic

Sperm Injection)

� Um único espermatozoide é

injetado em cada oócito

Preparo do sêmen

� Orientação prévia para coleta

(tempo de abstinência sexual, etc);

� Identificação da amostra;

� Analise de concentração, motilidade;

� Definição da técnica de preparo a

ser utilizada;

� Lavagem simples;

� Gradiente coloidal;

� Swim-up;

� Envio da amostra identificada pós

processamento para laboratório de

FIV.

Preparo do micromanipulador

Injeção intracitoplasmática do espermatózoide

FIV: Cultura celular

48h 72h 16h 5d 96h

Transferência dos pré-embriões

Pós-transferência Embrionária

Criopreservação

Congelamento lento: Vitrificação:

Pós-transferência Embrionária

� Dados da ficha de micromanipulação são

transferidos para:

� Prontuário do paciente (documento escrito e/ou

digital)

� Planilha de dados (documento digital). Esta planilha

gera relatórios semestrais/anuais de dados para:

� Relatórios internos e externos da Clínica (balanços

bimestrais, folders, site)

� Relatório anual de dados para REDLARA

� Relatório anual para SisEmbr (Anvisa)

� Ficha de micromanipulação é anexada à pasta de

procedimentos para checagens posteriores e

cruzamento de dados.

Pós-transferência Embrionária

Fichas em papel Fichas digitais

Validação de dados

� Rastreabilidade dos dados:

� Identificação por códigos (únicos):

�Número do prontuário;

� Código da ficha de preparo do sêmen;

� Código da ficha de micromanipulação;

� Código do congelamento de embriões;

Nº do

congelamento

Nº do ciclo de

fertilização

Nº do

prontuário do

paciente

Local de armazenamento

do material biológico

Validação/rastreamento

dos dados

� Exigência dos certificados de análise dos meios de

cultura;

� Exigência da curva de temperatura dos meios de

cultura durante o transporte;

� Certificação dos equipamentos interna* e externa;

� Uso de datalogger nos equipamentos do laboratório;

� Definição de valores de referências para

monitoramento dos resultados laboratoriais (Tx.

Fertilização, tx. Qualidade embrionária, tx. Gravidez;

tx. Sobrevivência embrionária pós descongelamento).

Controle de qualidade geral

Certificação interna dos

equipamentos

Temperaturas

observadas nos

líquidos dentro dos

tubos (simulação do

fluido biológico),

acondicionados

dentro dos blocos

aquecidos sobre as

placas aquecedoras.

Checagem do

pH dos meios

de cultura.

Certificação externa dos

equipamentos

Controle microbiológico

Referência externa de resultados

Ano: 2009. Fonte: www.redlara.com

Indicadores de Qualidade 4º Bimestre Valores de

Referência*

Taxa de Fertilização 62,5% ≥65%

Taxa de Degeneração 6,6% ≤10%

Taxa de Clivagem dos Zigotos 2PN 98,3% ≥90%

Taxa de pré-embriões de ótima qualidade no D3 38,5% ≥40%

Taxa de pré-embriões com clivagem lenta no D2 19,0% ≤20%

Taxa de Blastulação ------ ≥45%

Taxa de Gestação Química 49,5% ≥45%

Taxa de Gestação Clínica 44,4% ≥40%

Taxa de Gestação Clínica – Grupo selecionado (<35 anos) 56,6% ≥55%

Taxa de Gestação Clínica – Grupo selecionado (35-39 anos) 57,0% ≥50%

Taxa de abortamento espontâneo 11,3% ≤20%

Taxa de Sobrevida Embrionária pós-Vitrificação 86,5% ≥70%

Taxa de Sobrevida Embrionária pós Descongelamento Lento 46,5% ≥70%

Taxa de Gestação Clínica pós-Vitrificação 35,2% ≥22,0%

Taxa de Gestação Clínica pós-descongelamento lento 25,0% ≥22,0%

Referência interna de resultados

*Os valores de referência são baseados em estudos externos, e sempre que

atingidos, são aumentados, (conceito de melhoria contínua – ISO 9001:2008)

ANÁLISE DESCRITIVA

2. ANÁLISE COMPARATIVA 1. Taxa de Fertilização O embriologista 1 injetou 44 casos, com um total de 343 oócitos. Destes, 209 fertilizaram, resultando em uma

taxa de 60,9%.

O embriologista 2 injetou 22 casos, com um total de 193 oócitos. Destes, 119 fertilizaram, resultando em uma taxa de 61,6%.

2. Taxa de Degeneração Dos 343 oócitos injetados pelo embriologista 1, 32 degeneraram, resultando em uma taxa de 9,3%.

Dos 193 oócitos injetados pelo embriologista 2, 13 degeneraram, resultando em uma taxa de 6,7%. 3. Taxa de Gestação Química Dos 44 ciclos realizados pelo embriologista 1, 33 tiveram transferência embrionária, sendo que 16 resultaram

em gestação química - taxa de 48,4%.

Dos 22 ciclos realizados pelo embriologista 2, 16 tiveram transferência embrionária, sendo que 8 resultaram em gestação química - taxa de 50,0%.

O embriologista 1 injetou 44 casos, sendo que destes: 33 (75,0%) com espermatozóides ejaculados 1 (2,3%) com espermatozóides provenientes de PESA 6 (13,6%) com espermatozóides de TESA 4 (9,1%) com espermatozóides de ejaculado + TESA

O embriologista 2 injetou 22 casos, sendo que destes: 18 (81,8%) com espermatozóides ejaculados 1 (4,5%) com espermatozóides de MICRO+crio heteróloga 3 (13,7%) com espermatozóides de ejaculado + TESA

Proficiência interna de resultados

Simpósio Gestão da Qualidade em BCTG, ANVISA,

São Paulo, Nov-2012

Fertilização in vitro:

Aspectos Laboratoriais e

Controle de Qualidade Contato: labfiv@androfert.com.br

Para rever esta aula: www.androfert.com.br/aulas

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